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JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE E SEU IMPACTO NO PODER PÚBLICO

São Paulo, maio/2010

JUDICIALIZAJUDICIALIZAÇÇÃO ÃO

““Conquista Conquista dada efetividadeefetividade do do direitodireito àà SaSaúúdede previstoprevisto nana CF, CF, reconhecidoreconhecido comocomo de de aplicabilidadeaplicabilidade diretadireta e e imediataimediata das das normasnormas”” ((LuLuííss Roberto Roberto BarrosoBarroso).).

CONSTITUICONSTITUIÇÇÃO FEDERALÃO FEDERAL

-- Arts. 5Arts. 5ºº e e §§11ºº, 6, 6ºº e 196;e 196;

-- Inevitabilidade Inevitabilidade dada judicializajudicializaççãoão no no âmbitoâmbito sanitsanitááriorio::

““A lei não excluirA lei não excluiráá da apreciada apreciaçção do ão do Poder JudiciPoder Judiciáário lesão ou ameario lesão ou ameaçça a a a direitodireito”” (art. 5(art. 5ºº, XXXV, CF) , XXXV, CF)

A A judicializajudicializaççãoão se se iniciainicia pelopelo secundsecundááriorio ((doendoenççaa); de ); de baixabaixa intensidadeintensidade estatestatíísticastica o volume de o volume de decisõesdecisões voltadasvoltadas parapara polpolííticasticas sociaissociais e e outrosoutros agravosagravos de forma de forma coletivacoletiva, , bembem comocomo queque afetamafetam a a gestãogestão e e financiamentofinanciamento nana sasaúúdede. .

O JUDICIO JUDICIÁÁRIORIO

i) i) TrêsTrês momentosmomentos dada JurisprudênciaJurisprudência::

a) a) tendênciatendência restritivarestritiva: : ssóó se se concediaconcedia o o queque estavaestava expressoexpresso nana lei; CF, lei; CF, normanorma programprogramááticatica; ; reservareserva do do posspossíívelvel..

“Inexiste direito certo se não emanado da lei ou da Constituição. Normas meramente programáticas protegem um interesse geral, mas não conferem aos respectivos beneficiários o poder de exigir a sua satisfação antes que o legislador cumpra o dever de completá-las com a legislação integrativa”.

STJ – RECURSO ESPECIAL Nº 57.614-8/RS – Rel.Min.Demócrito Reinaldo; Recorrente: Estado do Rio Grande do Sul; Recorridos: D.A.P. – menor impúbere e outro; pub. 1/7/1996.


b) b) tendênciatendência liberalliberal: : prprááticasticas terapêuticasterapêuticas no exterior; no exterior; sasaúúdede = = direitodireito absolutoabsoluto? ?

“O Sistema Único de Saúde pressupõe a integralidade da assistência, de forma individual ou coletiva, para atender cada caso em todos os níveis de complexidade, razão pela qual, comprovada a necessidade do tratamento no exterior para que seja evitada a cegueira completa do paciente, deverão ser fornecidos os recursos…”

STJ – RESP 353147 – DF – Rel. Min. Franciulli Netto – DJU 18/08/2003.


c)limitac)limitaççãoão dada ofertaoferta pelapela disponibilidadedisponibilidade do do SistemaSistema ((SuspensãoSuspensão de de tutelatutela antecipadaantecipada nnºº 9191--AL, 26/02/07, min. Ellen AL, 26/02/07, min. Ellen Gracie; Gracie; medicamentosmedicamentos apenasapenas cf. cf. PT MS nPT MS nºº 1318); v. 1318); v. emem ““oposioposiççãoão”” RE 509.569RE 509.569--SC, min. SC, min. CelsoCelso de Mello.de Mello.


TJPR TJPR –– 2006/20072006/2007

177 177 pedidospedidos de de suspensãosuspensão de de liminarliminar::

-- 150 150 deferidosdeferidos;;-- 24 24 indeferidosindeferidos;;-- 3 3 nãonão conhecidosconhecidos. .


JudiciJudiciááriorio mais atuante nos casos mais atuante nos casos individuaisindividuais;;

BuscaBusca de de tutelatutela judicial, desde judicial, desde logo,logo, sem estar amadurecido sem estar amadurecido administrativamenteadministrativamente o o conflitoconflito;;

SeletividadeSeletividade do acesso do acesso àà JustiJustiçça;a;


““A A maioriamaioria dos dos casoscasos ‘‘subsub judicejudice’’ tratamtratam--se de se de doendoenççasas raras/modernasraras/modernas comocomo a Aids, a Aids, HepatiteHepatite C, etc. C, etc. EnquantoEnquanto as as denominadasdenominadas doendoenççasas dada pobrezapobreza comocomo ccóóleralera, , febrefebre amarelaamarela ouou malmalááriaria sãosão de de rararara incidênciaincidência””

(Francisco (Francisco ViegasViegas NevesNeves dada Silva, Silva, RS).RS).


