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Acesse nosso site: www.cursoenfase.com.br 1 Juizados Especiais Federais Aula 01 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. s A s s u n t o s t r a t a d o s : 1 ° H o r á r i o .

Juizados Especiais Federais 01 aula 15 p+íginas

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Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Acesse nosso site: www.cursoenfase.com.br10

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sAssuntos tratados: 1Horrio.S Bibliografia / Introduo / Criao / Infrao de menor potencial ofensivo / Concurso de crimes / Tentativa nos juizados / Desclassificao /2 Horrio.S Caso do Estatuto do Idoso / Competncia dos JEF / Lugar da infrao / Procedimento dos juizados / Priso em flagrante / Caso de interdio civil / Medidas despenalizadoras /3 Horrio.S Medidas despenalizadoras /1 Horrio

1. BibliografiaTourinho Neto - Manual de Juizados Especiais Federais

2. IntroduoO JEF tratado, basicamente, pela Lei 9.099/05, que serve como base para o estudo da matria. Especificamente, a Lei 10.259/05 trata dos juizados especiais federais, mas substancialmente a Lei 9.099/05 a lei que trata de maneira mais completa sobre o assunto.

3. Criao

Os juizados tm suas origens em 1984, quando a Lei 7.244/84 criou os antigos juizados de pequenas causas, que no mbito penal tratava de crimes de pequena repercusso patrimonial. Anos depois, com a CRFB/88, houve a previso da criao dos juizados especiais, em razo do sucesso da aplicao dos antigos juizados de pequenas causas.Assim, o art. 98, I, CRFB passou a dispor sobre a obrigatoriedade de criao de juizados especiais no mbito distrital, territorial e estadual.Art. 98. A Unio, no Distrito Federal e nos Territrios, e os Estados criaro:I - juizados especiais, providos por juzes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliao, o julgamento e a execuo de causas cveis de

Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.menor complexidade e infraes penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumarissimo, permitidos, nas hipteses previstas em lei, a transao e o julgamento de recursos por turmas de juzes de primeiro grau;Com essa previso, houve a regulamentao a partir da edio da lei 9.099/05, que criou os juizados especiais.A partir disso, comeou-se a discusso sobre a aplicabilidade desses juizados no caso da Unio. Esta era uma discusso, pois no havia previso expressa dos juizados federais. No entanto, a EC 22/99 alterou a redao do art. 98, CRFB, para prever expressamente a obrigatoriedade dos juizados especiais tambm no mbito federal.Assim, a Lei 10.259/01 criou os juizados especiais federais, regulamentando o tema. Aps a Lei, a EC 45/04 ratificou este processo, renumerando o art. 98, CRFB.Assim, se houvesse conflito entre as Leis 9.099/05 e 10.259/01, a segunda lei seria aplicvel, em razo de ser mais especfica.

4. Infraes de menor potencial ofensivoO conceito legal de crimes de menor potencial ofensivo trazido pelo art. 2, pargrafo nico, Lei 10.259/01 considera que so os crimes com pena de multa e os crimes com pena mxima menor ou igual a dois anos.No entanto, a Lei 11.313/06 afirmou que a competncia dos juizados especiais federais no so apenas estes crimes, mas para infraes de menor potencial ofensivo, sem, contudo, definir o que seriam essas infraes de menor potencial ofensivo.Art. 2o Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os feitos de competncia da Justia Federal relativos s infraes de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexo e continncia. (Redao dada pela Lei n 11.313, de 2006)Pargrafo nico. Na reunio de processos, perante o juzo comum ou o tribunal do jri, decorrente da aplicao das regras de conexo e continncia, observar-se-o os institutos da transao penal e da composio dos danos civis. (Redao dada pela Lei n 11.313, de 2006)Por isso, a Lei 9.099/95 usada analogicamente para esta definio, de maneira que so consideradas infraes de menor potencial ofensivo todos aqueles que tm pena mxima menor ou igual a dois anos.Neste momento, surge outro problema. Segundo entendimento do STF e do STJ, as contravenes sero sempre de competncia da Justia Estadual, mesmo quando houver conexo. Por isso, em resumo, o entendimento em relao

Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.competncia dos juizados especiais federais no sentido de que se restringe aos crimes cuja pena mxima seja no superior a dois anos.Observao: a nica diferena da competncia dos juizados especiais federais para os estaduais que na lei estadual so abarcadas as contravenes.5. Concurso de crimesSe por algum motivo houver concurso de crimes que, separadamente, sejam enquadrados no conceito de menor potencial ofensivo, praticados em concurso, pergunta-se: sero analisados isoladamente ou sero consideradas suas penas somadas, para fins de determinao da competncia?A doutrina afirma que no pode haver um crime que, praticado em um contexto, considerado de menor potencial ofensivo, e em outro contexto no. Assim, no se pode considerar que o crime seja de menor potencial ofensivo quando visto sozinho e que no o seja quando praticado em concurso. Assim, a doutrina afirma que devem ser os crimes analisados isoladamente.Nesse sentido, o art. 119, CP, quando se analisa a questo da punibilidade, considera os crimes isoladamente.Art. 119 - No caso de concurso de crimes, a extino da punibilidade incidir sobre a pena de cada um, isoladamente.Assim, por exemplo, se seis crimes diferentes forem praticados, a prescrio de cada um deles ser calculada para cada crime isoladamente.Analogamente a este entendimento, a doutrina afirma que se o agente praticou vrios crimes em concurso, ao invs de exasperar os crimes e analis-los em concurso, analisa-se os crimes isoladamente, para que no haja um crime que, individualmente, seja de menor potencial ofensivo e em conjunto no.Em resumo, para a doutrina, deve-se analisar as penas mximas de cada crime isoladamente.J o STJ adota entendimento diferente. Julgando o HC 80773/RJ, a Corte afirmou que no aplicvel a analogia do art. 119, CP, devendo-se analisar as penas mximas de cada crime dentro de um contexto, e no separadamente. H de se considerar o contexto e o tipo de concurso que existe.PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ARTS. 330, 329 E 147 DO CDIGO PENAL. CONCURSO MATERIAL. COMPETNCIA.No caso de concurso de crimes, a pena considerada para fins de fixao da competncia do Juizado Especial Criminal ser o resultado da soma, no caso de concurso material, ou a exasperao, na hiptese de concurso formal ou crimeJuizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.continuado, das penas mximas cominadas ao delitos. Com efeito, se desse somatrio resultar um apenamento superior a 02 (dois) anos, fica afastada a competncia do Juizado Especial (Precedentes do Pretrio Excelso e do STJ). Ordem denegada.H 4 tipos de concurso de crimes.(i) Concurso de crimes material (real), art. 69, CP;Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ao ou omisso, pratica dois ou mais crimes, idnticos ou no, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicao cumulativa de penas de recluso e de deteno, executa-se primeiro aquela.(ii)Concurso formal (ideal) normal, prprio ou perfeito parte, CP;primeira(iii)Art. 70 - Quando o agente, mediante uma s ao ou omisso, pratica dois ou mais crimes, idnticos ou no, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto at metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ao ou omisso dolosa e os crimes concorrentes resultam de desgnios autnomos, consoante o disposto no artigo anterior.Concurso formal (ideal)l anormal, imprprio ou imperfeito, art. 70, segunda parte, CP;Art. 70 - Quando o agente, mediante uma s ao ou omisso, pratica dois ou mais crimes, idnticos ou no, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto at metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ao ou omisso dolosa e os crimes concorrentes resultam de desgnios autnomos, consoante o disposto no artigo anterior.(iv) Crime^continuado, art. 71, CPArt. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ao ou omisso, pratica dois ou mais crimes da mesma espcie e, pelas condies de tempo, lugar, maneira de execuo e outras semelhantes, devem os subseqentes ser havidos como continuao do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um s dos crimes, se idnticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois teros.Para o STJ, se houver concurso, as penas sero transformadas em uma s, de acordo com as regras de concurso previstas em cada um dos artigos. Aps isto, dever ser observado se a pena menor ou igual a dois anos, para s ento saber se o crime foi de menor potencial ofensivo. Quando houver hiptese de aumento, o STJ entende que deve ser considerado o maior aumento possvel. Assim, se houver concurso entre

Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.trs crimes, um com de 2 anos, outro de 1 ano e outro de tambm 1 ano, pela doutrina, a ao penal processada no juizado, pois nenhum crime tem pena maior do que 2 anos. J para o STJ, independente do concurso, o sistema utilizado ser a soma, de maneira que no se continuaria no juizado.Deve-se destacar ainda o Enunciado 120/11 do XXIX FONAJ, que trouxe o entendimento da doutrina.ENUNCIADO 120 - A multa derivada de descumprimento de antecipao de tutela passvel de execuo mesmo antes do trnsito em julgado da sentena. (Aprovado no XXI Encontro - Vitria/ES)Assim, para o FONAJ, as penas mximas devem ser analisadas em cada crime isoladamente.Observao: O posicionamento do STJ o que deve ser adotado em provas objetivas. No entanto, caso se trate de provas orais ou discursivas, a resposta depender abarcar ambos os posicionamentos, devendo ser citado o Enunciado do FONAJ.

6. Tentativa nos juizadosA tentativa tem natureza jurdica de causa de diminuio de pena. Assim, se h crime tentado com pena maior do que 2 anos, deve-se aplicar, em abstrato, o pior cenrio. Assim, na reduo, deve-se fazer a menor reduo possvel para que se saiba se a competncia ser ou no do juizado.Nesse sentido, observe-se a disposio do art. 14, II, CP, que versa sobre a tentativa, bem como seu pargrafo nico fala da diminuio, que varia nas fraes de um a dois teros.Art. 14 - Diz-se o crime:II - tentado, quando, iniciada a execuo, no se consuma por circunstncias alheias vontade do agente.Pargrafo nico - Salvo disposio em contrrio, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuda de um a dois teros.Exemplo: se o agente praticou crime com pena mxima de 4 anos. No entanto, o furto foi tentado. Assim, a pena mxima dever ser diminuda em um tero, pois esta a menor diminuio possvel. Nesse caso, no haver deslocamento da competncia para os juizados, pois a pena ainda ser maior do que 2 anos.7. Desclassificao

Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Imagine-se que uma leso grave foi desclassificada para leso leve. Nesse caso, quando houver uma desclassificao de crime que no era de competncia dos juizados e que no precisava de representao para um crime de competncia dos juizados que necessite de representao, como o caso da leso leve, conforme o art. 91, Lei 9.099/95, o prazo para representao ser de 30 dias.Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir representao para a propositura da ao penal pblica, o ofendido ou seu representante legal ser intimado para oferec-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadncia.2 Horrio8. Caso do estatuto do idosoO art. 94 do Estatuto do Idoso parece alterar a regra dos dois anos, mas isto no acontece.Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena mxima privativa de liberdade no ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, as disposies do Cdigo Penal e do Cdigo de Processo Penal.Apesar de haver possibilidade de aplicao dos benefcios do juizado especial para os crimes com pena de at 4 anos, isto somente significa que apenas os crimes ali previstos estaro sujeito s novas regras, de maneira que a regra geral permanece inalterada. Nesse sentido, o STF julgou a ADI 3096-5.AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGOS 39 E 94 DA LEI 10.741/2003 (ESTATUTO DO IDOSO). RESTRIO GRATUIDADE DO TRANSPORTE COLETIVO. SERVIOS DE TRANSPORTE SELETIVOS E ESPECIAIS. APLICABILIDADE DOS PROCEDIMENTOS PREVISTOS NA LEI 9.099/1995 AOS CRIMES COMETIDOS CONTRA IDOSOS. 1. No julgamento da Ao Direta de Inconstitucionalidade 3.768/DF, o Supremo Tribunal Federal julgou constitucional o art. 39 da Lei 10.741/2003. No conhecimento da ao direta de inconstitucionalidade nessa parte. 2. Art. 94 da Lei n. 10.741/2003: interpretao conforme Constituio do Brasil, com reduo de texto, para suprimir a expresso "do Cdigo Penal e". Aplicao apenas do procedimento sumarssimo previsto na Lei n. 9.099/95: benefcio do idoso com a celeridade processual. Impossibilidade de aplicao de quaisquer medidas despenalizadoras e de interpretao benfica ao autor do crime. 3. Ao direta de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente para dar interpretao conforme Constituio do Brasil, com reduo de texto, ao art. 94 da Lei n. 10.741/2003.

Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.9. Competncia dos JEFA jurisdio a capacidade de dizer o direito no caso concreto. J a competncia o limite territorial da jurisdio. Assim, todo juiz tem jurisdio, mas a competncia limita este poder jurisdicional. Por isso, todo juiz tem jurisdio, mas no tm competncia sobre todas as matrias.No caso dos juizados, tambm h delimitao de competncias. A regra para a delimitao da competncia dos juizados para os crimes de menor potencial ofensivo est no art. 63, lei 9.099/95, sendo o primeiro critrio o lugar da infrao.Art. 63. A competncia do Juizado ser determinada pelo lugar em que foi praticada a infrao penal.Por isso, no mbito federal, o primeiro aspecto a ser observado o lugar onde foi praticada a infrao penal.9.1. Lugar da infraoDestaca-se que o lugar da infrao distinto do lugar do crime.O lugar do crime adotou a teoria da ubiquidade. O lugar do crime est previsto no art. 6, CP.Art. 6 - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.Para a lei, o lugar do crime o lugar da conduta e o lugar do resultado, sendo ambos os locais considerados locais do crime, havendo uma fico jurdica.J o tempo do crime adotou a teoria da atividade e est previsto no art. 4, CP. No se considera, ento, o tempo em que houve o resultado, mas apenas o tempo em que aconteceu a conduta do agente.Art. 4 - Considera-se praticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado. Trata-se apenas do tempo da conduta. Por isso, no relevante o tempo do resultado.Em relao ao lugar da infrao, especificamente no tocante aos juizados especiais, o art. 63 da Lei 9.099/95 desconsidera o local do resultado. A definio do juizado competente o lugar da conduta do agente, que o lugar onde foi praticada a ao ou omisso.Por isso, o juizado especial competente para julgar a ao ser aquele do local onde foi praticada a conduta.

Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Caso no seja possvel delimitar onde a infrao foi praticada, haver a aplicao de norma subsidiria do foro supletivo ou secundrio, representado pelo foro do domiclio do ru, conforme o art. 72, CPP.Art. 72. No sendo conhecido o lugar da infrao, a competncia regular-se- pelo domiclio ou residncia do ru.O terceiro critrio o de livre distribuio, que ser aplicado nos casos em que o foro em que for delimitada a competncia tiver mais de um juizado competente.

10. Procedimento dos juizadosO procedimento nos juizados no , em regra, o inqurito, mas o termo circunstanciado (TCO). Depois da lavratura do termo circunstanciado, este ser encaminhado ao juizado federal. Quando o TCO chegar ao juizado, sero apresentados o autor e a vtima.10.1. Priso em flagranteEm regra, no acontecer a priso em flagrante no juizado. Quando o agente levado ao juizado, dever se comprometer a comparecer em juzo. Se houver este comprometimento, no ser imposta a priso em flagrante. Assim, o TCO ser lavrado quando o autor do fato for de imediato ao JEF ou ento quando o autor do fato no for ao JEF imediatamente, mas se comprometer a comparecer ao JEF. Nessas duas situaes, no haver priso em flagrante.Se o agente no se comprometer a comparecer ao juizado, no ser lavrado o TCO, havendo priso em flagrante. No entanto, frize-se, a regra a lavratura do termo circunstanciado.Alm da negativa do agente em comparecer ou se comprometer a comparecer ao JEF, devem estar presentes os requisitos para a priso em flagrante. So os casos em que a pena para o crime praticado no for privativa de liberdade, pelo princpio da homogeneidade.11. Caso de interdio civilSe o agente for inimputvel e praticar infrao penal de menor potencial ofensivo, haver duas opes. Se o Delegado Federal perceber que a infrao foi praticada por pessoa aparentemente inimputvel, como, por exemplo, no caso do art. 26, CP, verificar se o agente era interditado civilmente ou no.

Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Art. 26 - isento de pena o agente que, por doena mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ao ou da omisso, inteiramente incapaz de entender o carter ilcito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimentoCaso o agente seja interditado civilmente, o delegado precisar entrar em contato com o curador do inimputvel, que dever se comprometer a comparecer no JEF. Caso no se comprometa, estar exercendo ilegalmente a curatela. Alm disso, o Delegado dever representar pelo exame de insanidade mental, mediante percia.Caso o agente no tenha curador, no poder haver presuno da inimputabilidade. Assim, no caso em que este se recusa a assinar o termo circunstanciado, comprometendo-se a comparecer ao JEF, haver priso em flagrante. Outrossim, o delegado representar pelo exame de insanidade.

12. Medidas despenalizadorasH quatro medidas bsicas adotadas no juizado especial.(i) Composio civilEst prevista no art. 74, Lei 9.099/95.Art. 74. A composio dos danos civis ser reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentena irrecorrvel, ter eficcia de ttulo a ser executado no juzo civil competente.A composio civil um acordo feito entre o autor do fato e a vtima. o exemplo da pessoa que atropelou outra no trnsito, gerando leses corporais na vtima. Assim, poder haver um acordo de natureza civil.Assim, a composio civil uma maneira de resolver a questo sem chegar a entrar no mbito criminal.Destaca-se que o JEF cvel tem limite de 60 salrios mnimos. No entanto, o acordo criminal poder ser de qualquer valor, no havendo restrio conforme o limite cvel, podendo haver, inclusive, danos morais.No entanto, caso o acordo no seja cumprido, necessitando de execuo fora do juizado criminal, o valor do acordo influenciar. Se o valor for inferior ou igual a 60 salrios mnimos, o acordo poder ser executado no juizado; se for maior do que este limite, sua cobrana se dar pelo procedimento ordinrio.Destaca-se que o acordo no necessariamente ser cumprido em dinheiro, podendo o autor da infrao cumpri-lo com outros meios que no o pecunirio.Exemplo: pagamento mediante produtos ou servios.

Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.3 Horrio> Homologao da composio civilA deciso que homologa a composio civil irrecorrvel, sendo os embargos de declarao o nico recurso possvel, no caso de omisso ou obscuridade. No entanto, em casos absurdos, caber o Mandado de Segurana.A composio pode acontecer em vrios tipos de ao privada. No entanto, uma composio civil em uma ao penal pblica incondicionada no ser suficiente para extinguir o processo, pois nesses crimes a vontade da vtima no determinante, mas apenas uma atenuante, conforme a Smula 231, STJ.Smula 231, STJ: A incidncia da circunstncia atenuante no pode conduzir reduo da pena abaixo do mnimo legal.Tratando-se de ao pblica condicionada a representao ou ao penal privada, a sim, a manifestao da vtima ser determinante, pois sua manifestao volitiva pr-requisito para a propositura da ao, configurando-se renncia ao direito de queixa ou representao.(ii) RepresentaoEst prevista no art. 88, Lei 9.099/95.Art. 88. Alm das hipteses do Cdigo Penal e da legislao especial, depender de representao a ao penal relativa aos crimes de leses corporais leves e leses culposas.A representao precisa ser oferecida pela vtima (ofendido) ou por seu representante legal. O destinatrio da representao ser o juiz, ao promotor ou autoridade policial. A representao , em palavras simples, a autorizao que a vtima d ao Estado para iniciar a persecuo penal.Observao: alm dos crimes de ao penal pblica condicionadas representao, h tambm os que so condicionados requisio.Este pedido/autorizao condio de procedibilidade da ao, sendo oferecido ao delegado, MP ou juiz. O prazo para a representao de 6 meses, contados no a partir da data do fato, mas da descoberta da autoria.A representao no possui nenhuma formalidade. Assim, imagine-se que uma mulher foi estuprada e deixada em um matagal. Um determinado indivduo a socorreu e a levou delegacia. A mulher descreve o agente, que pouco depois encontrado.

Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Perguntava-se, em prova da Polcia Federal, se a priso em flagrante seria vlida e se houve representao. Nesse caso, pode-se afirmar que houve representao legtima, pois houve interesse na busca do indivduo pela vtima, bem como que a priso foi vlida, pois observava as regras dispostas no Cdigo Penal.> Possibilidade de retrataoAps a representao, a vtima poder se retratar, mas at o oferecimento da denncia. Deve-se atentar que o limite no o recebimento pelo juiz, mas o seu oferecimento pelo promotor.Ainda, pode haver a retratao da retratao; ou seja, pode haver nova representao, desde que observado o prazo decadencial de 6 meses.Destaca-se que os tribunais entendem que a representao no precisa ser feita em juzo, j que pode acontecer que a audincia seja marcada para data posterior aos 6 meses. Nesse caso, haver uma ratificao da representao dada em sede policial.(iii) Transao penal (composio penal)Est prevista no art. 76, Lei 9.099/95.Art. 76. Havendo representao ou tratando-se de crime de ao penal pblica incondicionada, no sendo caso de arquivamento, o Ministrio Pblico poder propor a aplicao imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.A doutrina majoritria afirma que no h assuno de culpa na sentena de transao, sendo a natureza desta sentena de homologao de transao. Nesse sentido entendem os tribunais superiores. Por isso, no h natureza condenatria ou absolutria.Na composio civil, o acordo feito com a vtima, pelo autor do fato. No caso da transao penal, o acordo efetuado entre o autor do fato e o MP.Nesse sentido, conforme entendimento do STF, consubstanciado no HC 79572/GO, frize-se, a natureza jurdica da homologao de sentena homologatria de transao penal.LIMINAR TRANSAO PROCESSUAL - PRESTAO DE SERVIOS COMUNIDADE - DESCUMPRIMENTO - CONVERSO AUTOMTICA EM PENA PRIVATIVA DA LIBERDADE. PRINCPIO DA NO-CULPABILIDADE -LIMINAR DEFERIDA.1. O Procurador-Geral de Justia Substituto do Estado de Gois subscreve a inicial deste habeas corpus relatando que Cleber de Souza Batista transacionou nos autos da ao penal contra si intentada considerado o tipo do artigo 233 do Cdigo Penal - ultraje pblico ao pudor. Aceitou prestar servios comunidade, junto ao LarJuizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.CURSONI^SE

