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Jornal Promoções & Negócios, 2a edição. Com matérias sobre os investimentos em andamento nos shoppings Tijuca e Boulevard (antigo Iguatemi), lançamentos imobiliários em Vila Isabel, dicas para aposentadoria, uma escola gratuita para aprender a mexer com dinheiro e muito mais para o seu bolso.
Citation preview
Os shoppings da Grande Tijuca já sentem os reflexos das novas administ-rações e se esforçam para agradar ainda mais os consumidores, oferecendo novas opções de lojas e serviços e até mesmo a revisão de conceitos comerciais.
O Tijuca — adquirido pelo grupo administrador de shoppings BRMalls em 2010 — está inaugurando o Espaço Gour-met, com maior variedade de restauran-tes, como o Gula Gula, e tipos de comida, alguns exclusivos da região.
O Boulevard Rio, novo nome doIguatemi, foi adquirido pelo grupo Ancar-Ivanhoé em 2012 e as mudanças começam a aparecer, também na área de alimenta-ção e mobiliário. Em 2014 será a vez dos cinemas. Veja mais na página 6.
Farmácias e drogarias aumentam faturamento e atraem investimentos de grandes grupos. Página 18
Com câmeras da Prefeitura, é possível monitorar o trânsito nas principais ruas do bairro. Saiba onde estão. Página 24
COMÉRCIO A arte de multiplicar os pães, com novos sabores. O Tijuca Gourmet, antigo mini-mercado Tijuca Mix, vem se sofisticando nos úl-timos anos e passou a ofe-recer novos serviços. Hoje são mais de 40 variedades de pães, alguns exclusivos,
Ao lado dos produtos de panificação, o co-mércio oferece tam-bém carnes especiais no seu açougue. Conve r samos com o sócio Mar-cello Oliveira so-bre a história da loja. Veja na página 16.
“Eu amo as palavras, mas sou completamente apaixonada por atitudes.” - Tati Bernardes Selecionamos mais frases para você na página 05.
Saúde dOS anIMaIS O mau hálito em cães e gatos mui-tas vezes resulta de tártaro. O problema não é só estético. Além do mau cheiro, essas placas bacteri-anas causam dor e san-gramento aos animais. Veja melhor como acabar com isso na página 18.
Funciona há 3 anos uma escola gratuita de educação financeira. O acesso é aberto a todos. Pág 12
Tijuca e Boulevard Rio: os shoppings investem e mudanças já aparecem
2 — EDITORIAL/EXPEDIENTE — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS
EXPEDIENTE
PROMOÇÕES & NEGÓCIOS é uma publicação de Alquimia Comunicação e Eventos Ltda. (CNPJ 08.087.990/0001-59) produzido pela Paperlink Copiadora Ltda. (CNPJ
17.409.190/0001-06), estabelecida à
Rua Conde de Bonfim 44, loja 113
CEP 20.520-053—Tijuca—Rio de Janeiro—RJ
Contatos: [email protected]
Tel.: 21-3553-1234 / 3529-2029
www.promocoesenegocios.com.br /
Jornalista responsável: Alaor Barbosa
Diretor Alaor Barbosa
Editor Francisco Barbosa
Comercial Rodrigo Ferreira/
Ana Carolina Inácio
Arte Marcos Pereira
Tecnologia Denilton Cymbron
Redes Sociais Luciano Henriques
Distribuição Maria Alice Tomaz
Um comércio mais pujante
Os dois grandes centros comerciais da
região — os shoppings Tijuca e Boulevard
Rio (antigo Iguatemi) — estão aumentando
as ofertas de serviços e atraindo novas
lojas. É o primeiro sinal dos investimentos
realizados pelos grupos que assumiram os
dois empreendimentos nos últimos anos, o
BR Malls (Tijuca) e Ancar-Ivanhoé
(Iguatemi — Boulevard-Rio). E nada indica
que pretendem parar por aí. Ao contrário. É
certo que os consumidores terão cada vez
mais opções. Como são grupos fortes os
investimentos podem ser maiores—assim
como os benefícios aos seus consumidores.
O jornal Promoções&Negócios ouviu
dirigentes dos dois empreendimentos e traz
informações que, acreditamos, é do
interesse dos nossos leitores. E esse é um
dos nossos objetivos: retratar o movimento
do setor empresarial na região.
Trazemos nessa edição outros assuntos,
passando por uma reportagem especial
sobre o setor de farmácias, as
oportunidades que o segmento audiovisual
está trazendo a novos cineastas e outros
profissionais criativos, além de outros
temas.
Pesquisamos também sobre o grande
número de câmeras que monitoram o
trânsito no bairro. De acesso público,
permitem visualizar — e, talvez, até fugir
dos engarrafamentos.
Desejamos a todos, boa leitura.
ÍNDICE FRASES
Frases humorísticas e inspiradas para o seu dia a dia
5
CONSUMO Shoppings Tijuca e Boulevard-Rio (ex-Iguatemi) começam a colher os frutos de mais investimentos
6
VIDA PESSOAL
Pequenos e grandes empresários convivem com a questão da aposentadoria, mas de formas diversas
8
Pequenas economias podem gerar grandes poupanças a longo prazo
9
TECNOLOGIA E a presidente Dilma não sabia que o Google tem acesso ao conteúdo dos correios eletrônicos
10
TENDÊNCIAS Fatos e decisões que afetam os negócios 11
EDUCAÇÃO Em Vila Isabel, funciona uma Escola de Educação Financeira, gratuita
12
NEGÓCIOS Em novembro serão realizados grandes eventos no Rio para divulgar o empreendedorismo
13
OPORTUNIDADES Governo obriga TV a cabo a exibir mais ‘conteúdo nacional’, abrindo oportunidades em audiovisual
14
COMPORTAMENTO Nem todos admitem, mas a superstição está presente no mundo corporativo
15
ALIMENTAÇÃO Empório Tijuca Mix diversifica e oferece mais de 40 tipos diferentes de pães, alguns exclusivos
16
ANIMAIS O tártaro pode afetar a saúde de cães e gatos, além de provocar mau hálito
17
FARMÁCIAS Grandes grupos investem pesado no setor de farmácias, que têm crescido forte no Brasil
18
ESTÉTICA Feiras e eventos divulgam tendências de cortes de cabelo e produtos de beleza
20
Floresta da Tijuca foi apontada pelo ‘Lonely Planet’ o melhor passeio urbano do mundo
21
TURISMO Black Friday nos EUA, quando vale a pena viajar para comprar
21
IMÓVEIS Vila Isabel ultrapassa a Tijuca em lançamentos imobiliários até setembro
22
AUTOMÓVEIS O Gol é o carro mais vendido no Brasil, mas no Rio a preferência é por um carro da Fiat
23
SERVIÇOS 40 câmeras monitoram o trânsito na região e podem auxiliar motoristas a fugir de engarrafamentos
24
Frases, frases, frases .... Veja abaixo mais frases que selecionamos para você.
Muitas vezes, pequenas palavras nos ensinam muito. Outras nos divertem.
NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS – FRASES — 5
Amar uma pessoa significa querer envelhecer com ela. Albert Camus
Não há evidência maior de insani-dade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes. Albert Einstein
Ama-se mais o que se conquista com esforço. Benjamim Disraeli
Ama os teus inimigos, porque eles falam-te dos teus defeitos. Benja-mim Franklin
O ideal seria se todas as pessoas soubessem amar como sabem fingir. Bob Marley
Que prazer mais egoísta, o de cui-dar de um outro ser, mesmo se dan-do mais do que se tem pra receber. Cazuza
Ah o amor... que nasce não sei on-de, vem não sei como, e dói não sei porquê. Luis de Camões
“(...) Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis (...)”. Machado de Assis
Eu ando num labirinto e você em linha reta. Te chamo pra festa, mas você só quer atingir sua meta. Pauli-nho Moska
Amar, porque nada melhor para a
saúde que um amor correspondido. Vinícius de Moraes
Mesmo nublados, meus dias serão sempre lindos, pois tenho o prazer de acordar e ver você ao meu lado.
Eu amo as palavras, mas sou com-pletamente apaixonada por atitu-des. Tati Bernardes
O maior erro de um homem é não valorizar a mulher que lhe faz bem.
Mesmo quando estou rodeado de pessoas, nenhuma delas substitui a falta que você me faz.
Quer se livrar de alguém? Peça di-nheiro emprestado para ele.
Eu te desejo que você ganhe dinhei-ro e que você diga a ele, ao menos uma vez, quem é dono de quem. Frejat
Eu não ligo se uma pessoa é feia. Não ligo, não atendo, não adiciono em redes sociais...
Quem compra o que não pode, ven-de o que não deve.
Ter parentes no Facebook, é ter a certeza de que eles vão adicionar nossas ex-namoradas.
Nunca é cedo para uma gentileza, porque nunca se sabe quando pode-
rá ser tarde demais. Ralph Waldo Emerson
Trabalhe como se você fosse viver 100 anos e reze como se você fosse morrer amanhã.
Quem não tem Las Vegas, vai no bingo de Irajá. Quem não tem Be-verly Hills, mora no BNH. Zeca Ba-leiro
Começar já é metade de toda ação.
Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele. Henry Ford
Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia a mais. José Saramago
Se você pensa que é um derrotado, você será derrotado. Napoleon Hill
Quando eu morrer quero que colo-quem no meu caixão minha certidão de casamento. Ela é minha credenci-al para a área vip do céu.
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã. Mais um vez eu sei. Escu-ridão já vi pior, de endoidecer gente sã. Espera que o sol já vem. Renato Russo
O destino é o que baralha as cartas, mas nós somos os que jogamos. William Shakespeare
O dinheiro compra o crucifixo, mas não lhe dá a fé.
Quem poupa o lobo sacrifica a ove-lha.
Dinheiro é igual beleza: quem tem jura não ter, e quem não tem jura que não faz falta!
Espere o melhor, prepare-se para o pior, receba o que vier.
As mais altas torres começam do chão.
O melhor educador é o que conse-guiu educar a si mesmo.
Quem ama a rosa suporta os espi-nhos.
É mais fácil enfrentar um inimigo que te ataca, do que um amigo falso que te abraça.
Errei ontem, aprendi hoje e preten-do superar amanhã.
Quem já sabe o caminho chega pri-meiro.
As pessoas se sentem sozinhas, por-que em vez de construir pontes constroem muros.
6 — COMÉRCIO — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS
Shoppings oferecem mais atrações
O BoulevardRio Shopping destaca a arquite-
tura da construção, com o grande vão livre
O Shopping Tijuca desenvolveu campanha
mostrando a ligação com os moradores
A praça de alimentação é uma das priorida-
des da nova administração do Boulevard
No Tijuca deu-se ênfase para trazer novos res-
taurantes, que ainda não estavam no bairro
O s dois grandes centros comerciais da
Grande Tijuca vivem momentos de trans-
formação, beneficiando-se dos investimentos
realizados pelas novas administrações que as-
sumiram os empreendimentos nos últimos dois
anos. No final de 2010 a BR Malls uma das
gigantes do setor e com ações negociadas na
bolsa de valores, adquiriu o controle do Shop-
ping Tijuca, desembolsando R$ 425 milhões
por 49,9% das ações. Em agosto do ano passa-
do o grupo Ancar Ivanhoé, também um dos
maiores do setor, desembolsou R$ 300 milhões
para comprar o antigo Iguatemi, que foi rebati-
zado para Boulevard Rio.
Os novos gestores se declaram satisfeitos
com os resultados dos investimentos realiza-
dos. “O shopping está crescendo a mais de
15% ao ano, acima dos que havíamos projeta-
dos. E 2014 deverá ser ainda melhor, com os
efeitos dos investimentos que estão sendo rea-
lizados”, comemora Odirlei Fernandes, supe-
rintendente do Boulevard Rio.
O Shopping Tijuca já realizou várias refor-
mas internas e agora está fazendo revitalização
das fachadas. Essas mudanças resultam de uma
pesquisa realizada com os moradores da região
sobre o que eles queriam do centro comercial.
Uma constatação foi que havia forte demanda
de um “espaço gourmet”, com nomes de desta-
ques da culinária carioca. Com isso, a nova
administração reservou uma área de 1.500 me-
tros quadrados no terceiro piso chamada de
“Alameda Gourmet”. Entre os novos restau-
rantes já estão presentes o Gula Gula e o Galli.
A cafeteria Starbucks também se instalou no
shopping.
Além de maior “musculatura” para investi-
mentos — tanto o BR Malls quanto o Ancar
Ivanhoé têm porte internacional — o movi-
mento de revitalização dos dois centros comer-
ciais se beneficiou da pacificação da região da
Grande Tijuca, com a instalação de várias Uni-
dades de Polícia Pacificadora (UPP). Com isso
os próprios moradores da região voltaram a ter
mais orgulho dos empreendimentos locais. E
como esses passaram a oferecer mais opções
— e melhores —, o resultado foi um círculo
virtuoso, onde todos estão ganhando.
