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JOSEMARA NOWOTNY TONELLI THAÍS MICHELLE JOHANN APLICAÇÃO DA AUDITORIA EXTERNA DAS DISPONIBILIDADES DE UMA INDÚSTRIA DE EMBUTIDOS TOLEDO, Pr. 2013

JOSEMARA NOWOTNY TONELLI THAÍS MICHELLE JOHANN · Razão, Livro Caixa, Balanços, extratos bancários e outros, será observado o correto lançamento das contas bem como os valores

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JOSEMARA NOWOTNY TONELLI

THAÍS MICHELLE JOHANN

APLICAÇÃO DA AUDITORIA EXTERNA DAS DISPONIBILIDADES DE UMA INDÚSTRIA DE EMBUTIDOS

TOLEDO, Pr.

2013

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JOSEMARA NOWOTNY TONELLI

THAÍS MICHELLE JOHANN

APLICAÇÃO DA AUDITORIA EXTERNA DAS DISPONIBILIDADES DE UMA

INDÚSTRIA DE EMBUTIDOS

Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel. Orientadora: Professora Es. Édina Carine de Souza Kinzler

TOLEDO, Pr.

2013

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JOSEMARA NOWOTNY TONELLI

THAÍS MICHELLE JOHANN

APLICAÇÃO DA AUDITORIA EXTERNA DAS DISPONIBILIDADES DE UMA

INDÚSTRIA DE EMBUTIDOS

Trabalho de Conclusão de Curso, de Ciências Contábeis, da Faculdade Sul Brasil,

FASUL, exigido como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel, sob

orientação da Professora Es. Édina Karine de Souza Kinzler, considerado Aprovado

pela Banca Examinadora, com a nota ___________.

FOLHA DE APROVAÇÃO

____________________________________________________ Profº Es. Édina Karine de Souza Kinzler

Orientador - FASUL

_____________________________________________________ Profª Me. Leandro de Araújo Crestani

Avaliador

_____________________________________________________ Profº Es. Clarice Almerina Schumacher

Avaliador

Toledo, 23 de Novembro de 2013.

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Dedicamos este trabalho às nossas famílias que sempre nos apoiam nos momentos mais difíceis das nossas vidas e não medem esforços para que consigamos realizar os nossos sonhos.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar o agradecimento se dirige a Deus Pai, pelo dom da vida e a graça de podermos realizar o sonho de uma graduação. Agradecemos também aos nossos familiares, pelo apoio recebido, dedicação e compreensão nos momentos em que achávamos que não era possível continuar. Aos nossos professores Orientadores Profª Édina Carine de Souza Kinzler e ao Profº Leandro de Araújo Crestani, pelas palavras de incentivo e sabedoria e por saberem transmitir e dividir de forma tão especial os seus conhecimentos. Queremos agradecer de forma especial aos proprietários da Industria de Embutidos e seus responsáveis Sr.Juliano Jacobs e Sra. Morgana Paula Bellé Jacobs, que nos auxiliaram e não mediram esforços para que o nosso trabalho fosse realizado de forma correta e satisfatória. A Etelmi Kayser, responsável pela contabilidade da empresa auditada, que sempre esteve disposta a nos auxiliar no que precisávamos. Hoje sabemos que todo esforço valeu a pena, estamos colhendo os frutos dessa caminhada de aprendizado.

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„‟Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível‟‟. Charles Chaplin

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RESUMO

Esse trabalho realizou um estudo de caso da aplicação da auditoria externa das disponibilidades de uma empresa de embutidos. Nela foram observados vários aspectos a serem auditados, com a finalidade de detectar as falhas correspondentes as contas que compõe as disponibilidades, sendo elas Caixa e Banco. Ao ser realizado o estudo de caso, todos os aspectos que estão envolvidos no processo foram estudados a fundo, após esse procedimento o responsável pela auditoria emitiu um relatório onde consta o seu parecer dizendo qual o resultado obtido, foram encontrados erros e assim o auditor sugeriu as soluções cabíveis, podendo elas serem acatadas ou não pela administração da empresa. Os métodos e critérios que foram utilizados para a realização do desenvolvimento da pesquisa foram o estudo de caso, visando investigar os erros e respectivas soluções. Portanto, a auditoria é de fundamental importância nas empresas, pois é ela que realiza o trabalho de verificação e fiscalização dos seus processos, fornecendo informações fidedignas e, desta forma, fazendo com que o trabalho dos administradores possa ser melhor direcionado para o bom andamento da organização. Palavras – chave: Auditoria; Disponibilidades; Indústria de Embutidos.

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ABSTRACT This paper conducted a case study of the application of the external audit of the availability of a company built/company of sausages/company of embedded. It was observed several aspects to be audited in order to detect faults corresponding to the accounts that make up the cash, and they Caixa and Banco. When done the case study, all aspects that are involved in the process were studied thoroughly, after this procedure responsible for the audit issued a report which sets forth its opinion saying that the result obtained errors were found and / so the auditor suggested reasonable solutions, they can be obeyed or not for the company management. The methods and criteria that were used to carry out the development of the research were the case study, aiming to investigate errors and their solutions. Therefore, the audit is very important in business, because it is what completes the verification and monitoring of its processes, providing reliable information, thus making the work of administrators can be better directed to the proper conduct of organization. Keywords: Audit; availability; embedded industry.

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Lista de Siglas

CRC – Conselho Regional de Contabilidade CVM – Comissão de Valores Mobiliários SFN – Sistema Financeiro Nacional

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Lista de Tabelas

TABELA 01 – Cronograma........................................................................................49 TABELA 02 – Razão Diário/Conta Caixa..................................................................51 TABELA 03 – Razão Diário/Conta Banco do Brasil..................................................52 TABELA 04 – Razão Diário/Conta Cooperativa Sicredi............................................53 TABELA 05 – Razão Diário/Conta Aplicações Banco do Brasil................................54 TABELA 06 – Livro Razão.........................................................................................55 TABELA 07 – Razão Financeiro/Conta Caixa...........................................................56 TABELA 08 – Razão Financeiro/Banco do Brasil......................................................57

TABELA 09 – Razão Financeiro/Conta Sicredi.........................................................58 TABELA 10 – Razão e Financeiro/Conta Aplicação Banco do Brasil.......................59 TABELA 11 – Ajustes................................................................................................61 TABELA 12 – Recomendações.................................................................................63 TABELA 13 – Balanço Patrimonial............................................................................64

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................11

1 AUDITORIA CONTÁBIL: CONCEITOS E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........13

1.1 CONCEITOS DE AUDITORIA.............................................................................13

1.2 AUDITORIA EXTERNA E AUDITORIA INTERNA...............................................18

1.3 VANTAGENS DA AUDITORIA EXTERNA...........................................................23

1.4 PLANEJAMENTO DA AUDITORIA EXTERNA....................................................25

1.5 PAPÉIS DE TRABALHO......................................................................................29

1.6 AUDITORIA EXTERNA DAS DISPONIBILIDADES.............................................32

1.7 PARECER/RELATÓRIOS FINAIS.......................................................................38

1.7.1 Tipos de Pareceres do Auditor......................................................................40

2 METODOLOGIA.....................................................................................................42

3 RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO..........................................................47

3.1 PROCEDIMENTOS DO ESTUDO DE CASO NA INDÚSTRIA DE EMBUTIDOS

DE PEQUENO PORTE..............................................................................................47

3.2 PAPÉIS DE TRABALHO......................................................................................48

3.3 PARECER DE AUDITORIA..................................................................................65

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................68

REFERÊNCIAS..........................................................................................................71

AXEXOS.....................................................................................................................75

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INTRODUÇÃO

O assunto da nossa pesquisa é Auditoria Externa das Disponibilidades.

Tendo como tema a Auditoria das disponibilidades para verificar a veracidade dos

fatos contábeis, bem como a sua existência e se estas de fato pertencem à empresa

auditada.

A pesquisa justifica-se pelo fato de que com a globalização e expansão dos

mercados houve uma necessidade por parte das organizações em investir em

alguns controles e procedimentos internos, com a intenção de reduzir custos e

riscos, bem como tornar a organização mais competitiva no mercado. Do mesmo

modo, para tornar fidedignas as informações registradas na empresa, as

organizações obrigaram-se a contratar uma equipe externa que não tivesse uma

ligação direta com a organização para a realização de análise, dessa forma dando o

seu parecer sobre a situação da empresa, surgindo assim o auditor externo, mais

tarde observando-se que o auditor externo disponibilizava de pouco tempo para o

acompanhamento dos controles e desenvolvimento dos setores da empresa, fez- se

necessário a contratação de uma pessoa qualificada na área de auditoria interna.

Pode se afirmar que existem dois tipos de auditoria, a auditoria interna onde

o auditor interno é contratado pela empresa e que tem como função acompanhar,

avaliar, dar sugestões de melhoria e resolução dos problemas que vem ocorrendo

na organização, efetuando assim um trabalho contínuo de análise das contas, e dos

processos. Já a auditoria externa, trata-se da contratação de um profissional

independente que se deslocará até a empresa para efetuar as análises, sendo essa

pessoa imparcial, pois não terá vinculo empregatício com a organização, sua função

é avaliar e dar seu parecer junto à empresa para que haja mais transparência nas

suas contas, seu principal objetivo é de trazer informações fidedignas das

demonstrações financeiras.

Neste trabalho, desenvolveremos um estudo de caso, onde será aplicada a

auditoria externa nas contas que compõem as disponibilidades, caixa e bancos,

sendo a empresa escolhida uma fábrica de embutidos. Tendo essa auditoria a

finalidade de levantar possíveis erros, bem como confirmar a veracidade dos fatos e

confirmar a existência do disponível e se este realmente pertence empresa.

O estudo de caso se dará através de análise que será realizada dentro da

organização onde serão utilizados documentos da empresa, como Livro Diário, Livro

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Razão, Livro Caixa, Balanços, extratos bancários e outros, será observado o correto

lançamento das contas bem como os valores lançados, será averiguado se o

referido valor mencionado é parte do disponível da empresa. Em um primeiro

momento, será feito um planejamento de como será feito o trabalho, em seguida fará

se a obtenção dos documentos necessários para a realização, seguindo com uma

análise dos mesmos, caso seja encontrada alguma não conformidade esta será

documentada de acordo com as normas, após devidamente avaliado será feito um

parecer com as notificações de erros e possíveis soluções dos problemas

encontrados.

A problemática da pesquisa se dará a partir dessa discussão, a questão que

orienta esta pesquisa exploratória é: Qual a vantagem de realizar uma Auditoria das

disponibilidades dentro de uma organização, para se evitar erros, fraudes ou mesmo

prejuízos irrecuperáveis?

A hipótese provável é de que é a auditoria que dá credibilidade as

demonstrações contábeis e informações nela contidas, através de análise das

contas poderão ser apontados erros ou fraudes bem como a melhor forma de

resolução das mesmas.

Temos como objetivo geral: Identificar através do processo de auditoria

externa as falhas que estão ocorrendo nas disponibilidades da indústria de

embutidos. Como objetivos específicos:

Descrever o conceito da auditoria das disponibilidades, sua

importância e diferenciar auditoria interna da externa;

Realizar o processo e identificar possíveis erros e/ou fraudes;

Elaborar o parecer dos resultados obtidos do processo da auditoria

externa;

Sendo assim, entende-se que é de grande importância abordar o assunto da

auditoria, por estar diretamente ligada ao setor da contabilidade sendo que esta trás

inúmeros benefícios para as organizações que a utilizarem, por ser uma ferramenta

no setor de controle e administração e por trazer dados mais concretos e com maior

confiabilidade.

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1 AUDITORIA CONTÁBIL: CONCEITOS E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esta pesquisa tem como objetivo abordar o conceito da auditoria no geral,

estabelecendo as diferenças entre a Auditoria Externa e Auditoria Interna, as

vantagens da auditoria externa ou independente bem como sua aplicação em uma

organização, tratará do planejamento necessário para a realização da auditoria e a

importância dos papéis de trabalho. Dar-se-á ênfase na Auditoria Externa das

Disponibilidades (Caixa e Banco), depois de realizada a Auditoria como estudo de

caso em uma fábrica de embutidos será dado o parecer final, onde poderão ser

encontrados possíveis erros e serão apontadas as possíveis soluções.

1.1 CONCEITOS DE AUDITORIA

Conforme William Attie (1998, p.25), "a auditoria é uma especialização

contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado

com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado". Portanto, a

auditoria é um ramo da contabilidade que visa realizar uma avaliação dos setores da

empresa para que não haja perdas em seu patrimônio.

A auditoria evidencia com eficiência e eficácia erros e fraudes que

possivelmente poderão estar ocorrendo dentro de uma empresa, podendo estas

falhas estar ocorrendo ou não no setor para o qual o auditor foi designado a dar seu

parecer. A auditoria pode ser realizada dentro de todos os setores da instituição,

mas se tratando de auditoria contábil o mais comum é que seja a área financeira

contábil.

