Jornalismo Televisivo

2007 MANUAL DE JORNALISMO TELEVISIVO UTAD TV

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FICHA TCNICA

TITULO: MANUAL DE JORNALISMO TELEVISIVO UTAD TV

2007 UNIVERISDADE DE TRS-OS-MONTES E ALTO DOURO

AUTORES: Joo Simo (org.)

Nuno Fernandes

COPYDESK: Daniela Santos

Ins Aroso

ILUSTRAES: Joo Simo

www.comunicamos.wordpress.com

O utilizador pode copiar, distribuir, exibir e executar a obra sob as seguintes condies:

Atribuio. O utilizador deve dar crdito ao autor original, da forma especificada pelo autor ou licenciante. Uso No-Comercial. O utilizador no pode utilizar esta obra para fins comerciais. No a Obras Derivadas. O utilizador no pode alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta. Para cada reutilizao ou distribuio, dever deixar claro para outros os termos da licena desta obra. Qualquer uma destas condies podem ser renunciadas, desde que obtenha permisso por parte do autor.


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NDICE

NOTA PRVIA ..................................................................................................................... 6

OBJECTIVOS ....................................................................................................................... 6

ESTATUTO EDITORIAL ........................................................................................................ 7

JORNAL UNIVERSITRIO ..................................................................................................... 7

JORNALISMO TELEVISIVO ................................................................................................... 9

ENQUADRAMENTOS .................................................................................................... 10

PLANOS DE CORTE.................................................................................................... 10

OS CONTRA-PLANOS ................................................................................................ 11

PLANO GERAL ........................................................................................................... 11

AS REGRAS ............................................................................................................... 12

ESCALA DE PLANOS .................................................................................................. 13

AS CARACTERSTICAS DOS DIVERSOS PLANOS ......................................................... 14

ALGUNS APONTAMENTOS RELATIVAMENTE AOS PLANOS ...................................... 17

ERROS DE ENQUADRAMENTO ................................................................................. 18

CAPTAO DE IMAGEM ............................................................................................... 20

INTRODUO ........................................................................................................... 20

ILUMINAO ............................................................................................................ 22

CMARA ................................................................................................................... 24

TRIP ........................................................................................................................ 27

DICAS DE FILMAGEM ................................................................................................ 28

TCNICAS DE CAPTAO DE IMAGEM ..................................................................... 28

GRAVAO DE ENTREVISTAS ................................................................................... 29

MICROFONES ........................................................................................................... 30

PEA JORNALSTICA ......................................................................................................... 31

OS DIFERENTES MODELOS ........................................................................................... 31

A REPORTAGEM ....................................................................................................... 31

A ENTREVISTA .......................................................................................................... 31

OS DEBATES.............................................................................................................. 31

APRESENTAO ....................................................................................................... 32

NO TERRENO ................................................................................................................ 32

OS VIVOS DOS REPRTERES ..................................................................................... 33


4 4

A FORMA DE ESTAR, DE EXPR-SE E DE VESTIR NUM DIRECTO ............................... 34

COMO ASSINAR AS PEAS ........................................................................................ 35

O "PORTUGAL SENTADO" ......................................................................................... 35

NA REDACO .............................................................................................................. 36

AS PEAS .................................................................................................................. 36

O MITO DA PIRMIDE INVERTIDA EM OPOSIO AOS PICOS ............................... 37

VIVOS LONGOS E SEM INTERESSE ......................................................................... 38

PINTAR ..................................................................................................................... 39

TEXTO DAS PEAS .................................................................................................... 39

ESCRITA ........................................................................................................................ 40

PRINCPIOS DE CONSTRUO .................................................................................. 40

REDACO ............................................................................................................... 40

O QUE NO SE DEVE FAZER NA ESCRITA .................................................................. 41

NA EDIO ................................................................................................................... 42

LOCUO ..................................................................................................................... 42

VELOCIDADE ............................................................................................................. 42

QUALIDADE DE DICO ........................................................................................... 42

ESCRITA PARA LEITURA FRENTE CMARA ............................................................. 42

LEITURA FRENTE CMARA ........................................................................................ 43

CARACTERSTICAS DO APRESENTADOR .................................................................... 43

PIVOTS: TEXTOS E DICAS .......................................................................................... 44

SIMBOLOGIA E TERMINOLOGIA ................................................................................... 45

ALGUMAS TERMINOLOGIAS DE TELEVISO ............................................................. 45

A EDIO .......................................................................................................................... 46

CRIAR UM PROJECTO ................................................................................................... 46

REA DE TRABALHO ..................................................................................................... 48

FERRAMENTAS DE EDIO ....................................................................................... 48

LINHA DE TEMPO ..................................................................................................... 49

EFEITOS .................................................................................................................... 49

FICHEIROS ................................................................................................................ 50

MONITOR ................................................................................................................. 50

EDITOR DE CLIPS....................................................................................................... 51

IMPORTAR FICHEIROS .................................................................................................. 51


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CAPTURAR VDEO ......................................................................................................... 52

CORTAR E EDITAR NA LINHA DE TEMPO ...................................................................... 53

EDITAR UMA PEA ................................................................................................... 55

LEGENDAS/ ORCULOS ............................................................................................ 56

EXPORTAR .................................................................................................................... 59

USO DE IMAGENS DE ARQUIVO ................................................................................... 60

NOTAS FINAIS ................................................................................................................... 60

COMO CITAR AS FONTES .............................................................................................. 60

A LEITURA DAS IMAGENS ............................................................................................. 60

OS GRAFISMOS............................................................................................................. 60

CONSELHOS .................................................................................................................. 61

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................... 62


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NOTA PRVIA

O manual que se segue , acima de tudo, uma base de trabalho sobre como deve ser

uma televiso universitria e respectivo funcionamento. Durante a elaborao do

manual, recorreu-se a notas pessoais, apontamentos de aulas, livros de estilo e

outros, referenciados na bibliografia.

Na sua essncia, a UTAD TV um laboratrio de experincias e de ensino. Sendo assim

um local em que o erro ir surgir e no qual a correco do erro e a aprendizagem a partir

deste ser um objectivo fundamental.

Alm do projecto de televiso universitria a UTAD TV tambm o incio de um

percurso profissional e dever por isso na sua essncia ser o mais prxima possvel das

redaces (sejam elas, de imprensa, rdio ou televiso) que os alunos de hoje

encontraro como profissionais no seu futuro.

Todos os trabalhos efectuados feitos sobre a gide da UTAD TV devem ser feitos pelos

alunos seguindo as normas e princpios ticos e deontolgicos do jornalismo.

OBJECTIVOS Pretende-se dotar a academia de um jornal independente e rigoroso que informe

alunos, professores e a comunidade acadmica sobre as vrias actividades de interesse

acadmico, cultural, regional e generalista.

O grande objectivo educativo deste projecto , acima de tudo, fazer da UTAD TV um

laboratrio de jornalismo televisivo. Isto , potenciar aos alunos um local onde possam

praticar jornalismo televisivo com o mximo de autonomia em ambiente profissional

mas sempre com um apoio tutorial e orientador que permita gui-los e ajud-los a

aprender com a prtica e com o erro.


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ESTATUTO EDITORIAL A UTAD TV uma televiso universitria on-line, orientada por critrios de rigor, sem

qualquer dependncia de ordem ideolgica, religiosa, poltica e econmica.

A UTAD TV defende o jornalismo exigente e de qualidade, recusando o sensacionalismo.

A UTAD TV aposta numa informao diversificada, abrangendo os mais variados campos

de actividade da academia da UTAD e da sua regio envolvente.

A UTAD TV considera que a existncia de uma opinio pblica informada, activa e

interveniente condio fundamental da democracia e da dinmica de uma sociedade

aberta, que no fixa fronteiras a culturas, movimentos e opinies.

A UTAD TV participa no debate das grandes questes que se colocam Academia da

UTAD.

A UTAD TV rege-se pelos princpios de independncia, autonomia e pluralismo

informativo, respeitando os valores universalmente reconhecidos da tica e deontologia

profissionais.

A UTAD TV assume o direito liberdade de criao e expresso, comprometendo-se

com os deveres decorrentes, nomeadamente a reserva da vida privada dos cidados.

JORNAL UNIVERSITRIO O principal objectivo de um canal universitrio como o UTAD TV deve passar por chegar

junto da sua populao alvo, neste caso a populao universitria. Esse deve ser um dos

seus princpios.

A UTAD TV, embora sendo na sua essncia um laboratrio televisivo universitrio de

aprendizagem/erro/aprendizagem, deve ter a preocupao de ser real, elaborado com

responsabilidade e credibilidade, da mesma forma que os servios informativos dos

canais televisivos. A responsabilidade no menor apenas por se tratar de uma

televiso universitria.


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Os alunos ao elaborarem os alinhamentos do Jornal Universitrio da UTAD TV, devem

ter uma preocupao: o jornal deve ser feito de forma a ser lido por todos, sejam

professores, alunos ou meros curiosos que visitem o site da UTAD TV.

O Jornal Universitrio deve, tambm, ser o mais diversificado possvel com notcias

que interessem maioria dos alunos e professores da UTAD.

um erro construir um alinhamento do Jornal Universitrio tendo j uma lgica

preconcebida. Todas as notcias trabalhadas para o Jornal Universitrio devem ser

merecedoras da mesma importncia, sejam elas notcias de mbito cultural, poltico ou

universitrio.

A construo do alinhamento deve ser efectuada de forma inteligente, criativa e

apelativa, de forma a surpreender o telespectador. Na construo do alinhamento do

Jornal Universitrio os alunos devem naturalmente abrir com a notcia mais forte, mas

no devem seguir a lgica da pirmide invertida ao longo do alinhamento, recorrendo,

em vs disso, aos picos.

