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ESCOLA BÁSICA 2.3 CONDE DE OEIRAS Nº 1 DEZEMBRO DE 2010 NESTA EDIÇÃO : TAGARELA Editorial 2 O Dia-a-dia na Escola 3 Escrita Livre 8 As Nossas Leituras 12 Visitas de Estudo 13 Saber Mais 15 Comemorações 16 Espaço dos Mais Novos 18 Este é o ano em que estamos a comemorar o centenário da República. Foi no dia 5 de Outubro de 1910 que José Relvas proclamou a implantação da República, na varanda da Câmara Municipal de Lisboa, com o objectivo de tornar a nossa sociedade mais justa e com maior igualdade entre as pessoas. Foi então nomeado um Governo Provisório, presidido por Teófilo Braga. Os republicanos conseguiram então acabar com a monarquia e substituir o rei por um presidente eleito. A partir desta altura, os cidadãos passaram a eleger quem os liderava. Logo após a implantação da República, foram adoptados dois símbolos que ainda hoje são muito importantes para nós: “A Portuguesa” passou a ser o hino nacional; Adoptou-se a bandeira vermelha e verde. Francisco Alfaia, Gonçalo Cordeiro e Leonor Frazão, 6º E As comemorações têm que se lhe diga. Os aconteci- mentos antigos (e a República faz 100 anos!) não colhem normalmente uma aceitação geral. Haverá quem diga bem e haverá quem diga mal... da República. Lá vem a história “O velho, o rapaz e o burro”! Pois então que direi eu? Há cem anos atrás, naquela barricada do cimo da Aveni- da da Liberdade, um punhado de gente, mistura de republicanos e gente do povo em geral, lutou por mudanças. Estou em crer que a história não lhes trouxe exacta- mente o que estavam à espera. Mas houve mudança. E somos agora todos livres e iguais? Pois não sei... uns mais iguais que outros, talvez. Mas essas ideias são ideais. E quando os ideais são bons, são como os sonhos, há que os ter, há que tentar agarrá-los... são um motor da vida. Pois da vida eu gosto. Hoje vivemos de forma diferente graças também a essas lutas. E as comemorações são vida. Saem livros novos, fazem-se exposições, desfi- les, trocam-se ideias e a vida de hoje agita-se. A nossa escola agarrou a ideia e mostra como está viva. Estamos em tempo de crise (e não é para comemorar a que havia nessa época), mas a criatividade vence sempre. Os mais pequeninos fazem das ideias chapéus fantásticos, é preciso vê-los, bem no alto, erguidos em poses vaidosas. AS COMEMORAÇÕES TÊM QUE SE LHE DIGA... Continua pág. 3 CENTENÁRIO DA REPÚBLICA

Jornal Tagarela Dezembro 2010

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O melhor Jornal da melhor escola

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Page 1: Jornal Tagarela Dezembro 2010

ESC OLA B ÁSIC A 2 .3 C ONDE DE OEIRAS

N º 1

DEZEMBRO DE

2010

N E S T A E D I Ç Ã O :

TAGARELA

Editorial 2

O Dia-a-dia na Escola

3

Escrita Livre 8

As Nossas Leituras

12

Visitas de Estudo

13

Saber Mais 15

Comemorações 16

Espaço dos Mais Novos

18

Este é o ano em que estamos a comemorar o centenário da República. Foi no dia 5 de Outubro de 1910 que José Relvas proclamou a implantação da

República, na varanda da Câmara Municipal de Lisboa, com o objectivo de tornar a nossa sociedade mais justa e com maior igualdade entre as pessoas. Foi então nomeado um Governo Provisório, presidido por Teófilo Braga.

Os republicanos conseguiram então acabar com a monarquia e substituir o rei por um presidente eleito. A partir desta altura, os cidadãos passaram a eleger quem

os liderava. Logo após a implantação da República, foram adoptados dois símbolos que ainda hoje são muito importantes para nós: “A Portuguesa” passou a ser o hino nacional; Adoptou-se a bandeira vermelha e verde.

Francisco Alfaia, Gonçalo

Cordeiro e Leonor Frazão, 6º E

As comemorações têm que se lhe diga. Os aconteci-mentos antigos (e a República faz 100 anos!) não colhem normalmente uma aceitação geral. Haverá quem diga bem e haverá quem diga mal... da República. Lá vem a história “O velho, o rapaz e o burro”!

Pois então que direi eu? Há cem anos atrás, naquela barricada do cimo da Aveni-da da Liberdade, um punhado de gente, mistura de republicanos e gente do povo em geral, lutou por mudanças. Estou em crer que a história não lhes trouxe exacta-mente o que estavam à espera. Mas houve mudança. E somos agora todos livres e iguais? Pois não sei... uns mais iguais que outros, talvez. Mas essas ideias são ideais. E quando os ideais são bons, são como os sonhos, há que os ter, há que tentar agarrá-los... são um motor da vida.

Pois da vida eu gosto. Hoje vivemos de forma diferente graças também a essas lutas. E as comemorações são vida. Saem livros novos, fazem-se exposições, desfi-les, trocam-se ideias e a vida de hoje agita-se. A nossa escola agarrou a ideia e mostra como está viva. Estamos em tempo de crise (e não é para comemorar a que havia nessa época), mas a criatividade vence sempre.

Os mais pequeninos fazem das ideias chapéus fantásticos, é preciso vê-los, bem no alto, erguidos em poses vaidosas.

AS COMEMORAÇÕES TÊM QUE SE LHE DIGA...

Continua pág. 3

CENTENÁRIO DA REPÚBLICA

Page 2: Jornal Tagarela Dezembro 2010

TAGARELA

O primeiro período escolar

chega ao fim, quase sem

nos darmos conta, aí está de novo o

Natal.

Natal, uma pausa no Inverno, um

tempo necessário de felicidade e ale-

gria para todas as famílias e em espe-

cial para todas as crianças.

Mas… todos sabemos que assim

não é. A solidão mantém-se para mui-

tos, a falta de trabalho assume propor-

ções preocupantes, os jovens têm

cada vez menos perspectivas e muitas

crianças continuam sem ter garantidas

as condições mínimas de vida neces-

sárias a um harmonioso desenvolvi-

mento.

Mas é nos momentos difíceis,

momentos de crise, que não podemos

ficar parados no desalento. Estes tem-

pos adversos obrigam-nos a uma

maior criatividade, a reequacionar

tudo, os valores, os hábitos e as práti-

cas. Obrigam-nos a olhar à volta e

pensar que somos seres sociais e que

não existimos sem os outros.

Vamos, pois, ser mais solidários,

mais preocupados com os mais

desamparados, vamos partilhar, pro-

curando que cada criança tenha direito

a ser feliz.

