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No âmbito do Conselho Nacional das Cidades, a Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP) parcipa do Comitê Técnico de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana, no qual coorde- na desde dezembro de 2014 um subgrupo muito dinâmico e operavo, integralmente voltado para as questões do setor metroferroviário, e que conta com a parcipação de representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (TRENSURB) e da Secretaria de Transporte e de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades (SEMOB). Em 2015, como resultado do trabalho desse subgru- po - inclusive com a defesa de propostas no Comitê e depois no plenário do Conselho - foram aprovadas duas importantes resoluções. Uma delas, publicada em fevereiro de 2016 no Diário Oficial da União, recomenda aos ministérios das Cidades, do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda que “garantam recursos e invesmen- tos permanentes para planejamento, manutenção, operação e expansão dos sistemas de trens urbanos operados pela CBTU e TRENSURB (...) bem como do sistema metroferroviário brasileiro sob a responsabi- lidade de outros entes federavos”. A outra resolução recomenda a manutenção e a am- pliação da atuação da CBTU e TRENSURB, de modo a permir que atuem na arculação, implantação, desenvolvimento e fomento de sistemas metrofer - roviários, visando oferecer soluções de transporte sobre trilhos para os centros urbanos em arculação com o Ministério das Cidades, estados e municípios. Esta resolução propõe a mudança de argos das leis 8693/1993 e 10.233/2001, aumentando atribuições e evitando a exnção da CBTU após a transferência de todos os seus sistemas para Estados e/ou Municí- pios. O Conselho Nacional das Cidades não é deliberavo, porém, é um órgão de grande representavidade. Configura um espaço importante de debate e de entendimento dos setores de mobilidade, planeja- mento urbano, saneamento e habitação. É um foro no qual tem sido possível sublinhar a importância da mobilidade para a dinâmica, a economia e a qualida- de de vida nas cidades. As resoluções aprovadas indicam caminhos posivos, defendendo o fortalecimento técnico e financeiro do setor metroferroviário nos maiores centros, compro- misso que o governo fará bem em assumir, se quiser que o País venha a trilhar o caminho do crescimento consistente, com geração de emprego e renda. Emiliano Affonso, engenheiro Presidente da AEAMESP JORNAL AEAMESP 35 MARÇO 2016 Compromisso que o governo fará bem em assumir Obra de expansão da Linha 5 - Lilás. Foto: Galeria de fotos do website do Metrô-SP Foto: Composição da CBTU no sistema de Recife. Arquivo pessoal de Rafael Asquini

JORNAL AEAMESP · O vento empurra uma aleta (como uma vela de barco) ... com Uma Janela Para o Riso ... As atividades associativas incluem eventos recreativos e

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No âmbito do Conselho Nacional das Cidades, a Associação de Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP) participa do Comitê Técnico de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana, no qual coorde-na desde dezembro de 2014 um subgrupo muito dinâmico e operativo, integralmente voltado para as questões do setor metroferroviário, e que conta com a participação de representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (TRENSURB) e da Secretaria de Transporte e de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades (SEMOB).

Em 2015, como resultado do trabalho desse subgru-po - inclusive com a defesa de propostas no Comitê e depois no plenário do Conselho - foram aprovadas duas importantes resoluções.

Uma delas, publicada em fevereiro de 2016 no Diário Oficial da União, recomenda aos ministérios das Cidades, do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda que “garantam recursos e investimen-tos permanentes para planejamento, manutenção, operação e expansão dos sistemas de trens urbanos operados pela CBTU e TRENSURB (...) bem como do sistema metroferroviário brasileiro sob a responsabi-lidade de outros entes federativos”.

A outra resolução recomenda a manutenção e a am-pliação da atuação da CBTU e TRENSURB, de modo a permitir que atuem na articulação, implantação, desenvolvimento e fomento de sistemas metrofer-roviários, visando oferecer soluções de transporte sobre trilhos para os centros urbanos em articulação com o Ministério das Cidades, estados e municípios. Esta resolução propõe a mudança de artigos das leis 8693/1993 e 10.233/2001, aumentando atribuições e evitando a extinção da CBTU após a transferência de todos os seus sistemas para Estados e/ou Municí-pios.

O Conselho Nacional das Cidades não é deliberativo, porém, é um órgão de grande representatividade. Configura um espaço importante de debate e de entendimento dos setores de mobilidade, planeja-mento urbano, saneamento e habitação. É um foro no qual tem sido possível sublinhar a importância da mobilidade para a dinâmica, a economia e a qualida-de de vida nas cidades.

