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QUINTA DA FONTE (APELAÇÃO) E CASAL DA MINA (BRANDOA) DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • ANO VII • QUINZENÁRIO • Nº 184 • 18 OUTUBRO 2010 • DIRECTOR: CARLOS CARDOSO jornal regional Triângulo Amadora Loures Mafra Odivelas Vila Franca de Xira ERICEIRA Polémica em torno da recriação do 5 de Outubro Pág.15 ODIVELAS Canil e pavilhão desportivo já foram inaugurados Págs. 17/19 CALHANDRIZ EN 10.6 e estrada de S.Marcos continuam a resvalar Pág.20 ALFRAGIDE Debate do Orçamento Participativo soube a pouco Pág.5 DIZEM QUE A CIDADE ESTÁ A FICAR DESPOVOADA Comerciantes de Loures contra excesso de parques pagos Pág.15 Vinha e Vindima em Bucelas “abençoada com museu de arte sacra

Jornal Triângulo Nº 184

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Jornal Triângulo Nº 184

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Page 1: Jornal Triângulo Nº 184

QUINTA DA FONTE (APELAÇÃO) E CASAL DA MINA (BRANDOA)

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • ANO VII • QUINZENÁRIO • Nº 184 • 18 OUTUBRO 2010 • DIRECTOR: CARLOS CARDOSO

jornal regional

TriânguloAmadora Loures Mafra Odivelas Vila Franca de Xira

ERICEIRA

Polémica em torno

da recriaçãodo 5 de Outubro

Pág.15

ODIVELAS

Canil e pavilhãodesportivo

já foraminaugurados

Págs. 17/19

CALHANDRIZ

EN 10.6 e estradade S.Marcoscontinuama resvalar

Pág.20

ALFRAGIDE

Debate

do Orçamento

Participativo

soube a pouco

Pág.5

DIZEM QUE A CIDADE ESTÁ A FICAR DESPOVOADA

Comerciantesde Lourescontraexcessode parquespagos Pág.15

Vinha e Vindimaem Bucelas “abençoadacom museu

de arte sacra

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2 | 18 OUTUBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULOACONTECEU... VAI ACONTECER...

Terça-feira, 5 de Outubro

ODIVELAS - Teve lugar a inauguração da sede concelhia do Bloco de Esquerda em Odivelas, com a presença de Francisco Louçã, deputado e porta-voz da Comissão Política do Bloco. A sede fica situada na Rua Miguel Rovisco, ao lado das Finanças de Odivelas. Nesse mesmo dia teve lugar uma tertúlia sobre os cem anos do 5 de Outubro, com Luís Farinha e o “Primeiro Concurso Internacional de Pesca Desportiva do Rio da Costa”, iniciativa irónica que teve como objectivo alertar para a questão ambiental e para o caos urbanístico do concelho de Odivelas.

BUCELAS -A Junta de Freguesia de Bucelas homenageou os republicanos bucelenses. No dia 5 de Outubro, o Presidente da Câmara Municipal de Loures, Carlos Teixeira e o Presidente da Junta de Freguesia de Bucelas, Hélio Santos procederam ao descerramento de uma placa comemorativa. A sessão decorreu no Largo João Raymundo Alves.

MINA - A EB1 da Mina foi inaugurada com as presenças do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, e do presidente da Câmara Municipal da Amadora Joaquim Raposo, um investimento total na ordem dos 3,3 milhões de euros. Tem capacidade para 180 alunos, e veio substituir a antiga Escola Miguel Bombarda. O novo edifício dispõe, para além de dez salas de aula com espaço de apoio para educação plástica, de um ginásio, cozinha, refeitório, centro de recursos/biblioteca e vários gabinetes de apoio.

ODIVELAS - Foi inaugurado o complexo escolar Isabel Portugal que engloba Jardim-de-infância e Escola Básica de 1º Ciclo Porto Pinheiro e Escola Básica de 2º e 3º Ciclos Moinhos da Arroja, servindo uma população estudantil de 1063 crianças e jovens (75 de JI, 288 de 1.º Ciclo e 700 de 2.º e 3.º Ciclos).

Quinta-feira, 7 de Outubro

VILA FRANCA DE XIRA – Abriu o sétimo ano lectivo da Universidade Sénior. Sob o lema “Mais Viver, Mais Aprender”, entram este ano na Universidade mais de 300 alunos e 40 professores, em regime de voluntariado. A Universidade oferece um conjunto de mais de 30 disciplinas científicas e artísticas que pretendem proporcionar aos seniores do concelho (maiores de 55 anos e reformados) uma oportunidade para adquirir ou desenvolver um conjunto de conhecimentos e competências em prol duma melhor qualidade de vida. A cerimónia de abertura do novo ano teve a participação do actor Vítor de Sousa, com declamação de poesia; e actuação de um grupo de utentes da Associação Reformados e Idosos da Póvoa de Sta. Iria (ARIPSI), com a rábula “A Bagaceira do Chiado”, e um apontamento de dança, com Joseph Azevedo.

LOURES - No âmbito do Projecto Qualidade+Social, a Câmara Municipal de Loures, através do Gabinete de Apoio à População Sénior, promoveu, no Auditório do Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, um Simpósio dirigido a todas as Instituições Sociais do Concelho, sobre o tema “Segurança Higiene e Saúde no Trabalho nas Respostas Sociais” .

Sexta-feira, 8 de Outubro

VENTEIRA – Foi inaugurada a exposição de pintura “Diversidades”, de Sandro Brito, na Biblioteca José Régio, situada na freguesia da Venteira. A exposição vai estar patente até ao dia 5 de Novembro.

Sábado, 9 de Outubro

ODIVELAS – Continua a decorrer o Ciclo de Palestras subordinado ao tema “Jardins e Sociedade”, tendo como objectivo alertar para o tema da Biodiversidade e, em particular, para as questões directamente ligadas à relação do Homem com o ambiente que o envolve. A segunda palestra realizou-se a 9 Outubro, e teve como oradora a arquitecta Cristina Castel-Branco, do Instituto de Agronomia. O Ciclo de Palestras tem mais duas sessões, uma no dia 13 de Novembro cujo tema será “Alterações climáticas e jardins botânicos”, a cargo de Maria Alcoforado, da Universidade de Lisboa, e a outra no dia 11 de Dezembro o tema será “Flora olissiponense e o Jardim de Famões”, tendo como orador o professor Fernando Catarino, da Universidade de Lisboa.

Segunda-feira, 11 de Outubro

AMADORA – Teve lugar, na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos, o lançamento do livro “Fernando Piteira Santos – Evocações, Mestres, Amigos e Companheiros”, obra organizada e coordenada por Maria António Fiadeiro, jornalista e investigadora. Esteve presente iniciativa, Manuel Alegre, amigo do antigo professor e jornalista.

Terça-feira, 12 de Outubro

RAMADA – Foi inaugurada a exposição de Artes Plásticas de Tânia Marcelino, no Centro de Atendimento e Exposições, na freguesia da Ramada.A exposição estará patente ao público até ao dia 22 de Outubro.

OLIVAL BASTO – A Junta de Freguesia de Olival Basto, em Odivelas, levou a cabo a iniciativa “Passeio do Idoso 2010”, que contou com uma visita à Quinta dos Loridos (Jardim do Eden) e um almoço na Quinta do Castro. Participaram 215 idosos da freguesia.

Terça-feira, 19 de Outubro

ODIVELAS - A Câmara Municipal de Odivelas promove um Curso de Iniciação ao Braille, na Biblioteca Municipal D. Dinis, a partir do dia 19 de Outubro. O curso será leccionado às 3ªas e 5ªas feiras das 17h00 às 18h00, com a duração de 8 horas. No final os participantes ficarão habilitados a ler Braille visualmente e a escrever Braille com a máquina Perkins, de acordo com a grafia Braille português. A Biblioteca Municipal D.Dinis disponibiliza o Serviço de Leitura Especial (SLE) -um serviço público de apoio à pessoa com deficiência visual e/ao idoso.

Sexta-feira, 22 de Outubro

MAFRA – No Auditório Municipal Beatriz Costa decorre um seminário, subordinado ao tema “Policiamento de Proximidade”. Trata-se de um encontro entre elementos da PSP, GNR, MAI e Polícia Municipal, com o objectivo de debater a doutrina de policiamento.

Sábado, 23 de Outubro

AMADORA – A ARQA - Associação de Arqueologia da Amadora, vai organizar um passeio cultural no ia 23 de Outubro ,subordinado ao tema: A Amadora do início do séc. XX e a sua “Liga de Melhoramentos”. Trata-se de um pequeno passeio pedestre com cerca de 3 km de extensão, passando pelo Casa Roque Gameiro, Recreios da Amadora, Casa Aprígio Gomes, Palácio do Infantado e Mina de água, entre outros locais. A partida e a chegada tem lugar no Parque Delfim Guimarães. Tem a duração de cerca de 2,5 horas (das 14h30 às 17h00). A inscrição é gratuita, sendo no entanto necessário efectuar reserva prévia, dado o limite de inscrições (30). Os dados de inscrição, nome e contacto telefónico, devem ser enviados para o mail [email protected].

ALVERCA – Nas instalações da Sociedade Filarmónica Recreio Alverquense tem lugar mais um Encontro de Coros Envagélicos, uma iniciativa que começa a parir das 16 horas.

SOBREIRO – A Liga dos Amigos do Sobreiro, localidade do concelho de Mafra, promove, a 23 e 24 de Outubro, a IV Feira de Artesanato, com a presença de 35 artesãos que apresentam peças de diversas técnicas e diversos materiais.

Domingo, 24 de Outubro

MAFRA – A Associação de Dadores de Sangue de Mafra promove uma recolha de sangue na localidade do Quintal. Cinco dias depois, idêntica iniciativa tem lugar na escola secundária José Saramago e a 31 de Outubro, realiza-se nova recolha, na freguesia do Gradil.

Terça, 2 de Novembro

ODIVELAS - A 3 e 4 de Novembro realiza-se as Jornadas de Turismo do ISCE 2010 – Turismo Acessível: Estudos e Experiências, no Centro de Exposições de Odivelas. Pretende-se revelar a importância e a globalização do turismo, novas atitudes e um conjunto de acções que permitam a democratização da actividade, tornando-a acessível a todos os cidadãos, com ou sem necessidades especiais. As jornadas debaterão temas como a Acessibilidade para Turistas de Mobilidade Reduzida, a Acessibilidade Linguística e Cultural, o Turismo Social, o Turismo Jovem e o Turismo Sénior.

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Ponte, ficou inoperacional durante dois dias ( pelo menos...). Não havia funcionários para atender as pessoas que foram lá tratar de assuntos, nomeadamente documentação, e bateram com o nariz na porta. Ninguém avisou, ninguém deu cavaco a ninguém e, mais grave, ninguém se deu ao trabalho de substituir o funcionário que por esta ou aquela razão não pode estar presente. Se é isto o respeito pelo cidadão, eu vou ali e já venho!

Afinalsempreapareceu...

Aqui o Melga ficou meio estonteado. Disse, nas últimas ferroadas, que o Alegre não devia ter muita vontade de colocar os pés em Loures, mas enganei-me. Apareceu no 4 de Outubro, e logo ao lado do Carlos Teixeira. Claro que foi tudo por acaso, um almoço de coincidência, um convite de coincidência, por coincidência as televisões até andavam por ali, que por coincidência até entrevistaram o candidato que por coincidência até trouxe atrás de si um fotógrafo, pois por coincidência, nesse mesmo dia, no site do candidato, até já tinha uma fotografia da sua presença...em Loures. A isto chama-se aproveitamento abusivo do poder político...

Osmausexemplossucedem-se

Mas não é caso único. Então não é que na Amadora, a Câmara Municipal, aproveitando-se do facto de ter saído um livro sobre a figura e obra de Piteira Santos, que teve ligação àquele concelho, resolve fazer uma sessão de apresentação do livro e quem foi o convidado de honra, adivinhem lá? Não me digam que não sabem! Claro, o Alegre, que com o argumento de ser um grande amigo de Piteira Santos ( o que é verdade, diga-se ...) lá aproveitou para dar uma ferroadas e dar um pouco mais de visibilidade à sua campanha.

Terradeoportunidadesodivelenses

Em Odivelas assumem-se compromissos para com os que trabalham, mesmo em regime de voluntariado, mas depois para abrir os cordões à bolsa é que são elas. Há jovens voluntários que participaram num programa de limpeza das florestas e ainda não viram, nem cheiraram os míseros euros das bolsas diárias do “Programa Voluntariado Jovem para as Florestas” a que têm direito. Falta agora saber quem está em falta se o Instituto Português da Juventude se a Câmara Municipal de Odivelas, se os dois, pois o programa, apresentado com pompa e circunstância, resulta de uma parceria conjunta.

Éoquetemosemaisnãopodemos

Em Alfragide, duas senhoras, no final da inauguração da igreja, no dia 5 de Outubro, manifestavam a sua indignação. “Pois, veio aqui para buscar votos”, dizia uma, ao que a outra picava ainda mais, “se aparecesse à minha frente dizia que era um mentiroso, só nos anda a enganar:::”. E eis que aparece à frente, o Sócrates, claro, que mandou, nesse dia, às urtigas, o seu laicismo. E., num ápice, qual toque santificado, a tal que o ia chamar de mentiroso, exibiu um sorriso prazenteiro, de lés a lés, deu um abraço ao Primeiro e um repenicado beijo.Sócrates não sabe, mas logo ali acabou uma antiga amizade. A amiga não lhe perdoou o desaforo e lançou-lhe na cara, “então tu, que dizias que o ias chamar de mentiroso...” ao que a outra lá se desculpou, “a culpa não foi minha, ele é que veio ter comigo e não ia virar a cara...” e por ali foram, a recriminarem-se uma à outra...

Taléamotivação

Ainda em Alfragide, foi impressionante a rapidez com que a vereadora Rita Madeira apareceu e desapareceu na sessão pública sobre o Orçamento Participativo. Esperava-se ao menos, de uma responsável política, umas palavras fortes de envolvimento em tão importante instrumento de gestão, mas Rita Madeira mandou os beijos e os abraços do costume e mal teve ocasião disse adeus e toca a andar. Como se o Orçamento Participativo mais não fosse do que uma tremenda chatice.

Abnegadoseaturadosfiscais

Os vereadores da CDU em Vila Franca de Xira levam até aos limites o seu papel de fiscalizadores. Em todas as sessões de Câmara já se sabe que vão apresentar um rol de grandes e de pequenas, às vezes bem pequenas, deficiências. Desde o bebedouro que está estragado à paragem de camionetas não está em condições a um minúsculo buraco no passeio de um bairro qualquer, ao cocó que empesta um espaço verde. É vê-los de lupa a pesquisar tudo até ao mais pequeno pormenor, de tal forma que já consta que a Rosinha está seriamente a pensar contratá-los para o serviço fiscalização da Câmara que, ao que parece, não funciona nada bem.

OrdemnacasaA vereadora Sónia Paixão, da Câmara de Loures, tem de meter ordem na casa. O gabinete que funciona na Casa da Cultura, em Sacavém, na Quinta do Mocho, agora baptizada de Terraços da

ComentárioCarlos Cardoso

Desespero

Ficha TécnicaAdministração, Direcção e Redacção: Rua do Adro, Nº 40 - 2625-637 Vialonga Tel: 210 996 295 Fax: 211 923 115; Correio electrónico: [email protected]; Propriedade: “Ordem de Ideias”- Cooperativa de Informação, Comunicação e Produção de Eventos; Nº de Contribuinte: 506 197 808 - Correio electrónico: [email protected] ou [email protected]; Director: Carlos Cardoso - Redacção: Carlos Cardoso; Sara Cabral; Rogério Batalha (Mafra); Colunistas: Joaquim Marques; João Milheiro; José Falcão; Oliveira Dias Colaboradores: Humberto Rufino (Trânsito); Jaime Carita (Fotógrafo); Cultura: Dr. Arquimedes Silva Santos; Dr. Miguel Sousa Fer-reira; João Filipe (Automobilismo) Registo de Imprensa: 124093 - Depósito Legal N.º 190970/03 - Impressão: Grafedesport; Tiragem Média: 7.500 exemplares

ABERTURA

O MELGAA proposta de Orçamento Geral de Estado é uma proposta de desespero. Foi como se de repente o céu caísse na cabeça dos governantes. De repente, a sobranceria e a falta de humildade desapareceu num ápice.Neste processo todo, o mais revoltante foi a forma altiva e de profunda desconsideração como o Governo reagiu a todos os alertas. Vindos fossem da sua direita ou da sua esquerda. Quando era visível uma linha dominante na evolução da nossa economia, que tendia não para a superação da crise mas para o seu agravamento o Governo agarrava-se a pequenos aspectos, para dizer que as coisas estavam a melhorar e as contas estavam controladas.O Governo parece que se esqueceu que numa crise tão atribulada e complexa como a que vivemos, pequenas oscilações, seja nos índices da actividade económica, seja na criação de empregou ou na redução de desemprego, são passageiras e podem não ter qualquer significado relevante. Ou seja, não são verdadeiramente estruturantes, são apenas a espuma da onda. É como se estivéssemos numa tempestade terrível em que, por ligeiros momentos, aparece o sol. Ou cria falas ilusões ou serve para nos preparar para a borrasca do momento seguinte.O Governo optou pelo caminho das falsas ilusões. Falamos de declarações, não de há um ano, mas de dois meses em que responsáveis do Governo diziam haver “luz ao fundo do túnel” ou “as contas estavam completamente sob controlo”. De repente, já se diz que a recessão pode estar aí, ao virar da esquina, que o FMI pode ter de entrar pela porta dentro, que estamos perante um Orçamento que “é o mais importante dos últimos 25 anos”. O que é que se andou a fazer durante estes 25 anos, então?O problema é que se olha para as medidas propostas e não se consegue vislumbrar um caminho para a resistência da nossa economia. Mas grave, espalhou-se o medo. Não se trata de demagogia, mas desde que o Orçamento foi apresentado, chegou ao meu conhecimento a decisão de vários responsáveis de pequenas empresas que vão encerrar a actividade. “Não estou para aturar isto”, é a justificação. Será que todas estas pessoas são uma cambada de cobardes?O Governo até reconhece que os mercados estão a dar cabo de tudo isto. Disse-o Sócrates na Assembleia. Em especial os mercados financeiros. Esperava-se, então, um lógica diferente, para mais vindo de um Governo que ideologicamente se identifica como socialista. Mas qual a diferença destas medidas, das medidas dos governos inglês ou alemão? Quais? Onde está a ruptura nos modelos, nas concepções? Nada.Estamos, parece, perante um impasse. O Orçamento chega, passa ou não, as dificuldades vão cair que nem pesadelo na cabeça de cada um de nós, mas a perspectiva de mudanças não são muitas. Por uma razão simples, está-se a mexer sempre na mesma sopa. A solução não é se leva mais batata ou mais couve. A solução terá de ser uma outra sopa. Esse desafio, permanece.

