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Em 14 anos a UEG formou 60.351 novos profissionais - P-2 Jornal da Universidade Estadual de Goiás - Ano I - Nº 001 - Abril 2013 O reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), professor Haroldo Rei- mer, foi empossado, no dia 25 de março, como novo membro do Con- selho Superior (Consup) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). P-8 Reitor Haroldo Reimer toma posse na FAPEG Criado em 2011, o PROIN. UEG incentiva a criação e o desenvolvimento de pequenas e microempresas inovadoras, por meio do provimento de infraestrutura básica e da qua- lificação técnica e gerencial do empreendedor. P-8 Empreendedores recebem atenção da UEG Programa Ciência sem Fronteiras abre portas para estudantes no exterior. P-6 UEG conquista autonomia para realizar suas próprias obras. P-7 Qualificação Número de doutores cresce 28,64% em dois anos - P-3 O Conselho Universitário aprovou, no último mês de fevereiro, a criação de nove modalidades de bolsas na Universidade Estadual de Goiás. Pro- mover o acesso e a permanência de alunos em condições de vulnerabili- dade social e econômica e estimular o aprimoramento científico, acadê- mico e cultural, bem como a iniciação à pesquisa, seu desenvolvimento e difusão são alguns dos objetivos do Programa Próprio de Bolsas, cujos benefícios são destinados ao desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão. P-3 Programa Próprio de Bolsas Novo impulso para os alunos Parceria UEG-Detran desperta interesse de outros estados. P-7 Mestrados: mais ofertas, melhor qualidade P-6 UEG se estrutura para a busca da excelência IMPRESSO ESPECIAL DEVOLUÇÃO GARANTIDA

Jornal UEG de teste

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Teste por pedro rafael de A. Lopes - GNIT

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Em 14 anos a UEG formou 60.351 novos profissionais - P-2

Jornal da Universidade Estadual de Goiás - Ano I - Nº 001 - Abril 2013

O reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), professor Haroldo Rei-mer, foi empossado, no dia 25 de março, como novo membro do Con-selho Superior (Consup) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). P-8

Reitor Haroldo Reimer toma posse

na FAPEG

Criado em 2011, o PROIN.UEG incentiva a criação e o desenvolvimento de pequenas e microempresas inovadoras, por meio do provimento de infraestrutura básica e da qua-lificação técnica e gerencial do empreendedor. P-8

Empreendedores recebem atenção da UEG

Programa Ciência sem Fronteiras

abre portas para estudantes

no exterior. P-6

UEG conquista autonomia

para realizar suas próprias obras.

P-7

Qualificação Número de

doutores cresce 28,64% em dois

anos - P-3

O Conselho Universitário aprovou, no último mês de fevereiro, a criação de nove modalidades de bolsas na Universidade Estadual de Goiás. Pro-mover o acesso e a permanência de alunos em condições de vulnerabili-dade social e econômica e estimular o aprimoramento científico, acadê-mico e cultural, bem como a iniciação à pesquisa, seu desenvolvimento e difusão são alguns dos objetivos do Programa Próprio de Bolsas, cujos benefícios são destinados ao desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão. P-3

Programa Próprio de Bolsas Novo impulso para os alunos

Parceria UEG-Detran

desperta interesse de outros estados. P-7

Mestrados:mais ofertas,

melhor qualidade P-6

UEG se estrutura para a busca da excelência

IMPRESSO ESPECIAL

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

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A Universidade Estadual de Goiás (UEG) tem como data de nas-cimento o dia 16 de abril de 1999, quando o governador Marconi Perillo sancionou a Lei 13.456 que delineou uma nova realidade ao ensino superior no Estado de Goiás. Com o ato, o Governo do Es-tado determinou que a sede da Universidade seria em Anápolis e a nova IES nasceria do processo de transformação da Universidade Estadual de Anápolis (UNIANA) e da incorporação de outras 12 Instituições de Ensino Superior isoladas, mantidas pelo poder pú-blico estadual.Mas a história da UEG, que neste mês chega aos 14 anos, teve sua origem na década de 60 quando o governador Mauro Borges Tei-xeira criou a Escola Superior de Educação Física (Esefego) e a Fa-culdade de Ciências Econômicas de Anápolis (FACEA). No ano da sua criação, a UEG foi inicialmente vinculada organicamente à Se-cretaria Estadual de Educação, mas, em dezembro do mesmo ano, passou a ser jurisdicionada à Secretaria de Estado de Ciência e Tec-nologia de Goiás (Sectec). A Universidade Estadual de Goiás surgiu com o propósito de ga-rantir a educação superior pública, com base nos princípios éticos e humanistas, e estimular a justiça social e o pleno exercício da ci-dadania.A formação dos professores das redes estadual, municipais e par-ticular que ainda não possuíam curso superior foi um dos grandes desafios da UEG, por meio do Programa Universidade para os Tra-balhadores da Educação – Licenciatura Plena Parcelada, bem como a oferta de diversos outros cursos de graduação e pós-graduação em todas as regiões do Estado, o que vem proporcionando a inte-riorização das atividades de ensino, pesquisa e extensão há quase uma década e meia.Nesses 14 anos de existência, a UEG vai se firmando como uma instituição que busca a excelência acadêmica e contribui com o de-senvolvimento socioeconômico do Estado de Goiás.

