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NOTÍCIAS DE COUROS 6ª edição | Novembro, 2012 Promotor: Fraterna – Centro Comunitário de Solidariedade e Integração Social | Gestão e coordenação Setepés | Colaboração: GSA Design, Henrique Praça, Rita Fernandes Este jornal é escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico (exceto “Couros: na margem certa da memória). GOSTE DE NÓS NO FACEBOOK www.facebook.com/couros.envolvimento UM GRANDE ABRAÇO FRATERNO E DE AGRADECIMENTO (pág. 4) NÃO DEIXEM DE ACREDITAR NA VOSSA GRANDEZA Entrevista com Paula Oliveira, Diretora Executiva da Fraterna (pág.3) COUROS: NA MARGEM CERTA DA MEMÓRIA (pág. 2) (pág. 2) ARRAIAL POPULAR EM COUROS ATRAIU MAIS DE 1000 VISITANTES (pág. 3) OUVIR. PARTICIPAR. IMAGINAR. CRIAR. Operação imaterial da Parceria para a Regeneração Urbana de Couros. CampUrbis OS NÚMEROS DE UM PROJETO

Jornal Notícias de Couros

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Jornal de divugação do projeto "Couros. CampUrbis. Envolvimento da População Local", Guimarães.

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Page 1: Jornal Notícias de Couros

NOTÍCIAS DE COUROS6ª edição | Novembro, 2012Promotor: Fraterna – Centro Comunitário de Solidariedade e Integração Social | Gestão e coordenação Setepés | Colaboração: GSA Design, Henrique Praça, Rita FernandesEste jornal é escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico (exceto “Couros: na margem certa da memória).

GOSTE DE NÓS NO FACEBOOKwww.facebook.com/couros.envolvimento

UM GRANDE ABRAÇO FRATERNO E DE AGRADECIMENTO(pág. 4)

NÃO DEIXEM DE ACREDITAR NA VOSSA GRANDEZAEntrevista com Paula Oliveira, Diretora Executiva da Fraterna

(pág.3)

COUROS: NA MARGEM CERTA DA MEMÓRIA(pág. 2)

(pág. 2)

ARRAIAL POPULAR EM COUROS ATRAIU MAIS DE 1000 VISITANTES(pág. 3)

OUVIR. PARTICIPAR. IMAGINAR. CRIAR.Operação imaterial da Parceria para a Regeneração Urbana de Couros. CampUrbis

OS NÚMEROS DE UM PROJETO

Page 2: Jornal Notícias de Couros

2 NOTÍCIAS DE COUROS

6 FÓRUNS

4EXPOSIÇÕES

4OFICINAS

(38 SESSÕES)

3VISITAS GUIADAS

1 ARRAIAL POPULAR 11

REUNIÕES DO CONSELHO

DE COMUNIDADE DE COUROS

700 PARTICIPANTES

MAIS DE

2000 VISITANTES

15 CONVIDADOS E

ORIENTADORES DE OFICINAS

6 EDIÇÕES DO JORNAL

NOTÍCIAS DE COUROS

1LIVRO

O futuro da Zona de Couros ficará indissocia-velmente ligado ao ano de 2012, com a entrada em funcionamento de novas valências nos edi-fícios das antigas fábricas de curtumes. O quar-teirão que preserva a memória do trabalho ligada a uma actividade quase desaparecida do contexto económico vimaranense deslum-bra o olhar de quem percorre o conjunto mo-numental, acompanhando o perfil inclinado das ruas e vielas, paralelas ao pequeno curso de água que aparece e desaparece no emara-nhado de construções. A singularidade desta área geográfica oferece uma grande diversida-de de abordagens académicas, atendendo às características únicas do legado patrimonial e aos usos que ao longo do tempo os homens

Ainda que um projeto da natureza do “Cou-ros.CampUrbis. Envolvimento da População Local” não possa ser reduzido apenas à sua expressão numérica, ainda assim falar nos números ajuda a perceber também o alcance desta iniciativa. Eles aqui estão para uma lei-tura da abrangência das iniciativas, eventos e atividades implementadas ao longo de pouco mais de um ano.