E mais investimentos estão sendo realiza-
dos. Fernandes informa que o setor de alimen-
tação também é uma das prioridades para o
Após mudança de controle, os dois shoppings da Grande Tijuca são beneficiados por investimentos
realizados pelas novas administrações e oferecem mais opções para o consumidor, com destaque para os segmentos de lazer e
alimentação. Objetivo é atrair uma população crescente e cada vez mais sofisticada
Boulevard-Rio. As obras estão em andamen-
to e serão entregues antes do Natal. Um dife-
rencial é que a nova praça de alimentação vai
criar ambientes que permitirão maior privaci-
dade aos frequentadores. “Muitas famílias se
reúnem em restaurantes e querem ficar mais
à vontade. O novo espaço vai permitir isso”,
complementou.
Em termos de expansão de área física os
dois shoppings foram evasivos. Fernandes
destacou a arquitetura do Boulevard, que pri-
vilegia os amplos espaços abertos, especial-
mente no vão central para descartar novas
expansões. Ele não vê condições de replicar
esse tipo de construção, pois exigiria grandes
áreas físicas. A seu ver, a transformação do
centro comercial será basicamente interna,
com novas lojas e outras atrações para o con-
sumidor. Na sua opinião, o grupo Ancar Iva-
nhoé já demonstrou capacidade em fazer
grandes transformações em centros comerci-
ais, com resultados surpreendentes. Um dos
exemplos é o Nova América. “Era um shop-
ping de outlet, que foi inteiramente reformula-
do e hoje é uma das jóias do grupo”, ilustrou.
O Shopping Tijuca também nega projeto de
expansão física, mas quem consultar os arqui-
vos da Secretaria de Urbanismo da Prefeitura
do Rio vai constatar que há um projeto de li-
cenciamento, com data de fevereiro último,
para “modificação de projeto aprovado com
acréscimo de área”. O endereço é Av. Maraca-
nã 987, justamente o do shopping. E os arqui-
vos da Prefeitura informam que esse projeto
soma 7.070 metros quadrados. Considerando
que atual Área Bruta Locável (ABL) do shop-
ping soma 35 mil metros quadrados, o projeto
de expansão é de 20%.
O Shopping Tijuca, na verdade, não são só
lojas. O complexo ainda possui três torres co-
merciais acopladas, compostas por cerca de
200 salas, com opções de serviços variados
como a clínica de diagnóstico por imagem
CDPI e o Laboratório Sergio Franco.
Em termos de tamanho, o Shopping Tijuca
é maior tanto em Área Bruta Locável (ABL),
Boulevard Rio Shopping
Shopping Tijuca
Conforme pode ser visualizado no mapa, os
shoppings Tijuca e Boulevard Rio distam
apenas 2,5 km um do outro. Em dias de trân-
sito livre é possível percorrer a distância en-
tre os dois em menos de 10 minutos, de car-
ro. Nem sempre o frequentador de um centro
comercial é o mesmo, havendo preferências
individuais pelos centros comerciais preferi-
dos. De qualquer forma, essa proximidade
faz com que um empreendimento esteja sempre
acompanhando a movimentação do concorren-
te, até para evitar surpresas desagradáveis.
Para o consumidor, a concorrência é sempre
saudável. E agora, com os dois pertencendo a
grupos empresarias de porte internacional, a
concorrência tende a ser ainda mais forte. Afi-
nal, ambos têm mais recursos para investir,
seja em marketing ou novos serviços.
quanto no número de lojas e estacionamento
de veículos. Enquanto o Shopping Tijuca tem
35 mil metros quadrados e 300 lojas, o Boule-
vard Rio Shopping tem 28.552 metros quadra-
dos e 187 lojas.
Ambos oferecem serviços complementares
que dão conforto aos usuários, como cinemas e
academias de ginástica. No Tijuca, a academia
é a Body Tech, que busca o segmento dos fre-
quentadores mais sofisticados. No Boulevard,
quem está presente é a Physical, com forte pre-
sença na região da Tijuca. A rede de cinemas
no Tijuca é a Kinoplex e no Boulevard é a Se-
veriano Ribeiro, mas que também passará a ser
Kinoplex no primeiro trimestre de 2014.
Para os lojistas, a grande diferença é o valor
da locação, com a relação dos aluguéis oscilan-
do entre 1 para 2 ou 1 para 3. Ou seja, se o alu-
guel do metro quadrado no Boulevard Rio
atinge R$ 1.000, no Tijuca é duas a três vezes
mais caro, dependendo da localização e área
total.
Quem caminha pelas alas dos dois empreen-
dimentos, porém, vai notar que há mais lojas
disponíveis para locação no Boulevard do que
no Tijuca, indicando o shopping mais procura-
do pelo comércio.
De qualquer forma, a julgar pelos investi-
mentos dos dois grupos empresariais, nota-se
que ambos estão acreditando no potencial de
expansão. Como têm musculatura de gigantes,
os investimentos tendem a ser crescentes, o
que é melhor para o consumidor. &
PROMOÇÕES E NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — COMÉRCIO —7
Aposentadoria preocupa grandes e pequenos
A revista EXAME divulgou duas capas em-
blemáticas recentemente, tratando de questões
que afetam diretamente grandes e pequenos
empresários: qual a melhor hora de deixar o dia
a dia dos negócios e se aposentar. Enquanto
Abílio Diniz, ex-todo poderoso do grupo Pão
de Açúcar (o maior grupo varejista do país)
assumiu o comando da BR Foods (Sadia + Per-
digão), o presidente do Itaú, Roberto Setúbal
ganhou sobrevida de alguns anos no seu cargo
após alterações no estatuto do banco, que prevê
aposentadoria compulsória aos 60 anos. Diniz
está com 76 anos e Setúbal com 58.
Mas se o assunto é sensível aos grandes e
pequenos, há diferenças expressivas entre os
dois grupos. Enquanto há “filas” de candidatos
para os cargos-chave de grandes empresas, os
pequenos, muitas vezes, não encontram suces-
sores na própria família. E muitos continuam
em atividade simplesmente porque não têm pa-
ra quem deixar os negócios.
Nesta página há a reprodução das duas ca-
pas da revista e um “manifesto do idoso”, que
resume a opinião de alguém que não tem receio
de se declarar “velho”. Ao contrário, ele até vê
vantagens na acumulação de experiências. Em
muitas casos, o idoso conquista também a li-
berdade.
Na página seguinte há uma simulação de
como pequenas economias no dia a dia podem
fazer diferenças relevantes em horizontes de
20, 30 ou 40 anos. Ou seja, qual seria a pou-
pança acumulada ao longo de uma vida, com
redução de gastos entre R$ 10 e R$ 20 ao dia.
São páginas complementares, que podem trazer
subsídios tanto a quem está começando a vida
8 — VIDA PESSOAL — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS
O brasileiro é o que tem a expectativa de se aposentar mais jovem, aos 46 anos de idade, conforme pesquisa do Banco HSBC.
Isso apesar de a população do país estar “envelhecendo”, conforme mostram dados do IBGE. A revista Exame tratou do assunto em duas reporta-
gens de capa recentemente. É um tema sensível aos pequenos empresários, pois muitos não têm sucessores na própria família.
A idade me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou per-der tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou co-mer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
Eu nunca trocaria os meus amigos surpre-endentes, a minha vida maravilhosa, a minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhe-cendo, tornei-me mais amável para mim, e me-nos crítico de mim mesmo. Eu tornei-me o meu próprio amigo... Eu não me censuro por comer um cozido à portuguesa ou uns biscoitos extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo supérfluo que não precisava. Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser
extravagante. E livre.
Vi muitos amigos queri-dos deixarem este mun-do cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelheci-mento. Quem vai me censurar se resolvo fi-car lendo ou jogar no computador até as qua-tro horas e dormir até meio-dia? Eu dançarei ao som daqueles suces-sos maravilhosos dos
“Eu gosto de ser idoso” Esse texto — de autor desconhecido — circula na Internet.
Numa sociedade onde só se cultua o jovem, fica o manifesto da experiência.
anos 60 & 70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido ... Eu vou.
Vou andar na praia com um calção excessi-vamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu qui-ser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set. Eles, também, vão envelhecer ...
Eu sei que às vezes esqueço algumas coisas. Mas há algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas impor-tantes.
Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. Como o seu coração pode não que-brar quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril. E nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.
Eu sou tão abençoado por ter vivido o sufici-ente para ter meus cabelos grisalhos. E ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto. Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais. Eu ganhei o direito de estar errado.
Assim, para responder à sua pergunta, sim eu gosto de ser idoso.
profissional, quanto a quem
está em vias de se aposentar.
A mudança de comporta-
mento é mais sensível no
público jovem, mas econo-
mizar traz efeitos em qual-
quer etapa da vida. Até por-
que a tendência é continuar
na ativa por mais temo, co-
mo mostra o exemplo de
Abílio Diniz.
Veja, abaixo, o manifesto
do idoso. É uma leitura
emocionante.
PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — VIDA PESSOAL — 9
Despesas diárias com refeições
Mais caro Médio Econômico
Gasto por dia em diferentes situações — refeições mais caras e baratas
Café da manhã 6,00 5,00 4,00
Almoço 12,00 10,00 8,00
Lanches 6,00 5,00 4,00
Total 24,00 20,00 16,00
Quanto é possível economizar mudando pequenos hábitos
Economia Por dia Por mês Por ano
Mais caro para médio (A) 4,00 84,00 1.008,00
Médio para econômico (A) 4,00 84,00 1.008,00
Mais caro p/ econômico (B) 8,00 168,00 2.016,00
Total acumulado (sem capitalização de juros)
Situação A Situação B
5 anos (60 meses) 5.040,00 10.080,00
10 anos (120 meses) 10.080,00 20.160,00
15 anos (180 meses) 15.120,00 30.240,00
20 anos (240 meses) 20.160,00 40.320,00
25 anos (300 meses) 25.200,00 50.400,00
30 anos (360 meses) 30.240,00 60.480,00
Taxas de aplicação (% ao mês)
0,25% 0,50% 1,00%
fundos imo-
biliários
fundos
agressivos
fundos
poupança Período Situação
5 anos A—R$ 68 5.430,32 5.860,68 6.860,25
60 meses B—R$ 164 10.860,65 11.721,37 13.720,50
10 anos A— R$ 68 11.738,28 13.765,87 19.323,25
120 meses B–R$ 164 23.476,56 27.531,73 38.646,50
15 anos A-R$ 68 19.065,71 24.428,77 41.964,74
180 meses B-R$ 164 38.131,41 48.857,54 83.929,47
20 anos A-R$ 68 27.577,37 38.811,44 83.097,45
240 meses B-R$ 164 55.154,74 77.622,87 166.194,90
25 anos A-R$ 68 37.464,66 58.211,49 157.823,12
300 meses B-R$ 164 74.929,31 116.422,99 315.646,23
30 anos A-R$ 68 48.949,90 84.379,26 293.576,99
360 meses B-R$ 164 97.899,80 168.758,53 587.153,97
Pequenas economias geram boa poupança
O brasileiro espera se aposentar aos 46 anos de idade, conforme
pesquisa conduzida pelo Banco HSBC, concluída em junho. Dos 15
países pesquisados, é o que espera se aposentar mais jovem — a
média dos 15 países é de 59 anos; no Reino Unido e Estados Unidos é de 65 anos. O brasileiro é
o que espera viver mais tempo após se aposentar (23 anos) ,mas apenas 12 anos estariam cober-
tos e outros 11 anos ficariam sem recursos suficientes. Cerca de 81% lamentam não ter feito pou-
pança suficiente. O Estado é o grande provedor de recursos do aposentado brasileiro, conforme a
pesquisa (46%). Apenas a França (83%) e o México têm participação maior (54%). A íntegra do
estudo pode ser baixada no link: http://isearch.hsbc.com/search?=default_frontend&num=10
Brasileiro quer se
aposentar cedo, mas
teme falta de recursos na
aposentadoria
P equenas economias podem gerar poupanças expressivas ao longo
dos anos. Isso fica claro nas tabelas e gráfico ao lado. Uma economia diária de R$ 8,00 (alterando a rotina do lanche e café da manhã) pode gerar poupança de R$ 168 mensais. Aplicados a 1% ao mês, essa sobra pode resultar num pe-cúlio de quase R$ 600 mil ao final de 30 anos, em valores atuais, ou seja des-considerando-se os efeitos da inflação sobre o dinheiro.
Essa taxa de juros já não é tão fácil
de se conseguir no mercado financeiro brasileiro, embo-ra o Brasil continue com uma das taxas de juros mais elevadas do mundo. Mesmo a taxa mensal de “apenas” 0,25% ao mês (que faria a alegria de japoneses e euro-peus) pode-se garantir um pecúlio de quase R$ 100 mil ao final de 30 anos. Com taxa de 0,50% ao mês a poupança poderá atingir R$ 168 mil.
Para fazer a poupança mensal bastam pequenas alterações na rotina. Quem toma café da manhã e no almoço fora de casa e gastar R$ 24,00 por dia poderia
reduzir para R$ 16,00 diários (economia de R$ 8,00 por dia ou R$ 168,00 no mês).