Uma história de 14 anos iniciada há 50

UEG 2012: Reitor Haroldo Reimer dialoga com alunos

FACEA 1963: foto histórica de uma das primeiras turmas

Ueg

EXPEDIENTEJornal da Universidade Estadual de GoiásProduzido pela Coordenação Geral de Comunicação - CGCOM - (62) 3328-1403Coordenador Geral - Antônio Dirceu Pinheiro de SouzaRedação - Antônio Dirceu Pinheiro de Souza (GO n. 2272 JP), Cezar Marques (GO n.1673 JP), Marcelo Tavares (GO n.2331 JP), Moema Ribeiro (GO n. 2605 JP), Ana Flávia Caldas Ribeiro (estagiária)Diagramação e revisão: Odilon Alves (DRT-GO: 0860/86/Nabyla Carneiro Silva (estagiária)Fotografia: José Afonso VianaColaborador: Eduardo de OliveiraImpressão: Gráfica Garcia - Tiragem: 25 mil

Administração Central da Universidade Estadual de GoiásReitor - Haroldo ReimerVice-Reitora - Valcemia Gonçalves de Sousa NovaesChefe de Gabinete - Juliana Oliveira AlmadaPró-Reitora de Graduação - Maria Olinda BarretoPró-Reitor de Pesquisa e Pós-GraduaçãoIvano Alessandro DevillaPró-Reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis - Danúsia Arantes Ferreira Batista de OliveiraPró-Reitora de Planejamento, Gestão e Finanças - Sueli Martins de Freitas Alves

A Universidade Estadual de Goiás, fundada em 1999, chega à “idade do consentimento”, entretanto com uma série de desafios pela frente. Em sua história breve, porém importan-tíssima para o Estado de Goiás, já formou mais de 60 mil acadêmicos; possui mestrados bem avaliados pela CAPES, e cursos de excelência: Matemática (Anápolis); Fisioterapia (Goiânia), Agronomia (Ipameri e Palmeiras); Arquitetura (Anápolis), Zootecnia (São Luis dos Montes Belos), avaliados pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Ena-de/MEC), com notas 4 e 5 (numa escala de 1 a 5).Construída por mãos e mentes de professores, estudantes, ser-vidores técnicos-administrativos, a UEG começa a estabelecer um caminho para a excelência em sua tríade indissociável: en-sino, pesquisa e extensão. Chegamos, em 2013, aos 14 anos com 17.544 estudantes matriculados; 1.927 docentes em 136 cursos de graduação presenciais; 4 cursos a distância; 238 doutores; 612 mestres; 136 ambientes laboratoriais espalhados em 39 cidades do Estado de Goiás, com suas 42 unidades universitárias; 120 projetos de extensão em execução para esse ano de 2013, vincu-lados às áreas de Comunicação, Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia e Produ-ção, Trabalho e que, ao seu término, beneficiará mais de 128 mil pessoas em todas as regiões de Goiás. Uma de nossas mais recentes conquistas é o Programa Próprio de Bolsas que acresceu em 432,2% a oferta de bolsas e será exe-cutado ainda este ano, democratizando ainda mais a permanên-cia em nossa instituição, pioneira na diminuição dos processos de desigualdades historicamente reproduzidos em nosso País. A UEG foi a primeira Universidade no Centro-Oeste a garantir vagas para alunos e alunas negros e negras por meio de polí-ticas afirmativas. Outra pauta que merece nosso olhar é a da autonomia que conquistamos para a realização das próprias obras. Isso nos permitirá readequar e construir um ambiente mais acadêmico em sua arquitetura, além de aproveitarmos os talentos internos para a realização de projetos como será o caso do Escritório de Engenharia e Obras.Destacamos também o aumento de 150% no número de mestra-dos próprios em relação a 2010, quando só existiam dois pro-gramas, chegando a seis em 2012 e com possibilidades desse número aumentar ainda mais ao final de 2013, com aprovação de novos cursos enviados à CAPES.Ao longo de quase uma década e meia muito foi feito, mas muito ainda há por fazer. Como instituição pública de ensino superior, a Universidade tem o dever de prestar contas à sociedade. Nesse sentido, o Jornal da UEG, que lançamos neste mês de abril, por ocasião do aniversário da Instituição, é mais um instrumento de comunicação que nasce com o objetivo maior de dar visibilidade às atividades de gestão, ensino, pesquisa e extensão. O Jornal da UEG surge com a proposta de distribuição mensal e está aber-to às contribuições de diretores, professores, alunos, servidores técnicos-administrativos e da sociedade em geral.

ANÁPOLIS, GOIÁS ABRIL DE 2013 UEG.BR JORNAL DA UEG02

Editorial

Ueg Oficial @uegoficial

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Um passo importante para a consolidação da UEG no cenário do ensino superior no Estado foi a criação do Programa Próprio de Bolsas. A proposta, com nove modalidades, foi aprovada em fevereiro deste ano pela 67ª Ple-nária do Conselho Universitário da Universidade (CsU). Em de-zembro do ano passado foi apro-vada a Lei n. 17.934 que autoriza a concessão de bolsas de estudo no âmbito da Universidade Esta-dual de Goiás. Promover o acesso e a perma-nência de alunos em condições de vulnerabilidade social e eco-nômica; estimular o aprimora-mento científico, acadêmico e cultural, bem como a iniciação à pesquisa, seu desenvolvimento e difusão; estimular a promoção de atividades que fortaleçam os programas de acompanhamento e recuperação de alunos e o de-senvolvimento da qualidade dos cursos da UEG; e desenvolver atividades destinadas a ampliar

e fortalecer a interação da UEG com a sociedade são os objetivos do Programa cujas bolsas são destinadas ao desenvolvimento das atividades de ensino, pes-quisa e extensão. A Resolução do Conselho Uni-versitário prevê que o quantita-tivo de bolsas concedidas em cada exercício observará o limite financeiro fixado pelas dotações consignadas nos créditos orça-mentários específicos existentes na respectiva lei orçamentária. Ao todo foram criadas as se-guintes modalidades de bolsa: Permanência, Ações Extensionis-tas, Monitoria, Estágio Institucio-nal, Pró-Licenciatura, Mobilida-de Nacional, Iniciação Científica, Iniciação Tecnológica e Pós-gra-duação stricto sensu. Antes de serem ofertadas, as bolsas neces-sitam ser regulamentadas. Exceto as bolsas de pós-gra-duação stricto sensu, mobili-dade nacional e permanência, as das demais modalidades

poderão ser realocadas para a modalidade de iniciação cientí-fica ou iniciação tecnológica se não forem implementadas até o final do mês de junho.

