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1 Fevereiro 2015 pág 5 Silves Alterações ao trânsito Recolha de medicamentos Algoz pág 5 XIII BTT GAGAG Alcantarilha pág 13 Tunes Obras de Polidesportivo avançam pág 5 Sociedades de Alcantarilha, S. Marcos da Serra, Silves e Messines comemoram aniversários p 2 e 3 Messines Poeta João de Deus dá mote para atividades durante todo o mês de Março p 13 Centenário do poeta António Pereira comemorado em Armação de Pêra p 13 Refood Algoz/Tunes inaugurou instalações Agora procura voluntários p 7 Castelo de Silves com mais de 200 mil visitantes em 2014 Vai receber intervenção Armação de Pêra recebe veículos clássicos p 8 p 20 Pub. [email protected] SILVES 2020 JORNAL DO CONCELHO DE SILVES www.imprensaregional.com.pt/terra_ruiva Fevereiro de 2015 ANO XIII - Nº 163 0.70 Euro Publicação Mensal Diretora: Paula Bravo PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL No 1º domingo de cada mês Começou o processo de definir a estratégia de Desenvolvimento Local de Base Comunitária que abrange no nosso concelho, a cidade de Silves, e as freguesias de Silves, S. Bartolomeu de Messines, S. Marcos da Serra, Algoz/ Tunes, Alcantarilha/Pêra e Armação de Pêra. A Câmara Municipal já assinou parcerias com várias entidades. Agora, os cidadãos também são chamados a participar. SILVES CIDADE 2020 p 9

Jornal Terra Ruiva - Jornal do Concelho de Silves

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Edição de Fevereiro 2015 N. 163

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Page 1: Jornal Terra Ruiva - Jornal do Concelho de Silves

1Fevereiro 2015

pág 5

SilvesAlterações ao trânsito Recolha de

medicamentos

Algoz

pág 5

XIII BTT GAGAGAlcantarilha

pág 13

TunesObras de Polidesportivo

avançampág 5

Sociedades de Alcantarilha, S. Marcos da Serra, Silves e Messines comemoram aniversáriosp 2 e 3

MessinesPoeta João de Deus dá mote para atividades durante todo o mês de Março

p 13

Centenário do poeta António Pereira comemorado em Armação de Pêrap 13

Refood Algoz/Tunes inaugurou instalaçõesAgora procura voluntáriosp 7

Castelo de Silves com mais de 200 mil visitantes em 2014Vai receber intervenção

Armação de Pêra recebe veículos clássicos

p 8

p 20

Pub.

[email protected]

SILVES 2020J O R N A L D O C O N C E L H O D E S I L V E S

www.imprensaregional.com.pt/terra_ruivaFevereiro de 2015 ANO XIII - Nº 163

0.70 Euro

Publicação Mensal

Diretora: Paula Bravo PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

AUTORIZADO A CIRCULAREM INVÓLUCRO FECHADO

DE PLÁSTICO OU PAPELPODE ABRIR-SE PARAVERIFICAÇÃO POSTAL

No 1º domingo de cada mês

Começou o processo de definir a estratégia de Desenvolvimento Local de Base Comunitária que abrange no nosso concelho, a cidade de Silves, e as freguesias de Silves, S. Bartolomeu de Messines, S. Marcos da Serra, Algoz/Tunes, Alcantarilha/Pêra e Armação de Pêra.A Câmara Municipal já assinou parcerias com várias entidades. Agora, os cidadãos também são chamados a participar.

SILVESCIDADE2020

p 9

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2 Fevereiro 2015Geral

Sociedades do Concelho festejam aniversáriosFesta em S. Marcos da Serra, Alcantarilha, Silves e MessinesTodas na “casa dos 80”, as Sociedades de S. Marcos da Serra, Alcantarilha e Silves festejaram há poucos dias os seus aniversários. O mês de fevereiro encerra com a festa em Messines.Entretanto, nas sociedades de Alcantarilha e de Messines houve também eleições para os novos Corpos Sociais.

A Sociedade de Recreio e Instrução de S. Mar-cos da Serra cantou os parabéns, na celebração do seu 83º aniversário, no dia 31 de janeiro.

A festa realizou-se na sede da Sociedade, com um baile, com a acordeonista Rita Melo e com a atuação do grupo de música tradicional portuguesa, os Alma Serrana e a presença de centenas de pessoas, entre as quais se destaca a presença da presidente da Câmara, Rosa Palma; da vereadora da Cultura, Luísa Luís, e do presidente da Junta de Freguesia de S. Marcos da Serra, Luís Cabrita.Relembre-se que esta coletividade enfrentou um pe-ríodo prolongado de dificuldades, durante o qual es-teve encerrada, mas, com uma direção eleita recen-temente, tendo como presidente Lúcio Tomé, está apostada em trabalhar para recuperar as iniciativas que marcavam a vida da comunidade local.

83 ºAniversário da Sociedade S. Marcos da Serra

O presidente da Sociedade, Lúcio Tomé, cortando o bolo de aniversário com o presidente da Junta, Luis

Cabrita (da esquerda para a direita) Sala cheia para o baile de aniversário

Um programa especial – devido ao “significado da data” - assinalou o 80º

aniversário da Sociedade Recrea-tiva Alcantarilhense, fundada a 31 de janeiro de 1935.A festa teve lugar no Hotel Capela das Artes, em Alcantarilha e con-tou com a participação dos atuais corpos sociais, bem como de diver-sas individualidades e sócios. Fo-ram aliás os sócios, especialmente os mais antigos, que estiveram no centro desta comemoração, tendo sido homenageados os cinco só-cios mais antigos, bem como todos aqueles que já fizeram parte dos corpos sociais desta coletividade, e que se encontravam presentes nes-ta noite.

Após abertura do evento, feita pelo presidente da direção, José Manuel Brito Estêvão, seguiu-se o discurso de boas-vindas feito pelo presiden-te do Conselho Fiscal, Alexandre da Costa, coordenador e apresen-tador do evento.A festa contou com um jantar e um programa de animação com o Grupo de Cantares de Janeiras da Sociedade Recreativa Alcanta-rilhense, a que se seguiu a atuação da fadista Raquel Peters que tem “uma forte ligação emotiva a esta coletividade”, como foi dito pelo sócio Manuel da Conceição Cae-tano.No final, depois de se cantar os parabéns e de se cortar o bolo de aniversário, atuou ainda o grupo musical de Luís Galrito & An-tónio Hilário, “com muita música para dançar e cantar pela noite dentro…”De destacar a presença de várias entidades nesta comemoração, nomeadamente: Rosa Palma, pre-sidente do Município de Silves; Luísa Luís, vereadora da Cultura, Educação e Juventude; Analídio

80º aniversário da Sociedade de AlcantarilhaBrás, presidente da Assembleia Mu-nicipal; Alexandra Gonçalves, dire-tora Regional da Cultura do Algarve; João Palma, presidente da União de Freguesias de Alcantarilha e Pêra; Ro-berto Cabrita, presidente da mesa de Assembleia da União de Freguesias de Alcantarilha e Pêra; Vítor Carapinha, representante da Confederação Por-tuguesa das Coletividades; bem como representantes das coletividades da Freguesia; Carlos Ferreira Silva, dire-tor do Agrupamento de Escolas Silves Sul; comandante Ribeiro, da G.N.R; e padre Manuel Coelho, pároco de Al-cantarilha e Pêra e Provedor da Santa Casa de Misericórdia de Alcantarilha.

O presidente José Brito Estêvão juntamente com alguns sócios frente ao gigantesco bolo de aniversário

João Matias, Alexandre Costa, José Estêvão, Rosa Palma, Luísa Luís, Isabel Cabrita e Duarte Silva

Aspeto geral da festa

Novos Corpos Sociais da Sociedade de AlcantarilhaNo dia 18 de janeiro, em Assembleia Geral Ordinária, tomaram posse os seguintes Corpos Sociais para o biénio 2015/2016.

Assembleia GeralPresidente - Armindo Gonçalves do Carmo1º Secretário - José Maria Boto Machado2º Secretário - Vítor Manuel Lourenço dos Santos

Conselho FiscalPresidente - Alexandre Manuel Reis da CostaSecretário - Ricardo Jorge Lima EstevãoVogal - Tiago Filipe Vieira Abrunhosa

DireçãoPresidente - José Manuel Brito EstevãoVice-Presidente - Duarte João Guerreiro SilvaTesoureiro - João Filipe Melo dos Santos BritoSecretário - Ricardo Jorge Cristóvão Machado1º Vogal - Roberto Nuno Santos Cabrita2º Vogal - Raul André Mimoso dos Santos3º Vogal - Hugo João Brito Vieira da Silva

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3Fevereiro 2015Informação

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Sociedades do Concelho festejam aniversáriosFesta em S. Marcos da Serra, Alcantarilha, Silves e Messines

A encerrar este ciclo de ani-versários, a Sociedade de Instrução e Recreio Mes-

sinense comemora no dia 24 de fe-vereiro o seu 86º aniversário, com uma festa que se realizará no dia 28 de fevereiro.O ponto central deste aniversário será o agradecimento que a cole-tividade irá fazer a um grupo de sócios mais antigos, sendo que al-guns deles desempenharam cargos

A “equipa” da Sociedade Filarmónica Silvense O presidente Abílio Silva recebendo uma placa comemorativa do aniversário entregue pela

presidente da Câmara, Rosa Palma

82º Aniversário da Sociedade Filarmónica Silvense

A Sociedade Filarmónica Silvense comemo-rou o seu 82º aniversário com uma festa que teve lugar no dia 8 de fevereiro.

Num almoço convívio que juntou centenas de pes-soas, entre as quais a presidente da Câmara de Sil-ves, Rosa Palma, não faltou a animação e a sentida homenagem a Abílio Silva, presidente da Socieda-de Filarmónica Silvense, há praticamente três dé-cadas. O presidente foi homenageado pela própria coletividade, pela “dedicação e amizade com que serve esta associação e pela sua valiosa contribui-ção para o seu engrandecimento como Presidente da Direção”. O Duo Musical “Mitos Reais” animou a tarde a se-guir ao almoço convívio.

86º Aniversário da Sociedade de Instrução e Recreio MessinenseNovos Corpos Sociais da Sociedade de MessinesNo dia 28 de janeiro foram eleitos os novos Corpos Sociais da Sociedade, para o biénio 2015/2016, ficando assim constituídos:

Assembleia Geral Presidente- Paulo António da Palma Gonçalves Gomes 1º Secretário- Lisete da Conceição Neves Martins2º Secretário- Maria de Lurdes Silva Cabrita Martins

nos órgãos sociais anteriores.O aniversário tem inicio às 15h, na sede da Sociedade, e pelas 16h, haverá também um espetáculo musical.No final haverá um lanche conví-vio, com um bolo de aniversário.

DireçãoPresidente- Ana Paula Neves Piçarra Bravo Secretário- Jorge Estevão Correia Tesoureiro- Maria Fernanda Vieira Martins Caetano1º Vogal- Carminda Louro Nunes Fiadeiro 2º Vogal- Filipe Manuel Matias Correia

Conselho FiscalPresidente- Luciano Neves Piçarra BravoRelator- Mónica João Reis Gonçalves1º Secretário- Bruno Miguel Cabrita Correia Cortes

Diz-se que são três dias para se fazer um intervalo das preocupações do dia a dia, e foi assim o Carnaval 2015, no concelho de Silves, com destaque para os cortejos em S. Bar-tolomeu de Messines e Armação de Pêra.Duas festas diferentes, mas iguais na sua essência de divertimento e folia, com carros alegóricos, fatos e máscaras para todos os gostos e idades, e tudo o mais que a imaginação permitiu.No final da festa, feito o enterro do Entrudo, fica o res-caldo da festa que, sublinhe-se, só tem sido possível com o trabalho voluntário de muitas pessoas e a colaboração de autarquias, associações, entida-des oficiais, empresas e comércio local. ( Devido ao fecho da edição, antes do evento, não nos é possível apresentar o balanço destas iniciativas, o que faremos no próximo número).

E o Carnaval foram três dias…

A Assemble ia M u n i c i p a l de Silves

irá reunir no dia 27 de fevereiro, às 21h, numa sessão que se realizará na Casa do Povo de Alcantarilha, Pêra e Armação de Pêra.A sessão é aberta ao público que poderá colocar as suas questões no início da reunião.

Assembleia Municipal reúne em Alcantarilha

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4 Fevereiro 2015Opinião

Desenvolvimento Local

Tomar Partido

Francisco Martins

Ficha TécnicaDirectora: Paula Bravo.Redacção: Francisco Martins, José Carlos Xavier. Director Financeiro: Francisco Martins (TLM- 918 700 152). Colaboradores: António Eugénio, António Guerreiro, Aurélio Nuno, Carlos Vargas, Eugénio Guerreiro, Estela Louçã, Gabriela Martins, Helena Pinto, José Manuel Vargas, Maria José Grade da Encarnação, Maria Lúcia Santos, Maria Luísa Anselmo, Mónica Gonçalves, Paulo Silva, Rogélio Mena Gomes, Teodomiro Neto. Redacção, Administração e Publicidade: Rua da Fábrica, nº 3; 8375 -

147, S. Bartolomeu de Messines, TLM: 962856922, e- mail: [email protected], www.imprensaregional.com.pt/terra_ruiva. Design gráf ico e pré-impressão: Bruno Cortes. Impressão: FIG-Indústrias Gráfica, S.A. - Coimbra. Periodicidade: Mensal. Tiragem: 1500 exemplares. Propriedade: Associação de Desenvolvimento do Concelho de Silves “Pé de Vento” – NPC 504606867. Registado no Instituto de Comunicação Social com o número 123511. Depósito Legal nº 153123100. Os artigos de opinião são da responsabilidade dos seus autores.

