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Abraão, Ilha Grande, Angra dos Reis - RJ - Julho de 2012 - Ano XIII - Nº 158 Foto: By Gigi Courau

Jornal O ECO Julho 2012

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jornal o eco edição de julho 2012

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Abraão, Ilha Grande, Angra dos Reis - RJ - Julho de 2012 - Ano XIII - Nº 158Foto: By Gigi Courau

- 2 - Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

O CARPE DIEMCarpe Diem significa “aproveite o momento”. O termo está

em Latim e foi escrito pelo poeta latino Horácio (65 a.C. a 8 d.C.),no Livro I de “Odes”, em que aconselha a sua amiga Leucone nafrase: “...carpe diem, quam minimum credula postero”.

Uma tradução possível para a frase seria “...colha o dia dehoje e confie o mínimo possível no amanhã”.

O significado de Carpe Diem é um convite para que seaproveite o tempo presente, usufruindo os momentosintensamente, sem pensar muito no que o futuro reserva.

Horácio segue a linha do epicurismo e defende que a vida ébreve e a beleza perecível. Sendo a morte a única certeza, opresente deve ser aproveitado antes que seja tarde.

Carpe Diem é viver o hoje sem preocupações com o amanhã.É desfrutar a vida e os prazeres do momento em que se vive.Agora, no presente.

No filme “A Sociedade dos Poetas Mortos”, a mensagem de“carpe diem” é transmitida em determinado momento aos jovensestudantes para lhes lembrar a brevidade da vida e que, porisso, deveriam vivê-la de forma extraordinária.

Bem, até aqui foram conceitos extraídos de pesquisas. Aprimeira vista muito interessantes, mas que me fizeram pensar.No filme dá a entender que o carpe diem, de certa forma inclui opreparo do amanhã, nisso, eu alinho meu pensamento.

Parece-me que Horácio nesta linha do epicurismo, quismostrar só o lado lúdico da vida, aproveitá-lo ao máximo e quantoantes melhor, sem deixar nada para depois. Possivelmente sópensou em “ode”, poesia lírica para encantar a amiga. Pareceumais um playboy do Império Romano que para ganhar alguém,valia tudo. Dá até para pensar que criou uma filosofia de vida emtorno do momento! Mas, permite vários ângulos de visão. Obvioque nunca se deu conta de que era o prenúncio do imediatismode hoje, que tanto encanta aos jovens. O jovem hoje vive o perfeitocarpe diem de Horácio, o amanhã para ele não existe e parapoucas exceções o amanhã faz sentido. Como será o amanhãpara quem viveu tudo hoje e não plantou para colher? O nossoamanhã, temos que construí-lo hoje, caso contrário não oteremos. Além do exagero de curtição que o carpe diem gera, elealimenta de forma exacerbada o ego do ser. O indivíduo se tornaimportante, passa a se fazer notar pelas ações e até se projetandona pergunta: sabe quem eu sou? Muitas vezes na intenção deprovocar uma pancadaria, como está em moda hoje!

Eu entendo que o conceito de carpe diem deveria ser aplicadopara usufruir no fim da vida. Plantamos, construímos, colhemose agora que já estamos contra o tempo vamos usufruir o carpediem.

Minha vida de jovem foi boa, mas comendo o pão que o“diabo amassou com sandália de pé sujo”, para plantar o meuamanhã. Não me arrependo, pois hoje eu vivo o carpe diem comtoda a intensidade e no meio dos jovens que também o vivem.Se eu, o tivesse vivido a pleno, enquanto jovem, possivelmentenem existisse mais, minha saúde não teria resistido.

Na verdade tudo isso são conceitos da vida que surgem doque cada um quer de si e para si mesmo. Se eu quiser viverludicamente até os 40 anos e isso me torna satisfeito, então ocarpe diem é o caminho. Se eu optar pelos 90 anos de vidaplena, mas nem tanto carpe diem, então o caminho é outro. Tenhoque plantar para colher! Se eu tenho direito à vida, então ela éminha e posso fazer dela o que eu quiser, isto não está excluídodo meu pensamento: tenho que plantar para colher, portantotenho o direito de plantar e colher o que me interessar.

Meu conceito para uma sociedade bem organizada, queproporcione uma boa qualidade de vida para todos, não inclui ocarpe diem como filosofia de vida. Eu posso beber sem ser

Nota: este jornal é de uma comunidade. Nós optamos pelo nosso jeito de ser e nosso dia-a-dia portanto, algumascoisas poderão fazer sentido somente para quem vivencia nosso cotidiano. Esta é razão de nossas desculpas por nãoseguir certas formalidades acadêmicas de jornalismo. Sintetizando: “é de todos para todos e do jeito de cada um”!

alcoólatra, como também posso incluir o carpe diem sem adotá-locomo filosofia de vida! Meu conceito inclui, sim, o aprimoramento doser e dos saberes para poder desfrutar o amanhã. Caro leitor! Vocêacredita que o Obama é o “Xerife” do mundo por que é negro? Porque é americano? Por que é filho de rico? Não, é porque se dedicoucom exagero enquanto jovem plantando o que está colhendo hoje.Um fato a pensar, não é?

Nós somos talvez o único ser no planeta, que leva 20 anos em“construção”. Nós temos a infância e adolescência por mais de dezanos, em total dependência dos pais e mais alguns anos construindoos saberes da vida para que possamos começar andar em equilíbriopor conta própria. Um total aproximado de 20 anos. Enquanto osanimais, em grande maioria, com um ano são pais e com dois sãoavós. Portanto somos seres diferentes e o amanhã depende daconstrução, enquanto jovem, do hoje e o espaço é longo. É o ônus desermos racionais, muito bom, mas trabalhoso!

O consumismo capitalista de hoje, não mostra isso ao jovem,mostra-lhes o carpe diem como prioridade. A própria escola é assim.Portanto o jovem não é culpado de só pensar no que é bom para omomento, ele é induzido a isso, e como ele está em formação, éassim formado! Vamos esperar o resultado deste momento, quenão deverá ser promissor e eu não vejo como reverter!

Com relação ao “quem sou eu” do início, vamos nos projetar umpouco no universo!

Se nós pensarmos que estamos contidos em um universo quedeveria se chamar “poliverso” (possivelmente vários universos),porque no meu entender são muitos, e dentre os possíveis bilhõesde galáxias que o compõem, eu pertenço a um sistema solar, naperiferia da Via Láctea que é a nossa galáxia, formada por milhões desistemas solares e que dentro deste meu sistema solar, existemmuitos satélites, vários planetas, alguns cometas, asteroides e eupertenço a um desses planetas, que chamamos de Terra! Que nestaTerra, eu estou contido entre bilhões de seres vivos conhecidos eoutros bilhões de desconhecidos, onde faço parte de espécie humana,que por sua vez tem sete bilhões de indivíduos e eu sou este “unzinho”neste infinito cósmico, e ainda ouso perguntar: você sabe quem soueu? Julgando-me importante! Já está mais que na hora de pensarque não sou quase ninguém. Você já pensou nisto? Então pense emsua minúscula e frágil construção para começar a arquitetar seuamanhã. “Na mudança do tempo..., se prepare que vem temporal aícara”!

Gente! Não somos nada, diante do macrocosmo em que estamoscontidos!!! E ainda existe o microcosmo que é outro tanto que tendeao infinitamente minúsculo e não falei nele! E a vida contém o microque está contida no macro!

Partindo da minha dimensão, passando pela célula, peloscromossomas, pela cadeia do DNA, átomo, elétrons até a partícula“quark”, e cujo microcosmo nos compõe, é onde está a vida, contendoeste outro universo. Viajando por este microcosmo, vamos para oinfinito do minúsculo, do real ao imaginário.

Depois de viajar pelos dois extremos do infinito, macro e micro,mesmo sabendo que nada sou além de partículas e ondas quecompõem este universo, ainda pergunto: você sabe quem eu sou?Ousadia não é? É a doença do ego! O ego doente é uma catástrofe!

Ah! Ainda tem o mundo espiritual que é outra dimensão da qualnada conhecemos, e que por certo é um campo de energiadesconhecida gigantesco, que não sabemos realmente o que seja,mas que inegavelmente existe!

Caro leitor, especialmente o jovem, estude quântica e REFLITA!Eu já pirei! Parece até que saí de um lugar, viajei muito e não

cheguei a lugar nenhum! The End!O Editor

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DISTRIBUIÇÃOGratuita, mala direta e de forma espontânea pelos turistas.Impressão: Jornal do CommércioTiragem: 5 mil exemplares

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Questão AmbientalInformações, Notícias e OpiniõesInformações, Notícias e OpiniõesInformações, Notícias e OpiniõesInformações, Notícias e OpiniõesInformações, Notícias e Opiniões

Informativo on-line doParque Estadual da Ilha Grande

No. 07 ano 02 - Julho/2012

SERIA A COLETA DE CASTANHA DO PARÁ SUSTENTÁVEL?Recentemente li um artigo cientifico publicado na renomada revista Science em

2003 de autoria de Carlos A. Peres e colaboradores com o título: “Ameaçasdemográficas para a sustentabilidade da exploração de castanha do Pará”.

Fiz a apresentação deste artigo para os alunos da Escola de Jovens e Adultos daColégio Brigadeiro Nóbrega, professora Suely. Eles gostaram de conhecer o estudoe pediram mais, o que me incentivou a escrever esse texto.

Os produtos florestais não madeireiro são além do ganha pão de muita genteque mora na floresta amazônica uma estratégia para conservação das matas. Acastanha do Pará (Bertholletia excelsa) – ou só castanha, pois esta também éencontrada em diversos Estados do Norte – tem uma extração em torno de 45 miltoneladas anualmente e gera em torno de 33 milhões de dólares.

Dia desses li num site na internet a seguinte frase: “Ao contrário de outrasatividades que estão acelerando o desmatamento da Amazônia, a extração dacastanha não agride a natureza, pois depende da existência da floresta e dacastanheira em pé para continuar existindo”.

Será que a extração não agride a floresta? Será que é sustentável?Para a extração em uma população vegetal ou animal ser sustentável seria

necessário ter um processo de coleta ou retirada de indivíduos numa taxa menor doque a taxa de reposição. Como exemplo podemos pensar que se você retirar todasas galinhas do galinheiro num ritmo maior do que o de nascimento de pintinhos umahora você não terá mais nenhuma galinha. Logo é um manejo insustentável. Ou sevocê retirar sempre o máximo de pintinhos ou ovos uma hora só sobrará galos egalinhas velhos, e não mais teria reposição de novos ovos e o fim ficaria próximo.

E para a castanha na Amazônia? Peres e colaboradores estudaram 22 populaçõesda castanha no Brasil, Peru e Bolívia. Mediram todas as árvores que tinham o diâmetroà altura do peito e” 10 cm, em floresta estruturalmente intacta e em áreas comdiferentes pressões de coleta do fruto. Analisaram a história da exploração dascastanhas em registros públicos, entrevista com coletores, e em contagem de frutosabertos, proporção de fruto removido, proporção de árvores que tiveram coleta,extensão do período de coleta desde 1900, frequência de queda na coleta no período.Separaram as áreas em quatro categorias de pressão de coleta: sem coleta, leve,moderado, forte.

Concluíram que o tamanho das árvores e a sua estrutura etária (a distribuiçãopor idade das plantas) foram afetados pela historia de coleta das sementes. Locaiscom uma forte pressão de coleta só tinham árvores grandes e poucas ou nenhumaárvore jovem.

Já as juvenis eram muito comuns no local com nenhuma coleta, 31 à 76 % detodas as árvores.

O que o gráfico acima mostra é que onde tem muita coleta há poucos ou quasenada de plantas da castanheira jovem, fica evidente, desta forma, que estaspopulações de plantas estão sob uma pressão muito grande e que futuramentepoderão entrar em colapso.

A única variável chave consistentemente mantida nos modelos e análisesestatísticas que os autores fizeram foi a história da colheita de sementes.

Sobrarão futuramente só árvores velhas e poucos jovens, e muitos já estarãomortos!

Ou seja, a exploração nas áreas analisadas NÃO É SUSTENTÁVEL!! Mas como aprodução numa árvore se mantem por mais de 150 anos, os efeitos da coleta nãosustentável ainda não foram observados de forma direta pelos coletores.

Solução:A solução para não termos o fim das populações de castanha e para que os

coletores continuem a usufruir desta forma de produção natural deve passar pelomanejo das áreas, facilitando o nascimento de novas castanheiras, montando viveirosde mudas e fazendo rotação de áreas (deixar áreas em descanso).

Mas só isto basta? Não, não basta, temos que frear o maior dos maioresproblemas da floresta amazônica que é desmatamento e a degradação ambientalque esta vem sofrendo.

Dá próxima vez que for comprar algum produto dito sustentável tente descobrir seo processo realmente não agride o ambiente ou se é só uma propaganda enganosa.

Sandro Muniz/Biólogo/Chefe PEIG/RBPS.

CAÇA ILEGAL NA ILHA GRANDENo mês de junho a fiscalização ambiental do Parque Estadual da Ilha Grande -

PEIG, com apoio de fiscais do Parque Estadual da Pedra Branca - PEPB, executouuma ação de combate à caça ilegal na comunidade de Matariz na Ilha Grande.

Após desembarque rápido utilizando o fator surpresa, os fiscais flagraram doishomens conduzindo armas de fogo e animais em cativeiro em trilha que dá acessoà mata. A abordagem rápida impediu a fuga de um dos caçadores, que se entregou.O outro se evadiu do local deixando para trás, armadilhas e aves em cativeiro. Foiapreendida no local, uma espingarda calibre “32” com farta munição; além de doistrinca-ferros (Saltator similis) em gaiolas, apito para atrair aves silvestres e váriasarmadilhas.

Após receber vós de prisão, o caçador, Ernane da Silva, foi conduzido à 166

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Questão AmbientalDelegacia da Polícia Civil de Angra dos Reis, onde foi feito o Registro de Ocorrêncian°002796/12. Ernane da Silva foi preso e enquadrado no Artigo 29 da Lei de CrimesAmbientais n° 9.605/1998 (caça e cativeiro de animais silvestres) e Artigo 12 da Leido Desarmamento n° 10.826, de 22 de dezembro de 2003 (porte ilegal de armas defogo). Após pagar fiança, Ernane da Silva foi liberado e aguardará julgamento emliberdade. O infrator também responderá administrativamente. Foi lavrado o Auto deConstatação INEA n° 2049/2012 em seu nome e Termo de Apreensão INEA n° 0231/2012 das armas e armadilhas.