Muitas vezes é possível outras pe-quenas economias que aplicadas de for-ma sistemática gera muitos ganhos gra-ças à força dos juros compostos (juros sobre juros). Quem faz acompanhamen-to do orçamento de forma regular pode identificar outras alternativas, pensando em formar pecúlio. É um trabalho lento e exige disciplina mas os ganhos podem ser compensadores.
O número azul mostra os anos co-
bertos pela poupança. Em amarelo,
os descobertos. O laranja é o total
de anos, após aposentadoria.
A tabela acima simula qual seria o valor acumulado no
período, considerando a poupança diária da tabela ao lado.
Para melhor visualização, veja gráfico acima.
E a Dilma não sabia que o Google sabia ...
Icann ou UIT, uma disputa política A presença da Internet — rede das redes — assumiu
importância crucial não só para as empresas como tam-
bém para os governos. E há uma disputa política (e ideo-
lógica) sobre quem deve “governar” a rede, se o setor
privado ou órgãos do governo. Isso está sempre presente
nos debates dos fóruns especializados, mas nem sempre o
assunto é colocado de forma clara para o público leigo.
Desde o início, as Forças Armadas americanas estive-
ram envolvidas na Internet. Mas mantendo a coerência do
sistema político daquele país, a opção foi que a grande
rede ficasse sob o controle de um órgão privado, sem fins
lucrativos, chamado ICANN (Internet Corporation for
Assigned Names and Numbers—www.icann.org).
Esse órgão fica nos Estados Unidos e muitos especia-
listas consideram que, de fato, o controle é do governo
americano. A entidade garante a sua independência e
acentua que há um grupo de representantes que dão a
orientação para as suas atividades. Assegura que não
interfere em correios eletrônicos (e nem pode impedir o
spam). A entidade é presidida por Fadi Chehad, libanês
com nacionalidade libanesa, egípcia e americana.
No ano passado, representantes de 193 países tenta-
ram, sem sucesso, transferir esse poder para a União In-
A presidente Dilma usava o sistema de email do Google, que além de gratuito funciona bem. Os jornais informaram, porém, que a presidente não
sabia que o Google consegue “ler” as mensagens postadas em seu sistema. O Google alega que não invade a privacidade dos seus usuários. O
acesso é através de robôs que geram os anúncios. Assim o sistema continue sendo gratuito. Um ditado americano diz: “não há almoço grátis”.
ternacional de Telecomunicações (UIT), vinculada à
ONU e baseada na Suíça. Através desse órgão, os gover-
nos passariam a ter ingerência mais incisiva sobre a go-
vernança da rede.
No Brasil, o órgão de controle da Internet é o Comitê
Gestor da Internet (CGI.br). Cabe a esse órgão fazer o
registro dos domínios com o sufixo .br, ou seja, para cir-
cular no Brasil. Ela se define como uma entidade plura-
lista, sem personalidade jurídica formada por 21 mem-
bros, com representantes do governo, meios acadêmicos e
do meio empresarial.
A grande rede só começou a se difundir no Brasil há
21 anos, quando da realização da ECO-92. A difusão se
deu, porém, a partir de 1995 e a configuração atual foi
regulamentada em 2003, quando foi instituído um sistema
de governança com 11 representantes do setor privado (4
de entidades empresariais, 4 de ONGs e 3 de universida-
des) e 10 do governo, sendo um do Ministério da Ciência
e Tecnologia.
O assunto está em discussão no Congresso, que está
buscando consenso para pontos polêmicos, que seriam
consolidados no Marco Civil de Internet. Há grandes di-
vergências entre os parlamentares.
Quem observar os anúncios postados pelo Google quando abrir a sua mensa-
gem poderá observar que há “coincidência” entre o teor da mensagem e os
anúncios que aparecem na página.
Se o texto fala sobre viagens a Miami, por exemplo, aparecerão pacotes de via-
gens. Se o teor da mensagem é sobre investimentos em bolsa de valores, os
anúncios mudam— e passam a divulgar opções de investimentos.
Não é coincidência, portanto. Os robôs do Google (pequenos sistemas de com-
putador) leem as mensagens e buscam anúncios vinculados. Tudo isso em ques-
tão de segundos. É bom para quem anuncia, pois a publicidade é focada. Nem
sempre o usuário do correio do Google, porém, está atento a esses detalhes.
E não adianta fugir muito. Outros provedores de serviços gratuitos de mensa-
gem eletrônica (Microsoft com o outlook/hotmail e o Yahoo) adotam práticas
semelhantes. Mas o usuário pode configurar o seu serviço e recusar que apare-
çam anúncios. A empresa garante que a eficácia do sistema será a mesma.
O escândalo da espionagem
da correspondência de
membros do governo brasileiro,
inclusive da presidente da Repúbli-
ca, Dilma Rousseff, trouxe à tona
um dos pontos mais polêmicos da
Internet, que é a questão da priva-
cidade. Ou seja, como você pode-
ria impedir que outros acessem o
seu computador — e os seus arqui-
vos — e ‘roubem’ informação.
A questão interessa não só aos
governos, como empresas de gran-
de porte e qualquer organização
que precise colocar os seus dados
em algum tipo de rede e ao cida-
dão comum. Ao vincular a rede
particular da empresa e/ou organi-
zação à Internet — que é uma rede
que conecta outras redes — há o
risco de a informação vazar. Seja
por questões de espionagem eco-
nômica, como o governo brasileiro
acusa o governo americano e cana-
dense, seja por outro tipo de mili-
tância.
Os policiais militares do Rio de
Quando um computador
entra na rede —Internet —
outros computadores po-
dem vê-lo e acessá-lo. É
preciso usar sistemas de
proteção para evitar isso.
Janeiro, por exemplo, tiveram seus
dados divulgados por um grupo
que se denomina de “anonymous”.
Após acessar os dados o grupo
passou a divulgá-los publicamente,
expondo esses profissionais a situ-
ações de risco. Alguns moram em
áreas com forte concentração de
bandidos, mas poucos sabem do
seu vínculo com a polícia. Quando
o dado é divulgado de forma públi-
ca, todos passam a ter acesso, in-
clusive outros bandidos.
A privacidade é considerada
uma “conquista”, com batalhas
históricas envolvendo principal-
mente a correspondência através
dos correios. Teoricamente, só
com autorização judicial, alguém
pode ter acesso a correspondência
alheia.
Em tempos de Internet, porém,
há dúvidas sobre a eficácia e vali-
dade desses direitos. Muitos advo-
gam o “fim da privacidade”. Os
efeitos desta postura, porém, não
seriam pequenos. Nem indolores.
10 — TECNOLOGIA — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS
PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — TENDÊNCIAS—11
Renda concentrada A concentração de riqueza voltou a se acen-
tuar nas últimas décadas nos Estados Unidos e
se aproximam do recorde histórico. Conforme
acompanhamento de uma entidade do setor pri-
vado — Center for Economic and Policy Rese-
arch (CEPR) - www.cepr.org) — a parcela
mais rica da população, equivalente a 1% do
total, responde por quase um quinto da renda
total gerada na maior economia do mundo
(19,34% em 2012).
Esse patamar é similar ao observado há 70
anos, na década de 30, quando estava em
19,6% (veja gráfico). Para Colin Gordon, ana-
lista do CEPR, além da situação econômica,
políticas públicas também interferem no grau
maior ou menor de concentração de renda. Ele
vê no movimento de liberalização da economia
— redução do controle sobre os bancos e os
meios de telecomunicações — como indutores
do processo de concentração.
A CEPR foi criada em 1993 e se define co-
mo instituição apartidária e é bancada por algu-
mas das maiores fundações americanas, como
Fundação Ford e Banco para Compensações
Internacionais (BIS—banco central dos bancos
centrais).
Nacionais em smartphone Desde o dia 15 de outubro, os smartphones
produzidos no Brasil e beneficiados com isen-
ção fiscal do governo deverão sair da fábrica
com um pacote de pelo menos cinco aplicati-
vos nacionais. Segundo informou o ministério
das Comunicações, o número de aplicativos
exigidos vai aumentar gradualmente ao longo
de 2014, passando a 15 em janeiro, 30 em ju-
lho e 50 em dezembro.
O objetivo do governo é dar mais visibilida-
de aos sistemas desenvolvidos no país e a ex-
pectativa do ministério das Comunicações é
que fabricantes abram canais para receber pro-
postas de programas por parte dos pequenos
Decisões e fatos que afetam os negócios desenvolvedores e que também promovam con-
cursos e eventos para selecionar aplicativos.
Tela da Foxconn não saiu A parceria do governo — via BNDES —
com a taiwanesa Foxconn para instalar uma fá-
brica de telas no Brasil não decolou. O anúncio
da construção da fábrica foi feito em fevereiro
de 2011 durante visita da presidente da presi-
dente Dilma Rousseff à China. Agora ninguém
fala mais no assunto. Técnicos do BNDES in-
formaram que o projeto não era interessante ao
banco, que teria de aportar muito dinheiro em
projeto de risco.
O então ministro da Ciência, Tecnologia e
Inovação, Aloizio Mercadante, anunciou que a
companhia pretendia investir US$ 12 bilhões no
Brasil em um período de quatro a seis anos. Em
um primeiro momento, de 2011 a 2013, a com-
panhia fabricaria telas para celulares e tablets.
A partir de 2014 teria início a produção de telas
para TVs.
No fim de 2012, a Foxconn anunciou um
investimento de US$ 1 bilhão em uma fábrica
de componentes em Itu, no interior de São Pau-
lo. O projeto ainda não saiu do papel devido a
uma disputa judicial sobre a propriedade do ter-
reno em que a unidade será instalada.
Alencar no PMDB Josué Gomes da Silva, presidente da Cotemi-
nas, seguiu os passos do seu pai, José Alencar, e
ingressou na política, filiando-se ao PMDB, em
concorrida cerimônia realizada no início de ou-
tubro, em Brasília. O seu pai foi vice-presidente
de Lula e muitos veem a decisão de Josué como
o primeiro passo para disputar o governo de Mi-
nas Gerais.
Poucos duvidam da aliança de Alencar com
o governo, já que o BNDES é um dos principais
acionistas do grupo e faz parte do bloco de con-
trole. Além disso, fundos de pensão estatais são
acionistas relevantes da Coteminas. Ou seja, a
empresa tem sólidas (e boas) ligações com em-
presas do governo.
No balanço divulgado em junho, a Cotemi-
nas revela empréstimos junto ao Banco do Bra-
sil de R$ 244 milhões a taxa de 102% a 108%
do CDI (indicador de referência no mercado
financeiro). O Itaú BBA tinha outros R$ 205
milhões emprestados na mesma época, com ta-
xa de 117,7% acima do CDI. A Coteminas tor-
nou-se umas principais empresas têxteis do
mundo, ao adquirir a americana Springs. No
Brasil controla a Artex, M Martan, Santista,
Casa Moyses, entre outras.
Proliferação de senhas As grandes empresas de tecnologia estão
trabalhando duro para equacionar um dos prin-
cipais problemas da era digital, a grande proli-
feração de senhas. Senhas mais longas e troca-
das com frequência são as mais eficazes, mas
são difíceis de serem memorizadas. Por isso,
muitas estão trabalhando para oferecer soluções
que sejam, ao mesmo tempo, seguras e conve-
nientes.
Muitos laptops já vêm com leitor de impres-
sões digitais integrado. Os smartphones e ou-
tros dispositivos móveis também estão adotan-
do opções biométricas, como reconhecimento
facial e de voz. Algumas empresas estão usan-
do até fones de ouvido. Os gadgets leriam
"senhas mentais". O Google está testando to-
kens que geram senhas numéricas aleatórias, já
usadas por bancos e outras empresas.
A maioria dos especialistas concorda, po-
rém, que não há uma solução “perfeita”. Uma
tecnologia resolve alguns problemas, mas nem
sempre se aplica a todos. A falta de digitais (ou
do próprio dedo), por exemplo, pode dificultar
reconhecimento biométrico.
Brasileiro otimista O brasileiro é um dos povos mais otimistas
do mundo quanto às perspectivas financeiras. A
conclusão é de uma pesquisa da Future Founda-
tion, empresa sediada em Londres e especiali-
zada em pesquisas sobre tendências do consu-
mo. Essa tendência já havia observada em 2011
e se acentuou em 2013 (ver gráfico).
Os mais pessimistas, ainda segundo a pes-
quisa, são os franceses. E o que pior, a tendên-
cia de ver o futuro mais “vermelho” está au-
mentando na França.
12 — EDUCAÇÃO — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS
Em Vila Isabel, educação financeira (gratuita)
Carlos Batalha: “Percebemos que havia muitos
funcionários com descontrole financeiro
Devedores anônimos, em
busca de mais ajuda Toda sexta-feira, das 19h às 21h, um grupo de
pessoas se reúne na Igreja Nossa Senhora do
Líbano (Rua Conde de Bonfim 638) em busca
de um objetivo comum: melhorar o controle de
suas finanças e reduzir (ou eliminar) o endivi-
damento.
O trabalho se inspira no movimento dos alcoó-
licos anônimos, onde pessoas com problemas
comuns com o álcool tentam se ajudar. No ca-
so, o objetivo é buscar soluções para o endivi-
damento.