As resoluções aprovadas indicam caminhos positivos, defendendo o fortalecimento técnico e financeiro do setor metroferroviário nos maiores centros, compro-misso que o governo fará bem em assumir, se quiser que o País venha a trilhar o caminho do crescimento consistente, com geração de emprego e renda.

Emiliano Affonso, engenheiroPresidente da AEAMESP

JORNAL AEAMESP35MARÇO 2016

Compromisso que o governo fará bem em assumir

Obra de expansão da Linha 5 - Lilás. Foto: Galeria de fotos do website do Metrô-SP

Foto: Composição da CBTU no sistema de Recife. Arquivo pessoal de Rafael Asquini

2Em 2015, cerca de 1,14 milhão de usuários utilizaram o aeromóvel, sistema que integra a linha da TRENSURB ao Terminal 1 do Salgado Filho, em Porto Alegre. O número significa aumento de 28% sobre o resultado de 2014, quan-do pouco mais de 891 mil passageiros utilizaram o trans-portre. A linha opera comercialmente no horário integral de funcionamento da TRENSURB (das 5h às 23h20) desde maio de 2014. Em média, 3,4 mil passageiros por dia útil utilizaram o aeromólvel em 2015.

O aeromóvel foi desenvolvido no Brasil pelo Grupo Coester, de São Leopoldo/RS, usando tecnologia 100% nacional e movimentou uma cadeia produtiva que envolveu mais de 50 empresas e mil profissionais. O trajeto de 814 metros, com duas estações de embarque, é percorrido em 2 minu-tos e 40 segundos. Trata-se de um meio de transporte auto-matizado, em via elevada, com veículos leves, não motori-zados e estruturas de sustentação esbeltas. Sua propulsão é pneumática – o ar é soprado por ventiladores industriais de alta eficiência energética, por meio de um duto loca-lizado dentro da via elevada. O vento empurra uma aleta (como uma vela de barco) fixada por uma haste ao veículo, que se movimenta sobre rodas de aço em trilhos.

Em 2015, aeromóvel carregou 1,14 milhão de passageiros

Supervia inaugurou a sua primeira Estação OlímpicaA Supervia informa que em fevereiro foi inaugurada a primeira das seis Estações Olímpicas que atenderão aos espectadores dos Jogos Olímpicos e à população do Rio de Janeiro. Trata-se da estação Ricardo de Albuquerque, que, entre outras melhorias, passou a contar com a fachada e bilheterias recuperadas, cobertura de plataforma, nova iluminação e comunicação visual, novo modelo de catraca e acessibilidade plena, com piso tátil, dois elevadores e dois banheiros com cabines adaptadas para deficientes físicos. São estas as outtras estações: São Cristóvão, Engenho de Dentro, Deodoro, Vila Militar e Magalhães Bastos.

Próximo à estação Ricardo de Albuquerque, está o Comple-xo Esportivo de Deodoro (uma arena, um estádio, quatro centros esportivos especializados e um parque radical) que receberá 11 modalidades nos Jogos Olímpicos, incluindo hipismo, ciclismo, pentatlo moderno, tiro esportivo, ca-noagem slalom, hóquei sobre grama, rúgbi e basquete. E receberá quatro modalidades paralímpicas: tiro esportivo, hipismo, esgrima em cadeira de rodas e futebol de 7.

Estação Pirajá, Metrô de Salvador, em 31 de janeiro de 2016. Foto: Arquivo pessoal da Rafael Asquini

Campanha no Rio de Janeiro pede atenção da população para o VLTNo dia 14 de março de 2016, a Prefeitura do Rio de Janeiro iniciou a campanha Olho no VLT, para alertar a população sobre os cui-dados que devem ser tomados com o início da circulação dos VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) no centro da cidade. O novo sistema é completamente silencioso e transitará por áreas de grande movimentação de pessoas. A ideia é fazer com que pedestres em geral, usuários de celulares, motoristas e curiosos redobrem a atenção. Redes sociais, ações corpo a corpo humoradas, inserções publi-citárias em rádios, placas e outdoors (foto) são alguns dos meios utilizados para cha-mar a atenção de motoristas e pedestres.

