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Moda inclusiva Discutindo melhorias para os servidores Eleições da UTFPR 1993: UTFPR chega a Pato Branco Alunas de Apucarana criam roupas para portadores de paralisia cerebral Comissões sobre jornada de 30 horas, política de capacitação e progressão de carreira do magistério estão em andamento na Universidade Tecnológica ESPECIAL, Página 09 GRANDE IDEIA, Página 08 UTFPR EM PAUTA, Página 03 UTFPR EM PAUTA, Página 03 FIO DA HISTÓRIA, Página 14 No dia 29 de março, comunidade escolherá nomes para reitor e vice- reitor da instituição Há quase 19 anos o então Cefet-PR instalava uma unidade no Sudoeste do Paraná Estudo garantido Ações de assistência estudantil contribuem para a permanência do aluno da UTFPR na instituição Alunas em laboratório no Câmpus Francisco Beltrão Júlio Gabardo Ascom PB Ascom AP

Jornal UTFPR Notícias 2012

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Colaboração no Jornal UTFPR Notícias 2012. Responsável pela Matéria de capa para seção "Uma grande Ideia": Moda inclusiva: Alunas de Apucarana criam roupas para portadores de paralisia. Responsável pelo texto da seção Espaço Cultural em conjunto com a colega Talitha Máximo. Auxílio fotográfico na cobertura de eventos da UTFPR publicados no jornal.

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Page 1: Jornal UTFPR Notícias 2012

Moda inclusiva

Discutindo melhorias para os servidores

Eleições da UTFPR

1993: UTFPR chega a Pato Branco

Alunas de Apucarana criam roupas para portadores de paralisia cerebral

Comissões sobre jornada de 30 horas, política de capacitação e progressão de carreira do magistério estão em andamento na Universidade Tecnológica

ESPECIAL, Página 09

GRANDE IDEIA, Página 08

UTFPR EM PAUTA, Página 03

UTFPR EM PAUTA, Página 03

FIO DA HISTÓRIA, Página 14

No dia 29 de março, comunidade escolherá nomes para reitor e vice-reitor da instituição

Há quase 19 anos o então Cefet-PR instalava uma unidade no Sudoeste do Paraná

Estudo garantidoAções de assistência estudantil contribuem para a permanência do aluno da UTFPR na instituição

Alunas em laboratório no Câmpus Francisco Beltrão

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UTFPR Notícias - Edição 322

ESPAÇO GERAL

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPRwww.utfpr.edu.brReitor: Carlos Eduardo Cantarelli Vice-Reitor: Paulo Osmar Dias BarbosaCampus ApucaranaAloysio Gomes de Souza Filho - (43) 3425-6460 Campus Campo MourãoNarci Nogueira da Silva - (44) 3523-4156Campus Cornélio ProcópioDevanil Antonio Francisco - (43) 3520-4000Campus CuritibaMarcos Flávio de O. Schiefler Filho - (41) 3310-4545 Campus Dois Vizinhos Sérgio Miguel Mazaro - (46) 3536-3663Campus Francisco BeltrãoPaulo Apelles Camboim de Oliveira - (46) 3523-7111Campus GuarapuavaJoão Paulo Aires - (42) 3626-2300Campus LondrinaMarcos Massaki Imamura - (43) 3029-3226Campus MedianeiraAntonio Luiz Baú - (45) 3240-8000 Campus Pato BrancoTangriani Simioni Assmann - (46) 3220-2511Campus Ponta GrossaLuiz Alberto Pilatti - (42) 3220-4800Campus ToledoCarlos Roberto Juchen - (45) 3252-0954

Edição e redação: Diretoria de Gestão da Comunicação da UTFPR - Coordenação e revisão: Noemi H. Brandão de Perdigão e Paulo Juarez Rueda Strogenski - Jornalistas responsáveis: Francielly Capristo (MT - 4954) e Tássia Arouche (MT - 6619) - Assessores de Comunicação: Patrícia Mara Gomes (Apucarana), Elenice Koziel (Campo Mourão), Thaís Helena de Lima Simão (Cornélio Procópio), Silvino Iagher (Curitiba), Veridiana Lúcia Stachowski (Dois Vizinhos), Rosângela Aparecida Marquezi e Anaís Andrea Neis de Oliveira (Francisco Beltrão), Adriana Aguillera (Londrina), Nelson dos Santos e Angela Rosina Alexius Matté (Medianeira), Neiva Regina Pizato (Pato Branco), Carmen Lúcia Weller (Ponta Grossa) e Fabiana Pansera (Toledo) - Projeto gráfico: Douglas Rodrigo da Luz - Editoração: Liana Takahara Tozetti, Stefany Trianoski Pereira e Tarliny da Silva - Supervisão gráfica: Vanessa Constance Ambrosio - Colaboração: Bárbara Zem, Jaqueline de Carvalho Motter, Marina Antunes Polak e Thalita Maximo - E-mail: [email protected] - Telefones: (41) 3310-4443 / 4444 - Fax: (41) 3310-4445 - Impressão: Gráfica Grafinorte S.A. - Tiragem: 4.200 exemplares.

Editorial

UTFPR em pauta ..............................................03

Uma Grande Ideia.......................................... 08

Especial - Assistência aos Estudantes ....................09

Agenda ...............................................................12

Espaço Cultural................................................13

Fio da História ................................................. 14

Você faz a História .......................................... 15

EXPEDIENTE

A primeira edição do UTFPR Notícias em 2012, publicada no início das aulas, traz uma matéria espe-cial com as ações da UTFPR para garantir a assistência estudantil. O Programa Bolsa-Permanência, por exemplo, está modificando a vida dos estudantes que precisam de recursos para se manter na instituição.

Além disso, o UTFPR em Pauta conta com informações que vão impactar diretamente nas atividades dos servidores da instituição como: discussão do regime de 30 horas semanais e política de capacitação, para os técnicos-administrativos; e progressão de carreira dos professores EBTT da classe DIV para DV.

No mês de março, as eleições para reitor e vice-reitor movimentarão a comunidade da Universidade Tecnológica. As informações sobre o processo dessa pesquisa também estão no UTFPR em Pauta.

Na página cultural, entra em cena o Câmpus Cornélio Procópio, com dicas culturais de servidores do Câmpus Campo Mourão. E, o Fio da História, conta como foi a implantação do terceiro câmpus da UTFPR, em Pato Branco.

2011 foi um ano promissor na história da UTFPR. Em novembro, a Universidade passou pela sua primeira avaliação institucional, tendo ob-tido conceito 4 (cujo máximo é cinco) no cômpu-to geral e conceito 5 em dois aspectos que muito nos orgulham: responsabilidade social e forma de gestão, ambos comprovando nosso compromisso com a sociedade e com a responsabilidade que te-mos na administração dessa instituição pública.

2012 também será marcante para a UTFPR, pois estaremos concluindo o maior projeto insti-tucional que empreendemos nestes últimos anos - o REUNI, cujos resultados mudaram o perfil dos nossos 12 câmpus. Além disso, destacamos a última edição do SiSU, em janeiro/2012, em que a UTFPR foi procurada por mais de 100 mil can-didatos, marca histórica que referencia a credibili-dade da Instituição e aumenta a responsabilidade de todos com a tradição e a excelência de ensino.

Ainda, este, é um ano importante em termos políticos. No âmbito nacional, elegeremos os prefeitos e vereadores de mais de 5.500 municí-pios brasileiros. Na UTFPR, também escolhere-mos novos Reitor e Vice-Reitor, além dos Dire-tores-Gerais dos nossos câmpus. Trata-se de um momento muito importante para a Instituição, uma vez que a gestão de um órgão público deve ser marcada pelo respeito às demandas e neces-sidades das diferentes comunidades atendidas, e pelo compromisso com uma administração foca-da em resultados que possibilitem à Instituição o enfrentamento dos desafios contemporâneos, transformando-os em oportunidades de cresci-mento e melhoria.

Desejo as boas vindas a todos neste retorno às atividades após o necessário e merecido período de férias e almejo que tenhamos um ano pleno de bons momentos pessoais e profissionais.

ÍNDICE

Palavra do Reitor

Carlos Eduardo CantarelliReitor da UTFPR

Na entrevista publicada na seção Fio da História, da edição nº 31 do UTFPR Notícias de dezembro de 2011, foi colocada a palavra “despesas” no lugar de “defesas”, na página 19, como resposta à pergunta feita ao profes-sor Alessando Goedtel, do Câmpus Cornélio Procópio. Na questão: “Quais foram os primeiros resultados do programa até o momento?”, a resposta correta seria: “Os pesquisadores de mestrado da primeira turma estão em fase de elaboração das dissertações, e as defesas devem ocorrer em fevereiro”.

Errata

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UTFPR Notícias - Edição 32 3

UTFPR EM PAUTA

Comissões avaliam jornada de 30 horas e política de capacitação

UTFPR retoma discussões para progressão de carreira dos professores EBTT

Comunidade escolherá reitor e vice-reitor em marçoDuas comissões foram instaladas para analisar ques-

tões referentes aos servidores técnico-administrativos. Uma delas tem a finalidade de elaborar um estudo de viabilidade de implantação do regime de 30 horas sema-nais para os servidores técnico-administrativos que aten-dam às disposições legais do Decreto nº 4.836/2003. A comissão foi instalada através da Portaria nº 1525, de 20 de dezembro de 2011.