OS NÚMEROS DE UM PROJETO

COUROS: NA MARGEM CERTA DA MEMÓRIA

aqui desenvolveram, explorando os recursos naturais para a satisfação das suas necessida-des económicas e de bem-estar. Nos terrenos lameiros que envolvem o rio de Couros, as poças, os pelames, os tanques, os lagares e os lagaretões impressionam os arquitectos, os geógrafos, os historiadores, os arqueólogos, os engenheiros, os artistas e muitos vimara-nenses que (re)descobrem uma área, situada a 100 metros do Largo do Toural, que resistiu ao ritmo avassalador da mudança. O quartei-rão parece estar a conquistar uma nova alma, oferecendo-se como objecto propício ao cruza-mento de saberes para assim ser possível escla-recer os diferentes contextos que envolviam a tradicional curtimenta de peles. Cada prédio, rua, viela ou pátio escondem tes-temunhos das rotinas de trabalho e soluções arquitectónicas improvisadas para aproveitar recursos naturais preciosos como a água e a ex-posição solar, e toda a organização produtiva exigida pela transformação das peles que fa-ziam desta actividade “uma indústria de segre-dos”. A alteração do uso proposta para os dife-rentes edifícios vai certamente potenciar ainda mais a Zona Couros como um recurso patrimo-nial e turístico, condição que será favorecida pela proximidade existente com o Centro His-tórico, classificado com o título de Património Cultural da Humanidade, pela UNESCO.A publicação do livro Curtidores e Surradores de S. Sebastião (1865-1923) – A difícil sobrevivência de uma indústria insalubre no meio urbano resulta de uma espécie de tributo afectivo à memória dos operários, na sequência de um trabalho acadé-mico concluído em 2002.O livro é apenas uma partilha de alguns dados recolhidos em docu-mentação dispersa em diferentes arquivos pú-blicos. No entanto, o maior estímulo tem sido colhido nos últimos anos através do contacto

directo com a população das ruas de Couros, Vila Verde, Vila Flor, S. Francisco, Ramada e largos do Trovador e Cidade. E muitos outros vimaranenses que guardam o conhecimento que têm da dinamização comercial proporcio-nada pelo negócio das peles.Para mim, o interesse assumido por esta temá-tica, talvez, seja a força do imaginário infantil deslumbrado com a dimensão da moldura humana que acompanhava a bandeira dos cur-tidores e surradores, na peregrinação à Mon-tanha da Penha, realizada sempre no segundo domingo de Setembro. É assim, desde o final do século XIX, sob o impulso dos operários da indústria de curtumes. «Fé, Trabalho e Honra» são as insígnias do ofício impressas na bandei-ra, acompanhadas pelas imagens de Nossa Se-nhora com o menino ao colo e dos tradicionais instrumentos de trabalho: o gancho, o masco-to, a ferrelha e as folhas de casca de carvalho.Para além da ligação à sacralização do monte que serve de miradouro natural sobre Guima-rães e cercanias, a dinâmica económica e social da indústria de curtumes está associada a ou-tros aspectos relevantes para a compreensão da sua importância no passado. É o caso de monumentos de interesse cultural existentes no Centro Histórico, como a capela e albergue de S. Crispim e S. Crispiniano, na Rua da Rai-nha D. Maria II, onde funcionava a corporação dos mestres sapateiros e surradores. Além do conjunto de antigas fábricas que aparece concentrado no quarteirão de Couros, há ves-tígios do funcionamento destas unidades em outras zonas do concelho, como por exemplo no denominado campo do Olival, à Rua da Caldeiroa, e na Rua da Liberdade, na Madroa, onde ainda labora a firma Amadeu Miranda & Filhos, Lda. Em Creixomil, junto ao rio Selho, no Lugar da Pisca, foi instalada uma Fábrica de Curtumes de José Pinheiro Guimarães, em me-ados do século XX, entretanto adaptada a ou-tras funções, mas que constituiu o exemplo de deslocalização desta actividade insalubre para a periferia urbana. Em Fermentões, a Fábrica de Curtumes de Roldes, fundada em 1923, conti-nua a laborar e preserva um importante legado patrimonial, constituindo um arrojado projec-

