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Literatura, Pensamento & Arte Ano XVII- nº 179 - fevereiro de 2011 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia, Petrópolis, Teresópolis, Rio de Janeiro www.jornalpoiesis.com Wellington do Rio Mole, perfil cidadão Página 3 Projeto quer conscientizar ciclistas Página 6 A música e seu espaço na Região dos Lagos Entre a opção de contratar grandes nomes da MPB ou abrir espaço para a divulgação de músicos locais, os municípios de Arraial do Cabo e Araruama fizeram uma opção dupla e têm dado um belo exemplo neste verão de 2011. O fato marcante, em ambos os casos, é o espaço aberto para a apresentação dos artistas da própria região. Em Arraial, grandes nomes da MPB, como Renato Teixeira e Flavio Venturini, tiveram seus shows abertos pela Banda Condicional e por Junior Carriço, por exemplo. Em Araruama, a Praça Antonio Raposo é palco, até março, de shows com a prata da casa, de sexta a domingo. Em Saquarema, a falta de opção e de espaço está sendo compensada pela inicia- tiva de alguns restaurantes, que têm convidado músi- cos e bandas para se apresentarem. Página 2. Os personagens sem máscara de Victorino Aguiar “Fica Frio” será encenada em Saquarema Kayky Britto e Marco Antonio Gimenez estão em cena na peça “Fica Frio”, que será apre- sentada dia 11 no Teatro Municipal Mario Lago. Página 3. Divulgação Camilo Mota A dramaticidade das si- tuações da vida aparece com clareza nos contos que compõem o volume “Ladrão de mulher”, de Victorino Aguiar. Com boa técnica e se mostran- do um grande contador de histórias, o autor nos leva a conhecer persona- gens que deixam cair suas máscaras sociais e se nos mostram verdadeiros, transparentes. Mantendo uma forte crítica social em muitos momentos, Victorino Aguiar sabe do- sar de maneira adequada o humor. Confira na re- senha de Camilo Mota na página 5. Em tempos de solidariedade O deputado Paulo Melo foi recebido com festa em Sa- quarema para comemorar sua eleição como presidente do legislativo estadual. Página 6. Regina Mota Renato Teixeira Junior Carriço Os Caravelhos Nebulosa Flávio Venturini Fotos: Regina Mota A população de Saquare- ma se mostrou muito so- lidária com as vítimas das enchentes e deslizamen- tos de terra ocorridos no mês de janeiro na região serrana do Estado. Mobi- lizações foram feitas pela Guarda Municipal, empre- sários locais, motociclistas e até artistas, que realiza- ram um show para arreca- dar doações. A Secretaria Municipal de Promoção Social ainda está receben- do materiais de limpeza, higiene e água, que serão levados para os desabriga- dos. Página 4. Casamentos, aniversários, inaugurações, shows, espetáculos, empresas e produtos, fotos de família. FOTOGRAFIA PROFISSIONAL ( (22)2653.3597 / 9982.4039 / 9201.3349 www.poiesisfotografia.com.br Regina Mota Paulo Melo assume presidência da ALERJ

Jornal Poiésis 179

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Edição de fevereiro de 2011.

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Page 1: Jornal Poiésis 179

Literatura, Pensamento & ArteAno XVII- nº 179 - fevereiro de 2011 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia, Petrópolis, Teresópolis, Rio de Janeiro

www.jornalpoiesis.com

Wellington do Rio Mole, perfil cidadãoPágina 3

Projeto quer conscientizar ciclistas

Página 6

A música e seu espaço na Região dos Lagos

Entre a opção de contratar grandes nomes da MPB ou abrir espaço para a divulgação de músicos locais, os municípios de Arraial do Cabo e Araruama fizeram uma opção dupla e têm dado um belo exemplo neste verão de 2011. O fato marcante, em ambos os casos,

é o espaço aberto para a apresentação dos artistas da própria região. Em Arraial, grandes nomes da MPB, como Renato Teixeira e Flavio Venturini, tiveram seus shows abertos pela Banda Condicional e por Junior Carriço, por exemplo. Em Araruama, a Praça Antonio

Raposo é palco, até março, de shows com a prata da casa, de sexta a domingo. Em Saquarema, a falta de opção e de espaço está sendo compensada pela inicia-tiva de alguns restaurantes, que têm convidado músi-cos e bandas para se apresentarem. Página 2.

Os personagens sem máscara de Victorino Aguiar“Fica Frio” seráencenada em Saquarema

Kayky Britto e Marco Antonio Gimenez estão em cena na peça “Fica Frio”, que será apre-sentada dia 11 no Teatro Municipal Mario Lago. Página 3.

Divulgação

Camilo Mota

A dramaticidade das si-tuações da vida aparece com clareza nos contos que compõem o volume “Ladrão de mulher”, de Victorino Aguiar. Com boa técnica e se mostran-do um grande contador de histórias, o autor nos leva a conhecer persona-gens que deixam cair suas máscaras sociais e se nos mostram verdadeiros, transparentes. Mantendo uma forte crítica social em muitos momentos, Victorino Aguiar sabe do-sar de maneira adequada o humor. Confira na re-senha de Camilo Mota na página 5.

Em tempos de solidariedade

O deputado Paulo Melo foi recebido com festa em Sa-quarema para comemorar sua eleição como presidente do legislativo estadual. Página 6.

Regina Mota

Renato Teixeira Junior Carriço Os Caravelhos Nebulosa Flávio Venturini

Fotos: Regina Mota

A população de Saquare-ma se mostrou muito so-lidária com as vítimas das enchentes e deslizamen-tos de terra ocorridos no mês de janeiro na região serrana do Estado. Mobi-lizações foram feitas pela Guarda Municipal, empre-sários locais, motociclistas e até artistas, que realiza-ram um show para arreca-dar doações. A Secretaria Municipal de Promoção Social ainda está receben-do materiais de limpeza, higiene e água, que serão levados para os desabriga-dos. Página 4.

Casamentos, aniversários, inaugurações, shows, espetáculos,

empresas e produtos, fotos de família.