A operação foi executada obedecendo a um cronograma que visa ao combatedos principais crimes ambientais no Parque Estadual da Ilha Grande e seu entorno.

“Ações que poderão ocorrer em finais de semana, feriados, à noite e sempreutilizando o fator surpresa” é o que garante o chefe de Proteção do PEIG, Andrei Veiga.

Andrei Veiga/Biólogo/Chefe de proteção PEIG

JOSUÉ E ENZO PLANTAM MUDAS E DÃO EXEMPLO DECONSCIÊNCIA AMBIENTAL

Durante a Semana Inteira do Ambiente 2012, os alunos da Escola BrigadeiroNobrega receberam a visita de Kjell Kühne, representante da América Latina do Plantfor the Planet, um movimento global das crianças pela justiça climática.Comprometidos com a causa estes dois meninos procuraram o Parque Estadual daIlha Grande para pedir ajuda e plantar mudas, junto com os guardiões do PEIG emuma das áreas de restauração ambiental da Vale, próximo a Praia Preta.

Josué e Enzo, plantando para o planeta. “Parem de falar e comece a plantar”,essa é a mensagem deixada por crianças de mais de 90 países que lutam pelajustiça climática.

NOSSA FLORA:Nome científico: Lecythis pisonis

Nomes populares: Sapucaia ou sapucaiavermelha ou cumbuca de macaco

Ocorrência: A sapucaia ocorre do Ceará atéo Rio de Janeiro, na floresta pluvial atlântica. Éparticularmente frequente no sul da Bahia e nortedo ES.

A sapucaia também pertence à família daLecythidaceae, assim como a castanha-do-pará.

O fruto é grande, lenhoso e utilizado como

A ECOLOGIA HUMANA É IMPORTANTECUMPRIMENTE

“Dizer bom dia é abrir a janela do bom humor.É começar o dia bem”!

CUMPRIMENTE!DIGA BOM DIA!

JORNAL O ECO

adorno e como recipiente na zona rural.As castanhas (sementes) são comestíveis emuito saborosas, sendo também, muito apreciada pela fauna. A copa adquire belacoloração lilás. A maturação dos frutos ocorre de agosto-setembro. A madeira éapropriada para obras externas, como mourões, estacas, esteios, pontes, mastros,para construção civil como vigas, caibro, ripas, batentes de portas e janelas, para aconfecção de peças torneadas, peças flexíveis, carrocerias, cabos de ferramentas,etc.

A palavra sapucaia tem origem tupi, ainda que existam diferenças nas propostasetimológicas: ou resulta da união dos elementos sa, puca e ia (respectivamente:olho - que se abre - cabaça) - já que ao abrir-se o opérculo do fruto (que é um pixídio)parece que se vê um olho.

Leia mais: www.damaplantas.com.br

INFORMES:

· Aconteceu no dia 17 de julho na Casa de Cultura a XX Reunião Ordinária doConselho Consultivo do Parque Estadual da Ilha Grande (PEIG). Lembrando que oConselho Consultivo do PEIG (Parque Estadual da Ilha Grande) é um instrumento degestão previsto pela Lei 9.985/2000, do Sistema Nacional de Unidades deConservação (SNUC), e regulamentado pelo Decreto 4.340/2002. As Reuniões sãoabertas a todos. Participe!

Fale com PEIG - Sugestões de pauta, curiosidades, eventos a divulgar,reclamações, críticas e sugestões: [email protected]

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Questão AmbientalO MUNDO NUCLEARO MUNDO NUCLEARO MUNDO NUCLEARO MUNDO NUCLEARO MUNDO NUCLEAR

The crisis at the Fukushima nuclearplant was “a profoundly man-madedisaster”, a Japanese parliamentarypanel has said in a report.

The disaster “could and should havebeen foreseen and prevented” and itseffects “mitigated by a more effectivehuman response”, it said.

The report catalogued seriousdeficiencies in both the government andplant operator Tepco’s response.

It also blamed cultural conventionsand a reluctance to question authority.

The six-reactor Fukushima Daiichinuclear plant was badly damaged afterthe 11 March 2011 earthquake andtsunami knocked out cooling systemsto reactors, leading to meltdowns andthe release of radioactivity.

Tens of thousands of residents wereevacuated from an exclusion zonearound the plant as workers battled to

A crise na usina nuclear de Fukushimafoi “um desastre causado pelo homem”,segundo aponta o painel parlamentarjaponês em um relatório.

O desastre “poderia e deveria ter sidoprevisto e evitado” e seus efeitos“minimizados por uma resposta humanamais eficaz “, disse.

O relatório cataloga deficiências gravesno governo e na resposta da operadorada usina japonesa Tepco.

Ele também culpou as convençõesculturais e uma relutância em questionara autoridade.

Os seis reatores nucleares deFukushima foram seriamente danificadosapós o terremoto e o tsunami em marçode 2011, danificando seus sistemas derefrigeração, levando a fusões e a liberaçãode radioatividade.

Milhares de moradores foramevacuados de uma zona de exclusão aoredor da usina enquanto trabalhadores

bring reactors under control.Japan’s parliament established the

panel in May 2011 to examine thehandling of the crisis and makerecommendations.

In the panel’s final report, itschairman said a multitude of errors andwilful negligence had left the plantunprepared for the earthquake andtsunami.

“Although triggered by thesecataclysmic events, the subsequentaccident at the Fukushima DaiichiNuclear Power Plant cannot be regardedas a natural disaster,” it said.

“It was a profoundly man-madedisaster - that could and should havebeen foreseen and prevented.”

Perger András/András Pergerprojektvezetõ/project manager

energiapolitika/energy policy

FFFFFukushima nuclearukushima nuclearukushima nuclearukushima nuclearukushima nucleardisaster ‘man-made’disaster ‘man-made’disaster ‘man-made’disaster ‘man-made’disaster ‘man-made’

lutaram para controlar os reatores.O Parlamento Japonês estabeleceu o

painel em maio de 2011 para examinar agestão da crise e fazer recomendações.

No relatório final do painel, o seupresidente disse que uma infinidade deerros e negligências intencionais haviamdeixado a usina despreparada para oterremoto e o tsunami.

“Embora desencadeada por esseseventos cataclísmicos, o acidente que seseguiu na Usina Nuclear FukushimaDaiichi não pode ser considerado comoum desastre natural”, informa.

“Foi um desastre provocado pelohomem - que poderia e deveria ter sidoprevisto e evitado.”

Perger András / András Pergerprojektvezetõ projeto / gerenteenergiapolitika / política energética

Tradução: Cláudia Barros

Usina Nuclear de FUsina Nuclear de FUsina Nuclear de FUsina Nuclear de FUsina Nuclear de FukushimaukushimaukushimaukushimaukushimaUm desastre causado pelo homemUm desastre causado pelo homemUm desastre causado pelo homemUm desastre causado pelo homemUm desastre causado pelo homem

- 9 -Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

TurismoIlha Grande pelo ponto de vista

do marketing territorialNa sexta, dia 20 de julho, tive a oportunidade de apresentar para o trade de turismo

o resultado da pesquisa que fiz na Ilha Grande, no período de abril de 2011 a março de2012, junto com Ana Carolina Monteiro, orientanda de iniciação científica. A pesquisa,financiada pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing – foi realizadacom o objetivo de identificar a estrutura e singularidades de um planejamento de marketingterritorial em comparação ao marketing corporativo. Na prática, isso significou estudaro trade de turismo em Ilha Grande, as relações entre os atores, os pontos fortes e asfragilidades da operação e, com o material em mãos, fazer uma análise crítica sobre oatual modelo de exploração. Esse foi o foco da apresentação que teve a presença dasprincipais lideranças locais e abertura feita pelo Carlos Henrique Carloni (Hique),presidente da TurisAngra, que reforçou a importância da instituição estar cada vezmais presente no dia a dia da Ilha.

Não pretendi apresentar nenhuma informação nova ou que já não fosse deconhecimento das pessoas que ali estavam. Meu foco foi organizar o que reuniconversando com representantes de diferentes áreas envolvidos na operação do turismoe oferecer uma análise sobre causas e conseqüências do modelo de operação deturismo adotado atualmente na Ilha.

A pesquisa envolveu levantamento bibliográfico e de informações, dados primáriose secundários, com mais de 20 horas de entrevistas em profundidade com representantesdo trade, alem de pesquisas com turistas nacionais e estrangeiros, hospedados naIlha e embarcados nos navios que param em Abraão. Os resultados das entrevistascom o trade foram agrupados por assuntos como preservação ambiental, história ecultura local, modelo de exploração do trade, infraestrutura, percepção do turista,identidade local, lideranças, articulação com o poder público e estratégias decomunicação. Já na pesquisa com os turistas foram apresentadas informações sobrea eficácia de divulgação e de acesso à ilha, sobre a estrutura das pousadas, dosatrativos, a importância do presídio como referencia histórico-cultural, a infraestruturade receptivo da Ilha, em especial, da Vila do Abrão, sobre as necessidades decomunicação e divulgação e sobre a imagem que o turista leva da Ilha.

De forma geral, os resultados indicam que a infraestrutura local não está preparadapara atender com qualidade a grande quantidade de turistas que chegam à Ilha Grandena alta temporada. Isso reflete na forma como os serviços são prestados e influencia aexperiência do turista no local que, embora saia encantado, não sai fidelizado. Essaexploração desordenada leva ao desgaste do meio ambiente, gera conflitos com asassociações de proteção ambiental e desgaste da infraestrutura existente, gerando,consequentemente, transtornos aos moradores, que por sua vez não conseguem ver oturismo como algo de qualidade nem como uma opção de trabalho que os jovensaspirem. Uma vez que o ilhéu não deseja trabalhar com turismo, há a necessidade demigração de mão de obra, levando ao aumento desordenado da ocupação e a mais

pessoas trabalhando de forma irregular, principalmente nas altas temporadas. Tudoisso leva à exigência por mais fiscalização, que por sua vez, não é respondida pelopoder público. O modelo atual gera esse ciclo, vicioso quando analisado por completo,além de pouco sustentável.

A Ilha Grande tem uma importância estratégica como indutora do turismo na CostaVerde e no estado do Rio de Janeiro. Isso significa que as associações que compõemo trade possuem uma grande capacidade de interferência nos processos de decisão eimplementação de políticas públicas. Entretanto, a concorrência acirrada entre osatores desgasta as relações e dificulta a implantação de um modelo mais associativoe colaborativo. Toda essa desarticulação dificulta a atuação do poder público uma vezque as associações locais não possuem representatividade nem legitimidade parafazer valer suas decisões.

Por outro lado, a exuberância da natureza minimiza os conflitos. O turista avalia aIlha como um ótimo local para se visitar mesmo com toda a precariedade. Ele sai daIlha com uma boa impressão, mas isso é atribuído ao fato dele ficar tão impressionadocom as belezas naturais que releva os problemas de infraestrutura. A consequenciadisso é que na primeira visita o encantamento é total, mas nos retornos, cada vez queo mesmo turista voltar, ele estará menos encantado e mais acostumado com asbelezas naturais e, consequentemente, ele também estará mais sensível aos problemasde infraestrutura.

Outro ponto de destaque refere-se ao turista dos navios, predominantemente dasclasses C. Como não há um receptivo apropriado para aqueles que vão passar poucashoras na Ilha, eles ficam concentrados nos restaurantes em torno do cais sem sabero que podem fazer na Ilha. Esse aumento de demanda flutuante não é suprido pelaestrutura de atendimento e serviços disponíveis, levando a esperas longas e lotaçãodos espaços. A pesquisa indicou que esse turista além de causar transtornos para osque estão hospedados na Ilha, sai avaliando sua visita à Ilha de forma negativa.

A implantação de algum modelo de controle de acesso exigirá o reposicionamentodo turismo em Ilha Grande. Em função da redução da quantidade de turistas enecessidade de aumento do ticket médio gasto no local o foco passará a ser umconsumidor “premium”, mais exigente e com caracteristicas comportamentais muitoespecificas. Tal reposicionamento requer a reestruturação da prestação dos serviçospor todo o trade, sem perder a percepção da “simplicidade” (o valor do exótico) que fazparte da identidade do local.

Entre as sugestões apresentadas está a criação do Centro de Comunicações daIlha Grande – CCIG – habilitado para integrar as informações turísticas e os projetosexistentes, e para mediar os relacionamentos entre os atores do trade.

O centro se estruturará em dois pilares:

Atendimento ao turista: Centro deInformação Turística, localizado nascomunidades da Ilha que operam com turismo.

Atendimento ao trade: Espaço paradivulgação, integração e mediação dos atoresdo trade, localizado na Vila do Abrão.

Entre os diversos produtos e serviços doCCIG que foram apresentados está prevista a

criação de uma marca Ilha Grande, que retrate os elementos de sua identidade econtribua na integração dos atores e dos esforços de marketing e comunicação. Umamarca “guarda-chuva” que identifica a Ilha e agrega valor às marcas das pousadas,agências, restaurantes etc, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do turismoem Ilha Grande.

Patrícia Cerqueira [email protected]

Patrícia Cerqueira Reis é professora e pesquisadora da ESPM e diretorade projetos da Hod Comunicação de Marcas. Publicitária de formação, é

doutoranda em comunicação pela USP, mestre em comunicação pela UFRJ,especialista em análise de políticas públicas pelo Instituto de Economia da

UFRJ e especialista em sistemas de informações pela UFF.

- 10 - Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

Turismo

TURISMO SUSTENTÁVELTURISMO SUSTENTÁVELTURISMO SUSTENTÁVELTURISMO SUSTENTÁVELTURISMO SUSTENTÁVEL:::::TRANSFORMANDO O LIXTRANSFORMANDO O LIXTRANSFORMANDO O LIXTRANSFORMANDO O LIXTRANSFORMANDO O LIXO EM ARTEO EM ARTEO EM ARTEO EM ARTEO EM ARTE

O plástico é hoje um dos materiaisque mais tem chamado a atençãopara a necessidade do seureaproveitamento, devido ao tempoque leva para se decompor nanatureza.