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4 | 18 OUTUBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO

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UNIDADE DE CUIDADOS NA COMUNIDADE AMADORA +

Equipa polivalente desenvolve apoio de saúde domiciliário

Saúde

A concelhia do PCP da Amadora manifestou a sua indignação pelo acumular de “problemas e dificuldades de acesso aos serviços de saúde na Amadora”, referindo-se ao encerramento das urgências no hospital da Amadora que, segundo o PCP “não teve, apenas, a ver com as infiltrações no edifício, pro-vocadas pela chuva. No nosso ponto de vista, esta anomalia, que muito prejudicou utentes, doentes e seus familiares, cons-ti tui a prova que a entrega, du-r ante anos, à gestão privada, dos serviços do Hospital da Amadora - Sintra foi um male-fício para a população da Ama-dora”. O problema foi, entre-tanto, resolvido, mas para o PCP persistem graves lacunas ao nível da saúde e, por isso, irá continuar a “apresentar pro -postas que melhorem os ser-vi ços públicos de saúde na Amadora, designadamente, com a construção dos Centros de Saú-de da Buraca, Reboleira e S. Brás; a construção de um Hospital de Cuidados Continuados; a cons-trução do Hospital de Sintra, auto nomizando o Hospital Fer-nando da Fonseca para o aten-dimento da população da Ama-dora e Queluz”.

Prémio

O júri da 13.ª edição do Prémio Literário Orlando Gonçalves, constituído por Ana Goulart, do Sindicato de Jornalistas, Leo nor Xavier, pela Sociedade Portu-guesa de Autores e Rogério Rodri gues, em representação da Câmara Municipal da Amadora, deliberou, por unanimidade, atri buir o Prémio Literário Orlan-do Gonçalves 2010 ao jor-nalista Ricardo Rodrigues, pela reportagem A Guerra do senhor António, publicada na revista Notícias Magazine. Devido à qualidade dos trabalhos apre-sentados a concurso, os membros do júri decidiram, pela primeira vez na história do Prémio, atri-buir duas menções honrosas, à jornalista Carla Amaro pela repor tagem “Musica para os manter na escola”, publicada na revista Notícias Magazine e à jornalista Susana Marques pelo texto publicado na revista Coló-quio/Letras, “Brancas são as madrugadas: de olhos abertos com Isabel Meirelles”.

Festival

A 21ª edição do Amadora BD - Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, abre as portas no dia 22 de Outubro. O tema central da edição 2010 do Amadora BD é “O Centenário da República”. No Festival deste ano, realce, para as seguintes mostras: A I República na Génese da Banda Desenhada e no Olhar do Século XXI; Schuiten e Peeters; Cente-nário de Fernando Bento e uma mostra de Richard Câmara, au-tor do desenho original dos di-versos materiais gráficos, autor português em destaque. O Fes-tival tem lugar no Forum Luís de Camões (Núcleo Central) .

Funciona desde Fevereiro deste ano e destina-se à po-pulação do concelho da Ama-dora. Falamos da Unidade de Cuidados na Comunidade Amadora+ , uma unidade integrante do Agrupamen-to de Centros de Saúde da Amadora, e que é formada por enfermeiros, administra-tivos, técnica de serviço social, psicólogos, higienistas orais, fisioterapeutas e terapeuta ocupacional.A Unidade de Cuidados na Co-munidade Amadora+ (UCCA) assume-se como uma equipa interventiva localmente, for-necendo serviços e prestando “cuidados de saúde globais no domicílio, nas escolas, nos locais de vida e trabalho da população”, ou seja, fora do meio institucional – centros de saúde ou hospitais – a que geralmente as pessoas recorrem.A UCCA “tem por missão contribuir para a melhoria do

estado de saúde da população da sua área geográfica de intervenção, visando a ob-tenção de ganhos em saúde”. Para isso, prestam “cuidados de saúde e apoio psicológico e social, de âmbito domicili-ário e comunitário, especial-mente às pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis, em situação de maior risco ou dependência física e funcio-nal ou doença que requeira acompanhamento próximo, e actua, ainda, na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unida-des móveis de intervenção”.A UCCA tem, actualmente, em curso ou em vias de con-cretização, diversos projec-tos. Desde logo, a actuação de Equipas de Cuidados Continuados Integrados, pronta para responder às solicitações dos “utentes inscritos e residentes na área de influência do ACES

Amadora que se encontrem em situação de dependência física, mental ou social, quer transitória ou permanente, que necessitem de cuidados integrados, nomeadamente, idosos com critérios de fragi-lidade; pessoas com doenças crónicas descompensadas; pessoas com doença grave em fase avançada ou ter-minal; pessoas com neces-sidade de continuidade de tratamentos iniciados nas unidades de internamento e familiares ou cuidadores”. Tem igualmente projectos de intervenção no âmbito do Programa Nacional de Saúde Escolar, que se destinam à comunidade educativa dos Jardins-de-infância, das es-colas do ensino básico e do ensino secundário bem como a instituições com interven-ção na população escolar. Um outro projecto muito importante tem a ver com a acção no âmbito do Programa Nacional de Saúde Oral, em que se pretende desenvolver iniciativas que contribuam para a “promoção da saúde, prevenção e tratamento das doenças orais, desenvolven-do-se ao longo do ciclo de vida e nos ambientes onde as crianças e jovens vivem e estudam”.Referência ainda para o pro-jecto de Preparação para o Nascimento e Parentalidade, dirigido a todas as grávidas ou casais que frequentem as consultas de saúde materna no ACES VII Amadora. “É baseado segundo o método

psicoprofilático, permitin-do à mulher grávida e ao companheiro vivenciar uma experiência completa, res-ponsável e gratificante face ao nascimento do seu filho” O Apoio a Crianças e Jovens em Risco, através de um nú-cleo específico, um “projecto de apoio integrado, centrado na criança e na família, me-diante acções de natureza preventiva, designadamente no âmbito, da saúde e da acção social”, a intervenção comunitária através da Uni-dade Móvel, permitindo levar “cuidados de proximidade à população e de funciona-rem como uma “ponte” de acesso destas populações aos cuidados de saúde pri-mários e a outros serviços”, a actuação âmbito da Rede Social, através de acções de formação e informação e o projecto”Fora de Portas”, em que se aposta na participação em iniciativas comunitárias como parceiros do concelho da Amadora, são alguns dos

projectos em estudo ou de-senvolvimento.

Protocolos e Parcerias A UCCA já incrementou pro-tocolos e parcerias com di-versas instituições locais, po-tencializando os seus serviços e capacidades e aproveitando muito do conhecimento e das estruturas já instaladas e em actividdae no terreno.Acontece assim com “O Vi-gilante”, uma associação de socorros médicos, que no âmbito do projecto escola, oferece mensalmente 80 con-sultas de estomatologia, 10 de oftalmologia e 4 de psicologia a crianças com idades com-preendidas entre os 6 e os 14 anos. As consultas destinam--se a famílias socialmente desfavorecidas.Igualmente com o COL – Centro de Oftalmologia de Lisboa, para onde são enca-minhados todos os alunos com diminuição da acuidade visual ou ainda com a Funda-ção Pão de Açucar-Auchan. Aqui a UCC compromete-se dentro das suas capacidades a proceder a despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades; orientação e encaminhamento da criança ou família para entidades adequadas e especializadas; realizar acções de formação para a comunidade educativa bem como campanhas de sensibilização em especial ao nível dos cuidados básicos e higiene pessoal, vacinação, alimentação, sexualidade e prevenção primária.

Contactos

Sede da UCCPraceta Conde LousãDamaia2720-122 AmadoraTelefone: 21 490 62 10Fax – 21 490 62 26

Núcleo Amadora da UCCLargo Dário Gandra Nu-nesAmadora2700 AmadoraTelefone: 21 493 01 13Fax – 21 493 22 33

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 18 OUTUBRO 2010 | 5AMADORA

ALFRAGIDE DEBATE DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO COM 15 PESSOAS

Soube a pouco, mesmo a muito poucopara uma freguesia com cerca de 9 mil habitantes

Carlos Cardoso

O Orçamento Participativo já chegou à Amadora. A Câ-mara Municipal, numa “óptica de aproximação com os cidadãos e da sua integração de forma directa no processo de tomada de decisão quanto à vida da cidade, tomou a resolução de adoptar um Orçamento Participativo (OP) para 2011”.O OP é um instrumento da democracia participativa, universal e directo, permitindo aos munícipes partici-par na discussão das políticas públicas locais. Com este processo a autarquia pretende “incentivar a participação dos cidadãos na vida pública; aumentar a transparência e a eficiência da tomada de decisão; melhorar de forma sistemática a prestação de informação às populações quanto aos gastos públicos; gerar maior proximidade e confiança entre poder político e população e incrementar a participação democrática dos cidadãos”A autarquia vai realizar um conjunto de reuniões nas freguesias onde os cidadãos podem apresentar as suas propostas ou, caso prefiram, podem optar por fazer chegar sugestões através da página da Internet. “As in-tervenções, os projectos, as obras a incluir nas Grandes Opções do Plano e Orçamento 2011 serão seleccionados em função de critérios de relevância, contributo para o reforço da coesão social e territorial que constitui um objectivo estratégico de desenvolvimento do município e de racionalidade económica e financeira”, refere a Câmara da Amadora.A calendarização do processo é a seguinte: De 11 de Outubro a 12 de Novembro – realização das reuniões públicas nas freguesias do concelho nas instalações da respectiva Junta. Começou em Alfornelos (12 de Outu-bro) e Alfragide ( 14 de Outubro), seguindo-se a Brandoa (19 de Outubro); Buraca (21 de Outubro); Damaia (26 de Outubro); Falagueira (27 de Outubro); Mina (28 de Outubro); Reboleira (2 de Novembro); São Brás (4 de Novembro); Venda Nova (9 de Novembro) e Venteira (11 de Novembro). As reuniões têm início às 21h00 e duração de 2 horas.De 11 de Outubro a 15 de Novembro decorre o período de consulta na página de Internet, através de formulário para a apresentação de propostas e de endereço electró-nico: [email protected] e de 22 a 26 de Novembro haverá a publicação na página da Internet das propostas apresentadas pelos cidadãos.

Orçamento Participativo chega à Amadora

Talvez fosse um pequeno si-nal, mas não indiciava nada de bom. À porta da sede da Junta de Freguesia de Alfra-gide alguém espalhou restos de arvoredo e plantas, num acto de vandalismo incom-preensível e que levou, Bea-triz Noronha, presidente da Junta de Freguesia, a chamar a PSP, para fazer a respectiva ocorrência. Tomaram nota e puseram-se a andar, pois também pouco mais havia a fazer do que limpar aquilo isto para além de terem re-cebido a informação de que houve uma assalto na Quinta Nova. E como na esquadra, que serve as freguesias de Alfragide e da Buraca são estavam, ao que parece meia dúzia de elementos, não puderam perder tempo com questões menores.Com tudo isto, a sessão pública do Orçamento Par-ticipativo de Alfragide, que teve lugar a 14 de Outubro, a segunda no calendário pois, dois antes, tinha tido lugar a de Alfornelos, que estava marcada para as 21 horas, começou mais de meia hora depois.A verdade é que a adesão foi decepcionante, 15 pessoas e mais três técnicos da Câmara Municipal da Amadora. E das 15 pessoas a sua quase totalidade eram autarcas de Alfragide, membros do Exe-cutivo ou da Assembleia de Freguesia. A população, essa,

alheou-se de um debate que tem muito a ver com o seu dia a dia.Razões há muitas. Mas uma delas pode residir na lógica com que está a ser preparada esta primeira experiência de Orçamento Participativo que nem os próprios res-ponsáveis da Câmara parece mobilizar. A vereadora Rita Madeira, disse palavras de circunstância e deixou pra-ticamente de seguida a sala. Coube a Margarida Guima-rães, técnica da autarquia, explicar o sentido do Orça-mento Participativo. Os pre-

sentes ficaram a saber que não existe nenhuma verba estipulada no Orçamento de 2010/2011, a ser aprovado em Dezembro, para as sugestões que possam sair das diversas reuniões ou que sejam apre-sentadas através da net, pelo que todo o processo deste ano não passará, ao fim e ao cabo, de uma experiência.A justificação apresentada por Margarida Guimarães assenta na necessidade de os serviços, internamente, estarem preparados para responder a este processo, nomeadamente ao nível da

análise técnica e das implica-ções económicas e financei-ras das propostas que a po-pulação faça, bem como da necessidade de amadurecer esta experiência, numa lógica de “caminhar, caminhando”.Talvez por isso o debate em Alfragide foi escasso e pobre e, na maior parte das situa-ções, os problemas apresen-tados são já do conhecimen-to do Executivo camarário. Desde logo a inexistência de um sistema de transportes públicos que faça a ligação de Alfragide ao centro da cidade da Amadora. “Só

existe uma camioneta que nos leva até ao hospital, mas não temos ligação ao centro da cidade”, disse Maria Pinto que alertou ainda para a necessidade de sinalética indicando a localização do Tribunal em Alfragide.Já Fernando Aguda optou por alertar para as carências ao nível do parqueamento. O crescimento urbanístico de Alfragide decorreu a um ritmo impressionante e a escassez de parqueamento é notória. A construção de parques subterrâneos seria, por isso, uma solução bem vinda. “Não há planeamento na construção. Digo por 10 anos terei de colocar o meu carro

num eucalipto”, disse.O incremento da video vi-gilância, como forma de garantir melhores condições de segurança na freguesia, foi uma outra ideia apresen-tada, para mais tendo em conta a escassez de meios humanos na esquadra que serve as freguesias de Alfra-gide e da Buraca. Margarida Guimarães pro-meteu levar as ideias aos serviços competentes. Ape-sar de dizer que “este ano a autarquia não tinha condi-ções para ter uma verba para o Orçamento Participativo”, lá deixou palavras de espe-rança que as propostas avan-çadas seriam devidamente analisadas.

No próximo dia 23 de Ou-tubro, pelas 16.00 horas, sobe ao palco dos Recreios da Amadora, o espectáculo teatral “Porta Cigana”, pelo Grupo de Teatro “Palco de Chocolate Lda”. Promovida pelo ACIDI – Alto Comis-sariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, a peça “Porta Cigana” surgiu no âm-bito do Projecto-Piloto Me-diadores Municipais “Vamos Construir Pontes”, lançado no ano 2009.A peça evoca o percurso do povo cigano através dos tempos e dos lugares, e a riqueza da sua cultura, com recurso à música e à dança, num apelo à aproximação entre culturas e à celebração

da diversidade. “Porta Cigana” conta com textos e dramaturgia de Na-tasha Marjanovic e António Dias, encenação de José Carlos Garcia, e interpreta-ção de Natasha Marjanovic, Carolina Fonseca e António Dias.“Abrir a porta? Para ir, ver, perguntar, encaminhar ou conhecer? Esta “Porta Ciga-na” é porta de um povo que faz parte das nossas vidas há séculos. Curiosos, Mis-teriosos, Egípcios, Boémios, Estranhos…e tão presentes. Durante aproximadamen-te uma hora vamos abrir o leque duma cultura de sofrimento e sorriso que a natureza tanto acarinha,

onde o sangue quente deixa conexões, onde tudo à volta dança e onde o Gadjó ainda não sabe se quer entrar. No meio de casamentos, mer-cados, fogo e paixões quem sabe…:”

Qual é a nossa sina?”, dizem os seus autores, no texto de apresentação, lançando um desafio para se partir à descoberta de uma cultura nem sempre compreendida.

