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www.rotary.pt Sexta-feira, 30 de Julho de 2010 Ano II Nº 10 Periocidade Bimestral Director A. Soares Carneiro ENTREVISTA p. 6 Entrevista com Manuel Patrício, ex-Reitor da Universidade de Évora “O regresso a padrões elevados de vida ética triunfará, acredito” Rotary com nova LIDERANÇA Novo Modelo Estratégico na FRP A implemantação do novo Regulamento de candidatura a projectos de apoio da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) foi o mote da conver- sa que o Rotary em Acção teve com Frederico Nascimento, presidente do Conselho de Admi- nistração da Fundação Rotária. FRP p.9 Caixa de donativos no aeroporto O Rotary Club Lisboa Olivais inaugurou uma “Caixa de Donativos” no aeroporto de Lisboa para o projecto de Rotary International “END POLIO NOW”, acompanhando assim todo o esforço de Rotary Internacional para a erradica- ção da poliomielite. DISTRITO 1960 p.10 Interior em debate em Mogadouro No dia 19 de Junho Rotary debateu a questão da Interioridade no Fórum “Quando os desa- fios são oportunidades”. A Casa da Cultura, em Mogadouro, foi o palco escolhido pela organização para receber os vários oradores convidados. DISTRITO 1970 p.12 Shelterbox essencial em tragédia A ShelterBox, projecto rotário, está a respon- der a uma devastadora tempestade tropical que devastou grande parte da América Central e deixou dezenas de milhares de pessoas de- sabrigadas. AGENDA p.15

Jornal Rotary JULHO accao...ca o seu próprio manifesto, Mein Kampf 20 - Dia Internacional do Ami-go 1969 – Neil Armstrong, coman-dante da Apollo 11, torna-se o primeiro homem a

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www.rotary.pt

Sexta-feira,30 de Julho de 2010

Ano IINº 10

PeriocidadeBimestral

DirectorA. Soares Carneiro

ENTREVISTA p. 6

Entrevista com Manuel Patrício, ex-Reitor da Universidade de Évora

“O regresso a padrões elevados de vida ética

triunfará, acredito”

Rotary com nova

LIDERANÇA

Novo Modelo Estratégico na FRPA implemantação do novo Regulamento de candidatura a projectos de apoio da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) foi o mote da conver-sa que o Rotary em Acção teve com Frederico Nascimento, presidente do Conselho de Admi-nistração da Fundação Rotária.

FRP p.9

Caixa de donativos no aeroportoO Rotary Club Lisboa Olivais inaugurou uma “Caixa de Donativos” no aeroporto de Lisboa para o projecto de Rotary International “END POLIO NOW”, acompanhando assim todo o esforço de Rotary Internacional para a erradica-ção da poliomielite.

DISTRITO 1960 p.10

Interior em debate em MogadouroNo dia 19 de Junho Rotary debateu a questão da Interioridade no Fórum “Quando os desa-fios são oportunidades”. A Casa da Cultura, em Mogadouro, foi o palco escolhido pela organização para receber os vários oradores convidados.

DISTRITO 1970 p.12

Shelterbox essencial em tragédiaA ShelterBox, projecto rotário, está a respon-der a uma devastadora tempestade tropical que devastou grande parte da América Central e deixou dezenas de milhares de pessoas de-sabrigadas.

AGENDA p.15

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2 ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010

EditorialA. Soares CarneiroDirector

Ficha Técnica

Propriedade: Fundação Rotária Portuguesa NIF: 501129081 Morada: Rua João Machado, 100 - 3º, Salas 303/304, 3001-903 Coimbra; Edição: Gabinete de Comunicação e Imagem do Rotary em Portugal. Director: A. Soares Carneiro Design: Padrão Certo Paginação: O Progresso e Publicidade, Lda Redacção: Ana Lima e Valdemar Jorge Impressão: Diário do Minho Tiragem: 6000 exemplares Periodicidade: Bimestral Contactos: [email protected], Tels.: 239 823 145 / 239 834 348, Fax: 239 837 180. Depósito Legal: 290346/09 Publicação Periódica nº 125744.

Nota

Para que o Rotary em Acção passe a ser a voz de todos os rotários de Portugal, passam a ter à disposição o ende-reço electrónico [email protected], para onde podem enviar notícias dos clubes, eventos programados e todas as outras informações que desejarem. Este endereço passa a servir também para envio de conteúdos para a página oficial do Rotary em Portugal.

“Ajuda-me

a calcular os anos

da minha vida e a ter assim

um coração sensato”.

Tal como os indivíduos, cuja sabedoria pessoal está em concentrar os esforços em poucos assuntos que valham a pena, nas instituições sem fins lucrativos, nas organizações de pessoas, nos movimentos sociais, a solução passará (passa sempre) por definir a sua mis-são. Para tanto é necessário deixar de lado a obsessão pela actualidade e fazer um esforço sério por “contem-plar todo o prazo, de ir para lá do dia-a-dia, de contar com a experiência, de perceber o traço das coisas e ver por onde ele continua”.

Para isso uma qualquer organização tem de discernir, primeiro, o que são qualidades, capacidades, compe-tências, meios disponíveis e, depois, decidir onde quer ir. Sem esse plano, sem objectivos claros, desafios al-cançáveis, essa organização ou instituição certamente não irá a lado nenhum.

Mas, o discernimento de objectivos, políticas e ac-ções depende, acima de tudo, da definição de uma missão, já que é esta quem, mais tarde ou mais cedo, poderá oferecer o sentido de marcha.

Se isto é assim – e parece que é – nós no Rotary, também temos de fazer um esforço para “ver todo o prazo”, definindo (ou redefinindo) uma missão e, dis-pondo desta, traçar objectivos, projectos e acções.

Ora o êxito passado não garante o êxito futuro e a visão a curto prazo também não assegura grandes êxitos futuros. Ora o desenvolvimento temporal das pessoas, das organizações e das empresas é tudo me-nos imobilismo e para romper com este é necessário continuar o esforço renovador, as injecções de vitali-dade, traçar objectivos e programar acções.

É isso que explicará o pedido do justo na Bíblia: “aju-da-me a calcular os anos da minha vida e a ter assim um coração sensato”.

O que precisamos todos – instituições, organizações, movimentos, empresas, indivíduos –, neste mundo em mudança, é de contemplar o prazo todo, definir uma missão e com base nela traçar objectivos e acções con-cretas.

Eis a reflexão que vos deixo para o período de férias que aí vem.

Porto, Julho de 2010

EDITORIAL

Transmissão de Tarefas do Distrito 1970 em Pombal

Armindo Carolino: “O Rotary precisa do comprometimento de todos”

No dia 3 de Julho o Distrito 1970 passou a ter um novo líder. Armindo Carolino sucedeu a Ma-nuel Cordeiro numa cerimónia de transmissão de tarefas que decorreu em Pombal. Cerca de 200 rotários de mais de 45 clubes marcaram presença num evento recheado de surpresas e de pala-vras de ordem.

O novo Governador do Distrito 1970 está confiante na sua equipa e nos resultados que vai conse-guir obter. Armindo Carolino não esqueceu o projecto Polio Plus e pediu a todos que façam uma grande aposta na juventude: “Por favor liguem-se aos vossos clu-bes de jovens, apoiem-nos”. Para começar bem o ano rotário que agora iniciou, o Governador fez questão de lembrar que a Funda-ção Rotária Portuguesa e a Rotary

Foundation não são concorrentes: “Temos obrigação de distinguir e de participar nas duas”. Armindo Carolino apelou à participação de todos os rotários nos eventos distri-tais e lembrou que o Rotary precisa

do comprometimento de todos: “Precisamos de unir esforços para fazer o que os rotários fazem me-lhor: Fortalecer Comunidades, Unir Continentes”, referindo-se ao lema rotário do ano 2010/2011.

A transmissão de tarefas dos Go-vernadores do Distrito 1960, realizou-se no dia 26 de Junho no Hotel Tiara em Lisboa. Na presença de muitos companheiros e convidados fez-se a transmissão de tarefas dos Governa-dores, do Rotaract e Interact.

Mário Rebelo colocou o colar e o emblema de Governador do Distrito 1960 em Joaquim Esperança, dando de seguida a última badalada como Governador. Seguiu-se a troca de lembranças e a cerimónia terminou com o discurso do Governador en-trante, Joaquim Esperança, a quem o Governador cessante num abraço muito apertado, já havia desejado as maiores felicitações.

Transmissão de Tarefas do Distrito 1960 em Lisboa

Joaquim Esperança sucede a Mário Rebelo

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3ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010 ACTUALIDADE

Efemérides de Julho e AgostoBiografias

Madureira Piresem Acção JULHO

1 - Dia Internacional das Coope-rativas (UNESCO)

1858 – A Teoria da Evolução de Charles Darwin e Alfred Rus-sel Wallace é apresentada pela primeira vez

1967 – Entra em vigor o Trata-do de Bruxelas

2002 – É estabelecido o Tribu-nal Penal Internacional em Haia, nos Países Baixos

4 - Dia da Independência dos Estados Unidos da América

5 - Dia da Independência de Cabo Verde

1996 – Nasce a Ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado a par-tir de uma célula adulta

6 - 1885 – Louis Pasteur testa com sucesso a sua vacina anti-rai-va em Joseph Meister, mordido por um cão com a doença

7 - 2007 - Realizam-se espetácu-los simultâneos do Live Earth nos sete continentes, para chamar a atenção da opinião pública para as alterações climáticas no plane-ta

8 - 1497 – O navegador portu-guês Vasco da Gama inicia a pri-meira viagem marítima da Europa à Índia

10 - 1940 – Pétain é eleito chefe de Estado da recém criada França de Vichy

1991 – Boris Yeltsin é eleito presidente da Rússia, o primeiro após o regime comunista

11 - 1828 – Miguel I, de ten-dência absolutista, é aclamado rei de Portugal

12 - 1975 – São Tomé e Prín-cipe declara independência a Por-tugal

2006 – Tem início a Segunda guerra do Líbano entre Israel e o Líbano

14 - 1789 – Revolução France-

sa: os parisienses ocupam a Bas-tilha e libertam sete prisioneiros, marcando o início da queda do poder monárquico absoluto

16 - 1969 - É lançada a Apollo 11, a primeira missão espacial tri-pulada a pousar na Lua

17 - 1917 - Nasce a Rotary

Foundation1976 – A Indonésia anexa Ti-

mor, que se torna na 27ª provín-cia daquele país

18 - 1925 – Adolf Hitler publi-ca o seu próprio manifesto, Mein Kampf

20 - Dia Internacional do Ami-go

1969 – Neil Armstrong, coman-dante da Apollo 11, torna-se o primeiro homem a pisar na Lua

22 - 1944 – Ocorre a Conferên-cia Internacional Monetária de Bretton Woods, que estabelece a criação do Fundo Monetário In-ternacional e do Banco Mundial

24 - 1969 – Projecto Apollo: a Apollo 11 regressa à Terra ao cair no Oceano Pacífico

25 - 1139 – O rei D. Afonso Henriques vence os mouros na batalha de Ourique, durante a re-conquista cristã de Portugal