O alinhamento deve ter picos ao longo de toda a durao do noticirio e nessa

forma de pensar que se deve assentar toda a sua estrutura. Uma aposta nas notcias

mais fortes no incio e as mais fracas no fim um claro erro de pensamento.

Um bom alinhamento deve ter ser cativante, espantoso e deve ser variado, podendo

incluir todos os gneros do jornalismo: a reportagem, a entrevista, o comentrio e at o

debate, em casos que se justifique.

Sendo a UTAD TV um canal universitrio a realizao de debates, a presena de

comentadores ou a realizao de entrevistas fundamental. Ganha o Jornal

Universitrio que se torna diverso e ganham os alunos que tm hiptese de aprender a

lidar com situaes diversas na sua formao.

Depois de distribudos os trabalhos na reunio de redaco do Jornal Universitrio,

cada aluno deve olhar para a sua pea como se essa fosse a mais importante de todo o

alinhamento.

Deste modo ganha o aluno, porque elabora uma boa pea, e ganha o produto final do

Jornal Universitrio no seu todo.


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O Jornal Universitrio conduzido por dois pivots (mulher e homem) que vo

alternando a introduo das peas e as entrevistas aos convidados em estdio. Existem

temas chave no programa que so repartidos entre peas, reportagens alargadas e os

convidados. Os temas a serem abordados pelos convidados tm sempre suporte numa

pea. Haver peas fora dos temas dos convidados. Os temas dos convidados em

estdio tm de ser actuais e pertinentes.

Em estdio haver quatro convidados. Apenas em casos que se justifique esse nmero

poder ser superior e apenas quando existir a possibilidade de alternar entre os

convidados.

Nuca deve ser esquecido que um projecto deste gnero antes de tudo, um trabalho de

equipa.

Os alunos que participem no projecto do Jornal Universitrio, da UTAD TV, no devem

esquecer palavras como rigor, responsabilidade e iseno. Ou seja, em todos os

trabalhos devem sempre ouvir todas as partes envolvidas nos acontecimentos e todas as

questes devem ser sempre colocadas, Devem procurar-se, as respostas ao porqu? e

no apenas ao qu?.

JORNALISMO TELEVISIVO A televiso , at aos nossos dias, o mais poderoso meio de comunicao de massas.

Ela engloba na sua linguagem som e imagem, mas nesta ltima que concentra o seu

maior poder.

Na construo duma pea jornalstica para televiso na imagem que vai assentar o

maior poder. Por isso, o jornalista deve ser capaz de compreender as necessidade para

recolher uma boa imagem e qual o significado de cada imagem. No trabalho final, a

imagem e o texto em voz off devem ser apenas um elemento com o mesmo significado

semntico.

Na UTAD TV, o trabalho jornalstico realizado em grupos de dois, e ambos tero a

capacidade de recolher imagens (reprter de imagem), de recolher informaes e

depoimentos (jornalista) e de editar a pea (editores).


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ENQUADRAMENTOS O enquadramento o campo visual capturado pela objectiva da cmara. A esse elemento capturado chamamos plano, o qual mediante a disposio dos elementos ganha diferentes valores significativos e diferentes tempos de leitura.

So vrios os tipos de enquadramento que se podem usar no momento de filmar.

Neste tipo de plano as costas e o ombro do

jornalista podem aparecer em algumas das

respostas do entrevistado, embora v criar algum

rudo na imagem.

O entrevistado deve surgir sempre em primeiro

plano, olhando na direco do jornalista

O jornalista pode surgir em primeiro plano nas

perguntas, com um enquadramento similar ao do

entrevistado.

Este plano normalmente gravado

posteriormente ao fim da entrevista. Nesta fase o

jornalista pode tambm perguntar usando como

imagem um plano mdio, dando assim mais recursos de imagem para o trabalho de

edio

PLANOS DE CORTE Este tipo de plano essencial na construo de uma pea de televisiva j que permite a

mudana de planos, locais e momentos.

Um dos planos mais famosos em televiso o plano de corte que utiliza as mos do

entrevistado. Este tpico plano causa rudo e distraco sendo por isso considerado uma

coisa do passado.


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Outros planos, no menos famosos, so o de algum a escrever ou a imagem de uma

outra cmara de filmar. Estas tambm so imagens do passado que nada acrescentam e

que tambm causam rudos, distraco, quebra na histria visual.

Ao usar o plano de mos como plano de corte, o telespectador perde a ateno, e a

pea fica prejudicada na sua sequncia informativa, j que as mos no se relacionam

com o contedo.

Este plano deve ser substitudos por planos abertos, planos fechados ou pela utilizao

do plano e do contra-plano do jornalista e do entrevistado.

OS CONTRA-PLANOS um plano recomendado sempre que existam condies para tal, j que facilita a edio

do dilogo.

O que contra-plano do entrevistado? a gravao deste calado enquanto olha para o

jornalista que lhe coloca a questo.

Por sua vez, o contra plano do jornalista, naturalmente a imagem oposta, olha para o

entrevistado ouvindo-o numa atitude neutra, sem movimentos de cabea a dizer que

sim ou no, nem recorrendo ao uhm, uhm.

O reprter de imagem essencial nestas situaes, j que deve avisar o jornalista dos

movimentos de cabea caso eles existam.

O jornalista neste momento caso use microfone de mo, deve ter o cuidado, de efectuar

as questes colocando o microfone sempre mesma distncia que usou para colocar a

questo ao entrevistado durante a entrevista.

PLANO GERAL O plano inteiro outro que facilita o trabalho de edio.

Nas entrevistas em salas ou gabinetes, o plano geral

deve ser feito para que aparea o jornalista e o

respectivo entrevistado na imagem.

Este plano pode ser feito mais cedo, enquanto o

jornalista prepara a entrevista na conversa prvia com o entrevistado, ou pode ser feita

no fim, quando a entrevista terminou.


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AS REGRAS

OS 180 uma regra que os reprteres de imagem devem respeitar. Traa-se uma linha

imaginria que une o jornalista ao entrevistado, e apenas se trabalha de um desses

lados, respeitando sempre o ngulo dos 180, conforme a figura:

Ao ser respeitada a regra, o telespectador tem a facilidade de perceber que mesmo que

o jornalista e o entrevistado no apaream juntos, o entrevistado est voltado para o

jornalista e vice-versa.

IMAGEM

Centros de interesse

O interesse do telespectador sobe em funo da localizao do centro da imagem.

O centro de interesse principal dever ser colocado no tero direito da imagem.

Se a imagem tiver um nico centro de interesse, toda a aco se centra nele.

A imagem poder ter dois centros de interesse e nesse caso a nossa ateno divide-se

por ambos.

Se uma imagem tiver vrios centros de interesse, a ateno varia, centrando-se

alternadamente num ou noutro ponto, conforme a sua posio relativa


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ESCALA DE PLANOS Considerando um homem como exemplo, podemos dividir o seu espao em trs

grandes reas demonstrativas

1. A que nos mostra o ambiente que o envolve

2. A que nos permite observar a aco que executa

3. A que nos possibilita analisar a sua expresso

Desta forma surgem trs grupos de planos: Ambiente, Aco e Expresso

Os planos de ambiente podem ser:

PMG Plano Muito Geral

PG Plano Geral

Os planos de aco podem ser:

PGM Plano Geral Mdio

PA Plano Americano

PM Plano Mdio

Os planos de expresso podem ser:

PP Plano Prximo

GP Grande Plano

MGP Muito Grande Plano

PD Plano de Detalhe


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AS CARACTERSTICAS DOS DIVERSOS PLANOS

PLANO MUITO GERAL (PMG) o plano que no tem

qualquer limite, bastante geral. Contm, essencialmente, o

ambiente. O elemento humano quase que no visvel na

imagem.

PLANO GERAL (PG) Este plano tambm se centra no

ambiente. Apesar disso j se v o elemento humano na

imagem. Este plano j contm alguma aco apesar de o

ambiente ainda prevalecer.


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PLANO GERAL MDIO (PGM) A figura humana j se nota e

um ponto central da imagem, dando para perceber as aces

que executa. Existe um claro equilbrio entre a aco e o

ambiente envolvente. Neste plano a figura humana surge

sempre completa, isto , surge desde os ps cabea.

PLANO AMERICANO (PA) Neste plano, apesar do ambiente

estar presente, o contedo principal a aco das personagens.

O limite inferior da imagem corta o ser humano pelo meio da

coxa.

PLANO MDIO (PM) O ambiente no surge neste plano. Este

plano caracteriza-se fundamentalmente pela aco da parte

superior do corpo humano. O plano cortado pela cintura. Este

plano considerado um plano intermdio entre a aco e a

expresso.

PLANO PRXIMO (PP) Este plano cortado pouco abaixo das

axilas. Permite por exemplo imagens de algum a fumar,

cortando totalmente o ambiente em redor. Este tipo de planos

privilegia o que transmitido pela expresso facial.

GRANDE PLANO (GP) Este plano a expresso na sua mxima

importncia. um plano que cortado pela parte superior dos

ombros. Este plano retira a aco e o ambiente da imagem.


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MUITO GRANDE PLANO (MGP) Plano de expresso exagerado.

um plano que ao ser cortado pelo queixo e pela testa permite

que seja aumentada a carga emotiva da imagem para o

telespectador.

PLANO DE DETALHE (PD) Este plano foca apenas parte de um

corpo, desmontando assim o corpo humano. Este plano permite

tambm que seja aumentada a carga emotiva da imagem, ao

focar, por exemplo, uns olhos a chorar.