CC

“Porta Cigana”: percurso do povo ciganonos Recreios da Amadora

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6 | 18 OUTUBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO AMADORA

GINÁSTICA MENTALNº 4

1 7 4 9

6 7 2 1

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6 7

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3 2

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5631 87249

3724 91685

4586 19723

2859 64371

7193 28564

6472 53198

8965 32417

Confirmar soluções em página desta edição

SOLUÇÕESNº 4

Preencha a grelha com os algarismosde 1 a 9 sem que nenhum deles se repita

em cada linha, coluna ou quadrado

Jorge Barata dos Santos (Amadora)

2

5

9

4

Cerca de 7.400 alunos, de 349 turmas, de estabeleci-mentos de ensino públicos, do concelho da Amadora, do 1º ciclo ao ensino secundário participaram, no ano lectivo passado, nas actividades do Programa de Educação Ambiental. Os alunos distri-buíram-se por 24 escolas do 1º ciclo e 12 do 2º e 3º ciclo e secundário. Trata-se de um projecto desenvolvido pela Divisão de Ambiente da Câmara da Amadora que pretende, através de um vasto conjunto de acções, sensibilizar os mais novos para a temática ambiental, ajudando a mudar compor-tamentos e atitudes.A adesão ao Programa le-vou o Município, apesar das adversidades de ordem económica, não só “a manter o projecto como associar novas áreas, como é o caso da protecção civil”, disse Eduardo Rosa, vereador responsável por esta área, no decorrer da sessão de apresentação do Programa de Educação Ambiental para o ano lectivo de 2010/2011, que decorreu nas novas ins-talações do Eco-Espaço no Parque Central da cidade da Amadora, perante a presen-ça de inúmeras professoras.O Programa de Educação Ambiental existe desde 2005. E se no primeiro ano o núme-ro de alunos participantes rondou os 1.400, a verdade é que tem vindo sempre a aumentar. No ano lectivo seguinte saltou para 3.257, em 2007/2008 para 5.362, em 2008/2009 assistiu-se, pela primeira vez, à presença de alunos do secundário e o conjunto de participantes rondou os 7.394 e, finalmen-te, no ano lectivo passado,

mas de novo sem a presença de alunos do secundário, estabilizou nos 7.361. “De facto a nível do secundário a participação foi fraca, devido às características, muito próprias destes alu-nos”, reconhece Cristina Marinho, responsável pelo Eco-Espaço. Não é a única falha no Pro-grama, pois a ausência de acções de formação para os professores ou a pouca liga-ção às ONG’s (Organizações Não Governamentais) são deficiências que se pretende ultrapassar este ano.Ao contrário do ano anterior, as iniciativas envolvendo os alunos terão lugar, não nas escolas, mas no Eco-Espaço, entretanto remodelado e em melhores condições. Os temas abordados, muitas vezes em termos de jogos pe-dagógicos, são os resíduos, água, energias renováveis,

ambiente e cidadania, in-cluindo os temas da pegada ecológica e de animais de companhia, qualidade do ar, alterações climáticas, consu-mo sustentável e mobilidade sustentável.Para além de uma nova parceria com o Serviço Mu-nicipal de Protecção Civil, também a Divisão Municipal de Veterinária será chamar a dar a sua participação. Isto para além das habituais pre-senças dos SMAS, da Valorsul ou da Simtejo.Para Cristina Marinho, seria importante que nas escolas os professores preparassem com antecedência a parti-cipação dos alunos, se pos-sível integrando as diversas actividades nas activida-des específicas das escolas. A participação faz-se por turmas, as deslocações ao Eco-Espaço bem como as diversas visitas que terão

lugar por exemplo, aos equi-pamentos da Valorsul, ou ao Parque Urbano de Santa Iria de Azóia, tem os transportes garantidos. As turmas que participam têm ainda de fazer um pequeno trabalho de grupo para ser exposto na Semana do Ambiente.O trabalho de sensibilização, acompanhado muitas das vezes por pequenos concur-sos temáticos com prémios interessantes, estende-se a todas as faixas etárias e a toda a população. Os jovens, em especial os jovens alunos, são uma camada muito es-pecial, pois com facilidade transportam novos concei-tos de preservação ambien-tal para as suas famílias.Há números animadores, que reflectem uma mudança global de comportamentos. Ana Loureiro deu o exem-plo da campanha “Pense Amarelo”, que de alguma

7.400 ALUNOS PARTICIPARAM NO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

De pequenino é que se torce....o ambienteCarlos Cardoso

forma deu continuidade à campanha das tampinhas. “As pessoas retiravam as tampas mas as garrafas iam para o lixo. Neste momen-to, as pessoas retiram o ar das embalagens, que são calcadas e depositam no respectivo eco-ponto. O ano passado recolhemos mais de 5.400 toneladas de embalagens de plástico. Por

cada 20 garrafas, dois euros e meios são para acções de solidariedade social. Isto já permitiu dar às instituições muitas cadeiras de roda ou outro tipo de equipamento”. Práticas que os alunos das escolas da Amadora tendem a assimilar. “O ano passado recolheram mais de 37 mil e 600 rolhas de cortiça”, exem-plificou Cristina Marinho.

A SIMTEJO - empresa con-cessionária do Saneamento Integrado dos Municípios do Tejo e Trancão – lança o Programa de Educação Ambiental “Ama a Água” que visa sensibilizar para a importância do uso eficiente da água e dar a conhecer o ciclo urbano da água. A iniciativa vai ser desen-volvida junto da comuni-dade escolar e público em geral, durante o ano lectivo 2010/2011. Diversos materiais peda-gógicos, um blogue http://ama-a-agua-simtejo.com

e um concurso escolar são os principais elementos do Programa “Ama a Água”, dirigido às escolas do 1.º Ciclo de Ensino Básico dos Municípios da Amadora, Lisboa, Loures, Mafra, Odi-velas e Vila Franca de Xira. O programa inclui ainda um site e um roadshow que vai percorrer os seis concelhos. Para a SIMTEJO, é essencial passar a mensagem de que o percurso da água que desaparece das nossas ca-sas ainda não é claro para todos, sendo fundamental que os cidadãos compreen-

dem a ligação entre a água, enquanto recurso escasso e essencial à vida, e o impacto

do ser humano no ambiente. Para acompanhar a exe-cução do Programa “Ama a Água”, a SIMTEJO conta com o apoio técnico do GE-OTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente. Com o desenvolvimento deste projecto a SIMTEJO procura reforçar a área da educação ambiental que, nos últimos anos, tem pri-vilegiado realizar visitas às suas ETAR, para mostrar o trabalho feito nas infra--estruturas para despoluir os recursos hídricos.

SIMTEJO lança “Ama a Água”

Professores da Amadora atentos ao Programa de Educação Ambiental

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 18 OUTUBRO 2010 | 7

Cerca de dois milhões de euros foi em quanto ficou a construção da igreja de Alfragide, no concelho de Amadora. Mais concre-tamente 1,7 milhões, dos quais um milhão resulta de donativos. A Câmara da Amadora cedeu o terreno e mais 100 mil euros. A Junta de Freguesia de Alfragide suportou o altar....A inauguração do novo templo teve lugar a 5 de Outubro, dia da República. E contou, para além de D. José

Policarpo, com a presença de José Sócrates que pretendeu assinalar “aquilo que é um princípio estruturante do nosso Estado republicano, o princípio da laicidade e para afirmar que este não é anti-religioso. O Estado republicano trata todas as confissões por igual, com igual respeito, delicadeza e carinho”, disse o Primeiro-Ministro.Alfragide apenas é paróquia autónoma desde 1986, já que até aí estava inserida

na paróquia da Damaia. Dois anos depois desta data, começou a construção do Centro Paroquial, inau-gurado em 1989. Ao longo dos tempos foi desejo da comunidade local tem uma igreja. Só em 2002 foi possível celebrar um protocolo com a Câmara Municipal da Amadora e a empresa Mabal, “através do qual esta se comprometeu a ceder um lote de terreno que confina com o Estado Maior da Força Aérea, parq eu no

mesmo fosse construída uma igreja”.Em 2004 a autarquia da Amadora aprovou a doação do terreno à paróquia de Alfragide, com a área de 1557,63 metros quadrados, tendo a construção da igreja começado em Agosto de 2009.Trata-se, segundo o arqui-tecto Antero de Sousa, da empresa Getecno, que elaborou o projecto de arquitectura, “de um es-

pa ço focalizado no Altar, realçado pela presença de luz zenital. A distribuição da plateia em seu redor, e n vo l ve n d o o m e s m o, intimiza o espaço e congrega os fiéis, envolvendo-os à reflexão. Tratando-se de uma igreja inserida num espaço urbano algo denso, a sua presença far-se-á notar, quer pela impertubabilidade da torre sineira, quer pelas forma suaves das suas linhas. Formas que contrastam

com a simplicidade da sua arquitectura minimalista e a sua cor branca, a que não é alheia a cobertura metálica que “agarra” a torre”.As peças de arte interiores foram da responsabilidade da escultora Graça Costa Cabral, do pintor e ceramista alemão Andreas Stocklein e do pintor sobre vidro canadiano, Kerry Kelly, peças simples e que marcam de forma ligeira e suave todo o ambiente da igreja.

CUSTOU CERCA DE DOIS MILHÕES D EUROS

Simplicidade da igreja de Alfragide destaca-se no meio urbano

Carlos Cardoso

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O Jornal Triângulo apre-senta sentidas condolên-cias à família de Vitor Ma-nuel Conceição Feliciano - Agência de Seguros Fe-liciano

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8 | 18 OUTUBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULOLOURES

BREVESLOURES..............................................................................................................................

QUEIXAM-SE QUE A CIDADE ESTÁ A FICAR DESPOVOADA

Comerciantes de Loures contraexcessivo parqueamento pago

Carlos Cardoso

Futsal

Decorre até 1 de Novembro, no Pavilhão António Feliciano Bas-tos, em Loures e no Pavilhão Jo-sé Gouveia, em São João da Ta-lha a Taça de Futsal do concelho de Loures, uma iniciativa da Câ-mara Municipal, em que partici-pam 8 equipas do concelho. Es-tão presentes nesta edição a As-sociação de Moradores da Por-tela (AM Portela); Associação de Moradores de Santo António dos Cavaleiros (AMSAC); Clube de Futebol de Santa Iria; Grupo Recreativo Apelaçonense; Gru-po Sportivo de Loures; Infanta-do Futebol Clube; Sociedade Re-creativa da Manjoeira e Clube de Futebol Os Bucelenses. Os jogos das meias-finais e final vão ter lugar no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, nos dias 20 de Outu-bro e 1 de Novembro.

Festa

Dia 23 de Outubro, a partir das 16 horas, nas instalações da Asso ciação de Moradores de Santo António dos Cavaleiros, o Bloco de Esquerda realiza a “Festa da Diversidade”, com Workshops para todas as idades de danças africanas, pintura li-vre, aula aberta sobre Literatura de Expressão Portuguesa, arte-sanato, espectáculo multicultu-ral, gastronomia de Angola; Bra-sil; Togo; Moldávia; Índia; Portu-gal e Cabo Verde.

Escuteiros

O agrupamento 1349 de escu-teiros de Santa Maria de Loures já tem a sua sede, situada num antigo espaço municipal, no Marzagão, em Loures. A cerimó-nia de inauguração do espaço contou com a presença do Pre-sidente da Câmara Municipal de Loures, Carlos Teixeira.

Conferência

O Provedor da Ética Empresa-rial e do Trabalhador Temporá-rio, Vitalino Canas, realiza, no dia 3 de Novembro, no Institu-to Superior de Ciências da Ad-ministração, uma conferência subordinada ao tema “Pode o sector privado de emprego aju-dar a criar (melhor) emprego?”. A conferência dedicada à temá-tica da criação de emprego e qual o papel do sector privado a gerar mais e melhor empre-go, terá também a participação da Ministra do Trabalho e da So-lidariedade Social, Maria Hele-na André, do presidente do IEFP, Francisco Madelino e da verea-dora das actividades económi-cas da Câmara de Loures que vai falar das políticas de emprego da Câmara.

Guterres

O Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, An-tónio Guterres, estará pre sente na sessão de abertura do pro-grama que assinala o Dia Euro-peu de Luta contra o Tráfico de Seres Humanos, 18 de Outu-bro, no Palácio dos Marqueses da Praia e Mon forte, em Loures.

Mais de 1.600 pessoas, entre as quais um elevado número de comerciantes, subscreve-ram uma petição solicitando que a Assembleia Municipal de Loures solicite à Câmara Municipal “a reapreciação da definição das zonas de par-queamento pago”, na cidade de Loures, por considerarem que a generalização do par-queamento “desincentiva o acesso ao comércio local”, gravemente afectado pela crise económica e pela “con-corrência esmagadora” das grandes superfícies.Trata-se, se assim se pode di-zer, de um segundo “round” de um processo que já vem de 2006, quando “fizemos um abaixo assinado, com mais de 1.600 assinaturas, enviado à Câmara Municipal de Loures e onde alertámos para as dificuldades de es-tacionamento”, explica Aida Flores, uma das primeiras subscritoras da petição. A verdade é que o documento caiu na indiferença da autar-quia que nem sequer se deu ao trabalho de responder.

Ao longo destes anos as zonas de estacionamento pago generalizaram-se. O que levou um grupo de co-merciantes e moradores a entregar, no passado dia 27 de Agosto, na Assembleia Municipal de Loures, uma nova petição, subscrita por mais de 1.600 cidadãos. “Quando começou o par-queamento, foi dito que por cada lugar pago seriam

criados uma série deles livres. O que vemos é pura e simplesmente o aumento de espaços parqueados por toda a cidade”. Maria João, outra das subscritoras, diz que a ânsia de criar lugares pagos é tal que até são cria-dos espaços colados com passadeiras ou nas curvas das estradas. “É por todo o lado”, desabafa.Aida Flores não vê razão

para isso. “Defendemos a redução de lugares par-queados. A nossa proposta de tarifação é apenas na Rua Principal e nas zonas circundantes das finanças, conservatória, notários, Câ-mara Municipal e Serviços Municipalizados”. Proposta que levaram, na passada sexta-feira, à Comissão do Território e Qualidade de Vida, da Assembleia Mu-nicipal de Loures, a única estrutura que até agora os recebeu.As consequências no comér-cio são sentidas no dia a dia. “Quem vai à loja da minha colega tirar uma fotocópia que custa dez cêntimos e tem de pagar 30 cêntimos

de parque?”, exemplifica Aida Flores.“A cidade de Loures está a ficar um deserto, despovo-ada e estas medidas estão a contribuir para isso. Quem aqui vem tratar de um as-sunto não está relaxado, até porque a fiscalização é terrível”, acrescenta Maria João. “Temos a consciência de que as dificuldades do co-mércio local não são apenas por isto. A crise económica, as grandes superfícies, com estacionamento gratuito, que conseguem tudo da Câmara, estão a afectar-nos imenso”.A que se deve somar, por isso, as taxas elevadas e os cus-tos da publicidade estática que tiveram “um aumento brutal este ano” bem como a concorrência desleal da feira que tem lugar três dias por semana no centro da cidade “onde as taxas são muito mais baixas e não há qualquer fiscalização”, adianta Aida Flores.Para já querem ser ouvidos pelos responsáveis da Câ-mara Municipal de Loures, porque da LouresParque, empresa municipal que gere os parqueamentos, não esperam nada. “Já nem per-demos tempo”, reconhece Aida Flores, agastada com a insensibilidade dos gestores da empresa.

Maria João (à esq.) e Aida Flores

Mau exemplo: o estacionamento é para deficientes mas a saída do veículo fica bloqueada por pilaretes

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 18 OUTUBRO 2010 | 9LOURES

Os cem anos de implantação da República, em Loures, a 4 de Outubro de 1910, foram comemorados com especial relevância. Até porque, a “conquista” da Câmara de Loures e a proclamação da República, por parte dos fortes círculos republicanos que actuavam no terreno, teve lugar um dia antes da capital, como aconteceu aliás, em outros concelhos da grande Lisboa.Tal não surgiu por acaso. Jaime Gama, no discurso que proferiu na Assembleia Municipal extraordinária, e onde os representantes de todas as força políticas fizeram as suas leituras da implantação da República, referiu que a proclamação da República um dia antes do 5 de Outubro, “visava criar uma cintura de protecção sobre as acessibilidades, im-pedindo qualquer rea c ção da Cavalaria ou mes mo blo-

quear a linha de caminho de ferro, caso fosse necessário”.De entre as diversas inicia-tivas efectuadas, debates, exposições, concertos, etc, destaque para a recreação histórica, com a presença de mais de uma centena de figurante, para a expo sição patente na Galeria Munici-pal Vieira da Silva “Loures no Despertar da República”, que contou com a presença do Presidente da República, Cavaco Silva, para a realiza-ção de diversos debates, bem como a edição de algumas publicações.Uma delas “A República em Loures – 4 de Outubro”, da autoria de António Valde-mar, de grande qualidade gráfica e de conteúdo, traz à luz do dia novos elementos so bre o processo de implan-ta ção da República em Lou-res, algumas das suas figuras mais carismáticas e medidas e reacções pós-República,

tornando patente as expec-tativas, as mudanças mas, também, as insuficiências que marcaram a chamada 1º República.De referir, ainda, a inau-guração de um novo espaço escolar, no dia 5 de Outubro, em Santa Iria de Azóia, o novo centro escolar de Via Rara, com a respectiva bi-blioteca. Orçado em 2,9 milhões de euros, o centro escolar dis-põe de três salas de jardim--de-infância e 8 salas de 1.º ciclo, equipadas com uma sala de ginástica e com bal-neário de apoio contando ainda com uma biblioteca escolar, cozinha/refeitório, secretaria e outras áreas de apoio ao funcionamento da escola.Nesse dia ainda, José Só-crates deslocou-se a Loures, à escola secundária António Carvalho de Figueiredo, onde inaugurou as instala- ções recuperadas, inseridas

num mais amplo projecto governamental de profunda melhoria do parque escolar.

A polémicaAs comemorações da Repú-blica, em Loures, não fica-ram isentas de polémica, decorrente não das leituras diversificadas sobre a pró-pria República, algo natural, mas da presença de Manuel Alegre, candidato à Presidên-cia da República, ao lado de Carlos Teixeira e de outros vereadores na tribuna do evento da recriação histórica. Os vereadores da CDU toma-ram de imediato uma posi-ção, “condenando a partida-rização das come morações”. Num comu nicado enviado à imprensa, referem que foi “com estranheza que esta tarde os vereadores da CDU constataram a presença na tribuna oficial da recrea-ção histórica no Largo 4 de Outubro, do candidato presidencial apoiado pela Partido Socialista, Manuel Alegre. Recorde-se que Ma-nuel Alegre não desempe-

nha actualmente qualquer função de Estado, não se entendendo por isso a que título se fez a sua participa-ção na tribuna de Honra do evento. Este empenho da maioria PS que governa o Município, em partidarizar de forma deplorável as Co-memorações do Centenário da República no Concelho, contrasta com a inércia com que o executivo municipal encarou o programa das comemorações e que se tra-duziu num enorme atraso na sua preparação.Numa iniciativa que só foi possível pelo empenho e participação de tantos, escolas, professores, alunos e pais, associações e colec-

tividades – que saudamos – lamentamos que o Exe-cutivo Municipal não tenha estado à altura da data que se comemora e dos ideais republicanos”.Fonte da Câmara Municipal de Loures explicou que não houve qualquer convite ofi-cial a Manuel Alegre. “Nesse dia esteve a almoçar com o presidente da Câmara de Loures, Carlos Teixeira, que o convidou, posteriormente, a assistir às comemorações”.De referir que nesse dia as televisões, nomeadamente a RTP, fizeram diversos di-rectos, já que Loures foi um dos locais escolhidos para os trabalhos informativos sobre o centenário da República.