FOTOGRAFIA PROFISSIONAL( (22)2653.3597 / 9982.4039 / 9201.3349 www.poiesisfotografia.com.br

Regina Mota

Paulo Melo assumepresidência da ALERJ

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Camilo Mota

Alguns muni-cípios da Região dos Lagos têm d e m o n s t r a d o uma sensibilida-de peculiar ao lidar com os ar-tistas, principal-mente na área

musical, possibilitando-lhes uma maior exposição, oferecendo-lhes uma infraestrutura para apresen-tações e procurando entender de uma maneira mais ampla a impor-tância do incremento da Cultura e do Turismo a partir da movimen-tação artístico-cultural. Neste ve-rão de 2011, destaco os projetos desenvolvidos em Arraial do Cabo e em Araruama como sintomáticos desta filosofia.

Isabella Taviani, Tunai, Renato Teixeira, Flavio Venturini e Mora-es Moreira foram os destaques do “Verão M u s i c a l 2011”, pro-movido pela Secretar ia M u n i c i p a l de Turismo de Arraial do Cabo no mês de janeiro e início de fevereiro. À parte a inegável boa escolha dos músicos para apresentações, de-monstrando uma clara opção pela qualidade e não pela quantidade, o projeto trouxe ainda uma feliz rea-lização: todos os shows foram aber-tos por cantores ou grupos musicais da própria cidade. Antecedendo as apresentações principais, o pú-blico pôde conferir o rico material apresentado por Andréia Gimenez, Evandro Marinho, Banda Condicio-nal, Junior Carriço, Piau e Max Pra-tes. Já em Araruama, mesmo sem investir em grandes espetáculos (à exceção dos programados para o aniversário do município), a Subse-cretaria de Cultura tem aberto es-paço na Praça Antonio Raposo para apresentação de cantores e grupos

( (22) 2653-2744

2 nº 179 - fevereiro de 2011

O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Edi-torial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Celso Caciano Brito, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb. Diagramação: Camilo Mota. CAIXA POSTAL 110.912 BACAXÁ - SAQUAREMA - RJ CEP 28993-970 ( (22) 2653-3597 ( (22) 9201-3349 ( (22) 8818-6164 ( (22) 9982-4039 E-mail: [email protected] Site: www.jornalpoiesis.com.

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Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Petrópolis, Teresópolis e Rio de Janeiro. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis. Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, em formato A4, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, com dados sobre vida e obra do au-tor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo do Word (.doc ou .docx). Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.

E por falar em músicaPOESIA

ECOS DA CIVILIZAÇÃOGerson Valle

E quando tudo explodiu,ficando apenas luzinhas esparsasdaquele grande clarão do convívio humano,ouvia-se ainda um reflexo do que fora a alegria,símbolo de toda civilização:a melodia do Non più andrai, de Mozart,puxando, quem sabe, nova expansão de outras [luzinhas fagueiras,lembrando, em sua vibração,de que nada acontecera em vão.

Gerson Valle é poeta e escritor, autor da novela “A igreja invadida” (Freitas Bastos), já à venda em formato de e-book também pela Livraria Saraiva

SEMANA DE 22Napoleão Valadares

Bem mais baderna do que arte,mas muita arte. Arte e baderna.Chegou sem tir-te nem guar-te,bem mais baderna do que arte, com nome bonito, em parte:Semana de Arte Moderna.Bem mais baderna do que arte,mas muita arte. Arte e baderna.

Napoleão Valadares é natural de Arinos (MG). Romancista, contista e cronista, é membro da Associação Nacional de Escritores. Reside em Brasília-DF.

locais de todos os estilos. De sexta-feira a domingo, durante todo o ve-rão, de janeiro a março, há shows a partir das 21 horas.

O tema da valorização do artista local já fora levantado em nossa edição de janeiro pela jornalista Regina Mota. Aquilo que ela argu-menta em seu texto é adequado para qualquer pequena cidade do interior do país. Mas o que acon-tece em Saquarema, então? O ma-rasmo só não é total porque alguns bares, restaurantes e casas notur-nas estão investindo em música ao vivo. Não são muitas opções, mas é um caminho. Falta, é certo, um maior comprometimento da classe artística da cidade no sentido de melhor organizar-se. A união em torno de ideais comuns pode gerar movimento e força suficientemen-te fortes para a criação de projetos culturais positivos para o município, de maneira a sensibilizar também o

poder públi-co. Algumas iniciativas es-tão começan-do a tomar forma, como a elaboração de uma as-sociação de artistas sob o impulso da artista plásti-

ca Telma Cavalcanti e mais um pe-queno grupo de sonhadores. O Nú-cleo de Poesia Alberto de Oliveira é ainda um embrião para o trabalho com a literatura, a poesia e a mú-sica. A falta de infraestrutura (afi-nal, não temos ainda por aqui uma boa sala de exposições, um teatro adequado, um centro cultural bem aparelhado, um projeto político-cultural claramente definido...) não pode, no entanto, ser barreira para que iniciativas populares tomem conta das ruas, abrindo espaço para mostras coletivas e individuais de artistas de todas as áreas. Uma feira cultural, patrocinada pela Pre-feitura, uma vez por ano, é apenas uma fagulha. Arte é para fazer bri-lhar fogueiras e estrelas, não im-porta de que tamanho sejam.

SUBLIMEGilberto Mendonça Teles

o que não sei e perscrutoo que me torna infinitogoza de certo estatutotem lá seu jeito e delito

o que mais amo e refutoo que me doi e permitogasta seu tempo e tributodorme entre nuvens de atrito

por ser grande e devolutopor ser pequeno e restritopor ser sublime mas brutopor ser real e ser mito

nem mesmo o olhar mais astutoa atenção do mais peritosabem sondar seu redutoler seu disfarce e conflito

nas curvas do anacolutonas penumbras do interditoonde inexiste o absolutodo verso jamais escrito

Gilberto Mendonça Teles é natural de Bela Vista de Goiás (1931), reside no Rio de Janei-ro, é professor universitário, poeta e ensa-ísta. O poema acima faz parte de seu livro “Álibis” (Joinville, Sucesso Pocket, 2000).

