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Edição especial do informe Jovens Camaradas! Publicado em parceria pela Juventude Socialista de Piratini e pela Juventude Socialista de Pelotas. fb.com/jspiratini
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CIEPs - Os Centros Integrados de Educação Pública implementados a partir de 1984, sob supervisão do educador Darcy Ribeiro, na qual era vice do Governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola foi o projeto mais ousado em educação pública brasileira. Vislumbrava-se o modelo de educação integral de qualidade ás crianças brasileiras.
Em 1987 o projeto foi interrompido e retomado em 1991, no segundo governo de Brizola. E adotado no começo dos anos 1990 na gestão do pedetista Alceu Colares no Rio Grande do Sul.
Essas interrupções foram realizadas pela constante alternância de poder, lamentavelmente, reprovada por governantes que não se alinhavam ideologicamente as bandeiras da educação popular de Brizola. Assim, mostra que muitos políticos por vaidade trocavam o nome ou extinguiram os CIEPs dos planos de governo.
Dessa forma, as estratégias eleitoreiras
mais prejudicavam o povo carente
socioeconomicamente, em especial, as
crianças abandonadas. Perdiam-se o
sentido humano e nacional dos CIEPs
para além de uma escola integral e
projeto Nação. Era um investimento
presente com fortes impactos no futuro,
principalmente, em fatores relacionados à
violência, baixa escolaridade e
subemprego. Por isso Brizola dizia:
“A educação é o único caminho para emancipar o homem. Desenvolvimento sem educação é criação de riquezas apenas para alguns privilegiados.”
Os CIEP’s eram muito mais que um modelo político- pedagógico escolar de oferecer aulas, esporte e cultura para o desenvolvimento das comunidades. Era a inclusão de cidadão pleno no mundo, um projeto de emancipação humana àqueles que tanto sofrem com a desumanidade de alguns governos, e grupos sociais elitizados da sociedade brasileira, que vê o pobre sem instrução como perigoso devido a sua “falta de educação”
O modelo dos CIEPs promovia a paz entre as comunidades, levava saúde e sabedoria, e, além disso, fomentava a oportunidade social para o desenvolvimento humano de cidadãos conscientes e transformadores sociais. A retomada dos CIEP’S hoje, soa uma utopia ou talvez uma possibilidade, quem sabe um candidato ( talvez do mesmo partido do Brizola e Darcy Ribeiro) coloque como projeto de Estado. O CIEPs novamente! E que jamais seja extinguindo por vaidade política! Em uma frase emancipadora Brizola exalta: “Todas as crianças deveriam ter direito à escola, mas para aprender devem estar bem nutridas. Sem a preparação do ser
humano, não há desenvolvimento. A violência é fruto da falta de educação.”
Marcos Moraes é Cientista Social pela Universidade Federal de Pelotas
[email protected] | http://blogdomarcosmoraes.blogspot.com.br/
Diego Rodrigues de Oliveira (militante do PDT/Pelotas)
Darcy Ribeiro ficou conhecido pelo
entusiasmo com que falava da
"reinvenção do Brasil" a partir da
educação como podemos constatar
em seus livros e "Fazimentos" na
política.
Para ele os Sistemas e as
organizações educacionais estão
inseridos próximo ao cotidiano do
indivíduo podendo assim agir
diretamente sobre o contexto social,
econômico e político mais amplo da
sociedade, tornando-se possibilidade
efetiva para realizar a tomada de
consciência rumo redução das
desigualdades socais.
Darcy faleceu 1997, mas seu legado
permaneceu dentro da
intelectualidade e políticos ligados à
educação. O ex-reitor da UnB e atual
Senador Cristovam Buarque (PDT-
DF), publicamente já se proferiu
seguidor e procura assim como
Darcy conciliar a produção
intelectual com a materialização de
projetos pela via da política. Como
apresenta em sua obra a Revolução
Republicana na Educação e na a
PEC 32/2013.
Para Buarque só a educação de
qualidade pode romper com os
séculos de atraso econômico e social
brasileiro e por estarem inseridas no
cotidiano do indivíduo as escolas
devem ser foco principal de qualquer
governo, pois o modelo educacional
que temos só amplia a desigualdade.
