22
JORNAL VOLEIBOL EM FELGUEIRAS Edição n.º 1 Época 2014-2015 História A formação do clube Estudos & desporto Jogadores O “campinho” As conquistas Os treinadores O futuro Agrupamento de Escolas de Felgueiras, Pombeiro de Ribavizela

Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

Embed Size (px)

DESCRIPTION

1ª edição do Jornal do 1º clube de Voleibol em Felgueiras

Citation preview

Page 1: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

JORNAL

VOLEIBOL EM FELGUEIRAS Edição n.º 1

Época 2014-2015 • História

• A formação do clube

• Estudos & desporto

• Jogadores

• O “campinho”

• As conquistas

• Os treinadores

• O futuro

Agrupamento de Escolas de

Felgueiras, Pombeiro de Ribavizela

Page 2: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

História No ano letivo 2013-2014 a Professora Alexandra e o Professor Tiago foram colocados na nossa escola. Eram um casal de Professores de Educação Física da Maia. Têm três filhas. Duas delas jogam voleibol. O projeto de Desporto Escolar foi alterado e foram criadas três equipas de voleibol na escola. Iniciados, juvenis e juniores. Tudo feminino. Era estranho para todas as meninas. Voleibol? Como se joga? Não temos jeito nenhum para isto! Aos poucos, e sempre de acordo com as convicções dos professores, este novo desporto começou a entranhar-se na nossa cultura escolar. De repente a escola estava tomada pela paixão por um desporto de difícil aprendizagem e poucas ou nenhumas raízes em Felgueiras. Cerca de 90 jogadoras dedicadas no primeiro ano foi algo que ninguém esperaria. Mas aconteceu. Os resultados desportivos eram, no início, muito maus. Como desporto muito técnico que é, o voleibol demora a desenvolver-se e muitas outras equipas tinham anos de treino à nossa frente. Lembro-me do 1º encontro das Iniciadas onde foram arrasadas pelas adversárias. 29-123 foi o resultado num jogo de 10 minutos. Mas a evolução foi rápida… O quadro seguinte mostra a evolução dos resultados em três encontros entre a nossa equipa e as de Amarante e Telões. Sempre a melhorar.

Page 3: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

Por enquanto os resultados desportivos não apareciam, era necessário criar estratégias de motivação para manter as meninas concentradas, empenhadas e focadas no principal objectivo: aprender a jogar voleibol. Foram criados prémios para cada jogo (como exemplos os dos quadros seguintes)…

…Foram realizados torneios e estágios de Natal, Carnaval, Páscoa… Sempre com o objectivo de aumentar a paixão pelo voleibol e dar mais horas de treino. Sempre o treino. Os resultados começaram finalmente a surgir no fim do ano. Era o culminar de muitas horas de treino. Muitas mesmo. Quando se começou a pensar na preparação do ano seguinte havia várias situações que necessitavam de reflexão profunda. Havia já neste momento alguns pais a enviarem o “recado” que com tanto treino deveriam ser federadas... As Iniciadas eram aquelas que tinham uma margem de progressão aceitável neste desporto. Resolvemos avançar. Depois de ouvidos os pais, onde lhes foi apresentado um estudo feito secretamente que indicava que todas as suas filhas tinham melhorados as notas após entrarem para o voleibol (jogada de mestre!), com o total apoio do Director da Escola e a sua equipa, foi criado o 1º Clube de Voleibol de Felgueiras.

1º estágio de voleibol - Carnaval

Page 4: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

A formação do clube Na época 2014-2015 já somos um clube de Voleibol filiado na Federação Portuguesa de Voleibol. Infantis foi a equipa escolhida pois englobava quase todas as meninas de Iniciadas do Desporto Escolar que nos tinham demonstrado vontade em melhorar e muito empenho em consegui-lo.

Há três treinos semanais para a equipa federada. Segundas, quartas e quintas das 17:45 às 19:30 no pavilhão da escola. Antes de treinar todos têm oportunidade de estudar ou fazer trabalhos de casa na “salinha” criada junto à entrada do pavilhão. Já não há desculpas. E há alunas mais velhas que ajudam as mais novas nos estudos. Obrigado Luísa, Sara e Carvalhais.

