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Jovens Camaradas! Jun. 2015

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Edição especial do informe Jovens Camaradas! Publicado em parceria pela Juventude Socialista de Piratini e pela Juventude Socialista de Pelotas. fb.com/jspiratini

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CIEPs - Os Centros Integrados de Educação Pública implementados a partir de 1984, sob supervisão do educador Darcy Ribeiro, na qual era vice do Governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola foi o projeto mais ousado em educação pública brasileira. Vislumbrava-se o modelo de educação integral de qualidade ás crianças brasileiras.

Em 1987 o projeto foi interrompido e retomado em 1991, no segundo governo de Brizola. E adotado no começo dos anos 1990 na gestão do pedetista Alceu Colares no Rio Grande do Sul.

Essas interrupções foram realizadas pela constante alternância de poder, lamentavelmente, reprovada por governantes que não se alinhavam ideologicamente as bandeiras da educação popular de Brizola. Assim, mostra que muitos políticos por vaidade trocavam o nome ou extinguiram os CIEPs dos planos de governo.

Dessa forma, as estratégias eleitoreiras

mais prejudicavam o povo carente

socioeconomicamente, em especial, as

crianças abandonadas. Perdiam-se o

sentido humano e nacional dos CIEPs

para além de uma escola integral e

projeto Nação. Era um investimento

presente com fortes impactos no futuro,

principalmente, em fatores relacionados à

violência, baixa escolaridade e

subemprego. Por isso Brizola dizia:

“A educação é o único caminho para emancipar o homem. Desenvolvimento sem educação é criação de riquezas apenas para alguns privilegiados.”

Os CIEP’s eram muito mais que um modelo político- pedagógico escolar de oferecer aulas, esporte e cultura para o desenvolvimento das comunidades. Era a inclusão de cidadão pleno no mundo, um projeto de emancipação humana àqueles que tanto sofrem com a desumanidade de alguns governos, e grupos sociais elitizados da sociedade brasileira, que vê o pobre sem instrução como perigoso devido a sua “falta de educação”

O modelo dos CIEPs promovia a paz entre as comunidades, levava saúde e sabedoria, e, além disso, fomentava a oportunidade social para o desenvolvimento humano de cidadãos conscientes e transformadores sociais. A retomada dos CIEP’S hoje, soa uma utopia ou talvez uma possibilidade, quem sabe um candidato ( talvez do mesmo partido do Brizola e Darcy Ribeiro) coloque como projeto de Estado. O CIEPs novamente! E que jamais seja extinguindo por vaidade política! Em uma frase emancipadora Brizola exalta: “Todas as crianças deveriam ter direito à escola, mas para aprender devem estar bem nutridas. Sem a preparação do ser

humano, não há desenvolvimento. A violência é fruto da falta de educação.”

Marcos Moraes é Cientista Social pela Universidade Federal de Pelotas

[email protected] | http://blogdomarcosmoraes.blogspot.com.br/

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Diego Rodrigues de Oliveira (militante do PDT/Pelotas)

Darcy Ribeiro ficou conhecido pelo

entusiasmo com que falava da

"reinvenção do Brasil" a partir da

educação como podemos constatar

em seus livros e "Fazimentos" na

política.

Para ele os Sistemas e as

organizações educacionais estão

inseridos próximo ao cotidiano do

indivíduo podendo assim agir

diretamente sobre o contexto social,

econômico e político mais amplo da

sociedade, tornando-se possibilidade

efetiva para realizar a tomada de

consciência rumo redução das

desigualdades socais.

Darcy faleceu 1997, mas seu legado

permaneceu dentro da

intelectualidade e políticos ligados à

educação. O ex-reitor da UnB e atual

Senador Cristovam Buarque (PDT-

DF), publicamente já se proferiu

seguidor e procura assim como

Darcy conciliar a produção

intelectual com a materialização de

projetos pela via da política. Como

apresenta em sua obra a Revolução

Republicana na Educação e na a

PEC 32/2013.

Para Buarque só a educação de

qualidade pode romper com os

séculos de atraso econômico e social

brasileiro e por estarem inseridas no

cotidiano do indivíduo as escolas

devem ser foco principal de qualquer

governo, pois o modelo educacional

que temos só amplia a desigualdade.