SABER NÃO SABER (LXII)Alcides Buss

Sabemos o que dizemos governantes quando, olhando para nós,soletram os nomes onde guardamosos sonhos e as vontades.Não sabemos, porém,o que dizem quando, olhando para o nada,balbuciam coisas que encobremtantas razões de Estado.

Alcides Buss é autor de “Saber Não Saber” (Florianópolis, Caminho de Dentro Edições, 2009), de onde extraímos o poema acima.

PRIMEIRA COLHEITACamilo Mota

Eram verdes os tomates.Assim minhas mãos infantisAprenderam sua primeira lição sobre o tempo.Colher era, sobretudo,Um ato de amorAinda que não se conhecessemAs cores e seus dias.

Camilo Mota é natural de São João Nepomu-ceno-MG (1965), é poeta e escritor, reside em Saquarema-RJ, é editor-fundador do Jornal Poiésis.

COMBATEHugo Pontes

No terceiro round:

entre um guisado e um assado,o peso pesadonocauteouo assalariado

Hugo Pontes (1945) reside em Poços de Caldas-MG.

HAICAIJosé de Carvalho

na solidão do lagoo vento nostálgicotraz uma canção perdida

José de Carvalho é autor de “Destas águas” (São Paulo, Quebra Nozes, 2003-2007), de onde extraímos o poema acima.

www.bahai.org.br“Ó filho do Espírito! Meu primeiro conselho é este: possui um coração puro,

bondoso e radiante, para que seja tua uma

soberania antiga, imperecível e eterna.”

Escrituras Bahá’ís

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3nº 179 - fevereiro de 2011

MÚSICA

Didática Musical

do Violão Clássico

Renato Barcelos

Talvez por conta das fa-cilidades que a tecnologia nos proporciona, espera-mos que as coisas acon-teçam de forma rápida e com o mínimo de esforço, algo que não é condizente com o estudo da música, em especial com o estudo do violão clássico.

Aprender violão clássi-co exige paciência e de-terminação. É necessário um estudo regular e or-ganizado, e é justamente neste ponto - na organi-zação - que entra a figura do professor, alguém que seja capaz de nos ensi-nar a enxergar as nossas capacidades e limitações naquele determinado mo-mento. Não existe GPS no estudo musical, só des-cobrimos se o caminho é bom ou ruim se passar-mos por ele, portanto é importante o auxílio de quem já experimentou várias possibilidades, pois essa pessoa poderá nos ajudar a escolher com menor chance de erros o melhor caminho a ser se-guido por nós mesmos. E que também esteja com-prometido com o nosso desenvolvimento. Deve ser alguém que tenha ex-periência mas ao mesmo tempo saiba enxergar com os olhos de um aprendiz.

Saber fazer não signi-fica necessariamente sa-ber ensinar. Os processos mentais utilizados para ensinar são extremamen-te diferentes dos usados para uma execução públi-ca, começando pelo foco da atenção. O executan-te deve se concentrar no que ele próprio vai fazer, enquanto o professor pre-cisa se concentrar no que o aluno está fazendo, e deve ser capaz de formu-lar respostas que ajudem ao aluno superar suas di-ficuldades, baseado sem-pre no estudo,observação e experiência. O estudo autodidata pode ser im-portante como um estí-mulo à criatividade, onde na tentativa de descobrir acabamos por inventar algo novo. Porém quando o assunto é violão clássico a presença do professor é fundamental.

Renato Barcelos é profes-sor de violão em Bacaxá.

Acontece até 28 de fe-vereiro a Casa Modelo Cabo Frio, considerado o maior evento de decora-ção da Região dos Lagos. O evento reúne 28 pro-postas de ambientes cria-dos por profissionais de arquitetura, decoração e paisagismo. O showroom, montado na Rua Alex No-velino, 380 (próximo à Praia do Forte, em Cabo Frio), conta com parti-cipação de 15 empresas que atuam na Região dos Lagos e outras 28 com representação em todo o território nacional.

Evento de decoração

pode ser visitadoaté dia 28/02 em Cabo Frio

TEATRO

Peça com Kayky Britto é destaque do mês no Teatro Mario Lago

O Teatro Municipal Ma-rio Lago apresenta este mês a peça teatral “Fica frio”, que traz no elenco os jovens atores Kayky Brito e Mar-co Antonio Gimenez. Com texto de Mario Botolotto e direção de Raoni Carneiro, a comédia dramática con-ta a tensa relação entre os irmãos Fernando e Maurí-cio, em que o autor retrata a realidade vivida pelas fa-mílias de classe média alta em situações nas quais seus filhos se envolvem com o mundo do crime, a prosti-tuição e as drogas. A peça estará em cartaz no dia 11 de fevereiro, com sessão às 20h30. Confira abaixo a programação completa do

teatro.Programação do mês 06/02 - Noite de Louvor

(Igreja Batista) - 19h11/02 - Fica Frio - 20h30,

com Kayke Brito e Marco

Antonio Gimenez - A3 Pro-duções Eventos

20/02 - Popeye - 18h26.27/02 - Comédia

Baiana - Cia Baiana de Ri-sos - 21h

Kayky e Marco Antonio Gimenez estão na peça “Fica frio”

Grupo Teatrama leva comédiapara praças de Araruama

Em fevereiro de 2011 o Grupo Teatrama estreia seu mais novo espetáculo de rua, a divertida comédia Algumas do Aristeu, com dramaturgia e direção de Perla Duarte.

Inspirada nas histórias inscritas no Concurso Cultural Conte Lá que Eu Conto Cá, promovido pelo grupo, em parceria com a Prefeitura de Araruama no ano de 2010, a peça mer-gulha no universo cultural araruamense e resgata his-tórias do povo de forma lú-dica, simples e engraçada, fazendo ver o quanto é rica a nossa terra e a memória

da nossa gente.As aventuras do atrapa-

lhado herói serão levadas às praças de Morro Gran-de, Praia Seca, São Vicente e Praça Antônio Raposo, no centro de Araruama. Aristeu promete também dar uma passadinha nas escolas Joaquina Rangel (Juturnaíba), Pastor Alce-bíades (Soubara), Celina Mesquita Pedrosa (Iguabi-nha) e Agostinho Frances-chi (Fazenda Aurora).