Evolução Em 2002, quando foram oferta-das as primeiras bolsas, o núme-ro era de 41 alunos beneficiados com bolsas de iniciação científi-ca. Dez anos depois, esse núme-ro chegou a 190 bolsas, sendo

160 de iniciação científica e 30 de iniciação tecnológica, um signifi-cativo aumento de 363,41% em relação a 2002. Este ano as duas modali-dades chegaram a 230, um acréscimo de 21,05%. Se con-siderarmos o total de bolsas próprias, neste ano de 2013 a UEG chega a 825 bolsas, o que representa um aumen-to de 334,21% em relação ao ano passado.

UEG institui programa próprio

A qualificação de seu quadro docente é sempre um cami-nho incentivado pela UEG e prova disso é que em apenas dois anos a Universidade presenciou um salto no número de professores que se tornaram doutores. Em apenas dois anos houve uma elevação de 28,64%, totalizando, atualmente, 238 profissionais com esta titulação na Universidade. O número de mestres também é expressivo, com o quadro de docentes da instituição con-tando com 599 com essa titulação. Além disso, outros 36 profissionais estão regis-trados como pós-doutores, sendo que na fila para conseguirem a mesma capacita-ção estão outros 30 professores.A pró-reitora de Graduação da UEG, professora Maria Olinda, explica que a formação continuada para os docentes da academia se torna muito mais funda-mental, porque ele é formador de todas as outras profissões e, portanto, precisa ser o mais preparado possível. “O docen-te acadêmico precisa sempre estar nes-se ciclo de busca de conhecimento, com acesso à informação e formação adequada. As mudanças nas profissões acontecem e os professores precisam estar prepara-dos para repassar isso ao aluno”, pontua.Sobre o número de professores da UEG, que entre mestres e doutores somam 42,9% do quadro total de professores, Maria Olinda considera o dado significativo, mas ela afirma que a

Universidade não deve se acomodar. “Precisamos ter o olhar atento na formação continuada. Os números são expressivos, mas não vamos nos contentar. O ideal é que todos os nossos docentes tenham a mais adequada capacitação. Não trabalha-mos só para cumprir a legislação, mas sim para ter professores sempre em busca da formação continuada”.

A pró-reitora ressalta que a UEG não tem se furtado em contribuir para que os professores busquem o maior ní-vel de capacitação possível e por isso, tem oferecido alternativas. “Embora, os mestrados que a UEG criou recen-temente não seja exclusivos para os docentes da instituição, esse já é um caminho e oportunidade aos nossos profissionais. Além disso, aos professo-res efetivos, a UEG possibilita a licença remunerada no decorrer da duração do curso”, frisa a professora.Sobre o interesse dos docentes em procurar essas especializações, Ma-ria Olinda sublinha que os professores

têm percebido que esse processo de formação continuada é necessário para quem quer permanecer na academia. “Por exemplo, sabemos que o acesso ao mestrado no Brasil ainda não é fácil, mas mesmo assim temos percebido que o profes-sores, mesmo aqueles que não são efetivos e não tem muitos benefícios, têm buscado transpor essa barreira”.

Número de doutores cresce 28,64% em dois anos

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Bolsas

Qualificação

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Reitor, após um ano de mandato, que ba-lanço o senhor faz na área da gestão?Este primeiro ano foi muito desafiador. Há um ano a UEG estava em plena crise ins-titucional. Creio que tivemos uma série de avanços ao longo dos meses do ano passa-do. Foram passos que nos possibilitaram ir saindo da crise. Um passo importante foi a recomposição dos conselhos deliberativos (Conselho Acadêmico e o Conselho Uni-versitário) com base em critérios democrá-ticos, representativos e transparentes. Ao longo do ano esses conselhos superiores se reuniram com a regularidade proposta pelo Estatuto, discutindo, por vezes com bastante ardor, os rumos e os caminhos da Universidade. Substituições na equipe de trabalho também contribuíram para ir dando estabilidade aos processos de ges-tão da UEG. As eleições foram um marco. As respostas positivas ao trabalho dos pri-meiros meses me levaram a participar do processo eleitoral, junto com a Professora Valcemia Novaes. O resultado das eleições significou um voto de confiança e de espe-rança. A partir dos levantamentos feitos e das nossas propostas, queremos trabalhar, junto com toda a equipe da Reitoria, para ir conduzindo a UEG rumo a excelência acadêmica. Ao final de um ano, eu mes-mo, enquanto professor e agora gestor, consigo ter uma visão mais panorâmica da complexidade que é a UEG.

A UEG possui um grande número de cur-sos ofertados em diversas regiões. Existe algum estudo para reestruturar a oferta de cursos na Universidade?Que a UEG necessita passar por um pro-cesso de reengenharia, isso é um dado manifestado em muitos encontros que ti-vemos durante a campanha. Mas também os seminários regionais promovidos nos meses de maio e junho indicaram muito claramente neste sentido. Para nós, duas coisas estão muito claras. Primeiro: a UEG deve manter o seu compromisso com as licenciaturas, para a formação de profis-

sionais para atuarem na educação básica e no ensino médio; segundo: a UEG deve repensar alguns cursos e propor alguns cursos novos, buscando melhor adequa-ção às reais demandas sociais, econômicas e dos diferentes setores produtivos no Es-tado. Junto com isso, contudo, precisamos enfrentar duas questões que considero ne-vrálgicas: a grande evasão em vários cur-sos e o não preenchimento de vagas. São questões que devemos enfrentar o mais prontamente. Pessoalmente, considero inadequado não usar melhor o dinheiro público para formar um maior número de estudantes nas várias áreas. Preten-demos também avançar com o ensino a distância na UEG. Nós podemos propor e realizar cursos nesta modalidade com a qualidade necessária, fazendo por este modo, novo avanço da interiorização do ensino superior público e gratuito no Estado. No entanto, institucionalmente, precisamos obter autorização do MEC para a oferta de ensino a distância como modalidade própria, isto é, na forma de EaD institucionalizado. Durante o ano de 2013 devemos tomar decisões impor-tantes tanto ao que se refere à grade de ofertas de cursos presenciais quanto aos avanços pela modalidade EaD.