Essa comissão é formada por representantes da ad-ministração da UTFPR, da Comissão Interna de Super-visão (CIS), do Núcleo de Acompanhamento Psicope-dagógico e Apoio ao Estudante e da seção sindical dos técnicos-administrativos. Além da comissão principal, cada câmpus terá uma comissão local para servir de elo entre a comunidade e a comissão central, apresentando propostas, acolhendo críticas e sugestões a respeito das duas pautas.

Outra comissão, criada pela Portaria nº 1296, de 25

de outubro de 2011, foi designada para apresentar uma proposta de política de capacitação para técnicos-admi-nistrativos da Universidade Tecnológica. A proposta observará as especificidades da carreira, inclusive reven-do o plano de desenvolvimento de que trata o Art. 24 da Lei 11.091/2005, que gerou o Programa de Capacitação e Desenvolvimento, aprovado pela Portaria/UTFPR nº 367, de 12 de abril de 2007.

A política de capacitação e a jornada de 30 horas são reivindicações apresentadas na pauta local dos servido-res técnico-administrativos, encaminhada ao reitor Car-los Eduardo Cantarelli, por meio do Ofício 77/2011, de 21 de junho do ano passado.

Todas as informações sobre o andamento dos traba-lhos das comissões, como portarias, atas, documentos, sugestões, entre outros, estarão disponíveis no portal da UTFPR, em Comissões.

No dia 29 de março, das 9h às 21h30, em todos os 12 câmpus da UTFPR, a comuni-dade poderá escolher o nome do reitor e vice-reitor da Instituição. O Regu-lamento da pesquisa que será feita junto à comunidade foi publicado no mês de de-zembro do ano passado.

A coordena-ção do pro-cesso da pesquisa fi-cará a cargo da Comissão Coordenado-ra de Pesquisa (CCP), designada pela Portaria nº 1307 de 03 de no-vembro deste ano.

Poderão votar os professores dos magistérios do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico e do Ensino Superior, técnicos-administrativos de todos os câmpus que pertençam ao Quadro Permanente de Pessoal da Instituição e estejam em efetivo exercício no dia da rea-lização da pesquisa, além dos alunos regularmente ma-triculados em cursos presenciais, excluídos os dos cur-sos de pós-graduação lato sensu, dos cursos de extensão e do Programa de Formação de Professores.

A Comissão publicará, até o dia 05 de março, a lista nominal dos docentes que poderão concorrer à pesqui-sa na condição de candidato. Os que forem concorrer deverão formular o pedido de registro de chapa no dia 08 de março de 2012, das 9h às 12h e das 14h às 17h.

Somente poderão concorrer à pesquisa, na qualida-de de candidato, os professores que: sejam integrantes da carreira do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, ocupantes de cargos de professor Espe-cial ou professor da Classe E, nível 4, e os integrantes da carreira de Magistério do Ensino Superior, ocupan-tes dos cargos de professor Titular ou de professor Associado 4; forem detentores do título de Doutor, independentemente do nível ou da classe do cargo ocu-pado; pertencerem ao Quadro Permanente de Pessoal da UTFPR, seja qual for o câmpus em que estiverem lotados; tiverem concluído e sido aprovados no estágio probatório; estiverem em efetivo exercício durante o período em que se realizar o processo de pesquisa.

Para a pesquisa, a comunidade constituirá um cole-giado composto pela respectiva ponderação percentual: segmento dos servidores, com peso de 80% na aferição final dos resultados; segmento dos alunos, ao qual cor-responderá ao peso de 20% na aferição final.

No início dos trabalhos de 2012, foi criada uma comissão na UTFPR para retomar as negociações da regulamen-tação da progressão funcional dos professores da carreira do magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) da classe DIV para a classe DV.

Em dezembro de 2009, o Conselho Universitário (Couni) aprovou o Regulamento que previa a evolução na carreira até a classe DIV. A UTFPR não estendeu, naquele momento, a regulamentação até a classe DV, em função de Ofício do Ministério da Educação (MEC) que proibiu expressamente tal regulamentação por parte dos órgãos (Ofício-Circular nº 26-SAA/SE/MEC, de 4 de dezembro de 2009).

Decorrido este prazo sem regulamentação e sem previsão de resposta, a Reitoria decidiu rever sua própria regu-lamentação em face das contradições das normas entre MEC e Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Após as avaliações da comissão, a proposta será encaminhada para apreciação do Couni.

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Primeira reunião da comissão que discutirá a implantação da política de capacitação para os técnicos-administrativos contou com a abertura do reitor Cantarelli

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UTFPR Notícias - Edição 324

UTFPR EM PAUTA

Candidatas aprovadas entregam documentos durante primeira etapa da matrícula no Câmpus Curitiba - Sede da Reitoria

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Confirmação de matrícula dos aprovados pelo Sisu vai até o dia 08

O período de confirmação de matrículas para todos os alunos selecionados pelo Sistema de Seleção Unifi-cada (Sisu) para a UTFPR será realizado entre os dias 05 e 08 de março. Na primeira etapa, encerrada no dia 1º de março, o candidato classificado teve que entregar a documentação exigida em edital do Departamento de Registros Acadêmicos do câmpus que oferece o curso para o qual foi aprovado.

Nesta nova etapa, todos que entregaram a docu-mentação devem participar. Caso contrário o candida-to perderá a vaga na Instituição.

Com a finalização da sexta chamada do processo, 96% das vagas foram preenchidas. Após o fechamento da edição deste jornal, ainda foi realizada uma chamada. Caso sobrem vagas após o período de confirmação de matrículas, no dia 08, haverá uma convocação nominal para uma reunião no dia 09 de março, em que novos candidatos poderão ser chamados para se matricular.

SisuO Sisu é a forma de seleção de alunos para os cur-

sos de graduação da UTFPR. O Sistema utiliza a nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e é coordenado pelo Ministério da Educação (MEC). A Universidade Tecnológica participa do processo desde a sua primeira edição, realizada em 2010.

Para o primeiro semestre de 2012, a UTFPR ofer-tou 3.530 vagas em 89 cursos dos 12 câmpus. Ao todo, foram registradas 100.310 inscrições de 76.983 candi-datos. Os números são diferentes, pois cada candidato pode optar por até dois cursos. Em relação à edição do Sisu de 2011, quando foram registradas 60.687 inscri-ções na Universidade Tecnológica, houve um aumento de 65,3%.

Nesta edição, os cursos mais concorridos da UTF-PR foram Arquitetura e Urbanismo, Administração e Engenharia Civil, todos do Câmpus Curitiba - Sede da Reitoria. O curso mais concorrido, Arquitetura e Urba-nismo, registrou 4.589 inscrições e 104,3 inscrições por vaga. Em seguida, Administração teve 4.012 inscrições e 91,2 inscrições por vaga. Engenharia Civil registrou 3.175 inscrições e 72,1 inscrições por vaga.

Após as matrículas da primeira chamada, realizadas em janeiro, cerca de 40% das vagas ofertadas foram preenchidas. Os cursos que apresentaram maior taxa de ocupação, na ocasião, foram Engenharia Mecânica (70%), do Câmpus Curitiba - Sede da Reitoria, Tecno-logia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (69%), do Câmpus Pato Branco, Sistemas de Informação (68%) e Tecnologia em Comunicação Institucional (67%), do Câmpus Curitiba - Sede da Reitoria, e Engenharia Mecâ-nica (66%), do Câmpus Cornélio Procópio.

Novos câmpus da UTFPR aniversariam em fevereiro e março

Os câmpus Toledo, Londrina e Francisco Bel-trão fizeram aniversário nos dias 05 e 26 de feve-reiro e 03 de março, respectivamente. Toledo e Londrina completaram cinco anos de funciona-mento e Francisco Beltrão, quatro anos.

A data foi comemorada em Londrina no dia 24 de fevereiro, com descerramento de mural co-memorativo. Além disso, houve solenidade com a presença do reitor Carlos Eduardo Cantarelli, do diretor-geral Marcos Imamura, do secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Santos Leal Neto e do deputado federal Alex Canziani. Durante a cerimônia, foi anunciada a compra de um novo terreno e entregue simboli-camente uma Van ao câmpus. Em seguida, houve um almoço de confraternização e no mesmo dia, foram empossados quatro novos servidores.

Em Francisco Beltrão, a comemoração acon-teceu no dia 02 de março, durante o encerramen-to do período de planejamento do câmpus. Já em Toledo não houve atividades festivas por conta do período de férias da Instituição.

Implantado em 2007, o Câmpus Toledo oferta atualmente os cursos de Engenharia Eletrônica, Engenharia Civil, Licenciatura em Matemática e Tecnologia em Processos Químicos. Também com início em 2007, o Câmpus Londrina oferece os cursos de Engenharia Ambiental, Engenha-ria de Materiais, Licenciatura em Química, Tec-nologia em Alimentos e mestrado em Tecnolo-gia de Alimentos, em conjunto com o Câmpus Francisco Beltrão. Além do mestrado, o câmpus implantado em 2008 oferta Engenharia Ambien-tal, Licenciatura em Informática e Tecnologia em Alimentos.

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Manoel José Álvares, representante dos proprietários do terreno que será comprado pela UTFPR, e Cantarelli assinam Termo de Aceite da Proposta de Compra de Imóvel, em Londrina

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UTFPR Notícias - Edição 32 5

UTFPR EM PAUTA

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, esteve no Câmpus Medianeira no dia 13 de dezembro para participar da solenidade de lançamento dos proje-tos de Inclusão Digital para a Juventude Rural no Pa-raná. No mesmo dia, houve também a assinatura, pelo reitor Carlos Eduardo Cantarelli, das escrituras públicas de três terrenos adquiridos pelo câmpus.

