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JUNHO/JULHO DE 2007 ANO XX Nº 772 SEG 25 TER 26 QUA 27 QUI 28 SEX 29 SÁB 30 DOM 1 sintufrj.org.br [email protected] Governo goza com a cara do funcionalismo Lula dá R$ 300 milhões para cargos políticos E nquanto propõe con- gelamento para o funcio- nalismo, o governo Lula pro- move gastança com cargos de indicação política. A Gra- na seria suficiente para ame- nizar distorções salariais ou bancar plano de saúde para as famílias de 150 mil téc- nicos-administrativos, se- gundo cálculo da Fasubra. Página 8 PAULO UBIRAJARA, NO ATO DO IFCS. Panfletagem e conversa com a população sobre a greve Manhã de agito no IFCS Assembléia-ato de quinta-fei- Assembléia-ato de quinta-fei- Assembléia-ato de quinta-fei- Assembléia-ato de quinta-fei- Assembléia-ato de quinta-fei- ra, nas escadarias do IFCS, levou ra, nas escadarias do IFCS, levou ra, nas escadarias do IFCS, levou ra, nas escadarias do IFCS, levou ra, nas escadarias do IFCS, levou o movimento às ruas. o movimento às ruas. o movimento às ruas. o movimento às ruas. o movimento às ruas. DIA 27, NA CINELÂNDIA DIA 27, NA CINELÂNDIA DIA 27, NA CINELÂNDIA DIA 27, NA CINELÂNDIA DIA 27, NA CINELÂNDIA Universidade na Praça será Universidade na Praça será Universidade na Praça será Universidade na Praça será Universidade na Praça será nesta quarta, 27, na Cinelândia. nesta quarta, 27, na Cinelândia. nesta quarta, 27, na Cinelândia. nesta quarta, 27, na Cinelândia. nesta quarta, 27, na Cinelândia. A atividade contará com outras A atividade contará com outras A atividade contará com outras A atividade contará com outras A atividade contará com outras categorias em greve. categorias em greve. categorias em greve. categorias em greve. categorias em greve. NO CONSUNI, NA QUINT NO CONSUNI, NA QUINT NO CONSUNI, NA QUINT NO CONSUNI, NA QUINT NO CONSUNI, NA QUINTA Vamos ocupar a sessão do Con- Vamos ocupar a sessão do Con- Vamos ocupar a sessão do Con- Vamos ocupar a sessão do Con- Vamos ocupar a sessão do Con- selho Universitário desta quinta, selho Universitário desta quinta, selho Universitário desta quinta, selho Universitário desta quinta, selho Universitário desta quinta, dia 28. O objetivo é conquistar dia 28. O objetivo é conquistar dia 28. O objetivo é conquistar dia 28. O objetivo é conquistar dia 28. O objetivo é conquistar solidariedade ao movimento. solidariedade ao movimento. solidariedade ao movimento. solidariedade ao movimento. solidariedade ao movimento. Páginas 3, 4, 5 e 6 Páginas 3, 4, 5 e 6 Páginas 3, 4, 5 e 6 Páginas 3, 4, 5 e 6 Páginas 3, 4, 5 e 6 6 6 6 6 6 Quer saber sobre a carreira? Venha à assembléia nesta terça Às 9h desta terça, dia 26, no auditório do Quinhentão: rumos da greve serão avaliados. Página 3 Foto: Niko Júnior

JUNHO/JULHO DE 2007 ANO XX Nº 772 SEG 25 TER 26 QUA 27 … · 2019. 7. 21. · JUNHO/JULHO DE 2007 ANO XX Nº 772 SEG 25 TER 26 QUA 27 QUI 28 SEX 29 SÁB 30 DOM 1 sintufrj.org.br

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JUNHO/JULHO DE 2007 ANO XX Nº 772 SEG 25 TER 26 QUA 27 QUI 28 SEX 29 SÁB 30 DOM 1 s in tu f r j .o rg .b r s in tu f r j@sintu f r j .o rg .br

Governo goza com a cara do funcionalismoLula dá R$300 milhõespara cargospolíticos

Enquanto propõe con-gelamento para o funcio-nalismo, o governo Lula pro-move gastança com cargosde indicação política. A Gra-na seria suficiente para ame-nizar distorções salariais oubancar plano de saúde paraas famílias de 150 mil téc-nicos-administrativos, se-gundo cálculo da Fasubra.

Página 8

PAULO UBIRAJARA, NO ATO DO IFCS. Panfletagem e conversa com a população sobre a greve

Manhãde agitono IFCS

Assembléia-ato de quinta-fei-Assembléia-ato de quinta-fei-Assembléia-ato de quinta-fei-Assembléia-ato de quinta-fei-Assembléia-ato de quinta-fei-ra, nas escadarias do IFCS, levoura, nas escadarias do IFCS, levoura, nas escadarias do IFCS, levoura, nas escadarias do IFCS, levoura, nas escadarias do IFCS, levouo movimento às ruas.o movimento às ruas.o movimento às ruas.o movimento às ruas.o movimento às ruas.

