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Nº 232 - MAIO DE 2016 A IMPORTÂNCIA DO SINCOR/CE NO DESENVOLVIMENTO DA CATEGORIA É ESTAR SEMPRE AO LADO DO CORRETOR DE SEGUROS E DOS SEGURADOS O Estado pode e deve exigir Tampouco deve conduzir a redação dos transparência, objetividade nas textos contratuais de maneira tal que coberturas contratuais, mas não deve eles acabem se tornando todos tentar apresentar modelos fortemente padronizados, retirando da estandardizados ao mesmo mercado, iniciativa privada, pela imposição numa espécie de atuação de cunho desse paradigma burocrático, o direito desenvolvimentista, como se esse à inovação, assim como o pioneirismo comportamento representasse de fato diante de novos segmentos, pois a “política pública de primeira linha” do atividade seguradora sempre será governo na área de seguros. Esse demandada em face do avanço modelo se esgotou, por si só, no tecnológico e das modificações dos governo militar, de triste lembrança. riscos e dos processos industriais, os Não é mais essa a função precípua do quais não são estanques, tampouco Órgão Regulador, neste momento do perenes. (Página 09) mercado segurador nacional. A alteração feita pela Receita Federal financiamento e investimento, às quanto à incidência da Contribuição sociedades de crédito imobiliário e às para Financiamento da Seguridade sociedades distribuidoras de títulos e Social e do Programa de Integração valores mobiliários — grupo que Social (Cofins/Pis) para as corretoras contribui com base na apuração de seguro poderá trazer prejuízos para cumulativa, onde o PIS e a Cofins quem é tributado com base no lucro incide em 4%. real — ou seja, a partir do lucro As corretoras que tinham uma contábil. É o que alerta o tributarista tributação menor ingressaram em Henrique Barbosa, sócio do escritório massa no Poder Judiciário. Em Raphael Miranda Advogados. Em novembro do ano passado, a 1ª Seção agosto de 2012, a Receita Federal do Superior Tribunal de Justiça editou a Instrução Normativa 1.285, pacificou a questão ao julgar um que equiparou as corretoras de seguro recurso repetitivo sobre o tema. às sociedades de crédito, (Página 03) Elizabeth Powell, underwriter do superadas com o tempo, os negócios sindicato Sompo Canopius no Lloyd's precisam se ajustar à dinâmica de of London, conhece o mercado crescimento mais lento”, ponderou brasileiro por causa de sua passagem Elizabeth, citando como exemplo a pelo IRB Brasil Re. Ela menciona a crise do início dos anos 2000 na “tempestade perfeita”, destacando que Argentina e, mais tarde, o baixo o governo, seja Dilma ou Temer, deve desempenho da economia nos últimos atacar a inflação alta com todas as anos de Cristina Kirchner. “O novo forças. “Aliada à desaceleração da governo está dando um choque economia e ao desemprego em alta, a econômico e muita coisa está mudando inflação mina o lado comercial das na Argentina, muitas oportunidades operacões de seguros e resseguros. É o estão surgindo para o setor de seguros e maior risco. Quanto à crise, é resseguros. Há um ano havia pouca preocupante, mas muitos países esperança.” (Página 05) passam por crises e elas tendem a ser As propostas de reforma da cotado para assumir um cargo no Previdência que estão em discussão governo – já foi especulado no atualmente não são suficientes para Ministério da Fazenda e agora cogita- resolver o problema dos aposentados, se o comando do IBGE ou mesmo o na avaliação do economista Paulo Ministério do Planejamento, vago com Rabello de Castro, sócio da RC a saída de Romero Jucá. Na quarta- Consultores e presidente do Instituto feira, o economista se reuniu em Atlântico. Segundo ele, a reforma Brasília com o presidente, mas previdenciária “está sendo apresentada desconversou quando questionado numa visão totalmente conservadora e sobre uma eventual indicação. Castro é convencional do novo governo, que só autor de um documento com várias trará – se trouxer – os benefícios de propostas para reanimar a economia praxe: a volta do pibinho positivo”. brasileira, que inclui a questão Ligado ao presidente em exercício previdenciária e também medidas no Michel Temer, Castro vem sendo âmbito fiscal e financeiro. (Página 10)

Jornal sincor maio 2016

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Jornal Sincor MAIO 2016

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Page 1: Jornal sincor maio 2016

Nº 232 - MAIO DE 2016

A IMPORTÂNCIA DO SINCOR/CE NO DESENVOLVIMENTO DA CATEGORIA É ESTAR SEMPRE AO LADO DO CORRETOR DE SEGUROS E DOS SEGURADOS

O Estado pode e deve exigir Tampouco deve conduzir a redação dos

transparência, objetividade nas textos contratuais de maneira tal que

coberturas contratuais, mas não deve eles acabem se tornando todos

t e n t a r a p r e s e n t a r m o d e l o s fortemente padronizados, retirando da

estandardizados ao mesmo mercado, iniciativa privada, pela imposição

numa espécie de atuação de cunho desse paradigma burocrático, o direito

desenvolvimentista, como se esse à inovação, assim como o pioneirismo

comportamento representasse de fato diante de novos segmentos, pois a

“política pública de primeira linha” do atividade seguradora sempre será

governo na área de seguros. Esse demandada em face do avanço

modelo se esgotou, por si só, no tecnológico e das modificações dos

governo militar, de triste lembrança. riscos e dos processos industriais, os

Não é mais essa a função precípua do quais não são estanques, tampouco

Órgão Regulador, neste momento do perenes. (Página 09)mercado segurador nac iona l .

A alteração feita pela Receita Federal financiamento e investimento, às

quanto à incidência da Contribuição sociedades de crédito imobiliário e às

para Financiamento da Seguridade sociedades distribuidoras de títulos e

Social e do Programa de Integração valores mobiliários — grupo que

Social (Cofins/Pis) para as corretoras contribui com base na apuração

de seguro poderá trazer prejuízos para cumulativa, onde o PIS e a Cofins

quem é tributado com base no lucro incide em 4%.

real — ou seja, a partir do lucro As corretoras que tinham uma

contábil. É o que alerta o tributarista tributação menor ingressaram em

Henrique Barbosa, sócio do escritório massa no Poder Judiciário. Em

Raphael Miranda Advogados. Em novembro do ano passado, a 1ª Seção

agosto de 2012, a Receita Federal do Superior Tribunal de Justiça

editou a Instrução Normativa 1.285, pacificou a questão ao julgar um

que equiparou as corretoras de seguro recurso repetitivo sobre o tema.

à s s o c i e d a d e s d e c r é d i t o , (Página 03)

Elizabeth Powell, underwriter do superadas com o tempo, os negócios

sindicato Sompo Canopius no Lloyd's precisam se ajustar à dinâmica de

of London, conhece o mercado crescimento mais lento”, ponderou

brasileiro por causa de sua passagem Elizabeth, citando como exemplo a

pelo IRB Brasil Re. Ela menciona a crise do início dos anos 2000 na

“tempestade perfeita”, destacando que Argentina e, mais tarde, o baixo

o governo, seja Dilma ou Temer, deve desempenho da economia nos últimos

atacar a inflação alta com todas as anos de Cristina Kirchner. “O novo

forças. “Aliada à desaceleração da governo está dando um choque

economia e ao desemprego em alta, a econômico e muita coisa está mudando

inflação mina o lado comercial das na Argentina, muitas oportunidades

operacões de seguros e resseguros. É o estão surgindo para o setor de seguros e

maior risco. Quanto à crise, é resseguros. Há um ano havia pouca

preocupante, mas muitos países esperança.” (Página 05)passam por crises e elas tendem a ser

As propos tas de re forma da cotado para assumir um cargo no

Previdência que estão em discussão governo – já foi especulado no

atualmente não são suficientes para Ministério da Fazenda e agora cogita-

resolver o problema dos aposentados, se o comando do IBGE ou mesmo o

na avaliação do economista Paulo Ministério do Planejamento, vago com

Rabello de Castro, sócio da RC a saída de Romero Jucá. Na quarta-

Consultores e presidente do Instituto feira, o economista se reuniu em

Atlântico. Segundo ele, a reforma Brasília com o presidente, mas

previdenciária “está sendo apresentada desconversou quando questionado

numa visão totalmente conservadora e sobre uma eventual indicação. Castro é

convencional do novo governo, que só autor de um documento com várias

trará – se trouxer – os benefícios de propostas para reanimar a economia

praxe: a volta do pibinho positivo”. brasileira, que inclui a questão Ligado ao presidente em exercício previdenciária e também medidas no Michel Temer, Castro vem sendo âmbito fiscal e financeiro. (Página 10)