1978 – Nasce Louise Broen, o primeiro ser humano a nascer a partir de uma fertilização in vitro

27 - 1958 – A NASA é criada

28 - 1914 – A Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia após o ul-timato do dia 23 de Julho, inician-do a Primeira Guerra Mundial

AGOSTO

1 - 1808 - Inicia-se a Guerra Pe-ninsular com o desembarque do Duque de Wellington em Portu-gal

2 - 1990 – O Iraque invade o

Kuwait, iniciando a Guerra do Golfo

4 - 1578 – Batalha de Alcácer-

Quibir: o rei de Marrocos derrota o exército português e o rei D. Sebastião desaparece para nunca mais ser visto

6 - 1945 – Segunda Guerra Mun dial: a bomba atómica Little Boy é lançada do bombardeiro B-28 Enola Gay sobre Hiroshima

1966 - É inaugurada a Ponte Salazar, hoje denominada Ponte 25 de Abril

9 - 1483 - É inaugurada a Ca-pela Sistina

1945 – Segunda Guerra Mun-dial: os Estados Unidos lançam

sobre Nagasaki a bomba atómica Fat Man

10 - 1945 – Segunda Guerra Mundial: o Japão aceita os ter-mos da rendição incondicional, conforme decisão da Conferência de Potsdam, pondo fim à guerra

12 - 1981 . A IBM lança o seu primeiro computador pessoal, o IBM 5150

13 - 1961 - Tem início a constru-ção do Muro de Berlim

14 - 1385 – Ocorre a Batalha de Aljubarrota

15 - 1914 - É inaugurado oficial-mente o Canal do Panamá

22 - 1415 - Tropas portuguesas comandadas pelo rei D. João I conquistam Ceuta

1864 - É criada a Cruz Verme-lha Internacional

A Cruz Vermelha Internacional é uma organização humanitária, independente e neutra, que se es-força em proporcionar protecção e assistência às vítimas da guerra e de outras situações de violência. Com a sua sede em Genebra, Sui-ça, possui um mandato da comu-nidade internacional para servir de guardião do Direito Internacional Humanitário. A organização foi fundada por iniciativa de Jean Henri Dunant. A assistência aos prisionei-ros de guerra teve grande avanço a partir de 1864, quando foi realiza-da a Convenção de Genebra, para a melhoria das condições de apoio aos feridos, e em 1899, quando foi realizada a Convenção de Haia, que disciplinava as “normas” de guerra terrestre e marítima.

25 - 1988 - Um grande incên-dio destrói o centro histórico de Lisboa

26 - Dia Internacional da Igual-

dade Feminina

30 - 2001 - Ocorrem as primei-ras eleições democráticas para eleger os membros da Assembleia Constituinte de Timor-Leste

Manuel João Borges de Madurei-ra Pires, nasceu em 1929 na Póvoa de Varzim, Clube ao qual pertence desde 1986. O Exército está desde muito cedo presente na vida de Madureira Pires com serviços em várias unidades militares, impor-tantes comissões de serviço e inú-meros louvores e condecorações. Nos últimos anos da sua carreira militar, frequentou, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, o Curso de Farmácia, que concluiu em 1974. Na área farma-cêutica desempenhou inúmeros cargos, destacando-se a vice-pre-sidência da Assembleia Geral da Associação Nacional das Farmácias ou a presidência da Secção Norte da Associação Nacional das Far-mácias. Madureira Pires foi ainda deputado da Assembleia da Repú-blica e Presidente da Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim.

No Rotary, tem um currículo exemplar. Depois de desempe-nhar inúmeras funções no seu Clube, Madureira Pires assume a Governadoria do Distrito 1970 em 1993/94 e 1997/98 e não mais parou: foi Presidente da Comissão Distrital da Rotary Foundation em 1999/2002; Chairman das Confe-

rências Distritais de 1997 e 2003; Participou em numerosas reuniões rotárias internacionais; fez parte da equipa de rotários portugueses que na Convenção de Melbourne, em 1993, ficou em 2.º lugar no Concurso Internacional de Conhe-cimentos Rotários; foi moderador na Convenção de Nice em 1995; foi fundador do Rotary Club da Base Marambio , na Antártida, em Janeiro de 1997; é um dos “ Rotary Ten Best” na categoria das CIP, no Instituto Internacional de Glas-gow (1997).

Sempre com o Rotary no ter-reno, Madureira Pires participou como voluntário na Campanha de Vacinação contra a Poliomielite, em Angola, de 26 a 28 de Julho de2002. No Rotary recebeu já inú-meros louvores e reconhecimen-tos, fruto de um trabalho de largos anos de dedicação ao movimento.

Sobre o futuro de Rotary, para Madureira Pires “tudo depende da forma como acompanharmos a evolução da Sociedade, seguin-do-a nos aspectos que ela nos for favorável e tentando contrariá-la naqueles que podem dificultar o nosso caminho em direcção ao ob-jectivo do Rotary”.

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4 ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010DESTAQUE

Joaquim Esperança, Governa-dor 2010-2011 do Distrito 1960, espera que este ano seja de mo-tivação para o Rotary. Em entre-vista ao Rotary em Acção, lembra que não vai desistir no que diz respeito ao Quadro Social, mas também que está empenhado em vários projectos distritais e inter-nacionais. Fortalecer e motivar os clubes é outro dos grandes objec-tivos de Joaquim Esperança.

O que podem os Rotários do Distrito esperar do novo Go-vernador neste novo ano?

Os Rotários do Distrito 1960 podem esperar do Governador toda a colaboração e disponibili-dade que esteja ao seu alcance, ou seja, o apoio a todos os even-tos que por bem entendam fazer em Prol da Comunidade.

O que destaca do plano de

actividades para este ano? Qual é a sua prioridade?

Em primeiro lugar e acima de tudo era a total erradicação da Poliomielite.

Em segundo lugar, o desenvol-vimento do Quadro Social, em pelo menos 10% e não deixar Clubes Rotários, com menos de 15 Membros, no final da minha Governadoria, ou seja, no final do Ano Rotário 2010/2011.

Em terceiro lugar, o que para mim considero mais importante para o nosso Distrito é a feitura, ou reconstrução de uma casa em ruínas, transformando-a em uma casa residencial com escola para crianças de rua abandonadas, carenciadas, com uma cantina e um posto médico acoplado e / ou um Lar para Idosos nas mesmas condições.

Quais são as suas principais

linhas orientadoras, o Lema principal?

O Lema Rotário para o nosso Ano é, como muito bem sabe, de uma abrangência impar, e dando ênfase ao nosso Lema - “Fortale-cer Comunidades, Unir Continen-tes” - é indispensável que façamos parcerias, reuniões conjuntas com outros Clubes Rotários, Rotarac-tistas, Interactistas, Lions, Elos, Juntas de Freguesia, Bombeiros

Voluntários, entre outros.Só assim será possível fazer o

entrosamento entre Rotários, que quase não se conhecem uns aos outros, e os não Rotários que fi-carão a conhecer o que é o nosso movimento.

O movimento Rotário que, pelo que tenho apreciado aqui nos Açores e não só, muitos julgam tratar-se mais de uma tertúlia de amigos que se reúnem para gran-des comezainas, contam anedo-tas e por fim batem palmas por-que acharam graça.

Ora, como muito bem sabe, isto não tem nada a ver com o Rotary que nós partilhamos.

Quando fazemos uma reunião Rotária é com o intuito de que, no final, fique em cada um de nós e em todos os Rotários a noção de criar grandes eventos em Prol das Comunidades. Isto no que respeita ao item “Fortalecer Co-munidades”.

“Unir Continentes” já estamos a tratar de vários eventos, entre eles, podemos destacar a feitura de uma réplica da nossa Torre de Belém, igual à que nós colocámos junto à nossa Torre de Belém em Lisboa, para ser colocada em Be-lém do Pará.

Já contactei o Governador des-se Distrito e já estão a trabalhar no projecto, o nosso Companhei-ro Past Governador e Presidente da Rotary Foundation José Ma-nuel Cordeiro e o nosso Compa-nheiro, sempre querido e amigo, Vasco Lança do R. C. da Portela.

A par de outros eventos, temos os Subsídios Equivalentes, o Inter-câmbio de Jovens, o Intercâmbio dos Grupos de Férias, Bolsas Edu-cacionais Internacionais, etc.

Qual acredita ser a principal

dificuldade do Distrito neste momento?

Relativamente às dificuldades do Distrito, penso, sinceramente, que o Rotary está um tanto ou quanto desmotivado.

Não me pergunte porquê, mas naquilo que tenho apreciado nos Clubes que tenho visitado, veri-fico um certo desinteresse dos Rotários em se aplicarem a fazer eventos em conjunto a favor das suas Comunidades.

Sinto estarem muito isolados e não participarem activamente na feitura de grandes projectos, que é ao fim e ao cabo, aquilo que pretendemos seja feito em Rotary.

Nesse aspecto, e na qualidade de Governador do Distrito, tudo farei para galvanizar os Rotários de cada Clube e de todos os Clu-

bes, para, em conjunto, fazermos alguma coisa mais a favor dos mais carenciados, que é no fun-do para isso que nós cá estamos como Rotários.

E qual a principal caracterís-

tica que pode fortalecer?Para fortalecer os Clubes, pen-

so não ser muito difícil, porque a

força parte de nós e, por tudo o que tenho feito, verifico que cada Clube que visito fica mais motiva-do, mais interessado em trabalhar e serem mais Rotários dentro do nosso movimento.

Daí o facto de eu sentir não ser difícil acabar o meu Ano Rotário com o Distrito muito mais motiva-do a trabalhar em Rotary.

Joaquim Esperança, Governador do Distrito 1960

“É indispensável que façamos parcerias”

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5ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010 DESTAQUE

Com um novo ano rotário a ter iní-cio surge um novo Governador para o Distrito 1970. Armindo Carolino é reconhecido pela frontalidade e em-penho, características que pretende que o acompanhem durante o pró-ximo ano, no seu trabalho no Distri-to 1970. Pede dedicação a todos os rotários, lembrando as principais difi-culdades e as maiores qualidades de um Distrito que muito contribui para o sucesso de Rotary.

O que podem os rotários do dis-trito esperar do novo Governador neste novo ano?

Todos os rotários do Distrito 1970 podem esperar do Governador mui-to trabalho, muita dedicação e muita exigência. Eu começo por ser muito exigente comigo próprio para poder ser exigente com os outros. Vou pe-dir a todas as companheiras e a todos os companheiros que entendam que nós representamos Rotary Interna-cional, que não se compadece com outra situação que não seja de exce-lência. Eu sei que é muito difícil atingir a excelência, mas todos os grandes edifícios começaram a ser construídos a partir dos alicerces e por isso eu es-tou disponível para fazer o trabalho do operário nos alicerces, nas pare-des ou já na cúpula, dependendo de como estiver cada Clube.

Assumi este compromisso e é para o levar até às últimas consequências.

O que destaca do plano de activi-dades para este ano? Qual é a sua prioridade.