DIA 27, NA CINELÂNDIADIA 27, NA CINELÂNDIADIA 27, NA CINELÂNDIADIA 27, NA CINELÂNDIADIA 27, NA CINELÂNDIA

Universidade na Praça será Universidade na Praça será Universidade na Praça será Universidade na Praça será Universidade na Praça seránesta quarta, 27, na Cinelândia.nesta quarta, 27, na Cinelândia.nesta quarta, 27, na Cinelândia.nesta quarta, 27, na Cinelândia.nesta quarta, 27, na Cinelândia.A atividade contará com outrasA atividade contará com outrasA atividade contará com outrasA atividade contará com outrasA atividade contará com outrascategorias em greve.categorias em greve.categorias em greve.categorias em greve.categorias em greve.

NO CONSUNI, NA QUINTNO CONSUNI, NA QUINTNO CONSUNI, NA QUINTNO CONSUNI, NA QUINTNO CONSUNI, NA QUINTAAAAA

Vamos ocupar a sessão do Con-Vamos ocupar a sessão do Con-Vamos ocupar a sessão do Con-Vamos ocupar a sessão do Con-Vamos ocupar a sessão do Con-selho Universitário desta quinta,selho Universitário desta quinta,selho Universitário desta quinta,selho Universitário desta quinta,selho Universitário desta quinta,dia 28. O objetivo é conquistardia 28. O objetivo é conquistardia 28. O objetivo é conquistardia 28. O objetivo é conquistardia 28. O objetivo é conquistarsolidariedade ao movimento.solidariedade ao movimento.solidariedade ao movimento.solidariedade ao movimento.solidariedade ao movimento.

Páginas 3, 4, 5 e 6Páginas 3, 4, 5 e 6Páginas 3, 4, 5 e 6Páginas 3, 4, 5 e 6Páginas 3, 4, 5 e 6 6 6 6 6 6

Quer saber sobre a carreira?Venha à assembléia nesta terça

Às 9h desta terça, dia 26, no auditório do Quinhentão: rumos da greve serão avaliados. Página 3

Foto: Niko Júnior

Page 2: JUNHO/JULHO DE 2007 ANO XX Nº 772 SEG 25 TER 26 QUA 27 … · 2019. 7. 21. · JUNHO/JULHO DE 2007 ANO XX Nº 772 SEG 25 TER 26 QUA 27 QUI 28 SEX 29 SÁB 30 DOM 1 sintufrj.org.br

2 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 772 - 25 de junho a 1 de julho de 2007 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Denise Francisco Góes, Jeferson Mota Salazar e Odilon Campinas Filho / Conselho Editorial: Coordenação Geral eCoordenação de Comunicação / Edição: L.C. Maranhão / Reportagem: Ana de Angelis, Lili Amaral e Regina Rocha. / Estagiária: Silvana Sá / Secretária: KatiaBarbieri / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação: Luís Fernando Couto e Jamil Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Niko Júnior /Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matérias não assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical /Correspondência: aos cuidados da Coordenação de Comunicação. Fax: 21 2260-9343. Tels.: 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21944-970 - CGC:42126300/0001-

Talvez, companheiro e com-panheira, você ainda não tenhapercebido, mas a nossa situação égrave. Vivemos a perspectiva decongelamento salarial por dezanos seguidos, o aprimoramentoda nossa carreira não anda, os hos-pitais universitários estão sobameaça de privatização, profissi-onalmente estamos parados notempo, as condições de trabalhonão são boas para a maioria...

Há 26 dias, numa assembléiano Quinhentão, decidimos reagire lutar para transformar a tristerealidade de hoje e impedir que seconcretizem as ameaças que colo-carão em risco nosso futuro. Paranossa sorte, não estamos sozinhosnessa luta. O movimento de re-

Editaissuspensos

O Conselho de Ensinode Graduação deliberouque os editais de transfe-rência externa e isençãode vestibular para o se-gundo semestre de 2007 emudanças de curso estãotemporariamente suspen-sos em virtude da grevedos técnicos-administra-tivos na UFRJ.

Aloísioreconduzido

Saiu no Diário Oficialda União do dia 14 de junhoa recondução de AloísioTeixeira ao cargo de reitorda UFRJ, assinada pelopresidente Lula. Apesar dejá nomeado, a posse doreitor está prevista para odia 5 de julho em Brasília,segundo informação daSESU. Mas depende ain-da de confirmação. O man-dato atual vai até o dia 2.

Cursos paraservidores

A Fundação Escola deServiço Público (Fesp), emparceria com a Escola Na-cional de AdministraçãoPública (Enap), oferece 16cursos gratuitos para fun-cionários públicos federaise estaduais. Mais infor-mações pelos telefones2299-6964 e 2299-6889,ou na Fesp, Avenida Car-los Peixoto, 54, Botafogo.