4 DE OUTUBRO DE 1910 – 4 DE OUTUBRO DE 2010

Alegre comemoração do centenário da República em Loures

Carlos Cardoso

Sessão da Assembleia Municipal de Loures

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10 | 18 OUTUBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULOLOURES

A União Desportiva de Ponte de Frielas, está virada ex-clusivamente para a prática desportiva e o futebol é a modalidade que prevalece. Segundo o presidente do clube, João Sequeira, “a rea-lidade é a mesma de sempre: ter muitas equipas e atletas em constante actividade. É esse o nosso grande objecti-vo, pois não andamos atrás de campeonatos, embora também gostemos mais de ganhar do que perder. Há quarenta e três anos, tantos quantos sou presidente do clube, o objectivo do Ro-meira e, depois da fusão, da União Desportiva de Ponte de Frielas é ter muita gente em actividade de uma

forma desportiva e sã, natu-ralmente tentando que os melhores estejam ao serviço do clube, mas sem a ilusão, balofa, que nos derrube quando faltarem os apoios que temos. Este clube tem condições para andar, para existir, não devemos um tostão a ninguém e é nesse caminho que pretendemos continuar”. E sustenta: “Te-mos oito equipas de futebol e mais setenta e cinco miúdos na animação, o que totaliza mais de trezentos atletas em actividade neste clube”. Os atletas estão divididos pelos escalões de “escolas, infantis, duas equipas de iniciados, uma de juvenis, uma de juniores e uma de

seniores masculinos e outra de femininos. Acrescem, ain-

da, as escolas de formação, com miúdos que vão dos quatro aos doze anos, tudo por iniciativa da colectivida-de. Já nos foram endereça-dos convites pelos grandes clubes portugueses para coordenarem a formação, mas recusámo-los, não por menosprezo, mas porque achamos que o Ponte de Frielas tem uma identidade própria e não gostava de chegar ao campo e ver, por exemplo, o meu neto a trei-nar com outro equipamento qualquer. Aqui, treinamos com os nossos próprios equipamentos, não com os das escolas de outros clubes. Temos um coordenador e mais quatro elementos,

todos licenciados em Edu-cação Física, que têm feito um trabalho muito bom. Esta época, promovemos meia dúzia de miúdos às escolas de competição e não abdicamos dessa convicção, de que o que é do Ponte de Frielas é do Ponte de Frielas!”A agremiação possui infra--estruturas próprias, embora sem grande margem de ma-nobra para futuras e even-tuais ampliações, mas para João Sequeira o problema não se situa nesse âmbito, mas noutro: “As instalações têm ficado entaladas pelas cheias e pela incúria das empresas que estão afazer as obras na A8, que nos têm fechado as saídas das águas,

deixando o sintético alagado, em condições que podem obrigar à sua substituição. O assunto vai para tribunal, porque a empresa envolvida assumiu a responsabilidade pelos prejuízos causados, mas a seguradora ligada ao processo recusa-se a dar-lhe andamento. As nossas insta-lações são muito razoáveis, pretendemos fazer umas ca-binas novas, mas, para isso, precisamos de apoios que, neste momento, não nos podem ser prestados e nós, directamente, não temos possibilidade de levar a cabo uma obra orçamentada em cerca de cento e cinquenta mil euros.”

Luís Pedro

UNIÃO DESPORTIVA DE PONTE DE FRIELAS RECORRE AO TRIBUNAL

Obras na A8 causam prejuízos no sintético

A equipa sénior de futebol da U.D. de Ponte de Frielas disputa a 1.ª Divisão, Série 2, da Associação de Futebol de Lisboa e, depois de cinco jogos realizados, ocupa a última posição na tabela classificativa, apenas com um ponto, obtido num em-pate sem golos no campo do Operário de Lisboa. Por outro lado, para a Taça da mesma Associação, foi elimi-nada pelo Clube Desportivo de Vila Franca do Rosário. O facto, todavia, não retira o optimismo ao treinador, Bruno Dias.“A equipa joga com uma boa dinâmica, é, quase sempre, a melhor em campo, mas fomos eliminados da Taça da A.F.L. com um golo sur-gido de uma bola parada, num lance de infortúnio da nossa defesa. No cam-peonato também tem sido um pouco assim, a equipa joga, mas tem-nos faltado a estrelinha da sorte e algumas arbitragens também não têm estado bem, sobretudo no início da época.”Aludindo ao futuro: “As pers-pectivas são as de chegar-mos o mais longe possível, embora o clube ainda não se tenha preparado para atingirmos a Divisão de

João Sequeira

Honra da AFL. De qualquer modo, sei que tenho um plantel e uma equipa que poderiam lá chegar. Ainda é muito cedo, é preciso conti-nuar a trabalhar, mas neste momento, com os resultados verificados, temos de actuar para chegar o mais adiante possível”.

Debruçando-se sobre a constituição do plantel, Bruno Dias considera que “neste momento tem alguns jogadores da formação, não que tenham subido todos este ano, o que aconteceu apenas com dois, mas há já muitos jogadores da casa. Gostaríamos que o número

fosse maior, mas por este ou aquele motivo não po-demos contar com mais. Para este tipo de divisão, no entanto, também é preciso alguma experiência, o que, juntamente, foi impeditivo de podermos ficar com mais alguns elementos das cama-das jovens.”

Bruno Dias, treinador dos seniores, é um homem optimista

Bruno Dias

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 18 OUTUBRO 2010 | 11LOURES

A Academia dos Saberes - Universidade Sénior do Concelho de Loures, cujo ano lectivo teve início a 8 de Outubro, conta com mais de 1.200 alunos. Distribuídos por dois pólos, o de Loures, situado na antiga Escola Pr imária n.º1) , e o de Sacavém, com instalações na Quinta do Património, os alunos têm aulas dadas por professores voluntários e com a colaboração da Casa do Professor do Concelho de Loures Manuela Cardoso, presidente da Casa do Professor do Concelho de Loures, sin-t e t i z o u , e m Sa c a v é m , sintetizou em três eixos os objectivos subjacentes à formação: “Pretendemos que continuem activos, mantendo-se em contactos uns com os outros, que não parem de pensar e que aprendam novas matérias”. Na Universidade Sénior cada um “aprende ao seu ritmo e não há avaliação no final do ano”. A Academia dos Saberes encontra-se a funcionar des-de 2006 disponibilizando en sino não formal, aulas teó ricas, disciplinas de expressão corporal e artís-tica, disciplinas de expressão física e motora, e actividades de lazer e informação, aos

munícipes com mais de 50 anos. História, Geografia, Artes Decorativas, Infor-mática, Línguas Estrangeiras, Dança, Tapetes de Arraiolos, são apenas algumas das disciplinas possíveis de frequentar.Sendo um projecto alter-nativo aos habituais centros de dia, são objectivos des-ta resposta social incre-mentada pela Câmara de Loures e desenvolvida pelo Gabinete de Apoio à População Sénior, “fomentar a participação e organização dos seniores em actividades culturais, de cidadania, de ensino e de lazer; divulgar temáticas como história, ciências, artes e tradições; constituir um centro de informação e divulgação dos serviços, direitos e deveres dos seniores; incentivar as relações interpessoais e sociais entre as várias ge ra ções; estimular a pes-quisa sobre a temática da gerontologia”.Não é por acaso que a Univ-ersidade Sénior abriu as suas actividades em Outubro que é o Mês do Idoso. O início das aulas integra-se no programa Viva Outubro, que contempla ainda a exposição Arte Sénior, o XV Encontro de Poesia e o

“VIVA OUTUBRO” VALORIZA O PAPEL DO IDOSO NA SOCIEDADE

Cerca de 1.200 alunosfrequentam a Universidade Sénior

Grande Baile d’Outono, com o objectivo de proporcionar momentos de participação e integração dos seniores na vida sócio cultural e recreativa da comunidade, valorizar a função cultural dos mais idosos, fomentando a transmissão de saberes e vivências às gerações mais novas e promover o convívio.

CC

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12 | 18 OUTUBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO LOURES

Terminaram as obras de restauro da igreja Matriz de N. S. da Purificação de Bu celas e, com elas, surgiu um núcleo museológico de Arte Sacra, valorizando não só um espaço antigo da fre-guesia – a Igreja remonta a 1566 – mas a vila de Bucelas no seu conjunto. O núcleo museológico pode ser dividido em duas partes. A igreja matriz em si mesmo, cujas pinturas nas paredes e abóbadas, as pinturas em telas, cuja autoria foi agora atribuía a Marcos da Cruz pelo professor Vítor Serrão, as talhas, a escultura, ourivesaria e paramentaria foram alvo de um aturado processo de recuperação, assumindo neste momento a sua eloquência e grandio-sidade e um espaço de apre-sentação de peças do acervo patrimonial da igreja, que regularmente será objecto de renovação.Não se tratou de um processo fácil, como reconhece o padre Eduardo Freitas que ao longo de anos e anos alertou para o progressivo estado de degradação do imóvel, bem como de mui tas das suas

peças. Pároco da comunidade desde 1962, praticamente desde essa altura procedeu a diversas diligências, junto de instituições estatais ou camarárias, para que ti ves sem lugar obras de

recuperação.As inundações de 1967 e o sismo de 1969 colocaram em sério perigo a estrutura da igreja. Em 1989 houve, após a intempérie, novos danos mas a inépcia continua. Um bom exemplo é o da tela “Os Santos Bispos” que foi levada para o Instituto José Cândido de Figueiredo, para ser intervencionada, em Outubro de 1982 e regressou à igreja em 2001...sem que nada fosse feito.Foi contra a vontade do IPPAR que em 2007 cha-m o u u m a e m p re s a d e restauração a quem confiou a recuperação da Capela-Mor, dos Altares Laterais e do Arco Triunfal num processo que não parou mais. E que contou, mais recentemente, com o apoio da Junta de Freguesia de Bucelas que suportou a criação do núcleo museológico.Para explicar de forma um pouco mais exaustiva todo este processo de recuperação, devolvendo à comunidade um acervo patr imonial e cultural que é uma componente essencial da história de

BUCELAS PATRIMÓNIO DA IGREJA ABERTO AO PÚBLICO

Nasce núcleo museológico de arte sacraCarlos Cardoso

Bucelas, foi publicado um pequeno livro, chamado “Tempo de memórias”. É um instrumento útil que não dispensa uma visita à igreja de Bucelas que terá de ser acompanhada e sujeita a algumas regras. Por exemplo, não é permitida a utilização de máquinas fotográficas com flash, em especial no que diz respeito à recolha de imagens das telas. Houve mesmo uma ligação com a Polícia Judiciária, garantindo a segurança do património, no âmbito do programa Igreja Segura.A conclusão das obras de restauro e a abertura do núcleo museológico ao público, no passado dia 10 de Outubro, contaram com a presença de D. José Policarpo e d e C a r l o s Te i x e i r a , presidente da Câmara de Loures, Hélio Santos, responsável da autarquia de Bucelas e de outras entidades. Coube à Mestre Ana Paula Assunção, que de forma graciosa e voluntária se associou, através do Banco de Voluntariado, ao projecto de criação do núcleo museológico.

Um relógioque resistiu ao tempo

Uma peça que chama a atenção é um antigo relógio, que funciona na base de um sistema de pêndulos. Esse relógio esteve na colectividade da Bemposta, onde durante anos foi mantido em bom estado pelo pai de José António Ribeiro e, posteriormente, por ele próprio. “Desde os sete anos que dava corda ao relógio”, lembra José Ribeiro. Conta que em pequeno e apercebeu que o relógio se adiantava um pouco e não encontrava explicação. Até que um dia, “traquinas vi para aqui fumar”, se apercebeu que com o vento uma pequena porta abria-se e afectava o relógio. Facilmente o problema foi resolvido e a partir daí as horas baterem certas. “O relógio só tinha um ponteiro, o das horas. O meu pai modificou-o e passou a ter dois, um deles para as meias-horas”, conta José Ribeiro, com indisfarçável orgulho numa peça que diz ter cerca de 500 anos e considera ser, com as suas múltiplas rodas dentadas e as suas duas pedras ( pêndulos ), com perto de 30 quilos cada, uma “espécie de computador daqueles tempos....”

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Milhares na festa do Vinhoe das Vindimas de Bucelas

Aproveitando a tarde magnífica de sol, mi-lhares de pessoas assis-tiram, no domingo, 17 de Outubro, ao desfile etnográfico da Festa do Vinho e Vindimas, em Bucelas.As mais de duas deze-nas de carros alegóri-cos, da responsabilida-de das colectividades organizadoras da festa, deliciaram os presen-tes, numa manifesta-ção viva da artes e dos costumes ligados ao

processo do cultivo, re-colha e transformação das uvas.A surriba, a escava, a empa, a sulfatação, a pisa etc, são apenas alguns dos momentos reavivados nos diver-sos carros. Não faltou, igualmente, as antigas artes, como o cesteiro, tanoeiro, ferreiro.O desfile é, sem dúvida, o ponto alto de umas festas que decorreram durante três dias de 15

a 17 de Outubro. Hou-ve lugar para bailes, concerto pela Banda Recreativa de Bucelas, festival de folclore, te-atro, bombos, tasqui-nhas, gastronomia, jo-gos populares, mostra de artesanato e para a 6.ª Marcha dos Fortes, com partida de Torres Vedras e chegada a Bu-celas. Contributos para a afirmação de Bucelas como capital do “Arin-to”, o já reconhecido e afamado vinho branco.

LOURES

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14 | 18 OUTUBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO MAFRA

BREVESMAFRA..............................................................................................................................

Carlos Cardoso

ENGLOBA AS ONDAS DA PEDRA BRANCA, REEF, RIBEIRA DE ILHAS, CAVE, CRAZY LEFT, COXOS E S. LOURENÇO

Mafra pode ter a primeira reservade surf na Europa

Na Ericeira realizou-se, no dia 10 de Outubro, o 18º Festival de Bandas do Concelho de Mafra, orga nizado pela Filarmónica Cultural da Ericeira, sob a orientação de João Morais. O mau tempo obrigou a cancelar os concertos, no Largo de Santa Marta, sendo transferidos para o Pavilhão Desportivo Municipal.A primeira banda a executar o concerto foi a Associação Musical Nossa Senhora do Livramento, fundada em 1984, dirigida por Pedro Simão, que apresentou os temas: « Cycles and Myths», «The Mask of Zorro» e « Salt and Pepper». A Banda da Sociedade Recreativa e Musical de Vila

Franca do Rosário, sob a direcção de Aurélio Ribeiro, que foi fundada em 1896, tocou o «Sweet Memories», «Sonhos de Portugal» e «Storie

di Tutti i Giorni».A terceira banda, a participar no evento, foi a centenária Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro, da Encarnação,

XVIII FESTIVAL DE BANDAS DO CONCELHO DE MAFRA

Nem o mau tempo impediu a música...que nasceu em 1840 e tem como maestro António Rodrigues. Foram estes os temas escolhidos: Marcha de concerto - «Beira – mar», «Famous Themes from Overture»; a Fantasia « Poseidon»; o Medley « Samba Sensation» e «Friends Will Be Friends – Rock Pop.A Escola de Música da Casa do Povo, da Enxara do Bispo, fundada em 1991, sob a direcção de Nuno Varão, executou quatro temas: «Pacífica» - Abertura – «Sinfonia per un Addio -Rondo; «The Best of Green Day» - Selection e a March « Drumbo». Por seu lado, Manuel Rua dirigiu a Escola

Surf

A praia de Ribeira D’Ilhas, na freguesia da Ericeira, recebe, em Outubro, de 19 a 24, a eli-te mundial da modalidade no Quiksilver Pro-Portugal, uma prova de 6* do ranking ASP masculino. Os 32 melhores surfistas do mundo vão domi-nar as ondas portuguesas da Praia de Ribeira d’Ilhas com-petindo pela vitória final do campeonato. Durante o evento terão lugar concertos e estreia de filmes, entre muitas outras iniciati-vas.

Livro

No dia 23 de Outubro, pelas 17 horas, na Casa da Cultura Jaime Lobo e Silva, na Ericei-ra, tem lugar uma sessão com o escritor Daniel Sampaio, de apresentação do livro “Me-mórias do Futuro, Narrativa de uma Família” em que o au-tor retoma o tema do diálogo entre as diversas gerações de uma família. A iniciativa parte da livraria Ao Pé das Letras que abriu recen-temente, com uma vasta ofer-ta de títulos e que pretende assumir um papel dinâmico na Vila, nomeadamente atra-vés de encontros com a pre-sença de escritores feiras do livro. A livraria Ao Pé das Le-tras tem um espaço de Galeria onde, mensalmente, promove exposições.

Rotary

Dinarte Machado, Henrique Pedro, José Pestana, Joaquim Casado, João Rolo, João Antó-nio, Hélder Franco, Fer nanda Santos, Jorge Vadio, Filome-na Rodrigues, Horácio Antu-nes e Francisco Carlos são as personalidades, ligadas a ac-tividades profissionais muito diversas, que vão ser home-nageadas no próximo dia 22 de Outubro, pelo Rotary Clube de Mafra.

Gradil

A 31 de Outubro, na Quinta Sant’ana, na freguesia do Gra-dil, tem lugar o 4º Festival da Nossa Terra, um momento pa-ra lembrar o tempo da vinha e das vindimas, num Outono que se espera de boas colhei-tas. Há futebol, ranchos, bons petiscos e muita animação.