Imagem computadorizada da estação Ricardo Albuquerque, da Supervia

Foto: Divulgação-

Foto: ME/Portal da Copa/Julho 2013

O presidente da AEAMESP, engenheiro Emiliano Affonso, foi recebido no dia 15 de março de 2016 pelo diretor-pre-sidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Marco Fireman na sede daquela operadora, no Rio de Janeiro. Entre os temas abordados no encontro estavam a 22ª Semana de Tecnologia Metroferroviária, o papel do governo federal no sistema metroferroviário, a impor-tância da CBTU como prestadoa de serviços essenciais às

localidades onde opera e o desenvolvi-mento e as perspectivas do setor.

Em entrevista ao boletim jornalís-tico CBTU Divulga, Emiliano Affon-so informou que um dos objetivos mais importantes da visita foi a união do setor. “A AEAMESP está à disposição para ver a CBTU cada

vez mais forte e mais ativa. Precisamos estar juntos, de mãos dadas com o setor e seus representantes, tendo objetivos claros e consistentes para garantir in-vestimentos e avançar com eficiência na construção e manutenção de uma mobilidade digna para todos”.

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Em abril, Ari e Belda voltam com Uma Janela Para o Riso

Rais Lopes e Pelissioni apoiam a 22ª SemanaNo dia 14 de março, o presidente da AEAMESP, engenheiro Emiliano Affonso, reuniu-se com o

secretário nacional do Transporte e da Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades, engenheiro Dario Rais Lopes, informando-o a respeito dos preparativos da 22ª Semana de Tecno-logia Metroferroviária e da exposição de produtos e

serviços EXPO METROFERR 2016. Esses dois even-tos estão marcados para o período de 13 a 16 de setembro de 2016, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. A exemplo do que ocorreu em 2015, o secretário nacional Dario Rais Lopes elogiou a iniciativa da AEAMESP, discutiu temas e ações e garantiu a colaboração e participação do órgão federal.

Pelissioni. Dias antes, Emiliano Affonso e o vice-presidente da AEAMESP de Assuntos Associativos,

engenheiro Carlos Augus-to Rossi, haviam se reunido com o secretário de Trans-portes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni, que declarou apoio da Secre-taria e das companhias a ela vinculadas – Metrô-SP,

CPTM e EMTU – à 22ª Semana de Tecnologia Metro-ferroviária, reiterando a grande relevância dos seus painéis e sessões técnicas para o desenvolvimento do setor.

Na opinião do secretário Pelissioni, o congresso anual da AEAMESP é um espaço privilegiado para o debate de questões cruciais para o desenvolvi-mento do transporte sobre trilhos no País, citando, como relevantes, entre diversos outros, temas como os trens intercidades, o transporte ferroviá-rio de cargas, a importância do planejamento nos projetos de infraestruturas e o papel significativo que tem a elaboração de projetos executivos para guiar a contratação e execução de obras de grande envergadura.

Dario Rais Lopes

Clodoaldo Pelissioni

Emiliano Affonso é recebido pelo presidente da CBTU

Marco Fireman

Os engenheiros Ariovaldo Veiga

e Rogerio Belda, associados

da AEAMESP, retornarão na

edição número 36 do Jornal

AEAMESP, em abril de 2016,

com a sua colu-na Uma Janela

Para o Riso. É esperar para

ver, ou melhor, para rir.

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JORNAL AEAMESP é uma publicação da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô – AEAMESP, Rua do Paraíso, 67, 2º andar, 041103-000, São Paulo-SP, telefone/fax: (11) 3284 0041, [email protected]. Diretoria Executiva – Presidente: Emiliano Stanislau Affonso Neto. Vice-Pre-sidentes: Ayres Rodrigues Goncalves (Administração e Finanças), Carlos Augusto Rossi (Assuntos Associativos) e Arnaldo Pinto Coelho (Atividades Técnicas); 1º Diretor Secretário: Maria Toshiko Yamawaki, 2º Diretor Secretário: Luiz Antonio Cortez Ferreira; 1º Diretor Tesoureiro: Agostinho Mini-cuci Junior; 2º Diretor Tesoureiro: Antonio Luciano Videira Costa. Conselho Deliberativo – Antonio Fioravanti, Fabio Tadeu Alves, Manoel Santiago da Silva Leite, Mara Silvana Siqueira, Mohamed Choucair, Odécio Braga de Louredo Filho, Pedro A. Carneiro Machado, Plinio Oswaldo Assmann, Ro-lando José Santoro Netto, Sidiney Assis da Silva Junior, Thais S. Ambrosio G. Herani, Valter Belapetravicius. Conselho Fiscal – Antonio Marcio Barros Silva, Iria Aparecida HissnauerAssef, Luiz Eduardo Argenton. Conselho Consultivo – Emiliano Stanislau Affonso Neto, Jose Ricardo Fazzole Ferreira, Luiz Carlos de Alcântara, Luiz Felipe Pacheco de Araújo, Manuel da Silva Ferreira Filho. Jornalista Responsável: Alexandre Asquini (MTb 28.624).