A Decania do CCS convidoua comunidade acadêmica paraassistir no dia 20, de manhã, àapresentação dos relatórios deavaliação estrutural da parteinacabada do prédio do HospitalUniversitário, conhecida comoperna-seca. O relatório, produ-zido por empresa especializada,Proceg, e acompanhado pelaFundação Coppetec, foi apresen-tado pelo professor da fundação,Ronaldo Batista, e apresentoudados conclusivos sobre o severoestado de danos da perna-seca,com plantas, estimativas de cus-to e propostas, como recupera-ção e reforço da estrutura e atéde implosão, total ou parcial, dosblocos não construídos, para em-basar a decisão sobre o destinoda estrutura. O relatório foi en-tregue ao reitor, que encami-nhou o documento ao decanoAlmir Fraga.

Reitor e outros membros da ad-ministração, diretores de unidades,membros do conselho de Centro, es-

Não estamossozinhos nessaluta. Omovimento derebeldia justa énacional

categorias em greve e que atendetambém aos interesses da popula-ção. O Comando Nacional de Gre-ve (CNG) da Fasubra marcha uni-tariamente com o apoio da CUT,ConLutas, Condsef, Intersindical,Movimento dos TrabalhadoresSem Terra (MST).

Mas temos um problema, com-panheiros e companheiras: sem orespaldo das bases, mesmo com todaa articulação ampla, o ComandoNacional de Greve da Fasubra nãoalcança legitimidade política queimponha respeito na mesa de nego-ciações com o governo. E como vo-cês sabem, temos uma pauta especí-fica e emergencial de reivindicaçõespara conquistar.

Por essa razão, companhei-

ros e companheiras, nos cabetomar uma decisão: paramos aluta ou continuamos? Se deci-dirmos continuar encarando ogoverno, precisamos mudar decomportamento. Para começar,temos que, de fato, fazer greve.Se não abandonarmos nossos lo-cais de trabalho, os efeitos danossa greve nunca vão ser senti-dos na Universidade. E se nãoparticiparmos das assembléiase das atividades de mobiliza-ção, e não fortalecermos o Co-mando Local de Greve, os ecosda greve não chegarão a Brasí-lia e tampouco à sociedade.

Qual vai ser nossa decisão,companheiros? Do jeito que estánão dá!

Nacionalmente o nosso movi-mento está sendo construído commuita seriedade. Temos uma pau-ta comum com todas as outras

Aposentados:delegados

Veja os delegados sin-dicais de base (e seusrespectivos suplentes)eleitos pelos aposentadosno pleito realizado no dia30 de maio.

Delegados titulares- Paulo do Carmo- Débora de Oliveira da Silva- Arnaldo GonçalvesBandeira- Helena Vicente Alves- Marylena B. Salazar- Rosilda Pereira Genovese- Paulo Roberto Ferreira Suplentes- Jorge Totta de Castro- Betina Alice L. Calafat

O destino da perna-secatudantes da Faculdade de Arquite-tura, representantes e funcionárioscompuseram o público de mais de100 pessoas que assistiu no Quinhen-tão à apresentação do relatório.

O relatório foi organizado pelaequipe técnica, que elaborou, tam-bém, a avaliação das alternativasde destino da estrutura.

Entre as alternativas apresen-tadas, segundo o professor AlmirFraga, estão, além da recuperaçãoda estrutura atual, a construção deuma nova estrutura igual à atual,porém com características maishorizontais, mas com a mesmaárea útil.

Ainda segundo o decano, os cus-tos de cada opção não são muitodiferentes. Os próximos passos dodebate sobre as alternativas a se-rem adotadas serão discutidos como reitor. Provavelmente o tema iráaos colegiados. Na opinião de Al-mir Fraga, no entanto, o problemadeveria ser apresentado ao MEC,independentemente da deliberaçãoacerca das soluções.

A Coordenação de Esporte e La-zer informa que na reunião reali-zada na manhã de quinta-feira, 21de junho, na subsede do SINTUFRJno HUCFF, a comissão organizado-ra do campeonato não avançou nadiscursão do regulamento do porbaixo coro dos representantes dasequipes. A Coordenação de Esporte

Futebol: Campeonato se organizaPróxima reunião: 27 de junhoPróxima reunião: 27 de junhoPróxima reunião: 27 de junhoPróxima reunião: 27 de junhoPróxima reunião: 27 de junho

e Lazer informou que a falta de coroimpediu que a reunião da semanapassada discutisse o regulamento dopróximo campeonato com os repre-sentantes de equipe. A comissão re-solveu fazer uma vistoria no Campoda Prefeitura para avaliar as condi-ções das instalações que são alvo dereclamações de todos que usam suas

dependências. Foi constatado que umdos vestiários oferece risco à integri-dade física dos atletas. Próxima reu-nião: 10h de quarta-feira, 27 de ju-nho, na subsede do SINTUFRJ noHUCFF. Serão discutidos o regula-mento oficial do campeonato bemcomo a definição da data para pré-inscrição.

