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Implante de coração artificial aguarda aval do governo P. 5 PÁGINA 3 PÁGINA 13 PÁGINA 2 PÁGINA 2 PÁGINA 2 PÁGINA 3 PÁGINA 3 PÁGINA 4 PÁGINA 4 PÁGINA 13 Operadoras de telefonia móvel passaram a comercializar linhas com o início 5. Prefixo já é utilizado em telefones fixos. Confira como evitar confusões na hora da ligação. Previsão de envelhecimento da população brasileira reforça atenção ao Sistema Previdenciário Durante vistoria das obras, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, afirmou que prazos estão sendo cumpridos. Opinião Artigo As cores e sons de Santo André Fatecs oferecem isenção de taxa Brasil está envelhecendo Hospital de Clínicas deve ser entregue em março Culinária é tema de oficinas gratuitas Trânsito de Santa Terezinha em estudo Otávio Manente morre vítima de câncer Sonhar acordado Prefixo 5 chega aos celulares em São Paulo Por meio do Banco de Alimentos de Santo André, cursos abordam diversas técnicas. Departamento de Segurança de Trânsito avalia ruas que devem passar por mudanças. Óbito ocorreu na última quarta-feira (6). Manente presidiu a Câmara de São Bernardo e deixa dois filhos, três netos e esposa. Espetáculo integra as atrações da Virada Cultural. Show ocorre gratuitamente no Sesc. Página 12 O Ambulatório de Infecções de Repetição da Faculdade de Medicina do ABC pretende dobrar o número de pacientes atendidos. Página 5 Elba Ramalho se apresenta em Itaquera FMABC irá tratar 50 imunodeficientes por mês Ano XIV - nº 659 Semana de 7 a 13 de abril de 2011 São oferecidos seis mil benefícios aos estudantes que atendam aos requisitos socioeconômicos estabelecidos pela instituição. Divulgação Divulgação Santo André: terra mãe por opção Artigo Instituto Henfil integra frente pela reforma política Santo André completa 458 anos de uma história que também foi construída por quem veio de fora. Conheça a trajetória de dez pessoas que contribuem para o desenvolvimento da cidade no esporte, na cultura, na educação, na saúde e nos negócios. Página 6

Jornal Pontio Final Ed. 659

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Jornal de circulacao gratuita para a regiao do grande ABC

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Implante de coração artificial aguarda aval do governo P. 5

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Operadoras de telefonia móvel passaram a comercializar

linhas com o início 5. Prefixo já é utilizado em telefones fixos. Confira como evitar confusões

na hora da ligação.

Previsão de envelhecimento da população brasileira

reforça atenção ao Sistema Previdenciário

Durante vistoria das obras, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, afirmou que prazos

estão sendo cumpridos.

Opinião

Artigo

As cores e sons de Santo André

Fatecs oferecem isenção de taxa

Brasil está envelhecendo

Hospital de Clínicas deve ser entregue

em março

Culinária é tema de oficinas gratuitas

Trânsito de Santa Terezinha

em estudo

Otávio Manente morre vítima de

câncer

Sonhar acordado

Prefixo 5 chega aos celulares em São Paulo

Por meio do Banco de Alimentos de Santo André, cursos abordam diversas

técnicas.

Departamento de Segurança de Trânsito avalia ruas que devem passar por

mudanças.

Óbito ocorreu na última quarta-feira (6). Manente presidiu a Câmara de São

Bernardo e deixa dois filhos, três netos e esposa.

Espetáculo integra as atrações da Virada Cultural.

Show ocorre gratuitamente no Sesc.

Página 12

O Ambulatório de Infecções de Repetição da Faculdade

de Medicina do ABC pretende dobrar o número de pacientes atendidos.

Página 5

Elba Ramalho se apresenta em

Itaquera

FMABC irá tratar 50 imunodeficientes

por mês

Ano XIV - nº 659 Semana de 7 a 13 de abril de 2011

São oferecidos seis mil benefícios aos estudantes

que atendam aos requisitos socioeconômicos estabelecidos

pela instituição.

DivulgaçãoDivulgação

Santo André:terra mãe por opção

Artigo

Instituto Henfil integra frente pela reforma política

Santo André completa 458 anos de uma história que também foi construída por quem veio de fora. Conheça a trajetória de dez pessoas que

contribuem para o desenvolvimento da cidade no esporte, na cultura, na educação, na saúde e nos negócios.

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Ano XIV - nº659 Semana de 7 a 13 de abril de 20112 www.pfinal.com.br

O Jornal Ponto Final é uma publicação da CABB Editora S/C Ltda. É distribuído gratuitamente aos usuários do sistema de transporte coletivo de São Paulo e do ABC. As matérias assinadas ou tarjadas não expressam a opinião do jornal.

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Jornalista ResponsávelCarlos A. B. Balladas RedaçãoCarla Guedes Ferreira | Marina Schmidt Eduardo KazéAgência BrasilEditoração e Arte FinalElaine Bosso Luz | Rodrigo Fonseca

Sede PrópriaAv. Utinga, 413 Vila MetalúrgicaSanto André - SP - CEP:09220-610Tel.: (11) 4463-3222 - 4463-3144 [email protected]@pfinal.com.br

O Ponto Final é o jornal semanal gratuitode maior tiragem do interior

do Estado de São Paulo.

Leia também no portal www.pfinal.com.br

Opinião

Por Carlos A. B. Balladas

Quem vê os quadros de Candido Portinari, da série Retirantes, sente a angustia e a tristeza do migrante nordestino ao deixar sua terra em busca de uma vida sem miséria e fome. Engana-se que somente as condi-ções climáticas da região são as responsáveis pelos transtornos que afligiram milhares de brasileiros do Nordeste durante mais de um século. As elites proprietárias dos imen-sos latifúndios também influenciaram a expulsão do povo das regiões áridas do Brasil. Poucos eram os que tinham um pedaço de terra para se apegar; e os que tinham, acabavam vendendo a preços vis, pois não tinham como resistir em condições tão adversas.A partir da década de

1930, um dos polos de maior atração dos nor-destinos foi a região hoje formada pelos sete muni-cípios do ABC.

As cores e sons de Santo André

As histórias de brasi-leiros, do Nordeste e de outras regiões, que para cá vieram em busca da sobrevivência são conhe-cidas, sobretudo, entre aqueles com mais de 45 anos. Os migrantes do Nor-

deste e os imigrantes europeus tiveram papel fundamental, em todos os setores da formação eco-nômica, social e cultural das cidades da Grande São Paulo. Para ilustrar, documentar e render ho-menagens à história de milhares de pessoas res-ponsáveis pelo rico tecido social de Santo André, o jornal Ponto Final traz dez personagens que ado-taram a cidade para viver.Oferecemos, nós, andre-

enses, a essas pessoas, e a todas que com elas se identificam, a nossa grati-dão por contribuírem na construção de uma cidade cosmopolita, com as cores e sons de vários lugares do Brasil e do mundo.

Cadastro reservaAs oportunidades são para

candidatos com o ensino médio e superior para atuar no Conse-lho Regional de Farmácia de São Paulo. Entre os cargos ofereci-dos estão o de agente adminis-trativo e de manutenção, analista de suporte e designer gráfico. Os interessados em participar da seleção devem fazer a inscrição até 29 de maio no portal www.quadrix.org.br. A taxa custa de R$ 40 a R$ 60, conforme o nível de escolaridade do candidato e os salários podem chegar a R$ 4.227,16.

Educação395vagas

Até 18 de abril, a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo recebe inscrições para o cargo de professores de ensino fundamental II. O edital com-pleto está disponível no portal http://www.concursosfcc.com.br. A taxa de participação do concurso custa R$ 67.

Alli300vagas

EMTU30vagas

As vagas são temporárias para o Dia das Mães para trabalhar em São Vicente e Baixada San-tista. Os cargos oferecidos são de vendedor, promotor de vendas, atendente de lojas, caixa e aju-dante geral. O candidato precisa ter o ensino médio completo e se cadastrar no portal www.allis.com.br. Os salários variam entre R$ 600 e R$ 1.300,00.

As oportunidades são para es-tudantes nível superior e técnico dos cursos de administração, ar-quitetura, jornalismo, secretaria-do, informática, ciências sociais, engenharia civil, direito, econo-mia e técnico em administração. Os interessados devem fazer a inscrição até 12 de abril no portal http://estagio.sp.gov.br/. A taxa de participação custa R$ 15.

Concursos abertos: O Jornal Ponto publica em todas as suas edições concursos públicos. Além destes publicados nesta edição, há muitos outros ainda com inscrições abertas. Acesse o portal do Ponto Final na internet (www.pfinal.com.br), em Edições Anteriores, sempre na página 2 do jornal, você verá inúmeras vagas abertas em concursos.

Oportunidades de Trabalho

Curso de culinária abre inscrições em Santo AndréO Banco Municipal de Alimentos

(BMA) de Santo André está com inscrições abertas para as oficinas gratuitas de culinária do mês de abril. Entre os principais temas trabalhados durante as aulas – que têm duração média de duas horas – estão aproveitamento integral de

alimentos, higiene e manipulação, receitas econômicas, alimentação saudável, desperdício e elaboração de cardápios. As inscrições devem ser feitas pelo telefone 4996-9500. A relação completa dos locais pode ser conferida no portal www.santo-andre.sp.gov.br.

Candidatos devem atender requisitos socioeconômicos

Estão abertas até 15 de abril as inscrições para isenção total e redução

da taxa do vestibular do 2º semestre das Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado de São Paulo. São oferecidas seis mil isenções. Para solicitar o benefício o can-

didato deve atender aos requisitos socioeconômicos estabelecidos pela instituição. Os interessados em participar do processo devem

preencher o formulário específico disponível no portal www.vestibu-larfatec.com.br. Vale lembrar que, o número

do protocolo gerado após a inscrição, precisa constar no envelope que será entregue com os documentos comprobatórios da situação econômica do can-didato na secretária da Fatec. O resultado do processo será di-vulgado em 2 de maio somente pela internet.

Fatecs recebem inscrição para isenção de taxa

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3www.pfinal.com.br Ano XIV - nº659 Semana de 7 a 13 de abril de 2011

Manente lutava contra um câncer no pulmão

O ex-presidente da Câmara de São Bernardo, Otávio Manente (PPS), faleceu

na noite da última quarta-feira (6) aos 55 anos, vitima de câncer no pulmão. Manente dirigia o diretó-rio municipal do PPS e era vice--presidente estadual do partido. Arquiteto e administrador de em-

presas, ingressou na Prefeitura de São Bernardo em 1972. Em 1996 foi eleito vereador pela primeira vez, reeleito em 2000. No ano seguinte, assumiu a Secretaria de Obras da cidade. Em 2008, foi novamente eleito vereador, com 4.721 votos, quando assumiu a Presidência da Câmara são-bernardense.

As operadoras de celular em São Paulo já podem comercia-lizar linhas que comecem com o dígito 5. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a medida irá acrescentar 6,9 milhões de novos números ao serviço móvel do Estado. Atualmente, a capacidade de numeração é de 37 milhões.O prefixo inicial 5 já é utilizado

O trânsito nas ruas do bairro Santa Terezinha, em Santo André, está sendo avaliado pelo Departamento de Segurança de Trânsito (DST) da cidade e deve passar por mudanças em breve. O estudo objetiva resolver problemas de congestionamento e si-nalização nas principais vias da região.