No decorrer do ano fomos preparando a criação da base de um clube de voleibol: o Mini-Volei. Criámos uma equipa de Minis A (escalão misto). Já disputaram dois torneios e os resultados foram bastante satisfatórios. Treinam duas vezes por semana. Quartas e quintas das 18:00 às 19:30. A treinadora é a Luísa Monteiro (jogadora/capitã das juniores e aluna do 12º ano).

Os nossos 1ºs Minis A sempre com a Luísa Monteiro ao leme.

Olimpíadas Intermunicipais do Desporto 2014.

Page 5: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

O apoio da comunidade envolvente era fundamental para o sucesso do projecto. O voleibol é (era) um desporto sem tradição em Felgueiras e de difícil inclusão nas raízes desportivas desta população. A Nobrand foi o maior aliado. O nosso parceiro. Esta empresa de renome internacional na área do calçado, e com raízes em Felgueiras, foi preponderante no desenvolvimento do clube nestes seus primeiros passos. Com o seu apoio fomos capazes de criar condições de treino, de logística, transportes, estágios, participações em torneios, que de outra forma seriam praticamente impossíveis de alcançar. Foi a Nobrand que possibilitou que nós, neste primeiro ano, conseguíssemos uma evolução qualitativa que um clube ainda pequeno como o nosso só se pode orgulhar. Esta empresa é, sem dúvida, um exemplo de boa gestão empresarial pois, como comprovamos agora que a conhecemos cada vez melhor, é preocupada em diversificar o seu leque de ligações. É uma empresa virada para o futuro, para a inovação, para as novas ideias, para o orgulho que todos devem sentir em serem gente da sua terra. Nobrand é uma marca inigualável. O Voleibol em Felgueiras será um dos seus marcos. Muito obrigado Nobrand. Não há mesmo ninguém que tenha deixado a marca em nós que vocês deixaram.

Page 6: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

JOANA MARINHO (capitã das infantis) A capitã da nossa equipa federada é aluna do 8º ano. Excelente aluna por sinal. Foi eleita pelas suas colegas de equipa com a aprovação dos treinadores. É um exemplo para todas do que deve ser um atleta. Aplicada nos treinos, concentrada e com muita vontade de melhorar a cada dia. Nos jogos tem revelado liderança, superação e decisão. O que te levou a ir para a equipa de voleibol? Joana Marinho: Eu sempre gostei de praticar desporto, depois surgiu esta oportunidade de praticar voleibol, e arrisquei. Ao início era só uma atividade e uma forma de convívio, agora tornou-se mais importante e com mais responsabilidades, algo que intensificou o meu gosto pelo voleibol. O que sentes quando estás em campo a jogar? (Para fazeres aqueles olhos de cachorrinho) J.M.: Sinto uma grande adrenalina, união principalmente com as colegas de equipa, também um pouco de nervosismo, mas não em demasia, e sem sombra de dúvidas feliz, principalmente quando ganhamos. Qual é a tua responsabilidade enquanto capitã de equipa? J.M.: Enquanto capitã, tento "puxar por elas" e ajudá-las ao máximo, compreende-las de uma forma que talvez os treinadores não compreendem. Tento principalmente ser um exemplo para elas para serem e sermos cada vez melhores. O que fazes quando não jogas voleibol? J.M.: Tento organizar o meu tempo com o voleibol e a escola, por vezes não é fácil, por isso maior parte do tempo quando não jogo é para estudar. Outra parte do meu tempo é gasto com a minha família. O que dirias a quem nunca jogou voleibol? J.M.: Diria que é um ótimo desporto para fazer novas amizades, para nos manter em forma e para principalmente nos divertir. No fundo também nos torna pessoas melhores. Ajuda-nos a saber lidar com a pressão. Aconselharia a qualquer pessoa. Quais são os teus sonhos? J.M.: Um dos meus maiores sonhos é ir com a minha equipa ao mais alto patamar e levar este fantástico desporto para o meu futuro!

Foto mais votada na Federação Portuguesa de Voleibol no concurso “foto da semana”.

Page 7: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

Iniciados Feminino do D.E. – 2013/2014

Jun

iore

s Fe

min

ino

do

D.E

. – 2

01

3/2

01

4

Juve

nis

Fem

inin

o d

o D

.E. –

20

13

/20

14

Page 8: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

O CAMPINHO Em 2015 foi projectado e construído um campo de voleibol de exterior. Um espaço que era pouco utilizado passou a ser um dos mais frequentados da escola durante os intervalos. Os trabalhos foram efectuados pelos alunos da turma de vocacional do 3º ciclo. Agora todos os alunos tem oportunidade de experimentarem o voleibol, sem pressões, com as suas regras, no seu tempo. Desde a sua criação foram já diversas as solicitações para pertencer a uma equipa de voleibol da nossa escola no próximo ano.