Além do ministro, estiveram presentes compondo a mesa de honra do lançamento a secretária de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações, Lygia Lumina Pupatto, o reitor Cantarelli da UTFPR, o diretor-geral do Câmpus Medianeira, Antonio Luiz Baú, o reitor do Instituto Federal do Paraná, Irineu Mário Colombo, o diretor do Câmpus Palotina da UFPR, Vinícius Cunha Barcellos, representando o reitor da UFPR, o prefeito de Medianeira, Elias Carrer, e o presidente da Associa-ção dos Agricultores Familiares e Ecológicos de Media-neira, José Bússolo.

Os projetos de Inclusão Digital para a Juventude Rural no Paraná fazem parte da chamada pública rea-lizada, no mês de outubro, pela Secretaria de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações (SID/MC) e pela Secretaria Nacional de Juventude da Secreta-ria Geral da Presidência da República (SNJ/SGPR). Em todo o país, foram aprovados 63 projetos de 48 instituições federais de ensino de 21 estados e do DF, contemplando um público de mais de 35 mil pessoas, em 180 municípios. Eles atendem jovens da agricultu-ra familiar, de assentamentos rurais, ou em comunida-des tradicionais como os quilombolas, fundo de pasto, ribeirinhos e indígenas.

Da UTFPR foram aprovados dois projetos: “In-formatização e capacitação para agricultura familiar”, coordenado pelo professor Cidmar Ortiz dos Santos, do Câmpus Medianeira, e “Inclusão digital como meio para a cidadania e a capacitação de jovens para o mer-cado de trabalho”, coordenado pela professora Beatriz Terezinha Borsoi, do Câmpus Pato Branco.

Da UFPR foi aprovado o projeto “Tecnologias de Informação e Comunicação: formação docente no Vale do Ribeira” e do IFPR foi escolhido o projeto “Inclu-são digital e qualificação da formação profissional para produção e comercialização de produtos ecológicos nos assentamentos no Paraná”.

Os projetos contemplam, em todo o país, três linhas temáticas: Educação do Campo (capacitação de profes-sores das Escolas Públicas localizadas em áreas rurais, no uso das Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC), Gestão e Comercialização da Produção na Agri-cultura Familiar (apoio à profissionalização nas cadeias produtivas da agricultura familiar através das TIC para melhoria de gestão e comercialização) e Comunicação Digital nas áreas rurais (formação de jovens do campo na área de comunicação digital para que atuem como produtores e multiplicadores de informações e repre-sentações locais).

O custo mínimo dos projetos é de R$ 100 mil, até, no máximo, R$ 200 mil. A duração dos projetos deverá ser de 16 meses, a partir do recebimento dos recursos que serão repassados ainda em 2011. Os recursos, to-talizados em R$ 10 milhões e oriundos da Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria da Inclusão Digital

(SID/MC) e da Secretaria Nacional de Juventude da Secretaria Geral (SNJ/SGPR), deverão ser utilizados em capital (16%), bolsa para estudante de Iniciação ao Extensionismo do CNPq, de R$ 360,00 (40%), Servi-ços de Terceiros - Pessoa Física (10%) e Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica (até 10%).

Novos terrenosOs novos terrenos adquiridos no final de 2011

pelo Câmpus Medianeira irão integrar a segunda sede da UTFPR no município. Os terrenos são os lotes 2B, com área de 850,52 m²; 2C1, com área de 1.254,91 m²; e 2D, com área de 630,01 m². Os três imóveis têm um total de 2.735,44 m² e frente para a Avenida Brasil, em que está instalada a primeira sede do Câmpus Medianei-ra. O valor pago pelos terrenos foi de R$ 1,436 milhão.

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Ministro Paulo Bernardo, diretor-geral Antonio Luiz Baú e reitor Carlos Eduardo Cantarelli durante solenidade em Medianeira

Capes aprova 22º programa de pós-graduação da UTFPRA Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior (Capes/MEC) aprovou no mês de de-zembro a abertura do 22º programa de pós-graduação da UTFPR, que ofertará o mestrado acadêmico em Engenharia Ambiental nos câmpus Apucarana e Lon-drina. Trata-se do primeiro programa de pós-gradua-ção em Engenharia Ambiental da região do Vale do Ivaí. Além disso, é um dos dois únicos programas de pós-graduação desta área no estado do Paraná.

O programa tem área de concentração em Enge-nharia Ambiental e duas linhas de pesquisa. A linha Saneamento Ambiental tem por objetivo o monito-ramento físico, químico e biológico dos ambientes aquáticos; propor mecanismos de recuperação e con-servação de ecossistemas aquáticos; identificar a di-versidade genética de microorganismos em sistemas de tratamento; avaliar indicadores de contaminação ambiental; e promover o desenvolvimento e otimiza-

ção de processos para o tratamento e reuso de águas residuárias geradas em atividades domésticas e indus-triais.

Já a linha Poluição do Ar e Processos Atmosféri-cos pretende investigar os processos atmosféricos e impactos das atividades humanas na atmosfera; estu-dar os fundamentos teóricos; realizar e analisar medi-das in situ e por sensoriamento remoto de parâmetros físico-químicos do sistema terrestre (litosfera, hidros-fera, biosfera e atmosfera); e aplicar ferramentas de modelagem atmosférica.

Voltado preferencialmente para graduados em Engenharia Ambiental e áreas afins (Engenharia Sa-nitária, Engenharia Química, Engenharia Agrícola, Química, Física, Biologia, Tecnologia em Processos Químicos, Engenharia Têxtil, Meteorologia, Mate-mática), o programa busca formar profissionais de excelência que possam promover o avanço do conhe-

cimento científico e tecnológico na área, capacitados para o exercício de atividades de pesquisa, ensino e desenvolvimento de práticas atualizadas na solução de problemas ambientais. A ênfase é na gestão eficiente dos recursos naturais associados à ações de controle ambiental.

A coordenação do curso analisa a possibilidade de abertura do primeiro edital de seleção ainda este ano, com previsão para abril ou julho. Serão ofertadas 12 vagas a cada seleção anual.

O curso conta com uma equipe de 11 professores altamente qualificados e dispõe de nove laboratórios, nos dois câmpus. A coordenação é do professor Jorge Alberto Martins, doutor em Meteorologia pela USP. Em breve será finalizada, em Apucarana, a constru-ção de um bloco que abrigará o programa, com mais laboratórios específicos para o curso, salas de aulas e gabinetes para professores.

Câmpus Medianeira recebe ministro das Comunicações e adquire três terrenos

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UTFPR Notícias - Edição 326

UTFPR EM PAUTA

Estudantes de Moçambique e Angola realizam atividades de iniciação científica na UTFPR

Nove estudantes angolanos e uma estudante mo-çambicana estão desde o início de janeiro no Brasil para desenvolver atividades de iniciação científica na UTFPR. Os intercambistas chegaram nos dias 11 e 12 de janeiro e ficam até o dia 12 de março. Durante este período, eles participam do Programa de Incen-tivo à Formação Científica de Estudantes Angolanos e Moçambicanos, da Propriedade Intelectual como fator de Inteligência e Programa de Formação Conti-nuada para Professores (Pific-Profor), mantido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ní-vel Superior (Capes).

Dois alunos estão desenvolvendo atividades de iniciação científica no Câmpus Apucarana, um no Câmpus Francisco Beltrão, seis em Pato Branco e um em Curitiba. Os intercambistas são orientados por professores da UTFPR e recebem uma bolsa--auxílio da Capes.

Esta é a terceira vez que a UTFPR recebe inter-cambistas pelo Pific-Profor. No segundo semestre de 2010, estiveram na Universidade oito alunos de Moçambique. Já no segundo semestre de 2011, qua-tro estudantes de Cabo Verde desenvolveram proje-tos de iniciação científica na Instituição.

IntercambistasO angolano Elmer de Jesus Passageiro Concei-

ção, estudante da Faculdade de Ciências da Universi-dade Agostinho Neto, em Luanda, chegou ao Câm-pus Apucarana no dia 13 de janeiro. Ele desenvolve o

trabalho “Biologia e ecologia de anfíbios”, vinculado ao projeto “Conservação e Diversidade de Anfíbios no Sudoeste do Paraná”, sob orientação do profes-sor Rodrigo Lingnau.

Como parte de suas atividades, Elmer está colabo-rando na organização da coleção científica de anfíbios do Laboratório de Biologia e da coleção de material bibliográfico. O intercambista também já par-ticipou de saída a campo em Francisco Beltrão, como por exemplo, a do projeto recém-aprova-do no Edital Universal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) “Anfíbios ameaçados de extinção em riachos: qual o seu real estado de conservação e as ameaças a que estão submetidos?”.

Foram vistas, também, viagens de campo para outras regiões, no Sudoeste do Paraná, em busca de novos inventários da fauna de an-fíbios ainda não conhecida na região.

Indagado sobre a importância do inter-câmbio, Elmer afirma estar absorvendo mui-tos conhecimentos que serão benéficos para seu futuro acadêmico e profissional. “Partici-par deste projeto me deu a oportunidade de conhecer novas realidades, mesmo no sentido acadêmico. Aprendo muito com o professor Lingnau, pois, em Luanda, realizo trabalhos com plantas, e aqui no Brasil estamos desen-volvendo pesquisas com anfíbios, algo total-mente novo para mim”, conta.

Outros trabalhosAlém da experiência de Elmer em Apucarana,

está sendo desenvolvido, em Curitiba, o trabalho “Elevação de escolaridade para trabalhadores jovens e adultos (Educação Profissional e EJA)” pela aluna angolana Constância Martizia Quitério, que é orien-tada pelo professor Domingos Leite Lima Filho.