Page 2: Jornal sincor maio 2016

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Manoel Nésio

DIRETORIA EFETIVOS

PRESIDENTE: MANOEL NÉSIO SOUSA

TESOUREIRO: FRANCISCO PEREIRA DE SOUSA

SUPLENTES

ALEXANDRE AKSAKOF PEREIRA DE SOUSA

FERNANDO MOREIRA DE CARVALHO

CONSELHO FISCAL EFETIVOS

SECRETÁRIA: SILVIA HELENA PEREIRA DE SOUSA

LÍSIAS BARBOSA PEREIRA DE SOUSA

CARLOS ALBERTO PONTES DE ARAÚJO

SIRLANE ABREU DE ARAÚJO

MARIA ALICE FERNANDES PIMENTEL

SUPLENTES

DIEGO CARVALHO PEREIRA

GERUSA BEZERRA DE SOUSA

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À FENACOR

EFETIVOS

1° DELEGADO - MANOEL NÉSIO SOUSA

2° DELEGADO - LÍSIAS BARBOSA PEREIRA DE SOUSA

SUPLENTES

1ª SUPLENTE - SILVIA HELENA PEREIRA DE SOUSA

2° SUPLENTE - ALEXANDRE AKSAKOF PEREIRA DE SOUSA

O MERCADO DE SEGUROS SACODE O NORDESTE

SEREMOS FORTES,

SE FORMOS UNIDOS!

Diretor Responsável: Manoel NésioEditor/Redator: Emerson BragaDiagramador: Fernando Carvalho

Tiragem: 5.000 exemplares físicos,divulgação on-line por e-mails epelo site: www.sincorce.com.br

Maio 2016

A VEZ E A HORA DOS CORRETORES DE SEGUROS

No Brasil, no processo de qualificação dos profissionais corretores de seguros se destaca a Funenseg – Fundação Escola Nacional de Seguros – que exerce um papel ímpar nesse processo de registro e de inserção dos profissionais nas suas diversas atividades, como consultores de pessoas físicas e jurídicas na hora de contratar um seguro. A nossa escola nacional de seguros – Funenseg – atualmente tem renome internacional e hoje já é modelo em outros países, como instituição que sabe desenvolver com

muita experiência o ensino de seguros.

Na histórica experiência de atividades da Funenseg, se destacam os seus técnicos, professores, consultores e dirigentes, equipe de renome internacional bem preparada para ensinar e qualificar os entes do mercado e mostrar à sociedade o que é seguro e suas diversas importâncias para o desenvolvimento de um país. Uma sociedade não cresce sem o mercado de seguros. São dois os ramos básicos de seguros: Seguro de bens patrimoniais (móveis e imóveis) e de benefícios (vida, acidentes pessoais, previdência e capitalização). Ambos são importantes para as pessoas e instituições.

A família, as empresas, o Estado, enfim, o seguro é importante para todos, pois mantém o patrimônio pessoal e empresarial após as catástrofes, os acidentes, as doenças e os sinistros em geral. Por conta disso, os corretores de seguros são profissionais altamente valorizados pela sociedade, do ponto de vista social, político e econômico. Vale ressaltar que a profissão do corretor de seguros é organizada, normatizada e fiscalizada por duas legislações básicas: A Lei nº 4594/64 e o Decreto Lei 73/66, isto sem falar em nosso código de ética.

A Superintendência de Seguros Privados – Susep – é a entidade que regula as atividades de seguros no Brasil. Entidade também com extensa folha de serviços prestados ao mundo dos seguros, pois a Susep, a exemplo da Funenseg, tem destaque internacional devido ao trabalho que vem realizando no Brasil principalmente nos últimos anos, na criação de novos seguros para atender as camadas de menor poder aquisitivo da população, fiscalização das atividades tanto no âmbito das empresas seguradoras e dos corretores de seguros, atuando nos processos de denúncias dos segurados, enfim, um exemplo de administração que também vem sendo espelho para, inclusive, países do primeiro mundo.

O Brasil nos dias atuais é visto como um grande mercado mundial de seguros não só pelo volume de negócios que são feitos aqui, destaca-se também pelos novos negócios que nos últimos anos vem crescendo em percentuais importantes nas classes C e D, mas também pela organização dos corretores de seguros em torno dos seus sindicatos em todos os estados e sob a coordenação da Fenacor, e a gestão atual, moderna, do órgão regulador, a Susep.

O processo de globalização da economia moderna na era atual transformou os corretores e as empresas corretoras de seguros em um serviço internacional e nós, corretores profissionais de seguros tivemos que nos adaptar nesses novos padrões de qualidade. Assim sendo, como os mercados são dinâmicos e as economias sofrem mudanças devido a essa dinâmica global de mercado, a nossa profissão é uma atividade também extremamente aquecida, e somos obrigados a enfrentar esse intenso aquecimento. Intensas mudanças e aperfeiçoamento das funções de assessoramento do segurado já despontam no horizonte.

Hoje mais de 90% dos corretores brasileiros possui o ensino básico completo e, em alguns estados como São Paulo e Rio de Janeiro, mais da metade tem nível superior. A Funenseg vem exercendo um importante papel nesse aspecto realizando cursos, seminários e incentivando a categoria a se manter em um processo permanente de aprendizado.

É importante também lembrar que, na profissão de corretor de seguros no Brasil, atuam profissionais de nível universitário de diversas categorias, como engenheiros, administradores de empresas, economistas, advogados, entre outros. O sexo feminino vem crescendo na profissão e, em alguns estados, já são as mulheres mais de 40% da categoria.

Portanto, hoje, ser corretor de seguros é mais que um desafio: é um leque de possibilidades e oportunidades!

Page 3: Jornal sincor maio 2016

3Maio 2016

Os planos de saúde são apontados Para continuar tendo acesso a uma privada. E para onde essas pessoas vão ainda maior do SUS, decorrente da

como o terceiro item na lista dos saúde melhor, porém precisando quando precisam? Não lhes resta outra quebra dos planos de saúde.

desejos dos brasileiros, perdendo reduzir os custos, estão migrando para opção a não ser recorrer ao SUS – Um cuidado grande que é preciso ter apenas para a casa própria e a modalidades mais baratas e preferindo Serviço Único de Saúde. Com isso, o nesse momento é em relação às clínicas educação, segundo pesquisa do Ibope planos regionais aos nacionais. É a sistema de saúde está recebendo quase de saúde populares, que muitos estão Inteligência. Entretanto, apenas em forma encontrada para enfrentar esse um milhão de pessoas e tende a ficar buscando em alternativa aos planos de 2015, cerca de 760 mil brasileiros momento de crise. Para as operadoras, cada vez mais sobrecarregado, saúde. É preciso reforçar que as tiveram que abrir mão desse sonho. A é uma oportunidade única que poucas comprometendo ainda mais a clínicas podem ser úteis em casos de crise econômica, a alta da inflação e o estão sabendo aproveitar. É preciso se qualidade do serviço prestado.pequena complexidade, para consultas grande número de demissões foram os reinventar e oferecer opções mais

Os planos de saúde, por sua vez, tentam de rotina. Mas a pessoa continuará sem maiores responsáveis pela perda do enxutas, mas sem abrir mão da sobreviver em um cenário econômico cobertura para exames e internação. poder de consumo do brasileiro. qualidade.desfavorável. A inflação médica no Observamos também que, para evitar Jovens, classes B e C e os portadores de

Estas empresas, ao receberem este Brasil, influenciada pelo surgimento de gastos, muitos acabam protelando a ida planos empresariais foram os mais novo cliente, que está acostumado a novas tecnologias, inclusão de novos ao médico, o que pode prejudicar e afetados.uma categoria de produto premium, procedimentos obrigatórios e o atrasar o tratamento em muitos casos.