Vamos todos neste Natal e no

próximo Ano estar atentos, não permi-

tindo que os que estão sozinhos

fiquem mais sós, e em conjunto pos-

samos novamente plantar a esperança

e oferecer um sorriso.

A todos os alunos e seus fami-

liares, a todos os que trabalham

neste agrupamento, desejamos um

bom tempo de Natal e um Novo Ano

mais solidário.

O director

Carlos Figueira

Bla! Bla! Bla!

Mais um Ano na República! O nosso amigo Tagarela continua com o seu Bla! Bla! Bla!... Para aplaudir comemorações, mas também para dizer mal, como

alguns que talvez não tenham gostado da República! Lá vem a história “O Velho, o Rapaz e o Burro” , como alguém refere neste jornal.

Sempre atento e actual, o nosso Tagarela Bla! Bla! Bla! foi-me falando da “crise” e, num tom mais confidencial, também se queixou da falta de papel que o obrigou a encolher-se…

Mas não desapareceu! Cá está ele e o seu Bla! Bla! Bla!

Profª Noémia Cardoso

EDITORIAL Ficha Técnica:

Propriedade:

Escola Conde de Oeiras

Redacção:

Profª Fátima Santos

Diogo Moura-5ºD António Malato-5ºD Mafalda Vantacich-5ºF Matilde Leiria-5ºF Filipa Chambel-5ºG Mariana Costa-5ºG

Leonor Monteiro-5ºG

Madalena Ferreira-5ºH Bruna Gomes-5ºH Rodrigo Silva-5ºI

Paula Nunes-6ºC

Gonçalo Dias-6ºE

Gonçalo Cordeiro-6ºE Bernardo Santos-6ºE

João Costa-6ºE

Edição e Montagem:

Profª Noémia Cardoso

Suplemento Desportivo:

Prof.ª Margarida Oliveira

Prof. Luís Tralhão

Impressão:

Reprografia da escola

llda Gomes

Francisco Limão, 2008/09

Página 2

Page 3: Jornal Tagarela Dezembro 2010

Página 3 TAGARELA

O Dia-a-dia na Escola

Foi com mais calma que olhei o mar! Um barco aproximava-se da margem e, num tempo de recordações, veio-me à ideia a frase tantas vezes repetida “Estamos todos no mesmo barco” – quantas vezes esta frase serviu de mote para reuninões com Encarregados de Educação, alunos, professores e funcionários, na Escola que mora ao lado. (fica mesmo ao lado, acreditem!)

E a metáfora chamava pela imaginação: podia ser um barco de remos, ou um barco de canoagem. Com remos ou pagaias é preciso remar... na mesma direcção e de forma articulada; não se exibem os remos para ver qual o melhor! É um esforço de conjunto que faz o barco deslizar: calmamente, em águas mansas, ou em águas mais agitadas, ainda com mais energia. Ao mínimo deslize, o barco recua, não avança e anda à deriva. O esforço, a colaboração, a entreajuda são indispensáveis ao sucesso da viagem ou ao êxito da competição.

É assim na Escola: A viagem educativa exige o esforço de todos, Encarregados de Educação, alunos, professores, funcionários. Cada um destes intervenientes são remadores e a ARTICULAÇÃO entre todos os movimentos é que faz deslizar o barco e prosseguir viagem; cada um tem o seu papel e os papéis não podem ser confundidos. Os Encarregados de Educação educam (e não é pleonasmo, é a força da verdade), os professores professam (numa alteração semântica, ensinam), os alunos são aprendentes (e só aprende quem está motivado para aprender) e os funcionários têm funções próprias neste contexto educativo. Todos são indispensáveis, mas sem rankings de valoração. É nas tempestades e nos momentos difíceis que a colaboração e articulação são

mais necessárias: é o trabalho de conjunto que vai equilibrando o barco.

É preciso “remar” para o mesmo lado; quando alguém quer evidenciar a sua superioridade e tenta remar para outro lado, o barco desvia-se do seu caminho, anda à deriva e o pior pode acontecer: meter água, ficar em perigo e, nessa altura, são os alunos – remadores principiantes, os mais atingidos. Não é pondo em causa o trabalho dos outros que algum sucesso se constrói. Questionar, sim, mas para esclarecer, melhorar e avançar! O tempo gasto em questões pouco importantes fará falta na viagem, com vista ao sucesso final.

A Escola é essencialmente uma viagem de aprendizagens e conhecimento, não é uma viagem de recreio e os Encarregados de Educação são os primeiros agentes da motivação para aprender. É fora da Escola, no quotidiano de cada um dos alunos que a Escola se prepara e método e disciplina devem fazer parte das tarefas diárias. Valores interiorizados são valores praticados e a interiorização decorre de uma rotina diária.

Valorizar é um princípio inquestionável. Valorizar, acreditar e respeitar são os verbos-chave na construção do diário de bordo da viagem que todos querem de sucesso.

Profª Irene Cardona

UM BARCO NO MAR ... Uma Viagem de Sucesso!

Os mais velhos pintam t-shirts que até vão ao Palácio, desfilam modas e mostram como se namora/namorava!!! E os demais, entre experiências de ciências, jogos tradicionais, estudos de artistas tão bons como Stuart de Car-valhais e a boa alimentação de tempos que já lá vão, refazem praças, quiosques, escolas, correios, revivem piqueniques, brinquedos e fazem deste brincar um aprender. Juntam-se disciplinas, conversam os professores, disputam-se os lugares para melhor se exporem os trabalhos. Convida-se gente importante que fala tão bem de temas difíceis que enchem salas grandes. Organizam-se visitas de estudo, vêem-se filmes, o teatro vem à escola e os fantoches vão dizendo umas verdades enquanto se batem ...“ e ora toma...” Enchem-se as paredes de tra-balhos, as salas de actividades, e o dia escolhido vai ser um vaivém de meninos, uns a ver, outros a mostrar, a cantar os hinos afinados, empolgados e a desfilar...

E eu dou comigo a pensar que, se não vale a pena comemorar, vale pelo menos para ver a escola assim a funcionar, todos juntos, todos trabalham, cada um tão diferente a construir uma ideia e assim a aprender um pou-co de História e muito mais.

Profª Margarida Leitão

AS COMEMORAÇÕES TÊM QUE SE LHE DIGA...

Continuação ...