Portugal pode ser o primeiro país da Europa a oferecer aos turistas e praticantes da modalidade uma reserva mundial de surf, situada no concelho de Mafra, na zona da Ericeira, compreendendo a faixa costeira que vai desde a praia da Empa à Praia de São Lourenço. A candidatura, apresentada por iniciativa da Câmara Municipal de Mafra, conta com o apoio de várias entidades públicas e privada.Segundo o responsável pelo turismo na Câmara Municipal de Mafra, o ve reador Hélder Silva, a candidatura portuguesa já foi submetida oficialmente à organização norte-ame-ricana Save the Waves. “A Ericeira é reconhecida internacionalmente pelas condições para a prática do

surf, possui características naturais únicas de onze quilómetros de costa com 22 ondas, sete delas que vão ser candidatas”, disse o autarca.As setes ondas da Pedra Branca, Reef, Ribeira de Ilhas, Cave, Crazy Left, Coxos e São Lourenço vão candidatar-se a Reserva Mundial de Surf. Promover a protecção dos recursos naturais da Eri ceira - ondas, costas, praias - e reforçar o seu re conhe cimento nacional e internacionalmente são os grandes objectivos deste pro jecto. De referir que a primeira distinção deste tipo foi entregue recentemente à praia de Malibu, na Califórnia. “A validação da candidatura tornará Portugal no primeiro país da Europa a oferecer

aos turistas e praticantes da modalidade uma reserva mundial de surf. Até agora

existe apenas uma em Malibu, nos Estados Unidos da América”, avança, por seu

lado o Turismo de Lisboa, entidade parceira nesta iniciativa.

de Música Juventude de Mafra que foi criada em 1981. Os temas seleccionados fo ram estes: «Fanfare Over ture», «Music», John Mi les; « African Symphony – Van Mccoy e «Moment for Morricone – Ennio Morri cone.A última actuação pertenceu à banda anfitriã, Filarmónica Cultural da Ericeira, fundada em 1849, com direcção de António Rosado. Começou por tocar « Overture Jubi loso», depois «Mais Alto e Mais Longe» e, finalmente, «Deep Purple Medley».Para o ano haverá nova edi ção numa freguesia do concelho de Mafra.

Rogério Batalha

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 18 OUTUBRO 2010 | 15MAFRA

A vila da Ericeira acolheu milhares de visitantes, na tarde de 5 de Outubro, os quais quiseram assistir à

reconstituição histórica do embarque da Família Real para o exílio, a cargo do Grupo Sal em Cena.

MILHARES DE PESSOAS NA ERICEIRA

Sal em Cena reconstitui embarque da família real para o exílio

O Rotary Club de Mafra pro-moveu uma sessão pública, numa Sala do Palácio Nacio-nal de Mafra, para assinalar o 1º Centenário da Implan-tação da República.O Presidente do Rotary Clube de Mafra, Raimundo de Sou-sa, nas breves palavras que proferiu, disse que «embora não seja adepto do determi-nismo não posso deixar de concordar que, de alguma forma, o que somos hoje é fruto de um vínculo heredi-tário aos acontecimentos his-tóricos que nos precederam. É hora de olharmos a história como uma lição e conse-guirmos reconhecer como o resultado da evolução dessa história, mas, também deve-mos estar conscientes que, no presente, estamos fazen-do a história do amanhã, história essa que se reflectirá naquilo que os nossos filhos e netos virão a ser no futuro. Para isso é preciso investir muito mais numa educação de qualidade e na formação ética dos jovens cidadãos de hoje, que amanhã nos gover-narão e que são o futuro actu-al que nós temos a obrigação de preparar agora».

Rotary de Mafra debateo 1º centenário da República

Na tarde de 5 de Outubro, numa tenda instalada na Praia dos Pescadores, na Ericeira, teve lugar o lançamento do livro «Onde a Monarquia acaba e a República começa. Ericeira, 5 de Outubro de 1910». A cerimónia realizou-se, às 15 horas, precisamente na hora e local onde ocorreu, há 100 anos, o embarque da Família Real para o exílio.Usaram da palavra José Viegas de Freitas, Presidente da Direcção do ICEA – Instituto de Cultura Europeia e Atlântica e o editor da Mar de Letras, António Carlos Serra. A apresentação da obra esteve a cargo de João Abel da Fonseca que se referiu aos temas versados no livro.O livro consta de um conjunto de textos de autores diversos, a saber: «A República como «Ética» e como «Regime». O caso de António José de Almeida”, escrito por Luís Reis Torgal; ”Do Cairo à Ericeira:

A encruzilhada de 1910”, por Jorge Morais; «A 1ª República na Ericeira», apontamentos de António Franco Caiado”, de José Constantino Costa; “A Última Missão do IATE REAL Amélia»: Da Ericeira a Gibraltar”, de Eduardo Nobre; “A Revolução nas Ruas: Mudança Toponímica na 1ª República», a cargo de Ana Homem de Melo; “Visita aos locais de Passagem da

Família Real na Ericeira”, autor António Silva Gama; “Entrevista realizada ao Sr. José dos Santos Caré Júnior”, por Frederico Ágoas; “Apontamentos destinados à Crónica Sincera das derradeiras 24 horas da Monarquia portuguesa, em Mafra – Ericeira”, por Manuel Gandra e “A Revolução Republicana na primeira pessoa”, de António Ventura. O livro, que tem 157 páginas, pertence à colecção «Traços da História», da Editora Mar de Letras, tendo na capa a fotografia da 1ª página do jornal “O Mundo” de 8 de Outubro de 1910No final teve lugar um concerto de encerramento executado pelo Quinteto CoolBrass, da Filarmónica Cultural da Er iceira e apresentação do programa do XII Curso de Verão da Ericeira.

Rogério Batalha

República e monarquiaem textos diversos Isabel Iglésias, Conservadora

do Palácio Nacional de Mafra, e um do oradores convida-dos, relatou vários factos históricos passados com a Família Real, aquando da sua permanência no Palácio, na altura da sua partida para o exílio no dia 5 de Outubro de 1910.Por seu lado, Lourenço Perei-ra Coutinho, que foi assessor da Ministra da Educação do 16º Governo Constitucio-nal, referiu as contradições presentes aquando a im-plantação da República. “As liberdades foram cerceadas com a im plantação da Pri-meira Re pública e o partido

republicano acabou por não atingir os objectivos que tinha traçado, nem cum-priram as suas principais promessas”. O jornalista, poeta, drama-turgo e autor de uma vasta obra para crianças e jovens, José Jorge Letria, na sua co-municação destacou a im-portância da implantação da República como a única alternativa ao sistema mo-nárquico já caduco. Antes das intervenções dos palestrantes o Grupo Coral de Mafra, dirigido pelo maestro Carlos Ançã, executou quatro trechos do seu reportório.

Rogério Batalha

Nem tudo foi pacífico na recriação histórica. O grupo de teatro “Os Sal em Cena”, emitiu um comunicado, de que publicamos extractos, onde se insurgem contra o “aproveitamento” feito pela Junta de Freguesia da Ericeira, aproveitando em contrapartida para agradecer a todos aqueles, associações, empresas ou que individualmente deram o seu contributo.“Os Sal em Cena gostariam de informar e esclarecer que a Recriação Histórica baseada no embarque da Família Real na Ericeira ocorrido em 1910, e realizado a 5 de Outubro de 2010, foi organizado, encenado e responsabilidade do grupo de teatro da Ericeira “Sal em Cena - cultura e animação”.Somos um grupo de jovens que trabalha sem qualquer fim lucrativo. Tanto as peças de teatro que já fizemos e certamente continuaremos a fazer , bem como esta representação histórica, são fruto do nosso suor, mas sobretudo do nosso empenho e vontade, que, sem qualquer apoio financeiro, trabalhamos sem fundos e (quase) a título particular, apenas para dinamizar a nossa terra.

Por este motivo, ficámos muito tristes e desiludidos por saber que se andam a aproveitar do nosso sucesso, como é o caso do nosso presidente da Junta de Freguesia da Ericeira (entre outros), que perante alguns lojistas e particulares, afirmou que o evento ocorrido nas ruas da Vila no feriado passado e que trouxe tanta gente à Ericeira, fora responsabilidade sua (através da Junta de Freguesia)...... essa atitude para nós é vergonhosa, e de uma falta de respeito sem tamanho por quem trabalhou horas a fio para que tudo corresse bem. Confirmarão certamente os quase 90 figurantes que participaram na recriação, bem como as entidades e particulares que deram apoio logístico e material para tornar esta recriação um sucesso, que não foram contactados por ninguém desta junta de freguesia, nem deram a cara para ajudar ou organizar os voluntários.A questão que não sai da nossa cabeça é a seguinte: “Se por acaso a recriação não tivesse tido o impacto que teve nem tivesse sido o sucesso que foi, o Sr. Presidente também assumiria a sua organização?”

Quando eram 14 h 15 m chegou a família real, ao Lar-go da Igreja Matriz de S. Pedro, da Ericeira, num au to móvel

da época, um Ford T, de 1910. A comitiva real fez o percurso, a pé, do largo da igreja até à Praia dos Pescadores sem-pre acompanhada por cen-tenas de pessoas, algu mas envergando os fatos da época. Na praia estavam dois pequenos barcos, na areia, que receberam o Rei D. Manuel II e a restante comitiva. No muro das ribas viam-se milhares de visitantes que filmavam e fotografavam a representação do evento histórico. No final, no Jogo da Bola houve concerto executado pela Banda Filarmónica da Ericeira.

Rogério Batalha

Grupo de teatro contra “aproveitamento” da Junta de Freguesia da Ericeira

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16 | 18 OUTUBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO MAFRA

A Câmara Municipal de Mafra inaugurou, na manhã de 5 de Outubro, a Escola Básica de S. Miguel do Milharado. O novo complexo escolar vai receber os alunos das antigas Escolas Básicas do 1º ciclo do Milharado, Casais da Serra e Roussada e dos Jardins de Infância de Casais da Serra, Roussada e Vila de Canas.A Escola Básica de S. Miguel do Milharado é o 16º esta-be lecimento de ensino inaugurado no âmbito do programa municipal de reordenamento da rede escolar, previsto na «Carta Educativa do Concelho de Mafra». A nova escola tem capacidade para 264 alunos do 1º ciclo do ensino básico e 100 crianças de educação pré-escolar. Possui um refeitório, pavilhão desportivo, biblioteca, sala de informática, salas de expressão plástica, sala de estudo e sala polivalente.

Um apelo aos paisPaulo Ricardo, Presidente da Junta da Freguesia do Milharado, usou da palavra tendo afirmado a certa altura: «As escolas não se podem limitar a ser um conjunto de salas com mesas e cadeiras. As escolas devem reflectir as mudanças que têm lugar na sociedade. D e v e m s e r, t a m b é m , exemplos de exigência e abordarem a formação das nossas crianças de uma forma global, com os olhos postos na realidade. É por isso

que têm bibliotecas, espaços para as novas tecnologias, zonas seguras de lazer e refeitórios». E, mais adiante, acrescentou: «Aproveito para fazer um apelo aos pais, para que não encarem a escola como um local onde deixam os seus filhos e nada mais. Devem estar presentes, ir às reuniões, participar nas iniciativas a que são chamados, ouvir e falar com os professores, pois o papel da família é fundamental para o sucesso escolar dos seus filhos».Por sua vez, José Ministro dos Santos, presidente da edilidade mafrense, s a l i e n t o u q u e : « O s objectivos pedagógicos da escola do século XXI são completamente distintos da realidade vivida há um século. Em 5 de Outubro de 1910 apenas um quarto da

população nacional sabia ler e escrever. Ao desafio primeiro da alfabetização dos cidadãos acrescia a necessidade do investimento na construção do parque escolar. No concelho de Mafra dos edifícios edu-cativos existentes nenhum era propriedade do Estado. A grande maioria era detida por particulares com con-trato de arrendamento. Muito recorrente era ainda o recurso a instalações ane-xas às igrejas paroquiais. Ape nas a partir da década de 40 foi possível iniciar a constituição de uma rede escolar do ensino primário, gratuito e obrigatório – o agora chamado «Plano dos Centenários». Aqui, no Milharado, a escola foi concluída em 1954, mais concretamente no dia 20 de Outubro. Passados 56

anos o novo edifício, que hoje inauguramos, é muito mais do que um mero espaço de transmissão de conhecimentos aos alunos

Secundária José SaramagoNo mesmo dia, o Ministro da Justiça, Alberto Martins, d e s l o c o u - s e à v i l a d e Mafra, para inaugurar as obras de requalificação e modernização da Escola Secundária José Saramago que custaram mais de nove milhões e meio de euros. O titular da Pasta da Justiça foi recebido por alguns alunos que envergavam trajes, de há cem anos, representando a Família Real e figuras que se destacaram, na implantação da República, no dia 5 de Outubro de 1910.Na sessão solene Margarida Branco, Directora da Escola Secundária José Saramago, recordou que “a população estudantil é constituída por cerca de 1.400 jovens no ensino diurno, distribuídos

por 54 turmas de cursos cientifico, e cerca de 300 adultos no ensino nocturno em Cursos de Educação e Formação de adultos e outros 700 que frequentam o Centro Novas Oportunidades. Este novo edifício dispõe agora de excelentes espaços, não só adequados à prática lectiva, mas também ao desenvolvimento de um sem número das mais diversas actividades e projectos de complemento curricular ou extra-curricular”.O Presidente da Edilidade Mafrense, Ministro dos Santos, lembrou o que ainda falta fazer da renovação d o p a rq u e e s c o l a r n o concelho, designadamente “a requalificação da Escola Básica do 2º e 3º Ciclos da Malveira; e o reforço

da capacidade existente para dar cumprimento ao programa «Secundário para todos». Alberto Martins, realçou que com o Programa de Construção de Centros Escolares, que “dispo-nibilizou 400 milhões de euros para as autarquias, foram concluídos 333 novos Centros Escolares, 128 encontram-se em obra e 105 em projecto. Também o Programa de Modernização das Escolas do Ensino Secundário, lançado em 2007, pelo qual foi possível concretizar esta importante obra em Mafra, abrangerá 332 escolas. As 51 primeiras escolas foram concluídas e, hoje, inauguradas mais 30 escolas requalificadas».

Rogério Batalha

ENQUANTO NA ESCOLA JOSÉ SARAMAGO ACABAM AS OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO

Milharado recebe um modernoestabelecimento de ensino

Nunes Forte, que vive na Venda do Pinheiro e que tem feito um excelente trabalho na promoção da Charneca, terra de Beatriz Costa, recebeu o prémio do “Melhor

Documentário” no Festival Internacional de Filmes de Turismo, com “Sintra, Capital do Romântismo”.No ART & TUR, Festival In ternacional de Filmes

de Turismo, que decorreu em Barcelos, de 23 a 26 de Setembro, com apresentação de Eládio Clímaco, partici-p a r a m m a i s d e d u a s centenas e meia de filmes de vídeos de 40 países, entre os quais, Portugal, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Estados Unidos da América, Nova Zelândia, Reino Unido, Grécia, República Checa, Arábia Saudita, Polónia, Luxemburgo e Dinamarca. O Prémio de Mérito foi atri buído a Africa’s Lost Eden produzido pela Na-

tio nal Geographic em Moçambique.Nunes Forte assinou o guião e a realização do vi-deo grama “Sintra, Capi-tal do Romântismo”, com cerca de 20 minutos, que re c e b e u o p r é m i o d o “Melhor Documentário”. A p r o d u ç ã o e x e c u t i v a do documentário foi da ComSom - Produção de Imagem, Lda, dirigida por Mário Brito, que também fez a sonorização. As imagens e a edição são de Carlos Casimiro com

a s s i s t ê n c i a d e T i a g o G u e r r e i r o . L o c u ç ã o de Adelino Gonçalves e Alberto Ramos que leram textos em verso e prosa de poetas nacionais e

internacionais que “canta-ram” Sintra e que foram seleccionados pela Agência ELPM, correspondendo a uma encomenda da Câmara Municipal de Sintra.

VIVE NA VENDA DO PINHEIRO

Nunes Forte recebeu prémiono Festival Internacional de Filmes de Turismo 2010

Paulo Ricardo

Novo espaço escolar do Milharado Encenação na escola José Saramago, em Mafra

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 18 OUTUBRO 2010 | 17ODIVELAS

BREVES

Luís Garcia

ODIVELAS..............................................................................................................................

FICA SITUADO NA QUINTA DA PAIÃ

Canil inaugurado com campanha de adopção

SINOPSE

Tertúlia “Conversas com Princípio e Fim”No próximo dia 27 de Outubro, 4ª. Feira, às 17,00 Horas, na Sociedade Musical Odivelense, (perto da Igreja Matriz), Carlos Moura organiza a 27ª.Tertúlia “Conversas com Princípio e Fim” com o tema “Hoje...vamos falar de saloios”. É convidada a Drª. Maria Máxima Vaz, historiadora, a qual irá falar, nomeadamente, sobre os saloios, região saloia e origem da palavra. É também convidado o Grupo Folclórico “Os Camponeses de Odivelas”, que através de algumas das suas interpretações, relacionadas com o tema, irá proporcionar um fim de tarde agradável.As “lavadeiras de Odivelas” recentemente regressadas de uma digressão, vão também dar o seu contributo.

Os animais abandonados em Odivelas já não têm de ser encaminhados para outros concelhos. A Câmara inau-gurou, no dia 14, um centro de recolha animal com 24 celas, que também poderá ser utilizado como hotel para cães no futuro.O encaminhamento dos cães abandonados era um problema antigo em Odi-velas. Na ausência de um canil no concelho, os servi-ços municipais levavam os animais para Cascais, numa primeira fase, ou para Oeiras e Amadora, posteriormente.Segundo a presidente da Câmara de Odivelas, Susana Amador, o Centro Oficial de Recolha Animal do Conce-lho de Odivelas (CORACO) faz com que o município se torne independente nesta área, com ganhos logísticos e financeiros.O centro, que custou cerca de 230 mil euros, foi construído numa lógica de reutilização

de materiais e de contenção de custos. Assim, a autarquia aprovei-tou uma vedação provenien-te de outro equipamento e contentores vindos do

parque municipal de emer-gência.Além de possuir gabinete veterinário, o CORACO é dotado de 24 selas: 18 de características normais, três

para cães potencialmente perigosos e outras três para maternidade ou para ani-mais com doenças.

Campanha de adopçãoSegundo Susana Amador, o centro “também tem a ver-tente de occisão (abate) de animais, mas dá a prioridade à recolha e adopção”.Na mesma linha, o muni-cípio lançou recentemen-te uma campanha para a criação de famílias de aco-lhimento temporário para animais abandonados. “Estas famílias têm de passar por um período de avaliação e só podem ficar definiti-vamente com o animal se passarem no teste”, explica a presidente da Câmara de Odivelas, adiantando que a autarquia tem recebido, nos últimos dias, várias ins-crições de munícipes inte-ressados em participar no

projecto.De acordo com Susana Ama-dor, casa haja espaço livre no centro de recolha animal durante os meses de Ve-rão, a Câmara de Odivelas equaciona utilizá-lo como hotel para cães, gerando uma receita adicional para o município.A presidente da Liga Portu-guesa dos Direitos dos Ani-mais, Maria do Céu Sampaio, presente na inauguração, elogiou o equipamento e lembrou que “só deve ter animais quem dispõe de condições para os ter”.Lembrando a “má imagem que se dá de um país quando não se trata dos animais” e que estes também sen-tem “medo, dor, stress e angústias”, Maria do Céu Sampaio reconheceu que, nos últimos anos, Portugal tem feito “grandes avanços” nesta área.

