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Jornal Sebrae EM CINCO DIAS DE EVENTO FORAM GERADOS MAIS DE R$ 37 MILHÕES EM VOLUME DE NEGÓCIOS, UMA PARTICIPAÇÃO DE 64.611 VISITANTES E A CAPACITAÇÃO DE 14 MIL PESSOAS. ESSES NÚMEROS SUPERAM AS EXPECTATIVAS DO SEBRAE TOCANTINS. PÁGINA 4 a 7 NESTA EDIÇÃO, O JORNAL TRAZ UMA ENTREVISTA COM O REITOR E CONSELHEIRO DELI- BERATIVO DO SEBRAE, ALLAN BARBIERO, ONDE ELE FALA DA PARTICIPAÇÃO DA UFT NO AMAZONTECH2011. PÁGINA 8 Inovação, Sustentabilidade e Conhecimento – as marcas do Amazontech2011 TOCANTINS EDIÇÃO 101 OUT / NOV 2011

Jornal Sebrae

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EM CINCO DIAS DE EVENTO FORAM GERADOS MAIS DE R$ 37 MILHÕES EM VOLUME DE NEGÓCIOS, UMA PARTICIPAÇÃO DE 64.611 VISITANTES E A CAPACITAÇÃO DE 14 MIL

PESSOAS. ESSES NÚMEROS SUPERAM AS EXPECTATIVAS DO SEBRAE TOCANTINS.

PÁGINA 4 a 7

NESTA EDIÇÃO, O JORNAL TRAZ UMA ENTREVISTA COM O REITOR E CONSELHEIRO DELI-BERATIVO DO SEBRAE, ALLAN BARBIERO, ONDE ELE FALA DA PARTICIPAÇÃO DA UFT NO AMAZONTECH2011.

PÁGINA 8

Inovação, Sustentabilidade e Conhecimento – as marcas do Amazontech2011

TOCANTINS

EDIÇÃO 101

OUT / NOV

2011

JornalSebrae

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Palavra do Presidente

Amazontech – a nossa vitrine

O maior evento de tecnologia e inovação, o Amazontech

2011, foi, sem sombra de dúvida, a maior realização do Sebrae

Tocantins. Reunir em Palmas, acadêmicos, pesquisadores, em-

presários, estudantes, autoridades ambientais, políticos e empre-

endedores de todo o país, em especial, dos noves estados da

Amazônia legal foi desafio para a nossa instituição.

O desenvolvimento dos pequenos negócios da região Ama-

zônica foi o foco das mais de 350 atividades desenvolvidas durante os cinco dias de

evento. A ampla programação em vários segmentos de negócios mostrou ao diver-

sificado público que inovação, tecnologia e sustentabilidade, hoje presente em todas

as políticas públicas e empresariais, é viável para qualquer empresa, desde que

haja uma mudança da cultura organizacional. Uma oportunidade ímpar de acesso a

novos mercados, capacitação gerencial, desenvolvimento técnico, acesso a crédito

e mecanismos de inovação.

O Amazontech deixa um legado enorme para o nosso Estado e capital. Cerca

de 50 atividades econômicas foram beneficiadas, gerados 800 empregos diretos,

três mil empregos indiretos, além de movimentar toda a rede hoteleira, bares e res-

taurantes, agências de turismo, transfer e fornecedores dos mais diversos segmen-

tos. As Rodadas de Negócios e Projetos geraram cerca de 38 milhões de reais em

negócios, números excepcionais que demonstram um trabalho diligente do Sebrae

Tocantins e parceiros.

Nada disso seria possível se não fosse a determinação e garra da diretoria,

colaboradores e Conselho Deliberativo que, em um esforço conjunto, fizeram desse

evento uma maravilhosa vitrine do nosso Tocantins. As parcerias nos mais diversos

segmentos corroboraram com os excelentes resultados. Os pequenos negócios têm

agora um marco histórico – o antes e o depois do Amazontech.