MONUMENTO À INUTILIDADE. Imagem da perna-seca

Foto: Niko Júnior

Posse naAMAVILA

A nova direção da As-sociação de Moradores eAmigos da Vila Residen-cial – UFRJ toma posseàs 18h de sexta-feira, dia29, na sede da entidade.

Você decide, companheiro!beldia justa é nacional. Envolvetrabalhadores de 43 universidadesfederais e mais oito categorias doserviço público federal.

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Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 772 - 25 de junho a 1 de julho de 2007 - www.sintufrj.org.br - [email protected] - 3

O ABC da Carreira esclarece vários pontos sobre o assunto – Página 4Funcionários do Hesfa se mobilizam e aderem à greve – Página 6Ato no IFCS aproxima movimento da população – Página 5

Oficina sobre carreira naassembléia desta terça, 26Na sessão do Consuni desta quinta-feira, dia 28, vamos buscar a solidariedade ao nosso movimento, lotando as galerias da sala do Conselho

O assunto que agitou a assem-bléia de terça-feira, 19, no Qui-nhentão, foi a necessidade de acategoria se qualificar para acom-panhar todos os detalhes das ne-gocia-ções da pauta emergencial,em Brasília. A maioria constatouque ainda entende pouco sobre acarreira, ao ouvir os informes doComando Nacional de Greve daFasubra da negociação na sexta-feira, 15, com o Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão(MPOG) e os depoimentos de com-panheiros que retornaram do CNG

Para resolver o problema, a as-sembléia no Quinhentão nesta ter-ça-feira, 26, começará às 9h e terádois momentos. Antes do ComandoLocal de Greve (CLG) entrar na pau-ta do dia (informes e avaliações danegociação em Brasília, da greve nasunidades e aprovar encaminhamen-tos) será realizada uma oficina.Com o auxílio de recursos audiovi-suais e a colaboração de quem do-mina melhor o assunto, serão escla-recidas as dúvidas sobre o tema.

Limpar o campoLimpar o campoLimpar o campoLimpar o campoLimpar o campo“Nós da base temos por hábito

entregar nossos destinos nas mãosde outras pessoas e não prestaratenção no que está sendo nego-ciado. Com a oficina, vamos en-tender as tabelas, que são compli-cadas, e então saberemos o quedizer; porque a greve não é do SIN-TUFRJ e nem da Fasubra, é nos-sa”, defendeu a proposta Iaci Amo-

rim, que esteve no CNG.“A oficina servirá para limpar o

campo. Não podemos fomentar di-visão entre a categoria. Todos têmque sair ganhando”, disse Franciscode Assis, sugerindo que o CLG solici-tasse da Fasubra um estudo doDieese sobre as perdas salariais dostécnicos-administrativos desde 1988.

“Na penúltima greve nós con-quistamos a carreira e, depois, nossurpreendemos com a questão doVBC. Precisamos entender as con-tradições da nossa tabela e da car-reira”, disse Neuza Luzia, presiden-te da CUT-RJ.

AvaliaçõesAvaliaçõesAvaliaçõesAvaliaçõesAvaliaçõesNo entendimento da maioria

que se pronunciou na assembléia, ogoverno não ofereceu nada na nego-ciação ocorrida no dia 15 de junho.Neuza Luzia recomendou atenção,pois, segundo ela, este é o momentoem que o governo começa a aplicaro teste de resistência, jogando tabe-las. Noemi de Andrade, também re-cém-chegada do CNG, defendeu aunidade na luta para garantir a vi-tória do movimento.“O CNG traba-lha muito em Brasília para cons-truir uma greve unitária com a CUTe a ConLutas.Temos que fazer o mes-mo”, afirmou.

No ConsuniNo ConsuniNo ConsuniNo ConsuniNo ConsuniNa sessão do Conselho Universi-

tário desta quinta-feira, dia 28, va-mos buscar do colegiado expressasolidariedade ao movimento. Aomesmo tempo, é necessário que asautoridades de todos os níveis daUniversidade se abstenham de exer-cer atitudes intimidatórias contraservidores, em razão de sua adesãoao movimento, em respeito ao di-reito de greve.

Na semana passada houve umareunião técnica dia 19 sobre a tabelae no dia 21 mesa de negociação entreComando Nacional de Greve (CNG)da Fasubra, MEC e Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão(MPOG). Participaram desta reuniãoDuvanier Ferreira, pela Secretaria deRecursos Humanos do MPOG, Mariado Socorro, pelo MEC, e 14 integran-

Nova negociação dia 2 de julhotes do CNG/Fasubra. A mesa de nego-ciação está discutindo a reestrutura-ção da tabela da Carreira e a implan-tação do plano de saúde suplementarpor parte do governo.

A Fasubra reivindica recursospara reestruturar a tabela da Car-reira dos técnicos-administrativosdas Universidades Federais. Lutapelo aprimoramento desta carreira

com a resolução do VBC, racionali-zação e alteração do anexo IV (in-centivo à qualificação); por re-cursos para implantação do pla-no de saúde suplementar e defen-de os HUs contra o modelo de fun-dação estatal. Esta é a pauta espe-cífica que foi protocolada com adeflagração da greve e que o CNGquer ver resolvida.