Como não podia deixar de ser, te-nho que destacar as ênfases que o meu presidente Ray Klinginsmith me disse que destacasse. A Pólio lidera, a luta contra a poliomielite tem que ter o seu fim. Este é um dado adquirido em Rotary Internacional e o Distrito 1970 não pode ser diferente. Sem descurar o resto, porque a Pólio não pode servir de panaceia para dizer que não temos tempo para fazer ou-tras coisas. O projecto dos cônjuges aponta exclusiva e decididamente para apoio e angariação de meios para apoio à luta contra a Pólio, mas temos outras actividades: a divulga-ção dos Paul Harris, as subscrições de mérito, as doações, de modo a que o Fundo Anual de Programas seja um dos contemplados. Não é só a Pólio que nos pode dar a garantia que da-qui a uns anos vamos ter dinheiro. O

Fundo Anual de Programas é muito importante e faço já aqui um apelo: quem eventualmente estiver disponí-vel para motivar pessoas a subscreve-rem títulos de reconhecimento Paul Harris, que encaminhem as suas do-ações em impresso para este Fundo, para que tenhamos o retorno de 50 por cento daqui a três anos.

Quais são as suas principais linhas orientadoras, o lema principal?

A primeira parte do lema deste ano “Fortalecer Comunidades, Unir Conti-nentes” é aquela que mais me motiva. Porque já vai o tempo em que os rotá-rios eram considerados um conjunto de elites que se reuniam muito bem vestidos em jantares especiais. Hoje somos a maior organização mundial de voluntariado e somos o que somos porque estamos inseridos na nossa comunidade. Não posso conceber que um Clube rotário nem conheça a fundo a sua comunidade. A primeira coisa que temos que conhecer muito bem é o nosso Clube, todas as suas ca-racterísticas, aquilo que o define, tem que ser do conhecimento profundo de cada rotário desse Clube. Depois, e no mesmo nível, cada rotário tem que conhecer exactamente e com a

mesma dimensão e profundidade a comunidade em que se insere. Não há hipótese de alargamento de qua-dro social se eu não conhecer o meu Clube, se não souber as profissões que estão no meu Clube e as profis-sões que caracterizam a minha comu-nidade. Só assim se podem encontrar novos profissionais para motivar para Rotary e consequentemente fortale-cer a comunidade em que estão.

É preciso também não descurar alguns conhecimentos de Rotary In-ternacional porque os rotários têm diferenças em relação às outras asso-ciações. Temos uma obrigação, que é a reunião semanal de companheiris-mo. Em Rotary Internacional há uma abertura experimental de reunião quinzenal, mas em Portugal só há um ou dois casos. A reunião semanal tem que ser séria, com objectivos, perspectivando trabalho e construin-do Rotary, porque é aqui que ele se constrói. Hoje quase ninguém tem tempo para perder e nós perdemos muitos dos sócios porque vão a algu-mas reuniões e pensam que estão a perder tempo. Nas reuniões o Conse-lho Director também deve ter a preo-cupação de incluir todos os sócios do Clube em tarefas. A frequência pode

não ser de 100 por cento, mas deve ser de 100 por cento no projecto.

Qual acredita ser a principal dificul-dade do Distrito neste momento?

Neste momento creio que estamos a atravessar uma fase de alguma desmotivação, porque ouço pelos clubes determinadas situações sobre algumas falhas nas reuniões. Mas, curiosamente, quando há tarefas, os clubes brilham e todos participam na realização de projectos bonitos.

E qual a principal característica que pode fortalecer?

O que me parece que existe mais no Distrito é a facilidade de respos-ta. Gritamos e aparece logo gente. Podem-me dizer que são sempre os mesmos, mas aparecem. Por exem-plo, o facto de sermos um Distrito piloto no Plano Visão de Futuro da Rotary Foundation, exigiu um traba-lho espectacularmente difícil de adap-tação. Há um ano que a equipa da Comissão Distrital da Rotary Founda-tion está a fazer reuniões mensais e já com frutos, o Distrito foi qualificado, assim como mais de 30 clubes, que já podem recorrer aos subsídios. Neste início de ano rotário esta equipa já

tem 14 acções de formação regionais no terreno.

Levantamos o dedo e houve logo quem aparecesse para realizar um Seminário Distrital de Desenvolvimen-to do Quadro Social, conjuntamente com a Comissão Distrital dos Serviços Profissionais, dia 23 de Outubro, em Santo Tirso, e já está toda a gente a trabalhar no terreno. Lancei os encon-tros periódicos para fortalecimento dos clubes, que são jornadas de traba-lho com os Governadores Assistentes. Fiz a primeira no dia 20 de Março na Feira, o segundo no dia 10 de Julho em Oliveira do Bairro (Sangalhos) e tenho já o terceiro encontro marcado para o dia 8 de Janeiro. Estamos sem-pre a dizer que as coisas estão mal mas depois fazem-se coisas bonitas.

Gostaria que as pessoas não olhas-sem para a minha governadoria como a de um só homem. Entendo que, sendo o Governador o último responsável por tudo o que correr menos bem e que também levará os louros por tudo o que corra mui-to bem, tenho que partilhar isto tudo com, sobretudo, os meus presidentes das comissões distritais, os meus 24 Governadores Assistentes e com os 86 presidentes dos Clubes.

Armindo Carolino, Governador do Distrito 1970

“A luta contra a poliomielite tem que ter o seu fim”

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6 ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010ENTREVISTA

Manuel Patrício, ex-Reitor da Universidade de Évora

“A corrupção é uma inumanidade que deve ser combatida sem contemplações”

Em todas as conferências em que foi convidado por Rotary, Manuel Patrício conseguiu encan-tar a audiência. Sobre ética, valo-res ou educação, o ex-Reitor da Universidade de Évora é mestre nas palavras e nas ideias.

O Rotary em Acção não quis perder, por isso, a oportunidade de conversar com o catedrático que encara a actual crise de valo-res com frontalidade, define-a e aponta caminhos para a resolver.

Diz que a ética tem que im-pregnar o futuro como a seiva

impregna a árvore. Vivemos uma crise de valores? Ou acre-dita que a crise actual vai refi-nar os valores da sociedade?

A metáfora da seiva pressupõe que o futuro é a árvore. Sem sei-va, a arvora morre. Com seiva insuficiente, a árvore debilita-se e pode vir a morrer. Com seiva en-venenada, a árvore morre. Ora a ética é apresentada como sendo a seiva. Logo, a vida e a morte das sociedades humanas, e até da humanidade no seu todo, es-tão indissociavelmente ligadas à seiva, ou seja, à ética.

Há quem confunda a ética com a moral. Todavia, são diferentes. A ética representa o domínio dos princípios do comportamento dos seres humanos. A moral repre-senta o domínio dos comporta-mentos propriamente ditos, dos costumes. Os costumes devem re-alizar os princípios éticos. A meu ver, vivemos uma época em que os costumes, os comportamen-tos individuais e sociais concre-tos, contrastam fortemente com os princípios éticos constitutivos do melhor da nossa cultura e da nossa civilização. A meu ver, esta-

mos, pois, a viver uma profunda crise ao mesmo tempo moral e ética. Os valores éticos são nucle-ares. Mas há outros valores, para além dos éticos. Por exemplo: os valores cognitivos, os valores es-téticos, os valores religiosos ou de sentido da vida. Afigura-se-me que a crise é global. E não apenas nas sociedades ocidentais, mas à escala planetária. É a humanida-de que vejo em crise.

Mas, o que quer dizer ‘’crise’’ ? … O termo crise vem do verbo grego clássico krinêin, que signifi-ca joeirar. Joeirar é separar o tri-

go do joio. É, pois, purificar. Pode acontecer que esta crise seja de crescimento da humanidade e esta saia mais limpa, purificada, da crise. É possível. É difícil. Te-mos que ajudar a peneira no seu trabalho.

Defende que a cultura e o património são importantes para fazer face à crise?

Presumo que, quando se refe-re ao património, está a pensar fundamentalmente no patri-mónio imaterial e não nos bens materiais. O património imate-

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7ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010 ENTREVISTA

rial é, penso eu, pode dizer-se que o património espiritual, cul-tural. Mas é aquele que nos foi legado pelos nossos irmãos hu-manos que nos antecederam. Irmãos e, na verdade, pais. Daí a palavra património: o legado dos pais. Somos herdeiros. So-mos herdeiros culturais. Mas a cultura é como uma fonte: está sempre a nascer água nova. A humanidade está permanen-temente a criar a cultura. E o que é a cultura? A resposta que dou a esta pergunta situa-se no espaço filosófico de uma das grandes escolas neokan-tianas: a Escola de Baden, no Sudoeste alemão, cujas figuras fundadoras foram, no final do séc. XIX, Willelm Windelband e Heinrich Rickert. Sintetizarei. Distinguiram eles entre a Natu-reza e a Cultura. Digamos, para simplificar, que a Natureza é o que está aí frente ao olhar de Adão, o primeiro homem. Nada nela é fruto da activida-de humana. A Cultura é aquela realidade que o homem, pelo poder criador do seu espírito, desde sempre acrescentou à Natureza. Exemplos: a Lingua-gem, a Arte, a Religião, a Téc-nica, a Ciência, a Filosofia, o Direito, a Política … Então eu defino a Cultura desta maneira: a Cultura é aquele domínio da Realidade que o Homem acres-centa à Natureza em virtude da actividade criadora do seu es-pírito. Basta, creio eu, iluminar os conceitos para concluirmos, sem margem para dúvidas, que é o poder criador do Homem que instaura na Natureza, no Cosmos, aquela realidade que é a Cultura. Nós consumimos Cultura, mas primeiro temos que a criar. A Cultura não é, na sua essência, um produto industrial e comercial, como os que só vêem o dinheiro aparen-temente pensam. A Cultura é o brado do triunfo do Homem no Cosmos, na Natureza.

De que forma podem a so-lidariedade e os valores co-munitários contribuir para o fim da crise?

Eu distingo o indivíduo huma-no da pessoa humana. O indi-víduo só pensa em si; vive em função de si, exclusivamente; o outro é para ele ou a presa ou o instrumento, útil ou perigoso. A pessoa é individual mas não se confunde com o indivíduo. A pessoa pensa no outro, só realiza as suas potencialidades e os seus sonhos e ideais com o outro. A pessoa é, por defini-ção, solidária. Ela não separa o seu bem do bem do outro. Os

dois bens enlaçam-se. Assim, enquanto o indivíduo é em si mesmo egoísta, a pessoa é solidarista. Vejo presente esta maneira de ver e de viver no próprio coração do movimento rotário. Também distingo entre valores comunitários e valores societários. A palavra socieda-de vem da ideia de sócio. O que liga os sócios é o interes-se. Mas a palavra comunidade vem da ideia de comum. O que liga os membros de uma comu-nidade é o afecto, a amizade, o amor. O interesse é impor-tante na vida da humanidade. Mas não pode sobrepor-se ao afecto, à amizade, ao amor. A crise actual tem a sua origem no interesse, na ambição mate-rial desmedida, na voracidade ávida do lucro. Portanto, tem de ser o afecto a superar a cri-se. Têm de triunfar os valores comunitários sobre os meros valores societários. É esta uma

bússola para ultrapassar a crise em que estamos mergulhados.