No elenco estão Alan Quintanilha, Dani Gomes, Gabriel Oliveira, Igor Soa-res, Lohanna Quintanilha, Luisa Moraes, Luiza Ama-

ral, Perla Duarte, Reinaldo Samartins e Thallys Au-gusto.

Programação:05/02 – sábado – Praça

Antônio Raposo, Centro.12/02 – sábado – Qua-

dra Poliesportiva, Morro Grande.

13/02 – domingo – Pra-ça de São Vicente.

19/02 – sábado – Praça Escola, Praia Seca.

O espetáculo será reali-zado sempre às 20h.

Confira a programação completa e outras histórias no site: www.teatrama.com.br

Antonio Francisco Alves Neto

“Quanta coisa eu contaria se pudesse e soubesse ao menos a língua como a cor”.

Cândido Portinari

Já era madrugada do dia 7 de janeiro de 2011, quando eu e minha filha Thais resolvemos deixar o banco onde estávamos sentados, na Rua das Pedras, em Búzios, para procurar uma livraria, cuja placa indicativa estava bem a nossa frente. Cami-nhamos alguns passos em meio à multidão e deparamos com a porta de vidro da loja entreaberta. Demos boa noite, na chega-da. A proprietária, sentada atrás do balcão, esboçou um sorriso, como se quisesse dizer: bom dia, pois já passava de uma hora da madrugada. Pequei um livro na estante; folheei algumas pági-nas e me concentrei em um poema, especialmente em um ver-so. Disse para mim mesmo: somente este verso já vale a compra do livro.

Ato contínuo, percebi que um casal de meia idade também entrara na livraria. Aproximou-se do setor onde eu estava a se-nhora, a quem me dirigi, e fiz menção à beleza do verso poético que acabara de ler, passando a recitá-lo, para a dileta platéia: o casal, minha filha e a dona da livraria.

Após as apresentações, passei a conversar com o senhor, que disse chamar-se João. Como havia alguns quadros de escritores na parede da livraria, chamou-me a atenção o do poeta Olavo Bi-lac, fato que desencadeou uma conversa sobre escolas literárias, passando pelo parnasianismo, quando tive a oportunidade de falar sobre Alberto de Oliveira, o Poeta de Saquarema.

Por algum tempo falei ao meu novo amigo e à sua esposa so-bre a vida e obra do poeta saquaremense, sua amizade com Ola-vo Bilac, sua participação na fundação da Academia Brasileira de Letras, a qual ocupou a cadeira nº 9, e que com sua morte, por uma coincidência do destino, um outro saquaremense havia ocupado o seu lugar na ABL, o sociólogo Francisco José de Oli-veira Vianna.

No interregno na conversa a dona da livraria se dirigiu a João e disse: “encontrei aquele livro que você havia falado”, colocan-do o exemplar em cima do balcão.

João, com os olhos vivos, passou a manuseá-lo, e de uma for-ma emocionada passou a discorrer sobre a obra, mostrando as fotografias e pinturas que compunham suas páginas, inclusive se identificando em algumas delas.

Era um livro antigo – com mais de 30 anos - de formato dife-rente, com capa recoberta de linho, onde estava colada fotogra-fia antiga da família do pintor. O título da obra vinha na lomba-da do livro: “Portinari O Menino de Brodosqui”.

Disse João que havia editado aquele livro em memória de seu pai. Em seguida, em um ato de desprendimento e abnegação, disse: como você me apresentou o poeta Alberto de Oliveira, quero lhe oferecer este livro.

No início fiquei surpreso com a atitude do meu novo amigo, que tinha em suas mãos um exemplar raro de um livro que con-tava a história do pintor Cândido Portinari, editado há mais de 30 anos, e ele generosamente me ofertava.

Disse João ainda que além de pintor Portinari também fora poeta, mas afirmara: ”Quanta coisa eu contaria se pudesse e soubesse ao menos a língua como a cor”.

Lisonjeado e agradecido por aquele gesto, disse ao João que lhe mandaria alguns livros meus, oportunidade em que recebi um cartão de apresentação. Li o endereço e depois o nome com-pleto do meu novo amigo: João Cândido Portinari.

Ali estava o filho único de Cândido Portinari, curador de sua rica e vasta obra. Um homem simples, que naquele momento abria mão de uma relíquia, em meu favor.

Posteriormente, escrevi uma carta para João Cândido, agra-decendo mais uma vez o seu gesto. Salientei que seu ato foi para mim uma lição de vida. Ressaltei ainda:“Quando li sua carta ao seu pai, no livro que você generosamente me ofertou, entendi a missão que você tomou para si. O Brasil necessita de homens que valorizem a arte, porque somente assim deixaremos de ́ ar-rastar a dolorosa consciência de nossa pobreza cultural´, como você mesmo salientou, com muita propriedade, naquela men-sagem”.

Devo dizer que Candido Portinari é o maior pintor brasileiro e a sua arte está eternizada não somente nos seus quadros e pai-néis, mas também na sua própria história.

O Menino de Brodosqui, ao passar para o plano espiritual su-perior intoxicado pela tinta que usava para pintar seus quadros, deixou mais uma lição: a arte é mais importante que a vida. Esta se esvai, como um sopro. A arte é perene. Em verdade, a arte condena o artista à eternidade.

E, com sentimento de admiração e agradecimento, escrevi um poema - que dediquei a João Cândido - para marcar de forma indelével aquele encontro em Búzios:ETERNA ARTE/ À João Candido Portinari/ A vida.../ que vale a vida sem a arte?/ sem tocar a massa/ que constrói o homem de pedra?/ sem deslizar o pincel/ que impressiona/ por paisagens e retratos/ ainda que disformes?/ quero morrer mil vezes/ se condenado a esquecer a poesia/ versos e canções que marcam a paixão/ o cotidiano/ a quimera/ se tiver de morrer mesmo/ que morra envenenado pela própria arte/ sigo o exemplo do Menino de Brodosqui/ que preferiu continuar pintando/ a viver somente.