”A partir dos levantamentos feitos e das nossas propostas, queremos trabalhar, junto com toda a equipe da Reitoria, para ir conduzindo a UEG rumo à excelência acadêmica”

Que avanços a UEG teve em relação à ava-liação dos cursos no ENADE e no IGC?A UEG já havia alcançado novamente o conceito 3 (numa escala de 1 a 5) em final de 2011. Face aos resultados divulgados pelo MEC em final de 2012, este conceito foi mantido, o que situa a UEG numa posi-ção relativamente confortável. Mas houve um avanço significativo no chamado IGC contínuo. Aí, a UEG teve um crescimento de quase 16%, subindo de 1,97 para 2,27 (numa escala de 0,01 a 5,00). É um avanço que tem a ver com os resultados obtidos pelos alunos que fizeram as provas do ENADE. A UEG teve um conjunto de 97 cursos avaliados pelo ENADE, esta prova que mede o desempenho dos estudantes na fase final do curso. Tivemos a alegria de ter pelo menos um curso com nota má-xima (nota 5) no Enade; trata-se do curso de Licenciatura em Matemática. Do total, 6 cursos obtiveram nota 1; 29 obtiveram nota 2; 43 obtiveram nota 3; 18 obtiveram notas 4 e um curso obteve nota 5. É uma grande diferença alcançar conceito 3 sen-do avaliado em quase uma centena de cur-sos. Há instituições que tiraram conceito similar, mas com avaliação em uns poucos cursos. O MEC também divulgou recen-temente a lista das universidades avalia-das em final do ano passado. Entre as 226 universidades avaliadas, em 2011, a UEG estava na posição 202 e em final de 2012 havia subido para a posição 178. Com isso, fica evidente que a UEG de modo algum faz parte das “piores universida-des brasileiras” como se dizia há tempos atrás. Hoje, no Estado de Goiás, somente a Universidade Federal de Goiás, o Insti-tuto Federal de Goiás e o Instituto Federal Goiano estão à frente, tendo conceito 4. Os avanços são evidentes. E vamos avançar mais nos próximos anos.

Como está a política de fortalecimento dos programas stricto sensu?Desde o final de 2011 tivemos um cres-cimento de 150% na oferta de cursos de

“UEG traça caminhos para a excelência acadêmica”

No dia 15 de fevereiro de 2012, após a renúncia do professor Luiz Arantes, o professor Haroldo Reimer foi nomeado reitor da UEG interinamente pelo governador Marconi Perillo. Em setembro, tendo como vice a professora Valcemia Novaes, então diretora da Unidade da UEG de Palmeiras de Goiás, Haroldo Reimer foi eleito com 91,49% dos votos válidos. Nesta entrevista, o reitor destaca os avanços do primeiro ano frente à Reitoria da UEG e os desafios para os próximos anos.

Reitor Haroldo Reimer

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Entrevista

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mestrado na UEG. Além dos dois existen-tes (Ciências Moleculares e Engenharia Agrícola), dois começaram a funcionar em março de 2012 (Produção Vegetal e Edu-cação, Linguagem e Tecnologias) e outros dois tiveram início em março deste ano (Recursos Naturais do Cerrado e Territó-rios e Expressões Culturais do Cerrado). Um dos novos mestrados já começa com o conceito 4 (numa escala de 1 a 7), o que mostra a qualidade instalada na UEG em termos de pesquisa, produção intelectual e capacidade docente para o nível de pós--graduação stricto sensu. Em 2013 vamos continuar a fortalecer a pós-graduação stricto sensu, enviando novas propostas de mestrado para a CAPES, mas também dando apoio para os docentes envolvidos nos cursos já em funcionamento. Quere-mos fortalecer as publicações, por meio de apoios específicos, bem como dando maio-res condições de trabalho para os docentes dos mestrados. Neste ano, todos os docen-tes dos mestrados receberam notebook, como equipamento da UEG, para apoiar as atividades específicas. Vamos também aumentar os apoios para participação em eventos para apresentação de trabalhos e coordenação de simpósios, tanto no país quanto no exterior. Estamos também estu-dando as possibilidades legais para uma bolsa de apoio à pesquisa e à pós-gradu-ação na UEG destinada aos docentes. Em fevereiro, o Conselho Universitário (CsU) aprovou uma Resolução que contempla também a instituição de bolsas próprias para alunos dos mestrados. Hoje temos uma lei estadual que nos dá o devido fun-damento de legalidade.

E na extensão, quais os avanços?A Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e As-suntos Estudantis passou por reformula-ções significativas ao longo de 2011 e 2012. Houve apoios significativos a eventos na área da extensão, da cultura e da assistên-cia estudantil. Vários projetos submetidos a editais de agência de fomento receberam apoio financeiro, algo que deve continu-ar neste ano. O Programa de Incubado-ras (PROIN) é hoje uma realidade dentro da UEG. A partir deste ano teremos certo número de bolsas de extensão, bem como bolsas de permanência para alunos em si-tuação de vulnerabilidade social. A plata-forma eletrônica PÉGASUS permite hoje o acompanhamento eletrônico dos projetos e dos processos na área da extensão. Em bre-ve queremos inscrever o Restaurante Uni-versitário, no Campus Henrique Santillo, em Anápolis, como uma ferramenta impor-tante de assistência estudantil. Já começa-mos a estudar também a devida localização de moradias estudantis dentro do Plano Diretor do Campus. Creio que ao longo do ano teremos boas realizações neste sentido.