SEGUNDA-FEIRA, 25 – Reunião do ComandoLocal de Greve, às 10h, no SINTUFRJ.

TERÇA-FEIRA, 26 – Assembléia no Quinhentão,às 9h, com realização de oficina sobre carreira.

QUARTA-FEIRA, 27 – Universidade na Praça. Apartir das 13h, a nossa categoria se une aos demaisservidores em greve no Estado do Rio de Janeiro eocupa a Cinelândia.

QUINTA-FEIRA, 28 – Ocupação do Consuni. Acategoria em massa deve rumar para o 2º andar doprédio da Reitoria, às 9h, para uma manifestaçãopacífica, mas vigorosa, pela aprovação da moção deapoio à greve.A

gen

da

de

Lu

ta

TERÇA-FEIRA, DIA 19 DE JUNHO. Assembléia no Quinhentão, um ritual da mobilização

Foto: Niko Júnior

Page 4: JUNHO/JULHO DE 2007 ANO XX Nº 772 SEG 25 TER 26 QUA 27 … · 2019. 7. 21. · JUNHO/JULHO DE 2007 ANO XX Nº 772 SEG 25 TER 26 QUA 27 QUI 28 SEX 29 SÁB 30 DOM 1 sintufrj.org.br

4 – Jornal do SINTUFRJ a serviço da categoria – No 772 - 25 de junho a 1 de julho de 2007 - www.sintufrj.org.br - [email protected]

O ABC DA CARREIRANa assembléia da manhã desta terça-feira, dia 26, será realizada uma oficina para esclarecer todos os itens relacionados à luta peloaprimoramento da carreira. Para contribuir com o debate, o Jornal do SINTUFRJ destacou alguns pontos relevantes da história dessaconquista e os impasses existentes hoje.

UM POUCO DE HISTÓRIA UM POUCO DE HISTÓRIA UM POUCO DE HISTÓRIA UM POUCO DE HISTÓRIA UM POUCO DE HISTÓRIA

Depois de 77 dias de greve, muita

mobilização e caravanas a Brasília, em

2004 conquistamos enfim vitória impor-

tante. Em janeiro de 2005 foi sanciona-

da a Lei 11.091 pelo presidente Lula

que instituiu a nova Carreira.

Esse projeto não representou a car-

reira que se queria, com cargo único e

possibilidade de ascensão funcional.

Mas é impossível desprezar o que con-

quistamos.

Além de reajustes para grande parte

da categoria, da possibilidade de cres-

cimento e do reconhecimento à capaci-

tação e à qualificação, obtivemos mais.

Cerca de 70% da categoria estava es-

tagnada no topo da carreira antiga, sem

expectativa. Na nova malha salarial com

39 padrões de vencimentos básicos

(posição do servidor na escala de ven-

cimentos), com steps constantes, par-

te da categoria no topo da carreira pôde

se mover verticalmente.

Step é a diferença percentual entre

os padrões de vencimento. É constante

em toda a tabela. Começou em 3% e

em janeiro de 2006, com a reestrutura-

ção da tabela, subiu para 3,6%. Mas o

valor do step esbarrou nos limites do

Orçamento do governo. Conclusão: fi-

cou aquém do necessário.

O COMPROMISSO DO GOVERNOO COMPROMISSO DO GOVERNOO COMPROMISSO DO GOVERNOO COMPROMISSO DO GOVERNOO COMPROMISSO DO GOVERNO

O acordo de 2004 com o governo

previa mecanismos para garantir a evo-

lução e o aprimoramento da Carreira. Ou

seja, o governo se comprometeu com a

evolução da carreira, principalmente a

tabela que, quando o plano foi implanta-

da, não alcançou a íntegra do que estava

previsto com pisos e steps conforme fora

planejado.Mas a distorção persiste, como a

existência desta parcela extra do salá-

rio. Parte da categoria está com salários

congelados desde 2004, após a primeira

etapa do enquadramento. Isso em virtu-

de do VBC, o que a Fasubra quer resol-

ver de forma emergencial em 2007.

SÓ PARA LEMBRARSÓ PARA LEMBRARSÓ PARA LEMBRARSÓ PARA LEMBRARSÓ PARA LEMBRAR

Os servidores foram enquadrados,

no primeiro momento, na matriz hierár-

quica, por tempo de serviço e de acor-

do com o nível de classificação (con-

junto de cargos de mesma hierarquia),

em determinados padrões.

Se esse enquadramento resultou

em padrão de vencimento inferior ao

recebido em dezembro de 2004, a

diferença foi paga a partir de então

como VBC (vencimento básico com-

plementar), na qual incidiriam os efei-

tos financeiros ocorridos no vencimen-

to básico.Só que esta parcela seria absorvida

por ocasião da reestruturação da tabe-

la. Ou seja, em janeiro de 2006, quan-

do houve o aumento do step e muita

gente teve algum reajuste, quem tinha

VBC viu essa parcela encolher para

seu salário aumentar. Quer dizer, não

teve reajuste algum. E o pior, este valor

pendurado no salário continuou para a

maioria.