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Página 4 TAGARELA

O Dia-a-dia na Escola

Construímos uma história matemática... Quem pensa na palavra Matemática, associa-a logo

às acções de calcular e de medir. Mas isso é uma ideia muito arcaica, pois os povos antigos, para além destas funções, também comunicavam e registavam as suas ideias em papiros, arte rupestre e, posteriormente, com canetas e papel. Actualmente, o desenvolvimento das tecnologias não podia passar ao lado do desenvolvi-mento das ideias matemáticas: é preciso comunicar, justificar e explicar conceitos de modo a desenvolver o raciocínio. Não basta utilizar calculadoras e computa-dores, é preciso saber fazer relatórios, descrever o que se observou e quais as conclusões a que se chegou. A finalidade das TIC (Tecnologias de Informação e Comu-nicação) não é “saber carregar nas teclas”, mas perce-ber “como” e “porquê” se realizam determinadas ope-rações.

Os Novos Programas de Matemática explicitam as competências de comunicação e nós, professoras de Matemática, combinámos em grupo o desenvolvimento de uma actividade a realizar nas aulas de Estudo Acompanhado: pedimos que os alunos construíssem uma história sobre o cubo. O texto poderia ser narrati-vo, poético, até banda desenhada, mas teria sete pala-vras obrigatórias: pirâmide, poliedro, polígono, face, aresta, paralela e perpendicular. Este trabalho dos alu-nos seria avaliado segundo critérios de correcção orto-gráfica e sintáctica e, do ponto de vista matemático, da

clareza das ideias e correcção científica. Analisando os trabalhos dos alunos, ficámos satis-

feitas. De um modo geral, eles foram criativos, respon-sáveis e organizados. Detectámos confusões de con-ceitos, por exemplo, um cubo não é um polígono, uma aresta não é uma recta. Foi necessário clarificar as confusões científicas que não seriam tão fáceis de detectar se não tivéssemos proposto este trabalho aos alunos. Também a ligação interdisciplinar foi importante para todos, pois todas aprendemos!

A profª Isabel Duarte Paula

Era uma vez um cubo que não sabia que o era e, por isso, andava a fazer perguntas sobre ele a torto e a direito.

Um dia, uma pirâmide quis pôr fim ao mistério do cubo e disse-lhe:

- Vim responder às tuas perguntas. – E o cubo, com um sorriso, permaneceu calado – Tu és um cubo, um prisma especial, és um poliedro e o polígono das tuas bases é o quadrado que também é um rectângulo especial. As tuas faces são paralelas a comparar com as do lado contrário, enquanto as minhas (por exem-plo) são todas (ou nem todas) perpendiculares, o mes-mo acontece com as arestas! Tu tens 8 vértices e aí tens as respostas às tuas perguntas.

O cubo, muito agradecido, diz: - Obrigado, pirâmide, mas entretanto, fizeste-me

os trabalhos de casa... Catarina Matias, 5ºI

Era uma vez um cubo. Sentia-se sozinho, mas um

dia encontrou uma pirâmide. Eles tinham 6 e 5 faces, gostavam de brincar à apanhada, às escondidas…

Eles gostavam um do outro, porque eram os dois

poliedros. - Qual é o teu polígono da

base? - pergunta o cubo. - O meu polígono da base

tem a forma quadrangular, e o teu?

- Quadrangular! Nós temos muitas coisas em comum.

Um dia, quando foram pas-sear pelo parque, encontraram um papel no chão que perguntava:

- Quantas arestas tens? - O cubo respondeu: - Eu tenho 12. - E eu tenho 10. Depois encontraram outro que perguntava: - Tens arestas paralelas ou perpendiculares? - Eu tenho paralelas e perpendiculares. - E eu também - diz a pirâmide. Deixaram os papéis e foram brincar juntos por tudo

o que havia. Passados alguns dias, o cubo pediu-a em casamento. E ela disse que sim.

Pedro Santos, 5ºB

Era uma vez um cubo...

Aqui ficam alguns trabalhos ...

Ilustração de André Fatela, 5ºB

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O Dia-a-dia na Escola

Página 5 TAGARELA

S abemos, pela História e pela Arqueologia

que, desde sempre, os seres humanos utili-

zaram formas de comunicação diversificadas, sendo

uma delas a letra, que não é mais do que um caracter

do alfabeto. Ora, este caracter do alfabeto mais não é

do que, simplesmente, um desenho ou sinal gráfico

com que se representam os fonemas de uma língua.

As letras também têm nomes específicos asso-

ciados ao som. Esses nomes podem diferir conforme

a língua, dialecto e história, mas tendem a acompa-

nhar a sonoridade de cada letra em determinada lín-

gua.

A invenção das letras terá sido precedida pela

escrita semítica ocidental, que apareceu em Canaã

por volta do ano 1000 a.C., ainda que, actualmente,

alguns indícios arqueológicos e respectivos estudos

apontem para uma muito maior ancestralidade.

Praticamente todos os alfabetos actuais têm as

suas origens neste sistema. O alfabeto grego inventa-

do por volta de 800 a.C., é apresentado como o pri-

meiro alfabeto completo, atribuindo letras às con-

soantes e também às vogais.

A letra, em Educação Visual e Tecnológica, é

usada como meio de comunicação escrita e ainda

como forma de comunicação visual.

Existem vários tipos de letra (desenhos) diferen-

tes. Em artes gráficas, a letra deve ser utilizada pen-

sando sempre onde e para que fim vai ser utilizada.

Aprendemos que as letras têm duas dimensões,

são bidimensionais, e que todas as letras de um tipo

de alfabeto têm uma relação entre elas que é dada

pela largura e a altura.

Na aula de EVT, trabalhámos o desenho de letra

com uma aplicação personalizada, criando monogra-

mas como identificação pessoal.

Para mais exemplos desta unidade de trabalho

das Turmas B e H do 5º Ano, consulta o blog Esboço

a Vários Traços (http://lourdes-evt.blogspot.com), da

professora Lourdes Calmeiro.

Poderás ainda pesquisar na internet e apreciar

obras de dois artistas plásticos portugueses que usa-

ram a letra nas suas obras artísticas: João Vieira e

Ana Hatherly.

Profª Lourdes Calmeiro

A Letra em Educação Visual e Tecnológica

Page 6: Jornal Tagarela Dezembro 2010

Página 6 TAGARELA

O Dia-a-dia na Escola

O tabaco é muito perigoso, pois pode causar a morte. Causa também gra-

ves doenças, como o cancro pulmonar. O tabaco não só causa doenças,

como polui o ambiente. Diga não ao tabaco e sim à vida! Se não consegue

deixar de fumar, faça um esforço, por si e pelo nosso ambiente.

Resolvemos tentar saber se há jovens fumadores na nossa escola e fizemos este inquérito.

Claro que a maioria dos alunos que tentámos entrevistar não quis responder. Lá conseguimos,

com algum esforço, obter algumas respostas de um deles:

Equipa do jornal - Olá, como te chamas?

Aluno - Claro que não te vou dizer o meu nome.