Segundo Silvio Aparecido Crepaldi (2009, p.3), "pode-se definir auditoria

como o levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações,

procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma

entidade". Desta forma, compreende-se que a aplicação da auditoria tem base em

todos os setores para se chegar ao parecer final, sendo necessário o levantamento

de dados, estudo de caso e avaliação.

Sendo assim, compreende-se que a auditoria é de fundamental importância,

pois se trata de uma especialização contábil que visa realizar um levantamento de

todo patrimônio da empresa, para protegê-lo de eventuais erros e fraudes,

transparecendo informações fidedignas.

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Ernesto Fernando Rodrigues Vicente (2013, p. 11), conceitua a Auditoria

como:

Auditoria pode ser conceituada como a atividade de levantamento e de avaliação sistemática de procedimentos e tarefas de uma determinada área. Essa atividade de levantamento e avaliação está geralmente associada a um conjunto de normas – internas e/ou externas, legais ou não – que devem ser verificadas, ou auditadas, por um profissional especializado.

A auditoria é designada a verificar determinada área da instituição, na qual se

vê a necessidade de realizar um estudo aprofundado com o intuito de ver se as

atividades estão sendo desenvolvidas de acordo com o desejado pela organização.

Para realizar este estudo, os auditores realizam um levantamento das informações

de que necessitam e avaliam se estas estão em conformidade com as normas

exigidas, por isso, para realizar este trabalho é de extrema importância que o

mesmo seja realizado por um profissional especializado e qualificado.

Como se pode compreender lendo diversos artigos, a auditoria é uma

atividade que tem como objetivo englobar exames e operações, que sejam

relacionados aos sistemas de responsabilidade gerencial de uma organização, que

tem por finalidade a verificação das conformidades com as normas e padrões de

determinada organização. Dessa forma, a auditoria é divida em três fases que é

composta por planejamento, execução e relatório. A auditoria pode ser realizada em

toda a empresa ou em um único departamento conforme a necessidade, da mesma

forma o período a ser verificado pode ser de um exercício, alguns meses ou mesmo

da gestão de determinado administrador, o processo a ser aplicado define até que

ponto serão aprofundadas as tarefas, na área a ser realizada a auditoria, e assim se

forma o conjunto que compões o âmbito da auditoria (DIAS, 2010).

A auditoria é um conjunto de atividades onde são realizados diversas

operações que podem envolver vários ou um único departamento da empresa, isso

dependerá do que deve ser auditado, desta mesma forma o período de fiscalização

também dependerá do que se espera dessa auditoria, assim conforme a solicitação

de quais setores deverão ser auditados e qual profundidade dessa avaliação, será

determinado o tempo que levará para que a tarefa seja cumprida.

No processo de planejamento da auditoria realiza-se a identificação dos

requesitos que não podem ser dispensados para a realização do trabalho, é

importante que a equipe ou profissional que fará o estudo, reúna o maior número de

informações possíveis da empresa, isso o ajudará para que o desenvolvimento do

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serviço prestado fique mais bem desenvolvido, conforme os padrões da empresa

(DIAS, 2010).

Segundo DIAS (2010), a execução da auditoria deve reunir informações

confiáveis, que sejam relevantes e úteis para satisfazer o objetivo da auditoria. No

caso de haver indícios de erros ou fraudes em um departamento que não seja o

auditado no momento, pode ser um indicativo para a realização de outro processo

de auditoria na organização.

O auditor expõem todo o trabalho e suas conclusões em forma de relatórios,

este inclui fatos importantes sobre a organização auditada, suas comprovações,

conclusões bem como recomendações ou mesmo determinações a serem seguidas.

Desta maneia o relatório deve ser elaborado de forma objetiva, onde deverão

constar todas as informações de importância para os responsáveis pela solicitação

da auditoria (DIAS, 2010).

Todas as questões auditadas devem estar descritas em relatórios que ao final

irão compor os papéis de trabalho, toda e qualquer análise deverá ser documentada,

as avaliações e conclusões devem ser relatadas de forma objetiva com informações

concretas, para que ao final seja elaborado o parecer/relatório final onde deverão

constar todas as não conformidades bem como as sugestões para as possíveis

soluções, toda documentação deverá ser entregue aos solicitantes da auditoria, para

que sejam tomadas as ações necessárias para a resolução dos problemas

encontrados.

Segundo Ricardo J. Ferreira (2013, p. 83), os procedimentos de auditoria são:

Os procedimentos de auditoria são o conjunto de procedimentos técnicos com base nos quais o auditor obtém evidências ou provas que sejam suficientes e adequadas para fundamentar o seu parecer sobre as demonstrações contábeis auditadas.

A auditoria possui um papel muito importante dentro das organizações, que é

o de juntar informações, realizar um estudo aprofundado e, posteriormente, dar seu

parecer, onde consta a conclusão do trabalho desenvolvido, se foram encontrados

erros ou fraudes, em qual setor foram encontrados e o que pode ou deve ser

melhorado, a partir dessas informações o auditor indica as possíveis soluções para o

caso.

Para Augusto Cezar Silva (2003, p. 8):

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Auditoria é um conjunto de atividades científicas onde são examinados os livros e registros contábeis verificando se estão em ordem, dentro das normas devidamente pré-estabelecidas, adentrando às demonstrações financeiras, visando também a integridade e confiabilidade dos controles internos dentro da empresa.

A auditoria realiza um conjunto de atividades dentro das organizações que

visa passar aos administradores informações íntegras e confiáveis daquilo que está

ocorrendo nos processos da empresa, ajudando-os a direcionar da melhor maneira

os seus processos.

De acordo com José Hernandez Perez Junior et al. (2007, p. 20):

O principal objetivo da auditoria é a emissão de um parecer acerca das demonstrações contábeis em relação aos princípios fundamentais da contabilidade, Normas Brasileiras de Contabilidade, demais legislações aplicáveis e práticas adotadas no Brasil.

O auditor para realizar o seu trabalho deve seguir várias normas. O parecer

por ele elaborado irá auxiliar os administradores ou proprietários da empresa a

direcionar os rumos a serem seguidos, este será dado pelo auditor ao término do

trabalho, devendo estar pautado nas normas que regem a contabilidade bem como a

legislação aplicada no Brasil.

Conforme José Hernandez Perez Junior (1998, p. 14):

As funções do auditor, hoje, vão muito além do tradicional conceito de fiscalização. Além de averiguar e detectar eventuais falhas nos sistemas de controle e no plano da organização, o auditor preocupa-se também com a manutenção desses sistemas de forma que as não conformidades sejam minimizadas, atuando de forma preventiva e apresentando sugestões para eventuais desvios.

A auditoria compõe um processo amplo, que não está somente voltado a

fiscalizar, mas também em realizar uma análise detalhada da organização para

detectar se estão ocorrendo falhas no sistema, podendo assim dar sugestões para

evitar maiores complicações futuras e melhorar os processos da empresa.

Tornando-se assim um sistema de trabalho preventivo com o intuito de

melhoramento contínuo da organização evitando, de forma eficiente, danos para o

patrimônio da empresa.

A auditoria pode ser conceituada como:

A auditoria compreende em exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles decorrentes (HILÁRIO FRANCO; ERNESTO MARRA, 2001, p. 28).

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O processo de auditoria realiza um estudo em todos os documentos que

estejam relacionados com o objetivo do exame, com o intuito de averiguar de forma

mais aprofundada a real situação da área em análise e de forma a trazer

informações concretas que realmente condizem com a real situação da empresa,

bem como se todos os registros de demais informações foram feitas de modo a

atender as exigências das normas brasileiras.

Conforme Antônio Lopes de Sá (2002, p. 25):

Auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração contábil, visando a apresentar opiniões, conclusões, críticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer por ocorrer ou prospectados e diagnosticados.

A auditoria é uma área da contabilidade que visa examinar as informações

contábeis, com o objetivo de dar um parecer, onde conste a conclusão do processo

de auditoria e as sugestões para um melhor controle e andamento da empresa.

Dando informações concretas sobre o patrimônio da empresa que é considerado a

maior riqueza de uma organização.

De acordo com Orleans Silva Martins (2007, p. 3):

Podemos entender Auditoria Contábil como sendo o exame e avaliação dos registros e procedimentos contábeis, sistemática dos controles internos e observação das normas, regulamentos, princípios e legislações aplicáveis no que concernem à contabilidade.

A Auditoria Contábil é uma revisão das demonstrações financeiras de

determinada empresa, onde estão incluídas todas as transações financeiras,

registros, bem como todas as operações realizadas. Esse exame tem por finalidade

dar segurança e credibilidade nas informações financeiras registradas e outros

relatórios da administração.

Os administradores ou proprietários da empresa, ou sendo os responsáveis

pela contratação dos serviços de auditoria, veem no auditor um profissional de

confiança, pois sabem que este poderá auxiliá-los, indicando um caminho mais

seguro para a organização atingir os seus objetivos de forma mais eficaz e eficiente,

trazendo informações mais precisas e concretas no que diz respeito aos resultados

das organizações, por isso, para ser um profissional de auditoria, são necessários

alguns requesitos básicos, sendo eles, ter diploma de graduação no curso superior

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de Ciências Contábeis, estar registrado no Conselho Regional de Contabilidade

(CRC), bem como estar inscrito no CVM (Comissão de Valores Mobiliários), este

último se refere no caso de estar auditando algumas organizações específicas

como, empresas que negociam em bolsas de valores, instituições financeiras,

planos de saúde ou mesmo sociedades sem fins lucrativos, o auditor também

deverá estar em constante aprendizado mantendo-se sempre atualizado com as

mudanças que ocorrem nas normas e na legislação, pois o mundo está em

constante mudança.

1.2 AUDITORIA EXTERNA E AUDITORIA INTERNA

De acordo com Crepaldi (2009, p.33), "a auditoria externa é executada por

profissional independente, sem ligação com o quadro da empresa. Sua intervenção

é ajustada em contrato de serviços".

As avaliações de auditoria realizadas vão de acordo com a necessidade de

cada setor, onde se vê a importância do auditor externo na prestação de seus

serviços aos bancos, órgãos públicos e empresas privadas. As informações

prestadas visam dar credibilidade as demonstrações contábeis e financeiras, de

acordo com os parâmetros de normas de auditoria e princípios contábeis

(CREPALDI, 2009).

O sucesso das avaliações do auditor externo, como profissional, tem a

necessidade de manter uma atitude mental independente para desenvolver um

trabalho competente e imparcial sem se sujeitar aos interesses da empresa, sendo

assim, os seus pareceres terão credibilidade e mais segurança (CREPALDI, 2009).

Devido à expansão das organizações e a falta de tempo dos

administradores e proprietários da empresa para supervisionar pessoalmente todos

os setores de sua organização, sentiu-se a necessidade da contratação de pessoa

especializada para verificar e acompanhar o desenvolvimento dos setores, isso se

deu devido ao auditor externo permanecer pouco tempo na empresa. Por essa razão

surgiu o auditor interno, como ramificação da auditoria externa (ALMEIDA, 2003).

O auditor interno é contratado diretamente pela empresa e tem como função

acompanhar, avaliar, dar sugestões de melhoria e a resolução dos problemas que

vem ocorrendo na organização. Os procedimentos para a auditoria interna são

exames que incluem exames de observância e substantivos, testes estes que dão

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aos auditores uma razoável segurança no que diz respeito ao bom andamento e

cumprimento dos controles internos estabelecidos pela administração.

Segundo Crepaldi (2009), a diferenciação entre a auditoria externa e

auditoria interna ocorre pelos seguintes fatores:

• A auditoria externa não possui vínculo empregatício com a empresa

auditada e nem dependência hierárquica com a administração, por isso, suas

opiniões possuem maior credibilidade junto aos usuários internos e externos da

organização. Geralmente, suas operações são dirigidas para averiguar os reflexos

destas nas operações contábeis.

• A auditoria interna possui vínculo empregatício com a empresa auditada e

também dependência hierárquica com a administração, sendo que suas opiniões

devem se incluir aos interesses da empresa, por este motivo, seu grau de

confiabilidade não é suficiente para com terceiros. As operações são dirigidas para

os aspectos de eficiência operacional/administrativa.

Conforme Vicente (2011, p. 25):

As tarefas da auditoria interna são executadas, geralmente, por auditores internos, funcionários da própria empresa auditada e têm como objetivo revisar e analisar documentos, registros, políticas e normas. A empresa auditada para executar os serviços de auditoria interna pode, também, utilizar-se dos trabalhos de auditores independentes.

A auditoria interna esta diretamente relacionada com a empresa, pois este

auditor é contratado pela mesma para a realização de exames em todos os setores

da organização, sua função é evitar erros, encontrar possíveis fraudes e

desperdícios bem como desvios de valores e outros, além de ter acesso a toda

documentação da empresa este poderá fazer uso dos relatórios feitos pelos

auditores independentes, tendo em mãos as informações descritas ele poderá

confrontá-las com as informações levantadas na atual auditoria e dessa forma

elaborar um parecer com maior exatidão apresentando dados mais concretos e reais

junto com as sugestões de melhoria caso seja necessário.