Protocolo

Foi assinado, a 11 de Outubro, em Odivelas, um protocolo en-tre a Câmara Municipal de Odi-velas e o Centro de Formação Profissional para o Sector Ali-mentar, da Pontinha, que visa a cedência de utilização de insta-lações municipais, a título gra-tuito, durante os dias úteis, no período compreendido entre as 15h00 e 18h00, ao Centro de Formação Profissional para o Sector Alimentar, da Pontinha. Nesse local serão realizadas ac-ções de formação profissional, vocacionadas para aumentar as competências e o acesso dos profissionais a diferentes per-cursos de aprendizagem. Pre-tende-se criar condições para um reingresso profissional mais qualificado e compatível com as necessidades exigidas por um mercado de trabalho em cons-tante mudança.

Pontinha

No próximo dia 29 de Outubro, das 14h30 às 17h15, no Salão Nobre da Junta de Freguesia da Pontinha, realiza-se uma mati-né dançante, com música ao vi-vo, a cargo de “Vitinha”, do gru-po Ipanema. A Acústica Médica, empresa que se dedica à área dos cuidados de audição, patro-cina esta acção.

Taxas

O Executivo da Câmara Munici-pal de Odivelas aprovou as ta-xas do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e a participação do IRS. O IMI mantém-se em 0,4 por cento para os prédios urba-nos avaliados e 0,7 por cento para os restantes. e o IRS man-tém-se em 5 por cento.

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Começa o ano de 2007 com uma autêntica revolução no domínio empresarial das au-tarquias locais. As mudanças no regime jurídico das empresas municipais, bem assim como o estatuto do gestor local, antes inexistente, assim como inexis-tente era a sua remissão, ainda que subsidiária, para o estatuto do gestor público, este existente já à muitos anos, vieram impor novas regras aos municípios.Por um lado regras quanto aos tipos de empresas municipais possíveis – agora passamos a ter “empresas municipais” designadas por EM, e “entida-des empresariais municipais” designadas por EEM que são uma espécie de “empresas equiparadas”, por outro lado passa a ser possível a existência de “Administradores executi-vos” e “não executivos”, uma inovação quando comparada com o passado.A outra novidade é uma não novidade e prende-se com a circunstância de se manter uma criação do Código Administrati-vo de 1940, e de forçosamente ter de se considerar, embora isso não resulte de forma expressa da actual Lei, como integrando o domínio empresarial municipal – os serviços municipalizados.Vamos por partes. Os Serviços municipalizados primeiro. Es-tes foram criados, dentro da administração municipal, ao lado dos serviços municipais, como meio de explorar sob a forma industrial, actividades municipais, sem depender do

espartilho municipal.Tinha (tem) a particularidade de possuir um quadro próprio de funcionários, que não sen-do funcionários do município, pois podiam ser directamente contratados pelos serviços municipalizados, o município teria sempre a responsabilida-de de os assumir em caso de dissolução dos serviços muni-cipalizados.Ora coloca-se a questão de se saber como isto aconteceria pois é sabido que a admissão no funcionalismo municipal é feita sob procedimento concursal, publico e universal.Julgamos que, e sempre o de-fendemos, que as autarquias nesta situação possuem dois quadros privativos, um de fun-cionalismo publico municipal, ao qual se acede por concurso, e outro paralelo não publico, no qual se integrariam os funcioná-rios dos serviços municipaliza-dos. Aliás o contrato individual aplicado às entidades públicas (2004) veio dar o devido enqua-dramento jurídico à questão (entretanto revogado pela nova lei de vínculos).Outra particularidade dos ser-viços municipalizados é terem um conselho de administração próprio, e ainda instrumen-tos previsionais e provisionais próprios.Os serviços municipalizados não possuem “personalidade jurídica”, o que lhes confere uma atipicidade estranha, pois é sabido que são partes em contratos.

Até 1998, ano em que pela primeira vez se legislou sobre empresas municipais, aplica-vam-se, com dúvidas e receios, o regime das empresas públicas do Estado.Acontece que uma coisa é o Estado (entendido como Estado Administração, e que apanha apenas a administração central da república) e outra coisa são as Autarquias Locais, fora do Estado/administração por via dos instrumentos de Descentra-lização desse mesmo Estado ( o que de resto também sucede com as Regiões Autónomas).E em obediência ao princípio da legalidade, não havendo uma norma habilitante de modo a fazer remissão para outros regimes, a lacuna não pode ser preenchida (nem sequer pela analogia).Daí a importância do Decreto--Lei 58/98, conhecido como o diploma das empresas mu-nicipais.Foi este diploma revogado pela Lei 53-F promulgada em finais de Dezembro de 2006.É pois este que agora nos inte-ressa. Com uma ressalva - de Janeiro de 2007 a Dezembro de 2008 decorre um período de “vacatio legis” para as em-presas constituídas ao abrigo do diploma revogado, a fim de adaptarem, nesse período, os respectivos Estatutos.Obviamente as alterações que essas empresas venham a so-frer, como fusões, têm de forço-samente sê-lo já à luz do novo diploma.

O novo regime consagra a exis-tência, como se referiu acima, de dois tipos de empresas – as EM, empresas a criar à luz do Código das Sociedades Comer-ciais, e as EEM, uma espécie de empresas equiparadas, que a Lei designa como entidades empresariais, e têm como ca-racterísticas, estas últimas, o de possuírem Capacidade Jurídica, mas sem prever a existência de Personalidade Jurídica de forma expressa. Ora sabendo que a Personalidade jurídica é a susceptibilidade de ser titular de direitos e obrigações e a ca-pacidade jurídica ser a medida dessa susceptibilidade, infere--se que havendo previsão legal de capacidade se pode presumir a personalidade jurídica.Pode haver Personalidade Jurí-dica sem Capacidade Jurídica, caso em que a Lei prevê formas de a suprir. Mas não se nos afi-gura possível o contrário.Apesar de tudo não deixa de se assemelhar muito ao que acontece no caso dos serviços municipalizados.Neste particular a nova Lei não vem clarificar nada. Pelo contrá-rio adensa a confusão.Outro pormenor que não é de somenos é a nova Lei ex-pressamente clarificar que as empresas criadas ao abrigo da Lei agora revogada, se regem pelo capítulo das EEM.Isto é, as antigas empresas mu-nicipais – como por exemplo a Promovicente, no município de São Vicente e a Solcalheta, no município da Calheta – reger-

-se-ão pelo capítulo das EMM e não pelo das EM. A diferença é grande, e será necessário precisar se as fun-ções asseguradas por aquelas empresas têm ou não um ca-rácter predominantemente mercantil, caso em que terão de ser desactivadas.Sempre pode o município de São Vicente optar por adaptar os estatutos das suas empresas (o prazo está a decorrer e falta pouco mais de um ano para aca-bar) e ao invés de as enquadrar nas EMM, pode fazê-lo para as EM, que se regem pelo Código das Sociedades Comerciais. Mas neste caso os fins das empresas só pode ser um de três: fins de serviços gerais á comunidade (saneamento básico, águas, etc), ou fins de fomento (econó-mico) ou gestão de concessões (de qualquer tipo).Depois temos o problema do estatuto do gestor local. Pro-blema quando um dos mem-bros do respectivo conselho de administração é um eleito a tempo inteiro.O estatuto do eleito local, so-mado á Lei das incompatibili-dades, impõem o princípio da exclusividade. Ora o estatuto do gestor local, presente num único artigo da nova Lei do sec-tor empresarial local, vem dizer que um eleito a tempo inteiro não pode acumular funções remuneradas num conselho de administração.Isto parece querer dizer que se abre uma excepção, basta que o eleito em causa não

seja remunerado na empresa municipal. Mas o estatuto do gestor local determina uma remuneração aos membros do conselho de administração, e impõe um tecto máximo (o índice remuneratório do Pre-sidente da Câmara Municipal), e não deixa nenhuma abertura para a renúncia á remuneração.Tendo presente o princípio da legalidade conclui-se, pois, que essa remuneração é irre-nunciável. Assim é de admitir, sem mar-gem para grandes dúvidas que quando a lei permite ao eleito que desempenhe funções nos conselhos de administração, mas sem ser remunerado, está a dizer que aquele eleito a tempo inteiro pode ser administrador não executivo (vogal claro).Quanto aos administradores executivos (Presidente e vo-gais), e tendo presente que se aplica subsidiariamente o es-tatuto dos gestores públicos, e que o estatuto dos gestor local é omisso, quanto á exclusividade, teremos de concluir, igualmente sem margem para dúvidas, que estes – administradores executi-vos – são abrangidos pela regra imperativa da exclusividade de funções.O tempo dirá até onde isto tudo nos conduzirá mas um longo caminho há pela frente.

OLIVEIRA DIAS, Director Geral da Promovicente, EM á data de publicação do presente artigo na Madeira em 2007.

O SECTOR EMPRESARIAL LOCAL (I)OPINIÃO

A Junta de Freguesia de Odivelas está a organizar mais uma edição da Cam-panha SOLIDARIEDAR, um projecto de recolha de alimentos não perecíveis e que pretende contribuir para “minimizar as situações de carência alimentar que se verificam na freguesia de Odivelas. A autarquia, através de voluntários iden-tificados, irá estar presente nos supermercados e hiper-mercados da freguesia para uma acção de solidariedade. Durante esta acção serão distribuídos sacos na en-trada das superfícies co-merciais para que, poste-riormente, os alimentos recolhidos sejam incluídos nos Cabazes de Natal, inicia-tiva desenvolvida pela Junta de Freguesia em benefício das famílias necessitadas”. A campanha decorrer du-rante nos seguintes dias:

22, 23 e 24 de Outubro, nos supermercados Pingo Doce do Odivelas Parque, Av. D. Dinis e Patameiras e 19, 20 e 21 de Novembro, nos super-mercados Modelo da Arroja e LIDL da Arroja, Rua Heróis de Chaimite e Quinta Nova.

Exposições em OdivelasNa freguesia de Odivelas vão decorrer, nas próximas semanas, duas exposições, de âmbito muito diferente, mas que contribuem para a animação social e cultural da freguesia.De 22 a 24 de Outubro, a Associação dos Avicultores de Portugal, em colaboração com a Junta de Freguesia de Odivelas, realiza a 66ª Exposição de Aves, no Salão do Parque Urbano do Silvado Na exposição de aves parti-cipam criadores nacionais que são sócios da Associação dos Avicultores de Portugal e

que trazem as mais variadas espécies de aves: exóticos, psitacídeos, periquitos, ar-lequim português, rolas e pombos. Também a partir do dia 22 de Outubro, mas desta vez no Pavilhão Polivalente, estreia um ciclo de exposições com a mostra fotográfica “Angola Terra Mãe” da autoria de Maria Conceição Pernadas.Maria Conceição Pernadas é natural de Lobito-Angola. Apesar de ser uma médica radiologista residente no nosso país é uma apaixona-da pela fotografia e pela sua terra natal. O trabalho fotográfico cobre uma variedade temática ampla, mas as paisagens e as gentes são as preferidas.Na exposição “Angola Terra Mãe”, a autora pretende proporcionar a descoberta ou o reavivar de sensações, desfrutando desta paisagem

virtual e através das cores sentir o cheiro desta terra. Tal como a autora refere no prefácio do seu livro com o mesmo nome desta expo-sição “As características da paisagem angolana propor-cionam uma diversidade de cenários mágicos que encantam qualquer amante de fotografia e não só. Rica em belezas naturais, com formações rochosas espectaculares, florestas, savanas, campos floridos, desertos com oásis e rios ma-jestosos, serpenteados, com as suas cascatas e quedas de água imponentes, bem como, praias fabulosas sem fim, e que se estendem numa costa de cerca de 165 km, fazem com que tenhamos vontade de regressar.”

(Correspondência )

Campanha de solidariedade na freguesia de Odivelas

Festivalde bandas

em Caneças

Realiza-se A 23 de Outubro, com início pelas 15 horas, a 10.ª edição do Encontro de Bandas Filarmónicas, orga-nizado pela Sociedade Musical e Desportiva de Caneças.Participam as filarmónicas da Associação Recreativa Filarmónica Popular Manteiguense – Música Nova, da Sociedade Musical de Instrução e Recreio Aljustralense e da Sociedade Musical e Desportiva de Caneças.Pelas 15 horas tem lugar o desfile de todos os participan-tes, no centro da vila de Caneças, seguindo-se a concen-tração das Bandas e apresentação de cumprimentos de boas-vindas. Às 15.30 começam os concertos na sala de espectáculos da SMDC e pelas 18:30 decorre a habitual entrega de troféus alusivos à iniciativa.

(Correspondência)

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“CONVERSAS COM PRINCÍPIO E FIM...”

Conhecer melhor os benefícios da medicina chinesa“Os Benefícios da Medicina Chinesa” foi o tema da 27ª tertúlia, “Conversas com Princípio e Fim...”, orga-nizada por Carlos Moura. Teve lugar a 29 de Setembro, contou com 95 participantes e realizou-se, como tem sido hábito, na Sociedade Musi-cal Odivelense. A apresen-tação esteve a cargo da Drª. Sílvia Beviano, que deu apoio técnico no texto publicado, e Drª. Joana Pinto, ambas colaboradoras das clínicas do Dr. Pedro Choy. A medicina tradicional chi-nesa (MTC) é constituída por um conjunto de proce-dimentos e técnicas tera-pêuticas desenvolvidas ao longo dos milhares de anos da história da China. Cem por cento natural e sem contra-indicações, é consti-tuída por várias disciplinas. Destacam-se a Fitoterapia, a Acupunctura, as mais co-nhecidas e praticadas, a Moxibustão e a massagem Tuina. A palavra acupunc-tura deriva do latim (acus e punctus) agulha e ponto. A acupunctura consiste na in-serção de agulhas filiformes e descartáveis, em pontos específicos do corpo. Cada ponto tem um determina-do efeito terapêutico, seja localmente ou à distância. A acupunctura apresenta bons resultados dentro de um leque muito vasto de pa-

tologias, tendo a mais-valia de ser um tratamento seguro e sem efeitos colaterais.A Fitoterapia é um método terapêutico que se baseia na utilização de plantas medici-nais chinesas, administradas sob a forma de fórmulas ma-gistrais. Para administração per os (via oral) as fórmulas são preparadas em forma de decocções, comprimidos ou cápsulas, ou para aplicação tópica em pomadas ou em-plastros. A fitoterapia conta com séculos de utilização segura. A Medicina Chinesa, hoje em dia conhecida em todo o mundo, tem um papel im-portante na área da saúde do povo chinês há mais de 5000 mil anos. É muito provavel-mente, não apenas a mais antiga das medicinas, mas também a que mais tem sido praticada ao longo da histó-ria da humanidade. A MTC foi pouco desenvolvida em outras civilizações do mun-do, essencialmente devido ao isolamento da China. A MTC foi influenciada e mol-dada ao longo do tempo por muitos factores, incluindo a cultura, filosofia, política, religião e ciência. Com a abertura da China em 1972, a MTC começou a espalhar--se pelo Ocidente, onde tem vindo a conquistar o respeito e confiança não apenas dos pacientes como de grande

parte dos médicos e comu-nidade científica, nomea-damente da Organização Mundial de Saúde (OMS), que desde 1979 recomenda a MTC para o tratamento de várias patologias..A Medicina Chinesa tem como campo de acção a to-talidade das doenças que po-dem surgir ao longo das vá-rias etapas da vida: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade. Apesar de não

haver uma lista exaustiva das patologias passíveis de serem tratadas através da MTC destacam-se: Sistema cardiovascular, insuficiência cardíaca, hipertensão arte-rial, do sistema respiratório, temos asma, bronquite, a sinusite, rinite e as alergias, do sistema digestivo refe-rimos a úlcera gástrica, o síndrome do cólon irritável e a obstipação no tocante ao sistema urinário temos

a infecção urinária, HPB e a incontinência urinária no sistema nervoso, no-meadamente, demências: alzheimer, demência vas-cular, doença de Parkinson e no sistema osteoarticular, temos, artrose, osteoporose e dores nas costas (cervical-gias, dorsalgias, lombalgias, sacralgias), etc,.A Medicina Chinesa é uma medicina holística, preo-cupando-se em identificar a causa das doenças e não simplesmente aliviar os sintomas. Nas clínicas Dr. Pedro Choy há departamen-tos especializados. Para cada paciente é desenvolvido um plano terapêutico específico que é aplicado por acupunc-tores altamente especia-lizados. Por exemplo, nos respectivos departamentos são disponibilizadas solu-ções consistentes e seguras para, nomeadamente, dia-betes, emagrecimento e para deixar de fumar.Para terminar, as pales-trantes indicaram algumas vantagens da utilização da Medicina Chinesa, nomea-damente: Melhor funciona-mento do sistema imunitá-rio, sensação de bem-estar e satisfação, redução da ansie-dade, aumento da sensação geral de bem-estar, melhoria da qualidade do sono. De referir que rubrica de poesia, com que termina a Tertúlia,

foi assegurada por Jaime Guerreiro, Joaquim Sustelo, Maria Melo e Isabel Valenti-no, que declamaram poemas do agrado da assistência.

NovidadesA organização das tertúlias colocou na net mais um blogue, chama-se “Cróni-cas e fotos com história”, e destina-se a relatar as his-tórias dos locais por onde o grupo das Tertúlias vai passando (www.cronicase-fotoscomhistoria.blogspot.com). A viagem à Suíça e Áus-tria correu muito bem, todos ficaram satisfeitos, “cheirou a pouco”, e desta deslocação foram distribuídos “certifi-cados de viagem” emitidos pela agência de viagem. Em relação ao projecto de viagem para 2011 o mesmo está a ser objecto de estudo.A tertúlia de Outubro, dia 27, vai ter como convidada a Draª Maria Máxima Vaz que irá abordar o tema “Hoje…Falamos de Saloios” e, para alegrar, musicalmente, actua o Grupo Folclórico “Os Cam-poneses de Odivelas”.No dia 13 de Novembro, um grupo de 50 tertulianos vai desenvolver a “Rota do Azei-te”, o qual ocorrerá na Vila de Góis, em plena Serra da Lousã, num lagar adequado para o efeito.