ESTRUTURA DA TABELAESTRUTURA DA TABELAESTRUTURA DA TABELAESTRUTURA DA TABELAESTRUTURA DA TABELA

Há tempos a categoria se debruça

sobre o problema. Discutiu longamente,

e numa plenária em dezembro de 2005,

depois de analisar alguns cenários pro-

postos, decidiu a alteração da estrutura

da tabela de forma variável.

De acordo com o cenário aprovado, a

mudança da estrutura deve buscar os

seguintes parâmetros para a constru-

ção da tabela como tática de negocia-

ção: piso de 3 salários mínimos para o

nível de classificação A; piso de 10

salários mínimos para o nível de classi-

ficação E; e até que se chegue a tais

pisos com 5% de step, a plenária auto-

rizou a quebra da linearidade da tabela,

como tática de negociação para resolu-

ção do VBC, buscando aproximação

dos pisos históricos conquistados no

Pucrce, época em que obtivemos os

maiores ganhos salariais, para os níveis

de classificação B, C e D.

O PIOR PISOO PIOR PISOO PIOR PISOO PIOR PISOO PIOR PISO

Os técnicos-administrativos das Ifes

têm o pior piso do serviço público. E a

situação tende a piorar com a pressão do

governo por diminuição dos gastos expli-

citada no PLP 01. Isso tem dificultado a

busca por recursos para melhorar a situa-

ção de nossa categoria. Precisamos com-

pletar o Plano de Carreira. Falta implantar

a evolução da tabela e resolver o problema

do VBC – eixo emergencial que a Fasu-

bra quer resolvido ainda em 2007.

OUTROS PONTOSOUTROS PONTOSOUTROS PONTOSOUTROS PONTOSOUTROS PONTOS

Além de recursos para solução do

VBC, evolução e reestruturação da tabe-

la e demais movimentos necessários ao

aprimoramento da carreira, na pauta es-

pecífica reivindicamos ainda a racionali-

zação e alteração do Anexo IV. Reivindi-

camos também plano de saúde suple-

mentar e nos posicionamos contra as

fundações estatais.

O QUE É O ANEXO IV?O QUE É O ANEXO IV?O QUE É O ANEXO IV?O QUE É O ANEXO IV?O QUE É O ANEXO IV?

A nossa carreira tem algumas tabe-

las em anexo. Uma delas diz respeito ao

incentivo à qualificação. Ou seja, quem

percorreu a educação formal em nível

além do que é exigido pelo cargo tem

direito a um percentual que pode chegar

a 20% no caso de doutorado. Mas para

a Fasubra estes valores têm que ser

melhorados.

CARGOS NA CLASSE CORRETACARGOS NA CLASSE CORRETACARGOS NA CLASSE CORRETACARGOS NA CLASSE CORRETACARGOS NA CLASSE CORRETA

O nível de classificação é a reunião

de um conjunto de cargos de uma mes-

ma hierarquia, porém classificados em

determinados padrões a partir de quesi-

tos como escolaridade, responsabilida-

de, conhecimento, habilidade, forma-

ção, experiência, risco e esforço.

Com a racionalização de cargos, a

Fasubra pretende corrigir os problemas

originários da organização dos cargos

nas classes que reuniram os grupos de

carreira de acordo com estes critérios.

Alguns tiveram que ser mudados, por

questões profissionais ou característi-

cas específicas; outros foram aglutina-

dos. A Fasubra quer a solução das

pendências.

A ÚNICA CATEGORIA SEM PLANOA ÚNICA CATEGORIA SEM PLANOA ÚNICA CATEGORIA SEM PLANOA ÚNICA CATEGORIA SEM PLANOA ÚNICA CATEGORIA SEM PLANO

DE SAÚDE DE SAÚDE DE SAÚDE DE SAÚDE DE SAÚDEDa mesma forma, emergencialmen-

te necessitamos de recursos para o

Plano de Saúde Suplementar, corrigindo

a discriminação de nossa categoria em

relação ao conjunto do funcionalismo.

Somente os técnicos-administrativos das

Ifes ainda não usufruem desse direito

assegurado em lei. Lei há, mas o gover-

no não diz de onde virão os recursos.

Os trabalhadores em greve estãoexercendo um direito que a Reitoriarespeita, principalmente porque foiuma decisão tomada de forma de-mocrática e participativa, em as-sembléia extremamente representa-tiva. Essa foi a posição expressa peloreitor Aloísio Teixeira ao Jornal doSINTUFRJ sobre a paralisação dosservidores das universidades. Para

Greve é direito do trabalhadorele, o movimento indica vontade po-lítica da categoria de lutar por umconjunto amplo de reivindicações.“Desde questões de natureza salarialgeral, diante da perspectiva de au-mento de salário insuficiente ou ine-xistente para próximo período, ouquestões relacionadas à mudança domodelo de gestão dos hospitais, as-suntos que nos preocupam. E há uma

“São

reivindicações

importantes que

exigem solução

por parte do

governo”

pauta específica, relacionada à car-reira, porque continuam os proble-mas com relação à implementaçãodos acordos do ano passado, que afe-tam particularmente o pessoal comnível superior. São reivindicaçõesimportantes, que exigem, por partedo governo, encaminhamento comvista à solução dos problemas”, disseTeixeira.