EditorialPaula Bravo

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Por vezes passa-se a ideia de que o desenvolvimento local, que numa descrição

singela, se mede pelos níveis de satisfação das necessidades básicas das comunidades, pelo acesso ao emprego, à educação, à saúde, à ha-bitação, às artes, à cultura, recrea-ção, lazer, atividade física e despor-to, pelas condições e qualidade de vida dos cidadãos, que por sua vez reflete determinada composição da estrutura produtiva, que gera volu-me de riqueza num dado territó-rio municipal, pode ser abordado fora do contexto geral do país e da análise sistémica, enfatizando e sobrevalorizando os recursos en-dógenos, que vai das competências do poder local, até ao propalado empreendedorismo e voluntarismo de outros atores da microrregião. Na realidade atribui-se com algu-ma frequência, por razões políticas diversas, ignorância ou distração, um papel exagerado aos municí-pios no domínio da problemática do desenvolvimento local, quando a sua capacidade real de influência e intervenção na implementação de um modelo de desenvolvimento circunscrito ao território do con-celho ou das freguesias, quer seja em sede de alteração do aparelho produtivo, quer na captação de in-vestimento, na criação de riqueza e emprego, é comprovadamente li-mitada, na linha das competências e recursos disponíveis de que goza e na medida em que as grandes opções macroeconómicas, o mo-delo de desenvolvimento regional e nacional, os compromissos exter-nos, a inserção do país no processo da globalização capitalista, são di-tados pelas políticas e orientações

ideológicas dos governos centrais. Veja-se o que tem acontecido ao aparelho produtivo desde a ade-são do país à CEE em 1986 que se traduziu na destruição progressiva da agricultura, pescas e indústria e que tudo condiciona. Com isto não se pretende escamo-tear o importante papel dos muni-cípios no desenvolvimento local Na verdade, todas as medidas de política municipal que são toma-das como a construção e remode-lação das infraestruturas básicas (abastecimento de água, sanea-mento, rede viária), os trabalhos de reabilitação urbana, a construção e requalificação de equipamen-tos sociais, a salvaguarda, defesa e valorização do património, a in-tervenção nas áreas da educação, habitação, ação social, desporto, cultura, o apoio ao associativismo, a limpeza e a higiene pública, a política fiscal, o regime de taxas e licenças, o planeamento e ordena-mento do território, a qualidade do serviço público prestado, iniciativas como a criação de gabinetes para o apoio direto e personalizado aos investidores, a promoção de plata-formas logísticas, planos diretores municipais que não sejam “travão” e equacionem de forma dinâmica os problemas sociais, económicos e territoriais do concelho, e funcio-nem como instrumentos estratégi-cos de apoio às oportunidades de desenvolvimento, etc., concorrem para o desenvolvimento local, para o bem-estar e reforço da competi-tividade do território do concelho.A par do papel dos municípios e dos agentes económicos residentes que representam uma condição necessária mas insuficiente para enfrentar o desafio do desenvolvi-mento local nas vertentes da ativi-dade produtiva, do emprego e do combate às desigualdades, é deter-minante que as políticas governa-mentais fomentem o crescimento económico (aproveitando os re-cursos nacionais e promovendo a coesão social e territorial), em vez da austeridade, do confisco fiscal e

da recessão que tudo esmaga à sua passagem. Não é decerto, num am-biente como o atual, caraterizado pelo encerramento e falência de empresas, onde impera a descrença e a desconfiança, a quebra brutal dos rendimentos das famílias, a li-quidação da chamada classe média e a restrição do mercado interno que se propicia o lançamento de novos negócios. Usa-se a abusa--se do milagroso micro empreen-dedorismo como solução para o emprego, o aumento da produção e dos rendimentos, omitindo-se as consequências das políticas eco-nómicas e sociais que devastam o tecido empresarial e contrariam, precisamente, o lançamento de novos investimentos. Não desvalo-rizando a instalação e a viabilidade de pequenos negócios, que inte-gram o normal funcionamento da economia de mercado que se reno-va, é justo referir que boa parte dos novos candidatos a empresário são consequência da crise económica, do desemprego e do desespero, não dispondo de requisitos e per-fil para a nova condição e, por isso, condenados ao fracasso. Torna-se imperioso desmontar a ilusão de que o problema do emprego e da transformação do aparelho produ-tivo, se resolve por essa via. O desafio do desenvolvimento socioeconómico local está a lé-guas de se resolver localmente, para mais quando as próprias au-tarquias são sujeitas ao contínuo incumprimento da Lei das Finan-ças Locais (cortes nas transferên-cias), a tentativas de descentrali-zação de competências sem as res-petivas contrapartidas financeiras, bem como a restrições graves à sua própria autonomia. Finalmente, é preciso vincar que são as empresas dos vários setores da atividade eco-nómica que criam riqueza e geram emprego, e em última análise, ga-rantem e consolidam o desenvolvi-mento dos territórios locais, desde que as políticas dos governos cen-trais sigam um rumo substancial-mente diferente do atual.

Em Março de 2015, S. Bar-tolomeu de Messines co-memora o aniversário de

uma figura histórica, só na aparên-cia consensual.João de Deus, poeta e autor da Cartilha Maternal, método de leitura que serviu largas gerações, conseguiu em vida receber não só uma recompensa monetária pelo seu árduo trabalho, como uma re-compensa moral ao ser homena-geado pelo rei D. Carlos e pelos estudantes de Coimbra. No final, teria ainda outra distinção, ao ser sepultado no Panteão Nacional, na Igreja de Santa Engrácia, em Lis-boa.Muito justamente, há anos que os messinenses se têm encarregue de não deixar morrer a memória des-ta ilustre personalidade, que, com a sua Cartilha Maternal, em mui-to contribuiu para o combate ao analfabetismo que à época atingia 80 por cento da população portu-guesa. As escolas móveis criadas por Casimiro Freire seriam a peça que iria levar o método de João de Deus à mais pequena aldeia, ao lugar mais recôndito, não só em Portugal mas até ao Brasil e àque-la que era então conhecida como a África Portuguesa.Alfabetizar era então a arma mais eficaz para o desenvolvimento, de acordo com a perspetiva socialista e republicana de que a educação ti-nha (tem) o poder de transformar os indivíduos e a sociedade. E a educação, acreditavam, tinha uma etapa temporal absolutamente fundamental: a instrução primária - onde se moldava o carácter e a pessoa. Saber ler era a janela que se abria para o mundo, era a condição do progresso social das comunidades. Mas não bastava saber ler, diziam, era necessário compreender e saber interpretar o que se lia.João de Deus, o seu método de leitura, e aqueles que o defendiam foram ( e são) severamente critica-dos por muitos. No ensino oficial, o método da Cartilha Maternal acabou por ser substituído.

Não tenho fundamentos para avaliar o valor dos vários mé-todos, mas concentro-me nos objetivos dos homens da cultu-ra desse tempo e revejo-me nas suas posições. Levar a educação a todos; criar condições para que todos pudessem ser professores dos que menos soubessem; fazer do conhecimento e da informa-ção uma grande força de desen-volvimento e de progresso, quer pessoal quer da sociedade.O que me leva à questão: a pou-cos dias do 185º aniversário de João de Deus, a trilharmos o veloz caminho da sociedade de informação – como nos posicio-namos?A educação formal parece à parti-da garantida, com a escolaridade obrigatória e o número crescente de estudantes nos vários graus de ensino. Mas a capacidade de compreensão e de interpretação da informação é um problema que preocupa hoje em dia todos os educadores. A abrangência da informação e o enorme volume da mesma, com que somos con-frontados diariamente, coloca--nos desafios nunca antes viven-ciados.Como fazer a triagem do que nos chega? Como organizar o conhe-cimento? A que fontes devemos recorrer? Em quem confiar? E, não menos importante, como compreender os objetivos de quem distribui a informação?Se este é um desafio gigantesco para o cidadão comum, não é me-nos esmagador para os meios de comunicação social, seja qual for a sua dimensão e importância.Ser a janela para o mundo im-plica um trabalho de grande res-ponsabilidade e de capacidade de interpretação. À educação formal pede-se que se junte a este complexo esque-ma de entendimento do mundo e que seja capaz de alfabetizar para a compreensão da informação, sobretudo das notícias. Pergunto-me, no final deste mês de fevereiro de 2015, o que pen-saria João de Deus (que também foi jornalista) e tantos outros lu-tadores pela educação alargada e universal, caso vissem o manan-cial de livros, bibliotecas, meios de comunicação social, internet, redes sociais, etc, etc, a que hoje temos acesso, na maior parte das vezes até sem necessidade de sair de casa ou de fazer alguma con-tribuição financeira.

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5Fevereiro 2015Informação

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Alterações de trânsito em Silves

A partir das 9h do próximo dia 20 de fevereiro a circulação, em parte do Centro Histórico de Silves e nas ruas do Cor-reio e da Central, irá ser alterada, anuncia a Câmara Muni-cipal. Assim, “na zona do Centro Histórico, a circulação de trân-sito automóvel na Rua da Arrochela, Rua da Cadeia, Rua Gregório Nunes Mascarenhas e Travessa da Cató será limi-tada a residentes.No que respeita à Rua do Correio a circulação de trânsito passará a ser efetuada no sentido de norte para sul (da Rua Samora Barros para a Rua João de Deus), ao contrário do que é feito atualmente.Na Rua da Central será implementado um sentido único de circulação, de nascente para poente, ou seja, da Rua Dr. Manuel de Arriaga para a Rua Moinho da Porta”.Estas alterações resultam de uma deliberação tomada em reunião de Câmara ocorrida a 17 de dezembro, podendo ser consultado o edital e o ortofotomapa com as referidas alte-rações no portal da Câmara Municipal de Silves.

2 ª fase das obras do Polidesportivo de Tunes arranca este ano

Vai ser lançado o concurso para a “execução da 2.ª fase da empreitada” do Polidesportivo de Tunes que “contempla a construção dos vestiários e balneários, iluminação do re-cinto e vedação (definitiva), num investimento estimado de 150.000 euros”. A primeira fase das obras foi concluída formalmente no fi-nal do mês de janeiro e foi da responsabilidade do grupo Jerónimo Martins, na sequência de um acordo de mecenato assinado pelas duas entidades. Nesse âmbito, foi colocado o pavimento e uma vedação (provisória) no Polidesportivo.“Esta intervenção, que correspondeu a um investimento privado suportado pelo referido grupo de 70.000 euros, re-presentou o primeiro passo de um projeto que contempla a construção do campo de jogos que integrará o referido po-lidesportivo, localizado na Urbanização Lagarça e que be-neficiará das dimensões regulamentares para a prática das modalidades de futsal, andebol, voleibol e ténis”, adianta a autarquia. “Atendendo ao avultado investimento que uma obra desta natureza acarreta para a autarquia, na ordem das várias cen-tenas de milhares de euros, a Câmara Municipal de Silves irá avançar, dentro em breve, com a alteração do projeto de exe-cução técnica, no sentido de fasear a construção integral do Polidesportivo, prevendo-se que no decurso deste ano seja lançado o concurso para a execução da 2.ª fase da empreita-da e que contempla a construção dos vestiários e balneários,

iluminação do recinto e vedação (definitiva), num investi-mento estimado de 150.000 euros. A construção da bancada do lado norte e restantes trabalhos desenvolver-se-ão numa fase posterior”.

1ª Feira de Plantas, Produtos e Serviços em Silves

A 1ª Feira de Plan-tas, Produtos e Ser-viços decorre na Fissul, em Silves, de 28 de fevereiro a 1 de março.A organização é da empresa Talentos Escondidos com o apoio da Câmara Municipal de Silves e de todas as jun-tas de freguesia do Concelho.O certame estará aberto ao público das 10h às 23h, e, além dos exposito-res, a Feira contará também com um programa de animação e de atividades. Este evento tem um cariz solidário e as receitas angariadas revertem a favor das corporações dos bombeiros voluntários de Silves e de S. Bartolomeu de Messines.“Em tempos de instabilidade e austeridade, para além da sazonalidade da nossa região existe uma necessidade de reu-nir esforços para que se possa dar continuidade às diferentes atividades existentes no Algarve. Assim o objetivo será o de mostrar ao público o que de me-lhor se faz dentro do ramo de atividade de cada empresa representada nesta feira, para além de lhe ser incluído uma causa solidária, com o propósito de angariar receita a favor das Corporações de Bombeiros Voluntários de Silves e de S. Bartolomeu de Messines – Ajudar para ser ajudado”, afirma a organização.

Recolha de medicamentos no Algoz para ajudar escuteiros

O Agrupamento de Escuteiros do Algoz lançou um apelo para que a população participe na campanha de recolha de medicamentos e embalagens, a nível nacional, que está a de-correr até ao dia 3 de abril.Até ao princípio de fevereiro, no Algoz, já tinha sido reco-lhidos mais de 72 kg de medicamentos fora de prazo ou que já não serão usa-dos, bem como de embalagens, mas é necessá-rio continuar a contribuir, tanto mais que haverá prémios para os agrupamentos que consigam as maiores recolhas. Trata-se de uma ação de sensibi-lização de cariz ambiental, a “Missão Ambiente”, que conta com o apoio institucional do Corpo Nacional de Escutas (CNE), Agência Portuguesa do Ambiente, IP (APA) e Au-toridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP (INFARMED).O projeto é “direcionado aos agrupamentos do Corpo Na-cional de Escutas (CNE) de Portugal Continental e Regiões

Autónomas da Madeira e dos Açores, e tem como principal objetivo educar e sensibilizar a comunidade de escuteiros, suas famílias e amigos para a importância da proteção do ambiente através da recolha doméstica periódica e regular das embalagens vazias de medicamentos e medicamentos fora de uso e sua entrega nas farmácias”.Estão inscritos para participar neste projeto 589 agrupamen-tos de escuteiros. Segundo a página oficial da Valormed, no concelho de Silves, além do Agrupamento 1293 do Algoz, está também inscrito o Agrupamento 587 de Alcantarilha.A empresa irá atribuir prémios que se dividem em três abso-lutos (maior número de resíduos entregues nas farmácias) e 3 per capita (melhores resultados per capita). Em ambas as categorias, o 1.º prémio será uma carrinha de transporte e os restantes serão vales oferta para aquisição de equipamento de pioneirismo.

Creche de Alcantarilha precisa de livros e de brinquedos

A Creche de Santa Casa de Misericórdia de Alcanta-rilha está a promover uma Campanha de Recolha de Livros e de Brinquedos.“Brincar é para todos” é o lema desta campanha. Quem tiver livros e brin-quedos em bom estado pode oferecê-los a esta instituição que serão bem vindos. A Santa Casa da Miseri-córdia de Alcantarilha, ins-tituição fundada em 1586, situa-se na Quinta do Ro-gel, em Alcantarilha.

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6 Fevereiro 2015Opinião

António Eugénio

Utilidade Marginal

Coluna JurídicaO Terra Ruiva conta com a colaboração do advogado Eugénio Guerreiro que se disponibiliza a responder a questões dos leitores. Tem uma dúvida jurídica? Quer uma opinião sobre algum caso que o preocupe? Envie-nos a sua questão.

Consultório Jurídico

Eugénio Guerreiro

A geografia saturada das compras.