“Vamos buscar todos os meios possíveis para contribuir significativamente para que a UEG se torne uma universidade reconhecida por sua excelência”Em 2012 o senhor visitou várias universi-dades no exterior. Os intercâmbios foram intensificados?Creio que ao longo do ano de 2012 houve um conjunto de cinco visitas ao exterior para estabelecimento de parcerias com instituições de outros países. O professor Harlen Inácio dos Santos (ex-pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação) e o professor Hamilton Napolitano (gerente de pesqui-sa) foram aos EUA e ao Canadá; em junho, o professor Harlen e eu visitamos muitas universidades na Bélgica e na Alemanha; em setembro, a professora Maria Elizete de Azevedo Fayad (ex-pró-reitora de Gra-duação) esteve em Portugal e na Espanha; os professores Hamilton Napolitano e Solemar Silva Oliveira visitaram univer-sidades na Itália, firmando parcerias e eu estive em dezembro em Coimbra, ratifi-cando a parceria já existente com aquela centenária universidade. A UEG tem mui-tos estudantes estudando no exterior, es-pecialmente em Portugal. As visitas são importantes porque abrem as portas para vários tipos de parcerias. No âmbito do programa Ciência sem Fronteiras, várias dezenas de estudantes da UEG passaram um ano estudando no exterior. Para 2013 já temos muitas inscrições de acadêmicos da UEG homologadas, esperando o mo-mento de ir ao exterior. Viver um tempo fora do seu lugar, em especial no exterior, abre muito o horizonte das pessoas. Após o retorno e a conclusão dos estudos, es-ses estudantes ajudam a dinamizar a vida acadêmica e de pesquisa, fazendo parte de redes de contato muito mais amplas.

O que a Universidade precisa fazer para conquistar a excelência acadêmica?Acho que duas coisas convergem para esta finalidade, sendo complementares, sem hierarquia ou precedência de uma sobre a outra: a UEG precisa se fortalecer interna-mente para o melhor desempenho das ta-refas e funções; e conquistar a autonomia universitária nos moldes das previsões constitucionais e estatutárias: autonomia didático-pedagógica, autonomia finan-ceira e de gestão financeira; autonomia administrativa e autonomia patrimonial.

Vamos conversar com o Governador sobre este assunto, levando um conjunto de pro-postas para viabilizar a autonomia a partir da capacidade instalada na UEG, também em termos de processos e ferramentas de gestão. Recentemente fizemos uma visita técnica à UNESP, uma das universidades estaduais paulistas que goza de autono-mia desde 1989 por meio de um decreto do então governador. Os avanços da UNESP após a conquista da autonomia foram enor-mes. Algo similar pode acontecer com a UEG. Precisamos de mais estabilidade no planejamento e na execução do orçamento que por lei é assegurado à Instituição.

Quais são os desafios para os próximos anos?O objetivo maior está colocado por nós: le-var a UEG rumo a excelência. Essa excelên-cia se desdobra em vários aspectos, sendo a acadêmica a mais nobre, tanto no ensino, na pesquisa e na extensão. Mas também queremos excelência na gestão, aprimo-rando o fluxo dos processos internos na UEG, logrando mais rapidez, eficiência e eficácia. O aprimoramento dos sistemas de tecnologia da informação ajudará mui-to neste processo. Creio que a excelência da UEG caminhará mais firmemente com a autonomia. Para nós está claro, contu-do, que autonomia não é soberania. Como universidade estadual continuaremos vin-culados ao Estado e ao Governo de Goi-ás, devendo prestar contas aos órgãos de controle (Tribunal de Contas, Controla-doria Geral, Ministério Público). Mas ser uma universidade estadual reconhecida por sua qualidade para além das frontei-ras estaduais será um grande prêmio para todo o povo de Goiás em resposta à dota-ção financeira que o Estado reserva à UEG como decorrência de uma política de Es-tado, além de política de governo. Vamos buscar todos os meios possíveis para con-tribuir significativamente para que a UEG se torne uma universidade reconhecida e respeitada por sua excelência.

ANÁPOLIS, GOIÁS ABRIL DE 2013 UEG.BR JORNAL DA UEG 05

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A Coordenação Geral de Re-lações Internacionais (CGRI) da UEG vem registrando uma grande procura pelos progra-mas de incentivo à mobilida-de estudantil. Diariamente a CGRI passa orientações aos acadêmicos interessados nos programas de Convênios de Cooperação Acadêmica, Ciên-cia Sem Fronteiras e, o mais re-cente, Erasmus Mundus. Os convênios estão propi-ciando a muitos estudantes a possibilidade de ingressar no processo de internacionaliza-ção das universidades brasilei-

ras. No ano de 2012 a UEG en-caminhou mais de 100 alunos na modalidade de graduação sanduíche e 43 já foram sele-cionados e estão em processo de análise de documentos.

Inscrições Para se inscrever o aluno deve cumprir uma série de exigên-cias. Além da documentação necessária para sair do país um dos requisitos é a profici-ência em língua estrangeira, pois a maioria dos editais são para países de língua inglesa. “O processo de candidatura

A UEG iniciou 2013 oferecen-do à comunidade mais dois pro-gramas de pós-graduação stricto sensu. Com a oferta dos mestra-dos em Recursos Naturais do Cerrado (RENAC), recomenda-do pela CAPES com o conceito 4 e o mestrado em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER), com nota 3, a UEG passa a oferecer agora seis cursos de pós-graduação, um aumento de 150%, em relação a 2010. “Propusemos no nosso plano de trabalho para os próximos quatro anos chegar a dez mestra-dos e dois doutorados”, explica o reitor Haroldo Reimer. Mas a meta pode estar próxima de ser batida neste mesmo ano de 2013. De acordo com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PrP), as Unidades Universitárias estão sendo incentivadas a enviar no-vas propostas de mestrado tanto profissional como acadêmico. De acordo com o professor Ivano Alessandro Devilla, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, “todos os documentos e necessi-dades para os projetos dos pro-gramas estão sendo atendidos