Assim, aconteceu mais um encontro pela arte, pois nada vale sem ela.

Antônio Francisco Alves Neto (Chico Peres) é poeta, escritor e pesquisador.

CRÔNICA

PORTINARI, O MENINO DE BRODOSQUI

Divulgação / Projeto Portinari

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PERFIL

O exemplo de cidadania de Wellington do Rio Mole

Wellington Magalhães de Matos (38) é nascido e criado no bairro do Rio Mole, em Saquarema. Filho de Wilson Moraes de Ma-tos e Madalena Maria de Matos, começou a sua vida trabalhando como agricul-tor, mantendo a tradição de três gerações da sua família. Na adolescência interessou-se pela pecuária e foi justamente essa área que o projetou como exem-plo de cidadania.

Por gostar muito de ani-mais e demonstrar jeito no trato com as criações, des-de rapaz era incumbido por Dalton Borges, na época um dos únicos veterinários da região, a dar acompa-nhamento aos tratamentos por ele ministrados.

— O Dalton aplicava a pri-meira injeção e depois pres-crevia: mais tantas doses de 8 em 8 horas, e era eu que ia até a casa dos proprietários para aplicar as injeções — conta Wellington.

Porém o que mais chama atenção nessa história é que Wellington sempre re-alizou esse trabalho de for-ma voluntária, sem cobrar

nada. O tempo passou e ele especializou-se, fazen-do vários cursos na EMA-TER, sendo sempre in-cumbido pelos professores de transmitir o aprendido aos moradores da região, o que foi criando o hábito nas pessoas de ter nele um auxílio constante com suas criações, trabalho que ele faz com prazer e satisfação.

— Gosto muito de animais e, mais ainda, gosto de aju-dar as pessoas que gostam da natureza. Meu sonho é ver a agricultura familiar e os pequenos produtores de

Saquarema vivendo bem no campo, sem precisarem deixar suas propriedades para viver na cidade — afir-ma Wellington, que apesar de ter uma casa em Bacaxá mora até hoje no Rio Mole com sua esposa Emily Mota e seus dois filhos.

Há mais de 20 anos servindo a comunidade, Wellington do Rio Mole é um exemplo de cidadania, um homem que defende a agricultura e os pequenos produtores com fervor e declara sentir-se honrado em amar a natureza.

Wellington e sua esposa Emily: ele sonha em ver os pequenos produtores rurais de Saquarema vivendo bem no campo

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Page 4: Jornal Poiésis 179

4 nº 179 - fevereiro de 2011

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TRAGÉDIA NO RIO: OS RECADOS DA VIDAJoão Carvalho Neto

Todos temos assistido aos acontecimentos ocorridos na região serrana do Rio de Ja-neiro, com repercussão mun-dial, fazendo reflexões diver-sas sobre o assunto. Muitos pensam sobre a ajuda a ser prestada, outros sobre as cau-sas que geram tanta força nas manifestações climáticas, ou-tros ainda criticando os gover-nos pela omissão em prevenir essas tragédias, alguns oran-do pelos que morreram. Ah!... existem também aqueles que lamentavelmente se aprovei-tam para desviar recursos ma-teriais e amoedados. Seres hu-manos estranhos são alguns...

Mas os fatos estão consu-mados: os mortos não volta-rão mais à vida que tinham, famílias ficaram órfãs de seus membros, permanecerão sem suas residências, três cidades manterão as marcas traumá-

ticas do sofrimento por longo tempo, até que as feridas se fechem em cicatrizes que insis-tirão em lembrar que a vida é assim, inesperada, imperma-nente, com poderes que se aba-tem sobre nossa vã pretensão de dominação e controle.

Diversas possibilidades po-dem explicar os deslizamentos que geraram tanta destruição: desmatamento das encostas, aquecimento global ampliando o volume das chuvas, ocupa-ção ilegal de terras, descarre-go de lixo não degradável nos rios. Tudo isso pode ser ver-dade mas não temos como afe-rir com certeza absoluta sobre quem ou o que são os respon-sáveis. Talvez seja um fenôme-no natural que tenha ocorrido dessa vez com uma magnitude acima da média...? Quem pode afirmar com certeza?

Contudo a vida manda reca-dos, e isso é definitivo.

O recado de que não somos

tão poderosos como imagi-namos, e que precisamos nos curvar aos poderes superiores que nos governam, ouvir a voz silenciosa da natureza e nos re-conciliarmos com sua materni-dade sobre nós.

Diante da morte e da dor, não existe pobre ou rico, dife-renças raciais ou culturais. Su-cumbiram pessoas de todos os níveis e a dor se espalhou sem escolher endereços.

Os homens também não são tão maus como muitos pessi-mistas insistem em defender. A mobilização que se faz em torno da ajuda humanitária às vítimas fala do quanto esta-mos sensíveis às necessidades alheias e que se nos deixásse-mos levar por estes impulsos de fraternidade no cotidiano de nossas vidas certamente já teríamos construído um mun-do bem melhor para se viver, mais justo e pacífico.

É... certamente a vida man-

da recados. E se pararmos não apenas diante das dores pun-gentes que gritam alto pelas telas da TV, mas também nos nossos relacionamentos ime-diatos, para ajudar, para acei-tar ajuda, para trocarmos sem os medos que geram protecio-nismos e violências, a felicida-de poderia ser melhor distri-buída entre todos.

Sou um otimista, mas apren-di a construir meu otimismo com ações que não precisam esperar convites extremos.

“Amar o próximo como a si mesmo, fazer ao outro aquilo que gostaríamos que o outro fizesse por nós” já nos dizia o sábio Rabi da Galiléia.

Milhares de pessoas morrem diariamente somando-se nos abortos provocados, no crime organizado, nas guerras, nos acidentes de trânsito, de fome, doentes, numa tragédia mun-dial de proporções que mui-tos preferem ignorar. A vida é

destruída incessantemente nos desmatamentos ilegais, nos desastres ecológicos da indús-tria petroleira, na poluição que rompe a proteção da camada de ozônio, e muito pouco ainda é feito. Continuamos esperan-do milagres dos céus.