Os alunos têm sempre à sua disposição bolas que são emprestadas apenas quando demonstram vontade de as estimarem. Este é mais um espaço que os alunos da nossa escola usufruem. Usem-no bem.

Voleibol 2x2, 3x3, 4x4… com regras…

sem regras… MAS BOLA NO AR!

Page 10: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

Último jogo das Juniores 2013-2015

Juniores Feminino 2014/2015 Em cima: Catarina Ribeiro; Sara Brochado; Prof. Tiago Carneiro; Débora Alves, Mariana Alves; Marta Moreira. Em baixo: Luísa Monteiro; Mónica Silva; Marta Ribeiro; Joana Correia; Marcela Miranda; Diana Carvalhais. Faltam: Vânia; Elsa; Joana; Ana; Jéssica; Sara; Helena; Daniela.

As “velhotas” chegaram ao fim… O seu percurso académico na nossa escola acabou. Vão voar para longe, e algumas bem alto. Foram dois anos muito bons onde aprenderam o bastante para terem percebido que infelizmente chegaram tarde a este desporto. Quando tudo começou nem sabiam o que era uma bola. Estar no ar? Piada! Agora ensinam o nosso futuro. Elas foram as locomotivas da dinâmica que foi implementada no voleibol desta escola. Sem elas a nossa história teria sido muito mais pobre. Obrigado meninas. Vocês ajudaram-nos a criar o sonho. Espero que um dia consigam alcançar todos os vossos. Estarei sempre disponível.

O chato grande.

Page 11: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

PEDRO SAMPAIO (capitão dos juvenis masculinos) Porquê voleibol? (Nós sabemos que é porque as meninas usam calções curtos…) Pedro Sampaio: Por ser um desporto coletivo, por haver trabalho de equipa, por ter de haver entendimento entre colegas de equipa e por ser um desporto interessante. A vossa evolução num ano foi... P.S.: Evoluímos bastante ao longo do ano e isso refletiu se nos resultados obtidos, isto tudo graças ao trabalho árduo da equipa, pela ambição, pelo querer, pelo prazer de praticar este desporto. Voleibol não é um desporto de meninas? P.S.: Não, todos os desportos deviam ser praticados por ambos os sexos. O que achas que poderão alcançar no próximo ano? P.S.: Com muito trabalho e querer acho que conseguiremos atingir o nosso objectivo… sermos campeões. Conselhos para os mais novos na nossa escola. P.S.: Acho que os alunos devem fazer o que gostam, independentemente de qual seja o desporto, não tenham vergonha, façam o que gostam. Que vais fazer no futuro? P.S.: Eu pretendo continuar na equipa de voleibol.

O Pedro Sampaio é daqueles alunos que todos conhecem na escola. Alunos, professores e funcionários sabem quem é. Mas pelos bons motivos. É um aluno educado, sem ser um nerd, participa activamente nas atividades da escola, sejam desportivas, culturais ou lúdicas. É o capitão da equipa dos machos do voleibol da escola. A única!

Page 12: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

A SALA DO CLUBE

No pavilhão havia uma sala que estava ocupada com “tralha” sem uso. Depois de arrumada e colocadas lá as nossas cada vez mais numerosas coisinhas até ficou engraçada. Muito melhor organizado o nosso material agora. Material de treino de um lado, papelada de outro, roupas de outro, ferramentas, micro-ondas e máquina de café (falta a TV), uma mesa para trabalhar (não aparece nestas fotos), um sofá feito com paletes recicladas… Em vez de ocupar diversos espaços do pavilhão e o material amontoado e fechado em armários, assim é muito mais prático.

Page 13: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

Inês Duarte – aluna que saiu da nossa escola mas joga na nossa equipa.

“Tudo começou como um passatempo, do género de uma diversão, mas com o passar do tempo tornou-se algo que realmente gostamos e a que nos dedicamos. Cada vez mais, a concentração e disciplina que vamos adquirindo nos treinos revela-se nas atividades do dia-a-dia, como na escola, e para além disso, funciona como uma espécie de refúgio, algo que nos permite relaxar e libertar, tanto o nosso corpo como a nossa mente, do stress absorvido, por isso posso afirmar que nos ajuda bastante!”