(Correspondência)

A Câmara de Odivelas inau-gurou, no dia 17, um pavi-lhão multiusos com capaci-dade para grandes espectá-culos e eventos desportivos aos quais poderão assistir até 7 mil espectadores. O investimento da autarquia no equipamento ronda os 16 milhões de euros.Construído em 13 meses, o pavilhão tem uma área bruta total de 10.600 metros quadrados e é composto por dois grandes recintos. O principal, com 30 x 40 metros, está preparado para receber a prática de modali-dades como andebol, futsal, basquetebol e tem capacida-de para 2100 espectadores sentados nas bancadas ou 7 mil pessoas caso se trate de um espectáculo com palco e plateia.Com uma dimensão de 20 x 32 metros, a nave secun-dária consiste num ginásio adequado à prática de ginás-tica, badminton e voleibol,

entre outras modalidades desportivas.Além destes dois recintos, existem salas de squash, musculação e uma terceira polivalente, que poderá receber actividades como o ténis de mesa ou o xadrez. Há também um auditório com capacidade para 150 pessoas e um posto médico com as valências de fisioterapia e realização de análises anti--doping.

O equipamento dispõe ainda de uma unidade de restaura-ção, de uma sala de imprensa e de uma régie, além de oito balneários com capacidade para 75 atletas, árbitros e professores, cuja água será aquecida por painéis solares.A Câmara de Odivelas garan-te ter apostado no conforto dos utentes do pavilhão. Além da acessibilidade para pessoas de mobilidade redu-zida e da visibilidade para os

vários espaços, há casas de banho em todos os pisos. Segundo a autarquia, as instalações sanitárias pode-riam ser usadas por três mil pessoas por hora.Ao nível da segurança, o equipamento dispõe de sistema automático de dois sistemas distintos de detec-ção de incêndios, um dos quais por aspiração, rede de água de serviço de incêndios e selagens corta-fogo. Há

ainda um circuito de vídeo vigilância e sistemas de de-tecção de gás e de intrusão, além de uma rede de água de serviço de incêndios.

Investimentode 16 milhões de eurosO pavilhão multiusos foi construído no âmbito de uma parceria público-pri-vada que incluiu também a construção de uma escola. Segundo a presidente da Câmara de Odivelas, Susa-na Amador, a autarquia vai pagar uma renda mensal de 140 mil euros por mês ao privado, ao longo de 25 anos, período durante o qual a empresa se responsabiliza totalmente pela manuten-ção do edifício.Apesar de a parceria público--privada ter sido criticado pela oposição, pelos custos que implica, Susana Amador defende o modelo por ser a única forma de a autarquia construir o equipamento

nesta altura, dada a falta de liquidez do município. “A modernidade e o desen-volvimento não podem ser adiados”, defende a autarca.“Até agora, um município com 155 mil habitantes não tinha um pavilhão munici-pal digno desse nome, onde se pudesse fazer uma grande espectáculo ou grande con-gresso”, diz Susana Amador. “Queremos que este seja um projecto que nos afirme no cenário nacional e interna-cional”, acrescenta.A câmara vai procurar agora rentabilizar o investimento através do aluguer do pa-vilhão para a realização de espectáculos. “Este espaço tem de gerar receita, embora faça serviço público”, diz Susana Amador. Para já, está confirmada a realização da UEFA Cup de futsal, com o Sporting, e de um espectá-culo infantil do Noddy.

Luís Garcia

SITUADO JUNTO DO CAMPO DO ODIVELAS FUTEBOL CLUBE

Pavilhão multiusos com capacidade para 7 mil pessoas

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20 | 18 OUTUBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO VILA FRANCA DE XIRA

BREVES

Carlos Cardoso

V. F. XIRA..............................................................................................................................

CALHANDRIZ EN 10.6 E ESTRADA DE S. MARCOS CONTINUAM DANIFICADAS

Só se sabe que ninguém sabe de nada...

Grupo de Dadoresde Sanguede Vialonga

Dia 23 de Outubro09h00 - 13h00

Sede da ARPIV

Recolha de Sanguee de Medula Óssea

Participe!

O afundamento da estrada nacional 10.6, na Calhan-driz, tende a acentuar-se, contribuindo para que a estrada de São Marcos, que desapareceu praticamente com a forte intempérie de Março deste ano, se encontre a resvalar continuamente, já tendo cedido mais de 1,5 metros. A situação é tal que a presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira já diz que o problema “não é reparar a estrada, o problema já pode ser, neste momento, não fazer estrada nenhuma naquele local”.Não é possível, neste mo-mento, reparar uma estrada sem olhara para a outra. “Va-mos ter de analisar aquelas duas estradas em conjunto. E quando pensamos nisto, já não falamos em reparar uma estrada, mas sim em fazer uma nova”. A própria Estradas de Portugal pediu dispensa do estudo efectu-ado pelo LNEC, onde refere fragilidades ao nível do sub--solo, em parte devido às fortes chuvadas de Março, e parece equacionar cada vez mais a possibilidade de começar tudo de novo.O problema é que estimati-vas não muito precisas, fa-lam que a simples reparação andaria pelos dois milhões de euros. Se tudo tem de ser analisado em conjunto, se a perspectiva é uma nova solução viária naquela zona, esse valor pode crescer mui-to seriamente. Maria da Luz Rosinha, neste momento, evita comprometer-se:”Não

é possível, nesta fase, saber quanto custa nem quando começam as obras”.Para agravar a situação, há a escassez de verbas. É um fac-to que em Março deste ano, José Junqueiro, Secretário de Estado da Administra-ção Local, após uma visita efectuada ao concelho, para se inteirar do impacto da in-tempérie, falou da existência de um valor de 19 milhões de euros, para responder às candidaturas que as autar-quias apresentem. Trata-se de um valor nacional, que dificilmente dará resposta ás necessidades. E no actual contexto de crise, ainda mais difícil será a sua utilização.

Acessibilidades em AlvercaNem só no Calhandriz as acessibilidades geram dis-cussão. A Assembleia de Freguesia de Alverca aprovou uma moção de censura ao Executivo da Junta de Fregue-sia, com onze votos a favor (Coligação Novo Rumo, CDU e BE) e oito contra (PS). Em causa a forma, como o Exe-cutivo da autarquia, tratou a petição sobre a Variante para a qual está, neste momento, a recolher assinaturas.A ideia de lançar uma petição sobre a Variante, defendendo a solução Nascente, solici-tando que a Assembleia da República se pronuncie sobre o assunto surgiu a público, de forma um pouco inusitada, numa das últimas reuniões da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Maria da Luz Rosinha, para surpresa dos

vereadores, disse, em respos-ta a um pedido da CDU, que a Junta de Freguesia ia lançar uma petição, reconhecendo que estava a revelar uma iniciativa que ainda não era pública. Dias depois tinha lugar uma conferência de imprensa de apresentação da proposta de petição. A necessidade de levar este assunto à Assembleia da República tem a ver com o facto da solução Nascente da Variante à EN 10, encontrar um adversário de peso, a For-ça Aérea (FA), na medida em que a sua construção afecta terrenos e pode obrigar à deslocalização de alguns barracões das instalações que a FA tem em Alverca. Daí o seu parecer negativo que entra em choque com a opi-nião consensual das diversas forças políticas para quem a solução Nascente é a melhor alternativa para a freguesia de Alverca, contribuindo para retirar do centro da cidade, da saturada Nacional 10, milhares de veículos.Também por isso, um gru-po de cidadãos de Alverca

resolveu lançar um abaixo -assinado, defendendo a solução Nascente e dando apoio às posições assumidas pelos autarcas. “Depois de se saber des-te abaixo-assinado, surge o Executivo da Junta de Freguesia com a ideia da petição. Nada temos contra, pelo contrário, o problema é que a petição não está bem fundamentada”, esclarece Gonçalo Xufre, eleito do PSD na Assembleia de Freguesia. O autarca lembra que che-gou a ser criado um grupo de trabalho para melhorar o texto, “com todas as forças políticas”. Reuniu uma vez, mas à segunda reunião o PS já não apareceu, “quando foi o PS que ficou de fazer a acta do primeiro encontro, já com um conjunto de sugestões”. Os acontecimentos precipi-taram-se e a verdade é que na Assembleia de Fregue-sia Afonso Costa, segundo Gonçalo Xufre, tornou claro que o documento era da responsabilidade da Junta de Freguesia e não estava “na disposição de refazer

a petição”. Daí à moção de censura foi um passo.Gonçalo Xufre, apesar das atribulações deste processo “que pode fragilizar muito a petição” defende que se deve recolher o máximo de assinaturas, pois pior seria ficar bloqueado perante os obstáculos que a For-ça Aérea está a levantar. Lamenta que não tenha havido a preocupação de envolver todas as forças políticas locais, pois daria mais força à intervenção ao nível da Assembleia da Republica e a uma peti-ção que defende “que seja analisada pelo Plenário da Assembleia da República a possibilidade da solução a nascente do caminho-de--ferro, a qual teria que ter em conta todas as questões que a Força Aérea considere serem fundamentais para a manutenção das operações militares e que permitisse a construção de uma via que efectivamente servisse o concelho de Vila Franca, a cidade de Alverca e a sua população”.

ASSOCIAÇÃO PARA O BEM-ESTAR INFANTILDA FREGUESIA DE VIALONGA

Parque Residencial - Rua José Régio, 25 TEL. 21 9521019/FAX 21 9523874 2625-674 VIALONGA

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIACONVOCATÓRIA

De acordo com o n.º 2, alínea b), do artigo 29.º, dos Estatutos e nos termos do seu artigo 30.º, convoco a Assembleia Geral Ordinária da ABEIV, para reunir no dia 13 de Novembro de 2010, pelas 14.00 horas, na sede da ABEIV, sita na Rua José Régio, no Parque Residencial de Vialonga, com a seguinte ordem de trabalhos:

1 – Apresentação, discussão e aprovação do Programa de Acção e do Orçamento para 2011.2 – 33.º Aniversário da ABEIV.3 – Informações e esclarecimentos aos associados.Se à hora acima indicada, não estiverem presentes mais de metade dos associados da ABEIV, com direito a voto, a Assembleia Geral Ordinária reunirá uma hora depois, com qualquer número de associados presentes, de acordo com o nº 1, do artigo 31º, dos Estatutos.Comparece e participa na vida da ABEIV.Parque Residencial de Vialonga, 04 de Outubro de 2010

O Presidente da Mesa Assembleia Geral Manuel Caetano Valente

Taxas

Em 2011, Câmara Municipal de Vila Franca de Xira vai manter as taxas de Derrama e de IMI que aplicou em 2010. No que diz respeito à taxa de Derrama, o Município foi o único da Área Metropolitana de Lisboa que isentou de pagamento as em-presas com lucros inferiores a 150 mil euros. No próximo ano irá manter a medida.. Às restan-tes será aplicada a taxa de 1,5% sobre o lucro tributável refe-rente a 2010 Relativamente ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), foi aprovada a taxa de 0,675 para matrizes antigas e não reavaliadas e 0,35 para as matrizes novas ou reavaliadas. Nas freguesias de cariz mais ru-ral, será aplicada uma redução, com o objectivo de fomentar a fixação mais pessoas nessas zo-nas. Para Cachoeiras e Calhan-driz a redução é de 30%; para Alhandra é de 15%.

Solidariedade

Câmara Municipal de Vila Fran-ca de Xira tem a decorrer a ac-ção “Reciclar + Dar = Ajudar”. Trata-se de um projecto de soli-dariedade que decorre em Ou-tubro e Novembro, em que se propõe aos jovens e população em geral do concelho, que de-positem nas Casas da Juventu-de de Alverca e Sobralinho bens que não necessitem, para pos-terior encaminhamento a ins-tituições do concelho. Os bens podem ser de qualquer tipo, desde roupas e brinquedos a material e equipamento infor-mático. Anualmente é seleccio-nada uma entidade a quem se entrega as doações recolhidas, sendo que, em 2010, será a ins-tituição “Obra das Mães”, de Alhandra.

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 18 OUTUBRO 2010 | 21VILA FRANCA DE XIRA

Para melhor compreender a divulgação do ideal republicano na Póvoa de Santa Iria, temos que recuar um pouco no tempo e tomar contacto com a “história local”.Os Morgados foram extintos em 1863 e é a partir deste aconte-cimento que os povoenses co-meçam a afirmar a sua indepen-dência em relação aos “Senhores da Póvoa”.1867 – A capela de “Santa Maria Madalena” passa a ter como ora-go a invocação a Nossa Senhora Mãe dos Homens, administrada por Mordomos ligados às acti-vidades no Tejo ( não se orga-nizam em Irmandade nem em Confraria). Esta alteração não foi pacífica, originando disputa com o Senhor do Morgado.Altera-se a toponímia, Póvoa de Santa Iria, em substituição de Póvoa de Dom Martinho. É uma afirmação de Liberdade, é uma povoação a nascer dentro de um Morgado1875/1876 – Fundação dos Par-tidos Socialistas e Republicano.1889 – Fundação do Grémio Dramático Povoense e é nesta Associação que vão ser divulga-dos e propagandeados os ideais do Republicanismo.Teatro: convidam actores de Lisboa a virem à Póvoa. É um acontecimento extraordinário na época, para uma população de quinhentos habitantes, apro-ximadamente. Revelam-se então aqui actores amadores povoen-ses, alguns com muito talento, várias vezes mencionados na

imprensa. Nasce nesta Associa-ção, desde 1893, um verdadeiro amor pelo teatro, tradição que se vai prolongar por muitos anos.1894 – Banda Filarmónica: con-tratam o professor António Mar-ques Russell, o mestre António Rodrigues Marques Lopes, o músico José António Félix (cons-ta da toponímia de Vila Franca de Xira ) e mais tarde o regente Castro Vieira.1901 – Fundação da Associação de Socorros Mútuos “Dora”.1907 – Lavadouros públicos.1908- 24 de Março: Grande comício do Partido Republicano, no Grémio Dramático Povoense, com a presença do Dr. Afonso Costa (após a instauração da República, eleito 1º Ministro), estando também presentes o Dr. Alberto Costa, jornalista e um activo revolucionário repu-blicano, António França Borges, Director do jornal o “Mundo”, eleito deputado da Assembleia da República, Luís Derouet, que veio a ocupar o lugar de director da Imprensa Nacional e José Dias da Silva, Presidente da Câmara de

Vila Franca de Xira, deputado da Assembleia Constituinte.1910-14 de Agosto: Outro grande comício republicano no Grémio, com a presença do Dr. Bernardino Machado, por duas vezes eleito Presidente da República. Lembro que o Decreto Lei nº 508 que criou a freguesia da Póvoa de Santa Iria, data de 13 de Abril de 1916 e foi assinado pelo Presidente da Re-pública Dr. Bernardino Machado.A 4 de Outubro de 1910 a Pó-voa orgulha-se de pertencer ao concelho de Loures, aonde a República é pela primeira vez proclamada.Para que a memória não esqueça, ligamos o passado ao presente, com a obrigação e a responsabi-lidade de respeitar e homenagear os republicanos povoenses.Nesta Associação, eles desenvol-veram e transmitiram não só o ideal republicano, mas também toda uma vivência de solidarie-dade e humanismo, acolhendo o abastado e o pobre, o letrado e o analfabeto, o pé calçado e o descalço e, até 1926, os nossos republicanos vão dar corpo a novas iniciativas meritórias para engrandecimento da nossa terra, criando o Posto do Registo Civil, promovendo colóquios e pales-tras, nomeadamente sobre a in-fluência da escola na democracia.Em 1914, o deputado António França Borges, apresenta na Assembleia da República um projecto-lei para a criação da freguesia da Póvoa de Santa Iria e entre s argumentos que usa, afirma que “a Póvoa é uma terra

onde a República teve desde longe as mais sinceras adesões, foi a Póvoa uma das terras que mais carinhosamente acolheu os propagandistas da ideia que havia de abrir para o País novos horizontes”.Inauguraram a escola oficial para o sexo feminino, organizam a Cooperativa Operária de Crédito de Consumo, constroem o ce-mitério da Bolonha, enfrentam com coragem e determinação o flagelo da gripe peneumónica. Promovem o primeiro “Grande Festival da Natação”, a travessia

da Póvoa. Tem lugar a fundação do “Operário Futebol Clube Povoense” e da Associação dos Descarregadores de Mar e Terra. Foi, construído o fontanário e bebedouro para animais na Rua da República.A 17 de Julho de 1926, é exone-rado o executivo republicano da Junta de Freguesia, eleito demo-craticamente pela população e no dia 26 de Julho é imposta a Comis-são de Censura, terminando a 1ª República e iniciando-se a longa noite da Lei da Rolha, da opressão e obscurantismo que vai durar 48

anos, só terminando no dia 25 de Abril de 1974, com a “Revolução dos Cravos”, devolvendo ao povo a liberdade de expressão e a retoma dos ideias republicanos.

Nota: texto que serviu de base a intervenção no debate “Duas Gerações, num abraço à Repú-blica”, realizado a 9 de Outubro, no Grémio Dramático Povoense, por iniciativa da ARIPSI, Escola EB 2,3 Dom Martinho Vaz de Castelo Branco e Grupo de Teatro do Gré-mio Dramático Povoense.

António da Silva Godinho

LUGAR À HISTÓRIA Póvoa de Santa Iria – Centenário da República

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE PÓVOA DE SANTA IRIAMoção

A Assembleia de Freguesia da Póvoa de Santa Iria reunida nas instalações da Cercipóvoa no dia 28 de Setembro, vem desta forma mostrar o seu descontentamento pelo encerramento dos Serviços de Atendimento Complementar do Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria, que funcionava durante a semana entre as 17 e as 22 horas e aos fins-de-semana e feriados entre as 9 e as 13 horas, passando a encerrar às 20h durante a semana e encerrar totalmente aos fins-de-semana e feriados, remetendo os utentes deste serviço de saúde para o sobrecarregado Centro de Saúde de Alverca do Ribatejo.