Como prioridade, o diretor do DST, Adriano Roberto Silva, des-taca a importância de ações nas Alamedas Martins Fontes e Vieira de Carvalho, onde são registrados congestionamentos frequentes, e na Praça Rui Barbosa, com enfo-que no tráfego de pedestres.

“Os veículos provenientes da Rua Silveira Martins têm dificuldade para entrar na Alameda Martins Fontes, sentido Avenida dos Es-tados, ocasionando problemas de fluxo. Há projeto elaborado para adequação da geometria e altera-ção de circulação para melhorar as condições de segurança no local”, afirmou. “Existe, também, um projeto elaborado para insta-lação de conjunto semafórico no cruzamento da Alameda Vieira de Carvalho com a Avenida Utinga, onde o tráfego intenso dificulta o trânsito”, completou.

Quem frequenta a Praça Rui Bar-

Morre aos 55 anos Otávio Manente

Manente faleceu vítima de câncer

bosa também verificará mudanças. “Há problemas de estacionamen-to irregular de veículos sobre a praça e de acessibilidade dos pedestres”, justifica Silva. O local já faz parte da programação da Secretaria de Obras e Serviços Pú-

blicos (SOSP), que deve promover obras de reurbanização da Praça, atendendo também as propostas do DST para adequação viária.

Os projetos já estão sendo finaliza-dos, mas ainda dependem de capta-ção de recursos para implantação.

Prefeitura estuda mudanças viárias em Santa Terezinha

em telefones fixos. Para evitar a confusão, quando alguém efetuar uma ligação as operadoras deve-rão informar se é uma discagem para telefone móvel por meio da mensagem “chamada para celular”.Esse compartilhamento se esten-

de até que seja iniciada a amplia-ção em um dígito no número dos telefones celulares, prevista para ocorrer até o final de 2012.

Celulares com digito 5 começam a ser vendidos

Marina Schmidt

Divulgação

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Ano XIV - nº659 Semana de 7 a 13 de abril de 20114 www.pfinal.com.br

Por Cícero Martinhapresidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá

Sonhar acordado

Cada vez mais temos todas as desculpas para ficar dentro de casa. Temos internet, televisão, jogo de futebol e sobra um di-nheirinho para preparar comes e bebes com os amigos.Nas reuniões com os vizinhos,

dentro da segurança de nossas casas, reclamamos da qualidade do que ensinam para nossos filhos e da falta de médicos e remédios no posto de saúde. Apontamos falhas na administra-ção municipal. Acusamos o go-verno de ser incapaz de garantir a segurança que nossas famílias precisam. Até que a bebida começa

a fazer efeito e mudamos de assunto. Tratamos de futebol, do último capítulo da novela e das viagens que gostaríamos de realizar nas férias. Depois de algumas horas juntos

com os amigos e vizinhos, com a alma lavada e às vezes com o fígado comprometido com excesso de co-mida ou de bebida, nos recolhemos e sonhamos com um Brasil em que as coisas funcionem melhor.Neste Brasil dos nossos sonhos,

os professores ganham bem e são motivados. Nossos filhos saem da escola prontos para a vida. E seus empregos os motivam a serem criativos e socialmente in-tegrados. Vivemos, neste país dos sonhos, em segurança em nossas casas e bairros. A corrupção qua-se não existe. E a policia nos dá segurança em vez de medo.Se você me acompanhou até

aqui já entendeu a importância de sonhar. E o que eu gostaria de dividir com você é a experiência de sonhar acordado. É quase a mes-ma coisa que sonhamos enquanto dormimos e desejamos de bom para nossa família, filhos e vizinhos.Mas sonhar acordado nos leva

a ampliar nossas reuniões para fora de nossas casas. E em vez de apenas reclamar do que aconte-ce de ruim na escola de nossos filhos, a gente vai lá e conversa com os professores. Participa das reuniões de pais e mestres e ajuda a melhorar.Quando a gente sonha acordado,

em vez de apontar o dedo para o que tem de ruim na administração municipal e choramingar com os vizinhos sobre o mal atendimento do posto de saúde, vamos até a Câmara Municipal e conversamos com o vereador que ajudamos a eleger. E se for o caso, vamos até o gabinete do secretário de saúde e protestamos.Sonhar acordado é agir a fa-

vor dos outros, dos vizinhos, da comunidade. É encaminhar propostas, participar dos eventos sociais, assumir de verdade nossa cidadania.Quando a gente aprende a

sonhar acordado divide o tempo entre o lazer com os amigos, que deve continuar sagrado, com o tempo dedicado à melhorar a qualidade de nossa vida social. Participamos ativamente para melhorar o posto de saúde, a qualidade do que ensinam aos nossos filhos e até mesmo inter-ferimos para ter mais segurança em nosso bairro.Sonhar acordado nos torna

mais felizes. Pois com o tem-po surgem os efeitos de nossas ações e poderemos até mesmo contar vantagens nas reuniões com nossos amigos e vizinhos. E comemorar melhorias na Educa-ção, na Saúde e na Segurança. E nos descobriremos cada vez mais fortes, socialmente. E teremos construído o alicerce de um futuro cheio de dignidade para nossos filhos e netos.

Alvarenga ganha Hospital de Clínicas em 2012

Atendimento vai permitir especialização de outros hospitais

A previsão de entrega do Hospital de Clínicas, que está sendo construído

no Bairro Alvarenga, em São Bernardo, é março de 2012, afirmaram representantes da prefeitura na quarta-feira (6), durante vistoria à construção do edifício, que está sendo erguido na Estrada do Alvarenga, 999. O prefeito Luiz Marinho reafir-

mou o cumprimento do crono-grama de obras. “Foram cerca de 60 dias de chuvas intensas e isso atrapalha qualquer construção, mas o andamento no geral está indo bem. Estamos trabalhando para que toda a estrutura esteja de pé entre agosto e setembro deste ano. O planejado está sendo cumprido”, comentou.Para o secretário de Saúde, Ar-

thur Chioro, o equipamento vai zerar a carência de leitos na ci-dade e promover reestruturação do sistema de saúde da cidade. “O Hospital Municipal Univer-

sitário (HMU) se firmará como unidade de excelência do cuida-

do em saúde materno-infantil, ao passo que o Hospital de Ensino Anchieta assumirá sua vocação no tratamento onco-lógico e clínicas cirúrgicas. Já o Pronto-Socorro Central será transformado em Hospital de Urgência e Emergência por meio de Parceria Pública Priva-da (PPP)”, afirmou.

Estrutura Com investimento de R$ 124,7

milhões, sendo 66% desse total custeado pelo governo federal e os 34% restantes pelos cofres da administração municipal, o espaço será destinado ao atendimento de casos de alta complexidade, com internação clínica em geral, internação cirúrgica e capacidade para solucionar o déficit de leitos no município. O edifício de 11 pavimentos

contará com heliponto, 180 leitos de internação e 60 de UTI, sendo 20 pediátricos e 40 de adultos, totalizando 240 leitos.

Divulgação

Prefeito Luiz Marinho e equipe vistoriam obras

O estoque do Banco de Leite Materno do Hospital Municipal Universitário (HMU) de São Ber-nardo está abaixo da média, com apenas 178 litros. Para manter a margem de segurança, de 250 litros, a unidade solicita doações. Para ser uma doadora, a mãe

precisa estar em boas condições de saúde.O HMU fica na Avenida Bispo

César D’Acorso Filho, 161, Rud-ge Ramos, Informações sobre do-ações pelo telefone 4365-1480, ramal 203.

Banco de leite

Em Mauá a Campanha de Va-cinação contra a Gripe Influenza será realizada de 25 de abril a 13 de maio, das 7h às 17h, nas 21 unidades de saúde do muni-cípio. Em 30 de abril (sábado), as unidades também estarão atendendo, das 8h às 17h. Podem receber a dose crianças maiores de seis meses e com até dois anos, idosos e gestantes.

Santo André definiu os locais para a construção de cinco novas Unidades de Pronto Aten-dimento (UPAs). Jardim Santo André, Vila Luzita, Bangu, Cen-tro e Sacadura Cabral foram os bairros escolhidos. Serão 72 novos leitos e capacidade para atender aproximadamente 1.650 pacientes por dia.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai produzir o medica-mento micofenolato de mofetila, indicado contra a rejeição de ór-gãos transplantados – sobretudo rins. A previsão, de acordo com o Ministério da Saúde, é que ainda este ano sejam fornecidos 9 milhões de comprimidos ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Vacinação

Unidades de saúde

Medicamentos

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5www.pfinal.com.br Ano XIV - nº659 Semana de 7 a 13 de abril de 2011

FMABC pretende dobrar atendimento a imunodeficientes

Atualmente, cerca 25 pacientes são atendidos mensalmente

O Ambulatório de Infecções de Repetição da Faculda-de de Medicina do ABC

(FMABC) pretende dobrar em 2011 a quantidade de atendimen-tos. Hoje, cerca de 25 pacientes são recepcionados mensalmente. A equipe é composta por médicos da pediatria e imunologia, residen-tes e alunos de especialização. Se-gundo o hospital, tanto a estrutura física quanto a equipe médica já estão compatíveis para absorver o aumento da demanda.As infecções em geral corres-

pondem a até 87% das doenças em adultos, 73% em crianças e

28% das consultas de emergên-cia. Quando aparecem de ma-neira recorrente, caracterizam-se como infecções de repetição. Es-tima-se que um em cada três mil indivíduos são imunodeficientes.O ambulatório funciona às quin-

tas-feiras pela manhã no Anexo 3 da FMABC (Av. Príncipe de Gales, 821, Santo André). Além de enca-minhamentos, interessados podem procurar o setor pessoalmente ou obter mais informações via internet com as doutoras Anete Sevciovic Grumach ([email protected]) e Neusa Falbo Wandalsen ([email protected]).

O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia aguarda o aval do Ministério da Saúde para implantar o primeiro coração artificial brasileiro em pacientes. O aparelho foi desenvolvido ao longo de dez anos, tendo bezerros como cobaias.O modelo nacional não subs-

titui o coração natural, mas fun-ciona como órgão auxiliar. Por isso, segundo o coordenador do Centro de Engenharia do institu-to, Aron José Pazin de Andrade, “a cirurgia de implantação é mais simples, uma vez que não tem que tirar o coração do paciente”.Como toda a pesquisa foi financia-

da por órgãos públicos, o coração Um em cada três mil indivíduos são imunodeficientes

artificial brasileiro deverá custar apenas um quinto dos equivalentes fabricados no exterior, variando en-tre US$ 30 mil e US$ 60 mil.O aparelho permite uma sobre-

vida aos pacientes. “Toda a carga de bombeamento é o artificial que faz. O natural bombeia para den-tro do artificial e o artificial bom-beia para fora”, detalha Andrade.Assim que for aprovado pelo Mi-

nistério, o coração artificial deverá ser implantado gratuitamente nos pacientes do Dante Pazzanese. De acordo com Andrade, a expectativa é que em seguida o procedimento possa ser realizado também na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). (Com ABr)

Coração artificial brasileiro espera aprovação do governo

Divulgação

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Viver Santo André.Viver em Santo André

Em 8 de abril de 1553, nascia a pequena vila, então chamada Santo André da Borda do Campo. De lá para cá, se passaram mais de 400 anos. Mas no que consiste, exatamente, esta história? O que é a biogra-

fia de uma cidade, senão a narrativa daqueles que nela se encontram? Senão o fruto das vivências, memórias e trabalho dos indivíduos que compõem a parte humana nas vias da historicidade? Senão a prática da existência? A partir desta premissa apresentamos nesta edição um relato de como vivem

aqueles que escolheram Santo André para fincarem seus pilares.

