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Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 1 A PEMBA NA UMBANDA COM VOCÊ SÃO 124.600 LEITORES, AJUDE-NOS A CHEGAR A 1 MILHÃO, REENVIE O JORNAL PARA OS SEUS AMIGOS E CONHECIDOS, AJUDE-NOS A CHEGAR CADA VEZ MAIS LONGE! Jornal Nacional da Umbanda Edição 08 Índice de Matérias Editorial (Rubens Saraceni) pág 02 Magia Divina dos Genios (Rubens Saraceni) pág 03 A Balança da Justiça (Nelson Junior) pág. 05 Diálogo entre o Filósofo e um Preto Velho (Ronaldo Figueira) pág 06 A Pemba na Umbanda (Jefferson-LG) pág 07 A Lenda da Pemba (Jefferson-LG) pág 07 A Linha de Baianos (Pai Pedro de Ogum) pág 10 Guardião Exu, o executor cármico do vazio (Pablo) pág 11 Nossos Umbigos ( Mãe Leni W. Saviscki) pág 13 O Auto Bloqueamento da Mediunidade (Thiago Bertozzi ) pág 15 O Medo do Amor (Martha Mediros) pág 16 Oração a São Cosme e Damião (Livre) pág 16 Umbanda que gera Umbandas (Pablo) pág 17 A Umbanda Sagrada (Sebastiana penha Campana) pág 19 Obsessão e auto-obsessão na Umbanda (Douglas O.Elias) pág 20 Oração a todas as forças dos Orixas (Frans Meier) pág 24 Pontos de Forças (Marcelo Cordeiro) pág 25 As 4 Leis da espiritualidade na India (Andrea G. Santos) pág 26 Laroyê, Senhor da intenções!Laroyê, Exu-Mirim (Franz Meier) pág 27 ULTIMA PÁGINA - O Principe das Trevas Um dos elementos indispensáveis à Liturgia Umbandista, porém pouco comentado e estudado, é a PEMBA. Mas, de onde veio esse elemento? Qual sua função? Qual sua história? Para que é utilizado? O que representa cada cor? O uso, as Lenda, a pemba! Pág. 07 A Linha dos Baianos Durante muitos anos a linha dos baianos foi renegada e os trabalhos feitos com ela eram vistos com restrições. Dizia-se que por não ser uma linha diretamente ligada às principais, era inexistente... pág.10 Envie-nos seus comentários, suas matérias e textos.

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Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 1

A PEMBA NA UMBANDA

COM VOCÊ SÃO 124.600 LEITORES, AJUDE-NOS A CHEGAR A 1 MILHÃO, REENVIE O JORNAL

PARA OS SEUS AMIGOS E CONHECIDOS, AJUDE-NOS A CHEGAR CADA VEZ MAIS LONGE!

Jornal Nacional da Umbanda Edição 08

Índice de Matérias Editorial (Rubens Saraceni) pág 02

Magia Divina dos Genios (Rubens Saraceni) pág 03

A Balança da Justiça (Nelson Junior) pág. 05

Diálogo entre o Filósofo e um Preto Velho (Ronaldo

Figueira) pág 06

A Pemba na Umbanda (Jefferson-LG) pág 07

A Lenda da Pemba (Jefferson-LG) pág 07

A Linha de Baianos (Pai Pedro de Ogum) pág 10

Guardião Exu, o executor cármico do vazio (Pablo)

pág 11

Nossos Umbigos ( Mãe Leni W. Saviscki) pág 13

O Auto Bloqueamento da Mediunidade (Thiago

Bertozzi ) pág 15

O Medo do Amor (Martha Mediros) pág 16

Oração a São Cosme e Damião (Livre) pág 16

Umbanda que gera Umbandas (Pablo) pág 17

A Umbanda Sagrada (Sebastiana penha Campana)

pág 19 Obsessão e auto-obsessão na Umbanda (Douglas

O.Elias) pág 20

Oração a todas as forças dos Orixas (Frans Meier)

pág 24 Pontos de Forças (Marcelo Cordeiro) pág 25

As 4 Leis da espiritualidade na India (Andrea G.

Santos) pág 26

Laroyê, Senhor da intenções!Laroyê, Exu-Mirim (Franz Meier) pág 27

ULTIMA PÁGINA - O Principe das Trevas (Alexandre Cumino) pág 28

Um dos elementos indispensáveis à Liturgia

Umbandista, porém pouco comentado e estudado, é

a PEMBA. Mas, de onde veio esse elemento? Qual

sua função? Qual sua história?

Para que é utilizado? O que representa cada

cor? O uso, as Lenda, a pemba! Pág. 07

A Linha dos

Baianos

Durante muitos anos

a linha dos baianos

foi renegada e os

trabalhos feitos com

ela eram vistos com

restrições. Dizia-se

que por não ser uma

linha diretamente

ligada às principais,

era inexistente...

pág.10

Envie-nos seus

comentários,

suas matérias

e textos.

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O Tempo passa muito rápido em nossa vida e temos que aproveitar cada hora e cada

oportunidade para enriquecer nossa existência e nossa passagem pela matéria, fazendo o que gostamos

e que é útil para nós e nossos semelhantes.

Nisso acredito e assim tenho procedido a vida toda, só raramente desviando minha atenção desta

minha linha de procedimento, mas sempre por causa do que acontece à minha volta e que independe da

minha vontade.

Minha dedicação e objetividade ao que faço despertam a admiração dos que me conhecem

porque não entendem como alguém consegue fazer tantas coisas ao mesmo tempo e lidar de forma

positiva e construtiva com tantas pessoas.

Por semana, conduzo e coordeno dez grupos de estudos dentro do Colégio de Umbanda, onde

reúno mais de três mil pessoas que estudam comigo Umbanda e Magia.

Dirijo um trabalho religioso umbandista pelo qual passam cerca de mil e quinhentas pessoas,

que são atendidas pelos Guias espirituais dos médiuns do nosso Centro.

Faço um programa de rádio semanal na Rádio Mundial FM 95.7, a mais de dez anos.

Periodicamente publico algum livro novo.

Escrevo alguma coisa quase que diariamente (quando sobra tempo).

Com o Alan, publicamos esse Jornal virtual a cada quinze dias.

Atendo antes e depois das aulas a dezenas de alunos, dando-lhes orientações, esclarecendo suas

duvidas e auxiliando-os na solução de problemas do dia a dia.

Tudo isso faço com a alegria e satisfação porque sou uma pessoa alegre e feliz e estou fazendo o

que gosto e o faço com prazer.

Na verdade, lido com quase cinco mil pessoas por semana e não tenho muito tempo livre para a

minha família, para passeios e lazer.

Meu passeio é ir de casa ao Colégio e meu lazer é dar as minhas aulas e orientar as pessoas.

Sinto-me feliz por fazer com intensidade o que gosto e sou grato a Deus por Ele ter sido tão

generoso comigo, assim como O agradeço pela imensa legião de pessoas que Ele encaminhou para

mim e que se tornaram meus amigos e irmãos espirituais.

Se outra vida eu vier a ter no futuro distante, espero que mais uma vez Deus seja tão generoso

comigo, porque assim novamente me sentirei feliz e realizado como seu filho e seu servo, dedicado aos

seus mistérios.

Fazer o que gosto e com tanta intensidade me realiza como ser humano me alegra e me faz feliz,

muito feliz! Com Deus eu me realizo e poder servi-Lo intensamente alegra-me!

Publiquei meu primeiro livro, intitulado “HASH MEIR O GUARDIÃO DO TEMPLO DA

DEUSA DOURADA” em 1991. E desde então outros sessenta livros já foram publicados, abordando

os mais variados temas espiritualistas, religiosos e magísticos.

Iniciei a Magia Divina, com seus 21 graus, em 1999 e só agora, em 2011, estou concluindo seu 21º

grau.

Foram 12 anos de ensino de Magia quase que diário porque dois dias por semana são dedicados

à Umbanda, ao desenvolvimento de novos médiuns e ao atendimento com meus Guias Espirituais às

pessoas necessitadas de auxilio espiritual ou de orientação.

Pisei em um Terreiro de Umbanda quando tinha 13 anos e hoje estou com 60 anos de idade.

Já auxiliei milhares de médiuns umbandistas no desenvolvimento de suas mediunidades de

incorporação e muitos deles hoje dirigem seus próprios centros de Umbanda.

Já formei em meu curso de Doutrina, Teologia e Sacerdócio de Umbanda milhares de pessoas,

sendo que centenas delas hoje dirigem seus centros, multiplicando e expandindo a Umbanda.

EDITORIAL

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Muitos milhares já se iniciaram na Magia Divina, um sistema prático de trabalhos magísticos

que vem conquistando muitos adeptos, devido ele ser simples, prático e muito útil às pessoas.

Pois bem!

“Escolhe um trabalho que gostes e não terás que trabalhar nenhum dia de tua vida.”

(Confúcio)

A MAGIA DIVINA DOS GÊNIOS

Gênios, eis um nome que desperta a curiosidade de muitos e temos tão pouco à nossa disposição para aprendermos sobre esses seres da natureza.

Aqui no Brasil, fora alguns ocultistas que os conhecem e com eles trabalham através de rituais fechados, os gênios só são conhecidos devido filmes e livros que os descrevem como seres mirabolantes, capazes de fazerem coisas mirabolantes ou espetaculares, tornando essa classe de seres da natureza em personagens de ficção.

Além do que escrevi acima nada mais se sabe sobre eles e deixamos de recorrer a esses seres da natureza, tão importantes para a Criação Divina quantas todas as demais classes de seres criadas por Deus, a nossa inclusa.

Apenas, eles não são visíveis às pessoas e raros são os clarividentes que conseguem vê-los porque são arredios aos olhos dos curiosos.

Mas em outras regiões da Terra eles são bem conhecidos e são invocados para auxiliarem na solução das mais variadas dificuldades que surgem na vida das pessoas, sejam elas de fundo espiritual ou material.

Pouco se sabe por aqui e tudo fica como se fossem produto de ficção ou de mentes desequilibradas ou confusas, vitimas de obsessores espirituais.

Mas isso não é verdade e agora todos os interessados em aprender sobre eles e em como trabalhar de forma correta com essa classe de seres da natureza terão muitas informações sobre eles e como servirem-se dos seus poderes naturais de forma ordenada e equilibrada, passando a se beneficiarem ou aos seus semelhantes com o que aprenderão durante o curso que será ministrado sobre eles na escola de magia divina do colégio de umbanda Pai Benedito de Aruanda, curso esse que visa formar pessoas nessa magia divina e popularizar o conhecimento sobre esses seres tão especiais e tão desconhecidos por nós aqui no Brasil.

Saibam que os gênios são tão importantes para a Criação que cada ser criado por Ele, assim como cada planta, cada minério, cada cristal, cada gás, cada líquido, cada elemento químico, cada tipo de solo ou terra, cada rocha, etc., tem seu gênio tutelar, que tem por função zelar pela sua integridade e preservação na Criação.

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Cada ser humano tem o seu gênio tutelar que o acompanha desde o nascimento até o desencarne, assim como é regido em um dos seus aspectos por uma Divindade Gênio, fato esse desconhecido por todos, não importando a religião que sigam ou suas formações "esotéricas".

Além dessas informações que coloquei aqui, há muitas outras que serão reveladas no decorrer do curso de magia divina dos gênios ou já foram publicadas no livro de minha autoria denominado "MAGIA DIVINA DOS GÊNIOS", publicado há alguns anos a traz pela editora Madras, ao qual eu recomendo a leitura, ainda que a titulo de aprendizado pessoal.