Considera ainda esta Assembleia de Freguesia que a forma como tomou conhecimento da diminuição do horário dos Serviços de Atendimento Complementar do Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria não foi o mais correcto, ou seja, através de declarações da Directora do Agrupamento de Centos de Saúde Grande Lisboa XII – Vila Franca de Xira (ACES XII) aos órgãos de comunicação social. Também a data para a entrada em vigor dos novos horários, 1 de Setembro, não nos parece inocente, ou seja quando é mais difícil acções concertadas para a defesa da manutenção do actual horário do Centro de Saúde.Lamentamos que o Agrupamento de Centos de Saúde Grande Lisboa decida tomar esta atitude que afecta cerca 60 mil utentes de 3 freguesias, contudo, na prática, lesa as freguesias da Póvoa de Santa Iria, Vialonga, Forte da Casa, Alhandra, Alverca, Calhandriz, S. João dos Montes e Sobralinho, servidas em Atendimento Complementar no Centro de Saúde de Alverca.

Desde há muito que os utentes do Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria se debatem com a falta de médicos de família, que neste momento atinge cerca de vinte e cinco por cento da população, que juntamente com a diminuição de horário dos Serviços de Atendimento Complementar vem retirar qualidade de vida a todos os povoenses, privando a cidade de mais um serviço que se reconhecia qualidade e necessidade básica, já que a Póvoa de Santa Iria tem praticamente o dobro do número de utentes considerado como valor exigível para Centro de Saúde Urbano pelo Ministério da Saúde.

No entanto, tendo conhecimento que esta medida se deve à falta de clínicos no Centro de Saúde de Póvoa de Santa Iria e de Alverca, e havendo a previsão de saída de mais médicos até ao final do ano de 2010, não sabemos o que poderá acontecer no futuro.

Perante os factos a Assembleia de Freguesia exige que sejam repostos os anteriores horários dos Serviços de Atendimento Complementar, ao mesmo tempo que apela para que os lugares deixados vagos pelos médicos que se aposentaram ou deixaram de trabalhar no horário nocturno sejam ocupados por novos clínicos, de forma a que todos tenham direito ao seu médico de família e aos cuidados básicos de saúde. Ao Ministério da Saúde apela-se para o cumprimento das suas obrigações, pois não é com encerramento de serviços que se resolvem os problemas financeiros, mas sim com uma politica adequada de gestão dos mesmos serviços, dando às pessoas o bem-estar e a qualidade de vida que elas precisam.

(Esta moção foi votada por esta Assembleia e aprovada com dez votos a favor (CNR e CDU) e sete votos contra (PS).) Enviada para:Câmara Municipal de Vila Franca de XiraAgrupamento de Centos de Saúde Grande Lisboa XII – Vila Franca de Xira (ACES XII)Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do TejoPresidente da Assembleia da RepúblicaGrupos Parlamentares da Assembleia da RepúblicaMinistério da Saúde Primeiro-ministroPresidente da República

Póvoa de Santa Iria; 28 de Setembro de 2010

A Assembleia de Freguesia da Póvoa de Santa Iria

A 31 de Outubro, pelas 16h, vai ser inaugurada, na freguesia de Vila Franca de Xira, a Rua Alfredo Keill e o Largo Hen-rique Lopes de Mendonça, autores de “A Portuguesa”, iniciativa que se integra nas comemorações do centenário da República.Não se trata, porém, de uma acção isolada, pois é objectivo da Junta sensibilizar a popu-lação, através da toponímia, para locais e pessoas que tiveram um papel de relevo na implantação da República e, por isso, será lançado o roteiro da República,O Campo 5 de Outubro; Câ-mara Municipal na Praça

Afonso de Albuquerque, 2; Redacção de O Campino na Rua Almirante Cândido dos Reis, 141; Clube Artístico na Rua Almirante Cândido dos Reis, 84; Funilaria de João Coelho na Rua Almirante Cândido dos Reis, 95; Co-missão Paroquial Republi-cana que esteve situada na Rua Serpa Pinto, 102; Centro Eleitoral Republicano/ Par-tido Republicano na Rua Serpa Pinto, 104; Gymnasio Vilafranquense na Travessa da Justiça, 3; Junta de Freguesia na Rua Gomes Freire, 29 e Loja Nova são alguns dos locais referenciados.De referir ainda que a 28 de

Outubro, pelas 18h, no âmbito do Observatório de Inovação e Desenvolvimento Local “Cul-tura e Cidadania” discute-se os “Contributos da República para a Sociedade” e que a 30 de Outubro decorre a inicia-tiva plantar árvores na Vala da Caneja, com a apresentação dos nascidos a 5 de Outubro, que plantaram as “Árvores do Centenário”. Entretanto, o executivo da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira, homenageou quatro colectividades cen-tenárias, no decorrer de um debate que teve lugar a 12 de Outubro.

CC

Freguesia de Vila Franca de Xira cria roteiro da República

Dirigentes das colectividades homenageadas

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22 | 18 OUTUBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO VILA FRANCA DE XIRA

O movimento associativo como motor de mudança em vários momentos da vida da sociedade portuguesa foi o tema do debate na últi-ma sessão do Observatório de Inovação e Desenvol-vimento Local (OIDL) que aconteceu na noite de 30 de Setembro no Auditório da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira.Pedro Ventura, Presidente Científico das Comemora-ções Associativas do Cente-nário da República, fez uma retrospectiva histórica do papel das associações e das colectividades nos momen-tos mais marcantes da vida

portuguesa dos últimos 200 anos. “Por volta de 1820, depois de uma revolução republicana em Espanha e na altura dos ideais liberais portugueses, começaram a desenvolver-se fenómenos do género em Portugal e a causa republicana come-çou a ganhar contornos. A par disto surgiram as as-sociações. No ano de 1872 assiste-se a uma verdadeira explosão de associações, colectividades, centros re-publicanos, todos eles a questionar o regime vigente”, referiu Pedro Ventura.A mais antiga associação de que há registo em Portugal,

é ainda cem anos anterior à Revolução Liberal. Data de 1722 e trata-se de uma co-lectividade com banda filar-mónica, em Oliveira de Aze-méis. Durante o século XIX continuou a assistir-se ao crescimento do movimento associativo em Portugal que ganha especial importância, já em pleno século XX, com a implantação da República e, mais tarde, como força de oposição ao regime ditato-rial de Salazar. Foram, mui-tas vezes, as colectividades e associações o berço de novos ideais e o espaço de debate por excelência. Em diversas ocasiões, isso acontecia como “contra poder” ao poder instalado. Esta realidade levou mesmo Miguel Santos, da ACIS, a questionar “que motivação têm as pessoas actualmente para se dedicarem ao asso-ciativismo, quando este já não tem tanto esse carácter de movimento de luta”.A resposta veio de várias frentes e sempre com a mes-ma tónica: quem se dedica ao associativismo fá-lo, em grande parte, por paixão e por prazer. «O associativis-mo é uma forma extrema-mente humanizada de “sal-var” o país e de incrementar a solidariedade e nós, bom-beiros, somos a prova disso, pois é mesmo assim mesmo que trabalhamos, por soli-dariedade!”, afirmou Carlos

Fernandes, Presidente da Direcção dos Bombeiros locais. Uma opinião que recebeu acolhimento em Mário Calado, Presidente da Direcção do Ateneu Artístico Vilafranquense: “Temos que ser impelidos por alguma coisa. A minha motivação, por exemplo, foi começar a ver o que era o Ateneu. Vivi no Ateneu dos momentos mais bonitos da minha vida, faço parte do Ateneu desde os nove, dez anos, na altura em que não havia quase mais nada e em que o Ateneu e a sua banda arrastavam mul-tidões. Agora a motivação pode já não ser exactamente a mesma, ir à banda ou aos bailes, mas continuamos a trabalhar com o objectivo da colectividade continuar a existir e de ajudar a resolver os seus problemas”. As colectividades devem ser entendidas como verdadei-ros parceiros sociais para que consigam dar melhor resposta às necessidades actuais de uma sociedade que mudou muito. Augusto Flor, Presidente da Direcção Confederação das Colecti-vidades de Cultura, Recreio e Desporto lamentou que “a lei de 2003 que passou a entender o movimento associativo popular como um parceiro social ainda não tenha sido regulamen-tada. Desde há sete anos que estamos à espera de ver

isto realmente efectivado. Nós deveríamos, de facto, ser considerados parceiros sociais e ser tratados como tal, ter participação no Con-selho Económico e Social, no Conselho do Desporto, no Conselho Nacional da Eco-nomia Social e continuamos a não ter”.Se as colectividades come-çaram por dar resposta a questões que o Estado não conseguia colmatar, como o ensino, a instrução musi-cal, o desporto ou a cultura, actualmente não têm menos importância. Veja-se o caso do corpo dos bombeiros em Portugal, na sua esmagado-ra maioria, composto por voluntários. Além disso a resposta a nível de formação desportiva, musical, recrea-tiva é ímpar. E também se falou, neste debate, do OIDL, da necessidade de abrir as colectividades e associações a outras actividades mais inovadoras, mais direccio-nadas para os jovens do século XXI para que estes se continuem a identificar com o Movimento Associativo e o façam perdurar.A relação do movimento associativo com o poder político foi abordada em várias vertentes, nomeada-mente no que diz respeito à questão das receitas das colectividades e associações. As receitas de quotização re-presentam muito pouco no

total de ganhos, sendo que são as verbas provenientes das actividades recreativas, da exploração de bares e restaurantes e de outras iniciativas que engordam o bolo de receitas. E, claro, os subsídios pro-venientes do poder local e central. Mas, a este respeito, Augusto Flor, em nome da Confederação das Colecti-vidades foi peremptório: “O movimento associativo não é subsídio dependente, as associações são contribuin-tes do Estado. O próprio ter-mo subsídio não é correcto, porque o que o Estado dá é uma contribuição por aqui-lo que as associações dão à sociedade. É uma troca, uma parceria, é um trabalho que deve ser entendido em regime de cooperação”.O responsável da Confede-ração das Colectividades explicou que 89 por cento dos subsídios recebidos pe-las associações provêm das autarquias e só o restante é atribuído pelo Estado. Au-gusto Flor afirmou mesmo que “o movimento associa-tivo não tem um problema com o poder local, mas com o poder central, pois o presi-dente da junta está sempre à mão, e as autarquias, por muita vontade que tenham, não têm capacidade finan-ceira para ajudar de formas mais avultadas”.

(Correspondência)

NO ÂMBITO DO OBSERVATÓRIO DE INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO LOCAL

Vila Franca de Xira debateu associativismo

A Junta de Freguesia de Vialonga comemorou, pela primeira vez, o Dia do Idoso. Nas instalações da ARPIV- Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Vialonga, a 9 de Outubro, teve lugar um almoço-convívio, com a presença de mais de 200 idosos que passaram uma tarde agradável. Nesse mesmo dia, foi apresentado o painel de azulejos, e autoria de Monteiro, um artista local, com motivos referentes a Vialonga .

Vialonga comemora

o Dia do Idoso

C.A.S.B.A. – Centro de Apoio Socialdo Bom Sucesso e Arcena

CONVOCATÓRIA

Exmo. Associado:

Dando cumprimento ao estipulado no art. 22, 23 alínea c, 24 e 25 dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral do CASBA para reunir em sessão ordinária, em primeira convocatória no próximo dia 04 de Novembro de 2010 pelas 18:45 horas, nas instalações sitas na Rua Carlos Arrojado, 2 – Quinta da Panasqueira – Alverca, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 – Apreciação e votação do Orçamento e do Programa de Acção para o ano de 2011 Nos termos do artº 24 nº 4 dos Estatutos, se à hora marcada para o início desta Assembleia não estiverem presentes a maioria dos associados, esta funcionará com qualquer número de associados em 2ª convocatória às 19:45 horas.

Alverca, 13 de Outubro de 2010Paulo Jorge Martins de Almeida Bonina

O Presidente da Assembleia-geral

Rua Carlos Arrojado, 2 – Quinta da Panasqueira2615-394 Alverca

Tel. 21 9573669 Fax: 21 9938947Email: [email protected]

Instituição Particular de Solidariedade Social Contribuinte 500879117

C.A.S.B.A. – Centro de Apoio Socialdo Bom Sucesso e Arcena

CONVOCATÓRIA

Exmo. Associado:

Dando cumprimento ao estipulado no art. 22, 23, 24 e 25 dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral do CASBA para reunir em sessão extraordinária, em primeira convocatória no próximo dia 04 de Novembro de 2010 pelas 19:30 horas, nas instalações sitas na Rua Carlos Arrojado, 2 – Quinta da Panasqueira – Alverca, com a seguinte ordem de trabalhos: 1 – Deliberar nos termos do artigo 23 alínea h – aceitação de uma Instituição e respectivos bens (Instituição de Apoio aos Idosos e Reformados de São Romão) Nos termos do artº 24 nº 4 dos Estatutos, se à hora marcada para o início desta Assembleia não estiverem presentes a maioria dos associados, esta funcionará com qualquer número de associados em 2ª convocatória às 20:30 horas.

Alverca, 13 de Outubro de 2010Paulo Jorge Martins de Almeida Bonina

O Presidente da Assembleia-geral

Rua Carlos Arrojado, 2 – Quinta da Panasqueira2615-394 Alverca

Tel. 21 9573669 Fax: 21 9938947Email: [email protected]

Instituição Particular de Solidariedade Social Contribuinte 500879117

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JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO | 18 OUTUBRO 2010 | 23VILA FRANCA DE XIRA

Os Bombeiros Voluntários da Castanheira do Ribatejo já funcionam em novas ins talações, erguidas no ter reno onde, durante muitos anos, funcionou o antigo quartel que foi, ao longo do tempo, sofrendo melhorias mas que já não permitia mais alterações que respondessem às actuais necessidades, sendo por isso inevitável a sua demolição total e substituição por um novo edifício.Assim aconteceu e as mo-dernas instalações aí estão, inauguradas oficialmente no dia 10 de Outubro, com as funcionalidades essenciais para o bom desempenho da missão dos bombeiros, nomeadamente área de estar e de lazer, área destinada a parque de viaturas, apoio permanente à população e um pequena sala multi--funções aberta ao exterior. Um investimento que rondou os 800 mil euros, e que foi acompanhado quase que dia a dia por Carlos Correia, Presidente da Direcção, que fez “várias alterações ao projecto” com o objectivo de dotar a corporação de um espaço digno e eficaz.Foi e é um desafio enorme para uma Associação que conta com parcos re cursos. Como disse ao jornal Triân-gulo “não temos dinheiro, ainda nem sequer fiz as contas finais, mas vamos arranjar forma de pagar tudo”. Teve o apoio das autarquias – Câmara e Junta de Freguesia - um apoio significativo que levou o Ministro da Administração Interna, Rui Pereira, a reconhecer que “sem a acção da autarquia não teria sido possível esta construção”. Mas também de empresas locais, algumas da quais forneceram equipamentos,

como as camas ou a central telefónica, e disseram que “pagassem quando for possível”, sinal de confiança e do reconhecimento da actividade desenvolvida pelos bombeiros,Os Bombeiros Voluntários da Castanheira do Ribatejo são constituídos por um corpo activo de 45 elementos e uma fanfarra de 25. O voluntariado é dominante e, para Carlos Correia, o voluntariado, em combinação com pequenos n ú c l e o s p ro f i s s i o n a i s , continua a ser ainda a melhor solução. “Há que aprofundar o voluntariado, é um facto. Mas só profissionais não é a solução, até porque o Estado não tem capacidade para suportar os custos”.Mas como é que se alimenta esse voluntariado? Jorge Simões, comandante dos

b o m b e i r o s , c o n s i d e r a essencial sensibilizar os mais jovens. A fanfarra, por exemplo, é uma forma de alimentar “o bicho dos bombeiros” nas crianças. “Hoje já temos elementos d o c o r p o a c t i v o q u e começaram na fanfarra”. Uma outra forma, é através d a i n t e n s i f i c a ç ã o d a s relações de proximidade com as escolas. “No ano lectivo anterior, na disciplina de formação cívica, no 2º e 3º ciclo, fomos chamados às escolas, abordando as normas e comportamentos a ter em casos de incêndios, s i s m o s , a c i d e n t e s e m casa, etc. Temos também actividades com os miúdos, no Verão, que desenvolvem a c ç õ e s d e v i g i l â n c i a . Em termos mais gerais, participamos em iniciativas

locais, como nas tasquinhas, onde aproveitamos para sensibilizar a população”.A área de intervenção dos bombeiros da Castanheira é a própria freguesia, com 16 quilómetros quadrados e uns 10 mil habitantes.

Zona urbana, uma pequena área florestal “onde não têm existido grandes problemas” e o rio, com intervenções pontuais em que uma das situações um pouco mais exaustivas tem a ver com as cheias no período do Inverno,

Bombeiros da Castanheira já vivem em casa novaCarlos Cardoso

caracterizam a Castanheira do Ribatejo. “Cumprimos na plenitude as funções”, diz Jorge Simões que, na sua actividade de chefia conta ainda com a colaboração do 2º comandante, Mário Baptista e do Adjunto, Fer-nando Gameiro. “Temos sempre cerca de meia dúzia de elementos em permanência no quartel. A nossa central, c é r e b r o d o c o r p o d e bombeiros, funciona 24 horas por dia. Estamos em condições de responder às necessidades e aproveito mesmo esta oportunidade para manifestar o meu apreço e agradecimento a todos os elementos do quadro activo e da fanfarra e a todos os que tem contribuído para o pleno cumprimento das nossas obrigações”.Na cerimónia de inauguração do novo quartel, quer Maria da Luz Rosinha, presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, quer Ventura Reis, presidente da Junta de Freguesia local, apelaram a que a uma maior apoio da população, nomeadamente fazendo-se sócios, para que a corporação conquiste ainda melhores condições para desenvolver a sua actividade humanitária.

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24 | 18 OUTUBRO 2010 | JORNAL REGIONAL TRIÂNGULO PUBLICIDADE