Diretoria eleita (2015-2019)

Página 2 Página 3

Filiações :

Página 3

Negociações ManifestaçõesPágina 3

Túnel do Tempo

Edição 01 j Nº 01

Melquíades de AraujoExemplo de ativista sindical que vem dedicando mais de 30 anos de sua história de vida em nosso Sindicato, Araujo, como é conhecido, é líder por excelência. Vem colocando as entidades onde liderou (e lidera) na realidade do Século 21, seja modernizando seu pensamento sindical, seja melhorando sua estrutura física e até mesmo aplicando seu estilo empreendedor e democrático ao lidar com suas diretorias.

Página 4

ASSOCIE-SE

JÁ !!!

O Sindicato que representa você!Colônia de Férias, em Praia Grande - SPChácara de lazer, em Mairinque - SPSorteios de prêmios para sócio ativistaDepartamento jurídico, de apoio ao trabalhadorDescontos em faculdades e cursos técnicosAtuação integral na classe trabalhadoraParticipação democrática dos trabalhadoresCaminhão de som, para as atividades sindicaisSede própria em CampinasSub-sede em ItuSub-sede em Jaguariúna

Campinas, Hortolândia, Indaiatuba, Itu, Jaguariúna, Monte Mor, Paulínia, Pedreira, Salto, Sumaré e Valinhos

O AlimentadorJORNAL

www.alimentacao.org.br

2

Mais um ano se inicia, um novo mandato à nossa Diretoria nos foi conferido por vocês, para que pos-samos lutar incansavelmente e, com isso, conseguir mais condições de renda e benefícios aos trabalhado-res.

Para 2015, não será nada fácil, seja por conta da crise hídrica, da corrupção no Governo Federal, da retirada de direitos e conquistas his-tóricas dos trabalhadores por este governo que se denomina “dos tra-balhadores” e que, no primeiro ato, inicia uma “mão grande” em nos-sos direitos.

Mas somos BRASILEIROS e, como tal, “não desistimos jamais”. Estaremos nas portas das empresas com nossas assembleias de data-ba-se, buscando mobilizar nossa cate-goria, que sempre dá exemplo de união e luta, junto ao seu Sindicato. Tenham certeza, companheiros(as), de que nunca faltará de nossa parte empenho, força, união e trabalho!

Como vocês podem perceber, o seu Sindicato está investindo na ampliação de informação, seja por meio de nossos boletins na porta da fábrica, na internet, nas redes so-ciais (Facebook), no nosso Jornal O ALIMENTADOR que, a partir de agora, será bimestral e já nesta pri-meira edição foi impresso em papel reciclado - o que contribui com a questão socioambiental.

Trazemos uma entrevista ex-clusiva com o nosso companheiro “Araujo”: ícone de liderança, tra-balho e defesa da classe trabalhado-ra da Alimentação em SP, no Brasil e no mundo. Atualmente, é Presi-dente da FETIASP, Vice-Presidente da CNTA, Vice-Presidente da For-

ça Sindical, Membro Executivo da UITA (com sede em Genebra, na Suíça) e Presidente de Honra de nossa entidade, que sempre con-tribui com sua experiência e com sua palavra de conhecimento das causas que afligem nossos traba-lhadores, além de ser ombro amigo de todas as horas. Por tudo isso, esta singela homenagem, sempre ao nosso “ARAUJO”, que é parte mar-cante e, por que não dizer, principal dos exatos 34 últimos anos dessa entidade que completa no próximo dia 09 de março, seus 82 anos de existência.

Não podemos esquecer de 08 de março - Dia Internacional da Mu-lher - , das companheiras que têm dupla e, às vezes, até tripla jornada, mostrando toda sua garra, a qual devemos admiração, respeito e ho-menagem nesse dia especial. Vale lembrar que mais de 60% da mão--de-obra nas indústrias de alimenta-ção são formadas por trabalhadoras e, com isso, demonstram sua força de trabalho. Nosso muito obrigado por nos darem nossas vidas.

Mais uma vez, afirmo a todos(as) companheiros(as) que esse ano será difícil, mas como sempre triunfa-remos porque, acima de tudo, SO-MOS DA FAMÍLIA DA ALIMEN-TAÇÃO.

Obrigado pela confiança!

Palavra do Presidente

O Alimentador

E X P E D I E N T ESindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Campinas - SITACPresidente: Marcos Roberto da Silva AraújoSede Campinas - Rua José Paulino, 172 | Tel 19 3232 2855Sub-sede Itu - Rua dos Andradas, 817 | Tel 11 2715 7369 / 11 4022 7369 Sub-sede Jaguariúna - Ladeira Jorge Teodoro Lima, 53 | Tel 19 3867 1878Site: www.alimentacao.org.brE-mails: sind.alimentacao@terra.com.br | imprensa.sitac@terra.com.br

Edição 01, nº 01 do Jornal “O Alimentador”Janeiro/Fevereiro de 2015

Jornalista: Rodrigo Busnardo (MTB 35.167)Fotos: Carlos R. S. Moreira, Arquivo

Gráfica Mundo (Santa Bárbara d’Oeste)Tiragem: 5.000 exemplares

Distribuição gratuita

Negociações

Marcos Araújo

Já começaram as negociações nas respectivas data-bases das categorias. Para este ano, o presidente do nosso Sindicato, Marcos Araújo, prevê en-durecimento (por parte do patronato) e dificuldades nas mesas de reuniões. “Não vamos retroceder. A luta este ano será pela manutenção dos empregos e dos benefícios adquiridos. Além disso, temos de negociar os pisos”, enfatizou.