Neste sentido que entendemos a
importância do pensamento-ação de
Darcy Ribeiro, e como seus
“fazimentos” influenciaram a
proposta de Emenda à constituição
(PEC 32/2013) de autoria do senador
Cristovam Buarque (PDT-DF), que
responsabiliza a União pelo
financiamento da educação básica.
Pois para eles a pratica ensinou que
ser de esquerda não é ter radicalismo
verbal, intransigente na busca da
revolução, mas ter consequência
política, saber o que representa
avanço como explica Buarque: “A
revolução possível, lógica e ética no
mundo de hoje é por meio da
educação. Em vez de somente
estatizar capital financeiro,
disseminar capital-conhecimento;
usar lápis em vez de fuzis;
professores, em vez de guerrilheiros;
e no lugar de trincheiras e barricadas,
escolas."
Sendo assim para Buarque e Ribeiro
só alterando drasticamente nosso
modelo educacional é que
conseguiremos superas nossas
contradições. Para ambos a educação
é fundamental para incorporar as
massas excluídas e fazer do Brasil
uma sociedade com maior justiça
social sendo parte fundamental no
processo de ampliação e o
aprofundamento da democracia
como via privilegiada para conquista
de uma sociedade mais justa.
JOÃO BELCHIOR MARQUES GOULART
é um importante ícone da história política
brasileira. Gaúcho de São Borja, formado
em direito, deu início a sua carreira
política fundando o PTB em sua terra natal
e sendo primeiro presidente do partido
local. Mais tarde alcançaria este posto a
nível estadual e nacional.
Em 1945, convencido pelo ex-
presidente Getúlio Vargas, João Goulart
concorreu a uma cadeira no legislativo
estadual e elegeu-se com expressiva
votação. Dois anos depois, em 1950, Jango
elege-se novamente com grande número
de votos, porém, desta como vez como
Deputado Federal. Entretanto, licenciou-se
já no seu primeiro ano de mandato (1951)
para assumir a Secretária do Interior e da
Justiça do Rio Grande do Sul.
Em 1953 tornou-se Ministro do
Trabalho, Indústria e Comércio. Nomeado
por Getúlio Vargas, teve que lidar com uma
profunda crise herdada de gestões
anteriores. Trabalhadores clamavam por
aumento salarial, convocaram greves ao
mesmo tempo em que a classe média
juntamente com a UDN empreendia forte
oposição. Em virtude de sua luta em nome
dos trabalhadores, Jango foi criticado pelo
jornal New York Times que o acusou de
manipular o movimento social a forma do
Peronismo.
Ainda assim, estudou o aumento do
salário mínimo sendo pressionado por
mobilizações trabalhistas a favor de um
aumento de 100%, enquanto do outro lado
os empresários, ávidos por lucros cada vez
maiores, rejeitavam a proposta e tentavam
limitar o aumento a apenas 42%, alegando
que este valor igualaria aos custos de vida
no ano de 1951. Vargas orientado por
Goulart assinou o decreto aumentando em
100% o salário e reconhecendo o empenho
dos trabalhadores.
Entretanto, a pressão das elites, que
já eram muito fortes contra o caráter
popular do governo Vargas tornou-se
insustentável após tal medida. Para não
retroceder nos avanços conquistados até
então, Getúlio suicidou-se em 1954, o que
forçou Jango a renunciar ao cargo de
Ministro do Trabalho. Goulart assume
então a presidência nacional do PTB, e
passa a ser lembrado como principal nome
trabalhista e herdeiro político do legado de
Getúlio Vargas.
Jango concorre então à vice-
presidência da República por duas vezes,
sendo vencedor em ambos os pleitos. Na
primeira eleição, concorrendo na chapa de
Juscelino Kubitschek, alcançando mais
votos que o próprio presidente. Na eleição
seguinte seu companheiro de chapa,
General Teixeira Lott acabou derrotado por
Jânio Quadros (candidato apoiado pela
UDN), compondo um quadro complexo,
que o sistema então vigente previa ao
eleger separadamente os dois principais
cargos do país: um vice-presidente
alinhado as camadas populares e ao
chamado "Varguismo" e um presidente
eleito pelos conservadores.
