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EDITORIAL NESTE NÚMERO PODE LER: » Impressão digital - Liberdade amordaçada... (pág. 2) » Aconteceu - A comunidade em notícia! (pág. 2) » Recordando a minha Mãe! (pág. 3) » Em nome da verdade e da transparência… (pág. 3) » De faca e garfo (Tarte gelada) (pág. 3) » Liturgia A situação dos avós… (pág. 4) » Movimento paroquial (pág. 4) » Kim (pág. 5) » O Uivo do Lobito (pág. 5) » Fevereiro em destaque… (pág. 5) » A Chama Caminheiros na nova Sede (pág. 6) » Rota Azul Uma simples passagem… (pág. 6) » O Agrupamento em notícia (pág. 6) » Momentos de descontracção (pág. 7) » Pela liberdade de aprender e ensinar (pág. 8) » Testemunhos (pág. 8) O mês de Janeiro começou com o Dia Mundial da Paz, dando assim o mote para um novo ano que se deseja de verdadeira Paz para todos. Porém, ainda o ano mal tinha dado os primeiros passos e já rebentavam as polémi- cas, os protestos e as contestações, com as implicações sociais que acarretam. Assim, o sonho de um ano de paz, começa a transformar-se em mera utopia que tarda em realizar-se. Não podemos ficar alheios a esta instabilidade em que é colocado o Ensino Particular e Cooperativo com a recen- te legislação publicada no fim do mês de Dezembro. Sendo o Externato D. Afonso Henriques propriedade da Diocese com administração da Paróquia de Resende e tendo sido uma das Instituições que ao longo de meio século mais prestigiou esta terra, não podemos ficar insensíveis peran- te a incerteza do seu futuro. Toda a Comunidade Educativa está mobilizada nesta luta pelo respeito de direitos adquiri- dos, no fundo, pelo respeito do primeiro de todos os direi- tos - a Liberdade de Educação e da escola do tipo de edu- cação que os pais querem para os seus filhos. A resposta que o nosso Projecto Educativo procura dar é a da forma- ção integral dos nossos jovens, sempre numa perspectiva dos valores do Cristianismo Católico. Foi este o lema que norteou esta instituição ao longo dos anos e fez do Exter- nato uma referência educativa de serviço à cultura e à pro- moção dos ―pobres‖ de Resende. Em memória do passado brilhante, não deixaremos de lutar por um futuro que possa honrar os grandes vultos que estoicamente alicerçaram muito daquilo que Resende é no presente. Fevereiro será um mês de actividade intensa no nosso Agrupamento de Escuteiros. Estamos empenhados no arranjo e decoração do novo espaço cedido pela nossa Autarquia. Queremos dar-lhe um rosto mais escutista e alegre. Estamos também empenhados na preparação dos novos elementos que irão ingressar nesta família escutista e naqueles que irão progredir na mudança de Secção. É exactamente no final do mês que teremos as nossas Pro- messas e, com elas, mais um motivo de festa em família. Vamos dar-nos as mãos para que o nosso Agrupamento se renove e reavive a chama que nos move no seguimento dos ideais de BP. Fevereiro é também mês de mais uma colheita de sangue, a 25ª. Mais um gesto pela vida, pela qualidade de vida, mais um serviço aos outros neste sempre alerta dis- creto mas eficaz. Que este mês seja mais uma oportunida- de de crescermos como família que serve. Pe. José Augusto (Chefe de Agrupamento) Agrupamento 1096 C.N.E. Largo da Igreja 4660-227 Resende Telefone 254877457 * Fax. 254878216 Páginas da internet http://www.gotasdorvalho.com/ - http://agrupamento1096.no.sapo.pt/ Email do Agrupamento - [email protected] Nº 173/ Ano XV Fevereiro de 2011 Agrupamento 1096 do CNE - Paróquia de Resende SÊ...

Jornal Sê... Fevereiro 2011

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Jornal Sê... Fevereiro 2011

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Page 1: Jornal Sê... Fevereiro 2011

EDITORIAL

NESTE NÚMERO PODE LER: » Impressão digital - Liberdade amordaçada... (pág. 2)

» Aconteceu - A comunidade em notícia! (pág. 2)

» Recordando a minha Mãe! (pág. 3)

» Em nome da verdade e da transparência… (pág. 3)

» De faca e garfo (Tarte gelada) (pág. 3)

» Liturgia – A situação dos avós… (pág. 4)

» Movimento paroquial (pág. 4)

» Kim – (pág. 5)

» O Uivo do Lobito – (pág. 5)

» Fevereiro em destaque… (pág. 5)

» A Chama – Caminheiros na nova Sede (pág. 6)

» Rota Azul – Uma simples passagem… (pág. 6)

» O Agrupamento em notícia (pág. 6)

» Momentos de descontracção (pág. 7)

» Pela liberdade de aprender e ensinar (pág. 8)

» Testemunhos (pág. 8)

O mês de Janeiro começou com o Dia Mundial da Paz, dando assim o mote para um novo ano que se deseja de verdadeira Paz para todos. Porém, ainda o ano mal tinha dado os primeiros passos e já rebentavam as polémi-cas, os protestos e as contestações, com as implicações sociais que acarretam. Assim, o sonho de um ano de paz, começa a transformar-se em mera utopia que tarda em realizar-se.