Aos andreenses, naturais e os de coração

O crescimento e o desenvolvi-mento de Santo André passam obrigatoriamente pelas mãos de pessoas que aqui nasceram e escolheram escrever sua his-tória de vida no município. Mas não podemos fechar os olhos e negar a importantíssima contribuição daqueles que ado-taram nossa cidade como lar, escolhendo-a para viver e criar seus filhos, mesmo tendo nas-cido ou sido criado em outras localidades. Seria injusto, para dizer o mínimo. Estes indivíduos nunca deixaram de medir esfor-ços para tornar a nossa Santo André um lugar cada vez melhor para se viver.

É compreensível a escolha de muitos por Santo André. Nosso município sempre esteve de portas abertas a todos, inde-pendentemente da raça, credo ou opção sexual. Uma cidade acolhedora e de oportunidades, da qual tenho orgulho de ter nascido e fincado raízes. Há pouco mais de dois anos tive a felicidade de ser o escolhido para governar o povo andreen-se, iniciando uma mudança na cidade. E quando falo povo, não estou citando apenas aqueles que vieram ao mundo em nosso solo, mas também os que são andreenses de coração.

Neste mês em que nossa Santo André completa 458 anos quero registrar toda a minha gratidão aos que, independentemente do local onde nasceram ou cresce-ram, estabeleceram-se em nossa cidade, tornando-a uma das locomotivas do nosso estado e, consequentemente, do nosso país. Um abraço a todas as fa-mílias que estão imbuídas neste objetivo de elevar positivamente o nome de Santo André.

Aidan RavinPrefeito de Santo André

por Carla Guedes, Eduardo Kazé e Marina Schmidtfotos Carlos Alexandre

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7www.pfinal.com.br Ano XIV - nº659 Semana de 7 a 13 de abril de 2011

Dedicação e amor à cultura

Reflexo da II Guerra Mundial, a crise econômica que atingiu a Europa em 1950 também causou escassez

de trabalho e miséria em Portugal. Em busca de melhores condições de vida, a criança Dalila Isabel Agrela, aos 11 anos de idade, acompanhada dos pais e dois irmãos, imigrou para o Brasil, em 1957, para morar com a tia, já estabelecida por aqui. “Viemos morar no bairro de Santana,

em São Paulo. Meu pai, que já era comer-ciante em Portugal, montou um pequeno mercadinho. Naquela época nós chamá-vamos esse tipo de comércio de “secos e molhados”, porque vendia um pouco de tudo”, recorda-se a escritora, que trouxe consigo a paixão pelos livros.Ela conheceu o ABC, após concluir o

curso médio de secretariado.“Na década de 1960, havia muito emprego na região e eu fui contratada por uma multinacional para trabalhar como secretária executiva, em São Bernardo do Campo”. Empresa na qual cresceu profissionalmente, chegando ao posto de secretária do vice-presidente.Aos 26 anos, em 1972, casou-se com o

piauiense Valdecirio Teles Veras, que na época concluia a graduação na Faculdade de Direito de São Bernardo, e trabalhava em um escritório em Santo André. “Nos conhecemos na União Brasileira dos Escritores durante um curso. Ele foi meu grande influenciador na área literária, tanto que adotei literalmente o sobrenome dele: Teles Veras”, diz. A mudança de endereço ocorreu em

função da carreira profissional do casal. “Quando nos casamos morávamos na Zona Norte e trabalhávamos no ABC. Todos os dias nós percorríamos 40 qui-lômetros, então achamos melhor mudar para Santo André. Está é minha cidade, eu não tenho intenção de deixá-la, foi o lugar que eu escolhi para viver e, eventu-almente, para morrer”, reforça. Em 1993, Dalila fundou a Alpharrabio,

livraria que representa um marco de resis-tência cultural em Santo André. “Eu sem-pre digo que a Alpharrabio surgiu de uma necessidade. Há 18 anos eu mantinha, com outros colegas, um grupo chamado Livrespaço que atuou com uma intensi-dade muito grande na região, durante anos. O que percebíamos era não haver um lugar onde as pessoas pudessem se

reunir, conversar sobre livros, literatura, arte em geral”, conta. A partir da necessidade, a escritora não

só concretizou o sonho de criar o espaço para encontros literários e artísticos, como conseguiu fomentar o debate público sobre cultura na região e participar ativamente do lançamento de artistas do ABC. Tudo começou com a aquisição de uma pequena casa. “Eu morava ali ao lado e a casinha foi posta à venda e eu pensei: por que não viabilizar esse sonho?”.No primeiro ano, a Alpharrabio fun-

cionou apenas como sebo, a partir do segundo, havia se transformado também em editora, publicando, desde então, mais de 100 títulos, todos com autores da região. “Eu acredito que nosso catálogo inclua o que se fez de melhor, ou pelo menos uma boa parte, em literatura na região nos últimos oito anos”.Em 2002 a escritora recebeu da Câma-

ra Municipal de Santo André o título de Cidadã Andreense. “Isso me trouxe um grande orgulho, porque foi a oficialização daquilo que eu já sentia e que agora sou de fato e de direito. Durante o meu discurso de agradecimento eu disse o seguinte: lá em Portugal usávamos uma expressão bastante comum de que uma “planta pode pegar galho”, ou seja, pega um galho, corta e coloca na terra e aquela planta vira outra. Eu digo que peguei galho aqui nesta terra, porque aqui eu vim morar, aqui nasceram as minhas filhas e eu escolhi Santo André para viver desde o começo de meu casa-mento”, emociona-se.Quanto aos lugares preferidos da cida-

de, ela não hesita: “Gosto muito do Paço Municipal, que considero um marco mo-dernista na região. Ele foi construído por arquitetos como Rino Levi e o Burle Marx, além do que, possui o Teatro Municipal e a Biblioteca Nair Lacerda, que considero de extrema importância em Santo André”. A grande paixão de Dalila, como não

haveria de ser diferente, continua sendo os livros. “Ler é meu principal lazer. Eu troco qualquer coisa pela leitura”. Quanto à apa-rente solidão proporcionada pelo ato, ela é enfática: “O silêncio também é uma forma de comunicação. Somos capazes de ficar horas lendo e escrevendo sem proferir uma palavra, mas estamos nos comunicando de alguma maneira”, finaliza.

Ainda menina, com 13 anos, a ex-jogadora e atual técnica do time feminino de basquete de Santo André, Laís Elena, tomou contato com o esporte, que ocupou seu coração e sua mente. Nascida em Garsa (SP), começou a jogar por diversão num clube da cidade, e lá realizava com as amigas competições de bola ao cesto.

A paixão tomou conta de Laís desde o primeiro dia em que teve nas mãos aquela bola, ainda enorme, pesando perto de 700 gramas. Ela descreve: “Eu me envolvi e me apaixonei, é um esporte que motiva”.

A partir daí, o envolvimento com o basquete cresceu; e, aos 15 anos, Laís montou um time amador para participar dos Jogos Abertos do Interior. “A nossa equipe era bem família, participavam eu, a minha irmã, a minha prima e mais duas colegas, que também eram irmãs. Para nossa surpresa, ganhamos seguidamente quatro jogos”, descreve Laís os primeiros sucessos da vitoriosa carreira.

O convite para jogar na capital ocorreu após um amistoso entre o Tênis Clube de Garsa e o Corinthians. Dirigentes do time paulistano ficaram impressionados com desempenho da atleta e lhe fizeram uma proposta. A carreira promissora estava ape-nas começando. Laís, na época com apenas 17 anos, partiu do interior para conquistar o mundo das quadras.

Sempre ao lado da filha, seu João e dona Eunice Aranha, trocaram a vida pacata no interior pela agitação da cidade grande para apoiar e incentivar a jovem atleta. “A minha família sempre acompanhou minha carreira no esporte. Eles participam até hoje. Apesar da idade avançada, meu pai com 90 anos e minha mãe com 88 anos, assistem a todos os jogos sentadinhos na primeira fila.”

Após um ano integrando a equipe co-rintiana, ela foi convocada para a seleção brasileira, na qual conquistou títulos importantes, como o bicampeonato nos Jogos Pan-Americanos, no Canadá, em 1967 e na Colômbia, em 1971; além do Sul-Americano, em 1965.

A mudança para Santo André ocorreu em 1964, quando foi contratada pelo Clube da Pirelli. Os pais de Laís, sempre presentes, também escolheram a cidade para viver. “Naquela época, o Corinthians havia mon-tado uma equipe invencível, isso acabou desmotivando os outros times. Então, para despertar o espírito de competição, os di-rigentes do clube decidiram abrir mão de algumas jogadoras”, explica.

Laís encerrou a carreira de jogadora na Pi-relli em 1975. A aposentadoria das quadras, contudo, abriu novas portas e a ex-armadora do time foi promovida a dirigente da equipe de base, com a qual venceu o campeonato paulista da categoria mirim. “Trabalhei nesta categoria durante oito anos, até que em 1984 assumi a equipe adulta. Entre 1995 e 1999, houve um êxodo das atletas brasileiras com nível técnico mais elevado à Europa em busca de melhores salários, isso compro-meteu a qualidade do basquete brasileiro e, consequentemente, ocasionou a perda dos patrocinadores. Com a criação da liga de basquete feminino no ano passado, o esporte está voltando a ganhar força”, acredita.

Atualmente, a técnica dirige a equipe fe-minina de Santo André, com um projeto de cunho social de alto rendimento. O sucesso da iniciativa garantiu a seis jogadoras, que começaram no time andreense, uma vaga na seleção brasileira adulta. Laís expressa com orgulho e alegria o trabalho desenvolvido. “Isso foi possível graças a nossa dedicação, empenho e, claro, contamos sempre com o apoio do poder público, caso contrário não teríamos sobrevivido tanto tempo. Temos hoje uma equipe competitiva, puxada pelo lado social”. E mais, ressalta um momento importante para a cidade: “Nós conseguimos encher o Del’Antônia na semifinal da Liga de Basquete Feminino contra o Catanduva. A torcida estava tão motivada que o jogo aconteceu em uma quadra neutra em São José dos Campos. Conseguimos com o de-partamento de esporte seis ônibus para levar os torcedores. A equipe retribuiu à cidade com um grande presente: a vitória”, triunfa.