Roberto PiresPresidente do CDE Sebrae Tocantins

CONSELHO DELIBERATIVO

Roberto Pires - PresidenteHugo de Carvalho - Vice-presidente

ENTIDADES DO CONSELHO

Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Caixa Econômica Federal, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do To-cantins (FAET), Federação do Comércio do Estado do Tocantins (FECOMÉRCIO), Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO), Federação das Asso-ciações Comerciais e Industriais do Esta-do do Tocantins (FACIET), Secretaria da Indústria e Comércio do Estado do Tocan-tins (SIC), Fundação Universidade do To-cantins (UNITINS), Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Sebrae-NA.

DIRETORIA EXECUTIVA

Paulo MassuiaDiretor-Superintendente

Maria Emília JaberDiretora-Técnica

Jarbas MeurerDiretor de Administração e Finanças

Unidade de Marketing eComunicação (UMC)

Gerente da UMC: Nemias GomesAnalista de Comunicação: Layala LinoAssistentes:: Geovane Almeida, Magnólia Coelho, Myrlla Parente, Claudete Carmo.Estagiários de Comunicação: Larissa Marra e Wanessa SobreiraAssessoras do CDE: Alessandra Bacelar e Denise Oliveira

Jornal SebraeEdição: Alessandra Bacelar DRT/BA 3538Redação: Alessandra BacelarColaboração: Adriano Fonseca, Denise Oliveira, Larissa Marra, Layala Lino, Va-léria Campelo e Wanessa Sobreira.Projeto Gráfico: Geovane Almeida

Fotos: Alessandra Bacelar, Móises Vala-dares, Rondinelli Ribeiro, Vinicius Parente e Manoel Júnior.

Impressão: Gráfica Nova EraTiragem: 4.000 exemplaresDistribuição: Gratuita e dirigida

Contato: 102 Norte, Av. LO-4, Lote 01CEP: 77006-006 Palmas - Tocantins - BrasilFones: (63) 3219-3300 e 0800 570 0800www.to.sebrae.com.br

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Editorial

Redesim será implanta-do no Tocantins

Já estamos em contagem regres-

siva. 2011 foi um ano bem significati-

vo da nossa instituição. Conseguimos

reafirmar a nossa determinação em

cumprir e superar metas, realizamos

o Amazontech e junto com ele propor-

cionamos: aquecimento na economia

local, qualificação de pessoal, troca de experiências, deba-

tes sobre Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade em vá-

rios segmentos. Aliado a isso temos o atendimento aos EI´s

e aos micro e pequenos negócios. O Sebrae está atento às

demandas da economia local e deseja contribuir ainda mais

para o fortalecimento do mais novo Estado da Federação.

Representantes do Governo, Municípios

e Sebrae estão se mobilizando para a im-

plantação da RedeSim – Rede Nacional para

a Simplificação do Registro e da Legalização

de Empresas e Negócios – no Tocantins. O

sistema promete reduzir a burocracia e bene-

ficiar empreendedores e instituições públicas.

O novo sistema permitirá, através da internet,

abrir, fechar e legalizar empresas.

A RedeSim fará a integração de todos os

processos dos órgãos e entidades responsá-

veis pelo registro, inscrição, alteração e baixa

das empresas, por meio de uma única entrada

de dados e de documentos, acessada via In-

ternet. Pelo portal do empreendedor – criado

a partir da implantação do RedeSim, o empre-

sário terá um único ponto de contato com o

poder público, não tendo mais que percorrer

várias instituições, além de poder acompanhar

a tramitação de todo o processo em um am-

biente online.

O superintendente do Sebrae Tocantins,

Paulo Massuia, aponta a agilidade como um

dos principais benefícios do novo sistema. O

tempo médio nacional para se abrir uma em-

presa hoje é de 60 dias. “Isso passará para

cinco dias úteis, sem contar que a desburocra-

tização vai fazer com que mais negócios saiam

da informalidade”, declarou Massuia lembran-

do que o mecanismo online também evita cus-

tos, como o de deslocamento.

O novo sistema tornará possível implan-

tar alguns dos principais conceitos previstos

na legislação, a exemplo de pesquisas prévias,

alvarás de funcionamento provisório, balcão

único de entrada de dados e informações e

licenciamentos.