Também de Angola, os alunos Ana da Conceição, António Baltazar e Felizardo Pedro Menezes estão desenvolvendo em Pato Branco o trabalho “Educa-ção do Campo”, sob orientação da professora Maria de Lourdes Bernartt. Outros dois alunos angolanos – Celestino Aires José Lanzi e André António Fal-so Ginga – e uma estudante moçambicana – Marla Mayara dos Santos Pico – desenvolvem no câmpus o trabalho “Construção Sustentável”, orientados pela professora Elizangela Marcelo Siliprandi. A angola-na Laura Noémia Domingos também está em Pato Branco realizando a pesquisa “Controle de poluição ocasionada por tráfego de veículos motorizados”, com orientação de Santos Richard Wieller Sanguino Bejarano.

No Câmpus Apucarana, os alunos angolanos Ana Simão Domingos e Messias de Freitas Manual estão desenvolvendo o trabalho “Caracterização eletro-op-tica de cristais líquidos em diferentes condições de confinamento”, sob orientação do professor Manoel Messias Alvino de Jesus.

Recepção aos intercambiários 2012 de Angola (AO) e Moçambique (MZ): Felizardo Pedro Menezes (AO); Laura Noémia de O. Domingues (AO); Ana da Conceição António Baltazar (AO); Tangriani Simioni Assmann, Diretora-Geral do Câmpus Pato Branco; Marla Mayara dos Santos Pico (MZ), André António Falso Ginga (AO); Celestino Aires José Lanzi (AO); Ekuikui Vanilson dos Anjos Rosa (AO) e César Agusto dos Santos, Chefe do DERINT.

O angolano Elmer Conceição é orientado pelo professor Rodrigo Lingnau de Apucarana

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UTFPR Notícias - Edição 32 7

UTFPR EM PAUTA

Fevereiro foi o mês do planejamento da Universidade

Durante o mês de fevereiro e até o dia 03 de março, os 12 câmpus realizaram atividades de planejamento e capacitação para o primeiro semestre de 2012. Foram palestras, cursos, treinamentos, oficinas e atividades de integração com os professores e técnicos-adminis-trativos da UTFPR. O período de planejamento tradi-cionalmente antecede o começo dos semestres letivos. A abertura foi realizada pelo reitor Carlos Eduardo Cantarelli, no auditório do Câmpus Curitiba - Sede da Reitoria, com transmissão via videoconferência para os demais câmpus.

As atividades foram iniciadas com uma reunião de trabalho da Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional (Prograd) envolvendo coordenadores de curso, chefes de departamento, equipes de ensino e servidores da Prograd e das diretorias de Graduação e Educação Profissional (Dirgrad) de todos os câmpus.

Na ocasião, o reitor falou sobre as perspectivas da UTFPR para 2012, entre elas a finalização do projeto

Reitor Cantarelli realiza abertura do planejamento da equipe gestora da UTFPR

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Servidores de Pato Branco (esq.) e gestores de Recursos Humanos (dir.)participam de atividades de planejamento

Servidora Tatiane Sert é empossada pelo reitor da UTFPR e pelo diretor-geral do Câmpus Londrina

Dezoito novos servidores tomaram posse nos câmpus Londrina e Curitiba em fevereiro. Em Londrina, dois professores e dois técnicos--administrativos foram empossados no dia 24. No Câmpus Curitiba, a posse de 14 novos professo-res aconteceu no dia 27.

O reitor Carlos Eduardo Cantarelli esteve pre-sente nas duas solenidades. Em Londrina, a ceri-mônia foi realizada às 10h no miniauditório do câmpus e contou com a presença do diretor-geral Marcos Massaki Imamura. Em Curitiba, a posse aconteceu às 14h na sala de reuniões da Reitoria, com a participação do diretor-geral Marcos Flávio de Oliveira Schiefler Filho.

Novos servidores tomam posse em Londrina e Curitiba

do Reuni, a participação em uma segunda edição do mesmo programa e no Ciência sem Fronteiras, as nego-ciações das carreiras do magistério superior, do ensino básico, técnico e tecnológico e de técnicos-administra-tivos junto ao governo federal e sobre a conclusão da legislação complementar ao Estatuto da UTFPR.

“Este é um espaço para planejamento do semes-tre, para rever os colegas e fazer nossos planejamentos pessoais para que possamos ter mais um ano de tran-quilidade. A criação do Departamento de Educação possibilitou que esse trabalho ficasse mais qualificado, dando melhores resultados, que sentimos em nosso dia-a-dia. Precisamos valorizar este momento”, afir-mou em seu pronunciamento.

Ainda no mês de fevereiro, a equipe gestora da Universidade Tecnológica também se reuniu para ela-borar o planejamento de ações de todos os setores ligados à Reitoria, às pró-reitorias, às diretorias de ges-tão e às diretorias-gerais dos câmpus.

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DConfira os nomes dos novos servidores da UTFPR

Londrina:Tatiane Souza Sert, João Merlo Filho, Alessandra Furtado da Silva e Maurício Moreira dos Santos.

Curitiba:Alice Atsuko Matsuda, Antônio Barbosa Lemes Júnior, Francis Kanashiro Meneghetti, Giceli Portela Cunico de Oliveira, Gilmar Francisco Afonso, Jacqueline Andreucci Lindstron, Marco Aurélio Kalinke, Noemi Sutil, Oseias Santos de Oliveira, Juliane de Bassi Padilha, Roberta Ca-rolina Pelissari Rizzo Domingues, Ronaldo Luis dos Santos Izzo, Silvana Ayub Polchlopek e Si-mone Aparecida Polli.

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UTFPR Notícias - Edição 328

Com programas que buscam garantir a permanência do estudante na Universidade Tecnológica, a instituição aposta em uma formação acadêmica completa aos seus alunos

ESPECIAL: Assistência aos Estudantes

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UTFPR Notícias - Edição 32 9

ESPECIAL: Assistência aos Estudantes

Retribuição

Um exemplo de como a bolsa mudou a realidade de muitos estudantes é o do aluno de Engenharia da Produção Civil do Câmpus Curitiba - Sede da Reitoria, Alex Barbosa Campos Silva. Desde o início da implantação do Bolsa-Permanência, Alex Bar-bosa participa do processo e, em um email enviado ao Nuape, agradeceu pelo apoio que a instituição lhe deu. Em troca, Alex afirmou que se sente na obrigação de retribuir com um bom de-sempenho acadêmico. “A assistência com alimento e bolsa que vocês (Nuape) ofertam para estudantes de baixa renda é como um incentivo ao estudante para ele ir bem na faculdade. Nos sen-timos com um compromisso assumido e também temos a parte mais básica que precisa ser suprida para estudar”, cita no email.

Segundo a chefe da Divisão de Assistên-cia Estudantil da UTFPR, Enilde Aparecida Bernardi Martins, a Universidade Tecnológi-ca optou por fazer a seleção a cada semestre, justamente para acompanhar o desempenho do aluno que passa a usufruir do benefício da bolsa. “Caso o aluno tenha algum problema com notas ou frequência ele é chamado para acompanharmos e descobrir o que está acon-tecendo”, explica. “E esse é o diferencial do programa na UTFPR. Em algumas institui-ções, as seleções são feitas de dois em dois anos, o que dificulta o acompanhamento do estudante dentro da instituição”, finaliza.

Ao lembrar-se de como o programa mu-dou a vida de alguns acadêmicos que acom-panhou, Enilde conta a história de uma aluna que, após ser selecionada ao programa, foi até a sala do Nuape para conversar. “Ela che-gou com um livro e me disse: eu vim aqui mostrar o primeiro livro que eu consegui comprar durante toda a minha vida. E foi possível graças ao auxílio da bolsa. Ela ainda me disse que iria pedir ao marido para mon-tar uma estante para ela começar a guardar os livros que passaria a adquirir durante o seu curso e sempre iria deixar ali o ‘primeiro li-vro’ como lembrança”, completa.

Não vou desistir! Essa é a frase que a Ins-tituição mais tem ouvido dos estudantes que passam por dificuldades, mas que

querem continuar com os estudos, garantindo me-lhores oportunidades financeiras, além de realiza-ção de sonhos. A Universidade Tecnológica vem investindo em ações que garantam a permanência dos seus alunos na Instituição. Por isso, existe um Núcleo de Acompanhamento Psicopedagógico e Assistência Estudantil (Nuape) em cada câmpus. O Núcleo, que faz parte da Divisão de Assistência Estudantil, é o setor do Departamento de Edu-cação responsável pelos programas institucionais relacionados à assistência estudantil e ao apoio psi-copedagógico ao estudante. Um exemplo que vem trazendo resultados é a implantação do Programa Bolsa-Permanência. O Ministério da Educação (MEC), através do Pro-grama Nacional de Assistência Estudantil (PNA-ES), disponibilizou recursos para a implantação do programa na UTFPR e, desde 2008, o pro-grama vem atendendo os estudantes de todos os câmpus da Instituição. A evolução do programa acompanhou o processo de expansão da UTFPR e também a adesão da Universidade ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do MEC. Com o Sisu, os alunos passaram a ser selecionados através da nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a concorrência tornou-se nacional. Com essas ações, muitos estudantes, para continuarem estudando na Instituição, tinham a necessidade de

uma ajuda a mais. Em 2008, a Instituição dispo-nibilizou as primeiras 1.374 bolsas permanência para os estudantes. Hoje, o edital lançado para o primeiro semestre de 2012 oferta 2.294 bolsas para alunos nos 12 câmpus da Universidade.