Neste sentido que entendemos a

importância do pensamento-ação de

Darcy Ribeiro, e como seus

“fazimentos” influenciaram a

proposta de Emenda à constituição

(PEC 32/2013) de autoria do senador

Cristovam Buarque (PDT-DF), que

responsabiliza a União pelo

financiamento da educação básica.

Pois para eles a pratica ensinou que

ser de esquerda não é ter radicalismo

verbal, intransigente na busca da

revolução, mas ter consequência

política, saber o que representa

avanço como explica Buarque: “A

revolução possível, lógica e ética no

mundo de hoje é por meio da

educação. Em vez de somente

estatizar capital financeiro,

disseminar capital-conhecimento;

usar lápis em vez de fuzis;

professores, em vez de guerrilheiros;

e no lugar de trincheiras e barricadas,

escolas."

Sendo assim para Buarque e Ribeiro

só alterando drasticamente nosso

modelo educacional é que

conseguiremos superas nossas

contradições. Para ambos a educação

é fundamental para incorporar as

massas excluídas e fazer do Brasil

uma sociedade com maior justiça

social sendo parte fundamental no

processo de ampliação e o

aprofundamento da democracia

como via privilegiada para conquista

de uma sociedade mais justa.

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JOÃO BELCHIOR MARQUES GOULART

é um importante ícone da história política

brasileira. Gaúcho de São Borja, formado

em direito, deu início a sua carreira

política fundando o PTB em sua terra natal

e sendo primeiro presidente do partido

local. Mais tarde alcançaria este posto a

nível estadual e nacional.

Em 1945, convencido pelo ex-

presidente Getúlio Vargas, João Goulart

concorreu a uma cadeira no legislativo

estadual e elegeu-se com expressiva

votação. Dois anos depois, em 1950, Jango

elege-se novamente com grande número

de votos, porém, desta como vez como

Deputado Federal. Entretanto, licenciou-se

já no seu primeiro ano de mandato (1951)

para assumir a Secretária do Interior e da

Justiça do Rio Grande do Sul.

Em 1953 tornou-se Ministro do

Trabalho, Indústria e Comércio. Nomeado

por Getúlio Vargas, teve que lidar com uma

profunda crise herdada de gestões

anteriores. Trabalhadores clamavam por

aumento salarial, convocaram greves ao

mesmo tempo em que a classe média

juntamente com a UDN empreendia forte

oposição. Em virtude de sua luta em nome

dos trabalhadores, Jango foi criticado pelo

jornal New York Times que o acusou de

manipular o movimento social a forma do

Peronismo.

Ainda assim, estudou o aumento do

salário mínimo sendo pressionado por

mobilizações trabalhistas a favor de um

aumento de 100%, enquanto do outro lado

os empresários, ávidos por lucros cada vez

maiores, rejeitavam a proposta e tentavam

limitar o aumento a apenas 42%, alegando

que este valor igualaria aos custos de vida

no ano de 1951. Vargas orientado por

Goulart assinou o decreto aumentando em

100% o salário e reconhecendo o empenho

dos trabalhadores.

Entretanto, a pressão das elites, que

já eram muito fortes contra o caráter

popular do governo Vargas tornou-se

insustentável após tal medida. Para não

retroceder nos avanços conquistados até

então, Getúlio suicidou-se em 1954, o que

forçou Jango a renunciar ao cargo de

Ministro do Trabalho. Goulart assume

então a presidência nacional do PTB, e

passa a ser lembrado como principal nome

trabalhista e herdeiro político do legado de

Getúlio Vargas.

Jango concorre então à vice-

presidência da República por duas vezes,

sendo vencedor em ambos os pleitos. Na

primeira eleição, concorrendo na chapa de

Juscelino Kubitschek, alcançando mais

votos que o próprio presidente. Na eleição

seguinte seu companheiro de chapa,

General Teixeira Lott acabou derrotado por

Jânio Quadros (candidato apoiado pela

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UDN), compondo um quadro complexo,

que o sistema então vigente previa ao

eleger separadamente os dois principais

cargos do país: um vice-presidente

alinhado as camadas populares e ao

chamado "Varguismo" e um presidente

eleito pelos conservadores.