Para os que se sentirem atraídos por essa magia divina, fica aqui o meu convite para que venham estudá-la e nela iniciarem-se para, daí em diante passarem a trabalhar e servirem-se magisticamente dessa classe de seres da natureza criados por Deus para zelarem por ela... e por nós, os seus maiores destruidores. Cordialmente,

Pai Rubens Saraceni

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A Balança da Justiça

(Vibrações análogas ou similares e vibrações

antagônicas ou opostas)

Tudo tem seu oposto, da Luz às Trevas, do prazer à dor, do certo ao errado, e já que tudo faz

parte da Criação, tem seu propósito e sua função, e o conceito de oposição passa a ser o de

complementação.

O “complemento” de cada coisa tem como função balancear, ou melhor, reequilibrar os

excessos cometidos, aplicando as Leis da Causa e Efeito, pois estes “complementos” inversos são

a forma de, através da Lei das Afinidades, termos ações e reações proporcionais, inversas ou não.

Quem bebe demais fica bêbado, quem trabalha demais se cansa, quem nada faz nada constrói, e

se estes exemplos de significado óbvio, mas de amplo entendimento foram usados é porque

o certo e o errado em muitos casos têm uma tênue linha de separação, e às vezes nem sequer visível.

Que dizer do soldado que serve à força o exército de seu País, convocado vai à guerra, e mesmo

sem querer, acaba matando para não morrer?

É claro que existe um peso negativo e uma consequência negativa neste ato, mas analisaremos a

culpa relacionada ao peso das ações do ser, de seu ambiente social e da Criação no Todo.

Podemos analisar tudo em três formas de visão: energética, vibracional e ocorrencial, e estas

formas são a positiva, a negativa e a neutra que geram, como suas definições já dizem, efeitos afins

com as energias, vibrações e ações que desencadeiam, conduzindo os afins aos seus locais, e seus atos

a uma espécie de compensação, para que o universo anule o danoso, perpetue o bom e neutralize o que

pode vir a causar danos, uma vez que Deus e as Divindades Regentes da Criação geram as

circunstâncias para que haja o equilíbrio, e o restabelecem sempre que preciso for através da Lei e da

Justiça Divinas.

O Caos e a Ordem têm uma linha tênue entre os homens, mas muito clara na Criação, pois nada

fica estático, tudo se transforma e tudo evolui sempre. E muitas vezes uma explosão traz a ordem em

seguida, pois aos nossos olhos o caos é diferente do que seria o Caos de fato. Este não perdura, porque

a falta de ordem traria o colapso da Criação como um todo, e muitas vezes o que parece ser desordem é

um ciclo, e o novo nasce do antigo, a água vira nuvem, que vira chuva, que vira água em outro lugar.

Assim é também o homem, que na matéria morre, desaparece, renasce outro, sem perder sua

essência, mas com outra missão ou carma, relacionado ao seu conjunto de atos em toda sua existência

material e espiritual, para que esgote seus negativismos e sua reforma íntima ocorra, pois, antes de

construir sobre terreno pedregoso, é preciso destruir as pedras que atrapalham as fundações da

construção. E a maior fonte de desequilíbrio do homem são seus pensamentos, que se hora são

construtivos e bons, noutra são destrutivos e daninhos.

“Portanto, o aprendizado reconstrói pelo amor ou pela dor tudo que é necessário no ser, para

harmonizá-lo”.

Para adquirir o livro “Compreenda-se ou se Devore”, entre em contato com Nelson Junior pelo E-mail.

Por: Nelson Junior

E-mail: [email protected]

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DIÁLOGO ENTRE UM FILÓSOFO E UM PRETO VELHO

Certo dia, um filósofo adentra a uma tenda de umbanda e senta-se no banquinho de um

preto velho. Sua intenção era questionar, investigar; enfim, experimentar.

Ao se sentar, o preto velho já sabia o que ele queria, mas mesmo assim saudou-o

gentilmente e perguntou em que poderia ajudar. O filósofo respondeu:

_ Meu preto velho, na era da biotecnologia vemos os cientistas avançarem cada vez

mais nas pesquisas referentes à manipulação do material genético humano. Além disso, estamos na era

do multiculturalismo, de forma tal que a diversidade, inclusive no sentido intelectual, se faz cada vez

mais presente. Pergunto eu: _ o que pode um preto velho dizer sobre assuntos de tamanha

complexidade?

Preto Velho, com toda sua calma, respondeu gentilmente ao filósofo:

Misin fio, vós suncê (Sic) tem palavra bonita na boca, por causa de que tu és homem

letrado (Sic). Nego véio cá, num estudou nem escrevinhou essas coisa. Mas daqui do meu cantinho,

aonde os ventos de Aruanda tocam em meus ouvidos, recebo as notícias que vem da Terra. Vejo

também com meus próprios olhos e presencio as lágrimas e sorrisos que brotam como flores e espinhos

no âmago de meus filhos.

Vou dizer a vós suncê uma coisa. Esse bicho chamado “biotecnologia”, eu sei muito

bem como funciona. Misin fio, [bio] vem do grego “bios” = vida. “Téchne” e “Logos” também vem do

grego, fio. Logo, biotecnologia é o conhecimento sobre as práticas (manipulação) referentes à vida.

Assim sendo, nego véio é a favor de tudo que respeita a vida e que é usado para o bem.

O bem, não só de si mesmo, mas da humanidade. Uma faca pode ser uma ferramenta de cozinha e

ajudar a preparar um alimento. No entanto, a mesma faca pode ser uma arma a machucar alguém. Não

é a ferramenta, mas sim o que se faz com ela que torna perigosa a humanidade.

Pasmo, o intelectual não sabia o que dizer, tamanha sua surpresa sobre tão sábias

palavras. E não só isto, o conhecimento até sobre a origem das expressões que vem do grego, aquela

humilde entidade possuía.

Por alguns segundos sentiu um misto de inveja e indignação, uma vez que pensou ser

mais conhecedor sobre as coisas da vida que o Preto Velho. Daí então indagou:

_ Você acha que suas opiniões podem superar a luz da ciência? Este, respondeu:

_ Fio, o que nego véio fala, nego véio comprova, pois este nego vivenciou. Caminhou

na terra que vós suncê pisa hoje. Sorriu, chorou, se emocionou, amou. Conviveu com homens de bem e

também com homens do mal. Fez suas escolhas e por isso é hoje um espírito guia. E só pude aqui

chegar porque acertei na maioria das escolhas que fiz. Naquelas em que não acertei, tive que vivenciar

novamente, até aprender. Assim como vós, na Terra.

Quanto aos estudos (risos), esse nego véio aqui não frequentou escola na última

encarnação. Mas, das muitas encarnações que tive, eu estudei, me formei e, em algumas delas me

doutorei. A medicina chinesa, a filosofia grega, a sabedoria hindu; tudo isso fez parte da minha

evolução. Da matemática egípcia até os estudos astronômicos de Galileu pude aprender. E depois de

aprender tudo isso, sabe qual o maior ensinamento que obtive misin fio?!

A ter h –u- m- i- l- d- a- d- e.

Por isto, doutor, vós me vês na aparência de um velho escravo brasileiro, semeador das

raízes deste lindo país chamado Brasil, terra da diversidade, da multi culturalidade.

Que cada um formule a sua moral da história. Porém, questione seus conhecimentos e veja se estão

alinhados com os propósitos de simplicidade. Pois sem ela, não se faz jus a benção do saber. enviado por: Ronaldo Figueira e-mail: [email protected]

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Um dos elementos indispensáveis à Liturgia Umbandista, porém

pouco comentado e estudado, é a PEMBA.

Mas, de onde veio esse elemento? Qual sua função? Qual sua

história? Para que é utilizado? O que representa cada cor?

Buscar-se-á neste humilde texto responder essas indagações, a fim de

oportunizar aos nossos filhos de fé, e irmãos em geral, o

esclarecimento sobre esse instrumento sagrado tão utilizado por todos

os nossos guias espirituais. Ao comprar uma Pemba nova, em qualquer loja de Umbanda deste país,

certamente você irá encontrar um folheto dentro da embalagem, com as seguintes informações:

"Pemba Legítima Africana" - Recuse imitações!

“A PEMBA é objeto permanente aos ritos Africanos, mais antigos que se conhecem,

fabricada com o pó extraído dos MONTES BRANCOS KABANDA, é empregada em

todos os RITOS E CERIMÔNIAS, festas, reuniões ou solenidades africanas e

umbandistas”. Nas tribos de UMBANDA, BACONGO E CONGOS, é usada a PEMBA sob todos os pretextos.

Quando é declarada a guerra, os chefes esfregam o corpo todo com a PEMBA para vencer os

inimigos; por ocasião dos casamentos, os noivos são pelos padrinhos esfregados com a PEMBA para

que sejam felizes; o negociante que quer conseguir um bom negócio esfrega um pouco de PEMBA nas

mãos; em questões de amor então, bem grande é a influencia da PEMBA, usando-a as jovens como se

fosse o pó de arroz porque dizem, traz felicidade no amor e atrai aquele a quem deseja. “

Como era fabricada a PEMBA na antiguidade? Era privilegio do SACERDOTE MAIS VELHO DA TRIBO a direção dos trabalhos da

fabricação da PEMBA. Esta era feita por moças virgens em completo jejum presididas pelo

SACERDOTE, que durante a fabricação não podia tomar alimento de espécie alguma nem beber agua,

apenas fumando o seu cachimbo, que era considerado sagrado.

Durante três dias e três noites e às vezes mais, a PEMBA era trabalhada, acompanhada por música de

CONGO, as virgens cantavam sem cessar preces à VIRGEM PEMBA para que esta transmita todas as

suas virtudes a que estão fabricando.

A PEMBA É OBJETO DE GRANDE COMERCIO ENTRE OS AFRICANOS

A LENDA DA PEMBA

Contam as lendas das tribos Africanas o

seguinte sobre a PEMBA:

M. PEMBA era o nome de uma gentil

filha do SOBA LI-U-THAB, SOBA poderoso

dono de grande região e exercendo a sua

autoridade sobre um grande numero de

TRIBOS.

M. PEMBA estava destinada a ser

conservada virgem para ser ofertada às

divindades da TRIBO, acontece porem que um

jovem estrangeiro audaz, conseguiu penetrar

nos sertões da ÁFRICA, e se enamorou

perdidamente de M. PEMBA.

M. PEMBA por sua vez correspondeu

fervorosamente a este amor e durante algum

tempo gozaram as delicias que estão reservadas

aos que se amam.

Porem não há bem que sempre dure, o

SOBA poderoso foi sabedor destes amores e

uma noite de luar mandou degolar o jovem

estrangeiro e jogar o seu corpo no RIO

SAGRADO U-SIL para que os crocodilos o

devorassem.

Não se pode descrever o desespero de M.

PEMBA e para prova de sua dor esfregava

todas as manhas o seu lindo corpo e rosto com o

pó extraído nos MONTES BRANCOS

KABANDA e a noite para que seu pai não

soubesse dessa sua demonstração de prazer pela

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morte e seu amante, lavava-se nas margens do

RIO DIVINO U-SIL.

Assim fez durante algum tempo, porem,

um dia pessoas de sua tribo que sabiam dessa

paixão de M. PEMBA, e que assistiam a seu

banho viram com assombro que M. PEMBA

elevava-se no espaço ficando em seu lugar uma

grande quantidade de massa branca lembrando

um tubo.

Apavoradas correram contar ao SOBA o

que viram e este, desesperado, quis mandar

degolar a todos, porem como eles haviam

passado nas mãos e corpos o pó deixado por

M.PEMBA notaram que a cólera do SOBA se

esvaia, e que ele tinha se tornando bom não

castigando os seus servos.

Começou a correr a fama das qualidades

milagrosas da massa deixada por M. PEMBA

atravessou esta e muitas gerações chegando até

nossos dias prestando benefícios àqueles que

dela se tem utilizado.

Pois bem, essas informações

interessantes, porém não seguras, são

encontradas dentro de qualquer caixa de Pemba.

Não são informações seguras porque não citam

a fonte, ou, ao menos, o autor do texto. Por isso,

toda história lá contada deve ser vista com

reservas.