O grupo é discreto e tem pouca visibilidade. E
não há garantias de se encontrar soluções
“milagrosas”. Até porque o problema não é
fácil.
Quem quiser mais informações pode visitar o
site www.devedoresanonimos-rio.org.
Quem precisa de suporte jurídico, pode buscar
apoio na Defensoria Pública do Estado, no
Terminal Menezes Cortes (centro do Rio). Ali
funciona o núcleo de defesa do consumidor,
com apoio à renegociação de dívidas.
Q uem está com problemas financeiros, nem
sempre tem recursos para buscar orientação
técnica para resolver as suas pendências. Mas
em Vila Isabel funciona, há dois anos, uma es-
cola voltada especificamente para quem tem
dúvidas (ou dívidas) e quer buscar apoio. E o
que é melhor: com cursos, palestras e consulto-
ria inteiramente gratuitos.
Embora a escola seja mantida pelo fundo de
previdência dos funcionários do Governo do
Estado do Rio (RioPrevidência), os serviços
estão abertos a todos. “É um serviço que presta-
mos para a comunidade, não só para os funcio-
nários”, explica Carlos Batalha, diretor da insti-
tuição desde a sua fundação.
Mesmo sendo gratuitos, não há dificuldades
para assistir as palestras e cursos, garante. A
única exceção é o programa “Dr. Finanças”, em
que há uma consultoria personalizada. Nesse
caso, o atendimento é somente às sextas-feiras,
e é preciso entrar “na fila” para o atendimento,
especialmente na primeira vez.
“O instrutor faz uma entrevista pessoal e tra-
ça um programa de trabalho. O atendimento é
individual”, explica.
A ideia de se montar a escola surgiu da cons-
tatação de que muitos funcionários do Estado
(aposentados e da ativa) tinham problemas fi-
nanceiros. “Eles precisavam de ajuda. Daí sur-
giu a escola, fundada pelo ex-presidente do Rio
Previdência (hoje Secretário de Educação), Wil-
son Risolia. “A experiência deu certo”, comple-
mentou.
(Endereço: Rua Felipe Camarão, 83 - Vila
Isabel - Tel: 2334-1846 )
Tecnologia gera mais riqueza que petróleo
EMPREENDEDORISMO — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS – 13
Quem não acompanha o dia a dia
do mercado de capitais deve es-
tranhar o gráfico acima, que mos-
tra o “valor de mercado” de em-
presas bem conhecidas dos brasi-
leiros. O Facebook, fundada há 9
anos por um adolescente america-
no (Mark Zuckerberg) é avaliado
em US$ 124 bilhões, enquanto a
Petrobras poderia ser comprada
na bolsa por US$ 105 bilhões.
No mundo real, ninguém duvida
da importância da Petrobras para
o Brasil. Na verdade, se a empre-
sa não operar bem, o país sim-
plesmente para, enquanto o Face-
book ainda é visto como algo
“estranho”, especialmente pelos
mais idosos.
Os números retratam, porém, o
processo de formação de riqueza
no século XXI, em que a tecnolo-
gia assume papel cada vez mais
estratégico, embora muitos ainda
advoguem que o maior bem de um
país sejam as riquezas minerais.
O fracasso da OGX ilustra o fato.
A empresa até descobriu petróleo.
Mas não tinha tecnologia para
extraí-lo e foi à lona. A Petrobras,
além do petróleo, desenvolveu
tecnologia adequada e está viva.
A líder mundial, em valor de mer-
cado, é a Apple, avaliada em US$
440 bilhões. A Exxon, maior pe-
troleira negociada em bolsa, vale
US$ 60 bilhões a menos.
John D. Rockfeller cunhou a fa-
mosa frase que diz que o melhor
negócio do mundo é uma empresa
de petróleo bem administrada, o
segundo melhor uma empresa de
petróleo mal administrada. No
século XXI, a frase não vale mais.
Muitos eventos para o empreendedor Grandes eventos sobre empreendedorismo estão programados para novembro, incluindo a Semana
Global da Endeavor e encerrando com a Feira do Empreendedor, organizada pelo Sebrae. Em meados do
mês, a ExpoMoney, especializada em mercado de capitais, mas que abriu espaço para discutir o tema.
O movimento para o fortalecer
o empreendedorismo no Brasil
está ganhando forças. Isso fica
claro no grande número de even-
tos sobre o tema, além de ações de
diversos governos — federal e
estaduais — visando a criar at-
mosfera favorável ao investimen-
to de risco no país, especialmente
em start-ups.
O movimento ocorre apesar de
o Brasil ser considerado um dos
países que mais impõe restrições
ao desenvolvimento dos negó-
cios, seja pelo excesso de buro-
cracia ou pelo elevado nível dos
impostos.
A tabela abaixo, preparada
pelo Banco Mundial, mostra que
na América Latina, o Brasil só
está em posição melhor do que a
Venezuela, cuja economia está
em frangalhos. A pontuação do
Brasil é de apenas 54,66, em 100
Doing Business — distância relativa das melhores práticas (Quanto mais próximo de 100, melhor para os negócios)
Economy DB 2006 DB 2007 DB 2008 DB 2009 DB 2010 DB 2011 DB 2012 DB 2013 DB 2014
Argentina 69,55 69,81 70,18 68,54 69,17 68,96 69,38 69,68 68,77
Brazil 48,78 48,81 48,75 49,02 50,95 52,7 52,92 52,99 54,66
Chile 78,69 78,75 78,9 79,03 79,1 82,09 87,14 87,22 88,11
Colombia 70,12 68,78 70,84 76,17 79,88 81 81,8 81,64 81,64
Ecuador 56,8 58,51 58,84 58,04 60,07 62,26 62,77 62,75 63,34
Mexico 69,33 78,63 78,82 77,02 82,45 86,7 87,19 87,47 87,5
Paraguay 41,18 42,5 72,42 73,59 74,94 75,13 76,07 76,12 76,43
Peru 57,19 64,41 64,73 66,86 74,92 83,87 86,08 86,24 86,29
Venezuela 46,65 46,95 46,61 46,77 47,11 46,37 46,86 46,67 45,72
China 41,56 59,42 60,65 59,14 61,55 62,23 63,21 66,99 67,38
India 41,93 49,68 49,22 51,9 53,79 58,03 61,13 61,67 62,74
South Africa 77,14 77,36 79,98 85,66 85,67 85,66 88,78 88,78 88,78
Russia 80,26 80,55 80,61 80,81 80,97 80,87 80,92 83,37 85,91
Iran 80,66 80,78 80,8 80,9 86,92 86,45 86,48 83,68 83,72
Iraq 66,69 62,7 58,98 52,41 62,84 58,35 57,8 67,31 72,34
Egypt 41,61 46,62 81,31 84,82 85,16 86,33 86,4 86,42 86,49
Fonte: Banco Mundial — www.doingbusiness.org/data
O quadro abaixo mostra que o ambiente no Brasil não é favorável às empresas
pontos possíveis. Apesar do quadro, o
brasileiro demonstra que acredita em si
mesmo e quer empreender.
A pós um período de adaptação, a lei nº
12.485/11, também conhecida como a
Lei da TV Paga, já rende frutos. Criada pelo
governo federal para fomentar a demanda por
produtos nacionais do setor audiovisual, a nor-
ma estabelece uma cota mínima, atualmente de
2h20, de conteúdo feito no Brasil a ser veicula-
do semanalmente em horário nobre nos canais
de televisão por assinatura. A obrigatoriedade
subirá para 3h30, com algumas exceções
(canais de órgãos oficais e de estrangeiros).
Hoje, já é visível o número de programas e
documentários brasileiros, disponíveis aos te-
lespectadores.
De acordo com Rosana dos Santos Alcânta-
ra, da diretoria da Ancine (Agência Nacional
do Cinema), os custos dos conteúdos estrangei-
ros (comercializados no mercado internacio-
nal), serão “sempre menores que os custos de
produção de uma obra nacional inédita”. Daí a
necessidade de incentivar o protagonismo dos
conteúdos brasileiros, principalmente de pro-
dutoras independentes, avalia Rosana.
Por falta de programas inéditos, muitas ope-
radoras repetem as mesmas séries diversas ve-
zes na semana, em muitos casos até nos mes-
mos horários. Para os especialistas, isso sinali-
za a “urgência” de se ampliar o conteúdo naci-
onal, abrindo novas oportunidades de negócios
e de trabalho para quem atua no segmento au-
diovisual. O setor de tevê paga vive um bom
momento no Brasil, com ampliação do número
de assinantes e da publicidade.
Em documento divulgado em agosto, a An-
cine aponta algumas das conquistas do merca-
do audiovisual do País: triplicação da quantida-
de de horas de conteúdo brasileiro veiculado
por mês e o crescimento da taxa de ocupação e
dos salários das produtoras do segmento.
Segundo a Ancine, com bases nos dados do
Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplica-
da), para o nível técnico, as ocupações que re-
gistraram maiores ganhos de remuneração fo-
ram os técnicos de operação de câmera foto-
gráfica, de cinema e de televisão.
O diretor executivo da ABPITV, Mauro
Garcia, acredita que a produção brasileira está
encontrando o próprio espaço na grade dos ca-
14 — OPORTUNIDADES — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS
Mais ‘brasil’ na TV a cabo amplia oportunidades
Francisco Barbosa
nais por assinatura.
“Tem muitos canais
fazendo propaganda
sobre séries brasileiras
para atrair telespectado-
res. Estão indo além do
que determina a lei”,
afirma.
Mas o setor não é só
elogios à medida. Mau-
ro Garcia, da ABPITV,
critica os recursos desti-
nados pelo governo fe-
deral para o setor audio-
visual do Brasil, através
do Fundo Setorial do
Audiovisual. “Hoje, o
financia mento está
aquém do aquecimento
do necessário pelo mer-
cado”, reclama. O go-
verno alocou R$ 205
milhões para fortalecer a
cadeia produtiva do au-
diovisual.
Para Garcia, a expec-
tativa é que o mercado
de se torne sustentável e
não “ficar amparado em
fundos governamentais”.
Ele acredita que o setor
vai atrair mais recursos
da publicidade.&
Por determinação legal, tevê a cabo ampliou a exibição de “conteúdo nacional” (filmes e audiovisuais produzidos no Brasil)
desde setembro. Muitas operadoras reclamam da falta de programas inéditos e buscam parcerias com produtores independentes ampliando a
oferta de trabalho e oportunidades de negócios. Consumidor reclama do excesso de reprises, devido à falta de programas originais.
Indicadores do setor Indicador 2013 / 2 trim 2012 / 2 trim % período
Assinantes TV por assinatura 16.960.993 14.535.183 16,7%
Assinantes banda larga 6.500.000 5.314.508 21,7%
Fatura (inclui publicidade) R$ 6.759.970.188 5.704.395.797 18,5%
Empregos diretos e indiretos 98.045 95.805 2,3%
Fonte: ABTA
O gráfico mostra o
rápido e firme
crescimento do setor de
tevê paga no Brasil. Em
2012 o setor cresceu
27%, seguindo saltos de
30% em 2011 e 31% em
2010. As projeções para
2013 sinalizam a
manutenção do ritmo
forte de crescimento.
PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — NEGÓCIOS — 15
Um ditado espanhol afirma que
yo no creo em brujas, pero que las
hay, las hay (eu não acredito em
bruxas, mas que elas existem,
existem) resume o que se passa no
mundo dos negócios. É cada vez
mais frequente a utilização de
dados “científicos” para se
administrar uma empresa, mas
m u i t o s e m p r e s á r i o s n ã o
dispensam um “amuleto da sorte”
quando precisam tomar decisão
difícil.
A moda mais recente é analisar
o chamado “Big data” ou a grande
massa de informações que os
internautas postam diariamente na
Internet. A esperança dos analistas
é descobrir — e antecipar —
novas tendências na cabeça do
consumidor e desenvolver
produtos e serviços que atendam
essas novas necessidades.
Quem crê em “bruxas” nem
sempre dá valor a essas análises. E
quem dá grande importância a
todas essas tendências, nem
sempre consegue captar o que
“vem por aí”. Basta ver a análise
semanal divulgada pelo Banco
Central com a chamada Pesquisa
Focus. Nela são resumidas as
projeções dos mais experientes
profissionais de economia do país
— e os erros são mais frequentes
do que eles admitem.
O gráfico nesta página mostra
que na primeira semana de
janeiro, o mercado financeiro
previa que os juros dos papéis do
governo e da poupança chegariam
em dezembro em 7,25% ao ano.
As projeções mais recentes já
sinalizam a 10%. Se um
e mp re sá r io c o m et er er r o
semelhante em alguns dos seus
i n d i c a d o r e s - c h a v e , a s
consequências serão relevantes.
Ainda em junho, a mesma
pesquisa Focus sinalizava que os
Fonte: http://sortegoodluck.blogspot.com.br/2013/01/talismas-e-amuletos-da-sorte.html
O logo de Eike Batista mudou. O X permanece, mas a direção do Sol agora é
para a direita (sentido horário). O antigo era para esquerda (anti-horário).
