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in formação jornal da paróquia de Gueifães - Maia edição104 novembro2008 anoXIII

Jornal Vitae nº104 - Novembro 2008

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Jornal da Paróquia de Gueifães - Maia

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Por exigência das respectivas funções, nós os padres, estamos sempre muito expostos e por isso, sujeitos às mais diversas reacções, inclusive, de sabor político. Uns são tidos como verme-lhos, outros como cinzentos. A uns chamam de progressistas, a outros de conservadores. Rótu-los não nos faltam. Salvaguardando as deficiências de cada um, quem diz coisas deste género, para além de ser profundamente injusto, também não sabe o que é a política.

A política é o governo da coisa pública, a apresentação de ideias sobre o modo de buscar o bem comum para a sociedade e a aplicação de formas concretas para o conseguir. Todos nós somos políticos. Todos temos e podemos ter as nossas ideias sobre o que é o bem social e o que, no nosso entender, deverá fazer-se para o alcançar. Inclusive, pela nossa postura, pelo nosso sim, pelo nosso não ou pelo desinteresse assumimos uma atitude política. O apanhar um papel na rua ou deixá-lo no mesmo sítio é acto verdadeiramente político.

Infelizmente, e de uma forma geral, as pessoas têm uma opinião muito deturpada do que é a política. Em grande parte, isto deve-se à falta de nível manifestada pela generalidade dos nos-sos políticos, pelo interesseirismo pessoal ou partidário, com que normalmente revestem o seu agir político e nos traz enjoo.

Uma coisa é certa: quando a Igreja anuncia o Evangelho e proclama a necessidade de nós, os cristãos, sermos os primeiros a empenharmo-nos na construção do Reino pelos valores e cami-nhos da vida, da verdade, da justiça, da comunhão, do respeito e da ajuda mútua, etc, leva-nos a assumir uma atitude política. Quanto às formas concretas de o atingir isso deve ser deixado aos chamados políticos, isto é, aos homens que publicamente se comprometeram a zelar não pelo seu bem mas pelo bem público, porque encontraram ou se propõem encontrar formas adequadas de o atingir.

Quando essas medidas são implementadas, todos nós temos o direito e o dever de nos pro-nunciarmos se tal ou tal correspondem ou não ao que Deus quer do mundo e dos homens, se correspondem ao ideal de vida que seguimos ou propomos como caminho de realização.

Não o fazer é inconsciência, irresponsabilidade ou cobardia. Mas hoje, os nossos governantes, ditos laicos (isto é, que prescindem de Deus) não são contra a fé, mas dizem que ela é uma questão do íntimo de cada um, de manter apenas dentro da sacristia. As questões da rua, da vida, da economia, do trabalho, da ciência, da pobreza, da injustiça, tudo isso é da competência exclusiva dos governantes, das multinacionais, dos grupos de pressão.

A cada instante ouvimos protestos contra a privatização do que é público. Inclusive, nestes dias temos lamentado as consequências do individualismo, do liberalismo desenfreado. Imaginem o que sucederia se também deixássemos privatizar a fé... “ Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

pe. Orlando Santos

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No passado Verão, um grande acontecimento invadiu as nossas vidas: em todos os jornais, em todos os canais de televisão, em horário nobre ou com menos nobreza, os Jogos Olímpicos de Pequim fizeram parte do nosso dia-a-dia. Os atletas portugueses não estavam em maré de sorte. Telma Monteiro, Francis Obikwelu, Nai-de Gomes, entre outros, não conseguiram as tão esperadas medalhas, tendo sido eliminados antes do previsto. Até chegar a Vanessa Fernandes e arrancar uma medalha de prata bem merecida, no triatlo. Era a primeira medalha para Portugal. Mas isto já todos sabemos e, como podem imaginar, não é para vos informar de resultados des-portivos que aqui estou. Acontece que o desporto é bem mais do que medalhas e rankings: lá, no meio das mais altas competições, podemos tirar muitos maravilhosos mundos! Todos devem ter visto a alegria da Vanessa Fernandes depois da prata. Entre uns gritos de ale-gria e muitos sorrisos, ela disse uma coisa que gostei muito de ouvir, não tanto do ponto de vista desportivo mas transportando-o para a minha vida. Dizia ela que, ao longo da corrida, teve a vida mais dificultada do que a vencedora porque esta-va sozinha. A australiana estava em equipa, e “tinha quem lhe cobrisse os buracos”.