CURSONI^SE

Vicentino, pelo perodo de dois meses, em limite mnimo de quatro horas semanais. O descumprimento do que acertado resultou na revogao do acordo, vindo o Juzo, de forma imediata, a converter a pena restritiva de direitos em pena privativa de liberdade -deteno a ser cumprida em regime aberto, sendo determinada a expedio do mandado de priso. O habeas corpus impetrado perante o Tribunal de Justia do Estado de Gois - de n 15.186-1/217 - 9800755950, visando a fulminar a ordem de priso e ter-se a seqncia da ao penal, no frutificou. Interposto recurso ordinrio, o Superior Tribunal de Justia desproveu-o - Recurso em Habeas Corpus n 8.198-98/0096138-6, oportunidade em que ficou vencido o Ministro Luiz Vicente Cernicchiaro.O Impetrante evoca as garantias constitucionais dos incisos LIV e LVII do artigo 5 da Constituio Federal, consoante as quais ningum ser privado de sua liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal, nem ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria, que no chegara a ocorrer porquanto se empolgara a norma do artigo 92 da Lei n 9.099/95,preceito a direcionar aplicao subsidiria das disposies dos Cdigos Penal e de Processo Penal no que no incompatveis com a regncia do processo tal como nela prevista. que se mostrara adequada a regra do artigo 45 do Cdigo Penal, reveladora da converso da pena restritiva de direito em privativa de liberdade pelo tempo da primeira, isso na hiptese de inadimplemento injustificado da restrio imposta. Ressalta o subscritor da inicial a importncia do tema porque envolvidos preceitos constitucionais viabilizadores do direito de defesa. Em sntese, ter-se-ia na espcie, sem tramitao normal do processo alusivo ao, a ser instrudo, a substituio automtica da transao efetuada por ato que, sem o indispensvel julgamento, estaria a evidenciar a imposio de pena privativa de liberdade. Requer-se liminar no sentido da suspenso da execuo da pena.2. A matria veiculada possui contornos que a demonstram da maior relevncia. Conforme consignado no fecho do relatrio supra, a imposio da pena privativa de liberdade fez-se de maneira automtica, sem a tramitao, em si, do processo consubstanciador da ao penal. A primeira viso que surge direciona no sentido de distinguir-se entre as penas restritivas de direitos, tais como previstas no Cdigo Penal, verificando-se verdadeira substituio, e aquelas fixadas na Lei n 9.099/95 em razo de fenmeno que antecede a instruo do processo penal, a concluso sobre a culpa do acusado.O instituto da substituio da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direito, tal como disciplinado no Cdigo Penal,pressupe, para ser alvo de implemento, condenao do Juzo e,portanto, o ato derradeiro da ao penal que a prolao da sentena, enquanto aquele versado na Lei n 9.099/95 precede, a teor do disposto no artigo 76, a instruo e a formao de entendimento pelo Estado-juiz sobre o processo existente, a ao penal ajuizada,ou no, pelo Ministrio Pblico. Atente-se para a circunstncia de no artigo 76 cogitar-se de representao ou crime de ao penal pblica incondicionada, autorizando-se o Ministrio Pblico a propor"a aplicao imediata de pena restritiva de direitos ou multas a ser especificada naAcesse nosso site: www.cursoenfase.com.br12