Ao introduzirmos movimento na cmara, criamos outro tipo de planos dependentes

desse movimento ou do uso de um ngulo diferente dado cmara. Assim temos:

FOCA-DESFOCA Plano em que ao focar-se o primeiro elemento mais prximo desfoca-

se o segundo elemento.

ZOOM Aproximao, ou afastamento, a determinado objecto. Este tipo de plano deve

ser equilibrado, no deve ser muito rpido nem exageradamente lento

PANORMICAS Normalmente um movimento efectuado de acordo com a nossa

leitura ou seja da esquerda para a direita apesar de se poder efectuar no sentido

contrrio. Tambm um plano que requer equilbrio, no devendo ser nem muito

rpido nem muito lento. Neste plano, o movimento da cmara apoiado no eixo do

trip.


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TILTS Movimento parecido com a panormica. O movimento tambm efectuado

normalmente de acordo com a nossa leitura, de cima para baixo, apesar de se poder

efectuar no sentido oposto. tambm um plano que requer equilbrio, no deve ser

nem muito rpido nem muito lento.

TRAVELLING Movimento bastante utilizado no cinema. A cmara efectua um

determinado percurso. Este tipo de plano normalmente utilizado em situaes de

explicao de determinada situao/movimento.

TRACKING Movimento que segue uma personagem ou um objecto que se movimenta,

como se fosse uma perseguio.

Este gnero de planos deve ser utilizado com bom senso. O uso excessivo na mesma

pea deste gnero de planos acaba por transmitir a ideia de um trabalho feito imagem

de um vdeo de casamento.

ALGUNS APONTAMENTOS RELATIVAMENTE AOS PLANOS Apesar da descrio sucinta de cada plano, os limites referidos nunca so rgidos. Cada

caso um caso, e se determinado plano (feito de acordo com as regras apontadas)

indicado para determinada pea isso no significa que esse mesmo plano resulte na

pea seguinte.

O reprter de imagem, em consonncia com o jornalista, seu colega de equipa, deve

optar sempre pelos planos que vo encaixar na histria. Para isso fundamental o


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trabalho de equipa e um perfeito conhecimento das razes pela qual esto a fazer

aquele trabalho. Uma boa preparao do trabalho fundamental para que exista um

bom trabalho de equipa.

Nota: Filmar contar uma histria, no apontar a cmara e carregar no boto.

ERROS DE ENQUADRAMENTO

A IMAGEM EGPCIA Um erro habitual quando o entrevistado fica de lado para a cmara, ficando assim o

entrevistado de lado, e metade do visor vazio. uma imagem pobre e errada, que nada

diz ao telespectador.

Este erro tem uma soluo extremamente fcil, o jornalista coloca-se sempre ao lado da

cmara de filmar. O entrevistado surge bem enquadrado na imagem j que olha para os

olhos do jornalista. Desta forma o telespectador pode observar as expresses do

entrevistado, detalhes que acabam por reforar a ligao entre o entrevistado e o

telespectador.


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IMAGENS PICADAS O olhar da pessoa deve estar sempre ao nvel da objectiva. Nunca se deve filmar um

convidado ou jornalista de cima para baixo (picado), ou ao contrrio de baixo para cima

(contrapicado). No caso de algum filmado de cima para baixo estamos a dar uma

imagem do convidado de ser algum diminudo. Se o convidado for filmado de baixo

para cima estamos tambm a dar uma falsa imagem de poder.

ABERTURAS, PASSAGENS E FECHOS O jornalista nunca deve surgir em plano prximo em

qualquer destas situaes devendo usar o plano mdio.

A posio do jornalista deve ser ligeiramente diagonal,

com o cenrio em fundo. O telespectador fica, desta

forma, com um enquadramento mais agradvel

Ao usar as passagens, o jornalista nunca deve ficar no centro da imagem, mas sim num

dos lados, para que o ponto de fuga ser aproveitado, valorizando a informao visual.

Neste tipo de imagens o limite sempre a cintura. Porm, caso seja necessrio, pode-se

usar o plano inteiro, sendo este fechado at se atingir a zona da cintura.

Para este tipo de imagens serem utilizadas e bem feitas o trabalho de equipa entre o

jornalista e o reprter de imagem fundamental. Assim o conjunto do ambiente e do

jornalista saem reforados.


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Os movimentos de cmara e do jornalista devem ser treinados para que exista

sincronizao.

As passagens, aberturas e encerramentos no devem ser iguais. O jornalista deve ter

todas as condies para uma boa imagem e o reprter de imagem deve orientar o

jornalista de modo a que os enquadramentos sejam os correctos.

Este tipo de planos deve reforar o trabalho da equipa e a qualidade do trabalho e no o

contrrio.

CAPTAO DE IMAGEM

INTRODUO Uma boa imagem vale mais do que mil palavras. Este provrbio resume de forma

sucinta o que deve ser uma imagem.

No deve haver margem para dvidas no jornalismo televisivo e se, por vezes, as

imagens parecem mais fortes do que as palavras, o texto no deve contudo ser

desprezado. essencial conciliar uma boa imagem com um bom texto.

No entanto por vezes ocorrem situaes de despiste na comunicao, como por

exemplo, as palavras esto em desacordo com as imagens, o que confunde

telespectador. Ao surgirem situaes em que as palavras dizem uma coisa e as imagens

mostram outra, acaba por perder-se a informao auditiva, embora a mensagem

audiovisual acabe por chegar ao seu destino.

So dois os factos que prendem a ateno do telespectador

A NOTCIA claro que uma notcia considerada forte prende o telespectador que d muito mais

ateno ao televisor e fica naturalmente alheado de tudo o que o rodeia.

A IMAGEM Uma boa imagem perfeitamente entendida, sem necessidade de palavras.


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Porm, claro que a imagem no jornalismo televisivo deve acompanhar as palavras.

Convm, contudo, referir que a imagem que comanda o texto e no o contrrio, por

isso, uma coordenao entre o jornalista e o reprter de imagem no terreno essencial.

este trabalho de equipa que permite que o jornalista, ao chegar redaco tenha as

imagens que pretende para o texto que vai escrever.

A importncia das boas imagens reflecte-se em um pequeno exerccio: tentar ver uma

reportagem sem som e com uma imagem forte, tentando a seguir fazer o inverso e ouvir

a notcia e no ver as imagens. A falta da imagem sente-se imediatamente.

a imagem que permite prender as pessoas e que possibilita a diferenciao

relativamente imprensa e rdio.

Mas, como j foi referido, uma reportagem um trabalho de equipa feita no terreno por

pelo menos duas pessoas, jornalista e reprter de imagem:

O jornalista , antes de mais, a cara da reportagem e possui a tarefa de ligar os

factos ocorridos com o telespectador.

O reprter de imagem possui a seu cargo a tarefa de captar a imagem e o som,

sempre em estreita ligao com o jornalista.

A nvel profissional existe ainda o editor de imagem que tem a tarefa de editar

as imagens e sons em ligao com o jornalista.

Convm realar que, actualmente este profissional mais requisitado para grandes

reportagens ou para peas que, por questes de tempo ou utilizao de grafismos, o

necessitem.

Transmitir a emoo contida nas imagens essencial. Devido a isso, a imagem possui,

por si s, um estilo de narrao muito prprio. Uma imagem com um rudo, ou um

silncio, pode ser o suficiente para causar a emoo que se pretende.

O reprter de imagem no um simples aponta e filma. , isso sim, um elemento da

equipa que deve conhecer o tema de forma a poder sentir os vrios elementos visuais e

emocionais que esto envolvidos na histria.

, por isso, fundamental que exista a coordenao na equipa. O jornalista deve explicar

ao reprter de imagem, na redaco, ou no caminho para o local, as razes para se


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efectuar aquele trabalho (O qu?, Como?, Quando?, Por qu?, Onde?) para que este

ltimo saba qual o objectivo do trabalho que vo fazer.

Os dois em conjunto devem traar um plano de trabalho, mas devem estar conscientes

que o local ou as circunstncias podem alterar as condies do plano de trabalho

previamente delineado. Esta situao de mudana de planos habitual.

Os dois elementos da equipa devem, por isso mesmo, ser capazes de se adaptarem s

novas circunstncias que rodeiam um trabalho, pois s assim este trabalho ser

valorizado.

ILUMINAO Uma boa iluminao fundamental em televiso. Ter a cara de um convidado bem

iluminada deve ser por isso um objectivo do jornalista e do reprter de imagem.

Uma entrevista feita com o convidado de costas para o sol (contra-luz) perde muito

valor, mesmo que seja uma entrevista com respostas fundamentais, j que a cara do

entrevistado est escura e tudo o resto em sua volta se encontra perfeitamente

iluminado. Situaes destas so de evitar.

Para que isto suceda essencial que a equipa procure no terreno as melhores condies

de trabalho possveis e tenha a noo das diferenas que existem entre filmar em

ambientes fechados (estdio ou outros) ou em ambiente aberto (exteriores).

A imagem que surge na televiso constituda apenas por trs cores (verde, vermelho e

azul) e a intensidade da luz que faz o contraste.

O principal cuidado a ter no momento da gravao de uma entrevista a iluminao,

seja ela da cara do entrevistado, ou da cara do jornalista. A cara da pessoa deve estar

sempre bem iluminada, de modo que seja vista em casa da mesma forma que a

veramos se ela entra-se na nossa casa.

Em situaes de gravao em interiores deve-se usar o pirilampo de luz, da cmara.

Caso este no esteja disponvel a entrevista deve ser realizada em local com claridade

suficiente.


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Colocar um convidado debaixo de uma lmpada normal ou florescente no uma boa

opo. Embora aparentemente no momento da filmagem a imagem parea ptima,

durante o visionamento das imagens na redaco notamos que a imagem no

corresponde ao que prevamos.