Não podemos ficar alheios a esta instabilidade em que é colocado o Ensino Particular e Cooperativo com a recen-te legislação publicada no fim do mês de Dezembro. Sendo o Externato D. Afonso Henriques propriedade da Diocese com administração da Paróquia de Resende e tendo sido uma das Instituições que ao longo de meio século mais prestigiou esta terra, não podemos ficar insensíveis peran-te a incerteza do seu futuro. Toda a Comunidade Educativa está mobilizada nesta luta pelo respeito de direitos adquiri-dos, no fundo, pelo respeito do primeiro de todos os direi-tos - a Liberdade de Educação e da escola do tipo de edu-cação que os pais querem para os seus filhos. A resposta que o nosso Projecto Educativo procura dar é a da forma-ção integral dos nossos jovens, sempre numa perspectiva dos valores do Cristianismo Católico. Foi este o lema que norteou esta instituição ao longo dos anos e fez do Exter-nato uma referência educativa de serviço à cultura e à pro-moção dos ―pobres‖ de Resende. Em memória do passado brilhante, não deixaremos de lutar por um futuro que possa honrar os grandes vultos que estoicamente alicerçaram muito daquilo que Resende é no presente.

Fevereiro será um mês de actividade intensa no nosso Agrupamento de Escuteiros. Estamos empenhados no arranjo e decoração do novo espaço cedido pela nossa Autarquia. Queremos dar-lhe um rosto mais escutista e alegre. Estamos também empenhados na preparação dos novos elementos que irão ingressar nesta família escutista e naqueles que irão progredir na mudança de Secção. É exactamente no final do mês que teremos as nossas Pro-messas e, com elas, mais um motivo de festa em família. Vamos dar-nos as mãos para que o nosso Agrupamento se renove e reavive a chama que nos move no seguimento dos ideais de BP.

Fevereiro é também mês de mais uma colheita de sangue, a 25ª. Mais um gesto pela vida, pela qualidade de vida, mais um serviço aos outros neste sempre alerta dis-creto mas eficaz. Que este mês seja mais uma oportunida-de de crescermos como família que serve.

Pe. José Augusto (Chefe de Agrupamento)

Agrupamento 1096 C.N.E. – Largo da Igreja – 4660-227 Resende Telefone – 254877457 * Fax. – 254878216

Páginas da internet – http://www.gotasdorvalho.com/ - http://agrupamento1096.no.sapo.pt/

Email do Agrupamento - [email protected]

Nº 173/ Ano XV

Fevereiro de 2011 Agrupamento 1096 do CNE - Paróquia de Resende

SÊ...

Page 2: Jornal Sê... Fevereiro 2011

Não era a disciplina preferida, mas, ao longo da minha carreira de estudante, fui aprendendo a valorizar a sua importância e o seu sentido. Fui reconhecendo que a História nos incute a necessidade de sabermos preservar valores como o reconhecimento e a gratidão. Ensi-na-nos, sobretudo, a tomar consciência de que hoje não seríamos nada nem ninguém se não tivesse havido passado, se não estivéssemos enraizados numa cadeia de acontecimentos que nos fez chegar até aqui. Ensina-nos a reconhecer que, sem passado, pura e simplesmente não existiríamos… É assim em tudo na vida… por isso custa-me a perceber que hoje vá surgindo uma nova mentalidade de pessoas que eu chamaria de ―desenraizados da história‖, porque querem ver tudo pela linguagem da matemática… a nova era da informática parece ter trazido esta novi-dade, como se a vida se reduzisse a números… a esta mentalidade não é alheia a corrente materialista do mundo ocidental… em muitas coisas, não passamos de números na roleta da vida… e, porque os números são tão falíveis quanto as vidas, aí estamos nós na guerra dos números e na destruição das vidas… Esquecemo-nos da história e substituímos os heróis… destruímos a memória e elimi-námos a gratidão e o reconhecimento… promovemos a ditadura da razão e apagámos os senti-mentos… vivemos em função dos números e, em nome disso, pisamos pessoas, amordaçamos vozes, silenciamos gemidos, impomos autoridade… não olhamos a meios para conseguir fins… eliminamos os bebés, porque a mãe não tem meios económicas… promovemos a eutanásia, porque os idosos são um incómodo e as famílias não têm condições para os ter… privilegiamos o ministério do ―betão‖ em detrimento do da solidariedade… promovemos a aparência dos números que não correspondem à realidade… fazemos malabarismos de circo que já não con-vencem ninguém… e resta-nos a triste realidade dos números, esses infelizmente reais, que nos põem sempre a bater no fundo… Porque tenho memória e continuo a valorizar a história, quero deixar aqui a minha sentida homenagem a todos quantos põem a pessoa à frente das coisas, os sentimentos acima da razão, a memória antes dos interesses, o reconhecimento em vez da ingratidão… porque, um povo sem passado é um povo amputado… uma comunidade sem reconhecimento, é uma comunidade à deriva… um país sem memória, é um país sem futuro… Ora, é isto que parece estar a acontecer em relação à recente polémica do Ensino Particular e Cooperativo… não se respeita a história e continua a falar-se de um ―ensino supleti-vo‖… afinal, as instituições, como as pessoas (porque as instituições envolvem pessoas), são descartáveis como as seringas?! Utilizámos enquanto precisámos, mas agora podemos deitar fora… e o serviço público prestado ao longo de décadas?! Fica arrumado na gaveta?! Quem veio sobrecarregar a rede?! Quem é que se tornou supletivo?! Ou será que o Estado pretende arrogar-se no direito de ser a única fonte da verdade na educação?! Quererá o Estado criar um país de visão unilateral?! E isto em nome da liberda-de?! A quem compete o direito de escolha da educação?! Diz a Constituição que é aos pais… Ao Estado compete garantir as possibilidades de opção… mas o estado parece querer inverter as coisas oferecendo um modelo único - o seu! Será em nome da qualidade que o Estado toma estas medidas?! Parece que não… as provas estão no sentido contrário… então?! Será para melhor forjar os números que quer apre-sentar à Europa?! Será para criar uma comunidade educativa nivelada por baixo, um país de ―novas oportunidades‖?! Um país de acomodados, de obedientes, de jovens entretidos com jogos e computadores Magalhães, mas pouco pensantes para não problematizarem?! Ou seremos antes um povo de ―oportunistas‖ e de ―boys‖?! Sim, porque se acusam as entidades proprietárias das Escolas de Ensino Particular e Cooperativo de reivindicarem privilé-gios ilícitos… então as inspecções tuteladas pelo Ministério pactuam com isso?! Ou é apenas mais uma desculpa para esconder as verdadeiras intenções de hipotecar as Escolas Públicas aos ―boys‖ da Parque Escolar?! Com os milhões que vão receber, não por uma, mas por mais de 300 escolas, bem que podem pagar a dívida do país a curto prazo… Tenho memória, tenho sentimentos, honro a história e também sei fazer contas… mas pactuar com a demagogia e a mentira não faz parte dos meus princípios… por isso não aceito que, em nome de números falsos, se negue um dos direitos mais elementares da dignidade humana - escolher a sua educação, o rumo que cada um quer para a sua vida, a sua liberdade e direito à diferença!