Espero sim que os golpes das tragédias que acontecem, como esta do Rio de Janeiro, possam continuar a abater um pouco do nosso orgulho, do nosso egoísmo, para que cultivemos uma atitude permanente de sensibilidade e solidariedade com a vida que se expressa na natureza e nos seres humanos, a fim de que possamos dar ao planeta a chance, que ele con-tinua esperando, de nos agasa-lhar como uma mãe protetora.

João Carvalho Neto é Psicana-lista, autor dos livros “Psicaná-lise da alma” e “ Casos de um divã transpessoal” (www.joao-carvalho.com.br)

Saquarema mostra solidariedadecom desabrigados na região serrana

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A maior catástrofe natural do país e que atingiu sete cidades da região serrana do Rio no co-meço de janeiro deixou milhares de desabrigados, além de fazer centenas de vítimas fatais.

O exemplo de solidariedade foi explícito em Saquarema. A Guarda Municipal, sob o co-mando de Norcivan Valviesse, montou um ponto de coleta de donativos na praça Santo Anto-nio, em Bacaxá, além de ter so-licitado que cada supermercado também colocasse uma caixa de coleta, as quais eram recolhidas diariamente.

No dia 24 de janeiro as doações arrecadadas foram colocadas em dois caminhões, num traba-lho de “formiguinha” feito pelos guardas municipais e posterior-mente levados à região serrana. Roupas, calçados, alimentos não perecíveis, produtos de higiene, materiais de limpeza e água fo-ram os produtos arrecadados.

O motoclube Pecadores tam-bém deu a sua contribuição. Em sua sede localizada no Pin Point, no Porto da Roça, eles se con-centraram e organizaram tudo o que conseguiram arrecadar em um caminhão, que seguiu rumo à serra.

Comerciantes locais também fizeram uma caravana, e em seus próprios carros levaram contri-buições às vítimas.

A Secretaria de Promoção So-cial de Saquarema, que fica no centro de Bacaxá, ainda está re-cebendo donativos. A prioridade agora é para os produtos de hi-giene e água mineral.

Fotos: Regina Mota

A Guarda Municipal encheu dois caminhões que levaram o material de doação para Nova Friburgo e Bom Jardim.

O Moto Clube Pecadores, que regularmente realiza campanhas de solidariedade, mobilizou voluntários para levar suas doações para os desabrigados.

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O CDF está de “cara” nova para 2011!

Em novo endereço e com novas instalações na sede em Ba-caxá, o Curso CDF está dando o que falar com a nova parceria com o SEI Anglo de Itaúna. Oferecendo salas climatizadas para que os alunos possam estudar sem se preocupar com o calor ou com o barulho, o CDF investe ainda numa equipe composta por professores formados e especializados com muita experiência em vestibulares. As aprovações comprovam.

Equipe CDF: Franciete Malizia (Física e Química), Michelle Falcassa (Português, Literatura, Redação e Espanhol), Luis Al-berto Lopes (Matemática), Marcelo Tumiati (Biologia e Química), Anna Flávia Freire (Inglês), Paula Moutinho (Geografia), Michele Kerheisbaumer (História).

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Page 5: Jornal Poiésis 179

5nº 179 - fevereiro de 2011

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Direção Técnica: João Carvalho Neto

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Consta nos anais de Hollywood, que quando o filme “Cantando na chuva” estreou, corria a piada que seu principal ator, Gene Kelly, que dança e canta solitário e feliz numa cena noturna tomando chuva, não compareceria porque estava de cama, gripado. Era assim que começava o artigo de Saionara para uma revista da Universidade em que leciona. Nele coloca uma série de fatos guardando verossimilhanças com diversos momentos e personagens históricos, mas que nunca ocorreram. O sentido é o de refletir sobre a “oficialidade” e os meandros perdidos dos fatos históricos. Chamou-o “Assim cavalga a Humanidade”. No verbo “cavalgar” ficava explícita a vitória do solitário “cow-boy” norteamericano fazendo justiça com seu revólver (símbolo fálico do poder econômico, segundo ela) e deixando mortas todas as testemunhas que poderiam contar a história (nossa História), sob outros ângulos.

Soube da existência da revista não por algum quadro de aviso da universidade. Nem na sala nem no café de professores tinha nada afixado a respeito. Estava-se preparando o primeiro número e ela leu na internet que os professores poderiam oferecer matérias ligadas a suas disciplinas, contanto que tivessem relação com o cinema. Previa-se que a revista teria, em cada número, um tema comum que unisse as diversas disciplinas. Entusiasmou-se tanto com a idéia que nem percebeu que era um órgão da universidade onde lecionava. Só quando, já pronto o artigo, examinando o “site” de novo, para ver para onde mandá-lo, deu com o nome do professor de Português e Literatura, que estava coordenando a revista, o José Bento, que às vezes toma café com ela nos intervalos de aula, naqueles papos em que se procura ser simpático situando os acontecimentos do dia. Em geral, fala-se mal do nível dos alunos, da indisciplina, de certas obrigações enfadonhas que toda administração obriga o professor a tomar... Não dava para saber bem se o cara era interessante. Porém, seu discurso aliciando professores a escrever na revista a encantou. Procurou tomar café a seu lado com opiniões mais arejadas. E ele, depois de ler seu artigo, saía sempre ansioso nos intervalos de aula a procurá-la na sala dos professores.

Foram encontrando afinidades nas observações:

ASSIM CAVALGA A HUMANIDADE- A ideia de meu artigo é antiga.

Meu doutorado vai tocar essa questão. Recentemente estive no Peru e me convenci mais do que nunca que a História é tocada para o lado das opiniões do momento. Há muitos modismos. Com o tempo as coisas se distanciam, e você vê o lado da questão que mais diz contigo.

- Em geral, só se exaltam os vencedores, não é?

- Depende. No Peru, os vencidos, afinal, são a maioria da nação, os descendentes dos índios. Compreende? Lá, apesar dos espanhois terem quase dizimado toda memória dos incas, são estes os herois do povo, de que se tenta resgatar costumes, e tal... A História segue lógicas aleatórias, se assim se pode dizer. Veja agora o que aconteceu na minha aula. Parecia que uma revolução se estava formando. Os alunos se entusiasmaram por certo tribuno romano de que falei, e com ele começaram a reinventar a História. O que teria sido se ele não tivesse sido deixado de lado pelo tempo?

