Jornal Pjmp Pjr Sc Ed01 2014

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  • 8/12/2019 Jornal Pjmp Pjr Sc Ed01 2014

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    JUVENTUDE DO EXTREMO-OESTE PARTICIPA DE CONGRESSOS EM RECIFE E

    BRASLIA

    lebrao de Abertura dos Congressos da PJR e PJMP -Foto Joka Madruga

    PROBLEMAS NA INFRAESTRUTURA CONTINUAM NA VILA NOVA I e II

    ANO I - EDIO I - FEVEREIRO/MARO DE 2014 - DISTRIBUIO GRATUITA - SO MIGUEL DO OESTE E REGIO

    SO MIGUEL DOOESTE

    Migueloestino ganha VW/Fusca em sorteio de aosolidria. Pg. 08

    VEJA NESTA EDIO

    CULTURAMsica como formadora deconscincia / Pedro Munhoz.Pg. 07

    BRASLIA-DFCongresso do MST mobilizaMilitantes de todo o Brasil.Pg. 05

    PARQUIA SOMIGUEL ARCANJO

    Lideranas discutem tema daCampanha da Fraternidade2014. Pg. 08

    Falta de calament

    o, buracos,sanea

    -

    mento bsicoprecrio,so difi

    culdades

    apontadaspelosm

    oradores que h anos

    vemreivindicando

    melhoriasnasdua

    slo-

    calidades.

    Jfazemoitomes

    esquealtimare

    uni-

    ofoirealizadan

    aprefeituracoma

    pre-

    sena dosmorad

    ores e das autor

    idades

    pblicas,masat

    omomentonada

    foire-

    solvido.Pg.03

    SO MIGUEL DOOESTE

    Afrodesmo aprova estatuto eelege diretoria. Pg. 06

    SO MIGUEL DOOESTE

    Frente do Campo discute re-tomada da CPT. Pg. 06

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    OPINIO COMUNITRIO- ANO I - EDIO I FEVEREIRO/MARO DE 2014 P. 2

    rnal Comunitrioragem: 2000 exemplares, 8 pginas coloridasno I -Edio I -Fevereiro/Maro de 2014 -Distribuio Gratuita -So Miguel do Oeste e Regioomunidade de Jovens do Oeste -COJOESTE -CNPJ 83.690.784/0001-54

    mpresso: Grfica e Editora Blumen, Catanduvas -SColaboraram nessa edio: Claudia Weinman, Jean Carlos Carlesso, Jociani F. Alves Pinheiro, Pedro Alves Pinheiroelefones para contato: (49) 9165 4037 -Claudia Weinman, (49) 9107 0734 -Pedro Pinheiro, (49) 9174 4033 -J Pinheiro

    EXPEDIENTE

    Esta a primeira edio do jornal criado pelaPastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) ePastoral da Juventude Rural (PJR), que comea acircular pelas comunidades do interior e da cidadede So Miguel do Oeste a partir deste ms de feve-reiro. Fazer com que este jornal se torne uma ferra-

    menta importante de comunicao e interao entreas pessoas um dos objetivos que temos.

    Sabe-se que historicamente os meios de co-municao foram dominados pelos que tinhammaior poder aquisitivo, o que explica o sistema deideias contido nas informaes de uma poca ondetanto poltica quanto outras instituies aliena-vam o povo transparecendo nas notcias uma falsaideologia de vida. Ns queremos criar um canal decomunicao diferente, que movimente e alimentecom informao nossas lideranas, juventudes, fa-mlias.

    Nesse sentido, possibilitar que a comunicaoseja movimentada entre as comunidades tambmuma maneira de reassumir a cultura dos povos econsolidar as identidades que esto aliceradas emnosso municpio. Nas entrelinhas das matrias quevamos escrever, queremos estabelecer uma pontede transmisso, dilogo e informao, destacando a

    participao das comunidades.Acreditamos que a comunicao a nossa

    principal ferramenta de mobilizao, onde pode-mos expor nossas realidades construindo alternati-vas para mud-la, e isso somente possvel, se as

    pessoas se disponibilizarem a interagir com as pau-tas.

    Vamos deixar aqui, o registro de nosso com-prometimento com as pessoas que nos ajudam amanter este meio de comunicao em movimento,ao mesmo tempo em que se dispem a melhor-lo.Este um jornal comunitrio, feito por jovens daPastoral da Juventude do Meio Popular e Pastoralda Juventude Rural, que tem e que no tem forma-o acadmica na rea do jornalismo.