Entretanto, após oito meses de

mandato Jânio renuncia ao cargo de

Presidente do Brasil. Os militares

pretendem fechar o Congresso e impedir a

posse de Jango que estava em viagem

diplomática. Eis que então, dos porões do

Palácio Piratini o cunhado e então

governador do Rio Grande do Sul, Leonel

Brizola, dá início ao que ficou conhecido

como Campanha da Legalidade. Utilizando

a Brigada Militar e convocando os gaúchos

através do rádio, Brizola fez com que a

onda de civismo se espalha-se pelo país,

impedindo o golpe que estava em curso.

Logo Jango chega ao Brasil e sua posse

acontece após a aprovação no Congresso,

da emenda institucional que implantou o

parlamentarismo, que limita a autonomia

do executivo e confia maiores poderes ao

primeiro ministro do que ao presidente.

Porém, Jango conquistou o apoio do

congresso nacional e da Classe Operária, e

com a realização de um plebiscito foi

instituída a volta do presidencialismo.

Dessa forma, João Goulart finalmente

assume com plenos poderes o cargo de

presidente do Brasil. Mas, assume também

os grandes riscos que colocavam em xeque

o regime democrático, fruto da crise

econômica e dos fortes embates políticos

entre as alas radicais à esquerda e à

direita. A crise aumenta em virtude das

acusações da oposição conservadora, de

que Jango de tentava implantar no Brasil

um regime comunista, devido a sua

aproximação com os Movimentos Sociais

de Base e principalmente as entidades que

representavam a classe trabalhadora (algo

inaceitável para a direita brasileira).

Jango resolve então realizar um

comício grande para anunciar as novas

medidas de seu governo (as chamadas

Reformas de Base, que ainda hoje se fazem

tão atuais e necessárias). O seu objetivo era

garantir o apoio popular que lhe

asseguraria a permanência no poder.

Ocorre assim o Comício na Central do

Brasil. Infelizmente, tal ação apenas

acelerou o golpe que estava em curso e já

havia sido tentando contra Vargas e contra

o próprio Jango. A deposição do então

presidente (esclarecedoramente) foi

planejada e posta em prática por uma

oposição golpista, composta de mentes

gananciosas, egoístas, incapazes de

admitir o crescimento econômico, mas

também social de nossa nação. Assim que

assinou a reforma agrária, que decretava a

desapropriação de terras ao longo de

rodovias e em grandes açudes, o povo

respondia com euforia. Já os empresários,

padres, militares e organizações aliadas

aos EUA tramavam e executavam o golpe

que viria a durar 21 anos.

João Goulart foi um reformista. Suas

propostas eram formidáveis e

proporcionariam a revolução (pacífica) de

que o Brasil tanto carecia (e ainda carece).

Infelizmente aqueles eram tempos difíceis

para os revolucionários. Jango é o exemplo

de político com ética e princípios tão raro

atualmente. É o modelo que deveria ser

admirado e seguido por aqueles que

desejam lutar pela construção de

sociedade com mais igualdade e a justiça

social para todos e todas.

GLENDA LUÇARDO é militante da Juventude Socialista

de Piratini e do Movimento Feminista Rosa Luxemburgo

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Pode parecer um filme de ficção: conversas

telefônicas entre o embaixador dos Estados

Unidos e o presidente, uma frota de navios se

aproximando da costa brasileira e o plano de

um golpe de estado. Mas não. É tudo verdade.

E é essa história que O dia que durou

21 anos (2012), documentário dirigido por

Camilo Tavares com base nas entrevistas

conduzidas por Flávio Tavares conta: os

bastidores da trama que culminou com o

golpe militar de 1964.

O filme, que lança mão de documentos,

depoimentos e gravações, foca na

participação dos Estados Unidos no golpe de

64, descrevendo o plano dos governos

Kennedy e Johnson, sob a guia do

embaixador Lincoln Gordon e do general

Vernon Walters, para financiar o golpe militar

e fomentar o nome de Castelo Branco para a

presidência.

O documentário também mostra

detalhes da operação Brother Sam, que em 31

de março de 1964 pôs uma frota naval

americana à disposição, caso a derrubada de

Jango não fosse bem sucedida. Também

mostra os passos do plano de contingência

para o sucesso do golpe.