Estava sozinha! Teve a vida mais dificultada! Isto fez-me lembrar uma outra coisa, bem mais próxima de mim do que a corrida da Vanessa. Fez-me lembrar da minha própria vida! E fez tanto sentido. Sabem porquê? Porque em equipa é sempre mais fácil. Sempre! Em qualquer situação! Mais tarde, ouvi uma senhora contar uma história que, penso eu, tem tudo a ver com isto. Pare-ce que um dia o padre lá da paróquia tinha, durante a homilia, pedido às pessoas para fecha-rem os olhos e pensarem no momento mais feliz da sua vida. Depois perguntou: “Nesse momento, estavam sozinhos?”. E a resposta era tão óbvia. “Não! Não estávamos! Somos felizes em relação, e por isso os momentos felizes são sempre partilhados!” Às vezes temos a mania de que somos capazes de fazer tudo, ultrapassar tudo sozinhos. Mas é quando temos “quem nos cubra os buracos” na corrida que é a nossa vida que é mais fácil ven-cer… Cada vez tenho mais a certeza de que ninguém é feliz sozinho. A vida é feita de partilha cons-tante, vivificante! Vemos isso no desporto, sentimos isso no dia-a-dia. Vitórias celebradas ganham outro sabor em equipa; derrotas partilhadas têm um ultrapassar mais leve. E dias felizes são os livres, de cora-ção desbloqueado, a saborear derrotas e vitórias, sorrisos e lágri-mas. Sempre em equipa, sempre de sabor mais forte. E o mais delicioso é que, mesmo assim, não nos anulamos a nós próprios. Já dizia a lutadora Vanessa Fernandes que a prata vale ouro quando temos quem se levante de madrugada para nos ver correr… e quando temos uma família, uns amigos a quem dedicar uma vitória, um sorriso! Vale, vale ouro quando deixamos o Mundo entrar... quando fechar o coração não faz parte dos objecti-vos. Aí, desenhamos Maravilhosos Mundos na nossa vida. Aí, os obstáculos não conseguem obstruir o caminho. E aí, somos felizes.

Maria Inês Rocha

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Teresa Ascensão

Numa altura em que as discussões e os debates acerca da lei do tabaco se extinguiram e

em que o vício do tabaco se inicia, cada vez mais, nas camadas etárias mais jovens, “Este

Mês” traz-nos o testemunho de um ex-fumador, membro da nossa paróquia, de modo a

assinalar o Dia Mundial do Não Fumador. E como não podia deixar de ser, em nome da saú-

de, dedico esta página a todos os não-fumadores e ex-fumadores da nossa freguesia...

Pediram-me me para escrever o meu testemunho como ex fumador mas para ser verdadeiro não me posso ainda considerar bem um ex-fumador porque ainda tenho algumas recaídas esporádicas.

Fumei regularmente durante quase dez anos.

Comecei mais ao menos aos quinze anos como brincadeira com os colegas da escola talvez como forma de afirmação típica dos adolescentes. Nessa altura fumava de vez em quando porque não havia dinheiro para poder comprar sempre tabaco.

No início fumar um cigarro dava um certo prazer, sabia bem, dava uma sensação de calma, e dizia eu que não viciava e que deixaria de fumar quando quisesse, mas com o passar do tem-po não foi bem assim. Comecei cada vez a fumar mais e a não ter nenhuma sensação de pra-zer no fumar e aí me apercebi que fumar se tinha tornado um vício. Quando me dei conta dis-so apercebi-me dos efeitos negativos do tabaco pelo menos os mais visíveis como o dinheiro inútil que gastava, tinha perdido algum olfacto, tinha perdido algum paladar, começava a ter uma tosse muito forte logo de manhã que muitas vezes se prolongava pelo dia todo, um háli-to horrível, e eu próprio cheira sempre a tabaco o que muitas vezes incomoda as outra pes-soas e a mim próprio.

Tentava não fumar mas havia sempre alguma coisa que não me deixava parar de fumar. Fica-va nervoso. Algumas vezes apenas só por não ter tabaco.

Tentei deixar de fumar a primeira vez há mais ao menos três anos e estive sem fumar um úni-co cigarro durante quase ano e meio. Que diferença era no meu dia a dia.

Foi difícil nos primeiros tempos, principalmente. Andava sempre agitado, nervoso, sem paciên-cia para nada. Algumas vezes sentia o que se chama de síndroma de privação em que tinha náuseas, dores no corpo, etc. Mas depois fui sentindo as vantagens de não fumar. Comecei novamente a ganhar olfacto, paladar, não ter tosse persistente e a respirar melhor. Quando fumava já tinha dificuldade em realizar algumas tarefas do dia a dia porque me faltava o ar, e quando deixei de fumar comecei a não sentir essa falta de ar. E também a poupar algum dinheiro. Porque quem fumar um maço de tabaco por dia como eu fumava gasta mais ao menos cerca de cem ou cento e cinquenta euros por mês.

Hoje o conselho que posso deixar para todas as pessoas, mas, principalmente para os jovens é: não experimentem fumar porque não traz nada de novo como pode parecer no início e só prejudica a saúde.

Manuel Fortunato

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Vânia Oliveira

O Envelhecimento inicia-se no momento da fecundação, sendo descrito como um conjunto de processos dinâmicos e progressivos, no qual ocorrem modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas, que determinam a progressiva perda das capacidades de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade. Assim, encontra-se associa-do a inúmeras alterações com repercussões na funcionalidade, mobilidade, autonomia e saúde desta população e, consequentemente, na sua qualidade de vida.

Daí advém a importância do exercício físico, sob 3 domínios:

As sessões consistem num esquema de exercícios globais e para grupos musculares específicos adaptados à música.

Deve ter em atenção por quem são orientadas as sessões, se realmente são orientadas por pes-soal creditado para tal, normalmente, um fisioterapeuta ou enfermeiro. Cada sessão tem uma duração de, sensivelmente, 50 a 60 minutos: 15min de aquecimento, 35min de exercícios e 10min de relaxamento. Podem também ser acompanhados por uma sessão de relaxamento, para promover o bem-estar físico e mental.

