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DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano XIII – nº 106 – Porto Alegre, quinta-feira, 17 de maio de 2018 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PUBLICAÇÕES JUDICIAIS SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES Boletim Secretaria dos Órgãos Julgadores Boletim Nro 0281/2018 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO Secretaria dos Órgãos Julgadores JULGAMENTOS 5ª E 6ª TURMAS 00001 APELAÇÃO/REEXAME NECESSÁRIO Nº 0018567-52.2013.4.04.9999/RS RELATORA : Juíza Federal TAÍS SCHILLING FERRAZ APELANTE : JANDIRA VERDI ZANETTE ADVOGADO : Lauro Antonio Brun APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE TENENTE PORTELA/RS DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 441

JULGAMENTOS 5ª E 6ª TURMAS - trf4.jus.br 1. Está sujeita a reexame necessário a sentença que condena a Fazenda Pública em quantia superior a 60 salários mínimos (art. 475,

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DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIOAno XIII n 106 Porto Alegre, quinta-feira, 17 de maio de 2018

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

PUBLICAES JUDICIAIS

SECRETARIA DO PLENRIO, CORTE ESPECIAL E SEESBoletim

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0281/2018

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

5 E 6 TURMAS

00001 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0018567-52.2013.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : JANDIRA VERDI ZANETTE

ADVOGADO : Lauro Antonio Brun

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE TENENTEPORTELA/RS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 1 / 441

EMENTA

PREVIDENCIRIO. JUZO DE RETRATAO. CORREO MONETRIA.TEMA STF N 810.O Supremo Tribunal Federal decidiu, ao julgar o RE n 870.947/SE, em sede de

repercusso geral (Tema STF n 810), ser inconstitucional o art. 1-F da Lei 9.494/1997, coma redao dada pela Lei 11.960/2009, na parte que disciplina a correo monetria, prevendoa utilizao do IPCA-E nas condenaes no-tributrias impostas Fazenda Pblica.

Adequados os critrios de correo monetria ao precedente vinculante.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, em juzo deretratao, adequar em parte os critrios de atualizao monetria, mantendo, quanto ao mais,o acrdo original, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendoparte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00002 APELAO CVEL N 0019247-42.2010.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : VANIO OLIVEIRA MACHADO

ADVOGADO : Terezinha Pereira Schardosim Garcia e outro

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

EMENTA

PREVIDENCIRIO. REMESSA NECESSRIA. CONHECIDA.APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE TOTAL EPERMANENTE. QUALIDADE DE SEGURADO. COMPROVAO.INDENIZAO POR DANOS MORAIS. NO CONFIGURAO. CUSTASPROCESSUAIS. HONORRIOS ADVOCATCIOS.1. Est sujeita a reexame necessrio a sentena que condena a Fazenda Pblica

em quantia superior a 60 salrios mnimos (art. 475, 2, do CPC).2. Tratando-se de auxlio-doena ou aposentadoria por invalidez, o Julgador

firma sua convico, via de regra, por meio da prova pericial.3. Comprovada a qualidade de segurado especial do autor no perodo de

carncia exigido, bem como a incapacidade para o exerccio de atividades laborais, de sermantida a sentena que condenou o INSS a conceder a aposentadoria por invalidez aorequerente.

4. No gera indenizao por danos morais a mera negativa de concesso debenefcio previdencirio fundada em percia mdica contrria. Hiptese de exerccio regular

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do direito ao exame das condies para a obteno do benefcio, culas concluses nemsempre coincidiro com as do juzo.

5. O Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870947, com repercussogeral, a inconstitucionalidade do uso da TR, determinando a adoo do IPCA-E para oclculo da correo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica.

6. Os juros de mora, a contar da citao, devem incidir taxa de 1% ao ms, at29-06-2009. A partir de ento, incidem uma nica vez, at o efetivo pagamento do dbito,segundo o ndice oficial de remunerao bsica aplicado caderneta de poupana.

7. Segundo entendimento consagrado pelas Turmas de Direito Previdencirio, eno havendo vinculao desta Corte ao entendimento adotado pelo TJRS em incidente deinconstitucionalidade, o INSS tem direito iseno das custas processuais, quandodemandado na Justia Estadual do Rio Grande do Sul, com base Lei 13.471/2010.

8. Os honorrios advocatcios so devidos taxa 10% sobre as prestaesvencidas at a data da sentena, nos termos das Smulas n. 76 deste Tribunal Regional e n.111 do Superior Tribunal de Justia.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, conhecer daremessa necessria, dando-lhe parcial provimento, dar parcial provimento apelao daparte autora e negar provimento ao apelo do INSS, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00003 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0020567-88.2014.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : JOS INCIO DOS SANTOS FERNANDES

ADVOGADO : Luis Roger Vieira Azzolin

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE SAO LUIZGONZAGA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. REMESSA NECESSRIA. CONHECIDA. AUXLIO-DOENA. INCAPACIDADE. QUALIDADE DE SEGURADO. CARNCIA.DESEMPREGO. COMPROVAO. HONORRIOS ADVOCATCIOS. CUSTASPROCESSUAIS.1. Est sujeita a reexame necessrio a sentena que condena a Fazenda Pblica

em quantia superior a 60 salrios mnimos (art. 475, 2, do CPC).2. Tratando-se de auxlio-doena ou aposentadoria por invalidez, o Julgador

firma sua convico, via de regra, por meio da prova pericial.3. Comprovada a incapacidade total, mas com possibilidade de melhora dos

sintomas com tratamento adequado, cabvel a concesso de auxlio-doena, desde a DER.4. Ausentes novos registros no CNIS e/ou na CTPS do segurado, conclu-se que

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ele passou condio de desempregado, mantida a qualidade de segurado dentro do perodode graa (art. 15, 2, da Lei 8.213/91).

5. O Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870947, com repercussogeral, a inconstitucionalidade do uso da TR, determinando a adoo do IPCA-E para oclculo da correo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica.

6. Os juros de mora, a contar da citao, devem incidir taxa de 1% ao ms, at29-06-2009. A partir de ento, incidem uma nica vez, at o efetivo pagamento do dbito,segundo o ndice oficial de remunerao bsica aplicado caderneta de poupana.

7. Segundo entendimento consagrado pelas Turmas de Direito Previdencirio, eno havendo vinculao desta Corte ao entendimento adotado pelo TJRS em incidente deinconstitucionalidade, o INSS tem direito iseno das custas processuais, quandodemandado na Justia Estadual do Rio Grande do Sul, com base Lei 13.471/2010.

8. Honorrios advocatcios so devidos taxa de 10% sobre as prestaesvencidas at a data da sentena, nos termos do art. 85, 3, inciso I, do CPC.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao apelo do INSS e dar parcial provimento apelao do autor e remessaoficial, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00004 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0022673-23.2014.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : JATIR TARTARO

ADVOGADO : Henrique Oltramari e outros

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DEMARAU/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. EMPREGADO RURAL. REGISTRO EM CTPS.ATIVIDADE RURAL EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR. PROVADOCUMENTAL ESCASSA. PROVA TESTEMUNHAL FRGIL. ATIVIDADEESPECIAL. AGENTES NOCIVOS. RUDO, CIMENTO. UMIDADEEXCESSIVA. CONVERSO DE TEMPO COMUM EM ESPECIAL. LEI9.032/95. IMPOSSIBILIDADE. APOSENTADORIA ESPECIAL. TEMPOESPECIAL INSUFICIENTE. REAFIRMAO DA DER. POSSIBILIDADE.CONCESSO. CUSTAS.

1. As anotaes da CTPS fazem presumir (Smula 12 doTST) a existncia derelao jurdica vlida e perfeita entre trabalhador e empresa, para fins previdencirios.Ausente qualquer indicativo de fraude e estando os registros em ordem cronolgica, sem

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sinais de rasuras ou emendas, deve o tempo de servio correspondente ser averbado.2. O recolhimento de contribuies previdencirias sobre os perodos anotados

em carteira de trabalho incumbe ao empregador, nos termos do art. 30, inc. I, alneas "a" e"b", da Lei n.8.212/91, no podendo ser exigida do empregado para efeito de obteno debenefcios previdencirios.

3. O tempo de servio rural para fins previdencirios pode ser demonstradoatravs de incio de prova material, desde que complementado por prova testemunhal idnea.

4. Embora presente escasso incio de prova material, os testemunhos no foramaptos a comprovar o labor rural da parte autora, visto que foram vagos e apresentaramcontradies.

5. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade exercidasob condies nocivas so disciplinados pela lei em vigor poca em que efetivamenteexercidos, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimnio jurdico do trabalhador.

6. At 28-04-1995 admissvel o reconhecimento da especialidade porcategoria profissional ou por sujeio a agentes nocivos, admitindo-se qualquer meio deprova (exceto para rudo e calor); a partir de 29-04-1995 no mais possvel oenquadramento por categoria profissional, sendo necessria a comprovao da exposio dosegurado a agentes nocivos por qualquer meio de prova at 05-03-1997 e, a partir de ento,atravs de formulrio embasado em laudo tcnico, ou por meio de percia tcnica.

7. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pelalegislao previdenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade dotempo de labor correspondente.

8. O trabalhador que rotineiramente, em razo de suas atividades profissionais,expe-se ao contato com cimento, cujo composto usualmente misturado a diversosmateriais classificados como insalubres ao manuseio, faz jus ao reconhecimento da naturezaespecial do labor.