to empresarial. Em S. Torcato, no Lugar da Cor-redoura, persiste a memória das antigas manu-facturas instaladas em casas onde igualmente se desenvolviam actividades agrícolas. A. L. de Carvalho, o autor que mais escreveu sobre a ac-tividade dos curtidores e surradores, deixou a informação nos seus Mesteres de Guimarães do encerramento da última fábrica nesta zona do concelho, na alusão que faz ao Júlio do Mar-co que dizia que “até a pele do diabo curtia, se ele se deixasse esfolar”. Em Fafe, na zona de Gontim, Aboim e S. Miguel do Monte, continuam a crescer os carvalhos al-varinhos, de onde era extraída a casca que con-cedia o tanino necessário para a curtimenta ve-getal; no lugar de Lagoas, a Romaria de Nossa Senhora das Neves, que se realiza na última sexta-feira de Agosto, integrava o calendário do lazer dos homens dos couros. Na Póvoa de Lanhoso, em torno do Santuário de Nossa Se-nhora de Porto d’ Ave, organiza-se a «romaria dos bifes», no primeiro domingo de Setembro, para onde curtidores e surradores dirigiam a sua «estúrdia», uma espécie de peregrinação acompanhada com cantares em que os partici-pantes envergavam trajes carnavalescos. Os industriais do sector de curtumes mantive-ram uma intensa ligação com importantes ca-sas comerciais sediadas no Porto e Lisboa, esta-belecendo negócios com localidades de norte a sul do País. O rasto dessas ligações comerciais estendia-se a países da América Latina, como o Brasil, Argentina e Uruguai, e a África. Estes são alguns dos aspectos que ainda perduram na memória de quem trabalhou nas árduas operações dos curtumes que continuam a ser a imagem de marca deste espaço. Aqui, o talento humano aperfeiçoou a química empírica, des-cobriu as propriedades das plantas e explorou os recursos naturais, desafiando a exiguidade do território que agora serve para apreender o contexto laboral dos nossos antepassados. Couros está na margem certa da memória.

Excerto do livro “Curtidores e Surradores de S. Sebastião 1865-1923 – a difícil sobrevivência de uma indústria insalubre no meio urbano”, de autoria de Elisabete Pinto.

Page 3: Jornal Notícias de Couros

6ª edição | novembro 2012 3NOTÍCIAS DE COUROS

Se pensarmos, por exemplo, que o objetivo principal era o de levar os moradores de Cou-ros a perceber a regeneração urbana em curso e a intervir na comunidade, o projeto deveria ter estado no terreno muito antes da constru-ção dos novos equipamentos implementa-dos em Couros.Três anos seria o cenário ideal. Levaríamos a cabo um conjunto de atividades de identifica-ção e de interpretação das iniciativas do projec-to CampUrbis, e a sua consequente reapropria-ção, releitura e reintegração nos quotidianos e vivências das populações em Couros antes do novo edificado.Apesar de tal não ter acontecido, tornamo-nos um espaço de proximidade amigável entre a po-pulação e o projeto CampUrbis, desencadeando um enriquecimento das suas ligações e despo-letando um quadro diferenciador de atitudes, relações de pertença e sociabilidades locais.

NC. Participou em todas as sessões do Con-selho de Comunidade de Couros, implemen-tado no âmbito deste projeto. Os objetivos traçados eram claros: acompanhar o projeto, discutir ideias e sugerir atividades. Qual o ba-lanço que faz da atuação do Conselho?Em termos pessoais, gostaria de referir em pri-meiro lugar, que foi uma honra e motivo de orgulho ter integrado este Conselho. Numa perspetiva institucional e enquanto direto-ra executiva da Fraterna, toda a nossa equipa saiu enriquecida deste projeto. Diria que, neste “jogo” saímos todos ganhadores.Sem demérito de outras iniciativas, considero que o Conselho de Comunidade foi o motor de todo este projeto, sempre pautado por um clima de total flexibilidade e abertura às popu-lações e instituições/associações locais.O facto de, desde o início, considerarmos ser uma operação assumida por todos como um espaço emblemático e de referência identitária comum, foi também uma mais-valia.