Resultante disso, tivemos uma grande terá a necessidade de se reinventar para aumento da expectativa de vida da Ressalta-se também que as clínicas não

movimentação na saúde. Muitos poder fidelizá-lo. Se isto não ocorrer, população, é uma das maiores do são regulamentadas pela ANS,

brasileiros passaram a buscar opções há uma grande chance de quando mundo. Mesmo assim, as operadoras consequentemente não se pode garantir

mais em conta de seguros de saúde. São houver a reversão da crise econômica, de saúde possuem um reajuste máximo a qualidade dos serviços prestados. É

pessoas que foram demitidas e ficaram acontecer o sentido inverso da corrente anual de 13,55% que é determinado preciso que exista também uma

sem o benefício ou aquelas que não atual. pela ANS e que, via de regra, fica fiscalização nesse sentido.

conseguiram mais arcar com o valor do abaixo do necessário. Essa situação Mas além dos que mudaram a plano antigo e que, já acostumadas a não é sustentável para as operadoras, cobertura do plano, ainda assim temos um serviço de qualidade, não querem em especial para as menores. É preciso

Fonte: Cadri Massuda/ Roberta Braga - os 760 mil brasileiros que não puderam abrir mão desse privilégio. uma reformulação nas regras impostas Segscontinuar pagando pela assistência pela ANS ou veremos um inchaço

A CRISE ECONÔMICA E OS IMPACTOS PARA OS PLANOS DE SAÚDE E PARA O SUS

Segundo Martha Oliveira, diretora de Segundo Martha Oliveira, diretora de tratamento, terapia mais adequada e de canal, por exemplo), será

desenvolvimento setorial da ANS, é desenvolvimento setorial da ANS, é em tempo oportuno e, por fim, pós- encaminhado a outro profissional e,

“urgente” a necess idade de “urgente” a necessidade de mudanças tratamento e outros níveis de atenção depois, volta para o primeiro (de

mudanças no sistema suplementar no sistema suplementar em busca de (como cuidados paliativos). referência).

em busca de melhores resultados melhores resultados assistenciais e A exemplo do que ocorre no projeto de Hoje, a maioria dos planos de saúde a s s i s t e n c i a i s e e c o n ô m i c o - econômico-financeiros para garantir a idoso, na oncologia e na odontologia remunera os profissionais dessa área financeiros q u a l i d a d e d o s s e r v i ç o s e a também está prevista a figura do pela quantidade de procedimentos.

sustentabilidade do setor. No último A ANS (Agência Nacional de Saúde “navegador”, um profissional que será “Além de não ser sustentável, a prática ano, os planos de saúde perderam 1,4 Suplementar) apresentou no dia 24 de responsável pela coordenação da não privilegia a boa atenção clínica”, milhão de usuários em razão da crise maio a especialistas e gestores de atenção prestada ao usuário. diz Martha.financeira e da alta do desemprego.saúde novos modelos de assistência e Na odontologia, a proposta é que 70% O modelo previsto, que vem sendo

remuneração que poderão ser adotados Na oncologia, as medidas propostas do cuidado sejam focados na atenção discutido com o setor há seis meses, pelas operadoras de saúde. Três linhas estão assentadas em quatro eixos: básica, onde um profissional de passará a atrelar indicadores de de atenção foram consideradas diagnóstico precoce, com estímulo a referência ficará encarregado do qualidade tanto para a atenção quanto prioritárias: oncologia, odontologia e ações de promoção, prevenção e cuidado. para a remuneração.cuidado ao idoso, cujas propostas a r e a l i z a ç ã o d e b u s c a a t i v a ;

Quando o paciente precisar de Fonte: Cláudia Collucci - Folha de São Folha adiantou. continuidade entre o diagnóstico e o

tratamento especializado (tratamento Paulo

ANS PROPÕE INDICADORES DE QUALIDADE PARA REMUNERAÇÃO DE PROFISSIONAIS

A alteração feita pela Receita Federal ocasião, a corte estabeleceu que as de 7,6%. “Essas, ao contrário das exercício fiscal e no planejamento das quanto à incidência da Contribuição sociedades corretoras de seguros estão ou t ras empresas , e s tavam se empresas. Então, o novo regime valeria para Financiamento da Seguridade fora do rol dessas entidades, pois “não beneficiando. Agora, com a mudança somente a partir do exercício seguinte”, Social e do Programa de Integração cabe confundir as 'sociedades da IN, elas não vão mais recolher 4%. destacou.Social (Cofins/Pis) para as corretoras corretoras de seguros' com as Voltarão a ser tributadas pela regra Barbosa se reuniu nesta terça-feira de seguro poderá trazer prejuízos para 'sociedades corretoras de valores geral. É um aumento significativo”, (23/5) com representantes de diversas quem é tributado com base no lucro real mobiliários', (regidas pela Resolução ressalta. empresas do setor para explicar as — ou seja, a partir do lucro contábil. É BACEN 1.655/89), ou com os 'agentes A IN 1.628 entrou em vigor na data em implicações da nova instrução o que alerta o tributarista Henrique autônomos de seguros privados' que foi publicada. Porém, para o normativa. De acordo com ele, as Barbosa, sócio do escritório Raphael (representantes das seguradoras por advogado, o novo regime não poderia empresas têm que estar atentas às Miranda Advogados. contrato de agência)”. valer imediatamente. “A meu ver, a possibilidades previstas em lei que Em agosto de 2012, a Receita Federal Segundo Barbosa, em linha com a majoração significativa desse imposto, possam reduzir o impacto da tributação editou a Instrução Normativa 1.285, jurisprudência consolidada pelo STJ, a de 4% para 7,6%, não pode ser aplicada com a alíquota maior.que equiparou as corretoras de seguro Receita publicou, no último dia 21 de imediatamente, mas após 90 dias, Nesse sentido, o advogado citou a à s s o c i e d a d e s d e c r é d i t o , março, a IN 1.628, pela qual excluiu do como prevê a Constituição”, afirma. compensação do PIS e da Cofins com financiamento e investimento, às grupo tributado com base na apuração Barbosa diz que outros princípios créditos decorrentes de diversos sociedades de crédito imobiliário e às cumulativa as sociedades corretoras de poderão ser arguidos para contestar a gastos, como energia elétrica. “O sociedades distribuidoras de títulos e seguro. A medida foi comemorada por cobrança. Um deles seria a necessidade governo diz que as sociedades valores mobiliários — grupo que “95% das corretoras” que, por serem de se respeitar a previsibilidade do corretoras que são tributadas pelo lucro contribui com base na apuração menores, contribuíam com base no exercício financeiro especificados real terão direito a um monte de crédito cumulativa, onde o PIS e a Cofins lucro presumido ou no Simples pelas empresas para este ano. Se a tese e que poderão fazer a dedução. Mas incide em 4%. Nacional, onde a incidência do PIS e da for aceita pelo Judiciário, a tributação nós, tributaristas, sabemos que há uma As corretoras que tinham uma Cofins é de 3%. “Agora, elas voltam pode ser transferida para o ano que briga tremenda da Receita para que o tributação menor ingressaram em para os 3%. Foi uma vitória”, afirma o vem. contribuinte não faça jus a esses massa no Poder Judiciário. Em advogado. “Há uma discussão que pode levar a IN créditos”, destaca.novembro do ano passado, a 1ª Seção O problema, de acordo com o a só ter efeito a partir de janeiro de do Superior Tribunal de Justiça tributarista, será para as grandes 2017. Isso em decorrência do princípio pacificou a questão ao julgar um corretoras de seguro, tributadas com da segurança jurídica, que impediria recurso repetitivo sobre o tema. Na base no lucro real e no qual a alíquota é uma mudança significativa no Fonte: Conjur

ORIENTAÇÃO DA RECEITA ELEVA TRIBUTAÇÃO PARA GRANDES CORRETORAS DE SEGURO

Page 4: Jornal sincor maio 2016

4 Maio 2016

As despesas assistenciais da saúde No mesmo período, o ticket médio ou

suplementar no Brasil mensalidade média foi de R$ 235.