- Acontecem, neste sentido, coisas fantásticas. Vejo o momento que passa. Quantas ocorrências se dão numa noite nesta universidade! Quantas querelas, amizades, ligações amorosas. Às vezes se tem a impressão que certas decisões vão mudar o rumo da educação no país, o comportamento do homem no mundo, a vida das famílias dos alunos envolvidos nas questões... No dia seguinte, não é nem notícia de jornal.

- Você pegou! É isto que sempre quis dizer! A História que conhecemos, evidentemente, não é toda História. Mas, o que há de mais grave, é que o estudo e a interpretação da História seguem questões meramente aleatórias, as mais das vezes, está de acordo? Aliás, a ideia não é original. No entanto, se soubesse a comichão que isto me causa! Quantas observações sinto que posso tirar daí! Você tem toda razão. Uma noite nesta universidade é um caudal de histórias que se desconhece. Multiplique por todas as universidades do mundo! Por todas as festas, desfiles de escola de samba, por exemplo, “réveillons”, grandes jogos... O que acontece no interior dos estádios, das igrejas... E o que acontece no interior dos indivíduos, nas relações familiares, num jantar de reencontro, por exemplo, de um pai sumido anos que se reencontra, ou... Não é tudo História? E tudo não está, de alguma forma, e não estou levando para o lado místico não senhor, se juntando

numa corrente que, de uma forma ou de outra, transforma os eventos deste mundo?

Numa dessas noites, foi à universidade o antigo namorado de Saionara, Frederico, para oferecer seu currículo como professor. Passou na sala de professores enquanto os dois conversavam. Ao vê-lo, ela se recorda da mágoa que lhe trouxe tão grande amor, e, temerosa, ao lembrar-se de como ele idolatrava a filosofia nietzschiana como sua grande inspiração para tudo, ela pergunta, ao José Bento, do nada:

- E Nietzsche? O que você acha dele?

- Veja bem você. Professor de Literatura, aprecio Nietzsche como poeta. “Zaratustra” é um belo livro, de imagens notáveis. Não sou filósofo, mas todos nós “temos um pouco”, não acha? Estranho colocarem no plano real suas imagens poéticas, e daí construírem sistemas de pensamento. Quer um exemplo? A famosa colocação “Deus morreu” só pode ser uma imagem poética, pois “prosaicamente”, se Deus existe, não morre. Se não existe, não pode morrer, pois não morre o que não nasceu. A lógica é simples. Mas, quem lê Nietzsche se encontra sempre além do bem e do mal, né?, isto é, além da lógica normal. Na verdade a frase que ele quer dizer é que, para quem acredita na existência de Deus, o nosso tempo provou a sua inexistência, e, assim, deve ser morta a imagem construída nas pessoas da existência de um Deus. Certo? É um escritor de “tomadas” poéticas, e uso a palavra “tomadas” em homenagem à sua admiração pelo cinema. Contudo, daí a “tomá-lo”, desculpe-me o trocadilho, como base de todo pensamento contemporâneo, eu discordo. Já que há verdades sofistas, mas sentidas ou intuídas, nos grandes poetas, por que não Rimbaud, Émile Vaeheren? Eu, pessoalmente, me fixo no século XX do Lorca, Pessoa, Neruda, Carlos Drummond... Sabe quantas verdades encontro em suas metáforas?

“Graças a Deus”, pensa Saionara, “se tudo caminhar por onde espero, pelo menos eu não terei a decepção outra vez de ter por amigo um mentecapto ‘super-homem’ nietzschiano...”

NOTA: Este, como todos os contos publicados em Poiésis por Gerson Valle desde fevereiro de 2010, é um capítulo de seu romance “O adeus de Saionara”, concebido em capítulos que podem ser lidos em separado como contos.

A queda das máscaras nos contos de Victorino Aguiar

Camilo Mota

A literatura tem esse mistério de nos levar aos recantos mais profundos da personalidade hu-mana, despertando nossa imagi-nação e nos levando a conhecer e a refletir melhor sobre o mundo que habitamos. Alguns autores conseguem corresponder a essa qualidade com uma linguagem tão atraente que a leitura come-ça e nos prende até o fim, como se a mesma já fizesse parte de nossas vidas e não pudéssemos nos afastar dela, como não nos afastamos do ar que respiramos. É nesse envolvimento entre vida e literatura que abordo Victori-no Aguiar e seu livro de contos “Ladrão de mulher” (São Paulo, All Print Editora, 2010).

Nos onze contos que com-põem o livro, o autor se revela um exímio contador de histó-rias em que o humor toca de leve os assuntos, fazendo con-traposição à crítica — às ve-zes ácida — à tessitura social, política e humana. Victorino, em certos momentos, chega a brincar com a linguagem de maneira tão natural, que nos pega de surpresa. No conto “Provérbios”, a construção do diálogo paterno através de pro-vérbios é um contraponto da memória e da rigidez dos cos-tumes à realidade das coisas. Aqui, entendendo a realidade como um dolorido processo de tortura durante o regime mili-tar. O paralelo que o autor cria entre o ditado “um raio não cai duas vezes num mesmo lugar” e o “choque elétrico” nos porões

Camilo Mota

Victorino Aguiar em noite de autógrafos em Saquarema

da ditadura é um dos momen-tos mais sublimes da presente obra. A crítica à estrutura po-lítica, aliás, é tema recorren-te. Aparece em “O carismáti-co”, “O julgamento do poeta”, “João Sem Braço” e “Frederi-co”. Em todos os casos, Victo-rino desmascara, literalmente, as personagens e as estruturas sociais que as sustentam.