Há também indicações de como e

quando usar. Todavia, optei por não transcrevê-

las aqui, por entender se tratar de informações

superficiais que não iriam acrescentar em nada

nosso estudo, pelo contrário, poderiam

confundir o leitor.

Entretanto, havemos de concordar que a

origem da Pemba é, sem sombras de dúvidas,

Africana. Ela é confeccionada com uma

substância chamada “caulim” (argila pura de

cor branca), Importado da África. Em razão da

dificuldade de importação, o “caulim” foi

substituído pelo “calcário” e a ”tabatinga”.

Sua confecção é bem simples: Basta

misturar uma pequena quantidade do material

citado acima triturado com um pouco de goma

arábica diluída em um pouco de água, Deixá-la

secar um pouco, e antes que a massa endureça

dar a ela o formato desejado...

Trata-se de um dos elementos

indispensáveis dentro da liturgia Umbandista. É

um elemento sagrado que, quando imantado,

cruzado, pela entidade, torna-se uma ferramenta

poderosa. É por meio dela que o guia espiritual

irá fazer seu ponto riscado.

O Ponto riscado é a identidade do guia. É

através do ponto que ele será identificado e

confirmado. Cada risco feito na tábua de ponto

tem o seu por quê. Tais símbolos informam

qual é a entidade, de onde ela vem, atua na

força de quem, entre outras coisas. Também, os

símbolos riscados podem invocar a defesa

contra os ataques inferiores, ou também o

ataque contra os mesmos...

Esses símbolos são trazidos pela própria

entidade. Não é o médium que cria tais pontos.

Muito menos copia de alguns dos livros que

existem por aí. Se o médium está realmente

incorporado, a entidade irá riscar seu ponto com

muita segurança e irá explicar exatamente o que

ele representa. "O ponto quando riscado cria um elo com o plano espiritual que emana energias, fluídos

e vibrações diretamente no ponto. Na maioria dos casos quando é riscado um ponto a entidade põe

alguém necessitado dentro dele, é quando a pessoa, às vezes, sente as vibrações, dependendo de sua

sensibilidade. É possível também um médium vidente ver os pontos riscados brilharem e emanarem

luzes diversas."

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Também, é bom esclarecer que, mesmo sendo duas

entidades de mesmo nome, dificilmente o ponto riscado será

idêntico, vez que, por mais que sejam espíritos ligados à mesma

falange, possuem ainda certa individualidade. Todavia, alguma

semelhança sempre haverá.

A Pemba também pode ser usada para riscar objetos,

portas, janelas, no objetivo de cruzar o ambiente, evitando a

entrada de maus espíritos e de energias negativas. Além disso, a

Pemba auxilia na entrada das boas energias e na abertura de

caminhos.

Também, utiliza-se a Pemba para

riscar as mãos, os pés e a cabeça dos médiuns.

E assim é feito, geralmente, para dar a eles

proteção. Também é utilizada antes da

realização do amaci. A Pemba, juntamente com

as águas puras e as ervas sagradas fortalecem a

coroa do médium, trazendo maior sintonia entre

ele (o médium) e suas entidades espirituais.

Em alguns casos específicos a Pemba

pode ser raspada, obtendo-se um pó, que é

utilizado para determinados trabalhos e até

mesmo, colocado dentro do próprio amaci.

Todavia, não existe na Umbanda qualquer ritual

de "sopro de pó de pemba", como existe no

Candomblé.

As cores das Pembas representam à linha

de qual entidade está utilizando ou a linha que

se está invocando. Assim, por exemplo, um

Caboclo de Ogum certamente irá riscar seu

ponto de vermelho, o de Oxossi de verde, o de

Xangô de marrom e assim por diante.

É bom lembrar que a Pemba não é

sagrada por si mesma. Uma Pemba comprada

em uma loja qualquer, se não for cruzada pelo

guia da casa, não terá serventia nenhuma. Será

apenas um giz como outro qualquer, sem

nenhuma utilidade espiritual.

Todavia, a Pemba que é cruzada e

abençoada pelo guia, torna-se uma verdadeira

arma para aqueles que sabem manipulá-la. É

um instrumento de luz usado pelo guia,

essencial em qualquer trabalho de Umbanda.

Também é comum se falar em "Lei da

Pemba" para referir-se à Umbanda. A expressão

"Filhos de Pemba" é utilizada para identificar

os filhos de Umbanda, aqueles que estão

cumprindo as diretrizes de Aruanda.

Por fim, para homenagear esse

instrumento sagrado, segue o ponto cantado na

abertura de todos os trabalhos de Umbanda:

“Ô salve a Pemba”!

Também salve a toalha!

Ô salve a Pemba!

Também salve a toalha!

Salve a coroa,

É de nosso Zambi é o maior!

Salve a coroa!

É de nosso Zambi é o maior!”

Enviado por: Jefferson

E-mail: [email protected]

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SALVE O GRANDE CRUZEIRO DA Bahia. MEU PAI!

Durante muitos anos a linha dos baianos foi renegada e os

trabalhos feitos com ela eram vistos com restrições. Dizia-se que por

não ser uma linha diretamente ligada às principais, era inexistente,

formada por espíritos zombeteiros e mistificadores.

Aos poucos eles foram chegando e tomando conta do espaço

que lhes foi dado pelo astral e que souberam aproveitar de forma

exemplar.

Hoje se tornaram trabalhadores incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o número

de baianos que está assumindo coroas em várias casas. A alegria que essa gira nos traz é contagiante.

Os conselhos dados aos consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força

digna de quem soube aproveitar as lições recebidas. Atualmente já temos o conhecimento de que fazem

parte de uma sublinha e nessa designação podem vir utilizando qualquer faixa de trabalho energético,

ou seja, podem receber vibrações de qualquer das sete principais.

Têm ainda um trânsito muito bom pelos caminhos de exu, podendo trabalhar na esquerda a

qualquer momento em que se torne necessário.

Cientes dessa valiosa capacidade, nós dirigentes, sempre contamos com eles para um desmanche

de demanda ou mesmo sérios trabalhos em que a magia negra esteja envolvida. Com eles conseguimos

resultados surpreendentes.

Quando se fala na Baía, nossos pensamentos são imediatamente remetidos para uma terra de

espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético e ecumênico ao extremo, nada mais natural que

sejam escolhidos para essa homenagem de lei que é como se deve ver a questão. Vale ainda lembrar

que nem todos os baianos que vêm à terra realmente o foram em suas vidas passadas, esses espíritos

agruparam-se por afinidades fluídicas e dentre eles há múltiplas naturalidades.

O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e,

portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino

migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande

frequência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos.

Os baianos da Umbanda são poucos presentes na literatura umbandista. Povo de fácil

relacionamento, comumente aparece em giras de Caboclos e pretos velhos, sua fala é mais fácil de

entender que a fala dos caboclos.

Conhecem de tudo um pouco, inclusive a Quimbanda, por isso podem trabalhar tanto na direita

desfazendo feitiços, quanto na esquerda.

Quando se referem aos Exus usam o termo "Meu Compadre", com quem tem grande afinidade e

proximidade, costumam trazer recados do povo da rua, alguns costumam adentrar na Tronqueira para

algum "trabalho". Enfrentam os invasores (kiumbas, obsessores) de frente, chamando para si toda a

carga com falas do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu podes comigo". Buscam sempre o

encaminhamento e doutrinação, mas quando o Zombeteiro não aceita e insiste em perturbar algum

médium ou consulente, então o Baiano se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o

dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado. Costumam dizer que se estão ali

"trabalhando" é porque não foram santos em seu tempo na terra, e também estão ali para passarem um

pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra.

São amigos e gostam de conversar e contar causos, mas também sabem dar broncas quando

veem alguma coisa errada.

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Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 11

Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista,

principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do

tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de

ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente,

são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé.

Os Baianos na Umbanda são “doutrinados”, se assim podemos

dizer, apresentando um comportamento comedido, não falam mal, nem

provocam ninguém.

Os trabalhos com a corrente dos Baianos trazem muita paz, passando perseverança, para

vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena.

A Entidade pode vir na linha de Baianos e não ser necessariamente da Bahia, da mesma forma que na

linha das crianças nem todas as entidades são realmente crianças.

Os Baianos são das mais humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos

sentimentos dos seus consulentes. Talvez por sua forma fervorosa de se apresentar em seus trabalhados

no terreiro, aparentem ser uma das entidades, mais fortes ou dotadas de grande energia (e na verdade

são), mas na umbanda não existe o mais forte ou fraco são todos iguais, só a forma do trabalho é que

muda.

Adoram trabalhar com outras entidades como Erês, Caboclos, Marinheiros, Exus, etc.

São grandes admiradores da disciplina e organização dos trabalhos.

São consoladores por natureza e adoram dar a disciplina de forma brusca e direta diferente de qualquer

entidade.

Texto de: Pai Pedro de Ogum

http://paipedrodeogum.blogs.sapo.pt/

Ao falarmos de Exu, parece que estamos

“chovendo no molhado”, mas ao descrevê-lo da

forma que iremos fazer, estamos chovendo em

solo muito seco e árido. Sabemos que Exu tira

com a mão esquerda e devolve com a mão

direita.

Se estivermos negativos e agindo de

forma negativa, Exu tira a nossa alegria

desvitalizando-nos, pois quem atua de forma

negativa contra seu semelhante, não merece

sorrir e esbanjar alegria. Mas Exu também

devolve a alegria quando passamos a agir

positivamente, pois só quem faz o bem pode

sorrir e esbanjar felicidade. Exu tira quando nos

negativamos e devolve quando nos positivamos.

Por isso dizemos que o mistério Exu, na

origem é neutro, porem no meio ele não tem o

livre arbítrio, pois no meio ele é regido pela Lei

Maior e por uma de suas leis auxiliares que é a

Lei do Carma e cobra de quem deve e paga a

quem merece.

Se estivermos agindo negativamente

contra um semelhante nosso, Exu tira a nossa

saúde, desvitalizando-nos e adoecendo-nos, pois

quem agir contra um semelhante roubando-lhe a

tranquilidade mental, não merece ter saúde,

força e disposição para tal feito. Mas Exu

também devolve a saúde revitalizando-nos

quando passamos a agir positivamente, pois só

depois de estarmos doentes é que vamos

perceber o quanto é bom ter saúde (plenitude em

Deus) e nos voltarmos para Ele, nos redimirmos,

fazermos uma reforma intima e nos positivarmos

e ai sim, exu devolve nossa saúde, pois aquele

que faz o bem e é virtuoso deve ter saúde, força,

disposição e vitalidade para ajudar o próximo.

Exu é o guardião que dá e tira, é o Orixá

que tira dando e dá tirando, pois devolve a

doença e tira a saúde, isso quando estamos

agindo negativamente contra uma pessoa e tira a

doença e devolve a saúde, isso quando estamos

positivos, virtuosos e semeando o bem. Exu nos

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Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 12

ampara quando estamos virtuosos e nos esgota e

pune quando estamos viciados.

Exu, enquanto elemento mágico-

espiritual ativado e oferendado na natureza, não

possui livre arbítrio. Para essa força ativada em

nosso nível não há o principio neutro. E quando

falamos PRINCIPIO, isso tem o significado de

origem, pois na origem exu é neutro e no meio

ele é dual e assume a natureza intima que lhe

derem, pois não tem livre arbítrio.

Se avançarmos na lei do carma num

estudo racional e pensarmos de forma imparcial,

veremos exu como executor da lei do carma a

serviço da Lei Maior, pois em verdade não

recebemos uma demanda ou ao menos um

pensamento negativo sem merecermos, pois até

um espírito sofredor ou um obsessor nos é

ligado por afinidades concernentes à lei cármica.