de imediato, para que os Apli-cativos para Proposta de Curso Novo (APCNs) não sofram ne-nhum tipo de atraso no envio”. Atualmente estão sendo anali-sadas pela Coorde-nação de Aperfeiço-amento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) duas pro-postas de Mestrado Profissional, um em Ensino de Ciências e Matemática para a Unidade Univer-sitária da UEG de Ciências Exatas e Tecnológicas de Anápolis (UnU-CET) e o outro em Bovinocultura Leiteira para a Unidade Universitária da UEG de São Luis de Montes Belos. Estão em análise também cinco propostas em Mestrado Acadê-mico, sendo eles: Mestrado Inter-disciplinar em Ciências da Saúde (Eseffego), Meio Ambiente e De-senvolvimento Regional (UnU Morrinhos), Ciência Animal (UnU São Luis de Montes Belos); Farmácia (UnUCET) e Mestrado

em Gestão de Organizações, In-formação e Inovação Tecnológica (UnU Jataí). Para isso, o investi-mento em laboratórios também tem avançado com o objetivo de

dotar os cursos com a estrutura necessá-ria para o andamen-to das pesquisas. Ivano Devilla des-taca os investimen-tos que estão sendo feitos em compra de materiais no valor de R$ 1,2 milhão. “São processos para a compra de vidra-rias, equipamentos de informática e de laboratórios para os

programas do Mestrado Inte-rinstitucional em Educação, Lin-guagem e Tecnologia (MIELT, da Unidade Universitária da UEG de Ciências Socioeconômicas e Humanas de Anápolis), de Produ-ção Vegetal (UnU de Ipameri) e para o Mestrado em Ciências Molecula-res (UnUCET) e ainda para os cur-sos da Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia (ESEFFEGO) e de São Luís de Montes Belos”.

Outro incentivo que contribuirá para o avanço da qualidade dos cursos oferecidos pela UEG é a criação de bolsas de pós-gradu-ação stricto sensu que deverão ser implantadas ainda neste ano. “Nossa expectativa é oferecer, em 2013, 20 bolsas de pós-gra-duação stricto sensu no valor de R$ 1.350,00, por seis meses, po-dendo ser prorrogável por igual período”, esclarece o pró-reitor. A Reitoria e a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação tam-bém estão se esforçando para melhorar as notas dos progra-mas de mestrados em Enge-nharia Agrícola e em Ciências Moleculares com o intuito de apresentar à CAPES uma pro-posta de doutorado, o primeiro a ser oferecido pela UEG. “Após a realização da avaliação trienal que ocorrerá de 30 de setem-bro a 25 de outubro de 2013, os programas de mestrado em Engenharia Agrícola e Ciências Moleculares provavelmente subirão o conceito para 4, po-dendo, no ano de 2014, realizar pedido de APCN para doutora-do”, finaliza Ivano Devilla.

Intercâmbios dão novo ânimo para alunos da UEG

Mais ofertas, melhor qualidade

exige do aluno certificação de idioma estrangeiro, bom ren-dimento acadêmico e alguns meses de espera pelo resultado de aceitação no Programa e na universidade escolhida”, escla-rece Gilson Sharnick, coorde-nador geral da CGRI.

Experiência O estudante do Curso de Far-mácia da Unidade Universitá-ria de Ciências Exatas e Tecno-lógicas de Anápolis (UnUCET), Lucas Danilo Dias, é um dos beneficiados. Ele passou um ano na Universidade de Coim-bra, em Portugal. Lá ele teve a oportunidade de dar segui-mento ao projeto “Desenvolvi-mento de novos catalisadores para aplicação em catálise assi-métrica”, inclusive apresentan-do o andamento da pesquisa em outras instituições. “Nesse intercâmbio pude apresentar meu projeto na Universidade de Coimbra e também em con-gressos em Toulouse, na Fran-

ça, e em Praga, na República Tcheca. “Foi uma experiência ímpar poder contribuir para a divulgação da UEG em âmbito internacional e também fazer contatos com professores e pes-quisadores que são referência para minha pesquisa”, salienta o estudante. Entre os planos, Danilo ressalta a continuida-de da pesquisa com o grupo da universidade portuguesa e uma pós-graduação na área.

Editais Para este semestre a CGRI (www.cgri.ueg.br) está com editais abertos para Áustria, Bélgica, China, Irlanda, Suécia e Finlândia, no Programa Ci-ência sem Fronteiras; Bélgica e Suécia, pelo Erasmus Mundus para graduação e mestrado sanduíche; e para a Universi-dade de Coimbra. Para o se-gundo semestre a expectativa é poder oferecer também, pelo Erasmus Mundus, a oportuni-dade de doutorado pleno.

Ivano Devilla: investimentos

Lucas Danilo Dias, intercâmbio em Portugal: “Uma experiência ímpar”

Internacionalização

Mestrados

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Decreto assinado pelo Go-vernador Marconi Perillo passou a responsabilidade das obras de construção e reformas da UEG para a pró-pria Instituição. Com essa mudança, a UEG passa a planejar e executar as obras projetadas para o futuro. Já as obras iniciadas permane-cerão com a Agetop.

Coordenação“Para que possamos reali-zar esse trabalho, estamos estruturando a equipe da Coordenação de Infraestru-tura e implantando o escri-

tório de projetos em parceria com os cursos de Engenharia Civil e Arquitetura da UEG”, destaca a pró-reitora de Pla-nejamento, Gestão e Finanças, Sueli Freitas. De acordo com a pró-reitora, somente após a estruturação dessas equipes é que será feita uma análise técnica das necessidades de cada unidade, já cadastradas e aprovadas no Plano de Ação Integrada de Desenvolvimen-to - PAI com o “Selo de Prio-ridade”, que prevê a constru-ção de bibliotecas, construção e ampliação de prédios, cons-trução de rampas de aces-

sibilidade, construção de laboratórios de pesquisa e ensino multidisciplinares; de farmácia escola, de proces-sos farmoquímicos em gran-de escala (indústria escola); de reciclagem e fabricação de produtos de limpeza (in-dústria escola); de máquinas e implementos agrícolas; de gastronomia e turismo; e centro poliesportivo.Sueli Freitas salienta que a prioridade da equipe do escritório de projetos será o projeto de acessibilidade que contempla 21 unidades universitárias.