Aproveite para fazer exercício e conviver, porque…

“Envelhecer é, apenas, aprender outra forma de viver”

Classes de Movimento para a Terceira Idade

devido a um problema de logística esta página não foi alvo de revisão

♥ Ajuda a regular o sono, ♥ Melhora a resistência cardiovascular, ♥ Melhora a força muscular, flexibili-

dade e amplitude de movimento, ♥ Melhora o equilíbrio e coordenação, ♥ Atrasa o aparecimento de artroses, ♥ Previne a osteoporose, ♥ Ajuda a controlar a obesidade, ♥ Favorece o relaxamento.

1. Fisiológico:

♥ Libertação de endorfinas

(hormonas responsáveis pela sensação de bem-estar),

♥ Promove a capacidade de concen-tração,

♥ Diminui o estado de depressão, ♥ Melhora o equilíbrio e coordena-

ção, ♥ Melhora o controlo motor, ♥ Melhora a qualidade de vida.

2. Psicológico:

♥ Desenvolve a acti-vidade social através da interacção grupal.

3. Social:

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Nazaré Marques

Em Gueifães, todos os campos eram rodeados por gran-des ramadas que se enchiam de cachos maduros no final do Verão. Alguns caminhos privados eram cobertos também pelas parras que alegravam o mês de Setem-bro. Estava eu decidida a escrever sobre o assunto quando encontrei num blogue uma descrição fantástica desta faina. Não difere muito do que eu me recordo nas nossas terras. Vamos ler algumas partes do longo relato referente às vindimas na Quinta de Candoz em tempos que já lá vão. Era o tempo em que a data da vindima era marcada de acordo com as disponibilidades dos outros lavradores do lugar ou das proximidades, para que, os pais e os filhos (normalmente mais de seis por família) pudessem dis-tribuir-se na ajuda a prestar uns aos outros. Era o siste-ma comunitário, a serviçada, a funcionar. Então era ver, manhã cedo, homens e rapazes com escadas de madeira (até 12 passos) às costas, com a cesta de vime com o cambito pendurado ao ombro, em romaria às várias propriedades onde a vindima se ia realizar. As mulheres, essas, no seu corrupio entre as leiras e a adega com os cestos de vime pesados à cabeça e com o sumo das uvas, de tão calcadas, a escorrer-lhes pela cara e costas abaixo chegavam afogueadas e com o suor adocicado. Até as crianças e moçoilas, ainda sem idade para acar-tar cestos, tinham o seu quinhão na azáfama da vindi-ma. Como diz o ditado, “o trabalho do menino só não o quer quem não tiver tino “, e então era vê-las, cada qual com o seu açafate, empenhadas na sua válida tarefa de apanhar todo e qualquer bago que caísse ao chão, pois desperdiçar era proibido e muitos bagos (envolvidos em terra ou sem ela) sempre davam mais uns quantos litros de vinho. Aqui e ali ouviam-se os cantaréus, ao despique, efec-tuados por 3 ou 4 moças que se juntavam junto às bor-das, no intervalo de mais um carreto de cestos e que, ecoando vale abaixo, indicavam aos vizinhos que ali se vindimava e qual o seu estado de alma. Eis que chegavam as 10 horas da manhã. E, com um cestinho de vime, bem composto com broa de milho da casa, azeitonas, cebola cortada numa malga ou covilhe-te com um fio de azeite e vinho tinto, um pedaço de toucinho, umas lascas de bacalhau salgado da peça e … pouco mais, coberto com um alvo paninho de linho, lá aparecia a dona da casa. Digerida a bucha lá se seguia para mais uma ramada (parreira ou latada) para encher mais uns cestos, para mais uns carretos. Ao longe já se ouvia o chiar dos carros de bois, por entre caminhos tortuosos, íngremes por vezes, na sua função estóica de levar os cestos carregados de uvas para a adega dos Senhores (ou fidalgos), sempre que as propriedades não tinham lagar, onde as uvas tintas de todos os caseiros, conjuntamente, seriam sovadas.

Meio-dia! Hora do jantar (hoje almoço). Uma tachada de arroz salpicado com feijão branco com sardinhas fritas ou de macarrão com espinhas de baca-lhau ou batatas cozidas com um naco de presunto ou salpicão que religiosamente foi sonegado às refeições da família durante o ano para agora poder ser servido como lauto pitéu. E naturalmente o vinho tinto da casa que ainda terá de chegar até ao vinho novo. Sobremesa? Isso era uma fidalguia que não fazia parte dos hábitos alimentares desses tempos. Com muita sorte poderia aparecer um prato de rabanadas ou um prato de aletria que com o seu sabor adocicado merecia mais uma caneca de vinho. Mas tais doçarias raramente apareciam ao almoço, ficavam para a ceia (hoje jantar) ou para depois ou durante a sova. Findo o repasto, novamente a azáfama durante a tarde em tudo igual ao que aconteceu durante a manhã. A meio da tarde, mais uma merenda com os mesmos ingredientes daquela que aconteceu a meio da manhã. A noite chega. Provavelmente a vindima ainda terá que continuar no(s) próximo(s) dias. Agora é tempo de descansar um pouco, preparar as selhas onde os homens lavarão os pés para entrarem no lagar e meter as uvas a vinho. E, de calças arregaça-das até ao joelho ou em cuecas, lá vão eles pisando e repisando os cachos de uvas até que a grainha comece a boiar no cimo do mosto. Às mulheres era interdita esta função: estragavam o mosto, diziam os antigos. Era um tabu que, a custo, só hoje foi esquecido e ultrapas-sado. Chegam entretanto as filhas da casa com uns pratinhos de aletria – feita com ovos caseiros, amarelinhos – bem quentinha, ainda a fumegar, salpicada com uns pozi-nhos de canela que sabe pela vida e se presta a mais uma rodada da caneca branca de porcelana cheia de vinho, sempre tinto! Entremeado por ditotes, por cândidas anedotas, adivi-nhas, alguns cantares (por vezes ao desafio) e de quan-do em vez alguma música (os proprietários de mais posses chegavam a contratar uns músicos com instru-mentos tradicionais), a massa que vai ficando deposita-da no fundo do lagar é levantada com os pés de forma a encontrar alguns bagos de uvas ainda inteiros e ser esmagados. As pernas dos homens já escorrem mosto vermelho, qual sangue vivo que começa a brotar para uma nova vida. A patroa já tem pronta a ceia (hoje jantar). Arroz de galinha, ou talvez umas batatas cozidas com bacalhau ou se “fizer minga” (se calhar) uma arrozada com um bom naco de toucinho ou presunto – que sempre se foi poupando para estas ocasiões. No fim sempre se impro-visava umas rabanadas para servir de final de repasto. Mais uns bons tragos de vinho para compor e…: …certamente no dia seguinte a faina recomeçava nou-tra quinta…