Pe. José Augusto

Página 2

Nº 173/ Ano XV

Impressão digital

Liberdade amordaçada...

“A liberdade custa muito caro e temos, ou de nos resignarmos a viver sem ela, ou de nos decidirmos a pagar o seu preço”.

José Martí

No dia 8 de Janeiro houve reunião

arciprestal do clero, tal como acon-tece no primeiro sábado de cada mês. Rezamos em conjunto, discutem-se os temas de pastoral, resolvem-se problemas, programam-se activida-des, etc. Desta forma o espírito de comunhão e sintonia de acção vai-se procurando manter entre as comuni-dades.

No dia 10 reuniu o Conselho de Pas-

toral Paroquial. Avaliámos o caminho percorrido até aqui, assinalámos as actividades mais significativas, deram-se sugestões para o futuro, programa-ram-se actividades, de modo a dar continuidade ao Plano de Pastoral definido para este ano.

No dia 14 celebrámos o nosso Laus

Perene. Cumprindo a tradição de décadas, não deixámos de cumprir o nosso dever de manter vivo o dia da Adoração Comunitária. Apesar do frio que se fazia sentir, tivemos a nossa Hora de Adoração das 18h até às 19h como momento de encontro com o Senhor exposto. Embora o número de pessoas presentes não fosse o dese-jado, aqueles que estivemos aprovei-támos este tempo como momento de proximidade com o Senhor. Que o Senhor do tempo nos conceda o dom de definir prioridades na gestão do nosso tempo para que Ele tenha um lugar central na nossa vida.

Do dia 18 ao dia 25 de Janeiro cele-

brámos a semana de oração pela unidade dos cristãos. Apesar de todas as igrejas cristãs testemunha-rem a mesma fé em Jesus como Filho de Deus e Salvador, ainda há muitas divisões que nos afastam. Esta sema-na foi oportunidade de aproximação.

Certamente já todos demos conta que

as portas da nossa igreja paroquial foram restauradas. Este foi um traba-lho dedicado e gratuito do senhor Adérito Dias que nós, párocos, em nome da comunidade, queremos agradecer. Por este gesto de genero-sidade acompanhado de tantos outros que vai manifestando na disponibilida-de para ir resolvendo inúmeros pro-blemas que vão surgindo nos vários lugares de culto, acompanhado do serviço pastoral que desenvolve na comunidade, deixamos aqui o nosso OBRIGADO e pedimos a Deus que o recompense e lhe conceda os dons e graças que merece.

Page 3: Jornal Sê... Fevereiro 2011

Sê...

Tarte gelada

Ingredientes:

200 gr de bolachas de chocolate

80 gr de manteiga

50 gr de açúcar

Recheio:

1 lata de leite condensado

80 gr de leite em pó

7 folhas de gelatina incolor

0,5 dl de leite

5 dl de natas frias

80 gr de açúcar

20 gr de cacau em pó

Decoração:

Chocolate em pó para polvilhar

1 carambola de groselhas

Preparação:

Para a base, esmague as bolachas. Misture com a manteiga e o açúcar e ligue tudo com as mãos. Forre uma tarteira de fundo amovível e calque com os dedos. Leve ao frio. Para o recheio, mistu-re o leite condensado com o cho-colate em pó. Entretanto, coloque as folhas de gelatina a demolhar em água fria, por três minutos. Escorra-as e leve-as ao lume com o leite, mexendo sempre até derre-terem. Envolva a gelatina derretida no preparado do leite condensado, assim como as natas batidas bem firmes com o açúcar. Junte o cacau e misture bem com uma vara de arames. Verta para a tar-teira e leve ao congelador até ser-vir. Decore com chocolate em pó, fatias da carambola e groselhas.

in “Cozinhar é fácil”

Página 3

De faca e

garfo

(A nossa rubrica de culinária)

Há trinta anos, em manhã fria, Após alguns dias de enfermidade, Quis Deus, na sua infinita bondade, Chamar-te para a eterna alegria. Viveste sempre com dignidade. Onze vezes foste mãe, sem nostalgia. Criaste os filhos com valentia, Indicando-lhes o caminho da verdade. Foi imensa a alegria que sentiste, Quando vim para o Seminário; Maior porém, quando padre me viste. Por qualquer desgosto que te causei No meu sacerdotal itinerário, Por ti a Eucaristia celebrei.

Pe. Martins

Recordando minha Mãe!