“Ao longo deste últimos dois anos o projeto que é o clube de vólei tem vindo a crescer de forma fantástica. A paixão que os alunos sentem por ele é um dos principais motores que permitiram este crescimento. A criação de um clube federado feminino foi um grande estímulo para a comunidade escolar, revelando-se o apoio desta para com a equipa. Com isto surgiu a necessidade de esforço e dedicação para que os objectivos fossem atingidos o que graças aos treinadores e espírito de equipa se revelou possível.”

Jorge Teixeira – aluno do 11º ano e jogador dos juvenis masculinos.

Está

gio

de

vole

ibo

l - P

ásco

a

Page 14: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

“No início começou com hábito, depois vício e agora dependência. Voleibol ”

Diana Pimenta. Aluna do 11º ano, jogadora das Juvenis e a nossa fotógrafa.

“O voleibol teve um grande impacto na minha vida porque fez com que eu praticasse mais regularmente desporto pelo facto de ir aos treinos para me preparar para os jogos fazendo assim com que eu melhorasse o meu desempenho em campo. O voleibol foi um grande projeto porque não fez apenas com que eu gostasse deste desporto mas sim com que uma grande quantidade de alunos de diferentes idades tenha gostado. Fez com que estes tivessem ambição de ser melhores jogadores para conseguir fazer frente a grandes equipas de diferentes escolas e ao terem esta atitude estão a ganhar espírito de competição e estão a praticar desporto o que é uma atividade essencial.”

Tiago Pereira – 1,90m

“O voleibol é uma excelente iniciativa, não só em termos de preparação física, mas também psicológica. A interação e relações criadas entre os elementos da equipa fazem com que deixe de ser um simples desporto e que passe a uma filosofia de vida”

Lisandra – A única. Um exemplo. Rica menina. Excelente jogadora.

Page 15: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

A Professora A Professora Alexandra é assim e ponto. Quem gosta gosta, quem não gosta azarito. Exigente, durona, disciplinadora, eficaz. Meiga, organizada, fiel e trabalhadora. Os seus princípios não se vergam pelas opiniões dos outros. É incapaz de ceder. Quando não tem razão… (isso não existe).

O elo que a liga aos alunos é algo inquebrável. O seu poder maternal é de tal forma forte que adivinha estados de espírito e impossibilita quase por inteiro os problemas. É a arma secreta do Professor Tiago.

Como correram estes dois anos do projecto? Correram bem. Foi um começar do zero, pois nenhuma das atletas sabia o que era voleibol!!! É bom poder acompanhar a evolução e o crescimento de todas a todos os níveis. Mãe de três meninas e "mãe" de tantas outras... como é? Não é fácil, mas quando a vontade é grande, tudo se consegue. É quase não ter tempo para respirar hihihi Entre umas filhas e outras lá vou conseguindo organizar o meu dia a dia de maneira a que ninguém fique para trás. Até agora tem sido possível... com muita ginástica familiar!!! Onde pode chegar o Voleibol em Felgueiras? O Voleibol em Felgueiras poderá chegar longe pois o nosso lema é: O importante não é vencer todos os dias, mas lutar sempre!!! Nem sempre será fácil, mas com trabalho, garra e coragem conseguiremos o impossível. Novas batalhas estão para vir ... Então que venham... Daremos o nosso melhor, não tenho dúvidas nenhumas. Como é trabalhar com o marido? Sinceramente, não é fácil... por vezes temos pontos de vista diferentes como é normal. Porém, tentamos sempre chegar a um consenso! Enquanto um vê o lado mais técnico/táctico o outro tenta trabalhar a parte emocional. Acho que conseguimos encontrar um equilíbrio. Sonhos? Continuar a ser quem sou, fazer o que gosto. Ser Mãe, Filha, Esposa, Professora, Treinadora, Amiga e conseguir deixar um pouquinho de mim em tudo o que faço na certeza de que também levo sempre um pouquinho de todos comigo!!

Page 16: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

A 1ª vitória do clube: 25/10/2014.