Outono… depois de recordar os nossos campos de milho e os trabalhos com eles rela-cionados, considero interessante fazermos recurso à nossa memória para recordar as vindimas.

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Islamismo ou MORTE

No Irão, país islâmico da Ásia, algumas são as pessoas que, perante as demasiadas condições e restrições da sua religião, sentem-se desconfortáveis, e optam pelo seguimento da Fé Cristã. É através de canais de satélite, rádio e Internet que estes novos fiéis tentam expandir o seu conhecimento religioso, arriscando as suas próprias vidas por causa de um simples projecto de lei do governo iraniano que só admite um fim para este tipo de pessoas: a morte. Illyas, um jovem de 20 anos iraniano, vive entre dois mundos completamente distintos: um mundo Islão e um mundo Cristão. Em casa, pratica o cristianismo, com os pais, mas lá fora e na escola, não pode revelar a sua religião, sob pena de exclusão social, maltratos e mais tarde falta de emprego e a morte. Em casa, assiste a canais de satélite proibidos pelo governo (como o canal de televisão Cristão Iraniano) e escuta a rádio cristã (rádio Mojdeh e rádio Cristã Iraniana), sempre assíduo à Sagra-da Bíblia e usando sempre uma pequena cruz de prata ao peito. Todos os dias, antes de sair de casa, retira a sua cruz para assistir às aulas da faculdade, passan-do a ser um novo Illyas: um devoto muçulmano que lê regularmente o Corão e segue à risca todas as práticas da sua suposta religião. Visita regularmente as orações de sexta-feira na Uni-versidade de Teerão, onde, se for necessário, junta a sua voz às centenas de vozes nos cânticos de Marg-bar Amrika (Morte à América), apesar de garantir que não odeia os EUA, mostrando interesse em ir viver para lá futuramente. A família de Illyas tornou-se Cristã num dia em que ouviu uma voz sedutora, num desses canais de televisão por satélite, que exortou os iranianos a abraçarem o cristianismo. A mãe de Illyas telefonou para a redacção desse canal e conta que rezou ao telefone com o conselheiro, estabe-lecendo o compromisso pessoal de aceitar Jesus como o seu Salvador. A família foi colocada em contacto com crentes iranianos discretos que lhes forneceram a Bíblia Sagrada. Desde a revolução islâmica de 1979 que alguns muçulmanos se sentem descontentes com as restrições a outras liberdades sociais, argumentando que “uma religião que não se permite ser rejeitada, não é uma verdadeira religião”. No código penal do Irão são definidos dois tipos de apóstatas: o fetri ou apóstata nato – aquele que tem pelo menos um dos pais muçulmanos, que depois da puberdade se identifica como muçulmano e mais tarde renuncia ao Islão; e o melli, o apóstata paternal – que, não tendo nas-cido numa família muçulmana, mais tarde abraça o Islão, apenas para depois renunciar a ele. A pena para o apóstata nato é a morte, contudo, o apóstata paternal tem três dias, após o conhe-cimento da sentença, para renegar as suas crenças. Uma das sentenças mais conhecidas foi a de Mehde Dibaj, um iraniano convertido condenado a dez anos de prisão, com início em 1984. Em 1993, Dibaj foi condenado à morte, sendo libertado em 1994, depois de uma campanha internacional, elaborada por Haik Hovsepian Mehr, um importante bispo cristão iraniano. Pouco tempo depois da libertação Haik foi raptado, tendo sido mais tarde encontrado morto num cemitério muçulmano. O seu corpo apresentava indícios de 26 facadas. Seis meses mais tarde Mehde foi igualmente raptado e assassinado. Perante estas e muitas outras situações, em 2006 foi criado um canal de televisão por satélite pela SAT-7, uma estação de satélite cristã do Médio Oriente, sedeada no Chipre. Este canal, com emissões de 24 horas por dia, tem o objectivo de dar resposta a todas as questões relacionadas com a religião cristã declarando receber semanalmente centenas de e-mails e cartas de teles-pectadores iranianos, manifestando interesse no cristianismo. Ironicamente, um recente filme iraniano, Jesus, o Espírito de Deus, está a ser acusado de apre-sentar o cristianismo como demoníaco. Neste filme, Jesus é visto só como profeta, não morren-do na cruz nem tendo ressuscitado. É o discípulo Judas Escariotes que é representado morto na cruz em vez de Jesus. Como podemos ver, vive-se um clima de grande instabilidade religiosa no Irão. Esperemos que um dia tudo volte a ser normal e que não haja mais mortes desnecessárias.