NC. Foram muitas as iniciativas, os eventos, as atividades realizadas neste projeto. Sei que não será muito confortável para si, mas arris-co a pergunta: qual a atividade ou atividades que mais gostou? E outra ainda, esta de cará-ter mais técnico: qual ou quais as que melhor concretizaram os objetivos delineados?O Conselho de Comunidade e o “Fórum Festa”. O primeiro como prova viva de que, “quando são capazes de reflectir, os actores sociais estão em condições de actuar de maneira coopera-tiva.”1 Ao longo das atividades deste projeto, numas mais do que em outras, as pessoas tive-

O Notícias de Couros ouviu, ao longo deste último ano, alguns cidadãos de Guimarães auscultando desse modo o sentir da cidade com especial referência a Couros. Para esta edição do Notícias de Couros fomos ouvir uma das vozes mais relevantes no projeto “Couros.CampUrbis. Envolvimento da População Lo-cal”: a Drª Paula Oliveira Diretora da Fraterna, promotora daquele projeto.

NC. A Fraterna, de que é Diretora Executiva, é a entidade promotora do projeto “Couros. CampUrbis. Envolvimento da População Lo-cal”. Diga-nos de onde partiu a ideia de envol-ver a Fraterna e as razões desse envolvimento.No momento da elaboração da candidatura em causa, não era ainda Diretora Executiva da Fraterna. No entanto está implícito na mesma que a Fraterna consubstanciaria os objetivos enunciados na candidatura, considerando que é uma Cooperativa de Interesse Público pauta-da por objetivos mobilizadores ligados à elimi-nação de situações de exclusão social e ao de-senvolvimento de atividades que contribuam para o processo de coesão social. Está estrate-gicamente posicionada para ser um espaço de aproximação de intervenção à população, na medida em que se trata de um ator chave para a capacitação das populações locais no tocante ao incremento de níveis mais elevados de qua-lidade de vida e da vivência territorial e social.

NC. Há pouco mais de um ano, quando as ati-vidades do projeto tiveram início, qual a sua principal preocupação?O tempo de execução para o desenvolvimento do plano de ação desenhado na candidatura. Todo o projeto que deveria ser trabalhado ao longo de aproximadamente três anos foi desenvolvido no espaço de pouco mais de um ano devido a alguns constrangimentos externos à Fraterna.

Foi uma boa aposta o arraial popular que se re-alizou no dia 14 de Julho na Rua da Ramada e no pátio do Instituto de Design de Guimarães. Com os doces e salgados, confecionados pelos moradores, a esgotarem e a animação musical em ritmo de festa, os visitantes foram afluindo às centenas ao recinto das festividades. Mais uma iniciativa da comunidade de moradores de Couros que durante quatro noites que an-tecederam o arraial produziram as decoração para todo os espaço da festivo.

ram a oportunidade de desenvolver/explorar os maravilhosos talentos com que nasceram. Libertaram a sua energia e a sua criatividade. Ficamos assim mais ricos. Com o contributo de muitos Couros é de todos…No que diz respeito à Fraterna enquanto “em-presa social”, comprovou-se, na minha opi-nião, que uma «empresa sem prejuízos nem dividendos» dedicada inteiramente a atingir um objectivo social é capaz de fazer do mundo - neste caso concreto, Couros -, um lugar melhor.As pessoas não deram dinheiro para que este projeto atingisse os seus fins. Deram a sua criatividade, as suas capacidades de estabele-cer contatos, as suas aptidões tecnológicas, as suas experiências de vida e outros recursos e conseguiram-no.

NC. Realizou muitas reuniões de plane-amento com a entidade coordenadora e gestora do projeto, acompanhou todas as atividades. O que mudaria ou o que faria di-ferente agora que tem uma ideia muito con-creta de tudo o que foi realizado?Termos começado mais cedo como já referi. O tempo de realização do projecto foi muito curto, o que levou a um trabalho mais con-densado.Por outro lado, a adesão da população ao pro-jeto não atingiu o que desejaríamos. Há ainda uma certa resistência, em termos de envol-vimento, a este tipo de projetos que pressu-põem uma lógica de gestão participada, mas que tem a ver com o modelo de cultura que vigorou em certo momento e que ainda hoje tem os seus resquícios. Por um lado, as pes-soas exigem mais e melhor participação, mas quando chamadas a participar, nem sempre o fazem. E perdemos todos.Outra dificuldade prendeu- se com o facto de termos em Couros um significativo número de pessoas com uma faixa etária elevada. A população mais jovem é escassa. Termos ini-ciado mais cedo o Projeto, talvez permitisse um diagnóstico mais aprofundado e teríamos atenuado alguns constrangimentos.