Com a vida totalmente dedicada ao esporte, Laís não se casou e nem teve filhos. “Para falar a verdade eu tive muitas filhas, acho que foram mais de 300, as meninas que passaram pelas minhas mãos e da Arilza, minha assis-tente. E isso Santo André me proporcionou. Trabalhar com criança é muito gratificante, porque é possível acompanhar o desenvol-vimento educacional e intelectual dela”, diz.

Há quase 37 anos morando em Santo André, Laís nem pensa em mudar para outra cidade. “Eu sempre pensei que é muito impor-tante na vida criar raízes em algum lugar. E decidi que esta é a minha cidade. Santo André representa a minha vida, que me acolheu de forma muito significativa, especialmente quando fui congratulada com o título de cidadã andreense. Isso me deixou muito feliz”.

O esporte lhe deu 300 filhas

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Eu devo muito ao abcSanto André é o lugar onde as coisas

aconteceram para o empresário João Ca-rolino Ramos. “É uma cidade espetacular, boa para se viver, meus amigos e familia-res estão aqui”, afirma com orgulho. “Quando eu vim para cá o interiorano

era ridicularizado. Durante o tempo que fiz cursinho sofri com o preconceito dos meus colegas de sala e sempre ouvia piadas do tipo: você veio à aula de botina hoje; onde você parou o seu cavalo? Mas as oportunidades começaram a bro-

tar para o jovem de 16 anos, que acabava de chegar à cidade, vindo de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), trazendo na mochila sonhos e expectativas. Influenciado pela irmã e por amigos,

que já haviam adotado a cidade, Ramos chegou aqui disposto a concluir o ensino médio e cursar uma faculdade. Nem a ansiedade juvenil ou a esperança recém adolescente poderiam ter preparado o jovem para o dinamismo da cidade que escolhera. As oportunidades borbulhavam e, quase sem tempo de se adaptar ou, ao menos, reconhecer o novo território, entrou para o mercado de trabalho. “No dia que eu cheguei aqui fui chamado para fazer um teste na Pirelli e já fui aprovado”. Sem, ao menos, conhecer bem a região em que morava, Ramos já ocupava um cargo numa multinacional. Sua ambição, no entanto, o levaria

ainda muito mais longe. Após dois anos trabalhando na Pirelli, decidiu ultrapassar novas fronteiras. “Saí de lá para investir na minha carreira acadêmica”.O objetivo era cursar engenharia e a

dedicação aos estudos trouxe os frutos esperados. Já matriculado no curso, teve a chance de dar aulas, uma atividade para a qual se dedicou durante 12 anos e que lhe deixou saudades. “Tenho contato até hoje com os meus alunos, é algo que me dá muito prazer”, declara carinhosamente.“Dei aula em cursinho, e até mesmo em

faculdade, mas o que mais me agrada é dizer que eu lecionei na escola estadual Sérgio Milliet (Vila Pires); acho que foi o melhor colégio da época, muitos alunos entraram em excelentes faculdades”, lembra. No tempo em que se dedicou ao magistério, Ramos construiu sua família e a engenharia teve que esperar, mas nunca foi um sonho deixado de lado.A retomada do curso possibilitou a ele

o ingresso no setor ao qual está ligado até hoje: a construção civil. Pouco tempo depois de se formar, ele e o amigo Iliomar Darronqui montaram o primeiro escritó-rio, em São Caetano do Sul . “As coisas aconteceram naturalmente e a gente sempre teve uma garra muito grande para o trabalho o que acabou resultando em uma empresa particular”.Cinco anos depois, Ramos estabeleceria

seus negócios na cidade que escolheu para viver: Santo André. “Aqui nós temos dois pilares que é a JCR Construtora e Incorporadora, que seguiu a tendência de solicitações do mercado e aproveitou o

momento de crescimento da construção de residências, e a Helicebras, empresa de estaqueamento”, revela sobre os ne-gócios que já acumulam uma história de mais de 25 anos na cidade.Mas Santo André, para João Carolino,

é muito mais do que um ambiente de negócios. Apaixonado por esportes – es-pecificamente pela Maratona – João Caro-lino encontrou, num cantinho da cidade, a atmosfera perfeita para exercer seu deleite. “O lugar que eu mais aprecio na cidade, fora a minha casa e o meu escri-tório, é o Parque Prefeito Celso Daniel”, conta. “É um lugar muito democrático e que poderia ser bem melhorado”, critica. Como toda demonstração de amor vem

carregada de responsabilidade, Ramos destaca o que precisa ser feito para que Santo André se desenvolva cada vez mais. “Acho que melhorar a gente sempre pode melhorar, em tudo, até em nós mesmos. Mas sempre vamos cobrar dos poderes públicos melhoria nos serviços. Acho que a população merece uma atenção maior na área de saúde e na parte social de lazer existem opções muito baratas que podem ser adotadas, não precisa nem criar novos parques é só melhorar os que já têm”. O que prevalece, no entanto, é a relação

que o rapaz vindo do interior construiu com a cidade. “Eu devo muito ao ABC, pois foi a região que me acolheu, espe-cialmente Santo André, onde minhas filhas nasceram, onde constituí minha família e onde eu ganho o pão de cada dia. Também é uma cidade pela qual tenho muito carinho, pois é onde tenho todo o meu relacionamento social e pessoal, meus amigos, meu lazer. É uma cidade espetacular, boa para se viver” , afirma com emoção.

Santo André reuniu Thábata e o namorado

Passei no vestibular, mas tenho que mudar de cidade. E agora?” A insegurança e o medo de deixar a

família e a terra natal atormentaram os pensamentos de Thábata Pinho Müller, 18 anos, classificada pelo Exame Nacio-nal do Ensino Médio (Enem) para o curso de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal do ABC (UFABC). Muito dedicada aos estudos, Thábata

trilhou um cansativo caminho para concluir o ensino médio técnico. “Em Americana existe uma carência mui-to grande de educação de qualidade, portanto, todos os dias eu enfrentava 30 quilômetros de estrada até Limeira para estudar. Chegava à minha casa ao anoitecer”, lembra. Embora seja filha única, os pais sempre

incentivaram e apoiaram as escolhas dela. “O começo foi bem complicado, tanto que minha mãe surtou, passou três dias deitada. Eu nasci em America-na, meus amigos, minha família, enfim, a minha vida inteira está lá.”, desabafa.Thábata começava em Santo André

uma nova etapa de sua vida. Abria mão do conforto da casa dos pais para morar sozinha em uma cidade desco-nhecida. “Americana é uma cidade de 200 mil habitantes, é relativamente pequena se comparada a Santo André Eu nunca tinha pensado em mudar para uma cidade maior”.Mas a sedução por estudar em uma

universidade federal falou mais alto. “Eu pensei, passei em uma excelente facul-dade então vou colocar minha cara no mundo. Vim para Santo André morar em um apartamento próximo à UFABC. No começo eu dividia com duas amigas, mas depois fui morar sozinha.” O sonho da jovem é se formar em enge-

nharia de energias, profissão que deseja exercer em Santo André. “Eu pretendo me estabelecer por aqui, porque o polo industrial daqui e as oportunidades de trabalho também são maiores”, antecipa.

A história de Thábata em Santo André está apenas começando, mas adaptação e a vida numa grande cidade a fazem se encantar com as novidades todos os dias. Antes, viajava todos os finais de semana

para Americana, hoje abre mão da estrada para passar o tempo livre aqui. A sauda-de de casa não deixou de existir, mas os motivos para ficar são muitos. “Já fiz mais amizades, então estou começando a ficar mais por aqui nos finais de semana, vou passear no shopping ou fico na faculdade ou em casa estudando.”Chegar à cidade grande foi uma mu-

dança que contou muito com a recep-tividade local, fator que ela considera importante no processo. Amparada e com a coragem desbravadora própria dos jovens, começou a descobrir um mundo totalmente diferente do seu.“Eu nunca tinha andado de metrô

e trem na minha vida, até ter que ir à Rodoviária do Tietê”, conta. “Pensei: meu Deus que loucura é essa! Mas é uma loucura que eu acho interessante porque em outros lugares do interior os meios de transporte são ônibus, carona, charrete ou a pé. Aqui o trem, o metrô e até o trólebus levam você para qualquer lugar. Lá não tem isso”.As jovens Thábata e UFABC cons-

troem a nova história de Santo André, têm pouco a dizer sobre o passado, mas fervilham de expectativas futuras. “Acho que a cidade ganhou muito com a universidade federal, especialmente as empresas e a economia”, analisa. Centrada nos estudos e nas possibili-

dades que o município oferece, Thábata começa a desenhar o seu futuro, com a certeza de que ainda terá mais motivos para comemorar a mudança, pois a uni-versidade tem o poder de unir amores antes distantes. “Meu namorado, que mora em Araras, também passou no vestibular da UFABC e vai vir morar com o irmão, que também estuda aqui”, comemora Thábata.

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Sou fã absoluto desta cidade

Filho de camponeses, José Sinésio Cor-reia, 73 anos, nasceu designado por dona Conceição Nunes Correia para exercer a profissão de advogado. “Minha mãe, ainda adolescente, morou

em uma fazenda frequentada por um advogado chamado José Sinésio. Encan-tada com a inteligência e postura dele, ela comentava com as amigas que se tivesse um filho ele seria advogado e se chamaria Sinésio. Aqui estou eu”, recorda-se da história emocionado. O advogado nasceu em Espírito Santo

do Pinhal (SP), e aos 8 anos de idade, mudou-se com os pais para Quatiguá, uma pequena cidade no interior do Pa-raná. Naquela época, devido à situação precária resultante da II Guerra Mundial, foi trabalhar na lavoura para contribuir com as despesas da casa. “Eu me lembro que, para comprar 1 kg

de açúcar mascavo para fazer rapadura e café era preciso enfrentar horas de fila. Lá, estávamos distantes de tudo e não tínhamos energia elétrica, rádio e nem televisão”, conta o advogado que apren-deu a ler e escrever sob a luz de uma lamparina. “Depois de trabalhar o dia todo na roça, tinha um senhor chamado Alcides, que também lutava com muita dificuldade para sustentar os 11 filhos, reunia no começo da noite a garotada para ser alfabetizada”. Sem frequentar a escola, ao completar