Porque defende que não há educação sem valores?

Repare, desde logo, que a própria educação, no seu con-ceito mais geral, é vista e vivi-da como um valor. Todo o ser humano o sabe. Depois, é por meio da educação que nós va-mos edificando o mundo hu-mano dos valores. Dos valores vitais, ou de sobrevivência: o homem sobrevive tanto melhor quanto mais extensa e profun-da for a sua educação, a sua aprendizagem. Dos valores prá-ticos: é pela educação que o homem aprende a relacionar-se eficazmente com a realidade. Dos valores cognitivos: o conhe-cimento é um valor essencial para o ser humano. Dos valo-res éticos: o ser humano apren-de, pela educação, a distinguir com acribia o certo do errado, o bem do mal, o que deve do que não deve fazer. Dos valores religiosos: o ser humano sabe que o absurdo o lança no vazio existencial e que o sentido é o que lhe garante a harmonia e reconciliação permanente com a vida. Pergunto: como pode a educação ser alheia aos valo-res? A autonomia, a liberdade, a dignidade, são valores de im-portância transcendente para o ser humano. A educação tem que promovê-los e comprome-ter-se activamente com eles.

O que está na origem da corrupção?

Desde logo: a possibilida-de que o homem tem de ser mau, de escolher e seguir o mal. Depois: o facto de poder

escolhê-lo e segui-lo. O mun-do está cheio de coisas e si-tuações que agradam à parte má do homem: à sua ambição desmedida; à sua vontade de ter, de possuir; à sua vontade de afirmação no mundo, vonta-de de poder; à sua vontade de gozo material e dos sentidos; ao seu instinto de destruição; à sua inclinação para a falsida-de e a mentira; ao seu fascínio pelo horror; à sua vaidade e ao seu orgulho; etc.; etc.; etc.. O corrupto é o corrompido, o apodrecido, o insano. É o ho-mem que vive desvinculado dos valores éticos, que são os da seriedade, da honestidade, da lealdade para com o outro, os companheiros humanos. O corrupto também é o grande mentiroso, o grande falsário, que faz o mal aos outros e o nega com o maior desplante. O corrupto é um monstro, a corrupção é uma monstruo-sidade. Na origem da corrup-ção está ao mesmo tempo um egoísmo louco e um desprezo imenso, total, pelo outro, pelo outro que é o companheiro ou irmão humano. A corrupção é, no fundo, uma inumanidade. Deve ser combatida sem con-templações.

Que juízo ético e político faz sobre o funcionamento das instituições democráti-cas em Portugal?

Não estou satisfeito. Parece-me, de resto, que é este um sentimento bastante generali-zado no universo dos cidadãos portugueses. A Justiça funcio-na mal, a Saúde funciona mal (o risco de colapso do Serviço Nacional de Saúde é real), a

Educação funciona mal, as Fi-nanças continuam a ser a dita-dura instalada por Salazar em 1928, a insegurança é cada vez maior, o poder legislativo (a Assembleia da República) não é autónomo, sendo claramente condicionado pelo poder exe-cutivo (o Governo), o poder Ju-dicial também acusa o mesmo condicionamento e limitações no respectivo exercício, o Pre-sidente da República, que é o Chefe do Estado, não preside de facto à República, não pode realmente chefiar o Estado, o poder político na sua globali-dade deixou-se capturar pelo poder económico e financeiro, a corrupção campeia, a impu-nidade é chocante. Onde pára a ética republicana, que nin-guém a vê? Falo como cidadão, tenho o direito e o dever de fa-lar livremente, de dizer o que penso. Falo com a intenção de contribuir para a melhoria da democracia portuguesa.

Acredita que o profissiona-lismo e a ética podem contri-buir para uma diminuição da corrupção?

O mal está generalizado e é profundo. Parece-me que o profissionalismo – ou seja, a competência profissional e a assumpção ética da profissio-nalidade - são importantes, mas insuficientes para curar o cancro da corrupção que corrói o organismo do País. Os políti-cos devem apresentar propos-tas fortes ao povo, para que ele vote como é necessário e seja possível resolver democra-ticamente o grave problema que a corrupção representa.

Acredita que a falta de éti-ca em Portugal é cada vez mais acentuada?

O mal tem vindo a crescer e atingiu proporções antes im-pensáveis. Mas também quero acreditar que o País dispõe de tradições éticas e de uma cons-ciência dos valores suficiente-mente sólida para recusar a sua própria degradação axioló-gica, enfrentando o problema e resolvendo-o. Não nascemos ontem. Nascemos há quase um milénio. A Europa pode reco-nhecê-lo ou não, mas somos o Estado-Nação mais antigo do continente, facto que é motivo de orgulho e indubitavelmente nos honra. O regresso a pa-drões elevados de vida ética triunfará, acredito. Mas temos de lutar por isso.

Mas também quero acredi-tar que o País dispõe de tra-dições éticas e de uma cons-ciência dos va-lores suficien-temente sólida para recusar a sua própria de-gradação axio-lógica

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8 ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010FRP

A Fundação Rotária Portuguesa (FRP) tem como um dos objectivos aperfeiçoar cada vez mais a sua re-lação com os clubes rotários quer a nível institucional, quer no que respeita à atribuição de apoios a projectos.

Um dos canais de comunicação é através do Representante do Clube à Fundação, mas muitas são as vezes que, durante o ano rotário, a FRP, através dos elemen-tos do Conselho de Administração visita os clubes, com o intuito de reforçar os laços de amizade, mas tam bém para explicar o seu fun-cionamento e ouvir opiniões e su-gestões.

O “Rotary em Acção” dá con-tinuidade às conversas com os clubes e ouvimos os presidentes do RC Sintra, Distrito 1960 e do RC Vila Nova de Foz Côa, Distrito 1970.

Maria Teresa do Amaral: o objectivo principal da FRP deve ser as bolsas de estu-do

A presidente do RC Sintra, Ma-ria Teresa Correia do Amaral, sus-tenta que a colaboração com a FRP tem sido uma «boa». Sobre o trabalho desenvolvido pela FRP a presidente do RC Sintra para o ano rotário 2010/2011 susten-ta que «o clube considera que o objectivo principal da Fundação Rotária devem ser as bolsas. Os outros projectos que a Fundação apadrinha ou venha a apadrinhar não devem prejudicar a atribuição das bolsas de estudo».

Sobre o trabalho desenvolvido pela FRP, o presidente do RC Sin-tra centrou a sua resposta na alte-

ração de estatutos da FRP frisan-do que «antes de haver qualquer alteração estatutária os clubes deverão pronunciar-se, só sendo esta efectiva se houver maioria qualificada. Isto é, se pelo menos 2/3 dos Clubes que constituem os Distritos Rotários 1960 e 1970 concordarem com a proposta de alteração apresentada». A presi-dente do RC Sintra acrescentou ainda sobre o mesmo tema que «a divulgação das propostas de alteração dos Estatutos da Fun-dação deverão ser enviadas aos Clubes com a antecedência ne-cessária para serem discutidas em Assembleia de Clube devidamente convocada para o efeito, para que a deliberação tomada possa ser transmitida pelo Delegado do Clu-be à FRP, que a ela fica vinculado para a transmitir nas Assembleias de Clubes convocadas pela FRP».

António Januário Lobão: o principal instrumento de acção tem sempre de ser a cooperação

O RC Vila Nova de Foz Côa no

ano rotário de 2010/2011 tem como presidente eleito, António Januário Lobão, que sobre a re-lação do clube com a FRP afirma: «a nossa relação com a Fundação Rotária Portuguesa, tem sido cor-dial e de cooperação, tendo até havido projectos bem sucedidos, nomeadamente, a realização de um RYLA - Prémios Rotários de Li-derança Juvenil».

Sobre o trabalho que a FRP tem desenvolvido o presidente do RC Vila Nova de Foz Côa é peremptó-rio ao afirmar que «o trabalho que a Fundação Rotária Portuguesa vem desenvolvendo, é meritório e merece o nosso reconhecimen-to».

Sobre a relação da FRP com os clubes, António Januário Lobão sustenta que «este tipo de tra-balho para a comunidade, nunca estará terminado, mas pensamos que tem vindo a ser importante, sendo que o principal instrumen-to de acção tem sempre de ser, a cooperação, o intercâmbio dos saberes e as experiências bem su-cedidas entre os clubes e a Funda-ção Rotária Portuguesa».

Clube de Sintra e Clube de Vila Nova de Foz Côa

O trabalho da FRP é «meritório e merece o nosso reconhecimento»

Nas últimas reuniões o Con-selho de Administração (CA) da Fundação Rotária Portuguesa (FRP), analisou, entre outros as-suntos, um conjunto de projectos remetidos à instituição pelos clu-bes rotários, e que visam o apoio da FRP, na sua concretização.

Este é também um campo onde a instituição actua. Além do projecto de atribuição de bol-sas e prémios escolares a acção da FRP, passa ainda pela efectiva ajuda aos clubes rotários nacio-nais.

Recorde-se que a maioria destes apoios ainda configuram o Regu-lamento de Apoio da FRP a Pro-jectos de Clubes, sendo que do lote de projectos apresentados o CA entendeu que um – Projecto BD-Biodiversidade, do RC Lisboa-Estrela – deverá ser alvo de refor-mulação pois aponta para o novo modelo estratégico de acção da FRP «cuja implementação será iniciada com concurso a lançar brevemente».

Do lote de projectos analisados destacam-se quatro do RC Sintra (3 no âmbito do conhecido pro-jecto “Dê uma tampa à Indife-rença”; um no âmbito da inicia-tiva “Cadeira de Rodas” e outro de apoio escolar a estudante de Medicina). Foram ainda con-templados apoios aos projectos: “Apoio a Deficiente Visual”, do RC Rio Maior; “Apoio à XXIX As-sembleia Distrital Distrito 1970”, RC Águeda; “Saúde Brincando”, RC Setúbal e RC Barreiro; “Bolsa Novas Gerações” (2) da represen-tadoria Rotaract Distrito 1960; “Fim-de-Semana da Saúde”, RC Felgueiras; “Apoio a estudante carenciada”, RC Abrantes; “Ban-co de Material Ortopédico”, RC Sesimbra; “Apoio a estudante ca-renciado”, RC Almeirim.

Estes foram os projectos apro-vados que vão ser aplicados. Mais uma vez, a acção do movimento rotário sai reforçada com o apoio da FRP que assim dá continuidade à sua obra educacional e social.

Teve lugar, recentemente, a ce-lebração do protocolo da quarta Universidade Sénior do Ano Rotá-rio 2009-2010, numa iniciativa do Rotary Clube de Loulé. A cerimónia de constituição desta universidade incentivada pelo past-Governador Mário Rebelo e pela respectiva Comissão Distrital, contou com a participação da Associação Social e Cultural de Almancil, Junta de Freguesia de Almancil, Escola EB 2,3 Dr. António Sousa Agostinho, de Almancil e do Rotary Club de Loulé, bem como de Felizardo

Cota, administrador da Fundação Rotária Portuguesa.