Paulo MassuiaDiretor-Superintendente do Sebrae/TO

Nesta edição estão as ações de-

senvolvidas durante os dias de Ama-

zontech, programa grandioso que

mostrou o resultado de parcerias e

comprometimentos. O ganho maior

não foi do Sebrae enquanto realizador,

mas sim das pessoas que foram até

o Espaço Cultural conhecer inovações, participar da pro-

gramação, oferecer produtos, fazer contatos, que tiveram

acesso a informações privilegiadas.

A modernidade exige um empreendedor atento as ne-

cessidades do segmento que atua, qualificação constante,

e ainda buscar alternativas para dar mais qualidade com

menor custo e atraindo um número maior de clientes.

Mila JaberDiretora-Técnica do Sebrae/TO

Novembro começou com boa

notícias para as micro e pequenas em-

presas. A sanção da presidente Dilma

Roussef da Lei que amplia o Supersim-

ples significa injeção de ânimo para

quem estava no limite de faturamento,

e vai dar incentivo aos que atuam na

informalidade. A medida incentivará os atuantes na chama-

da Economia Subterrânea (mercado informa), partir para o

mercado formal, gerando divisas e empregos. Se antes da

ampliação os estudos revelavam uma diminuição no índice

da informalidade, imaginem agora nesse novo cenário. Que

está interessado em ser um formalizado, não perca tempo.

Jarbas MeurerDiretor Administrativo e Financeiro de Sebrae/TO

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Amazontech

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JornalSebrae

Amazontech - maior evento de negócios

sustentáveis da Amazônia

Depoimentos

Em cinco dias de evento foi gerado um volume de

negócios de mais de R$ 37 milhões, uma participação de

64.611 visitantes e a capacitação de 14 mil pessoas. Esses

números superam as expectativas do Sebrae Tocantins em

relação a realização do Amazontech 2011 – um programa

voltado para fomentar a inovação, tecnologia e sustentabi-

lidade nos micro e pequenos negócios da região da Ama-

zônia Legal, realizado em Palmas, no Estado do Tocantins,

entre os dias 18 e 22 de outubro, atraindo visitantes de di-

versos lugares do país e até palestrantes estrangeiros.

Com tudo isso o Sebrae Tocantins acredita ter des-

mistificado a ideia de que a Inovação, a Sustentabilidade

e a Tecnologia só podem ser implantados nos médios e

grandes negócios e ainda deixado vários legados para a

população tocantinense, como bem afirma o superinten-

dente Paulo Massuia. “O primeiro deles é mostrar aos em-

presários que a inovação e a tecnologia é algo que cabe

no bolso de qualquer empresa e há mudanças na gestão

quando se aplica isso; o segundo é a absorção e a aceitação

dos visitantes, e o terceiro é que mesmo o Tocantins não

tendo estrutura para um evento deste porte, conseguiumos

com esforço coletivo mostrar que o Estado tem capacidade

para ir além”.

A trajetória do Amazontech começou há 10 anos numa

região que se destaca por ter o maior bioma de floresta

tropical do planeta. O desafio uniu diversas instituições em

um único objetivo: desenvolver os pequenos negócios sus-

tentáveis da Amazônia, por meio da transferência de tec-

nologias, melhoria da gestão, inovação contínua e acesso

ao mercado.

O Amazontech 2011 foi realizado pelo Sebrae Tocan-

tins com forte e decisivo apoio do Governo do Tocantins,

e parcerias da Prefeitura de Palmas, da Embrapa – que

trouxe experiências de 22 unidades da instituição –, a Uni-

versidade Federal do Tocantins – UFT – e com ela as Uni-

versidades e Institutos Federais dos Estados que compõem

a Amazônia Legal e cerca de 50 entidades apoiadoras do

programa, entre Federações, Ministérios, Autarquias, Se-

cretarias de Estado e Municípios, Companhia de Eletricida-

de, Exército Brasileiro, entre outros.

O presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Pi-

res, avalia que o Amazontech 2011 foi um divisor de águas.

“Tivemos visitas de pessoas das mais diferentes idades.