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A luta é de todo mundoAssembléia-ato no IFCS foi uma oportunidade de aproximação com a população, que recebeu uma carta aberta

Na manifestação, a categoriadialogou com a população expli-cando os motivos da greve e ob-teve a adesão de centenas de pes-soas ao abaixo-assinado, que seráenviado ao presidente Lula peloComando Nacional de Greve daFasubra

A assembléia-ato de quinta-feira, 21, nas escadarias do Insti-tuto de Filosofia e Ciências Soci-ais (IFCS), no Largo de São Fran-cisco, cumpriu seu objetivo. Acategoria dialogou com a popula-ção explicando os motivos da grevee obteve a adesão de centenas depessoas ao abaixo-assinado, que seráenviado ao presidente Lula pelo Co-mando Nacional de Greve da Fasu-bra. O documento é contra o ante-projeto de desvinculação dos hos-pitais universitários do Ministé-rio da Educação para serem ge-renciados por Fundações Estataisde Direito Privado. Os técnicos-administrativos em greve nas 43universidades federais do país tam-

bém estão coletando assinaturas.O integrante do Comando Lo-

cal de Greve (CLG), Paulo Ubiraja-ra de Jesus, abriu o ato políticoexplicando aos passantes as razões

da movimentação diferente naque-la manhã, no Largo de São Fran-cisco: “Somos trabalhadores daUFRJ e estamos aqui na praça paraconversar com a população sobre a

nossa luta”. Alunos e alguns pro-fessores do IFCS interromperam pormomentos suas atividades paraacompanhar a manifestação. A di-rigente do Centro Acadêmico de

História, Roberta Maiani, afir-mou em sua saudação à catego-ria: “É nossa responsabilidadeconscientizar os estudantes daimportância das greves”.

Os servidores técnico-adminis-trativos da UFF conseguiram naquarta-feira, dia 20, uma impor-tante vitória. Depois de interdita-rem por quase 10 horas os acessosà Reitoria, eles receberam do rei-tor Roberto Salles a promessa deque será colocado em pauta nopróximo Conselho Universitário,dia 27, o debate sobre a transfor-mação ou não do Hospital Anto-

Na UFF, vitória importante

No IFCS, foi uma assembléiadiferente das realizadas até agorano Quinhentão. A maioria das in-tervenções dos militantes foi diri-gida ao povo na rua. Na manifes-tação, foi feita convocação paraquarta-feira, 27. Todos os servido-res públicos em greve no Estadodo Rio de Janeiro ocuparão a Ci-nelândia a partir das 13h, quandorealizarão a atividade Universida-de na Praça. A principal atraçãoserá o Arraiá dos Sem Aumento,com outras categorias em greve. Aproposta do evento unitário do CLGdo SINTUFRJ foi aprovada peloComando Estadual de Greve quese reuniu na quarta-feira, 20.

O relato sobre a vitoriosa ocu-

Todos juntos dia 27na Cinelândia

EM NITERÓI. Militante distribui panfleto diante da Reitoria

ASSEMBLÉIA AO AR LIVRE. A manifestação cumpriu o seu objetivo, numa manhã bem diferente no Largo de São Francisco

Fotos: Niko Júnior

Os trabalhadores que fo-ram à assembléia-ato se divi-diram em grupos para a abor-dagem ao público. Uma partecuidou da distribuição da car-ta aberta à população, quedetalhava as más intençõesdo governo Lula com os HUs,e outra se dedicou a passar oabaixo-assinado. Dezenas defolhas foram preenchidas coma adesão dos estudantes doIFCS e de professores, cujamaioria revelou estar desinfor-mada sobre o assunto. Osgrevistas também explicavamàs pessoas os outros motivosque os levaram à paralisação.Os delegados sindicais debase da unidade, José Harol-do Pinto Júnior e CristinaBaião, tiveram participaçãoimportante para que a ativida-de no Largo de São Francis-co, que começou por voltadas 11h e terminou depoisdas 13h, desse certo.

Panfletos eassinaturas

Foto: Zulmair Rocha

nio Pedro em fundação estatal dedireito privado.

O movimento de greve na pri-meira hora da sessão – que deveráacontecer no Teatro da UFF – defen-derá posição contrária ao projeto deLula. Outro compromisso assumidopelo reitor foi o de não cortar o pontodos grevistas. O comando de grevemostrou a Salles preocupação com asnotícias de desconto de dias parados

no Ibama e lembrou que o próprioConselho aprovou moção de apoio àgreve dos servidores.