Em 2012 Podem concorrer ao Programa, os es-tudantes regularmente matriculados em cursos presenciais da Instituição (técnicos, graduação ou pós-graduação stricto sensu), cuja renda familiar per capita não seja maior que um e meio salário mínimo nacional. A inscrição pode ser feita nos Nuapes dos câmpus de 05 a 16 de março. A clas-sificação dos candidatos será realizada de acordo com a renda familiar per capita. O resultado será disponibilizado pelos Nuapes até o dia 30 de mar-ço e as bolsas serão concedidas entre os meses de abril a agosto. Nos câmpus Campo Mourão, Cornélio Procópio, Curitiba, Dois Vizinhos, Medianeira, Pato Branco e Ponta Grossa os alunos poderão concorrer em duas modalidades de auxílio: auxí-lio-alimentação, concedido na forma de crédito para refeição no almoço e/ou jantar no Restau-rante Universitário (RU) do câmpus, totalizando R$ 150; e auxílio-básico, concedido na forma de recurso financeiro, no montante de R$ 200, a ser depositado em conta bancária. Nos demais câm-pus – que ainda não possuem RU, o valor total da bolsa, R$ 350, será depositado em conta.

Imagem do e-mail enviado pelo aluno Alex Barbosa ao Nuape do Câmpus Curitiba

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UTFPR Notícias - Edição 3210

Restaurante Universitário

Nos câm-pus Campo Mourão, Cor-nélio Procópio, Curitiba, Dois Vizinhos, Me-dianeira, Pato Branco e Ponta Grossa, a UTFPR oferece Restaurantes Universi-tários (RUs) para os estudantes. Nos demais câm-pus, os RUs estão em construção ou em processo de implantação.

No Câmpus Dois Vizinhos, a aluna de Zootecnia, Juliane Machado de Castro, também participa do pro-grama desde o segundo período do seu curso (agora está no oitavo), e explica como o benefício reflete em sua vida. “Durante a minha vida toda estudei em escola pública, exceto o sexto ano que estudei em escola par-ticular, como bolsista. Minha situação financeira nunca foi das melhores. Somos somente eu e minha mãe, e agora também minha filha de 02 anos. Eu não trabalho, porque o meu horário não permite - além disso, preciso de um tempo para minha filha. Minha mãe recebe auxí-lio doença do INSS de um salário mínimo. Como outras rendas, tenho a pensão alimentícia que recebo do meu pai e também do pai da minha filha. Nossa situação fi-nanceira é bem complicada, mas com o auxílio da Bolsa--Permanência eu posso continuar estudando, ainda que com dificuldades”, afirma.

A aluna de tecnologia em Comunicação Institucio-nal do Câmpus Curitiba - Sede da Reitoria, Josiane Oliveira, conta com orgulho que agora consegue até ajudar nas despesas da casa em que mora com os pais e a irmã. “Quando comecei a fazer parte do Bolsa--Permanência, em agosto de 2010, recebia apenas o auxílio alimentação para utilizar no Restaurante Uni-versitário (RU). Hoje, como a ajuda também vem para outros auxílios, consigo comprar livros, gastar com fotocópias e demais despesas de estudante. Não pude parar de trabalhar, e com o estágio fora da Instituição, consigo também ajudar nas despesas de casa. Chega uma etapa da vida em que temos que retribuir a eles. Não é mesmo?”, destaca.

Com a primeira edição do Sisu, em 2010, o aluno Yann Reis Dias Sulino, de Engenharia Elétrica do Câmpus Cornélio Procópio, veio de Minas Gerais para estudar na Instituição e morar em uma República. Como o curso é de período integral, ele tem de se dedi-car exclusivamente a ele. “A bolsa foi uma maravilha na minha vida. Consigo recursos para alimentação e mora-dia, além dos demais gastos como estudante. Só assim consigo continuar estudando”, finaliza.

Juliane de Castro recebe auxílio no câmpus Dois Vizinhos

A aluna Josiane, através da bolsa auxílio, consegue ajudar nas despesas da família

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Assistência aos Estudantes

Cada câmpus possui um Núcleo de Acompa-nhamento Psicopedagógico e Assistência Estu-dantil (Nuape). Entre as ações estão a de promo-ver acompanhamento psicopedagógico aos alunos, executar programas de assistência estudantil, pres-tar atendimento médico-odontológico emergen-cial, prestar atendimento a estudantes com neces-sidades educacionais específicas e gerenciar ações de educação inclusiva.

Saúde

A UTFPR ofere-ce serviço emergencial em atendimento médi-co, de enfermagem e odontológico, de acor-do com a disponibili-dade de servidores da área da saúde de cada câmpus.

Cota públicaOutra iniciativa da Instituição é a adesão à cota pública nos seus processos seletivos. Ou seja, 50% das

vagas são destinadas a alunos que concluíram todas as séries do ensino fundamental em escolas públicas, no caso dos cursos técnicos integrados de nível médio; e para todas as séries do ensino médio, no caso dos cursos de graduação.

Napne

Cada câmpus possui também um Núcleo de Apoio às Pesso-as com Necessi-dades Especiais (Napne), sob res-ponsabilidade dos Nuapes. O objeti-vo é implementar ações de inclusão de pessoas com necessidades específicas.

Yann mora em Cornélio Procópio com a ajuda da bolsa

ESPECIAL: Assistência aos Estudantes

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UTFPR Notícias - Edição 32 11

Alunas de Design de Moda criam roupas adaptadas para portadores de paralisia cerebral

UMA GRANDE IDEIA

As estudantes Andréia Jesuíno e Ângela Jesuíno, de Design de Moda do Câmpus Apucarana, mostraram que o design pode contribuir no desenvolvimento de produtos funcionais, aliando a tecnologia do vestuário com meio terapêutico. Em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), as irmãs desenvolveram vestimentas adaptadas especialmente para portadores de paralisia cerebral.

A ideia veio do convívio das irmãs Jesuíno com uma criança portadora da patologia, quando percebe-ram a dificuldade da mãe na hora de vestir o filho.

O projeto “Desenvolvimento de vestuário adaptá-vel para portadores de paralisia cerebral” se iniciou no segundo semestre de 2009, quando Andréia fez a dis-ciplina Estudos Inter II. Durante as aulas, os alunos, sob supervisão de um professor gestor, resolvem um problema de design de um produto de vestuário com vista à inovação.

No primeiro semestre de 2010, Andréia utilizou a mesma problemática para elaborar o Trabalho de Conclusão de Curso na disciplina de TCC I. Seu obje-tivo era desenvolver vestuário adaptável para portado-res de paralisia cerebral.

A partir desse momento, a professora Rosimeiri Naomi Nagamatsu iniciou a orientação do trabalho, transformando-o em um projeto de extensão no se-gundo semestre de 2010. “Percebemos que não se tratava somente da concepção de produtos para os portadores da patologia, mas também uma maneira de melhorar as condições de trabalho de seus cuida-dores”, conta a professora.

Com o projeto ampliado, Ângela apresentou na disciplina de TCC I a proposta de estudo do posto de trabalho dos cuidadores de portadores de paralisia cerebral. Apesar de o projeto ter duas problemáticas,

o objetivo era um só: desenvolver vestuário adaptável para os portadores e seus cuidadores.

As irmãs Jesuíno sempre trabalharam juntas, já que uma dependia do resultado da pesquisa da outra. Além das acadêmicas, colaboraram com o projeto uma fisio-terapeuta, mãe da criança que inspirou o projeto, e um alfaiate, amigo das alunas, que auxiliou na modelagem das peças. Elas também tiveram apoio da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de Ara-pongas.

Segundo as alunas, a ideia era fazer algo simples, confortável, com tecidos que facilitassem a transpi-ração, que fossem leves, facilmente encontrados no mercado e esteticamente atrativos. Ao todo foram de-senvolvidas dez peças para seis looks, levando a moda de primavera/verão 2012-2013 aos alunos da Apae, que desfilaram com os trajes no dia 22 de novembro a fim de apresentar o resultado do projeto.

Algumas adaptações foram planejadas de acordo com o estudo de movimento de cada participante: no total, cinco crianças e um adulto estudantes da Apae.

A orientadora explica que o estudo foi desenvol-vido por meio de observação in loco, entrevistas com familiares e profissionais envolvidos com os portado-res, avaliação do posto de trabalho do cuidador e role playing. “O role playing permitiu às alunas vivenciar e experimentar o impacto funcional do produto. Desse modo, as irmãs desenvolveram um protótipo em suas medidas com os dados levantados na pesquisa e utili-zaram no cotidiano para entenderem as necessidades

dos usuários e as dificuldades dos cuidadores no ato de vestir e despir”, explica a professora. A partir desse estudo foi criado um protótipo para uma das crianças para verificação dos objetivos propostos no estudo. A criança utilizou o protótipo durante seis meses.

De acordo com Naomi Nagamatsu, antes do tra-balho, já existiam algumas pesquisas desenvolvidas na área, mas não com um quadro tão severo de parali-sia motora, em que o portador depende totalmente do auxílio de um cuidador para desenvolver qualquer atividade. “No entanto, o produto pode servir a um universo maior de utilizadores, como portadores de paralisia em quadros menos severos”, observa.

O projeto deu certo e teve uma excelente aceita-ção. Segundo as irmãs, a reação dos familiares foi me-lhor do que esperavam. “As mães encheram os olhos d’água ao verem as crianças bonitas e bem vestidas. Foi um sonho realizado”, comemoram.