Questões sobre HerançasLiberalidades Inoficiosas e Deserdação

A Grécia

OpiniãoMaria José Grade da Encarnação

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Henrique, leitor do Terra Ruiva, colocou-nos a se-guinte questão:

A minha mãe já não é viva, e o meu pai, que, apesar de idade avançada, se encontra perfeitamente lúcido, passou uma procuração ao meu ir-mão Manuel para este vender e re-ceber o preço de um prédio, seu bem próprio e que constitui todo o seu património. Será que o meu irmão poderá utilizar todo esse dinheiro em seu proveito exclusivo? Não te-rei eu também direito a parte desse dinheiro da venda?Vejamos. Desde logo, face aos da-dos da questão, nada impede que o

pai faça do prédio - sendo este ex-clusivamente sua pertença - o que bem entender, como, por exemplo, vendê-lo directamente ou através de procurador. Quer num caso quer noutro, poderá, pura e sim-plesmente, dar o fim que bem en-tender ao valor da venda, guardá--lo, gastá-lo, doá-lo aos dois filhos, ou só a um deles, no todo ou em parte. A situação exposta equivale a dizer que o pai, por mera libe-ralidade sua, doou, na prática, o valor total da venda apenas a um dos seus dois filhos - o Manuel. E o Henrique que nada recebeu, nada, para já, poderá reclamar. To-

davia, uma vez o pai falecendo, aí sim, já poderá exigir do irmão a redução daquela liberalidade por ser inoficiosa. Com efeito, precei-tua o artigo 2168º do Código Civil que se dizem inoficiosas as libera-lidades, entre vivos ou por morte, que ofendam a legítima dos her-deiros legitimários. É o caso. Pois, a legitima dos dois irmãos é de um terço cada, na medida em que o artigo 2159º nº2 do Código Civil dispõe que, não havendo cônjuge sobrevivo, a legítima dos filhos, quando existam dois ou mais, é de dois terços da herança. Assim, se, por exemplo, o prédio for vendido por 90.000 €, a legítima dos dois irmãos será de 60.000 €, ou seja, 30.000 € cada um. Desta forma, haverá que reduzir-se a liberali-

dade do valor da venda concedida pelo pai ao Manuel, de modo a que a legítima do Henrique - que é de 30.000 € - seja preenchida. Evi-dentemente que o Manuel, ainda assim, ficará sempre mais benefi-ciado, uma vez que, à quantia cor-respondente à sua legítima - que é também de 30.000 € - acrescerá outros tantos 30.000 € respeitantes ao terço que o pai pode dispor, ou seja, a sua quota disponível. Isto é, o direito do Manuel totalizará 60.000 €, enquanto que o do Hen-rique 30.000 €, quantia esta que o Manuel - retirando dos 90.000 € - lhe deverá entregar, sendo que, se o não fizer, o Henrique terá que peticioná-la em tribunal, assen-tando esse seu direito na redução da liberalidade inoficiosa con-cedida pelo pai ao irmão Manuel em ofensa da sua legítima, para o que dispõe do prazo de dois anos a contar da aceitação da herança, nos termos do artigo 2178º do Código Civil.A questão colocada pelo leitor, po-

derá suscitar uma outra:Mas, então, o pai, ou um outro qualquer autor da sucessão, não será livre de deserdar quem bem entenda, um dos seus filhos ou to-dos, um dos seus herdeiros legiti-mários ou todos?Não, não é livre. Apenas o poderá fazer em determinadas condições. Designadamente, fazendo um tes-tamento no qual expressamente declare qual a causa que o leva à decisão de deserdar um seu suces-sível. Sendo que, face ao disposto no artigo 2166º nº1 do Código Civil, só são admissíveis as seguin-tes causas: (i) ter o herdeiro a de-serdar praticado um crime doloso, de pena superior a seis meses de prisão, contra si ou contra seu côn-juge, ou algum descendente, ascen-dente, adoptante ou adoptado; (ii) ou, ter sido condenado por denún-cia caluniosa ou falso testemunho contra as mesmas pessoas; (iii) ou, ter, sem justa causa, recusado ao autor da sucessão ou ao seu cônju-ge os devidos alimentos.

Não sei se recordarão do meu texto de novem-bro de 2011?! Nele re-

cordava a terrível história de Medeia, que vítima dos seus próprios desígnios entende a todos castigar de forma cruel e catastrófica. Dizia então que, de forma “…trágica, o futuro dos gregos é atirado para as mãos do povo, que se vê confrontado com duas únicas hipóteses: uma sobrevi-vência esmoler ou o suicídio da nação – a escolha é difícil,

mas Medeia decidirá! Afinal de contas, a estória de Medeia é intrínseca à História da Gré-cia e tal como Medeia, a Grécia não deixará de espalhar pâni-co e amargura à sua volta e da daqueles que lhe estiveram pró-ximos. Novamente Medeia con-firma os seus intentos: “A dor se esvai, desde que não podes rir--te de mim.”Três anos depois o texto encon-tra uma assustadora actualida-de e, novamente, a Grécia não está serena. A Grécia, qual Me-deia enlouquecida, atira em to-das as direcções. O novo gover-no do Syriza sabe que não pode cumprir com o que prometeu. Esse mesmo governo não quer desistir do que ofereceu ao povo. Provavelmente tem cons-ciência que o povo grego não aguenta um novo logro e que já está para lá do limite do aceitá-

vel. Os credores da Grécia, no limite, apenas poderão perder o dinheiro que emprestaram, já os gregos poderão perder tudo!Mas estas eleições gregas tam-bém trouxeram ao nosso país peculiaridades muito interes-santes. Não se notaram mas, à excepção do Governo, to-dos se reviram nesse fantásti-co partido do Sr. Tsipras, que para formar governo se uniu ao seu oposto (talvez porque os opostos se atraem, como se diz na física, ou talvez porque o inimigo do meu inimigo meu amigo é). Enfim, apenas espe-remos que o partido dos Gre-gos Independentes, parceiro de coligação do Syrisa, não seja a Némesis do Tsipras. Afinal de contas, a Grécia é fértil em mi-tos com lições de vida. Continuando nas reacções à eleição do Syriza. O PS, pela

boca de António Costa, can-didato a primeiro-ministro, ( quiçá até já o próprio, apenas esperando que a aclamação po-pular lhe dê de direito o lugar que julga seu de facto), veio logo afirmar que a vitória do Syriza era a derrota da políti-ca de austeridade do governo (português, entenda-se). Po-rém, o Pasok, partido socialis-ta grego, não teve uma derrota de proporções apocalípticas? Aliás, todos os partidos tradi-cionais gregos, desde o partido comunista ao centro direita, não se viram confrontados com humilhantes resultados? Não assistiram impotentes, todos estes partidos, aos ressurgir de forças que se acreditavam de-sacreditadas, a ideologias que se julgavam mortas e ultrapas-sadas?Creio que este seria o momento

para todos os partidos ditos tra-dicionais, pararem para pensar no que fazem e fizeram? Até onde trouxeram os seus países e os seus povos? Parece que a tão falada mu-dança de paradigma ainda não chegou à política! Os políticos alegremente continuam a dan-çar o último baile da corte, en-quanto nas ruas o povo clama por algo de novo. Apenas recordo que, foi com estes clamores que há 70-80 anos muitos países, incluindo o nosso, deram início a gover-nos que hoje não queremos e a guerras, que vemos cada vez mais próximas.Antes que Medeia acorde nou-tros locais e façamos um re-gresso a passados distantes que ninguém deseja, paremos para pensar no que ainda temos a perder.

Há uns dias deparei-me com um artigo numa re-vista que indicava que

em 2016 iriam abrir dois novos centros comerciais no Algarve. O mesmo artigo apontava mesmo o Algarve como uma das únicas re-giões do país com espaço e poten-cial para a instalação de novos em-preendimentos comerciais. Fiquei intrigado. Honestamente tenho

sérias dúvidas sobre a viabilidade de mais espaços comerciais no Al-garve. Somos uma região turística, com pouco mais de 400.000 habi-tantes, segundo os últimos censos. Temos uma economia fortemente sazonal, com enormes diferenciais de população e dinâmica entre os 3 meses de verão e os restantes me-ses. Não correremos o risco de ter mais espaços comerciais apinhados durante 3 meses e vazios durante os restantes meses? É que até pode ser comercialmente viável, mas o acréscimo de infraestruturas pú-blicas pode implicar um aumento dos custos de manutenção, o que inevitavelmente recairá sobre as Câmaras e consequentemente, o contribuinte algarvio. Nas regiões turísticas é natural que a dimen-são das infraestruturas esteja de-

sajustada em relação à população residente, em virtude do enorme número de turistas que afluem à região. Não corremos o risco de aumentar este peso? Quando estes projetos são apre-sentados, são sempre enunciados os enormes benefícios que o novo centro comercial trará, dos quais nenhum é mais destacado do que o aumento de empregos. Um ponto que nunca é mencionado é o nú-mero de empregos que é destruí-do pela nova superfície comercial. Nunca se fala na criação de empre-go líquida, que é a diferença entre os empregos criados e os empregos destruídos. Valeria a pena estudar o assunto. Um estudo britânico de 2005, dos “Friends of The Earth”, indica que 50% dos lucros de uma empresa local são normalmente

reinvestidos na comunidade, atra-vés de salários, despesas noutras empresas locais e compra de pro-dutos locais. Pelo contrário, uma grande distribuidora reinveste ape-nas 5% dos lucros na comunidade local. Por outro lado, o interesse de qual-quer comunidade é a de ter entre si empresas com potencial de cresci-mento, pois uma empresa local que cresça irá necessitar de mais cola-boradores, com diferentes compe-tências e consumir mais produtos locais. Uma empresa que mante-nha a sua gestão num sítio irá ne-cessitar de serviços mais variados do que uma superfície comercial, que necessita primariamente de colaboradores comerciais. Por con-traste, um centro comercial, por muito bom que seja, é um inves-

timento estagnante: além do seu impacto inicial, não irá aumentar significativamente a sua atividade. Além disso, uma nova superfície comercial dificilmente criará novos mercados; limita-se a reorganizar o consumo atual para si e não atrairá novos consumidores á região. No fundo, um novo centro comercial deverá ser visto como um comple-mento à atividade económica exis-tente e não como um dinamizador da economia local.Não digo que um novo centro co-mercial não seja algo interessante de se visitar; mas será que é ver-dadeiramente necessário para a região, tendo em consideração a oferta já existente? Torna-se de-primente ir a centros comerciais desprovidos de gente durante o inverno.

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7Fevereiro 2015Informação

A equipa de gestores do Refood Algoz-Tunes

O fundador Hunter Halder com a coordenadora Carla Rosa, antes de descerrarem a placa

A oficina do sr. RaulUma das peças feita pelo último latoeiro do Algarve

Raul Nascimento à porta da sua oficina (foto de Aurélio Cabrita)

As instalações do Núcleo Refood Algoz-Tunes fo-ram cedidas pela União

de Freguesias Algoz e Tunes, no edifício da Junta de Freguesia do Algoz. Nestas salas irá funcionar o que se pode designar por “centro de operações” de um movimen-to solidário que, para já, abrange cerca de 40 voluntários. São essas pessoas que, de segunda a sexta fei-ra, irão junto de restaurantes, pas-telarias e outros estabelecimentos, recolher refeições e alimentos que serão levados a famílias carencia-das. Este é aliás o pressuposto do pro-jeto Refood que se iniciou em Lis-boa pela iniciativa individual do cidadão alemão Hunter Halder que estava cansado de ver que, to-dos os dias, em muitos restaurantes e pastelarias, refeições e alimentos em perfeitas condições são deita-dos para o lixo. Montado na sua bicicleta a pedal, Hunter Halder começou sozinho a fazer a recolha destes alimentos e a levá-los onde eram necessários. A sua iniciativa alargou-se a familiares e a amigos, ganhou grande repercussão nos meios de comunicação social e hoje o Projeto Refood está a de-senvolver-se em vários pontos do País, alimentando centenas de pes-soas.No Algoz a ideia nasceu no ano passado e “após nove meses de

Inaugurado Núcelo Refood Algoz – TunesO 1º no país fora de um grande centro urbanoJá está a funcionar o Núcleo Refood Algoz-Tunes, cujas instalações foram formalmente inauguradas no dia 31 de janeiro, com a presença de dezenas de voluntários e do fundador do movimento, Hunter Halder.

muito trabalho”, como foi dito pela coordenadora do núcleo, Car-la Rosa, foram finalmente reunidas as condições para o trabalho avan-çar no terreno.Neste momento, a equipa é cons-tituída por 16 gestores que irão coordenar o trabalho dos voluntá-rios, havendo a expetativa de que o seu número possa aumentar, uma vez que as “pessoas comecem a ver que isto está mesmo a ir para a frente”, diz-nos Inês Pinheiro. A cada voluntário é pedido que conceda duas horas semanais para o trabalho no projeto Refood. À nossa reportagem salta à vista que a esmagadora maioria dos presen-tes são mulheres, havendo apenas dois homens.“Então os homens não participam nestas coisas?”, pergunta-se a um dos presentes. O gestor João Coe-lho confirma a ausência, mas revela que espera que apareçam mais al-guns, que “dava jeito para conduzi-rem as carrinhas da comida”. Como realça Carla Rosa, em breve intervenção durante a inauguração, este “é um projeto comunitário fei-to por cidadãos”. Construído total-mente com base no voluntariado, a sua existência e sucesso dependem de dois importantes fatores: da boa vontade dos cidadãos/voluntários e da boa vontade dos cidadãos/em-presários que fazem as doações. Por isso, em dia de inauguração e

Segundo a autarquia, os ser-viços de património do Mu-nicípio, iniciarão muito em

breve a inventariação dos objetos tendo em vista o desenvolvimento de um projeto de museografia, que permita a sua exibição no Museu, em Messines, que atualmente exi-be o resultado da recolha etnográ-fica realizada pelo Rancho Folcló-rico de Messines.Esta doação mais recente, do con-teúdo da oficina do senhor Raul Nascimento, compreende um conjunto de peças, ferramentas e maquinaria, muita dela inventada pelo próprio, e que serviram du-rante quase 40 anos a sua atividade de latoeiro.Natural da freguesia de S. B. Mes-sines, Raul Nascimento emigrou para Angola em meados dos anos 50 do século passado para traba-lhar nos caminhos de ferro angola-nos. Fazendo uso de um dom ina-to, já nessa altura produzia diversos

Doações de artesãos de MessinesVão integrar coleção do Museu do Traje e das TradiçõesO espólio da oficina de Raul Nascimento, o último latoeiro de S. Bartolomeu de Messines e igualmente o último do Algarve, foi recentemente doado à Câmara Municipal de Silves.Estes objetos juntam-se ao espólio do latoeiro Sebastião Guia, também de S. Bartolomeu de Messines, que fora igualmente oferecido pela família.O destino de ambos os conjuntos será o Museu do Traje e das Tradições, que o atual executivo da Câmara pretende revitalizar e transformar.

objetos associados à sua atividade, como é o caso de uma lanterna que servia de semáforo para orientar a passagem dos comboios, objeto que faz parte da coleção de objetos e ferramentas, ora doados à Câma-ra Municipal.

festa, Carla Rosa afirma que” o projeto só anda para a frente se toda a comunidade estiver envolvida”. Nesse sentido, dei-xa também um agradecimento às empresas que têm prestado o seu apoio, à União de Fre-guesias de Algoz e Tunes e à delegação regional do Banco Alimentar.No final, Hunter Halder des-taca também um facto impor-tante: que com a criação do Núcleo Refood Algoz-Tunes é “ a primeira vez que o Refood sai de uma grande cidade”, considerando também por isso que “é muito importante que esta experiência seja bem su-cedida porque há muita gente fora das cidades com necessi-dades”. Assim, quem desejar partici-par neste movimento solidá-rio, tem apenas que se dirigir à Junta de Freguesia do Algoz, à sede, ou utilizar os seguintes contactos:Refood Algoz-Tunes, Aproveitar para AlimentarEmail: [email protected]: 939 206 059 - 938 682 869http://www.facebook.com/re-food.algoztunes

Texto e Fotos: Paula Bravo

“Pessoa simples e muita simpá-tica, tanto ele como a sua mulher eram presença habitual na Feira Medieval de Silves, divulgando desta forma uma atividade tradi-cional, hoje quase completamente extinta”, acrescenta a autarquia que

“agradece a generosidade da oferta e tudo fará para, atra-vés da exposição dos obje-tos doados, perpetuar a sua memória, objetos e técnicas associadas à latoaria.”

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8 Fevereiro 2015Informação

A assinatura do protocolo, pela presidente do Município de Silves, com a Associação Vicentina

A parceria com a Associação Vi-centina abrange a cidade de Silves (DLBC urbano) e as freguesias de Silves, Algoz/Tunes e Alcantari-lha/Pêra (DLBC rural). A parceria com a Associação In Loco abrange as freguesias de S. B. de Messines e S. Marcos da Serra (DLBC rural). A parceria com a Agência do Bar-lavento abrange as freguesias de Armação de Pêra e Alcantarilha/Pêra.Procura-se com as DLBC dar uma resposta aos elevados níveis de desemprego e índices de pobreza, através da dinamização económi-ca local, da revitalização dos mer-cados locais e da sua articulação com territórios mais amplos, e, em geral, da diversificação das econo-mias locais, do estímulo à inovação social e à busca de novas respos-tas a problemas de pobreza e de exclusão social em territórios des-favorecidos em contexto urbano e em territórios rurais ou costeiros economicamente fragilizados ou de baixa densidade populacional.