    Nossa identificao esta ligada com o jorna-

    lismo comunitrio, por isso, possui uma relao deproximidade entre jornalistas, reprteres e leitores,o que consequentemente, reflete na maneira maisinformal como as matrias so escritas. Para quemquiser interagir com a gente, no expediente deste

    jornal se encontram todos os nossos contatos, paraque a gente possa conversar e criar essa relao de

    proximidade, to importante e necessria.

    Coletivo PJMP\PJR

    EDITORIA

    L

    Determinadas, independentes, lutadoras, ale-gres, sofridas. Bonitas por natureza, mes demilhes de filhos, doadoras de sonhos. Mu-lheres que lutam pela vida do coletivo. Essasso as Bruxas, so as mulheres que os auto-res infantis costumavam ridicularizar, cha-

    mando-

    as de bruxas perversas, feias, velhas,narigudas e encarquilhadas, quando na ver-dade foram s mulheres sofridas da vida, es-

    pancadas pelo poder de uma burguesia que no admitia o som davoz feminina.

    Essas mesmas bruxas foram caadas principalmente durante operodo de inquisio na Idade Mdia. A histria conta que um dosmtodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa nosulgamentos do Santo Ofcio consistia na comparao do peso da r

    com o peso de uma bblia gigante. Aquelas que fossem mais leveseram consideradas bruxas, pois se acreditava que as bruxas adquiri-

    am uma leveza sobrenatural.Queimar uma bruxa nesse perodo significava eliminar o mal, que essas mulheres sempre foram associadas a gatos pretos, a ma-

    gia negra. Fruto de um preconceito e do medo da atuao da mulherna sociedade, isso tudo no passava de perseguio, de uma hipocri-sia total.

    Todas devem ser bruxas e ter a natureza como amiga, cuidandodela. Que as 129 mulheres bruxas que morreram queimadas na f-brica de tecidos em Nova Iorque em 1857 sejam lembradas neste dia08 de maro e em todos os dias de nossa vida. Que as mulheres re-

    volucionrias tenham cada vez mais fora! Mulheres lutadoras, da

    rua, da luta, da revoluo. Viva o 08 de maro, dia internacional damulher da classe trabalhadora, dia de resistncia, luta e busca poroutra sociedade!

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    COMUNIDADE COMUNITRIO- ANO I - EDIO I FEVEREIRO/MARO DE 2014 P. 3

    O MIGUEL DO OESTE -Desconten-s com a demora na resoluo dos pro-emas de infraestrutura nas comunida-s Vila Nova I e Vila Nova II em Soiguel do Oeste, moradores procuraramreportagem do jornal comunitriopa-relatar o drama de quem vive na loca-

    dade. Segundo eles, uma reunio foializada h oito meses entre represen-ntes das comunidades e poder pblico,as, at o momento, nada foi resolvido.

    De acordo com o morador Altivommermann Heler, 66 anos, o senti-ento de abandono. Heler relata que as

    bras nas ruas foram iniciadas, porm, osoradores aguardam at hoje a finaliza-o do calamento. Os moradores ficamolados quando chove. Quem idosoo consegue sair de casa com medo deir, tropear nas pedras de calamentoltas pelas ruas. Ns no merecemosso, destaca.

    Para quem depende de atendimentodico em casa, a precariedade nas ruaslatada pelos moradores, tem sido mais

    m dos impasses. A Dona de casa Cenira

    arques de Ciqueira, 55 anos, conta quemoradores fizeram a abertura de vale-s para escoar a gua da chuva, mas,gundo ela, isso no o suficiente. Se

    hove muito, a ambulncia do Samu nontra na comunidade. Estamos absoluta-ente isolados, destaca.

    Outro fator apontado pelos moradoreso perigo que os buracos e restos de pe-as de calamento oferecem para as cri-

    nas que brincam nas ruas. A moradora

    Lurdes Gomes, 42 anos, enfatiza que olazer tambm est limitado. A gente temmedo que uma criana se machuque. Pre-cisamos urgentemente de melhorias, por-que a sade, o lazer, a nossa vida fica li-mitada por falta de ateno das autorida-des, enfatiza.

    A moradora Terezinha Ftima Dias,51 anos acrescenta ainda que os morado-

    res tem esperana e vo continuar reivin-dicando os direitos por qualidade de vidanas duas comunidades. Esperamos queessa situao seja resolvida. Queremosviver bem aqui, mas para isso, preciso

    que a gente tenha qualidade garantida eisso, no depende s de ns, destaca.