9. Somente possvel ao segurado converter o tempo de servio qualificadocomo comum em tempo especial, para fins de concesso do benefcio de aposentadoriaespecial, se preencher as condies para obteno do benefcio at 27-04-1995, porquantotal converso foi vedada a partir da edio da Lei n. 9.032/95, publicada em 28-04-1995.

10. No caso concreto, somando-se o tempo de servio especial reconhecido, aparte autora no implementa tempo suficiente concesso da aposentadoria pretendida naDER.

11. possvel, porm, considerar determinado tempo de servio oucontribuio, aps o requerimento administrativo do benefcio, inclusive aps o ajuizamentoda ao, para fins de concesso de benefcio previdencirio ou assistencial, ainda queausente expresso pedido na petio inicial.

12. Considerando que as aes previdencirias veiculam pretenses de direitosocial fundamental (Constituio Federal, artigos 6, 194, 201 e 203), impe-se dar s normasinfraconstitucionais, inclusive s de carter processual, interpretao conducente efetivao e concretizao daqueles direitos, respeitados os demais princpiosconstitucionais.

13. A reafirmao da DER, para a data em que o segurado implementa osrequisitos amolda-se prpria natureza continuativa da relao jurdica previdenciria,cabendo ao Poder Judicirio reportar-se situao de fato e de direito existente por ocasioda entrega da prestao jurisdicional, facultando-se, obviamente, autarquia, a impugnaodo tempo de contribuio posterior, em ateno ao contraditrio.

14. Na hiptese, computado o tempo de servio especial laborado aps a DER eaps o ajuizamento da demanda, devida a aposentadoria especial, a contar da data em querestaram preenchidos os requisitos legais.

15. No havendo vinculao da Corte ao entendimento adotado pelo TJRS em

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incidente de inconstitucionalidade, mantenho o entendimento anteriormente adotado, jconsagrado pelas Turmas de Direito Previdencirio, para reconhecer o direito da autarquia iseno das custas, nos termos da Lei 13.471/2010.

.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa oficial, dar parcial provimento ao apelo da parte autora, dar parcial provimento aoapelo do INSS e determinar a implantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notasde julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00005 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0004395-03.2016.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : SOLANGE FELBER PIVETTA

ADVOGADO : Neri Prill

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE PORTOXAVIER/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. REMESSA NECESSRIA. CONDENAO DE VALORFACILMENTE DETERMINVEL. NO CONHECIMENTO. AUXLIO-DOENA. TERMO INICIAL. CORREO MONETRIA. HONORRIOSADVOCATCIOS.

1. No est sujeita a reexame necessrio a sentena que condena a FazendaPblica em quantia inferior a 60 salrios mnimos (art. 475, 2, do CPC).

2. Se a sentena condena o INSS ao pagamento de benefcio de valor mnimo oudeterminado nos autos, e define o perodo a partir do qual so devidas as parcelascorrespondentes, possvel, por simples clculos aritmticos, observados os critrios decorreo monetria e juros definidos, chegar-se ao montante da condenao, posicionando-ona data em que prolatada a deciso.

3. Resultando da multiplicao do nmero de meses pelo valor da renda mensalatualizada, com o acrscimo dos juros de mora, condenao manifestamente inferior ao limitelegal, no caso de remessa necessria.

4. Comprovada a incapacidade temporria para o exerccio das atividadeslaborativas habituais, cabvel a concesso de auxlio-doena, devendo-se reconhecerefeitos financeiros retroativos desde a data da percia mdica judicial, quando demonstradoque a segurada se encontrava incapacitada desde ento.

5. O Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870947, com repercussogeral, a inconstitucionalidade do uso da TR, determinando a adoo do IPCA-E para oclculo da correo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica.

6. Honorrios advocatcios, a cargo da parte r, majorados para 10% sobre as

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prestaes devidas at a sentena.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa necessria e dar parcial provimento ao apelo da parte autora, nos termos dorelatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00006 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0015531-31.2015.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : SILVINO DA LUZ

ADVOGADO : Tania Maria Pimentel

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE SANANDUVA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO DE SERVIO RURAL. REGIME DEECONOMIA FAMILIAR. TEMPO DE SERVIO ESPECIAL. AGENTESNOCIVOS RUDO E ORGANOFOSFORADOS. APOSENTADORIA PORTEMPO DE SERVIO/CONTRIBUIO. CONCESSO. CORREOMONETRIA E JUROS DE MORA.

1. Comprovado o labor rural em regime de economia familiar, mediante aproduo de incio de prova material, corroborada por prova testemunhal idnea, o seguradofaz jus ao cmputo do respectivo tempo de servio.

2. O reconhecimento da especialidade e o enquadramento da atividade exercidasob condies nocivas so disciplinados pela lei em vigor poca em que efetivamenteexercidos, passando a integrar, como direito adquirido, o patrimnio jurdico do trabalhador.

3. At 28-04-1995 admissvel o reconhecimento da especialidade porcategoria profissional ou por sujeio a agentes nocivos, admitindo-se qualquer meio deprova (exceto para rudo e calor); a partir de 29-04-1995 no mais possvel oenquadramento por categoria profissional, sendo necessria a comprovao da exposio dosegurado a agentes nocivos por qualquer meio de prova at 05-03-1997 e, a partir de ento,atravs de formulrio embasado em laudo tcnico, ou por meio de percia tcnica.

4. A exposio a defensivos organofosforados e a nveis de rudo superiores aoslimites legais de tolerncia vigentes poca da prestao do labor enseja o reconhecimentodo tempo de servio como especial.

5. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pelalegislao previdenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade dotempo de labor correspondente.

6. Preenchidos os requisitos legais, tem o segurado direito obteno de

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aposentadoria por tempo de contribuio integral.7. O Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870947, com repercusso

geral, a inconstitucionalidade do uso da TR, determinando a adoo do IPCA-E para oclculo da correo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica.

8. Os juros de mora, a contar da citao, devem incidir taxa de 1% ao ms, at29-06-2009. A partir de ento, incidem uma nica vez, at o efetivo pagamento do dbito,segundo o ndice oficial de remunerao bsica aplicado caderneta de poupana.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, extinguir ofeito, de ofcio, sem exame do mrito, quanto ao pedido de reconhecimento do tempo deservio de 18-04-1993 a 03-05-193, por falta de interesse de agir, com base no artigo 485,VI, do NCPC, negar provimento ao apelo do autor, apelao do INSS e remessa oficial edeterminar a implantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamentoque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00007 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0011973-17.2016.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : IVONE MENEGUZZI

ADVOGADO : Vitor Ugo Oltramari e outros

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DEMARAU/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO DE SERVIO RURAL. REGIME DEECONOMIA FAMILIAR. APOSENTADORIA POR TEMPO DESERVIO/CONTRIBUIO. CONCESSO. CORREO MONETRIA EJUROS DE MORA. CUSTAS PROCESSUAIS.

1. Comprovado o labor rural em regime de economia familiar, mediante aproduo de incio de prova material, corroborada por prova testemunhal idnea, o seguradofaz jus ao cmputo do respectivo tempo de servio.

2. Preenchidos os requisitos legais, tem o segurado direito obteno deaposentadoria por tempo de contribuio integral.

3. O Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870947, com repercussogeral, a inconstitucionalidade do uso da TR, determinando a adoo do IPCA-E para oclculo da correo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica,

4. Os juros de mora, a contar da citao, devem incidir taxa de 1% ao ms, at29-06-2009. A partir de ento, incidem uma nica vez, at o efetivo pagamento do dbito,segundo o ndice oficial de remunerao bsica aplicado caderneta de poupana.

5. O INSS isento do pagamento de custas processuais quando demandando na

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Justia do Estado do Rio Grande do Sul.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa oficial, dar parcial provimento ao apelo do INSS e determinar a implantao dobenefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00008 APELAO CVEL N 0024645-28.2014.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : FABIANA DE MORAES BORGES

ADVOGADO : Carmem Salete Maffi Pretto

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. AUXLIO-DOENA. CONCESSO. TERMO INICIAL.AGRAVAMENTO. CORREO MONETRIA E JUROS DE MORA.CUSTAS. RS.

Comprovada a incapacidade temporria para o exerccio das atividadeslaborativas habituais, cabvel a concesso de auxlio-doena, devendo-se reconhecerefeitos financeiros retroativos desde a data do requerimento administrativo, quandodemonstrado que o segurado encontrava-se incapacitado desde ento.

Sobrevindo a incapacidade como consequncia do agravamento da doena, possvel a concesso do benefcio.

O Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870947, com repercusso geral,a inconstitucionalidade do uso da TR, determinando a adoo do IPCA-E para o clculo dacorreo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica.

Os juros de mora, a contar da citao, devem incidir taxa de 1% ao ms, at29-06-2009. A partir de ento, incidem uma nica vez, at o efetivo pagamento do dbito,segundo o ndice oficial de remunerao bsica aplicado caderneta de poupana.