A superstição no mundo dos negócios O empresário Eike Batista já entrou para a história com recordes na criação e destruição de riquezas. No auge, Eike não escondeu que era
supersticioso. Diversos levantamentos mostram que a superstição é muito forte nos negócios. Se a crença nem sempre ajuda, a matemática também
tem suas falhas, como mostra a pesquisa Focus, do BC (ver abaixo). A propósito: você olha para um gato preto e fica indiferente:
Encarar os olhos de um gato
preto — frente a frente — é um
desafio para alguns. E muito
agradável para outros. As cren-
ças não são uniformes. O que
para uns é azar, para outros é
sorte. O número 13, por exem-
plo, é evitado por muitos. O ex-
presidente Lula (e o PT) teve
sorte com o numeral. Zagalo, ex
-técnico da seleção, também
adora o 13.
As inúmeras opções de “amuletos” da sorte
preços públicos (combustíveis,
energia elétrica, transportes)
subiriam 4,35% em 2013. A
revolta das ruas, porém, fez o
governo recuar dos aumentos e
a previsão agora é de um
reajuste de 1,80%. Quem seria
capaz de prever um movimento
tão forte como aquele? E a sua
influência sobre os preços
públicos (e sobre a Petrobras)?
O empresário Eike Batista
não escondia de ninguém que é
um homem supersticioso. Tanto
que colocou um X nas suas
empresas como símbolo de
multiplicação. E os contratos
que assina sempre tem o final
63, que é o número de uma
lancha com a qual venceu várias
provas náuticas.
Quanto descobriu que o poço
que furou não tinha petróleo,
descobriu a “causa”: o logotipo
da sua empresa estava errado
(ver ilustração acima).
Para os especialistas, a
superstição nos negócios
funciona como um placebo na
medicina. Quando o paciente
acredita, os resultados são
favoráveis. Ao usar um amuleto
e alcançar o sucesso nos
negócios, a pessoa atribui a sua
“sorte” ao objeto. E isso reforça
a sua crença.
O fato é que, como já disse o
dramaturgo inglês William
Shakespeare há mais de 500
anos: “há mais mistérios entre o
céu e a terra do que sonha a
nossa vã filosofia”.
Se Eike não teve sorte ou se
os economistas não conseguem
adivinhar todas as tendências, o
fato é que o futuro vai sempre
intrigar o ser humano. E muitos
se apoiarão em diversas fés e
crenças como suporte no
desconhecido. &
16 — ALIMENTAÇÃO — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS
A multiplicação dos pães ‘gourmet’ Criar os próprios pães, inclusive os fermentos, foi um desafio que o empresário Marcelo Oliveira decidiu enfrentar ao
identificar que havia carência de produtos gourmet no segmento de panificação, na região da Tijuca. Hoje ele produz mais de
40 variedades de pães e prepara até o lançamento de do segmento gourmet, também em sorvetes.
D e um açougue familiar a um mi-
ni-centro comercial gourmet na
Tijuca. A história do Tijuca Gourmet,
antigo Tijuca Mix, é repleta de trans-
formações, e assim como o bairro,
vem se sofisticando nos últimos anos.
O local hoje oferece diversas opções
de comida para os clientes, como
pães de chocolate, australianos e ba-
guetes italianas. A casa conta também
com uma cafeteria com um cardápio
de bebidas variadas. “Fizemos um
investimento grande apostando que
nossos clientes querem produtos de
melhor qualidade por um preço jus-
to”, explica Marcello Oliveira, um
dos sócios da empresa. Hoje eles co-
mercializam mais de 40 tipos de pães
artesanais diferentes.
O início dessa história começa em
Botafogo, com o Açougue Ouro Preto.
Após deixar a sociedade na empresa, José Cor-
reia, o pai de Marcello resolveu continuar o
trabalho que vinha fazendo até então, mas ago-
ra na Tijuca. Em 1980, abriu com um sócio na
rua São Francisco Xavier o açougue Visconde
de Ouro Preto, em homenagem à rua que tra-
balhava na zona sul da cidade até então. Em
1991, Marcello, que até então trabalha com
auditoria externa, passou a fazer parte da em-
presa, substituindo um sócio que havia saído
na época. Em 1999, após a reforma o açougue
Visconde de Ouro Preto virou Tijuca Mix.
Para se alimentar, Marcello “se virava” com
sanduíches. “Mas eu não conseguia achar um
pão decente em todo o bairro. Era sempre
aquele velho pão francês”, relata. Com esse
problema em mente, Marcello e o pai decidi-
ram realizar uma reforma no açougue e incluir
uma padaria no local.
Marcello conta que começou a estudar com
afinco tudo o que era necessário para fazer
pães diferenciados. “Conseguíamos encontrar
coisas diferentes na tradicional Colombo e na
The Bakers, na zona sul. Não tínhamos nada
parecido na região. Investimos em produtos de
confeitaria, principalmente em massa folhada”,
lembra. A padaria conta com receitas novas,
quase artesanais. “Poucos sabem, mas o fer-
mento usado na fabricação de pães é ‘vivo’. É
uma levedura que é cultivada.
Segundo o comerciante, todos os produtos
vendidos na padaria e mercearia são feitos
com base em receita própria. “Isso vem do
meu avô. Ele tinha o hábito de fazer o pró-
prio pão, a própria manteiga. Quando os ali-
mentos são pré-fabricados, nós nunca conse-
guimos saber o que tem lá dentro”, diz.
“Nossa padaria já é bastante conhecida no
mercado. Temos verificado, nos últimos
anos, um aumento da participação do açou-
gue no nosso faturamento. Acreditamos que
seja porque as pessoas preferem uma carne
mais nobre, manipulada por profissionais que
conseguem personalizar o pedido de cada
pessoa, reduzindo ou exterminando a mani-
pulação pós-compra”, afirma. Oliveira acre-
dita que as vendas da mercearia vêm crescen-
do pelo mesmo motivo: alguns consumidores
preferem produtos mais nobres. Hoje, o fatu-
ramento da empresa se divide da seguinte
maneira: padaria, 32%, açougue, 19%, mer-
cearia gourmet, 11%.
A cafeteria conta com café de marca pró-
pria, moído, com o ponto de torra e espessura
que seguem as determinações especificadas
por Marcello. Para fazer o café, o empresário
contou com a ajuda da Baggio Café, empresa
de torrefação do interior de São Paulo. “Essa
importância dada ao café especial é mais co-
mum em São Paulo que aqui. O Rio de Janei-
ro ainda está caminhando na direção
de valorização de um produto diferen-
ciado”.
E com tanto foco em produtos artesa-
nais, surgiu uma história curiosa. Al-
guns judeus, que frequentam o Clube
Monte Sinai pediram perguntaram se
o estabelecimento fazia pães Challah,
são consumidos durante cerimônias
com motivos religiosos. “O rabino
tinha que benzer o pão. Isso complica-
va muito a fabricação do produto”.
Para consolidar a participação cada
vez maior da padaria e da mercearia
no faturamento da empresa, o mini-
mercado Tijuca Mix passou por uma
reforma para virar o Tijuca Mix Em-
porium Gourmet, que abriu as portas
em julho deste ano. Mesmo com a
reforma ainda não finalizada, o co-
merciante já sonha com o próximo
passo. E qual seria esse próximo pas-
so, Marcello? “Tenho planos de montar uma
sorveteria gourmet”, revela.&
O desenvolvimento de uma nova modalidade de pão exige vários testes, que demandam mais de 6 meses de trabalho. Além do fermento é
preciso ter a farinha certa para cada variedade.
ANIMAIS — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — 17
O tártaro e o mau hálito dos cães M uitos pacientes chegam ao consultório
com diversos problemas e um dos que
mais vemos e não se dá a atenção devida é o
tártaro. Muitos proprietários não ligam para a
saúde bucal de seus cães ou gatos e só
procuram o veterinário quando o problema já
está bem avançado, causando mau cheiro, dor
e sangramentos.
Assim como nós, os animais também
possuem em sua boca uma flora bacteriana,
estas bactérias são as responsáveis pela
formação da placa bacteriana, que ao longo do
tempo sofrem o processo de mineralização e
formam o que visualizamos: o tártaro. A raça,
a idade e a dieta influenciam diretamente nesse
processo de formação do tártaro. Muito
comum de se ver animais de raças pequenas,
com idade avançada e que não se alimentam só
de ração, apresentando grande quantidade de
tártaro.
Este acúmulo gera um ambiente propício
p a r a o
desenvolvimento
exacerbado das
bactérias orais.
Como o número
destas aumenta
muito, o número
de substâncias tóxicas produzidas por seu
metabolismo também cresce na mesma
p r o p o r ç ã o e d a í s u r g e m a s
Periodontopatias: Gengivite e Periodontite.
O sinal mais comum é o mau hálito. A
fermentação causada pelas bactérias pode
causar um odor muito forte e desagradável
que será logo notado pelo proprietário. Em
doenças mais avançadas o animal pode
deixar de se alimentar, brincar e ficar triste
por causa da dor.
O problema não é somente estético. O
problema é que essas bactérias podem
migrar para o sangue e são levadas até
outros órgãos. Os órgãos
mais afetados são o
coração, rins e fígado,
podendo levar a sérios
problemas no futuro.
Evi t e prolongar a
p e r m a n ê n c i a d e s s a s
bactérias na boca do seu
cão ou do seu gato. Dê uma
olhada na boca do seu
amigo pois quanto mais
tempo ele ficar com essas
bactérias pior pra ele no
futuro. Existem estudos que
apontam as bactérias do
tártaro como as mais
frequentes aceleradoras da
insuficiência renal e
cardíaca em cães.
A limpeza é feita de
maneira simples e rápida,
com o uso de ultrassom e
de anestesia inalatória, a
forma mais segura de se
realizar o procedimento.
Cada caso é um caso, vale
consultar o veterinário para
s a b e r s o b r e o
procedimento.
Consultório Veterinário
Doutor Fiel: 3217-2637
18 — NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS
Farmácias e drograrias - especialidades
1 Import de medicamentos 5 Hospitalares (**)
2 Ind farmacêuticas 6 Manipulação (**)
3 7 Lab de análises clínicas Homeopáticas (**)
4 Distr medicamentos 8 Farmácias e drogarias
9 Farmacêuticos (+ aposent)
UF 1 2 3 (**) 4 5 (**) 6 (**) 7 8 9
Bra-
sil 119 496 1.030 3.800
5.80
2 7.353 9.590 85.036 155.574
AC 0 0 0 18 14 7 12 226 215
AL 1 1 4 36 5 32 26 1.078 984
AP 0 1 2 24 10 6 25 211 239
AM 7 6 1 64 9 19 95 800 1.941
BA 0 2 22 172 222 154 567 4.211 5.397
CE 0 11 5 213 200 63 280 2.214 3.267
DF 7 5 21 51 125 58 128 1.383 3.041
ES 31 7 11 69 102 197 386 1.863 3.861
GO 2 37 12 206 345 218 245 3.523 6.261
M.S 0 8 4 48 123 98 247 1.360 2.478
MA 1 3 7 128 265 42 387 2.283 2.388
MT 0 2 4 53 99 100 315 2.029 2.827
MG 16 42 226 258 848 1.164 2.127 10.354 18.439
PA 0 4 9 150 77 76 246 2.496 2.635
PB 0 5 11 76 105 52 254 1.451 2.314
PR 0 33 48 256 543 449 757 5.793 13.392
PE 10 26 6 197 202 126 132 3.100 2.933
PI 0 7 1 122 8 42 217 1.513 645
RN 0 2 3 67 118 70 344 1.402 2.315
RS 11 28 251 229 338 578 837 5.954 11.428
RJ 11 75 226 105 704 488 231 6.118 11.648
RO 3 4 0 47 40 46 155 791 1.048
RR 1 0 0 17 4 2 28 122 357
SC 4 24 29 116 272 354 999 3.877 7.782
SP 14 157 125 993 924 2.867 443 19.533 45.950
SE 0 4 2 50 27 25 48 668 697
TO 0 2 0 35 73 20 59 683 1.092
Fonte: Conselho Federal de Farmácias / dados referentes a dez/2011
Farmácias, um setor que está atraindo gigantes Mais idosos na população, venda de biocosméticos, medicamentos genéricos e alimentos funcionais
aumentam faturamento de farmácias e drogarias e atraem investimentos de grandes grupos financeiros. Setor reclama
de excesso de controle, mudanças constantes e carência de mão de obra especializada.
O setor de farmácia está atraindo o apetite
de grandes grupos empresariais. No início
do ano a CVS, maior grupo de varejo e servi-
ços farmacêuticos dos Estados Unidos, anunci-
ou a compra da rede Onofre, desembolsando
cerca de R$ 600 milhões. Em setembro o grupo
nacional Ultra — que controla a rede Ipiranga
de Petróleo, Ultragaz e vários outros negócios
— adquiriu a rede Extrafarma, que é forte no
Norte do país. O objetivo é integrar o setor à
rede de lojas de conveniência do grupo (AM/
PM). Em 2009 o banco BTG Pactual fundou a
Brasil Pharma com o objetivo de ser um
“consolidador” (comprador) de empresas do
setor.