Incentivar as pessoas a reutilizare reciclar, em vez de jogar no lixo epoluir o meio ambiente, é umcompromisso com a natureza.

Ao mobilizar, sensibilizar econscientizar a população local paraa questão da reciclagem de materiaisque vão para o lixo, agredindo o meioambiente, surge o exemplo numdestino turístico internacional, onde

enfeites são elaborados a partir dos descartesde materiais, como as garrafas de pet.

Elementos decorativos confeccionados como aproveitamento de gargalos, meio e fundo degarrafas pet, proporcionam um espetáculo debeleza e originalidade, incentivando a arte e apreservação ambiental, com um paisagismoornamentado por materiais reciclados.

Para haver sustentabilidade em um destinoturístico, necessário se faz que exista uma

conscientização da importância da preservação ambiental e cultural e aparticipação da sociedade civil organizada, da comunidade local, em buscada sustentabilidade do destino. Neste cenário, surge a OSIG – Organizaçãopara a sustentabilidade da Ilha Grande – Angra dos Reis - RJ, que com oapoio da Litoral Verde, busca contribuir com a sustentabilidade do destinoturístico. A Ilha Grande desenvolve sua principal economia na atividadeturística, com expressiva participação na arrecadação do município.

A OSIG realiza eventos que contemplam a apresentação de musicais,peças teatrais e outras manifestações culturais, com foco no equilíbrioecológico e no resgate da cultura caiçara.

Os turistas e visitantes atraídos pelos aspectos culturais, ecológicos eatividades organizadas pelos diversos segmentos da comunidade local,podem refletir sobre o comprometimento com a sustentabilidade de umdestino turístico, o resgate e a preservação da cultura local e a importânciado equilíbrio ecológico.

Com estas ações a OSIG promove o diálogo com os saberes, àsrepresentações culturais da comunidade local, proporcionando condiçõespara os ilhéus mostrarem suas potencialidades, incentivando a participaçãoda comunidade na preservação ambiental, no resgate cultural, e nareutilização e reciclagem de materiais, para minimizar o lixo e despoluir oambiente.

As atividades desenvolvidas num ambiente alegre, de integração e

participação, gera o sentimento de inclusão e pertencimentopara a comunidade, proporcionando atratividades para osvisitantes, estimulando mídia espontânea e positiva,beneficiando o turismo local, o desenvolvimentoeconômico, a geração de emprego e renda e o aumentona arrecadação do município, constituindo elementos básicos para umturismo sustentável.

Fundamentando-se na necessidade de uma melhoria contínua naqualidade de vida da população local, de um turismo sustentável e nasustentabilidade do destino, a OSIG realiza um Fórum mensal onde astemáticas acima mencionadas são debatidas.

As iniciativas da OSIG são importantes para a sustentabilidade e a práticade um turismo sustentável na Ilha Grande.

Convidamos você leitor a participar desta iniciativa. Entre em contatoconosco.

Prof. Carlos MonteiroMestre em Administração e Desenvolvimento

EmpresarialConsultor socioambiental e de sustentabilidade da

Litoral Verde ViagensCoordenador projetos OSIG – Organização para a

Sustentabilidade da Ilha Grande

NOSSA REUNIÃO PARA AS DECISÕES, SERÁNO DIA 18 DE AGOSTO, 10H, NA SEDE DA OSIG.

Como já anunciamos o Fórum de Turismo do Trade Turístico da ilhaGrande, está suspenso e só voltará a se estabelecer quando a comunidademostrar interesse. Mobilizamos pessoas importantes para as palestras noFórum e o público presente não correspondeu, onde se inclui o desinteresseda Prefeitura e do SEBRAE. Mas não desistimos não, agora convidamospessoas dispostas a ajudar e cada uma trará pelo menos outro participante,a seu convite. Tentaremos este modelo para ver se poderá ser o caminhoque una esta comunidade.

Esta reunião continua aberta a todos, com voz e voto.Como também já comunicamos, este ano será em molde diferente. Cada

um interessado receberá parte do espaço público, por nós solicitado àPrefeitura, e fará a ornamentação que lhe seja agradável, como marketingde seu estabelecimento ou grupo de estabelecimentos. Não poderá fugirao modelo geral do projeto artístico do evento. Na próxima reuniãotornaremos isto mais claro se necessário.

Lembramos que enquanto o individual suplantar o coletivo, não seremosninguém. Coletivo supõe-se muitos indivíduos, individual apenas um e sempreliderado pelo seu próprio ego exagerado.

Compareça à nossa prosa comunitária no dia 18 vai ser legal.

REUNIÃO DE DIRETORIA

Foi aprovado em reunião de diretoria o logo para o Natal Ecológico 2012e também determinou-se a solicitação ao Ministério da Justiço do título deOSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). Este título éfundamental para os projetos da OSIG. – Modelo a seguir:

- 11 -Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

Turismo REQUERIMENTOExcelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Justiça,

A ORGANIZAÇÃO PARA SUSTENTABILIDADE DA ILHA GRANDE (OSIG),fundada e sediada em Angra dos Reis – RJ, na vila do Abraão à Rua AmâncioFelício de Souza, nº 110, e cadastrada no CNPJ, 13.590.878/0001-76, vempor meio deste requerer a Vossa Excelência a qualificação como Organizaçãoda Sociedade Civil de Interesse Publico, instituída pela Lei nº 9.790, de 23de março de 1.999, regulamentada pelo Decreto nº 3.100, de 30 de junhode 1.999, por se tratar de entidade dedicada a promover o desenvolvimentosustentável da Ilha Grande, através de ações que visem a: - promoção dacultura, defesa e conservação do patrimônio paisagístico, histórico e artístico;- promoção do voluntariado; - promoção do desenvolvimento econômico esocial combate à pobreza, tendo como ferramenta principal o fomento daatividade econômica; - promoção da ética e da paz da cidadania e dosdireitos humanos, da democracia e de outros valores universais; entre outros.Para que apresenta a documentação anexa.

Angra dos Reis, Abraão, Ilha Grande em 27 de julho de 2012 Atenciosamente,

THIAGO CURTY SIQUEIRA - Presidente -

DOCUMENTAÇÃO ANEXAAta de fundação;Ata de aprovação do Estatuto e Estatuto;Ata de aprovação do Regimento Interno e o Regimento;Ata de eleição do Presidente e Vice-Presidente e nomeação dos diretores;Balanço Patrimonial;Declaração de Isenção de Imposto de Renda;Declaração dos membros da Diretoria;Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.

SÓ PARA ESCLARECIMENTO OU LEMBRANÇA

A OSIG é uma organização, que surgiu do movimento Viva Ilha, emdecorrência do desastre no Bananal. O movimento estava se asfixiandoquando surgiu a ideia de termos uma Pessoa Jurídica, que pudesse setransformar em OSCIP, para entre outras coisas captar recursos paraeventos e representar todos os segmentos da comunidade. Qualquerassociação, empresa ou pessoa física poderão ser sócios da OSIG eparticipar com voz e voto em suas AGs. Ela abrange a todos indistintamente.

Somos ainda insipientes, mas já realizamos muita coisa: dois eventos deNatal Ecológico, com DVD histórico do evento, mais de dez fóruns de Turismodo Trade Turístico, Inúmeras palestras de interesse geral, tentativa de algunsprojetos e contatos com importantes empresas que poderão nos alavancarno futuro e sempre divulgado em informativo mensal. Enfim, fizemos o quefoi possível, entretanto a participação da sociedade foi e é extremamenteacanhada. Estamos tentando diagnosticar esta razão, que é pelo menosestranha! O Chamado terceiro setor que é a sociedade civil organizada, éde extrema importância no desenvolvimento de uma localidade. Nós nãovalorizamos isso! Por isso o Governo faz o que quer, mas nada que seaproveita para nós. O Governo deve fazer o que nós queremos, mas sóacontecerá se tivermos conjunto forte. Nosso jeito individual gera o queestamos vento e com resultado sempre negativo: inúmeros candidatos aomesmo cargo, onde cabe com dificuldade apenas um! Nunca teremosrepresentação! Os candidatos a prefeito tem interesse nesta divisão e nóspor puro interesse individual, nunca nos demos conta do tamanho da “furada”!Paciência, pastaremos como bom rebanho por mais uma gestão!

N. Palma

UM MEGULHO NOUM MEGULHO NOUM MEGULHO NOUM MEGULHO NOUM MEGULHO NOCONHECIMENTCONHECIMENTCONHECIMENTCONHECIMENTCONHECIMENTO ECOO ECOO ECOO ECOO ECO

CULCULCULCULCULTURAL DTURAL DTURAL DTURAL DTURAL DA COSTA COSTA COSTA COSTA COSTA RICAA RICAA RICAA RICAA RICAPor Jimena Courau – O Verde Eco & Adventure Tours

PURA VIDA!

“Pura vida” é o slogan da Costa Rica, expressão usada como o “tudo bem” noBrasil.

Para mim, estar na Costa Rica foi como viver cada momento em 100%,realmente vida pura! É de se sentir a força da natureza em cada respiro! As fotosdestes maravilhosos lugares expressam em parte a infinita beleza deste país!Além de ser rico em natureza as pessoas são muito amáveis e simpáticas.Desde a minha chegada no aeroporto me senti como em minha casa. Geralmentesão pessoas muito bem educadas, respeitosas e com grande senso de humor.Têm também este jeito simples de viver e seu estilo descontraído, os tornambastante semelhantes aos brasileiros.

Das coisas que vi e experimentei a que mais me surpreendeu foi o ladoexotérico. Cheguei e me relacionei diretamente com o grupo cultural que sechama “Arcoiris”, donde presenciei uma cerimônia de “Chamanismo” e estasforam as minhas boas vindas. A palestrante era uma equatoriana, valorando asraízes e também falando da cultura pré colombiana e originária da América Central.Para mim que não tinha ao menos ideia, deu-me um resultado super interessante(a que pesem minhas 24 horas sem dormir da viagem), mas o mais impactantefoi o encerramento da cerimônia com inalação de tabaco liquido, uma experiênciarara. Minha estada em São José, foi em uma casa alternativa do grupo “Armonia”.A criadora do projeto que reside nesta casa, é Karo, uma pessoa maravilhosacomo cada um dos integrantes desta casa. Em princípio me chamou a atenção,a organização e o sistema de trabalho em equipe, muito além de uma “boa nota”(de astral bom) a harmonia que se respirava na casa.

Tem uma horta no jardim, fazem compostos e reusam TUDO. Inclusive o quenão é reciclável vão aos “minirecheios” que são garrafas plásticas recheadas demateriais não identificados, usados para construção de cercas, paredes moveise etc. Me hospedei aí, por referência de meu amigo “tico” (local) Felipo, e por sermembro da Couchsurfing* (e uma organização que oferece hospedagem paraviajantes gratuita no mundo inteiro).

(*) http://www.couchsurfing.org/

E desse ponto de partida, da cidade alternativa, começaram meus passeiospor este país, iniciando pela Península de Osa que está dentro das 25 zonascom maior concentração de biodiversidade do mundo. Em seus 160 mil hectares

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Turismode extensão, albergam o impressionante Parque Nacional Corcovado.

Se alguma vez eu sonhei em estar no coração do selvagem e rodeado deanimais e praias naturais, pois meu sonho se fez real quando cheguei a ParqueNacional Corcovado. O que nunca imaginei é que o custo de chegar a esteparaíso ia ser 20km de caminhada com uma mochila de 15kg mais três horas detraslados igual gado, literalmente. Não é gozação, parados, cheio de gente emum caminhãozinho escolhendo os buracos gerados pela chuva do que se chamaum ecossistema de bosque nublado.

Porém uma vez que está ali e respira um dos ares mais puros do planeta. Naárea de conservação de Osa existem 3.006 espécies de plantas, o 50% dasespécies de animais do pais e posue o 71,5% dos manguezais da Costa Rica(incluindo Sierpe como a maior da América Central).

Corcovado é uma zona tão virgem que alberga bosques muito úmidos,bosques com nuvens, manguezais, lagoas, praias e arrecifes coralinos, ondehabitam espécies em período de extinção, como os jaguares e os pumas, osmaiores felinos do continente.

No parque vivem mais de 500 espécies de árvores, 140 de mamíferos, 367classes de pássaros, 40 espécies de peixes de água doce e 117 anfíbiosdocumentados. Também estão censadas na península cerca de 5 mil espéciesde plantas e 700 espécies de árvores e parte da floresta desta zona é endêmica,não existem em nenhum outro lugar do planeta. Ainda ali existem 365 espéciesde aves, 124 espécie de mamíferos e 8 mil de insetos, muitos facilmente avistadopelos múltiplos caminhos, bosques e cercaninhas dos hotéis da região. Dentrode La Sirena existem vários caminhos e cada um bem diferente e mais lindo queo outro. Aí tive meu primeiro encontro com antas, uma mãe e seu filhota, em umencontro inexplicável. Ainda, os coloridos voos de tucanos e araras que passavam

pelo acampamento, que se convertiam em um observatório num prazer de ficar aíabsorbendo o “prana” ao redor...

Os macacos fazendo seu show de saltos, principalmente os macacos-aranhae cara-branca, os bugios mais tímidos podiam se escutar bem próximo.

A Ilha de Caño e Baía Drake, dois lugares de uma exuberante beleza natural,também são pontos turísticos vitais da zona por sua história, relacionada com asviagens de piratas que se abasteciam de água doce em um lugar ou utilizavampara esconder-se aí. E dizem até para esconder tesouros. Hoje os verdadeirostesouros são as baleias jubarte, golfinhos, jaguares, pumas.

Ah! O mar Pacífico! Que delícia! Bom, meu sonho como fotografa submarinaé mergulhar nos melhores pontos do mundo! Um do topo do mundo é a Isla deCoco (embora longe). Eu não cheguei a ir desta vez, porém fui mergulhar na Ilhade Caño, o segundo melhor lugar da Costa Rica.

Alem dos tubarões de recife, raias, peixes de vários tamanhos e cores, odestacado desta imersão foi um cardume de barracudas gigantes, me deu atéum pouquinho de medo, mais que os tubarões...