O INSS tem direito iseno das custas, nos termos da legislao estadual deregncia.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar

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provimento apelao, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00009 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0006105-58.2016.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : ROSA KAREJ BENTO

ADVOGADO : Jeronimo Thorstenberg dos Santos e outro

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE TENENTEPORTELA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. REMESSA NECESSRIA. NO CONHECIDA.APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE PARCIAL EPERMANENTE. QUALIDADE DE SEGURADO. INDGENA. COMPROVAO.DOENA PROGRESSO OU AGRAVAMENTO DA DOENAPREEXISTENTE.1. No est sujeita a reexame necessrio a sentena que condena a Fazenda

Pblica em quantia inferior a 60 salrios mnimos (art. 475, 2, do CPC).2. Tratando-se de auxlio-doena ou aposentadoria por invalidez, o Julgador

firma sua convico, via de regra, por meio da prova pericial.3. A comprovao do exerccio de atividade rural do segurado especial de etnia

indgena feita mediante certido fornecida pela FUNAI, atestando a condio do ndiocomo trabalhador rural.

4. Comprovado nos autos que a incapacidade ocorreu em decorrncia deagravamento de doena da qual a autora era portadora, no h que falar em preexistncia daincapacidade ao ingresso ao Regime Geral de Previdncia Social, no havendo impedimento concesso do benefcio postulado, face previso contida no art. 42, 2, da Lei 8.213/91.

5. Demonstrada a qualidade de segurada especial da autora no perodo decarncia exigido, bem como a incapacidade para o exerccio de atividades laborais, de sermantida a sentena que condenou o INSS a conceder a aposentadoria por invalidez requerente.

5. O Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870947, com repercussogeral, a inconstitucionalidade do uso da TR, determinando a adoo do IPCA-E para oclculo da correo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica.

6. Os juros de mora, a contar da citao, devem incidir taxa de 1% ao ms, at29-06-2009. A partir de ento, incidem uma nica vez, at o efetivo pagamento do dbito,segundo o ndice oficial de remunerao bsica aplicado caderneta de poupana.

7. Segundo entendimento consagrado pelas Turmas de Direito Previdencirio, eno havendo vinculao desta Corte ao entendimento adotado pelo TJRS em incidente deinconstitucionalidade, o INSS tem direito iseno das custas processuais, quandodemandado na Justia Estadual do Rio Grande do Sul, com base Lei 13.471/2010.

ACRDO

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 10 / 441

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa necessria, negar provimento ao apelo do INSS e determinar a implantao dobenefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00010 APELAO CVEL N 0000233-28.2017.4.04.9999/SCRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : HERCLIO GUDAS

ADVOGADO : Darcisio Antonio Muller e outros

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. PREVIDENCIRIO. CARNCIA DA AO. NOC O N F I G U R A O . HONORRIOS ADVOCATCIOS. CUSTASPROCESSUAIS.

1.Em julgamentos sob o regime da repercusso geral e dos recursos repetitivos,o STF e o STJ estabeleceram a necessidade do prvio requerimento administrativo deconcesso de benefcio, como condio para ter por caracterizado o interesse de agir,assentando, porm, que esta exigncia no se confunde com a do esgotamento da viaadministrativa, que no condio para o ajuizamento da ao previdenciria.

2. Tendo em vista a natureza e a complexidade da causa, bem como o fato de oINSS ter dado causa ao processo, o segurado no pode ser onerado com os efeitos da demorana concesso do benefcio que fazia jus desde o implemento dos requisitos legais.

3 . Nos termos do disposto no art. 20, 4, do CPC, nas causas em que nohouver condenao, os honorrios advocatcios sero fixados consoante apreciaoequitativa do juiz, atendido o grau de zelo profissional, o lugar de prestao do servio, anatureza e importncia da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido parao seu servio.

4. O INSS responde pela metade do valor das custas quando demandado naJustia do Estado de Santa Catarina (art. 33, pargrafo primeiro, da Lei Complementarestadual n. 156/97).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento ao apelo da parte autora, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamentoque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00011 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0012489-37.2016.4.04.9999/RS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 11 / 441

RELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELANTE : LEANDRA DA SILVA GONALVES

ADVOGADO : Adriano Scaravonatti e outros

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE ENCANTADO/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. REMESSA NECESSRIA. NO CONHECIDA. AUXLIO-DOENA. INCAPACIDADE. TOTAL E TEMPORRIA. QUALIDADE DESEGURADO. CARNCIA. COMPROVAO. DIB.1. No est sujeita a reexame necessrio a sentena que condena a Fazenda

Pblica em quantia inferior a mil salrios mnimos (art. 496, 3, I, do NCPC).2. Tratando-se de auxlio-doena ou aposentadoria por invalidez, o Julgador

firma sua convico, via de regra, por meio da prova pericial.3. Comprovada a incapacidade total, mas com possibilidade de melhora dos

sintomas com tratamento adequado, bem como a qualidade de segurado e a carncia, cabvel a concesso de auxlio-doena, desde a data do indeferimento administrativo.

4. Atestado pelo perito judicial o incio da incapacidade em 29-10-2013, deser fixada a DIB do benefcio a partir de ento.

5. O Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870947, com repercussogeral, a inconstitucionalidade do uso da TR, determinando a adoo do IPCA-E para oclculo da correo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica.

6. Os juros de mora, a contar da citao, devem incidir taxa de 1% ao ms, at29-06-2009. A partir de ento, incidem uma nica vez, at o efetivo pagamento do dbito,segundo o ndice oficial de remunerao bsica aplicado caderneta de poupana.

7. Os honorrios vo majorados para 15% sobre o valor das parcelas vencidas,observado o trabalho adicional realizado em grau recursal.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa necessria, negar provimento aos recursos e determinar a implantao dobenefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00012 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0006687-58.2016.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : CELSO JOAO ZANDONA

ADVOGADO : Diogenes Conte

: Gilmar Cadore

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE SANANDUVA/RS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 12 / 441

EMENTA

PREVIDENCIRIO. REMESSA NECESSRIA. CONHECIDA.APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE TOTAL EDEFINITIVA. QUALIDADE DE SEGURADO. COMPROVAO.1. Est sujeita a reexame necessrio a sentena que condena a Fazenda Pblica

em quantia superior a 60 salrios mnimos (art. 475, 2, do CPC).2. Tratando-se de auxlio-doena ou aposentadoria por invalidez, o Julgador

firma sua convico, via de regra, por meio da prova pericial.3. Comprovada a qualidade de segurado especial do autor no perodo de

carncia exigido, bem como a incapacidade total e definitiva para o exerccio de atividadeslaborais, cabvel o restabelecimento da aposentadoria por invalidez, desde a data docancelamento.

4. O Supremo Tribunal Federal reconheceu no RE 870947, com repercussogeral, a inconstitucionalidade do uso da TR, determinando a adoo do IPCA-E para oclculo da correo monetria nas dvidas no-tributrias da Fazenda Pblica.

5. Os juros de mora, a contar da citao, devem incidir taxa de 1% ao ms, at29-06-2009. A partir de ento, incidem uma nica vez, at o efetivo pagamento do dbito,segundo o ndice oficial de remunerao bsica aplicado caderneta de poupana.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento remessa oficial e ao apelo do INSS e determinar o restabelecimento dobenefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00013 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 0006577-59.2016.4.04.9999/RSRELATORA : Juza Federal TAS SCHILLING FERRAZ

EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

EMBARGADO : ACRDO DE FOLHAS

INTERESSADO : CLARICE PEITER KIEFER

ADVOGADO : Fabio Marcelo Wachholz

: Cristiano Dumke

EMENTA

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAO. OMISSOINEXISTENTE. HONORRIOS ADVOCATCIOS.

1. Os embargos de declarao so cabveis nas hipteses de omisso,

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 13 / 441

contradio ou obscuridade, bem como para correo de erro material, nos termos do quedispe o art. 1.022 do Cdigo de Processo Civil de 2015.

2. O acrdo que julgou a apelao interposta contra a sentena proferida aindana vigncia do Cdigo de Processo Civil de 1973 condenou o INSS ao pagamento dehonorrios advocatcios fixados em 10% sobre o valor das parcelas vencidas, a teor dasSmulas 111/STJ e 76/TRF4. As novas disposies acerca da verba honorria no eramaplicveis, de forma que no se determinou a graduao conforme o art. 85 do CPC/2015.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 6 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, rejeitar osembargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 25 de abril de 2018.00014 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0006832-51.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : ONICE CATARINA ORTOLAN

ADVOGADO : Lauro Antonio Brun

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE TENENTEPORTELA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. JUZO DE RETRATAO. NDICES DE CORREOMONETRIA E JUROS DE MORA. PRECEDENTE DO STF. (TEMA 810). REEXAME DAMATRIA. ARTs. 1.030; 1.040, INCs. II, DO CPC 2015. ADEQUAO DO ACRDO.

A partir do julgamento definitivo do Recurso Extraordinrio n 870.947/SE(Tema 810), pelo egrgio Supremo Tribunal Federal, em 20 de setembro de 2017, inexistecontrovrsia sobre os ndices de juros moratrios e correo monetria a serem adotados noclculo das condenaes previdencirias (natureza no-tributria) impostas FazendaPblica. Nessa linha, o clculo das parcelas devidas deve ser alinhado definitivamente aoscritrios dos consectrios legais determinados pelo e. STF.