Estudantes a partir de 2 anos de idade, empresários, co-

merciantes, professores, universitários, pesquisadores en-

tre outros, todos em busca de conhecer novos caminhos,

trocar ideias, encontrar subsídios para montar ou incre-

mentar os negócios que possuem. Tenho a convicção que

cumprimos a nossa missão de disseminar o conhecimento

e propiciar o desenvolvimento do empreendedorismo no

Tocantins”.

“Aqui eu vejo o amanhã, com toda força dos nos-

sos trabalhadores, estudantes, empreendedores, de

todos, que se unem independente do seguimento po-

litico para o desenvolvimento científico, tecnológico e

cultural do nosso povo”.

Siqueira Campos - Governador do Tocantins

“Sustentabilidade e inovação são temas-chave

para garantir um diferencial competitivo para as mi-

cro e pequenas empresas brasileiras“.

Luiz Barreto

Diretor-presidente do Sebrae Nacional

Amazontech

Amazontech - maior evento de negócios

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Amazontech

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Sucesso da Rodada deNegócios e de Projetos

Rodada de Projetos

Na Rodada de Negócios, em 462 reuniões, bem mais

do que o número previsto, foram prospectados R$ 5,7 mi.

Estavam presentes 20 empresas âncoras e 100 ofertantes.

O valor financeiro promete subir bem mais, considerando

que muitas empresas vendedoras não tinham a pronta en-

trega materiais suficientes para atender a demanda.

De Natividade, região sudeste do Tocantins, Lívia de

Cerqueira Nunes da Silva e Zélia Nunes de Cerqueira (foto)

apresentaram para os representantes das empresas com-

pradores o “Amor Perfeito”’, um biscoito feito de polvilho,

manteiga, açúcar e leite de coco, que derrete na boca. Os

representes da Empresa Mundo Verde gostaram tanto do

biscoito que queriam comprar três toneladas do produto.

“Ficamos empolgadas. Vamos investir em mão-de-obra”,

disse Zélia entusiasmada. Ela sabe que para ganhar novos

mercados vai ter que especializar ainda mais a produção.

“A prioridade é correr atrás do SIF - Selo de Inspeção Fe-

deral. Com esse selo poderemos exportar o biscoito da tia

Naninha”, continuou a empresária fazendo referência à pro-

posta de fornecer para outros países, como a China, por

exemplo.

A diretora técnica do Sebrae Mila Jaber disse que o

acompanhamento e a consultoria aos empresários das mi-

cro e pequenas empresas que participaram da rodada de

negócios vão continuar. “O nosso trabalho não pára agora.

Vamos oferecer todo o suporte necessário para garantir o

sucesso dos negócios que estarão por vir, pois não adianta

apenas facilitar o contato, é preciso acompanhar os empre-

endedores e orientar para a tomada de decisão”, comple-

tou a diretora.

A estimativa é de que o reflexo desta rodada seja co-

lhido até os próximos anos, já que muitas das empresas

que ofereceram seus produtos, não tinham estoque a pron-

ta entrega suficientes para atender a demanda. Participa-

ram ainda empresa do Amazonas, Roraima, Acre, Rondô-

nia, Pará, Maranhão, Mato Grosso, São Paulo e Piauí.

Na Rodada de Projetos, que prospectou um volume

de negócios de 32 milhões de reais em 51 projetos finan-

ciados, a intenção foi aproximar empresas, associações,

instituições tecnológicas, pesquisadores e agentes financia-

dores públicos e privados com o objetivo de facilitar a com-

preensão, por parte dos investidores, acerca do escopo de

cada projeto e, desse modo captar parcerias, sejam elas

técnicas e ou financeiras.

De acordo com diretor administrativo financeiro do

Sebrae Tocantins, Jarbas Luiz Meurer, as Rodadas de Ne-

gócios e Projetos atingiram os objetivos. “Foi uma grande

oportunidade que os empresários tiveram para mostrar

os seus produtos para empresas de alto nível. Eles acre-

ditaram e conseguiram novas portas. O pós evento vai ser

ainda melhor. Isso sem falar no apoio que os projetos po-

dem receber. Os pesquisadores apresentavam suas ideias,

falavam o incentivo financeiro, e foi justamente essa a nos-

sa proposta: aproximar pesquisadores dos apoiadores na

rodada de projetos”, comenta Meurer.