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Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.proposta". H de interpretar-se o novo arcabouo normativo em harmonia com os princpios maiores constantes da Constituio Federal, resistindo-se tentao de formalizar-se ttulo executivo judicial penal sem o respeito ao devido processo,viabilizada, exausto, a defesa.3. Concedo a liminar pleiteada para suspender, at a deciso final deste habeas corpus, a execuo da pena imposta.4. D-se cincia desta deciso ao Juzo da Comarca de Itumbiara.Nos autos tem-se a ntegra do acrdo prolatado pelo Superior Tribunal de Justia e que apontado como configurador do constrangimento, sendo dispensvel, assim, o pedido de informaes.5. Colha-se o parecer da Procuradoria Geral da Repblica.6. Publique-se.Braslia, 9 de outubro de 1999.Ministro MARO AURLIO RelatorNa ao penal pblica h diversos princpios aplicveis. Um deles o princpio da obrigatoriedade, de maneira que o MP est obrigado a propor ao se tiver os elementos necessrios. No caso da transao, o MP abre mo deste princpio para realizar acordo.Alguns autores afirmar que este princpio mitigado no JECRIM, de maneira que o princpio da obrigatoriedade, que envolve as aes penais pblicas, sofre, para parte da doutrina, uma certa mitigao. Isto ocorre em decorrncia da possibilidade de transao penal no mbito do JECRIM. Por isso, o princpio passa a ser chamado, no JECRIM, de obrigatoriedade mitigada ou de discricionariedade regrada.Observao: alguns autores, como Afrnio Silva Jardim, afirmam que esta mais uma forma de exercer o princpio da obrigatoriedade, pois a obrigatoriedade est em agir, seja denunciando ou formulando proposta de transao penal.> RequisitosEsto previstos no art. 76, 2, Lei 9.099/95. 2 No se admitir a proposta se ficar comprovado:I - ter sido o autor da infrao condenado, pela prtica de crime, pena privativa de liberdade, por sentena definitiva;II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicao de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;III - no indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstncias, ser necessria e suficiente a adoo da medida.a) Ausncia de condenao anteriorO primeiro requisito que o agente no pode ter condenao anterior por sentena definitiva pela prtica de crime (no contando a prtica de contravenes). Neste aspecto, trabalha-se com o mesmo prazo da reincidncia, de maneira que h prazo de 5 anos, a partir do cometimento do crime, para que seja aplicada a restrio.Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Destaca-se, ainda, que para efeitos de prova deve-se considerar sentena definitiva aquela que j foi transitada em julgado. H, no entanto, controvrsia. Pode-se entender que a sentena definitiva seja aquela deciso de mrito da primeira instncia, conforme o art. 593, I, CPP.Art. 593. Caber apelao no prazo de 5 (cinco) dias:I - das sentenas definitivas de condenao ou absolvio proferidas por juiz singular;Assim, por entender-se que pode haver sentena definitiva de primeira instncia, h quem entenda que a sentena definitiva de primeira instncia. Por outro lado, argumenta-se que este entendimento impediria o agente de receber um benefcio sem que houvesse trnsito em julgado de seu processo, violando o princpio da presuno de inocncia.b) Ausncia de transao penal nos ltimos 5 anosO agente no pode ter feito transao penal nos ltimos 5 anos.c) Verificao dos antecedentes do autorOutro requisito a verificao dos antecedentes, conduta social e personalidade do agente, sendo este o requisito mais subjetivo. Assim, a conduta do agente, sua personalidade e os motivos do crime sero levados em conta para a concesso do benefcio.No se trata de um direito penal do autor, que leva em conta caractersticas pessoais do autor para aplicao das penas, mas de uma anlise de seu comportamento em relao ao fato, para que seja observado se o benefcio no ir incentivar outras condutas criminosas do autor.Observaoi: o entendimento majoritrio no sentido de que a transao penal no direito subjetivo do agente, de maneira que o juiz no poderia aplic-la de ofcio. Mesmo que o agente demonstre os requisitos, trata-se de faculdade do MP, que pode ou no oferecer. O que o juiz poder fazer, entendendo que caso de aplicao da transao, aplicar o art. 28, CPP, remetendo os autos ao Procurador Geral.Art. 28. Se o rgo do Ministrio Pblico, ao invs de apresentar a denncia, requerer o arquivamento do inqurito policial ou de quaisquer peas de informao, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razes invocadas, far remessa do inqurito ou peas de informao ao procurador-geral, e este oferecer a denncia, designar outro rgo do Ministrio Pblico para oferec-la, ou insistir no pedido de arquivamento, ao qual s ento estar o juiz obrigado a atender.Juizados Especiais Federais Aula 01O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Observao2: se houver discordncia entre o acusado e seu defensor quanto aceitao da transao penal, prevalece a vontade do acusado, conforme entendimento dominante.Em relao deciso que homologa a transao, diferentemente da composio civil, cabe apelao. Se no houver homologao, pelo princpio da fungibilidade, caber tanto correio parcial quanto apelao.(iv) SursisEst prevista no art. 89, Lei 9.099/95.Art. 89. Nos crimes em que a pena mnima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou no por esta Lei, o Ministrio Pblico, ao oferecer a denncia, poder propor a suspenso do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado no esteja sendo processado ou no tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspenso condicional da penaA suspenso condicional do processo far com que a denncia feita pelo MP, bem como a prescrio, fiquem suspensas por um perodo de 2 a 4 anos, o chamado perodo de prova. Em troca desta suspenso, o acusado dever cumprir certas condies de maneira que, ao final, sendo cumpridas as condies, ser extinta a punibilidade.Da mesma forma que a transao penal no direito subjetivo do acusado, o sursis tambm no configura direito subjetivo, de maneira que o juiz no poder oferecer o benefcio de ofcio. Nesse sentido, o STF j se manifestou na Smula 696.Smula 696, STF: Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspenso condicional do processo, mas se recusando o Promotor de Justia a prop-la, o Juiz, dissentindo, remeter a questo ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Cdigo de Processo Penal.