O auditor interno tem a função de assessorar os administradores das

empresas, com o intuito de evitar que ocorram erros, fraudes e omissões. Mesmo

que a organização dispõe de serviços de auditoria interna, é necessário que estes

auditores mantenham relação com a auditoria independente ou externa para que os

procedimentos adotados possam ser o mais parecido possíveis (VICENTE, 2011).

Entre a relação de auditoria interna e auditoria externa, pode-se dizer:

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Os auditores externos e internos, na área contábil, utilizam, normalmente, os mesmos métodos, diferindo apenas na profundidade e na extensão dos trabalhos. Ambos efetuam os exames, objetivando verificar a existência de um sistema de controle interno eficiente e eficaz, que salvaguarde o patrimônio da empresa, e a existência de um sistema contábil que produza demonstrações adequadas da posição financeira e do resultado das operações (VICENTE, 2011, p. 26).

Portanto, o trabalho desenvolvido pela auditoria interna, tem a função de

monitorar e avaliar os controles internos. A auditoria externa, por sua vez, quando

contratada para desenvolver um trabalho, tem seu foco voltado somente para a área

auditada, especificamente. Por isso, a profundidade dos trabalhos do auditor externo

é maior, pois ele realiza um estudo somente em determinada área, por outro lado, o

trabalho do auditor interno vai se desenvolvendo, dia após dia, em todos os setores

da empresa.

Sobre a auditoria interna e a auditoria externa, Crepaldi (2012, p.34) diz:

O auditor interno e o auditor externo operam em geral no mesmo campo, e ambos têm interesse na verificação da existência de: um sistema efetivo de controle interno para salvaguardar o patrimônio da empresa e que este sistema esteja funcionando satisfatoriamente e dentro das normas legais e internas da empresa; um sistema contábil capaz de fornecer os dados necessários para permitir a preparação de demonstrações contábeis que reflitam com propriedade a posição contábil e o resultado das operações da empresa.

Tanto o auditor interno como externo buscam o mesmo objetivo que é o de ter

um sistema eficiente e que atenda de forma satisfatória o setor contábil, sendo que

este deverá estar em conformidade com as normas e disposições legais exigidas,

para o registro de todas as transações da organização esse sistema deve trazer

informações seguras da posição contábil e resultado das operações da organização.

O trabalho desenvolvido pela auditoria interna e pela auditoria externa possui

semelhanças, porém também se podem destacar algumas diferenças, Crepaldi

(2012, p. 43) descreve as principais, de acordo com seu entendimento:

Extensão dos trabalhos: o escopo dos trabalhos feitos pelo auditor interno normalmente é determinado pela gerência, enquanto a extensão do exame do auditor externo é determinada pelas normas usuais reconhecidas no país ou requeridas por legislação específica; direção: o auditor interno dirige seus trabalhos para assegurar que o sistema contábil e de controle interno funcionam eficientemente, a fim de que os dados contábeis fornecidos à gerência apresentem os fatos com exatidão. Os trabalhos do auditor externo, entretanto, são determinados por seu dever de fazer com que as demonstrações contábeis a serem apresentadas a terceiros, como por exemplo, a acionistas, investidores, fornecedores, à fiscalização, reflitam

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com propriedade a situação contábil de uma empresa em certa data, e os resultados das operações do período examinado; responsabilidade: a responsabilidade do auditor interno é para com a gerência, ao passo que a responsabilidade do auditor externo geralmente é mais ampla. É evidente que o auditor interno, sendo funcionário da empresa, não tem a condição total de total independência que possui o auditor externo; métodos: não obstante as diferenças apontadas, os trabalhos de ambos são efetuados em geral por métodos idênticos. O auditor interno segue mais as rotinas de cunho interno, ou seja, observa o cumprimento rígido das normas internas, pois ele tem domínio da cultura da empresa, enquanto o auditor externo observa mais o cumprimento das normas associadas às leis de forma bem ampla, ele tem melhor domínio dos aspectos de interesse coletivo.

Os dois tipos de auditoria, interna e externa, são de extrema importância, no

desenvolvimento cabível a cada uma, desenvolvendo sua função de modo correto

e eficaz, fornecendo as informações adequadas e necessárias às organizações.

Crepaldi (2012, p. 44), ainda, realiza uma comparação traçando as

características mais marcantes de cada uma:

Auditor externo é independente, contratado para determinada tarefa de auditoria, enquanto o auditor interno é empregado da empresa, sem independência; as tarefas do auditor externo são delimitadas no contrato, enquanto as tarefas do auditor interno são tão abrangentes quanto forem as operações da empresa; a auditoria externa é eventual, enquanto a auditoria interna é periódica; processo utilizado em ambas é o analítico e as técnicas assemelham-se; as bases em que se assentam os exames são as mesmas: a escrituração, os documentos e os controles; os resultados assemelham-se.

A principal diferença entre elas é independência de uma e dependência de

outra. A auditoria externa é vista como mais segura, por desenvolver um estudo

mais aprofundado sobre determinado assunto e por estar comprometida com o

contrato realizado, a ética e a opinião pública. Do contrário, a auditoria interna

realiza um controle sobre todas as operações da entidade, não podendo se

aprofundar em nenhum caso específico e também está sujeita ao cumprimento de

ordens recebidas a quem esteja subordinado, isto é, se lhe mandarem realizar

algum procedimento que não esteja em conformidade com os atos públicos, o

auditor interno irá desempenhá-lo, esta é a razão pela qual essa auditoria não

possui tanta credibilidade comparada a independente.

De acordo com Silva (2003, p. 8):

A auditoria externa é realizada por auditores independentes inscritos na CVM - Comissão de Valores Mobiliários e é efetuada em empresas de capital aberto, que transacionam com a bolsa de valores. Essa auditoria é obrigatória por lei, a fim de verificar a veracidade em valores das informações a terceiros, quando da publicação das demonstrações financeiras destas empresas.

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A auditoria interna está voltada à gestão interna da empresa, aos controles internos, examinando-os, prevenindo-os e aprimorando-os, fazendo com que os objetivos da organização sejam alcançados. A auditoria interna hoje é considerada instrumento de gestão, em virtude do seu alargamento, de sua abrangência, pois ela está visando a organização como um todo, apontando erros e indicando soluções, objetivando a melhoria do desempenho da empresa. [grifos do autor].

Nas companhias de capital aberto é obrigatória a aplicação da auditoria

externa que tem como função verificar em valores as informações a terceiros. Já a

auditoria interna é considerada como um instrumento de gestão nas empresas, pois

tem a função de monitorar todos os processos da empresa com o intuito de que os

objetivos da organização sejam alcançados.

Conforme Magalhães et al. (2001, p. 27), "a auditoria interna e a auditoria

externa, embora operando em diferentes graus de profundidade/extensão, têm

interesses comuns, e daí a conexão existente no trabalho de ambas". Portanto, os

dois tipos de auditoria devem sempre adotar métodos iguais para ambas terem um

aproveitamento recíproco.

A auditoria externa e interna apesar de terem suas diferenças, tem a mesma

função que é a de trazer informações que correspondam com a atual situação da

empresa. Os dois tipos de auditoria adotam os mesmos critérios de avaliação e

trabalho a diferença está no fato de que a interna está diretamente ligada à empresa

e pode ser realizada em diversos ou todos os setores da organização, já a auditoria

externa vem como uma finalidade de auditar um determinado setor, pelo fato de

estar fazendo um acompanhamento específico para o qual tenha sido contratada.

Segundo Perez et al. (2007, p. 24):

A prática de auditoria independente decorre dos métodos e procedimentos consagrados pela categoria profissional, bem como pelo acatamento às normas emanadas dos diversos órgãos contábeis e reguladores, baseando-se, também, e principalmente, em legislações nacionais. Quanto à prática e às atividades de auditoria interna ela provém, em grande parte, dos mesmos métodos e procedimentos adotados pelos auditores externos, porém, os seus objetivos são distintos. Enquanto a auditoria externa tem como objetivo as demonstrações contábeis, a auditoria interna foca a eficiência, eficácia e economicidade das operações de uma entidade. Ou seja, o seu objetivo principal é a avaliação do ambiente de controle interno de uma entidade, quer em caráter específico ou parcial, quer em caráter amplo. O exercício da auditoria interna não é exclusivamente contábil; apresenta característica multidisciplinar.

O processo de auditoria interna é facultativo as empresas, ela tem como

função dar apoio à administração da empresa, pois realiza o processo de verificação

de todo o sistema da organização. A auditoria externa ou independente realiza a

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verificação da área em específico para a qual tenha sido contratada, o seu estudo é

aprofundado, pois é realizado usando todas as informações a ela cabíveis e deve

seguir as Normas Brasileiras de Contabilidade, os Princípios Fundamentais de

Contabilidade e a legislação específica que for aplicável para a sua execução.

1.3 VANTAGENS DA AUDITORIA EXTERNA

Conforme Crepaldi (2009, p.10), “a principal vantagem da auditoria externa é

sua independência, pois não se envolve com o ambiente de trabalho, evitando

embaraços e possíveis constrangimentos".

Uma das principais vantagens para a empresa é a segurança que a auditoria

externa lhe proporciona na correção de suas contas, pois auditando as mesmas é

feito um levantamento mais profundo dos controles internos, dos procedimentos

administrativos e financeiros nas áreas mais importantes e de maior risco da

empresa. Através desta análise o auditor poderá identificar erros e falhas nos

sistemas operativos, controles internos ou mesmo nos procedimentos contábeis e

fiscais, após identificação das falhas, este dará seu parecer que é descrito em

relatório específico que deverá ser discutido com as pessoas envolvidas em cada

setor, buscando o melhoramento contínuo (TEIXEIRA, 2010).

Para o Fisco que é um usuário externo das informações da empresa, as

vantagens são de permitir uma maior exatidão das demonstrações contábeis, bem

como dos resultados operados, e também contribui para o melhor cumprimento das

leis fiscais. Para os investidores contribui como informações reais da situação

econômica, patrimonial e financeira da empresa e exatidão nos resultados apurados

(CREPALDI, 2009).

De acordo com Almeida (2010, p.13), os principais fatores que levam aos

administradores de uma empresa a contratar um auditor externo são:

Obrigação legal (companhias abertas, fundos de pensão, seguradoras e quase todas as entidades integrantes do SFN); como medida de controle interno tomada pelos acionistas, proprietários ou administradores da empresa; imposição de um banco para ceder empréstimo; imposição de um fornecedor para financiar a compra de matéria prima; atender às exigências do próprio estatuto ou contrato social da companhia ou empresa; para efeito de compra da empresa (o futuro comprador necessita de uma auditoria a fim de determinar o valor contábil correto do patrimônio líquido da empresa a ser comprada); para efeito de incorporação da empresa (é a operação pela qual a empresa é absorvida por outra, que lhe sucede em todos os direitos e obrigações); para efeito de fusão de empresas (é a operação pela

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qual se unem duas ou mais empresas para formar uma nova sociedade, que lhes sucede m todos os direitos e obrigações); para fins de cisão da empresa (é a operação pela qual a empresa transfere parcelas de seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a empresa cindida, se houver versão de todo seu patrimônio, ou dividindo-se seu capital, se parcial a distribuição); para fins de consolidação das demonstrações contábeis (a consolidação é obrigatória para a companhia aberta que tiver investimentos em sociedades controladas).

Todos os fatores elencados acima fazem referência quanto a alguns casos

em que é contratada uma prestação de serviços de auditoria externa. Portanto,

podemos observar que tanto para efeitos legais quanto à confiança dos investidores

e usuários externos da empresa, a auditoria independente ou externa é considerada

como àquela que reporta melhores informações, com maior grau de confiabilidade.

Segundo Crepaldi (2012, p. 43), ''o sucesso do auditor independente num

mercado altamente sofisticado se deve única e exclusivamente ao elevado grau de

capacidade e especialização e sua independência no exercício de sua atividade''.

Para ser um auditor externo de sucesso é necessário estar em constante

atualização, ter grande capacidade, seriedade no trabalho a ser desenvolvido e

manter sua independência no exercício da sua atividade, não se deixando influenciar

pelos administradores das empresas que contratam o seu serviço.

Conforme Perez et al. (2007, p.24):

A auditoria independente de demonstrações contábeis tem por objetivo certificar a adequação das informações lá constantes, em face dos princípios fundamentais de contabilidade e das práticas contábeis em vigor no Brasil [...]. É dita independente em virtude do auditor responsável por sua execução não estar vinculado à entidade auditada. Por razões óbvias, não poderia ser diferente; uma vez ligado à entidade auditada, sua opinião poderia não ter tanta credibilidade.

O profissional independente, ou seja, o auditor externo não possui ligação

com o quadro da empresa, por isso, é realizado um contrato de serviços que deverá

ser seguido tanto pelo auditor quanto pela organização. O estudo será designado

para as áreas em que haja a necessidade de averiguação. Sua função possui

grande credibilidade por ter que obedecer às normas de auditoria e os princípios

contábeis. Esse profissional, pela relevância dos seus trabalhos, é escolhido para

prestar serviços aos acionistas, ao governo, aos banqueiros e a todos os

interessados. Após o término do estudo, o auditor fará um parecer indicando as

conclusões que chegou e as possíveis mudanças que possam ser realizadas para

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melhorar o andamento da empresa, este parecer possui grande confiabilidade, pois

o profissional não se sujeita a qualquer tipo de interesse ou vantagem.