Abaixo, segue a tabela anual das da-ta-bases.

Diretoria toma posse

A Diretoria eleita do nosso Sindi-cato foi empossada oficialmente na tarde do dia 23 de janeiro, em sole-nidade ocorrida no Cezanne Plaza Apart Hotel, situado em Campinas. O evento teve participação de todos os membros e funcionários da enti-dade (foto). Compuseram a mesa de solenidade o presidente da Federa-ção dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins do Estado de São Paulo (FETIASP), Melquía-des de Araujo (presidente da mesa);

3 O Alimentador

ManifestaçõesNosso Sindicato vem partici-

pando ativamente das manifesta-ções contra o chamado “pacote de maldades” anunciado no início do ano pelo governo federal. Além da nossa entidade, vários sindi-catos de outras categorias vêm se mobilizando pela revogação das Medidas Provisórias números 664 e 665, que alteram as regras do se-guro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão.

Em Sertãozinho, no último dia 27 de janeiro, uma comitiva do SI-TAC juntou-se aos trabalhadores demitidos por diversas usinas de cana-de-açúcar que, em decorrên-cia da crise, resolveu encerrar suas atividades na calada da noite.

Já na cidade de São Paulo, no dia 28 de janeiro, as centrais sin-dicais fecharam a Avenida Paulista durante o período da manhã. Nos-so Sindicato também marcou pre-sença neste evento, intitulado “Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores”.

Neste mês de março, represen-tantes do nosso Sindicato irão a Brasília para pressionar o governo na revogação das MP’s.

Vamos à luta!

o diretor do SITAC, Odair Volpato (secretário da mesa); membros do corpo jurídico do SITAC, Dr. Luis Carlos Alecrim, Dr. Jamir José Me-nali, Dr. Rodolfo Correa e Dra. Ju-liana Gois; e o presidente reeleito do SITAC, Marcos Araújo.

Vale lembrar que esta Diretoria foi reeleita no final do ano passado pela categoria, através de votação, cumpriu o mandato entre 2011 e 2015 e terá até 2019 para desempe-nhar seus trabalhos.

T Ú N E L D O T E M P ONosso Sindicato completará 82 anos de fundação em 09 de março pró-

ximo. Sua história de lutas e conquistas nunca deverá ser esquecida. Para isto, “O Alimentador” publicará nas próximas edições, algumas fotos que fazem parte do acervo existente na sede em Campinas. Alguns vídeos an-tigos também serão publicados na página do Facebook. É uma forma de mantermos viva a chama da história e da memória do SITAC.

1982 - Diretoria do Sindicato empossada, presidida por Melquíades de Araujo. Na foto: Tobias, Buscaratti, Américo, Araujo e Bossoni.Há 33 anos

Há 34 anos1981 - Assembleia dos trabalhadores das usinas de cana-de-açúcar, em Capivari. Na foto, o presidente do Sindicato, Araujo (destaque) conversava com trabalhadores.

Manifestação em Sertãozinho

Manifestação na Paulista, em SP

4O Alimentador

GRANDE LÍDERMELQUÍADES DE ARAUJO

O maior ícone à frente das entidades sindicais das indústrias de alimentação do Estado de São Paulo é o atual Presidente da FETIASP, Vice-Presidente da CNTA, Vice-Presidente da Força Sindical, Membro Executivo da UITA e Presidente de Honra de nosso Sindicato. Em entrevista exclusiva a “O Alimentador”, nosso querido Araujo fala sobre passado, presente e futuro.

Há exatos 33 anos, o sr. assumia a presidência do SITAC pela primeira vez. Quais foram os momentos mais marcan-tes para o sr. nessa trajetória dentro da entidade?

Criamos uma diretoria com os mesmos objetivos no Sindicato, buscando resgatar as suas finalidades de representar com dig-nidade os nossos representados. Moraliza-mos o Sindicato através da luta incessante e fomos quase que obrigados a realizarmos greve em mais de 90% das empresas da época, e repetidas greves na maioria delas. Com coragem dos diretores e determina-ção, vencemos a todas as provas, com nos-sa garra, lealdade e confiança. Com isso, re-cuperamos a principal luta: a confiança dos trabalhadores no seu Sindicato. Para mim, estes fatos foram os principais, levando em conta que estávamos vivendo em pleno Re-gime Militar.