As irmãs Jesuíno estão empolgadas com o proje-to e pretendem levar adiante a iniciativa. Ângela con-ta que a ideia é abrir um ateliê online para vender as roupas por encomenda pela internet, pois o público é muito específico.

“O foco será a viabilização da produção em maior escala. Como a modelagem e acabamentos de costura são diferenciados, vamos estudar meios para diminuir o custo de produção”, detalha Nagamatsu.

A paralisia cerebral ou encefalopatia crônica não progressiva é provocada pela falta de oxige-nação das células cerebrais e é caracterizada como lesão de uma ou mais partes do cérebro. Apresenta uma desordem do movimento e da postura, secun-dária a uma lesão não progressiva do cérebro em desenvolvimento. Com quadros motores variados, ela gera a impossibilidade da marcha independente.

Estima-se que a cada 1.000 nascimentos regis-trados, de duas a sete crianças podem ser afetadas pelo problema. No Brasil, segundo dados do IBGE (2009), cerca de 24,5 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência.

Os portadores de encefalopatia crônica tor-nam-se totalmente dependentes da família. Tarefas básicas como a higiene pessoal, os atos de vestir/despir e ainda alimentar são acompanhados por cuidadores na rotina diária.

Saiba mais sobre paralisia cerebral

Aline Neves de Souza, 21 anos, desfila com roupa criada pelas irmãs Jesuíno

Andréia e Ângela Jesuíno com Gabrielle Kellen Cássia da Silva (centro), 7 anos, durante desfile

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UTFPR Notícias - Edição 3212

ApucaranaPara o mês de março, estão programadas visitas à Feira Internacional da Qualidade em Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para Indústria Move-leira (FIQ) e para a Feira de Exposição do Vestuário (Expovest). Já no mês de maio, entre os dias 13 a 18, haverá a Semana do Empreendedor. E, no dia 25, está programado o Dia da Indústria.

Campo MourãoEm março, no dia 09, haverá a solenidade de diplo-mação do curso Técnico Integrado em Informática. E, no dia 16, haverá colação de grau dos cursos de Tecnologia. No mesmo mês acontece o Varal de Po-esias. Entre os dias 28 de maio e 01 de junho acon-tece o III Simpósio Ambiental da UTFPR (SIAUT). Curitiba - Sede da ReitoriaEntre os dias 05 e 08 de março, o câmpus realizará a Semana do Calouro (para os cursos superiores e técnicos). Em maio, acontecerá o 3º Encontro Bra-sileiro sobre Ebulição, Condensação e Escoamento Multifásico (EBECEM) e a 2ª Escola Brasileira de Es-coamentos Multifásicos (EBEM). Já nos dias 15, 16 e 17, será realizada a 11ª Feira de Estágios e Empregos. A partir do dia 21, haverá a Semana Acadêmica de Design da UTFPR. E, nos dias 28 e 29, acontecerá o seminário de defesa de trabalhos de diplomação dos cursos de Tecnologia em Design Gráfico e Design de Móveis.

Dois VizinhosNo câmpus, durante o mês de março, ocorrerá o curso de gestão rural básica. E, nos dias 15 e 16, o de cultivo de pinus. O trote ecológico será realizado en-tre os dias 05 e 09. No dia 23, o seminário de pesqui-sa científica do PET Engenharia Florestal apresenta-rá os trabalhos feitos pelo grupo. Além disso, no dia 29, será realizado o II Ciclo de Debates Florestais. No mês de abril, acontecerá o curso de implantação de sistemas agrosilvipastoris, e, nos dia 14, 15 e 16 de maio, a IV Semana Acadêmica de Zootecnia.

Francisco BeltrãoNo mês de março, no dia 5, acontece a recepção dos calouros e, no dia 7 às 19h, está programada a aula magna do curso de Licenciatura em Informática, que será ministrada pela secretária de Inclusão Digi-tal do Ministério das Comunicações, Lygia Pupatto. O câmpus realizará palestras e atividade de orien-tação aos calouros, além de atividade de integração com os cursos até dia 22, data de comemoração ao dia Mundial da Água. Em abril, acontecerá a sema-

AGENDA

Programe-se Dicas CulturaisNesta edição, o guia com sugestões culturais tem indicações dos servidores do Câmpus Campo Mourão:

FILME: Dogville (Lars Von Trier)(Direção de Lars Von Trier, lançado em 2003. Gênero: Drama)Sinopse: Durante os anos 30, Grace (Ni-cole Kidman) aparece em Dogville, ten-tando fugir de gângsters. Com o apoio de Tom Edison (Paul Bettany), o autodesig-nado porta-voz do lugarejo, Grace é acolhida na cidade. Quando descobre, de modo duro, que a cidade é bon-dosa de um modo relativo, Dogville mostra seus dentes.

“O roteiro nos conduz para uma situação onde é impossível ficar apático ao que ele nos apresenta. Lars Von Trier é deli-ciosamente sarcástico e cruel, e faz com que nos vejamos, em essência, refletidos em seus personagens”. Icaro Onofre, as-sistente em administração do Câmpus Campo Mourão.

MÚSICA: CD E DVD “Pra se Ter Alegria: ao vivo” (Roberta Sá)Em seu trabalho “Pra se ter alegria: ao vivo”, lançado em 2009, a cantora reúne em um show o repertório de seus dois pri-meiros álbuns – Braseiro (2004) Que Belo Estranho Dia Pra se Ter Alegria (2007) – em que contou com a direção musical do cantor e compositor Pedro Luís, bem como a participação especial de Marcelo D2 e Hamilton de Holanda.

“Roberta Sá valoriza a música brasileira, abordando em seus discos desde clás-sicos de grandes compositores, como composições de talentos contemporâ-neos”. Antônio Paulino Oliveira Junior, peda-gogo do Câmpus Campo Mourão.

LIVRO: As Esganadas (Jô Soares)O livro é o quarto romance policial de Jô Soares, ambientado no Rio de Janeiro, no ano de 1938. A trama acontece durante a Era Vagas e retrata uma série de assassi-natos perpetrados contra vítimas gordas. Com uma narrativa policial comum aos suspenses envolvendo detetives, o serial killer é reve-lado logo no início da obra, bem como sua motivação para os crimes.“As Esganadas mantém a mesma linha dos seus livros

anteriores: mortes, pitadas de suspense, humor e fatos históricos reais. O autor revela logo de início quem é o assassino, o que deixa a trama mais interessante, pois ficamos absorvidos na corrida dos investigadores para prendê-lo”. Sandra Gomes de Oliveira Reis, bibliotecária do Câmpus Campo Mourão.

na da inclusão, entre os dias 24 e 26. Também serão ofertados cursos como: Curso Básico de Látex, de 6 de março a 22 de maio; e Recursos Didáticos e Ava-liação nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: Fundamentos e Práticas, até julho.

GuarapuavaNo dia 15 de março, o câmpus realiza o Projeto de Extensão Cálculo Zero. Em abril, acontecerá a visita técnica à Itaipu Binacional, no dia 20. Já em maio, haverá a divulgação do Câmpus Guarapuava nas es-colas da região.

LondrinaNo dia 02 de março, às 19h30 será realizada a ce-rimônia de colação de grau do curso de Tecnologia em Alimentos.

MedianeiraNo dia 26 de março, o câmpus realizará a colação de grau dos cursos de Alimentos e Manutenção Indus-trial, às 18h. No mesmo dia, às 20h30, será a colação de grau dos alunos de Gestão Ambiental. No dia 27 de março, acontecerá a colação de grau da Engenha-ria, às 18h, e de Tecnologia de Desenvolvimento de Sistemas, às 20h.

Pato BrancoNo dia 03 de março, acontece a formatura dos cur-sos de Engenharia Elétrica, Mecânica e Civil. Dia 10, será a vez do curso de Agronomia, Licenciatura em Matemática, Tecnologia em Análise e Desenvol-vimento de Sistemas, Tecnologia em Automação de Processos Industriais, Tecnologia em Automação Industrial, Tecnologia em Construção Civil, Tecno-logia em Gerência de Obras, Tecnologia em Infor-mática, Tecnologia em Manutenção Industrial e Tec-nologia em Sistemas de Informação. No dia 16, terá formatura do curso de Química. Dia 17, acontecerá a cerimônia dos cursos de Administração e Ciências Contábeis.

Ponta GrossaO câmpus realizará a Semana do Calouro nos pri-meiros dias de aula.

ToledoNo dia 1º de março acontecerá formatura do cur-so de Tecnologia em Processos Químicos. Entre os dias 23 e 27 de abril, será organizada a semana da inclusão e, no dia 30, será realizada a exposição Dia do Disco.

O que cada câmpus da UTFPR programou para os meses de março, abril e maio? Confira na programação:

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UTFPR Notícias - Edição 32 13

ESPAÇO CULTURAL

Câmpus Cornélio Procópio entra em cenaCom o objetivo de difundir o teatro no meio estu-

dantil e incentivar a prática de atividades culturais na co-munidade de Cornélio Procópio, surgiu há três anos a Companhia de Teatro da UTFPR (COMTUT). Funda-da pela professora Sônia Maria Rodrigues (atual coorde-nadora e responsável também pelo grupo de danças do Câmpus Cornélio Procópio), o então estagiário Marcos Dias e alunos da UTFPR envolvidos com o teatro na época, a companhia continua em constante atividade. Em 2011 foram produzidas oito peças, destacando-se o clássico infantil “Romão e Julinha”, que conta a história de dois gatos que se apaixonam e conseguem promover a paz de Gatópolis, capital do reino dos gatos.