Parceiros estudam a estratégia de desenvolvimento- DLBCSilves 2020- o que muda até lá?O Município de Silves assinou recentemente três acordos de parceria com a Associação Vicentina, a Associação In Loco e a Agência do Barla-vento, visando a elaboração da estratégia Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC) que visa promover em territórios específicos, a concertação estratégica e operacional de uma rede de parceiros, focalizada no empreendedorismo e criação de postos de trabalho.Como será Silves -2020? Os cidadãos estão a ser chamados a participar.

Seguem-se assim as linhas de-finidas pelo Acordo de Parceria – Portugal 20020 e no quadro da prossecução dos objetivos da Es-tratégia Europa 2020.

Cidadãos chamados a participarEntretanto, no contexto local, a Associação Vicentina anuncia que está a preparar o projeto “GAL URBANO SILVES” , a fim de “concertar e consensualizar uma proposta de estratégia de desen-volvimento local (EDL) para a ci-dade de Silves”.Para tal, é necessário a participação dos “atores locais” para a apresen-tação de propostas e facultação de informação”, afirma a Associação Vicentina, no site: http://www.dl-bc-silves.org/ . Nesta página ( que ainda se encontra parcialmente em construção) será possível seguir este projeto e apresentar sugestões. Também para os projetos das fre-guesias de Silves, Algoz/Tunes e Alcantarilha/Pêra, há um site próprio: http://www.galadererural.org/.

Já a Associação In Loco está tam-bém a apelar à recolha de contri-butos, visando identificar as forças, fraquezas, oportunidades e amea-ças dos territórios dinamizados por esta associação, que incluem as freguesias de S. Bartolomeu de Messines e São Marcos da Serra. Assim, está a decorrer um inqué-rito para recolher contributos e opiniões que visam a preparação de várias estratégias de desenvol-vimento. Os interessados podem dar o seu contributo, preenchendo o formulário no sítio http://docs.google.com/forms/d/1UmHK8euajALwROttjcxNTOpkdMdkz22ZksrdDkqECBk/viewformQue iniciativas seriam eficazes para a promoção do emprego; como podemos estimular o em-preendedorismo; ou como pode-mos contribuir para uma melhor integração entre o mundo rural e o urbano, são exemplos de algumas das questões colocadas pela Asso-ciação In Loco.

O Gabinete de Inserção Profissio-nal (GIP) da Câmara Municipal de Silves encontra-se a apoiar os potenciais interessados que quei-ram fazer a sua inscrição nos cur-sos de formação que o Instituto de Emprego e Formação Profissional vai realizar, em Silves e no Barla-vento Algarvio. Este plano de formação é muito abrangente, pois tanto se dirige a pessoas ativas como desemprega-das, jovens e adultas, com diferen-tes níveis de habilitação escolar e qualificação profissional, neces-sidades e interesses profissionais. Contempla ações de formação de longa e curta duração, nomeada-mente: cursos de aprendizagem, cursos de especialização tecnoló-gica, cursos de educação e forma-ção e adultos, formação modular, formação modular-vida ativa, for-mação em técnicas de procuta de emprego, formação em competên-

Inscrições para cursos do IEFPGabinete da Câmara presta apoio aos interessados

cias básicas, formação contínua de formadores e português para fa-lantes de outras línguas, este últi-mo, dirigido à população imigran-te. A maioria dos cursos dispõe de apoios.Para Silves, concretamente, estão previstos os seguintes cursos: Língua Alemã- Serv/ Rest. BarLíngua EspanholaTécnico VitivinícolaOperador jardinagemCostureira/ modistaOperador apícolaPrimeiros SocorrosLíngua Alemã- Inf. Tur.Serviço de andaresAnimação Turística e Empreende-dorismoLíngua InglesaLíngua Alemã 2Roteiros turísticos + Empreende-dorismoAgricultura – Apicultura

Agricultura – FruticulturaAgricultura – HorticulturaComunicação Assertiva + Técnicas de procura de empregoTIC ( Informática) + Técnicas de procura de empregoFormação em competências bási-casPortuguês para Todos

Mais informações poderão ser obtidas junto do GIP através do telefone 282 440 831 ou do email [email protected]. De referir que o GIP, para além de disponibilizar toda a informação necessária, tam-bém apoia e submete a inscrição para os referidos cursos.O Plano de Formação detalhado ( para todo o Barlavento) pode-rá ser consultado no site do Terra Ruiva em: http://www.imprensa-regional.com.pt/terra_ruiva/pagi-na/edicao/64/15/noticia/3528

Programa Investe Jovem

Estão abertas as candidaturas ao Programa Investe Jovem, até ao dia 31 de dezembro de 2015, des-tinado a jovens entre os 18 e os 30 anos, inscritos como desemprega-dos.Este programa destina-se a pro-mover o empreendedorismo e a criação de empresas por jovens desempregados, através do apoio à criação do próprio emprego e de micro negócios. Integrado na Garantia Jovem este

Programa é lançado, pelo IEFP – Instituto de Emprego e For-mação Profissional, I.P., entida-de responsável pela execução do Programa.Através do Investe Jovem é con-cedido aos jovens candidatos apoios financeiros e técnicos no desenvolvimento dos seus proje-tos de investimento e criação do próprio emprego. Todo o processo de decisão, pro-cessamento dos apoios finan-ceiros, gestão dos reembolsos e acompanhamento da atividade das iniciativas são da responsabi-lidade do IEFP. As informações sobre o acesso às candidaturas estão disponíveis em: www.iefp.pt

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9Fevereiro 2015Informação

O presidente da Junta de Freguesia, Ricardo Pinto; Sérgio Costa, da organi-zação, e Bruno Cortes, um dos participantes ( da esquerda para a direita)

Aspeto geral do encontro

Alguns dos carros expostos

No cercado, em Mértola, quase em liberdade ( Foto ICN)

Há já alguns meses que o cenário se repete: no 1º domingo de cada mês, a

Vila de Armação de Pêra recebe o Encontro de Veículos Clássicos.A poucos passos do mar, no antigo espaço do mini-golf, várias deze-nas de carros fazem regularmente as delícias de muitos apreciadores e curiosos. E ao que parece até o S. Pedro gosta: de abril do ano passado até agora, só choveu num domingo!

Lotus, MG, Mercedes, Jaguar, são alguns das marcas mais sonantes que se encontram neste encontro. Mas no dia da nossa reportagem (no último encontro, dia 1 de feve-reiro) outras viaturas diversificadas marcavam presença, desde a mul-tifacetada Renault 4L até a umas simpáticas Vespas.Feitas as contas estavam presentes cerca de 50 viaturas, segundo o or-ganizador Sérgio Costa, dos Ami-gos de Veículos Clássicos do Bar-lavento, uma associação informal que começou por juntar um grupo de amigos e depois continuou fa-zendo estes encontros um pouco mais organizados, com datas fixas: no 1º domingo em Armação de Pêra, e também em Faro e Tavira.Em Armação de Pêra os encontros começaram em abril de 2014, jun-to à Lota, passaram depois para a zona do antigo mini-golf, com um espaço adequado à exibição das viaturas e à circulação dos visitan-tes. Para Sérgio Costa, morador

Veículos clássicos animam Armação de PêraNo 1º domingo de cada mês

em Armação de Pêra, a ideia de fa-zer aqui este encontro, teve muito a ver com a vontade de dinamizar a sua vila, trazendo os visitantes e os participantes que acabam por animar também o comércio local, tanto mais que no final há sempre um almoço, com inscrição só para quem o desejar, num restaurante diferente. Por outro lado, aqui encontrou não só o apoio da Junta de Fregue-sia de Armação de Pêra e do seu presidente, Ricardo Pinto, cujo empenho destaca, mas também a colaboração de um verdadeiro afi-cionado dos carros clássicos, o ve-reador e ex-presidente da Câmara Municipal de Silves, Rogério Pin-to. Grande apreciador dos carros clássicos, Rogério Pinto expunha nesse dia nove das onze viaturas que possui na sua coleção, como nos contou o próprio. Para participar nestes encontros, as regras são simples, não há qualquer dinheiro envolvido, basta aparecer e estacionar o seu veículo clássico. Clássico ou antigo, ou simples-mente velho são conceitos que se confundem um pouco. Sérgio Cos-ta explica que para que um carro seja considerado clássico são tidos em conta alguns aspetos, tais como a idade, ( tem de ter pelo menos 30 anos) o estado de conservação (tem de ser bom) e a raridade (deve haver poucos exemplares). No domingo da nossa reportagem o carro mais antigo presente datava de 1929 e o mais recente de 1994,

que se poderia considerar um “pré--clássico”, diz Sérgio Costa.No entanto, estes critérios não são levados à risca nestes encontros que são completamente informais, apenas para as pessoas se reunirem, observarem as viaturas uns dos ou-tros, trocarem experiências e con-viverem. “Isto começou com um grupo de amigos, uns foram dizendo aos outros, cada vez vêm mais carros, agora isto já me transcende. Se num domingo não vier já ninguém nota”, diz rindo Sérgio Costa, pro-prietário de um Lotus Europa.Aos olhos conhecedores ou menos conhecedores de quem circula por entre os veículos, salta à vista um automóvel, um Jaguar branco, ex-posto ao centro. “É um carro que vale 100 mil euros”, explica o or-ganizador do encontro. Em redor outros com valores mais baixos mas ainda assim assinaláveis, como 50 mil euros, destacam-se natural-mente, pela sua beleza e raridade.Para quem quiser admirar estas viaturas que muitos consideram autênticas peças de arte, ou par-ticipar com alguma, basta compa-recer no local, das 10h às 12h30. Depois, os carros reúnem-se e desfilam pelas ruas de Armação de Pêra, muito saudados pela popula-ção e turistas.

Paula Bravo ( Texto)Paulo Gomes ( Fotos)

Os linces nascidos no Cen-tro Nacional de Repro-dução do Lince Ibérico

em Silves continuam a sua jorna-da para a conquista da liberdade “revelando-se aptos a enfrentar os desafios da natureza”.No dia 7 de fevereiro, a fêmea Kayakweru, nascida em Silves, e o macho Kempo, proveniente de Doñana, Espanha, tornaram-se os novos ocupantes do cercado no Parque Natural do Vale do Gua-dina, onde decorre o programa de reintrodução do lince ibérico em Portugal.Nesse mesmo espaço encontrava--se o casal Jacarandá ( também de Silves) e Katmandú ( de Zarza de Granadilla, Espanha) que entre-tanto foram libertados da “cerca de solta branda” onde se encontravam desde 16 de dezembro.

Depois de Jacarandá vai a KayakweruO cercado de solta branda “ser-ve para uma adaptação prévia dos animais ao seu novo habitat e tem uma área de aproximadamente

dois hectares vedados. O período de aclimatação decorre numa área sem indícios de presença de lince, permitindo aos animais adapta-rem-se à vida na natureza, dando-

-lhes liberdade para explorar, ao seu ritmo, o novo habitat e assim criarem condições de sucesso para a sua integração na natureza.

Os dados da monitorização re-velaram comportamentos padrão equivalentes aos de animais em liberdade, indicando as condições e competências necessárias para a

Construções c/ Própria/EmpreitadasEscritório: Rua José Falcão, 9 - r/c -

8300-166 Silves - E-mail: [email protected].

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adaptação à vida na natureza em total liberdade. Durante o período de permanência no cercado de sol-ta branda os linces demonstraram os comportamentos desejados: ca-çaram, utilizaram os abrigos cria-dos no local e interagiram regular-mente entre si, revelando-se aptos a enfrentar os desafios da nature-za. Cumpre-se, assim, o propósito do programa de Reintrodução do Lince Ibérico, para o qual a cola-boração da população residente no

Parque Natural do Vale Guadiana se torna fundamental. Os linces continuarão a ser monitorizados pelo ICNF, através do sinal da co-leira”, informa esta entidade.Para quem quiser observar estes animais, algumas imagens da mo-nitorização feita durante o período de permanência no cercado podem ser visualizadas aqui: http://areas-protegidas.icnf.pt/lince/index.php/galeria-2/videobox

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10 Fevereiro 2015Informação

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MARLABOR

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Fechado ao SábadoClosed Saturday

Miguel Araújo em SilvesO talentoso compositor, mú-

sico e intérprete Miguel Araújo estará em Silves

nos dias 5 e 6 de março, no âmbito da rúbrica regular “Lado B”, onde participará na conversa e concerto integrados neste formato promo-vido, desde fevereiro de 2014, pela Câmara Municipal de Silves , atra-vés da sua Biblioteca Municipal.

No dia 5, pelas 21h, na Biblioteca Municipal, Miguel Araújo participa numa conversa intimista e informal à volta de livros, filmes e músicas que marcaram a sua vida, numa ini-ciativa com entrada livre.

No dia 6, pelas 21h30, apresenta--se em concerto acústico no Teatro Mascarenhas Gregório, em Silves. Os ingressos para este concerto têm um custo associado de 9 euros, po-dendo ser adquiridos previamente no Museu Municipal de Arqueo-

logia de Silves (aberto todos os dias entre as 10h e as 18h) ou por reser-va telefónica. Como é habitual neste formato, é possível adquirir um nú-mero limitado de bilhetes na tertúlia a realizar na Biblioteca Municipal, no dia 5 de março, por um preço especial de 7 euros.

Miguel Araújo é um dos artistas mais completos da nova geração. É hoje considerado, já, um dos grandes nomes da música portuguesa, desta-cando-se como compositor, letrista, cantor e músico, sendo bem-sucedi-do em cada uma destas vertentes que compõem a sua multifacetada e eclé-tica carreira. São já muitas as canções da sua au-toria, cantadas por si e por outros (Azeitonas - grupo do qual faz par-te - António Zambujo, Ana Moura, Carminho e outros), que integram parte do espólio das grandes canções populares portuguesas deste século.

Como escreveu o Expresso em 2012, “é notório que Miguel Araújo se tornou um dos melhores fabricantes de canções que o país viu surgir este século”. Editou dois álbuns, “Cinco Dias e Meio” (2012) e “Crónicas da Cidade Grande” (2014), contando já com várias nomeações e prémios no seu currículo. “A vinda de Miguel Araújo a Silves insere-se, mais uma vez, numa lógi-ca de programação cultural em rede desenvolvida pelo Município de Sil-ves, a qual procura articular/comple-mentar a oferta desenvolvida pelos seus vários equipamentos culturais (Biblioteca + Teatro)”, informa a Câ-mara Municipal.O telefone 282 440 838 e o endereço de correio eletrónico [email protected] são os contactos do sector de Cultura da CMS disponíveis para mais informações e para venda/reser-va prévia de ingressos para o concerto.

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11Fevereiro 2015Publicidade

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12 Fevereiro 2015Informação

Desporto

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Marcha dos namorados em SilvesNo próximo dia 22 de fevereiro, pelas 10h, Silves será palco de mais uma Marcha dos Namorados.