Nessa encarnação podemos ser pessoas

de bem e virtuosas, porem devido ao nosso

adormecimento na carne, não sabemos o que

fomos em outras encarnações, pois podemos ter

débitos de uma encarnação ocorrida a cinco mil

anos atrás e só agora que estamos aptos, ou seja,

com um nível de consciência elevada, somos

cobrados pela Lei Maior onde, a lei do carma

entra em execução para saldarmos a nossa

divida para com um ato cometido quando

estávamos em desequilíbrio.

Uma ação negativa sempre tem um inicio

e não importa quando, um dia prestaremos conta

da mesma. Servindo-se de um exemplo dizemos

assim: Dois amigos que entre eles nunca houve

um antagonismo que pudesse abalar sua

amizade, porem por um motivo de ciúmes uma

das partes toma uma atitude negativa

assassinando o outrora amigo, atitude esta que

irá marcar para sempre seu espírito. Podemos

relatar aqui, por exemplo, Caim e Abel, os dois

irmãos bíblicos. Ali na gênese relata que Caim

teria sido um dos primogênitos que havia

nascido na terra de gravidez normal resultante

de relações entre Adão e Eva. Tanto ele quanto

Abel teriam sido “supostamente os primeiros”

seres humanos encarnados, pois eles não viviam

no “paraíso” com seus pais e “nasceram” aqui na

terra.

Pois bem, nessa historia devemos nos

atentar para a verdade oculta por traz da

alegoria.

Se não, vejamos: Os dois espíritos estavam na

sua primeira encarnação, eram espíritos naturais

que haviam adentrado em seu primeiro ciclo

encarnacionista e estavam isentos de débitos e

não possuíam carmas anteriores. Através de um

sentimento negativo tipicamente desumano que

é a inveja, um dos muitos sentimentos negativos

que nos afastam de Deus tornando-nos vazios de

sua plenitude, Caim adquiriu seu primeiro carma

ao matar seu irmão Abel.

Até ali os dois estavam isentos de carmas,

pois eram espíritos que estavam realizando seu

primeiro ciclo encarnatório. Porem Caim

adquiriu seu primeiro carma e um dia não

importa quando a Lei Maior cobraria essa

pendência ou carma, que foi adquirido em um

ato negativo quando ele, em desequilíbrio e

ausente de Deus, cometeu esse pecado por

estar vazio de sentimentos positivos (Deus).

E, como quem rege o vazio ou o estado do

vazio é Exu, O Senhor Guardião da Esfera do

Vazio, onde tudo que se negativa torna-se vazio,

pois Deus é a plenitude e o virtuosismo e fora

Dele nada existe e ninguém subsiste. Então

todos os seres que têm seus vazios relativos

preenchidos com sentimentos viciados, sejam

eles de ódio, inveja, traição, cobiça, fúria,

intolerância, etc, adentra no campo desse

guardião do Vazio, que é Exu, para que assim

possam ser esgotados dos seus vazios relativos,

cheios de sentimentos negativos.

Sendo assim, Exu é guardião desses vazios

pessoais e a Lei Maior usa de seu mistério com

intensidade como executor de carmas que só são

adquiridos quando infringimos a Lei Maior, ou

seja, quando em desequilíbrio ou desarmonia

(ausência de Deus) cometemos algum ato

negativo.

Se Deus é harmonia e equilíbrio, os

antônimos desses dois estados estão indicando

um vazio relativo ou uma ausência de dele.

E sabemos que fora de Deus nada existe.

Exu, O Orixá, é uma Divindade Planetária ou

Divindade Maior de Deus que tem suas

hierarquias de seres que trabalham sobre a Sua

irradiação. Tem suas divindades médias,

menores, classes de seres divinos, seres

elementais, naturais, até chegar ao nosso nível,

que são de seres espiritualizados e humanizados.

Não podemos jamais confundir a Divindade

Maior Exu com os espíritos humanos

“exunizados” que nós trabalhamos ou com

espíritos elementais e naturais que nós

oferendamos.

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Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 13

Devemos distinguir a Divindade Maior

Regente de um Mistério de Deus, dos seres que

somente manifestam suas qualidades, para que

assim não venhamos a descaracterizar e nem

humanizar demais uma Divindade cuja natureza

e origem são divinas e que atua em toda a

Criação e não esta somente voltada para nós ou

para nossa realidade.

Não podemos confundir o Orixá Maior

Exu, com os espíritos que se manifestam e

incorporam sobre sua regência, pois esses

espíritos estão em evolução.

O Orixá Maior Exu, é uma Divindade

Maior de Deus e que realiza sua função em toda

a Criação, amparando todas as criaturas geradas

pelo Divino Criador.

Então o Orixá Maior Exu, na origem é

neutro e guarda o estado do Vazio; no meio

espiritual a Lei Maior utiliza esses espíritos que

foram exunizados para executar o carma

adquirido por nós, não importando quando

adquirimos esses débitos, pois a semeadura é

livre e a colheita é obrigatória e no fim esta a

onisciência de Deus que tudo sabe.

E somente quando estivermos elevados e

adquirirmos uma consciência maior de suas

Leis, tem inicio a colheita dos males que

semeamos, pois já amadurecemos como seres

humanos e estamos aptos a colher os frutos

amargos que plantamos enquanto estávamos

vazios de sentimentos.

Precisamos entender que até um

espírito obsessor que nos tira a paz esta

ligado carmicamente conosco por fios

invisíveis e devemos meditar sobre essa

atuação, pois, na maioria das vezes, ela não

esta refletida em um ato dessa encarnação e

sim de outras vidas e a vitima de hoje talvez

tenha sido o algoz de ontem.

Sendo assim, exu enquanto elemento

mágico ativado em um ponto de força na

natureza, não possui livre arbítrio e a lei

utiliza-se desse meio e condição dos espíritos

exunizados para atuar através deles na lei do

carma e ir esgotando os débitos e devolvendo

os créditos, permitindo assim que a

semeadura seja livre, porem a colheita

obrigatória.

SARAVÁ UMBANDA

Por: Pablo

E-mail: [email protected]

Vovó Benta

Mãe Leni W. Saviscki

O terreiro de Umbanda,

como um hospital de almas ou

pronto socorro emergencial,

recebe nos dias de sessão ou

"gira" uma quantidade razoável de

encarnados. Mas somente os

espíritos desencarnados que lá

trabalham é que podem

vislumbrar a imensidão de

desencarnados que se

movimentam no ambiente em

busca de ajuda.

Ordenados e amparados

por seus tutores, chegam

estropiados e com aparência

assustadora, uma vez que em sua

maioria representam aqueles que

se cansaram e esgotaram suas

forças na vida andarilha do pós-

morte do corpo físico.

Voltam à pátria espiritual e

dela não têm conhecimento e, sem

noção da continuidade da vida,

desconhecem até mesmo a

condição de espíritos

desencarnados e, por isso,

continuam a sentir os desejos,

ambições, gostos e dores da vida

física e nesse caminho, definham

suas energias.

Quando conseguem

alcançar algum vislumbre de

consciência de sua realidade,

permitem a ajuda dos benfeitores

que os encaminham a algum local

sagrado, onde medianeiros

encarnados possam ajudá-los

através do choque anímico,

permitindo o total desligamento

da matéria. Neste momento os

chamados Centros Espíritas e de

Umbanda, tornam-se "oásis" em

seus desertos e, como pontes entre

o céu e a terra, permitem a

passagem de volta ao lar

espiritual.

Naquela noite chuvosa e

fria, a maioria dos médiuns

daquele terreiro, ressentidos pela

dificuldade de deixarem o

conforto dos lares, faltou ao

trabalho espiritual e o dirigente

preocupado com o atendimento

dos doentes que se apinhavam no

espaço que dia-a-dia se tornava

pequeno, ajoelhou-se em frente ao

congá, assumindo sua tristeza

diante dos Guias espirituais.

Deixou correr duas

lágrimas para aliviar seu peito

angustiado. Pensou em como fora

seu dia e nas atribulações a que já

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deveria estar acostumado, mas

que agora pesavam mais pela

saúde que já lhe faltava. Nas

dificuldades financeiras, no

aluguel da casa que já vencera e

nos tantos atrapalhos que

ocorreram em seu ambiente de

trabalho naquele dia. Sem contar

na visita que viera de longe e que

deixara em casa esperando pela

sua volta do terreiro. Nada disso o

impediu de fazer uma prece no

final do dia, de tomar seu banho

de ervas e seguir a pé até o

terreiro, enfrentando a distância e

o temporal que se fazia.

Sentia-se feliz em cumprir

sua tarefa mediúnica, mas como

havia assumido abrir um "hospital

de almas", juntamente com outros

irmãos que se responsabilizaram

perante a espiritualidade em servir

à caridade pelo menos nos dias de

atendimento ao público, sabia que

sozinho pouco podia fazer.

Pedindo perdão aos guias

pela sua tristeza e talvez

incompreensão em ver o descaso

dos médiuns, que à menor

dificuldade, escolhiam cuidar dos

próprios umbigos a servir aos

necessitados, solicitou que se

redobrasse no plano espiritual a

ajuda e que ninguém saísse dali

sem receber amparo.

Olhando a imagem de

Oxalá que mesmo ofuscada pelas

lágrimas, irradiava sua luz

azulada, sentiu que algo maior do

que a lamparina aos pés da figura,

agora brilhava. Era uma energia

em forma de fios dourados que se

distribuíam, a partir do coração do

Cristo e que cobriam os poucos

médiuns que oravam silenciosos,

compartilhando daquele

momento, entendendo a tristeza

do dirigente.

Agindo como um bálsamo

sobre todos, iniciaram a abertura

dos trabalhos com a alegria

costumeira. Quando o mentor

espiritual se fez presente através

de seu aparelho, transmitiu

segurança a corrente, com

palavras amorosas e firmes e

nesse instante, falangeiros de

todas as correntes da Umbanda ali

"baixaram" e utilizando de todos

os recursos existentes no mundo

espiritual, usaram ao máximo a

capacidade de cada médium

disponível, ampliando-lhes a

percepção e irradiação energética,

o que valeu de um trabalho

eficiente e rápido.

Harmoniosamente, os

trabalhos encerraram-se no

horário costumeiro e todos os

necessitados foram atendidos.

Desdobrados em corpo

astral, dois observadores

descontentes com o final feliz,

esbravejavam do lado de fora

daquele terreiro. Sua programação

e intenso trabalho para desviar os

médiuns da casa naquela noite, no

intuito de enfraquecer a corrente e

consequentemente, infiltrarem

suas "entidades" no meio dela,

havia falhado. Teriam que

redobrar esforços na próxima

investida.

Quando as luzes se

apagaram e a porta do terreiro

fechou, esvaziando-se a casa

material, no plano espiritual,

organizava-se o ambiente

energético para logo mais receber

os mesmos médiuns, agora

desdobrados pelo sono.

Passava da meia noite no

horário terreno e os médiuns,

agora em corpo de energia

voltavam ao mesmo local do qual

a pouco haviam saído. Os

aguardavam silenciosos, ouvindo

um mantra sagrado, seus

benfeitores espirituais.

Tudo estava muito limpo e

perfumado por ervas e flores.

Um a um, ao adentrar, era

conduzido a uma treliça de folhas

verdes e convidado a deitar-se,

recebendo ali um banho de

energias revigorantes.

Quando todos já se

encontravam prontos, seguiram

em caravana para os hospitais do

astral e lá, como verdadeiros

enfermeiros, auxiliaram por horas

a fio a tantos espíritos que horas

antes haviam estado com eles no

terreiro e recebido os primeiros

socorros.

No final da noite, o canto

de Oxum os chamava para

lavarem a "alma" em sua

cachoeira e assim o fizeram, para

somente depois retornar aos seus

corpos físicos que se permitia

descansar no leito.

-Vó Benta, mas e aqueles

médiuns que faltaram ao terreiro

naquela noite, perderam de viver

tudo isso?

-Nem todos zi fio! Nem

todos! Dois ou três deles, faltaram

por necessidades extremas e não

por desleixo e assim sendo, se

propuseram antes de dormir,

auxiliar o mundo espiritual e por

isso foram convidados a fazer

parte da caravana.