Antes de a companhia se tornar um projeto oficial, alguns alunos interessados já assistiam a aulas de tea-tro ministradas paralelamente às atividades de dança do câmpus. Nesse período, o grupo apresentou, em 2000, a peça “Os Saltimbancos” para 5.300 crianças da rede municipal de ensino de Cornélio Procópio, da Associa-ção de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e de escolas particulares. O projeto foi levado adiante graças à iniciativa dos alunos da instituição, à repercussão desta peça e às necessidades culturais da comunidade local. Entre 2007 e 2009, ainda antes da fundação, foi reali-zada a peça “Sorriso Bom de Boca”, pelo projeto Em-preender Sorrindo do Sebrae com parceria da UTFPR, quando as crianças das séries iniciais de toda a cidade puderam assistir às apresentações teatrais sobre a im-portância da higiene bucal.

A COMTUT é aberta a todos os interessados, sejam eles estudantes, funcionários, professores ou membros da comunidade externa. Para participar, não há custo nem seleção. “Muitas vezes a pessoa tem vontade, tem talento, mas é muito tímido e no teatro só com o tempo é que você se solta e se descobre um ator ou não”, expli-ca a professora Sônia Maria Rodrigues.

Para Sônia, a cultura artística favorece o desempe-nho e o aprendizado dos estudantes. “A melhora no desempenho acadêmico está relacionada às atividades desenvolvidas durante as aulas [de teatro], em que o participante precisa ter responsabilidade e disciplina e estudar os textos, memorizando cada detalhe. Isso é um ótimo exercício para o cérebro”, explica a professora. Dentre as atividades desenvolvidas pela COMTUT, destacam-se as aulas de expressão corporal e facial, lei-

tura de textos, pesquisa sobre figurinos e maquiagem, confecção de adereços e definição de cenário.

A integrante da COMTUT Bárbara Rocha, 22, es-tudante de Engenharia Elétrica, acredita que as expe-riências no teatro estão ajudando em sua formação universitária. “As experiências que tenho vivido com a companhia contribuem para entender melhor as pesso-as à minha volta e ampliar meus relacionamentos. Da mesma forma, essas experiências têm me tornado uma pessoa mais organizada, o que, sem dúvida, contribuirá para meu desempenho profissional”, conta a aluna.

Para o estudante e membro da companhia Bruno Henrique Landgraf, o teatro facilita a convivência com as pessoas, aprimora a arte de se expressar em público, além de proporcionar uma gama de valores que, para ele, só existem no teatro.

A companhia conta hoje com 35 integrantes e os encontros são realizados nos períodos vespertinos e noturnos, e, quando há necessidade, nos finais de se-mana e feriados também. Os ensaios são realizados na sala de dança, artes ou no anfiteatro da Instituição, quando disponível.

Os alunos que participam do grupo passam por um processo seletivo para representar as peças. Durante as leituras, os participantes vão se identificando com os personagens, mas a palavra final fica com a professora. “Muitas vezes, de tanto estudar a peça, eu acabo já pré--definindo qual participante se sairá melhor no perso-nagem e simplesmente chego e falo com todo cuidado: você vai ser o rei, você será a cozinheira, e assim por diante. Isso foi o que aconteceu com a peça ‘Romão e

Julinha’ e eles mesmos, depois da última apre-sentação, comentaram que ficaram felizes com os personagens”, esclarece a professora.

A responsabilidade pela parte de figurino, sonoplastia e cenário é do grupo. Todos dis-cutem e decidem juntos. Os novos integran-tes, devido à timidez, podem ficar inicialmente mais à vontade como figurantes. Se a pessoa é desinibida e quer “encarar” a peça, não há problema nenhum em participar junto com os demais. Quanto ao interesse, o desempe-nho e a reação dos alunos durante os ensaios e ao final das apresentações, Sônia conta que no início eles não acreditam muito que vai dar certo, mas acabam empolgados. “Quan-do há ensaios extras [durante a semana], fica um pouco complicado, devido às outras ativi-dades dos participantes, mas ao final de cada

apresentação, a satisfação e a alegria deles são incompa-ráveis”, afirma.

“O nosso grupo possui uma grande harmonia, com momentos de descontração e brincadeiras que dá um gostinho especial às aulas; e trabalhamos duro para atin-girmos o que foi proposto. Após as apresentações te-mos um sentimento de missão cumprida e uma alegria imensurável vinda dos aplausos após o fechamento das cortinas”, conta Bruno.

Após a seleção de temas e definição dos cronogra-mas de cada peça que se pretende realizar, a COMTUT foca seu trabalho exclusivamente nas produções. O grupo também realiza outros projetos, como pequenas peças sobre AIDS e drogas a pedido de algumas insti-tuições da cidade, como forma de alerta e prevenção.

É comum o público elogiar muito e conversar com os integrantes da companhia após as apresentações. “Em 2011, nos apresentamos na cidade de São Sebas-tião da Amoreira para toda a rede municipal de ensino e para as escolas particulares de séries iniciais. Naquela ocasião, os professores pediram para voltarmos com outra peça nesse ano. O mais interessante foi que os adolescentes e adultos em geral ficaram chateados por não poderem assistir, pois a peça era somente para o público infantil em homenagem ao dia das crianças”, relata a professora.

As três sessões no período matutino e duas no pe-ríodo vespertino em São Sebastião da Amoreira foram solicitadas pela prefeitura. Na apresentação da peça no Câmpus Cornélio Procópio, a entrada foi um quilo de alimento não perecível. Os alimentos arrecadados fo-ram doados a uma instituição de caridade. As outras peças são todas gratuitas.

A perspectiva da COMTUT em 2012 é de continuar com a peça “Romão e Julinha”, devido ao interesse do Departamento de Educação de duas cidades da região. A peça “Os Saltimbancos” será retomada a pedido dos integrantes da companhia, já com proposta para apre-sentação para a rede municipal de uma cidade vizinha.

Nome da Peça AnoVale tudo 2009

Imprevisível 2009

Bobeou, a gente pimba! 2009

Bolete, o corno da Vila América 2009

Bolete e sua família na capital 2009

Saúde-se quem quiser: sobre a pre-venção da AIDS (projeto social com a 3ª idade)

2010

Planeta Feliz (COMTUT) 2010

Teatro de Fantoche: A mentira e o defeito que é qualidade (COMTUT) 2010

Romão e Julinha (COMTUT) 2010/2011

Saúde-se quem quiser: sobre a pre-venção da AIDS (COMTUT) 2011

A Cigarra e a Formiga (Crianças - Projeto Social) 2011

Histórico das principais apresentações da companhia

Cena da peça “Romão e Julinha”, que estreou em 2010 e que deve continuar em 2012

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Antes da fundação da companhia, o grupo chegou a montar a peça “Sorriso Bom de Boca”

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UTFPR Notícias - Edição 3214

FIO DA HISTÓRIA

Câmpus Pato Branco: da implantação de cursos técnicos à consolidação da pós-graduação

O Câmpus Pato Branco, uma Unidade de Ensino Descentralizada (Uned) na época de sua instalação, re-cebeu autorização de funcionamento pelo Ministério da Educação (MEC) no dia 19 de outubro de 1992. Mas a sua história começa um pouco antes, com as pri-meiras negociações para sua implantação em 1987, em que se destacaram o então prefeito de Pato Branco, As-tério Rigon, o deputado federal Alceni Ângelo Guerra e o diretor do Cefet-PR, Ataíde Moacyr Ferraza.

Antes da instalação, uma etapa importante foi a do-ação pela prefeitura de uma área anexa à Fundação de Ensino Superior de Pato Branco (Funesp) para o Cefet em 1989. No mesmo ano, as obras para as futuras ins-talações da Uned foram iniciadas. O projeto foi forta-lecido em 1990 com a criação, pelo governo federal, do Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Técnico, que contribuiu no processo de expansão do Cefet para o interior do Paraná, implantando cinco unidades, den-tre elas a de Pato Branco.

E então em 1992, além da autorização de funciona-mento, foi realizado um concurso público para contra-tação dos primeiros servidores da Uned, que tomaram posse em março do ano seguinte. As primeiras aulas foram ministradas em 15 de março de 1993 e a aula inaugural foi realizada em 29 de março. Entretanto, a cerimônia oficial de inauguração da Uned de Pato Branco aconteceu em 17 de abril.

Nesta época, a Unidade contava com 22 professo-res, 57 técnicos-administrativos e 442 alunos. Ofertava dois cursos (técnico em Edificações e em Eletrônica), possuía dois laboratórios e um acervo de 411 títulos na biblioteca.

Em agosto de 1993, foi anunciada a transferência de todo o patrimônio da Funesp ao Cefet-PR, que se efetivou em 14 de dezembro. A incorporação efetiva da Funesp aconteceu em 1994, quando a Uned pas-sou a ofertar cursos superiores e a contar também com professores de carreira de 3° grau, além dos de 1° e 2° graus. Os cursos incorporados eram de áreas em que a instituição, de perfil técnico, não tinha tradição

na sua condução: Administração, Agronomia, Ciências Contábeis, Ciências – Habilitação em Matemática, Pro-cessamento de Dados e Letras. Essa foi a gênese das especificidades do Câmpus Pato Branco em relação aos outros câmpus.

Em 1998, com a Lei de Diretrizes e Bases da Edu-cação, o Cefet deixou de ofertar os cursos integrados de nível de 2° grau. Em consequência, no mesmo ano, Pato Branco passa a ofertar o curso de Ensino Médio e, em 1999, cursos de Tecnologia, ampliando sua oferta de cursos superiores.