E.J. - Quantos anos tens?

A. - Tenho 15, e ando na Conde de Oeiras.

E.J. - Tu fumas?

A. - Sim, fumo com os meus amigos.

E.J. - Há quanto tempo?

A. - Desde os doze anos.

E.J. - Vocês fumam na escola?

A. - Às vezes, às escondidas, claro! Até agora ainda não fomos apanhados!

(risos)

E.J. - Por que razão começaste a fumar?

A. - Olha, experimentei com uns amigos e gostei…

E.J. - E não tens a noção de que te faz mal?

A. - Saber, sei… mas sabe tão bem , com os amigos!

E.J. - Os teus pais sabem que fumas?

A. - Não, não têm nada que saber! Mas acho que desconfiam …

E.J. - Achas que vais parar algum dia?

A. - Para já não penso nisso.

E.J. – Obrigada por teres respondido. Esperamos que fiques a pensar no mal que andas a fazer a ti próprio. Não

leves a mal…

A: - Não levo nada a mal. “Tásse” bem.

Mariana Costa e Leonor Monteiro, 5º G

O perigo do tabaco

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Página 7 TAGARELA

O Dia-a-dia na Escola

Doce de Maçã

Comprámos as maçãs Descascámos

Cortámos Deitámos as maçãs cortadas num alguidar

Pesámos o açúcar e as maçãs Deitámos tudo num tacho e foi ao lume a cozer

O doce está pronto!

Trabalho realizado pelos alunos:

Tomás Delville Tiago Teotónio João Santos

Raquel Conrado Pedro Monteiro Tomás David

No âmbito da comemoração do dia de S. Martinho, os alunos com Currículo Específico, realizaram esta actividade culinária na aula de A.V.D. (Actividades da Vida Diária)

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Página 8 TAGARELA

Escrita Livre

E LÁ VOLTARAM AS AULAS…

Na primeira semana, encontrei velhos amigos e conheci novos. Voltei a poder entrar numa sala de magia, onde

estão várias mesas com cadeiras, todas para os alunos se sentarem e aprenderem coisas fantásticas. Voltei a

poder comprar os lápis, borrachas, afias, canetas, réguas … Voltei a poder olhar para o quadro verde onde o giz

passa e deixa um rasto cor de neve. Voltei a poder abrir os livros e cheirar as páginas cheias de conhecimento. Vol-

tei a poder somar, multiplicar, ler, escrever, desenhar e, o mais importante, aprender. Voltei a poder estudar para os

testes e soltar tudo o que sei neles. Voltei a poder escrever textos com aventuras divertidíssimas. Voltei a poder

maravilhar-me com a natureza e os animais.

Voltei a poder desenhar o futuro…

Bernardo Santos, 6ºE

Raios de sol entram pela janela,

É hoje o dia, é dia de escola,

Conhecer novos amigos,

Ou rever os antigos,

Melhorar os estudos e aprendizagens

Encontrar no mundo novas paisagens

Cambalhotas e trambolhões

Ao longo da vida damos

Recomeçar tudo do início, é coisa de que gostamos.

Maria Miguel Neves – 6º G

Remar pelo mar da angústia até ao outro lado chegar.

Encontrar um ponto luminoso quando estamos às cegas.

Centrar a nossa energia numa coisa que já fizemos, é quase tão difícil como engolir um míssil.

Olhar para o futuro como um chão muito duro, é o que temos de fazer, para podermos aprender.

Molhar os pés num lago a ferver, é tão fácil como ir para a escola aprender.

Escondermo-nos dos problemas, é a pior coisa que podemos fazer, ou os conseguimos enfrentar, ou ficamos em

casa a tremer.

Começar de novo é o que temos de fazer, pois temos de ir para a escola ,estudar e aprender.

Amanhã ninguém pode levar pastilhas.

Rua! É o que a professora nos diz, quando nos portamos mal, ou metemos os dedos no nariz.

Sebastião Neves, 6º E

RECOMEÇAR

Page 9: Jornal Tagarela Dezembro 2010

Escrita Livre

TAGARELA Página 9

Uma vila sem cores Certo dia, em Vila Franca, houve uma grande tem-

pestade. A chuva foi tanta que limpou a tinta às casas

e aos edifícios, inundou jardins e ruas.

A vila ficou sem cores. O sol escondeu-se e o céu

passou a ser cinzento. As pessoas ficaram tristes,

sem vontade para fazer nada.

As pessoas de Vila Franca eram pessoas pobres,

sem dinheiro e que viviam e comiam dos produtos

que a agricultura e a pastorícia lhes davam.

Mas, com a desgraça que tiveram, passavam os

dias a dormir, não comiam, as crianças não iam à

escola nem brincavam. Viviam numa grande tristeza.

Esta história chegou aos ouvidos do Sr. Pereira,

que era dono de uma quinta que tinha muitas perei-

ras. Era um homem rico e feliz, porque as suas

pereiras, todos os dias, davam muitas peras docinhas

e suculentas e conseguia vendê-las todas no merca-

do.

Dinheiro não lhe faltava e, ao ouvir a grande des-

graça em Vila Franca, prontificou-se logo a ajudar.

Quando chegou à vila, não havia ninguém nas

ruas, estava tudo sujo e cinzento, não havia cores.

Indignado e preocupado com a falta do movimento

próprio de uma vila, começou a gritar:

- Ó gente da terra!!! Ó gente da terra!!!

Pouco depois, começaram a abrir-se portas de

casas e a aparecer algumas pessoas. O Sr. Pereira

perguntou:

- O que é que se passa aqui? No meio desta

desgraça, temos que começar a trabalhar, pôr mãos

ao trabalho.

Ao aperceberem-se de que havia uma pessoa

caridosa pronta a ajudá-los, começaram a juntar-se

muito mais pessoas no largo da vila.

Começaram a organizar-se em grupos, arregaça-

ram as mangas e puseram as mãos ao trabalho.

O Sr. Pereira arranjou tintas para pintarem as

casas das mais diversas cores e ferramentas para

reconstruírem tudo aquilo que ficou estragado.

Tudo começou a ficar com cores. Os homens pin-

tavam e arranjavam as casas e as mulheres arranja-

vam bonitas flores para ornamentar as janelas e

enfeitar as fachadas das casas. Arranjaram os jar-

dins, limparam as ruas e plantaram novas árvores, e

muitas delas eram pereiras da quinta do Sr.Pereira.

Todos trabalhavam com alegria e entusiasmo na

reconstrução da vila, que ficou muito colorida e limpi-

nha.

Quando o trabalho acabou, as pessoas da Vila

Franca, em agradecimento ao Sr. Pereira, fizeram

uma estátua com o seu retrato, que colocaram no

meio da praça da vila.