Entretanto, após oito meses de
mandato Jânio renuncia ao cargo de
Presidente do Brasil. Os militares
pretendem fechar o Congresso e impedir a
posse de Jango que estava em viagem
diplomática. Eis que então, dos porões do
Palácio Piratini o cunhado e então
governador do Rio Grande do Sul, Leonel
Brizola, dá início ao que ficou conhecido
como Campanha da Legalidade. Utilizando
a Brigada Militar e convocando os gaúchos
através do rádio, Brizola fez com que a
onda de civismo se espalha-se pelo país,
impedindo o golpe que estava em curso.
Logo Jango chega ao Brasil e sua posse
acontece após a aprovação no Congresso,
da emenda institucional que implantou o
parlamentarismo, que limita a autonomia
do executivo e confia maiores poderes ao
primeiro ministro do que ao presidente.
Porém, Jango conquistou o apoio do
congresso nacional e da Classe Operária, e
com a realização de um plebiscito foi
instituída a volta do presidencialismo.
Dessa forma, João Goulart finalmente
assume com plenos poderes o cargo de
presidente do Brasil. Mas, assume também
os grandes riscos que colocavam em xeque
o regime democrático, fruto da crise
econômica e dos fortes embates políticos
entre as alas radicais à esquerda e à
direita. A crise aumenta em virtude das
acusações da oposição conservadora, de
que Jango de tentava implantar no Brasil
um regime comunista, devido a sua
aproximação com os Movimentos Sociais
de Base e principalmente as entidades que
representavam a classe trabalhadora (algo
inaceitável para a direita brasileira).
Jango resolve então realizar um
comício grande para anunciar as novas
medidas de seu governo (as chamadas
Reformas de Base, que ainda hoje se fazem
tão atuais e necessárias). O seu objetivo era
garantir o apoio popular que lhe
asseguraria a permanência no poder.
Ocorre assim o Comício na Central do
Brasil. Infelizmente, tal ação apenas
acelerou o golpe que estava em curso e já
havia sido tentando contra Vargas e contra
o próprio Jango. A deposição do então
presidente (esclarecedoramente) foi
planejada e posta em prática por uma
oposição golpista, composta de mentes
gananciosas, egoístas, incapazes de
admitir o crescimento econômico, mas
também social de nossa nação. Assim que
assinou a reforma agrária, que decretava a
desapropriação de terras ao longo de
rodovias e em grandes açudes, o povo
respondia com euforia. Já os empresários,
padres, militares e organizações aliadas
aos EUA tramavam e executavam o golpe
que viria a durar 21 anos.
João Goulart foi um reformista. Suas
propostas eram formidáveis e
proporcionariam a revolução (pacífica) de
que o Brasil tanto carecia (e ainda carece).
Infelizmente aqueles eram tempos difíceis
para os revolucionários. Jango é o exemplo
de político com ética e princípios tão raro
atualmente. É o modelo que deveria ser
admirado e seguido por aqueles que
desejam lutar pela construção de
sociedade com mais igualdade e a justiça
social para todos e todas.
GLENDA LUÇARDO é militante da Juventude Socialista
de Piratini e do Movimento Feminista Rosa Luxemburgo
Pode parecer um filme de ficção: conversas
telefônicas entre o embaixador dos Estados
Unidos e o presidente, uma frota de navios se
aproximando da costa brasileira e o plano de
um golpe de estado. Mas não. É tudo verdade.
E é essa história que O dia que durou
21 anos (2012), documentário dirigido por
Camilo Tavares com base nas entrevistas
conduzidas por Flávio Tavares conta: os
bastidores da trama que culminou com o
golpe militar de 1964.
O filme, que lança mão de documentos,
depoimentos e gravações, foca na
participação dos Estados Unidos no golpe de
64, descrevendo o plano dos governos
Kennedy e Johnson, sob a guia do
embaixador Lincoln Gordon e do general
Vernon Walters, para financiar o golpe militar
e fomentar o nome de Castelo Branco para a
presidência.
O documentário também mostra
detalhes da operação Brother Sam, que em 31
de março de 1964 pôs uma frota naval
americana à disposição, caso a derrubada de
Jango não fosse bem sucedida. Também
mostra os passos do plano de contingência
para o sucesso do golpe.