NC. Quais os principais contributos, ou resultados, se lhe é possível fazer desde já esse balanço, que destacaria em conse-quência da realização deste projeto.Aponto vários contributos. A qualidade de vida não se põe apenas ao nível do rendimen-to ou do conforto material que se tem - claro que isso conta -, mas qualidade de vida é tam-bém todo o tecido relacional em que se está inscrito. É se temos trabalho, se vivemos num local onde se conhecem as outras pessoas, se estamos integrados na sociedade. Nesse sentido, houve, efetivamente, uma me-lhoria nas relações inter-pessoais dos morado-res; o reforço na relação entre as instituições e a Câmara Municipal; o reforço da identidade e do sentimento de pertença à comunidade; o aumento de competências dos moradores a vários níveis e um conhecimento mais apro-fundado das melhorias introduzidas pela regeneração urbana realizada em Couros. Ali-

ás, era esse um dos principais objetivos desta Operação Imaterial, como já referi.Em suma, tivemos a experiência de que se pode viver melhor com um modo de vida em que se partilha mais, em que há mais tempo para estar com os outros, em que a relação tem um lugar mais importante. É essencial que as pessoas experimentem e sintam que um outro modo de vida dá mais felicidade. Sobretudo num tempo em que as dificuldades económi-cas se acentuam.

NC. Há mudanças visíveis em Couros resul-tado de um conjunto muito vasto de inicia-tivas que convergiram para este ano de 2012. Quer destacar as que acha mais significati-vas?A regeneração urbana com a nova implemen-tação de equipamentos. Refiro-me à quali-ficação do espaço público e do ambiente ur-bano, à reabilitação de ruas e largos através das diferentes intervenções na recuperação e ‘refuncionalização’ de algumas fábricas de curtumes. O novo complexo de edifícios, como a instalação do Centro de Estudos Pós-Graduados, o Instituto de Design entre outros, poderá desempenhar um papel determinante no âmbito da inovação e desenvolvimento da economia local.Destaco ainda a intervenção de alguns priva-dos, a valorização do património local, a aber-tura de Couros à própria cidade, mas também ao mundo, através da articulação no desenvol-vimento de algumas atividades com iniciati-vas da própria CEC 2012.

NC. Para terminar pedia-lhe que se dirigisse aos moradores de Couros, aos que participa-ram mais ativamente no projeto, ajudando a organização, participando nas atividades, incentivando os outros à participação. O que lhe ocorre dizer-lhes?Embora sendo suspeita, diria que o mais admi-rável neste processo não é apenas o resultado em si, o produto final, mas também o cami-nho que juntos - Fraterna, moradores, institui-ções - percorremos.O que partilhamos foi e é fruto de uma relação construída e de uma busca constante. Daqui para a frente já nada será igual. Este projeto proporcionou uma enorme oportunidade de trabalharmos num “paradigma de colabora-ção e não de competição”.Em termos de Conselho de Comunidade fun-cionamos como uma família onde as capaci-dades de todos têm valor. E dar este valor de volta à sociedade pode ser incrível. Homens e Mulheres puderam exercer a sua própria voz. Obrigada ao Henrique, às Ritas, ao Conselho de Comunidade, à Universidade do Minho, à Câmara Municipal… a todos aqueles que per-mitiram a concretização deste projeto.Aos moradores de Couros: não deixem de acreditar na VOSSA GRANDEZA e OBRIGADA!—1 Daniel INNERARITY, O principio de cooperação, in O novo Espaço Público. Que significado pode ter hoje uma cultura pública comum? Teorema, Lisboa 2010.

NÃO DEIXEM DE ACREDITAR NA VOSSA GRANDEZAENTREVISTA COM PAULA OLIVEIRA, DIRETORA EXECUTIVA DA FRATERNA

A organização esteve a cargo da Cooperativa Mercado Azul, de Guimarães, que dinamizou a oficina de decoração, programou a animação musical e se encarregou de toda a logística. Sem tradição nem santo padroeiro a pergunta aqui fica: e para o ano, vai repetir-se a festa? O “Notícias de Couros” lança um desafio aos mo-radores e às instituições sediadas em Couros: mãos à obra, para fazer deste Arraial Popular em Couros uma tradição. Na Ramada ou nou-tro local de Couros. Locais não faltam.