A iniciativa, promovida pela Câmara Muni-cipal de Silves (CMS), através do seu sector de Desporto, tem como local de concentra-ção o Complexo das Piscinas Municipais de Silves.Os participantes, “de acordo com a sua con-dição física, poderão optar por um de dois percursos apresentados: um de 6 km, com grau de dificuldade médio/baixo, totalmen-te urbano, e outro de 10 km, com grau de dificuldade médio/alto, a realizar em zona urbana e serra. As inscrições estão abertas devendo ser efe-tuadas junto do sector de Desporto da CMS (localizado no complexo das Piscinas Mu-nicipais de Silves), através do telefone 282 440 270, do endereço de correio eletrónico desporto@cm-silves-pt ou, no próprio dia no local, até uma hora antes do início da marcha”, informa a Câmara Municipal.A Marcha dos Namorados conta com a parceria do IPDJ – Instituto Português do Desporto e Juventude, Programa Nacional de Marcha e Corrida e Plano Nacional de Ética no Desporto e com o apoio do Institu-to Piaget, Bombeiros Voluntários de Silves, GNR e empresas locais.De referir que a iniciativa integra o calendá-rio regional de marcha-corrida do Algarve do IPDJ, projeto desenvolvido no âmbito do Programa Nacional de Marcha e Corrida e que visa a promoção da atividade física junto de toda a população através da realização de um conjunto de atividades marcha-corrida que têm lugar todos os fins-de-semana, de setembro a junho, por todo o Algarve.

XIII BTT GADAGNo dia 15 de março, realiza-se a XIII Ma-ratona de BTT GADAG, organizada pelo

Grupo Aventura e Desporto de Alcantarilha Gare.Estão abertas as inscrições para “todos os interessados em pedalar nos trilhos da parte sul do Concelho de Silves”, anuncia a orga-nização da prova que este ano terá dois per-cursos, sendo o mais longo com uma distân-cia de aproximadamente 60km, e o segundo de 30km. .As inscrições são limitadas a 300 participan-tes, estão abertas até ao dia 10 de março de 2015, devendo ser feitas em www.apedalar.com

Para algum esclarecimento adicional são os seguintes contactos: Vítor Cabrita – 965331274; Óscar Lourenço – 965836406 ; ou [email protected]

UDM homenageia o antigo jogador Délio FantasiaO antigo atleta da União Desportiva Messi-nense, Délio Fantasia, foi a figura escolhida para patrono do 20º Torneio de Carnaval Benjamins A, que se realizou em Messines, no dia 15 de fevereiro.

No torneio participaram as equipas da União Desportiva Messinense (UDM), Sil-ves FC, Esperança de Lagos, FC Ferreiras, DC Louletano, CF Os Armacenenses, Guia FC e SL Benfica.Sobre a escolha do patrono para este ano, o presidente da UDM, Hélder Mogo, dis-

se: “Délio Fantasia, prestigiado ex-atleta da UDM, é um exemplo para os mais jovens e patrono do evento através do qual a UDM aproveita para homenagear o atleta e o Ho-mem”.

Délio FantasiaDélio José Fantasia de Sousa Guerreiro, em mensagem publicada na revista publicitária do torneio, explica o seu percurso dentro da UDM, que acompanhou desde a sua funda-ção.Segundo o próprio teve “ a sorte de viver junto ao Clube “Os Académicos”, cuja sede se situava na rua da GNR”, vindo de muito cedo o seu gosto pelo futebol. Na altura, o clube deu origem à União Desportiva Mes-sinense que não tinha ainda a estrutura juve-nil organizada, existindo apenas uma equipa sénior que participava no campeonato do INATEL.“E eu e os outros costumávamos ir ver os treinos e os jogos que se disputavam no anti-go campo da “Caveirinha”, nome dado pelo facto do espaço ter sido anteriormente um cemitério.Foi nessa altura que Francisco Palma, à al-tura guarda-redes da equipa sénior pegou em nós e começou a treinar-nos, organizan-do de vez em quando um jogo, de forma a manter-nos unidos e com gosto pela prática de futebol”, conta Délio Fantasia.O tempo foi passando e o jogador permane-ceu sempre ligado à UDM, mais tarde como júnior, depois como sénior, já como jogador federado. A única interrupção deu-se quan-do teve de cumprir o serviço militar, altura em que esteve ano e meio afastado do clube. “Terminado o serviço militar regressei ao clube do meu coração e essa ligação durou até aos meus 38 anos, altura em que pendu-rei as chuteiras e deixei de jogar”.Para trás, ficou uma “relação de mais de 20 anos” , recordada com “grande saudade”. Assim, diz Délio Fantasia, é uma “grande Honra” ver o seu nome como patrono do Torneio de Benjamins A de 2015.

Torneio de Futebol Juvenil em Armação de PêraNos dias 14 e 15 de março realiza-se o XVII Torneio Internacional de Futebol Juvenil, no Estádio Municipal de Armação de Pêra.A organização é do Clube de Futebol Os

Armacenenses, com o apoio da Junta de Freguesia de Armação de Pêra e diversas en-tidades e empresas locais.

Maratona BTT em TunesEstão abertas até ao dia 24 de fevereiro, as inscrições para a 2ª edição da M.T. B. – Ma-ratona em Tunes de BTT, que se realiza no dia 1 de março.A prova tem início às 9h, junto à sede da

ADECT – Associação Desportiva e Cultu-ral de Tunes. Trata-se de uma prova aberta a todos, englobando três níveis diferentes: Maratona Federada de 80km; Meia Mara-tona de 40km, e Mini Maratona, de 20km.As inscrições podem ser feitas através do site: www.apedalar.comMais informações e inscrições através dos contactos: 962 313 968 | [email protected] | www.facebook.com/adectunes

1º Trail Running Bombeiros de MessinesAté ao dia 4 de março, estão abertas as ins-crições para o 1º Trail Running Bombeiros de Messines.A prova é composta por um circuito de 10km e ou-tro de 30km e tem inicio às 9h, junto ao quartel dos bombeiros.As inscrições podem ser fei-tas através do site: www.acorrer.pt.Mais informações serão prestadas nos se-guintes contactos:: 926 611 443 ; 967 594 094 ; 962 543 190, ou [email protected]

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13Fevereiro 2015Sociedade

Sociedade

Um vasto conjunto de iniciativas cul-turais, recreativas e desportivas de-correm durante o mês de março, em

S. Bartolomeu de Messines, com o seu pon-to alto no dia 8, data em que se comemora o aniversário do poeta e pedagogo messinense João de Deus, figura que é, há vários anos, homenageada nesta altura.

1 a 31 de marçoTEIA – V Bienal de Poesia Oficina “PLIM, a Arte de Amar em João de Deus.”Escolas EB1 e EB2,3 de S. B. Messines | ao longo do mêsParceria: Casa-Museu João de Deus / Rede de Bibliotecas de Silves / Escolas EB1 e EB2,3 de S. B. MessinesPúblico-alvo: crianças dos 6 aos 10 anos

Oficina “A Arte de Amar em João de Deus. No tempo e no espaço.”Espaços públicos da vila de Messines | ao longo do mêsOrg.: Casa-Museu João de Deus Público-alvo: público em geral

4 de marçoPeça de teatro “O Livro Amigo”, pelo grupo Lanterna Mágica Casa do Povo de S. B. Messines | Público-alvo: crianças dos 2 aos 12 anos

7 de marçoEncontro Distrital de Trampolins InfantisCasa do Povo de Messines | 9h-17hPúblico-alvo: público em geralEntrada livre

Comemorações do 38.º aniversário da As-sociação Humanitária de Bombeiros Volun-tários de S. Bartolomeu de Messines

Simulacro Ruas da vila de S. B. Messines | 11hConcerto com Orquestra Clássica do Sul [agrupamento de música de câmara]Igreja Matriz de S. B. Messines | 18hOrg.: Município de Silves

TEIA – V Bienal de Poesia Exposição de escultura de Manuel CarvalhoCasa-Museu João de Deus | diariamente

8 de marçoComemorações do 38.º aniversário da As-sociação Humanitária de Bombeiros Volun-tários de S. Bartolomeu de Messines Sede da corporação | ao longo do dia

1.º Trail Running Bombeiros de MessinesPartida junto à sede | 9hOrg.: Bombeiros Voluntários de S. B. Mes-sines

Torneio de Níveis e TrampolinsCasa do Povo de Messines | 9h-17h

Passeio “Pelos caminhos de João de Deus”Casa-Museu João de Deus | 9h30Parceria: Arte Xelb / Município de Silves Público-alvo: sócios e público em geral

Solta de PombosVila de S. B. Messines (estátua do poeta João de Deus) | 11h45Parceria: Sociedade Columbófila de S.B. Messines / Junta de Freguesia

Inauguração da exposição “João de Deus na escrita de Teodomiro Neto”Salão da Junta de Freguesia de S. B. Messi-nes | 16h30

9 de marçoExposição de trabalhos alusivos a João de Deus

Jardim-Escola João de Deus | ao longo do mêsPúblico-alvo: comuni-dade escolar e público em geral

Romagem à estátua de João de Deus | 10hParticipação: alunos da creche, pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básicoOrg.: Jardim-Escola João de Deus

Momento artístico “A Arte em João de Deus”Jardim-Escola João de Deus | 15hConvidados: Sr. Max Barroso / Prof. Daniel Vieira Público-alvo: comunidade escolar e público em geral

11 de marçoPeddy Paper sobre a vida e obra de João de Deus Vila de S. Bartolomeu de Messines | 9h30Org.: Escola EB2,3 João de Deus

14 de marçoRecital de poesia e música “Tomo Deus”Capela de S. Pedro (Furadouro) | 16hPor Luís Calado, André Capela e Bruno Ví-tor Org.: Junta de Freguesia de S. B. Messines

20 de marçoEspetáculo “João de Deus – a Magia das Letras”Auditório Francisco Vargas Mogo (Crédito Agrícola de S. B. Messines) | 21hOrg.: Jardim-Escola João de Deus

Março em MessinesJoão de Deus dá mote para atividades durante todo o mês

Público-alvo: público em geral

21 de marçoPeça de teatro “O Marinheiro”, de Fernando PessoaSociedade de Instrução e Recreio Messi-nense | 21hAdaptação e interpretação: Grupo de Teatro Penedo GrandeCo-produção: Sociedade de Instrução e Re-creio Messinense / Grupo de Teatro Penedo GrandeEntrada livre

28 de marçoPalestra “João de Deus e a alfabetização po-pular”, pelo Prof. Doutor Justino MagalhãesSociedade de Instrução e Recreio Messi-nense | 17hOrg.: Junta de Freguesia de S. B. Messines

Nota: Devido à sua extensão, não nos é possí-vel publicar o programa detalhado de todas as atividades. Ao longo do mês, quer no nosso site, quer na nossa página do facebook, iremos dando os pormenores sobre este programa de eventos que agora divulgamos.

O poeta António Pereira, natural de Armação de Pêra, é a figura home-nageada nos dias 21 e 22 de feve-

reiro, com um conjunto de iniciativas que assinalam o centenário do seu nascimento.No dia 21, a manhã começa com poesia, no Mercado Municipal de Armação de Pêra, com a leitura de poemas de António Pereira.Às 15h, na Rua dos Pescadores, onde nasceu o poeta, será descerrada uma lápide come-morativa; e às 16h, será inaugurada a Expo-sição “Vida e Obra de António Pereira”, no Pólo de Educação ao Longo da Vida.A vida e obra do poeta armacenense é tam-bém o tema da sessão solene que se reali-za na Sala Polivalente do Clube de Futebol “Os Armacenenses”, no dia 22 de fevereiro, a partir das 18h, e que contará com a par-ticipação do escritor Napoleão Mira e dos músicos Afonso Dias e Reflect.A organização desta iniciativa é da Junta de Freguesia de Armação de Pêra, com o apoio de diversas entidades.«Figura incontornável da nossa cultura do sé-culo XX e com um talento ímpar para a poesia, António Pereira revelou-se um mestre na arte de despertar em nós sentimentos e emoções que nos remetem para uma viagem na sua compa-nhia às origens de um povo que encontrou no mar o seu sustento, a sua felicidade, a sua an-gústia, mas sobretudo a resposta para o sentido que todos procuramos nas nossas vidas.»

António Pereira no Terra RuivaEm 2007, com um texto de Aurélio Nuno Cabrita, o Terra Ruiva chamou a atenção, pela primeira vez, para a figura de António Pereira, um poeta que se encontrava es-quecido, apelando à Câmara Municipal de Silves e Junta de Armação de Pêra para que esta situação fosse invertida, na altura em que passavam 30 anos da sua morte.Este apelo caiu em saco roto, mas depois da publicação deste artigo, o Terra Ruiva teve a oportunidade de publicar um conjunto de textos da autoria de Domingos Manuel Ca-brita, amigo de António Pereira, que nos en-riqueceu contando alguns momentos vividos com o poeta.É o primeiro destes textos, publicados em 2010, que agora voltamos a reproduzir, em homenagem ao poeta.

O poeta António PereiraA 29 de Março de 1978 calou-se em Lisboa, no Hospital da Cruz Vermelha, vítima de leucemia, a voz do poeta do mar Dr. Antó-nio Pereira. Não foi sem emoção que soube de tão triste notícia.(…) Os pais foram respectivamente Aida da Encarnação Pereira e Francisco Anastácio Pereira, que não eram pescadores mas sim abastados proprietários agrícolas. O pai ti-

nha uma armação fixa de pesca a que denominou “Maria Luísa”, nome duma filha e possuía muitos vi-nhedos, ao redor da que seria a Av. Beira Mar, que com o decorrer do tempo se valorizaram bastante.António Pereira passou dez anos em Coimbra, a tirar o Curso de Direito e à per-gunta do pai: então esse curso não tem fim? Res-pondeu que foram cinco anos de Direito, cinco anos de Poesia.Concluída a Licenciatura foi colocado pri-meiro, como delegado do Ministério Pú-blico, depois como juiz, em Moura, onde conheceu sua esposa. E mais tarde, num ter-reno desta, viria a plantar um olival que seria na sua concepção avançado para a época em cerca de 30 anos.António Pereira exerceu o cargo de juiz du-rante pouco tempo pois as saudades da sua terra natal e o mar do Algarve que tanto amava fê-lo abandonar a magistratura e foi colocado em Silves, como conservador do Registo Civil.Ia todos os dias de manhã a Silves para trabalhar, e regressava a Armação onde ad-mirava o pôr de sol por vezes esplendoroso

com o que a natureza o brindava. Com o seu regresso definitivo a Armação o Poeta ergueu uma casa na Av. Beira Mar de es-tilo “Português Antigo” e com sua esposa decoraram primorosamente a mansão com lambris de azulejos antigos e com uma poe-sia do poeta feita em letras termo coláveis e em relevo no cimo duma escada no interior da casa. No patamar junto à porta da entra-da tinha uma âncora, talvez para lembrar o seu muito gosto pelas coisas do mar. A casa estava circundada de loendreiros de flores encarnadas e brancas. E em frente do portal tinha uma planta tão ao gosto do Poeta cujas flores mudavam de cor de manhã e de tarde, de branco rosado para encarnado.

Domingos Manuel Cabrita

Pormenor da carta de perdão a Cristóvão Matoso

Comemoração do Centenário do Nascimentodo poeta António Pereira

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14 Fevereiro 2015Opinião

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FAÚLHAUma faúlha vem lá de Atenas!

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Vamos falar de AMOR!