O dia que durou 21 anos também

mostrou o papel da imprensa com relação ao

golpe em iminência. Na retaguarda dos

golpistas, jornais como o Tribuna da

Imprensa, de Carlos Lacerda, e O Globo

acusavam o governo de João Goulart de

comunista, sob o argumento de que Brasil

viraria uma “nova Cuba”. Na defesa do

governo, havia o Última Hora, de Samuel

Wainer.

O documentário também mostra o

papel do IPES (Instituto de Pesquisas e

Estudos Sociais) na propaganda anti-Jango.

O IPES, financiado pelos americanos,

produziu documentários propagandistas para

serem exibidos em salas de cinemas e bairros

de baixa renda.

Com a magia de um filme de ficção e a

verossimilhança de uma reportagem, O dia

que durou 21 anos é essencial para aqueles

que buscam entender a história recente do

Brasil, colocando sob a luz detalhes

conhecidos por poucos.

O DIA QUE DUROU 21 ANOS

2012 – documentário

77 min.

Direção: Camilo Tavares

Roteiro e entrevistas: Flávio Tavares

Produção executiva: Flávio Tavares, Camilo Tavares e Karla Ladeia

Produtora: Pequi Filmes

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O texto abaixo foi feito pelo Movimento Feminista Rosa Luxemburgo, movimento irmão da Juventude

Socialista de Piratini, para o Dia Internacional da Mulher. O texto foi publicado originalmente na página

do movimento no Facebook.

’O nosso dia é todo dia, porque a luta é todo dia.’’

Seria ótimo podermos comemorar e aceitar as parabenizações se não houvesse o dia 9 de março. De

que adianta sermos elogiadas e presenteadas com flores e chocolates de quem nos oprime, desrespeita,

agride, assedia, todos os dias do ano? Exigimos respeito aos 365 dias do ano, dispensando piadas, as

famosas “desculpas e descuidos” ao passar por uma mulher.

Mas ainda sim, o dia 8 de março é necessário, é o marco de nossa história. É a data marcada por

reivindicações politicas, nossa luta pela igualdade de papéis, pela desconstrução do machismo e liberdade

sexual. Nossa luta é necessária, nossa luta é essencial, nossa luta é indispensável. Tornamo-nos irmãs

quando nos solidarizamos com uma mulher que foi vitima de violência doméstica, quando uma mulher é

assediada ou violentada sexualmente, quando somos vitimas do machismo constantemente (num ambiente

social preconceituoso e conservador), por não sermos aceitas na sociedade porque não termos um padrão de

beleza compatível, por hesitarmos em fazer coisas cotidianas e acabarmos sendo difamadas.

É preciso desconstruir a ideia de que a mulher é um objeto sexual masculino, e construir a de que

queremos viver sem medo, usufruindo dos mesmos direitos. Não podemos deixar que casos de feminicídio

virem apenas estatísticas, precisamos de força e coragem para lutar!

“Por um mundo onde somos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.” (Rosa

Luxemburgo)

***

Reinventar o meu Brasil e o Movimento Estudantil!

A Juventude Socialista de Piratini e Movimento Reinventar foram parceiros na realização da

Semana da Consciência Jovem. O evento foi realizado em Piratini contou com palestras de 27 a 29

de maio. Uma das propostas do Reinventar foi a realização de palestras itinerantes nas escolas do

interior, incentivando a criação de Grêmios Estudantis. Reorganizar o Movimento Estudantil é

uma grande necessidade no município, que atualmente não conta com nenhum Grêmio ativo.

O presidente da JS-Piratini, Douglas Duarte esteve em duas escolas falando sobre a

organização estudantil. No dia 27 ele esteve escola José Maria da Silveira, e no dia 28,

acompanhado do militante Henri Chiarelo, nas escolas Adão Preto e Vieira da Cunha. A palestra

do dia 29, que seria realizada na escola Antenor Elias de Matos, foi adiada em virtude das chuvas e

da má condição das estradas.

Duarte apresentou um pouco da trajetória de lutas e conquistas do Movimento Estudantil,

como a campanha "O Petróleo é Nosso", a "Campanha da Legalidade", a luta contra a ditadura, as

"Diretas Já" e as mobilizações de Junho de 2013. Henri enfatizou a importância e o potencial

transformador de um Grêmio Estudantil em uma escola. O Movimento pretende continuar com

este trabalho de forma autônoma nas demais escolas do munícipio e também de outras cidades da

região.