“Para quem não quer ver, não há nada que convença”

Como, ―quem não deve, não teme‖ e, porque estamos fartos de tanta mentira e falsida-de em nome da mais pura das verdades, não há como apresentar os dados reais. Somos uma escola de valores e prezamos a verdade e a transparência. Em nome des-tes princípios, convidamos as pessoas de boa fé a fazerem connosco uns simples exer-cícios de matemática para justificar a asfixia financeira em que o Ministério da Educa-ção quer colocar o Externato D. Afonso Henriques a partir de Setembro, tendo em con-ta as despesas reais do mês de Janeiro com vencimentos, descontos e impostos.

Receita Prevista - 80.080€ x 12 Turmas = 960.960€ : 14 meses = 68.640€ por mês

Despesa - 35.854,72€ (vencimentos dos professores) + 8.464,53€ (vencimentos

dos funcionários) + 8.481,62€ (Descontos CGA) + 8.267,66€ (Descontos SS) +

6.940,00€ (Impostos IRS) = 68.008,52€

Total - 68.640,00€ - 68.008,52€ = 631,48€

Conclusão – Do financiamento que o Ministério quer atribuir-nos a partir de Setembro, depois de pagos vencimentos, encargos sociais e impostos, restam-nos 631,48€. E as despesas de manutenção, apoio pedagógico, modernização e remodelação de espaços? Já não falamos sequer em rendas para construção, porque se tivéssemos que pagar o preço que o Estado paga a partir de Janeiro de 2011 à Parque Escolar (1,6€/m2/mês) então teríamos de pagar à entidade patronal mais 15.598,40€/mês (assim daria certa-mente para, a curto prazo, disponibilizarmos aos nossos alunos equitação, golfe, pisci-na e muito mais…) Perante estes dados, se a Sra Ministra ou qualquer gestor do Ensino Público conse-guem fazer o milagre da multiplicação… (eu que sou padre, não consigo…) agradece-se que, com a mesma transparência, apresentem os seus dados para nós aprendermos como se faz.

O Director - Pe. José Augusto Marques

Em nome da verdade e da transparência...

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Quão triste é a situação dos avós, quando atingem uma idade avançada!

Por um lado vêem a vida a escapar-se como o sol no horizonte, o que lhes causa profunda desolação. Por outro lado vão sentindo, cada dia que passa, menos coragem e força para o trabalho, quer físi-co, quer intelectual, a que se dedicavam.

À sua frente, à maneira de ecrã vêem sempre o espectro da morte. Preocupam-se com a vida passada, principalmente se nem sempre foi vivida dentro dos parâme-tros da dignidade, da seriedade e da moral.

Mas, para além de tudo isto que mui-to os faz sofrer, uma grande parte dos avós do nosso tempo sofrem muito mais com o desprezo dos filhos e dos netos. Constate-mos alguns factos que frequentemente aconte-cem:

Se no convívio familiar, os avós querem contar como era no seu tempo isto ou aquilo, os filhos ou os netos, pos-suidores de toda a ciên-cia, não os deixam sequer falar porque – comentam uns com os outros – já não sabem o estão a dizer.

Se, em fim de semana, querem dar uma volta, ir a um hipermercado, ir visitar uma pessoa amiga, ou ir ver as ondas a beijarem a areia, qual o comportamento com o avô ou com a avó para quem a vida é vista sob outro prisma?

Ou ficam fechados em casa, não aconteça que venham para a rua e sejam atropelados, ou haja quem aproveite a oportunidade para assaltar e roubar, ou pedem a um vizinho que os vá vigiando.

Mas, o que é mais frequente nestes casos, é procurar um lar de idosos onde os possam internar, ficando desta maneira completamente livres. Tiraram-nos de casa como uma peça de mobília que já não se usa. E assim, o amor que já era tão morti-ço, foi desaparecendo pouco a pouco, de tal modo que na hora da morte deles, já nem viveram o acontecimento, não sentin-do a sua ausência.

Pobres avós e outros idosos! Tantas canseiras! Tantas noites sem

dormir! Tantas preocupações! Tanto amor!

E tudo pago com desprezo, com indelica-dezas, com ingratidões!

Aqueles que, em outros tempos, foram o amparo das suas vidas, são agora considerados um estorvo, um obstáculo ao gozo ou prazer que a sociedade lhes ofere-ce.

Não raro, vão mesmo balbuciando: ―Se Nosso Senhor se lembrasse deles!”

Estarão correctas estas atitudes? Poderão os mais novos ficar de consciên-cia tranquila, se assim procederem?

Não sou, de modo algum, contra os lares de idosos. Perante a mentalidade instalada no tempo em que vivemos, eles são o único amparo para muitos milhares de idosos que, de outro modo, morreriam

abandonados. Mas não esqueça-

mos a realidade. As pes-soas idosas podem ter toda a aparência de feli-cidade. Mas o seu cora-ção palpita noite e dia, lembrando os filhos, os netos, os vizinhos com os quais se encontravam todos os dias, a casinha pobre, sem condições,

rudimentar, em que foram criados. Por isso, todos aqueles que tiverem

as condições mínimas para terem em casa os pais, avós ou outros familiares idosos, até à hora da morte, para lhes assistirem nos últimos momentos, façam o sacrifício de os conservar junto de si, com coragem para ouvirem o último ai e lhes fecharem as pálpebras.

Se a morte é uma despedida das pessoas que mais se amaram neste mun-do, certamente aqueles que estão a deixar-nos sentirão algum alívio ao verem o rosto dos filhos, dos netos, ou outros, para quem viveram.

Na idade avançada, recomenda-se portanto que haja com os idosos com-preensão, delicadeza, bom trato, paciência e amor, embora por vezes seja muito difí-cil.

Na hora da morte, tenhamos cora-gem para estarmos presentes, ajudando-os a morrer.