1.4 PLANEJAMENTO DA AUDITORIA EXTERNA

Para Crepaldi (2009, p. 452), "o planejamento pressupõe adequado nível de

conhecimento das atividades, os fatores econômicos, a legislação aplicável, as

práticas operacionais da entidade e o nível geral de competência da administração".

O auditor deverá planejar o trabalho a ser desenvolvido de acordo com as

Normas Profissionais de Auditor Independente, observando os prazos e demais

compromissos assumidos com a empresa. Para realizar um processo de auditoria

satisfatório, é necessário que o auditor tenha conhecimento na área econômica e

legislação que se aplica a empresa, bem como na atividade desenvolvida e suas

práticas operacionais (CREPALDI, 2009).

Segundo Crepaldi (2009), todo planejamento deverá ser documentando bem

como elaborados cronogramas de trabalho por escrito, detalhando os procedimentos

a serem utilizados em termos de natureza, oportunidade e extensão, desta forma

servirão de guia para execução do trabalho. Caso surjam novos fatos estes deverão

ser incorporados ao planejamento e aos programas de trabalho. Esse planejamento

pode ser denominado como Plano de Auditoria ou Programa de Auditoria.

A documentação que comprova que o auditor realizou as etapas de acordo

com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis é

composta pelas informações obtidas antes da elaboração da proposta de serviços,

juntamente com as levantadas para fins do planejamento (CREPALDI, 2009).

Almeida (2010, p. 126) define o planejamento e seus objetivos da seguinte

forma:

Planejar significa estabelecer metas para que o serviço de auditoria seja de excelente qualidade e ao menor custo possível. Os principais objetivos a serem atingidos são os seguintes: • adquirir conhecimento sobre a natureza das operações, dos negócios e forma de organização da empresa; • planejar maior volume de horas nas auditorias preliminares; • obter maior cooperação do pessoal da empresa; • determinar a natureza, amplitude e datas dos testes de auditoria; • identificar previamente problemas relacionados com contabilidade, auditoria e impostos.

Para realizar o seu planejamento, o auditor deve conhecer os procedimentos

e as áreas da empresa e realizar o processo de auditoria conforme as normas

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aceitas. É vantajoso para ele realizar o maior número de exames que conseguir

preliminarmente, para o mesmo não ficar com trabalho acumulado para o fim do

exercício. Sempre que puder o auditor deverá pedir o auxílio do pessoal da empresa

auditada para separar a documentação necessária, preencher papéis de trabalho,

preparar análises das contas do balanço patrimonial, reconciliações bancárias,

mapas de revisão analítica, entre outros, isso porque a empresa de auditoria possui

muitos gastos com funcionários e esta é uma forma de cortar custos. Através do

controle interno e da revisão analítica o auditor consegue identificar as áreas que

possivelmente estejam apresentando problemas, desta forma, é preferível que ele

planeje o seu trabalho para que essas duas áreas sejam executadas primeiro. Para

a auditoria quanto antes os problemas forem evidenciados, melhor será, pois a partir

disso, a administração da organização terá tempo para solucioná-los sem que haja

atraso na divulgação das demonstrações contábeis anuais (ALMEIDA, 2010).

De acordo com CREPALDI (2012, p. 520):

O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o desenvolvimento de plano de auditoria. Um planejamento adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para: • auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria; • auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais; • auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de forma eficaz e eficiente; • auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas; • facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho; • auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e especialistas.

O auditor deve realizar um planejamento adequado para realizar suas

atividades de forma eficaz e em menos tempo, para que as expectativas da empresa

sejam atendidas e para que ela possa o quanto antes direcionar as mudanças e

melhoramentos a serem feitos, a fim de atingir os objetivos da organização.

No momento em que uma organização contrata os serviços de auditoria,

inicia-se o planejamento do auditor, pois a partir deste momento o auditor passará a

levantar as informações necessárias para conhecer a fundo a empresa e determinar

o trabalho a ser executado. A conclusão do planejamento se dá quando o auditor

independente completar os serviços preliminares (CREPALDI, 2012).

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O plano de auditoria ou planejamento é um documento preliminar elaborado

pelo auditor, usado sempre que for realizar uma nova auditoria, sendo este dotado

de grande importância, pois é este documento que irá direcionar o momento em que

cada tarefa deverá ser realizada, devendo todo ele ser cumprido nos prazos

estabelecidos.

Segundo Vicente (2011, p. 31):

Todo e qualquer trabalho deve ser planejado antes de ser iniciado. Planejar pode ser resumido em um ato de preparação de um trabalho, de uma tarefa, com o estabelecimento de métodos adequados para se atingirem os objetivos.

Todos os trabalhos são realizados da melhor forma quando há um

planejamento que os norteia ou direciona, da mesma forma ocorre com o trabalho

do auditor que tem como regra iniciar os trabalhos com um planejamento das

atividades que irá desempenhar para se chegar a conclusão do estudo podendo

transparecer confiabilidade nos seus relatórios finais.

Conforme Perez et al. (2007, p. 69):

O planejamento de auditoria deverá conter: • cronograma; • procedimentos de auditoria; • relevância e planejamento; • riscos de auditoria; • pessoal designado; • épocas oportunas dos trabalhos; • horas estimadas para a execução dos trabalhos; • supervisão e revisão; • indagações à administração para concluir o planejamento; • revisões e atualizações no planejamento e nos programas de auditoria.

Portanto, podemos perceber que o planejamento é uma parte do processo em

que o auditor deve descrever passo a passo as atividades a serem por ele

desenvolvidas, essas etapas devem ser sempre seguidas, ou seja, o trabalho deverá

ser sempre desenvolvido de acordo com o que está descrito no mesmo, não

podendo ser ignorado nenhum dos passos, pois isso poderá alterar o resultado final

da auditoria.

O planejamento das técnicas de revisão analítica auxilia o auditor a determinar a estratégia de auditoria, pois permite conhecer a empresa, identificar questões que devem ser consideradas durante os exames, direcionando a atenção do auditor às áreas de risco inerente (MAGALHÃES et al. 2001. p. 50).

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Para realizar o seu planejamento, o auditor deve conhecer a empresa, suas

áreas e processos, para assim identificar as questões que deverão ser consideradas

e analisadas mais a fundo, ou seja, aquelas que aparentam estar apresentando

algum tipo de incoerência, durante a auditoria.

Após juntar as informações básicas de que necessita sobre a organização a

ser auditada, determinar os componentes mais significativos e identificar aqueles

que apresentam riscos, o auditor irá desenvolver o seu planejamento de trabalho,

que segundo Perez (1998, p. 41), deverá considerar os seguintes aspectos:

• Designação de pessoal adequado em função das características, prazos e época de realização dos trabalhos. • Determinação da necessidade e possibilidade de utilização do trabalho de especialista ou da auditoria interna. • Revisão e avaliação do sistema de controles internos [...]. • Definição dos procedimentos de auditoria que serão aplicados para consecução dos objetivos de auditoria proposto [...]. • Preparação ou revisão dos programas de auditoria [...].

Portanto, o auditor deverá designar pessoal da própria empresa auditada ou

de sua empresa de auditoria, para auxiliá-lo na realização dos trabalhos; se a

empresa auditada possuir o serviço de auditoria interna, analisar qual a possibilidade

de usufruir dos relatórios e informações geradas por esta; revisar e avaliar o sistema

da empresa; definir os procedimentos que serão aplicados para alcançar os

objetivos da auditoria proposta; e preparar os programas de auditoria.

Conforme Franco e Marra (2001, p. 297), „„ao se iniciar qualquer trabalho de

auditoria, este deve ser cuidadosamente planejado, tendo em vista seu objetivo.”

Contudo, o planejamento consiste em estabelecer os procedimentos que deverão

ser aplicados para se atingir o objetivo desejado.

De acordo com Sá (2002, p. 131):

Plano de auditoria, programa de auditoria, previsão de auditoria, roteiro de verificações e expressões equivalentes [...] significam: tarefa preliminar traçada pelo auditor, que se caracteriza pela previsão dos trabalhos que devem ser executados em cada serviço, a fim de que este cumpra integralmente as suas finalidades dentro das normas científicas da contabilidade e da técnica da auditoria.[grifos do autor].

O planejamento de auditoria é uma previsão sobre os passos que o auditor

deverá seguir para realizar o seu trabalho, ou seja, é tudo aquilo que ele imagina

que deverá ser feito. Quando de fato, o auditor for desenvolver o seu trabalho, ele

deverá seguir todos os procedimentos estipulados no plano, assim, cumprir a sua

finalidade, sempre conforme as regras estipuladas.

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Quando a empresa planejar a sua primeira auditoria, o auditor externo deve

tomar alguns especiais, conforme Crepaldi (2012, p. 534) isso pode ocorrer em três

situações:

a) quando a entidade nunca foi auditada, situação que requer atenção do auditor independente, visto que ela não tem experiência anterior de um trabalho de auditoria; b) quando a entidade foi auditada no período imediatamente anterior, por auditor independente, situação que permite uma orientação sobre aquilo que é requerido pelo auditor independente; e c) quando a entidade não foi auditada no período imediatamente anterior, situação que requer atenção do auditor independente, porquanto as Demonstrações Contábeis que servirão como base de comparação não foram auditadas.

Os cuidados devem ser tomados no planejamento da primeira auditoria, para

que seja realizado um trabalho que atenda as expectativas da empresa e para que

não traga complicações ao auditor. Geralmente, os problemas ocorrem quando a

entidade nunca foi auditada, quando ela foi auditada no período imediatamente

anterior e quando ela não foi auditada no período imediatamente anterior.

1.5 PAPÉIS DE TRABALHO

Os papéis de trabalho são provenientes da documentação da empresa, como

esta é muito numerosa, o auditor separa a documentação que considerar mais

importante para a execução do seu trabalho. Ele, também, utiliza os mesmos para

registrar as informações adquiridas e suas opiniões.

Para Attie (2011, p. 235):

Os papéis de trabalho formam o conjunto de formulários e documentos que contêm as informações e apontamentos obtidos pelo auditor durante seu exame, bem como as provas e descrições dessas realizações; constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento de sua opinião.

Durante o processo de auditoria, o auditor irá juntar informações sobre o

objeto estudado e a partir disso formulará os apontamentos que considerar

importantes. Portanto, a opinião do auditor se fundamenta nos papéis de trabalho,

pois eles contêm informações que evidenciam toda a análise e verificação realizada

em seu trabalho.

Segundo Almeida (2010, p. 67), os principais objetivos dos papéis de trabalho

de auditoria são:

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- atender as normas de auditoria geralmente aceitas; - acumular as provas necessárias para suportar o parecer do auditor; - auxiliar o auditor durante a execução de seu trabalho; - facilitar a revisão por parte do auditor responsável, para que ele se assegure de que o serviço foi efetuado de forma correta; - servir como base para avaliação dos auditores; - ajudar no trabalho da próxima auditoria [...]; - representar na Justiça [...] as evidências do trabalho executado.

Os papéis de trabalho possuem objetivos, sendo que todos eles visam o

sucesso da auditoria, que por sua vez, tem o intuito de auxiliar a administração da

empresa a seguir os melhores rumos para atingir os seus objetivos.

Referente às normas de auditoria geralmente aceitas, uma delas diz que o

auditor deve colher elementos comprobatórios suficientes para fundamentar o seu

parecer sobre as demonstrações contábeis juntadas durante a execução de seu

trabalho. Quanto aos papéis de trabalho estes podem ser manuais ou digitados

(ALMEIDA, 2010).

Conforme Crepaldi (2012, p. 470):

O auditor deve documentar as questões que foram consideradas importantes para proporcionar evidência, visando fundamentar seu parecer da auditoria e comprovar que a auditoria foi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis.

A auditoria deve ser realizada conforme as Normas de Auditora Independente

das Demonstrações Contábeis. O parecer do auditor deve sempre ser

fundamentado em evidências que possam justificá-lo, estas serão encontradas nos

papéis de trabalho, que são a documentação preparada pelo auditor ou fornecida

pela empresa no momento da auditoria, esses devem conter os aspectos

importantes do trabalho realizado.

De acordo com Vicente (2011, p. 69):

As informações relativas ao planejamento de auditoria, à natureza, à oportunidade e à extensão dos procedimentos aplicados, assim como os resultados obtidos e as suas conclusões da evidência da auditoria, devem ser registrados em papéis de trabalho, devendo incluir o juízo do auditor – juntamente com a conclusão a que chegou acerca de todas as questões significativas – inclusive naquelas áreas que envolvem questões de difícil julgamento.

Os papéis de trabalho são compostos pelo planejamento, realizado logo na

contratação da auditoria, quando o auditor conhece a empresa, pela natureza,

oportunidade e extensão dos procedimentos aplicados, como também pelos

resultados obtidos, ou seja, a opinião e conclusão do auditor. O conjunto de papéis

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deve evidenciar todos os apontamentos do auditor, dando significado ao trabalho

desenvolvido.