Houve uma grande festa, com muita música e

dança, comida e bebidas.

Convidaram o Sr. Pereira para a festa, mostrando-

lhe a surpresa que tinham feito para ele, a estátua,

agradecendo todo o empenho e interesse em manter

a Vila Franca colorida.

Fizeram - lhe também um convite, nomeando-o pre-

sidente da vila, passando, assim, a vila sem cores a

chamar-se Vila Franca Pereira.

Gonçalo Dias, 6ºE

Page 10: Jornal Tagarela Dezembro 2010

Página 10 TAGARELA

Escrita Livre

Professora Maria Cristina Carvalho (1º ano na escola)

Estava eu a entrar na casa terrivelmente assustadora, abri a porta que chiou e depois…

- Pai, cheguei a casa. - Disse eu.

Logo a seguir, defrontei-me com uma escadaria enorme para ir até à sala. Desci e, de repente, um mostro

meteu-se no meu caminho, não me deixando passar (Resumindo: Desci duas

escadas para ir à sala buscar o computador e a minha irmã chata meteu-se à

minha frente a irritar-me). Quando finalmente me livrei do monstro, agarrei no

PC e subi a enorme escadaria. Depois subi algumas escadas até ao meu

quarto e tive de sofrer uma tortura horrível, os T.P.C.

Primeiro os de Matemática, em que o sinal de multiplicação parecia o sinal

de morte e depois os de Língua Portuguesa, em que as letras me atacavam

por todos os lados. No fim do trabalho de L.P. pedia para fazermos um texto.

Peguei no caderno, atirei-o para o chão, saltei para cima dele e por fim rasguei

-o. Depois de ter soltado a raiva, peguei no computador, liguei-o e abri página

Word (adoro dizer Word). Olhei para o teclado, cocei a cabeça (é o que faço quando estou a pensar) e suspirei:

- “Rasmabrasasca” que não sei o que é que vou escrever...

Bernardo Santos, 6º E

“Rasmabrasasca que não sei o que vou escrever”

No primeiro dia de aulas os meus sentidos estavam despertos. Os olhares e os gestos entrevistos eram curio-

sos, vivos, vibrantes e brilhantes. A realidade era nova, desafiante e, por isso mesmo, sedutora.

No ar respirado sentiam-se desafios e promessas. Promessas veladas, tímidas, ondulantes e trémulas paira-

vam no ar e os desafios espreitavam aliciantes e divertidos.

Os meus sentidos estavam despertos e o caminho começou a delinear-se com compromissos explícitos e

implícitos, misturados com olhares e gestos interessantes, intensos, frementes e luzentes.

As promessas e os desafios mantiveram-se, vivificaram-se e transformaram-se todos os dias.

A memória dos meus sentidos despertos no primeiro dia de aulas está guardada numa caixa de recordações

que se chama esperança.

Sentidos despertos

Eu sou o João Oliveira, sou um rapaz como os outros.Com desejos, com defeitos , com humor. O que eu

quero dizer é…eu não sou perfeito; ninguém é perfeito! Tenho dez anos e nasci naquela tarde de terça-feira do

dia dez de Janeiro do ano de 2000. O meu pai contou-me tudo sobre aquele dia ,desde a manhã linda em que a

minha mãe acordou , até aos gritos de dor dela no parto. Sou apenas um indivíduo de olhos castanhos e cabelo

castanho, não perfeito, com o desejo de ter a paz no mundo . Tenho um peixe chamado Pastelão. Antes tinha

quatro, dois dourados e dois cinzentos .Primeiro morreram os dourados, e depois o primeiro cinza, ou seja,

sobreviveu o Pastelão. Mas todos temos de morrer, e mais, como costumam dizer “o sobrevivente morrerá sem-

pre “. Ando na escola Conde de Oeiras e sou novato, como costumam dizer “caloiro”. Não tenho amigos preferi-

dos, nem inimigos . Opto sempre pela fórmula “Peace and Love”. Espero ser bom aluno; eu acho que sou .

Espero que gostem de mim como sou, porque não vou mudar!

João Oliveira, 5ºD

Quem sou eu?

Page 11: Jornal Tagarela Dezembro 2010

Página 11 TAGARELA

Escrita Livre

A Lenga-lenga do cubo

A Alexandra tem riso de salamandra.

A Ana anda sempre à pancada com a Mariana.

O André bebe água do bidé.

A Beatriz tira macacos do nariz.

O Bernardo é péssimo a lançar o dardo.

A Filipa é alérgica à túlipa.

O Francisco gosta de petisco.

O Francisco Geada perde sempre na charada.

O Francisco Alfaia anda sempre de saia.

O Gonçalo adora tocar o badalo.

O Gonçalo Dias adora perfumarias.

A Inês come arroz chinês.

A Inês Rodrigues não gosta de perdizes.

O João anda de pião.

O João Neves não gosta de percebes.

O José cheira a chulé.

A Leonor está sempre com dor.

A Margarida não quer tomar a bebida.

A Mariana parece uma banana.

O Martim não percebe nada do espadachim.

O Miguel está sempre metido no granel.

O Pedro Pinto gosta de beber vinho tinto.

A Rita é toda catita.

O Rodrigo não tem umbigo.

A Sara gosta de jogar ao jogo da barra.

A Sofia cortou-se num afia.

O Tiago está gago.

O Tomás não gosta de bacalhau à brás.

Gonçalo Dias e Ana Sofia, 6º E

RETRATO DO 6ºE

Um cubo Um cubinho Foi à vila Trouxe vinho Correu, correu Que as pernas esqueceu Caiu numa aresta Não sabia como se safar desta Correu, correu Viu uma linha paralela E logo se distraiu com ela Correu, correu Lembrou-se do vinho Veio o poliedro Partiu-lhe o vidro E o vinho espalhou-se pelo chão Uma face estava com vinho E virou o caminho Comprou um chocolate magno E viu um polígono À pirâmide deu O chocolatinho seu Viu uma linha perpendicular E para ela ficou a olhar O cubinho distraído Que o vinho se esqueceu de comprar.