O dia que durou 21 anos também
mostrou o papel da imprensa com relação ao
golpe em iminência. Na retaguarda dos
golpistas, jornais como o Tribuna da
Imprensa, de Carlos Lacerda, e O Globo
acusavam o governo de João Goulart de
comunista, sob o argumento de que Brasil
viraria uma “nova Cuba”. Na defesa do
governo, havia o Última Hora, de Samuel
Wainer.
O documentário também mostra o
papel do IPES (Instituto de Pesquisas e
Estudos Sociais) na propaganda anti-Jango.
O IPES, financiado pelos americanos,
produziu documentários propagandistas para
serem exibidos em salas de cinemas e bairros
de baixa renda.
Com a magia de um filme de ficção e a
verossimilhança de uma reportagem, O dia
que durou 21 anos é essencial para aqueles
que buscam entender a história recente do
Brasil, colocando sob a luz detalhes
conhecidos por poucos.
O DIA QUE DUROU 21 ANOS
2012 – documentário
77 min.
Direção: Camilo Tavares
Roteiro e entrevistas: Flávio Tavares
Produção executiva: Flávio Tavares, Camilo Tavares e Karla Ladeia
Produtora: Pequi Filmes
O texto abaixo foi feito pelo Movimento Feminista Rosa Luxemburgo, movimento irmão da Juventude
Socialista de Piratini, para o Dia Internacional da Mulher. O texto foi publicado originalmente na página
do movimento no Facebook.
’O nosso dia é todo dia, porque a luta é todo dia.’’
Seria ótimo podermos comemorar e aceitar as parabenizações se não houvesse o dia 9 de março. De
que adianta sermos elogiadas e presenteadas com flores e chocolates de quem nos oprime, desrespeita,
agride, assedia, todos os dias do ano? Exigimos respeito aos 365 dias do ano, dispensando piadas, as
famosas “desculpas e descuidos” ao passar por uma mulher.
Mas ainda sim, o dia 8 de março é necessário, é o marco de nossa história. É a data marcada por
reivindicações politicas, nossa luta pela igualdade de papéis, pela desconstrução do machismo e liberdade
sexual. Nossa luta é necessária, nossa luta é essencial, nossa luta é indispensável. Tornamo-nos irmãs
quando nos solidarizamos com uma mulher que foi vitima de violência doméstica, quando uma mulher é
assediada ou violentada sexualmente, quando somos vitimas do machismo constantemente (num ambiente
social preconceituoso e conservador), por não sermos aceitas na sociedade porque não termos um padrão de
beleza compatível, por hesitarmos em fazer coisas cotidianas e acabarmos sendo difamadas.
É preciso desconstruir a ideia de que a mulher é um objeto sexual masculino, e construir a de que
queremos viver sem medo, usufruindo dos mesmos direitos. Não podemos deixar que casos de feminicídio
virem apenas estatísticas, precisamos de força e coragem para lutar!
“Por um mundo onde somos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres.” (Rosa
Luxemburgo)
***
Reinventar o meu Brasil e o Movimento Estudantil!
A Juventude Socialista de Piratini e Movimento Reinventar foram parceiros na realização da
Semana da Consciência Jovem. O evento foi realizado em Piratini contou com palestras de 27 a 29
de maio. Uma das propostas do Reinventar foi a realização de palestras itinerantes nas escolas do
interior, incentivando a criação de Grêmios Estudantis. Reorganizar o Movimento Estudantil é
uma grande necessidade no município, que atualmente não conta com nenhum Grêmio ativo.
O presidente da JS-Piratini, Douglas Duarte esteve em duas escolas falando sobre a
organização estudantil. No dia 27 ele esteve escola José Maria da Silveira, e no dia 28,
acompanhado do militante Henri Chiarelo, nas escolas Adão Preto e Vieira da Cunha. A palestra
do dia 29, que seria realizada na escola Antenor Elias de Matos, foi adiada em virtude das chuvas e
da má condição das estradas.
Duarte apresentou um pouco da trajetória de lutas e conquistas do Movimento Estudantil,
como a campanha "O Petróleo é Nosso", a "Campanha da Legalidade", a luta contra a ditadura, as
"Diretas Já" e as mobilizações de Junho de 2013. Henri enfatizou a importância e o potencial
transformador de um Grêmio Estudantil em uma escola. O Movimento pretende continuar com
este trabalho de forma autônoma nas demais escolas do munícipio e também de outras cidades da
região.