Helena PintoPartilhas

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Pela presença ou pela ausên-cia todos somos protago-nistas da história, por vezes

até de histórias passadas, basta pensarmos nos historiadores e nos arqueólogos que dão luz a aconte-cimentos que ficaram na penum-bra ao longo de séculos. Estou sempre a vos massacrar com a mi-nha história e as minhas aventuras,

façanhas ou desventuras, considero este massacre desnecessário e fico reticente ao escrever, voltar a falar de mim, mas, depois, recordo que ao refletir, ao tentar dar significa-do às ações, sou eu, naturalmente, quem reflete, quem dá sentido às minhas vivências e acabo sempre por me referir a mim. Gostava de vos falar sobre a Gré-cia, mais concretamente sobre a situação política naquele país, mas nunca lá estive e, por isso ou apesar disso, vejo este assunto da política grega, olhando para outras realida-des. Acredito que a grande maioria dos meus leitores, senão a unani-midade, criticam a ação da dita-dura militar chilena que derrubou um governo (radical, nas palavras dos anteriores e atuais jornalis-tas e comentadores) de esquerda que ganhou democraticamente as

eleições, mas agora sinto, em vós, alguma incerteza sobre a certe-za desta nova política grega, que, fundamentalmente, quer recupe-rar valores, retroceder na história desta chacina económica que co-meçou exatamente com a ditadura chilena. Privatizar tudo, especialmente aquilo que é rentável ou impres-cindível à vida de cada um de nós, é a palavra de ordem dos econo-mistas ao serviço deste capital e do afamado mercado que pugna con-tra a vontade libertária dos povos. Rejeitar a vontade do povo grego é o mesmo que apoiar a intervenção militar no Chile de Allende. Vol-tando, por momentos, a mim, eu vi como velozes correm as águas barretas do rio Maipo e imaginei as centenas de corpos, dos militan-tes de esquerda (radicais ou não),

assassinados, correndo, igualmen-te velozes, para o mar. Os luga-res da história são curiosos, estão lá, como a janela de um hotel em Viseu em que Humberto Delga-do discursou à multidão; já estive, nesse atual velho hotel e olhei atra-vés das vidraças, da mesma janela, uma praça deserta. A farsa repete a tragédia da histó-ria, mas por vezes, diante de nós, insurgentes concretizam a vontade histórica dos povos numa qualquer rua do Arsenal, numa demanda por Abril. É assim a história, não teve início e não terá fim. Algo me diz para ligar esta minha crónica à primeira que escrevi para este jornal, falava de utopias e da Place Djemaâ El Fna, património oral da humanidade, em Marrakech, Mar-rocos. Este país que nos saúda do outro lado do pequeno mar, que já

uniu um império, pode ser um par-ceiro estratégico do Algarve e de Silves (porventura o concelho da nossa região com maior patrimó-nio de origem muçulmana), mas os nossos responsáveis autárquicos não pensam assim, não estiveram presentes, a par com outros conce-lhos algarvios e entidades políticas, académicas e turísticas de ambos os países numa conferência so-bre Marrocos na Universidade do Algarve. Disseram-me que a pre-sidente dra. Rosa Palma foi a pri-meira a declinar o convite da uni-versidade pública da região. Será que o mundo, para a presidente da autarquia silvense, reduz-se às fre-guesias de Silves e de São Bartolo-meu de Messines?Somos mesmo todos protagonis-tas da história, de um dos lados da história.

Estando no mês de São Va-lentim, em que todos falam de AMOR, em que muitas

chamas se reacendem, se olha com mais atenção para quem se tem ao lado, se recorda como é bom na-

morar, gostaria de partilhar com os leitores algumas ideias sobre este tema do Amor.Mas porquê falar de Amor? Ape-nas por ser mês de S. Valentim? Não! Vamos falar de AMOR pelo valor reparador do AMOR. Sabia que o amor pode ajudá-lo com aspe-tos da sua personalidade? Estudos realizados sobre o Amor revelam que este tem um efeito “curativo”, pois pessoas com tendência para a baixa auto-estima, insegurança, depressão, etc., quando envolvidas em relações amorosas estáveis e satisfatórias melhoram significati-

CrónicaAntónio Manuel Duarte

A morte de Carlos Mourinho

Hoje dei graxa aos meus velhos sapatos pretos, vesti as minhas humildes

roupinhas e fui levar CARLOS MOURINHO à sua última mo-rada, localizada no cemitério da cidade de Silves. Carlos Mourinho, com 77 anos de idade, não morreu de velho, pois admite-se que tinha estrutura físi-ca e mental para se aguentar, pelo menos, por mais uns 10 anos de vida. Há uns dias, foi atraiçoado por uma manta eléctrica, enquanto dormia na sua cama, numa noite fria.

Carlos Mourinho, sem familiares directos, vivia sozinho, na sua mo-desta casinha, tendo como compa-nhia mais próxima os seus cães de guarda, presos com correntes no logradouro de sua residência.Os vizinhos mais próximos já são poucos e nem sempre estão pre-sentes na aldeia. No fim de semana passado, estavam. Um deles terá deixado, na sexta feira, uma alface próximo da porta, procedimento habitual de partilha e típico do nosso espírito de vizinhança. O Carlos não estava, mas não tarda-ria a aparecer, pensou.No domingo, outro vizinho achou estranho não o ver. Inicialmente o telemóvel do Carlos Mourinho to-cou, mas, mais tarde passou a ficar mudo, apesar do seu número ser ligado.

Na segunda-feira, ao fim da ma-nhã, depois de bater à porta sem sucesso e vendo que o carro con-tinuava na garagem, esse último vizinho, decidiu ligar para a GNR.Quando vieram as autoridades descobriram que Carlos Mourinho Gonçalves estava deitado na cama e quase todo queimado. Os popu-lares foram proibidos de entrar e a versão que anda a correr pelos ca-fés da zona, é que morreu queima-do por uma manta eléctrica.Possivelmente ninguém deu por nada porque o incêndio não se ge-neralizou a toda a casa. A modesta casinha tem telhados de ripa cer-rada e poucas janelas, razão por-que o cheiro a carne queimada terá sido mais difícil de sair para o meio circundante. Pode parecer excessivo vir falar de

vamente ao nível destas caracterís-ticas de personalidade. As desco-bertas apontam também para um papel fundamental do cérebro nes-tas questões das decisões amorosas (região cerebral chamada insula anterior), o que nos leva a consta-tar que afinal coração e cérebro es-tão mais ligados do que pensamos, mesmo nestas questões. O Amor tem afinal um efeito re-parador da saúde individual, ele é capaz de despertar nas pessoas capacidades e de as mobilizar para grandes feitos, seja ele de cariz ro-mântico, parental, amizade, etc. Amar e ser Amado faz bem! Mas,

enquanto ser amado é algo que não controlamos, amar já depende mais de nós. Expressar o amor que sentimos pelos outros promove a nossa saúde e bem-estar, por isso diga-o bem alto, no Dia de São Valentim e todos os dias da sua vida!Partilho convosco esta pequena história: “Uma mãe levou o filho pequeno ao fundo de um vale, e disse: “Gri-te as palavras: ‘Eu Te Odeio’!”. De repente, ele ouviu o som assusta-dor de “Eu Te Odeio, Eu Te Odeio, Eu Te Odeio!” ecoando pelo vale.

Ela voltou-se para o filho e pe-diu: “Agora grite as palavras ‘Eu Te Amo’ o mais alto que puder.” Ele gritou com todas as forças: “Eu Te Amo!” De repente, ouviu: “Eu Te Amo, Eu Te Amo, Eu Te Amo!” ecoando ao seu redor. Agora olhe para dentro do lago e veja um espelho de água refletindo sua imagem. Ame outra alma e seu amor se refletirá de volta para você.”

Partilhe a sua opinião, ideias, reflexões…[email protected]óloga clínica

um cidadão que não foi treinador famoso de clubes de futebol, não frequentou universidades como Harvard ou Cambridge, nem ti-nha doutoramentos honoris cau-sa passados pelas universidades portuguesas. Carlos Mourinho era apenas um humilde cidadão do interior do Algarve. Morava numa pequena e centenária aldeia, chamada Baralha, situada a Sul da barragem de Arade, uma das muitas aldeias em acelerada deser-tificação. Uma aldeia, onde na pro-posta de futuro PDM para Silves, até os telhados das casas são RAN, a chamada reserva agrícola nacio-nal. Carlos Mourinho e os outros cidadãos, ainda mais velhos, que têm deixado o meu mundo rural, não deixaram memórias escritas e todas as suas experiências de vida

se perderam, quase totalmente. Sempre que morre um idoso do mundo rural português, morre uma pequena enciclopédia. Há todo um manancial de experiên-cias que, na falta de registos, acaba por desaparecer ou por se dissipar nos meandros da oralidade. Sim, sei que há gente que acha o nosso passado rural não interes-sa e que olhar para ele nem serve para ajudar a perspectivar um novo futuro. Lamento, mas penso exac-tamente o contrário: O futuro e “salvação de Portugal” passa neces-sariamente pelo renascimento da nossa ruralidade. E este texto é uma homenagem que faço aos velhos do meu mundo rural.

Page 15: Jornal Terra Ruiva - Jornal do Concelho de Silves

15Fevereiro 2015

março, o curso “Avaliação Psicopedagógica em perturbações da aprendizagem”, sendo formadora Marta Vidal Paula. A ação é promovida pela Câmara Municipal de Silves, através do seu sector de Psicolo-gia, e dirige-se a psicólogos, estudantes do Mestrado integrado do curso de Psicologia e professores de Educação Especial. Fazem parte do programa os seguintes conteúdos: funções envolvidas nas com-petências escolares básicas (leitura, escrita, cálculo); instrumentos e sua aplicação III (instrumentos para avaliar a leitura e escrita em vários níveis e requisitos); e elaboração de um registo contínuo para planear, moni-torar e validar um processo de intervenção em perturbações de aprendizagem.O curso tem a duração de 25 horas e equi-valência, para Psicólogos inscritos na OPP, ao nível III da Pós-Graduação em Avaliação e Intervenção Psicológica com Crianças e Adolescentes e ao nível III do Ciclo de For-mação em Avaliação Psicológica de Crian-ças e Adolescentes, do projeto Educarte», informa a Câmara Municipal.As inscrições têm um custo associado de 55 euros, estando a realização do curso sujeita a um número mínimo de 20 participantes inscritos.O telefone 282 440 800 (extensão 420) e o email [email protected] são os con-tactos para informações.

Planeamento Estratégico em Organizações CulturaisNos dias 20 e 21 de março irá decorrer, no Museu de Arqueologia, em Silves, uma ação de formação com o tema “Planeamento Estratégico em Organizações Culturais”, organizada pelo Município de Silves e pela Suggestus.A ação destina-se a criadores e artistas, pro-gramadores e gestores culturais, técnicos e dirigentes da administração pública, diri-gentes associativos, estudantes e outros in-teressados.O curso visa apetrechar os participantes de competências específicas no domínio do planeamento estratégico de organizações culturais e sociais. Os conteúdos completos podem ser vistos em: www.suggestus.pt Mais informações serão publicadas na nossa edição on-line, quando forem disponibiliza-das pela organização.

Sociedade

SociedadeTEIA com música e poesiaMúsica e poesia são as próximas iniciativas da TEIA – V Bienal de Poesia, que está a decorrer em Messines. Já no dia 21 de fevereiro realiza-se um Re-cital de Saxofone por Bruno Silva, na Igreja Matriz, pelas 18h, com entrada livre.

No mesmo dia, às 21h30, na Casa Museu João de Deus, terá lugar um encontro com os poetas Fernando Esteves Pinto, Adão Contreiras e Vítor Cardeira, incluindo uma mostra de livros e sessão de autógrafos.

Noite de fados em MessinesOs Bombeiros Voluntários de Messines or-ganizam, no dia 21 de fevereiro, uma Noite de Fados, com a participação dos fadistas César Matoso e Sara Paixão, acompanhados à guitarra portuguesa por Filipe Baptista e à viola por Paulo Ferreira.

O espetáculo tem início às 21h, e tem um custo de 7,50€ por pessoa, com oferta do cal-do verde. As reservas podem ser feitas atra-vés dos números: 965564397 e 282330633.

Workshop de Expressão DramáticaNo dia 28 de fevereiro, na Biblioteca Mu-nicipal de Silves, haverá um Workshop de Expressão Dramática, conduzido por San-dro William Junqueira.A atividade destina-se a crianças entre os 8 os 12 anos e embora seja gratuita requer inscrição prévia que deve ser feita junto da Biblioteca Municipal.

Teatro em MessinesNo dia 28 de fevereiro, é apresentada a peça de teatro “O Príncipe de Spandau”, de Hél-der Costa, com adaptação e interpretação de Domingos Semedo.O espetáculo é às 17h, na Junta de Freguesia de S. Bartolomeu de Messines, com entrada livre.

Maria Lamas em destaque em SilvesA inauguração da exposição “Maria La-mas- uma mulher do nosso tema” e unma palestra sobre esta importante figura femi-nina assinalam as comemorações do Dia Internacional da Mulher, numa co-iniciativa

da Câmara Mu-nicipal de Silves e Movimento Democrático das Mulheres.Para a palestra são convidadas Leonor Agulha e Margarida Ten-garrinha. A mes-ma terá lugar nos Paços do Conce-lho, em Silves, às 17h. Recorde-se que Maria Lamas nascida em Lisboa em 1893, foi uma conhecida escri-tora, tradutora, jornalista e ativista política feminista portuguesa.

Homenagem ao Cante AlentejanoNo dia 7 de março, às 21h, no Teatro Mas-carenhas Gregório, em Silves, terá lugar um espetáculo de Homenagem ao Cante Alen-tejano.Participam os seguintes grupos: Grupo Co-ral e Etnográfico de Vila Nova de S. Bento; Grupo Coral e Etnográfico “Os Campone-ses de Pias”; e Grupo Coral Alentejano de Tunes.A entrada é livre.

Ciclo “Os filhos da terra também têm nome”No âmbito da iniciativa Ciclos+ Cultura 2015, tem lugar, no dia 13 de março, às 21h, mais um evento: “Os filhos da terra também têm nome”, com o objetivo de dar a conhe-cer pessoas do concelho que se dedicam a diversas atividades. Para esta sessão são convidados: Rui Bento (treinador de futebol – com presença ainda a confirmar ), Mariana Mestre (atriz); Pedro Pinto ( músico e compositor) e Fernando Conduto ( escultor).A moderação será de Carlos Rocha, técnico da Câmara Municipal de Silves, e os mo-mentos musicais serão executados por Veró-nica Monteiro e Dave Barker. A entrada é livre.

Conferência “Silves islâmica: capital da Poesia e da Mística”No dia 14 de março, o Centro de Estudos Luso-Árabes e a Universidade Aberta orga-nizam uma conferência com o tema: Silves islâmica: capital da Poesia e da Mística”.A conferência decorre na Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica, pelas 16h, e tem como orador Abdallah Khawli.

Oficina de teatro em Alcantarilha

Na Casa do Povo de Al-cantarilha, Pêra e Armação de Pêra estão aber-tas as inscrições para uma Ofi-cina de Teatro destinada a crianças e jo-vens entre os 8 e os 15 anos.As inscrições serão limitadas a um núme-ro máximo de

participantes e podem ser feitas na Casa do Povo ou através dos contactos: 282 322 314 e 926 825 798 ou por email: [email protected].