DireitoDireito àà sasaúúdede e e pobrezapobreza, , comocomorazãorazão de de pedirpedir; ;

-- SaSaúúdede X X assistênciaassistência social social (203, CF): (203, CF): oobjetivobjetivo dada assistênciaassistência social: social: redureduççãoão das das desigualdadesdesigualdades sociaissociais; ; justijustiççaa social;social;

-- AfrontaAfronta aoao princprincíípiopio dada universalidadeuniversalidade..


““O Estado tem o O Estado tem o deverdever de de fornecerfornecer medicamentomedicamento necessnecessááriorio aoao tratamentotratamento de de sasaúúdede de quem não tem condições econômicas para, por conta própria, adquirí-lo” (MS GR/C. INT. CV. Nº 480.294-4).


““CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MEDICAMENTO. INTERFERON PEGUILADO E MEDICAMENTO. INTERFERON PEGUILADO E RIBAVIRINA. HEPATITE C. DEVER DO ESTADO. RIBAVIRINA. HEPATITE C. DEVER DO ESTADO. DIREITOS FUNDAMENTAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS ÀÀ VIDA, VIDA, ÀÀ SASAÚÚDE E DE E ÀÀ DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. COMPROVADIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. COMPROVAÇÇÃO DA ÃO DA NECESSIDADE E UTILIDADE DOS MEDICAMENTOS. NECESSIDADE E UTILIDADE DOS MEDICAMENTOS. AUSÊNCIA DE HIPOSSUFICIÊNCIA. CUSTEIOAUSÊNCIA DE HIPOSSUFICIÊNCIA. CUSTEIO COMPARTILHADO. PRINCÌPIO DA PRINCÌPIO DA RAZOABILIDADERAZOABILIDADE””..

TJ/PR TJ/PR –– 55ªª C.CC.Cíívelvel –– MS 0500054MS 0500054--8 8 –– Rel. Rel. Des. Des. LeonelLeonel Cunha Cunha –– UnânimeUnânime –– J.16/09/2008.J.16/09/2008.

O JUDICIO JUDICIÁÁRIORIO MomentoMomento atualatual

STF STF -- apapóóss AudiênciaAudiência PPúúblicablica nnºº 4 4 ––maio/2009 (maio/2009 (votovoto min. min. GilmarGilmar Mendes, Mendes, acompanhadoacompanhado pelopelo plenplenááriorio ––marmarçço/2010 o/2010 –– Ap. Ap. CCíívelvel 408729/CE)408729/CE)

SaSaúúdede = = direitodireito social: social: prestaprestaççãoãodevidadevida, de , de acordoacordo com a com a necessidadenecessidadede de cadacada cidadão;decisõescidadão;decisões alocativasalocativas; ;

AplicaAplicaççãoão imediataimediata ààss normasnormasdefinidorasdefinidoras de de direitosdireitosfundamentaisfundamentais;;


IntervenIntervenççãoão judicial judicial paraparacumprimentocumprimento de de polpolííticasticas ppúúblicasblicas jjááestabelecidasestabelecidas;;

ÉÉ vedadovedado àà AdministraAdministraççãoão PPúúblicablicafornecerfornecer ffáármacormaco queque nãonão possuapossuaregistroregistro nana ANVISA;ANVISA;

O Estado O Estado nãonão podepode ser ser condenadocondenado a a fornecerfornecer tratamentostratamentos experimentaisexperimentais((programaprograma de de acessoacesso expandidoexpandido ououâmbitoâmbito de de estudosestudos clclíínicosnicos););


A A responsabilidaderesponsabilidade entre as entre as trêstrêsesferasesferas de de governogoverno éé solidsolidááriaria;;

AdoAdoççãoão dada MedicinaMedicina BaseadaBaseada ememEvidênciasEvidências –– PCDT PCDT –– outrosoutrostratamentostratamentos, , mediantemediante comprovacomprovaççãoão; ;

TantoTanto emem aaççõesões individuaisindividuais comocomocoletivascoletivas, , éé imprescindimprescindíívelvel queque hajahajaamplaampla instruinstruççãoão processualprocessual. .