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Pelo EstadoJornalSebrae

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A ampla programação contou com congressos, con-

ferências, palestras, seminários, cursos, workshops e ofi-

cinas em diversos segmentos de negócios. Uma oportuni-

dade ímpar aos empresários dos mais diversos segmentos

conjugarem negócios, acesso a novos mercados, capacita-

ção gerencial, desenvolvimento técnico, acesso a crédito e

mecanismos de inovação.

Foram mais de 100 caravanas de instituições federais,

municípios do interior do Estado e até de outros estados

que vieram participar do Amazontech, sem falar das visi-

tas dos estudantes de todas as idades, entre elas uma das

turmas Paiol da Educação Infantil do Sesc, com 12 alunos

de 2 anos de idade.

O Encontro Estadual do Programa Empreender reuniu

durante o Amazontech 2011, 400 empresários de diversos

segmentos, que compartilharam informações sobre suas

experiências. Hoje o projeto atende 30 núcleos em 10 mu-

nicípios tocantinenses.

Aconteceram ainda grandes eventos como o 1º Con-

gresso de Apicultura e Meliponicultura da Amazônia, a

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o Seminário de

Energias Limpas, a Conferência em Sustentabilidade, De-

senvolvimento e Agroenergia, o Fórum Imprensa - Cons-

cientização e Poder de Transformação, o 1º Fórum de

Ecoturismo do Tocantins, o Ciclo de Palestras Gestão e

Empreendedorismo, o Portal do Pescado, o Painel Frutas

da Amazônia, o Painel da Bovinocultura, o Encontro dos

Agentes Locais de Inovação e o Lançamento do Projeto

Biomas da Confederação Nacional da Agricultura – CNA.

A Conferência Magna trouxe palestrantes de renome

como Dal Marcondes – explicando como é possível investir

no verde e lucrar com isso -; o astronauta Marcos Pontes

– revelando o lado empreendedor durante a trajetória de

vida, provando que é possível realizar sonhos -, e a Se-

nadora Kátia Abreu apresentou o Arco Norte e a solução

para o barateamento do frete através das hidrovias. Antes

de cada palestra foram realizadas apresentações da cultura

tocantinense.

Na abertura do Amazontech 2011 foi encenado o es-

petáculo “Co yvy ore retama” idealizado pela coreógrafa e

diretora cênica, Meire Maria Monteiro e apresentado pela

Companhia de Dança Contágius com a participação do gru-

po Tambores do Tocantins. Além disso, com apoio da Se-

cretaria Estadual de Cultura, a cada dia antes das palestras

magnas foi realizada uma apresentação cultural no Espaço

Gastronômico. As cantoras tocantinenses Mara Rita, Julia-

na Maia e Queila Lipe mostraram seu talento, encantando

os visitantes com suas vozes.

No último dia do Amazontech foi realizado o 1º Fes-

tival Sesi de Música, onde os trabalhadores da Indústria

concorreram ao prêmio de música inédita e interpretação.

Programação diversa

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Amazontech

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A Vitrine Tecnológica da Em-

brapa foi uma atração a parte. Na

área de realização do evento foi

construído um mapa de 80 metros

de extensão representando o Esta-

do do Tocantins, uma moldura feita

com cerca de 90 espécies vegetais

e formando figuras representativas

do Estado, a exemplo do boi, abelha,

babaçu, uma gota representando o

potencial hídrico e o arroz aludindo

à rizicultura do Tocantins. Abaixo do

mapa, o desenho de duas mãos re-

presentando a sustentabilidade.