Após um breve período de estabilidade em relação às modalidades de cursos ofertados, inicia-se uma nova fase de grandes mudanças, sendo o período de 2003 a 2008 marcado por inúmeras modificações.

Em 2005, ocorre a mudança mais marcante deste período: a transformação do Cefet-PR em Universida-de Tecnológica. Após sete anos de preparo e o aval do governo federal, o projeto de transformação da Ins-tituição em Universidade Tecnológica tornou-se lei no dia 07 de outubro de 2005. A então Uned de Pato Branco passa a ser denominada Câmpus Pato Branco.

No ano seguinte, devido à Resolução CEB nº 1 de 3 de fevereiro de 2005, o Câmpus Pato Branco passa no-vamente a ofertar cursos técnicos de Nível Médio/In-tegrado, agora nas áreas de Alimentos e Geomensura.

Em 2007, foram implantados os primeiros cursos de Engenharia do câmpus e também iniciada a am-pliação de cursos de Licenciatura em toda a UTFPR. Além da abertura destes cursos, neste mesmo ano teve início o Programa de Pós-Graduação em Agronomia, o primeiro do câmpus e também da região, e também o início da estruturação dos cursos na modalidade de educação a distância na UTFPR. O Câmpus Pato Bran-co apresentou ainda a proposta do curso técnico subse-quente em Informática, implantado em 2009.

Uma nova série de mudanças no câmpus aconte-ceu a partir de 2008, com a adesão ao projeto Reuni do MEC. Dentre elas, pode-se destacar a abertura de novos cursos de graduação e a unificação de oferta de 44 vagas semestrais/anuais por curso de Bacharelado e Licenciatura. No mesmo ano, houve a aprovação, pela Capes, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica.

O ano de 2009, seguindo o ritmo de mudanças do ano anterior, foi marcado pela execução de diversos projetos e de definições decorrentes do Reuni, como projetos de obras, compra de equipamentos e distri-buição de vagas de docentes e técnicos-administrativos. Também em 2009, mais uma conquista no Câmpus Pato Branco foi efetivada: a aprovação do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, com o início das aulas no ano 2010.

Ainda em 2010 tiveram início as obras físicas decor-rentes do projeto Reuni, e, em 2011, o Câmpus Pato Branco, para atender aos 3.300 alunos aproximada-mente, passou a contar com novas salas de aulas, tendo em vista a conclusão das obras de ampliação dos blo-cos L, M e N. Em fase de conclusão, o Bloco V ofertará espaços onde serão instaladas salas de aula, laboratórios e ambientes para servidores. Além disso, o câmpus re-cebeu diversos equipamentos adquiridos com recursos do Reuni, podendo ser renovados vários laboratórios, principalmente os de informática.

No ano passado, o câmpus foi também contem-plado com a abertura de mais dois programas de pós--graduação: Tecnologia de Processos Químicos e Bio-químicos e o Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional, além do primeiro doutorado do câm-pus, em Agronomia, o que demonstra cada vez mais a sua consolidação como um câmpus universitário.

Autoridades descerram placa durante solenidade de inauguração da Uned de Pato Branco

Foto aérea da Uned de Pato Branco em 1994

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Foto aérea do Câmpus Pato Branco em 2011

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VOCÊ FAZ A HISTÓRIA

Uma professora comprometida

Professora do então Cefet-PR des-de 1994, Adriana Santos Auzani é um dos personagens da história do Câmpus Pato Branco, onde começou a dar aulas em seu segundo ano de funcionamento. Além da atuação em sala de aula, Adriana é parti-cipante ativa de projetos como o programa Comunidade Integrada na Multiplicação de Conhecimentos (Cimco) e o grupo de te-atro Artífice. Docente comprometida com a educação e a Instituição, Adriana conta um pouco nessa entrevista sobre sua história no Câmpus Pato Branco.

UTFPR Notícias: Fale um pouco sobre a sua história no Câmpus Pato Branco. Você começou a trabalhar na instituição após a transferência do patrimônio da Funesp para o então Cefet-PR... Adriana Auzani: Sou professora em Pato Branco desde 1987 e iniciei minhas atividades como docente do então Cefet-PR, em 07 de fevereiro de 1994 nos cursos técnicos de Eletrônica e de Edificações e em Letras, curso a concluir algumas turmas da instituição anterior, a Funesp. Nessa época, nossa Instituição há pouco tinha iniciado seus trabalhos no Sudoeste do Paraná e representava uma conquista importantíssi-ma para a região, um orgulho poder contar com um ensino público federal de excelência. O acesso dos alu-nos da região a vários níveis de ensino era uma grata realidade, pois permaneceriam em seus municípios e

contribuiriam com o desenvolvimento dos mesmos. Fazer parte desse momento foi um compromisso que abracei com muita satisfação.UN: Esse ano o Câmpus Pato Branco fará 19 anos de existência e você fez, em fevereiro deste ano, 18 anos na Instituição. Como foi acompanhar o surgimento e crescimento do câmpus?Adriana Auzani: O comprometimento com esta Ins-tituição e com a região fez-me querer participar para além da sala de aula, fez com que eu me engajasse em projetos internos e externos à instituição para contri-buir com a educação e com a cidade: conselhos muni-cipais, participação em comissões de comemorações do câmpus, campanhas do Cimco, organização de festas comemorativas, cursos de extensão. Procurei estar presente naquilo em que acreditava que fosse fazer a diferença para as pessoas e para o nosso muni-cípio ser melhor.Esse envolvimento todo com a instituição fez com que eu decidisse estudar a educação profissional e tecno-lógica nesta instituição em um mestrado de educação. Dissertei sobre a história da UTFPR e a interface dela com a arte.UN: Durante esse período, quais foram os momentos mais marcantes que você vivenciou no câmpus? Adriana Auzani: Dentre tantos saltos qualitativos da-dos pela Instituição, considero o mais significativo a transformação do Cefet-PR em Universidade Tecno-lógica, a primeira universidade especializada do país, dando-nos, enquanto instituição de ensino, maior autonomia e fortalecimento do ensino. Na sequência, a criação dos cursos de mestrado e de doutorado no Câmpus Pato Branco, ampliando a possibilidade de pesquisa nas mais diferentes áreas.UN: Conte-nos um pouco sobre os projetos que você desenvolveu na Instituição.Adriana Auzani: Sempre que possível, convidada e convocada a fazer parte dos projetos institucionais, lá estou eu fazendo parte de comissões, escrevendo nos banners e faixas frases que expressem um pou-co dos nossos pensamentos, objetivos e sentimentos. Cito dentre esses o Cimco, o Napne, ExpoUT, o grupo de teatro Artífice. Penso que um projeto educacional deve contar com todos os que na unversidade atuam, sejam técnicos-administrativos, alunos, professores ou terceirizados, pois junto com o diploma e com os cursos de graduação e de pós-graduação é preciso sempre ter atitude de gente educada; do cumprimen-tar com respeito quem quer que passe por nós a es-crever e produzir projetos científicos que contribuam para o progresso de todos.UN: E o grupo de teatro Artífice, que você coordena? Quando e como surgiu? Quais são os projetos para 2012?

Adriana Auzani: O grupo de teatro Artífice nasceu em 1995, com alunos do curso técnico de Edifica-ções; o motivo foi a comemoração do aniversário do câmpus a pedido da equipe pedagógica da época e a peça foi “Quem casa quer casa” de Martins Pena; peça de muito sucesso, lotamos o anfiteatro durante três noites, com direito a reportagem nos jornais da cidade e convite de prefeituras e escolas da região para apresentarmos. Após esse período, encenamos a peça “Meno Male”, “Enfim brigamos”, “O coelho esperto sobre alimentação saudável”, “Saúde-se quem quiser”, sobre AIDS, um musical sobre Adoniram Barbosa, “No Reino das Águas” entre outras. Nosso grupo de teatro resiste mais por idealismo do que por importância enquanto veículo de educação, de diálogo e de reflexão, ou por um importante espaço de difusão cultural, pois são escassos os investimentos em arte frente aos demais investimentos na área tec-nológica na nossa Instituição; desse modo, projetos como esse pedem empenho financeiro, investimento em pessoal e gosto especial pela educação e pela arte. Houve a tentativa de formação de um coral há uns cinco anos, o “Vozes do Sul”, que não se manteve. Se-ria interessante retomá-lo.Outra dificuldade é a rotatividade nos integrantes do grupo; os alunos concluem seus cursos, vão embora e temos que recompor o grupo todo ano. Atualmente, estamos reeditando a peça “No Reino das Águas”, que será encenada no início deste ano para os calouros do câmpus; é uma comédia que traz à discussão o exces-so de burocracia nas instituições públicas e o proble-ma do desperdício da água no planeta. Nossos projetos, enquanto grupo de teatro, vinculam--se à formação do educando como um todo, pois en-tendemos a importância da arte e a função dela para a formação global e humanista e, por isso, as peças voltam-se ao contexto vivido pela Instituição como semanas acadêmicas, ExpoUT, campanhas do Cimco e às temáticas debatidas e vividas na sociedade.

Adriana Auzani é professora do Câmpus Pato Branco desde o início de 1994

Penso que um projeto educacional deve contar com todos os que na

universidade atuam, sejam técnicos-administrativos, alunos, professores ou

terceirizados, pois junto com o diploma e com os cursos de graduação e de pós-graduação é preciso sempre ter atitude

de gente educada; do cumprimentar com respeito quem quer que passe

por nós a escrever e produzir projetos científicos que contribuam para o

progresso de todos.

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