As cmaras, devido as condies de gravao no interior/exterior, possuem quatro tipos

de filtro.

Os botes de regulao desses filtros variam consoante o fabricante, j que cada um

possui o seu mtodo. Uns colocam os ajustes no menu, outros optam por dispositivos

junto parte ptica da cmara.

Dos filtros que existem falaremos apenas de dois,

O filtro de 3200 Kelvins utilizado em filmagens iluminadas com luz artificial,

seja a filmagem feita em exterior ou em interior

O filtro de 5600 K utilizado sempre em filmagens com luz natural

Caso no exista tempo para seleccionar o filtro para a situao devido importncia do

momento, a filmagem deve ser efectuada em automtico.

Dica:

Sempre que se muda de local de filmagem o reprter de imagem deve fazer o

acerto de brancos. Para tal utiliza-se uma folha branca ligeiramente inclinada,

relativamente qual o reprter de imagem deve efectuar um zoom, focar,

utilizando o filtro correcto para a situao.

Nota:

Os jornalistas ao gravarem directos ou vivos devem estar sempre com a cara

virada para o sol e nunca devem usar culos de sol.

CUIDADOS A TER NO POSICIONAMENTO DA CMARA Nunca filmar contra o sol. O sol, ou a fonte de luz devem estar nas costas do

reprter de imagem.

Nunca ter como fundo um espelho ou uma superfcie envidraada.


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Nunca ter como fundo uma superfcie branca.

Nunca colocar o entrevistado directamente debaixo duma lmpada.

Evitar todos os stios com pouca luz. Quando no local no existe luz suficiente

procurar um local onde seja possvel recolher as imagens.

WEB SUGESTES: http://www.lightinghd.com

http://tvyvideo.com

CMARA H vrios cuidados a ter com o transporte e utilizao da cmara, esta no deve apanhar chuva, p, nem qualquer outra substncia.

Antes da filmagem convm sempre verificar se a objectiva se encontra limpa e caso no esteja deve ser limpa com um pano seco.

Quando no trip, confirmar sempre que est trancada para evitar quedas.

Apresentao e descrio dos principais elementos das cmaras da UTAD TV.


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26 26

GRAVAR

Por vezes quando se liga a cmara e se coloca na posio de gravar, pode ocorrer o erro

de se deslocar o boto para o indicador errado. Caso aparea uma mensagem de erro no

display e no seja possvel gravar, verifique se o indicador est correctamente

posicionado na marca de CAMARA.


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ACERTO DE BRANCOS Colocar o Boto na posio central.

Clicar por duas vezes no boto WHT BAL apontando a cmara

para uma superfcie branca.

Colocar o boto na HOLD para trancar o acerto de brancos.

FILTRO DE DENSIDADE NEUTRA As variaes de luz fazem com que a cmara precise por vezes de

ajustar o filtro de densidade neutra. Automaticamente a

necessidade de activar este filtro detectada pela cmara que

deixa uma mensagem no display ND. Quando a mensagem

aparecer basta clicar no boto ND FILTER que se encontra junto

objectiva.

TRIP O trip deve ser SEMPRE usado pois ele permite a estabilidade necessria para as

imagens terem qualidade. A sua adaptao a qualquer tipo de terreno muito grande,


28 28

permitindo encontrar uma estabilidade nivelada em escadas, muros, declives e todo o

tipo de superfcies. Para tal basta usar diferentes ajustes nas patas e verificar o

indicador de nvel, a bolha.

DICAS DE FILMAGEM

Deve-se evitar gravar nos primeiros 60 segundos da cassete, para evitar o

desgaste.

Sempre que um trabalho terminar, deve-se retirar a cassete da Cmara e

acondicion-la em segurana.

Antes de gravar qualquer vivo, deve-se sempre deixar filmar durante 6 segundos

antes de dar a indicao ao jornalista de que est a gravar.

Depois do vivo deve-se deixar filmar por mais 6 segundos.

O zoom deve ser feito sempre com a mesma cadncia de forma a serem

evitados saltos.

Nunca terminar uma filmagem a meio de um zoom.

TCNICAS DE CAPTAO DE IMAGEM No laboratrio da UTAD TV todos os alunos devem captar imagens tendo em vista uma

evoluo. Ao trabalharem nos dois lados da equipa, jornalista e reprter de imagem,

ficam com uma plena conscincia das dificuldades e virtudes de cada lado da equipa. Se

cada elemento estiver no terreno a pensar em que imagens gostaria de ter para

contar a histria o trabalho final sai reforado.

Este tambm um trabalho em que o objectivo corrigir os erros e estes evitam-se

com trabalho.

Um dos principais erros no momento de captar imagens a cmara ao ombro. O trip

deve ser SEMPRE usado e s excepcionalmente que se utiliza a cmara ao ombro.


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Notas:

O aluno/jornalista/reprter de imagem deve estar consciente das diferenas

que existem entre filmar algo para uma pea para o telejornal ou filmar algo

para um programa do estilo xtase.

Dicas:

Nas situaes em que se utiliza o trip o reprter de imagem deve depois de

focar e centrar a imagem trancar o trip para que a cmara no mexa. Deve

ainda enquanto grava afastar as mos e o olhar de qualquer contacto com a

cmara, no devendo estar colado cmara. Isto por que se estiver a segurar

na cmara, apesar de ter a cmara e o trip trancados, o respirar faz com que

a cmara mexa ligeiramente.

O jornalista no momento da edio no deve utilizar os primeiros, nem os

ltimos, trs, quatro segundos do plano que pretende devido a pequenos

movimentos que normalmente existem, como respiraes do reprter de

Imagem, toques, etc.

Nas situaes em que se recorre utilizao de cmara ao ombro deve-se usar o

plano o mais aberto possvel, um plano aberto permite que o telespectador

comum no note tanto as respiraes do reprter de imagem que fazem com

que a imagem trema. Nesta situao de evitar ao mximo a utilizao de

planos de expresso.

Quando se faz recolha de imagens para pintar a pea, sejam eles planos de

corte ou de pintar, o jornalista e o Reprter de Imagem devem evitar estar a

falar perto da cmara, pois um bom som ambiente pode ficar estragado devido

conversa.

GRAVAO DE ENTREVISTAS A gravao de entrevistas uma situao bsica numa reportagem televisiva. Apesar de

ser intensamente discutida, so as experincias do dia a dia que estabelecem as regras,

naturalmente baseadas no bom senso.

As perguntas essenciais dos 5 ws devem ser sempre colocadas.


30 30

O jornalista deve estar atento s respostas, pois muitas vezes surgem questes

essenciais, ao longo da entrevista, que no eram previsveis no momento da preparao

do trabalho.

Caso seja necessrio gravar o jornalista a fazer as perguntas, estas devem ser feitas

posteriormente realizao da entrevista.

Nota:

O aparecer do jornalista por questes de vaidade ou porque sim deve ser

evitado.

MICROFONES Um dos erros mais comuns o posicionamento do microfone durante a entrevista. Este

colocado invariavelmente bastante perto da boca do entrevistado, o que alm de ser

esteticamente errado acaba tambm por provocar rudos estranhos aos sons captados

e, a imagem fica com um som comprometido na sua qualidade.

A distncia aconselhada do microfone ao entrevistado um palmo.

Nota:

Deve-se usar o microfone de lapela nas entrevistas mais longas ou que sejam

entrevistas para grandes reportagens.

Em situaes de vivo do jornalista, recomenda-se a utilizao do micro de mo,

muito embora actualmente nas televises britnicas se utilize o micro de lapela.


31 31

PEA JORNALSTICA

OS DIFERENTES MODELOS

A REPORTAGEM A reportagem (pea) divide-se em trs tipos, com diferentes tempos (estes tempos no

devem ser rgidos) e diferentes especificidades.

Pea/Notcia (130)

Pequena Reportagem (2 - 300) so trabalhos mais extensos porque o assunto

est na ordem do dia

Grande Reportagem (tpica e Intensiva)

Tpica Versa determinado assunto

Intensiva Restringe o assunto, este abordado com

profundidade

A ENTREVISTA A entrevista de Tipo Factual a entrevista em que o que surge em destaque o

acontecimento.

Na entrevista de Tipo Enftico o convidado o ponto de interesse.

OS DEBATES A gora ou Praa Pblica aborda vrios assuntos e varia de edio para edio,

o programa Prs e Contras um exemplo deste tipo de debate.

O Hearing um entrevistado com vrios entrevistadores. um tipo de debate

do programa da RTP2 Diga l excelncia.

O Duelo um tipo de debate que normalmente s usado em campanhas

eleitorais, ope dois entrevistados e um jornalista.


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APRESENTAO Existe trs tipos de apresentao em informao televisiva, cada um com as suas

prprias especificidades

Pivot Conduz a informao dos servios informativos

Vivo Reportagem Elemento de trabalho que pode ser usado nas peas quando

faltam imagens ou ningum quer dar a cara. O jornalista explica aos

telespectadores, por exemplo, como ocorreu um assalto.

Directo O vontade com a cmara fundamental, deve-se olhar para a

objectiva e falar para os telespectadores. Um directo serve para fazer um

resumo do assunto do acontecimento, contar pormenores, dar informaes.

Serve tambm para assinalar a presena da estao televisiva no local do

acontecimento.

Dicas:

Um directo pode ter um entrevistado, nestas situaes deve-se evitar a muleta

temos aqui connosco. um erro e fica mal, o telespectador pode ter a

tendncia de pensar que se o convidado est com o jornalista vai falar para o

jornalista. Deve-se isso sim introduzir normalmente o convidado:

Jos Silva, Comandante dos Bombeiros de Vila Real, qual a situao do incndio?