Pe. Martins

“Para o ignorante, a velhice é o inverno da vida; para o sábio, é a época da colheita”.

Talmude

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Movimento Paroquial

Janeiro/2011

Pensamento do Mês

Baptismos:

Tornou-se novo membro da nossa Comunidade:

Dia 01 - Tomás Fernandes Tuna, filho de Francisco Manuel Fonseca Campelo Tuna e de Lina Maria Fer-nandes Tuna, residentes no lugar do Ribeiro Pequeno, Resende;

Dia 02 - Nicole Filipa Pereira Carva-

lho, filha de José Carlos Carvalho Pinto e de Sandra Marisa Pereira Nascimento, residentes no lugar de Tedões, Enxertado.

Para eles e seus pais, desejamos as maiores felicidades.

Funerais: Faleceu na nossa Comu-nidade:

Dia 21 - J o a q u i m

Pinto da Fonseca, residente no lugar de Safões, Resende.

Aos seus familiares apresentamos as nossas sentidas condolências.

Nº 173/ Ano XV

Ao Ritmo da Liturgia

A situação dos avós...

Provérbios 1. Aproveite Fevereiro, quem folgar em

Janeiro. 2. Em Fevereiro, cada sulco um regueiro. 3. Em Fevereiro chuva, em Agosto uva. 4. Em Fevereiro, deixa a fonte e vai ao ribei-

ro. 5. Em Fevereiro foice ou fumeiro. 6. Em Fevereiro neve e frio, é de esperar

ardor no estio. 7. Fevereiro afoga a mãe no ribeiro. 8. Fevereiro faz dia e logo Santa Maria. 9. Fevereiro engana as velhas no soalheiro. 10.Fevereiro é o mês mais curto e o menos

cortês. 11.Fevereiro quente, não o vejas tu nem o

teu parente. 12.Fevereiro quente, traz o diabo no ventre. 13.Fevereiro seca as fontes ou leva as pon-

tes. 14.Neve de Fevereiro, presságio de mau

celeiro.

Page 5: Jornal Sê... Fevereiro 2011

Sê... Página 5

Exploradores em acção

Foi no dia 29 de Janeiro que se realizou uma actividade conjunta entre os exploradores do nosso 1096 e os do agrupamento de S. Martinho de Mouros, na nossa sede nova.

Foram feitas equipas, onde elementos de ambos os agrupamentos estavam misturados, de modo a conviverem uns com os outros e partilha-rem conhecimentos e experiências.

Durante a manhã realizámos uma pista em que, tendo a meteorologia como nossa amiga, estava o céu limpo e o sol brilhava. Apesar do mais importante não ser a vitória, mas sim a convi-vência, foi a equipa nº 2 que ganhou.

Depois de um bom almoço, para termos forças para as actividades a realizar durante a tarde, fizeram-se novas equipas. Realizámos vários jogos, entre eles o estica, andar ao pé-coxinho, fazer 10 passes entre os elementos de cada equipa sem deixar cair a bola ao chão…

Passámos um dia muito animado em que o espírito escutista esteve presente, mais uma vez.

Inês Pereira (Exploradora)

É aniversariante no mês de Fevereiro:

Novo Ano, Nova Sede

No mês de Janeiro mudámos para uma nova sede. A nossa sede nova é na antiga escola do primeiro ciclo, em Minhães.

Nós já tínhamos feito um acampamento lá, por isso, já conhecíamos o espaço.

Os nossos chefes disseram-nos que assim estávamos mais perto da natureza.

Os pioneiros estão a cortar algumas árvores mais pequenas para nos ensinarem a plantar flores e novas árvores.

Todos nós gostamos de estar na sede, porque é maior e temos mais espaço para brincar ao ar livre.

Na sede nova, os lobitos já fizeram muitas brincadeiras como: jogar às escondidas, à apanhada…

Ainda falta pintar e renovar coisas para que nos sintamos mais em casa, mas, com a ajuda de todos, vamos tornar aquele espaço num lugar mais acolhedor e deixá-lo melhor do que o encontramos.

Eu gosto muito da minha sede nova!

Maria João (Lobita)

Exploradora Ana Patrícia (14); Pioneira Sara Alves (25).

P A R A B É N S!!!

Dia 02:

Festa da Apresentação do Senhor;

Festa de S. Brás - 15h; Dia 04:

Memória de S. João de Brito;

1ª Sexta Feira - confissões Dia 05:

Memória de Santa Águeda;

Reunião Arciprestal do Clero; Dia 06:

1º Domingo do mês - Missa dos Escuteiros (12h);

Dia 07:

Festa das Cinco Chagas do Senhor;

Dia 10:

Memória de Santa Escolástica; Dia 11:

Dia Mundial do Doente; Dia 12:

Festa de Nossa Senhora de Lur-des;

Dia 13:

25ª Colheita de Sangue em Resende;

Dia 14:

Festa de S. Cirilo e S. Metódio; Dia 17:

Início do 54º Curso de Cristanda-de para Homens (Lamego);

Dia 18:

Memória de S. Teotónio; Dia 21:

Dia mundial da vítima; Dia 22:

Festa da Cadeira de S. Pedro;

Aniversário de Nascimento de BP; Dia 23:

Memória de S. Policarpo; Dia 25:

Acampamento de Caminheiros; Dia 26:

Acampamento de Exploradores;

Velada de Armas; Dia 27:

Promessas do Agrupamento - Igreja Paroquial (15h).