3 - 2

Rivalidade/amizade com a equipa de juniores de Freamunde

Page 17: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

CRISTIANA VAZ (Capitã da equipa das juvenis feminino) Gostas mais de voleibol ou de chocolate? Cristiana Vaz: Gosto de ambos, mas mais um pouquinho de chocolate, eheh. Tanto o voleibol como o chocolate são coisas que aprecio imenso. Ouvimos dizer que és a animadora de serviço da "família" do voleibol lá da escola. É assim? C.V.: Fico feliz por conseguir animar esta “família”. É sempre um prazer fazer aquilo de que gostamos com um pouco de diversão. Acho que isso faz bem a todas as jogadoras. Além disso, proporciona um melhor ambiente, mais motivação e mais empenho para continuar a crescer. O cabelo não atrapalha? (Esse teu cabelo!!!) C.V.: Não. Desde que o cabelo permaneça preso, não atrapalha qualquer movimento no Voleibol. Por isso, as jogadoras não precisam de se preocupar com esse aspecto. E os centímetros a menos? C.V.: Não é isso que impede uma pessoa de jogar Voleibol. A vontade de praticar este desporto é maior que tudo. Quando se tem paixão e gosto por algo, nada nos impede de alcançar certo objectivo. Também o Voleibol é um jogo de equipa, ajudamo-nos umas às outras. A união faz a força. O que achas que vai acontecer no próximo ano? C.V.: Não sei, mas espero que os professores continuem a apoiar-nos como sempre fizeram. Espero que haja mais empenho, mais dedicação e mais evolução. Se fosses rapaz ias assistir aos jogos de voleibol das meninas? (Vai-se fazer de desentendida) C.V.: Acho que sim, pois despertaria mais interesse e uma maior vontade de experimentar este desporto. Até onde achas que pode crescer o voleibol na nossa escola? C.V.: O Voleibol pode crescer muito e alcançar resultados espectaculares, se houver dedicação. A nossa escola possui jogadoras e jogadores com muitas qualidades e talentos para tal, que favorecem o desempenho desportivo. Quando fores "grande" o que vais ser? C.V.: Não tenho resposta definitiva para isso. Quando for “grande”, espero estar feliz e a fazer aquilo de que gosto, sem nunca esquecer o Voleibol.

Esta gigante (1,50m) tem uma atitude contagiante. É o elo motivacional da equipa de juvenis. Uma verdadeira força da natureza. Sempre alegre, sempre sorridente. É difícil estar triste à sua volta. Passadora é a sua função no jogo mas em campo faz muito mais do que distribuir o jogo. É solidária, é a garra viva. Aluna do 11º ano. Muito boa menina. Amiga.

Page 18: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

Ano 2014/2015 Juvenis Femininos 3º lugar CLDE Tâmega

Ano 2014/2015 Juvenis Masculinos

2º lugar CLDE Tâmega

Ano 2014/2015 Iniciados Femininos 3º lugar CLDE Tâmega

Page 19: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

RESULTADOS DA EQUIPA FEDERADA Neste primeiro ano de competição ao mais alto nível, as nossas meninas não se deram nada mal. Na primeira fase do Campeonato Regional apenas uma vitória. De esperar. Todas as equipas adversárias já competem há vários anos e nessa fase da época notou-se muito. Na 2ª fase do Campeonato Regional já conseguimos saborosas vitórias e o nível do voleibol que apresentámos em campo melhorou bastante. O Torneio AVP é para as equipas que não se apuram para o nacional. Na primeira fase continuamos a ganhar alguns jogos e equilibrámos muitos dos jogos que perdemos. Cada vez melhor. 3º lugar agora. Na 2ª fase do AVP estivemos ao mais alto nível da época. As nossas meninas já não são tão inexperientes como o eram no início e os treinos mostram agora os seus frutos.

Participámos este ano em 4 torneios (+ o AMB) O primeiro foi de pré-época e em nossa casa e contou com a presença do Gueifães, do Colégio de Lurdes e do Penafiel. O segundo torneio foi no Infesta contra as infantis e as cadetes deles. O terceiro foi novamente em Felgueiras com o Penafiel e o Infesta. Este primeiro ano de competição das nossas meninas foi, a nosso ver, um sucesso. Poucas lesões, muito treino, algumas vitórias, bons jogos, muita aprendizagem. No próximo ano passam ao escalão de Iniciadas. Já mais experientes certamente os resultados irão melhorar. E é esse o objectivo. Melhorar a cada dia. O Voleibol em Felgueiras é uma realidade. A história está escrita e nada fará mudar esta paixão por este desporto. Seremos cada vez mais e cada vez mais fortes.