O segundo maior espetáculo foi a visita ao Vulcão Poás, um dos vulcõesativos de beleza extraordinária. Tem vários tipos de habitats, como cerrado, áreassem vegetação ou vegetação escassa, a área da murta e da floresta. No últimotipo de floresta, epífitas abundantes, como musgos, samambaias, bromlias eorquídeas que crescem em troncos de árvores.

O parque é uma das atrações naturais mais importantes para o turismo nacionale internacional. Uma das áreas do sistema que recebe o maior número devisitantes, de fácil acesso. Ela contém um potencial considerável de energia,água do produto e geotérmica.

Veja mais no blog: http://www.oecoilhagrande.com.br/blog

- 13 -Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

Coisas da Região

Baía da Ilha Grande pode serBaía da Ilha Grande pode serBaía da Ilha Grande pode serBaía da Ilha Grande pode serBaía da Ilha Grande pode sermonitorada por sistema eletrônicomonitorada por sistema eletrônicomonitorada por sistema eletrônicomonitorada por sistema eletrônicomonitorada por sistema eletrônico

A Baía da Ilha Grande poderá ser a primeira baía domundo totalmente monitorada por sistema eletrônico. O que vaigarantir um maior controle dos órgãos ambientais nas atividadesindustriais e marítimas desenvolvidas no município de Angra dos Reis,além de proteger a única baía ainda preservada no país. É o que esperao vereador Jorge Eduardo Mascote, autor do projeto de Lei 144/2012que foi á plenário na última sessão do semestre, quinta-feira, dia 28 dejunho.

O projeto determina nova metodologia para o aproveitamento dosresíduos sólidos e águas residuárias para a cogeração de energiaelétrica. A tecnologia para este fim já existe e está implantada na UFRJ.Trata-se da usina verde – cuja tecnologia 100% brasileira é capaz degerar energia elétrica por meio do processo de queima de resíduossólidos. O custo para os cofres públicos, é zero.

“O sistema nos dará a competência para o amplo gerenciamento dascondições ambientais de nossa baía. Servirá de parâmetro paraobservarmos as atividades industriais que estão implantadas em contatocom suas águas, em especial para validarmos a ampliação do terminalda TRANSPETRO - TEBIG e as operações da ELETRONUCLEAR. Temoso perfeito sistema de contingenciamento e mitigação de acidentesambientais.” Afirmou Mascote.

A implantação dará por meio de parceria pública privada onde ovencedor do processo licitatório, tem o credito disponibilizado pelo BNDES(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

No mesmo projeto de lei, o vereador institui a obrigatoriedade domonitoramento ambiental da Baía da Ilha Grande, por meio da implantaçãode sistema integrado biológico e eletrônico. O sistema já foi apresentadopor consultores ambientais e, hoje, se encontra à disposição do institutode Eco Desenvolvimento da Baía da Ilha Grande – IED BIG, situado navila da Petrobrás.

Como funcionará o sistema?O sistema é composto por boias capazes de fazer análises em tempo

real das condições bioquímicas da água e transmiti-las de forma autônomavia satélite para uma moderna sala de contingenciamento. As boiaspodem analisar traços de óleo combustível na água e de radiação no ar.Compõe-se, ainda, de robôs ROVs com capacidade de analisar aintegridade de oleodutos e outras estruturas que estejam submersas.

O sistema conta com alarmes para vazamento de óleos emonitoramento via satélite, em tempo real, de toda a baía, capaz dedetectar traços de óleo e de outros agentes químicos contaminantes naágua.

Com apoio das embarcações autônomas controladas à distância, serápossível monitorar a atividade dos navios de cruzeiro e embarcações deturismo evitando o despejo de esgotos nas águas da baía da Ilha Grande.Todas as informações chegarão até a sala de monitoramento quedisponibilizará para os órgãos ambientais instalados no município.

PREFEITURAPREFEITURAPREFEITURAPREFEITURAPREFEITURA Setenta educadores participaramSetenta educadores participaramSetenta educadores participaramSetenta educadores participaramSetenta educadores participaramdo Encontro do Pdo Encontro do Pdo Encontro do Pdo Encontro do Pdo Encontro do Projeto Trojeto Trojeto Trojeto Trojeto TrilhasrilhasrilhasrilhasrilhasORIENTAÇÃO E INSTRUMENTALIZAÇÃO DE PROFESSORES

E DIRIGENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS

Durante dois dias cerca de 70 profissionais da rede de ensinomunicipal participou do 1º Encontro do Projeto Trilhas, no Centro deFormação Continuada (Rua Prefeito João Gregório Galindo - Morroda Cruz, anexo à E. M. Prefeito Francisco Pereira Rocha). Aespecialização de diretores e pedagogos aconteceu na segunda-feira,23 e na terça-feira, 24 de julho. A realização do projeto foi da Prefeiturade Angra, através da Secretaria Municipal de Educação, Ciência eTecnologia

Lançado pelo Instituto Natura em 2009, o Projeto Trilhas consisteem um conjunto de material que visa orientar e instrumentalizarprofessores e dirigentes de escolas públicas para a prática pedagógicano campo da leitura, escrita e oralidade, com o intuito de inserir ascrianças do 1° ano do ensino fundamental em um universo letrado.

O objetivo principal é promover o acesso à cultura escrita aos alunosem processo de alfabetização, a partir de propostas que contribuampara o desenvolvimento e aprimoramento da leitura e da escrita, aomesmo tempo em que fornece instrumentos e apoia o trabalho dosprofessores.

O Projeto Trilhas conta com o apoio de uma rede de ancoragemformada pelos representantes do Conselho Nacional de Secretáriosde Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipaisde Educação (Undime) e por professores universitários que adotam opapel de formadores estaduais. Além desses, participam, diretamente,técnicos municipais e estaduais de educação nos encontros estaduaise, indiretamente, por meio de formação continuada nos municípios enas escolas, os diretores escolares e/ou coordenadores pedagógicose professores.

Foto: Anderson Tavares

- 14 - Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

Coisas da RegiãoEventos de Fé - Eventos de Fé - Eventos de Fé - Eventos de Fé - Eventos de Fé - Comunidade Religiosa

FESTFESTFESTFESTFESTA DE SA DE SA DE SA DE SA DE S. PEDRO. PEDRO. PEDRO. PEDRO. PEDRO

Na Paróquia de S. Sebastião da Ilha Grande a festa começou com o folclóricoforró – tradicional aqui na Ilha - , barraquinhas, caldos, feijão amigo, canjica,quentão, quadrilhas, tudo com o jeito alegre de viver da comunidade do Abraão.A Igreja Católica valoriza estas festas populares por serem ligadas a religiosidadeoriginal do povo e este é um modo dessas subsistirem na atualidade.

No dia seguinte, às 9 h, foi rezada Missa Solene para os enfermos: a Unçãodos Enfermos. Frei Luiz, com sua incansável equipe, realizou o significativo ritualreligioso tradicional da procissão marítima. O objetivo principal desses eventosreligiosos é, sempre, enfatizar as reverências do povo ilhéu e visitantes a S.Pedro: o padroeiro dos pescadores. Seguiu-se a procissão terrestre pelas ruasdo Abraão, acompanhada por fiéis orando em diferentes línguas. Muito belo eemocionante!

Complementando as homenagens a S. Pedro houve a Missa Campal queabraçou todos os presentes em confraternização. Há quem considere essa Missao ápice de toda a manifestação.

FESTA EM LOUVOR A SRA. SANTANAE SÃO JOAQUIM EM MATARIZ

Parou o vento, sanou a chuva, chegou o sol,Grande momento de féGrande o barco que nos conduziu,Grande a luz divina que todos receberam,Grande o amor reinante na comunidade,Grande a homilia,

Frei Luiz enfatizando a importância dos pais,Como primeiros catequistas,

Grande, a partilha do pão sagrado.Grande a procissão em meio à natureza,Irmanando várias comunidades,Grandes os alimentos recebidos,Tanto físicos quanto espirituais,Grande a alegria da confraternização.De todos os presentes,Intenso o momento de fé,Graças a Santana, Graças a S. Joaquim!Padroeiros de Matariz!

Textos de Neuseli CardosoFotos de Mário Ricardo

Pastoral da Comunicação

CELEBRAÇÃO PENITENCIALQuando relembro a intensa experiência espiritual que senti em minha alma,

não a distingo de um sonho maravilhoso ou de vivência real.Começou com a viagem que, por si, já é pura maravilha. Saímos numa lancha

do Abraão num belo dia – 14.06.2012 -, em direção à Praia do Aventureiro. Eu nãofazia a menor ideia do que nos esperava, só sabia que iria ao Aventureiro o que,para mim, já é uma experiência espiritual. O mar : líquida esmeralda, nos rochedosde todos os formatos, tamanhos e cores firmavam-se bromélias e cactos. Asárvores das florestas agasalhavam- lhes, provendo de pétalas e finas painas todaa paisagem. Passamos pela Ponta Grossa. Logo, logo, avistou-se a Ilha e aPraia de Palmas. Côcos aos milhares para os pássaros. A lancha avançava. Via-se, no alto do morro a brancura do Farol dos Castelhanos, de bela arquitetura.Continuamos até o Guriri, ladeado por rochas esculpidas pelo mar, ventos e chuvas.Ao longe, via-se a faixa branca de Lopes Mendes: privilégio da natureza. Seguiu-se a viagem e, pouco depois, via-se surgir as ilhas e a praia de Dois Rios e, emcontinuação a costa revolta do Mar Virado. Depois, um promontório escuroescondia – ou protegia? - a beleza da Parnaioca! Seria um sonho? Sim, poislogo após surgia a Praia do Sul, o Ilhote e a Praia de Leste, territórios sagradosguardados por mil anjos. Finalmente: Aventureiro, o nosso destino: joia de todosos que amam a natureza.

Providenciaram logo o preparo da Igreja para a Celebração. Como o geradorfalhasse, iluminou-se com velas o seu interior. As pessoas pareciam preocupadas

- 15 -Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

Coisas da Regiãocom a falta do gerador, mas, na verdade, ficou muito mais bonita a iluminaçãonatural. Ao fundo, o canto gregoriano das ondas embalando a cerimônia. FreiLuiz explicou que o seu objetivo com aquele ritual especial era aproximar oshomens da comunhão, pois observara e ouvira deles que há muito tempo não seconfessavam, não se sentiam preparados para o Sacramento da Eucaristia. Porisso, propunha aquela celebração. Iniciou-a citando os “Dez Mandamentos’’ e,para cada um deles, desdobrava-os em significados, nunca dantes pensados pormim e, acredito, por muitas daquelas pessoas. Pela primeira vez nos meus 70anos percebi a amplidão do decálogo. Por exemplo: - Não roubar! Não significasomente subtrair de alguém algo material, não! Pode significar roubar a paz deuma pessoa, roubar a satisfação em um trabalho, roubar à alegria, uma realizaçãopessoal, a saúde, um gesto de amor... e por aí foi. Uma luz chegava aos nossoscorações e mentes propiciando uma verdadeira viagem de avaliação de condutas!Depois de interpretar, à sua maneira, o último dos Mandamentos, Frei Luiz recolheu-se ao lado da igreja, no coreto, e colocou-se à disposição de todos para aconfissão. Não houve quem não sentisse a necessidade de abrir-se ao homemde Deus depois daquela preleção tão profunda. Todos, de todas as idades,seguiam para o cômodo lateral, muitos, como eu, em lágrimas. Foi realmente,digo por mim, um ritual de purificação. Depois disso, a comunhão teve umsignificado tão intenso que a minha vontade era sentar na areia bem junto ao marpara sentir o que significa ter Deus dentro do meu coração.

E eu nem sabia que existia este ritual sagrado na Igreja Católica! Já fiz váriasterapias, mas, essa Celebração Penitencial, vai ficar na eternidade da minhavida. Obrigada Frei Luiz, obrigada, Neuseli, minha irmã querida, obrigada Telmo,nosso valente marinheiro, obrigada a Lúcia e ao Vovô pelo saboroso café à vistade um mar sem fim! Obrigada Povo do Aventureiro por uma vivência tão significativa!Obrigada, meu Deus, por permitir-me participar dessa Celebração Penitencial!

Alba Maciel

FESTFESTFESTFESTFESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULOA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULOA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULOA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULOA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

A festa de são Pedro e são Paulo começou no dia 28 de junho com olevantamento do mastro de são Pedro e são Paulo e ladainha. No dia 29 foirezada uma ladainha em louvor a são Pedro, pois é nesse dia que ele é lembrado,porem sua solenidade é transferida para o domingo seguinte. No dia 30 de junho,logo pela manhã as crianças que fazem parte de nossa comunidade foramornamentando os andores de são Pedro, são Paulo e são Jorge, que mais tardesairiam na procissão, ensaiaram os cantos da festa para fazerem bonito na horada celebração. À noite os devotos foram chegando a capela para procissão, nohorário marcado ás pessoas se colocaram em prontidão para carregarem osandores. Saia a procissão, são Pedro em seu barquinho ia na frente abrindo ocortejo , em seguida são Paulo e são Jorge , o povo seguindo a procissãocantavam e rezavam aos santos muito queridos. Após a procissão iniciava-se acelebração, um grande grupo de fiéis em torno do altar, as crianças da equipe de

música tocavam seus instrumentos e cantavam, entusiasmando a todos os fiéis.A equipe de leitores todos paramentados com suas fitas vermelhas, cor litúrgicados santos mártires, fizeram suas leituras. Na reflexão o celebrante dizia ao povo“se nós queremos exemplo de amor. Aqui estão, são Pedro e são Paulo. Sequeremos exemplo de fidelidade á Cristo. Aqui estão, são Pedro e são Paulo.Que nunca desanimaram na sua fé, apesar das dificuldades. Eles não tiverammedo da tempestade da vida, porque sabiam que Jesus estava do lado deles eque Cristo nunca os abandonaria. Irmãos aprendamos com são Pedro e sãoPaulo que tinham a firme certeza de que Deus era ,é e sempre será maior quenossas dificuldades e nossas pedras de tropeço. Caríssimos sejamos comoPedro que reconheceu que Cristo Jesus era o Messias filho de Deus vivo. Sejamoscomo são Paulo, que combateu o bom combate, completou a corrida e guardoua sua fé. Para que possamos receber o prêmio da bem aventurança, como elesreceberam. Amém.” Terminada a celebração a tradicional queima de fogosencantou á todos , tanto os que estavam na capela , mais também os que estavamnos bares, ruas e nas praças.