A finalidade principal dos papéis de trabalho do auditor é a de servir como base e sustentação da opinião do auditor. Eles constituem o testemunho do trabalho que o auditor efetuou, a forma como foi realizado esse trabalho e registram e documentam as conclusões a que o auditor chegou. Os papéis de trabalho do auditor contêm todas as informações conseguidas no curso dos exames, muitas vezes de forma sucinta, mas sempre clara. O conjunto das informações demonstra, ou não, que o auditor cumpriu as normas de auditoria geralmente adotadas e aplicou os procedimentos de auditoria na extensão e profundidade suficientes para permitir externar sua opinião (FRANCO; MARRA, 2001, p. 322).

Os papéis de trabalho elaborados pelo auditor nos processos de auditoria não

tem um formato padronizado, o que importa é que eles supram a necessidade de

sua elaboração. Sua finalidade é a de sustentar a conclusão obtida pelo auditor,

servindo como base de informações da sua opinião, também é possível avaliar

através deles, se o trabalho do auditor foi desenvolvido conforme as normas de

auditoria aceitas.

Conforme Magalhães et al. (2001, p. 105):

Por papéis de trabalho entende-se o conjunto de formulários e folhas que contém as informações e os apontamentos do auditor, no decurso do exame, as provas por ele obtidas e/ou realizadas e a descrição destas provas, que constituirão o suporte documental (testemunho) do trabalho executado e a fundamentação pessoal de sua opinião.

Durante o processo de auditoria, o auditor junta a documentação que

considerar importante e nela faz apontamentos e registra as informações que

encontrar durante o exame e forem relevantes. O conjunto dessa documentação 2é

que forma os papéis de trabalho, que compõe as provas da auditoria realizada e dá

fundamento ao parecer e conclusão do auditor.

Segundo Almeida (2010, p. 74):

Os papéis de trabalho são de propriedade dos auditores e representam o registro do trabalho executado e a base para emissão do parecer; portanto, eles devem ser adequadamente controlados, no sentido de evitar que terceiros não autorizados tenham acesso aos papéis de trabalho.

Os papéis de trabalho são uma documentação da empresa, onde constam

informações sigilosas, sendo fundamental o cuidado para que pessoas não

autorizadas não tomem conhecimento e não tenham acesso a estas informações.

Essa documentação é de responsabilidade do auditor, pois é o registro do exame

efetuado, portanto, a guarda dos papéis de trabalho é de sua responsabilidade.

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Cada folha ou grupo de folhas que compõem os papéis de trabalho devem

por si só conter informações que as esclareçam. Nos casos de que uma folha

contenha alguma informação que se baseie em outra folha, deve ser feito um

apontamento em ambas. Cada folha que compõe os papéis de trabalho deve conter

um cabeçalho contendo o nome da empresa na qual se realizou a auditoria, a conta

analisada e a data do exame. Também devem ser rubricadas ou assinadas pelos

auditores que realizaram o preparo desses papéis (CREPALDI, 2012).

A documentação que forma os papéis de trabalho deve ser elaborada e

preparada com cuidado, pois cada folha que dela faça parte deve conter

informações relevantes e esclarecedoras. Também se devem seguir alguns

parâmetros em sua composição, identificando a qual empresa se referem os papéis

e outros dados pertinentes para que na revisão dessa documentação todos os

dados necessários estejam neles contidos.

1.6 AUDITORIA EXTERNA DAS DISPONIBILIDADES

As disponibilidades podem ser conceituadas como ''[...] recursos de

propriedades da entidade, representadas por caixa e equivalentes de caixa, à

disposição para uso imediato e irrestrito" (ATTIE, 2011, p. 349). Portanto, as

disponibilidades das empresas são representadas pelas contas de caixa e bancos.

Conforme Martins (2007, p. 5) "para um ativo ser classificado no subgrupo

das disponibilidades é importante que não haja restrições quanto a seu uso

imediato". Portanto, só é considerado disponível para empresas o numerário ou

equivalente que esteja realmente disponível para o uso da empresa.

Os procedimentos que o auditor irá usar devem ser definidos de acordo com

os objetivos da auditoria, ou seja, a finalidade para a qual ela será aplicada. O caixa

é uma conta difícil de ser controlada, uma vez que possui muitos riscos, por isso, é

necessário realizar um estudo mais detalhado sobre ele (CREPALDI, 2009).

O caixa, geralmente, é a conta da empresa mais movimentada, registrando

diariamente entradas e saídas de dinheiro, por isso, em decorrência de seu grande

fluxo, é natural que ele seja difícil e complicado de controlar, um pequeno erro

poderá desencadear uma grande diferença no seu saldo. Portanto, a atenção com o

caixa deve ser muito grande e o auditor deve ter definido o objetivo que quer

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alcançar com o estudo desta conta, pois a análise deverá ser o mais detalhada

possível para, assim, obter os resultados desejados.

De acordo com Crepaldi (2009), geralmente, as análises realizadas sobre as

contas de Caixa e Bancos referem-se à verificação da existência, da propriedade, se

os valores estão exatos, tenta descobrir se há restrições e se as demonstrações

contábeis apresentam resultados fidedignos.

Normalmente, o principal objetivo da auditoria nas contas do disponível, caixa

e bancos, é verificar se os valores registrados nas demonstrações financeiras são de

fato verdadeiros, se realmente existem na empresa e coincidem com o relato das

demonstrações, desta forma, analisa-se se há algum tipo de restrição ou se está

tudo de acordo com os conformes.

O processo de verificação das disponibilidades requer que sejam

determinados alguns requisitos que permitam realizar a análise. Entre esse quesitos

estão: existência de vários caixas; fundo fixo ou caixa; existência de várias contas

bancárias; manutenção de contas especiais e contas bancárias encerradas

(ATTIE,1998).

Ao ser realizada uma auditoria das disponibilidades é importante que o auditor

siga alguns passos para realizar a análise. Deve ser analisado quantos caixas e

contas bancárias a empresa possui, fundo fixo e a manutenção das contas

bancárias encerradas, entre outros casos específicos de cada organização, tudo

deverá ser cuidadosamente estudado para a auditoria poder entregar para os

administradores um parecer coerente, que relate verdadeiramente como estão os

seus processos.

No processo de contagem de caixa, o auditor deve tomar alguns cuidados

para que ele tenha validade. O mesmo deve preocupar-se: com a contagem

surpresa para evitar manipulações que possam encobrir a falta de numerário; com o

número de caixas existentes com o intuito de evitar manipulações e transferências

entre eles, devendo avaliar se a contagem entre eles é realizada ao mesmo tempo

ou não; se há a presença de um responsável na contagem do caixa, após o

numerário ser contado deve ser entregue um recibo assinado pelo responsável; e,

em relação ao papel de trabalho, o auditor deve preenchê-lo a tinta, depois da

contagem, para isso devem ser observados alguns requesitos como o nome do

caixa, nome do responsável pelos numerários, data e hora da realização da

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contagem, listagem de todos os itens constantes do caixa e recibo de devolução do

numerário contado (ATTIE, 1998).

Para a auditoria ter mais validade, é importante que a contagem do caixa seja

realizada de surpresa, evitando, desta forma, que haja algum tipo de manipulação

com o intuito de encobrir suposta falta de numerários. Também se deve analisar se

há mais que um caixa na empresa, se houver o auditor deverá verificar se nas

transferências realizadas entre eles há alguma forma de manipulação e fraude, se a

empresa tiver só um caixa operando, mais fácil será para o auditor realizar esta

avaliação. Nos casos de a organização ter um responsável de acompanhar a

contagem e/ou fechamento dos caixas, é importante verificar se este está sempre

presente na realização deste processo, dando a ele maior fidedignidade. Após o

término do processo, o responsável pelo fechamento deverá assinar um recibo,

onde deve constar o nome do caixa e do responsável pelos numerários, a data e a

hora em que foi realizada a contagem, listagem de todos os itens movimentados e

um recibo de numerário contado.

Conforme Attie (2009), na verificação das contas bancárias o auditor deve

observar as conciliações bancárias, a confirmação dos saldos bancários, extratos

bancários para analisar se os débitos e os créditos são normais e foram

contabilizados em tempo hábil, os débitos e créditos pendentes de conciliação são

comprovados no período subsequente, e se as transferências de fundos são

completadas em tempo hábil.

Quando for verificar as contas bancárias, o auditor deverá confirmar os saldos

das contas, analisar os extratos bancários examinando se os débitos e créditos tem

coerência, isto é, se eles são normais e se foram contabilizados no tempo previsto.

Se houver alguma movimentação pendente de comprovação, no período seguinte

deve-se realisar uma nova análise para descobrir se realmente pertencem a

transações efetuadas pela empresa. Também deve ser verificado se as

transferências de fundos são realizadas em tempo hábil.

Conforme Sá (2002, p. 257):

Na auditoria de caixa os cuidados do auditor devem ser realmente grandes porque: 1. esta conta é a preferida para a prática de fraudes; 2. todo erro de caixa implica a necessidade de explicação sobre o destino do numerário; 3. a maior parte das transações de uma empresa passa por caixa;

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4. os erros de caixa provocam na sua generalidade erros de outras contas; 5. esta conta é a maior fonte de riscos de uma empresa quanto ao numerário líquido.

A conta caixa é aquela onde mais ocorrem fraudes, isso ocorre devido ao fato

dela ser aquela em que mais ocorrem movimentações na empresa, sendo assim, ela

se transforma em uma fonte de riscos; outro fator é o de que essa conta quando não

está de acordo, normalmente, faz com que outra conta da organização também não

esteja, por isso, todo erro requer uma explicação que evidencie onde está o

numerário faltante.

Segundo Sá (2002, p. 276):

As contas bancárias merecem tanto cuidado como as de caixa, exigindo reconciliações com base nos dados que o auditor colhe nos extratos de contas dos bancos, nos documentos bancários, nos saldo confirmados etc.

Assim como as contas de caixa, as contas bancárias também exigem muito

cuidado, pois todas as movimentações devem ser conciliadas, os extratos devem

ser cuidadosamente analisados, assim como toda a documentação, também é

importante verificar a numeração dos cheques e os comprovantes de depósitos. O

problema dessas contas, muitas vezes, está nas tarifas e juros descontados pelo

banco, que podem não estar sendo corretamente contabilizados.

A verificação das disponibilidades envolve os requesitos básicos para a constatação da existência das disponibilidades quanto ao saldo existente e ao saldo com base nos registros contábeis, determinando se todas as operações foram registradas (ATTIE, 2011, p. 353).

A auditoria das disponibilidades tem a intenção de verificar se o saldo

existente é igual ao que foi registrado contabilmente, concluindo, desta forma, se

todas as operações realizadas foram devidamente registradas.

Para realizar a contagem do caixa o auditor deve tomar alguns cuidados,

para Attie (2011, p. 354) devem ser eles:

a) contagem surpresa: para evitar possíveis manipulações ou artifícios que vislumbrem encobrir falta de numerário; b) número de caixas existentes: para evitar a manipulação e transferência de fundos entre estas. Neste caso, o auditor deve julgar se todas serão contadas ao mesmo tempo ou se serão realizadas contagens rotativas; c) presença do responsável: a contagem do caixa deve ser realizada com a presença do responsável pelo numerário. Na entrega do numerário contado, deve ser obtido o recibo de entrega assinado pelo responsável para isentar o auditor de quaisquer diferenças porventura existentes ou reclamações posteriores; d) papel de trabalho: ao realizar a contagem, o auditor deve preencher seu papel de trabalho a tinta, observando os seguintes aspectos:

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• nome do fundo ou do caixa; • nome do responsável pelo numerário; • data e hora da realização da contagem; • listagem de todos os itens constantes do caixa; e • recibo de devolução de numerário contado. [grifos do autor].

Os cuidados acima citados tem sua importância fundamentada no grau de

validade que terá a auditoria se estes forem seguidos corretamente. Além destes

aspectos, durante o período em que é realizada a auditoria podem ser observados

outros elementos de importância no caixa que deverão ser analisados para que ela

atinja seus objetivos.

Quanto às contas bancárias, o auditor também usa alguns procedimentos

para atingir os seus objetivos, Attie (2011, p. 355) diz que ele deve se preocupar

com os seguintes aspectos:

a) conciliações bancárias: obter as conciliações bancárias e certificar-se de que as pendências são decorrentes de operações normais. As pendências, dependendo de sua materialidade, devem ser cuidadosamente examinadas para evitar possíveis ativos, passivos ou despesas não contabilizadas em seu período de competência; b) confirmação: obter confirmação independente sobre os saldos bancários e, dependendo da confiabilidade do controle interno, também o extrato bancário; c) extrato bancário: selecione um período para exame do extrato bancário, contendo um período imediatamente anterior e um período imediatamente subsequente à data-base examinada, para determinar que: • todos os débitos e créditos são normais e foram contabilizados em tempo hábil; • todos os débitos e créditos pendentes de conciliações são comprovados no período subsequente; e • as transferências de fundos são completadas em tempo hábil. [grifos do autor].