18 anos, Sinésio partiu com a família para Santo André. “Quando viemos para cá, fomos morar na Vila Curuça, meus avôs paternos já moravam aqui. Meu pai comprou um sítio e montou um arma-zém. Eu consegui trabalho na Rhodia, onde permaneci durante dois anos até que o meu setor foi transferido para São José dos Campos e como eu era muito apegado aos meus pais decidi ficar”.Sinésio não ficou muito tempo sem

emprego, logo conseguiu um posto na Pirelli, onde trabalhou por 26 anos. “Fui exercer o cargo de borracheiro. Após cinco anos na empresa, me associei ao Sindicato das Indústrias de Artefatos de Borracha, do qual posteriormente, mes-mo sem nenhum grau de escolaridade, me tornei presidente em 1975”. Embora tenha enfrentado algumas

barreiras durante o período em que os militares estiveram no poder, Sinésio orgulha-se de integrar o grupo dos que contribuíram com o sindicalismo bra-

sileiro. “Fazer política sindical, naquela época, era complicado, principalmente para aqueles que defendiam os interesses dos seus representados, como eu fazia”.Determinado a ir mais longe profissio-

nalmente, mesmo sem nunca ter cursado o primário, decidiu enfrentar a escola. Fez o supletivo e, aos 37 anos ingressou na universidade. Ironia do destino ou profecia da mãe? O fato é que Sinésio foi cursar direito na FMU- Faculdades Metropolitanas Unidas. “Eram 1.500 candidatos para 250 vagas. Passei na 25ª colocação”, conta orgulhoso.Até conseguir o diploma, contudo, o operá-

rio enfrentou muitos obstáculos. “Eu cursava uma universidade de elite, então qualquer documento solicitado era muito caro. Eu tinha cinco filhos. Muitas vezes, eu ficava sem dinheiro e os meus colegas faziam vaquinha para pagar as minhas provas”.Sinésio ainda diverte-se ao recordar dos

episódios acadêmicos que o levaram ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). “O D’Urso, hoje presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), estava, naquela época, à frente do Diretório Acadêmico e eu presidia o Conselho Repre-sentante de Classe. Combinamos de fazer uma greve contra os custos das apostilas. O nosso diretório tinha um bumbo, que eu apelidei de democrático. Eu peguei o bum-bo e fiquei batendo nele até os professores desistirem de dar aula então os alunos saíram das salas. Cinco minutos depois o camburão chegou e levou a gente para o porão do DOPS”, diverte-se Sinésio. Tudo isso, e mais, está registrado numa

extensa ficha no Arquivo Público do Go-verno do Estado de São Paulo. São 20 metros de papel que relatam as atividades do sindicalista e do estudante combativo. Depois de formado, advogou para vários sindicatos e conseguiu chegar à presidência da subseção da OAB de Santo André. O carinho por Santo André é demonstrado

nas palavras do advogado, que se emociona ao relembrar sua trajetória de lutas e con-quistas no município. “Apesar de adorar Espírito Santo do Pinhal, eu sou mais andre-ense do que os meus filhos que nasceram aqui. Estou aqui por opção, conheço esta cidade desde 1956. Embora a gente more quase dentro de São Paulo, as características da nossa região são interioranas. Aqui eu conquistei muito e também passei por mo-mentos difíceis, mas eu faria tudo de novo. Sou fã absoluto de Santo André”, conclui.

Quando cheguei, era apenas uma criança

Uma vida cheia de limitações marca-da pela seca, miséria e fome, típicas das cidades nordestinas. Crianças

desnutridas brincando nas ruas de terra seca sob o sol do sertão, sem esperanças ou expectativas. Neste cenário vivia a família da auxiliar de enfermagem Marilene Size-nando de Almeida, de 52 anos. Para proporcionar melhores condições

de vida aos oito filhos – entre eles Mari-lene –, seu José Sizenando Calado e dona Maria Alexandrina de Almeida partiram de Pernambuco para São Paulo.“Quando cheguei aqui eu era uma crian-

ça de 10 anos. Meu pai logo conseguiu emprego como marceneiro, eu e minhas irmãs mais velhas fomos trabalhar como empregadas domésticas, enquanto minha mãe ficava em casa cuidando dos filhos menores”, recorda Marilene, cuja família foi acolhida na casa de uma amiga, na Vila Luzita, em Santo André.Para contribuir com as despesas da

casa, Marilene deixou a escola para trabalhar. “Estudei até o quarto ano primário”, conta. O primeiro registro em carteita foi conseguido já aos 13 anos em uma metalúrgica. “Nossas condições eram tão precárias que muitas vezes eu não tinha o que comer na hora do almoço”, recorda com tristeza. O esforço, a dedicação e o trabalho duro

resultaram em conquistas à pernanbuca-na e à sua família. “Todo o dinheiro que eu recebia do meu emprego entregava aos meus pais. Com muita luta, consegui-mos comprar um terreno e construir uma casa, na qual eu e meus irmãos moramos até cada um se casar”. Recordar o passado difícil é uma manei-

ra de estabelecer uma ligação com suas conquistas pessoais e profissionais. “Eu me lembro até hoje de um dia em que eu fui trabalhar e pedi dinheiro ao meu pai para pagar ônibus. Ele me deu os últimos trocados que tinha no bolso. No final do dia, quando cheguei em casa escutei ele dizer à minha mãe que passou fome naquele dia, pois o dinheiro que ele tinha deu apenas para comprar uma paçoca, e foi isso que ele comeu. Quando eu ouvi aquilo senti um aperto no coração, por-que ele havia me dado o único dinheiro

que ele tinha para almoçar. Neste dia, eu chorei muito e pensei: meu Deus que vida miserável!”. Sempre com esperança de melhores

condições de vida, aos 18 anos, Marilene conheceu o marido João Pires de Almeida, com quem está casada há 32 anos. O primeiro filho veio com menos de um ano do inicio do namoro. “Meu filho nasceu, mas eu continuei trabalhando, porém ele foi uma criança muito doente, por isso parei de trabalhar para cuidar dele. Logo depois engravidei novamente”Com os filhos já grandes, Marilene deci-

diu retomar sua vida profissional, voltou a estudar, terminou o ensino médio e fez o curso técnico de enfermagem, mesmo contrariando a vontade do marido, que posteriormente reconheceu a importân-cia da esposa trabalhar e contribuir com as despesas da casa. A escolha da enfermagem foi por acaso.

“Minha irmã me convidou para fazer o curso e eu fui. Assim que conclui, passei em um concurso na Prefeitura de Santo André. Hoje, estou prestes a me aposen-tar, já são quase 20 anos trabalhando no setor público”, calcula. Para Marilene a enfermagem foi à

melhor escolha que fez. “Eu descobri que ajudar o próximo significa muito para mim. Eu amo minha profissão e o trabalho que desempenho na Unidade Básica de Saúde”.O amor por de Santo André é demons-

trado nas palavras de carinho e afeição pela cidade, que abriu oportunidades à pernambucana construir sua vida. “Santo André representa tudo para mim. Foi aqui que construí minha vida, constitui minha família, criei meus filhos, conquistei mi-nha independência e carreira profissional. Eu não penso em sair daqui”. Para agradecer as conquistas e realiza-

ções, a auxiliar de enfermagem reserva sempre um tempinho para Deus. “Quan-do cheguei a Santo André fiquei encan-tada com a beleza da Igreja do Carmo. Ela marcou muito a minha história aqui na cidade, pois lá próximo está o cartório onde me casei, e também, todos os dias antes de ir trabalhar, eu e uma prima entravamos lá para rezar”.

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Os ditos populares já dizem: por amor as pessoas fazem loucuras. E foi motivada por este senti-

mento arrebatador que a professora Cris-tiane Taborda dos Santos, de 34 anos, partiu de Curitiba rumo a Santo André para oficializar o relacionamento virtual mantido há quatro anos com o paulistano Evandro dos Santos, de igual idade. “Meu marido já morava aqui e nós

tivemos que optar por uma cidade. Foi uma questão de conveniência profissional também e acabamos optando por ficar. A gente sempre acaba dizendo que foi por amor”. O lugar escolhido pelo casal para so-

lidificar uma história que começou na internet não foi eleito por acaso. “Nós sempre dizemos que Santo André é um lugar que facilita a nossa vida. Se você quer ir para São Paulo é fácil e é um lugar que tem de tudo, uma cidade boa de viver”, conta Cristiane.No dia a dia, a paranaense se divide

entre Santo André e a capital. Professora, ela trabalha na Vila Pires, em uma escola particular, e na Zona Leste, escola públi-ca. Apesar de estar adaptada à região, não deixa de sentir falta do lugar de onde veio, mas, por outro lado, de elogiar as qualidades da cidade que a acolheu.Essa região aqui onde eu moro, o Bairro

Silveira, lembra muito Curitiba, uma cida-de arborizada. A gente observa que existe uma preocupação com a qualidade de vida da população. Foi difícil abrir mão de tudo, mas sempre que posso, vou visitar minha família”, destaca. “O que eu gosto bastante daqui é a facilidade de encontrar

as coisas. Se você quer ir a uma livraria, a um parque ou a um shopping é fácil”.As semelhanças entre as cidades, no

entanto, se esgotam quando o assunto é o comportamento do povo. “Eu já tenho as minhas colegas de ponto de ônibus, que eu pego no mesmo horário. Lá (Curitiba) é bem diferente”, revela. “O curitibano é muito introspectivo, ele é bem reservado; não que ele seja antipático, mas é o estilo dele. O ônibus é muito silencioso, ou se tem alguém conversando é uma conversa bem baixa. Se estiver falando alto já se sabe que é de fora”. A hospitalidade paulista chamou a

atenção da paranaense logo que ela começou a trabalhar aqui. “No segundo dia todo mundo me chamava de Cris. Em Curitiba demora um tempo para chamar pelo apelido, aqui não”. Entre afinidades e diferenças, é a segunda parte que rende boas histórias. “Na primeira semana que eu estava aqui, fui a uma padaria e pedi dois chinecks, a moça do balcão olhou para mim e disse que não tinha isso, mas eu estava vendo eles alí. Daí eu descobri que vocês chamam de pão doce o que nós chamamos de chineck”, se diverte.Entre tantos fatos, vão surgindo novas

histórias para contar, todas se passam na cidade escolhida para viver e pela qual já nutre grande amor. Afinal, além do casamento, sobram motivos para vi-ver Santo André. “Nas minhas horas de lazer eu gosto de andar e ler no parque do Ipiranguinha. Também aprecio ouvir música, assistir filmes e viajar, sempre que dá. Em Santo André gosto de ir a exposições, shows, parques e teatro”.