Tanto no SITAC, como também na FE-TIASP, suas gestões conseguiram inserir, respectivamente, as duas entidades em uma nova realidade sindical (mais mo-derna, dinâmica e representativa). A quais fatores o sr. atribui estas conquistas?

No meio do segundo mandato no Sin-dicato, alguns sindicalistas da época me convidaram para fazer parte de um grupo que gostaria de mudar a forma de atuação da nossa Federação. Fizemos muitas reuni-ões com os Sindicatos existentes na época, enviando à direção da Federação propostas de mudanças que entendíamos ser impor-tantes para os Sindicatos filiados e, princi-palmente, aos trabalhadores. Não havendo por parte da diretoria da Federação atender às nossas propostas, nasceu a nossa chapa de oposição, com alguns de tantos objeti-vos: união dos Sindicatos, organização dos trabalhadores em todo Estado, fortalecer as lideranças Sindicais, criar novos Sindica-tos saindo de lutas travadas pela Federação com os trabalhadores inorganizados. A par-tir daí, dobramos o números de Sindicatos, reduzimos o número de datas-bases que iniciavam em janeiro e ia até dezembro.

Hoje, não passam de duas datas, maio e se-tembro. Claro que são várias negociações no mesmo mês, mas dá para fazer melhor conscientização e mobilizações dos traba-lhadores no Estado. Antes, o salário míni-mo do governo ultrapassava o piso da nossa categoria e hoje todos os pisos das nossas negociações são superiores diante do sa-lário do Estado, que é superior ao mínimo nacional. Melhoramos as cláusulas sociais e a categoria hoje é respeitada pelo setor patronal. Ela é reconhecida e respeitada no meio Sindical, nos âmbitos Estadual, Na-cional e até internacionalmente. Isto não foi diferente da forma e dos meios utilizados no Sindicato de Campinas: união, humilda-de, fidelidade e objetivos claros em defesa dos trabalhadores.

Como o sr. vê o SITAC hoje? E como o sr. o enxerga no futuro?

Para mim, o conselho não é tão impor-tante quando o exemplo é a diretoria no comando do seu presidente (Marcos Araú-jo), que tem dado exemplo a todos nós de como dirigir um Sindicato em equipe, di-vidindo tarefas aos diretores, demostrando nesta unidade a capacidade administrativa e, principalmente, buscando conquistas importante aos trabalhadores. E um Sindi-cato participativo abriu o direito de todos os trabalhadores, sendo associados ou não, de votar e eleger a sua diretoria. O futuro é de muitas mudanças que tentam de todas as formas desmoralizar a nossa instituição, mas jamais conseguirão, porque os traba-lhadores sabem que é a única instituição existente e democrática que eles têm para defender os seus direitos na unidade. O fu-turo não será diferente do que foi até agora: de muita luta e determinação.

Na sua opinião, quais são os rumos do sindicalismo no Brasil?

O futuro é de lutas e deverão ficar em pé apenas os Sindicatos de verdadeira re-presentação, desaparecendo os Sindicatos “de carimbo” que buscam apenas arreca-dação. Teremos vários conflitos nesta dis-

puta de representação e teremos de tirar do Ministério do Trabalho alguns ministros e secretários que fazem do reconhecimento sindical uma confusão que só atende os in-teresses de ordens pessoais ou políticas, ou seja, tudo contra os que lutam em detrimen-to dos interesses dos outros. Mas acredito que os trabalhadores vencerão todos estes desafios.

Quais são seus projetos futuros (pe-queno, médio e longo prazo) para a FE-TIASP?

O objetivo futuro de pequeno, médio e longo prazo já está lançado: é a formação dos dirigentes Sindicais para o futuro, atra-vés desta criação das secretarias por setor, onde todos poderão praticar e treinar sua capacidade de representar os trabalhadores em todos os sentidos. E mais: travar para o futuro uma luta para que os trabalhadores tenham uma vida melhor e isso só é possí-vel se nós nos organizarmos na luta em prol de MORADIA, SAÚDE, EDUCAÇÃO, LAZER E SEGURANÇA. Este é o futuro que espero de lutas.

Na sua opinião, qual seria a maior con-quista do trabalhador da alimentação, na atualidade?

Para mim, todos os trabalhadores da alimentação do Estado de São Paulo têm conquistado condições de salário ou de tra-balho igual, ou até melhor, que muitas ou-tras categorias. Só nos restam as conquistas citadas na resposta da pergunta anterior.

Se o sr. pudesse resumir toda sua traje-tória sindical em apenas uma frase, qual seria ela?

Resumiria na palavra PERSISTÊNCIA. Aproveito para agradecer o carinho e ami-zade que recebo de todos os membros da Diretoria e funcionários deste Sindicato. São eles que têm proporcionado a mim tantos títulos de cidadão de tantas cidades e muitas homenagens recebidas por todos os Sindicatos. A origem é que nos dá as raízes de multiplicação.