As contas bancárias devem ser analisadas realizando-se conciliações das

contas, encontrando a confirmação das mesmas e se o controle interno não for de

total confiança é importante o auditor verificar os extratos bancários, observando se

os débitos e os créditos foram contabilizados em tempo hábil e se são normais

perante a situação da empresa.

De acordo com Almeida (2010, p. 143):

Os testes de auditoria são dirigidos para superavaliação e o principal objetivo é verificar a existência do ativo. A melhor forma de se certificar de que os recursos em caixa existem é contá-los fisicamente. Já para as contas correntes bancárias esse procedimento não pode ser executado. Obter uma carta do banco confirmando o saldo dessas contas é a forma normalmente utilizada.

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O principal objetivo da auditoria é verificar a existência do ativo e as

disponibilidades fazem parte desse ativo da empresa. Para saber se o saldo em

caixa realmente existe a melhor forma é realizar a contagem do físico dos

numerários. Como esse procedimento não pode ser utilizado para as contas

bancárias, o banco fornece extratos que confirmam o saldo em conta, porém nem

sempre esse saldo condiz com as demonstrações contábeis, pois uma compra

realizada na empresa pode ser paga com cheque e este pode só ser debitado da

conta em outro mês, este fato requer atenção do auditor na hora de fazer o exame.

Conforme Franco e Marra (2001, p. 375):

O objetivo do exame não é só o de apurar se realmente existem todas as disponibilidades mencionadas no balanço, mas, também, o de assegurar-se que existem todas as que deveriam existir. O auditor deve ter em mente que é grande a probabilidade de que, através de lançamentos indevidos de transferência, escamoteações e outros artifícios, a escrituração possa acusar um saldo inferior ao real. Assim, na execução das verificações, os dois objetivos devem ser alcançados.

Além de verificar se os saldos que constam no balanço realmente existem, a

auditoria realizada nas disponibilidades tem o intuito de averiguar se todas as que

deveriam existir realmente existem. A probabilidade de o auditor encontrar saldo

inferior ao ideal é grande, pois, geralmente, ocorrem muitos erros nas

movimentações das disponibilidades assim como na forma de sua escrituração.

As disponibilidades de uma entidade, por serem ativos de pronta liquidez, é o subgrupo de contas mais sujeito a uma utilização indevida. Nessa área, mesmo que haja bom sistema de controle interno, é onde o auditor faz maior volume de testes do que o normal, já que o risco de erros e fraudes é maior (MARTINS, 2007, p. 6).

As disponibilidades, como o próprio nome diz, estão disponíveis para serem

usadas pela empresa a qualquer momento, pois se referem ao dinheiro que

possuem em caixa e em bancos, por esta razão, estas são as contas que mais são

usadas indevidamente pelas organizações. Portanto, nestas contas é necessário

que o auditor realize maior número de testes e formas de controle.

O auditor quando for realizar a contagem dos numerários em caixa, deve

sempre realizar este procedimento com a presença de uma pessoa da empresa ou

até mesmo pedir para que esta realize a contagem enquanto ele analisa e anota os

fatos, esta é uma forma do auditor se prevenir caso ocorra alguma acusação de

desfalque de valores.

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A auditoria aplicada nas disponibilidades requer que sejam seguidos alguns

procedimentos para a sua execução, estes dependem do objetivo do estudo. Ela é

importante para analisar se as contas Caixa e Bancos estão sendo movimentadas

de forma correta, se os lançamentos e as demonstrações estão de acordo. Na conta

caixa, geralmente, os procedimentos adotados são mais detalhados e extensos,

requerem mais empenho na sua averiguação, pois como ela sofre muitas

movimentações é mais difícil de ser controlada.

1.7 PARECER/RELATÓRIOS FINAIS

Após o término dos itens do programa de auditoria, finalizam-se também os

trabalhos de revisão, desta forma faz-se um relatório das informações sobre as

tarefas desenvolvidas denominadas também como papel de trabalho. Sendo que o

encarregado da equipe é quem produz o relatório que será entregue ao responsável

geral. A conclusão é a base do trabalho de relatar e assim o relatório é a base do

parecer (SÁ, 2002).

No final de cada auditoria, o auditor emite um relatório ou parecer onde

consta a conclusão do exame efetuado, bem como sugestões para melhorar o

desempenho do objeto estudado.

De acordo com Almeida (2003, p.473), "o parecer representa o produto final

do trabalho do auditor". Este compreende três parágrafos: o primeiro refere-se à

identificação das demonstrações contábeis e a definição das responsabilidades

cabíveis a administração da organização e ao auditor; o segundo é referente ao

trabalho realizado; o último diz respeito à opinião do auditor com base nas

demonstrações contábeis (ALMEIDA, 2003).

O parecer é o fechamento ou a conclusão do trabalho realizado. Este deve

seguir um formato, contendo três parágrafos e cada um relatando aquilo que lhe

cabe. É importante seguir um padrão, pois ele esclarece de melhor forma as

informações daquilo que se deseja saber.

Observa-se que o parecer se refere à opinião do auditor após o levantamento

e análise dos fatos, onde no relatório final este dá seu posicionamento da

evidenciação do resultado obtido. Parecer este que deve obedecer às normas da

auditoria, bem como seguir o formato padrão de desenvolvimento do mesmo

(ATTIE, 1998).

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Primeiramente, o auditor realiza um estudo, levantando e analisa dados

pertinentes ao objeto de estudo para o qual foi contratada a auditoria, após esse

processo ser concluído, ele irá dar o parecer final relatando o resultado obtido. Esse

último relatório deve ser feito de acordo com as normas de auditoria e seguir um

formato padrão de desenvolvimento.

De acordo com Perez et al. (2007, p. 125):

O parecer é o principal relatório do auditor independente e objetivo final de seu trabalho. Representa a conclusão do trabalho realizado que está documentado nos papéis de trabalho.

O objetivo de uma auditoria é através de estudos realizados chegar a uma

conclusão, que demonstra se os procedimentos da empresa estão sendo realizados

da maneira correta, se estão ocorrendo erros ou fraudes na organização e o que

pode ser melhorado dentro dela para obter melhores resultados. Por isso, o parecer

é o principal relatório do auditor e também representa o término da auditoria.

Conforme Almeida (2010, p. 418), "o parecer deve ser dirigido à diretoria, ao

conselho de administração ou aos acionistas. Deve-se evitar seu envio a pessoas da

companhia".

Os administradores, diretoria, conselho, acionistas ou outras pessoas que

estejam à frente da empresa contratam o serviço de auditoria para examinar,

verificar e apresentar o parecer com as conclusões do trabalho realizado. A partir

disso, eles podem realizar as mudanças necessárias, dando um melhor

direcionamento à organização. Portanto, o parecer deve ser remetido à pessoa que

contratou a auditoria, pois é ela a interessada e quem saberá o que fazer com os

resultados obtidos.

Para Attie (2011, p. 93):

O parecer de auditoria é o instrumento pelo qual o auditor expressa sua opinião, em obediência às normas de auditoria; após a realização de todo o trabalho de campo, reunindo provas e evidências sobre as demonstrações contábeis, é que o auditor determina seu entendimento sobre a representatividade e o conjunto dos mesmos. Seu exame de campo, concluído por intermédio de programa de trabalho, o endereça à obtenção de informações e fatos que determinam seu posicionamento e o impelem a análises, pesando e medindo efeitos de correntes das informações obtidas.

O parecer de auditoria é o resultado, a opinião do auditor sobre o exame

realizado, de acordo com as normas de auditoria. Ele é emitido após a junção de

evidências e provas, adquiridas durante o processo, sobre as demonstrações

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contábeis. O auditor fará o seu parecer e o entregará aos interessados, aqueles que

contrataram o serviço, geralmente administradores das empresas, para que eles a

partir das informações adquiridas possam determinar o seu posicionamento.

Os relatórios sintéticos ou conclusivos, normalmente, são usados para a

apresentação aos clientes, estes relatórios tem como base a forma mais simplificada

na sua elaboração, apresentando apenas o que de fato é influência e tem

relevância.

1.7.1 Tipos de Pareceres do Auditor

O parecer é relacionado ao trabalho realizado pelo auditor, onde ele relata os

dados obtidos de acordo com o examinado. Para isso, o auditor pode optar entre

alguns tipos de parecer, abaixo citados, conforme lhe convier a partir de cada caso.

Parecer sem resalvas ou limpo: Esse tipo de parecer é usado nos seguintes

casos: Quando o exame é realizado conforme as normas de auditoria aceitas;

quando as demonstrações financeiras forem elaboradas de acordo com os princípios

fundamentais de contabilidade; quando os princípios contábeis são aplicados com

uniformidade; e quando as demonstrações financeiras contêm todas as informações

necessárias (ALMEIDA, 2003).

Parecer com ressalvas: Se ocorrer um parecer dessa natureza, o parágrafo-

padrão onde esta descrita à opinião deve ser alterado com o intuito de deixar claro o

porquê da ressalva e qual o seu efeito sobre a situação patrimonial e financeira, os

resultados das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e

aplicações de recursos, se esses puderem ser determinados. Outra forma de

esclarecer a natureza da ressalva é fazer referência no parágrafo da opinião, ou

seja, uma nota explicativa ou fazer outro parágrafo no parecer. No caso da ressalva

ser tão relevante que proíba o auditor de expressar uma opinião sobre a forma

adequada das demonstrações contábeis, faz-se necessário uma negativa de opinião

ou opinião adversa. Geralmente, os pareceres com ressalva são usados os termos

exceto em exceção (ALMEIDA, 2003).

Parecer adverso: Esse parecer é imitido quando o auditor possui informações

suficientes para opinar que as demonstrações financeiras não representam de modo

adequado a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, as

mutações do patrimônio e as origens de aplicação de recurso, conforme os

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princípios fundamentais de contabilidade. Isso ocorre quando o auditor constata que

a transação é tão importante que não justifica a simples emissão de um parecer com

ressalvas (ALMEIDA, 2003).

Negativa de parecer: O auditor deverá dar negativa de parecer quando ele

não possui informações suficientes para formar sua opinião sobre as demonstrações

financeiras tomadas em conjunto. Isso ocorre em função de limite no escopo do

exame ou incertezas que possam ser bastante relevantes sobre a situação

patrimonial e financeira, o resultado das operações, as mutações do patrimônio

líquido, ou as origens de aplicações de recursos (ALMEIDA, 2003).

Geralmente, o que ocorre na prática e o que leva o auditor a não emitir o

parecer padrão é: limite no escopo do exame; parte do exame do realizado por

outros auditores; as demonstrações financeiras não estão de acordo com os

princípios fundamentais da contabilidade; exposições informativas inadequadas;

falta de uniformidade na aplicação dos princípios contábeis; incertezas quanto aos

efeitos futuros (ALMEIDA, 2003).

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2 METODOLOGIA

O presente trabalho teve como objetivo desenvolver um estudo exploratório -

descritivo, onde tivemos como base compreender questões que envolvam possíveis

erros ou fraudes relacionadas ao caixa e ao banco, ou seja, as disponibilidades que

somente podem ser encontrados realizando uma auditoria na organização.

De acordo com Severino (2007, p. 123):

A pesquisa exploratória busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestação desse objeto. Na verdade, ela é uma preparação para a pesquisa explicativa. [grifos do autor].

Sendo assim, compreende-se que a pesquisa exploratória fornece os critérios

e métodos para elaboração da pesquisa, oferecendo informações para orientar a

formulação da mesma.

Conforme Santos (2002, p. 26), "explorar é tipicamente a primeira

aproximação de um tema e visa criar maior familiaridade em relação a um fato ou

fenômeno". Portanto, a pesquisa exploratória visa familiarizar-se com o assunto

realizando, primeiramente, pesquisas bibliográficas e até mesmo entrevistas com

pessoas conhecedoras do assunto, para depois realizar o levantamento das

informações.

Descrever um fato ou fenômeno é interesse de quem já teve uma primeira aproximação, isto é, já fez uma pesquisa exploratória. Por isso, a pesquisa descritiva é um levantamento das características conhecidas, componentes do fato/fenômeno/processo (SEVERINO, 2002, p. 27). [grifos do autor].

Desta forma, a pesquisa descritiva é realizada depois da pesquisa

exploratória, ou seja, após ter conhecimento do caso é realizada a descrição do

levantamento realizado, do conhecimento adquirido dos fatos.

Para Severino (2007, p. 123):

A pesquisa descritiva é aquela que, além de registrar e analisar os fenômenos estudados, busca identificar suas causas, seja através da aplicação do método experimental/matemático, seja através da interpretação possibilitada pelos métodos qualitativos.

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Compreende-se que este tipo de pesquisa além de analisar e registrar os

fatos faz uma busca pelas causas, aplicando métodos experimentais para chegar

aos resultados finais.

As principais diferenças entre a pesquisa exploratória e a pesquisa descritiva

são: a primeira visa explorar o assunto, conhecendo e se familiarizando com o

mesmo, mostrando os critérios, métodos e técnicas para a sua elaboração; já a

última, visa realizar o estudo, análise, registro e interpretação dos fatos. Desta

forma, uma complementa a outra, no caso desta pesquisa, será necessário utilizar-

se das duas técnicas.