    PENDNCIASO morador Eliezer de Oliveira comen-

    ta que participou de uma reunio entrelideranas das comunidades e autoridadesh oito meses, no entanto, Oliveira desta-ca que os pedidos por melhorias no fo-ram atendidos. A gente vive de promes-sas. A melhoria nas duas comunidadesno um bem para uma pessoa apenas,

    mas para todos que vivem nas duas loca-lidades, enfatiza.Oliveira destaca que durante a reunio

    realizada, autoridades municipais se com-prometeram em buscar alternativas parasolucionar os problemas. Foram citadasvrias melhorias e as autoridades estavam

    presentes, se comprometeram em nos aju-dar, argumenta.

    Em conversa com a secretria de De-senvolvimento Urbano, Ilione Pedrozo,ela disse que existe um projeto para me-

    lhorar as duas comunidades, porm, noh recursos disponveis. No momentono temos um encaminhamento definido,vamos fazer uma conteno com gram-nea no fundo das casas apenas, onde hdesmoronamento nos barrancos, desta-ca.

    J a secretria de Ao Social, Clau-dete Fabiani, comentou que existe um

    programa denominado Vida Nova, que,segundo ela, prev a construo de um

    pavilho para realizao de atividadesvoltadas comunidade, alm da instala-o de um parque infantil. Nos prxi-mos dias pretendemos fazer uma reuniocom o prefeito para apresentar esses da-dos, porm, dependemos de recursos pa-ra concretizar a proposta, finaliza.

    Enquanto isso, moradores das duascomunidades, continuam esperando pelasoluo dos problemas.

    Moradores da Vila Nova I e II pedem soluo para problemas na infraestrutura

    RGENTE As mais de 100 famlias que residem nas comunidades Vila Nova I e Vila Nova II, em So Miguel do Oeste, fazem umpelo s autoridades municipais para resoluo dos problemas de infraestrutura que dificultam a vida de quem vive nas duas loca-

    dades

    H alguns anos a imprensa regional tem divul-

    ado o problema nas duas Vilas

    Barro excessivo prejudica moradores em dias

    de chuva. Fotos: Claudia Weinman

    Valetas representam risco para crianas e ido-

    sos que passam pela localidade

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    GERAL COMUNITRIO- ANO I - EDIO I FEVEREIRO/MARO DE 2014 P. 4

    EGIO/RECIFE -No ms de janeiro,vens da Pastoral da Juventude Rural

    JR) participaram do III Congresso Na-onal da Juventude Camponesa, com oEMA: Terra, Po, Dignidade, e LE-A: Na Caminhada pela Terra Livrerasil. Neste mesmo perodo, aconteceuIV Congresso Nacional da Pastoral daventude do Meio Popular, com o TE-A: Terra Frtil, Canto forte, e LE-A: Sem Arriscar, no Vivemos a Es-

    erana, no parque do Cordeiro em Re-fe\Pernambuco entre os dias 14 e 19.

    De acordo com um dos representan-

    s da coordenao da PJR de So Mi-uel do Oeste, Wesley Padilha, dos mu-cpios de Paraso, Barra Bonita, Ban-

    eirante, Guaraciaba e So Miguel doeste, saram 10 jovens da PJMP e PJRnda no dia 10 de janeiro para auxiliaros trabalhos de preparao do espa-o que receberia mais de dois mil jovensm Recife.

    Padilha destaca que na manh do dia4, vinte caravanas com 1700 jovens da

    JR foram chegando ao parque de expo-

    sies do Cordeiro e se organizando nosdormitrios. No perodo da tarde, ele co-

    menta que a abertura do congresso con-tou com animao e mstica que resgatouos elementos Terra, Po, Dignidade queforam segundo ele, base do tema docongresso. Padilha refora ainda que anoite, a PJR se juntou com os compa-nheiros\as da PJMP para celebrar e mos-trar o rosto da Juventude da classe traba-lhadora das pastorais.

    Uma celebrao eucarstica foi reali-zada com a presena da juventude da PJRe PJMP, dos bispos Dom Eduardo, Dom

    Fernando e Dom Genival, alm de autori-dades. Em sua Fala, o Arcebispo de Olin-da\Recife, Dom Antnio Fernando, men-cionou que a juventude precisa se unir edebater os desafios atuais. Segundo ele, aIgreja tem reforado a discusso nas dio-ceses a respeito dos jovens que moramno campo e querem viver na cidade.Acredito que houve um crescimentodeste dilogo dentro da Igreja, destaca.