O que não podia faltar era o famoso forró com o conjunto Prata da Casa, queabrilhantou a festa de são Pedro e são Paulo. As comidas típicas, as pessoasalegres e dançando suas danças tradicionais como a quadrilha e a cana verdedavam um verdadeiro tom de festa caiçara com a cara da ilha grande. Essa foiverdadeiramente uma festa espetacular em louvor a são Pedro e são Paulo.

Obs: A capela de são Jorge agradece a todos que colaboraram para que maisessa festa fosse realizada. Graças a você essa festa obteve um grande sucesso,obrigado e que Deus vos abençõe sempre, sempre!

Capela de São Jorge.

EVENTOSEVENTOSEVENTOSEVENTOSEVENTOS

VELA EM ILHABELAVELA EM ILHABELAVELA EM ILHABELAVELA EM ILHABELAVELA EM ILHABELAILHABELA ABRIU 39º SEMANA INTERNACIONAL DE VELA COM

PROGRAMAÇÃO CULTURAL DA VILAPor Roberta Zoe

Ilhabela, a Capital Nacional da Vela, abriuoficialmente no Race Village montado na Rua Dr.Carvalho, na Vila, a 39ª Semana Internacional deVela. O maior evento náutico da América Latina eo 2º maior evento do mundo, veio recheado deatrações culturais que prosseguiram durante todoo mês de julho. “Este é o maior evento esportivode nossa cidade, uma verdadeira marca de

- 16 - Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

Coisas da RegiãoIlhabela, e que movimenta a economia local num período de baixa temporada.Hoje, depois da luta junto ao Congresso Nacional, somos a Capital Nacional daVela. Por isso, turistas e moradores terão além de toda a programação esportivada vela oceânica e de monotipos, diversas atrações culturais na Vila - (Centro deIlhabela)”

Na sexta-feira (06/07), a solenidade de abertura teve a apresentação da BandaMarcial de Ilhabela e, em seguida, um show da cantora Larissa Cavalcanti.

Já no sábado (7/7), às 21h, a Orquestra Popular de Ilhabela se apresentou noRace Village. Às 23h, numa parceria com a operadora de celular TIM, houve aRoda de Rock com a “Banda Houdinis”. E muito mais shows durante o mês deJulho.

Ilhabela patrocina o esporte, a cultura, o laser e poder fazer parte disto ésimplesmente maravilhoso... Nós estávamos lá Roberta Zoé e Marli Brito.

SOCIALSOCIALSOCIALSOCIALSOCIALIL RITORNO DI PAOLO

Este título dá atéuma musiquinha lá donorte da Itália. Pois é!O Paolo fez umagrande festa porquehavia vendido o SaguMini Resort, e nósestávamos todos lá.Comemos, bebemos elamentamos a saídado Paolo. Parasurpresa nossa dia 15de julho, fomos à outrafesta para comemorar

a volta do Paolo. Não sabemos quais as razões mas ele voltou à administraçãodo Mini Resort, portanto fomos a mais uma festa, comemos e bebemos muitoem comemoração à volta do playboy dos anos setenta. Para quem não sabia orestaurante Toscanelli, já está de volta com aqueles pratos saborosos e o “tire-me-su” de sobremesa. Foi uma festa muito animada como toda a boca-livre, é!Tomamos um vinho da Toscana de quinhentos reais, uma garrafa, com conta-gotas é claro!

Paolo: benvenutto, bemvindo, bienvenido, welcome, bienvenue!

ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO

O ECO tem o grande prazer de divulgar a comunidade do Abraão e a toda aIlha Grande o aniversário de casamento de um casal muito conhecido em toda aIlha, respeitado e querido por todos aqueles que valorizam os valores tradicionaiscultivados no Abraão: D. Silvinha e Sr. Constantino, comemoraram seus 55 anosde casados, no dia 20 de julho. Bodas devidamente comemoradas com uma belafesta por todos os seus amigos e familiares. Parabéns ao casal e nossos votosde muitas futuras comemorações do mesmo teor.

DIA DO AMIGOFeliz dia do amigo para todos! - Dia 20 de julho.

A gente não faz amigos, reconhece-os!Do poeta Vinicius de Moraes

PAULO CONCEIÇÃO - VISITANTEPaulo é massoterapeuta, trabalhou bastante tempo na Ilha e agora está em

San Diego EUA, continua trabalhando com massoterapia e neste mês está nosvisitando, juntamente com a esposa Jessica Graham, muito simpática e falante.Voltarão pará os EUA, agora em agosto.

- 17 -Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

Coisas da Região

Foi um prazer em tê-losaqui de volta, não sabemosse matou a saudade ouaumentou a saudade, massaudade é uma coisa boa,é a lembrança dos bonsmomentos. Um bomretorno e por aqui ficamos.

FLASHEstas duas meninas são do nordeste

estavam por aqui e já voltaram, masdemonstraram tanta vontade de estarem noO Eco, que me sensibilizaram a fazer esteflash. Parabéns pelo seu entusiasmo evoltem sempre.

CONCURSO DE MISS ANGRAMiss Angra Mirim/Juvenil 2012.

Evento realizado por Altair Fonseca hámais de 10 anos que tem por objetivoeleger a mais bela moça de Angra comas seguintes idades: 8 a 9 anos / 11 a12 anos / 13 a 17 anos . Serãoanalisados os quesitos simpatia,elegância, charme e beleza. O corpode jurados será composto por 9representantes da sociedade Angrensejuntamente com a Miss Estado do Riode Janeiro Universo 2012 e Miss AngraUniverso 2012. Algumas candidataspuderam escolher o bairro ou região quegostariam de representar e aparticipante RAFAELA DUTRA NUNES,escolheu a Ilha Grande, por amar anatureza e ter um grande amigo Sr.Palma do Eco Jornal.

O evento acontecerá no dia 18 deagosto as 20hs no Clube CEP da Vila da Petrobrás .”

Roberta ZoéCoordenadora

Angra dos Reis

Obrigado Rafaela, pelo carinho e por lembra de nós cercados de marpor todos os lados. Ganhando ou não você já garantiu um fim de semanana Ilha por conta do jornal. Traga a mami junto!

Enepê

XVII PLENÁRIA NACIONAL DE CONSELHOS DE SAÚDE

Aconteceu em Brasília –DF nos dias 9 e 10 de julhode 2012 a XVII PlenáriaNacional de Conselhos deSaúde. Onde contou-se coma presença de 1080conselheiros municipais,estaduais e nacionais de todoo território brasileiro. Foramdiscutidos política de saúde

(SUS), baseado na lei 8080/90 e decretos que regem o SUS. O Conselho deSaúde do Município de Angra dos Reis, foi representado por Mário de SouzaRicardo e Adriana Conceição Matos de Souza.

FESTA CAIPIRA PROJETO CORAL SOL

21 de julho foi dia de festacaipira no Projeto Coral Sol.A criançada curtiu muito ehaja comida de festatradicional. O projeto já setornou um ponto cultural aquina Ilha. Vários eventos ali sãodesenvolvidos neste sentido emuito bem recebidos pelosparticipantes.

COMUNITÁRIOCOMUNITÁRIOCOMUNITÁRIOCOMUNITÁRIOCOMUNITÁRIO

- 18 - Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

Coisas da RegiãoFESTA CAIPIRA

Mais uma vez o Convention & Visitors Bureau da Ilha Grande, promove porquatro fins de semana consecutivos a tradicional festa caipira, que já se transformaem produto turístico. Barraquinhas com muita comida e bebida, dança dequadrilhas, forró e tudo o que tradicionalmente se promove por aqui. Este anocomo fato inédito, nada se fez pela Prefeitura, muito louvável e é o que temos quefazer. Nós podemos fazer nossos eventos ao custo muito menor e livres da malditapresença do “showmicio!

CULTURAL

FLIP – Nota 10!FLIP – Nota 10!FLIP – Nota 10!FLIP – Nota 10!FLIP – Nota 10!

No ano de comemoração de dez anos de festa, a FLIP – Festa LiteráriaInternacional de Paraty homenageou o escritor Carlos Drummond de Andrade. Oevento que teve como participantes autores super renomados mundo a fora,engloba em um espírito harmônico um público de todas as idades e gostos. Jáse comentou a magia de Paraty que em FLIP ganha um pouco mais de encanto.Nesta edição, para marcar os seus dez anos, a organização da FLIP criou umaprogramação especial e abrilhantou a festa com o lançamento de um DVD e doislivros que contam a história deste grande evento e fazem repensar a sua história.O livro Dez/Tem, editado pela criadora da FLIP, Liz Calder, reúne textos de cincoautores brasileiros e cinco autores estrangeiros celebrando a boa literatura comcontos e ensaios. O segundo livro, que foi lançado na FLIP, intitulado FLIP – Dezanos, foi escrito por cinco grandes jornalistas convidados Zuenir Ventura, SérgioAugusto, Humberto Weneck e Ángel Gurria-Quintana, que em forma de reportagemrememoram os momentos mais valiosos da passagem de cada um nas outrasnove edições.

A abertura deu-se com Luiz Fernando Veríssimo, cronista querido por todo opaís, prestando uma homenagem a edições anteriores e reporta-se a uma gafesua de quatro anos atrás, presente na FLIP. A noite ficou encantada com o showdo cantor Lenine, esbanjando charme nas suas trocas de instrumentos e boamúsica.

Fotos Enepê

- 19 -Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

Coisas da RegiãoParaty se movimentou para a celebração dos dez anos da FLIP, a cidade toda

ficou em festa durante os cinco dias (4 de julho a 8 de julho), demostrando suaarte pelas ruas a toda hora do dia. Desde a música caiçara aos bonecos criadospelos artistas locais, as organizações jovens como a FLIPZONA e infantis comoa FLIPINHA, as cirandas e a MPB, a tenda dos autores e espaço de telão,entraram em sintonia para o acontecimento de um evento tão bonito. Acontemplação e celebração do livro, em uma era onde não sabemos o futuro dosmesmos mediante a tanta tecnologia. Parabéns autores, parabéns participantes,parabéns Casa Azul, parabéns patrocinadores, parabéns Paraty. O nosso muitoobrigado pela festa linda que nos proporciona sabores, vivências e conhecimentos!

ANGELI E LAERTE NA FLIPANGELI E LAERTE NA FLIPANGELI E LAERTE NA FLIPANGELI E LAERTE NA FLIPANGELI E LAERTE NA FLIPLAERTE/MURIEL ROUBA A CENA

A presença dos cartunistasLaerte Coutinho e ArnaldoAngeli Filho na última sessãode debates do sábado lotou atenda dos autores na FLIP.Além da popularidade dadupla, que partilha a página dequadrinhos da Folha de SãoPaulo há três décadas, haviauma curiosidade extra naplateia: com que roupa Laerteiria se apresentar – de resto,um enigma diário para ele

mesmo, desde que resolveu aderir à prática do crossdressing, que é como vemsendo chamado o fetiche do transvestimento.

A conversa, conduzida pelo jornalista Claudiney Ferreira, começou com umexercício de conceituação do humor, que se tornou penoso na medida em que asperguntas questionavam eventuais conflitos entre liberdade de criação e outrosdireitos individuais. Vale tudo no humor? – provocou o mediador. Angeli respondeuque “a pessoa tem que responder pela piada, num acerto crítico com quem ouveou vê, mas não acho a saída judicial ideal”. Para Laerte, o problema é com osshows de comédia ao vivo, que têm “apelo de baixa qualidade”.

“Aí fica a questão de quem vai colocar um limite”, emendou Laerte. “Precisamosencontrar um jeito que a crítica seja feita sem ter que chamar a polícia”. Angeligarante que procura ser cuidadoso: “Não solto piada a granel, me preocupo como que estou falando e com quem estou falando”, afirmou.

Laerte contou que já teve problemas, certa vez, quando desenhou umahistorinha na qual um bandoleiro afetado pelo mal de Alzheimer invade umacidadezinha e esquece quem devia matar. Leitores que tinham familiares com adoença protestaram. “É preciso ter respeito por certas condições, mas evitar asacralização, que é também uma falta de respeito”, observou.

Angeli também se lembra de um caso em que a história tinha como personagensum casal. A mulher se queira de que o marido não a toca mais. Ele se levanta ea cobre de pancadas. “Pronto. Te toquei”, diz o personagem. Choveram protestose uma jornalista, autora de um blog, o criticou publicamente, chamando-o demachista. Para Laerte, outro episódio sensível aconteceu quando ele desenhouuma tira sobre um suicida. A mãe de um jovem que havia se suicidado haviapouco tempo se sentiu ofendida. “Nesse caso, difícil saber o que foi o gatilho quemotivou o suicídio”, observou Laerte. Angeli aproveitou para ressaltar o trocadilhocom a palavra gatilho e Laerte emendou: “quem sabe foi o próprio amor da mãe”.

O encontro seguiu assim, entre ensaios de análises do humor e inevitáveisidiossincrasias, enveredando por questões como o processo de criação de casaum e o encontro da dupla com Glauco Villas Boas, que foi assassinado em 2012.Angeli gosta muito da prancheta, ou seja, aprecia a elaboração do desenho, aspeças grandes e trabalhosas. “Ás vezes complico tanto que esqueço por queestava fazendo aquilo”, contou. Laerte diz que gosta muito da prancheta do Angeli,“uma prancheta de casal”, mas prefere a fase de criação da história e tem cadavez menos paciência para o desenho em si. “Perdi o tesão pelo original”, confessa.

Angeli arrancou risadas da plateia ao contar que, às vésperas de completar60 anos de idade, está perdendo a memória recente. “Fumei muito orégano navida”, brincou. “Estou tentando me acostumar e trabalhando essa ideia deenvelhecer”, prosseguiu. Questionado se já pensou em parar de desenhar, comofez o argentino Quino, Laerte disse não ter problemas com os desenhos rotineiros,mas eventualmente não dá conta de trabalhos maiores.

Sobre as inevitáveis crises de criatividade de quem precisa produzir humortodo dia, Angeli disse que “o que era fácil antes começa a ser difícil. Antes eufazia mais rápido e acabei criando um artifício – uso desenhos sem motivos,pegando coisas antigas que não estão na gaveta, que chamo de caderno deesboços”, explicou. Laerte diz que não trabalha mais com personagens. Emcaso de crise criativa, “posso recorrer a anotação ou a ideias que já produzir nopassado. Mas não se trata de nenhuma picaretagem”, ressaltou.