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Juventudes marcam presença no Seminário do PDT

Nos dias 29 e 30 de maio aconteceu em Santa

Maria o Seminário PDT 35 anos: Educação e

Trabalho. O seminário reuniu diversos nomes do

PDT e representantes dos movimentos internos.

Na ocasião estavam presentes as Juventudes

Socialistas de Piratini e Pelotas. Em nome das

duas Juventudes, o presidente da JS Piratini leu a

seguinte carta aos presentes:

É com bons olhos que as Juventudes Socialistas

de Piratini e Pelotas veem encontros como o

"Seminário PDT 35 anos: Educação e Trabalho",

que proporcionam um espaço de debate para os

militantes trabalhistas. Vemos com bons olhos por

dois aspectos:

Primeiro e mais importante, é que não se faz

política sem diálogo, sem troca de ideias. Em um

sistema de democracia representativa como este,

ou os representantes aproximam-se e criam canais

de diálogo com os representados, ou os eleitos

começam a tomar atitudes que contrariam a

vontade dos correligionários e as bandeiras

partidárias.

O segundo motivo decorre do primeiro.

Atualmente muito políticos eleitos do PDT vêm

tomando decisões que não condizem com nossa

ideologia, socialista e, portanto, situada no campo

das esquerdas. Além de votarem de forma

controversa, manifestam-se e firmam alianças

danosas ao nosso estatuto e a nossa trajetória

política.

Mais grave do que tudo isto, é o fato de que

muitos destes políticos pouco identificados com

nossa ideologia são verdadeiros cacíques dentro

de alguns diretórios municipais, com graves

inclinações intervencionistas e golpistas, sempre

prontos para atacar e destituir as Juventudes

instituídas, que estão trabalhando de forma a

resgatar o ideal trabalhista e de esquerda. É de se

esperar. Afinal, quem sempre viveu de práticas

sujas e políticas rasteiras, amendrota-se quando

militantes de verdade ameaçam o status quo

dentro do Partido.

Se Pelotas na região sul tem sido um espaço livre

de ameaças politiqueiras à JSPDT, o mesmo não

se pode dizer de algumas outras cidades da região.

Algumas com juventudes formadas e que

enfrentam boicote do partido e outras em que as

direções nem "permitem" que a entidade seja

fundada.

Pensando nas grandes questões da nossa

sociedade, não são poucos os "trabalhistas" que

brecam movimentos da JS que tentam resgatar

nosso gene de partido popular, e colocar em foco a

luta das mulheres, dos negros, do movimento

LGBT, pela justa distribuição da terra através da

reforma agrária e urbana, da luta pela educação de

tempo integral e verdadeiramente emancipadora,

entre outras. Em contrapartida, apoiam propostas

que atacam frontalmente a nossa ideologia e

estatuto, como a terceirização, que fere justamente

o legado de Getúlio e a diminuição da maioridade

penal, algo que vai contra tudo que pregou nosso

líder maior Leonel Brizola, que sempre preferiu

acreditar nas crianças e oferecer-lhes

oportunidades.

Como cativar os jovens e trazê-los para nossas

fileiras, se o nosso estatuto e a nossa história diz

uma coisa e nossos representantes fazem

justamente o contrário? Como explicar tamanha

contradição? Como compatibilizar as ideias

revolucionárias e socialistas de Getúlio, Jango,

Brizola, Darcy, Prestes, Abdias e outros tantos,

com a prática reacionária e entreguista de alguns

ditos "pedetistas" abrigados em nossa sigla? É

trazendo estes questionamentos que nos

apresentamos hoje. É com o ânimo da luta

socialista e revolucionária, que rompe com as

velhas práticas políticas, que combate os grandes

monopólios da mídia golpista, que não se verga à

elite conservadora e reacionária, e que acima de

tudo, acredita que o trabalhismo é o caminho para

um Brasil mais humano, e, portanto, socialista.

Pois como dizia Darcy, só existem duas

alternativas nesta vida: se endigar ou se resignar.

E nós não iremos nos resignar nunca.