Filipa Chambel, 5º G

Quando o Outono chega

é só diversão

olhamos a nossa volta

e só há folhas no chão

Vou brincar amanhã

saltar e correr pelas ruas

vou comer romã

e olhar as árvores nuas

Começa a ficar frio

vou agasalhar-me

não quero ter um arrepio

nem constipar-me

O Verão acabou

da praia me vou lembrar

o Outono começou

é tempo de castanhas assar

João Costa, 6º E

O Outono

Page 12: Jornal Tagarela Dezembro 2010

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As Nossas Leituras

Título: “O peixe azul”

Autor: Margarida Fonseca Santos

Editora: Editorial Presença

Assunto:

O livro trata de um menino chamado Daniel, que vivia com o pai, a mãe, a irmã e o avô. Numa certa noite, o Daniel tem um sonho longo: a irmã entrou no quarto que ele partilhava com o seu avô, puxou os cortinados e foi-se embora. Quando olhou para o lado, o Daniel viu um peixe azul a voar. Nem queria acreditar! Tentou mostrar o peixe ao avô. De início, o avô não o via. Depois, quando se concentrou, começou a sentir a cauda dele na mão, depois viu-lhe a barbatana e finalmente viu-o todo. O Daniel deu o nome de “Fish” ao peixe azul e fez uma caixa de cartão para lhe servir de casa. Pintou uma folha A4 toda em tons de azul. O “Fish” deitou-se lá. Então, o Daniel chamou a irmã para ver se ela também conseguia ver o “Fish” ou não. Ela não conseguiu vê-lo e, por isso, o Daniel e o avô chegaram à conclusão de que só eles os dois o viam. O Daniel sonha ainda que vão para a praia de férias, leva o “Fish” numa garrafa, porque ele não parava quieto. Na praia encontraram o “Hugo”. Era o sonho de um cachalote bebé e explicou-lhes que ele e o “Fish” tinham conseguido sair do Mundo dos Sonhos, porque havia um rasgão por onde eles passaram. Eles queriam muito experimentar viver no mundo real. Durante a noite, os dois sonhos levaram o Daniel para os ajudar a fechar o rasgão no Mundo dos Sonhos. E encontraram a Hele-na, outro sonho, e, com a ajuda dela, fecharam o rasgão. Os sonhos regressaram ao seu mundo e o Daniel acor-dou do sonho.

Personagem de que mais gostei:

A personagem de que mais gostei foi o peixe azul, o “Fish”, porque é um sonho divertido e não consegue dizer

sim ou não, que substitui por “parece que sim” ou “parece que não”…

Momento da acção de que mais gostei:

Gostei mais do momento em que o Daniel entrou no Mundo dos Sonhos e, juntamente com alguns deles (a

Helena, o Hugo, o “Fish” e as sensações), “atraíram” o medo, a confusão e a insegurança para o Mundo dos

Sonhos, onde os fecharam, porque foi um trabalho de equipa muito divertido.

Recomendo/Não recomendo a leitura deste livro porque…

Este é um livro que eu recomendo, porque conta a história de um sonho, onde se passam outros sonhos que

se confundem com a realidade.

Dados Biográficos da autora:

Nasceu em Lisboa, a 29 de Novembro de 1960.Tirou o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional,

tendo como objectivo ser professora de Formação Musical no ensino vocacional. Deu aulas em várias escolas,

nomeadamente na Escola Superior de Música de Lisboa entre 1990 e 2005. Começou a escrever em 1993 e nes-

te momento dedica-se a tempo inteiro à escrita. Tem vários livros publicados, na sua grande maioria para crianças

e jovens, e escreve com regularidade para teatro. Orienta ateliês de escrita com crianças, adultos e professores

(Escrita Criativa, Escrever teatro para Crianças e Jovens,). Publicou, em co-autoria com Elsa Serra, o manual de

Escrita Criativa “Quero ser escritor!”. É membro fundador do “Clic - Clube de Literatura, Ilustração e Companhia”.

Foi responsável pela coluna “Crescer a ler” do Suplemento de Educação do Jornal de Letras e pelo apontamento

“Bicho-de-conta” (contos para crianças) na Antena 1, Programa “À volta dos dias”. Ganhou vários prémios de

onde se destacam Prémio Revelação Ficção APE/IPLB e Prémio Nacional do Conto Manuel da Fonseca (1996).

Paralelamente, trabalha treino mental para a performance, bem como o uso pedagógico e terapêutico da metáfo-

ra.

Gonçalo Cordeiro, 6º E

O PEIXE AZUL

Ficha de leitura

Page 13: Jornal Tagarela Dezembro 2010

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Visitas de Estudo

No dia 4 de Novembro, os alu-

nos de E.M.R.C. foram a Fátima, à

casa dos pastorinhos, e ao local

onde apareceu o Anjo. Na visita, o

grupo foi à Basílica, à Capela da

Aparição, ler três orações e à igreja

da Santíssima Trindade. Viram

também um filme que explica a

história do aparecimento de Nossa

Senhora. Foram a casa do

Francisco e da Jacinta(dois dos

três pastorinhos), e da Lúcia.

Receberam um terço com o qual

rezaram no autocarro, no regresso

para a escola. Como se a alegria

de visitar Fátima não bastasse, os

alunos de E.M.R.C. também vão

fazer vários desenhos que vão ser

expostos no Centro de Recursos, e

também um outro trabalho em

banda desenhada, que explique, a

quem não sabe, a história de

Fátima.

Paula Nunes, 6º C

VISITA AO SANTUÁRIO DE FÁTIMA

No dia 4 de Outubro, a turma do 5º B e do 6º

H foram visitar o museu da Presidência da República,

acompanhados pelas suas respectivas Directoras de

Turma.

Quando chegámos, vimos dois soldados a

guardar o museu.

Ao entrarmos, passámos por umas máquinas, para

ver se tínhamos alguma arma e, ao longo do corre-

dor, havia lembranças do museu.

Depois entrámos numa sala onde havia

objectos que os Portugueses trocaram com outros

países, onde encontrámos uma poltrona de madeira.

Ao subir as escadas, encontrámos uma bela

estrutura feita de ouro, que todos admiraram pela sua

perfeição e riqueza. Noutras salas ao lado, estavam

todos os presidentes que por lá passaram e também

algumas espadas e escudos.

Andámos por vários corredores e vimos

alguns pertences de José Saramago, como por

exemplo: óculos, caneta, relógio…

Vimos que Amália Rodrigues foi condecorada

pelo Presidente da República (Mário Soares) em

1986, vimos a taça Manuelina, a Emissora Nacional,

o relógio de bolso do Almirante Mendes Cabeçadas e

também, logo ao início, vimos o Gomil de Portugal do

século XVI (1520- 1540) uma colecção que foi usada

no banquete do Mosteiro de Alcobaça.

Ao sair das salas fomos para o jardim onde

havia uma grande fonte, e lá lanchámos.

Gostámos muito desta visita, porque aprende-

mos muita coisa! Ana Filipa Novo, 5ºB

Visita ao museu da presidência da república

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Visitas de Estudo

Visita ao Museu Nacional de Arte Antiga

No dia 26 de Outubro, a minha turma,

6º C, foi fazer uma visita de estudo ao Museu Nacio-

nal de Arte Antiga, que fica em Lisboa, na Rua das

Janelas Verdes.