Angeli diz adorar criar personagens, “vê-los crescer e engordar. Mas ao mesmotempo você pode se ternar refém deles”, ponderou. “Meu projeto nunca foi sercomo o Schultz” (Charles Schultz, criador do personagem Charlie Brown). Algunsde seus personagens, criados em fases diversas de sua vida, quando seidentificaba com tribos urbanas, tiveram que ser sacrificados.

Inevitável, então, não citar a Rê Bordosa. “Morreu assim: construí a históriada morte dela e morreu com dignidade”, disse. Laerte observou que “a gente nãotem que acreditar em tudo que lê nos quadrinhos”, comentou sobre séries queinterrompeu e introduziu na conversa o personagem Hugo/Muriel, homem queem determinado momento passa a se vestir de mulher. Assumindo o personagemcomo seu alterego, Laerte define o momento em que foi tomado pelo personagem:“Há uma tira de Hugo se depilando e ele diz – Às vezes, um cara tem que semontar, ué!”

Segundo explicou, “essa tira chamou a atenção de grupos transgêneros e me

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Coisas da Regiãoconvidaram a participar do movimento. Descobri que uso o trabalho para refletir.Neste trabalho, ainda precisei de ajuda de pessoas que fizeram o papel de umterapeuta”, acrescentou.

A partir desse ponto, afirma, ele se descobriu na nova condição. “Não é algoacabado, é uma condição que me levou a um novo tipo de militância”, disse,lembrando seus tempos de partido comunista. Na sua opinião, a feminilidade éuma imagem criada externamente ao indivíduo. Aventurando-se pelo terreno daantropologia, arriscou-se a dizer que condições como a sua representam “umatransformação que estamos vivendo (como sociedade). Já existe base parasuperarmos a questão da divisão de gêneros”, disse.

O diálogo ainda passou por outros temas, como o encontro da dupla, noFestival Internacional de Humor de Piracicaba, e como integraram Glauco VillasBoas ao elenco. Mas, uma vez introduzindo no debate, Laerte/Muriel se negou asair. O cartunista usava um vestido estampado, sem mangas, de coleção deverão da loja Collins, adaptado ao inverno por uma pashmina azul-turquesa. Esseera, afinal, o centro das atenções desde o início, mas parte da plateia saiu semsaber se Laerte foi realmente tomado por Hugo/Muriel ou se essa é sua piadamais recente.

TEXTOS, NOTÍCIAS E OPINIÕESTEXTOS, NOTÍCIAS E OPINIÕESTEXTOS, NOTÍCIAS E OPINIÕESTEXTOS, NOTÍCIAS E OPINIÕESTEXTOS, NOTÍCIAS E OPINIÕESTERCEIRO SETOR – SOCIEDADE CIVIL

ASSOCIAÇÕESASSOCIAÇÕESASSOCIAÇÕESASSOCIAÇÕESASSOCIAÇÕESHá bastante tempo me preocupa a apatia das associações. A sociedade

civil está se tornando um setor abandonado pela própria sociedade, quandona verdade deveria ser um setor forte, para compartilhar ou se contrapor aogoverno. Parece-me às vezes que há forte interesse do governo em enfraquecê-lo para que não se torne seu “calo”. Desperta-me também a atenção, que noperíodo militar as associações eram fortes e muito disputadas, chegandoinclusive a fazer frente ao governo com forte embate.

Hoje com toda a democracia, com todos os direitos e poucas obrigações,estamos murchos, apáticos, desinteressados com tudo, ninguém quer assumiruma associação, é considerada uma “batata quente” para segurar. A propósito

vou mostrar, um parágrafo de introdução da Constituição Federal, que meuamigo Pugliese me chamou à atenção, vejam:

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em AssembléiaNacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado aassegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a

segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiçacomo valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem

preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordeminterna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias,

promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DAREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.

Talvez não se encontre em lugar nenhum do planeta algo com esta plenitudepara o cidadão. Embora isto muitas vezes seja atropelado pelo próprio governo,o fato não nos permite a não usufruir deste estado democrático. Na verdadenão existe o interesse de usufruir, pois abandonamos o coletivo para abraçaro individual e isto está desmoronando a sociedade. A sociedade está setornando anárquica, no sentido popular da expressão não o filosófico, fatorque pode “balançar” a democracia. Nada existe pior que o individual suplantaro coletivo numa sociedade. Até as milícias tem origem nisso

“Eta povo curioso! Tá todo mundo querendo saber onde eu quero chegarné”?

Pois é! Na realidade já cheguei, é aqui no Abraão mesmo! Das nossas maisde 10 associações, acredito que só existem de “fato e de direito”, apenas trêse que se enquadrem na Lei 9.790/99 e Decreto 3.100/99 que regulamenta a lei,apenas duas. Aqui tudo era ultra disputado, com o quadro social todo presente,com discursos inflamados e hoje não se consegue montar uma simples diretoria.Acaba sendo empurrado para o cargo, qualquer pessoa sem ter nenhuma aptidãopara exercer. Comete-se um “sociocidio”, pois mata-se o indivíduo socialmente,desmoralizado pela péssima gestão e a associação morre junto.

Ser presidente de uma associação não é apenas ostentar o cargo, massim trabalhar duramente no período de gestão, a sociedade espera deleresultado, embora nem se dá conta que não o apoia! Mas é cobradosistematicamente!

Para uma associação funcionar mesmo que precariamente, deve ter nomínimo o seguinte:

Ata de Fundação;Ata de aprovação do Estatuto e Estatuto;Ata de eleição da Diretoria;Atas de nomeações diversas;Regimento Interno aprovado;Conta Bancária;Registro Contábil;CNPJ;Declaração de Imposto de Renda.Tudo registrado em cartório!Alem de cumprir o Estatuto e o Regimento Interno, que atribuem à Diretoria,

uma infinidade de obrigações!Este é o mínimo, e quem não possui este mínimo não existe. E ainda

estará sujeito às penas de lei, por não estar de posse destes documentos ounão ter cumprido o que o estatuto obriga a cumprir.

Qualquer associado pode impetrar uma ação no Ministério Publico, contrasua entidade, por não estar dentro da lei e ele atua rapidamente.

Gente, temos que nos organizar como sociedade! Não existimos enquantoformos assim!...E a Prefeitura e o Estado “deitam e rolam” no paraíso dadesordem. Nesta desordem eles sabem surfar muito bem e tiram seusproveitos. A sociedade tem que impor respeito ao Estado e Município. Vouainda mais longe, eles têm que ter medo da sociedade, pois num sistemademocrático o poder emana do povo! Mas isso só é possível se for organizada!Enquanto desordem, a sociedade será sempre seu capacho!

Vocês gostaram né? Agora vamos ver quem vai ajudar a organizar!N. Palma

- 21 -Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

ColunistasIORDAM OLIVEIRA DO ROSÁRIO*IORDAM OLIVEIRA DO ROSÁRIO*IORDAM OLIVEIRA DO ROSÁRIO*IORDAM OLIVEIRA DO ROSÁRIO*IORDAM OLIVEIRA DO ROSÁRIO*

O quociente eleitoral é atualmente omaior inimigo político da Vila do Abraão.Mas se não bastasse esta regra eleitoralque deixa o Abraão com chance zero defazer um vereador eleito aqui para nosrepresentar na câmara Municipal de Angra,ainda enfrentamos outros problemas comoo baixo quorum, a falta de consciência e atal vaidade por parte dos nossos políticos.Vaidade essa que só tem prejudicado anossa comunidade que sofre demais coma carência de um forte representante nossolá na câmara.

“O eu”, e “o eu sou” estão sempre nafrente dos interesses do povo e no Abraãoisso fica bem notório com os últimosacontecimentos políticos na Vila. Comopode um lugar, que muito mal tem votospara eleger um vereador, se todos votaremno mesmo nome devido as regras do jogo,de repente aparecem 5 nomes comocandidato, isso é uma brincadeira com opovo. Estarão essas pessoas pensandoem um futuro diferente para todos? Ouestão satisfazendo seus pobres egos, ebrincando para ver quem é o cara do Abraãoser o “cara” do Abraão nesse caso custacaro pois a realidade é que esses poucosvotos conquistado por cada candidato localvai somar para colocar na câmara derepente um político que a comunidade não

O que será?O que será?O que será?O que será?O que será?quer. 300 ou 400 votos não dão cadeira nacâmara municipal por tanto ficaremos mais4 anos sem representante, a união aindafaz a força, as vaidades não podem sobreporas nossas necessidades, e esses homenstem que levar mais a sério de como vai serimportante fazermos esse vereador mas nãovai ser dessa forma que irá acontecer.

Temos que desenvolver comocomunidade e politicamente. É precisoimediatamente fazer um trabalho de baseconscientizando a população, eprincipalmente as pessoas que vem de forapara trabalhar e morar aqui da importânciade exercer o seu dever de cidadania, sóassim fortaleceremos o nosso quorumeleitoral e seremos grandes o suficientepara fazer o nosso representante que irá lutarpor nossas causas só assim osgovernantes olharão para o Abraão comoutros olhos, será muito melhor.

Mas hoje o que temos é um lugarabandonado, é cada um por si e Deus portodos, nenhum projeto, muitos candidatos esem vereador, parece que mais uma vez oAbraão vai dançar.

O que já é difícil com um só candidatotornou-se impossível com 5 nomes, falasério!!!

Gente! Vocês não abraçam e nem amamo Abraão!

* É Morador

- 22 - Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

ColunistasRRRRRoberto Joberto Joberto Joberto Joberto J. P. P. P. P. Puglieseuglieseuglieseuglieseugliese*****

O primeiro país do mundo a dispor notexto constitucional a obrigatoriedade depreservar o meio ambiente e assim,formalizar no ordenamento político doEstado a responsabilidade de toda aNação em construir a sociedadeecologicamente sustentável foi o Brasil.

A par de recepcionar regras legaiseditadas anteriormente à promulgação daCarta, solenemente, a partir de entãopassou a ter elementos de ordem políticae jurídica bastante, apoiados no diplomaMagno, para dispor e impor regrasatualizadas objetivando coadunar avocação da sociedade e do próprio Estado,singulares e coletivos bem assim,públicos e privados com interessesecológicos ideais previstos.

Com isso, equivocadamente autori-dades de todos os níveis e graus, dasadministrações diretas e indiretas daspessoas políticas constituídas, seusdesmembramentos e agentes públicosde todos os Poderes da República, dosEstados, dos Municípios e do Distrito Fe-deral e outros interessados radicalmentededicados à causa ecológica, pressio-nados notadamente por campanhas deagencias, empresas e organizaçõesinternacionais, passaram a fiscalizarcotidianamente a dinâmica social com ofim de tutelar o patrimônio ambientalnacional e corrigir comportamentos eexcessos herdados do passado, inibindorepetidas práticas nocivas.

Extraiu-se do complexo jurídicoorgânico que estrutura o Estado normase regramentos que constituem todo o ar-cabouço voltado para a defesa ambiental,ignorando de modo a excluir valores outrosque, no mesmo nível ou superior, devamser preservados para concretização doespírito do Constituinte cujo objetivo ématerializar o Estado idealizado.

Paulatinamente diversos instrumen-tos tornaram-se adequados para efetiva-ção da tutela ambiental, nem sempreconcretizados à luz do bom direito, frutode excessos decorrentes de tendencio-sas interpretações hermenêuticas, quebuscam inclusive aplicar regras contem-porâneas à situações pré existentes,consolidadas ao longo dos anos eadaptadas a realidade local.

O histórico, a cultura e os costumestradicionais e vigentes ao longo dosquinhentos anos de ocupação do pais,sem qualquer critério, em homenagem aproteção ambiental induzida pelaexcessiva publicidade, é ignorada emprejuízo da coletividade que acuada sofreconsequências comprovadamentedesastrosas.

Agentes públicos bitolados nas letras

OS EQUÍVOCOS DE VOS EQUÍVOCOS DE VOS EQUÍVOCOS DE VOS EQUÍVOCOS DE VOS EQUÍVOCOS DE VALORES !ALORES !ALORES !ALORES !ALORES !escritas pelos parlamentares ou fruto deatas derivadas de reuniões de Conselhos,Associações, Fundações ou colegiados,alguns sediados no hemisfério norte,distantes da realidade brasileira, ignorandoregras fundamentais, inerentes à tradiçãocultural que preservam e protegem direitose promovem garantias individuaisexpressas, decretam e executam atosvalendo-se do poder de policia e daautoritária autoridade, para impor restriçõesao exercício de direitos até entãoreconhecidos.

Penaliza-se as atividades humanasgeradoras de riquezas, algumas vezes,sensivelmente demagógicas efantasiosas, em homenagem estúpida àpreservação de sítios naturais adaptadosa contemporaneidade dos tempos atuais,provocando prejuízos à economia políticae danos morais irreparáveis à vítimas datruculência institucionalizada.

Os excessos variam conforme a região,ou o agente causador, ou conforme aautoridade pública que se impõe valendo-se do poder de polícia desvirtuado. O dramade milhões de brasileiros que se sentemvitimados por atos impensados de agentesora despreparados, ora raivosos, orasalientemente complexados é a tristerealidade dramática que vem provocandopavor e insegurança jurídica sem qualquerpropósito plausível.

A contradição do Estado praticada porações transloucadas de agentes imaturosé patente e indisfarçável.

Vejamos:Vale transcrever o texto inaugural da

Mágna Carta de forma a abrir-se cortinaspara revelar o teatro conflitante que sedescreve:

Nós, representantes do povobrasileiro, reunidos em Assembleia

Nacional Constituinte para instituir umEstado Democrático, destinado aassegurar o exercício dos direitos

sociais e individuais, a liberdade, asegurança, o bem-estar, o

desenvolvimento, a igualdade e a justiçacomo valores supremos de uma

sociedade fraterna, pluralista e sempreconceitos, fundada na harmonia

social e comprometida, na ordem internae internacional, com a solução pacífica

das controvérsias, promulgamos, sob aproteção de Deus, a seguinte

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL.

Nesta plana já se percebe que o Brasilfoi institucionalizado em 5 de outubro de1988 de forma democrática, sendo toda sua

organização política e consequentementejurídica apoiada nessa condição.