- E aqueles que mesmo

não tendo comparecido por

preguiça, se ofereceram para

auxiliar durante o sono, não foram

aceitos?

-A preguiça, bem como

qualquer outro vício, é um

atributo do ego e não do espírito,

mas que reflete neste. Perdem-se

grandes e valiosas oportunidades

a todo instante pela insensatez de

ouvirmos o ego e suas exigências.

O tempo, zi fio, é oportunidade

sagrada e dele se faz o que bem

quer cada um. O minuto passado,

não retorna mais, pois o tempo

renova-se constantemente. O

amanhã nos dirá o que fizemos no

ontem e esse tempo que virá é

nosso desconhecido, por isso não

sabemos se nele ainda estaremos

por aqui servindo ou se em algum

lugar, clamando por ajuda de

outros que poderão alegar não ter

tempo para nós, pois precisam

cuidar de seus umbigos.

Assim é a vida, zi fio.

Contínua troca!

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O AUTO BLOQUEAMENTO DA MEDIUNIDADE

Como ocorre o auto bloqueamento da mediunidade?

Acontece quando por falta de conhecimento, por

arrogância, irresponsabilidade, preguiça, descaso, vaidade,

entre outras que leva o médium a deixar seu Dom de lado.

“O médium durante sua vida do lado de “fora” (do

terreiro vamos colocar desta forma para aqueles que são

simpatizantes, mas não fazem parte de corrente mediúnica)

tem sua mediunidade em estado potencial”. Mas quando ele

passa para “dentro” se torna integrante da corrente

mediúnica a sua mediunidade deixa de ser passiva e se torna

ativa com isso o médium se torna visível pelo baixo astral é

como se os holofotes apontassem para ele.

O porquê disso?

Como a Umbanda é uma religião, que te ensina como não ser mais escravo dos medos, de

morrer, dos pecados, do inferno, que muitos falam, mas não sabem explicar e só serve para amedrontar

as pessoas, e a Umbanda te mostra de forma racional que tudo tem o seu porque e que nada é por

acaso, com isso você se liberta destas prisões psíquicas que foram construídas através dos anos e esta

liberdade consciencial ordenada e equilibrada torna-os um perigo em potencial para os vossos

semelhantes que regrediram consciencialmente e povoam as faixas vibratórias negativas, mais

conhecidas como baixo astral.

Mas se o médium não faz suas obrigações básicas como seus banhos, acender suas velas de

proteção e não mantem os seus pensamentos constantemente elevados, e tem ações reprováveis pela

Lei Maior e pela Justiça Divina.

Ele acaba cavando o seu próprio buraco, com isso começa dar tudo errado na vida dele, e é nesta

hora que eles são realmente testados porque a maioria se revolta e só piora a situação. E não entendem

e não enxergam que o problema são eles próprios e muitos só percebem isso quando já estão no fundo

do poço.

E se a descida é rápida a subida é lenta e cada degrau da escada só se sustenta se for feito de

pensamentos, atitudes e ações nobres, boa vontade, luta constante para o aperfeiçoamento, dedicação

ao estudo para maior compreensão de sua própria situação.

Com este conjunto é formada a reforma intima do ser e se o interior está bem o exterior é

consequência, ai sim se vê quanto tempo se passou e o quanto é difícil chegar à superfície e sai deste

poço fundo das nossas próprias ilusões.

E este texto é uma auto avaliação minha e é muito

triste ver diversos irmãos que estão deixando de serem

ótimos instrumentos do bem e da caridade e se perdendo pelo

caminho e tendo que aprender através do caminho da dor ao

invés do caminho do amor, mas como todos os caminhos

levam ao Pai então aqueles que forem pela dor vão ter esta

lição marcada pelas lágrimas derramadas de sofrimento.

Então irmãos atentem para com os seus pensamentos e

atitudes porque o que você plantar será o que você irá colher.

E usem este relato de alguém que caiu sofreu mais se

levantou através de muita ajuda e paciência de todos os meus irmãos de fé e principalmente do meu Pai

de Santo e dos meus Pais e Mães Guias espirituais que são nossos amigos e companheiros para todas

as horas.

Então eu vos agradeço pela oportunidade e que os Orixás os abençoem. Thiago Bertozzi

Email - [email protected]

Obsessores

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O MEDO DO AMOR (Por Martha Medeiros)

Medo de amar?

Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar:

medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar

relacionamentos.

Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba.

Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha,

o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque

não há mais interesse ou atração, sei lá,

vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável.

Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em

dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro,

e vai um pouco de dor pra cada canto.

Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre

traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma. Romper

um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade,

é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos

gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala. É fratura exposta. Definhamos em público, encolhemos a

alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos essa violência vinda do

tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e

estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas

nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca

vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim.

Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as

vezes que o amor nos chama,

fingindo um pouco de resistência, mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo...

Um minuto para refletirmos sobre o medo em nossas vidas... Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os

homens têm medo da luz... (PLATÃO). Pois a vida é maravilhosa, quando não se tem medo dela... (Charles

Chaplin) Afinal, O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não... (Mahatma Gandhi)

ORAÇÃO A SÃO COSME E SÃO DAMIÃO

São Cosme e São Damião, que por amor a Deus e ao

próximo vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos

semelhantes. Abençoai todos os médicos e farmacêuticos, medicai

meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra todo mal.

Que vossa inocência e simplicidade, acompanhe e proteja

todas as crianças. Que a alegria da consciência tranquila, que

sempre vos acompanhou repouse também em meu coração.

Que a vossa proteção São Cosme e São Damião, conserve meu coração simples e sincero,

para que as palavras de Jesus, também sirvam para mim:

"Deixai vir a Mim os pequeninos, porque deles é o Reino dos Céus."

Ah São Cosme e São Damião, rogai por todos nós.

Amém!

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UMBANDA QUE

GERA UMBANDAS!

Em um século de Umbanda, ainda

persistimos na vã tentativa de um padrão ou uma

liturgia pré-definida para a religião de Umbanda,

onde alguns conceitos se complementam e outros

se anulam completamente.

Sabemos que a Umbanda, por tratar-se de uma

religião, vai adaptando-se ao seu tempo e

amoldando-se em acordo com a necessidade e

cultura dos seus fiéis.

Esse processo de renovação é continuo.

Em caso contrário, a religião cai no

ostracismo, já que deixa de atender a muitas

necessidades dos seus fiéis, outrora sanadas por

ela, deixando de estimula-los a voltarem a Deus,

pois todas as religiões são meios de nos

voltarmos a Ele.

A Umbanda destaca-se como uma religião

impar, justamente por agregar em torno de si

diversas formas de culto, não se apegando assim

a uma liturgia ou dogma que restringe e poda o

seu crescimento.

Hoje muito já se fala de Umbanda e muito

se falará daqui a um milênio de existência, pois

naturalmente ela se renova em cada templo vivo

de Deus, que são os

médiuns pelos quais os

oráculos e as vontades dos

Orixás manifestam-se.

Os médiuns são

templos vivos de Deus! Eis

o mistério pelo qual a

Umbanda não possui uma

liturgia estável ou um

dogma fixo.

A Religião de

Umbanda gerou varias

“umbandas”, todas

Sagradas filhas diletas do

UM, pois temos: Umbanda

Branca, Pura, Traçada,

Cruzada, Divina,

Esotérica, Iniciática. Evangelizada, Omolocô,

Umbanda Branca de Demanda, Umbanda Cristã,

Umbanda de Caboclo, Umbanda de Mesa,

Umbanda Mista, etc.

A lista é grande e muito se cogitou, muito

se falou, muito se digladiou por uma

denominação ou modelo que mais falasse ao

coração ou a percepção ou ao bom senso dos

Umbandistas.

Pois bem, nada conseguimos nesse aspecto, pois

é justamente a liberdade de culto que torna a

religião mais rica.

O que é a Umbanda?

A Umbanda é paz e amor. É um mundo

cheio de luz. É a força que nos dá vida e a

grandeza nos conduz!

Esta explicita no maravilhoso Hino da

Umbanda o que ela é em si mesma. Umbanda é a

manifestação do espírito para prática da caridade

pura, gratuita e sem que haja o proselitismo.

Umbanda é culto aos Orixás da Natureza, pois

somos unânimes em dizer que todo templo de

Umbanda reúne esses conceitos básicos.

Porem não há uma liturgia pré-definida na

Umbanda, pois cada médium é um templo em si

e desperta de forma individual as forças sagradas

que traz em seu intimo, onde imprime a sua

própria dinâmica, segundo as Divindades-Orixás

que o regem e, assim que assume uma liderança

natural de sacerdote e passa a desenvolver seus

filhos em seu templo, toda a dinâmica e doutrina

serão em acordo com as forças espirituais que se

manifesta através do sacerdote dirigente do

templo.

Então, se temos um sacerdote cujas forças

são regidas por Oxalá e

Iemanjá, esse templo

assim como sua dinâmica

e doutrina será totalmente

passiva onde os trabalhos

ocorrem com uma

tranquilidade e paz muito

grande.

Porem se o

sacerdote for regido por

Ogum e Iansã, esse templo

assim como sua dinâmica

e doutrina será totalmente

ativa, onde os trabalhos

ocorreram com uma

agilidade, movimentação e

rigidez provenientes

desses orixás.

No primeiro exemplo, onde o sacerdote é

regido por Oxalá e Iemanjá, o trabalho realizado

ali pode denominar-se (desde que assim seja

determinado pelo guia chefe do terreiro), de uma

Umbanda com um novo qualificativo ou

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sobrenome como, por exemplo: Umbanda Cristã,

devido à passividade reinante nos trabalhos.

Porem no segundo exemplo, onde o

sacerdote é regido por Ogum e Iansã, o trabalho

realizado ali pode denominar-se (desde que assim

seja determinado pelo guia chefe do terreiro), de

uma Umbanda com um novo qualificativo ou

sobrenome como, por exemplo: Umbanda de Lei

e Demanda devido à atividade e a regência direta

desses Orixás de Lei, reinantes nos trabalhos.

É muita pretensão nossa acharmos que

esses sobrenomes ou qualidades agregados na

Umbanda foram criados aleatoriamente e não

tenham passado pelo crivo de um guia chefe de

Umbanda, pois todos são detentores de graus de

luz e aptos a darem um sobrenome ou uma

qualidade à liturgia ali desenvolvida pelos chefes

de terreiros.

É definitivamente verdadeiro que a

Umbanda é uma religião brasileira, fundada por

um espírito chamado Caboclo Das Sete

Encruzilhadas através de seu também fundador

encarnado, Pai Zélio de Morais.

É dogma fundamental e inalterável

conforme as palavras ditas pelo fundador da

Umbanda O senhor Caboclo das Sete

Encruzilhadas que:

“Todas as Entidades serão ouvidas e nós

aprenderemos com aqueles espíritos que

souberem mais e ensinaremos àqueles que

souberem menos, e a nenhum viraremos as

costas e nem diremos não, pois esta é a

vontade do Pai”.

É dogma fundamental e inalterável que:

“Umbanda é a manifestação do espírito para

pratica da caridade pura, gratuita e sem o

recurso do proselitismo”.

É dogma fundamental e inalterável que:

“Umbanda é o Culto a Deus, por meio dos

Orixás, que são manifestadores de Suas

Qualidades Divinas”.

À parte disso, na Umbanda não há um

dogma ou uma liturgia que define uma regra

estabelecida para pratica-la, pois, cada médium

manifesta uma natureza intima e individual no

qual herdamos de Deus nosso Divino Criador.

E a Umbanda, que é o culto à natureza,

manifesta-se a partir dessa natureza ou DNA

divino que herdamos de Deus individualmente.

Por isso a existência de varias

“Umbandas” na Umbanda, todas sagradas e

detentoras de direitos divinos de manifestarem-se

com esses nomes, pois é a manifestação de Deus

a partir do individual existente no Todo.