Autonomia conquistada

Com o objetivo de agilizar a trami-tação dos processos administrativos, a Pró-Reitoria de Planejamento, Gestão e Finanças criou, no último mês de feve-reiro, a Central de Compras, que será responsável pelo fluxo e análise dos processos de despesas e, quando ne-

cessário, na obtenção dos orçamentos.Segundo a pró-reitora Sueli Freitas, a Central veio para resolver a fragmen-tação do fluxo dos processos pelos di-versos setores da Pró-Reitoria, os erros na elaboração do termo de referência por parte do solicitante, o excesso de

processos para um mesmo objetivo e a dificuldade do solicitante em obter os três orçamentos que devem constar na documentação. Antes de implantar a Central de Compras, a Pró-Reitoria treinou mais de 400 pessoas em todas as unidades universitárias.

Central de Compras agiliza processos Pró-reitora Sueli Freitas

Iniciada em fevereiro de 2006, por determinação do governa-dor Marconi Perillo, a parceria da Universidade Estadual de Goiás (UEG), por meio do Pro-grama Educando e Valorizando a Vida (EVV), com o Detran para a realização das avaliações teóri-cas e práticas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilita-ção (CNH), completou sete anos e já realizou mais de 4,4 milhões de exames. O método utilizado em Goiás é um dos mais avança-dos e, conforme Horácio Melo, diretor técnico do Detran, a ideia evoluiu o conceito da CNH e também qualificou os processos. Segundo Melo, o Detran, bem como o governador, têm noção de que a CNH não é meramente um documento administrativo. “Ela é um diploma e como tal, para expedi-la, é necessário que quem examina tenha formação pedagó-gica e humanística, além de for-mação específica, que é o curso obrigatório previsto em resolução do Conselho Nacional de Trânsito

(Contran)”, explica Horácio. O dirigente também ressalta que a parceria entre os dois ór-gãos, em que os professores uni-versitários fazem o atendimento aos candidatos, traz outro benefí-cio: profissionais adequados para realizar avaliações e ao mesmo tempo que oferecem melhor atendimento aos aprendizes de motoristas. “E não são professo-res quaisquer, mas sim servido-res do Estado, da UEG, que é um patrimônio de todos os goianos”.

Soluções de trânsito Entusiasta do projeto, Horácio também explica que os profes-sores que estão à disposição do Detran, portanto, são examina-dores do órgão, quando voltam à academia, com a experiência de campo, podem desenvolver te-ses e projetos para gerarem solu-ções de trânsito. “Isso contribui novamente com o Detran por-que esses trabalhos podem nos ajudar a redimensionar ações de educação, fiscalização, engenha-

ria de tráfico e formação dos mo-toristas”, pontua o diretor. Para Melo, a parceria com a Universidade só trouxe qualifi-cação aos exames e aos estudos científicos realizados pelo De-tran. “O governador Marconi foi muito feliz quando definiu essa parceria. Cada vez mais esse projeto de governo, não só da UEG ou do Detran, está conso-lidado perante a sociedade que não aceita retrocesso para a ob-tenção da CNH”. O coordenador-geral do EVV, Hugo Paraguassu, ressalta que a parceria é pioneira em colocar professores para realizar as ava-liações e que o departamento é constantemente fonte de consul-ta de outros órgãos de trânsito do País e também de universi-dades que realizam visitas ao programa para entender o fun-cionamento da parceria. “A ini-ciativa dá credibilidade às pro-vas, que hoje são feitas de forma muito ética, porque são profes-sores que são responsáveis pelas

avaliações”, ressaltou. A título de exemplo, cita a pro-va de Legislação de Trânsito, fei-ta eletronicamente. O EVV conta em um dos um setores com cerca de 20 pessoas responsáveis por cuidar da parte tecnológica e da logística das provas. “Hoje, esta-mos trabalhando para desenvol-ver uma planilha eletrônica para que o examinador, na hora da avaliação da Direção Veicular, não precise utilizar papel, que depois é digitalizado. Nossa in-tenção é que as anotações sejam realizadas digitalmente e caiam automaticamente no sistema do Detran”, frisou Paraguassu.

Parceria é exemplo para outros órgãos de trânsito

Para Horácio Melo a CNH é um diploma

Ueg/Detran

Obras

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desenvolvimento de pequenas e mi-croempresas inovadoras, por meio do provimento de infraestrutura básica e da qualificação técnica e gerencial do empreendedor. “Podem se inscre-ver aos editais abertos para a seleção qualquer pessoa que tenha um em-preendimento ou ideia de criação de um produto, processo ou serviço com caráter inovador e que necessite de su-porte para transformá-lo em negócio”, explica o coordenador Bruno Alencar.

Fases de incubaçãoParecido com o processo de criação de ovos, as ideias que chegam ao PROIN.UEG passam por alguns processos

Posse na FAPEG - No último dia 25 de março, o reitor da UEG, Haroldo Reimer, foi empossado como conselheiro do Conselho Superior (Consup) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG). A solenidade aconteceu no Palácio Pedro Ludo-vico, em Goiânia, com a presença do governador Marconi Perillo. Os outros conselheiros empossa-dos foram: Francisco Itami Cam-pos, Sônia Margarida Gomes de Sousa, Flávio Breseghello e o rei-tor da Universidade Federal de Goiás, Edward Madureira.