Fevereiro

em

destaque

Page 6: Jornal Sê... Fevereiro 2011

No início deste novo ano, foi-nos comunicado pelos nossos chefes que iría-mos mudar de sede de agrupamento. Desta feita, foi com alegria que recebemos a notícia e grande era a expectativa de irmos ver as nossas novas instalações, que se situam na antiga escola primária de Minhães. No dia da nossa primeira reunião de agrupamento, já na nova sede, pudemos observar que, teremos de fazer algumas ―obras‖ dentro do novo recinto, a fim de personalizar o espaço, mais à nossa maneira, torná-lo mais escutista.

A IV secção, decidiu organizar um jantar na sede, nessa mesma noite, com vista a partilharmos ideias sobre o que realizar, por dentro e por fora do nosso novo espaço. Foi com alegria que pudemos contar com a presença de outros chefes e ami-gos queridos, nesse jantar. São já bastantes as ideias sobre o que fazer no local, por isso contamos com a ajuda de todos para tornarmos aquele local na nossa verdadei-ra sede. Só nos resta pôr mãos à obra!!!

Pedro Manuel (Caminheiro)

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O 1096

em

Notícia

Ano novo, vida nova, diz o nosso

povo e, para nós escuteiros, este ano, a expressão faz todo o sentido. O mês de Janeiro trouxe consigo uma nova sede. Tal como já tínhamos anunciado, começámos a ocupar o nosso novo espaço cedido pela Câmara Municipal - a antiga Escola EB1 de Rendufe de Cima, em Minhães. Ultrapassadas algumas burocracias iniciais, já começámos a reunir no novo espaço, a realizar lá algumas actividades e a projectar algumas remodelações para que se torne um espaço mais identificado com o nosso perfil. Os próximos tem-pos são de inovação e criatividade para darmos rosto escutista a este novo espaço que nos aproxima mais no nosso habitat natural. Queremos agradecer à Câmara Municipal pelo espaço que nos cedeu e por toda a colaboração que tem demonstrado para que ele se venha a tornar mais acolhedor e funcional. Muito obrigado.

No dia 29 de Janeiro os Explorado-res de Resende e S. Martinho realiza-ram em conjunto os Jogos Escutis-tas I “Ser feliz com BP”. Decorreram no espaço da nossa nova sede, em Minhães, numa tarde cheia de sol e propícia para actividades lúdicas que pudessem concorrer com o frio que se fazia sentir. Foi uma tarde agradá-vel de convívio e confraternização entre os Exploradores dos dois Agru-pamentos, uma experiência que já se tem feito e que nunca é demais repe-tir. Que esta experiência tenha sido enriquecedora para todos e continue a repetir-se com o mesmo êxito.

Nº 173/ Ano XV

22 de Fev. – Comemoração do Ani-

versário de nascimento de Baden Powell

25 a 27 de Fev. – Acampamento de

Caminheiros

26 e 27 de Fev. – Acampamento ―15

anos em alerta‖ (Exploradores)

26 de Fev. – Velada de Armas

27 de Fev. – Promessas

Actividades de Dezembro:

Caminheiros na nova Sede

No ano de 2005 comecei a minha caminhada pelo grande grupo do CNE. Fiz promessa de explorador nesse mesmo ano. Aprendi tudo o que tinha de aprender acerca dos exploradores e as noções básicas de tudo o que tinha de saber sobre a história do CNE. No ano de 2007 começou uma nova etapa do meu ―eu‖ escuteiro - fiz promessa de pio-neiro. Aqui sim começou uma verda-deira aventura à descoberta dos meus ideais e à descoberta da minha verdadeira personalidade. Nos pio-neiros aprendi muito, ganhei espírito de grupo, mais responsabilidade e vontade de organizar e fazer actividades diferentes. Aqui conseguimos manter o grupo que já vinha dos exploradores, um grupo formidável, parecemos todos irmãos. Nos pioneiros consegui aprender a levar a vida a sorrir, agora digo com toda a certeza que sou um homem responsável, prestável e o mais importante, sou feliz como escuteiro. Agora digo que sou um homem e um óptimo escuteiro, este grupo pode contar comigo para sempre, este e todo o agrupamento 1096, tenho toda a disponibilidade do mundo para vos fazer sorrir. Vou mudar de secção mas sei que ficam óptimos escuteiros, melhores que eu, e estes que cá ficam podem e conseguem fazer actividades dife-rentes que despertem ainda mais a chama que é o escutismo.

Quero aproveitar para fazer um agradecimento especial, em primeiro lugar, ao meu grupo de escuteiros que me tem acompanhado, aos meus amigos que encontrei aqui dentro, ao Chefe Jorge pelo óptimo trabalho que está a realizar, ao Pe. José Augusto, chefe de agrupamento, por nunca me travar de realizar as actividades que eu propunha, em seguida a todos os elementos do agrupamento, e por último mas não menos importantes, a todos os chefes que se esforçam para que esta famí-lia continue de pé... Obrigado.

Tiago Oliveira (Guia da Equipa Castor)

Uma simples passagem...

Page 7: Jornal Sê... Fevereiro 2011

Página 7 Sê...