Francisco Miranda

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24 de Outubro | Reunião do Conselho Pastoral No passado dia 24 de Outubro de 2008, reuniu-se o conselho pastoral da paróquia de Gueifães, onde foram apresentadas as actividades para o ano litúrgico 2008/2009, em que se salienta uma vez mais o curso mensal de formação bíblica em Vermoim e o curso bíblico nos dias 1, 2 e 3 de Julho de 2009. Para esta reunião, os representantes das diversas equipas partilharam 3 questões que previamente tinham sido discutidas nas diversas equipas. Questionadas sobre que acções se poderiam desenvolver para marcar este ano, dedicado a S. Paulo, as diversas equipas, propuseram que se realizassem projecções de filmes acerca da vida de S. Paulo, palestras, formações relativas às cartas de S. Paulo, cartazes com frases do apóstolo, momentos de oração, promoção de debates e uma exposição filatélica dedicada ao apóstolo. Questionadas sobre que acções devemos realizar na nossa paróquia para tornar mais viva a nossa fé e pertença à igreja, as equipas salientaram a ausência de catequese de adultos, integração dos jovens após o final da catequese não tem sido devidamente acompanhada, devemos saber acolher aqueles que estão fora da igreja, apostar na pastoral da família, a igreja deve estar aberta ao domingo de manhã, através de voluntários. Finalmente, questionadas sobre as mudanças pastorais que deveriam se processar na Vigararia da Maia, foi proposto a criação de um “blog” da vigararia, orientação única dos diferentes párocos relativamente a questões comuns dos leigos, intercâmbio entre as paróquias, quer a nível lúdico quer na preparação de determinados momentos do ano (ex. preparação do Advento), divulgação das actividades mais importantes das paróquias. Estas foram as conclusões mais relevantes da reunião. O conselho está aberto a sugestões para concretizar estas actividades e a outras ideias que possam ter para que a nossa paróquia possa crescer na sua fé.

Rosário Teixeira

Catequistas da Vigararia da Maia com Formação Permanente Finalmente e felizmente começa a sentir-se na nossa Vigararia uma crescente preocupação na formação dos catequistas, que deve ir muito para além do tradicional curso de iniciação. Assim, desde o dia 9 de Outubro que está a funcionar na nossa paróquia o Curso de Iniciação à Catequese que conta com a participação de 42 catequistas da Vigararia (7 de Corim, 2 de Folgosa, 2 de Gueifães, 10 da Maia, 1 de Nogueira, 2 de S. Pedro de Avioso, 4 de S. Pedro de Fins, 4 de Sta. Maria de Avioso, 6 de Vermoim e 4 de Vila Nova da Telha). Na paróquia da Maia, iniciou também, no dia 23 de Outubro, o Curso Geral de Catequese que conta com a participação de cerca de 40 catequistas das diferentes paróquias. Já começaram também em Gueifães os encontros mensais de Formação Litúrgica (que se debruçarão sobre o tema dos Sacramentos) e em Vermoim os encontros mensais de Formação Bíblica Permanente (que abordarão o tema de S. Paulo). No ano passado estes encontros Bíblicos contaram com mais de 150 pessoas… Esperamos que este ano seja ainda maior a adesão. Como podemos ver, a oferta é grande… resta agora sabermos aproveitar estes momentos com sabedoria. Não com a sabedoria de quem “sabe tudo” mas com a de quem “saboreia” a fé que vive. Encontrar-nos-emos certamente por aí!

Ricardo Ascensão

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20 de Setembro | Passeio pelos “Caminhos do Romântico” “Para se conhecer bem uma qualquer terra, seja ela uma grande metrópole ou um simples lugarejo, há só uma maneira de o fazer - percorrendo-a a pé” (Germano Silva). Foi de acordo com este lema que a Comissão de Cultura decidiu organizar uma série de passeios pedestres pela Cidade do Porto. No ano passado percorremos o Porto Medieval; este ano, no dia 20 de Setembro, trilhámos os Caminhos do Romântico, mais uma vez, sob orientação do Dr. Júlio Couto. O percurso teve início em frente ao Palácio de Cristal e terminou perto da Junta de Freguesia de Massarelos. Durante três horas fomos guiados por ruas e vielas, quase sempre desconhecidas, ouvimos histórias, contemplámos a beleza dos edifícios por muitos ignorada, percebemos a origem do nome de algumas ruas... E sempre num clima de boa disposição, proporcionado pelo nosso guia, o Dr. Júlio Couto. É bom percorrer a cidade com alguém que se deixou apaixonar pelos seus encantos!!! Depois do almoço, fizemos uma pequena viagem no tempo, a bordo do Carro Eléctrico nº 277, alugado apenas para o nosso grupo. A marginal pareceu ainda mais bonita do que o habitual, tal era a comoção e a alegria de todos. Parecíamos “miúdos” traquinas e irrequietos!!! Para finalizar o nosso passeio, fizemos uma breve visita ao Museu do Vinho do Porto. Não encerrámos o dia com um Porto de Honra mas acredito que todos se sentiram um pouco mais ricos e com vontade de, para o ano, conhecer mais um pouco desta cidade que tantos segredos tem ainda por desvendar.