ARRAIAL POPULAR EM COUROS ATRAIU MAIS DE 1000 VISITANTES

Page 4: Jornal Notícias de Couros

4 NOTÍCIAS DE COUROS

É MORADOR EM COUROS? TEM SUGESTÕES PARA A ZONA? IDEIAS PARA ATIVIDADES?Então envie-as para [email protected]

VAMOS JUNTOS DAR VIDA A COUROS.

www.facebook.com/couros.envolvimento

Conceção e Gestão Promotor Co-financiamentoOrganização

7 dezembro 2012, 21h15Inauguração da Exposição.

Apresentação do livro “Uma Experiência Singular”

Apresentação do livro“Curtidores e Surradores de S. Sebastião 1865-1923 – a difícil sobrevivência de uma indústria insalubre no meio urbano”de Elisabete Pinto.

A FRATERNA, promotor, e a SETEPÉS, conce-ção e gestão, do projeto “Couros. CampUrbis. Envolvimento da População Local”, agradecem a todos os que colaboraram, participaram e ajudaram a realizar este projeto. Durante um pouco mais de um ano, foram muitos os que estiveram presentes, com as suas ideias, as suas sugestões e o seu trabalho empenhado. Em primeiro lugar a todos os moradores de Couros que participaram nas diferentes ini-ciativas, eventos e atividades do projeto. Não podendo mencionar todos, aqui ficam os que no Conselho de Comunidade de Couros foram cúmplices genuínos e confiantes: Adão Vale, Adélia Dias, Ana Filipa, Ana Pereira Rodrigues,

UM GRANDE ABRAÇO FRATERNO E DE AGRADECIMENTO

Marta Labastida, Daniel Duarte Pereira, Cidá-lia Silva, Rute Carlos (Mapa da Comunidade de Couros), Lia Oliveira (Presépio de Couros), Florbela Castro, da Cooperativa Cultural Mer-cado Azul (Oficinas de Artesanato Ecológico e Arraial Popular), ao Marcus Garcia Moreira (Ex-posição “À Luz do Dia” e oficina de Arte Postal), à Elisabete Pinto (palestra na preparação das visitas guiadas a Couros).À Adelina Alves e Ana Rita Miranda, da Frater-na, pela excelente colaboração e empenho. À Rita Fernandes, pela dedicação ao projeto e a todas as pessoas envolvidas. Por fim, a todas as instituições e pessoas indi-viduais que com a sua colaboração e abertura

às iniciativas de projeto muito contribuíram para o seu sucesso: à Escola de Arquitetura da Universidade do Minho, Paulo Cruz, Paulo Mendonça e Vicenzo Rizo; ao Instituto de De-sign de Guimarães, Ferri von Hattum e José Cardoso Teixeira; à Pousada da Juventude de Guimarães em Couros, Júlia Monteiro; ao Agrupamento de Escolas Egas Moniz, Bernar-dina Soares; ao Presidente da Junta de Fregue-sia de S. Sebastião, Marco Ferreira; à equipa de filmagens da GuimarãesTV.

Paula Oliveira, Diretora Executiva da FraternaHenrique Praça, Diretor da Setepés, coordena-dor do projeto

Anabela Campos, Diamantino Soares Sil-va, Esménia Silva, Fernanda Pires, Hendrick Hekkers, Jan Kees, Joaquim Costa, José Agos-tinho da Silva, Luís Miguel, Manuel Salgado Ferreira, Mafalda Pereira, Mafalda Ribeiro, Ma-ria Amélia Martins, Maria Isabel P. Quintão, Maria José Costa, Maria José Freitas, Maria Lu-ísa Faria, Noémia Guimarães, Orlando Aguiar, Tatiana Atashova, Vitor Oliiveira.Também a alguns outros vimaranenses, na-tivos ou adotivos, que foram aparecendo e colaborando. Aos orientadores e dinamizadores das ativi-dades, para todos o nosso obrigado pelo em-penho, pela dedicação e pela competência:

EXPOSIÇÃO + LIVRO

UMA EXPERIÊNCIASINGULAR Couros. CampUrbis. Envolvimento da População Local

7-30 dezembro 2012, 14h00-19h00(exceto 2ª feiras e 25 dezembro 2012)Casa da Memória, Guimarães