Iniciando o estudo, teve-se a intenção de analisar as disponibilidades da

empresa com a expectativa de identificar possíveis erros no caixa e banco, podendo

ser encontradas divergências nos lançamentos, bem como valores incorretos e

inconformidade com os princípios contábeis. Após esta análise foi feito um parecer

destacando as principais inconformidades encontradas, onde foram dadas as

orientações e direcionamentos aos administradores da empresa, para a solução dos

referidos problemas.

Os procedimentos técnicos adotados neste estudo foram a pesquisa

bibliográfica, que são trabalhos já escritos; a pesquisa documental, que se refere

aos documentos, relatórios a serem analisados; e o estudo de caso, que é uma

investigação, onde sua principal preocupação é a interação entre fatores e eventos.

Segundo Ruiz (2002), a pesquisa bibliográfica, nada mais é, que um conjunto

de material já escrito, podendo ser encontrado em livros, jornais, artigos e outros,

que tratam de determinado assunto, por autores já conhecidos ou anônimos

pertencentes às correntes de pensamentos diversos entre si ao longo da evolução

humana. Sendo assim, o exame desse material será usado como referência para a

pesquisa a ser realizada.

A partir do autor acima referenciado, a pesquisa bibliográfica é de grande

valia para o estudo realizado, pois é através desta que temos base para a descrição

e fundamentação de todo o assunto. Independente da área a ser pesquisada, será

necessário a pesquisa bibliográfica para justificar os objetivos da pesquisa.

Conforme Severino (2007, p. 122), "a pesquisa bibliográfica é aquela que se

realiza a partir do registro disponível, de corrente de pesquisas anteriores, em

documentos impressos, como livros, artigos, teses etc."

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Portanto, como se trata de material já escrito, faz menção a autores que já

trataram destes assuntos, material devidamente registrado e assim, tornam-se

temas a serem pesquisados. Desta forma, o estudo é feito a partir de contribuições

de outros autores.

Para Severino (2007, p. 122), “a pesquisa documental tem como fonte [...] não

só documentos impressos, mas, sobretudo outros tipos de documentos, tais como

jornais, fotos, filmes, gravações, documentos legais.”

Se tratando não somente de documentos impressos, mas também de outros

documentos, incluindo relatórios, estes ainda são matéria-prima para o estudo a ser

realizado e serão utilizados para desenvolver uma investigação precisa da análise

dos fatos.

Santos (2002, p. 32), diz que "documento é o nome genérico dado às fontes

de informação bibliográficas que ainda não receberam organização, tratamento

analítico e publicação.”

A pesquisa documental refere-se aos documentos e relatórios de uma

determinada empresa que serão analisados e após esta análise será feita uma

descrição do que foi encontrado.

Estudo de caso é a seleção de um objeto de pesquisa restrito, com o objetivo de aprofundar-lhes os aspectos característicos. O objeto do estudo de caso pode ser qualquer fato/fenômeno/processo individual, ou um de seus aspectos (SANTOS, 2002, p.31).

O estudo de caso teve como objetivo fatos que se relacionam com a realidade

para que fosse feita uma abordagem e investigação sobre os mesmos, com o intuito

de descrever os acontecimentos que estão inseridos no contexto.

A pesquisa de campo teve como intuito encontrar respostas sobre

determinado problema ou hipótese que se queira comprovar. Consiste na

observação de como ocorrem os fatos, na coleta de dados e no registro do que se

considera importante, para, posteriormente, realizar uma análise (MARCONI E

LAKATOS, 1999).

Como esta teve o intuito de encontrar as respostas, inicialmente, foi feito um

levantamento dos dados e fatos ocorridos, onde foram analisados os registros para,

em seguida, ser dado um parecer sobre o que foi encontrado.

Outro fator para desenvolver a nossa pesquisa foi a aquisição dos conceitos

básicos, definimos o conceito de auditoria, auditoria externa e auditoria interna,

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vantagens da auditoria externa, planejamento da auditoria externa, papéis de

trabalho, auditoria externa das disponibilidades e parecer/relatórios finais.

A auditoria foi desenvolvida em uma fábrica de embutidos situada na cidade

de Quatro Pontes no estado do Paraná, esta indústria conta com 449,89 m em área

construída, produzindo 10 toneladas dia, atualmente ela conta com 21

colaboradores, sendo que a grande maioria trabalha na área da produção, a

empresa é formada por quatro sócios, e dois destes estão à frente da administração.

A empresa iniciou suas atividades no ano de 2005, no interior da cidade de Marechal

Candido Rondon, e no ano de 2008 mudou suas instalações para a cidade Quatro

Pontes, seus produtos atendem todas as cidades da região oeste, abrangendo as

cidades de Foz do Iguaçu, Santa Helena, Marechal Cândido Rondon, Guaíra,

Toledo, Cascavel e outros. A indústria atualmente produz em torno de 16 produtos

entre eles linguiça pura tradicional, linguiça mista tradicional, linguiça pura sem

toucinho, morcela, torresmo, bacon, salame italiano, linguiça toscana de vários

sabores entre outros.

O desenvolvimento da pesquisa foi realizado em 3 (três) meses, pois esse

período foi o ideal para fazer o confronto dos dados, bem como desenvolver a

análise das disponibilidades (caixa e banco) para a localização das eventuais falhas

que aconteceram no setor. Assim podemos dizer que o período em que foi

desenvolvido o estudo foi interessante, sendo que neste intervalo de tempo não

houve quebra de venda. Se tratando de um fábrica de embutidos, onde a matéria-

prima e os produtos são produzidos a partir de carne suína, há meses no ano em

que há queda nas vendas, isso se dá pela própria cultura popular, exemplificando, o

período de quaresma onde o consumo de carne diminui. Foi escolhida esta empresa

para realizar o estudo, pois uma das integrantes da dupla faz parte do quadro de

colaboradores da mesma. A empresa demonstrou total interesse para o

desenvolvimento da pesquisa, dando liberdade para acessar os documentos da

organização, sendo que o próprio deslocamento foi facilitado, justo pelo fato de um

dos membros da dupla residir na mesma cidade em que a empresa está instalada.

Num primeiro momento, foi realizada uma visita aos administradores para

verificar a possibilidade de desenvolver o trabalho de auditoria, onde fomos

prontamente atendidas, e após esta visita foi realizado um segundo encontro para

definir a documentação a ser usada e para estar agendando a data em que seria

realizada a auditoria, sendo necessário o período de uma semana somente para

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fazer o levantamento dos dados, já tendo as informações em mãos, foram feitas as

análises e os confrontos e, em seguida, elaborado o parecer final, que foi entregue

em uma última visita realizada aos administradores da empresa.

A partir do estudo realizado na indústria de embutidos, onde foram auditadas

as contas de caixa e banco, pode-se afirmar que o mesmo pode ser utilizado em

qualquer empresa, pois este estudo tem a finalidade de evitar fraudes e erros e dar

sugestões de melhoria e melhor aplicação do patrimônio.

Quanto à abordagem da pesquisa realizada, podemos dizer que a mesma

possui aspectos qualitativos, ou seja, a informação coletada não é expressa em

números e sim se refere à coleta, análise e observação de um fato.

Segundo o Portal dos Administradores (2007), a pesquisa qualitativa é um

conjunto de técnicas que são adotadas para construir uma realidade, mas esta se

preocupa com as ciências sociais em um nível de realidade que não pode ser

quantificado.

Compreende-se que são técnicas utilizadas para a construção de uma

pesquisa que considera o ambiente em que é realizada como fonte direta dos dados

que serão coletados e o pesquisador é um instrumento para a realização.

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3 RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO

A perspectiva deste capítulo é apresentar o estudo de caso desenvolvido em

uma Indústria de Embutidos de pequeno porte que é regida pelo regime fiscal do

Simples Nacional. Nesta empresa realizou-se uma auditoria nas disponibilidades

mais especificamente nas contas, caixa e bancos, para a realização deste trabalho

foram utilizados alguns documentos que foram solicitados ao escritório de

contabilidade, bem como às instituições financeiras. Os documentos utilizados

foram: Livro Diário onde consta toda a movimentação que ocorreu nos primeiro

trimestre do ano de 2013, livro razão de cada uma das contas auditadas, sendo livro

caixa, razão da conta bancos (Banco do Brasil e Cooperativa Sicredi), razão das

aplicações no Banco do Brasil, balanço patrimonial do ano de 2012, notas fiscais de

entrada, extratos bancários do primeiro quadrimestre.

3.1 PROCEDIMENTO DO ESTUDO DE CASO NA INDÚSTRIA DE EMBUTIDOS DE

PEQUENO PORTE

No primeiro momento foi desenvolvido o cronograma de trabalhos onde foram

estabelecidos os prazos para o desenvolvimento de cada etapa do estudo, para dar

início aos trabalhos foram solicitados os documentos necessários, de posse dos

mesmos iniciou-se a confrontação das somas finais de cada mês, entre o livro razão

e o diário, após essa etapa, foram realizados a análise de cada lançamento do livro

diário e verificando se estes estavam de acordo com o que estava lançando no livro

razão de cada conta, também verificou-se os extratos bancários com o razão dos

bancos sendo que os extratos bancários se referem ao primeiro quadrimestre do ano

de 2013 para que seja feita a verificação da conciliação dos cheques que possam

ser descontados no mês de abril, da mesma forma foram revisadas as notas de

entrada e saída e confrontadas com o livro diário para a verificação da veracidade

dos lançamentos e seus respectivos valores de compras e vendas.

O trabalho desenvolvido foi feito de acordo com o cronograma apresentado,

onde o mesmo não excedeu o prazo acordado para cada atividade. Todos os

documentos solicitados nos foram apresentados de forma correta e no prazo

determinado, durante a realização das análises não foram evidenciados erros de

grande proporção somente foram feitas alguns apontamentos de melhoria que estão

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evidenciados e disponibilizados junto às demais observações no relatório final,

sendo que uma via deste foi entregue aos administradores da empresa para a

tomada de providências cabíveis junto ao escritório contábil, e outra via esta

disponibilizada ao final do trabalho, sendo o relatório final desenvolvido de acordo

com as normas contábeis de auditoria.

3.2 PAPÉIS DE TRABALHO

Para desenvolver um trabalho de auditoria é necessário que se faça um

cronograma das atividades a serem realizadas, sendo assim a Tabela 01 refere-se

ao cronograma do trabalho que foi desenvolvido na Indústria de Embutidos.

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TABELA 01 - Cronograma

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A Tabela 02 é relacionada ao caixa onde consta a soma do primeiro trimestre

do ano de 2013, para confrontar com os documentos originais e validar se os valores

estão corretos ou não, fazendo o levantamento de dados, bem como a confrontação

dos valores do Livro Caixa com o Livro Razão. Não foram encontradas

inconformidades, portanto a soma dos valores finais que são de R$ 185.491,83

correspondente ao mês de janeiro, R$ 211.308.03 valor do mês de fevereiro e R$

253,922,00 mês de março corresponde ao informado nos documentos.

TABELA 02 – Razão Diário/Conta Caixa

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Já a Tabela 03 se refere a conferência dos saldos do livro razão do Banco do

Brasil confrontados com o Livro Diário, sendo desenvolvido o trabalho de

conferência e apuração constatou-se que não houve a ocorrência de erros ou

irregularidades nos valores dos numerários lançados nos relatórios mencionados,

sendo assim não foram encontradas irregularidades. Saldos Finais Banco do Brasil

R$ 1.738,47 mês de Janeiro, já no mês de fevereiro R$ 9.226,06 e no mês de março

R$ 2.498,14.

TABELA 03 – Razão Diário/Conta Banco do Brasil

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A Tabela 04 a seguir, se refere à conferência dos saldos do livro razão da

Cooperativa Sicredi confrontado com o Livro Diário, onde foi feita a conferência e

apuração e constatou-se que não houve a ocorrência de erros ou irregularidades

nos valores dos numerários lançados nos relatórios mencionados, sendo assim não

foram encontradas inconformidades. Os saldos correspondentes aos meses

averiguados são: em janeiro R$ 147,90, fevereiro R$ 3.795,42 e no mês de março

fechamos com saldo de R$ 57,95.

TABELA 04 – Razão Diário - Conta Cooperativa Sicredi

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A Tabela 05 faz referência a capitalização realizada no Banco do Brasil no

primeiro trimestre do ano de 2013. Conforme sua verificação os movimentos

conferem com o que foi apresentado pelo escritório responsável pela contabilidade

da empresa e o que está descrito no Livro Diário.

TABELA 05 – Razão Diário/Conta Aplicações Banco do Brasil

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Na Tabela 06 que segue veremos os dados referentes a todas as

disponibilidades que a empresa possui: caixa, Banco do Brasil, Cooperativa Sicredi

e aplicações, sendo que os saldos apurados condizem com dados apresentados no

livro razão de cada uma das contas. Observando que o saldo inicial utilizado é o que

faz referência ao saldo do Balanço Patrimonial do ano de 2012.