Entrámos no Museu e pusemos as mochilas

e as camisolas nos cabides que havia no lado

esquerdo da entrada, e ficámos à espera da monito-

ra. Enquanto esperávamos pelas professoras que nos

acompanharam, começaram a tirar fotografias de tur-

ma.

Passado um pouco chegou a monitora, que

nos indicou o que íamos ver. Fomos para o 1º piso e

vimos quadros, esculturas de marfim, a Custódia de

Belém, e muitas outras peças do Séc. XVI. Certas

peças vieram de terras descobertas pelos Portugue-

ses.

Eu gostei muito e acho que valeu a pena a

visita e a nossa monitora explicou e tirou todas as

dúvidas que tínhamos.

David Bustorff Silva, 6º C

Custódia de Belém

No dia 2 de Novembro de 2010, as turmas do 6º G e do

6º H realizaram uma visita de estudo à Caravela “Vera Cruz”, que

se encontra no cais de Alcântara, tendo sido acompanhadas

pelas professoras Manuela Prudêncio, Carla Fernandes, Ana

Maria Conceição e Angelina Monteiro.

Os alunos visitaram várias partes do barco e puderam ver

alguns objectos da época e também especiarias, como por exem-

plo, a canela, a noz-moscada e a pimenta. Viram também a cana-

de-açúcar e a malagueta. Realizaram ainda uma pequena drama-

tização de uma história do tempo de

D. Manuel I, que envolvia a sua segunda mulher, Pedro Álvares

Cabral, Pero Vaz de Caminha e a sua esposa.

A visita de estudo foi muito interessante, pois os alunos aprenderam muitas coisas: puderam observar

como era o vestuário da época, como se falava, os instrumentos náuticos e a higiene dos tripulantes dos navios.

Inês Sanches e Sofia Santos, 6ºH

Visita à Caravela “Vera Cruz”

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Saber Mais

A Obesidade é considerada pela OMS como uma doença, estando catalogada como tal no CID (código internacional de doenças).É carac-terizada pelo excesso de massa gorda de um indivíduo.

É considerado normal que um indivíduo apresente cerca de 20% do seu peso em massa gorda. A massa magra corporal é formada pelos órgãos, músculos, ossos e água muscular. Representa cerca de 80% do peso.

O excesso da massa gorda está relacionado com uma ingestão de calorias maior que a queima calórica.

A obesidade pode ter características genético - hereditárias, ou ainda estar relacionada com certas doenças.

(Continua...)

Hoje em dia é cada vez mais preocupante a quantidade de jovens (e não só…) que se alimenta muito mal e,

por isso, poderá vir a sofrer de algum distúrbio alimentar. A equipa do Jornal achou que seria interessante

pesquisar sobre este assunto, tendo como objectivo alertar os jovens da nossa escola para os perigos de

uma alimentação pouco saudável. Decidimos então falar um pouco sobre estes distúrbios: obesidade, ano-

rexia e bulimia.

DISTÚRBIOS ALIMENTARES

Obesidade

Os sintomas da bulimia são variados, graves e podem causar lesões que são difíceis de curar.

Alguns sintomas da bulimia são: Depressão Fadiga Arritmia cardíaca Irregularidade menstrual Ossos e dentes frágeis A pessoa com bulimia chega a ingerir, numa hora, em calorias, o que devia

consumir durante um dia inteiro. Sente-se culpada pelo excesso de consumo de alimentos e, para não ficar

com mais peso, o doente provoca o vómito, usa laxantes e pratica exercício físico em excesso.

O continuar deste tipo de acções permite a manutenção do peso em níveis normais ou um pouco acima, e ainda apresentar uma imagem aparentemente saudável. Pensando ser saudável, a pessoa continua a provocar o vómito. A pessoa não se dá conta da doença que tem e as outras pessoas acham o mesmo, pensando que a outra é saudável. Por isso é que a bulimia é uma doença que pode prolongar-se no tem-po.

Esta doença acontece mais com os adolescentes do sexo feminino. Os comportamentos típicos da bulimia são: Comer às escondidas; Ingerir compulsivamente alimentos excessivamente calóricos; Fazer grandes jejuns; Usar laxantes e diuréticos; Induzir o vómito; Praticar obsessivamente exercício físico.

Bulimia

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Saber Mais

Curiosidades

A Anorexia é um transtorno alimentar no qual os jovens lutam pela sua magreza, o que leva a pessoa a recorrer a estratégias para perder peso. As pessoas anorécticas apresentam um medo intenso de engordar, mes-mo estando extremamente magras. Em 90% dos casos, atinge mulheres adolescentes e adultas jovens, na faixa dos 12 aos 20 anos. É uma doen-ça com riscos clínicos, podendo levar à morte por desnutrição.

O ideal é mesmo uma alimentação saudável, rica e variada!

A equipa do jornal

Bernardo, Gonçalo Cordeiro, Gonçalo Dias e João Costa, 6º E

(Continuação)

Anorexia

Se todos os cachorros quentes consumidos pelos americanos num ano fossem enfileirados, poderia ser feita

uma "ponte" que daria duas vezes a distância da Terra até a Lua.

A ovelha Dolly tem esse nome porque ela foi criada a partir de uma célula da glândula mamária da mãe, e em

homenagem aos grandes seios de Dolly Parton.

Sabias que piscas os olhos aproximadamente 25 mil vezes

por dia?

Os CDs foram concebidos para comportar 72 minutos de

música porque essa é a duração da Nona Sinfonia de

Bethoven.

Está provado que o cigarro é a maior fonte de pesquisas e

estatísticas.

Relâmpagos matam mais do que vulcões, furacões e terra-

motos.

O forno de microondas surgiu quando um pesquisador que

estudava as microondas (não o aparelho)percebeu que

elas haviam derretido o chocolate que estava no seu bolso.

As abelhas estão a desaparecer em Portugal e no mundo.

Nem cientistas, nem especialistas conseguem arranjar uma explicação.

O material mais resistente criado pela Natureza é a teia de aranha.

Os Astronautas não podem comer feijão antes das suas viagens, pois os gases podem danificar as roupas espa-

ciais.

15% das mulheres americanas mandam flores para si mesmas no dia dos namorados.

Pesquisa de Rodrigo Silva, 5º I

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Comemorações

Entre os dias 11 e 15 de Outubro, os alunos da Escola Conde de Oei-

ras realizaram vários trabalhos para comemoração de uma data que

consideram tão importante.

A Alimentação Saudável é uma condição essencial para a Saúde de

todos nós!