Assim como Deus nos gerou a sua

imagem e semelhança e nos dotou

individualmente com uma particularidade única

que só existe em nós, assim também é a

Umbanda, que gerou tantas outras umbandas e as

dotou individualmente com uma particularidade

única existente somente nessas umbandas.

Minhas reverências às Umbandas:

Umbanda Branca, Pura, Traçada, Cruzada,

Divina, Esotérica, Iniciática, Omolocô, Umbanda

Branca de Demanda, Umbanda Cristã, Umbanda

de Caboclo, Umbanda de Mesa, Umbanda Mista,

Umbanda de Lei, Umbanda Renovada, etc.

Todas, a meu ver são sagradas, pois todas, sem

exceção, foram manifestações da vontade de

forças espirituais, naturais, divinas, guias e

protetores daqueles sacerdotes que assim as

denominaram e expandiram seus cultos movidos

por uma vontade maior.

Sarava a Umbanda essa geradora divina,

que, ao gerar suas correntes, também

denominadas de Umbanda e batizadas pelos

guias-chefes com um sobrenome identificador de

seu campo de ação, também exercem de forma

digna a pratica da caridade pura e gratuita.

Minhas reverências aos Sacerdotes

Baluartes que dedicaram suas vidas à expansão

do culto e cujo intimo com toda a certeza foi

movido pelo amor em tornar a Umbanda uma

Grande Via Evolucionista.

Minhas reverências a todos aqueles que

trabalham na particularidade dos seus lares, feitos

templos de Umbanda em um dia especifico da

semana, onde arrastam o sofá e transformam a

cômoda em conga e, no anonimato de suas casas,

incorporam seus guias para fazerem a caridade

pura e gratuita, ajudam a engrandecer a e

expandi-la como religião de massa.

Sarava a Umbanda, Sarava as Umbandas.

Por: Pablo

E-mail: [email protected]

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Colégio de Umbanda Sagrada e Magia Divina

CABOCLO SETE ESPADAS

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ATIVIDADES GIRA DE UMBANDA (atendimento ao público) – Aos Sábados, á partir das 20 horas. Dúvidas: [email protected] ou ligue (13) 3422-5592 (pedimos a todos os alunos que não receberam seus certificados dos cursos virtuais, que enviem um e-mail para o endereço [email protected], informando no assunto o tema certificado).

É muito comum, chegarmos num determinado Terreiro e ficarmos maravilhados com os

fenômenos mediúnicos que vão acontecendo, a forma carinhosa que os Guias nos recebem, falando

exatamente aquilo que nós estamos precisando ouvir, mas, também dentro de nós, uma série de

questionamento vão surgindo: “Que religião é está, que os Guias, ora falam como Preto Velho,

Boiadeiro, Baiano, Crianças e mais estranho ainda quando falamos com o “famoso” Exú, Pomba giras

e Exú-mirim”.

E, vamos voltando sempre, porque percebemos o bem que nos fazem... e, evidentemente

estamos falando de Umbanda séria, aquela que atende graciosamente, aquela que faz um bem danado

para nossos Espíritos carentes...

Em muitos Terreiros, o Dirigente, proporciona palavras de esclarecimentos sobre a Umbanda e a

Linha de atendimento do dia, outra vezes, são os próprios Guias que oferecem os esclarecimentos,

verdadeiros ensinamentos evangélico, não um evangelho de letras, mas, os ensinamentos vivos de

quem viveu cada palavra da orientação que profere.

Então, vamos ficando, somos convidados para os Cursos e mais maravilhados ficamos quando

vamos descortinando os horizontes, os mistérios que nos pode ser revelados e de repente já estamos

dentro do Terreiro, usando branco, batendo cabeça, cantando os pontos e batendo no peito, sou

Umbandista.

É por tudo isto, que a Umbanda cresce cada dia mais, porque ela não impõe suas ideias, ela

encanta os olhos de quem a vê e os ouvidos de quem a ouve, alguns leigos costumam dizer que falta na

Umbanda, o ensinamento que esclarece e quando falam desta forma, estão se referindo ao Evangelho, o

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Novo Testamento e nós com todo respeito perguntamos, há quantos anos através das mais variadas

religiões, a humanidade não tem lido e ouvido estes ensinamentos e podem me fornecer números deste

aperfeiçoamento.

São inúmeras vezes que surgem diante dos Guias, irmãos das mais variadas religiões, que apesar

de todo “pseud. esclarecimento” pedem o mal dos seus semelhantes e os Guias esclarecem que não

estão em terra para isto, sua missão é falar e propagar o bem. Não estão ali, para tirar marido ou mulher

de ninguém, nem mandar chefes e colegas trabalho embora, estão para nos ensinar a conviver bem com

todos, com harmonia, nos ensinando o amor e o perdão.

Se isto não é evangelizar, eu não sei o que seria o significado desta palavra, será que é falar

versículo e versículo do Novo Testamento, na ponta da língua, mas sem que o coração se toque por

estas palavras.

A Umbanda é uma religião nova, fez 100 há pouco tempo, ainda tem muito que ensinar e muito

que aprender... Se você se afina com esta Umbanda de hoje, nos ajude a transformá-la na religião do

amanhã, venha ajudar aqueles que a transformaram numa Religião, quando há bem pouco tempo era

conhecida, apenas como uma Seita ou um Culto.

Não nos conta a história, que Jesus tenha fundado uma Religião, com catedrais, suntuosos

templos, ele ensinou diante da natureza, recebeu seu batismo no mar e os discípulos foram agraciados

com a mediunidade dentro do mesmo mar quando falaram as várias línguas, fenômeno mediúnico.

Jesus ensinou no alto das montanhas, a beira dos caminhos, no morro das Oliveiras... Alguma

semelhança com a Umbanda?

Precisamos aprender e entender os fundamentos da Umbanda e veremos uma fonte rica de doação, da

imensa misericórdia do Pai Criador.

Que me perdoe todos os irmãos que pensam desta forma, a Umbanda é a religião que mais

incentiva a prática do bem, haja vista, o número de alunos que estão frequentando os vários cursos para

se preparem no caminho da abnegação e da caridade.

O Ponto do Pai Olorum, nos demonstra a missão da Umbanda, como força de proteção aos

“filhos de Deus”.

“Os anjos tocam seus clarins lá no Céu,

Anunciando o alvorecer...

Pai Olorum que tudo vê lá de Aruanda

“Criou a Umbanda para seus filhos

proteger”.

PRECE

Salve majestoso Pai Olorum, que tudo vê,

Obrigada divino Pai Oxalá, Estrela Guia.

Obrigada ao Caboclo das Sete Encruzilhadas

Que fez nascer na terra

A nossa Umbanda Sagrada.

Por: Sebastiana Penha Campana

e-mail: [email protected]

De Vovô Florentino de Agodô (recebida por Douglas O Elias – [email protected] Casa Pai

Benedito de Aruanda- em 02/02/2010)

“Recebe de Olorum o ser humano a graça de uma nova morada do espírito, um corpo, de novo,

para seu aprendizado Humano”.

Durante a sua jornada em vida, assediado pela fascinação do mundo carnal, tem como objetivo

vencê-la para realizar na Verdade da Vida, a Realidade que ele é: Um Ser em eterna evolução.

Aprendiz, fadado ao acerto, esquece-se deste e vicia erros, transformando bons relacionamentos

com Olorum, Orixás, Seres Divinos, seus irmãos, seus mentores e as coisas em gigantesco emaranhado

de situações negativas difíceis de explicar.

Mutuamente, os envolvidos clamam por justiça, mas a justiça de só a eles beneficiarem e,

quando muito , sob o comando deles para sentirem-se compensados.

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Assim, sofre-se na vida. E cá, após os recessos nos planos espirituais inferiores, balizando

negativas condutas erradicadas pelo sofrimento, no socorro libertam-se para mais uma vez reencarnar.

E repetem-se nos mesmos vícios.

Reconduzem-se da mesma forma e com mais ênfase ao emaranhado de erros e, no Tempo que

deveria utilizar como atenuador e ter a liberdade, contraria globalmente a vontade divina impondo suas

regras, formando enormes egrégoras trevosas que atraem seres semelhantes, na tristeza de o mais frágil

escravizar.

Desequilibrando-se e também o Planeta, o faz regredir pela sua natureza, transformando-o em

trevas e religando-se a elas.

Dessa maneira, intenta transformar a Terra em Trevas, irmanando-se pelas energias,

pensamentos e ações a esses planos.

As ações dos obsessores sedentos de energia e cegas justificativas filtram facilmente suas auras

de luz, transformando elas também em antros negros da promiscuidade dos mais sagrados fundamentos

que é o Amor a Olorum, a si e ao irmão.

Já não há mais como diferenciar os seres humanos, em sua maioria, dos desencarnados em

negativação, exceto pela contextura material, porém, até elas, experimentam variações manipuladas

pelas técnicas médicas, orgânicas e mentais, num triste estado de troca de interesses mundanos, no

comércio medonho da vampirização programada em receitas e

insistentes informações mentais negativas incentivando mais.

Evoluindo as ciências físicas e as nomeadas psicológicas,

usa-se de programas em máquinas e outros instrumentos de

comunicação invertendo as ações que libertam na ficção da

prosperidade e a promessa falsa do bom padrão de vida.

Os que estão encarnados aprendem as mesmas técnicas de

vampirismo que as usadas nas trevas e, com elas formam escalas

imensas de forças negativas, apresentadas das mais variadas

formas e dos mais vertidos processos.

Técnicas de Mentais negativos de extrema inteligência

são assimiladas e plastificadas nos engenhos de utensílios para a morte, na química dos elementos para

o desequilíbrio psíquico e as ciências de comunicações criam ícones e líderes com suas modas com

seguidores em coisas tão grotescas que contrariam a vida.

Já não há mais moral; já não mais se edifica a vida; o respeito e consideração viraram interesses

comerciais sempre objetivando um maior consumo saciando as necessidades básicas das vontades mais

primárias.

Inverteu-se o homem. Vosso mundo está obsedado. Os homens estão auto-obsediando-se

quando obsedado e obsessor trocam às vezes na retaliação errônea de pagar o mal com o mal maior.

Quer no mundo físico, o pensamento desequilibrado, alcança o irmão provocando-lhe baixas

energéticas e uma grande janela para os seres das sombras; quando não, utilizam-se das técnicas dos

processos, do convencimento, dos recursos limitando ações do ser objetivado, tentando e, por vezes,

conseguindo sua ação.

Suas cidades estão sob nuvens negras de irradiações negativas e viciadas que também as

alimentam. Seus pés caminham atraídos pela força da gravidade, mas na grave e maléfica intenção dos

seres das trevas.

Seres desencarnados imantam-se às pencas aos encarnados mudando padrões de pensamento,

sentimentos e ações.

Pois, então, irmãos Divinos e Filhos de Olorum, Nosso Pai, no Tempo certo, Os Sagrados

Orixás de Olorum vêm para colocar as coisas em cada lugar.

Por se a Verdade simples em sua essência e complexa na sua Universalidade é também através

da Umbanda e em Seus Mecanismos Gerenciadores e Gerenciados pelos Orixás de Olorum que mais

facilmente chegam a Claridade da Luz para libertação e direcionamento, pelos ensinamentos e

esclarecimentos.

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Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 22

Por ser natural, sem dogmas e preconceitos, fala e comunica-se diretamente à Essência Divina

de cada Ser Humano, potencializando-a pela Fé, agigantando-a e fazendo eclodir todo o potencial

Divino de cada um, transformando o que está imundo e negativo, em leveza feliz.

Gradativamente, os reflexos destas mudanças projetam-se eliminando egrégoras falsas,

corrigindo caminhos, protegendo a luz do mental de cada um e ativando os instrumentos de cada ser

espiritual, imantando-o novamente aos seus Protetores, Guardiões, e Guias que mais ainda

potencializarão ações benéficas.