Em 2015, segundo o Instituto de

Estudos de Saúde Suplementar – IESS, dos Planos de a Variação dos Custos Médico-Saúde da Abramge – Associação Hospitalares (VCMH) foi de 19,3%, Brasileira de Planos de Saúde, que índice mais elevado desde o início da mensura a quantidade de recursos série histórica.gastos pelas operadoras de planos de

saúde médico-hospitalares na Parte disso deu-se devido ao prevenção e cuidado à saúde de seus comportamento inflacionário que se beneficiários. alastrou no país.

Trata-se da maior cifra já gasta nos Um exemplo disso foi o aumento nos primeiros cinco meses de um ano pelas preços administrados, em especial aos operadoras, mesmo com a perda de reajustes de energia elétrica que afeta 953 mil beneficiários no ano passado – diretamente os gastos das unidades atualmente 48,8 milhões possuem hospitalares, clínicas e laboratórios. planos de saúde médico-hospitalares. Houve uma variação de 198,9% se

comparado ao ano anterior. O índice de Segundo levantamento da Abramge inflação passou de 17,1% para 51,0%.com base em informações da ANS –

Agênc i a Nac iona l de Saúde Outros exemplos são a hospitalização Suplementar, dos R$ 50 bilhões, e cirurgia que passou de 7,0% em 2014 44,8% foram gastos com internações, para 10,4% em 2015, registrando

aumento de 49,0%, e o câmbio do 32,6% com consultas, 17,1% com dólar que passou de R$ 2,4 para R$ 3,3, exames complementares e 5,5% com registrando alta de 41,6%, lembrando

terapias.que muitas das tecnologias e manutenção dos aparelhos do setor de Nos doze meses de 2015, as despesas saúde são atreladas à moeda

assistenciais alcançaram R$ 119,3 americana.

bilhões o que equivale a uma gasto

médio de R$ 2.390 para cada Fonte: Pedro Araújo - Segsbeneficiário de plano de saúde.

atingiram a

marca de R$ 50 bilhões no dia 24 de

maio do ano corrente, segundo

apontou o Custômetro

DESPESAS ASSISTENCIAIS DA SAÚDE SUPLEMENTAR JÁ ATINGEM R$ 50 BI EM 2016

Page 5: Jornal sincor maio 2016

5Maio 2016

Aos olhos de seguradoras e do país na ponta da língua, Kurt p o s s í v e l p r o m o v e r u m a liberalização e desburocratização

resseguradoras baseadas no Reino Karl, economista-chefe da Swiss t r a n s f o r m a ç ã o d i g i t a l n a no setor.”

Unido e na Europa, a combinação Re, começa sua análise enfatizando comercialização de seguros no Em meio à tramitação do processo

d e e l e m e n t o s d o s t e m p o s que estabilidade macroeconômica é Brasil.”de impeachment na Câmara, um

turbulentos que o Brasil atravessa indispensável para criar um Elizabeth Powell, underwriter do documento publicado pela Europe

caracter iza uma verdadeira a m b i e n t e d e c r e s c i m e n t o sindicato Sompo Canopius no I n s u r a n c e , a s s o c i a ç ã o d e

“tempestade perfeita”. E ela é sustentado das indústrias de Lloyd's of London, conhece o seguradoras europeias, faz menção

preocupante, mas os agentes seguros e resseguros. Ele ressalta mercado brasileiro por causa de sua ao excesso de intervenção do

internacionais do setor estão que o segmento não-vida encolheu passagem pelo IRB Brasil Re. Ela governo no mercado ressegurador,

atentos. 3% no ano passado e deve ver os menciona a “tempestade perfeita”, limitando a oferta de capacidade

prêmios caírem anda mais em 2016, No front econômico, o mix de destacando que o governo, seja por parte de resseguradoras

4%. Segundo ele, os prêmios desaceleração da atividade, repique Dilma ou Temer, deve atacar a estrangeiras. “O Brasil representa

cedidos em resseguro no Brasil inflacionário, desvalorização inflação alta com todas as forças. um mercado muito importante para

registraram retração de 3% em cambial e indisciplina fiscal é de “Aliada à desaceleração da a indústria seguradora europeia.

2015, mas devem se recuperar este fazer arrepiar os mais tarimbados economia e ao desemprego em alta, Atuais relações podem ser

ano.p r o f i s s i o n a i s d o m u n d o a inflação mina o lado comercial ampliadas e melhoradas com a

(res)segurador. E tem ainda o lado “Dentro desse contexto, o governo das operacões de seguros e retirada de barreiras comerciais e

político para dar contornos ainda deve restaurar seu compromisso resseguros. É o maior risco. Quanto aumentando a convergênca

mais dramáticos à “tempestade com disciplina fiscal e estabilidade à crise, é preocupante, mas muitos regulatórias”, assinala o paper.

perfeita”, com o processo de de preços, dois pilares do sucesso países passam por crises e elas Outro ponto de atenção é o

impeachment da presidente Dilma econômico do país nas últimas tendem a ser superadas com o segmento de óleo e gás, energia e

Rousseff tramitando em altíssima décadas. Risco regulatório também tempo, os negócios precisam se grandes obras, todos atrelados com

velocidade para os padrões do é uma grande preocupação: as ajustar à dinâmica de crescimento a Petrobras. Com a consolidação do

Congresso Nacional e, ainda, a recentes medidas sobre transações mais lento”, ponderou Elizabeth, preço do petróleo no mercado

operação Lava-jato atingindo em de resseguros entre Estados, citando como exemplo a crise do internacional em nível baixíssimo e

cheio a Petrobras, a maior f a c i l i t a n d o t r a n s f e r ê n c i a s início dos anos 2000 na Argentina e, o escândalo de corrupção apurado

consumidora empresarial de internamente pelas empresas, mais tarde, o baixo desempenho da pelas investigações da operação

produtos de seguros do país. trazem mais confiança aos economia nos últimos anos de Lava-jato, as seguradoras e

operadores estrangeiros para atuar Cristina Kirchner. “O novo governo A coluna Direto de Londres resseguradoras tendem a faturar

localmente. O Brasil precisa está dando um choque econômico e conversou com vários profissionais menos prêmios nesse nicho de

mesmo que seu sistema político muita coisa está mudando na d o m e r c a d o s e g u r a d o r e mercado. A avaliação é de Deniese

foque na melhora da economia e no Argentina, muitas oportunidades ressegurador para saber como Imoukhuede, diretora da AM Best,

crescimento econômico potencial, estão surgindo para o setor de representantes de grandes empresas agência de classificação de risco

além de se voltar seriamente para seguros e resseguros. Há um ano estrangeiras enxergam o mercado baseada em Londres especializada

reformas estruturais e estabelecer havia pouca esperança.”brasileiro no momento. Todos no mercado segurador.

disciplina fiscal e monetária”, demonstram preocupação com o Reservadaente, um alto executivo

avalia Karl. “A geração de prêmios será menor péssimo desempenho da economia do próprio Lloyd's conta que, por

que os resutados obtidos em anos e a inflação elevada – isso fere de O economista reitera que as causa da desvalorização cambial, o

anteriores, com o preço do petróleo morte a indústria seguradora, pois empresas do setor de seguros mercado de resseguros brasileiro

em patamares mais elevados. Com significa menos prêmios faturados. devem enfatizar ganhos de sofreu forte redução em 2015,

a q u e d a d a c o m m o d i t y , Alguns criticam prudentemente o eficiência com digitalização de quando o volume de prêmios

naturalmente a tendência é de atual governo por seu caráter processos e serviços digitais aos medido em dólares teve uma

desaceleração das transações pelas intervencionista e indisciplinado clientes como formas de enfrentar a redução de 23%. “No entanto, isso

s e g u r a d o r a s . I s s o j á e s t á fiscalmente. No geral, evitam falar crise. Ele lembra que a penetração não muda nosso apoio ao país. O

acontecendo em outros países de guinada com a chegada de um de produtos de seguros no Brasil Lloyd's está comprometido com o

emergentes, não só no Brasil. eventual governo Michel Temer; ainda é baixa, inferior ao mercado Brasil e continuará a apoiar o