NO TERRENO As recomendaes que se seguem so apenas meros indicadores de como se deve

proceder para efectuar um bom trabalho no terreno:

ANTES DE CHEGAR AO LOCAL: Procurar informaes acerca do tema abordado essencial, um bom

conhecimento do mesmo, fundamental para a realizao de um bom trabalho.

Para tal fundamental a pesquisa do tema, seja atravs da leitura de jornais,

pesquisas com recurso a livros ou Internet. Um bom trabalho de pesquisa

essencial para um bom trabalho no terreno.

Marcar as entrevistas com antecedncia sempre que tal seja possvel.


33 33

Explicar o objectivo do trabalho ao reprter de imagem. Aqui se inicia o trabalho

de equipa, pelo que este ponto tambm fundamental. O reprter de imagem

fica, assim, com uma noo do tema e ele prprio comea a construir a histria

na sua cabea.

NO LOCAL: Apontar os time-codes mais importantes. Desta forma ganha-se tempo no

momento da edio.

Colocar o microfone a um palmo do entrevistado. Em televiso nunca se passa o

microfone ao entrevistado.

Alternar os entrevistados entre a esquerda e a direita.

A primeira pergunta deve ser sobre os dados do entrevistado (nome, cargo), e

serve ainda para testar o microfone.

Fazer uma pr-edio mental da notcia, caso seja necessrio o vivo final ou de

ligao grava-se. Chegar redaco e depois de comear a montar e s nesse

momento ir gravar um vivo mau. Deixa de existir raccord entre o local do

acontecimento e o vivo. Revela tambm falta de bom senso por parte do

jornalista que no previu a situao de faltar material para a histria.

Estar sempre atento aos pormenores. So estes que vo enriquecer a notcia,

podendo permitir questes essenciais que o jornalista no tinha planeado.

Se necessrio, gravar o vivo de reportagem (apenas caso se justifique)

OS VIVOS DOS REPRTERES No existe uma regra predefinida sobre quando o reprter deve entrar em vivo na pea

porm o bom senso fundamental neste captulo. O aparecer porque sim errado. Os

vivos devem ser encarados como um acrescento de informao no como uma feira de

vaidades.

Quando se possui uma informao importante e no possvel mostrar em imagens

deve-se utilizar o vivo. O vivo pode servir como ligao para outro assunto, sempre que

no existem imagens, e pode ser utilizado para sublinhar determinado pormenor.

Um bom vivo muito bem pensado e estruturado.


34 34

Nota:

Como a UTAD TV acima de tudo um laboratrio recomenda-se que os alunos

gravem vivos sempre que forem fazer os seus trabalhos, mesmo que estes no

sejam utilizados servem para treinar, ganhar confiana e calma.

A FORMA DE ESTAR, DE EXPR-SE E DE VESTIR NUM DIRECTO Num directo, tal como no vivo, a sobriedade do vesturio essencial. Quando nos

posicionarmos perante a cmara estamos a expr-nos. Ns somos aquilo que

aparentamos.

O mesmo jornalista tem mais credibilidade ao fazer uma pea sobre o Parlamento se

surgir num vivo de fato e gravata em vez de surgir de cales e t-shirt. Os prprios

entrevistados avaliam o jornalista pela sua aparncia.

A adequao da forma de vestir ao local ou assunto por isso fundamental.

Nota:

A indumentria e o comportamento devem ser consentneos com o local da

reportagem, ningum vai de fato e gravata para a praia.

Devem ter ainda bastante cuidado com a sua aparncia e devem evitar:

Utilizao de decotes;

Brincos demasiado grandes;

Pulseiras que faam demasiado barulho;

Tops ou camisolas, com frases;

O constante ajeitar do cabelo

Evitar sempre o Portugal sentado nas imagens, principalmente com as foras

vivas da cidade.


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COMO ASSINAR AS PEAS Normalmente um vivo feito para assinalar o fim da pea surgindo no final a assinatura

do trabalho. Por vezes, cola-se o texto do vivo a esta assinatura e isso um erro.

fundamental separar a ltima frase do vivo da assinatura.

Para uniformizar todos os vivos da UTAD TV os jornalistas devem utilizar a seguinte

frmula:

A compra de uma nova viatura o objectivo dos Bombeiros Voluntrios da Cruz Branca de Vila Real.

Maria Antnia, UTAD TV

No se deve dizer:

A compra de uma nova viatura o objectivo dos Bombeiros Voluntrios da Cruz Branca de Vila Real.

Maria Antnia, com imagem de Jos Joaquim, UTAD TV

Se o trabalho feito em equipa, porque razo no se diz de quem a imagem? J se

falou acima que devemos ter imagens de tudo o que dizemos, ora se no temos a

imagem do nosso colega reprter de imagem um erro dizer o nome dele.

O nome do reprter de imagem deve entrar em orculo. As assinaturas dos autores do

trabalho (jornalista, reprter de imagem e, caso exista, editor de imagem) devem entrar

sempre em orculo.

O "PORTUGAL SENTADO" Algo que sem dvida vai ser amide nas diversas emisses do Jornal Universitrio, da

UTAD TV, vo ser os debates, colquios e congressos, ou seja, vo ser jornais com

imagens pobres porque estas sesses por norma so feitas em salas e, por vezes, o

discurso que se obtm neste gnero de trabalhos rido.

Uma imagem de vrios professores numa sala a debater problemas filosficos, apesar

da riqueza do debate, e da aprendizagem, revela-se pobre na imagem. Pode-se at


36 36

considerar a sensao de Dej-vu ao longo de vrias emisses do Jornal

Universitrio.

Nesta conjuntura, convm que as entrevistas sejam feitas com o convidado em p, de

preferncia fora da sala na qual a reunio foi efectuada.

um desafio para a equipa que cobre mais um Portugal Sentado tornar o assunto

apelativo, dando-lhe uma nova vida. Porm um desafio que deve ser vencido.

Uma boa soluo, para alm do sair da sala, humanizar a histria, tentar perceber o

assunto para alm da filosofia, dar-lhe a necessria novidade, despertar o interesse.

O desafio numa pea destas colossal. Um assunto que partida parece

desinteressante e triste pode tornar-se uma surpresa. Por estranho que parea, no

meio do Portugal Sentado que se revela a diferena entre um bom e um mau

jornalista.

aqui que se separam as guas e se descobre a criatividade da equipa.

NA REDACO Visionar as imagens (os timecodes, que foram previamente apontados) e anotar

os cdigos dos mesmos.

Analisar as informaes, entender, pensar e s depois escrever.

Ler o texto em voz alta.

O vivo no deve ter mais de 10- deve emitir opinio, emoo, testemunho.

Nunca usar palavras ou imagens que deixem dvidas.

Em princpio, um jornalista que inicia uma histria, deve acompanha-la at ao

fim (follow up).

AS PEAS Uma pea uma histria. Uma boa pea uma histria bem contada com princpio,

meio e fim. Uma pea bem contada possui tambm uma narrativa lgica, um fio

condutor, de forma que o telespectador a siga atentamente e a perceba. Uma boa pea

aquela que conta a histria no tempo certo.


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Ao construir-se uma pea, deve-se ter em ateno os princpios da iseno, do rigor e do

pluralismo que so os fundamentos sagrados da credibilidade.

TEMPO DAS PEAS No existe um tempo rgido para as peas. Os tempos podem variar conforme as

caractersticas das peas, como esto referidas, ou conforme o peso da notcia. Porm

em mdia, uma pea, dita normal, ou tambm chamada de pequena reportagem, no

deve ultrapassar um minuto e meio, em mdia. Todavia, ressalva-se novamente que

cada caso um caso.

HISTRIAS COM PORMENORES Uma boa pea rica, tem pormenores, cativa quem a v e fica na memria. Uma boa

histria feita de pormenores que so ricos, quer na surpresa, quer na emoo.

Uma equipa que no terreno esquea ou at mesmo desvalorize esses pormenores, que

no momento de edio poderiam acrescentar algo histria, acaba por apresentar um

trabalho final sem gosto, primrio e pouco sedutor, em poucas palavras, um trabalho

estril.

Um bom trabalho de campo implica a procura dos pormenores, implica tambm a

criatividade e a audcia, de modo a que o trabalho final seja rico, interessante e com

essncia.

O MITO DA PIRMIDE INVERTIDA EM OPOSIO AOS PICOS Um dos ensinamentos bsicos do jornalismo a pirmide invertida. Todos aprendemos

que a notcia deve ser construda desde o mais importante at ao menos importante.

Aplicar estes ensinamentos numa pea televisiva tornar essa mesma pea em algo

melanclico e aborrecido.

Alm dos pormenores, as peas, da mesma forma que os alinhamentos, devem ser

construdas de forma a ter picos, ou seja, de forma a cativar.

Nunca nos devemos esquecer que uma pea deve ser apresentada como uma histria

com pormenores, com a imagem mais forte em primeiro lugar e que permite agarrar,

surpreender.


38 38

Naturalmente essa histria que o trabalho que apresentamos tem de contar bem

aquilo que encontramos no terreno. Os factos da histria tem de ser todos dados e

todas as pessoas devem ser ouvidas. O trabalho de campo deve ser feito como se

fssemos utilizar a Pirmide Invertida, apesar de, no final, no a utilizarmos e

construirmos a nossa pea com picos de interesse.

VIVOS LONGOS E SEM INTERESSE Poucas so as peas que prescindem da presena dos vivos dos protagonistas envolvidos

na notcia. Depois de efectuado o trabalho no terreno, surge a questo: que vivos usar?

Enquanto se efectua o trabalho no terreno, o jornalista deve ir tomando nota dos vivos

que podem interessar, ai nesse momento que se faz a primeira seleco.