O JUDICIO JUDICIÁÁRIORIORecomendaRecomendaççãoão nnºº 31, de 30/03/1031, de 30/03/10–– CNJCNJ

Apoio técnico aos magistrados;

Ações instruídas com relatóriosmédicos;

Evitar autorizar o fornecimento de medicamentos não registrados naANVISA;

Ouvir os gestores, por meioeletrônico, antes da apreciação de medidas de urgência;


Verificação, junto à CONEP se osrequerentes fazem parte de programasde pesquisa experimental de laboratórios;

Determinar a inscrição do beneficiário no respectivo programa, quando a medida concedida for abrangida por política públicaexistente;

Incluir a matéria direito sanitárionos programas de concursos paraingresso na magistratura;


Promover visitas de magistrados aosConselhos Estaduais e Municipais de Saúde; unidades de saúde pública ouconveniadas ao SUS; dispensários de medicamentos e hospitais habilitadosem Oncologia;

Incorporar o direito sanitário nosprogramas dos cursos de formação, vitaliciamento e aperfeiçoamento de magistrados;

Realizar seminários para estudo e mobilização na área da saúde.


APELAAPELAÇÇÃO CÃO CÍÍVEL. AVEL. AÇÇÃO CIVIL PÃO CIVIL PÚÚBLICA. BLICA. ORORÇÇAMENTO ESTADUAL. SAAMENTO ESTADUAL. SAÚÚDE PDE PÚÚBLICA. BLICA. APLICAAPLICAÇÇÃO DE PERCENTUAL MÃO DE PERCENTUAL MÍÍNIMO. NIMO. REGRA CONSTITUCIONAL. APLICAREGRA CONSTITUCIONAL. APLICAÇÇÃO ÃO IMEDIATA. DESNECESSIDADE DE IMEDIATA. DESNECESSIDADE DE REGULAMENTAREGULAMENTAÇÇÃO. ÃO. ((……) )

2.2.””Em se Em se tratandotratando de de direitodireito fundamental, a fundamental, a regraregra queque estabeleceestabelece um um gastogasto mmíínimonimo tambtambéémm ostentaostenta a a mesmamesma naturezanatureza fundamental, e, fundamental, e, comocomo taltal, tem , tem aplicabilidadeaplicabilidade imediataimediata”” (Ap. (Ap. CCíívelvel nnºº 567006567006--8 8 –– TJ/PR TJ/PR –– j. j. 11ºº.09.2009 .09.2009 –– rel. rel. RoseneRosene ArãoArão de de Cristo Pereira).Cristo Pereira).

VulnerabilidadesVulnerabilidades do do SistemaSistema

SUS SUS comocomo sistemasistema ppúúblicoblicocomplementarcomplementar aoao privadoprivado ((inversãoinversão dadaóóticatica constitucionalconstitucional –– art. 199);art. 199);

AtenAtenççãoão bbáásicasica mal mal estruturadaestruturada;;

NãoNão cumprimentocumprimento dada EC 29/00 EC 29/00 ––municmunicíípiospios sobrecarregadossobrecarregados;;

Novas Novas tecnologiastecnologias –– demandademandapressionadapressionada pelapela indindúústriastria;;


InternaInternaççõesões passpassííveisveis de de tratamentotratamentoambulatorialambulatorial;;

InformaInformaççãoão e e formaformaççãoão: : ““as as pessoaspessoasestãoestão aprendendoaprendendo a a gerirgerir o SUS o SUS porportentativatentativa e e erroerro, , jjáá queque menosmenos de 5% de 5% dos dos cercacerca de 100 mil de 100 mil gestoresgestores dadaáárearea no no BrasilBrasil tem tem ppóóss--graduagraduaççãoão ememSaSaúúdede ColetivaColetiva”” ((AgenorAgenor ÁÁlvareslvares, , RadisRadis nnºº 55, 55, marmarççoo de 2007). de 2007).


UnicidadeUnicidade do do sistemasistema (art. 45, (art. 45, §§11ºº, , LOS);LOS);

AusênciaAusência de de compensacompensaççãoão financeirafinanceiraentre entre osos entesentes integrantesintegrantes do SUS, do SUS, de de modomodo queque aqueleaquele queque suportousuportou o o ônusônus financeirofinanceiro de de atribuiatribuiççãoão do do outrooutro venhavenha a ser a ser ressarcidoressarcido porporquemquem restourestou beneficiadobeneficiado (art. 35, (art. 35, VII, LOS).VII, LOS).