    O Bispo auxiliar de Campo Grandeno Mato Grosso do Sul, Dom Eduardo

    Pinheiro da Silva, acrescentou ainda que aigreja tem feito a opo pela juventude.Estamos tentando resgatar o sentido deunidade da juventude em vista da transfor-mao da sociedade, defende Dom Edu-

    ardo.A preocupao em unir a juventudecamponesa tambm foi levantada pelo se-cretrio de Agricultura e Reforma Agrriade Pernambuco, Aldo Santos. Para ele,alm da Igreja, o estado tambm precisaolhar para a juventude e garantir seus di-reitos bsicos para viver e trabalhar nocampo.

    Embora a preocupao em unir a ju-ventude camponesa e garantir atravs doestado polticas pblicas para a juventude

    que mora no campo, tenha sido levantadapelos representantes da Igreja e do estado,o jovem Wilian Antonio Rucks do munic-

    pio de Paraso, enfatizou que preciso queambos consigam assumir de fato a luta eas pautas da juventude. O jovem que temuma ideologia de permanncia e resistn-cia no campo precisa se organizar, a Igrejatem o compromisso de contribuir na orga-nizao. A PJR vem da Teologia da Liber-tao, ento precisamos somar foras parao enfrentamento direto com o capital.

    Jovens da PJMP e PJR contribuem com a realizao do III Congresso Nacional da Juventude Camponesa em Recife

    TIVIDADE NACIONAL - Jovens que atuam na militncia da PJMP e PRJ de So Miguel do Oeste, Barra Bonita, Guaraciaba e Bandeirante, esti-ram em Recife\Pernambuco no dia 14 de janeiro para contribuir com uma atividade nacional da juventude camponesa que se estendeu at o dia

    ebate sobre "Jesus Cristo: Campons de Nazar", com Frei Gilvander. Foto:Joka Madruga.

    Wilian Antonio Rucks, PJR Paraso -SC.

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    GERAL COMUNITRIO- ANO I - EDIO I FEVEREIRO/MARO DE 2014 P. 5Militantes da regio participam do VI Congresso do MST

    RESENAOrganizaes e movimentos sociais de SC representaram a regio no 6 Congresso Nacional do MST que reuniu maise 15 mil delegados de todo o pas em Braslia

    RASLIA\REGIO -O estado de San-Catarina foi representado por 300 dele-

    ados no VI Congresso do Movimentoem Terra (MST) que ocorreu entre osas 10 e 14 de fevereiro no Ginsio Nil-n Nelson, em Braslia/DF, ao lado do

    stdio Man Garrincha. Os 30 anos deta do movimento foi de debate e enca-inhamentos de aes. Aproximadamen-15 mil delegados de todo o pas, orga-zaes e movimentos populares deais de 100 pases participaram da ativi-

    ade.De acordo com o representante da

    JMP e PJR, Rafael Lewer, os munic-

    pios de So Miguel do Oeste, So Josdo Cedro, Dionsio Cerqueira, PalmaSola, Campo Er, e de outros munic-

    pios da microrregio tambm tiveramrepresentao no congresso.

    Lewer explica que um dos principaisobjetivos do congresso foi discussodas estratgias e tticas que o MST assu-mir nos prximos anos, o que, segundoele, interfere diretamente na conjunturade outras organizaes sociais do pas.O lema da atividade: Lutar, ConstruirReforma Agrria Popular se tornou umgrito de ordem que direcionar as lutasdo MST nos prximos anos, destaca.

    Segundo Lewer, o movimento deixouclaro que no mais possvel fazer umaReforma Agrria clssica no Brasil e simuma Reforma Agrria Popular. Hoje, oenfrentamento no somente com os lati-fndios, mas sim com a estrutura do capi-tal financeiro expressada no Agroneg-cio, que mantm o sistema capitalista de

    produo e explorao, explica.O representante da PJMP e PJR enfa-

    tiza ainda que a Reforma Agrria Popu-lar, torna-se agora uma bandeira impor-tante para a classe trabalhadora como umtodo, atingindo segundo ele, no apenasos Sem Terra, mas tambm todos os seto-

    res dos trabalhadores do campo e da cida-de. O congresso se encerra, comprome-tendo a todos os seus militantes e dirigen-tes, alm das outras organizaes e movi-mentos populares do pas e Amrica Lati-na, a unificarem foras para que a propos-ta da Reforma Agrria Popular seja o fo-co do trabalho de base, enfatiza.