Constatando-se que o acrdo encontra-se em desconformidade com oentendimento vinculante exarado pelo Supremo Tribunal Federal, relativamente aos critriosde atualizao de dbito previdencirios inerente ao Tema STF 810, impe-se a pertinenteadequao para que seja aplicada ao caso concreto a tese consagrada no referido Tema doSTF.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 14 / 441

Egrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, em juzo deretratao, adequar os critrios dos consectrios legais de acordo como fixados pelo STF,mantendo inalteradas as demais disposies do acrdo, nos termos do relatrio, votos enotas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.00015 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0003438-65.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : JOO CARLOS BORGES KRAMER

ADVOGADO : Diogo Kramer Boeira

: Adelar Velho Varela

: Jassana Leoni Ramos

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE BOMJESUS/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR.COMPROVAO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO.CONCESSO. CONSECTRIOS LEGAIS.

1. devido o reconhecimento do tempo de servio rural, em regime deeconomia familiar, quando comprovado mediante incio de prova material corroborado portestemunhas. 2. Comprovado o tempo de servio/contribuio suficiente e implementada acarncia mnima, devida a aposentadoria por tempo de contribuio, a contar da data deentrada do requerimento administrativo, nos termos dos artigos 54 e 49, inciso II, da Lei8.213/1991, bem como efetuar o pagamento das parcelas vencidas desde ento. 3. Nos termosdo julgamento do RE n 870.947/SE (Tema 810), pelo STF, em 20/09/2017, a correomonetria dos dbitos da Fazenda Pblica se d atravs do IPCA-E. Os juros moratriosdevem atender a disciplina da Lei 11.960/2009, contados a partir da citao.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa oficial, dar parcial provimento ao apelo, mantida a antecipao de tutela deferidana sentena, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.00016 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0020514-44.2013.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : ROSMARI LUCHESE BEGNINI

ADVOGADO : Tobias Franciscon

APELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 15 / 441

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE LAGOAVERMELHA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. JUZO DE RETRATAO. NDICES DE CORREOMONETRIA E JUROS DE MORA. PRECEDENTE DO STF. (TEMA 810). REEXAME DAMATRIA. ARTs. 1.030; 1.040, INCs. II, DO CPC 2015. ADEQUAO DO ACRDO.

A partir do julgamento definitivo do Recurso Extraordinrio n 870.947/SE(Tema 810), pelo egrgio Supremo Tribunal Federal, em 20 de setembro de 2017, inexistecontrovrsia sobre os ndices de juros moratrios e correo monetria a serem adotados noclculo das condenaes previdencirias (natureza no-tributria) impostas FazendaPblica. Nessa linha, o clculo das parcelas devidas deve ser alinhado definitivamente aoscritrios dos consectrios legais determinados pelo e. STF.

Constatando-se que o acrdo encontra-se em desconformidade com oentendimento vinculante exarado pelo Supremo Tribunal Federal, relativamente aos critriosde atualizao de dbito previdencirios inerente ao Tema STF 810, impe-se a pertinenteadequao para que seja aplicada ao caso concreto a tese consagrada no referido Tema doSTF.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, em juzo deretratao, adequar os critrios dos consectrios legais de acordo como fixados pelo STF,mantendo inalteradas as demais disposies do acrdo, nos termos do relatrio, votos enotas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.00017 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0000398-75.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : ANTONIA LOURDES PANZENHAGEN

ADVOGADO : Josnei Engers

: Eloir Padilha

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DEPANAMBI/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. PENSO POR MORTE. GENITOR. DEPENDNCIANO PRESUMIDA. COMPROVAO. CONSECTRIOS LEGAIS.CORREO MONETRIA. TUTELA ESPECFICA.

1. Os requisitos para a obteno do benefcio de penso por morte esto

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 16 / 441

elencados na legislao previdenciria vigente data do bito, cabendo a parte interessadapreench-los. No caso, a parte deve comprovar: (a) ocorrncia do evento morte; (b) aqualidade de segurado do de cujus e (c) a condio de dependente de quem objetiva apenso.

2. A dependncia econmica dos pais do de cujus no presumida e deve sercomprovada, conforme determina o art. 16, II 4, da Lei n 8.213/91. Caso em quecomprovada a dependncia econmica exclusiva.

3. Nos termos do julgamento do RE n 870.947/SE (Tema 810), pelo STF, em20/09/2017, a correo monetria dos dbitos da Fazenda Pblica se d atravs do IPCA-E.

4. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficcia mandamental quedever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentena stricto sensuprevistas no art. 497 do CPC/2015, sem a necessidade de um processo executivo autnomo(sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerda remessa oficial, negar provimento ao recurso do INSS e, de ofcio, determinar sejaaplicado o IPCA-E como ndice de correo monetria, bem como determinar o imediatocumprimento do acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.00018 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0015336-46.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : NELSON RICARDO ESTEVAO GONCALVES

ADVOGADO : Vilmar Lourenco e outros

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 3A VARA DA COMARCA DEESTEIO/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS. RUDO.AGENTES BIOLGICOS. RECONHECIMENTO. POSENTADORIA PORTEMPO DE CONTRIBUIO. CONCESSO. CONSECTRIOS LEGAIS.

1. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pelalegislao previdenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade daatividade laboral por ele exercida. 2. O reconhecimento da atividade especial em razo daexposio ao agente fsico rudo deve se adequar aos estritos parmetros legais vigentes emcada poca (RESP 1333511 - Castro Meira, e RESP 1381498 - Mauro Campbell). 3. Aexposio a nveis de rudo acima dos limites de tolerncia estabelecidos na legislao

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 17 / 441

pertinente matria sempre caracteriza a atividade como especial, independentemente dautilizao ou no de equipamentos de proteo e de meno, em laudo pericial, neutralizao de seus efeitos nocivos (STF, ARE 664335, Relator Ministro Luiz Fux, TribunalPleno, julgado em 4/12/2014, publicado em 12/2/2015). 4. A exposio a agentes biolgicos prejudicial sade, ensejando o reconhecimento do tempo de servio como especial. 5.Segundo a jurisprudncia dominante deste Tribunal, a exposio a agentes biolgicos noprecisa ocorrer durante toda a jornada de trabalho, uma vez que basta o contato de formaeventual para que haja risco de contrao de doenas. 6. Os equipamentos de proteoindividual no so suficientes, por si s, para descaracterizar a especialidade da atividadedesempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciado em suas particularidades. 7.Comprovado o tempo de servio/contribuio suficiente e implementada a carncia mnima, devida a aposentadoria por tempo de servio/contribuio, a contar da data de entrada dorequerimento administrativo, nos termos dos artigos 54 e 49, inciso II, da Lei 8.213/1991,bem como efetuar o pagamento das parcelas vencidas desde ento. 8. Nos termos dojulgamento do RE n 870.947/SE (Tema 810), pelo STF, em 20/9/2017, a correo monetriados dbitos da Fazenda Pblica se d atravs do IPCA-E. Os juros moratrios devem atendera disciplina da Lei 11.960/2009, contados a partir da citao. 9. A incidncia de correomonetria dever ser adequada de ofcio, porquanto se trata de matria de ordem pblica,podendo ser tratada pelo Tribunal sem necessidade de prvia provocao das partes.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento aos apelos e remessa oficial, de ofcio adequar os critrios de incidncia decorreo monetria e determinar o cumprimento imediato do acrdo, nos termos dorelatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.00019 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0018390-20.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : CLAUDIO TOMAZI

ADVOGADO : Michele Backes

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DEGRAMADO/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR.COMPROVAO. TEMPO ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS. RUDO.POEIRA VEGETAL. RECONHECIMENTO. APOSENTADORIA POR TEMPODE CONTRIBUIO. CONCESSO. CONSECTRIOS LEGAIS. CUSTAS.ISENO.

1. devido o reconhecimento do tempo de servio rural, em regime de

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 18 / 441

economia familiar, quando comprovado mediante incio de prova material corroborado portestemunhas. 2. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pelalegislao previdenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade daatividade laboral por ele exercida. 2. O reconhecimento da atividade especial em razo daexposio ao agente fsico rudo deve se adequar aos estritos parmetros legais vigentes emcada poca (RESP 1333511 - Castro Meira, e RESP 1381498 - Mauro Campbell). 3. Aexposio a nveis de rudo acima dos limites de tolerncia estabelecidos na legislaopertinente matria sempre caracteriza a atividade como especial, independentemente dautilizao ou no de equipamentos de proteo e de meno, em laudo pericial, neutralizao de seus efeitos nocivos (STF, ARE 664335, Relator Ministro Luiz Fux, TribunalPleno, julgado em 4/12/2014, publicado em 12/2/2015). 4. A exposio a poeiras prejudicial sade, ensejando o reconhecimento do tempo de servio como especial. 5. Osequipamentos de proteo individual no so suficientes, por si s, para descaracterizar aespecialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciadoem suas particularidades. 6. Comprovado o tempo de servio/contribuio suficiente eimplementada a carncia mnima, devida a aposentadoria por tempo deservio/contribuio, a contar da data de entrada do requerimento administrativo, nos termosdos artigos 54 e 49, inciso II, da Lei 8.213/1991, bem como efetuar o pagamento das parcelasvencidas desde ento. 7. Nos termos do julgamento do RE n 870.947/SE (Tema 810), peloSTF, em 20/9/2017, a correo monetria dos dbitos da Fazenda Pblica se d atravs doIPCA-E. Os juros moratrios devem atender a disciplina da Lei 11.960/2009, contados apartir da citao. 8. A incidncia de correo monetria dever ser adequada de ofcio,porquanto se trata de matria de ordem pblica, podendo ser tratada pelo Tribunal semnecessidade de prvia provocao das partes. 9. O INSS isento do pagamento das custasprocessuais quando demandado na Justia Federal e na Justia do Estado do Rio Grande doSul.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao apelo do INSS e remessa oficial, de ofcio adequar os critrios deincidncia de correo monetria e determinar o cumprimento imediato do acrdo, nostermos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.00020 APELAO CVEL N 0009658-16.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : CLEIDE POHREN

ADVOGADO : Raquel Schneider

EMENTA

PREVIDENCIRIO. PENSO POR MORTE. MENOR SOB GUARDA.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 19 / 441

COMPROVADA. CONSECTRIOS LEGAIS. CORREO MONETRIA.TUTELA ESPECFICA.