TABELA 06 - Livro Razão

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Na Tabela 07, apresentada a seguir, estão relacionados todos os valores

pertencentes ao caixa que foram confrontados com um controle interno da empresa,

controle esse que é feito em forma de relatório para constar nos registros, em anexo

encontra-se uma declaração firmando que os valores descriminados são de fato o

que consta em numerário no caixa nos meses citados, sendo assim não foram

encontradas inconformidades.

TABELA 07 - Razão Financeiro/Conta Caixa

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A Tabela 08 a seguir faz referência aos valores apresentados nos extratos

bancários do Banco do Brasil estes tendo sido confrontados com os Livros Razão

respectivamente apresentados pelo escritório contábil, dessa mesma forma não

foram evidenciadas inconformidades.

TABELA 08 - Razão Financeiro/Banco do Brasil

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A próxima tabela, Tabela 09, refere-se aos valores apresentados nos extratos

fornecidos pela Cooperativa Sicredi, assim sendo estes foram confrontados com os

Livros Razão apresentados pelo escritório contábil, fazendo o trabalho de análise

não foram encontradas inconformidades.

TABELA 09 – Razão Financeiro/Conta Sicredi

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A Tabela 10 se refere às aplicações/capitalização realizadas no Banco do

Brasil no primeiro trimestre do ano de 2013. Conforme sua verificação os valores

são divergentes com o extrato apresentado pelo banco confrontado com o Livro

Razão conta aplicações Banco do Brasil que foi apresentado pelo escritório

responsável pela contabilidade da empresa. Isso se dá pelo fato do escritório só

lançar as diferenças dos juros das variações ao final do contrato, gerando assim

uma inconformidade com sugestões de ajustes para o próximo exercício.

TABELA 10 – Razão e Financeiro/Conta Aplicação Banco do Brasil

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Na Tabela 11 a seguir veem-se os ajustes que devem ser feitos nas

descrições dos registros contábeis que divergem da descrição contida nos extratos

das instituições financeiras. Desta forma, os valores estão em conformidade, mas os

nomes das contas estão divergentes gerando dúvidas no momento da confrontação

ou para alguma verificação futura onde será de difícil entendimento. Da mesma

forma, foram evidenciadas inconformidades na aplicação do Banco do Brasil, que

não foram lançadas na contabilidade e que se referem aos rendimentos dos meses,

a justificativa dada pelo escritório responsável é de que o saldo variável será pagos

integralmente somente quando do vencimento, por este motivo não foi lançado.

Nessa tabela de ajustes estão também informadas as recomendações para

complementar à descrição das Notas Fiscais de Remessa para Venda Ambulante,

as de Retorno, bem como as de industrialização e serviços no que diz respeito à

matéria prima.

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TABELA 11 - Ajustes

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Na Tabela 12 foram disponibilizadas as recomendações feitas no intuito de

estar auxiliando com as divergências encontradas nos lançamentos, onde nos

extratos do banco estão lançados de uma forma e nos registros contábeis de outra,

foi constatado também valores em divergência e complementações em alguns

registros.

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TABELA 12 – Recomendações

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Nesta última tabela a de número 13 estão disponibilizados os valores do

Balanço das contas do disponível com seus saldos no início de janeiro e os valores

do final de março.

TABELA 13 – Balanço Patrimonial

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3.3 PARECER DA AUDITORIA

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos Administradores da

Indústria de Embutidos

Quatro Pontes – Paraná

1. Examinamos os documentos da Indústria de Embutidos que se referem aos

meses de Janeiro, Fevereiro e Março, sendo eles: Livro Diário, Livro Razão Caixa,

Razão Bancos, Razão Aplicação/capitalização, Balanço do ano de 2012, balancete

do primeiro trimestre, extratos bancários e notas fiscais de compras e prestação de

serviços. Desta forma, ficou sob nossa responsabilidade analisar possíveis erros e

fraudes que poderiam estar ocorrendo nas contas de disponibilidade e assim estar

fazendo as sugestões de correção e melhoria.

2. Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de formamos uma opinião sobre

as demonstrações contábeis acima referidas, os trabalhos foram desenvolvidos

seguindo as normas de auditoria e o cronograma proposto, e assim correram dentro

da normalidade e prazos previstos, onde foi possível desenvolver uma boa análise

de forma sucinta e correta para chegarmos às conclusões a seguir expostas.

3. Analisando os documentos: Extratos da aplicação/capitalização feita no Banco

do Brasil, foram encontradas não conformidades onde após averiguação dos fatos

verificou-se a discrepância nos valores lançados pelo escritório contábil, a

justificativa dada pelo escritório foi de que os rendimentos das variações da

capitalização seriam pagos somente ao final do contrato que se daria no ano de

2019, e nesse momento seriam lançados todos os valores divergentes, sendo assim

gerou-se uma não conformidade, sugerimos que o escritório contábil entrasse em

contato com a instituição financeira ou o cliente e solicitasse o contrato bem como os

extratos dessa aplicação/capitalização para fazer os devidos ajustes para o próximo

exercício.

4. Verificando os demais documentos, não foram encontradas divergências na

questão de numerários, no período de janeiro a março de 2013, sendo que todo o

material analisado e confrontado não apresentou inconformidades nos valores, tanto

nos documentos apresentados pelo escritório contábil bem como os fornecidos pelas

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instituições financeiras, exceto nos mencionados a cima. No entanto, foram

localizadas divergências na questão da descrição de lançamentos, neste caso

sugerimos complementar a descrição das Notas Fiscais Eletrônicas de Remessa de

Venda Ambulante, que poderia ser acrescentado se é nota de saída ou retorno da

mercadoria. Da mesma forma, as notas de remessa para industrialização da matéria

prima, devem seguir essa mesma regra de estar acrescentando se é Nota Fiscal de

saída, retorno ou prestação de serviços, essas alterações viriam a facilitar a leitura e

entendimento do livro diário, para pessoas que não tem pleno conhecimento de

como é o processo da empresa, pois como auditores ficou vaga a forma de estar

compreendendo os lançamentos, assim facilitaria a compreensão e agilizaria o

processo. Já nas descrições do Livro Razão do Banco do Brasil, Cooperativa Sicredi

e Livro Diário confrontados com os extratos bancários, foram encontradas diversas

divergências na nomenclatura dos lançamentos, assim sugerimos como melhoria,

que o escritório se adéque as descrições feitas pelos bancos nos extratos bancários

para que não ocorram problemas futuros e falta de entendimento. Sugerimos que a

empresa adote uma melhor forma de gestão de seu caixa, pois analisando o saldo

que esta mantém, verifica-se um grande valor numérico, e assim este poderia ser

aplicado todo ou parte dele, para que houvesse retorno sobre esse valor, podendo

ser em forma de aplicações bancárias de longo prazo ou resgate automático ou até

mesmo de compra de imóveis, dependendo da necessidade da empresa, nesse

caso levamos em consideração também a questão de segurança de manter um

valor tão alto no caixa da empresa, sendo dinheiro em espécie ou mesmo cheques.

Assim estaria gerando um rendimento sobre um valor que atualmente está parado.

Quatro Pontes, 20 de setembro de 2013.

JT AUDITORES INDEPENDETES LTDA

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Josemara Nowotny Tonelli

Auditor

Thaís Michelle Johann

Auditor

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando que a auditoria interna e externa são de fundamental

importância para o bom andamento de uma organização, observaram-se as

vantagens de se aplicar uma auditoria nas disponibilidades, com a realização da

auditoria pode-se ter uma visão da real situação do disponível da empresa, com

informações coerentes e apresentadas de forma a não deixar dúvidas sobre a

veracidade dos fatos apresentados, e se estes condizem com o que está declarado

nos relatórios e lançamentos. No caso da Indústria de Embutidos foram observados

alguns pontos a serem melhorados, pontos que se referem basicamente à forma de

contabilização e lançamentos, que para facilitar e melhorar a forma de entendimento

e disponibilização das informações poderiam ser feitos de outra forma, que também

estariam corretos sobre a visão contábil, bem como ajustes de valores nas

aplicações/capitalização que devem ser feitos para o próximo exercício.

Através da realização da auditoria externa, podem-se localizar alguns erros

que teriam passado despercebidos, e que poderiam vir a causar transtornos para a

empresa no caso de haver necessidade de solicitação de algum recurso para

investimento junto às instituições financeiras ou mesmo uma análise mais detalhada

das contas a pedido do fisco. Sendo assim, pode se afirmar que a auditoria é de

extrema importância, pois sua realização nos dá uma maior segurança para o

repasse de informações fidedignas que auxiliarão a indústria nos diversos setores,

tanto no setor administrativo para que haja um melhor planejamento de seus

recursos financeiros e suas aplicações, bem como a melhor forma de captação

recursos para um possível investimento caso se faça necessário, a auditoria também

fornece base para a que a organização não cometa erros recorrentes como

lançamentos incorretos fazendo assim uma prevenção para que, em situações

futuras, esses erros não se repitam. A auditoria contribui de forma significativa para

a descoberta de fraudes ou desvios de dinheiro dentro da organização. Neste caso o

administrador será orientado e poderá estar tomando uma decisão a respeito de

solucionar o problema.

Os relatórios da auditoria são os reflexos da análise realizada pelo auditor, e

estes devem conter informações completas e precisas de todo o resultado apurado

durante a auditoria. Dando um parecer sobre a situação financeira, que compreende

o disponível da empresa. A mesma deve apresentar as falhas e problemas de maior

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importância, fazendo observações e sugestões sobre a melhoria de cada setor,

sendo que o mesmo deve ser convincente de modo que as recomendações ganhem

apoio, para que sejam realmente implantadas.

A principal função da auditoria contábil é de manifestar uma opinião precisa

e com informações que condizem com a realidade da empresa sobre o setor

auditado, neste caso o das disponibilidades, para que sua realização seja de forma

pratica deverá envolver todos os critérios adotados para a sua elaboração, bem

como todos os processos de registro.

Observa-se que o objetivo da auditoria não se restringe somente a

descoberta de erros e fraudes, mas também como forma de proteção contra os

mesmos e também uma forma de evitar punições da lei como multas e penalidades

fiscais, contribuindo de forma eficiente para a produção de informes a respeito da

realidade da situação das demonstrações contábeis.

Realizando a auditoria na Fábrica de Embutidos, foram encontradas

algumas inconformidades principalmente nos extratos bancários, onde a descrição

do livro razão banco fornecido pelo escritório contábil era divergente da descrição

feita no extrato fornecido pelo banco, após o levantamento foram elaboradas

planilhas onde estão descritas todas as divergências, detalhando o que estava

incorreto e apontando a forma correta de estar lançando.

Na conta Aplicações/capitalização do Banco do Brasil, confrontando os

extratos fornecidos pelo banco com o Livro Razão fornecido pelo escritório foi

evidenciada inconformidade nos valores, a justificativa dada pelo escritório é de que

como se trata de uma aplicação de capitalização esta possui o saldo da variação

dos juros que será pago integralmente somente ao término do contrato, sendo assim

não se encontra contabilizado os valores que se referem aos rendimentos dos

períodos já decorridos, sugerimos que o escritório entre em contato com a instituição

financeira ou com o seu cliente no intuito de solicitar os extratos que se referem a

esta aplicação/capitalização bem como o contrato firmado entre banco e cliente,

para que no próximo exercício seja feito o ajuste necessário para que não haja

divergências nas contas.

Além dos ajustes nos lançamentos dos bancos sugerimos algumas

complementações na descrição das Notas Fiscais de Remessa para Venda

Ambulante e Notas Fiscais de Retorno de Venda Ambulante, onde nos registros esta

descrito somente o nome da empresa e numero da NFe, assim sugerimos que fosse

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adicionado a referencia NFe – saída ou NFe – retorno, dessa forma facilitaria o

entendimento e leitura dos livros e registros para a pessoa que não conhecer o

procedimento utilizado dentro da organização.

Com o término dos levantamentos foi feito o parecer da auditoria, este

parecer bem como as planilhas de ajustes e recomendações foram disponibilizados

para empresa em copia eletrônica e da mesma forma foi enviado uma copia para o

escritório responsável pela contabilização dos fatos, este se comprometeu a estar

fazendo os ajustes necessários para vir a atender as necessidades da empresa.

Todas as inconformidades, bem como o parecer da auditoria realizada nessa

empresa estão na sua respectiva tabela e também as marcações correspondentes

nos livros e extratos que estão em anexo, o que de fato se pode observar é que é de

extrema importância a realização de uma auditoria dentro de uma organização

independente desta ser pequena, media ou grande porte, pois através da realização

da auditoria pode-se evidenciar fatos que provavelmente jamais teriam sido vistos e

assim futuramente poderia estar trazendo problemas para a organização quando em

algum momento pudesse ocorrer uma averiguação do fisco ou situação parecida,

pois foram evidenciados erros que passaram despercebidos tanto para os

administradores da empresa como para o contador responsável. Assim essa

auditoria contribui tanto de forma a estar levantando e corrigindo erros bem como de

forma preventiva para evitar que estes não sejam recorrentes.

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REFERÊNCIAS

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