No , novamente, uma regra fixa mas um bom vivo no deve passar os 10 segundos e,

naturalmente, em determinadas situaes com grande impacto esta regra no

observada.

No se devem utilizar vivos que no acrescentem informao, ou seja, confusos. Caso

estes sejam usados, a pea fica a perder.

A ateno do jornalista no momento do vivo fundamental. A ateno essencial para

preparar as respostas seguintes, para se aperceber se as respostas esto a ser confusas,

de modo a permitir repetir a questo. o momento em que pode surgir a questo que

no se tinha pensado.

Uma pea com maus vivos uma pea desinteressante.

Um bom vivo transmite emoo, sentimento, um estado de alma, um testemunho,

todavia um bom vivo apenas e s um elemento de uma pea, no deve ser o suporte

fundamental da histria.

Dica:

Evitar fazer vivos com todas as foras vivas de determinado local. Normalmente

as foras vivas dispem-se a tal e fazem questo de aparecer.

Um jornalista com alguma experincia sabe que por norma os entrevistados

nem sempre permitem bons vivos, muitas vezes devido dificuldade de


39 39

expresso clara e concisa dos mesmos. Usualmente existe a tendncia de se

alongar em muitos pormenores nas primeiras respostas, convm, por isso,

questionar de novo, usando outras palavras, para aumentar as hipteses de

escolher o melhor vivo.

PINTAR Uma pea pode ser assassinada com imagens ms. A frase parece dura mas real. J

aqui foi referido que essencial o trabalho de equipa, uma perfeita coordenao entre o

jornalista e o reprter de imagem. A histria para ser perfeitamente contada, alm dos

vivos esclarecedores, dos pormenores que enriqueam o texto, deve ter imagens que

sirvam para pintar de forma a permitir contar a histria. Uma informao recolhida pelo

jornalista no terreno requer a recolha dos planos necessrios a descrever a histria.

Uma m imagem aquela que fria, que distante do texto, aquela que no revela

nem a emoo nem o pormenor necessrio.

Quantas vezes no se v algum a escrever num papel? Ou um pormenor de uma

cmara ou microfone? Existe alguma ligao entre imagem e texto neste gnero de

situaes? De que adianta se ter um pormenor decisivo se no temos a imagem? A

imagem e a palavra devem complementar-se, assim a pea sai reforada, enriquecida.

Nota: O trabalho de equipa essencial.

TEXTO DAS PEAS Um texto simples um texto claro.

Dica:

O texto deve comear a ser feito mentalmente durante o trabalho no terreno.

No futuro muitas das vezes o texto escrito no carro durante a viagem de volta

redaco, pois o tempo essencial.


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ESCRITA

PRINCPIOS DE CONSTRUO Premissa:

Qual o interesse da mensagem?

1. O que est em causa

2. Antecedentes

3. Consequncias reais ou potenciais

(porque vou, o que levou a este ponto e quais as consequncias?)

REDACO 1. Exrdio o ponto mais importante da notcia. O ataque da pea

fundamental e o que distingue as peas e os jornalistas.

Abordagem da notcia.

Disruptivo/Sensacional

Aproximativo

Inovador o superlativo funciona sempre

2. Enunciado aprofundamento da premissa apenas o fundamental

3. Desenvolvimento: explicao

O desenvolvimento uma parte que se trabalha mais na reportagem

ESTRUTURA NARRATIVA Quem, a quem, como, porqu?

Texto em forma de narrao

1. Respeitar a ordem cronolgica

2. Situar em relao ao momento actual (ontem, amanh, faz agora um ano)

3. Usar o presente indicativo, futuro ou passado

4. Nmeros em percentagem ou proporo

5. Utilizar as mesmas referncias dos telespectadores


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6. Colocar questes e responder

7. Esquematizar e simplificar os conflitos

8. Designar claramente os actores do acontecimento

9. Ir do particular para o geral, do facto regra, do exemplo teoria

10. Exprimir-se sempre de forma explcita (no usar o humor)

Final sntese das informaes a reter

Evitar: clichs, votos, questes, concluses

O QUE NO SE DEVE FAZER NA ESCRITA Colocar demasiada informao no texto

Cada frase deve dar uma informao e ter +/- 3

O plano/imagem deve ter a mesma informao

Uma pea de 130 deve ter 30 frases, 30 informaes, e 30 planos

Assustar os telespectadores

Dar ordens

Usar frases ou construes negativas

Usar a voz passiva

Comear o texto com frases do tipo como se esperava ou citaes

Usar o estilo dos jornais, frases feitas ou reproduzir telexes

Dizer os ttulos profissionais ou acadmicos antes dos nomes (no h vocs)

Um bom texto de uma pea feito com frases pequenas e incisivas, isto permite que a

leitura do texto seja facilitada, dando-lhe mais ritmo.

J se sabe que um texto para TV para ser ouvido, pelo que se uma frase no

acrescentar informao alguma no deve ser utilizada. O bom texto aquele que

entendido pelo telespectador primeira.

O texto deve ser simples, coloquial, evitar a utilizao de adjectivos, no exprimir

opinio nem transmitir piadas.

Um texto simples d credibilidade uma pea.


42 42

No esquecer que o texto deve ter correspondncia imagem e este deve ser escrito de

acordo com a imagem. A imagem no pinta o texto, esta comanda o texto do

jornalista.

Dicas:

Menos mais. Um bom texto no o que tem muitas frases, muitas ideias. Um

bom texto aquele em que o jornalista conseguiu resumir e simplificar os factos

dando a mesma informao.

Ler os textos sempre em voz alta antes de os vocalizar.

Evitar palavras repetidas ao longo do texto.

Sugestes:

Escrever o texto, cortar ideias repetidas, simplificar ideias, conjugar ideias.

NA EDIO

O texto e a imagem no podem ser contraditrios

Ter ateno aos raccords tem de existir uma histria visual

Deixar sempre 5 sem voz no incio e no fim da pea mas com imagem.

LOCUO

VELOCIDADE Mais de 150 palavras/minuto (2/3 segundos) perturba a audio

QUALIDADE DE DICO Pronunciar todas as slabas

Usar pontuao e sinais que ajudem a leitura

ESCRITA PARA LEITURA FRENTE CMARA Teleponto

Caracteres grandes e nunca mais de 30 por linha


43 43

Introduzir a sublinhar as palavras de referncia

Papel

Caracteres grandes

Sublinhar as palavras de referncia

Usar cores diferentes

Papel em formato A5 horizontal

LEITURA FRENTE CMARA Relacionamento com a cmara

Narrao em tom familiar

Expresso de rosto agradvel

Olhar nos olhos do telespectador

Inflexes de voz naturais

Respiraes de 2nos pargrafos

Silncio antes das citaes

Acentuar as palavras-chave

Posio do Pivot

Costas ligeiramente oblquas

No gesticular demasiado

O teleponto apenas um apoio

Ter ateno s folhas e ao barulho destas nos microfones

CARACTERSTICAS DO APRESENTADOR Comunicabilidade

Voz Olhar Gestos Empatia

Credibilidade Aparncia Imagem projectada


44 44

Sobriedade Vesturio e adereos Comportamento

PIVOTS: TEXTOS E DICAS Uma pea comea sempre com o lanamento do pivot e o off da pea a continuao.

essencial que cada pea seja escrita tambm com uma proposta de pivot, deste modo

evita-se a repetio de informao que poderia ocorrer caso o Jornalista no a fizesse.

Se por acaso se repetir informao, estamos a desperdiar tempo essencial.

Se os pivots do Jornal Universitrio tiverem os textos das peas dos colegas com as

propostas de pivot ficam com o trabalho facilitado, evitam repeties e podem adaptar

os textos sua forma de leitura.

Os Pivots do Jornal Universitrio devem tambm ter cuidados durante a apresentao

do programa. Gestos excessivos, maneirismos, tiques, so de evitar. Um jornal deve ser

conduzido com simplicidade e o deslumbramento do eu estou aqui deve ser sempre

evitado. Mais uma vez ns somos aquilo que aparentamos ser e a credibilidade que

transmitimos o que somos.

O fecho do Jornal deve ser simples evitando assinaturas prprias. O fecho do Jornal

Universitrio deve ser uniforme a todos os pivots:

P1 Por hoje tudo.

P2- Voltamos a encontrar-nos aqui para a semana

P1 H mesma hora e no mesmo local.

Nota:

muito importante seguir o guio pr-estipulado e estudado uma vez que dele tambm dependem os planos das trs cmaras. Assim, qualquer pergunta que surja extra guio deve ser feita pelo pivot que apareceria nessa mesma ordem.


45 45

SIMBOLOGIA E TERMINOLOGIA

ALGUMAS TERMINOLOGIAS DE TELEVISO Alinhamento Sequncia de notcias de um espao informativo

Bolacha (DLS) imagem que surge no canto do ecr

BTC Betacarg

COLA 2 vts sem pivot (vts = vdeo tape)

Deixa ltimas palavras da pea

DVE grafismo

ENG Sala de edio

Esqueleto Base Sonora

ENV Blocos de imagem recebidos das agncias

Follow up seguir a histria (o mesmo jornalista)

Montagem edio pea

Orculo informao escrita, colocada sobre vt

Off2 sequncia de imagens sonorizadas pelo pivot


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Pintar colocao de imagens sobre o esqueleto da pea

Pivot apresenta o informativo

Promo sequncia de imagens que anuncia o trabalho a apresentar

Ticker texto que passa em rodap

Vivo declaraes do jornalista ou do entrevistado

Vozoff voz de fundo das peas

A EDIO So vrios os programas que se podem utilizar para editar. A nvel profissional utiliza-se,

entre outros, o AVID, um programa muito parecido na sua lgica de funcionamento com

o Premiere Pro, o Clip Edit da Sony, um programa muito simples e com poucas opes, e

o Premiere Pro. Na UTAD TV ser utilizado o Premiere Pro da Adobe.