1. Os requisitos para a obteno do benefcio de penso por morte estoelencados na legislao previdenciria vigente data do bito, cabendo a parte interessadapreench-los. No caso, a parte deve comprovar: (a) ocorrncia do evento morte; (b) aqualidade de segurado do de cujus e (c) a condio de dependente de quem objetiva apenso.

2. A Lei n 9.528/97 no revogou expressamente o 3 do art. 33 do Estatuto daCriana e do Adolescente, o qual confere ao menor sob guarda a condio de dependentepara todos os efeitos, inclusive previdencirios, exigindo-se to somente a demonstrao desua dependncia econmica. Entendimento consolidado no julgamento do Tema 732 do STJ.Caso em que restou comprovada a dependncia econmica do menor em relao ao falecidosegurado.

3. Nos termos do julgamento do RE n 870.947/SE (Tema 810), pelo STF, em20/09/2017, a correo monetria dos dbitos da Fazenda Pblica se d atravs do IPCA-E.Os juros moratrios devem atender a disciplina da Lei n 11.960/09.

4. Determina-se o cumprimento imediato do acrdo naquilo que se refere obrigao de implementar o benefcio, por se tratar de deciso de eficcia mandamental quedever ser efetivada mediante as atividades de cumprimento da sentena stricto sensuprevistas no art. 497 do CPC/2015, sem a necessidade de um processo executivo autnomo(sine intervallo).

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao recurso do INSS e remessa oficial tida por interposta e, de ofcio, determinara aplicao do IPCA-E como ndice de correo monetria, bem como determinar o imediatocumprimento do acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.00021 REEXAME NECESSRIO N 0011762-78.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

AUTOR : ADAIR DA CUNHA PAULA

ADVOGADO : Valdir Marques da Rosa

REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DESAPIRANGA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR.COMPROVAO. TEMPO ESPECIAL. CATEGORIA PROFISSIONAL.VIGILANTE. PERICULOSIDADE. PORTE DE ARMA DE FOGO.RECONHECIMENTO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 20 / 441

CONTRIBUIO. CONCESSO. CONSECTRIOS LEGAIS. ADEQUAODE OFCIO. CABIMENTO.

1. devido o reconhecimento do tempo de servio rural, em regime deeconomia familiar, quando comprovado mediante incio de prova material corroborado portestemunhas. 2. Demonstrado o exerccio de tarefa sujeita a enquadramento por categoriaprofissional at 28/4/1995, o perodo respectivo deve ser considerado como tempo especial.3. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislaoprevidenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade da atividadelaboral por ele exercida. 4. At 28/4/1995, possvel o reconhecimento da especialidade daprofisso de vigia ou vigilante por analogia funo de guarda, independentemente de osegurado portar arma de fogo no exerccio de sua jornada laboral. Aps essa data, oreconhecimento da especialidade depende da comprovao da efetiva exposio a agentesprejudiciais sade ou integridade fsica, como o uso de arma de fogo, por exemplo. 5.Comprovado o tempo de servio/contribuio suficiente e implementada a carncia mnima, devida a aposentadoria por tempo de servio/contribuio, a contar da data de entrada dorequerimento administrativo, nos termos dos artigos 54 e 49, inciso II, da Lei 8.213/1991,bem como efetuar o pagamento das parcelas vencidas desde ento. 6. Nos termos dojulgamento do RE n 870.947/SE (Tema 810), pelo STF, em 20/9/2017, a correo monetriados dbitos da Fazenda Pblica se d atravs do IPCA-E. Os juros moratrios devem atendera disciplina da Lei 11.960/2009, contados a partir da citao. 7. A incidncia de correomonetria dever ser adequada de ofcio, porquanto se trata de matria de ordem pblica,podendo ser tratada pelo Tribunal sem necessidade de prvia provocao das partes.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento remessa oficial, de ofcio adequar os critrios de incidncia de correomonetria e determinar o cumprimento imediato do acrdo, nos termos do relatrio,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.00022 APELAO CVEL N 0000004-68.2017.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : JOSE ABRELINO ANTUNES DOS SANTOS

ADVOGADO : Vilmar Lourenco

: Imilia de Souza

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO ESPECIAL. CATEGORIA PROFISSIONAL.COBRADOR. MOTORISTA. AGENTES NOCIVOS. UMIDADE. AGENTESQUMICOS. RECONHECIMENTO. REVISO. TRANSFORMAO DEAPOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO EMAPOSENTADORIA ESPECIAL. CABIMENTO. CONSECTRIOS LEGAIS.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 21 / 441

APOSENTADORIA ESPECIAL. CABIMENTO. CONSECTRIOS LEGAIS.

1. Demonstrado o exerccio de tarefa sujeita a enquadramento por categoriaprofissional at 28/4/1995, o perodo respectivo deve ser considerado como tempo especial.2. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pela legislaoprevidenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade da atividadelaboral por ele exercida. 3. A exposio umidade prejudicial sade, ensejando oreconhecimento do tempo de servio como especial. 4. A Smula 198 do TFR estabelece queatendidos os demais requisitos, devido o reconhecimento da especialidade, se perciajudicial constata que a atividade exercida pelo segurado perigosa, insalubre ou penosa,mesmo no inscrita em regulamento, tal qual ocorreu no caso em apreo. 5. Os riscosocupacionais gerados pela exposio a agentes qumicos, especialmente hidrocarbonetos,no requerem a anlise quantitativa de concentrao ou intensidade mxima e mnima noambiente de trabalho, dado que so caracterizados pela avaliao qualitativa. 6. Osequipamentos de proteo individual no so suficientes, por si s, para descaracterizar aespecialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciadoem suas particularidades. 7. Preenchidos os requisitos legais, tem o segurado direito transformao da aposentadoria por tempo de contribuio em aposentadoria especial, bemcomo o pagamento das parcelas vencidas desde ento. 8. Nos termos do julgamento do RE n870.947/SE (Tema 810), pelo STF, em 20/9/2017, a correo monetria dos dbitos daFazenda Pblica se d atravs do IPCA-E. Os juros moratrios devem atender a disciplina daLei 11.960/2009, contados a partir da citao. 9. Os consectrios da condenao devero seradequados de ofcio, porquanto se trata de matria de ordem pblica, podendo ser tratadapelo Tribunal sem necessidade de prvia provocao das partes.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao, de ofcio adequar os critrios de incidncia de juros e correomonetria e determinar o cumprimento imediato do acrdo, nos termos do relatrio,votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.00023 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0001116-09.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : ARLINDO GOMES DE OLIVEIRA

ADVOGADO : Andre Luis Anschau Mielke

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE PORTOXAVIER/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR.TEMPO ESPECIAL. CATEGORIA PROFISSIONAL. MOTORISTA. AGENTENOCIVO. CALOR. RECONHECIMENTO.APOSENTADORIA POR TEMPO

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 22 / 441

DE CONTRIBUIO. CONCESSO. CONSECTRIOS LEGAIS.

1. devido o reconhecimento do tempo de servio rural, em regime deeconomia familiar, quando comprovado mediante incio de prova material corroborado portestemunhas. 2. Demonstrado o exerccio de tarefa sujeita a enquadramento por categoriaprofissional at 28/4/1995 (motorista), o perodo respectivo deve ser considerado comotempo especial. 3. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigidapela legislao previdenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade daatividade laboral por ele exercida. 4. A exposio ao calor, acima dos limites de tolerncia, prejudicial sade, ensejando o reconhecimento do tempo de servio como especial. 5. Osequipamentos de proteo individual no so suficientes, por si s, para descaracterizar aespecialidade da atividade desempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciadoem suas particularidades. 6. Comprovado o tempo de contribuio suficiente e implementadaa carncia mnima, devida a aposentadoria por tempo de servio/contribuio, a contar dadata de entrada do requerimento administrativo, nos termos dos artigos 54 e 49, inciso II, daLei 8.213/1991, bem como efetuar o pagamento das parcelas vencidas desde ento. 7. Nostermos do julgamento do RE n 870.947/SE (Tema 810), pelo STF, em 20/9/2017, a correomonetria dos dbitos da Fazenda Pblica se d atravs do IPCA-E. Os juros moratriosdevem atender a disciplina da Lei 11.960/2009, contados a partir da citao. 8. A incidnciade correo monetria dever ser adequada de ofcio, porquanto se trata de matria de ordempblica, podendo ser tratada pelo Tribunal sem necessidade de prvia provocao das partes.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento ao apelo da parte autora, negar provimento ao apelo do INSS, dar parcialprovimento remessa oficial e determinar o cumprimento imediato do acrdo, nostermos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.00024 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0002136-35.2016.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : GERHARD ELEMAR JESSE