O evento deixou mar-

cas definitivas. Na parte de

segurança foi contratado um

projeto de Combate a Incên-

dio e Sistema de Pará-Raios

Prediais (SPDA) para o Espa-

ço Cultural, a renovação do

Sistema de Hidrantes – com

inclusive troca de bombas

hidráulicas e mangueiras -,

adaptação e instalação de

corrimãos e guarda-corpo e

sinalização apropriada. Foram

trocadas todas as lâmpadas de

emergência, custeada a refor-

ma do prédio da Diretoria de

Meio Ambiente e construida

uma casa em modelo de cons-

trução sustentável, além da

colocação do forro de buriti, e

serviço de envernizar e descu-

pinizar o madeiramento, e pin-

tura de todo o prédio.

Teve ainda a construção

de uma passarela definitiva

com cerca de 400 metros e

foram construídas duas Pon-

tes da Sustentabilidade numa

parceria entre Sebrae, Celtins,

Prefeitura de Palmas e Exérci-

to Brasileiro permitindo a tra-

vessia de pedestres no trecho

de várzea e na calha do córre-

go Brejo Comprido.

Quem visitou o Amazontech

conheceu experimentos e invenções

que garantem a sustentabilidade. De

Rondônia veio o sanitário ecológico

portátil. Não usa água para descar-

ga e nem precisa de rede de esgoto.

Também não polui solo ou subsolo.

O material transformado pode ser

usado como adubo.

Do Maranhão veio a cadeira hí-

brida. Ela possui três rodas, em vez

de quatro. É a primeira desse mo-

delo do Brasil. Ergonometricamente

correta, com deslocamento rápido.

Do Tocantins, teve a casa sus-

tentável de 44 metros quadrados,

construída em 15 dias, com base de

concreto leve e tecnologia que utiliza

isopor reciclável. O projeto é da em-

presa Eletro Rural, de propriedade

de Leopoldo Curado, desenvolveu

uma estrutura de Painel Modular

de Fechamento Pré-Moldado em

concreto leve, que utiliza isopor tri-

turado no processo de industriali-

zação dessas estruturas. “O isopor

é matéria-prima na nossa indústria.

Esse é o grande diferencial do nosso

projeto, pois substituímos em 100%

a utilização da brita pelo isopor re-

ciclável triturado”, Harry Hamming,

coordenador do projeto de Pesquisa,

Desenvolvimento & Inovação da em-

presa Eletro Rural, sediada em Porto

Nacional. A empresa garante que

a estrutura funciona com a mesma

sustentabilidade e gera uma econo-

mia de 10% e um ganho de 50% em

relação ao prazo de construção que

pode chegar até 48 horas.

Os mais variados empreendi-

mentos puderam ser vistos no Portal

dos Estados. 70 expositores oriun-

dos do Tocantins, Amapá, Amazo-

nas, Acre, Roraima, Rondônia, Ma-

ranhão, Pará, Goiás, Mato Grosso

e Santa Catarina vieram a Palmas

especialmente para apresentar seus

produtos no Amazontech 2011. Cos-

méticos, alimentos, roupas, calça-

dos, iluminação, artesanatos, aces-

sórios e alternativas inovadoras de

negócios. A criatividade da Amazô-

nia Legal esteve em todos os lugares

e quem conheceu o Portal dos Esta-

dos saiu enriquecido de informações

culturais.

Mostra de variedades agrícolas Novos Espaços

Inovações

Portal dos Estados

Entrevista CDEJornalSebraeJornalSebrae

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Parceria em prol da Inovação e Sustentabilidade

A Universidade Federal do Tocantins – UFT foi um

parceiro primordial para a realização do Amazontech 2011,

foi a intermediadora da participação das Instituições de En-

sino da região da Amazônia Legal e trouxe também para o

evento uma série de informações e resultados de pesqui-

sas. A UFT também faz parte do Conselho Deliberativo do

Sebrae, e o reitor Allan Kardec Barbiero, é o entrevistado

dessa edição.

Qual a importância do Amazontech para o Tocantins?

Nós recebemos aqui, empresas, instituições de pes-

quisa, de ensino superior, tecnologias, possibilidades de

negócios adaptados à região da Amazônia. Certamente é

um encontro muito importante porque nós temos uma re-

gião que corresponde a 60% do Brasil, com uma riqueza

incrível e que o mundo inteiro desperta interesse por ela.