Na acepção do termo, o regimedemocrático exige, para assim o sê-lo, quetoda a sociedade imponha suasaspirações, prevalecendo a vontade damaioria e a razoabilidade para harmoniasocial.

O país está organizado para assegurar,ao seu povo, sem qualquer preconceito,direitos sociais e individuais, impondo-sea liberdade cuja dimensão é extrema e temcontornos apenas na legalidade fundadano próprio preâmbulo constitucional;provendo segurança jurídica para quepossa o cidadão individualmente e asociedade no todo, atingir odesenvolvimento, com igualdade deoportunidades, direitos e obrigações, paraque todos sejam providos do bem estar,traduzindo-se na amplitude incomensurávelda verdadeira justiça, produzindoconsequentemente a almejada sociedadefraterna, na qual povo e Poder Público,indistintamente, possam conviver emharmonia para atender os objetivosestabelecidos na Constituição.

Mas não é isso que os doutos estãointerpretando ao lavrarem seusdocumentos, impondo medidas favoráveisa tutela ambiental divorciados da tutelaprevista no preâmbulo da ConstituiçãoPrimavera.

Lamentável a demagogia que campeiapela imensidão do país ! Lamentável aignorância é revelada por agentes imaturose despreparados, que esquecem osobjetivos da República, os seusfundamentos e limitam-se a executaremnormas, sem ponderar pelasconsequências muitas vezes irremediáveis.

A Constituição Federal, não vem sendoobservada, conforme se extrai da realidadee do texto esquecido quando o conflitoenvolve ecologia e seres humanos.

Comprovando a assertiva destaca-seque, dentre os fundamentos da República,a cidadania, a dignidade da pessoa humanae os valores sociais do trabalho e da livreiniciativa estão dispostos no seu primeiroartigo como princípios a serem zeladospelas autoridades públicas e pelasociedade, que em harmonia, devembuscar atingir os objetivos do Estado, razão,diga-se de passagem, principal e única dasua existência.

O artigo primeiro da Constituição põecomo fundamentos do Estado brasileiroexpressões humanas a seremdesenvolvidas, tuteladas e incentivadas pelasociedade e pelo próprio Poder Público.Revela a principal motivação da RepúblicaFederativa do Brasil.

Insta lembrar que a Constituição

Federal, tem como principal preocupaçãoo ser humano, brasileiro ou não, residenteou em transito pelo pais, estabelecendocriteriosamente em razão da relevância àluz do ideal proposto, ordem na exposiçãodessas normas. Ou seja, no embate devalores previstos em normasconstitucionais, há de prevalecer osdispostos antes, sobre aquelesposteriormente grafados no texto.

Decorre pois que a cidadania deve serguarnecida. Sua tutela antecede a outrosbens materiais ou imateriais. Não podeser ignorada.

A Constituição Federal reservou umdos seus títulos para se dedicar a tutelaambiental e dispor parâmetros nessesentido. Ocorre que estas normas estãoassentadas a partir do artigo 225, bemdepois das disposições que tutelam acidadania e o ser humano, revelando aimportância se dada a um e a outroelemento jurídico.

Mas não é só por esse motivo. O quenão pode mais acontecer é a ordemjurídica vir a ser deturpada cominterpretações vocacionadas na defesa domeio ambiente, desprezandoconsequências aos seres humanos.

Ações demolitórias estão sendopropostas ao longo do litoral, visandoimóveis destinados a habitações, aocomércio, ao turismo, enfim, imóveis quecumprem sua função social e foramerguidos bem antes da promulgação daConstituição Primavera.

Enfim, sem delongas, o que está aocorrer em Florianópolis, Guaratuba,Natal, Paraty, Cananéia, Angra dos Reis,Guarujá, Sâo Luiz e tantos outros lugaresdo país é estarrecedor e contraria nãoapenas o texto constitucional, outrossimrevela a falta de bom senso e inexperiênciadas autoridades responsáveis por essespedidos e pelas que assim tem deferido.

Lamentável. Medidas extremas einconsequentes que provocam odesespero, medo e insegurança demilhões de brasileiros até entãoacomodados pacatamente ao longo dolitoral.

Não se pretende destruir a naturezaou abolir as regras preservacionistas. Noentanto, situações consolidadas e atosjurídicos perfeitos, direitos adquiridos edemais direitos e garantias individuais nãopodem ser ignorados.

Algo precisa ser feito. E logo.

Roberto J. Pugliesewww.pugliesegomes.com.br

Advogado. Autor de diversas obrasjurídicas.

- 23 -Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

ColunistasPPPPPedro Vedro Vedro Vedro Vedro Veludo*eludo*eludo*eludo*eludo*

PPPPPahar Ganjahar Ganjahar Ganjahar Ganjahar GanjPahar Ganj, Nova Delhi, Índia.

Saris, tapetes e pinturas em seda.Vendedores tentam me aliciar numinglês incompreensível. Buzinasestridentes de riquixás e bicicletas secontorcem entre hippies ressuscitados,vacas, e um grupo de leprosos comlatas penduradas nos cotosestendidos, onde esperam lhes sejamdepositadas as esmolas. No queparece ser a mesma tenda, espremem-se um consertador de zipes e ferroselétricos, um vendedor de carne –repleta de moscas – e um fabricantede samosas, pequenos pastéis de

formato triangular, de carne ou legumese especiarias.

Numa outra, enquanto tomo um cháde cortesia, o vendedor, de pernascruzadas, passa os indicadores entreos dedos dos pés. Mais adiante, umvelho esquálido que se confunde com omonte de esterco onde parece estar decócoras há mais de mil anos, estendea mão aberta para receber uma rupia.

Afasto-me devagar, evitando aspoças de esgoto, os sorrisos devendedores e os intermináveis acordesde cítara, e 48 graus de temperatura.

* É Escritor

BARABARABARABARABARATINHO DEMAIS DTINHO DEMAIS DTINHO DEMAIS DTINHO DEMAIS DTINHO DEMAIS DA CONTA CONTA CONTA CONTA CONTAAAAASe ninguém souber que você existe, você não existe!Com pouco custo todos saberão que você existe!E você sai da concorrência e entra na competitividade.Saia na frente!

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- 24 - Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

InteressanteAINDAINDAINDAINDAINDA A HIPERDIALÉTICAA A HIPERDIALÉTICAA A HIPERDIALÉTICAA A HIPERDIALÉTICAA A HIPERDIALÉTICA

Por Valentina Abraham – De Buenos Ayres

Estimado Sr. Palma!Tendo lido os artigos publicados no O Eco 155,156, e 157, sendo

leitora do jornal, com formação em comércio exterior e sem nenhumaformação jornalística, sabendo pouco ou nada da matéria que vocêescreveu, atrevo-me escrever a respeito com uma visão mais popularao tema de Hiperadialética. Realmente tenho que situar-me em umapostura mais no pensamento da matéria da Sra. Maciel, que vejoem meu conhecimento popular, ter uma perspectiva mais real emoderna do que li e creio, tenha o Sr. Sérvio, já que em filosofia eteoria se podem manejar mil posturas e pensamentos positivos dasapiência e conhecimento intelectual, que acredito tenha e postulao Sr. Sérvio, para assegurar que a ciência é a solução para todosos problemas da humanidade.

Voltando à minha opinião, leio com certa desconfiança a cartaenviada pelo Sr. Sérvio, onde começa afirmando que sua visão énegativa, quando em verdade é uma visão lamentavelmente francae realista, dando à ciência a responsabilidade total de se encarregarda solução dos problemas do futuro, donde me surgem váriasperguntas: - Como a ciência está solucionando os problemas dapoluição na Baia da Guanabara atualmente? – Já existe umacomissão de cientistas brasileiros ou estrangeiros destas empresasque o Sr. Sérvio menciona, trabalhando a respeitos do problemaatual? - Ou temos que esperar uns cem anos até que a ciênciaavance para soluções? - Buscou-se os responsáveis por estascontaminações ocasionadas? – Foram punidos os responsáveis quedeveriam ter solucionado, o que atinge a população que vive nestelocal? – Também creio incomodante a tranquilidade que o Sr. Sérviofala de uma “população de 7 bilhões de habitantes com suasnecessidades supridas”, mas vemos com um altíssimo índice depobreza mundial e nacional...

Para não ir tão longe. Quando se refere ao avanço tecnológicocomo solução absoluta dos problemas no Brasil, será com apenas4% de pessoas com nível superior....

Precisamos avançar em educação, saúde e segurança.Precisamos de políticas públicas efetivas...

Também quando se refere ao 300 km da Ilha Grande como imensaprovíncia de petróleo e não como uma província de infinita riquezanatural, donde se respira oxigênio com uma pureza poucas vezesencontrada no planeta.

Depois da devastação da matéria prima em favor dos diferentespaíses chamados de primeiro mundo, donde já chegou a famosaindustrialização voraz que o Sr Sérvio tanto aplaude para darpassagem à exploração de nossos recursos aos Estados Unidos,Europa Ocidental e Japão, que representam 15% da populaçãomundial e precisam abastecer-se de nossos recursos (porque seusrecursos já estão extintos), através do livre comercio e exportação(matéria inerrante à minha formação), e politicas posteriores aoavanço tecnológico e o progresso (que só conseguem gerarprogresso para as contas bancarias das multinacionais e grandesempresários...). Donde em realidade as políticas são manejadas

certamente após os interesses de países que vêm nos desabastecer,culturalmente, economicamente e moralmente como povo deidentidade própria... – após “transformar isso em riqueza”!

Sem conseguirmos enxergar que se não tivermos forçaspolíticas ambientais, já estaríamos como os Estados Unidos, comum desflorestamento de 75% do bosque autóctone e que graças aestas políticas, ainda temos riquezas naturais, graças a estas leisde proteção ambiental que o Sr. Sérvio postula dever-se amenizar emodificar que já estaria em curso no Congresso Nacional. Tambémpor isso lhe pergunto: de que riqueza o Sr. fala? Porque eu tambémnão tenho visto nenhum empregado de empresa, do tipo caiçaraque fala o Sr. Palma que ganhem mais que um salário mínimo impostopelo governo do Brasil... Esse caiçara mal consegue pagar umaluguel de uma casa para sua família... Chama-se empregado deturismo, hoteleiro ou de serviços gerais, ou peão de petroleira...habitante da Ilha Grande. Pelo contrário tenho visto família viver emum quarto onde dorme pai, mãe e no mínimo três filhos... E que emsua má sorte, o avô encontra-se em ruínas também e convive comeles, já que não consegue sustentar-se com sua magraaposentadoria que não chega a cobrir os gastos médicos e deremédios. Aposentadoria esta que trabalhou em toda sua vida parachegar a uma velhice digna... Viajando todos os dias duas horas deida e duas de volta, para receber o seu magro salário de empregadode empresa. Os filhos deste caiçara em questão, mal podemascender a possibilidade de uma realidade diferente da realidadede seus avós, já que nunca terão acesso real à uma universidadepara a formação do futuro do Brasil... Mas por internet e televisãoque os leva às grandes cidades onde seguirão vivendo em umafavela sem qualidade de vida, com a ilusão de conseguir uma chancepara supera-se...

Entendo que o Sr. Sérvio não consiga ver essa realidade...Porém o convidamos a ser parte desta realidade... A colaborar

ativamente para transformar não só a história da Ilha Grande comoa do Brasil inteiro, através da consciência e sabedoria que eledemonstra ter em sua carta. Para trocar agora esta realidadecontundente e atual!

Do JornalCaro leitor, para entender melhor a complexidade da

Hiperdialética, que deu origem a esta matéria, deverá acompanhara leitura dos três jornais em referência.

O mundo em que vivemos é dialético, por quando Aristotélicocomo filosofia e a “Filosofia para Tempos Hiperdialéticos de LuizSérgio Coelho de Sampaio” poderá mostrar um caminho menosdoloroso para sairmos do famigerado capitalismo que já está ruindoe nos levando possivelmente à destruição do planeta. Em nada dissohá exageros, há sim uma preocupação de como resolver “o vir aser” dos próximos tempos. Muitas vezes parece ter tom agressivo,mas não passa de troca de ideias para ver onde podemos chegar. Afilosofia permite visão muito diferente e muitas vezes com o mesmofoco. Os filósofos gregos foram muito mais discutidos, do que aprópria realidade de seu pensamento filosófico.

Por sermos pensantes, nos tornamos complicados!Agradecemos a participação da Sra. Valentina nesta discussão.

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Interessante

Sátira do engraçado sem graçaSátira do engraçado sem graçaSátira do engraçado sem graçaSátira do engraçado sem graçaSátira do engraçado sem graça

Há alguns meses, estivemos numareunião lá no NEIA (Naturation,Empresation, Imobilation &Ambientalization) e o Karlus estavamais truculento que o General Costae Silva. - O Costa e Silva teve a vercom o AI-5. O AI-5 era uma espéciede MP (medida provisória) que usavamos militares para chegar mais fácilentre dois pontos, igualzinho hoje comas MPs! Mas por falar em Costa eSilva, tenho que contar uma piada delepara tornar a sátira mais engraçada,suportável, ou menos murcha para osde pouco humor, e sair um pouco dopé de Karlus. O Karlus é boa gentemas às vezes meio “anjo” e bota todomundo em fria. O General era muitotoscão, truculento, do tipo CBF(capacete, botina e fuzil), mas erametido a polido nas ocasiões maisdiplomáticas. Foi convidado parainauguração de um navio, lançamentoao mar, creio que o primeiro feito noBrasil. Como sempre tinha ao seulado aquele que eu chamo dechaveirinho, que lhe sopra no ouvidoo que ele não souber. Na hora dainauguração deram-lhe umachampanhe como de praxe, para olançamento e ele começou adesarrolhar, então o chaveirinho lhefalou: quebra no casco general! Aí ele,como bom gaúcho, levantou a pernacomo quem ia fazer um gol de placae chapou a champanhe nocalcanhar...Putzz! A gargalhada foigeral e ele queria prender todo mundo!

Bem, mas voltando ao chabu deKarlus Micke.