Seguradoras na Rússia e Nigéria já preferem o discurso diplomático de chileno, com gasto per capita de mercado bras i le i ro . Temos sofrem o impacto dessa nova confiança no Brasil e aposta em US$ 332. “Há enormes lacunas a confiança de que no médio prazo a precificação. O problema é que no uma estratégia de negócios focada serem preenchidas no mercado economia brasileira vai se recuperar Brasil tem esse escândalo de n o l o n g o p r a z o . Ta m b é m brasileiro, mesmo em tempos de e, consequentemente, o mercado de corrupção que esá paralisando tudo, apresentam saídas para a crise sob a crise. Há produtos no ramo vida e de seguros e resseguros voltará a inclusive afetará os segmentos de ótica do setor. infraestrutura que podem ser muito crescer. Entretanto, para que o setor segurosda cadeia de negócios que

melhor trabalhados. No segmento de seguros e resseguros brasileiro envolve a Petrobras, como energia e Com a palavra, o mercado britânico automóveis e de saúde também há possa se desenvolver e crescer de construção. A receita aqui é partir e europeu:espaço para crescimento, são forma sustentável, é fundamental para a diversificação de carteira”,

Munido de números sobre a nichos que o Brasil ainda está bem uma melhor integração com o aconselha A executiva da AM Best.Fonte: Luciano Máximo, de economia brasileira e com o a t r á s d e m e r c a d o s m a i s m e r c a d o i n t e r n a c i o n a l ,

Londres - Revista Apólicedesempenho do mercado segurador desenvolvidos. Para não falar que é implementando um processo de

A CRISE VISTA DE FORA

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6 Maio 2016

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7Maio 2016

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8 Maio 2016

FIM DA VENDA CASADA NA CONTRATAÇÃO DE SEGURO RURAL VAI DESTRAVAR O SETOR

Em recente decisão, o Congresso Nacional rejeitou o veto presidencial que tratava sobre gestão do seguro rural. As emendas haviam sido apresentadas pelo senador Waldemir Moka (PMDB/MS), integrante da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA). Com isso, o produtor fica desobrigado de aceitar a apólice da seguradora do banco em que tomou crédito, considerado “venda casada”.

A novidade mexeu com o mercado de seguro agrícola. No entanto, de acordo com Otávio Simch, especialista em seguro rural e diretor da Tovese Corretora de Seguros, os maiores beneficiados devem ser os produtores rurais. “Essa decisão vai ajudar a regular o setor, que criará propostas conforme a necessidade do produtor. Com isso, as seguradoras devem apresentar mais alternativas e benefícios ao produtor”, observa.

Na prática, conforme as duas emendas incluídas à Medida Provisória 682/2015, o agente financeiro fica obrigado a oferecer pelo menos, duas apólices diferentes para que o produtor rural tenha condições de fazer a escolha, estabelecendo uma negociação. “Caso o mutuário não deseje contratar uma das apólices oferecidas pela instituição financeira, esta ficará obrigada a aceitar apólice que o mutuário tenha contratado com outra seguradora habilitada a operar com o seguro rural”, explica Simch.

A “venda casada” é condenada pelo Banco Central. Mas, na prática, a pressão dos agentes financeiros em negociar um pacote de produtos e serviços é grande, conforme relato de produtores. O especialista destaca que a derrubada do veto vai preservar o direito de livre escolha dos produtores rurais pelas apólices. ”O produtor deve escolher o que é melhor para ele dentro do seguro agrícola. Se ele decide todos os passos na lavoura é justo poder decidir qual é a proposta que oferece maior segurança para seu negócio”, ressalta.

A medida provisória 682/2015 foi aprovada pelos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e convertida no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 19/2015.

Fonte: Emerson Alves via Grupo Cultivar

LEI DO DESMONTE: FENACOR PROMOVERÁ TRÊS EVENTOS EM JUNHO

A Fenacor promoverá, no mês de junho, mais três edições do seminário “Lei do Desmonte, Acidentologia e Vitimação no Trânsito”. A primeira etapa dessa nova série será realizada em Manaus, no dia 14 de junho, às 15h. O local do evento será o Hotel Blue Tree (Av. Umberto Calderaro Filho, 817).

A inscrição, gratuita, pode ser feita através do link: http://cpes.org/evento/lei-do-desmonte-acidentologia-e-vitimacao-no-transito-manaus/

No dia 16 de junho, o evento chegará a Porto Velho (RO), também a partir das 15 horas. O evento será realizado no auditório do Oscar Hotel Executive (Av. 7 de Setembro 934). A inscrição é gratuita e pode ser feita neste link: http://cpes.org/evento/lei-do-desmonte-acidentologia-e-vitimacao-no-transito-porto-velho/

Em todos esses eventos, a organização conta com o apoio da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), da Escola Nacional de Seguros, do Sincor local, da Seguradora Líder e do Observatório do Trânsito.

O seminário, que vem percorrendo o país desde agosto do ano passado, tem o intuito de divulgar e informar ao poder público e aos cidadãos sobre os impactos positivos da Lei Federal 12.977/14, conhecida como “lei do desmonte”, que completou o primeiro ano de vigência no dia 20 de maio.

Por fim, no dia 21 de junho, às 15h, Campo Grande (MS) receberá o seminário sobre a Lei do Desmonte.

Esta edição será realizada no Bahamas Apart Hotel (Rua José Antonio, 1117 – Centro, Campo Grande) e a inscrição pode ser feita no link: http://cpes.org/evento/lei-do-desmonte-acidentologia-e-vitimacao-no-transito-campo-grande/

Fonte: CQCS

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9Maio 2016

A missão de desenvolver o Mercado comprovada mínima de 10 anos e com ser “privatizada” de modo a deixar de legislar sobre seguros, minimamente,

Segurador no país compete às mandato de 4 a 5 anos no máximo, sem se respaldar indevidamente no poder por lei federal ordinária. Com suporte

direito à recondução. Entre outros públ ico , passando a cumpr i r Seguradoras e não ao Estado. As mais recente e clivado no que hoje se

requisitos, passando também pela exatamente as suas funções e no formulações das bases contratuais são d e n o m i n a D i r e i t o C i v i l -

disponibilização, por meio da internet, â m b i t o d e s u a s r e s p e c t i v a s p re r roga t ivas exc lus ivas das Constitucional, o fato de a Susep do processo de acompanhamento e prerrogativas e responsabilidades Seguradoras e não do Estado-provedor. pretender padronizar textos de seguros controle do “plano de gestão” e do decorrentes. Não será, portanto, com o a serem comercializados pela

A partir da década de 1990 pretendeu- “plano de metas”, o professor Sérgio enfraquecimento do Órgão Regulador iniciativa privada parece algo tão se corrigir as falhas do sistema Guerra informa as características (Susep ou a Agência sucessora dela) contrário aos fundamentos mais regulatório exercido pelo Estado, nos básicas recomendáveis para a direção que esse objetivo poderá ser alcançado. primários erigidos pela Constituição diversos setores da sociedade, mas o das Agências, enfatizando que as Federal, que sequer poderia ser

O Estado pode e deve exigir movimento foi interrompido e assim decisões seriam preponderantemente avocado, como fonte justificadora, o transparência, objetividade nas persistiu durante o governo do PT, com técnicas e “poderiam melhor atingir a vetusto e ultrapassado dispositivo coberturas contratuais, mas não deve forte viés estatizante e centralizador. missão pública do Estado regulador: o prescrito no Decreto-Lei 73/66, artigo