ADVOGADO : Junior Guimares de Almeida

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE GIRUA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR.TEMPO ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS. HIDROCARBONETOS.RECONHECIMENTO. APOSENTADORIA POR TEMPO DECONTRIBUIO. CONCESSO. CONSECTRIOS LEGAIS. CUSTASPROCESSUAIS. ADEQUAO. CABIMENTO.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 23 / 441

1. devido o reconhecimento do tempo de servio rural, em regime deeconomia familiar, quando comprovado mediante incio de prova material corroborado portestemunhas. 2. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pelalegislao previdenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade daatividade laboral por ele exercida. 3. Os riscos ocupacionais gerados pela exposio aagentes qumicos, especialmente hidrocarbonetos, no requerem a anlise quantitativa deconcentrao ou intensidade mxima e mnima no ambiente de trabalho, dado que socaracterizados pela avaliao qualitativa. 4. Os equipamentos de proteo individual no sosuficientes, por si s, para descaracterizar a especialidade da atividade desempenhada pelosegurado, devendo cada caso ser apreciado em suas particularidades. 5. Comprovado o tempode servio/contribuio suficiente e implementada a carncia mnima, devida aaposentadoria por tempo de servio/contribuio, a contar da data de entrada dorequerimento administrativo, nos termos dos artigos 54 e 49, inciso II, da Lei 8.213/1991,bem como efetuar o pagamento das parcelas vencidas desde ento. 6. Nos termos dojulgamento do RE n 870.947/SE (Tema 810), pelo STF, em 20/9/2017, a correo monetriados dbitos da Fazenda Pblica se d atravs do IPCA-E. Os juros moratrios devem atendera disciplina da Lei 11.960/2009, contados a partir da citao. 7. A incidncia de correomonetria dever ser adequada de ofcio, porquanto se trata de matria de ordem pblica,podendo ser tratada pelo Tribunal sem necessidade de prvia provocao das partes. 8. OINSS isento do pagamento das custas processuais quando demandado na Justia Federal ena Justia do Estado do Rio Grande do Sul.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao do INSS, dar parcial provimento remessa oficial, de ofcioadequar os critrios de incidncia de correo monetria e determinar o cumprimentoimediato do acrdo, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.Boletim

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Boletim Nro 0285/2018

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DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 24 / 441

JULGAMENTOS

7 E 8 TURMAS

00001 EMBARGOS DE DECLARAO EM ACR N 0001379-73.2005.4.04.7009/PRRELATOR : Desembargador Federal JOO PEDRO GEBRAN NETO

EMBARGANTE : VALDIR COPETTI NEVES

ADVOGADO : Rene Ariel Dotti e outros

: Gustavo Britta Scandelari e outros

EMBARGADO :

INTERESSADO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

INTERESSADO : FERDINANDO SCHEFFER JUNIOR

ADVOGADO : Emerson Ernani Woyceichoski

: Daniel Roberto Balansin e outros

: Alex Fernando Dal Pizzol e outro

INTERESSADO : JOSE WALDOMIRO MACIEL

: RICARDO JOS DERBIS

ADVOGADO : Edson Aparecido Stadler e outro

: Alexandra Jacques Guse e outro

INTERESSADO : NEREU PASCOAL MOREIRA

ADVOGADO : Luis Carlos Simionato Junior

INTERESSADO : FRANCISCO CARLOS BORGES

ADVOGADO : Defensoria Pblica da Unio

INTERESSADO : ADAIR JOO SBARDELLA

ADVOGADO : Lus Gustavo Janiszewski

INTERESSADO : CARLOS NEY FERREIRA

ADVOGADO : Almir Siqueira Mendes

: Lus Gustavo Janiszewski e outro

INTERESSADO : SILVANA ARAJO DE ALMEIDA

ADVOGADO : Lodi Lisovski

INTERESSADO : JOO DELLA TORRES NETO

ADVOGADO : Defensoria Pblica da Unio

EMENTA

PENAL. PROCESSO PENAL. EMBARGOS DE DECLARAO EMEMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CRIMINAL.OBSCURIDADE. INOCORRNCIA. MATRIAS J SUPERADAS. NOCONHECIMENTO DOS ACLARATRIOS.

1. Os embargos de declarao tm lugar exclusivamente nas hipteses deambiguidade, omisso, contradio ou obscuridade da deciso recorrida, no se prestandopara fazer prevalecer tese diferente daquela adotada pelo rgo julgador ou para reavaliaodas concluses surgidas da livre apreciao da prova.

2. Julgados os primeiros embargos opostos em face do julgamento da apelaocriminal, no se pode admitir a possibilidade de a defesa buscar a reabertura da discusso

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 25 / 441

sobre matrias j superadas, sobretudo diante da j declarada inaptido dos aclaratrios paramodificar a compreenso a respeito da responsabilidade criminal do ru. Hiptese em que manifesta a inadmissibilidade dos embargos de declarao.

3. No conhecidos os embargos de declarao em embargos de declarao emapelao criminal.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 8a. Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, noconhecer dos embargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficasque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 09 de maio de 2018.00002 "HABEAS CORPUS" N 0000226-26.2018.4.04.0000/RSRELATORA : Des. Federal SALISE MONTEIRO SANCHOTENE

IMPETRANTE : VALERIA ROSA DA SILVA

PACIENTE : VALERIA ROSA DA SILVA

ADVOGADO : Defensoria Pblica da Unio

IMPETRADO : JUZO FEDERAL DA 2A VF DE STANA.DOLIVRAMENTO

EMENTA

HABEAS CORPUS. PRISO DOMICILIAR A CONDENADA EM REGIMEABERTO. CRIME SEM VIOLNCIA. FILHA COM QUATRO ANOS DEIDADE. IMPRESCINDIBILIDADE DA PACIENTE NO CUIDADO DAMENOR. COMPROVAO. ART. 117, III, DA LEP. CABIMENTO.INDULTO ESPECIAL. EXAME PELO JUZO FEDERAL DA EXECUO.CONCESSO PARCIAL DA ORDEM.

1. Atendidos os requisitos do art. 117, III, da Lei de Execuo Penal, ecomprovada a imprescindibilidade da paciente no cuidado de sua filha com quatro anos deidade, cabvel a priso domiciliar para cumprimento do restante da pena a que foi condenadaem regime aberto, a ser fiscalizado por monitorao eletrnica.

2. Tratando-se de regime aberto, e sendo agora concedida priso domiciliar commonitorao eletrnica, a competncia para fiscalizao e acompanhamento da pena aindarestante deve ser retomada pela Justia Federal, que dever, tambm, examinar eventualcabimento do indulto especial previsto no Decreto de 12 de maio de 2017 postulado nainicial, sob pena de supresso de instncia se diretamente enfrentado nesta Corte.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, concederparcialmente a ordem, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficam fazendo

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 26 / 441

parte do presente julgado.Porto Alegre/RS, 15 de maio de 2018.

Boletim

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Boletim Nro 0286/2018

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JULGAMENTOS

1 SEO / 2 SEO / CORTE ESPECIAL JUDICIAL

00001 AO RESCISRIA N 0005100-30.2013.4.04.0000/RSRELATOR : Des. Federal CNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR

AUTOR : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4 Regio

REU : LUIZ CARLOS RUBIN

ADVOGADO : Luiz Carlos Rubin

EMENTA

AO RESCISRIA. JUROS E CORREO MONETRIA. VIOLAO LITERAL DISPOSIO DOS ARTS. 1-F DA LEI 9.494/97, COM REDAO DADA PELALEI 11.960/09, E 100-12, DA CF/88. HIPTESE NO CONFIGURADA. IMPROCEDNCIA.

1- Alterao superveniente de orientao jurisprudencial no configurahiptese de rescindibilidade do julgado a que se refere o inciso V do art. 485 do CPC/73, eisque a rescisria no instrumento voltado uniformizao da jurisprudncia.

2- Prevalncia da coisa julgada, com improcedncia da ao rescisria.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 27 / 441

Egrgia 2 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, conhecer daao rescisria, rejeitar as preliminares e julgar improcedente a ao, cessando,consequentemente, os efeitos da tutela antecipada no agravo regimental, nos termos dorelatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

Porto Alegre, 10 de maio de 2018.00002 AGRAVO INTERNO EM ED EM RECURSO EXTRAORDINRIO EM AGRAVODE INSTRUMENTO N 2009.04.00.042991-3/RSRELATORA : Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITAS

LABARRRE

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4 Regio

AGRAVADO : CARLOS DEJADIR COSTA DA LUZ

ADVOGADO : Glenio Luis Ohlweiler Ferreira e outros

AGRAVADA : DECISO DE FOLHAS

EMENTA

AGRAVO INTERNO. APLICAO DO ACRDO PARADIGMA A PARTIRDA PUBLICAO. DESNECESSIDADE DE TRNSITO EM JULGADO. TEMA STF n 96.ART. 1.040, I, DO CPC.

Est previsto nas regras processuais vigentes, em especial o artigo 1.040, I, doCPC, que, uma vez publicado o acrdo paradigma, o presidente ou o vice-presidente dotribunal de origem negar seguimento ao recurso especial ou extraordinrio, se o acrdorecorrido coincidir com a orientao do tribunal superior. Desse modo, no h necessidadede se aguardar o trnsito em julgado do recurso paradigma.