Pelo objetivo Divino que por Olorum Foi Criada que é a bandeira da Caridade, do Amor e da

Fé, a Sagrada Umbanda é realmente e integralmente Caridade, Amor e Fé, sendo que cada uma destas

Divinas nomeações (que é para que compreendam), traz um Universo de Olorum sempre à disposição

de todos. Seus fundamentos, mecanismos e ativações universalmente são revelados à medida que nos

esforçamos nestes mesmos sentimentos.

Têm Seus Fundamentos, Suas Bases Inteligíveis que é para que não se enganem.

Pois, nessas horas de grandes transformações necessárias para as suas felicidades verdadeiras, é

através dos homens de bom coração às coisas Divinas e da Vida que o poder Divino se manifesta.

Sim: são os médiuns os portadores dos equipamentos imponderáveis de comunicação com os Seres da

Luz para seu mundo e as condições em que se

encontram.

São os soldados de Olorum à frente de

batalha sendo que nunca estão sós, pois através

Deles podemos manifestar a cura, direcionar novo

caminho, libertar, enfim, o ser humano da

confusão mental que ele criou desaprisionando-os

da erraticidade.

Assim, e por este motivo, são

constantemente assediados e isso é permitido, pois

filtram as intenções de quem já está pronto para o

Acima acessar.

De tantos assédios negativos e

inteligentemente promovidos pelos maiorais das trevas, podem os médiuns fracassar em seus intentos.

É o que vemos daqui, pois muitos sofrendo perseguições, muitas vezes invertem instrumentos

da Luz provocando retaliações numa perversa guerra e terminam se negativando também, fascinado

pelo falso gozo do prazer da devolução no mesmo peso e medida que fere e prova uma força que não é

a da Luz.

A estes, precisam utilizar o poder do conhecimento que têm, vibrando sempre em oração, canal

de comunicação com Olorum e suas Forças Espirituais que os assistem, sob a pena de mudar seu

padrão mental do positivo para o negativo e assim, também ser escravizado pelas sombras, trocando

seu progresso pelo sofrimento e a dor, ao invés da felicidade e amor.

Deveis combater a obsessão de que são alvos, pelo mecanismo do perdão e esclarecimento.

Buscando a libertação do vínculo que no passado foi criado ,quando devedores (e todos os

encarnados o são) , e, até mesmo aqueles que, por ignorância, praticam o mal em suas perseguições, a

estes todos devemos ao invés da imposição pelo castigo, a libertação pelo perdão.

Este sentimento de amor potente nos médiuns da Umbanda nos municia de ferramentas e

autorizações para que possamos nos manifestar e fazer a graça pelo merecimento e iluminar um novo

caminho de liberdade para todos.

Já tentaram perceber o quanto sofre quem persegue? O quanto é difícil viver com sentimento de

raiva, de ódio, de mágoas?

Quando assim, os mecanismos do medo criam forças terríveis transformando tudo à volta desse

ser em insaciáveis degenerações da sua essência. Estranhamente, sacia o prazer de criar mais

sofrimentos justificando obsedar as trevas quem os prejudicou, pois, viciado e cego, não perdoou

também, transformando este labirinto de negatividades nessa obsessão gigante que está negativando o

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seu mundo e, indo além, até nas esferas positivas, mais próximas da Terra, também há desequilíbrios.

Aqui, permanecemos em Guerra para protegê-los, médiuns de Umbanda.

Para protegê-los, Médiuns da Umbanda, nossas armas são com as espadas da Luz, o perdão

incondicional e o esclarecimento utilizando dos elementos que nos fornecem do seu mundo, mas

doados com amor, com gratidão, fé e esperança no Amor.

Aqueles que pensam e aciona sua coroa sem estes requisitos, que é o perdão, cegos também,

imantam e alimentam as sombras, muitas vezes sendo guiados pelas inteligências trevosas que usam

dos recursos da FASCINAÇÃO, indicando caminhos e até premiando, verdadeiro truque que hoje, no

Tempo certo, espelham em vossas vidas, em vosso mundo, em vosso ser.

Seus Guias e Protetores os protegem desses negativos acessos, mas, por vezes, vocês os limitam

pelo conteúdo que grassam no íntimo e que assim, os deixam sofrer para que aprendam a não mais

colaborar com sentimentos contrários ao Amor, a Fé e a Bondade.

Devem não se preocupar com retaliações ao mal. Isso a Lei Maior é quem efetiva.

Não contrarie a Luz dos Seus Guias e Protetores pelo erro do não perdão.

Seus sentimentos tem que estar na nobreza da dignidade das Coisas Divinas.

Seus atos desde a oração, aos firmamentos conforme seus Orixás, Guias e Protetores, Seus

instrumentos, e todos os mecanismos Divinos que acessam, devem estar além do equilíbrio entre a

razão e a emoção, eivado com a Fé e o Amor.

Não há motivos para temer e nem acionar mecanismos de devolução, pois quem assim faz, na

oportunidade de pagar o mal com o bem, não há outro jeito, há de sofrer também.

É, portanto, a obsessão, a perseguição a maior causa de sofrimento dos seres, tanto encarnados

quanto nas trevas. Ao médium Umbandista é dada a oportunidade de colaborar com a Luz para extirpar

de vez com esse mal.

Atente-se para que não vos enganes: A paga do mal é pelo bem e o perdão liberta quem foi

prejudicado e abre caminhos para a Esplendida Felicidade Divinos da Evolução Verdadeira, quando o

Mundo, em graça e no regozijo da realização maior, viverá no relacionamento do amor, da dedicação,

da compreensão.

A Lei Divina sempre esta em ação, procurando o Equilíbrio.

Vosso mundo vai se equilibrar, mas é através das dedicações dos Filhos de Fé.

E Um mundo Maior se descortinará com o Sol absoluto Universal grassando em todas as

frequências, em todos os matizes, em todas as cores, em todos os seres.

E Aruanda estará então firmada para sempre nos corações e nas mentes dos Filhos de Olorum.

Criem coragem. Façam a coisa certa. Por acaso não confiam em seus Guias e Protetores? Não

confiam em seus Orixás, em Olorum?

Oras!

Benditos os Médiuns de Umbanda de bom coração. Sarava à Umbanda Infinita.

As Bênçãos de Olorum São Infindas e Abençoe-nos também Nossos Orixás, Nossos Guias e

nossos protetores que nos dão a força, o amparo e determinação para que firmemos o Sagrado.

Coração da Umbanda nas mentes e nos corações de quem sofre, procura e encontra ajuda no

amor, caridade e fé nos milhares de Tendas e Terreiros nesse imenso país.

Estejamos sempre preparados.

Esta uma função Divina, além das coisas prosaicas da matéria.

Alegrem-se, pois e agradeçam firmando em seus corações a clássica do Rabi, pois:

“Vovô na Engira, é Jeje, é Nagô”!

Os pretos-velhos são sábios no Amor

Se for para sofrer? Cuidado Sinhô

Só entra na Engira quem é bom Trabalhador

Seu sucesso na vida está na cartilha do Nosso Senhor

Perdoa o mal que por desventura seu irmão firmou

Oxalá sete vezes setenta também perdoou

Adore as Almas!

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Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 24

“Amado Pai Olorum, Amados Orixás, peço-Lhes humildemente para que acolham e

“recebam minhas orações como pedidos de misericórdia”.

Evoco Deus, Todos os Seus Tronos da Criação, Todos os Orixás Originais, peço-Lhes licença

para me comunicar com todos os Orixás pessoais de todas as pessoas que estão sofrendo com estas

chuvas que vem castigando nosso povo, bem como todas as catástrofes naturais.

Peço primeiro a Consciência, para que possamos retratar todos os danos que fizemos em toda a

Criação de Nosso Pai Olorum.

Peço ao Orixá da Fé que nos dê força de pensamento para alcançar esse objetivo;

Peço ao Orixá do Amor que, não só por esse fato, mas por tudo que nos cerca, possamos nos

unir, independente de raça, cor, religião ou valor,

Peço ao Orixá do Conhecimento que nos dê todo o conhecimento que precisamos para que

possamos aprender com nossos erros e não os cometer mais,

Peço ao Orixá da Geração que faça gerar no íntimo de cada um de nós a Fraternidade para

ajudarmos a todos os irmãos que perderam suas casas nessas chuvas, suas famílias, e que possamos ser

mensageiros da Sua Luz e manifestadores Dela,

Peço ao Orixá da Ordem que ordene nosso padrão vibracional e de atitude para que não

afetemos mais as Forças da Natureza e elas se ordenem por si só,

Peço ao Orixá do Equilíbrio que nos mostre, conscientize a diferença entre o certo e o errado

para que possamos viver em paz com tudo o que Nosso Amado Pai Olorum criou,

Peço ao Orixá da Evolução que nos faça evoluir a ponto de podermos encerrar todos os

padrões negativos que começamos e vibramos até hoje para que possamos desfrutar e evoluir com tudo

o que Nosso Pai Olorum exteriorizou.

E, como regentes da Criação, eu Vos clamo humildemente que irradie todos os Orixás pessoais

de cada um dos seus filhos, irradie sua coroa, com todas as suas funções divinas para que aqueles que,

hoje merecem sofrer, pela Vossa Onisciência e Onipotência Divina, que amanhã possam sorrir.

Para os que hoje merecem odiar, amanhã possam amar.

Para os que hoje merecem a doença, amanhã possam merecer a saúde.

Por aquele que hoje olham separados, em verdades isoladas, amanhã possam olhar na direção

em que Nosso Pai Amado Olorum olha.

Que cada um de nós possa ser auxiliado conforme nossas necessidades e merecimentos. Amém!

Por: Franz Meier

Acesse: http://umbandaconscienciaejuventude.blogspot.com/

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Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 25

PONTOS DE FORÇAS

Irmão em Oxalá!

Os pontos de força na natureza são sem dúvida nenhuma

um recurso magnífico que nós da UMBANDA fazemos o uso

Sagrado dentro de nossos Rituais que já estão bem difundidos e

o seu uso já está bem fundamentado em nossa Doutrina e em

nossa Teologia, bem como está presente em nossas práticas

religiosas e magisticas e a prática está nas idas às Matas,

Cachoeiras, Praias, Pedreiras, Montanhas, Campinas, Encruzilhadas, Lagos etc., tendo em vista a

renovação de forças individuais ou coletivas, anulação de forças astrais negativas que estejam atuando

sobre os indivíduos ou sobre a coletividade, para finalizações de trabalhos magisticos iniciados dentro

dos terreiros, e tantos outros recursos.

Mas outra questão que está presente na vida de todos nós é a

ida aos pontos de Força da Natureza para nosso deleite e prazer, isto

faz parte da concepção do ser humano, está em nós à necessidade do

contato com a natureza. Este uso também renova as energias dos que

os frequentam, reduz o stress, higieniza e mente e contribui para a

boa saúde física, este último desde que frequentado por pessoas

capacitadas e preparadas para as atividades esportivas, mas apesar de

todos estes benefícios continua sendo um uso profano, e não fere

nenhum principio em nossa Doutrina Religiosa, desde que não se deixe lixo nos locais, não se polua,

não se retire nada e não se deixe nada, questão esta não religiosa, mas de bom senso e consciência

ambiental!

Então façamos sim o uso daquilo que nosso criador OLORUM concebeu em sua magnífica

obra. Não tenhamos em nossa mente e em nosso coração receios, dúvidas ou medos mistificados.

É certo que os clarividentes descrevem que durante este uso somos abençoados pela presença de

seres astrais elementais, que realizam em nós esplendidos trabalhos sutis e que sem dúvida contribuem

positivamente para que nosso espírito e todos os nossos dons

mediúnicos sejam trabalhados, limpos e desobstruídos; que nossos

chacras sejam energizados e que nós sejamos energizados e

revigorados, física e espiritualmente.