A ideia da queda das más-caras parece-me o eixo central deste volume de contos. Desde a abertura, com “Uma vez Fla-mengo”, o que se vê é o autor construindo personagens que, à primeira vista, aparentam uma certa fortaleza, para em seguida mostrar sua fragili-dade ou sua verdadeira face social. Assim, o palhaço que surge de surpresa como um assassino. Ou então o casal de “Almas gêmeas”, em que não se sabe ao certo se há uma reali-dade vivenciada pelo narrador ou se tudo não passa de fruto de sua imaginação. Interessan-te, ainda, ressaltar alguns as-pectos de verdadeiro teatro do absurdo de algumas histórias, ecoando até um clima de rea-lismo fantástico. Enfim, Victo-rino Aguiar domina a técnica narrativa de tal maneira que consegue ao mesmo tempo nos divertir e nos fazer pensar.

NOTA: O livro “Ladrão de Mu-lher”, de Victorino Aguiar, já está à venda no site da Livra-ria Saraiva (saraiva.com.br), no Submarino (submarino.com.br), e também na Livra-ria Templar em Bacaxá.

Dra. Eulenir MagioliGinecologia / Homeopatia

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Page 6: Jornal Poiésis 179

6 nº 179 - fevereiro de 2011

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Araruama ganha cineclube

Leis de trânsito também valem para bicicletas

Camilo Mota

Cena comum em Bacaxá: bicicletas trafegam na contramão

Com o objetivo de cons-cientizar os usuários de bici-cletas quanto ao respeito ao pedestre e às leis de trânsi-to, o Conselho Comunitário de Segurança de Saquarema (CCS) está lançando este mês um projeto que deve-rá ser desenvolvido junto às comunidades, comércio lo-cal e poder público. A ideia é levar as informações de ma-neira clara e simples a todos os condutores de veículos não motorizados, para que compreendam a necessida-de de trafegarem nas ruas do município com segurança, respeitando a legislação em vigor, que determina, entre

outras coisas, que carros, motos e bicicletas não po-dem seguir no sentido con-trário ao do fluxo do tráfego (contramão).

O projeto do Conselho também prevê a construção de bicicletários em pontos estratégicos da cidade para facilitar o estacionamento, principalmente em locais próximos a terminais rodo-viários, praças, calçadões, escolas, igrejas e mercados.

O CCS reúne-se sempre na primeira quarta-feira de cada mês, às 19 horas, no DPO em frente ao Lake’s Shopping, e é aberto à participação de toda a comunidade.

Paulo Melo é presiden-te da Alerj - eleito com 66 dos 70 votos, o depu-tado estadual Paulo Melo sagrou-se vencedor. Em Saquarema ele foi recebido com festa no dia 2 de feve-reiro. Sua esposa, a prefei-ta Franciane Mota, esteve ao seu lado naquele que foi um dos dias mais impor-tantes de sua vida.

Escola de Surf Itaúna - Os alunos que frequentam a escola, que fica na praia de Itaúna, recebem instru-ções de um dos maiores surfistas de Saquarema, o professor Sol, que não mede esforços para passar as técnicas desse esporte que é tão procurado no verão. Vale a pena dar uma passada por lá e ver o maravilho-so trabalho realizado por ele.

Nova liderança - O em-presário Miguel Jeovani, um dos mais votados de seu partido, assumiu pela primeira vez um mandato de deputado estadual na Alerj. O representante de Araruama está empenhado em trabalhar pelo cresci-mento da Região dos La-gos.

Verão Musical 2011 - Dia 22 de janeiro vai ficar para a história cultural de Arraial do Cabo. O show de Re-nato Teixeira, um dos maiores ícones da MPB, aconte-ceu na Praça do Cova e atraiu milhares de fãs ao local. Na foto o secretário de turismo, Marco Simas e sua es-posa Luciana com o cantor após o show.

Incentivo à leitura - Ricardo Adriano, sub-secretário de Cultura de Araruama, juntamente com Sonia Core-cha, diretora da Casa de Cultura daquele município, de-senvolveram projetos que estão movimentando jovens e adultos na Praça Antonio Raposo. Projeto Vivaler, Terça eu Conto, Primavera da Leitura, Bolsa Mágica, Contação de Histórias, Piquenique Literário e Biblio-tecas Comunitárias, essas são algumas das atividades culturais. É bom lembrar que todo final de semana tem eventos na praça, como Espaço Aberto e o Projeto Sete e Meia. Araruama está de parabéns, com tudo isso acontecendo no mundo cultural. Lembrando que em fe-vereiro a cidade comemora seus 152 anos de existência.

Exímios cabeleireiros - Ao participar do desfile de modas, que aconteceu no final de 2010, pude perceber pessoalmente o profissionalismo de Victor e Rodrigo Rodin que já produziram muitas artistas famosas no Rio. Agora no Fly Shopping de Bacaxá, eles fazem a cabeça de empresárias e pessoas de bom gosto que fre-quentam o Spa da Beleza.

Sorvetes deliciosos - A parada obrigatória no calçadão de Saquarema é o Açaí Mega Point, do amigo Waldo Siqueira. Lá podem ser encontra-dos sorvetes de vários sabores, além do tradi-cional açaí. O Studio do Crepe, que fica ao lado, traz a mais gostosa novi-dade, a pizza kone, tam-bém com sabores de dar água na boca.

Acontece no próximo dia 10 de fevereiro, às 19h15, a estreia do Tutano Filme Clube, no auditório da sede do Sindicato dos Servidores Municipais de Araruama, localizado na Rua Ivone de Olivei-ra Souto, nº569, Centro (próximo ao Mercado Municipal).

Implantado pelo Coleti-vo Cultural Araruama, em parceria com o Ministério da Cultura e a Sociedade Amigos da Cinemateca – SAC, o Tutano Filme Clube é um espaço de exibição audiovisual que irá oferecer programação semanal e gratuita para a

população araruamense. A iniciativa, selecionada pela ação Cine Mais Cul-tura do Governo Federal, conta com equipamen-to de projeção digital e possui acervo de filmes selecionados pela Progra-madora Brasil, incluindo curtas, médias e longas metragens, além de docu-mentários e animações.

Para saber mais infor-mações sobre o projeto, conhecer outras ações de-senvolvidas pelo Coletivo Cultural Araruama e ver a programação completa do mês de fevereiro, aces-se o site: www.culturaco-letiva.wordpress.com

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