Em 2016, a AEAMESP comemora duas décadas de ativi-dades esportivas e sociais, iniciadas com o futebol society e que, ao longo do tempo, alcançou também outras mo-dalidades. O vice-presidente de Assuntos Associativos, engenheiro Carlos Rossi, lembra que após o futebol society

vieram outras atividades como kart, hoje já no seu 15º ano consecutivo; o boliche, que chega ao décimo ano, e o festival de tênis de campo, na área de lazer do Jabaquara, no terceiro ano. Nestas duas décadas, durante algum tempo, houve também atividades de basquete, tênis de mesa, vôlei, snooker, pedestrianismo (algumas dessas mo-dalidades tiveram impulso a partir de um acordo com o MetrôClube), além do futebol de campo, no Instituto de Engenharia, e as festas juninas e, ainda, os torneios de truco e de pescaria.

No início, em 1996, a responsabilidade pelo esporte era do diretor adjunto en-genheiro Antonio Marcio Barros Silva, que, mais tarde, foi diretor da Asso-ciação e atualmente está no Conselho Fiscal. Desde aquele período, Carlos Rossi se interessou e participou das atividades de esporte; em 2001,pas-sou a tocar esse setor. “Procurei dar continuidade ao que já vinha sendo

feito e, na medida do possível, busquei ampliar o trabalho, não apenas na área esportiva como também na social”, diz o vice-presidente, acrescentando que sempre contou com o apoio de colaboradores: de 2004 a 2006, os direto-res adjuntos engenheiros Fabio de Oliveira e Soares e Luis Guilherme Kolle; em 2007 e 2008, o administrador Osvaldo dos Santos Souza, e de 2009 até agora o engenheiro Valter Belapetravicius. Juntos, esses diretores sempre tiveram

como missão planejar, programar e fazer acontecer, bus-cando a diversificação, para permitir a cada associado uma possibilidade maior de escolha.

As atividades associativas incluem eventos recreativos e sociais, como o jantar dançante; os churrascos de confra-ternização no final de cada ano, com suas atrações extras, como caricaturista, mágicos, danças do ventre, escolas de sambas entre outras, e os bolões, com prêmios, nos anos de Copa do Mundo. E ainda os passeios turísticos, como o passeio de trem a Paranapiacaba, denominado Passeio e Caminhada na Vila Inglesa, realizado em dezembro de 2014 e que obteve grande êxito, com 72 inscrições e média de dois dependentes por associado, e o Passeio pela Estrada Velha de Santos, realizada em 2006.

Desafios. Carlos Rossi assinala que para coordenar ações es-portivas e recreativas é preciso ter entusiasmo e muita dedi-cação e confessa que tem andado preocupado como esse ramo de atuação na AEAMESP. Diz que tem diminuído o in-teresse por determinadas atividades – como boliche, tênis, bocha e truco – a ponto de dificultar a organização de uma competição. Por outro lado, no futebol society, houve um engajamento de engenheiros e técnicos recém-integrados à Companhia do Metropolitano, vindos das áreas de projeto e obras. “Com essa renovação – os novos se juntando aos mais velhos –, observamos a continuidade das atividades, a manutenção do espírito esportivo que já por duas décadas predominam na AEAMESP”.

De todo modo, Carlos Rossi acha que é preciso encontrar meios de manter as atividades esportivas e recreativas em marcha, considerando que as coisas mudam na sociedade e no setor. “Não é sempre que você consegue agradar à maioria, mas quando os eventos acontecem, e as pessoas participam, percebo que o nosso trabalho foi recompensa-do. A Diretoria vem se empenhando por novas formas de participação nas áreas social e esportiva para maior integra-ção de seus associados e dependentes, visando à saúde, ao bem estar e à qualidade de vida”.

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Vinte anos de atividades esportivas e sociais

Carlos Rossi