Na ocasião Aníbal Moreno (ve-reador) em representação do presidente da Câmara Municipal de Loulé e o Luís Correia, director Regional de Educação, enaltece-ram a constituição desta valência cultural.

As iniciativas de constituição e funcionamento das Universidades Séniores Rotárias (USR) estão con-sagradas nos objectivos de Rotary International (Serviço à Comuni-dade).

Novo modelo estratégico irá ser implementado brevemente

Fundação Rotária Portuguesa apoia projectos de clubes

Iniciativa do RC Loulé

Universidade Sénior Rotária de Almancil é uma realidade

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9ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010 FRP

Entrevista a Frederico Nascimento, presidente do CA da FRP

Com o novo modelo estratégico “os rotários(as) tomaram o futuro da FRP nas suas mãos”

A implemantação do novo Re-gulamento de candidatura a pro-jectos de apoio da Fundação Rotá-ria Portuguesa (FRP) foi o mote da conversa que o Rotary em Acção teve com Frederico Nascimento, presidente do Conselho de Admi-nistração da Fundação Rotária. O documento já aprovado em As-sembleia de Representantes dos Clubes à FRP constitui um inova-dor instrumento de trabalho que envolve a fundação e os clubes rotários. Com esta conversa que-remos contribuir para um melhor entendimento do Regulamento e do seu alcance. Frederico Nasci-mento aproveitou a ocasião para falar sobre as reuniões descen-tralizadas do CA, bem como do novo complexo educativo e sede da FRP.

O novo Regulamento de can-didatura a projectos de apoio da FRP é uma das inovações propostas pelo CA e que foi aprovada na última Assembleia de Representantes. Na sua opi-nião o documento ainda suscita dúvidas aos clubes?

Admito que possam existir algu-mas dúvidas, nalguns clubes, para as quais o conselho de administra-ção está completamente disponí-vel para as esclarecer.

Contudo o que nos parece é que existe, ainda, algum desco-nhecimento, por parte dos clu-bes, do alcance e da natureza desta nova forma de actuar da FRP, no apoio aos projectos dos clubes. E esse desconhecimento

pode gerar, naturalmente, algu-mas dúvidas.

Quer explicar o que realmente muda com a adopção deste novo modelo?

O que muda é o posicionamen-to da FRP em relação ao apoio aos projectos dos clubes. Isto é, com este novo modelo estratégico a FRP está mais apta a poder apoiar os projectos dos clubes, que se insiram dentro das ênfases presidenciais do Rotary.

Até aqui, a nossa principal acção revia-se nas bolsas de estudo pró-prias que a FRP concedia a algumas candidaturas que os clubes apresen-tavam. E digo algumas porquanto, infelizmente, os nossos recursos fi-nanceiros não permitiam chegar a todas.

Com o novo modelo estratégico a FRP está em posição de (dentro das limitações financeiras que tem) me-lhor poder responder aos projectos que os clubes apresentem.

Repare-se no seguinte: os clubes, na concretização dos seus projec-tos, podem contar com a Rotary Fundation, candidatando-se aos fundos desta nossa organização rotária, nomeadamente através dos subsídios equivalentes.

Contudo existe um número ele-vadíssimo de projectos que, pela sua mais reduzida dimensão, não se enquadram nos parâmetros para apoio da Fundação Rotária do Rota-ry International (FRRI).

É aqui, neste campo de actuação, muito específico, que a FRP pode intervir no apoio a esse tipo de pro-jectos dos Clubes.

Fica, notório que a FRP e a FRRI, ao invés de serem concorrentes, como infelizmente alguns quiseram fazer crer, aparecem aos olhos de todos como entidades que se complemen-tam. Para bem do Movimento Rotá-rio e das populações que queremos ajudar. A FRP, até pela sua dimensão, meramente nacional, chega àqueles projectos onde a FRRI não pode ou não consegue chegar.

O actual modelo de candida-turas a bolsas de estudo acaba definitivamente?

Depois de concluir o seu ciclo, o que se prevê para dentro de 2 anos, o

modelo que vigorava cessa. Isto quer significar que a FRP deixa de prestar ajuda nesta área específica? Não. O que significa é que o modelo de can-didatura e de apoio será outro.

As novas candidaturas dos clubes a apoios a bolsas de estudo, passam a ser tratadas como projectos dos clubes, e dentro dessa lógica, as bolsas concedidas até podem ter um valor monetário superior ao que tinham anteriormente.

Fica claro, no entanto, que a análise a esses projectos faz-se de igual modo como se de outro projecto numa ou-tra área específica se tratasse.

Se o projecto for na área do apoio à educação/alfabetização, pode até traduzir-se numa bolsa de estudo. Quero, contudo, sublinhar que os projectos rotários de apoio à educação/alfabetização podem até não passar, necessariamente, pela concessão de bolsas de estu-do. E aqui os clubes podem ser mais imaginativos e identificar, nas suas comunidades, outro tipo de apoio a esta área tão importante, como é a educação.

Que leitura faz da posição dos clubes em relação à adopção do novo modelo de candidatura a apoios?

Faço uma leitura muito positi-va. Este novo modelo estratégico foi aprovado por uma larguíssima maioria dos Representantes dos Ro-tários dos Clubes, presentes em Fá-tima, no passado mês de Outubro. Portanto, fica claro que os clubes, apoiaram, desde o primeiro mo-mento, esta nova visão para o futu-ro da nossa Fundação. E fizeram-no de forma consciente e consistente. 50 anos de história mereciam que houvesse, como houve, uma visão estratégica que garantisse o futuro da FRP, pelo menos para as próxi-mas décadas. Futuro da FRP que se traduza num maior envolvimento no apoio aos projectos dos clubes. E foi essa visão de futuro que os clubes compreenderam a apoiaram de forma expressiva. Dito de outra maneira: os rotários(as) tomaram o futuro da FRP nas suas mãos.

Em Janeiro a FRP realizou a primeira reunião descentralizada do CA em Guimarães. Este tipo de acção é para repetir?

Naturalmente que sim. As coisas quando correm bem e resultam, de-vem ser continuadas.

O CA da FRP tem vindo, ao longo dos anos, a inovar constantemente na sua relação com os clubes e é

nesta óptica que deve ser entendida esta iniciativa.

Ainda este ano contamos realizar um outro CA, numa outra região do País.

O que se pretende com estas ini-ciativas é a de levar os administra-dores da FRP, em bloco, para mais perto dos clubes; pelo menos uma vez por outra e de poder ouvir os clubes sobre determinado ponto es-pecífico, sem ser, naturalmente, nas Assembleias de Representantes.

Quer fazer um balanço das acções já realizadas no sentido da concreti-zação do futuro complexo educativo e sede da FRP, em Coimbra.

Apenas aspectos burocráticos, relacionados com a cedência de-finitiva dos terrenos prometidos e deliberados ceder, pela Câmara Municipal de Coimbra, impedem que possamos avançar com mais celeridade, na concretização deste objectivo.

Contudo, o objectivo está traçado e ele será concretizado. Se não por este CA, sê-lo-á por um outro que lhe seguirá.

O importante nas organizações é terem planos e visão de futuro. E isso é algo, que posso garantir, a FRP tem.

Fica claro que os clubes apoiaram, desde o primeiro momento, esta nova visão para o futuro da nossa Fundação.E fizeram-no de forma consciente e consistente.

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10 ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010DISTRITO 1960

No dia 27 de Junho o Rotary Club da Moita promoveu a 1ª Re-gata Rotária de Embarcações Tra-dicionais do Tejo, tendo contado com a participação de várias em-

barcações. Viveu-se uma tarde de partilha rotária na companhia do ainda Governador Mário Rebelo e mulher Anabela, tendo estado representados nove clubes rotá-

rios, RC Algés, RC Almada, RC Évora, RC Moita, RC Montijo, RC Portela, RC Santarém, RC Seixal e RC Sesimbra.

O Rotary Club de Santarém ofe-receu a três Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) de Santarém equipamentos no valor de 8.000 euros, destinados a mino-rar as carências dessas instituições. O Lar de Santo António, que acolhe meninas entre os poucos meses de idade e os dezoito anos, recebeu equipamentos para uma cozinha pedagógica no valor de 5.300 eu-ros. À APPACDM (Associação Portu-guesa de Pais e Amigos de Crianças Diminuídas Mentais), foram entre-gues camas e poltronas articuladas, para utilização dos seus utentes.

Já à Santa Casa da Misericórdia de Santarém foram oferecidas cinco cadeiras de rodas, para minimizar as suas necessidades no apoio aos inúmeros idosos que a instituição acolhe. As cadeiras foram entre-gues pelo Presidente do Rotary

Clube de Santarém numa cerimónia simples em que estiveram presentes os membros da Mesa Administrati-va da Santa Casa e alguns membros do clube Rotário.

“Estes apoios que agora foram dados a estas três instituições da cidade, só foram possíveis com a colaboração conjunta do RC de Santarém, de um clube rotário do Brasil (Mariporâ), e da Rotary Fun-dation, que reuniram 8000 euros para esse fim, que representam uma ínfima parte das acções que o Movimento Rotário subsidia em todo o Mundo. A “Casa da Ami-zade” do RC de Santarém, que é formada pelos cônjuges dos ele-mentos do clube, também contri-buiu na recolha de fundos para esta iniciativa”, refere José Perei-ra, presidente do Rotary Clube de Santarém.

8000 euros distribuídos

Três instituições apoiadas em Santarém

Clube da Moita

1ª Regata Rotária de Embarcações Tradicionais do Tejo

Fátima

Concurso de Escrita Criativa premeia jovens

No dia 27 de Maio o Rotary Club Lisboa Olivais inaugurou uma “Cai-xa de Donativos” para o projecto de Rotary International “END PO-LIO NOW”. Com o inevitável apoio da ANA - Aeroportos e Navegação Aérea, EP, o Rotary Club Lisboa Olivais acompanha assim com esta iniciativa todo o esforço de Rotary Internacional para a erradicação da poliomielite em todo o Mundo.

Desde 1985, quando o Rotary lançou o programa Pólio Plus, o número de países pólio endémicos diminuiu de 125 para 4 - Afega-nistão, Índia, Nigéria e Paquistão - e o número de novos casos por ano diminuiu de 350.000 para 2.000. Problemas de segurança, instabilidade política e infra-estru-tura e saneamento precários conti-nuam a representar desafios para a erradicação da doença.

Se a pólio não for erradicada,

o mundo continuará a viver sob a sua ameaça, e estima-se que mais de 10 milhões de crianças serão vitimadas pela paralisia nos próxi-mos 40 anos se não se conseguir arrecadar os US$5 bilhões ainda necessários para concluir a erradi-cação.

Pólio Plus, o programa mais am-bicioso da história do Rotary, é a representação máxima dos tra-balhos voluntários na campanha global para erradicação da pólio. Por mais de 20 anos, o Rotary tem conduzido o sector privado a con-tribuir para esta iniciativa.

Além de oferecer assistência fi-nanceira e voluntários, o Rotary dedica-se a obter apoio de outros parceiros do sector público e pri-vado. Um exemplo é a campanha End Polio Now, inspirada pelas do-ações-desafio feitas pela Fundação Bill e Melinda Gates.