Juventudes marcam presença no Seminário do PDT
Nos dias 29 e 30 de maio aconteceu em Santa
Maria o Seminário PDT 35 anos: Educação e
Trabalho. O seminário reuniu diversos nomes do
PDT e representantes dos movimentos internos.
Na ocasião estavam presentes as Juventudes
Socialistas de Piratini e Pelotas. Em nome das
duas Juventudes, o presidente da JS Piratini leu a
seguinte carta aos presentes:
É com bons olhos que as Juventudes Socialistas
de Piratini e Pelotas veem encontros como o
"Seminário PDT 35 anos: Educação e Trabalho",
que proporcionam um espaço de debate para os
militantes trabalhistas. Vemos com bons olhos por
dois aspectos:
Primeiro e mais importante, é que não se faz
política sem diálogo, sem troca de ideias. Em um
sistema de democracia representativa como este,
ou os representantes aproximam-se e criam canais
de diálogo com os representados, ou os eleitos
começam a tomar atitudes que contrariam a
vontade dos correligionários e as bandeiras
partidárias.
O segundo motivo decorre do primeiro.
Atualmente muito políticos eleitos do PDT vêm
tomando decisões que não condizem com nossa
ideologia, socialista e, portanto, situada no campo
das esquerdas. Além de votarem de forma
controversa, manifestam-se e firmam alianças
danosas ao nosso estatuto e a nossa trajetória
política.
Mais grave do que tudo isto, é o fato de que
muitos destes políticos pouco identificados com
nossa ideologia são verdadeiros cacíques dentro
de alguns diretórios municipais, com graves
inclinações intervencionistas e golpistas, sempre
prontos para atacar e destituir as Juventudes
instituídas, que estão trabalhando de forma a
resgatar o ideal trabalhista e de esquerda. É de se
esperar. Afinal, quem sempre viveu de práticas
sujas e políticas rasteiras, amendrota-se quando
militantes de verdade ameaçam o status quo
dentro do Partido.
Se Pelotas na região sul tem sido um espaço livre
de ameaças politiqueiras à JSPDT, o mesmo não
se pode dizer de algumas outras cidades da região.
Algumas com juventudes formadas e que
enfrentam boicote do partido e outras em que as
direções nem "permitem" que a entidade seja
fundada.
Pensando nas grandes questões da nossa
sociedade, não são poucos os "trabalhistas" que
brecam movimentos da JS que tentam resgatar
nosso gene de partido popular, e colocar em foco a
luta das mulheres, dos negros, do movimento
LGBT, pela justa distribuição da terra através da
reforma agrária e urbana, da luta pela educação de
tempo integral e verdadeiramente emancipadora,
entre outras. Em contrapartida, apoiam propostas
que atacam frontalmente a nossa ideologia e
estatuto, como a terceirização, que fere justamente
o legado de Getúlio e a diminuição da maioridade
penal, algo que vai contra tudo que pregou nosso
líder maior Leonel Brizola, que sempre preferiu
acreditar nas crianças e oferecer-lhes
oportunidades.
Como cativar os jovens e trazê-los para nossas
fileiras, se o nosso estatuto e a nossa história diz
uma coisa e nossos representantes fazem
justamente o contrário? Como explicar tamanha
contradição? Como compatibilizar as ideias
revolucionárias e socialistas de Getúlio, Jango,
Brizola, Darcy, Prestes, Abdias e outros tantos,
com a prática reacionária e entreguista de alguns
ditos "pedetistas" abrigados em nossa sigla? É
trazendo estes questionamentos que nos
apresentamos hoje. É com o ânimo da luta
socialista e revolucionária, que rompe com as
velhas práticas políticas, que combate os grandes
monopólios da mídia golpista, que não se verga à
elite conservadora e reacionária, e que acima de
tudo, acredita que o trabalhismo é o caminho para
um Brasil mais humano, e, portanto, socialista.
Pois como dizia Darcy, só existem duas
alternativas nesta vida: se endigar ou se resignar.
E nós não iremos nos resignar nunca.