11 vitórias e 45 sets ganhos

neste 1º ano.

Page 20: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

Este foi também o ano da 1ª participação das nossas atletas num grande torneio internacional. O AMB Volleyball Cup 2015. Foram superadas todas as espectativas que as nossas atletas tinham antes de lá chegarem. Foi brutal para elas verem 2500 atletas em acção. 200 equipas de vários escalões, jogo das estrelas, festas, praia, piscina, convívio…

12 campos de voleibol num só pavilhão é uma imagem difícil de esquecer.

As nossas 15 atletas disputaram 9 jogos. 6 vitórias e 3 derrotas. 17º lugar em 33 equipas. Alguns jogos muito bons com um nível de voleibol sempre a crescer. Boa aprendizagem.

Muitas novas amizades. Algumas com culturas e raízes bem diferentes das nossas. Um grande enriquecimento pessoal para elas.

O convívio e cumplicidade entre elas foi um dos aspectos mais relevantes. A equipa está mais unida no seu todo. Somos agora mais fortes.

O 1º contacto com atletas do mais alto nível como o Dinis Leão (jogador da selecção nacional) abriu-lhes uma realidade voleibolistica inimaginável.

Diversão!

Cansaço

AMB, quem não vem não vê. Nós vimos!

Page 21: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

Como correram estes dois anos do projecto? No 1º ano foi um ano difícil pois foi necessário construir tudo do nada. Não havia voleibol enraizado na cultura desportiva da escola e normalmente quem não conhece não gosta. Este ano foi ainda mais difícil pois o trabalho aumentou ainda mais na escola, mais treinos, vontade de fazer mais e melhor, fazer crescer esta ideia… Acho que nunca trabalhei tanto na vida. Mas nunca me deu tanto prazer. Onde pode chegar o Voleibol em Felgueiras? Em primeiro lugar espero que continue… A acontecer o que espero, acho que , com muito trabalho, vai chegar muito longe. Quando se quer, quando se luta muito por algo, tudo se consegue. Como é trabalhar com a esposa? Agora que já sou mais maduro (ela sempre foi) é bom. Ajudamo-nos. Complementamo-nos. Às vezes é difícil pois não pensamos igual sempre. Só me chateia que ela tenha sempre razão!

O Professor

Apesar do quase 1,90m este bom gigante é um coração mole. De fácil trato. Amigo de todos. Dificilmente se chateia mas quando acontece… sai da frente… Jogador de Voleibol desde os 14 anos. Treinador também há muitos anos. Pai de três meninas. Apaixonado pelo desporto em geral e então pelo voleibol nem se fala. É completamente louco! Mas tem noção disso. Gosta de ser assim. Felizmente tem, por vezes, rédea curta pela ponderada esposa, que o chama à razão e o educa.

Sonhos? Ver as filhas crescerem sempre bem e felizes. Um dia levar uma delas aos Jogos Olímpicos. Continuar a ser treinador muitos anos. Continuar a jogar com os amigos também muitos anos. Ser sempre feliz e ver os outros felizes também.

Page 22: Jornal Voleibol em Felgueiras - Edição 1

Até para o ano?

Queremos aproveitar esta última página para voltar a agradecer a todos os que tornaram este sonho possível. A Direcção do Agrupamento, todos os colegas que ajudaram, funcionários e amigos. Aos pais das nossas meninas que foram ao longo do ano cada vez mais presentes no apoio e na ajuda. Aos patrocinadores Carité, Sidepel e Casa dos Reclamos pelo apoio. Ao Sr. Sérgio Cunha e à NOBRAND pela confiança que tiveram em nós o que permitiu um crescimento impossível sem eles.

A todos os alunos que mesmo não pertencendo à família do Voleibol apoiaram e ajudaram-nos a crescer. Ao Franclim Guimarães pelo apoio e ajuda. Ao Miguel Abreu e Joana Faria pela amizade e disponibilidade sempre constante. Aos pais da equipa da nossa filha Beatriz pela forma como sempre trataram a nossa filha como sendo deles nas muitas vezes que não estivemos presentes. Aos treinadores das nossas filhas. Às amigas delas.

Às nossas filhas por saberem lidar e compreender as nossas ausências.