Beatriz Madureira, com o traba-lho “O começo de um novo dia” e Flávia Duarte, com o trabalho “Metamorfose”, foram as grandes vencedoras da décima edição do Concurso de Escrita Criativa, organi-zado pelo Rotary Clube de Fátima. As jovens, ambas alunas do Colégio de São Miguel, receberam um che-que no valor de 250 e 125 euros, respectivamente.

A cerimónia de entrega de pré-mios contou com a presença de Carlos Pinto Coelho. O conhecido jornalista e escritor, que já se tor-nou uma presença habitual no júri

do concurso, elogiou o talento das jovens premiadas, sobretudo numa altura em que “a língua portuguesa é tão maltratada”. Carlos Pinto Coe-lho elogiou também o Rotary Clube de Fátima por “numa altura em que todo o país está a olhar para os pés” (referindo-se ao Mundial de África do Sul), o clube “resolveu olhar para a cabeça”.

Eugénio Lucas, em representação do Rotary Clube de Fátima, agrade-ceu aos colégios, por terem partici-pado, mais uma vez, nesta iniciativa. Segundo referiu, este ano tiveram o maior número de candidatos: 23.

Aeroporto de Lisboa

“Caixa de Donativos” para a Pólio

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11ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010 DISTRITO 1960

O Rotary Club Lisboa-Norte e o Rotary Club de Sintra organi-zaram no mês de Julho o Rotary International Youth Camp 2009 – 2010, com o tema “From Lis-bon to Sintra” Discover of the Portuguese Heritage.

De dia 3 a dia 17 de Julho foram recebidos jovens de vários países como Dinamarca, Itália, Polónia, Hungria, croácia, entre outros. Durante os dias do intercâmbio foram muitas as actividades pro-gramadas: visita ao Convento de

Mafra, espectáculo de Ópera “O Elixir do Amor”, passeio na Baixa Pombalina, passeio no Centro Cultural de Belém, visita ao Mu-seu da Marinha, jantar de Fados, visita ao Palácio Nacional de Sin-tra, entre muitas outras.

Boa relação com a autarquia

Novo Clube no Bombarral

De Lisboa a Sintra

Rotary International Youth Camp 2009 – 2010

Os Claustros do Palácio Gorjão acolheram, no dia 20 de Junho, a sessão solene de Entrega da Carta Constitucional ao Rotary Club do Bombarral. Entre outros convidados, o evento contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Bombarral, José Manuel Vieira, do então Governador do Distrito 1960, Mário Rebelo, do presidente da Co-missão Distrital da Rotary Fundation, José Manuel Cordeiro, do Presidente da Fundação Rotária Portuguesa, Frederico Nascimento, da presidente

do Rotary Club de Porto Mós, Olga Silvestre, e do presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários do Bom-barral, Jorge Franca.

“Sermos companheiros e amigos e servir a nossa comunidade o me-lhor que pudermos e soubermos” são para já os primeiros objectivos, referiu Teresinha Heliodoro, acres-centando que “o nosso interesse é interagir com os parceiros sociais de forma a enriquecer e desenvolver a nossa comunidade, porque sozinhos não o conseguiremos”.

A presidente do Rotary Club do Bombarral continuou afirmando que com esta nova entidade “o concelho do Bombarral vai ficar mais enriqueci-do e a comunidade mais fortalecida. Somos uma das peças que faltava”.

Na sua intervenção, o presidente da autarquia salientou “o magnífico trabalho que a acção Rotary tem desenvolvido em Portugal e no mun-do”, acrescentando, por último, que o Rotary Club do Bombarral pode contar com “o apoio da Câmara Mu-nicipal”.

Computador entregue no Faial

No dia 29 de Junho os Rotários da ilha do Faial entregaram um com-putador ao projecto Movimemt’arte da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial. Este computador vem dotado de har-dware e de software específico para pessoas com deficiência visual

Ofertas na Madeira

O Rotary Clube do Funchal procedeu à entrega de equipamentos elec-trodomésticos a 29 famílias afectadas pelo temporal de 20 de Fevereiro. O contributo financeiro, por parte de clubes rotários, empresas, institui-ções e cidadãos, rendeu entre 10 a 12 mil euros.

Concerto de Verão em Lisboa

No dia 28 de Junho o Rotary Club Lisboa Estrela organizou o Concerto de Verão “Concertos das Quatro Estações, um recital de Guitarra que decorreu no Hotel Real Palace. No preço do jantar é incluída uma verba destinada à constituição de um fundo para bolsas de estudo a atribuir a alunos de elevado mérito da Escola de Música do Conservatório Na-cional.

Palestra em Cascais-Estoril

O Rotary Clube Cascais-Estoril, no mês dos Novos Lideres organizou uma Palestra efectuada por Joana Cambeiro (Coordenadora do progra-ma de serviços de voluntariado europeu), que teve lugar na sede do Clube no dia 13 de Julho.

Campanha para novos sócios

O Rotary Club da Amadora está a levar a cabo uma campanha para novos sócios. Com o mote “Eu tenho um amigo na Amadora que pode ser rotário, e o companheiro?”, o Clube pretende conseguir aumentar o Quadro Social.

Homenagem a David Pina

No dia 6 de Julho, o Hotel Tivoli, em Lisboa, recebeu um Jantar de Homenagem em Memória de David Pina, com a apresentação de um filme e diversos depoimentos de amigos e companheiros rotários. Esta Homenagem teve como orador Marcelo Rebelo de Sousa.

Churrasco em Lisboa

O Rotaract de Lisboa Olivais organizou um Mega Churrasco na Graça, no dia 17 de Julho. Companheirismo e surpresas reunidos numa festa dos mais jovens.

Aniversário Lisboa Belém

O Rotary Clube de Lisboa Belém em 24 de Maio fez 19 anos, e come-morou-os com jantar festivo no dia 26 de Maio, com animação e com a presença do Governador.

Torneio de Golfe em Fátima

No dia 19 de Junho o Rotary Club de Fátima organizou o seu V Tor-neio de Golfe no Golden Eagle em Rio Maior.

Nos dias 31 de Julho e 1 de Agos-to, o Rotary Club de Mafra coordena uma acção de recolha de alimentos destinados a abastecer a Loja Social da sua comunidade

O projecto ENFRENTE, implantado recentemente pela Câmara Munici-pal de Mafra, é uma Loja Social des-tinada a suprir as necessidades mais elementares de cidadãos residentes no concelho, que, por razões diver-sas, se encontrem em situação de extrema carência.

Destacou o Presidente da Câmara de Mafra, no seu discurso de inaugu-ração, a atitude do Rotary Club de Mafra que o procurou propondo a criação duma loja social e disponibi-lizando-se para dar todo o apoio que estiver ao alcance deste Clube rotá-rio, seja na captação e canalização de doações para a loja social seja contri-buindo com voluntários para ali de-senvolverem os serviços necessários.

Assim, o Clube foi chamado a coordenar uma acção para Recolha de Alimentos não perecíveis doa-dos pela população, e destinados à Loja Social.

A acção, está a ser precedida por uma ampla divulgação nos meios de comunicação social do conce-lho, e vai decorrer nos próximos dias 31 de Julho e 1 de Agosto nos supermercados do concelho que já aderiram à mesma: Intermarché da

Malveira, Pingo Doce da Malveira, Intermarché de Mafra , Ponto Fres-co da Ericeira e Modelo de Mafra.

Para montar esta operação, vai ser necessária a colaboração de 40 voluntários dispostos a integrarem as equipas que estarão devidamente identificadas nas entradas dos super-mercados. O trabalho dos voluntários será entregar às pessoas um saco plástico com a identificação do pro-jecto, junto com um pequeno folheto explicando a loja social e sugerindo os produtos a serem doados. O Clube apela a todos que tenham disponibi-lidade de meio-dia durante esse final de semana, que se ofereçam para este serviço voluntário de grande im-

portância para o sucesso desta ope-ração. Pode fazê-lo através do email: [email protected].

A Nônô - Creche e Jardim de Infância da Malveira durante a se-mana de 26 a 31 de Julho vai co-laborar nesta campanha, tendo disponibilizado as suas instalações para funcionar um Posto de Reco-lha de Alimentos onde a população poderá entregar as suas doações. O Clube Naval da Ericeira vai solicitar aos concorrentes de um Torneio de Pesca que se realiza nesse fim-de-se-mana, a sua doação de peixe para ser posteriormente entregue a As-sociações de Solidariedade da nossa Comunidade.

Exemplo de Loja Social

Recolha de alimentos em Mafra

O Rotary Clube Lisboa Centennarium e a Long Island Youth Or-chestra estão a organizar o concerto “Verão Solidário” que terá lugar no Auditório da Fundação Portuguesa das Comunicações, no dia 29 de Julho de 2010 pela 19.30h.

Os fundos revertem a favor da aquisição de equipamentos para a sala de estudo de crianças deficientes profundas das escolas do Alto do Lumiar.

29 de Julho em Lisboa

Concerto “Verão Solidário”

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12 ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010DISTRITO 1970

No dia 19 de Junho Rotary debateu a questão da Interio-ridade no Fórum “Quando os desafios são oportunidades”. A Casa da Cultura, em Mogadou-ro, foi o palco escolhido pela organização para receber os vários oradores convidados.

António Morais Machado, presidente da Câmara de Mo-gadouro, lembrou que “a pala-vra interioridade tem que se lhe diga, nomeadamente para o concelho”. Feliz e honrado por receber os rotários em Moga-douro, mostrou a importância do tema do Fórum lembrando que “não nos faltam infra-es-truturas, os equipamentos, as actividades. Falta-nos gente. Por isso quando há eventos como este que trazem pessoas ficamos muito contentes”.

Manuel Cordeiro, Governador rotário natural de Mogadouro, justificou a realização do Fórum pelo facto de o “Rotary está atento ao que se passa à sua volta e aos problemas e necessi-dade das comunidades.

E a interioridade cumpre es-tes requisitos, primeiro porque quem aqui vive tem o direito a ter as mesmas condições de vida, e segundo porque temos que mostrar que viver no inte-rior também tem algumas van-tagens”.

Alexandre Parafita, escritor e investigador, falou em Moga-douro sobre turismo cultural e lugares de memória: “O turismo cultural vem-se afirmando cada vez mais no mercado globaliza-do, reveste-se de dimensões ino-

vadoras de aproveitamento dos lugares de memória, em especial aqueles que se relacionam com os mitos ancestrais do imaginá-rio das comunidades. Daí que o desafio de hoje seja potenciar todo este património como ofer-ta de turismo cultural de quali-dade e permitir que o mesmo constitua um forte estímulo para as comunidades, transformando os bens respectivos em factor activo de auto-estima e de defe-sa da identidade”.

Sobre as vantagens dos recur-sos energéticos falou António Machado Moura, que lamentou a saída de jovens formados para outras paragens porque não en-contram no interior condições para exercer a sua profissão. Para o professor catedrático, Mogadouro “é uma zona muito favorável no que diz respeito ao sol, tem médias anuas na casa das 2800 horas, o que aponta para a utilização do sol como uma das fontes de energia a privilegiar.