JUDICIALIZAÇÃO E ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

JUDICIALIZAJUDICIALIZAÇÇÃO E AFÃO E AF

InInííciocio no no fimfim dos dos anosanos 80 80 (89), com o (89), com o aparecimentoaparecimento dadaAids e Aids e criacriaççãoão de de OngsOngs;;

1996 1996 –– GAPA/SP GAPA/SP –– abriuabriuprecedenteprecedente parapara outrasoutras aaççõesões. .


AlgumasAlgumas causascausas dadajudicializajudicializaççãoão::

FalhasFalhas nasnas polpolííticasticas ppúúblicasblicas::demorademora parapara incorporaincorporaççãoão nanarederede ppúúblicablica; ; demorademora de de inclusãoinclusão nosnos protocolosprotocolos;;

PressãoPressão dada indindúústriastriafarmacêuticafarmacêutica. .

JUDICIJUDICIÁÁRIO E AFRIO E AF

PesquisaPesquisa SPSP: 100% autores individuais: 100% autores individuaisDiscurso judicial fundamentou a condenaDiscurso judicial fundamentou a condenaçção ão do Estado em 96.4% casos analisados.do Estado em 96.4% casos analisados.

Estado fornece medicamentos como foi pedido, Estado fornece medicamentos como foi pedido, mesmo sem registro na ANVISA (9.6%).mesmo sem registro na ANVISA (9.6%).

Fornecimento de droga de determinado Fornecimento de droga de determinado laboratlaboratóório:77.4%.rio:77.4%.

93.5% concessão por liminar.93.5% concessão por liminar.Conclusão:Conclusão: sobreposisobreposiçção de necessidades ão de necessidades individuais em desfavor das individuais em desfavor das coletivascoletivas. .

(Dallari, S.G. et alii, Garantia do dto. (Dallari, S.G. et alii, Garantia do dto. social social àà assist. farmacêutica do est. SP, assist. farmacêutica do est. SP, 2007)2007)

JUDICIJUDICIÁÁRIO E AFRIO E AF

Panorama no PR Panorama no PR (dados do CEMEPAR):(dados do CEMEPAR):

i)i) NNúúmeromero de de ordensordens judiciaisjudiciais recebidasrecebidas parapara cumprimentocumprimento::-- 2007: 848;2007: 848;-- 2008: 718;2008: 718;-- 2009: 927.2009: 927.

ii) ii) CustoCusto::-- 2007: R$ 15.780.000,00;2007: R$ 15.780.000,00;-- 2008: R$ 19.337.000,00;2008: R$ 19.337.000,00;-- 2009: R$ 35.400.000,00.2009: R$ 35.400.000,00.


MedicamentoMedicamento e e nomenome comercialcomercial(LF n(LF nºº 9787/99, art. 39787/99, art. 3ºº););

RefReféénsns dada canetacaneta do do mméédicodico(PCDT (PCDT –– MS);MS);

LaboratLaboratóóriosrios realizamrealizam testes testes ––descontinuadescontinuaççãoão do do tratamentotratamento; ;


PrecariedadePrecariedade de de controlecontrole..

-- PoderPoder JudiciJudiciááriorio determinadetermina queque UniãoUnião, Estado e , Estado e MunicMunicíípiopio forneforneççamam ffáármacosrmacos; ; podepode ocasionarocasionar o o recebimentorecebimento indevidoindevido de de medicamedicaççãoão;;

-- HHáá acompanhamentoacompanhamento??

MINISTMINISTÉÉRIO PRIO PÚÚBLICOBLICO

SinalizaSinalizaçção ão casocaso individual;individual;

QuemQuem chegachega aoao MP, MP, emem geralgeral, , éé quemquemmaismais precisaprecisa??

PredomPredomíínionio de de intervenintervenççõesões nãonãoestruturantesestruturantes –– maioriamaioria porpor bens e bens e serviserviççosos ((ACPsACPs MP MP sasaúúdede –– 427/760 427/760 = 56,3% = 56,3% --BancoBanco de de PetiPetiççõesões CAOSAU, CAOSAU, in in www.mp.pr.gov.brwww.mp.pr.gov.br, , verificadoverificado emem5.2.09).5.2.09).

http://www.mp.pr.gov.br/


BuscaBusca de de recursosrecursos::

-- ACPsACPs OrOrççamentoamento PR EC 29 PR EC 29 –– de de 2000 a 2007 2000 a 2007 –– ddéébitobito de R$ de R$ 2.725.617.914,44;2.725.617.914,44;

-- SaSaúúdede mental mental –– desativadesativaççãoão de de leitosleitos psiquipsiquiáátricostricos –– R$ R$ 14.130.791,00.14.130.791,00.