Cristina Pereira

Lenda de S. Martinho:

Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra, em França. Montado no seu cavalo

estava a passar num caminho para atraves-sar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo. Martinho estava agasalhado.

Tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam. De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vesti-do de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola. Infelizmente, Marti-

nho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um gol-

pe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre. Nesse momento, de

repente, as nuvens e o mau tempo desapa-receram. Parecia que era Verão! Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom. É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo

Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São

Martinho.

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Falamos destes dois apóstolos não só porque, normalmente andam juntos, mas também porque o Evangelho pouco nos diz sobre eles.

Simão recebe um título que varia nos Evange-lhos: - S. Mateus e S. Marcos classificam-no de “cananeu”. S. Lucas chama-lhe “zelota”. Embora não pareça, estes dois qualificativos significam o mesmo. No hebraico, a palavra “caná” quer dizer apaixonado. É bem possível que Simão tenha pertencido ao movimento nacionalistas dos zelotas, que acalentavam um zelo ardente pela identidade da nação judaica, por Deus, pelo seu povo e pela lei divina.

Sendo assim, Simão é o oposto de Mateus, que sendo publicano, exercia uma actividade tida como impura, porque colaboracionista com as autoridades romanas. Isto significa que Jesus recruta os seus discípulos das cama-das sociais e religiosas mais diversas, sem qualquer preconceito. O que Lhe interessa são pessoas e não as categorias sociais ou as eti-quetas.

E o que é mais belo é verificarmos que no grupo dos discípulos, ainda que muito diferen-tes, todos eram capazes de coexistir ultrapas-sando as dificuldades que não se podem ima-ginar. Jesus é a razão da sua coesão, na qual todos se sentiam unidos. Isto constitui uma grande lição para nós, porque muitas vezes inclinados a acentuar as diferenças, e até as oposições, esquecendo-nos de que Jesus é quem nos dá a força para conciliar os confli-tos. No grupo dos doze há lugar para todos os carismas, para todos os povos, raças e quali-dades humanas, que encontram a sua unida-de na comunhão com Cristo.

Por sua parte, Judas é chamado Tadeu. O nome Judas significa: - filho ou filha de (Tiago). Tadeu é um nome que vem do ara-maico – Tadda, que significa “magnânimo”. Também poderá derivar de Teodoro (perfume de Deus) ou Teodado (dado a Deus). Pouco sabemos sobre Judas. Apenas S. João nos diz que, na Última Ceia, Judas Tadeu disse a Jesus: “É agora que Te vais manifestar a nós e ou mundo?”. A resposta de Jesus é misteriosa e

profunda. O Senhor diz: “ Se alguém Me ama será fiel à minha Palavra, meu Pai o amará, viremos a ele e faremos nele a nossa mora-da”. Jo. 14.22. Isto quer dizer que o ressuscita-do deve ser visto e também reconhecido com o coração, como estando a viver em nós. O Senhor não aparecerá como uma coisa. Ele quer entrar na nossa vida, e a sua manifesta-ção supõe um coração aberto. É assim que reconheceremos O ressuscitado.

A Judas Tadeu é atribuída uma carta do Novo Testamento, parte integrante das chamadas Cartas Católicas, porque destinadas não a uma comunidade local, mas a um círculo mais vas-to, concretamente, “ aos bem amados de Deus e escolhidos por Jesus Cristo”.

O tema central desta carta é levar os cristãos a constituírem a graça de Deus como motivo para fugirem de uma vida dissoluta e de cor-romperem os outros irmãos com ensinamentos inaceitáveis e divisões no seio da Igreja.vs8

Ele censura os que nas reuniões engordam, apenas preocupados com eles mesmos. São nuvens sem água, levados pelo vento, árvores sem fruto, astros errantes, para os quais está reservada para sempre a obscuridade das tre-vas.vs.12-13. isto lembra-nos que, no meio das tentações existentes, com todas as correntes da vida moderna, devemos guardar a identida-de da nossa fé.

A via da indulgência e do diálogo, inaugurada pelo Vaticano II, deve ser seguida com firmeza, mas este caminho do diálogo não deve fazer esquecer a necessidade de sempre pormos em evidência, ainda com mais força as linhas mes-tras e características fundamentais da identida-de cristã. Esta identidade requer força, clareza e coragem diante das contradições do mundo em que vivemos. vs20-25

O autor desta carta vive a sua fé em plenitude (à qual pertencem a integridade moral, a ale-gria, a confiança) procurando dar dela um tes-temunho forte e ao mesmo tempo sereno.

pe. Orlando Santos

o conteúdo destes textos é da responsabilidade dos seus autores

Os Apóstolos: Simão o “Zelota” e Judas Tadeu

Page 11: Jornal Vitae nº104 - Novembro 2008

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Era o homem mais Velho lá da aldeia. E nem sequer era o que tinha mais anos! Tinha envelhecido antes do tempo. Chamavam-lhe “Ti António Antigamente”.

A verdade é que o “Ti António Antigamente” vivia num mundo que já não existia. Começava quase todas as frases por “Antigamente”… Os mais novos achavam estranho que o "Ti Antó-nio" dissesse “No meu tempo…” e depois conju-gasse os verbos seguintes no passado… Como é que o tempo de alguém pode ser o passado?! Houve até dois ou três que lhe perguntaram isso, mas ele correu-os logo. Quando os viu já longe, concluiu: “No meu tempo havia mais respeito”...