Mantida a deciso agravada.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia Segunda Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao agravo interno, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 10 de maio de 2018.00003 EMBARGOS DE DECLARAO EM AGRAVO INTERNO EM RECURSOEXTRAORDINRIO EM AC N 2005.70.00.000731-6/PRRELATORA : Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITAS LABARRRE

EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZACAO E REFORMA AGRARIA -INCRA

ADVOGADO : Luciane Melhem Karasinski

: Joao Carlos Bohler e outro

EMBARGADO : ROSALVO DE FREITAS MARTINS esplio

ADVOGADO : Nezio Toledo

: Paulo Cesar Horochoski

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 28 / 441

EMENTA

PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAO EM AGRAVO INTERNO.IMPUGNAO DA APLICAO DO TEMA STF N 147.

Mantenho a deciso, pois o objeto do recurso exatamente o contedo do TemaSTF n 147: Incidncia de juros de mora durante o prazo previsto na Constituio Federalpara o pagamento de precatrio. A deciso da Quarta Turma obedeceu ao Tema,determinando a incidncia de juros de mora apenas entre o trnsito em julgado da sentena ea expedio de precatrio, mas no aps a expedio do precatrio.

Est previsto nas regras processuais vigentes, em especial o artigo 1.040, I, doCPC, que, uma vez publicado o acrdo paradigma, o presidente ou o vice-presidente dotribunal de origem negar seguimento ao recurso especial ou extraordinrio, se o acrdorecorrido coincidir com a orientao do tribunal superior. Desse modo, no h necessidadede se aguardar o trnsito em julgado do recurso paradigma.

Embargos de declarao improvido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 2 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento aos embargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamentoque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 10 de maio de 2018.00004 AGRAVO INTERNO EM ED EM RECURSO EXTRAORDINRIO EM AGRAVODE INSTRUMENTO N 0003403-08.2012.4.04.0000/RSRELATORA : Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITAS

LABARRRE

AGRAVANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4 Regio

AGRAVADO : RUBENS DOS ANJOS

ADVOGADO : Glenio Luis Ohlweiler Ferreira e outros

EMENTA

AGRAVO INTERNO. APLICAO DO ACRDO PARADIGMA A PARTIRDA PUBLICAO. DESNECESSIDADE DE TRNSITO EM JULGADO. TEMA STF n 96.ART. 1.040, I, DO CPC.

Est previsto nas regras processuais vigentes, em especial o artigo 1.040, I, doCPC, que, uma vez publicado o acrdo paradigma, o presidente ou o vice-presidente dotribunal de origem negar seguimento ao recurso especial ou extraordinrio, se o acrdorecorrido coincidir com a orientao do tribunal superior. Desse modo, no h necessidadede se aguardar o trnsito em julgado do recurso paradigma.

Mantida a deciso agravada.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 29 / 441

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia Segunda Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao agravo interno, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 10 de maio de 2018.00005 EMBARGOS DE DECLARAO EM AO RESCISRIA N 0004704-82.2015.4.04.0000/PRRELATOR : Des. Federal LUS ALBERTO D AZEVEDO AURVALLE

EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4 Regio

EMBARGADO : ACRDO DE FOLHAS

INTERESSADO : MARLETE MACHADO

: MARUCHIA MIALIK

: SANDRA BZYL

ADVOGADO : Joao Luiz Arzeno da Silva e outro

: Marcelo Trindade de Almeida

EMENTA

PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAO. HIPTESES DECABIMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSO DOSFUNDAMENTOS DO ACRDO EMBARGADO.

1. Os embargos de declarao so cabveis para o suprimento de omisso,saneamento de contradio, esclarecimento de obscuridade ou correo de erromaterial no julgamento embargado. A jurisprudncia tambm os admite parafins de prequestionamento.2. Os embargos declaratrios no se prestam reforma do julgado proferido,nem substituem os recursos previstos na legislao processual para que a parteinconformada com o julgamento possa buscar sua reviso ou reforma.3. Embargos declaratrios parcialmente providos apenas para fins deprequestionamento.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 2 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento aos embargos de declarao, exclusivamente para fim de prequestionamento,nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 30 / 441

Porto Alegre, 10 de maio de 2018.00006 AGRAVO INTERNO EM APELRE N 0007435-13.2009.4.04.7000/PRRELATORA : Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITAS

LABARRRE

AGRAVANTE : ALBANY AVILA DARELLA e outros

ADVOGADO : Marcelo Trindade de Almeida e outros

AGRAVADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4 Regio

EMENTA

PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO. APLICAO DA SISTEMTICA DAREPERCUSSO GERAL A PARTIR DAS DISPOSIES DO STF.

1. O recurso extraordinrio, assim como as contrarrazes, quando apresentadaspela parte adversa, so dirigidos ao Supremo Tribunal Federal, ao qual incumbe examinar orespectivo contedo.

2. O agravo interno no merece provimento, porquanto a deciso agravada nadamais fez do que cumprir o que determinado pela Ministra Relatora do STF no recursoextraordinrio n 998.573/PR.

3. Mantida a deciso agravada.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 2a. Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao agravo interno, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 10 de maio de 2018.00007 EMBARGOS DE DECLARAO EM AGRAVO INTERNO EM RECURSOESPECIAL EM APELAO CVEL N 2003.71.00.073040-8/RSRELATORA : Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITAS

LABARRRE

EMBARGANTE : ANTONINHO MENTI e outro

ADVOGADO : Adilson Machado

EMBARGADO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

ADVOGADO : Maria Elizabeth da Silva Borges e outro

: Rogerio Spanhe da Silva e outro

: Clovis Konflanz

EMENTA

PROCESSUAL. EMBARGOS DE DECLARAO EM AGRAVO INTERNO.ADMINISTRATIVO. JUROS. TABELA PRICE.

1. Suprindo omisso, destaco que a deciso que foi objeto do agravo interno,

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 31 / 441

ora embargado, tratou e resolveu a questo pertinente alegada "capitalizao mensal dejuros existente quando da aplicao da prpria Tabela Price",

A irresignao originariamente suscitada no merece acolhida, vez que adeciso agravada estava em conformidade com a jurisprudncia consolidada no E. STJ,incidindo, na espcie, o bice da Smula 83/STJ (no se conhece do recurso especial peladivergncia, quando a orientao do tribunal se firmou no mesmo sentido da decisorecorrida), que se aplica tambm ao permissivo do artigo 105, inciso III, alnea a, daConstituio Federal.

2. Embargos de declarao acolhidos em parte, a modo integrativo.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 2 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, acolher emparte os embargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 10 de maio de 2018.Boletim

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Boletim Nro 0287/2018

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JULGAMENTOS

1 SEO / 2 SEO / CORTE ESPECIAL JUDICIAL

00001 AO RESCISRIA N 0015694-11.2010.4.04.0000/RSRELATOR : Des. Federal CNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR

AUTOR : JOAO BATISTA DE OLIVEIRA

ADVOGADO : Jarbas Andre Pedroso dos Santos

REU : UNIO FEDERAL

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 32 / 441

PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Unio

EMENTA

AO RESCISRIA. MILITAR. REFORMA. INCAPACIDADE ABSOLUTANO DEMONSTRADA. PRESCRIO DO FUNDO DO DIREITO.

1-No demonstrada a incapacidade absoluta da parte autora, o prazoprescricional para ajuizamento da ao fluiu normalmente, j tendo transcorrido quando doajuizamento da ao originria.

2-Nesse contexto, no se est diante de situao apta a ensejar a resciso dadeciso transitada em julgado.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 2 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, conhecer daao rescisria, rejeitar a preliminar e julgar improcedente a ao, nos termos dorelatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

Porto Alegre, 10 de maio de 2018.Boletim

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Boletim Nro 0288/2018

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JULGAMENTOS

1 SEO / 2 SEO / CORTE ESPECIAL JUDICIAL

00001 AGRAVO INTERNO DE REC.EXTRAOR. EM APELRE N 0004290-

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 33 / 441

00001 AGRAVO INTERNO DE REC.EXTRAOR. EM APELRE N 0004290-32.2003.4.04.7202/SCRELATORA : Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITAS

LABARRRE

AGRAVANTE : FUNDAO NACIONAL DO NDIO - FUNAI

ADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4 Regio

AGRAVADO : ADRIANA REGINA SARTORI

ADVOGADO : Luiz Valdemar Albrecht

INTERESSADO : UNIO FEDERAL

ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Unio

EMENTA

AGRAVO INTERNO. TEMAS STF N 339, 424 E 660. IMPOSSIBILIDADE DEREEXAME DA PROVA. SMULA 279.

1. Verifica-se que a irresignao da FUNAI remanesce quanto ao tempo em querealizadas as benfeitorias que a agravante sustenta terem sido erigidas aps a declaraoformal de que a rea se tratava de terra indgena, ao mesmo tempo em que, alega a parterecorrente, o acrdo confirmou sentena em que acolhida prova pericial que teria includobenfeitorias posteriores declarao formal de se tratarem as terras em discusso, de terrasindgenas.

2. Importa reforar que a jurisdio desta Vice-Presidncia restrita admissibilidade, de maneira que o revolvimento de prova e tampouco adentrar ao mrito setratam de jurisdies possveis a este Juzo.