“O Governo do presidente Fernando t e n t a r a p r e s e n t a r m o d e l o s bem-estar da sociedade e de cada um 36, “c”, na medida em que ele não Henrique Cardoso, com a aprovação estandardizados ao mesmo mercado, dos cidadãos brasileiros, nos termos resiste e é fulminado integralmente do Congresso Nacional, pretendeu na numa espécie de atuação de cunho preconizados na Constituição Federal

pela força principiológica da lei maior, verdade demonstrar que a regulação desenvolvimentista, como se esse de 1988” (Guerra, 2014, p.379). paradigmática. Resistir a isso significa deixava de ser assunto de governo para comportamento representasse de fato Floriano Peixoto e Luís Fernandes contrariar a Constituição Federal e a ser assunto de Estado” (Guerra, 2014, “política pública de primeira linha” do também se expressam no mesmo completa democratização da sociedade p.375), notadamente quando foram governo na área de seguros. Esse sentido e aduzem que “a composição brasileira. “A Constituição funciona instituídas as primeiras Agências modelo se esgotou, por si só, no colegiada dos órgãos dirigentes como parâmetro de validade para a reguladoras no Brasil, mas atualmente governo militar, de triste lembrança. máximos das agências reguladoras ordem infraconstitucional e, ao mesmo poucas ou quase nenhuma ainda Não é mais essa a função precípua do garante que as mesmas reflitam visão tempo, como vetor de interpretação continuam com procedimentos livres e Órgão Regulador, neste momento do plural acerca do setor regulado, torna-para todas as normas do sistema”, nos moldes dentro dos quais foram as mais abertas ao debate de posições mercado segurador nac iona l . lembra a todos Nelson Figueiredo concebidas. Ao contrário disso, elas contrapostas, e as afasta dos riscos de Tampouco deve conduzir a redação dos (2012, p.47). No que concerne ao t êm fo r t e v i é s cen t ra l i zador arbítrio” (Marques Neto; Fernandes, textos contratuais de maneira tal que Judiciário, este desempenha papel proveniente do Poder Executivo e 2011, p.1085). Cabe ao Mercado eles acabem se tornando todos saneador e também penalizador que lhe nenhuma participação da sociedade Segurador, representado por suas fortemente padronizados, retirando da

civil organizada e especializada dos cabe, em havendo abusos na esfera lideranças, propugnar por essa iniciativa privada, pela imposição vários setores. É necessário rediscutir o contratual. Também os contratos de mudança em prol de todos os desse paradigma burocrático, o direito tema, com a sociedade, na medida em seguros são analisados e passam pelo consumidores de seguros do país. O à inovação, assim como o pioneirismo que a regulação pós-moderna não pode crivo da interpretação jurisdicional. A pensamento ultrapassado e muitas diante de novos segmentos, pois a ficar refém de processos político- jurisprudência é pacífica nesse sentido vezes submisso ao poder público deve atividade seguradora sempre será partidários se o Brasil, de fato, desejar e, apesar de ainda haver forte ser abolido, alforriado mesmo para demandada em face do avanço alcançar patamar entre os países ingerência do Estado na formulação sempre. Se o Brasil desejar, de fato, tecnológico e das modificações dos desenvolvidos. Nesta discussão, dos contratos de seguros do país, o ingressar no patamar dos países riscos e dos processos industriais, os deverá também constar da pauta o Judiciário tem posição firme a respeito: líderes, a atuação do mercado quais não são estanques, tampouco Órgão Regulador do sistema de “O fato de ter sido aprovada a cláusula s e g u r a d o r p r e c i s a m u d a r perenes . O Estado não pode seguros (a Susep – Superintendência abusiva pelo órgão estatal instituído drasticamente, pautada na liberdade desestimular a iniciativa privada neste de Seguros Privados), de modo que as contratual e na excelência técnica. O para fiscalizar a atividade da

setor e deve, em contrapartida, criar suas funções sejam reformuladas e em velho modelo já se esgotou, e faz seguradora, não impede a apreciação políticas públicas que na verdade prol dos consumidores de seguros do tempo. O Órgão Regulador do sistema judicial de sua invalidade” (REsp p o s s a m i n c r e m e n t a r o século XXI. A questão é de Estado e segurador deve ser forte e voltado de 229.078/SP, j. 09.11.1999, DJ desenvolvimento de novos produtos de não simplesmente de polí t ica forma expressiva para a proteção dos 07.02.2000, STJ). seguros, mas sem pretender ele próprio partidária, assim como ela vem sendo interesses dos segurados, na medida dizer quais são e menos ainda como tratada ou mesmo ignorada nos últimos O dirigismo estatal nesta área, em que compete ao Estado, conforme a devem ser estruturados esses produtos. anos na República Brasileira. As portanto, em nada interfere na possível CF (art. 5º, XXXII), proteger os Nesta seara, a Constituição Federal funções atualmente listadas no consideração quanto à abusividade da consumidores . Somen te pe lo (artigos 1º, IV e 170), posterior ao Decreto-Lei n. º 73/66 e relativas à fortalecimento da Susep ou da Agência cláusula contratual que foi inserta na Decreto-Lei 73/66, tem por princípio Susep e ao CNSP (este último sequer que a suceder o dever constitucional apólice de seguro, até mesmo por fundamental a livre iniciativa, cujos existe fisicamente, mas apenas de aqui retratado poderá ser efetivamente determinação administrativa do órgão efeitos não podem ser relativizados, forma virtual), não são mais todas elas consolidado. Não é paradoxal essa regulador, e sequer pode exonerar a nem mesmo sofrer diminuição por atos consentâneas com as necessidades afirmativa, na medida em que se

Seguradora de sua responsabilidade e fatos de entidades administrativas do atuais e tampouco com as exigências propugna a não interferência da Susep contratual. A jurisprudência nacional da sociedade pós-moderna. Além Poder Público, sem que sejam na elaboração dos clausulados de tem se alargado neste sentido e o disso, a administração da Susep requer devidamente rechaçados. Também o coberturas e, ao mesmo tempo, o

seja desvinculada do poder estatal art. 174 da Constituição Federal (CF) entendimento pode ser apurado nos fortalecimento da autarquia. As bases central, o qual determina indicações dispõe sobre a atuação do Estado, mas diversos julgados com esse teor (REsp contratuais não fazem parte da função meramente político-partidárias. Deve na condição deincentivador do setor do Estado. No Brasil, não apenas no 1 . 3 0 0 . 1 1 6 / S P, S T J ; R E s p passar a prevalecer o modelo típico privado. No ensinamento de Derani segmento de seguros, há conflituosa 1.364.102/SP, STJ), os quais não encontrado nas Agências reguladoras (2002, p.93), “a noção de regulação, interferência do poder público em área poderiam ser diferentes em face dos de fato, com órgão colegiado, cujos neste contexto, aparece como a que seria exclusiva da iniciativa princípios encontrados na doutrina c a n d i d a t o s a o s c a r g o s d a atividade mediadora, para assegurar, privada, muitas vezes por interesses

pertinente à hierarquia das leis. administração sejam buscados e entre os direitos e as obrigações de também privados. Neste aspecto é Conforme Reale (2005, p.138), selecionados entre profissionais cada um, o tipo de equilíbrio desejado importante para o Brasil, se desejar de tratando das normas administrativas, especializados na área de atuação e fato alcançar o patamar dos países pela lei”. Não significa, portanto, que o

provenientes tanto da esfera pública elas “não privam os particulares do desenvolvidos, que o Estado seja Estado deva determinar as bases como da privada, da comunidade poder-dever de adotar interpretações reconduzido ao seu papel primário, às operacionais do sistema que ele regula. científica e tecnológica e do meio diversas, à luz do texto legal ou suas competências originais de fato. O art. 22, VII, da CF atribui empresarial privado, com experiência Portanto, a iniciativa privada precisa regulamentar em vigor”. competência privativa à União para

SUSEP – SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS E A NECESSIDADE DE URGENTE REFORMULAÇÃO INSTITUCIONAL NO BRASIL.