E nós que estamos aqui, muitas vezes não temos conhe-

cimento sequer do que estamos produzindo. Muitas vezes

esse conhecimento se restringe a algumas poucas pessoas

e o conhecimento que é gerado na Amazônia não pode fi-

car nas prateleiras das instituições de pesquisa e ensino,

mas tem que ser traduzido em geração de riqueza. Eu vejo

que a aproximação dessas instituições que fazem Ciência

e Tecnologia com os empresários é fundamental porque é

daí que podem surgir planos de negócios, novos empreen-

dimentos e claro, com isso, conseguir dar uma vida digna

para as pessoas que vivem na região.

A Universidade promoveu durante o evento a Conferência em Sustentabilidade, Desenvolvimen-to e Agroenergia. Qual foi o legado que este evento deixou para a classe empreendedora e acadêmica?

Hoje a UFT tem a terceira maior produção cientifica

da Região Norte e nós estamos buscando a excelência, em

especial nessas áreas. Nós criamos aqui no Tocantins o 1º

mestrado em Agro energia do Brasil, como também, ainda

na época da Unitins, o Curso de graduação em Engenharia

Ambiental. Temos o nosso mestrado em Ciência do Am-

biente, o mestrado em Ecologia dos Ecódonos , em Porto

Nacional e o de Desenvolvimento Regional, em Palmas,

que tem fornecido uma grande contribuição, desenvolven-

do pesquisas e qualificando pessoas de alto nível, dando

um excelente aporte para o avanço dessas áreas aqui no

Estado.

Por ocasião do Amazontech, nós abrimos vários tra-

balhos desenvolvidos aqui para o conhecimento de toda a

sociedade. Tivemos palestras, apresentação de resultados

dessas pesquisas e esperamos que os empresários, to-

mando posse disso, tenham condições de fazer outro para

desenvolver alguma atividade produtiva a partir desses

resultados. É claro que para isso requer um pouco mais

de tempo, de amadurecimento, de relacionamento. Mas,

acredito que teremos frutos no médio prazo.

Hoje sabemos que Inovação e Tecnologia tem sido pauta em todos os âmbitos de negócios e de políticas públicas e empresariais. Como a Univer-sidade tem visto e contribuído para que sejam for-mados profissionais nesta área?

Nós sediamos também o Fórum dos Núcleos de Ino-

vação Tecnológica, os chamados NIT´s, e que aconteceu

aqui na UFT, no primeiro dia do Amazontech. Foi interes-

sante porque na Amazônia temos poucos NIT´s consolida-

dos. A UFT, por exemplo, criou há aproximadamente um

ano e estamos ainda no começo. É um núcleo de inovação

tecnológica bastante embrionário, mas tivemos a oportu-

nidade de colher experiências de NIT´s de outros estados

que estão em situações mais avançadas que a nossa , e foi

importante para nós e para os demais. Esses NIT´s têm por

objetivo justamente fortalecer o trabalho de profissionais

nas universidades para promover a inovação tecnológica

e fazer a sua interação com o setor produtivo – que é o

setor empresarial. É um espaço para, por exemplo, apoiar

aqueles que têm condições de patentear um determinado

produto que as universidades estão desenvolvendo. O for-

talecimento das instituições presentes, assim como a con-

solidação do nosso NIT certamente irá acontecer.

A UFT contribuiu em diversas áreas no Amazontech. Como o senhor vê essa parceria da universidade com o SEBRAE?

A UFT é uma grande parceira do Sebrae e vice-versa.

Acreditamos muito no trabalho desenvolvido para o for-

talecimento das micro e pequenas empresas (MPE´S), por

isso sempre o buscamos nas nossas parcerias quando são

voltadas para o público-alvo que a instituição atende. Te-

mos ainda uma relação muito boa, de abertura, mesmo

porque a UFT faz parte do Conselho Deliberativo e por isso

mesmo, não poderíamos deixar de ser um parceiro de 1ª

ordem no Amazontech. E continuaremos a ser, tanto em

eventos promovidos pelo Sebrae, quanto promovidos pela

UFT.