Essa movimentação reflete a percepção dos
agentes econômicos de que o setor de farmá-
cias e drogarias reúne potencial para um forte
crescimento nos próximos anos. Vários fatores
dã o fu n da me n to , i n do d e s d e o
“envelhecimento” da população brasileira — a
tendência é o Brasil ter número crescente de
idosos, que geralmente consomem mais remé-
dios — à expansão da classe média e o desen-
volvimento da indústria de genéricos, geral-
mente mais baratos que os medicamentos tradi-
cionais. Há ainda os “alimentos funcionais”
vendidos em farmácias e dro-
garias e os biocosméticos, on-
de as margens são maiores.
Por isso, administrar empre-
sas do setor exige cada vez
mais capacitação e investimen-
tos. “Hoje não basta ser farma-
cêutico. Tem de estudar muito
economia e ficar sempre ante-
nado com as tendências do pa-
ís como um todo”, resume o
vice-presidente do Sincofarma
-Rio, Ricardo Valdetaro de
Moraes. Além disso, as empre-
sas precisam estar aptas a aten-
der uma regulação cada vez
mais rígida tanto dos órgãos
federais quanto das entidades
de classe. “O controle é muito
grande, acentua”. Isso para não
falar no consumidor, que está
cada vez mais exigente e infor-
mado sobre procedimentos de
saúde”, complementa.
Ele dá como exemplo o que
observa na Farmácia do Leme,
uma das mais tradicionais do
Rio (fundada em 1933), da
qual é um dos sócios. “Aqui
nós quase não trocamos funci-
onários. São todos antigos na
casa, pois isso dá mais segu-
rança ao nosso cliente, já que
há uma relação de confiança”,
ilustra.
Outra estratégia que usa é
manter serviço de aplicação de
injeção, pelo qual só cobra R$
3,00. Para isso, porém, tem de
manter uma cabine impecável
e pagar taxa de R$ 800,00 anu-
Moraes: o fundamental é construir
uma boa relação de confiança
PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 19 — FARMÁCIAS E DROGARIAS
O governo autorizou os farmacêuticos e outros pro-fissionais do setor de saúde — incluindo nutricio-nistas e enfermeiros — a prescrever medicamentos
de venda livre, como antitérmicos e analgésicos, quebrando monopólio dos médicos. A justificativa é que a medida vai dar mais opções ao paciente, já que há carência de médicos no país. A decisão foi criticada pelos médicos, que alegam que os farmacêuticos não estariam preparados pa-ra a missão. Esses evidentemente, enfatizam que estão aptos, pois conhecem medicamos tanto quan-
to os médicos. Esse não é o único ponto de atrito entre os profissi-onais do setor de saúde. Muitas vezes a discordân-cia é até acirrada, principalmente porque muitos comentam que alguns médicos só prescrevem remé-
N o mercado
de farmácia
de manipulação
há 28 anos, Ana
Cristina Couto é
apaixonada pela
profissão. Mas
não esconde os
desafios que têm
‘Bom atendimento e treinamento constante’
Ana: o desafio é diário
de superar no dia a dia da empresa que admi-
nistra, a Plantarum Farmácia, em conjunto
com o marido, José Iris Arruda, e mais dois
funcionários.
“É tudo muito difícil, além de muito caro”,
reclama. Os controles dos diversos órgãos –
governo e entidades de classe – são muitos,
rigorosos e caros, ilustra. Só de balanças ele-
trônicas ela é obrigada a ter sete, por conta
dos medicamentos que manipula.
O setor de farmácias encontra outros obstá-
culos “muito graves”, na opinião de Ana.
“Falta mão de obra especializada em todos os
níveis, do atendimento no balcão, ao funcioná-
rio especializado (manipuladores, farmacêuti-
cos, entre outros)”. Ela observa que as mudan-
ças estão sempre ocorrendo, seja na legisla-
ção, medicamentos ou novas técnicas.
E o casal não mede esforços em busca de
um aperfeiçoamento. Em outubro, por exem-
plo, Ana participou de um Seminário Internaci-
onal na Espanha e Portugal, organizado por
algumas das mais tradicionais universidades
daqueles países. Nesse período a Plantarum
ficou fechada, já que os estabelecimentos do
setor não podem funcionar sem a presença de
um farmacêutico.
Para Ana, o que garante a sobrevivência de
farmácias isoladas é a qualidade no atendi-
mento, além da confiança dos seus clientes.
“Temos clientes que estão conosco há vários
anos. Muitos foram indicados pelos próprios
pais. É uma relação de confiança que temos de
estar preparados para atender”, observa.
O Brasil vai “envelhecer” de
forma acelerada nas próximas
décadas, conforme projeções
do IBGE, com destaque para as
mulheres. Os idosos geralmen-
te consomem mais remédios. O
consumo per capita no Brasil
ainda é baixo (ver ao lado).
Governo autoriza farmacêuticos a prescrever remédios; médicos reprovam
dios caros para agradar os grandes laboratórios. Em troca receberiam comissões. A classe médica rejeita — com veemência — essas insinuações.
Para quem precisa de remédios, essa discussão
nem sempre é percebida, mas saber usar os conhe-
cimentos de cada profissional pode ser uma forma
de se obter economia.
Uma alternativa é trocar um remédio caro por um
genérico. Outra é pedir informações sobre os prin-
cípios ativos de um medicamento caro e solicitar a
sua manipulação na farmácia.
Bons profissionais trabalhando de forma ética po-
dem trazer grandes benefícios aos pacientes, espe-
cialmente para quem tem doença crônica e precisa
fazer uso continuado de medicamentos.
ais à Anvisa. Somando todas as taxas obriga-
tórias, Moraes estima um gasto anual em tor-
no de R$ 3.000,00. Isso fora os impostos regu-
lares.
Os números consolidados do setor, porém,
mostram o segmento está se expandindo de
forma acelerada. Dados do Conselho Federal
de Farmácia estima que no final de 2011 havia
85 mil farmácias e drogarias no País, sendo
6.118 no Rio. E o setor está crescendo a um
ritmo de três a quatro vezes mais que a econo-
mia, chegando a 15% no ano passado, quando
o país teve um pibinho de 0,7%.
Ao contrário do que muitos pensam, não é
preciso ser farmacêutico para ser dono de far-
mácia. O exigido é que toda empresa tenha
um farmacêutico responsável trabalhando em
tempo integral.
Outra dúvida frequente é quanto à diferen-
ça entre farmácia e drogaria. A primeira é
mais completa, podendo manipular medica-
mentos. Para isso precisa ter laboratórios equi-
pados. As drogarias são simplesmente reven-
dedoras, sem laboratórios internos.
A julgar pelo movimento dos grandes gru-
pos empresariais, o setor reúne boas condições
de crescimento. Muitos acreditam, porém, que
a concentração será inevitável, assim como
ocorreu com os supermercados e eletrodomés-
ticos. Um pequeno número de grandes redes
nacionais passaram a dominar o setor.
No setor de farmácias, há o predomínio das
farmácias independentes, com 48% das ven-
das. As cinco maiores redes respondem por
29% e as 10 maiores por 35%,. Os grandes
estão avançam, mas assim como os pequenos
mercados mantêm o seu espaço, as farmácias
isoladas certamente acharão seus nichos.
Nas feiras, tendências dos cabelos para 2014
20 — ESTÉTICA — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS
O segmento de hairstylists está se profissi-
onalizando cada vez mais, investindo em
qualificação e novos produtos. Um dos indí-
cios disso pode ser visto durante a terceira edi-
ção da Feira Profissional Rio Belleza, realiza-
da no final de outubro, que contou com diver-
sas palestras e workshops com dicas para pro-
fissionais do setor.
Para Magno Alves, dono da Universidade
do Cabelo (no interior de São Paulo), é neces-
sário que os hairstylists estejam sempre atrás
de conhecimento técnico suficiente para con-
seguir os melhores resultados de acordo com o
perfil desejado pelos clientes.
Os números divulgados pela Feira Profissi-
onal Rio Belleza mostram que a procura dos
profissionais do setor por qualificação e por
produtos de qualidade estão em alta. Durante
os dois dias da feira, cerca de 25 mil pessoas
frequentaram as palestras e workshops progra-
mados e visitaram os stands das 110 marcas
que apresentaram os produtos e novidades no
local.
No workshop promovido durante o evento,
Alves apresentou o procedimento técnico que
desenvolveu ao estudar a pessoa de acordo
com suas características físicas e personalida-
de, o que é conhecido como visagismo. “Dessa
forma o profissional de beleza atinge o seu
objetivo que é a fidelização do cliente”, afir-
mou o hairstylist. Para Alves, hoje existe um
número muito grande de profissionais no mer-
cado e uma das maneiras de se destacar é atra-
vés do visagismo e da estilização da imagem
pessoal.
A hairstylist Helena Gimenez faz parte da
Associação Internacional de Mestres Cabelei-
reiros (Intercoiffure, com sede em Paris) e é
profissional do grupo artístico do Senac Rio.
Ela apresentou na feira as tendências de cortes
masculinos para 2014 e realizou cortes na hora
para que os profissionais presentes pudessem
acompanhar o processo de criação. “Os cortes
de cabelo curtíssimos estão em alta. Bem bai-
xo nas laterais e, na parte de cima, com um
pouco mais de volume, repicado”, disse Hele-
na.
O especialista em gestão de salão de beleza
Marcelo Ribeiro apresentou um workshop en-
sinando a vender qualidade em produtos e ser-
viços. Segundo ele, a empresa deve fazer o
cliente entrar no salão e se sentir em casa, “ou
até melhor”. Para isso, o profissional de bele-
za deve trazer serviços que não são encontra-
dos em outros locais. Marcelo aconselha que
os salões organizem campanhas de incentivo
ao funcionário e estratégias para atrair os cli-
entes em meses mais fracos.
Produtos. Novos produtos também mar-
caram presença na feira. A fluminense Nou-
velle destacou um suplemento vitamínico,
que estimula crescimento do cabelo. O pro-
duto foi lançado em setembro na Beauty Fair,
em São Paulo.
A paulista Kert, de Taboã da Serra, divul-
gou em seu stand produtos para cabelo feitos
a base de Henna. A novidade ficou por conta
de como o produto foi elaborado: com bases
de óleos exóticos, como o Kukui (do Havaí),
Tamanu (Polinésia) e Macadâmia (Austrália
e Nova Zelândia) – todos 100% de origem
vegetal. “Eles foram criados para atender um
nicho específico de mercado. São voltados
para um público vegan, ayuvérdico, que pro-
curam mercadorias
de origem vegetal”,
diz Ivete S. de Car-
valho, responsável
técnica pelo desen-
volvimento de pro-
dutos da Kert.
Segundo ela, ne-
nhuma mercadoria
desenvolvida pela
companhia faz testes
em animais, o que
atende os anseios de
parte dos consumi-
dores modernos de
produtos de beleza.
Feiras de estética e beleza são oportunida-
des para a troca de informações e atualização
dos profissionais da área. Quem não partici-
pou da feira realizada em outubro no Centro
de Convenções Sul América, na Cidade Nova,
poderá participar de um evento semelhante a
ser realizado no RioCentro, no período de 23
a 25 de novembro.
Além de workshops com profissionais do
setor, está programado ainda a 1a. Jornada de
Maquiagem e a 7a. Jornada da Manicure. É
também oportunidade para a realização de
negócios.
Segundo dados dos organizadores, a Feira
Profissional Rio Belleza gerou negócios de R$
1,5 milhão, 25% a mais do que no ano passa-
do. A informação é da Rio Belleza, que organi-
za e promove o evento.
No primeiro dia, além de shows e congres-
sos (com um Campeonato de Manicure e sor-
teio de brindes), foram realizados 18
workshops. Nos workshops técnicos houve cur-
sos como Maquiagem Primavera/Verão 2014.
Já o Sebrae e Senac organizaram cursos
para ajudar o hairstylist a se profissionalizar,
como Gestão Financeira.Paulo Roberto da
Fonseca, diretor da Rio Belleza, conta que a
maioria dos clientes são profissionais.
“Muitas vezes eles não possuem tempo para
ter acesso às novidades de corte de cabelo,
serviços e produtos. A feira quer suprir essa
demanda”, argumenta.
Oportunidades de atualização
Cortes de cabelo masculinos curtíssimos estão em alta para 2014, conforme profissionais que participaram da
Feira Rio Belezza, realizada em outubro no Centro de Convenções Sul América. Outra preocupação muito discutida no evento foi como
atrair e fidelizar os clientes. O ideal é que o cliente “se sinta em casa”, na avaliação dos especialistas.
Nas feiras e eventos, além de
reciclagem há os reencontros
PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — TURISMO — 21
“O melhor passeio urbano do mundo”
O P a r q u e
Nacional
da Tijuca foi
eleito no início
de outubro pelo
Lonely Planet,
considerado o
maior guia de viagens do mundo, o melhor
lugar para caminhadas em área urbana.
A nova edição do Lonely Planet lista mil
aventuras ao redor do planeta e faz um ran-
king dos melhores locais. O ranking coloca as
trilhas do parque carioca acima das de outros
lugares como Londres; Cidade do Cabo, na
África do Sul; Sidney, na Austrália; e Vancou-
ver, no Canadá. A escolha foi feita pelos edito-
res do próprio Lonely Planet.