O amor virtual trouxe Cristiane a Santo André

Pedaço do nordeste em Santo André

Eu fui embora do Ceará aos 19 anos. Lá, a vida na lavoura é muito sofrida e não há expectativa no futuro. A maioria dos nordestinos, ao completar 18 anos parte do seu local de nascimento para São Paulo, em busca de trabalho”. Este depoimento é comum e pode ser de qualquer um dos milhares de nordestinos, empurrados para sul pela miséria e pela fome.Com Antônio Barroso Loiola não foi

diferente. Foi com este objetivo que, há 33 anos, ele partiu da terra natal deixando a família, os amigos e suas raízes para morar em Santo André. “Cheguei à cidade em 1978. Durante sete

anos, morei na casa de um tio, que consi-dero como pai. Naquela época, as ofertas de emprego eram fartas e, rapidamente, consegui trabalho em uma metalúrgica”. Os caminhos do senhor Antônio, po-

rém, pareciam apontar para um rumo diferente. Após 12 anos trabalhando como operário, a veia comerciante, que herdara da família falou mais alto. Paralelo ao trabalho na metalúrgica, ele

transformou o desejo de montar o próprio negócio em realidade. A garagem da casa onde morava foi transformada na Adega do Jabá, nome não criado por Antonio, mas atribuído carinhosamente pelos clientes ao estabelecimento. “No começo eu vendia apenas por atacado, mas depois houve a procura no balcão. Até que um dia surgiu a ideia de comercializar petiscos”.O destino e o crescimento dos negócios

também uniram os corações do senhor Antônio e da paranaense Maria do Carmo. Os dois se conheceram quando ele comprou um terreno para ampliar a

adega ao lado da casa dos pais dela. “É o destino”, resume ele, com a satisfação de quem encontrou a alma gêmea. “Na-moramos durante um ano e cinco meses até o casamento. Estamos juntos há 26 anos. Temos dois filhos, o Márcio, de 24 anos e o Claudemir, com 22”.A relação de Antônio, conhecido em Santo

André - e fora dela - como Jabá, e a cidade não é obra do destino, Jabá sempre deteve o poder de escrever as páginas de sua história. “Desde adolescente eu tinha a certeza de que viria embora para o sul; claro que os pais nunca aceitam, mas me apoiaram. No começo, para me acostumar, foi um pouco difícil, mas agora eu não me imagino mo-rando lá (Ceará)”, afirma enfático.“Eu adoro Santo André, eu me orgulho

em dizer que adoro esta cidade. Posso até abrir outra casa, mas nunca sair de Santo André”, declara convicto de que encontrou o lugar certo para viver.Da cidade que escolheu, Jabá tem

poucas críticas. “A única coisa que é ruim são as enchentes, mas isso acon-tece em vários locais, não é exclusivo daqui”. Mas sobra carinho pelo bairro onde mantém em funcionamento a sua adega há mais de 20 anos. “Eu gosto muito da Vila Luzita, pois foi o local que me acolheu”, conta. O sonho de uma vida feliz e próspera,

que trouxe o cearense a Santo André, hoje está concretizado na Adega do Jabá, inau-gurada em 19 de abril de 1989, saudada por milhares de amigos e clientes, que vêm das cidades da região e da capital para apreciarem o pedacinho do Nordeste que Antônio trouxe na bagagem e nos sonhos.

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Em Santo André obtive muitas conquistas

Eu adotei Santo André como mi-nha terra natal, não vivo sem esta cidade. Aqui conquistei respeito

e dignidade”. O sentimento de carinho é expresso pelo metalúrgico aposentado Antônio de Oliveira Santos, de 61 anos, que chegou ao município ainda jovem, com apenas 17 anos. Para tentar a sorte e uma oportunidade

profissional, Santos partiu da cidade onde nasceu, Riachão do Jacuípe, no interior da Bahia, em 1967, rumo a Santo An-dré. “Vim para morar com um primo já estabelecido aqui. Fiquei na casa dele durante dois meses”, recorda. A fase do alistamento militar, no entanto, dificultou a conquista do tão sonhado emprego fixo. “Trabalhei fazendo bicos na área da construção até completar a maioridade. Sem ter para onde ir, muitas vezes eu dormia na própria obra”, lembra. Empenhado em melhorar de situação,

aos 19 anos, conquistou o primeiro emprego com registro em carteira numa metalúrgica. E foi nessa mesma empresa que ele deu seus primeiros passos na luta pelo direito dos trabalhadores, quando se filiou ao Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André. “Comecei a participar das atividades sindicais. Cheguei a ser delegado”, conta orgulhoso. O período era de vasta oferta de postos

de trabalho e logo surgiram oportunida-des profissionais mais promissoras. O ABC começava a se fortalecer como polo industrial trazendo grandes empresas à região. “Eu tive a oportunidade de esco-lher entre a Pirelli e a Termomecânica. Como eu sempre morei na Vila Pires, optei em trabalhar na primeira”. Na empresa, na qual trabalhou durante 20 anos, ficou conhecido como Bahia.Mas a história do baiano Antônio Santos

avançou, também, em outros aspectos durante este período, e seus passos se

cruzaram com os de Ivani, juntos há mais de 40 anos. “Conheci minha esposa com 21 anos e ela estava com 16. Eu trabalhava ainda na metalúrgica e todas as manhãs eu tomava café num barzinho e coincidia que ela passava no mesmo período. Namoramos e casamos”.O baiano de sorriso tímido e semblan-

te sereno, no entanto, se entristece ao lembrar-se de uma tragédia que marcou o início de seu casamento. “Meu primeiro filho faleceu em 1971, com uma infecção no intestino. Foi muito difícil superarmos a situação”, recorda. Oito anos mais tarde e com as feridas

mais cicatrizadas, nasceram os filhos Ulysses, hoje com 32 anos, e Natália com 23 anos, ambos formados em direito. “Em Santo André obtive muitas conquistas. Conclui o ensino fundamental, constitui minha família, fiz carreira profissional e montei meu próprio negócio. O maior orgulho da minha vida é ter um filho, que aos 26 anos, foi empossado promotor de Justiça. Isso foi uma grande alegria para mim”, emociona-se. As conquistas materiais e pessoais são

motivos de orgulho para ele. “A história do nordestino é praticamente uma só: a busca por melhores condições de vida. Eu cheguei aqui com a roupa do corpo e calçando um par de sandálias Havaianas. Meu primeiro sapato eu achei na rua e como era grande enchi de jornal para ficar certo no meu pé. Hoje tenho casa aqui em Santo André e também lá na Bahia, carro e sapatos”, brinca. Aposentado, montou uma pequena

fábrica de chaveiros, que comercializa brindes. As boas condições financeiras possibilitaram a ele a oportunidade de ajudar ao próximo. “Eu sempre estou engajado em ações sociais, especialmen-te para os meus conterrâneos baianos”, destaca com satisfação.

Wigand fundou e presidiu o Esporte Clube Santo André

A paixão pelo esporte fez o carioca Wigand Rodrigues dos Santos, 84 anos, escolher Santo André como a sua cidade para viver. Nascido na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, em 1927, ele acompa-nhava pelos noticiários o desenvolvimento da cidade que escolheu para viver. Mas, antes de trocar a Cidade Maravilho-

sa por terras andreenses, serviu nas Forças Armadas, e disputou as olimpíadas inter-nas, na modalidade da natação, represen-tando a Marinha de Guerra. “A minha vida sempre esteve ligada ao meio esportivo”, diz o fundador e ex-presidente do Esporte Clube Santo André, o Ramalhão.Atraído pelo crescimento industrial da re-

gião do ABC, Wigand, aos 31 anos, decidiu mudar-se para Santo André. “Eu me identi-fiquei com a demonstração de consciência política do povo andreense. Cheguei aqui em 1958, fui morar no bairro de Santa Terezinha, nas denominadas casas populares”, conta. As oportunidades profissionais logo apa-

receram e Wigand trabalhou em várias indústrias da região, até se envolver com a política da cidade. “Fui indicado pelo então prefeito Newton Brandão, para trabalhar na área de esportes da Prefeitura. “Me envolvi com a política porque nunca fui uma pessoa omissa”, lembra orgulhoso da participação que teve no lançamento da pri-meira campanha de Brandão à Prefeitura.Com palavras emocionadas, ele demonstra

carinho e amor pela cidade que o recebeu. “Eu amo Santo André, pois ela me acolheu. Aqui vivi momentos muitos felizes, o mais marcante deles foi o dia 18 de setembro de 1967, quando fundamos o Esporte Clube Santo André durante assembleia realizada na antiga sede Tiro de Guerra, com mais de 300 esportistas”, emociona-se. Fundada a equipe, era preciso batalhar

por mais espaço para o esporte. Desta vez a luta que a cidade ganhasse um estádio de futebol. “Durante minha gestão na Liga Andreense de Futebol fizemos um abaixo assinado solicitando a construção de um estádio e ao então prefeito Fioravante Zampol, que atendeu o pedido”, lembra. A atuação no time profissional de fute-

bol see estendeu, oficialmente, por duas

gestões. Na primeira, em 1974, ele deu o primeiro passo para o crescimento do Ramalhão. Entre as diversas ações, uma delas foi determinante para o crescimen-to do clube. “Os poucos diretores que nós tínhamos recusavam a possibilidade de realizarmos um jogo com um time grande paulista, que seria uma maneira de arrecadar fundos para inscrever o Ramalhão no campeonato de acesso da Federação Paulista de Futebol. Mas conseguimos acertar um jogo amistoso com o Palmeiras”, revela.Na época, o time alviverde era denomi-

nado de Academia de Futebol, contando com jogadores como Leivinha, Luis Pe-reira e Ademir da Guia. “Era o maior do Brasil, e era também o mais caro. Se eu não me engano, a cota que eles cobraram para jogar amistosamente com o Santo André foi o equivalente a R$ 50 mil, que na época era bastante dinheiro”. A exorbitante quantia vinha, ainda, atre-

lada a uma série de exigências, como um fiador. Decidido a colocar o Ramalhão em patamar mais elevado, Wigand deu um jeito. “O proprietário da Diasa (ex-revenda de carros da Chevrolet), Mário Carneiro, assinou como fiador. Nós colocamos pon-tos de vendas antecipadas de ingressos em vários locais. Voltamos alguns dias depois para ver como estavam às vendas, e nem um ingresso sequer havia sido vendido”. A aparente situação desesperadora,

no entanto, é relatada por Wigand com bom humor. “Eu tinha fé em Deus de que daria certo. Mesmo com o estádio tendo só a primeira parte construída, sem arquibancadas cobertas e sem iluminação. Cheguei cedo ao estádio naquele domin-go. Confesso que estava muito apreensivo, mas quando bateu meio dia, os torcedores começaram a chegar e o jogo foi um su-cesso”, conta em tom de desabafo.Como parte da história andreense, Wi-

gand também possui a consciência crítica comum aos que mantém uma relação de afeto com o local onde vivem. “É preciso melhorar o trânsito de Santo André; o prefeito deve dedicar uma atenção espe-cial a essa área”, finaliza.

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Ano XIV - nº659 Semana de 7 a 13 de abril de 201112 www.pfinal.com.br

Rápidas

Eventuais mudanças nos dias e horários dos eventos divulgados na Agenda são de

responsabilidade dos respectivos estabelecimentos que os promovem.

AgendaMÚSICA

TEATRO

Elba Ramalho

Santo André GRATÍS Marcos Ottaviano &

Kiko Moura Project – Elogiado pela crítica especializada e por músicos como B.B. King e Ron Wood, lança-ram em 2010 o CD Marcos Ottaviano & Kiko Moura Project, reunindo blues, R&B, rock e country em performances instrumentais. Dia 14/4, às 20h, no Sesc. R. Tamarutaca, 302, Vila Guio-mar. Tel. 4469-1200.

Krisiun – Desde o lançamento do disco Southern Storm, o grupo tem levado o seu death metal por toda a Europa, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e América Latina. No Brasil, o trio gaúcho vem se apresentando com destaque nos maiores festivais de rock. Dia 15/4, às 21h, no Sesc. R. Tamarutaca, 302, Vila Guiomar. Tel. 4469-1200.

GRATÍS O Universo Místico e Ecológico na Obra de Almeida Prado – O primeiro concerto da série apresenta obras do compositor brasileiro Almeida Prado para piano, violino, voz e percussão, dividindo-as em três fases ou conjuntos: música ecológica, a música e as estrelas e música religiosa. Dia 17/4, às 11h, no Sesc. R. Tamarutaca, 302, Vila Guiomar. Tel. 4469-1200.