O que foi feito? - Slogans para a construção de folhetos a serem distribuídos pela comuni-

dade escolar, no dia 15 de Outubro; - Cartazes apelativos sobre a importância da SOPA na Alimentação Equili-

brada, expostos no bufete dos alunos e também nas salas de aula; - Trabalhos em PowerPoint, para serem visualizados na turma, e alguns expostos junto ao Centro de Recursos; - Um jogo com questões sobre a Roda dos Alimentos a decorrer durante o intervalo das 9:45 h de dia 15 de Outubro, no bufete e distribuição de alimentos saudáveis (leite, bolacha Maria e maçãs) pelos alunos que dêem respostas correctas; - Pequena exposição alusiva ao tema, no Centro de Recursos, com mostra de livros, alimentos saudáveis e pequenos cartazes com os slo-gans construídos pelos alunos. Está ainda prevista, pelas professoras de Ciências, uma actividade de Intervenção no Bufete dos Alunos, com vista a uma análise crítica aos produtos vendidos e propostas de intervenção. Esta actividade iniciada na semana de 11 a 15 de Outubro vai decorrer ao longo do ano.

As professoras de CN da Escola

16 de Outubro Dia Mundial da Alimentação

Exposição de trabalhos

Na sala de Professores também se come-

morou o dia Mundial da Alimentação!

O SÃO MARTINHO

Os três da vida airada ao magusto vão ter, o vento, as nuvens e a chuva vão dançar, comer e beber.

Vou tirar a rolha à garrafa que tem vinho, porque amanhã é dia de S. Martinho.

Vão fazer a matança do porco, mas eu na cama vou ficar só volto quando for para assar castanhas e festejar.

Do pinheiro saem as pinhas das pinhas, saem os pinhões com isto no Outono se fazem grandes celebrações.

Luís e Joana, 5º B

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Espaço dos Mais Novos

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.

As educadoras: Anabela Nozes (sala1)

Mª Conceição Monteiro (sala 2)

Mº do Rosário Oliveira (sala 3)

O tema foi lançado com o visionamen-

to de filmes a preto e branco nos qua-dros interactivos.

Os pais participaram, com os filhos, na decoração de chapéus e

trouxeram objectos e informação relativa à época da República.

Trabalhando também a matemática, todas as crianças fizeram 100 velas, para que

apreendessem a noção do tempo que já passou.

Foi feita uma drama-

tização pelas educa-

doras, consistindo

numa entrevista à

figura do Rei e do

Presidente, salien-

tando as diferenças

entre a monarquia e

a República em inte-

racção com as crian-

ças.

Para culminar, fizemos um desfile de cha-péus pelas salas da EB1 Sá de Miranda e todos levaram para casa o jornal “O Cente-nário”.

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Espaço dos Mais Novos

TAGARELA Página 19

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ÚLTIMA HORA

14 de Dezembro

Irão realizar-se, na Escola, diversas actividades orga-nizadas pelos vários Depar-tamentos

No Pavilhão A, um piqueni-

que, teatro de Fantoches,

Pregões, Cenár io v ivo

“Vivenciar um dia há cem

anos”, Jogos tradicionais.

Na sala B8, um sketch,

“Namorar há cem anos…E

agora!”

Na sala A8, mostra de mate-

rial de laboratório.

Na sala Multiusos, um filme

em inglês de Sherlock Hol-

mes.

Na sala de Informática, um

filme sobre a época - Buster

Keaton.

No Centro de Recursos, pro-

jecções sobre Moda, Vida há

cem anos e Temas da época,

Passagem de modelos e des-

files de chapéus e ainda,

Hinos Nacional e da Maria da

Fonte.

Peddy-paper “Caça ao tesou-

ro republicano”, no BECO

Visita de estudo (intercâmbio

com a Esc. Passos Manuel).

Exposições várias nas vitri-

nas, patamar, centro de recur-

sos e salas de aula.

A coordenadora de Projectos

Profª Arménia Pragosa

Era uma tarde de quase Dezembro: fria, mas agradável para quem gosta de passear e passar por ruas e sítios, com convite ou sem ele!

Foi então um convite especial que me levou ao Centro Cultural Palácio do Egipto: “Vai ver os trabalhos dos teus alunos – são trabalhos alusivos à Implantação da República”.

Uma primeira parte da exposição, d o c um e n t a l , d e i x av a a l g u n s pormenores de um quotidiano de época, sempre com algo ainda não ouvido ou, se ouvido, que vale a pena recordar.

“Passe Cidadão” foi a frase aproveitada para dar nome à Exposição. E, por entre os documentos históricos, os pequenos (ou talvez não) cidadãos do 9º Ano da Escola EB 2.3 Conde de Oeiras “passaram” de forma criativa: T-shirts brancas ostentavam com jovialidade e até orgulho republicano (com humor) motivos da Nova República de 5 de Outubro de 1910.

Gostei da arte (também reconheci a professora de EV) e uma certa emoção perpassou comigo ao percorrer as salas das camisolas e onde não faltaram algumas placas identificativas das ruas da República – pareciam verdadeiras!

Gostei do convite (aproveito para agradecer) e gostei da participação da Escola. Parabéns aos alunos do 9º Ano e à tal professora de E.V.,Rita Viana, que marcou presença!

Profª Irene Cardona

EXPOSIÇÃO “Passe Cidadão”

Centro Cultural Palácio do Egipto – Oeiras

Fátima na vida das Pessoas em 100 Anos de República

Integrado nas comemorações dos 100 Anos da República, a nossa Escola promoveu o Colóquio “Fátima na vida das Pessoas em 100 Anos de República”. A sessão realizou-se no auditório do Centro Paro-

quial de Santo António de Nova Oei-ras, no dia 30 de Novembro. Foram oradores a Dra. Aura Miguel, D. Car-los Azevedo, Dra. Ângela de Fátima e o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa. Reflectiu-se sobre o fenómeno portu-guês "mais conhecido no mundo": Fátima. A Autarquia esteve muito bem repre-

sentada pelo Sr. Presidente da Câmara de Oeiras, Sr. Vice-Presidente, as Sras. Vereadoras Luísa Carrilho e Elisabete Oliveira, o Sr. Presiden-te da Junta de Freguesia e a Sra. Chefe de D. de Educação da CMO. Estiveram ainda presentes o Sr. Intendente do Comando Distrital da PSP, a Dra. Maria Barroso, a Sra. Directora do Centro de Formação de Escolas do Concelho de Oeiras, representantes da Fundação Aristides de Sousa Mendes, Directores dos Colégios Maristas de Carcavelos e Salesianos do Estoril, etc.

Estiveram presentes mais de 450 pessoas (avós, pais, professores, alunos...). No final houve quem exclamasse: Todas as escolas deviam ser assim…! Obrigado!

Prof. José Baptista