Inscrições para Escola de Música da Filarmónica de SilvesEstão abertas as inscrições para a Escola de Música da Sociedade Filarmónica Silvense, para alunos com idades superiores a 6 anos.As aulas são lecionadas pela professora Agripina Lopes.

Informações, preços e horários podem ser pedidos na sede da Filarmónica, ou pelo email: [email protected]

Curso sobre Avaliação Psicopedagógica em perturbações da aprendizagemTem lugar na Biblioteca Municipal de Sil-ves, nos dias 27 e 28 de fevereiro e 13 e 14 de

Page 16: Jornal Terra Ruiva - Jornal do Concelho de Silves

16 Fevereiro 2015Sociedade

Acontecimentos atmosféricos no mês de fevereiroAo longo das últimas décadas, o mês de fevereiro tem sido marcado por vários acontecimentos atmosféricos singulares que causaram grandes danos materiais e constituíram uma ameaça para a vida humana.A 15 de fevereiro de 1941 um terrível ciclone extratropical atingiu e devastou Portugal. A 2 de fevereiro de 1954, um forte nevão co-briu todo o país; e em 1969, a 28 de fevereiro, Portugal foi sacudido pelo maior sismo registado em Portugal Continental, no século XX.15 de fevereiro de 1941 - CicloneNo dia 15 de fevereiro de 1941 Portugal foi assolado por um ci-clone que, em poucas horas, deixou

um rasto de destruição em quase todo o território continental, além de um elevado número de mortos, de feridos e de desaparecidosEste dia horrível de pavor, de deso-lação e angústia também foi vivido no Algarve, como se pode ler em O Século: “A província do Algarve foi assolada por um violentíssimo tem-poral, que causou prejuízos de grande monta, avaliados em dezenas de mi-lhar de contos. A floração das amen-doeiras foi desfeita pela ventania e tem-se como certa a perda quase total da produção do fruto, o que agrava consideravelmente a crise. Grandes trovoadas pairaram por toda a re-gião. Muitas casas ficaram destruídas ou sem telhados e a violência da tem-pestade fez-se sentir, em especial nas zonas fabris e nos aglomerados de ha-bitações de gente pobre. Há milhares de árvores derrubadas. No litoral, a tormenta atingiu inaudita violência e o mar tocado pelo ciclone, invadiu grandes extensões de terra cultivada, devastando completamente semen-teiras e pomares. Por toda a parte há tristeza e desolação”. O vento terá soprado a uma veloci-dade de 140 quilómetros por hora no Algarve. O concelho de Silves não foi exceção, tendo ocorrido inúmeros danos:“Abateu a fabrica de cortiça da firma Coutinho & C.ª. Morreu, na der-rocada, um rapaz de 13 anos e ficou outro gravemente ferido”;“Sofreram prejuízos importantes as fabricas de cortiça de Bento Montei-ro, de José Cruz, de Abílio Braz, de Aldemiro Mira e José Duarte. No cemitério, caíram todos os ciprestes. Os eucaliptos e cedros que ladeavam a Cruz de Portugal, monumento nacional, caíram, tendo apenas des-truído parte do gradeamento do mo-numento”;“Os campos que rodeiam Silves foram

igualmente devastados. Contam-se por centenas as amendoeiras, alfar-robeiras e oliveiras arrancadas pela raiz”;

Na freguesia de Arma-ção de Pera, chegam as notícias dizendo “te-rem-se perdido aí todas as embarcações”, “o mar destruiu a esplanada, deslocando enormes ro-chas. Mais de quarenta barcos foram atirados contra os fraguedos, fi-cando estilhaçados. Os prejuízos foram enormes nas amendoeiras, nos favais e nos ervilhais de Pera, região que abastece Lisboa”;“O ciclone derrubou em Silves mais de 300 eu-caliptos” e “os prejuízos naquele concelho ele-vam-se a mais de 1000 contos”;No Algoz, “o mercado foi parcialmente destruí-

do” e “verificou-se o facto singular das rajadas de vento levarem consigo agua salgada e atirarem aos ares os transeuntes desprevenidos”.Estimou-se que o temporal terá causado na região 200.000 contos de prejuízos. A extensão e gravida-de dos danos levaram a que a Junta Autónoma de Estradas pagasse à Câmara de Silves a importância de 6 000 contos respeitantes à repa-ração do pontão e estrada para o Cemitério de Silves, bem como a reparação de muros junto à Cruz de Portugal.

2 de fevereiro de 1954 - NevePassados treze anos do ciclone, o país voltou a acordar com condi-ções atmosféricas adversas. Desta vez, o mês de fevereiro começou com uma vaga de frio que assola-va toda a Europa, sendo a primei-ra semana caraterizada por uma ofensiva de frio e neve, com tem-peraturas excecionalmente baixas e grandes nevões.Assim, no dia 2 de fevereiro de 1954 um grande nevão cobriu Portugal, do Minho ao Algarve.

Os periódicos Diario de Noticias e Diário de Lisboa citam Armação de Pera, Tunes, Algoz, Alcantarilha, S. Bartolomeu de Messines e Sil-

ves como locais onde nevou.Sobre o nevão ocorrido em Alcan-tarilha, o periódico Diario de Noti-cias, escrevia “ De manhã, caiu um nevão, o que admirou muita gente, pois, na verdade, não há memória de tão grande quantidade de neve”. No Diário de Lisboa circulou uma notícia sobre Algoz: Hoje, devido ao grande nevão que caiu durante a noite, os campos, telhados, arvoredo e ruas estavam cobertos de grande ca-mada de neve.”Sobre Armação de Pera, o Diario de Noticias publicou “ caiu neve de manhã, sobre esta localidade. Os te-lhados e os campos ficaram comple-tamente brancos e o espectáculo, pela primeira vez aqui observado, im-pressionou vivamente a população”.O mesmo diário relatou o fenó-meno que sucedeu em S. Bartolo-meu de Messines “nevou ontem com tanta intensidade que passadas pouco mais de duas horas a neve atingia, em alguns pontos, mais de 30 centimetros de espessura”. No jornal Diário de Lisboa, en-contra-se alusão à queda de neve desde o dia 1 de fevereiro “Árvores partidas pelo peso da neve. S. BAR-TOLOMEU DE MESSINES –Durante toda a tarde de ontem até ao princípio da noite, voltou a cair neve sem interrupção.

Vários grupos se deslocaram aos pon-tos altos, a fim de admirar um pano-rama tão deslumbrante e raro nesta região, indo quase todos munidos de máquinas fotográficas, para colher aspectos da neve. (…)Também não choveu hoje, mas dos beirais e nas ruas corre água como

se chovesse, por causa do desgelo. Há algumas ár-vores partidas devido ao peso da neve”.Sobre Tu-nes noticiou o Diario de Noticias “de-pois de uns dias de frio intenso, esta l o c a l i d a -

de acordou sob um espesso manto de neve. Não há memória de um nevão assim no Algarve”. No jornal Diário de Lisboa, de 3 de

fevereiro : “A neve causou estragos em Silves – A neve causou importan-tes avarias nas redes eléctricas e tele-fónicas e fez ruir o telhado do teatro

desmontável da companhia Rafael de Oliveira”.O jornal O Século também noti-ciou o acontecimento “o teatro des-montável da companhia Rafael de

Oliveira, que está instala-do no Largo da Senhora dos Mártires abateu com o peso da neve e os bombei-ros volun-tários nada puderam fa-zer. Um dos bombeiros foi arrastado pelo desabamento,

indo cair na plateia. No sítio do Fa-lacho um grande eucalipto abateu com o peso da neve, sucedendo o mesmo com oliveiras, e alfarrobeiras noutros sítios. As escolas primá-rias ficaram bloqueadas pela neve, tornando-se penoso o acesso dos alunos e professores. Nas estradas registaram-se acidentes de viação, vendo-se na ladeira de São Pedro al-guns veículos voltados nas valetas, por terem derra-pado na neve. Um destes veículos foi a camioneta do sr. Fontainhas Neto, de Messines. As carrei-ras de camionetas para Armação de Pera foram interrompidas durante quatro horas e as fábri-cas da indústria corticei-ra não funcionaram em consequência do intenso frio que se fazia sentir. As sementeiras recentes que

ainda não germinaram não sofrerão prejuízos com a neve, mas as ervilhas e as favas ficaram queimadas, o que acarreta uma grande perda para a

região”.

28 de fevereiro de 1969Na madrugada de 28 de fevereiro de 1969, pelas 3 horas e 41 mi-nutos, Portugal Con-tinental foi mais uma vez atingido por um violento sismo, com uma magnitude de 7.5 na escala de Richter. O epicentro localizou-se no mar, no Oceano Atlântico, a sudoeste do Cabo de S. Vicen-te e fez-se sentir não só em Portugal, como também em Espanha e Marrocos. O pânico dominou os milhares de portugue-ses que, naquela noite, foram acordados pelo maior abalo sísmi-

co verificado no país desde 1755, sentido com maior intensidade da escala internacional (VII) no Al-garve.O abalo foi particularmente vio-lento pela extraordinária duração: cerca de um minuto -”um minuto que durou horas...”.Os maiores danos foram regista-dos no Algarve, em particular nas localidades de Vila do Bispo, Ben-safrim, Lagos, Portimão, Silves e Castro Marim. O concelho de Silves foi bastante afetado. A aldeia de Fonte de Lou-zeiros praticamente desapareceu, o Posto da Polícia de Segurança Pública, situado no torreão, ficou arruinado e o próprio edifício dos Paços do Concelho sofreu danos, nomeadamente, no Salão Nobre, tal como dezenas de habitações registaram danos ou ficaram par-cialmente destruídas.

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17Fevereiro 2015Sociedade

A Cruz Grande em Messines

Aurélio Nuno

Reviver o Passado

Cruz Grande anos de 1960

Cruz Grande em 1938

Em São Bartolomeu de Messines, junto à estátua ao poeta João de Deus, en-

coberto pelo jardim, encontra-se um cruzeiro, conhecido localmente por Cruz Grande. Recorde-se que este tipo de monumentos é muito comum em Portugal, Espanha e também no Reino Unido. De di-ferentes dimensões encontram-se geralmente em lugares elevados, mas também em praças, igrejas e cemitérios, ou ainda no cruzamen-to de caminhos. A Cruz Grande insere-se nesta última tipologia, na encruzilhada de três caminhos outrora muito relevantes, para Sil-ves (oeste), para Faro (este/ sul) e principalmente para norte (atual Rua do Furadouro), estabelecendo a ligação do Algarve com o resto do país. Ignora-se a data da sua edificação, embora já existisse em meados do século XIX. Aquando da constru-ção da estrada macadamizada para Silves ocupava uma posição central num vasto largo, desenvolvendo-se o caminho por ambos os lados, conforme consta na planta do pro-jeto, datado de 1881. Dois anos antes José Joaquim Bochixa solici-tou à Câmara de Silves autoriza-ção para construir uma casa junto ao monumento, sendo muito pro-vavelmente a primeira habitação erigida no local. Recorde-se que a aldeia terminava pouco depois da igreja matriz, desenvolvendo-se a estrada por entre hortas e terrenos até e depois da Cruz Grande.Em 1906 a Câmara de Silves, em resposta à Real Associação de Ar-quitectos Civis e Arqueólogos Por-tugueses, indica a Cruz Grande, juntamente com a Sé, o Castelo e a Cruz de Portugal, como os princi-pais monumentos do concelho. O cruzeiro de então não chegou aos nossos dias, pois no fim dos anos de 1920 foi partido, num ato de vandalismo. As suspeitas recaíram sobre o anarquista messinense José Correia Pires, que as refutaria, ao que parece com razão, lembrando anos mais tarde o acontecimento nas suas “Memórias de um Pri-sioneiro do Tarrafal”: “À saída de messines para o lado Poente há uma cruz, não sei desde quando; chamam-lhe cruz grande porque realmente é grande e está assente sobre um palanque de uns seis ou

sete metros de su-perfície (…)”. A cruz seria repa-rada, até que, julga-mos, já na década de 1960, seria removida e substituída pela atual. O crescimento urbano da povoação aglutinaria a estrutu-ra, de tal forma que hoje se encontra pra-ticamente no centro da vila.Pelo destaque que sempre teve na pai-sagem foram muitos os messinenses de diferentes gerações que pousaram jun-to do monumento, como evidenciam as duas fotografias que se publicam, uma de 1938 (com a primiti-va cruz) e outra dos anos de 1960 (com a atual). Com a cons-trução da estátua a João de Deus e es-sencialmente depois do ajardinamento da avenida, o cruzeiro perdeu relevo, para já no presente século, com a remodelação do jardim, ficar in-justamente escondi-do e dissimulado por entre a vegetação. Se na verdade a cruz de hoje não ostenta grande notoriedade, ela constitui todavia um marco histórico da vila e do Algarve, pelo que urge corrigir a situação presente, dotando o monumento da dignidade e do relevo que me-rece.

Nos dias seguintes a aldeia de Fon-te de Louzeiros, que ficou comple-tamente arrasada, foi notícia nos mais diversos periódicos – Folha de Domingo, Diário de Lisboa e O Século.No Diário de Lisboa, de 2 de março de 1969, surge a notícia: “Uma po-voação destruída a 13 quilómetros de Silves - um pequeno povoado a 13 quilómetros desta cidade foi a maior vítima do abalo de anteontem, que o destruiu quase por completo. Em Fontes dos Louzeiros não há palavras para descrever o que se passou: das dezasseis habitações modestíssimas do

lugar só uma ficou de pé”. Como a maioria da população ficou desalojada, as famílias “aco-lheram-se quase todas num pequeno armazém, igualmente poupado pelo sismo. Mas a teimosia de uns quantos habitantes faz com que persistam em ocupar (devia procurar-se outra pa-lavra) os restos do que foram as suas moradias”.“Os paupérrimos haveres dos louzei-renses ficaram soterrados sob os es-

combros: só removendo pedra a pedra todo aquele entulho haveria possibi-lidade de descobrir roupas e algum alimento não deteriorado. Por isso já partiu gente de Fontes de Louzeiros para a «operação reabastecimento» - pois de fora não chega socorro.”Para visitar as zonas mais afetadas pelo violento sismo o Ministro das Obras Públicas, o Eng.º Rui San-ches, acompanhado pelo Governa-dor Civil de Faro e Diretores do Instituto de Assistência à Família e dos Edifícios e Monumentos Nacionais da zona sul percorreram no dia 2 de março esta localidade. No final da tarde realizou-se em Portimão, no salão do edifício dos Paços do Concelho, uma sessão de trabalhos conjunta com os Presi-dentes dos Municípios de Porti-mão, Lagos, Silves e Vila do Bis-

po e técnicos de Lisboa e Algarve onde “foi discutida a situação nas suas linhas gerais, ficando deliberado acudir imediatamente às pessoas de-salojadas, reparar os edifícios públicos danificados, reconstruir as habitações que o possam ser e instalar casas des-montáveis, ate que as circunstâncias possibilitem a construção de casas definitivas”, como se pode ler no jornal Folha do Domingo.Na semana seguinte, a 7 de março, o então Presidente do Conselho, Marcello Caetano, visita o Al-garve e Silves “A fim de se inteirar pessoalmente dos estragos causados no

Algarve pelo sismo que na ma dr uga da de vinte e oito de Fevereiro último abalou todo o País . ( )

Para realojar as famílias que ficaram com as casas destruídas o Minis tér io

das Obras Públicas forneceu cinco casas desmontáveis pré-fabricadas destinadas aos sinistrados deste concelho. Também foram im-plantadas em Fonte de Louzeiros, barracas para alojamento provisó-rio das vítimas do tremor de terra, implantação que foi feita em terre-no pertencente ao Sr. José da Silva Reis.O tremor de terra de 28 de feve-reiro de 1969 é considerado, ainda

hoje, como o último grande sismo a ocorrer em Portugal Continental, desde 1755 e o mais importante do século XX.Outros acontecimentos têm ocor-rido durante o mês de fevereiro, contudo o ciclone de 1941, a neve de 1954 e o sismo de 1969 pelas suas consequências e espetacula-ridade gerada ficaram assinalados nos anais da história e das gerações que os presenciaram.