3. Ocorre que, na hiptese, incide a Smula 279/STF (Para simples reexame deprova no cabe recurso extraordinrio).

4. Mantida a deciso agravada.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 2Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento aoagravo interno, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 10 de maio de 2018.00002 AGRAVO EM RECUSRO ESPECIAL EM EM APELRE N 2000.72.01.002962-5/SCRELATORA : Des. Federal MARIA DE FTIMA FREITAS

LABARRRE

AGRAVANTE : UNIO FEDERAL

ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Unio

AGRAVADO : ANGELA PEREIRA e outros

ADVOGADO : Andrea Cristina Chaves de Oliveira

INTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 34 / 441

ADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4 Regio

EMENTA

PROCESSUAL. AGRAVO INTERNO. SMULA N 83/STJ. APLICABILIDADE.Diferente do que sustenta a Unio, no caso de se afastar a aplicao da

Smula n 83/STJ, verificando-se correta a deciso agrava ao dispor que "relativamente prescrio, a presente splica excepcional no merece trnsito, pois o acrdo impugnadoharmoniza-se com a jurisprudncia consolidada no Superior Tribunal de Justia", do mesmomodo se d relativamente fixao e arbitramento dos honorrios advocatcios: "a pretensotambm no merece prosseguir em relao suposta violao aos arts. 20, 4, e 260 doCaderno Processual Civil, pois a tese da Unio no encontra eco na jurisprudncia pacficado STJ".

No procede alegao de esta Vice-Presidncia ter adentrado no mrito dasquestes debatidas no processo, ao aplicar a Smula n 83/STJ, pois, para a aplicao doreferido enunciado, bastou identificar as questes debatidas no acrdo e correlato recursodiante da jurisprudncia dominante de corte superior a respeito, sem a necessidade deapresentar consideraes ou resolues acerca da discusso principal da demanda.

Agravo interno improvido.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 2 Seo do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao agravo interno, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre/RS, 10 de maio de 2018.Boletim

Secretaria dos rgos Julgadores

Boletim Nro 0289/2018

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

Secretaria dos rgos Julgadores

JULGAMENTOS

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5 E 6 TURMAS

00001 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0020174-66.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : DOMINGOS NUNES

ADVOGADO : Tania Maria Pimentel e outro

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE SANANDUVA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. TEMPO RURAL. REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR.COMPROVAO. TEMPO ESPECIAL. CATEGORIA PROFISSIONAL. OLEIRO. AGENTESNOCIVOS. RUDO. LCALIS CUSTICOS. POEIRAS. RECONHECIMENTO.APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO. CONCESSO OUAPOSENTADORIA ESPECIAL. CONCESSO. CONSECTRIOS LEGAIS. ADEQUAO.

1. devido o reconhecimento do tempo de servio rural, em regime deeconomia familiar, quando comprovado mediante incio de prova material corroborado portestemunhas. 2. Demonstrado o exerccio de tarefa sujeita a enquadramento por categoriaprofissional at 28/4/1995 (oleiro), o perodo respectivo deve ser considerado como tempoespecial. 3. Comprovada a exposio do segurado a agente nocivo, na forma exigida pelalegislao previdenciria aplicvel espcie, possvel reconhecer-se a especialidade daatividade laboral por ele exercida. 4. O reconhecimento da atividade especial em razo daexposio ao agente fsico rudo deve se adequar aos estritos parmetros legais vigentes emcada poca (RESP 1333511 - Castro Meira, e RESP 1381498 - Mauro Campbell). 5. Aexposio a nveis de rudo acima dos limites de tolerncia estabelecidos na legislaopertinente matria sempre caracteriza a atividade como especial, independentemente dautilizao ou no de equipamentos de proteo e de meno, em laudo pericial, neutralizao de seus efeitos nocivos (STF, ARE 664335, Relator Ministro Luiz Fux, TribunalPleno, julgado em 4/12/2014, publicado em 12/2/2015). 6. Os riscos ocupacionais geradospela exposio a agentes qumicos no requerem a anlise quantitativa de concentrao ouintensidade mxima e mnima no ambiente de trabalho, dado que so caracterizados pelaavaliao qualitativa. 7. A exposio a poeiras prejudicial sade, ensejando oreconhecimento do tempo de servio como especial. 8. Os equipamentos de proteoindividual no so suficientes, por si s, para descaracterizar a especialidade da atividadedesempenhada pelo segurado, devendo cada caso ser apreciado em suas particularidades. 9.Comprovado o tempo de servio/contribuio suficiente e implementada a carncia mnima, devida a aposentadoria por tempo de servio/contribuio, a contar da data de entrada dorequerimento administrativo, nos termos dos artigos 54 e 49, inciso II, da Lei 8.213/1991,bem como efetuar o pagamento das parcelas vencidas desde ento. 10. Tem direito aposentadoria especial o segurado que possui 25 anos de tempo de servio especial eimplementa os demais requisitos para a concesso do benefcio a partir da data de entrada dorequerimento administrativo. 11. Nos termos do julgamento do RE n 870.947/SE (Tema 810),pelo STF, em 20/9/2017, a correo monetria dos dbitos da Fazenda Pblica se d atravsdo IPCA-E. Os juros moratrios devem atender a disciplina da Lei 11.960/2009, contados a

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partir da citao.12. A incidncia de correo monetria dever ser adequada de ofcio,porquanto se trata de matria de ordem pblica, podendo ser tratada pelo Tribunal semnecessidade de prvia provocao das partes.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento aos apelos e remessa oficial e determinar o cumprimento imediato doacrdo, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.00002 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0023920-39.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : ROMEU LASCH

ADVOGADO : Denis Ronan Antunes e outro

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE TRESPASSOS/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. JUZO DE RETRATAO. NDICES DE CORREOMONETRIA E JUROS DE MORA. PRECEDENTE DO STF. (TEMA 810). REEXAME DAMATRIA. ARTs. 1.030; 1.040, INCs. II, DO CPC 2015. ADEQUAO DO ACRDO.

A partir do julgamento definitivo do Recurso Extraordinrio n 870.947/SE(Tema 810), pelo egrgio Supremo Tribunal Federal, em 20 de setembro de 2017, inexistecontrovrsia sobre os ndices de juros moratrios e correo monetria a serem adotados noclculo das condenaes previdencirias (natureza no-tributria) impostas FazendaPblica. Nessa linha, o clculo das parcelas devidas deve ser alinhado definitivamente aoscritrios dos consectrios legais determinados pelo e. STF.

Constatando-se que o acrdo encontra-se em desconformidade com oentendimento vinculante exarado pelo Supremo Tribunal Federal, relativamente aos critriosde atualizao de dbito previdencirios inerente ao Tema STF 810, impe-se a pertinenteadequao para que seja aplicada ao caso concreto a tese consagrada no referido Tema doSTF.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, em juzo deretratao, adequar os critrios dos consectrios legais de acordo como fixados pelo STF,mantendo inalteradas as demais disposies do acrdo, nos termos do relatrio, votos enotas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 37 / 441

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.00003 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0001972-07.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : ADELAIDE CANTARELI RIGO

ADVOGADO : Luiz Fabris

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : (Os mesmos)

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE VERANOPOLIS/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS.INCAPACIDADE. LAUDO PERICIAL. TERMO INICIAL DO BENEFCIO.CONSECTRIOS LEGAIS. CORREO MONETRIA E JUROSMORATRIOS. HONORRIOS ADVOCATCIOS.PREQUESTIONAMENTO.

1. Quatro so os requisitos para a concesso do benefcio em tela: (a) qualidadede segurado do requerente; (b) cumprimento da carncia de 12 contribuies mensais; (c)supervenincia de molstia incapacitante para o desenvolvimento de qualquer atividade quegaranta a subsistncia; e (d) carter definitivo/temporrio da incapacidade.

2. A incapacidade laboral comprovada atravs de exame mdico-pericial e ojulgador, via de regra, firma sua convico com base no laudo, entretanto no est adstrito sua literalidade, sendo-lhe facultada ampla e livre avaliao da prova.

3. Termo inicial do benefcio na data fixada pelo perito judicial, uma vezevidenciado que a incapacidade estava presente quela data.

4. Nos termos do julgamento do RE n 870.947/SE (Tema 810), pelo STF, em20/09/2017, a correo monetria dos dbitos da Fazenda Pblica se d atravs do IPCA-E.Os juros moratrios devem atender a disciplina da Lei n 11.960/09.

5. Os honorrios advocatcios so devidos no percentual de 10% sobre o valordas parcelas vencidas at a data da sentena de procedncia ou do acrdo que reforma asentena de improcedncia, nos termos da Smula 111 do STJ e Smula 76 deste TRF.

6. Ficam prequestionados, para fins de acesso s instncias recursais superiores,os dispositivos legais e constitucionais elencados pela parte cuja incidncia restou superadapelas prprias razes de decidir.

ACRDO

Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento remessa oficial e apelao do INSS, negar provimento apelao da parteautora e determinar a imediata implantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos enotas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

Porto Alegre, 08 de maio de 2018.

DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 38 / 441

00004 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0019258-95.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ALTAIR ANTONIO GREGORIO

APELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS

ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

APELADO : SALETE MARIA DALL AGNOL

ADVOGADO : Nadir Pigozzo

REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE NOVAPRATA/RS

EMENTA

PREVIDENCIRIO. PROCESSUAL CIVIL. AUXLIO