Na enfadonha reunião, ele foiquestionado pelos gafanhotos verdes,chamados de esperança (apelidocarinhoso dos ambientalistas): - porque uma grande obra na Ilha Grandeestava parada e havia materialespalhado por vários locais? – Porquedeu chabu, respondeu em estilo CBF!Todos ficaram grilados (dos

DEU CHABU EM KDEU CHABU EM KDEU CHABU EM KDEU CHABU EM KDEU CHABU EM KARLUS MICKEARLUS MICKEARLUS MICKEARLUS MICKEARLUS MICKEgafanhotos verdes ao grilos grileiros –“este grilo vem do latim: griloris causa(grileiro)”. Mas como o momento nãoera oportuno para perguntar, pois ele jáhavia passado o cerol em todos os quese meteram, ...calaram-se. Foramprocurar no dicionário, não acharam, noGoogle, também não. Aí um grileiro deterras da alta sociedade que estavapresente, para fazer média com osgafanhotos verdes, disse: é uma gíriada alta sociedade, nível governo, umaespécie de vodu para fazer mal aosinimigos. É uma sigla que quer dizerChá da Hortaliça Aromatizada com Bafode Urubu (CHABU)! Se diz sempre paraenfatizar algo que não deu certo!Acrescenta o grileiro: o meu amigoKarlão, já mostrando sua intimidade,gosta de falar isso e como muita coisanão dá certo ele fala sempre! Então deuchabu e pronto.

Mas o pior chabu que ele poderiater tido, teve sorte não aconteceu! Erauma passeata, no dia 5 de junho, diado meio ambiente, para chacoteá-lo epedir que se escafedesse do carago.Suponho, teve origem quando umchaveirinho dele esteve em Angra paraprovar, como defensor da pesca, que oTEBIG, não deveria ser ampliado. O“povaréu” desceu o morro e tacou-lheovos e cimento, quase encapsularam ochaveirinho do Karlão. Também háquem diga, que surgiu na BaixadaFluminense, onde também goza demalogro.

Para a esperança do verde, dosgafanhotos e da mata da APA, um diadeverá “ZITHAR” em outra praia, poisseu chefão é amigo do E. Batistão eoutros poderosos, que o ajudarão surfarno mesmo ambiente deles, com areiae cimento, mas sem ovos e muitaspraias para ZITHs.

Mas a gafanhotada ainda estáouriçada, pois mesmo que tenhamjogado pra frente as tais famigeradasZITHs, não confiam no governo, estãopreparados para fortes embates.

Os gafanhotos verdes também

chamados de esperança, não sãomoles! Tem um gafanhotinho baixinho,que nasceu em Alexandria, ali no deltado Nilo, norte do Egito, que quandodecola parece um trator alado, só acaneta pesa cinco kg e onde pousa fazum estrago do caramba. O bicho ébom! O outro meio saradinho é oFreedon, todo polido e ético, mas metesem piedade. Um que teve origem emSimão Dias, mas nasceu em LopesMendes e adorava acampar noCaxadaço, nos bons tempos, mais iradoe barulhento que gato acoado. Há quemo chame “thunder bird” – não voa, é umtrator de esteiras com lâmina deterraplanar e tudo. Mais aqueloutro, queperdeu as asas em um desastreambiental, este nasceu de novo etambém não voa, mas anda dia e noitenas trilhas com os pés para trás, igualum curupira. E quando usa naornamentação da indumentária, umnariz de palhaço com um vidro de óleode peroba na mão, para untar os carasde pau, meu Deus! Sai de perto! “Foramseus gestos que me inspiraram a sátira.Concordo também que está sátira é umtanto tosca, mas não adianta falar comoGandhi, onde se tem que peitar Hitler”.Também faz coro por aqui um cidadãode Angra, todo ético e mansinho, falamanhoso, chamado Rafis Sapiens, quecom sua mansidão coloca tudo com aareia grossa da Praia do Abraão e sempiedade. O Richar que o diga! O“Cêque”, veio do polo norte para a MataAtlântica e satiriza a todos, até elepróprio e faz do meio ambiente a artede viver, só na gozação e no atropelo.É meio carreta desgovernada. Já ochamaram de “Beppe Grilo* da Ilha”.Entre muitos, também tem o “PPCascata”, que atropelou a ética aindana escuridão do útero materno. O dacapoeira só bate de calcanho e depoisda roda chama pra troca de corda osque se salvaram, como se nada tivesseacontecido. Ainda tem o povaréu japa,lá do Bananal. Aquele povo com carade mansinho, de zoinho riscado, é de

Okinawa e bate um catá perfeito nocaratê. São muito verdes!!!

Os gafanhotos protetores, não sãoxiitas, por serem minoria, sãosumitas, até nisso o Karlus errou, masfazem uma guerra razoável em favorda natureza. Olhem só para as nossaencostas, todas verdes e sorrindo.

Para o bem de todos, desocupa amoita Karlus!!!

Amém!!!

* “Humorista italiano que estádesassossegando o sistema”!

Do Jornal

Desculpem o tom satírico/jocosodo Pitosto, nós o achamosexagerado por isso nãoconcordamos com ele, masninguém aguenta mais o embateentre Conselho e INEA (APA). Istonão é produtivo, chega a serridículo, porquanto está na hora derecomeçar em tom mais ético,moderador e de aceitar melhor aopinião da sociedade civilrepresentada no Conselho, que estásendo atropelada. O INEA deverever a forma de sua atuação naBaía da Ilha Grande, pois nãoencontramos ninguém por aqui,que o suporte. Esta também é umadas razões de que o Conselho “nãoarreda o pé” de sua posição, poisencontra amparo total napopulação. Se o INEA tivesseacompanhado o jornal, teriaentendido em tempo hábil, poisestamos alertando constantemente.“Agora temos que juntar o caldoderramado que por azar caiu nalama”! Parece a Síria, é maisheroico morrerem todos, que oentendimento!

Pitosto Fighe* Pitosto Fighe* Pitosto Fighe* Pitosto Fighe* Pitosto Fighe*

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InteressanteCURSOS GRACURSOS GRACURSOS GRACURSOS GRACURSOS GRATUITTUITTUITTUITTUITOSOSOSOSOS

DO PROJETDO PROJETDO PROJETDO PROJETDO PROJETO CORAL-O CORAL-O CORAL-O CORAL-O CORAL-SOLSOLSOLSOLSOLA Ilha Grande é conhecida mundialmente pela sua beleza natural. Esse

patrimônio atrai milhares de pessoas em busca de praias, trilhas e águas claraspara o mergulho, movimentando a economia e a vida cultural da ilha. Entretanto,o uso irracional do espaço e seus recursos podem causar graves danos a essesecossistemas que tanto nos encantam e dos quais dependemos. Aresponsabilidade de cuidar do meio ambiente é de todos, incluindo governo,empresas e sociedade civil.

O Projeto Coral-Sol tenta fazer a sua parte para a conservação ambiental dailha, com especial atenção para a sua porção submersa. Entretanto, queremosatrair cada vez mais pessoas para essa causa e sabemos que para cuidar, épreciso primeiro conhecer. Por isso, o projeto oferece uma série de cursos (todosgratuitos graças ao patrocínio Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental)dos quais todos podem participar. Veja abaixo qual se encaixa melhor no seucotidiano e faça já a sua inscrição.

ProfessoresPúblico alvo: professores de qualquer disciplina do ensino fundamental e médio

da rede pública ou privada.Carga horária: 6 horas (1 dia de curso)Objetivos: (1) atualizar o professor em importantes conceitos relacionados ao

meio ambiente; (2) oferecer uma vivência prática no ambiente natural para ilustraros pontos apresentados na teoria; (3) estimular o professor a inserir o conteúdona sua disciplina promovendo a transversalidade da educação ambiental.

Conteúdo: 1 palestra abordando conceitos como biodiversidade e bioinvasão;1 trilha interpretativa com mergulho livre para observação dos ecossistemas,seus componentes e seu funcionamento; 1 dinâmica de grupo para elaboraçãode propostas didáticas.

O curso é oferecido mensalmente de acordo com a disponibilidade dosparticipantes e o projeto ainda custeia o transporte entre o continente e a ilha elanche.

Coletores de coral-solPúblico alvo: moradores da Ilha Grande que saibam nadar, já tenham alguma

experiência com mergulho livre e estejam em boas condições físicas e tenhammais de 18 anos.

Carga horária: 2 horas teóricas + 6 horas práticas (2 dias de curso)Objetivo: capacitar os coletores que atuam na retirada do coral-sol na baía da

Ilha Grande.Conteúdo: 1 palestra abordando temas como biodiversidade, bioinvasão,

impactos do coral-sol nos costões rochosos brasileiros, técnica de remoção eeliminação de coral-sol, registro de dados; 1 treinamento embarcado para remoçãode colônias de coral-sol do ambiente marinho.

A previsão da próxima turma de capacitação é início de agosto.

Profissionais de turismo e Agentes ambientaisPúblico alvo: Guias turísticos, barqueiros, agenciadores de passeios, guardiões,

brigadistas e outros profissionais interessados em meio ambiente.Carga horária: 4 horas (1 dia de curso)Objetivos: (1) Fornecer informações sobre o meio ambiente da Ilha Grande e

os impactos causados pelo turismo e outras atividades; (2) Sensibilizar potenciaisreplicadores para a necessidade de uma prática sustentável das suas atividades,principalmente em área de unidades de conservação e seu entorno; (3) Estimulartomadas de atitude para melhores práticas.

Conteúdo: 1 palestra abordando conceitos como biodiversidade, meio ambientee impacto ambiental; 1 palestra com 10 dicas de comportamento ambientalmente

correto aplicáveis na ilha grande; 1 dinâmica de grupo para identificação dosprincipais aspectos ambientais da ilha e elaboração de propostas para melhorias.

Como fazer a sua inscrição?1. No Centro de Visitantes do Projeto Coral-Sol que fica na Rua Amâncio

Felício de Souza no. 53 (Rua do Maneco) na vila do Abraão, Ilha Grande.2. Pelos telefones (21) 2433-7311; (21) 2480-2158; (24) 3361-9152.3. Por e-mail: [email protected] (professores),

[email protected] (outros).

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Interessante

Vibrações“Espalhe boas vibrações ao mundo através dos pensamentos. Assim como

há grande variedade de fragrâncias, como de rosas e sândalos, espalhe fragrânciasde felicidade, paz, amor e bem-aventurança. Seja fonte de uma variedade depensamentos elevados que espalha essas vibrações para todos. Borrife essasqualidades da mesma forma que perfume é borrifado. Preencha o mundo comfragrância.”

Brahma KumarisColaboração HIldbird

Cantinho ZENCantinho ZENCantinho ZENCantinho ZENCantinho ZEN

Sri Sri Ravi Shankar no BrasilSri Sri Ravi Shankar no BrasilSri Sri Ravi Shankar no BrasilSri Sri Ravi Shankar no BrasilSri Sri Ravi Shankar no BrasilSri Sri Ravi Shankar - líder espiritual e humanitário, fundador da Arte de

Viver, visita cerca de 140 países por ano inspirando milhares de pessoas comsua mensagem de paz, tolerância e amor e sua visão por um mundo livre deestresse e violência.

O Brasil foi presenteado em ser o país escolhido por Ele para iniciar seu tourna América Latina neste ano.

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atual, fornecendo técnicas para a promoção da saúde e do bem-estar físico emental.

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- 29 -Jornal da Ilha Grande - Julho de 2012 - nº 158

InteressanteUMA CONVERSA COM O MESTRE

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SRI SRI RAVI SHANKAR NO BRASILwww.artedeviver.org.br/srisri2012

Fundação Arte de Viver Brasilwww.artedeviver.org.br

Por uma Sociedade Livre de Estresse e Violência.

Sobre Sri Sri Ravi ShankarIdealizador da Fundação Internacional Arte de Viver e da Associação

Internacional para os Valores Humanos, este exemplo da plenitude que o potencialhumano pode atingir, vem, há mais de 30 anos, inspirando corações ao redor domundo através da promoção da paz, da harmonia na diversidade — inter-religiosa,política e cultural — e dos valores humanos em todas as suas formas eexpressões, apoiando o aperfeiçoamento de indivíduos e a construção desociedades mais justas e pacíficas.

A Fundação Arte de Viver é uma das maiores organizações nãogovernamentais do mundo, e a maior em número de voluntários. Com statusespecial de consultora do Conselho Econômico e Social da ONU, seus trabalhosjá estão presentes em mais de 160 países. Seu fundador, o indiano Sri Sri RaviShankar, líder humanitário internacionalmente reconhecido, que tem inspirado edirigido inúmeros projetos sociais e educacionais em todo o mundo, foi indicadorecentemente ao Prêmio Nobel da Paz, pelos trabalhos frente à Fundação.

Cantinho da SabedoriaCantinho da SabedoriaCantinho da SabedoriaCantinho da SabedoriaCantinho da Sabedoria

“Conflito é a natureza do mundo; conforto é a natureza do Ser.”(Ravi Shankar)

“Quem responde antes de ouvir passa por tolo e se cobre deconfusão.” (Salomão)

“Sempre o último socorro dá-nos a leve impressão de ter sido ocausador de nossa vitória” (Tito Lívio)

Colaboração do seu TULER

Cantinho da SaudadeCantinho da SaudadeCantinho da SaudadeCantinho da SaudadeCantinho da SaudadeFAMILIAS PALMA E BELUSSO

No dia 6 de julho, nossa tiaElvira Palma Belusso, partiu paraoutro estágio da vida, deixandouma saudosa recordação dosquase cem anos que passou aquina Terra. Constituiu umaexemplar família com 10 filhos,dentro da fé cristã, passou a vidapreocupada em ajudar os outrose fazer o bem.

Especialmente para mim emeus irmãos o sentido era muitoparticular pois ela era irmã demeu pai e o tio Antonio Belusso,seu marido, era irmão da minhamãe, portanto entre os filhos dosdois casais éramos duplamenteprimos! Um fato não muitocomum.

À tia Elvira nossa saudade!Nos espere por aí que

estaremos chegando!

N. Palma

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Interessante

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LOPES MENDES EM ARTEAquarela do artista Ivonésyo Ramos

Lívia Rangel Pinheiro, assessora de Ivonésyo, nos mandou esta lindaaquarela de nossa incomparável praia. Lopes Mendes está entre as mais

lindas praias da nossa costa.

TRABALHADOR X ESTADOColaboração: F. Zaganelli

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