Quando falava do seu passado, “o seu tempo” como dizia, falava sempre com mágoa e sem alegria. No entanto, queria impor a todos os critérios e modos desse tempo como se fossem os melhores. Era uma manha do Coração do “Ti António Antigamente” de que ele nunca se aperce-bia: uma das consolações mais simples de quem não conseguiu ser feliz é impor aos outros as suas próprias condições.

Falava de quase tudo com desencanto, porque não tinha esperança. Sonhava que um dia a terra girasse ao contrário e – quem sabe! – o tempo se pusesse a andar para trás…

Era mesquinho, pobre homem. As novidades que ia encontrando na Vida eram como obstáculos a permanecer tranquilo no seu mundo feito de “ontens”… Por isso, não era uma pessoa madura na sua maneira de se relacionar com os outros. Estava sempre preocupado em provar que tinha razão! E nunca perdia uma boa oportunidade de comparar algum acontecimento ou situação que estivesse a presenciar com o modo como “antigamente” as coisas se passavam.

Ao voltar a sítios onde há muitos anos já não ia, não via o que havia de novo: os prédios, as estradas, os parques… Não! Só via o que já lá não estava: “antigamente” havia aqui isto e aqui-lo… “No meu tempo” isto não estava aqui…

O “Ti António Antigamente” não tem muito jeito para fazer amizades… Aos mais novos lá da terra, trata-os por “Ó jovem!”, mas não diz o nome deles. Sim, é verdade. Não diz nunca o nome de nenhum, limita-se a dizer “Ó jovem!”

Adora dizer coisas que se aprendiam no seu tempo e na língua do seu tempo, e depois ri vito-rioso quando os “jovens” não sabem do que ele fala. Finge um ar de espanto, e depois conclui triunfalmente com a constatação de que, de facto, “o seu tempo” era o melhor de todos. Ape-sar de, evidentemente, "o seu tempo" não o ter feito feliz!

Uma vez ou outra encontrei-me com pessoas lá da aldeia com mais anos do que ele, mas não tão Velhas! Partilhei com elas a minha admiração por ser possível viver num mundo que já não existe e num tempo que pode ser lembrado mas não construído! Sorriram-me… Percebi que o contrário da Velhice era a Sabedoria!

O “Ti António Antigamente” era Velho, não era Sábio. Porque se fosse Sábio, não seria Velho!

Não sei como é que hei-de dizer-lhe estas coisas todas… E duvido mesmo que as queira ouvir. Mas não há nada mais triste do que um Coração Velho….

Rui Santiago, cssr

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Retiro das catequeses de Gueifães e Folgosa em Famalicão

Susana Leite

“Uma lufada de ar fresco” é a melhor designação para o retiro de 2008 em Famalicão.

O “cocktail” ideal de diversão/reflexão.

Sem dúvida que fomos bem mimados pelos catequistas este ano. Não podia ter esperado melhor deste

retiro… Foi absolutamente… Perfeito.

Todos os jovens se encontravam no espírito desta iniciativa, pelo que facilitou o desenrolar do projecto.

Todos muito cumpridores dos horários… Uma união fenomenal…

Uma organização notável… Com um substrato de regime ditatorial imposto pela

Susana. Os momentos de reflexão, protagonizados pelo enorme ícone Luís Sousa colo-

caram-me em reflexão como ninguém…

Momentos que traçaram um fim-de-semana em cheio.

As “mangueiradas” de que fomos alvo foram um reflexo do sentimento que

reinou em todos no final… Um balde de água fria… O retorno à realidade… André Gomes

(7º ano de catequese)

Como é hábito, todos os anos, acontece o retiro da catequese de Gueifães, mas este ano, tivemos a parti-

cipação dos catequizandos e catequistas de Folgosa.

Todos juntos, saímos de Gueifães por volta das 10h da manhã. Chegados aos Combonianos de Famalicão,

todos estávamos entusiasmados por conhecer as instalações e por saber o que nos esperava para aquele

fim-de-semana. Reunimo-nos na sala de “encontro” e recebemos as boas vindas.

Logo depois fomos almoçar e recebemos a visita do Sr. Padre Orlando que nos fez companhia na activi-

dade que se iria realizar logo após o almoço. Essa actividade serviu para escolher os cinco grupos de tra-

balho para todo o fim-de-semana. Depois de uma tarde de trabalho e de alguma convivência entre

todos, fomos jantar.

A oração da noite foi em volta de uma coluna de fogo onde todos partilhámos a nossa vontade de conti-

nuar a caminhada.

O alarme ligava cedo, por isso, tivemos de nos retirar para os quartos.

Sábado de manhã, por volta das 8h, encontrámo-nos todos no cenáculo, para em conjunto, fazermos a

oração da manhã. Depois, fomos tomar um merecido pequeno-almoço.

Durante o resto da manhã, reunimo-nos em pequeno grupo para trabalharmos e após o almoço partilhar-

mos o nosso trabalho no grande grupo. Partilha essa, que se estendeu pela tarde fora.

Após esta tarde de trabalho intenso, fomos todos jantar, pois já merecíamos.

Já satisfeitos, reunimo-nos na sala de encontro, para que os pequenos grupos de trabalho apresentassem

um pequeno teatro sobre uma personagem que dedicou a sua vida à Igreja. Ainda era cedo para dormir,

então viemos até ao espaço exterior, onde fizemos um círculo e todos deixaram cair as suas máscaras e

mostraram o seu verdadeiro “eu”.