    A representante do Movimento dasMulheres Urbanas (MMTU) de So Mi-guel do Oeste, Maria Carmem Vieroacrescenta ainda que a participao da

    mulher no processo de construo de umprojeto de mudana tambm foi debatidodurante o congresso.

    Maria ressalta que o congresso repre-sentou mais uma experincia de resistn-cia. Voltamos com mais fora agora.Com coragem para lutar e devolver ao

    povo os bens mais preciosos, que nopertencem aos individuais: a gua, o ar, aterra sadia, as sementes, as florestas, fi-naliza.

    omento de Mstica. Foto: Carmem Viero

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    CULTURA COMUNITRIO- ANO I - EDIO I FEVEREIRO/MARO DE 2014 P. 7Pedro Munhoz-Msico e Trovador Gacho

    entrevista desta primeira edio do jornal foi feita com o msico e trovador gacho, Pedro Munhoz, que fala sobre o contedo

    as canes que escreve e dos motivos que o levaram a viajar pelo mundo em busca de respostas para as dvidas que desde criana

    cercavam.

    Ser livre cantar para o povo. Esteo Contador de histrias. O pintor de

    utras eras. Jornalista das cavernas. Nasaredes da memria. As margens de tan-s lugares, juntando experincias e sin-tizando em canes de Andar s. Pedro

    Munhoz que msico das instncias des-mundo, segue escutando a sabedoria epartindo o conhecimento.

    Vindo l das pampas da Barra doibeiro, estado do Rio Grande do Sul,

    Munhoz autodidata. Em 1976 j se ar-scava nos primeiros acordes de violo.assou a seguir o seu propsito de movi-

    entar a massa. Alm da Pequena cida-e, o circo e os parques de diverso queez por outra por l chegavam, o cinemao "seu Rudi" e o mundo encantado dasatins, as peas teatrais do Tio Jaime,

    s livros, a poltica, a cultura e as artesotidianamente presentes em casa. Orupo escolar, o ginsio So Jos, os ba-hos de rio, tocar violo na praa, orupo de jovens que participava, prove-ente da igreja tradicional motivaram a

    ua procura por respostas no mundo.

    Instigado pelos acontecimentosotidianos e pelo contedo transmitidoela igreja, Munhoz se perguntava:Porque essa igreja que eu fao parte sim? Esquece dos pobres. At que ele

    escobriu uma igreja diferente.E essa igreja diferente que o fez

    artir em busca de novas reflexes, tam-m o fez criar uma ferramenta segundoe, essencial: A msica. Mas no a m-ca pela msica, defende, e sim, a politi-ada.

    Segundo Munhoz, sua inspirao

    parte de uma histria muito antiga.Quando de acordo com ele, os velhos

    trovadores, menestris eram perseguidospor espalhar ao mundo palavras de liber-tao. A gente no est fazendo nada denovo. A cano vem l dos trovadoresque saiam de reino em reino cantando eeu sigo essa trilha, conta.

    O msico explica que a arte decantar uma ferramenta que aponta ca-minhos. A cano precisa ser fermento,ela transmite um sentimento de solidarie-dade e de estar junto lado a lado, por issoela precisa propor e encantar, explica.

    O palco o ltimo lugar aonde ascanes so apresentadas. At as

    canes chegarem ao palco existe

    um largo caminho, experincias

    vivenciadas, algo que impulsiona a

    viver. Por isso, pedimos silncio nas

    apresentaes. Quando voc canta,

    aqueles cinco minutos so uma sn-

    tese da histria de um monte de

    gente e no apenas, da tua.

    Munhoz relata que uma parceladas pessoas que assistem a sua apresenta-o, passam o tempo aguardando a lti-ma msica denominada Cano da Ter-ra. Eu sei que muitas aguardam apenasa ltima cano, mas eu reconheo tam-

    bm o carinho que elas tm de ficaremsentadas escutando outras canes queesto chegando, destaca.

    O msico enfatiza que ele faz partedo pblico e que durante as apresenta-

    es h uma troca mtua de energia.Desconfie do artista que subir ao palco

    e tratar o pblico como vocs. Isso

    quer dizer que ele no esta incluso, queele superior, argumenta.Para ele, preciso escutar a sabe-

    doria dos povos para ento, repartir oconhecimento. Se ns msicos no fa-larmos sobre a sabedoria e no a ouvir-mos, ento jamais vamos entender o co-nhecimento.