O Parque Nacional da Tijuca tem quase 200
quilômetros de trilhas abertas e sinalizadas,
além de mirantes, recantos e lagos. O parque
recebe cerca de 7 mil visitantes por dia e ofe-
rece muitos atrativos como o Corcovado, a
Vista Chinesa, a Floresta da Tijuca e a Pedra
da Gávea.
Segundo o chefe do parque, Ernesto Castro,
a unidade passa por obras para melhor aten-
der aos visitantes. “O parque está passando
por muitas melhorias, como a construção do
complexo Paineiras, centro de visitantes com
exposição educativa, restaurantes, banheiros,
estacionamentos e lojas de suvenires no aces-
so ao Morro do Corcovado; e a Trilha Trans-
carioca, que ligará vários parques, cruzando
toda a cidade. No Parque Nacional da Tijuca
estão prontos 30 quilômetros de trilhas, ligan-
do o Alto da Boa Vista ao Corcovado”, disse.
Sobre a segurança do parque, ele declarou
que, com as medidas de vigilância adotadas,
as ocorrências diminuíram. “Os acessos ofici-
ais são controlados por vigilantes e agentes do
ICMBio, e as trilhas patrulhadas com apoio
da Guarda Municipal e Polícia Militar.
O parque é o lugar mais seguro da cidade e,
em 4 mil hectares, na opinião de Castro. Em
2013 foram registrados cinco assaltos. A título
de comparação, isso representa 0,4% do nú-
mero de assaltos registrados no bairro de San-
ta Teresa, vizinho ao parque”, disse.
‘Black Friday’ nos EUA, passeio e economia
Trilhas com segurança na floresta
Texto e fotos de Delti Luce.
Moradora da Tijuca e
apaixonada pela floresta
O s circuitos de trilhas foram criados com o
objetivo de orientar e oferecer maior se-
gurança aos caminhantes no momento da sua
escolha. Ser consciente da sua limitação física
e saber definir o percurso mais adequado é
fundamental para usufruir bem o passeio e
desfrutar da aventura sem correr maiores ris-
cos de acidentes. Cada trilha é identificada por
seu percurso, extensão e grau de dificuldade.
Seja prudente e fique na trilha.
Trilhas Circulares — Por ocasião do Evento
Rio + 20 foram criadas trilhas circulares, que
facilitam ainda mais o trajeto, a manutenção e
a segurança ao longo dos percursos. Observe
que as placas sinalizam esta modalidade.
Mapa dos percursos é disponibilizado no Cen-
tro de Visitantes
Apesar de serem bem identificadas e manti-
das sob cuidados constantes, é aconselhável
que o caminhante leve consigo o mapa com as
orientações necessárias que é disponibilizado,
gratuitamente, no Centro de Visitantes. Cada
trilha é uma aventura de muitos encantos, con-
duzindo a riachos, cachoeiras, grutas, vestígios
históricos e até aos desafiantes morros e picos
que descortinam ampla vista de extrema beleza
da cidade. É importante ressaltar que a escolha
por trilhas mais longas e com grau de dificul-
dade maior exi-
gem um preparo
físico especial e
até o acompanha-
mento de guias
especializados.
Respeito pela
natureza— O
ato de caminhar em um ambiente calmo, com
ar puro, cercado de belezas naturais, sons,
aromas e cores característicos e distintos tem
o poder de despertar e aguçar os sentidos,
serenar a mente das preocupações do dia a
dia e relaxar o corpo das tensões acumuladas.
Ao usufruir de um ambiente tão especial as-
sim, que oferece tantos benefícios a saúde
física, mental e espiritual, é importante que o
andarilho se aperceba que se encontra em
santuário natural e que o seu agradecimento
será demonstrado por ações de respeito no
seu pensar, sentir e agir.
Q uem estava esperando o lançamento do
Play Station 4 no Brasil recebeu uma du-
cha de água fria quando souberam do preço, no
final de outubro: quase R$ 4.000,00. O valor
surpreendeu até o principal executivo da Sony
na América Latina, Mark Stanley, mas ele jus-
tificou que o valor ficou elevado devido aos
elevados impostos no Brasil.
A reação dos admiradores do game foi ime-
diata, com protestos veementes pela Internet.
Alguns até mostraram que fica mais barato ir
aos Estados Unidos para comprar o aparelho
(veja ilustração).
Na avaliação de Paulo Aguiar, da Spazio
Turismo, de fato viajar aos Estados Unidos pa-
ra fazer compras pode gerar economia. Mas ele
alerta que a decisão só traz resultados efetivos
se for bem planejada. “Quando você viaja de
última hora nem sempre consegue bons preços
nas passagens”, alerta. Além disso, a viagem
pode coincidir com períodos de alta tempora-
da, onde tudo fica mais caro e mais concorrido.
Uma das exceções, na visão de Aguiar, é a
‘Black Friday’ que este ano cairá no dia 29 de
novembro, quando o comércio americano con-
cede descontos fantásticos.
Se o objetivo for apenas compra — sem
incluir passeios, ele recomenda planejamento
mais cauteloso. “Agora é hora de planejar a
Black Friday de 2014. Quem for comprar
passagens agora dificilmente terá preços
bons e nem as melhores hospedagens”, alerta
Veja os imóveis licenciados na região desde 2012
22 — IMÓVEIS — NOVEMBRO 2013 — PROMOÇÕES & NEGÓCIOS
MÊS BAIRRO Logradouro Atividade Edif Resid Não res Área m2 Média
m2
set/13 Vila Isabel Rua Visconde de Abaeté 100 multifamiliar 1 36 3.748 104
ago/13 Tijuca Rua Alzira Brandao, 194 multifamiliar 1 28 3 783 135
jul/13 Maracana Rua Professor Gabizo, 21 multifamiliar 1 24 3 747 156
jul/13 Vila Isabel Boulevard 28 de Setembro, 51 Centro Pes UERJ 1 1 1 3 340
abr/13 Grajau Rua Borda do Mato, multifamiliar 1 24 2 498 104
abr/13 Maracana Avenida Paula Sousa, 330 multifamiliar 1 17 2 247 132
abr/13 Tijuca Rua Almirante Cochrane, 92 multifamiliar 1 10 1 647 165
mar/13 Maracana Rua Ibituruna, 95 hotel 1 1 1 4 835
mar/13 Tijuca Rua Araujo Pena, 84 multifamiliar 1 10 1 519 152
mar/13 Vila Isabel Rua Teodoro da Silva, 899 multifamiliar 4 196 20 782 106
fev/13 Grajau Rua Mearim, 69 multifamiliar 1 12 1 488 124
fev/13 Tijuca Avenida Maracana, 987 shopping center 7 070
jan/13 Tijuca Rua Araujo Pena, 16 multifamiliar 1 40 5 205 130
dez/12 Maracana Rua Professor Gabizo, 252 aptos e lojas 30 943
dez/12 Vila Isabel Rua Torres Homem, 688 multifamiliar 3 94 9 580 102
nov/12 Vila Isabel Rua Visconde de Abaete, 51 multifamiliar 2 114 12 466 109
out/12 Maracana Rua Pedro Guedes, 56 multifamiliar 1 12 1 428 119
out/12 Tijuca Rua Conde de Bonfim, 497 salas e loja 1 55 55 5 155 94
out/12 Tijuca Rua Sao Francisco Xavier, 111 salas 1 26 26 2 725 105
set/12 Grajau Avenida Eng Richard, 142 multifamiliar 1 14 1 795 128
ago/12 Tijuca Rua Conde de Bonfim, 550 multifamiliar 1 12 2 093 174
jul/12 Maracana Rua Francisco Xavier, 439 sde admin 1 1 1 295 295
jun/12 Grajau Rua Uberaba, 90 multifamiliar 1 39 5 337 137
jun/12 Tijuca Rua Haddock Lobo, 210 salas e lojas 1 220 220 10 829 49
mai/12 Tijuca Rua Joao Alfredo, 3 multifamiliar 1 610
abr/12 Tijuca Rua Araujo Pena, 80 multifamiliar 1 32 4 634 145
jan/12 Tijuca Rua Sao Miguel, 696 multifamiliar 2 13 1 667 128
jan/12 Tijuca Rua Uruguai, 61 aptos e lojas 1 37 1 3 534 96
Fonte: Secretaria de Urbanismo/Prefeitura
Em setembro, a prefeitura do
Rio recebeu apenas 1 pedido de
licenciamento de imóveis na Gran-
de Tijuca, em Vila Isabel (ver ta-
bela). O bairro registra grande
número de lançamentos. Em mar-
ço a prefeitura registrou 20 mil m2
na Rua Teodoro da Silva.
O Shopping Tijuca vai ampliar
a sua área em mais 7.000 metros
quadrados. O projeto deu entrada
na Prefeitura do Rio em fevereiro,
conforme pode ser visualizado na
tabela ao lado.
Outro grande projeto foi apre-
sentado em dezembro passado, na
Prof. Gabizo 252. Serão mais de
30 mil metros quadrados de área a
serem construídos.
O pedido de licenciamento é o
primeiro passo para a construção
de um imóvel. Só após a conclusão
e o habite-se os apartamentos e
salas poderão ser utilizados. Mas
esse indicador sinaliza a disposi-
ção do mercado de fazer novos
investimentos.
Licenciamentos seguem em ritmo forte em 2013 Até setembro, a Prefeitura do Rio licenciou obras no total de 4,2 milhões de metros quadrados, o que corresponde à média
mensal de 470 mil m2. Esse ritmo está acima do registrado nos últimos dois anos, sinalizando que o mercado no Rio continua forte.
Em 2011 foram licenciados 5,3 milhões de m2 (média de 442 mil) e no ano passado 5,2 milhões (média de 433 mil).
Bairros Área
Barra Da Tijuca 701.037
Recreio Dos Bandeirantes 430.020
Santa Cruz 387.951
Jacarepagua 348.174
Vargem Grande 207.573
Freguesia 104.802
Campo Grande 92.320
Gamboa 227.864
Santo Cristo 231.276
Centro 119.281
Cidade Nova 34.844
Del Castilho 91.564
Penha 76.868
Diversos 59.931
Agua Santa 46.839
Pechincha 47.568
Taquara 52.033
Bairros Area
Vila Isabel 27.870
Tijuca 19.223
Bonsucesso 11.057
Imperial De Sao Cristovao 10.862
Maracana 10.829
Grajau 3.986
Rio Comprido 1.828
Botafogo 12.939
Copacabana 12.088
Flamengo 10.791
Lagoa 4.216
Leblon 9.655
Licenciamento de obras em 2013 (até setembro) Em área—metros quadrados
Vila Isabel lidera o volume de lançamentos imobiliários na região da Grande Tijuca, com mais de 27 mil
metros quadrados. Na cidade, o destaque continua sendo a Barra da Tijuca, com licenciamento de 701 mil
m2. A região portuária registra forte movimentação. No bairro da Gamboa foram licenciados 227 mil m2.