Há quatro factores que po-diam ser considerados: a hí-drica de pequena potência, a energia éolica (mesmo não sendo o local ideal), e especial-mente a energia solar e a bio-massa. Esta última parece-me uma via estratégica para este concelho. Parece ser um cami-nho a chamar jovens diploma-dos a ficarem por cá”.

João Alberto Sobrinho com-parou o acesso à Universida-de, em tempos, a uma carta de alforria. Justifica assim que Portugal tenha passado de 40

mil para 400 mil alunos. Qua-lificação e expansão são pala-vras de ordem para o presiden-te do Instituto Politécnico de Bragança: “A nossa juventude deve ter uma atitude cada vez mais pró-activa em relação ao mercado de trabalho nacional e internacional. Temos ensino superior a mais, mas a quali-ficação é muito importante”. Sobrinho acredita ainda que ser do interior é ser capaz de resistir às adversidades.

Carlos Brito, ex-Ministro da Defesa e ex-Governador Civil do Porto defende a regionalização como uma das soluções para os problemas do interior. Em Mo-gadouro começou por dizer que “o Rotary é um exemplo da re-gionalização: tem dois distritos no país que acabam e começam em Leiria, a divisão natural do país, tudo é diferente para lá de Montejunto-Estrela”.

Se, “na história Portugal sempre foi um povo do lito-ral”, Carlos Brito gostari a que o interior “não fosse oco, que tivesse mais gente, e é a isso que se chama desenvolvimen-to: por um lado a procura da mudança e inovação, por outro lado acabar com a disparidade e promover a igualdade”. O ex-Ministro lançou ainda uma questão mas deu a resposta: “Será que o modelo de desen-volvimento do interior deve ser o mesmo do litoral? O que está aqui em causa é apenas o modelo, porque o interior não devia viver no modelo do litoral”.

Rotários promoveram debate sobre interioridade

Caminhos para o interior em debate em Mogadouro

Palestra sobre testamento vital

No dia 13 de Maio, o médico Rui Nunes, Presidente da Associação Por-tuguesa de Bioética, foi convidado para proferir uma palestra sobre “Testa-mento Vital”, organizada pelo Rotary Club Porto Oeste.

Rastreio em Infesta

No passado dia 12 de Junho o Clube de S. Mamede de Infesta efectuou mais um Rastreio anual da Obesidade, Diabetes e Hipertensão. A acção de-correu na Praça da Cidadania e contemplou várias dezenas de pessoas que não deixam de aproveitar e valorizar este tipo de iniciativas.

Êxito na Rota do Bacalhau

Êxito total foi a frase da organização da prova de BTT que decorreu no passado dia 6, denominada Rota do Bacalhau, e cuja receita foi de 15 mil euros que reverteu integralmente para a instituição Ilhavense, Obra da Criança.

Mês do Coração na Trofa

Rotary Clube da Trofa comemorou o mês do coração com uma palestra, onde não faltaram conselhos sobre como ter um coração perfeito. As inicia-tivas continuaram com um rastreio ao cancro do estômago e a medição do colesterol e pressão arterial.

Homenagem a Bispo de Aveiro

No Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social, o Rotáry Clube de Aveiro atribuiu o título de “Companheiro Paulo Harris” a D. Antó-nio Francisco”, Bispo da Diocese de Aveiro, como reconhecimento pelo seu trabalho em prol da paz e de um mundo melhor.

Solidariedade em Coimbra

Um jantar a favor da LAHUC – Liga dos Amigos dos Hospitais da Uni-versidade de Coimbra realizou-se no dia 17 de Junho, no Hotel D. Inês, em Coimbra. Esta é uma iniciativa do Rotary Club de Coimbra que visa anga-riar fundos para a LAHUC e, ao mesmo tempo, assinalar os 20 anos desta associação, que presta serviço de solidariedade social junto dos doentes internados nos HUC, e respectivos familiares.

Combate à Pólio

O Clube de S. João da Madeira organizou uma caminhada e um almoço para angariar fundos para o Programa Pólio Plus. As actividades promovidas reuniram 1.650 euros.

Desfibrilhador entregue em Valongo

No jantar de transmissão de tarefas em Valongo, no dia 9 de Julho, o Clube aproveitou para oferecer um desfirilhador aos Bombeiros Voluntários de Valongo.

Solidariedade em Espinho

O Rotaract Club de Espinho organizou um concerto de solidariedade no dia 26 de Junho, no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários. O Objectivo era angariar fundos para a CERCI Espinho.

Palestra na Feira

No dia 7 de Junho o Rotary Club da Feira organizou uma palestra proferi-da por José Henriques Ribeiro, Aposentado das Forças Armadas e Provedor Municipal dos Cidadãos com Deficiência, em Santa Maria da Feira, tendo como tema “DA 1ª REPUBLICA À GUERRA COLONIAL”.

Rua de Alcobaça em Arouca

No dia 12 de Junho, o Clube de Arouca inaugurou a rua “Cidade de Alcobaça”, iniciativa promovida pela Câmara Municipal de Arouca a pedido do Rotary Club de Arouca.

O vidro em Coimbra

O Rotary Club de Coimbra dedicou a sessão do dia 15 de Abril – jantar festivo no Hotel D. Inês – para falar sobre a utilização do vidro na constru-ção e como esse material começa a caracterizar a beleza das cidades.

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13ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010 DISTRITO 1970

Dando continuidade ao seu pro-grama de “Diagnóstico precoce do Cancro do Estômago” pelo conce-lho, o Rotary Club de Viana do Cas-telo, apoiado pela equipa de enfer-meiros, deslocou-se a Vila Nova de Anha, para prestar este serviço à comunidade.

A adesão a esta iniciativa não atingiu as expectativas, tomando em consideração a dimensão des-ta freguesia, e apesar de todo o apoio por parte da Junta de Fre-

guesia que não se poupou a esfor-ços, ao convidar os habitantes de Anha, através de prospectos em todas as residências, e uma faixa a anunciar o rastreio. No entanto este decorreu com toda a norma-lidade, tendo até contado com o apoio de pessoal técnico local.

O Rotary de Viana está a chegar ao fim deste programa, com a sa-tisfação de saber que contribuiu para a prevenção de um mal que a todos assusta.

A 29 e 30 de Maio decorreu, por todo o país, a Campanha de Natal do Banco Alimentar Contra a Fome, envolvendo milhares de voluntários.

Em Águeda com organização

do Rotary Club de Águeda sob a supervisão do Banco Alimen-tar de Aveiro, foram angariados 7.600 kg de alimentos. Em des-taque esteve a Escola Secundá-ria Adolfo Portela com uma par-

ticipação recorde de mais de 70 alunos distribuídos pelos 2 dias da Campanha, bem como os jo-vens do Rotaract e Interact Club de Águeda.

O Intercâmbio de Grupos de Es-tudo (IGE) é um programa de in-tercâmbio cultural entre países, pa-trocinado pela Rotary Foundation. Podem participar profissionais, dos 25 aos 40 anos, com a finalidade de conhecer as técnicas e metodologias ligadas à sua profissão, assim como a cultura e o dia-a-dia de povos de

outros países. Durante um período que pode variar entre quatro e seis semanas, um grupo seleccionado formado por 4 profissionais e geri-dos por um Team Leader são coloca-dos em contacto com profissionais, empresas, órgãos governamentais e outras entidades do país visitado, enriquecendo e ampliando a visão

pessoal e profissional de cada um dos participantes do programa.

Durante o passado mês de Maio estiveram no Distrito rotário 4660 em Rio Grande do Sul no Brasil re-presentando o país. Da mesma for-ma, também profissionais do Brasil estiveram em Portugal durante o mês de Maio.

Vila Nova de Anha

Diagnóstico Precoce do Cancro

7600 kg de alimentos

Banco Alimentar em Águeda

Intercâmbio de Grupos de Estudo

IGE termina com sucesso

O Rotary Clube de Ponte da Barca enriqueceu o seu Banco de Cadeiras de Rodas e de Camas Articuladas com mais uma cama, cinco colchões de pressão alterne e cinco cadeiras de rodas.

A aquisição dos novos equipa-mentos surge na sequência da

campanha de angariação de fun-dos “2010 solidário” desenvolvida pelo Clube Rotário barquense ro-tários junto do tecido empresarial da região. Os equipamentos foram entregues ao Centro de Saúde, que tem a responsabilidade de ge-rir o Banco.

Ponte da Barca

Novos equipamentos para Banco de cadeiras e camas

Na sequência da iniciativa do Rotary Clube de Sever do Vouga de colocar oleões de capacidade 1000 litros/cada na vila se Se-ver do Vouga, oleões estes que foram distribuídos e instalados em parceria com a Câmara Mu-nicipal local e com a AMI, proce-deu-se no passado dia 14 de Ju-lho à primeira recolha dos óleos usados neles depositados pela

população, com a colaboração de uma empresa especializada e credenciada para o efeito.

Foram recolhidos mais de 2.000 litros de óleos usados, que seguiram para tratamento e pos-terior envio para empresa licen-ciada para regeneração, recicla-gem e valorização energética.

Esta iniciativa de recolha de óleos usados insere-se num vas-

to programa de preservação do meio Ambiente, que já vem a ser desenvolvido há alguns anos pelo Rotary Clube de Sever do Vouga, com reconhecido suces-so. Como é sobejamente conhe-cido, está comprovado que 1litro de óleo usado é suficiente para contaminar 1.000.000 de litros de água.

Iniciativa do Clube rotário

Oleões em Sever do Vouga

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14 ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010CLUBES

Exemplos de acção e empenho

Os Clubes em Acção

Quadro Social a aumentar

Coimbra: 11º clube nacionalRotary Club do Pico

Dinâmica de Ilha

O Rotary Club de Coimbra, criado em 1953, é um dos mais antigos Clubes rotários de Portu-gal — o 11º fundado no nosso país. Ao longo da sua história, organizou sete Assembleias de Distrito e duas Conferências Dis-tritais. Teve dois Governadores Distritais e é Clube Padrinho dos Rotary Clubs de Vila Nova de Gaia, de Condeixa (que entre-tanto se extinguiu), de Coimbra Olivais, de Oliveira do Hospital e de Coimbra Santa Clara. Em 1960, foi organizada a Casa da Amizade, constituída pelos côn-juges dos Rotários do Clube, que colaboram em acções de benefi-cência e ajudas a pessoas e ins-tituições.

O Clube está activo e dinâ-mico, embora a viver as dificul-dades de frequência que as ac-tuais solicitações e a vida cada vez mais rápida provocam. No entanto o Clube cresceu em nú-mero, e é de destacar a entrada de um grupo de pessoas mais jovens.

Muitos são os projectos de continuidade do Clube de Coim-bra: criou e mantém um Portal (www.rotarycoimbra.org), em que noticia todas as suas realiza-ções e reuniões.