Donny Nichilo convida Igor Prado – O pianista e cantor norte-americano Donny Nichilo tem uma carreira de peso nos Estados Unidos, tendo acompanhado por anos o bluesman Buddy Guy, além de ser membro fun-dador da banda Mighty Blue Kings. No show, Donny executa ao piano e canta standards de blues e composições próprias. Dia 28/4, às 20h, no Sesc. R. Tamarutaca, 302, Vila Guiomar. Tel. 4469-1200.

GRATÍS Superdose – O Superdose é uma banda paulistana de rock que vem se despontando no cenário mu-sical nacional. Formada pelos irmãos Frugiuele – acompanhados por músi-

LIVROHistórias Íntimas: Sexualidade e Erotismo na História do Brasil

Histórias de quando o Bra-sil era a Terra de Santa Cruz, a s mu lhe re s tinham de se enfeiar e os ho-mens precisa-vam dormir de lado, nunca de costas, porque a concentração de calor na região lombar excitava os órgãos sexuais. E nos momentos a sós - geralmente no meio do mato, e não em casa, porque chave era artigo de luxo e não era possível fechar as portas aos olhares e ouvidos curiosos -, as mu-lheres levantavam as saias e os homens abaixavam as calças e ceroulas pois, tirar totalmente a roupa era proibido. E beijar na boca? Bem... sem pasta e escova de dentes, difícil. Autor(a): Mary Del Priore; editora Planeta; páginas: 256; preço (sugerido): R$ 23,90.

GRATÍS – Espe tácu lo apre -senta seus grandes sucessos , “Banho de cheiro”, “Ai que sau-dade de ocê”, “Amor com café”,

Cinema

Blu é uma arara azul que vive uma vida tranquila no in-terior dos Estados Unidos. Ele decide largar essa vida para ir viver uma aventura no Rio de Janeiro, e lá, entre uma aula de voo e outra, tenta conquistar a única arara de sua espécie ainda existente, que por sorte é uma menina. Estreia nos cinemas 8 de abril.

Rio

Em seu segundo álbum solo - Toque Dela - Marcelo Ca-melo apresenta 10 faixas autorais e iné-ditas. Compositor de “Anna Julia”, grande hit de 1999, regravado em diversas línguas, inclusive pelo ex-Beatle George Harrison, Camelo se destaca como um dos mais conceituados compositores e cantores da nova geração da música brasileira.

CDMarcelo Camelo - Toque Dela

MúsicaSão Paulo

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Aposentadoria adquiridas antes de 1998

entre outras. Dia 16/4, às 18h, no Sesc Itaquera. Av. Fernando Espírito Santo Alves de Mattos, 1000. Tel. 2523-9200.

Mauá passa a emitir licenças ambientais por meio da admi-nistração municipal a partir de maio, segundo informações da Prefeitura. O novo modelo torna de responsabilidade do município a autorização e fis-calização para implantação de empreendimentos em espaços verdes da cidade.

Diadema iniciou a entrega de cerca de 29 mil uniformes e material escolar para alunos da rede pública. Este é o sétimo ano consecutivo de distribuição gratuita dos kits e o investimento chega a R$ 6,6 milhões. A rela-ção completa das escolas con-templadas pode ser conferida no portal www.diadema.sp.gov.br.

Santo André está com ins-crições abertas para o curso gratuito de exportação voltado a empresas de pequeno porte. A carga horária é de 16 horas. A atividade ocorre em 27 e 28 de abril, às 8h, nas instalações da CPETR (Avenida Artur de Queiros, 720, Casa Branca). Interessados devem se inscrever pelo telefone 4468-4411 ou via email [email protected].

São Bernardo entregou na segunda-feira (4) a iluminação pública de 11 ruas do Bairro Pedreira. Com investimento de mais de R$ 70 mil, foram ins-taladas 53 luminárias de vapor de sódio, cerca de 50% mais econômicas que as de mercúrio.

Licença Ambiental

Kit escolar

Curso de exportação

Nova iluminação

cos de ponta –, no ano de 2010 fez 48 espetáculos, entre eles a abertura de shows no Credicard hall (para o Placebo) e também no Citibank Hall (para o Stereophonics). Dia 30/4, às 20h, no Sesi. Praça Dr. Armando de Arruda Pereira, 100. Tel.4997-3177.

São BernardoGRATÍS Tom Zé – O compositor,

cantor e arranjador Tom Zé, conside-rado uma das figuras mais originais da música popular brasileira e uma das vozes alternativas mais influentes no cenário musical, apresenta o show “O Pirulito da Ciência” composto por canções consagradas e novas compo-sições. Dia 24/4, às 17h, no Parque Municipal Engenheiro Salvador Are-na. Av. Caminho do Mar, 2.980, Rudge Ramos. Tel. 4368-1246.

São PauloGRATÍS Arnaldinho do Cavaco

e Grupo – Apresenta composições inéditas além de interpretar compo-sitores renomados como: Ernesto

Santo AndréBielski – Trata da história de uma

família judia que, em meio à escalada de violência que dizimou mais de seis milhões de judeus durante a II Guerra Mundial, conseguiu organizar uma unidade de resistência em pleno território ocupado pelos nazistas e salvar centenas de judeus da morte. Dia(s) 16 e 17/4, às 20h, no Sesc. R. Tamarutaca, 302, Vila Guiomar. Tel. 4469-1200.

Divulgação

Nazaré, Pixinguinha, Jacob Bandolim, Ary Barroso e outros. Dia 17/4, às 15h, no Sesc Itaquera. Av. Fernando Espírito Santo Alves de Mattos, 1000. Tel. 2523-9200.

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13www.pfinal.com.br Ano XIV - nº659 Semana de 7 a 13 de abril de 2011

O Brasil tem cerca de dez anos para se preparar para o envelhecimento

de sua população, alertou o Banco Mundial. Um relatório da instituição indicou que o núme-ro de idosos cresce rapidamente no País, embora ainda seja uma situação confortável, com nú-mero de dependentes (crianças e idosos) menor do que o de pessoas em idade ativa.Essa situação, no entanto, ten-

de a mudar a partir de 2020, de

acordo com a previsão divulgada. Hoje o número de pessoas com 65 anos ou mais chega a 20 mi-lhões, número que deve alcançar 65 milhões na próxima década. “A sociedade tem que achar ma-

neiras para financiar o número de aposentados de maneira eficiente, sustentável, com incentivos que permitam poupança, investi-mento, crescimento e sustenta-bilidade”, afirmou o coordenador do estudo, Michele Gragnolati. Criação de oportunidades de

Em celebração a VI Semana dos Povos Indígenas , São Ber-nardo apresenta uma série de filmes voltados à cultura das comunidades aborígines. A mos-tra, intitulada Índios, Mocinhos e Bandidos, apresenta longas--metragens que retratam os habi-tantes das Américas em diversos

Informação reforça importância de reestruturação do Sistema Previdenciário

População idosa deve triplicar no Brasiltrabalho para pessoas em idade ativa, mercado financeiro confi-ável e reestruturação do sistema previdenciário são caminhos para atender a demanda. (Com ABr)

momentos, desde a colonização. Os filmes são exibidos todos os sábados do mês, sempre às 20h, no Cineclube Photogramas, loca-lizado na Pinacoteca municipal (Rua Kara, 105, Jardim do Mar). A programação completa pode ser conferida no portal www.saobernardo.sp.gov.br.

Cineclubes comemoram semana do povo indígena

Por Mateus Prado

Instituto Henfil integra a coordenação da Frente Parlamentar em defesa da reforma política com participação popular

Na semana passada, uma audiência pública realizada na Câmara Federal marcou o lançamento da Frente Par-lamentar Mista em Defesa de uma Reforma Política com Participação Popular que busca fortalecer a discussão política em favor da valori-zação da democracia direta. A frente parlamentar reúne

182 deputados federais, 36 senadores e diversas entida-des da sociedade civil, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira das ONGs (Abong), a CUT e outras. O Instituto Henfil é uma das entidades da sociedade civil que integram a coordenação da Frente e terá uma participação ativa na organização das atividades em todo o Brasil. A deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) são os coordenado-res do grupo.No lançamento, a Fren-

te indicou seus principais objetivos, que envolvem a realização de atividades para aprofundar o debate e facilitar a elaboração de propostas para a reforma política com a participação da sociedade civil. Luiza Erundina disse que pretende estabelecer uma agenda de eventos em todos os Estados para garantir a participação da sociedade e a pluralidade nos debates em torno da reforma como forma de impedir a adoção de medidas casuísticas que aprovem medidas sem a par-ticipação da sociedade no pro-

cesso de debates. O senador Rollemberg disse que espera uma participação ativa da so-ciedade, como aconteceu no processo da Constituinte em 1988 e recentemente durante a aprovação do projeto da lei da ficha limpa.Diretor do Instituto Henfil

e coordenador do seu Ob-servatório Social, Paulo de Tarso Corte, que esteve em Brasília acompanhando os trabalhos de lançamento da Frente Parlamentar, disse que a participação do Henfil na coordenação de um mo-vimento tão importante vai consolidar os esforços do Ins-tituto de se configurar como entidade comprometida com a participação popular e com as grandes transformações estruturais que precisam ser implementadas para melhorar as condições sociais do Brasil. Para Mateus Prado, presiden-te, a participação do Instituto Henfil é um marco na trajetó-ria de vida da organização, um sinal do amadurecimento do Henfil como organização civil comprometida com as gran-des questões do nosso tempo. Prado terá uma participação ativa na condução dos traba-lhos da Frente Parlamentar e deverá percorrer todas as regiões do país para participar dos debates em favor da parti-cipação popular no processo de reforma política.

Art igo or ig inalmente publicado na edição 658 do jornal Ponto Final

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Ano XIV - nº659 Semana de 7 a 13 de abril de 201114 www.pfinal.com.br

NovelasMalhação ID

Globo17h

19h Record

Rebelde

21h Globo

Insensato Coração

22h15 SBT

Amor e Revolução

22h Record

Ribeirão do Tempo

18h Globo

Cordel Encantado19h Globo

Morde e Assopra

O namoro entre Eric e Duda vai vingar de vez. Ao que tudo indica, Eric já esqueceu aquela obsessão que tinha por Catarina. Teve uma época em que ele queria, por todos os motivos, ter a mocinha. Agora não tem nada disso. Bom, é pelo menos isso o que ele tem demonstrado. O único obstáculo para o relacionamento entre Eric e Duda é atendido pelo nome de Josiane. Sim, a serelepe garota está de olho neles. Ela está preocupada com o desenrolar do romance dos jovens “pombinhos”. Para Josiane, esse relacionamento vai só trazer tristeza para Duda. Raquel é outra que não tem as melhores inten-ções com o casal. Ela vai fazer de tudo para deixar Duda insegura. Essa garota não pode ver ninguém feliz que resolve atrapalhar. Railda mostra para Lorelai o resultado do exame de DNA. Sara promete devolver a tensão de Maicon. Tem gente que não sabe o poder

que tem nas mãos. Carla é linda e é dona de um corpo escultural de causar inveja em muitas meninas. Mas ela não se enxerga com “essa bola toda”. Sempre com a certeza de estar acima do peso, acabou prejudicando a própria saúde por causa da anorexia e bulimia. É verdade que nem todos sabem da situação da menina. Pingo parece estar atento. Pelo menos, ele incentiva Carla a se alimentar direito. Ainda bem que a vida da jovem não se resume só a problemas e doenças. Ela está sempre com os outros rebeldes, envolvida em divertidas confusões. Cada vez mais o grupo descobre afinidades. E, como não poderia ser diferente, romances vão surgindo. Tomás que o diga. Diego

Nem sempre o amor basta para que um relacionamento dê certo. Pelo me-nos, é esse o caso de Pedro e Marina. Eles chegam a trocar juras de amor. Mas as coisas nunca são tão simples assim. Ainda mais porque Irene faz marcação cerrada e diz que não vai desistir de Pedro. Mas ele ama Marina e vai até o coquetel da “designer”. Só que, ao chegar na porta do evento, desiste de entrar. Assim, Marina fica sofrendo por causa do amado. Depois, Pedro se esforça na fisioterapia, enquanto a “designer” afirma que está decidida a esquecê-lo. O ex-piloto, por sua vez, diz para Wanda que vai lutar para ficar com Marina e Irene escuta a conversa. Ele volta a usar muletas. Sua prima, recalcada toda a vida, espalha vaselina no chão onde Pedro vai passar. Claro que ele leva um tombo feio e Irene en-tra em pânico com a situação que ela mesma provocou. Bibi recebe flores de um admirador secreto. Natalie faz uma ligação anônima para Clarice.