Ranking dos veículos mais vendidos no Brasil e Rio
PROMOÇÕES & NEGÓCIOS — NOVEMBRO 2013 — AUTOMÓVEIS — 23
Veículo UF Pos Indicador JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET JAN-SET
VW/Gol BR 1 QTD 22.335 15.714 19.227 21.579 19.953 22.541 22.122 22.620 22.060 188.151
VW/Gol BR 1 Part% 15 15,37 14,56 14,00 13,80 13,42 14,84 13,67 14,38 15,46 14,37
VW/Gol RJ 2 QTD 1.381 869 1.133 1.232 1.027 1.054 1.142 1.216 1.053 10.107
VW/Gol RJ 2 Part% 15 11,86 10,67 12,62 11,12 9,84 9,68 11,08 11,10 10,03 10,88
Fiat/Uno BR 2 QTD 18.022 11.108 15.234 17.462 18.352 16.324 15.878 14.079 14.528 140.987
Fiat/Uno BR 2 Part% 15 12,40 10,29 11,09 11,17 12,35 10,75 9,81 8,95 10,18 10,77
Fiat/Uno RJ 7 QTD 984 669 598 824 768 719 681 614 657 6.514
Fiat/Uno RJ 7 Part% 15 8,45 8,22 6,66 7,44 7,36 6,60 6,61 5,61 6,26 7,01
Fiat/Palio BR 3 QTD 17.357 13.129 14.039 16.650 15.474 14.086 16.719 15.167 12.896 135.517
Fiat/Palio BR 3 Part% 15 11,95 12,17 10,22 10,65 10,41 9,28 10,33 9,64 9,04 10,35
Fiat/Palio RJ 3 QTD 1.160 819 852 1.061 914 927 963 847 871 8.414
Fiat/Palio RJ 3 Part% 15 9,96 10,06 9,49 9,58 8,76 8,51 9,35 7,73 8,30 9,06
Ford/Fiesta BR 4 QTD 7.215 5.550 9.139 8.317 11.394 12.993 14.375 13.541 11.992 94.516
Ford/Fiesta BR 4 Part% 15 4,97 5,14 6,65 5,32 7,66 8,56 8,88 8,61 8,41 7,22
Ford/Fiesta RJ 9 QTD 509 314 548 681 607 813 783 915 794 5.964
Ford/Fiesta RJ 9 Part% 15 4,37 3,86 6,10 6,15 5,82 7,47 7,60 8,35 7,56 6,42
Fiat/Siena BR 5 QTD 9.850 6.819 8.557 10.405 10.748 9.580 10.834 12.685 12.645 92.123
Fiat/Siena BR 5 Part% 15 6,78 6,32 6,23 6,65 7,23 6,31 6,70 8,07 8,86 7,04
Fiat/Siena RJ 1 QTD 994 613 706 1.112 1.244 1.083 1.034 1.480 1.708 9.974
Fiat/Siena RJ 1 Part% 15 8,53 7,53 7,86 10,04 11,92 9,94 10,04 13,51 16,27 10,73
Hyundai/HB20 BR 6 QTD 9.028 10.116 12.536 12.117 9.631 8.408 10.428 9.537 8.671 90.472
Hyundai/HB20 BR 6 Part% 15 6,21 9,37 9,13 7,75 6,48 5,54 6,44 6,06 6,08 6,91
Hyundai/HB20 RJ 6 QTD 844 764 846 915 661 725 626 699 638 6.718
Hyundai/HB20 RJ 6 Part% 15 7,25 9,38 9,42 8,26 6,34 6,66 6,08 6,38 6,08 7,23
GM/Onix BR 7 QTD 10.724 9.035 9.408 9.427 10.184 9.742 10.195 10.326 9.341 88.382
GM/Onix BR 7 Part% 15 7,38 8,37 6,85 6,03 6,85 6,42 6,30 6,57 6,55 6,75
GM/Onix RJ 11 QTD 689 735 653 464 548 502 399 489 434 4.913
GM/Onix RJ 11 Part% 15 5,92 9,03 7,27 4,19 5,25 4,61 3,87 4,46 4,13 5,29
VW/Fox BR 8 QTD 11.244 7.756 8.823 10.297 9.024 12.079 9.243 8.972 8.419 85.857
VW/Fox BR 8 Part% 15 7,74 7,19 6,42 6,58 6,07 7,95 5,71 5,71 5,90 6,56
VW/Fox RJ 4 QTD 1.108 668 598 725 748 1.116 752 830 783 7.328
VW/Fox RJ 4 Part% 15 9,51 8,20 6,66 6,55 7,17 10,25 7,30 7,58 7,46 7,89
Renault/Sandero BR 9 QTD 7.356 4.511 5.845 8.967 7.375 8.707 10.401 10.034 9.065 72.261
Renault/Sandero BR 9 Part% 15 5,06 4,18 4,26 5,73 4,96 5,73 6,43 6,38 6,35 5,52
Renault/Sandero RJ 5 QTD 1.135 519 450 687 753 862 926 864 848 7.044
Renault/Sandero RJ 5 Part% 15 9,74 6,37 5,01 6,20 7,22 7,92 8,99 7,89 8,08 7,58
VW/Voyage BR 10 QTD 8.024 6.146 8.387 10.634 8.347 7.410 7.223 6.961 6.919 70.051
VW/Voyage BR 10 Part% 15 5,52 5,70 6,11 6,80 5,62 4,88 4,46 4,43 4,85 5,35
VW/Voyage RJ 8 QTD 828 539 668 946 723 679 501 604 598 6.086
VW/Voyage RJ 8 Part% 15 7,11 6,62 7,44 8,54 6,93 6,24 4,86 5,51 5,70 6,55
GM/Classic BR 11 QTD 8.479 4.580 6.196 7.356 7.880 9.193 10.973 7.496 5.587 67.740
GM/Classic BR 11 Part% 15 5,84 4,24 4,51 4,70 5,30 6,05 6,78 4,77 3,92 5,17
GM/Classic RJ 15 QTD 440 236 206 272 422 503 474 409 360 3.322
GM/Classic RJ 15 Part% 15 3,78 2,90 2,29 2,46 4,04 4,62 4,60 3,73 3,43 3,58
GM/Celta BR 12 QTD 9.239 5.420 6.638 6.387 4.389 5.004 6.698 8.202 5.529 57.506
GM/Celta BR 12 Part% 15 6,36 5,02 4,83 4,08 2,95 3,30 4,14 5,22 3,88 4,39
GM/Celta RJ nd QTD 441 284 250 275 224 206 236 328 209 2.453
GM/Celta RJ nd Part% 15 nd nd nd nd nd nd nd nd nd nd
GM/Cobalt BR 13 QTD 4.958 3.851 4.187 5.991 5.174 4.823 5.586 5.259 4.370 44.199
GM/Cobalt BR 13 Part% 15 3,41 3,57 3,05 3,83 3,48 3,18 3,45 3,34 3,06 3,38
GM/Cobalt RJ 10 QTD 616 380 474 682 645 528 575 632 475 5.007
GM/Cobalt RJ 10 Part% 15 5,29 4,67 5,28 6,16 6,18 4,85 5,58 5,77 4,52 5,39
Honda/Civic BR 14 QTD 1.343 3.977 4.864 5.635 5.191 5.181 5.008 5.635 5.247 42.081
Honda/Civic BR 14 Part% 15 0,92 3,69 3,54 3,60 3,49 3,41 3,09 3,58 3,68 3,21
Honda/Civic RJ 12 QTD 137 387 462 579 538 493 427 478 546 4.047
Honda/Civic RJ 12 Part% 15 1,18 4,75 5,15 5,23 5,16 4,53 4,14 4,36 5,20 4,36
GM/Prisma BR 15 QTD 131 197 4.264 5.175 5.537 5.779 6.132 6.750 5.393 39.358
GM/Prisma BR 15 Part% 15 0,09 0,18 3,10 3,31 3,72 3,81 3,79 4,29 3,78 3,01
GM/Prisma RJ nd QTD 19 12 157 394 355 383 352 515 395 2.582
GM/Prisma RJ nd Part% 15 nd nd nd nd nd nd nd nd nd nd
15 primeiros BR QTD 145.305 107.909 137.344 156.399 148.653 151.850 161.815 157.264 142.662 1.309.201
15 primeiros RJ QTD 11.648 8.142 8.979 11.075 10.433 10.890 10.303 10.953 10.498 92.921
Fonte: Fenabrave - Elaboração: Promoções&Negócios
O Gol, da Volkswa-
gen mantém a liderança
no ranking dos carros
no Brasil. Mas no Rio,
tradicional veículo ocu-
pa a segunda posição.
A liderança no estado
cabe ao Siena, da Fiat,
conforme pode ser ob-
servado na tabela ao
lado.
O aumento da parti-
cipação do Siena no
Rio quase dobrou. Em
janeiro representava
8,53% do total vendido
e em setembro essa
participação atingiu
16,27%. O carro ga-
nhou posição em outras
regiões, mas em inten-
sidade menor.
O Uno, por sua vez,
vem perdendo posição
mês a mês, tanto no Rio
como no Brasil como
um todo. Em janeiro,
por exemplo, tinha par-
ticipação de 12,40%
dos carros vendidos no
país. Em setembro essa
participação caiu para
10,18%, o que repre-
senta queda de mais de
2 pontos percentuais no
ano. No Rio, o ritmo de
queda foi similar, cain-
do de 8,45% para
6,26%.
Em termos relativos,
pode-se destacar o forte
avanço relativo do
Honda/Civic. Em janei-
ro o carro japonês ti-
nha apenas 1,18% do
mercado do Rio e em
setembro essa partici-
pação subiu para
5,20%.
A tabela ao lado
permite a visualização
do desempenho dos 15
veículos mais vendidos
no País este ano.
24 — SERVIÇOS — NOVEMBRO 2013—PROMOÇÕES & NEGÓCIOS
O Centro de Operações Rio divulga
três boletins diários (6h, 11h e 18h),
com informações das principais
ocorrências do dia: trânsito, tempe-
ratura, condições dos aeroportos,
número de ocorrências da Defesa
Civil, e condições de balneabilida-
de, entre outros.
O informe também pode ser lido nas
redes sociais do Centro de Opera-
Câmaras de ‘olho’ no trânsito do bairro Quase 40 câmaras monitoram o trânsito na Tijuca e região, permitindo ao internauta ter uma visão — em tempo real — das condições do fluxo de
veículos na região. Nem todas estão funcionando de forma satisfatória, mas o sistema fornece de maneira bastante razoável se há engarrafamentos
nas áreas críticas, especialmente no acesso ao centro da cidade e outros pontos de conexão para o Rebouças, Rodoviária ou Jacarepaguá.
As câmeras do trânsito na Tijuca e região n° Logradouro Bairro
72 R Conde de Bonfim x R Uruguai Tijuca
73 R Conde de Bonfim x R General Rocca Tijuca
171 R Conde de Bonfim x José Higino Tijuca
350 R Conde de Bonfim x R. José Higino Tijuca
333 R Conde de Bonfim x R. Almirante Cochrane Tijuca
334 R Conde de Bonfim x Rua São Francisco Xavier Tijuca
335 R Conde de Bonfim x R. Uruguai Tijuca
344 R Conde de Bonfim x R. Rademaker Tijuca
368 R Conde de Bonfim x R. Basileia Tijuca
369 R Conde de Bonfim x R. dos Araújos Tijuca
347 Av. Maracanã x R. José Higino Tijuca
76 Maracanã x R Dep. Soares Filho Tijuca
342 R. Uruguai x Av. Maracanã Tijuca
71 R São Francisco Xavier x R Heitor Beltrão Tijuca
172 Rua Vico Cabo Frio x Praça Barão Corumba Tijuca
336 R. Barão de Mesquita x R. Major Ávila Tijuca
337 R. Barão de Mesquita x R. José Higino Tijuca
341 R. Haddock Lobo x R. Campos Sales Tijuca
365 Rua Dr. Satamini x Rua Campos Sales Tijuca
70 R Pereira Nunes x Barão de Mesquita Tijuca
370 R. Almirante Cochrane x R. Pareto Tijuca
371 R. Heitor Beltrão x R. Carmela Dutra Tijuca
359 R. São Francisco Xavier x R. Luiz de Matos Tijuca
77 R Teodoro da Silva x Barão de São Francisco Vila Vila Isabel
79 R Teodoro da Silva x Barão do Bom Retiro Vila Isabel
352 R. Teodoro da Silva x R. Sousa Franco Vila Isabel
353 R. Teodoro da Silva x R. Gonzaga Bastos Vila Isabel
356 Boulevard 28 de Set x Pça. Barão de Drummond Vila Isabel
357 Boulevard 28 de Setembro x Rua Gonzaga Bastos Vila Isabel
338 R. Visc Santa Izabel x R. Barão de S Francisco Vila Isabel
364 R. Visconde de Santa Izabel x R. Alexandre Calaza Vila Isabel
366 R. Pereira Nunes x R. Baltazar Lisboa Vila Isabel
349 R. Maxwel x Av. Barão de Mesquita Grajaú
351 Estr Grajaú-Jacarepaguá x R José do Patrocínio Grajaú
214 R. Santa Alexandrina x R. da Estrela Rio Comprido
363 R. Barão de Itapagipe x R. do Bispo Rio Comprido
140 Elevado Eng. Freyssinet próximo ao T Rebouças Rio Comprido
141 Elevado Paulo de Frontin altura Túnel Rebouças Rio Comprido
Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/riotransito
ções (Twitter e Facebook).
Desde a sua criação, houve
um crescimento na quantidade
de câmeras instaladas em to-
das as regiões: de 93 para
560.
Assim, é possível deslocar
equipes com maior rapidez e
diminuir o tempo de resposta
para as viaturas oficiais.
Uma visão geral quando se acessa
o site do Centro de Operações.
O s engarrafamentos no trânsi-
to fazem parte do dia a dia
de quem mora no Rio de Janeiro e
outras grandes cidades no Brasil.
Há diversos recursos visando a
orientar os motoristas, desde heli-
cópteros que fornecem visão geral
de pontos da cidade — transmiti-
dos pela televisão ou rádio—, mas
nem sempre essas informações
são suficientes.
Uma opção para quem precisa
se orientar é utilizar o sistema de
câmeras públicas implantado pela
prefeitura da cidade em pontos-
chave. Nem todas as câmeras lis-
tadas, porém, estão funcionando e
outras apresentam defeitos.
De qualquer forma, na região
da Grande Tijuca há quase 40 cru-
zamentos monitorados dia e noite
pelo Centro de Operações. O sis-
tema, porém, está disponível a
qualquer usuário com acesso a
Internet — de preferência com
banda larga.
Conforme pode ser visualizado
na tabela ao lado, ao longo da Rua
Conde de Bonfim há 10 câmeras
“varrendo” o fluxo desde a rua
Uruguai até à altura da rua dos
Araújos.
Em Vila Isabel há câmeras
nos dois sentidos, seguindo pela
28 de setembro e pela Teodoro
da Silva. No Rio Comprido é
possível acompanhar o fluxo de
veículos tanto para o acesso ao
túnel Rebouças.
Através dos equipamentos
instalados no Grajaú é possível
identificar quaisquer problemas
na estrada rumo à Jacarepa-
guá.&