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10 Maio 2016

Cotado para integrar a equipe contribuinte terá a opção de destinar 2000, mas nunca foi tirado do papel. federal ultrapassasse o patamar econômica do novo governo, Paulo a contribuição ao INSS para a prudencial de 45% do PIB ou Rabello de Castro diz que reforma No futuro, com maior equilíbrio das composição de um fundo, do qual quando o déficit nominal do está sendo apresentada de maneira contas públicas, o Tesouro não ele será cotista, e que funcionaria governo fosse maior do que 1,5% do 'conservadora e convencional' precisaria mais tomar 100% dos nos moldes de uma previdência PIB. No ano passado, o déficit

créditos existentes no fundo. Com privada. O Tesouro Nacional, por nominal do setor público chegou a As propostas de reforma da isso, cada contribuinte teria sua vez, poderá sacar os recursos lá 10,34% do PIB, sendo que R$ Previdência que estão em discussão liberdade para escolher onde aplicar depositados, mas terá de emitir 501,786 bilhões (8,46%) foram atualmente não são suficientes para parte de seu dinheiro, num modelo Obrigações Sociais do Tesouro gastos com juros da dívida.r e s o l v e r o p r o b l e m a d o s de gestão compartilhada. “Os Nacional (OSTNs), uma espécie de A Agenda 2016 também prevê aposentados, na avaliação do contribuintes da Previdência são medidas como elaboração de um título com remuneração equivalente economista Paulo Rabello de credores e hoje são tratados como Orçamento plurianual, unificação à da poupança. Pelas projeções, em Castro, sócio da RC Consultores e meros servos da gleba, como se de tributos, maior eficiência na 2030, com 26,5 milhões de presidente do Instituto Atlântico. fossem indivíduos pagando tributos gestão dos gastos e corte estrutural

contribuintes optantes pela Nova de despesas. A ideia é que a menor S e g u n d o e l e , a r e f o r m a cuja contrapartida é considerada

Previdência (22,5% da estimativa de pressão do lado fiscal permitirá p rev idenc iá r i a “es tá sendo legalmente incerta”, diz Castropessoas ocupadas no período), o reduzir a taxa de juros e melhorar o apresentada numa visão totalmente Questão fiscal – Na avaliação do patrimônio do fundo capitalizado perfil da dívida pública brasileira, economista, a principal causa para o conservadora e convencional do poderia chegar a 970 bilhões de abrindo caminho para o aumento de rombo nas contas públicas são os novo governo, que só trará – se

investimentos produtivos. No reais, considerando ausência de elevados custos com juros da dívida. trouxer – os benefícios de praxe: a cenário traçado pelos especialistas, saques. Quem já está na ativa Para ele, o foco principal do governo volta do pibinho positivo”. a economia anual com juros poderia continuar a pagar e receber deve mesmo ser investir na Ligado ao presidente em exercício chegaria a 336 bilhões de reais em resolução do quadro fiscal e em uma pelo sistema antigo, caso fosse Michel Temer, Castro vem sendo 2022. “Reforma fiscal sem a reforma financeira. “A sangria está e contrário à mudança. Para garantir cotado para assumir um cargo no financeira é um sacrifício duro sempre esteve sobretudo nos juros, que a fórmula dê certo, contudo, governo – já foi especulado no demais, e reforma financeira sem exatamente por ser uma dívida seria preciso estabelecer uma idade programa fiscal plurianual seria Ministério da Fazenda e agora pública formada com papéis

mínima para a aposentadoria. esforço inútil”, diz Paulo Rabello de cogita-se o comando do IBGE ou errados, onerosos e com prazos Castro. Na renegociação da dívida Nos moldes atuais, a Previdência m e s m o o M i n i s t é r i o d o horrivelmente curtos”, diz Castro, dos estados, a ideia de Castro é deve ter um déficit de 146,3 bilhões que também é coordenador do Planejamento, vago com a saída de promover um “encontro de contas” Movimento Brasil Eficiente (MBE).de reais neste ano, conforme Romero Jucá. Na quarta-feira, o p o r m e i o d o P l a n o d e

No documento apresentado a Temer, economista se reuniu em Brasília estimativas do governo. No ano Refinanciamento Voluntário (PRV). C a s t r o j á p r o p u n h a o com o presidente, mas desconversou passado, o rombo na área foi de Os Estados poderiam credenciar estabelecimento de um limitador quando questionado sobre uma a t i v o s q u e p u d e s s e m s e r 85,81 bilhões de reais. “A para os gastos públicos, mas eventual indicação. Castro é autor empenhados no pagamento da P rev idênc i a e s t á f adada a diferente da proposta apresentada dívida com a União à Companhia de um documento com várias surpreender negativamente daqui a

Federal de Administração de Ativos nesta semana pelo governo, que propostas para reanimar a economia dez anos, e talvez daqui a vinte anos, (CFA). A CFA seria responsável por prevê que as despesas públicas do brasileira, que inclui a questão a depender da demografia”, diz. “A avaliar os ativos e, posteriormente, ano seguinte terão como teto a previdenciária e também medidas

repassá-los por meio de concessão, Nova Previdência organizará o inflação ao ano anterior. O plano do no âmbito fiscal e financeiro. privatização, venda ou securitização débito que hoje está camuflado.” O economista era criar uma Lei de Denominado “Agenda 2016”, o (transformar dívida a receber em um Fundo do Regime Geral de Controle Orçamentário (LCO), que documento foi entregue em março a título comercializável), rendendo Previdência Social é previsto no traria condições para a aplicação de Temer. recursos ao Tesouro.

Nele, Castro prevê a criação de uma a r t i g o 6 8 d a L e i d e limitadores automáticos de despesa, “nova Previdência”, em que o acionados quando a dívida bruta Responsabilidade Fiscal (LRF), de Fonte: Veja via (Estadão Conteúdo)

ECONOMISTA LIGADO A TEMER PROPÕE CRIAÇÃO DE UMA 'NOVA PREVIDÊNCIA'

A administração pública deve, paternalista, instável, arcaica e profusa. cujo procedimento se apresenta Sistema Nacional de Defesa do por tan to , es ta r compromet ida À evidência tal caracterização é desarticulado da realidade pós- Consumidor (SNDC), conforme o exclusivamente com a universalização s i n t o m á t i c a d e u m m e r c a d o moderna. O Decreto-Lei 73/66, neste Decreto nº 2.181, de 20.03.1997, art. 2º. e o aprofundamento dos direitos dos idiossincrático e de um quadro particular, deve ser alterado, senão Nem por isso, contudo, retira-se da cidadãos e, para alcançar esse objetivo institucional regulatório ultrapassado. revogado integralmente, mesmo Susep o caráter fiscalizador e também d e m o c r á t i c o , e l a d e v e e s t a r A evolução do mercado securitário porque as bases de atuação do Estado voltado à preservação dos interesses suficientemente estruturada, além de brasileiro é lenta e marcada por avanços devem ser completamente revisitadas e dos consumidores, mas sob esses ser especializada na sua área de atuação e retrocessos, sendo o mais recente a alteradas na contemporaneidade do princípios não está implícita, como e regulação. Para Penteado Mendonça criação de uma empresa seguradora século XXI. O Estado, persistindo no condição sine qua non, a determinação “não compete a uma agência estatal [1] . A dificuldade de o Estado modelo ultrapassado de atuação, na de modelos de apólices padronizadas reguladora de seguros moderna entender e aceitar o seu papel de verdade estará prejudicando o de forma conducente a esse objetivo determinar tarifas únicas e condições regulador do setor e não de interventor consumidor de seguros ao invés de maior. Não é dessa maneira, aliás, que obrigatórias para os ramos de seguros” interfere diretamente na qualidade protegê-lo. Esse ponto é primordial outros setores econômicos são (Mendonça, 2012). Há áreas tão regulatória. (Coelho, 2012/2013)”. n e s t a d i s c u s s ã o d e d i r e i t o igualmente regulados no país, e nem

Este quadro, em princípio desalentador, e spec í f i c a s e e s senc i a lmen te consumerista. Na obra de nossa autoria por isso os consumidores ficam à mercê d e v e r á s o f r e r r e m o d e l a ç ã o , complexas como os seguros de Riscos e intitulada Contrato de Seguro e a da própria sorte.urgentemente, uma vez que não é mais [1] A Lei nº 12.712, de 30.08.2012, do Petróleo, Aeronáuticos, Transportes, Atividade Seguradora no Brasil: possível a sua persistência por muito autorizou o Poder Executivo a criar a R i s c o s d e E n g e n h a r i a , direitos dos consumidores, publicada mais tempo. O modelo se esgotou, Agência Brasileira Gestora de Fundos Responsabilidade Civil, Diretores e pela Editora Roncarati, 2015, foram completamente. Garantidores e Garantias S.A. – ABGF. Administradores de Empresas (D&O – apresentadas situações nas quais a É chegado o momento, portanto, de o O Decreto nº 7.976, de 01.04.2013, Directors and Officers Insurance), que in tervenção desmedida e não mercado segurador brasileiro se criou a Agência Brasileira Gestora de a atuação do Estado, ao pretender especializada do Órgão Regulador emancipar, assumindo as tarefas de sua Fundos Garantidores e Garantias S.A. – parametrizar as bases de coberturas, se acabam prejudicando o consumidor, ao competência original, sem o dirigismo ABGF, especificou o seu capital social mostra ainda mais inapropriada, invés de protegê-lo, numa contradição anacrônico do Estado-provedor. Ao inicial e deu outras providências.podendo mais prejudicar do que ilógica e indesejada pela sociedade pós-Estado cabem outras tarefas, mas não as auxiliar o mercado e particularmente os moderna. Necessário ainda destacar, de redigir clausulados de coberturas de consumidores. Colmatando de forma neste contexto analítico das reais