CritCritéériosrios parapara judicializajudicializaççãoão::

-- UsuUsuááriosrios SUS; SUS;

-- EsgotarEsgotar a via a via administrativaadministrativa;;

-- AvaliaAvaliaççãoão ttéécnicacnica;;

-- PPóólolo passivopassivo –– enteente detentordetentor dos dos recursosrecursos –– PortariaPortaria nnºº 2981/2009;2981/2009;

-- RecomendaRecomendaççõesões AdministrativasAdministrativas nnºº 11 e 12/2006. 11 e 12/2006.

MP/PR MP/PR -- Rec.Adm. nRec.Adm. nºº 11 e 12/06.11 e 12/06.““...orientar os profissionais m...orientar os profissionais méédicos a dicos a esgotarem as alternativas de fesgotarem as alternativas de fáármacos rmacos previstas nos PCDT do Ministprevistas nos PCDT do Ministéério da Sario da Saúúde de e demais atos que lhe forem e demais atos que lhe forem complementares, complementares, antesantes de prescreverem de prescreverem tratamento medicamentoso tratamento medicamentoso diversodiverso. Se ainda . Se ainda assim for prevalente a prescriassim for prevalente a prescriçção de droga ão de droga curativa não apresentada nos Protocolos, o curativa não apresentada nos Protocolos, o profissional responsprofissional responsáável vel deverdeveráá::

-- elaborarelaborar fundamentafundamentaçção tão téécnica cnica consistente, indicando quais os motivos da consistente, indicando quais os motivos da exclusãoexclusão dos medicamentos previstos nos dos medicamentos previstos nos regulamentos citados, em relaregulamentos citados, em relaçção ao ão ao paciente; paciente;

-- quaisquais os os benefbenefíícioscios do medicamento do medicamento prescrito no caso concreto; prescrito no caso concreto;

MP/PR MP/PR -- Rec.Adm. nRec.Adm. nºº 11 e 12/06.11 e 12/06.

-- apresentaapresentaççãoão de estudos cientde estudos cientííficos ficos eticamente isentoseticamente isentos e comprobate comprobatóórios dessa rios dessa eficeficáácia (revistas indexadas e com cia (revistas indexadas e com conselho editorial); conselho editorial);

-- menmenççãoão àà eventual eventual utilizautilizaççãoão anterioranterior, , pelopelo usuusuááriorio, dos , dos ffáármacosrmacos protocolizadosprotocolizados, , semsem respostaresposta adequadaadequada;;

-- manifestamanifestaççãoão sobresobre posspossííveisveis vvíínculosnculos, , formaisformais ouou informaisinformais, do , do prescritorprescritor com o com o laboratlaboratóóriorio fabricantefabricante do do remreméédiodio emem comentocomento, , justificandojustificando, , assimassim, , essaessa excepcionalexcepcional orientaorientaççãoão clclíínicanica. .

Algumas Perspectivas de Algumas Perspectivas de ReduReduçção de Judicializaão de Judicializaççãoãoi) i) OrganizaOrganizaçção da atividade ão da atividade prescritivaprescritiva;;

(Glivec 400 mg [mesilato de imatinib] (Glivec 400 mg [mesilato de imatinib] # INCA # INCA -- 30 comp., R$ 10.622,00 30 comp., R$ 10.622,00 –– fase de fase de estudos de eficestudos de eficáácia para criancia para criançça; sem a; sem protocolo de uso e sem manifestaprotocolo de uso e sem manifestaçção comitê ão comitê de de éética do hospital).tica do hospital).

ii) ii) AtualizaAtualizaççãoão de de ProtocolosProtocolos ClClíínicosnicos ((agregaagrega custoscustos; ; crcrííticatica cientcientííficafica àà inclusãoinclusão de novas de novas drogasdrogas););

Algumas Perspectivas de Algumas Perspectivas de ReduReduçção de Judicializaão de Judicializaççãoãoiii)iii)OncologiaOncologia: : remuneraremuneraçção/incorporaão/incorporaççãoão de de novosnovos ffáármacosrmacos (Ex. SP, (Ex. SP, medicamentosmedicamentos com com evidênciaevidência cientcientííficafica NNíívelvel A); A);

iv) iv) IncrementoIncremento da produda produçção de ão de laboratlaboratóórios rios ppúúblicosblicos;;

v) v) QualificaQualificaççãoão dada atenatenççãoão bbáásicasica. .

LUCIANE MARIA DUDAPromotora de JustiJustiççaa

[email protected]@mp.pr.gov.br

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