E quantos de nós nem se dão conta de tudo isso! Fazemos o uso

profano, entramos e saímos destes locais e nem nos damos conta sobre

tudo o que está ocorrendo à nossa volta.

Nosso criador OLORUM, que é onisciente e onipresente, envia suas

vibrações divinas através dos diferentes planos da Criação.

Elas estão em tudo e em todos e a todo o momento, bastando estarmos com nossa consciência

limpa, nossos atos condizentes com nossa condição evolutiva que certamente estaremos nos

beneficiando de tudo o que Ele nos propicia a todo o momento e em todo lugar. Mas nos pontos de

forças da Natureza é onde tudo isto ocorre de forma mais intensa, ali vibram energias de nossa Mãe

Natureza onde tudo é perfeito e a vida está em equilíbrio, ao contrário de locais onde há concentração

de energias negativas, onde estas energias estão latentes e vibrantes tanto nos locais quanto com as

pessoas que os frequentam e isto se transformando em formas pensamento

e em vibrações coletivas que tanto nos afetam negativamente,

principalmente àqueles que estão com a mediunidade abalada. Vamos

então aos pontos de forças da natureza, vamos às praias, cachoeiras,

matas, pedreiras por diversão, relaxamento, renovação de energias, mas

tudo com respeito ao meio ambiente e aos seus sustentadores e guardiões.

E com respeito e reverência, vamos usar com responsabilidade, com

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Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 26

liberdade, mas não com libertinagem, não como ponto de desova

do lixo material gerado por nós, não como local de desrespeito,

inclusive à própria vida.

Os pontos de forças da Natureza são os chacras do planeta,

então não vamos obstruí-los, contaminá-los, sujá-los e deixa-los

sem a menor consciência. Vamos sim, sempre que utilizarmos

estes locais, recolher tudo o que levamos e que não pertencem à

biodiversidade do ecossistema ali existente e, se possível, ainda

retirar o que foi deixado lá por pessoas não esclarecidas e que não

possuem uma consciência ambiental desenvolvida.

E não nos esqueçamos, vamos saudar todas as forças

presentes nestes pontos de Força da Natureza, pedir a devida licença aos seus Sustentadores e

Guardiões para entrarmos e sairmos e para o uso profano por nós e por quem nos acompanha e vamos

aproveitar o que OLORUM deixou à nossa disposição para que nos sirvamos com responsabilidade!

VIVA O LIVRE ARBÍTRIO! Marcelo Cordeiro

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AS 4 LEIS DA ESPIRITUALIDADE NA ÍNDIA

A primeira lei diz: A pessoa que chega é a pessoa certa.Significa que nada ocorre em nossas vidas por casualidade. Todas as pessoas que nos rodeiam, que

interagem conosco, estão ali por uma razão, para que possamos aprender e evoluir em cada situação.

A segunda lei diz: O que aconteceu é a única coisa que poderia ter acontecido. Nada, absolutamente nada que ocorre em nossas vidas poderia ter sido de outra maneira. Nem mesmo

o detalhe mais insignificante! Não existe: se acontecesse tal coisa, talvez pudesse ter sido diferente...

Não! O que ocorreu foi a única coisa que poderia ter ocorrido e teve que ser assim para que

pudéssemos aprender essa lição e então seguir adiante. Todas e cada uma das situações que ocorrem

em nossas vidas são perfeitas, mesmo que nossa mente e nosso ego resistam em aceitá-las.

A terceira lei diz: Qualquer momento que algo se inicia, é o momento certo.Tudo começa num momento determinado. Nem antes, nem depois! Quando estamos preparados para

que algo novo aconteça em nossas vidas, então será aí que terá início!

A quarta e última lei diz: Quando algo termina, termina!Simplesmente assim! Se algo terminou em nossas vidas, é para nossa evolução! Portanto, é melhor

desapegar, erguer a cabeça e seguir adiante, enriquecidos com mais essa experiência! Autor Desconhecido

Enviado por: [email protected]

JORNAL NACIONAL DA UMBANDA

Esta é a edição nº 08 do Jornal Nacional da Umbanda, e assim como você, outros 124.600 pessoas

também estão recebendo o Jornal Nacional da Umbanda por e-mail. Esperamos alcançar a meta de um

milhão de leitores, para tanto contamos com a sua ajuda, divulgue o Jornal de Umbanda em seu grupo

de amigos, através de seus mailings, Orkut, blogs e etc.

O Jornal Nacional da Umbanda trará em breve a edição especial nº 02 sobre MACUMBA, não

deixe de se cadastrar em nossa newsletter.

Envie-nos seus textos, matérias, conte como é a umbanda na sua cidade, no seu Estado,

festividades, comemorações, pontos cantados diferentes, giras, passes coletivos... Divulgue-a.

Somente serão publicados textos e matérias que vierem acompanhados de autorização para

publicação.

Page 27: Jornal Nacional da Umbanda

Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 27

Laroyê, Senhor das Intenções! Laroyê, Exu Mirim!

Para falar desse Orixá na Umbanda, é preciso muito cuidado, pois até pouco tempo atrás, não se

sabia ao certo qual era a função de Exu Mirim na vida das pessoas e tampouco se conhecia a sua

função dentro da Umbanda.

Pois bem, Exu Mirim é, como todos os outros Orixás, uma exteriorização do nosso Pai Amado

Olorum, e assim sendo, é manifestador de Suas Virtudes Divinas e está ai para nos auxiliar em um

caminho de Evolução.

Quando esse Orixá foi incorporado pela Umbanda e aconteceram suas primeiras manifestações,

por conhecê-lo pouco ou nada além de que se mostra na forma infantil, foi criada uma imagem

negativa sobre ele (assim como ocorreu o mesmo com Orixá Exu, Orixá Pomba Gira e suas falanges).

Enquanto o Erê era considerado a criança boa, a criança da Direita, que manifestava a inocência,

Exu Mirim era considerado a criança de rua, que se drogava, que, enquanto “encarnado” era

bandidinho, travesso e que já provocava confusões. E, como Exu já estava sendo difamado por falta do

conhecimento divino pelos encarnados, Exu Mirim foi colocado ao seu lado como “Exu Pequeno” (que

é a tradução de Mirim).

Devido à autorização do Plano Divino, isso está começando a ser desmistificado com uma

grande ajuda de Pai Benedito de Aruanda e seu médium Rubens Saraceni, para que possamos

transcender a visão humana – que era usada para explicar o inexplicável até então – e começarmos a ter

um pouquinho da visão divina de nossos amados Orixás.

Exu Mirim então, pelo que pude perceber e estudar e pelo pouco que já foi aberto para nós,

mostrou-se um Orixá que se manifesta através de seres encantados, ou seja, seres que nunca

encarnaram nessa realidade, nesse Plano da Vida onde estamos, e que rege o Plano das Intenções.

Portanto, caro Irmão Umbandista: não faria sentido estarmos em uma Religião cujo propósito é fazer o

bem (como foi afirmado pelo Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas quando a criou) e aceitar

manifestações de seres malignos para nos auxiliarem.

Pois, por ser uma Religião, e com o propósito de nos tornar manifestadores de espíritos, como

Deus poderia colocar ao nosso lado um Guia Espiritual que nos levaria para o buraco? Que aumentaria

nossos desequilíbrios?

Ou seja: se você, Irmão, tiver uma intenção boa e não souber como exteriorizá-la, pois ainda não

sabe como concretizá-la ou está confuso em algumas decisões, ai está Exu Mirim.

Peça auxílio a Exu Mirim e esse auxílio virá de forma a descomplicar e reordenar as suas ideias

para que fiquem mais claras e objetivas.

Mas, atenção, Caro Irmão!

Do mesmo jeito que Exu Mirim acolhe uma ideia boa e faz de tudo pra que ela se exteriorize,

seus manifestadores são muito espertos, atentos, curiosos em suas ações, cuidado com suas intenções,

pois, se a intenção é qualquer coisa contra a Lei Maior e a Justiça Divina, principalmente aquelas que

fazem com que outras mentes sejam influenciadas e/ou induzidas ao erro perante essas Forças de nosso

Pai Amado Olorum, ai é que Exu Mirim ativa o seu Mistério Divino de forma a exteriorizar tal

intenção para que fique claro aos olhos de todos, para que vejam o ridículo, a negatividade, a exposição

das suas intenções.

Então, tenhamos muito cuidado, pois, eu particularmente, não gosto de nomear um Orixá para

um ano, mas, enquanto estou digitando esse texto, os Exus Mirins aqui presentes me passam essa

mensagem:

“Esse é o Nosso ano, como todos os outros: o Ano da Intenção. Sendo boa ou má, lhe

mostrarei a minha ação!”

Laroyê, Exu Mirim! Exu Mirim é Mojubá!

Para saber mais: Livro: Orixá Exu Mirim – Autor: Rubens Saraceni – Editora: Madras

Texto enviado por: Franz Meier.

Page 28: Jornal Nacional da Umbanda

Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. [email protected] Pág. 28

ULTIMA PÁGINA

Para quem gosta de estudar e aprecia a obra de Rubens Saraceni.

Por meio dos romances identificamos tramas de espíritos,

Que se desdobram por meio de várias encarnações.

E assuntos que são abordados de muitos ângulos

Diferentes. Um destes assuntos é sobre o

“Príncipe das Trevas”

O Príncipe das Trevas - Na Obra de Rubens Saraceni

Organizado e Comentado por Alexandre Cumino

O que seria isto à Luz da Umbanda?

A Umbanda não crê em “demônio”, da forma como foi idealizado no Cristianismo e mais

especificamente no Catolicismo ou no Islã, no entanto muitas vezes nos deparamos com “Mistérios

Negativos” ou “Mistérios Divinos” assentados em faixas negativas, às quais chamamos de trevas, que

outros identificam com o popular “inferno”, e nos questionarmos acerca de nossa ignorância sobre os

mesmos.

Afinal Inferno não é um estado de espírito, ou região astral criada pelo psiquismo dos que estão

mentalmente nesta condição?

No entanto me parece que algumas regiões negativas foram criadas antes que ali chegasse o

primeiro espírito trevoso, apenas um ser (filho de Deus) negativado. Não é fácil avaliar quem desce as

trevas, afinal muito amor deve ter a mãe ou o pai que vai visitar ou resgatar um filho na cadeia, numa

zona de meretrício ou numa “cracolândia”. Mas nem sempre esta mãe ou pai, por mais amor que tenha,

pode ir desprotegido demonstrando sua fragilidade, mesmo porque, para entrar em certos lugares não

se pode ser frágil.

Lendo a obra psicografada por Rubens Saraceni nos deparamos muitas vezes com mistérios da

criação em suas realidades negativas, que em outras obras nem de perto nos foram apresentadas e

muito menos de tal forma.

Em A Evolução dos Espíritos tomamos conhecimento de um Avatar, um Demiurgo, que em

uma era desconhecida para nós, Era Cristalina, talvez a mítica Atlântida, que encarnou e chamou a si

todos os filhos de Deus negativados para recolherem-se com ele nas faixas negativas do astral.

Esta seria uma forma de entender o mítico Lúcifer, um mistério assentado nas Trevas para

recolher os que ficam caídos á beira dos caminhos da evolução.

No Cavaleiro da Estrela Guia nos deparamos com “O Próprio Ser Infernal” que invade a

“Assembleia Sinistra” com o objetivo específico de levar consigo o Cavaleiro, que mergulha na dor e

nas trevas.

Nas palavras do Cavaleiro da Estrela da Guia:

O que me aconteceu? O horror, o pavor, o medo, a angústia, a aflição, o desespero, a

loucura, o remorso, a tentação, a luxúria, o desejo, e muitos outros mistérios das trevas da

ignorância se fizeram vivos no meu mental: tanto superior quanto inferior. Todo o meu ser

imortal foi violado e violentado. O horror de me ver sendo levado... (continua na seção de

textos especiais do jornal).