Autor: Vera GonçalvesNota: A versão integral deste tra-balho encontra-se na Exposição patente nos Paços do Concelho, até ao final do mês de fevereiro, da responsabilidade do Arquivo Mu-nicipal de Silves.

Fotografias cedidas por Aura Ra-mos Calado e Gilberto Valério (Serafim Ambrósio Neto), a quem muito agradecemos.

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até ao dia 12 de cada mês.

Page 18: Jornal Terra Ruiva - Jornal do Concelho de Silves

18 Fevereiro 2015Geral

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Leonel da Silva Tomé

Faleceu no passado dia 7 de Feve-reiro do corrente, de forma prema-tura, com 71 anos de idade, Leonel da Silva Tomé. Nascido em S. José, Ponta Delgada, Açores, residiu durante quase toda a sua vida, em S. Barto-lomeu de Messines. Empregado de Comércio, na situação de aposentado, revelou-se um cidadão social e politicamen-te ativo após a revolução dos cravos de 25 de Abril de 1974. Foi militante e dirigente destacado do PCP em S. B. de Messines. Distinguiu-se como ativista sindical no Sindica-to dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Faro, acompanhou de forma intensa e entusiástica o pe-ríodo posterior à revolução de Abril, foi dirigente associa-tivo e ajudou a criar a Cooperativa de Habitação e Cons-trução Económica “União Silvense”. Pertenceu ao lote de ativistas que ergueu através de trabalho árduo e voluntário o amplo Centro de Trabalho do PCP em S. B. de Messines. Integrou e apoiou as listas da CDU às eleições autárquicas. Leonel da Silva Tomé foi um excelente profissional, um Homem sério e simples, de valores e convicções, extre-mamente humano, dotado de espírito solidário, sempre amigo do seu semelhante, que deixa profundas saudades a todos aqueles que o conheceram e gozaram do privilégio de conviver com ele. A enorme manifestação de pesar no dia do seu funeral é expressão do respeito e da admiração que granjeava na comunidade a quem muito deu. A vida prega-nos trágicos e súbitos castigos, difíceis de compreen-der e aceitar. Mas aqueles que amamos e de quem gostamos nunca morrem, ficarão para sempre, perpetuados na nossa memória. Neste momento de dor e luto, o Jornal “Terra Ruiva” pres-ta sentidas condolências à mãe, viúva, filhas, irmã, genro e demais familiares.

F.M.

Exposição “Acontecimentos atmosféricos no mês de fe-vereiro” - Nos Paços do Concelho, até 28 de fevereiro. De segunda a sexta feira das 9h às 17h.Exposição “No caminho do Lince Ibérico”, no Castelo de Silves, diariamente das 9h às 17h.Exposição documental/iconográfica “185º aniversário do nascimento do poeta João de Deus”, de 1 a 31 de março, nos Paços do Concelho.Exposição “Talentos na Comunidade” – “Fazer rendas de bilros por prazer”, de Nel Hoogvliet-Albas – Na Biblio-teca Municipal de Silves, de 6 a 31 de março. De terça a sexta feira das 10h às 19h30; segunda e sábado, das 14h30 às 19h30.Exposição “Maria Lamas – uma mulher do nosso tempo”, Paços do Concelho, inauguração no dia 8 de março, 17h.Exposição de escultura de Manuel Carvalho- De 7 de março a 19 de abril, na Casa Museu João de Deus, diaria-mente. (exceto ao fim de semana)Exposição Os Signos do Quotidiano”, no Museu Munici-pal de Arqueologia, todos os dias, das 10h às 18h.Casa Museu João de Deus - Exposição Permanente sobre João de Deus, em Messines. Com Espaço da Biblioteca, Es-paço Multimédia e Ludoteca, onde são organizadas várias actividades, das 10h às 13h e das 15h às 18h. Encerra aos sábados, domingos e feriados.Encontro de Veículos Clássicos em Armação de Pêra – No 1º domingo de cada mês, junto ao Mini Golfe.

Page 19: Jornal Terra Ruiva - Jornal do Concelho de Silves

19Fevereiro 2015Geral

Escritura

                       

FARO – Rua Aboim Ascensão, 34 – telef.: 289 894 400 / 4 – Fax: 289 894 401 FARO – Av. 5 de Outubro, 16 – telef.: 289 894 410 MESSINES – Rua Heróis de Mucaba, 28 – telef.: 282 333 300 / 282 333 305–Fax:282 333 309 QUARTEIRA – Av. Mota Pinto, 8 – telef.: 289 389 526 

 

José Manuel Lima Cabrita

SÓCIO-GERENTE

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ClassificadosVende-se ou permuta-se prédio rústico, com 10 090 metros, lote 95 da várzea do Benaciate, situado na zona dos poços do Almarjão. TM 934 469 658.Fabrico e comércio de embalagens de madeira e cartão para fruta. Bons Preços e qualidade - Tm: 918354400 / 965668288Vende-se casa de campo, com cisterna, armazém e quintal.Boa Localização. Contacto 968900294

EmpregosJUSTIFICAÇÃO

Ana Rita da Silva Palma, Notária do Cartório Notarial sito em Lagoa (Algarve), na Rua Município de S. Domingos, Lote 7, rés-do-chão direito, CERTIFICA narrativamente, para efeitos de publicação, que neste Cartório, no dia quin-ze de Janeiro de dois mil e quinze, de folhas sete a folhas nove verso do Livro de notas número Cento e dezassete-A, foi lavrada uma escritura de justificação notarial, na qual: - Vítor da Conceição Sequeira, que também usa e assina Victor da Conceição Sequeira, NIF 128 458 518, e mu-lher Maria de Lurdes Pereira Cabrita, que também usa Maria de Lourdes Pereira Cabrita, NIF 152 986 480, ca-sados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais de Silves, ele de Alcantarilha, ela de S. Bartolomeu de Mes-sines, residentes no sítio de Santo Estêvão, Pedreira, em Silves.Declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do PRÉDIO RÚSTICO situado em Santo Estevão, na freguesia e concelho de Silves, com-posto por pomar de citrinos, com a área de mil e trezentos metros quadrados, a confrontar, do norte, do nascente e do poente com caminho e do sul com Luís Sequeira Cabrita, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Sil-ves, inscrito na respetiva matriz predial rústica, em nome do justificante varão, sob o artigo 76 da secção AL da refe-rida freguesia de Silves.Que, o referido prédio não se encontra descrito na respe-tiva Conservatória do Registo Predial de Silves e do mes-mo não têm qualquer título formal que sirva de base ao registo em seu nome.Que, o prédio veio à posse do justificante varão no ano de mil novecentos e cinquenta, em dia e mês que não pode precisar, ainda no estado de solteiro ( tendo posteriormen-te vindo a casar-se com a sua atual mulher), por permuta verbal feita com o seu irmão Joaquim António Sequeira, à data também solteiro, actualmente viúvo, residente na Tra-vessa Quinta dos Malheiros, número 1, em Coimbra, sem que, todavia, tenha sido lavrada a competente escritura. Que, desde então, data em que se operou a tradição do pré-dio, até hoje, primeiro o justificante varão e após o casa-mento ambos os justificantes ( no ano de mil novecentos e sessenta), passaram a desfrutar o prédio como coisa pró-pria, autónoma e exclusiva, dele retirando as vantagens de que é susceptível, nele efetuando as tradicionais culturas da região, lavrando, semeando e tratando das árvores, colhen-do laranjas e romãs, usufruindo, portanto, de todos os seus frutos e rendimentos, passaram a cuidar da conservação e limpeza do mesmo e a suportar os seus encargos, enfim, nele praticando os atos materiais correspondentes ao direi-to de propriedade plena na convicção de não lesarem o di-reito de outrem, convictos de serem os únicos e exclusivos proprietários do referido imóvel, pelo que possuem o dito prédio em nome próprio há mais de sessenta anos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensiva-mente, com o conhecimento e acatamento de toda a gente.Que, assim, esta posse pública, pacífica e contínua, condu-ziu à aquisição do direito de propriedade do mencionado prédio por USUCAPIÃO, que invocaram para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo.

Vai conforme o original.Lagoa (Algarve), quinze de Janeiro de dois mil e quinze

A NotáriaAna Rita da Silva Palma

Conta registada sob o nº 47

(Publicada no jornal Terra Ruiva, Edição nº 163 de 18 de Fevereiro de 2015)

JUSTIFICAÇÃO

Ana Rita da Silva Palma, Notária do Cartório Notarial sito em Lagoa (Algarve), na Rua Município de S. Domingos, Lote 7, rés-do-chão direito, CERTIFICA narrativamente, para efeitos de publicação, que neste Cartório, no dia quin-ze de Janeiro de dois mil e quinze, de folhas dez a folhas doze verso do Livro de notas número Cento e dezassete-A, foi lavrada uma escritura de justificação notarial, na qual: - Vítor da Conceição Sequeira, que também usa e assina Victor da Conceição Sequeira, NIF 128 458 518, e mu-lher Maria de Lurdes Pereira Cabrita, que também usa Maria de Lourdes Pereira Cabrita, NIF 152 986 480, ca-sados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais de Silves, ele de Alcantarilha, ela de S. Bartolomeu de Mes-sines, residentes no sítio de Santo Estêvão, Pedreira, em Silves.Declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do PRÉDIO RÚSTICO situado em Fonte Louseiros, na freguesia de Alcantarilha e Pêra, concelho de Silves, descrito na Conservatória do Registo Predial de Silves sob o número três mil e cinquenta e cin-co, da freguesia de Alcantarilha, sem registo de aquisição de metade, mas já registada a restante metade indivisa a seu favor, inscrito na respetiva matriz, em nome do justificante, sob o artigo 100 da secção B da freguesia de Alcantarilha e Pêra, anterior artigo 100 da secção B da extinta freguesia de Alcantarilha.Que, deste direito ( metade indivisa sem registo de aqui-sição) não têm qualquer título formal que sirva de base ao registo em seu nome.Que, esta metade indivisa veio à sua posse, já no estado de casados um com o outro, no ano de mil novecentos e oitenta e cinco, em dia e mês que não podem precisar, por compra verbal feita a Encarnação de Jesus Correia da Gra-ça Guerreiro e marido José Luís das Neves Guerreiro, ca-sados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes no sítio de Fonte Louseiros, em Alcantarilha, Alcantarilha e Pêra, Silves, sem que, todavia, tenha sido lavrada a com-petente escritura. Que, desde então, data em que se operou a tradição daque-le direito ( metade indivisa sem registo de aquisição do supra identificado prédio) , até hoje, passaram a desfrutar o dito prédio na sua totalidade, como coisa própria, autóno-ma e exclusiva, como seus únicos e exclusivos proprietários, dele retirando as vantagens de que é susceptível, nele efe-tuando as tradicionais culturas da região, semeando e tra-tando das árvores, colhendo figos e alfarrobas, usufruindo, portanto, de todos os seus frutos e rendimentos, cuidando da sua conservação e limpeza e suportando os seus encar-gos, enfim, nele praticando os atos materiais corresponden-tes ao direito de propriedade plena na convicção de não lesarem o direito de outrem, convictos de serem proprie-tários daquele direito sobre o referido imóvel ( tal como já o eram da restante metade indivisa) e como tal sempre por todos foram reputados, pelo que possuem o dito pré-dio na sua totalidade em nome próprio há mais de vinte e oito anos, sem violência ou oposição de quem quer que seja, desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento e aca-tamento de toda a gente.Que, assim, esta posse pública, pacífica e contínua, condu-ziu à aquisição do direito de propriedade da referida me-tade indivisa do mencionado prédio por USUCAPIÃO, que invocaram para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo.

Vai conforme o original.Lagoa (Algarve), quinze de Janeiro de dois mil e quinze

A NotáriaAna Rita da Silva Palma

Conta registada sob o nº 48

(Publicada no jornal Terra Ruiva, Edição nº 163 de 18 de Fevereiro de 2015)

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Animais procuram larAmigos dos Gatos do Algarve-AGAProcuram-se voluntários do concelho de Silves para acal-mar, mimar e criar laços com estes gatinhos resgatados. Estão super assustados. Alguém?Contacto: [email protected]

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20 Fevereiro 2015Sociedade

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Castelo de Silves cada vez com mais visitantesVai receber intervenção em 2015

O Castelo de Silves recebeu 204.864 visitantes em 2014, registando assim

um aumento de cerca de 5% face a 2013, e consolidando a tendência de crescimento da procura deste monumento registada, consecuti-vamente, nos últimos três anos. Ciente da importância destes nú-meros e do que eles podem repre-sentar para a atividade de restaura-ção e turismo no concelho, a Câ-mara de Silves definiu para 2015 “um conjunto de melhorias no serviço prestado ao visitante e na valorização da experiência de visita à mais notável obra de arquitetura militar que os árabes deixaram en-tre nós, com mais de mil anos de existência”.Segundo soube o Terra Ruiva, en-tre as melhorias a executar contam--se a remodelação da portaria e a renovação do wc público. Será feita também a proteção dos canaletes e a reativação do som ambiente.

O Castelo de Silves recebeu em 2014 cerca de 205 mil visitantes, o que representa um acréscimo de quase 10 mil visitantes, em relação ao ano anterior.Tendo em atenção estes números e a importância deste monumento nacional, a Câmara de Silves prepara para 2015 um conjunto de melhorias, entre as quais a remodelação da portaria.

Haverá também a introdução de sinalética informativa e direcional, bem como a colocação de painéis informativos relativos a plantas, em diversas línguas. A oferta de mais informação turística e relativa a eventos da comunidade é outra das ações previstas, assim como a disponibilização de artigos produ-zidos no concelho, em regime de consignação. Quem visita o Castelo, além da visita ao monumento, tem ainda acesso à exposição “No Caminho do Lince Ibérico”, promovida pela Câmara Municipal de Silves, numa parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). A exposição apresenta uma perspetiva históri-ca da ocorrência deste animal na Península Ibérica, o seu recente desaparecimento do território por-tuguês e os esforços que têm vindo a ser realizados para a sua reintro-dução em meio natural. Procura,

ainda, dar a conhecer as particula-ridades morfológicas e comporta-mentais dos linces, as ameaças, os seus habitats e presas preferenciais.

O Castelo de Silves disponibiliza um serviço de cafetaria e um servi-ço de áudio-guias, que proporciona uma visita completa e interessante do monumento.

Este monumento, emblemático da cidade de Silves, encontra-se aber-to todos os dias (exceto nos dias de Natal e Ano Novo) e a entrada é gratuita para cidadãos do concelho.