Já era tarde, por isso, fomos dormir.

No domingo, a saudade começava a aparecer, pois avistávamos o final de uma caminhada que marcou

realmente todos os nossos corações e a prova disso foi a oração da manhã.

Tomado o pequeno-almoço, reunimo-nos no jardim à espera de uma surpresa por parte dos catequistas.

Essa surpresa foi bem aceite por nossa parte, pois fomos alvejados por balões de água e mais tarde por

uma mangueira.

Depois desta animação, almoçámos e fomos preparar a celebração onde os nossos pais estiveram pre-

sentes. Durante o fim-de-semana existiram outros grupos destinados ao teatro, ao jornal e à oração. Os

grupos de teatro prepararam pequenas apresentações para receber da melhor forma os pais. Depois des-

te pequeno “sarau”, fomos lanchar e começamos a despedir-nos, pois estava na hora de regressarmos a

casa. “O retiro serviu para fazermos novas amizades e fortalecermos as já existentes!”

Patrícia Oliveira e Daniela Ferreira

(8º e 9º ano de catequese)

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Eu disse: "O Reino de Deus é de quem o acolhe como uma criança". Quem é que inventou o "Alpinismo Religioso", hein?!

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Olá amiguinhos! Já pensaram alguma vez o quanto Jesus gosta de nós crianças? Um dia ele até disse às pessoas todas que estavam com ele: “Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o Reino do Amor!” E vocês sabem o que é o Reino do Amor? Sabem? É assim um mundo com que Jesus sonhou, onde quem manda (o Rei) é o Amor… Já imaginaram? E se começásse-mos agora mesmo a construí-lo?

Para pintar!

Ricardo Ascensão

Page 15: Jornal Vitae nº104 - Novembro 2008

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Leituras Dominicais

2 | XXXI Domingo do T. Comum Ml 1,14-2,2.8-10 | Sl 130,1-3

1Ts 2,7-9.13 | Mt 23,1-12

9 | XXXII Domingo do T. Comum Sb 6,12-16 | Sl 62,2-8

1Ts 4,13-18 | Mt 25,1-13

16 | XXXIII Domingo do T. Comum Pr 31,10-31 | Sl 127, 1-2.3.4-5

1Ts 5,1-6 | Mt 25,14-30

23 | Celebração do Cristo Rei Ez 34,11-12.15-17 | Sl 22,1-3.5-6 1Cor 15,20-26.28 | Mt 25,31-46

30 | Celebração da Sagrada Família Sr 3,3-7.14-17 | Sl 127, 1-5

Cl 3,12-21 | Mt 2,13-15.19-23

Actividades da Paróquia / Agenda Cultural

Serviços da Paróquia

Atendimento do Pároco Terça, Quinta e Sexta 17h às 19h

Secretaria

Seg. a Sexta 15h às 19h

Biblioteca Sábado 17h30 às 19h

Bar Sábado 9h às 12h 14h às 19h

Acolhimento das Crianças

Celebrações Sábado - 16h30, 19h15 Domingo - 19h

Ficha Técnica

Editorial pe. Orlando Santos

Coordenador Ricardo Ascensão

Design | Montagem Ricardo Ascensão Teresa Ascensão

Revisão Lígia Lopes

Equipa de Redacção Francisco Miranda Luís Moreira Maria Inês Rocha Rita Fonseca Susana Leite Teresa Ascensão

Colaboradores Nazaré Marques Pedro Graça Vânia Oliveira

Publicidade Altina Borges

Impressão Tipografia Araújo

Publicação On-line Pedro Graça

www.grupovitae.com

[email protected] [email protected]

Horário das Celebrações

2ª e 4ª feira - 9h 3ª, 5ª e 6ª feira - 19h Sábado - 16h30, 19h15 Domingo - 9h, 19h

Actividades da Paróquia / Agenda Cultural

"Quando ficou a sós com eles, Jesus explicou-lhes todas as suas Palavras e Parábolas..." (Mc 4, 34)

www.ASosComEles.blogspot.com

Domingo a Domingo a explicação das leituras.

Periodicidade mensal | Distribuição gratuita | 700 exemplares

Novembro 1 Festa de Todos os Santos 2 Fiéis Defuntos

3

4 Reunião da Equipa Vicarial da Catequese - Gemunde

5 6

7

8 Encontro de Adolescentes do 7º e 8º anos da catequese | Magusto - 21h30

9 Dia Mundial da Liberdade

10

11 12

13

14

15 Reunião de Catequistas

16 Dia Internacional da Tolerância | Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada

17 Dia Mundial do Não Fumador | Dia Internacional do Estudante

18

19 Formação Bíblica Permanente - Auditório da Paróquia de Vermoim - 21h30

20 21 Dia Mundial da Televisão

22

23

24

25 Reunião de MEC’s e de Leitores - 21h30 Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres

26

27

28

29 Dia Internacional de Solidariedade para com o Povo Palestiniano

30

Dezembro

1 Restauração da Independência | Dia Mundial de Luta contra a Sida 2 Reunião da Equipa Vicarial da Catequese - Silva Escura

Dia Internacional para a Abolição da Escravatura

3 Dia Internacional da Pessoal com Deficiência 4

5 Dia Internacional do Voluntário para o Desenvolvimento Económico e Social 6 Reunião de Catequistas

7 Imaculada Conceição