CRIAR UM PROJECTO

Quando abrimos o

programa a primeira

janela que abre

apresenta duas

possibilidades, a de

criar um projecto

novo ou a de abrir um

existente. H um erro

muito comum na

criao de um novo

projecto. Quando

criamos um projecto

novo devemos criar uma pasta nova e especifica para esse projecto. Todos os elementos

que usarmos na criao do vdeo final devem estar dentro dessa mesma pasta. Isto

porqu? O Adobe Premiere Pro no guarda em si os ficheiros que estamos a usar. O que

ele faz associ-los a uma localizao. Se, por exemplo, inserirmos uma msica que


47 47

esteja numa PEN e editarmos atravs dela podemos editar cortar e fazer todo o tipo de

alteraes. No entanto se guardarmos o projecto e da prxima vez que formos editar

no tivermos a PEN no PC, o Premiere no ir reconhecer o ficheiro da msica porque

simplesmente no sabe onde est. Por isso mesmo quando criarmos um novo

projecto devemos criar uma nova pasta e inserir nela todos os elementos a usar no

vdeo e trabalhar a partir deles e dessa mesma localizao.

Aps clicar em new Project aparecer uma outra janela onde teremos de inserir as

configuraes tal como a imagem mostra: DV-PAL Standart 48kHz.

ainda nesta janela que vai determinar a localizao da pasta onde vai colocar todos os

ficheiros para a edio do vdeo final. Por fim, ainda nesta janela que devemos dar o

nome ao projecto. Inseridas todas estas configuraes deve clicar OK e passar para a

rea de trabalho do Premiere Pro.


48 48

REA DE TRABALHO

Esta a disposio geral dos elementos dentro do Premiere Pro.

FERRAMENTAS DE EDIO

As ferramentas de edio encontram-se no canto inferior direito mesmo ao

lado da TIME LINE ou Linha de Tempo. So vrias as suas funes no

entanto as duas mais usadas para a edio das peas sero a Selection

Tool , a seta cuja tecla de atalho o V e a Razor Tool , o

machado cuja tecla de atalho o C.

A Selection Tool permite-nos arrastar e posicionar os vdeos na time

line, mudar de linha, seleccionar diferentes clips, progredir com o marcador no vdeo

entre todas as outras tarefas de seleco. A Razor Tool permite cortar um clip ou

um udio no ponto em que clicarmos, fazendo assim uma separao.


49 49

LINHA DE TEMPO

Esta a rea onde ser editado e montado o vdeo. Time Line ou Linha de Tempo explica

de forma clara a forma como funciona. O vdeo e udio disposto nesta linha segundo a

sua ordem cronolgica. Vrias multi-linhas permitem-nos sobrepor diferentes vdeos e

udios.

Para alm das linhas de vdeo e udio da Linha de Tempo fazem ainda parte o marcador,

a seta azul e linha vermelha que indicam a posio do vdeo e udio na Linha de Tempo.

No canto inferior direito temos o zoom da Linha de Tempo . Ao

deslocar a pequena seta para os tringulos maiores estamos a aumentar o zoom na

representao da Linha de Tempo, ao deslocar para os tringulos menores estamos a

diminuir o zoom na representao da Linha de Tempo.

Por baixo da rgua existe ainda uma outra linha entre duas setas e que

marca a rea que ser exportada. Independentemente do tempo de vdeo na Linha de

Tempo, quando exportarmos um vdeo o Premiere Pro apenas exporta o trecho que

esteja seleccionado nesta rea. necessrio sempre, antes de exportar, verificar se todo

ou a parte da Linha de Tempo que queremos exportar

est seleccionada por esta linha.

EFEITOS

aqui que esto disponveis os efeitos de vdeo e de

transio. A forma de utilizao muito simples. Os

efeitos encontram-se agrupados em pastas, basta clicar


50 50

duas vezes nelas para as abrir e depois de seleccionado o efeito basta clicar nele e sem

largar arrast-lo para o local onde o queremos aplicar.

FICHEIROS

nesta caixa que ficam dispostos os vrios ficheiros com

os quais estamos a trabalhar, sejam eles vdeos, ficheiros

udio, imagens, legendas, etc.

Podemos dar-lhe uma cor de label (etiqueta) para mais

facilmente se distinguirem. Ao clicar em cima de cada

ficheiro, uma pequena reproduo aparece no pequeno

monitor no cimo da caixa junto a todas as principais

indicaes do ficheiro.

Para colocar um ficheiro na Linha de Tempo simples: o

processo semelhante forma como se aplicam os efeitos, basta clicar no ficheiro

pertencido e arrastar para a posio pretendida na Linha de Tempo.

MONITOR

Funciona como um monitor

final, aqui aparece o produto

final, isto , a reproduo da

Linha de Tempo e de todos os

elementos inseridos nela.

Serve para controlar o

trabalho final e os efeitos dos

elementos quando vo sendo

inseridos na Linha de Tempo.


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EDITOR DE CLIPS

Nesta caixa central podemos trabalhar cada clip que esteja na Linha de Tempo de forma

individual. Fazendo duplo clique em cima do clip podemos vision-lo de forma

independente na primeira aba e na segunda controlar todos os efeitos que podemos

inserir num clip como um todo ou atravs de keyframes e inserir efeitos diferentes ao

longo do clip.

IMPORTAR FICHEIROS

O primeiro passo inserir os ficheiros na caixa dos

ficheiros que j vimos anteriormente. Para tal [FILE

IMPORT] ou ento usamos as teclas de atalho [ctrl+i], ao

executar esta aco abre-se uma janela do Explorer, aqui

devemos procura os ficheiros que devem estar dentro da

pasta criada para este projecto, a mesma onde

guardamos o projecto. Seleccione o ficheiro ou os

ficheiros e clicamos em ABRIR. Este processo permite

importar um ficheiro ou vrios em simultneo. Podemos

importar ficheiros de vdeo, udio e imagens.

Depois de os ficheiros estarem na caixa basta clicar no ficheiro e arrast-lo para o local

da Linha de Tempo onde o queremos.


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CAPTURAR VDEO

Este processo permite passar o vdeo e o udio capturado pela

cmara para o computador. Existem outros processos, alguns

dos quais que capturam a imagem e udio com mais qualidade,

no entanto, este processo que iremos usar, para alm de mais

prtico e simples, apresenta nveis de qualidade muito

elevados.

Primeiro, deveremos ligar a cmara ao computador atravs do

cabo firewire (ver capitulo cmara e dicas de filmagem). A

cmara deve estar ligada em modo VTR. Em seguida vamos a

[FILE CAPTURE] ou ento usamos a tecla de atalho F5.

Depois desta operao, abre-se sobre a rea de trabalho do Premiere Pro a janela de

captura.


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A janela de captura composta por duas reas distintas: um monitor com os respectivos

controlos e uma outra rea para catalogar as informaes do clip que estamos a

capturar. Caso no sejam preenchidas de inicio as informaes do clip no final da

captura o Premiere Pro volta a pedir essas mesmas informaes, pelo que nos devemos

debruar sobre o monitor e os seus controlos.

Caso a cassete no esteja no incio podemos usar o boto para rebobinar a cassete

ou o boto para avanar na cassete at ao momento em que desejamos comear a

gravar. Para iniciar a captura basta clicar no boto e comea a ser de imediato

capturado vdeo e udio. Para terminar a captura basta clicar no boto . Deve-se

sempre comear a capturar antes do pretendido e at um bocado depois, durante a

edio todos os excessos sero removidos. Podem ser capturados todos os planos num

mesmo ficheiro que ser depois editado na Linha de Tempo.

Por defeito, o Premiere Pro grava o ficheiro capturado na pasta que j criamos e onde

guardamos o projecto.

Depois de clicar no boto finda a

captura e aparece ento a janela onde iremos

dar o nome ao ficheiro e acrescentar um

conjunto de informaes que permitam

catalogar melhor o clip. Esse preenchimento

no obrigatrio.

Depois de salva a captura esta ficar na pasta

que criamos e onde guardamos o projecto e ainda na caixa dos ficheiros da rea de

trabalho do Premiere Pro.

CORTAR E EDITAR NA LINHA DE TEMPO

Com o clip na linha de tempo usamos o marcador (a linha vermelha) para nos

localizarmos no clip. Assim, ao clicarmos na tecla de espao, o marcador avana tal

como a reproduo do clip, ao clicar na tecla de espao o marcador pra. Para deslocar


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o marcador para uma determinada rea com a Selection Tool activa cliamos na

seta azul do marcador e simplesmente arrastamos para onde desejarmos. Clicar na

parte mtrica (zona superior da caixa da Linha de Tempo) faz com que o marcador de

imediato passe para esse ponto. Para nos deslocarmos ao longo da Linha de Tempo

usamos o scroll sitiado na parte inferior da caixa da Linha de Tempo.

Com o marcador marcamos o local onde pretendemos fazer a diviso do clip,

seleccionamos a Razor Tool e clicamos exactamente em cima da linha vermelha do

marcador. Isto far com que o clip fique dividido. Podemos depois clicar em cima da

parte do clip que iremos utilizar e arrasta-la ao longo da Linha de Tempo para o local

onde o desejamos colar. O ideal ser deixar um espao no incio da Linha de Tempo e

trabalhar os clip mais frente para depois os arrastar cortados para o local onde

estamos a colar a pea.