Batistelli está sendo procurado e vai ser o centro das atenções. Fritz está fazendo de tudo para encontrá-lo e vai conseguir arrancar de Odete, através de tortura, que ela tem um encontro marcado com o re-volucionário. O militar vê aí a sua grande chance de pegá-lo. Outro que está fazen-do de tudo para encontrá-lo é o delegado Aranha. Ele desconfia onde Jandira e Batistelli estão escondidos e interroga Stela e João sobre o paradeiro dos dois. Enquanto isso, Jandira e Batistelli levam Bartolomeu, que está ferido, para o sítio. Batistelli tira a bala que está alojada no ombro do rapaz e Bartolomeu desmaia por causa da dor. Fritz leva Odete para o encontro que ela disse ter com Batistelli, mas ele não aparece. Mário diz a Maria que José é militar e filho de um General. Filinto faz Geraldo Cordeiro caminhar sobre ácido sulfúrico.

A máscara de Teixeira vai cair. Tudo porque Monsieur Claudel conta para Querêncio e Filomena que o nome ver-dadeiro do advogado é Edward Briggs. Ele explica que Teixeira foi obrigado a usar um nome falso após ter problemas na Europa e que Madame Durrel o aju-dou a escapar. Por conta disso, Filomena e Querêncio temem enfrentar problemas com a herança, já que o advogado é o

O Sertão Nordestino e a velha Europa parecem não ter nenhuma relação. Mas reis, rainhas e cangaceiros vão se misturar . E a história de amor entre Açucena e Jesuíno fica traçada desde o nascimento da princesa. Aliás, um sonho do Rei Augusto muda o percurso da história da família Real de Seráfia do Norte. Enquanto ele luta na guerra para salvar seu irmão Petrus, Rainha Cristina sente as contrações do parto ao se desesperar quando o marido sai para guerra. Impressionado com o sonho com o Sertão do Nordeste, Rei Augusto vai até Amadeus para descobrir o significado. E um tesouro escondido no Brasil faz com que o rei viaje para o Sertão brasileiro com a família. O que ele não imaginava é que, além dele, outras pessoas estão atrás da riqueza. O problema é que eles são capazes de tudo para conseguir atin-gir seus objetivos. É assim, sem dó nem piedade, que a Duquesa Úrsula e seu comparsa, Nicolau Brugüel, mostram logo de cara que não estão para brinca-deira. Durante a viagem, Rainha Cristina morre em uma emboscada planejada pela Duquesa. O plano era que mãe e filha morressem. Mas, por sorte, a Rainha consegue salvar a menina, entregando-a para a simples Virtuosa. Uma pena que o Rei Augusto só descobrirá a verdade 20 anos depois. Mas, pelo menos assim, Açucena vai viver uma linda história de amor com Jesuíno. E também terá de lu-

Élcio tentou se livrar de um problema. Mas acabou ganhando outro. A ideia de se vestir de mulher para fugir da obrigação de pagar pensão para suas três ex-mulheres parecia ser genial. O feitiço vai virar contra o feiticeiro. Depois de se depilar, usar salto e passar batom para fingir ser mulher, Élcio vai arranjar muitas outras confusões. A começar pelo Dr. Eliseu. O médico, além de contratar Élcio acreditando ser Elaine, vai se apaixonar pela nova empregada. E até Lara percebe o interesse do pai pela “moça”. O problema é que o picareta está mesmo apaixonado pela filha do patrão. Guilherme dá uma loja de presente de aniversário para Alice. Fernando leva Lavínia para a igreja e propõe que eles fujam.

tar para conseguir ficar com sua paixão da infância. Virtuosa reconhece Cristina em uma foto e descobre que Açucena é filha do rei. Felipe decide partir para o Brasil em busca de seu grande amor.

responsável pelo inventário. Bruno vai espalhar o que sabe. Ele conta para Karina e Célia que Teixeira engravidou uma jovem na Europa e que, após ela abortar e morrer, ele começou a ser perseguido. Teixeira acaba confessando

conversa com Roberta sobre a mãe da garota. Téo promete ajudar Márcia a encontrar sua família.

tudo para Célia e revelando, inclusive, que teve um caso com Madame Durrel. Diante da possibilidade de a mentira de Teixeira atrapalhar a vida dos herdeiros de Durrel, fica decidido, em uma reunião, que ele deve renunciar ao inventário da herança e sair do país. Adriana se insinua para Joca. Marisa conta a Vera que se arrepende de ter casado.

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15www.pfinal.com.br Ano XIV - nº659 Semana de 7 a 13 de abril de 2011

Cruzadas

Peixes - Regente: Ne-tuno: É um momento de mais consciência, piscia-no. Tende a estar mais claro o que quer e o que

é bom para você. Cuidado com os papeis ligados a dinheiro.

Você e os astros

Áries - Regente: Marte: Semana eletrizante, aria-

no. Cuidado com tanta energia, pois a idéia é apro-veitá-la para criar coisas e

trilhar novos caminhos.

Câncer - Regente: Lua: Você precisa ter paciên-

cia para lidar com tantas possibilidades, canceriano. Muitas novidades, mas com

necessidade de estruturar melhor tudo antes de seguir adiante

Capricórnio: Regente: Saturno: Sua vida pode estar aparentemente con-fusa e agitada, capricornia-no. Isso é bom para você

buscar novas formas de viver a vida.

Touro - Regente: Vê-nus: Semana de reflexões profundas, taurino. Impor-tante olhar para dentro em busca de respostas mais

verdadeiras. Mas fique de olho em tanta tensão interna.

Leão: Regente: Sol: Você tende a estar mais animado, leonino. Isso porque verá novas possi-

bilidades em sua vida e estará bem motivado para aproveitá-las. Mas é um momento de revisão.

Escorpião - Regente: Plutão: É importante or-ganizar melhor sua rotina, escorpiano. E essa semana o céu está dando uma

forcinha extra para isso. Mude sua rotina para melhor.

Aquário - Regente: Urano: São muitas idéias, aquariano. Mas você precisa manter o foco para que não

sejam apenas idéias. Una-se com quem pode ajudá-lo a se desenvolver.

Gêmeos - Regente: Mer-cúrio: Faça uma revisão em seus ideais, geminiano. É hora de olhar para o futuro com novos olhos e redefinir

os próximos passos. Comece também a repensar suas amizades.

Libra - Regente: Vênus: Nunca foi tão necessário encontrar um equilíbrio entre você e o outro, libria-no. É importante que suas

necessidades sejam satisfeitas e que você respeite seus limites.

Virgem - Regente Mer-cúrio: Com desejos tão intensos, não será fácil segurá-lo, virginiano. Você

precisa aproveitar essa fase e olhar para dentro em busca do que gosta e o que quer para sua vida.

Sagitário - Regente: Jú-piter: A energia continua intensa, sagitariano. Seu magnetismo está poten-

cializado e você tende a ser o centro das atenções onde estiver. Aproveite esse carisma.

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Soluções

Receitas

Sequilhos de coco

Ingredientes: 100g de margarina; 1 xícara de chá de açú-

car; 3 gemas; 1 vidro de leite de coco

(200ml); 500 g de maisena.

Preparo: Misture a margarina

junto com o açúcar, as gemas e o leite de coco. Junte também a maise-na e amasse bem. Faça os sequilhos em várias formas, coloque em uma assadeira polvilhada. Leve ao forno quente por cerca de 25 minutos.

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Ano XIV - nº659 Semana de 7 a 13 de abril de 201116 www.pfinal.com.br

SANTOANDRÉ

458 anos

CIDADE MAIS

FELIZ MAIS SAÚDEMAIS SEGURANÇA

MAIS EDUCAÇÃO MAIS HABITAÇÃOMAIS CULTURA

MAIS ESPORTE MAIS LAZER MAIS DESENVOLVIMENTO

MAIS SOLIDARIEDADE

Parabéns SANTOANDRÉ

O prefe i to de Mauá , Oswaldo Dias, assumiu no último 4 de abril a

Oswaldo Dias assume Subcomitê Billings-Tamanduateí Roberto Mourão / PMM

Presidência do Subcomitê das Bacias Hidrográficas Billings--Tamanduateí. A eleição de Dias

para o biênio 2011-2013 foi estabelecida com consenso das sete prefeituras do ABC. “Agradeço aos que apoiaram e

indicaram o meu nome. Vamos sintonizar e retomar a prioridade do subcomitê”, comentou Dias. O prefeito de Mauá vai suceder Mário Reali, prefeito de Diadema,

na Presidência do órgão. A vice-presidência do Subcomi-

tê será ocupada por Irene Graçon Souza, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santo André. A secretaria-executiva ficará com Gilson Guimarães Gonçalves, da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

A venda de bebidas alcoólicas nos postos de combustíveis de Mauá está proibida. A medida entrou em vigor em 9 de abril O não cumprimento da nova lei acarreta multa ao proprietário do estabelecimento no valor de R$ 2.673,40. Em caso de reinci-dência, o município poderá cas-sar o alvará de funcionamento do local. Mauá possui, atualmen-te, 39 postos registrados.De acordo com o secretário de

Governo de Mauá, José Luiz Cas-simiro, a iniciativa é uma forma de valorização da vida. “Nossa intenção é prevenir o alcoolismo entre os jovens e evitar acidentes de trânsito após o consumo de bebidas”. O secretário de Segurança Pú-

blica, Carlos Tomaz, destaca o pioneirismo da ação. “É a primeira cidade da região metropolitana de São Paulo a ter uma lei assim”. O projeto foi elaborado a partir da observação do comportamento de jovens e adultos que frequentam esses estabelecimentos.

Eleição contou com os votos dos prefeitos das sete cidades do ABC

Oswaldo Dias (centro), Gilson Gonçalves (esq.) e Irene Souza (à dir.).

Mauá proíbe comercio de bebidas alcoólicas em postos