Concluiu há dias o projecto de equipar a cozinha da Casa dos Pobres, fruto de um subsídio

equivalente a que concorreu, juntamente com os outros dois clubes de Coimbra (Coimbra Olivais e Coimbra Santa Clara); almoço na Cozinha Económica que, alem de apoio, serviu tam-bém para aquilatar carências e estudar possível colaboração futura; apoios à APPACDM, à Casa Abrigo Padre Américo (para os sem abrigo); bolsas a alunos carenciados e atribuição de dois prémios de mérito esco-lar em colaboração com a Escola Secundária D. Dinis; entrega de equipamento SARA ao invisual José António Girão Gonçalves. O Rotary Club de Coimbra privi-legiou ainda a cultura e procu-rou valorizar o património, em especial os relacionados com Coimbra.

Vários dos seus membros in-tegram associações humanitá-rias, algumas delas criadas por rotários: caso da LAHUC — Liga de Amigos dos Hospitais da Uni-versidade de Coimbra (quase toda a direcção é constituída por rotários), a ANAI — Associação Nacional de Apoio ao Idoso.

O Rotary Club de Coimbra está muito implicado na vida da comunidade, quer pela entrega de pequenas quantias, quer pela aquisição de equipamentos. Também o Rotary Kids Club tem, em conjunto com a LAHUC, um

projecto de angariação de lápis, borrachas e cadernos para as crianças de Timor Leste.

Entraram mais seis novos rotá-rios e cimentou-se o Rotary Kids Club de Coimbra. A partir de 17 de Junho, data em que foram entregues os emblemas a dois novos sócios, o Rotary Club de Coimbra passou a ter 52 mem-bros.

CoimbraCoimbra é capital do Distrito,

principal cidade da região Centro de Portugal e situada na subre-gião do Baixo Mondego. Cidade historicamente de estudantes, conta actualmente com perto de 30 mil estudantes, grande parte dos mesmos de fora. É o centro da Área Metropolitana de Coimbra.

Banhada pelo rio Mondego, Coimbra é sede de um municí-pio com 319,41 km² de área e 135 314 habitantes (2008), sub-dividido em 31 freguesias, 13 das quais urbanas ou maiorita-riamente urbanas.

O município é limitado a norte pelo município da Mealhada, a leste por Penacova, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo, a sul por Condeixa-a-Nova, a oeste por Montemor-o-Velho e a noro-este por Cantanhede.

O Rotary Club do Pico foi admi-tido em 22 de Fevereiro de 1982. Para Manuel Paulino da Costa, que agora terminou o seu mandato, na presidência do clube, o sentimento de união e o desejo de participação no movimento rotário, em planos e acções tendentes a melhorar as con-dições de vida das populações mais necessitadas, determinou que o clu-be tivesse um âmbito de ilha, e não de vila, ou de concelho, permitindo assim que, sem bairrismos, e numa salutar convivência, as reuniões do clube tivessem lugar semanalmente em cada um dos concelhos da ilha, bem como estabelecer que a presi-dência do clube seja também rotativa pelos concelhos de Lajes, Madalena e S.Roque.

Em 1 de Abril último, o Rotary Club do Pico regularizou o aumento do seu quadro social passando a contar, a partir dessa data, com 20 compa-nheiros. Durante o último mandato deram continuidade à promoção da imagem pública do Rotary e ao pro-jecto de atribuição de bolsas de estu-do a estudantes carenciados, univer-sitários ou do Seminário Diocesano de Angra.

Quanto às principais realizações do clube consideram, para além da atribuição de bolsas de estudos, ao apoio dado a instituições de obras sociais e humanitárias, a quem foram entregues roupas, lençóis e um com-putador portátil e ainda um donativo para a aquisição de fatos anti-fogo para os bombeiros voluntários da Corporação das Lajes do Pico. Pro-cedeu-se também à atribuição de prémios aos melhores alunos do 5º ano, das Escolas Básicas/Secundárias

da ilha do Pico, e à publicação do Bo-lhetim do Clube, via internet, entre muitas outras actividades.

O Rotary Club do Pico possui um quadro social com uma média etária elevada, o que traz algumas preocu-pações, quanto ao futuro, embora ultimanente se tenha verificado um pequeno aumento do quadro social com profissionais jovens. Apesar des-sa procupação e, porque “o futuro do Rotary está em suas mãos”, o clu-be continua dinâmico, transmitindo uma boa imagem do Rotary junto das instituições e população da ilha. É também de registar o facto de, pela primeira vez, o Rotary Club do Pico, ter eleito, para o ano rotário de 2010-2011, uma mulher, Maria de Jesus Pereira, que vai suceder a Ma-nuel Paulino Costa na presidência.

Ilha do PicoA ilha do Pico, a segunda maior ilha

dos Açores, possui uma superfície de 447km2, tendo de comprimento 42 km e de largura máxima 15,2 km. A montanha da ilha com 2.351 metros de altitude é o ponto mais alto de Portugal. Esta ilha constitui um ver-dadeiro paraíso para quem ama a natureza, quer no contacto directo com a montanha calcorreando por trilhos antigos ou descendo às grutas (a mais famosa é a Gruta das Torres, considerado o maior túnel vulcânico de Portugal) quer a visitar os Museus do Pico (Museu do Vinho, Museu da Industria Baleeira e Museu dos Baleeiros) ou observando baleias e golfinhos, no seu habitat, em memo-ráveis viagens nos mares do sul do Pico, a partir do porto baleeiro das Lajes do Pico.

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15ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010 AGENDA

Sintra e Lisboa-Norte

Campo de Férias de Rotary

No dia 10 de Julho decorreu o Campo de Férias “Rotary Youth Exchange 2010 Portugal” que le-vou vários jovens a Óbidos, Nazaré e Alcobaça. O Rotaract Club de Sin-tra e de Castelo Branco juntaram-se a esta iniciativa. Neste dia do programa do Campo de Férias, os Clubes organizadores (Rotary Clube de Sintra e Rotary Club de Lisboa-Norte) abriram a possibilidade de

uma equipa Rotaractista se juntar à visita do Oeste Litoral.

Em Óbidos visitou-se a Vila e provou-se a Ginja medieval, espa-lhou-se a “onda Rotaract” com uma acção de marketing apoiada pela T-Shirts vermelhas deste ano. Já na Nazaré a missão era gastronómi-ca e o almoço foi servido junto da praia, onde se disfrutou do Sol e da marginal.

Agosto

Desenvolvimento do Quadro Social

Dia 1Rotaract Portugal Trip 2010;

Dia 2Rotaract Portugal Trip 2010;

Dia 3Rotaract Portugal Trip 2010;

Dia 4Rotaract Portugal Trip 2010;Aniversário RC Leiria;

Dia 5Rotaract Portugal Trip 2010;

Dia 6Rotaract Portugal Trip 2010;

Dia 7Rotaract Portugal Trip 2010;

Dia 9Dia Internacional dos Povos Indí-genas;

Dia 12Dia Internacional da Juventude;

Dia 19Dia Mundial da Ajuda Humanitá-ria;

Dia 23Dia Internacional de Recordação do Tráfico de Escravos e da sua Abolição;

Dia 26Aniversário RC Porto;

Setembro

Novas Gerações

Dia 1VOG D 1970 – RC Caminha;

Dia 2Aniversário RC Estoi Internacional;Aniversário RC Caminha;

Dia 4Aniversário do RC S. Mamede In-festa;

Dia 6VOG D 1970 – RC Porto;

Dia 7VOG D 1970 – RC Póvoa do La-nhoso;

Dia 8Dia Internacional da Alfabetiza-ção;

Dia 11VOG D 1970 – RC Oliveira do Hos-pital;

Dia 13VOG D 1960 – RC Vila Real de San-to António;VOG D 1970 – RC Amarante;

Dia 14VOG D 1970 – RC Montemor-o-Velho;Aniversário RC Ponta Delgada;

Dia 15Dia Internacional da Democracia;VOG D 1960 – RC Tavira;

Dia 16Dia Internacional da Preservação da Camada de Ozono;VOG D 1960 – RC Olhão;

Dia 181.º Seminário Distrital do Desen-volvimento do Quadro Social – Rotary Clube de Oliveira do Bairro;

Dia 20VOG D 1960 – RC Palmela;Aniversário RC Santarém;

Dia 21Dia Internacional da Paz;VOG D 1960 – RC Portela;VOG D 1970 – RC Ovar;

Dia 22VOG D 1970 – RC Porto Portuca-le;

Dia 23Dia Marítimo Mundial (última se-mana de Setembro);VOG D 1970 – RC Braga Norte;Aniversário RC Santarém;

Dia 24Aniversário RC Braga Norte;

Dia 25Seminário de Desenvolvimento do Quadro Social – RC Lisboa-Olivais;2.º Seminário Distrital do Desenvol-vimento do Quadro Social – Rotary Clube de Fafe;Encontro dos Rotaract e Interact – Rotaract Clube de Valongo;

Dia 27VOG D 1960 – RC Oeiras;

Dia 28VOG D 1960 – RC Lisboa-Benfica;VOG D 1970 – Grupo 6 – Arouca/Vale de Cambra;Aniversário RC Lisboa-Benfica;

Dia 29VOG D 1970 – RC Vila Nova de Foz Côa;Aniversário do RC Curia-Bairrada;

Dia 30VOG D 1960 – RC Rio Maior.

A ShelterBox está a responder a uma devastadora tempestade tro-pical que devastou grande parte da América Central e deixou dezenas de milhares de pessoas desabrigadas. A Tempestade tropical Agatha atingiu a Guatemala com um volume enorme chuva no oeste montanhoso do país e no vizinho El Salvador. As chuvas torrenciais mataram quase 150 pessoas e dei-xaram mais de 94.000 sem tecto.

Com a tempestade diversas ca-sas foram soterradas pela lama. ShelterBox enviou um membro da SRT (Shelterbox Response Team) equipa americana (EUA) e um do Canadá para a Guate-

mala para avaliar a necessida-de de abrigos de emergência. John Leach, chefe de Operações da ShelterBox, disse: “Quase 100.000 pessoas foram evacuadas das suas casas, assim acreditamos que a ne-cessidade de abrigos de emergên-cia é clara.

A erupção do vulcão Pacaya na semana passada agravou os efei-tos das inundações e nós estamos a fazer o possível para ajudar os mais necessitados.”

Em novembro passado Shelter-Box respondeu ao furacão “Ida”, que causou enchentes e desliza-mentos que mataram pelo menos 150 pessoas, na mesma região.

Apoio a milhares de desalojados

ShelterBox responde a tempestade devastadora na América Central

Agosto é o mês do Desenvol-vimento do Quadro Social, uma das principais preocupações do Rotary actualmente. Assim, duran-te o mês de Setembro por todo o país os rotários juntam-se para definir estratégias e avançar com potenciais soluções para o Desen-volvimento do Quadro Social. O

primeiro seminário, liderado pelo Governador Armindo Carolino, de-corre em Oliveira do Bairro, no dia 18 de Setembro. No Distrito 1960 o Seminário decorre em Lisboa-Oli-vais, no dia 25, dia em que Fafe recebe o 2.º Seminário Distrital do Desenvolvimento do Quadro Social do Distrito 1970.

Seminários em todo o país

Desenvolvimento do Quadro Social

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16 ROTARY EM ACÇÃOJULHO 2010 > AGOSTO 2010ÚLTIMA

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987-PT—(1108)