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Cidades históricas terão R$17 milhões para restauros Quatro cidades do Interior vão receber verbas do PAC das Cidades Históricas. Propriedades particulares são o alvo dos financiamentos. Serão beneficiadas as cidades de Aracati, Icó, Sobral e Viçosa do Ceará

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Teste para o jornal q ainda irá ser lançado futuramente.

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Cidades históricas terão R$17 milhões para restauros

Quatro cidades do Interior vão receber verbas do PAC das Cidades Históricas. Propriedades particulares são o alvo dos financiamentos. Serão beneficiadas as cidades de Aracati, Icó, Sobral e Viçosa do Ceará

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Donos e inquilinos de imóveis residenciais e comerciais de sítios históricos do Ceará vão poder financiar o restauro dos prédios a juros zero. De acordo com a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Ceará, Juçara Peixoto, este mês deve ser assinado convênio com cinco prefeituras para o lançamento público de editais.

As obras fazem parte do programa PAC das Cidades Históricas, do Governo Federal. Serão beneficiadas as cidades de Aracati, Icó, Sobral e Viçosa do Ceará, que têm sítios históricos oficializados pelo Iphan, além de Fortaleza. Segundo a Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), na Capital, o PAC das Cidades Históricas vai contemplar imóveis do Centro e entorno.

O financiamento para as obras nas cidades do Interior soma R$17 milhões e será feito pelo Banco do Nordeste. Para prédios residenciais, o pagamento do empréstimo poderá ser feito até 15 anos. Para prédios comerciais, o prazo é de dez anos.

Juçara explica que para receber o financiamento, o imóvel passa primeiro por análise técnica do Iphan. Embora as obras sejam executadas por quem pede o financiamento, o órgão acompanha o andamento dos trabalhos para que não haja descaracterização do imóvel.

FacilidadesA superintendente do Iphan detalha que não há faixa específica de financiamento para as obras nem renda mínima.

“O que não pode é comprometer grande parte da renda com o empréstimo. Quem recebe até três salários mínimos tem algumas facilidades”, acrescenta.

Outra facilidade é que não é preciso ser proprietário do imóvel para pedir o financiamento. “Qualquer pessoa que more, um inquilino com anuência do proprietário, por exemplo, pode pedir. Tem que ser alguém que tenha responsabilidade pelo prédio”, ressalta.

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Juçara lembra ainda que imóveis de interesse histórico já descaracterizados ou em processo de arruinamento também podem ser contemplados. Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Imóveis particulares de sítios históricos de Aracati, Icó, Sobral e Viçosa do Ceará, reconhecidos pelo Iphan, além de Fortaleza, vão ser contemplados com obras de restauro. Recursos serão repassados por meio de financiamento.

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Por contemplar imóveis comercias, o projeto de financiamento pode mudar o cenário de lojas situadas em centros históricos. É comum a prática de ocultar a arquitetura das fachadas antigas com grande letreiros.

“Visualmente é muito mais agradável ver as fachadas sem letreiros. Existe outro tipo de comunicação visual”, cita a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Ceará, Juçara Peixoto.

No centro histórico de Sobral, o trabalho de educação de comerciantes e retirada dessas placas é rotina da prefeitura, garante a secretária de planejamento e meio ambiente do município, Juraci Neves. Segundo ela, são poucas notificações por mês: média de cinco a seis.

“A própria prefeitura dá o toldo removível quando o proprietário não pode pagar”, aponta Juraci. De acordo com ela, 61 imóveis de Sobral foram identificados com problemas estruturais de devem entrar no projeto de financiamento do Iphan.

Na avaliação da secretária, a liberação de dinheiro para obras em prédios particulares vai diminuir casos em que o proprietário deixa o imóvel ruir, alegando não ter condições para o restauro, para pedir construção de um prédio novo no lugar do antigo.

“As pessoas que dizem não ter dinheiro para cuidar, deverão ser chamadas a tomar medidas para ter de volta esse patrimônio bonito”, descreve Juraci.

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• S í t i o A r c o d o C o v ã o

Um dos maiores, mais belos e importantes sítios do

Centro-Norte do Piauí, medindo 70 metros de

comprimento, o Arco do Covão (coordenadas

geográficas 3°25’18”, de latitude sul, e 41°45’01”, de

longitude oeste), localiza-se em um ponto estratégico

para os turistas que seguem rumo ao litoral piauiense.

O abrigo, comportando cerca de 1000 pinturas préhistóricas,

situa-se na Serra do Morcego, município de

Caxingó. O cuidado com que foram realizados alguns

dos grafismos, a grande dimensão e as formas variadas

que apresentam são características que se sobressaem à

análise do observador. Circundado por uma densa

vegetação de palmeiras e um pequeno córrego que as

permeia, o ambiente do sítio transmite ao visitante uma

sensação de paz e o transporta ao passado. Um extenso

arco rochoso completa o cenário representado pelo

grande quadro artístico em que se transformou o

paredão lateral, pontilhado de vermelho, às vezes

combinado com o amarelo, no qual o homem préhistórico

expressou, com desenvoltura, suas

habilidades artísticas, sua cultura, seus sentimentos e

os saberes de seu tempo26.

O suporte rochoso do sítio Arco do Covão é

constituído por um arenito muito friável, cimentado

com uma matriz feldspática, que se encontra em

acelerado processo de degradação natural. Além disso,

esse Sítio apresenta diversos problemas de conservação

de arte rupestre, tais como galerias de cupins, ninhos

de vespas e eflorescências salinas26.

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Quando o Arco do Covão foi descoberto, em 1986,

apresentava uma densa cortina de plantas grimpantes,

tais como Ficus sp (Moracea), Philodendron sp

(Araceae) e Begonia sp (Begoniaceae), recobrindo a

maior parte dos painéis pré-históricos. Como

conseqüência, um trabalho de limpeza foi realizado,

entre 1997 e 1998, visando a retirada das raízes que

avançavam gradativamente e já cobriam cerca de 90%

das pinturas