Letra a

Astrolábio

Caracol

Marmelada

Um milhão

Cana de pesca

Olho

Laranja

Avelã

- Paizinho, trânsito é alguma bebida? - Não, meu filho. Que pergunta tão descabida! - É que tenho ouvido falar tanto em trânsito engarrafado... ———————–——— - É verdade, avó que os seus óculos são de aumento? - É, sim. - Então, ponha-os e corte-me uma fatia de bolo. ———————————————————– Diz a mãe para a pequenita: - Helena, porque estás a dar açúcar às galinhas? - Para elas porem daqueles ovos doces da Páscoa. ———————————————————– A dona da casa para a empregada: - Maria, viste se o homem do talho tinha pés de porco? - Não sei, minha senhora. Ele tinha os sapatos calçados. ——————————————————–— - Podes emprestar-me quinhentos euros? - Não tenho aqui dinheiro. - E em casa? - Em casa estão todos bem, obrigado. ———————————————————– - Senhor professor, quando o meu filho for grande, que profissão acha que deve ter? - Pode ser cosmonauta. - Cosmonauta? - Sim. Ele tem sempre a cabeça nas nuvens. ———————————————————- O médico militar passa em revista os solda-dos doentes. - Como está você? - Senhor doutor, tenho uma fome de cavalo! O médico ao enfermeiro: - Traga meia ração de palha para o doente da cama 13. ———————————————————- Uma criança fez umas traquinices e a mãe preparava-se para lhe dar umas palmadas no rabo. Diz ele: - A mãe tem de respeitar o meu corpo. Na catequese aprendi que é templo de Deus. - Sim, mas eu vou bater na sacristia!

Não se sabe porquê, mas 90% das mulheres viram à direita quando entram

num supermercado.

Um fio de nylon demora 30 anos a desaparecer numa lixeira. Uma pastilha

elástica, 5 anos. O vidro, um milhão de anos.

A Indonésia tem cerca de 500 vulcões, dos quais 127 estão em actividade.

As faíscas dos relâmpagos vão da terra às nuvens, e não o contrário, como

se pensa normalmente.

Os dinossauros viveram na terra durante mais de 165 milhões de anos,

antes de se extinguirem.

A esperança de vida média de um camponês, em 1930, era de 25 anos.

O Super Homem tem a mesma idade do Pato Donald, porque ambos nasce-

ram em 1938.

Os cães no Japão ladram uan uan.

Enquanto na maioria das línguas o sol é masculino e a lua é feminino, no

alemão é o contrário.

As filipinas, descobertas pelos Espanhóis e baptizadas com o nome do rei

D. Filipe, têm 7.107 ilhas. (In Revista “Juvenil”)

A cultura é a única bagagem que não

ocupa espaço…

Qual é a cidade portu-guesa que está no focinho do cão?

Qual é a coisa, qual é ela?

Alto como pinho, verde como linho, amargo como fel, doce como mel?

Com quatro letras apenas, sou fácil de conhecer; fer-ramenta, rio ou peixe, nome de homem ou mulher. Já me deves ter comido, como fruta apetecida e mesmo como cidade sou bastante conheci-da.

Procuram-me muitas vezes, tenho estima, o leitor creia; mas se alguém olha para mim faz-me logo cara feia. Quem sou eu?

Uma senhorita, muito assenhorada, nunca sai à rua, anda sempre

molhada. O que é?

Verde como o mato e mato não é; fala como a gente e gente não é... O que é?!

À meia-noite se levanta o francês, sabe das horas e não sabe do mês, tem espo-ras e não é cavaleiro, tem

serra e não é carpinteiro, tem picão e não é pedreiro, cava no chão e não acha dinheiro. Adivinhe!

Qual é a coisa que faz mais falta numa casa?

Um pastor tinha quatro ovelhas, o diabo levou-lhe duas. Quantas fica-ram?

Alivie o stress… … sorria!

1. Quem foi o compositor da

famosa oratória “Messias”?

2. Quem escreveu “A Divina

Comédia”?

3. Que significa a frase: “Cogito,

ergo sum”?

4. Porque é famosa a Capela Sis-

tina?

5. Quem é o Bom Samaritano?

Soluções: 1. Foi Georg Frederich Handel, em 1741. 2. O italiano Dante Alighieri (1265-1321).

Trata-se da viagem de um homem pelo outro mundo: Céu, Inferno, Purgatório.

3. É uma frase latina de Descartes que signi-

fica: ―Penso, logo existo‖. 4. É famosa pelo tecto pintado por Miguel

Ângelo. 5. O Bom Samaritano é uma das parábolas

contadas por Jesus. Tem como mensagem a importância das pessoas amarem o seu próximo.

Adivinha...

A Resposta Certa

Respostas do número anterior:

Page 8: Jornal Sê... Fevereiro 2011

O Externato D. Afonso Henriques é uma Escola de Ensino Particular e Cooperativo com sede em Resende, distri-to de Viseu. Surgiu em 1963, para alunos do 5º ao 9º ano, dando resposta de continuidade educativa às crianças que terminavam a escola primária. Durante mais de uma década foi a única resposta educativa de serviço público no concelho. Quando surgiu a Escola EB2 (em 1977 - então EB2/3), o Externato foi-se extinguindo nestes anos e viria a reabrir em novas instalações, agora para dar resposta à continuidade dos alunos que saíam da Escola EB2/3 e que, de outra forma, terminariam aqui o seu percurso educativo. Até 1987 foi a única Escola com Ensino Secundário no concelho. Desde então, com a construção da Escola ES/3 D. Egas Moniz, ambas têm coabitado com os mesmos níveis de ensino, algu-mas áreas comuns e outras distintas. Não viemos fazer con-corrência à Escola do Estado, até porque nascemos primeiro. Não manipulamos opções de escolha, apenas pedimos que respeitem a escolha dos pais, como prevê a Constituição da República Portuguesa. Com as dificuldades próprias da inte-rioridade, esta Instituição tem procurado dar a melhor respos-ta aos jovens alunos cujos pais escolhem o nosso Projecto Educativo como orientação para o futuro dos seus filhos. Orgulhamo-nos do nosso passado, porque daqui têm saído milhares de jovens que, nas mais diversas universidades do país, têm honrado esta ―família‖ que os ajudou a crescer. Congratulamo-nos com os milhares de profissionais que em todo o país continuam a sentir as marcas dos seus educado-res. Mas tememos que esta realidade tenha os dias conta-dos, porque parece-nos viver num país sem memória que reduz a história a meros interesses de ordem ideológica e económica, onde pessoas e instituições se descartam como lixo, porque já não são precisas. Com a recente publicação do Decreto Lei nº 138-C de 28/12/2010 e da Portaria nº 1324-A de 29/12/2010, o Ministério da Educação parece querer asfi-xiar as Escolas de Ensino Particular e Cooperativo, seja pela redução de turmas, seja pelo financiamento precário que quer atribuir por turma. Não conta a liberdade de escolha dos pais em relação à educação que querem para os seus filhos, não contam os resultados obtidos e a qualidade do ensino minis-trado, não contam as pessoas que ao longo de muitos anos gastaram as suas vidas em prol da construção dum ensino de qualidade, não contam os Projectos Educativos e os seus sucessos… afinal o que conta para além dos números?! A ideologia de um ensino manipulado pela tirania do poder?! Não permitiremos que nos silenciem desta forma! Poderão tentar asfixiar-nos lentamente, mas, enquanto tiver-mos voz, continuaremos a gritar pela defesa da liberdade de aprender e ensinar.