    Munhoz se denomina como umcantador de histrias. A gente nadamais nada menos do que juntadores dehistrias que a gente aprende, vivencia,

    que nos contam por esse mundo a fora.

    Foto: Celso Aquino

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    GERAL COMUNITRIO- ANO I - EDIO I FEVEREIRO/MARO DE 2014 P. 8Lideranas da Parquia So Miguel Arcanjo discutem tema da campanha da fraternidade com comunidades

    o Miguel do Oeste -Lideranas daarquia So Miguel Arcanjo realizaramm encontro no ltimo sbado, dia 22,as dependncias do salo paroquial pa-

    discutir com membros das comunida-es o tema da campanha da fraternidade

    014: Fraternidade e Trfico Humano ema: para a liberdade que Cristo nosbertou.

    O objetivo deste encontro, segundoIrm Ema Melnia Zago, 76 anos, oe ajudar as lideranas das comunidadestomar conhecimento sobre a campa-ha, e despertar a conscincia para ooblema do trfico humano. um pro-ema mundial e que atinge pessoas doeio popular, desprotegidas, sem condi-

    es de vida digna, destaca.

    Ema Melnia salienta que o trfico

    de pessoas considerado o terceiro mai-or comrcio rendoso do mundo, mas queeste dado, pode estar, segundo ela, ultra-

    passado. O trfico de pessoas feito demaneira clandestina. So redes sofistica-das que por meio de promessas engano-

    sas de emprego e salrio alto, fazem daspessoas, escravas, explica.O trabalho de divulgao do materi-

    al da campanha da fraternidade, de acor-do com Ema Melnia, ser realizado emtodas as comunidades da cidade e do in-terior. s vezes o trfico humano acon-tece na nossa vizinhana e a gente nofica sabendo. Em Santa Catarina temoscasos concretos dessa atividade clandes-tina e ns necessitamos nos informar edivulgar essas informaes para as ou-

    tras pessoas, finaliza.

    Porque importante discutir o tema dacampanha da fraternidade: Trfico Hu-mano?

    Discutir esse tema nocoletivo nos ajuda a perce-ber elementos que at en-to eram desconhecidos.Precisamos saber orientaras pessoas a ficarem maisatentas ao assunto. Carla

    Adriana Gollmann, 34 anos, Autnoma.Bairro Trevo.

    Tenho muito contato comcrianas e com o povo, e muito importante discutir esseassunto. uma necessidadenossa tomar conhecimento j

    que trabalhamos diretamentecom as comunidades. MariaEdir Jeziosrki, 70 anos, aposentada. BairroNossa Senhora de Salete.

    A gente vive no meio depessoas sendo traficadas eno temos conhecimento.Discutir sobre o assunto nosabre horizontes pra gente co-nhecer mais a nossa realida-de. Marilene AnghinoniArcari, 63 anos, Professora

    aposentada. Bairro Salete.Ainda no tinha estudadonada a respeito do assunto.S tinha visto na televiso.Mas vejo com importnciaessa anlise porque preci-samos trazer essas pessoasenvolvidas com o trfico devolta a vida real. Para isso, necessrio nos instruir esaber orientar as outras

    pessoas. Mrio Ricardo Graf, 33 anos,

    Operador de mquinas. Bairro Progresso.

    Ao solidria de Fraiburgo premia ganhadores de So Miguel do Oeste

    o Miguel do Oeste/Fraiburgo - Afa da Ao Solidria entre amigosalizada pela Associao Paulo Freire

    e educao e Cultura Popular (Apafec)e Fraiburgo, premiou dois moradorese So Miguel do Oeste com um fusca em tablete, no final do ano de 2013. Deordo com um dos coordenadores dapafec, Jilson Carlos Souza, a rifa re-izada em parceria com a Pastoral da

    uventude do Meio Popular (PJMP) eastoral da Juventude Rural (PJR) hois anos.

    Souza enfatiza que a parceria se tor-ou ao longo desse perodo fundamen-l, e , segundo ele, uma forma de re-artir o que a Apafec possui.

    O representante das pastorais, Pedronheiro destaca ainda que o dinheirorecadado com a ao solidria servir

    para custear formaes e atividades paraa juventude do campo e da cidade.

    GANHADORESO ganhador do fusca Vilson Zimmer,

    do bairro Estrela de So Miguel do Oes-te, recebeu o prmio no ltimo dia 14 de

    janeiro em Fraiburgo. J o ganhador do

    Vilson Zimmer recebendo o fusca