Fonte: POLIDO, Walter A. Contrato de seguros para a inciativa privada, cujas bastante consistente este tópico, a visão funções do Órgão Regulador do Seguro e a Atividade Seguradora no Seguradoras, fortemente capitalizadas, de Bernardo Coelho: “de modo geral a mercado segurador, o fato de a Susep e Brasil: direitos dos consumidores, São sequer poderiam ser municiadas com regulação securitária, ainda hoje, pode o Conselho Nacional de Seguros Paulo: Roncarati, 2015.esse tipo de insumo pela fonte estatal, ser qualificada como política, Privados (CNSP) não fazerem parte do

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11Maio 2016

Onde posso pedir o Seguro DPV AT?

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Em caso de Morte do cônjuge, companheiro ou parente, a indenização é de R$ 13.500,00 partilhada entre os herdeiros legais. Em caso de Invalidez Permanente, a indenização pode chegar até R$ 13.500,00

Despesas Médicas poderão ser reembolsadas até R$ 2.700,00

Para qualquer tipo de pedido, você vai precisar de:

Boletim de Atendimento Hospitalar ou Ambulatorial - cópia simples. Os documentos mencionados nos itens de 1 a 4.

Certidão de Óbito da Vítima.

Declaração de Únicos Herdeiros - GRÁTIS no site do DPVAT, ou nos pontos de atendimento autorizados.Comprovante de que é beneficiário da vítima (cônjuge, ou companheiro e herdeiros legais) - veja no site do DPVAT,ligue GRÁTIS para o SAC DPVAT ou informe-se em umdos pontos de atendimento.

Relatório Médico indicando as lesões sofridas e o tratamento realizado, emitido em formulário do próprio hospital ou ambulatório- cópia simples.

Comprovantes originais das despesas Médico-Hospitalares pagas -Somente para pedidos de reembolso.

Notas Fiscais originais dos medicamentos comprados e cópia simples dos respectivos receituários médicos.

Laudo do IML do local do acidente, ou da residência da vítima

; ou Declaração de Ausência de Laudo do IML -modelo da declaração GRÁTIS no site do DPVAT ou nos pontos deatendimento.

- original ou cópia autenticada do laudo apenas para os casos de Invalidez Permanente

1. Registro Policial da Ocorrência (B.O. ou R.O.) - Original ou cópia autenticada2. CPF e Documento de Identificação da vítima ou beneficiário - Cópia simples3. Comprovante de Residência da vítima ou do beneficiário do pedido - Cópia simples4. Ficha de Autorização de Pagamento - Grátis no site www.dpvatsegurodotransito.com.br e nos pontos de atendimento

Que documentos preciso ter para fazer o meu pedido?

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A elaboração e divulgação desse cartaz decorrem da celebração do TCAC

vinculado ao Inquérito Civil Público nº 1.34.008.000022/2011-27

PRM-Piracicaba, Ministério Público Federal.

Em caso de denúncias ou reclamações

OUVIDORIA DPVAT0800 021 9135 OU

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JORNAL DO SINCORCE

SINCOR - CE

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS CORRETORES DE SEGUROS PRIVADOS, DE CAPITALIZAÇÃO,DE PREVIDÊNCIA PRIVADA E DAS EMPRESAS CORRETORAS DE SEGUROS

A sua voz é importante para o futuro de nossa categoria profissional.

12 Maio 2016

JORNAL DO SINCORCE

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FEDERAÇÃO NACIONAL DOS CORRETORES DE SEGUROS PRIVADOS, DE CAPITALIZAÇÃO,DE PREVIDÊNCIA PRIVADA E DAS EMPRESAS CORRETORAS DE SEGUROS

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O impacto da Operação Lava Jato na mostraram que o problema não foi Prevenção à Lavagem de Dinheiro. No último ano, houve um aumento da taxa de sinistralidade, cuja média contratação de seguros pelas empresas apenas causado por má gestão ou erro Entre as mudanças já praticadas pelas passou de 35% para 50% entre 2014 e O custo da corrupção já não é só do administrativo. Em muitos casos, maiores seguradoras, estão a análise de 2015. A Superintendência de Seguros Brasil. Muitas empresas estão gastando houve manobra para burlar a lei. Estas risco mais conservadora, o aumento das Privados (Susep) também confirmou mais em função de um aumento em suas tramas foram descobertas, o que deixou taxas de renovação e o reajustes de aumento de 60% no volume de prêmio despesas justamente por causa da as empresas de seguro em alerta.Uma novos contratos. Em alguns casos, as emitido para o seguro D&O em 2015. corrupção. Nesse sentido, um novo das bases da venda de um seguro é o seguradoras estão excluindo dos Se de um lado os escândalos de reajuste contabilizado para muitas princípio da boa-fé e o respeito às leis. contratos algumas coberturas, como em corrupção corroboraram para um instituições está no valor do seguro. O As seguradoras es tão cr iando caso de insolvência. Há, também, a aumento dos valores dos seguros, por preço aumentou na medida em que os mecanismos para não oferecer proteção criação de novas modalidades de outro lado, deixaram em alerta gestores escândalos foram revelados, em e m c a s o s c o m p r o v a d a m e n t e exceções, como não cobrir custas de de empresas. “Este é um momento ideal especial pela Operação Lava Jato. intencionais desonestos ou até mesmo novos processos ou de processos para a empresa demonstrar controle da

A modalidade de seguro que ficou mais criminosos. específicos. Botelho alerta que as situação, deixando a seguradora

cara para as empresas foi a D&O NOVAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO seguradoras estão muito mais atentas confortável antes de assinar o (abreviação para a sigla Directors and A má gestão de alguns executivos com as empresas que estão fazendo contrato”, aconselha Botelho. Para ele, Officers Liability Insurance). Este impactou na mudança do perfil de todo negócio. “A atenção é ainda maior para a empresa que conseguir demonstrar seguro é um tipo de proteção oferecida um segmento de produto. Este já não é o caso de instituições que fazem esta segurança poderá ter a chance de aos executivos para deixá-los mais mais um benefício oferecido a todos os negócio com órgãos do governo”, negociar melhor os termos do seu confortáveis nas tomadas de decisões e x e c u t i v o s . “ A l é m d i s s o , a s afirma. Outra mudança já identificada contrato. Esta demonstração é feita por diárias em nome da empresa. O objetivo seguradoras estão questionando mais nesta modalidade de seguro é a meio de programas estruturados de é proteger o patrimônio do segurado em sobre quais são os controles internos alteração do modo de concessão do C o m p l i a n c e , d a c r i a ç ã o d e caso de alguma condenação judicial por implementados pelas empresas para benefício. Em algumas ocasiões, não há procedimentos internos rígidos, de uma conta de decisões tomadas em sua prevenir os riscos de fraude”, explica mais a antecipação de custas de política anticorrupção estruturada e do gestão. Alguns dos escândalos Alexandre Botelho, sócio diretor da processo e o dinheiro só é reembolsado treinamento dos funcionáriosrevelados recentemente no Brasil AML Consulting e especialista em em caso de absolvição do segurado. Fonte: AML Consulting

O IMPACTO DA OPERAÇÃO LAVA JATO NA CONTRATAÇÃO DE SEGUROS PELAS EMPRESAS