Com o deslocar de clips pode acontecer que estes acabem por ficar em cima de outros

clips j existentes na Linha de Tempo. Isso faz com que automaticamente a parte do

clipe que ficou sobreposta desaparea. Isso por vezes pode fazer que um som ambiente

corte uma voz off ou uma parte do clip. Para evitar isto devemos colocar a voz off numa

pista diferente da pista onde est o som ambiente dos vdeos.

Por defeito o clip tem o vdeo e o som acoplados, isto faz com que no existam

dessincronismo entre a imagem e o som. No caso da maioria de imagens de pintura no

iremos necessitar de som ambiente. Por isso e para evitar que este acidentalmente

corte parte da voz off como vimos poder acontecer no

pargrafo anterior podemos cortar o som deixando

apenas o vdeo. Para tal devemos clicar no clip e no menu

seleccionar [CLIP UNLINK] depois disto os dois ficam

separados. No caso de querermos s o vdeo clicamos no

som e DEL, no caso de queremos s o som clicamos no

vdeo e DEL. Por vezes podemos gravar a voz off na

cmara e nesse caso este o processo para separar o

som.


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Ser por vezes necessrio aumentar ou diminuir o som ou duma voz off, de um vivo ou

de um som ambiente. H duas formas simples de o fazer. A primeira, mais prtica e mais

simples aumentar directamente na Linha

de tempo, clicando na linha amarela da

pista de som e subi-la para aumentar o som

ou desc-la para diminuir o som.

No segundo mtodo devemos seleccionar o

clip de udio que pretendemos aumentar

ou diminuir e ir ao menu, [CLIP AUDIO

OPTIONS AUDIO GAIN]. Ao fazermos isto

abre-se uma pequena janela, a CLIP GAIN

onde seleccionamos o

nvel de decibis que

pretendemos aumentar

e diminuir.

Muito mais h a saber sobre as tcnicas e potencialidades do Premiere Pro no que toca

a edio de vdeos, aqui procura-se apenas dar uma pequena base que permita explorar

e adaptar a melhor maneira de editar, pois, como j se viu, h mais do que uma maneira

de conseguir o mesmo efeito.

EDITAR UMA PEA

Uma pea composta por trs elementos que devem ser tratados de forma distinta.

Assim, primeiro temos que travar os vivos nos quais devemos manter o som

sincronizado, as imagens de pintura s quais podemos retirar o som e a voz off, apenas

um ficheiro de som.

Quando capturamos o vdeo, todas as imagens que recolhemos ficaram aglomeradas

num clip, quer os vivos quer as imagens para pintura da pea. A primeira coisa a tratar

so os vivos. Devemos ouvir e seleccionar j as imagens que entraro e as que no.

Depois de ouvidos os vivos e seleccionados, deve-se escrever a notcia, sabendo j os


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vivos que teremos. Durante o visionamento das declaraes dos entrevistados, devemos

tambm tirar notas para informaes complementares que sero apenas dadas em voz

off. Visualizar as imagens recolhidas antes de escrever a voz off uma boa prtica pois

tem de existir correspondncia semntica entre o som e a imagem.

Depois de escrita a voz off, esta deve ser gravada. Pode ser com o microfone de mo

para cassete mini-dv ou para um dispositivo de gravao mp3 e ai ser importado o

ficheiro em mp3 ou wav, ou ainda gravada directamente para o PC atravs dum

microfone.

Passamos a voz off para a Linha de Tempo e dividimos de forma a podermos colocar os

vivos j seleccionados nos respectivos lugares. Assim, ficamos com a pea j completa

tendo apenas espaos sem imagem que iremos em seguida pintar.

Antes de comear a voz off devem ser deixados 5 segundos sem udio e no final da pea

igualmente 5 segundos sem udio.

LEGENDAS/ ORCULOS

Para criar um grafismo uniforme vamos usar sempre o mesmo modelo de colocao de

orculos na pea e nas transmisses em directo. Durante a pea, devemos colocar

legenda nos vivos e no final da pea com o nome do jornalista e do reprter de imagem.

Para respeitar o grafismo ser dada uma imagem com o logtipo da UTAD TV e com uma

caixa semi-transparente onde ser colocada a informao. As legendas devem apenas

ser colocadas no fim de completa a edio da pea. Importamos ento a imagem com o

logtipo da UTAD TV e colocmo-la na Linha de

Tempo numa faixa vdeo superior da pea. Por

defeito a imagem assume um tempo de 6

segundos, tempo esse que devemos manter.

Depois de colocada no local correcto, vamos tratar

de inserir o texto da legenda. Para tal, vamos ao

menu [TITLE NEW TITLE DEFAULT STILL]. Com


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isto abre-se a janela de edio das legendas do Premiere Pro.

Uma vez com a janela aberta vamos seleccionar o tipo de letra e o seu estilo.

Clicamos sobre a caixa semi-transparente e digitamos o nome do personagem do vivo,

seguido dum hfen (-) e da funo pela qual est a ser entrevistado. Vamos em seguida

mudar o tamanho da letra. Seleccionamos primeiro o nome do personagem, voltemos a

nossa ateno para o menu lateral e seleccionamos a opo FONT SIZE e digitamos 30.

Em seguida seleccionamos a funo pela qual est a ser entrevistado e na opo FONT

SIZE digitamos 25.

Caso seja necessrio ajustar o posicionamento do texto no menu de ferramentas da

esquerda, seleccionamos a seta e clicando sobre o texto podemos ajustar o seu

posicionamento. Depois de tudo certo, clicamos no X do canto

superior direito da janela.

Arrastamos a legenda que se encontra na caixa dos ficheiros e

alinhamos exactamente com a imagem que j havamos inserido.


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Em seguida, e para terminar, vamos caixa dos efeitos e seleccionamos o efeito CROSS

DISSOLVE, clicamos nele e arrastamos para o inicio e fim da imagem e da legenda que

inserimos na Linha de Tempo, devendo ficar algo semelhante a esta imagem.

As legendas com o nome do jornalista e reprter de imagem devem ser colocadas

seguidas ficando o fim da legenda do reprter de imagem a 5 segundos do fim da voz

off.

ORCULOS, DONAS, SENHORES E DOUTORES Os orculos devem ser curtos, cerca de 6 segundos, e completos. errado ter Manuel

testemunha, deve-se identificar a pessoa como Manuel Silva Dono do Caf.

O jornalista antes da entrevista deve perguntar o nome e profisso ao entrevistado.

Alm de lhe permitir ficar logo com estes dados, que posteriormente iro ser usados,

testa tambm o microfone, como j dissemos.

Deve-se identificar sempre correctamente os protagonistas da histria, j que isso

permite responsabiliz-los pelas declaraes que produzirem, sendo tambm uma

forma de dar credibilidade informao e dignidade s pessoas.

Dicas: Ao longo das entrevistas devemos evitar o tratamento ntimo, mesmo que o

entrevistado seja o nosso irmo. Deve-se evitar o voc. No texto, devemos referir a

profisso ou cargo do entrevistado. Durante a entrevista, devemos tratar as pessoas por

senhor ou senhora.


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EXPORTAR

Depois de findo todo o trabalho temos de

exportar para um clipe nico de vdeo. Assim

devemos antes de mais confirmar se o

indicador da rea a ser exportada

abrange toda a nossa pea. Caso isso no

acontea a nossa pea no ser bem

exportada.

Depois de confirmado, devemos ir ao menu

[FILE EXPORT MOVIE]. Ao fazer-mos isto, vai abrir uma janela do explorador do

Windows em que iremos procurar a localizao

correcta onde colocar a pea e nome que j foi

dado para a mesma na reunio de redaco.

Aqui e depois de escolhido o local, que dever

ser a pasta onde esto todos os ficheiros usados

no projecto e o prprio projecto convm sempre

confirmar os SETTINGS.

Aqui devemos confirmar que o formato

do FILE TYPE MICROSOFT DV AVI.

Por defeito as configuraes j esto de

acordo com o usado na UTAD TV, pelo

que convm no as alterar.

No final antes de entregar a pea deve-

se verificar se o ficheiro final se est

tudo de acordo e correcto. Os projectos devem ser sempre guardados e devidamente

actualizados.


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USO DE IMAGENS DE ARQUIVO Esta uma situao em que o Jornal Universitrio deve evitar cair. S em casos muito

excepcionais que se deve recorrer a esta soluo. A imagem de arquivo deve tambm

ser devidamente assinalada com recurso a orculos.

As imagens das peas devem ser sempre recolhidas no terreno, ou seja, serem sempre

originais. Uma imagem de arquivo empobrece o trabalho apresentado. tambm um

sinnimo de preguia.

NOTAS FINAIS

COMO CITAR AS FONTES Sempre que o Jornal Universitrio nas suas emisses der uma notcia que foi cacha

em outro rgo de informao deve citar a fonte sem qualquer espcie de complexos.

Ao citar-se determinada fonte, estamos, acima de tudo, a credibilizar a informao.

Porm, antes de citar, devemos confirmar os factos e procurar ir mais longe na

informao veiculada pelos outros rgos de informao.

A LEITURA DAS IMAGENS Uma imagem deve ser lida. Para que tal suceda, o telespectador deve ter tempo para a

ler, logo isso implica que as imagens tenham tempo suficiente para serem assimiladas.

Em situaes em que as imagens mostrem, por exemplo, cartazes escritos ou

documentos, o plano dessa mesma imagem deve ser suficientemente longo para ser

entendido.

Em situaes em que se recorra aos grafismos, o jornalista deve dizer em off as

informaes que constam nos grficos. Esta situao recorrente em notcias do mbito

econmico.

OS GRAFISMOS As peas que utilizam grafismos normalmente so as peas de teor econmico, ou

polticas em caso de eleies. A utilizao deste gnero de solues deve ser ponderada


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e cuidada. Se o grafismo ajuda compreenso de determinado assunto

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Jornalismo Televisivo