O Director José Augusto Marques

PELA LIBERDADE DE APRENDER E ENSINAR

COLHEITA DE SANGUE EM RESENDE - 13 DE FEVEREIRO

Orgulho-me da minha ESCOLA! Aqui conheci algumas das pessoas que marcaram o meu percurso, que se revelaram corajosas e pacientes, os meus professores, acima de tudo extraordinários; os funcionários sempre prestáveis; os bons amigos e até algumas amiza-des que nem sempre foram muito fáceis… e o mais importante de tudo, aqui…conheci quem sou! Aprendi a lidar com os defeitos, a corrigir os meus erros e a usufruir das minhas capacidades…

Aqui aprendi a verdadeira importância de ter uma escola como o Externato que, nos apoia quando nem tudo é assim tão simples de compreender e de aceitar, que convive com as diferenças e que nos ensina o valor de Respeitar, que nos incute princípios imprescindíveis e vitais.

Diana Saraiva (Aluna) Sou professora nesta escola há 14 anos. Não posso deixar de

referir um episódio que desde cedo me marcou e me fez perceber a importância do Externato D. Afonso Henriques para a população de Resende. Participava num almoço organizado por uma turma do ensi-no secundário em homenagem ao sr. Pe. Martins, fundador da escola, quando ouço o testemunho emocionado de uma colega agradecendo, lavada em lágrimas, a possibilidade de estudar, e assim a possibilida-de de ter uma licenciatura e abraçar a carreira de professora. Se não fosse o sonho deste Homem muitas outras pessoas de Resende não teriam tido a possibilidade de estudar e assim procurarem ter uma vida melhor. Mas o sonho do sr. Pe. Martins prossegue na actual Direcção da Escola, procurando sempre ministrar um ensino de quali-dade e nunca esquecendo os valores.

Orgulho-me de pertencer a uma escola que sempre procurou ajudar os nossos jovens no seu crescimento. Orgulho-me de perten-cer a uma escola que não esquece os seus antigos alunos e estes não esquecem os seus antigos professores. Orgulho-me de pertencer a esta família. O Externato merece continuar o seu trabalho, a popula-ção de Resende merece ter a possibilidade de escolher onde quer que os seus filhos estudem.

Manuela Carvalho (Professora)

Entrei no Externato D. Afonso Henriques em Setembro de 2003... daí até Julho de 2009, passei, sem dúvida alguma, os melho-res 5 anos e 10 meses da minha vida. Mais que uma instituição, é uma família onde prevalece uma forte relação de amizade entre alu-nos, antigos alunos, corpo docente, funcionários e até mesmo familia-res de estudantes. Todos nós somos a "família externato". Hoje, qua-se dois anos após ter abandonado o estabelecimento de ensino, é com grande alegria que regresso ocasionalmente a esta "minha casa" para matar saudades. Mais do que o nível académico que atingi nesta casa, agradeço ao Externato a minha formação como Homem. Aqui aprendi a respeitar e a saber ser respeitado, aprendi a não desistir dos meus sonhos, aprendi a fazer e a guardar amizades verdadeiras. Uma verdadeira escola de vida!

João Sequeira (Ex-aluno)

O Externato, outrora foi a escola dos pobres. Os resendenses com possibilidades rumavam aos colégios de Lamego ou ao Liceu, os outros ficavam em casa confinados às suas humildes casas. Esta obra trouxe a Resende uma lufada de ar fresco abrindo novos hori-zontes e saberes. Muitas pessoas, deste concelho homenageiam e não esquecem esta instituição e o seu fundador. Que se unam esfor-ços para que esta obra se perpetue, tal como ela vive no coração daqueles que aqui estudaram e estudam.

Prazeres Caseiro (Encarregada de Educação)

Sou funcionaria do Externato há cerca de 30 anos e espero ser mais outros tantos. Naquela escola conheci centenas de pessoas que sempre "adoptei" como se fossem da minha família. É com um orgu-lho imenso, que em certas alturas os ex-alunos passam por mim na rua e dizem: "Olha a tia Clara". Sempre tive e ainda tenho uma gran-de vontade de ajudar aquela magnífica família. É isso mesmo, uma família, é o que o Externato é. Desde o 7ª ano até ao 12ª ano toda a gente se dá bem, os alunos olham para os funcionários e professores como uns segundos pais e um exemplo a seguir e, por outro lado, os professores e funcionários ajudam os seus "filhos" a seguirem o cami-nho certo. Não destruam mais uma família...

Clara Martins (Funcionária)

TESTEMUNHOS