Conferência - A pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Es-tudantis (PrE), Danúsia Arantes, participou entre os dias 18 e 22 de março, em Brasília, da Conferên-cia Nacional de Desenvolvimento Regional. O evento foi realizado pelo Ministério da Integração Nacional e reuniu representantes do governo, sociedade civil, insti-tuições de ensino superior e setor empresarial para discutir propos-tas e diretrizes para a nova Políti-ca Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), que será levada em breve ao Congresso Nacional. A pró-reitora Danúsia Arantes participou do evento na condição de delegada eleita na Conferência Estadual, representando o seg-mento da educação e a Universi-dade Estadual de Goiás.Palestra - A professora dos cursos

de Administração e de Engenha-ria Agrícola da Unidade Universi-tária da UEG de Santa Helena de Goiás, Divina Aparecida Leonel Lima, participou na condição de convidada do AlcScens, um grupo de pesquisa em mudanças climá-ticas da Universidade de Campi-nas (UNICAMP), no último dia 18 de março. Na ocasião, a professo-ra da UEG ministrou uma palestra sobre o desenvolvimento da cana--de-açúcar em Goiás e na região Centro-Oeste do Brasil.

Simpósio Internacional - A Pró--Reitoria de Graduação (PrG) da UEG esteve representada pelo professor Valter Gomes Campos (foto), coordenador institucional do Programa LIFE (Laboratórios Interdisciplinares de Formação de Educadores/CAPES) da PrG e coordenador adjunto de pes-quisa e pós-graduação da Uni-dade Universitária da UEG de Ensino a Distância (UnUEAD), durante a realização do I Simpó-sio Internacional sobre Desen-volvimento Profissional Docen-te, idealizado pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em Curitiba, e realizado entre os dias 18 e 22 de fevereiro.

Deficiência auditiva - A estu-dante do Curso de Pedagogia da Unidade Universitária da UEG de Campos Belos, Marinês Alves da Conceição, colou grau no último dia 15 de março. Ela é a primeira

deficiente auditiva total a concluir um curso superior na Unidade. Isso foi possível, além de seu es-forço pessoal, graças à participa-ção da professora Leiva Márcia Rodrigues de Almeida que repas-sou os conteúdos das disciplinas pelo método de Libras.

Coletânea Luso-Brasileira - A ter-ceira Coletânea Luso-Brasileira “Educação, Gestão da Infor-mação e Sustentabilidade”, foi lançada durante evento realiza-do na Faculdade de Tecnologia SENAI, em Goiânia, no último dia 21 de março. Os artigos que compõem a Coletânea são oriundos das pesquisas do Gru-po Estratégia em Gestão, Edu-cação e Sistema de Informação (EGESI-UEG/CNPq) e fazem parte da cooperação entre a UEG e a Universidade do Por-to para a publicação de estudos que possibilitem o compartilha-mento do conhecimento.

Erasmus Mundus - A Coorde-nação de Relações Internacionais (CGRI) da Universidade Estadu-al de Goiás participou, no último dia 20 de março, na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), da reunião de adesão ao Progra-ma Erasmus Mundus. O Progra-ma foi criado e financiado pela União Europeia (UE) e tem como objetivo promover a excelência da educação superior e de pes-quisa dos países europeus e ao mesmo tempo reforçar os laços acadêmicos com países de todo o mundo. As bolsas de estudos in-tegrais concedidas para os cursos de mestrado e doutorado perten-centes ao Erasmus são ampla-mente conhecidas, no entanto, o programa também oferece opor-tunidades para professores, insti-

tuições de educação superior em áreas de graduação e pesquisa.

Representantes da ONU - A UEG sediou, no dia 26 de março, a con-sulta nacional que a Organização das Nações Unidas, por meio do Sistema Nações Unidas no Brasil, está coordenando para dar se-guimento às ações propostas aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs). As discussões que acontecem em todos os esta-dos brasileiros dão seguimento à construção de uma agenda de de-senvolvimento pós 2015, quando se encerra o prazo para que 189 países cumpram os objetivos tra-çados, e também às discussões de-senvolvidas por ocasião da Con-ferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20.

Spider Web - As professoras Carla Conti de Freitas, assessora execu-tiva da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PrP), e Yara Fon-seca Oliveira e Silva, da Unidade Universitária da UEG de Apare-cida de Goiânia, representaram a UEG entre os dias 4 e 15 de março na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), durante a rea-lização de curso na Escola de Al-tos Estudos Spider Web. O evento foi promovido pelo Instituto de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas Estratégicas e Desenvol-vimento, com apoio da CAPES.

Fatos marcantes

Uma ideia na cabeça não vale nada se ela não puder ser planejada e execu-tada com verdadeiras chances de su-cesso. É com esse espírito que a UEG, por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis (PrE), criou, em junho de 2011, o Programa de Incubadoras - PROIN.UEG.“Atuando como indutor do empreen-dedorismo e como um habitat de ino-vação, a UEG avança em seu progra-ma de institucionalização da extensão universitária promovendo a interação entre os núcleos, as pesquisas e as ações empreendedoras”, esclarece a pró-reitora Danúsia Arantes.O PROIN.UEG incentiva a criação e o

Extensão capacita jovens empreendedores

Incubadorasde maturação. De acordo com Bruno Alencar, um projeto pode passar por três fases: a Pré-Incubação, quando a UEG oferece apoio a projetos de ino-vação em fase de ideia; a Incubação Residente em que a empresa se instala na sede do programa em Anápolis e compartilha a área física da Univer-sidade; a Incubação Não-Residente, onde a empresa recebe apoio mas não fica na sede do programa e o Pós-

-Incubação, modalidade em que as em-presas que passaram pela fase de incu-bação podem manter o vínculo com o programa, continuando a receber todo o apoio necessário. No último dia 25 de março as equipes da PrE e do PROIN.UEG receberam, em solenidade no Pa-lácio Pedro Ludovico, em Goiânia, um cartão no valor de 50 mil, fruto do edi-tal da FAPEG para o fomento das ativi-dades da incubadora da UEG.

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