No dia 21 o movimento passou amanhã dialogando com estudantese professores nos acessos e salas deaula do campus do Gragoatá, próxi-mo ao centro de Niterói. Ao lado delíderes estudantis, os servidores divul-garam a pauta da greve, e convoca-ram para o Consuni.

pação da Reitoria da Universida-de Federal Fluminense (UFF) pe-los técnicos-administrativos, nodia anterior, foi festejado pelosmanifestantes. Na avaliação darepresentante do Centro Acadêmi-co de História, Roberta Maiani,“desde a ocupação da USP pelosestudantes estamos vivendo novostempos de movimentos nas uni-versidades”, mas que “a luta emfavor da educação pública de qua-lidade tem que ser junto com oconjunto dos trabalhadores”.

O esforço do movimento se vol-ta com mais força para o esclareci-mento da sociedade sobre os moti-vos da greve nacional do funciona-lismo público.

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Hospital Escola São Francisco de Assisé a primeira unidade hospitalar daUFRJ a se integrar ao movimento

Aloísio: proposta implica perda de direitos

Hesfa: depoisde reunião,funcionáriosaderem à greve

Trabalhadores do Hospital Escola São Franciscode Assis decidem ingressar na luta contra o projetoque transforma os hospitais universitários em fun-dação estatal de direito privado. A proposta do go-verno, na prática, significa a privatização dessasinstituições

Duas reuniões com o ComandoLocal de Greve (CLG) da UFRJ foramsuficientes para a decisão dos funcio-nários do Hospital Escola São Fran-cisco de Assis (Hesfa) participar daparalisação nacional da categoria e

reforçar a luta contra o projeto defundação estatal de direito privado.

A deliberação foi tomada numaassembléia significativa dos funcio-nários do Hesfa, dia 20, em que estive-ram também presentes representan-

tes da maioria dos setores. A partirdeste dia estão suspensos os atendi-mentos a pacientes novos, e os funci-onários vão garantir o atendimentoaos pacientes já agendados e em tra-tamento.

A comissão de greve – compos-ta por Andréia Oliveira Vicente,Sandra Telles, Márcia Soares e Te-resa Hortência – eleita na assem-bléia do dia 18 conversou com ossetores do hospital para organizara melhor forma de paralisação sem

prejudicar os pacientes e a popula-ção que depende dos serviços am-bulatoriais do Hesfa.

Grupos farão revezamento narecepção para explicar à populaçãoos motivos da greve. Haverá semprea participação dos funcionários nasassembléias gerais e nas atividadesorganizadas pelo CLG. Periodica-mente os funcionários se reunirãopara avaliar o desenrolar da greve.A primeira atividade programadaé o debate sobre o projeto de funda-

ção estatal de direito privado, dia27 de junho, às 12h. “Esta greveestá tratando de algo que tem a vercom nosso futuro profissional. Nãoé uma questão apenas salarial. Te-mos que dar visibilidade ao movi-mento, reforçar a greve, com res-ponsabilidade, e fazer o debate coma população”, afirma Andréia Vi-cente. “Temos todos que partici-par, e a responsabilidade sobre anossa greve não é só da comissão”,acrescentou Sandra Telles.

Esforço para superar dificuldadesApesar de o prédio do Hesfa ter

grande parte de seu espaço inter-ditado devido às péssimas condi-ções estruturais, o esforço das dire-ções e do seu corpo de funcioná-rios e docentes tem conseguidomanter os serviços para a popula-ção. O prédio é tombado pelo Ins-tituto do Patrimônio Histórico eArtístico Nacional (Iphan), e em2002 o Ministério da Cultura deuautorização para captação de re-cursos para sua restauração. Mas oque vem dificultando a restaura-ção do prédio é o custo estimadode R$ 20 milhões, por isso procu-ra-se patrocínio.

A maior parte de suas ativi-dades assistenciais concentram-se na atenção primária e secun-dária em saúde. A equipe é mul-tidisciplinar e trabalha integra-da ao Sistema Único de Saúde(SUS) em nível municipal. En-tre as diversas atividades do Hes-fa, destacam-se a assistência di-ferenciada que promove à sua cli-entela ambulatorial, em Hospi-tal/Dia e de Semi-internação,cuja faixa etária abrange o pe-ríodo que vai de 3 meses de idadea 80 anos (Unidade da TerceiraIdade). As atividades assisten-

ciais são divididas em unidades: ade Reabilitação Motora presta aten-dimentos de estimulação essenci-al, fisioterapia e fonoaudiologia; ade Cuidados Básicos de Saúde inte-gra cliente, família e comunidade;a de Assistência Especializada aoPortador de AIDS, é referência nodiagnóstico e tratamento e pesqui-

Reuniãono IPPMG

Trabalhadores do Instituto dePuericultura e Pediatria MartagãoGesteira (IPPMG) participaram dareunião com o Comando Local deGreve (CLG). Eles foram atuali-zados sobre a agenda de lutas etiveram esclarecimentos sobre dú-vidas a respeito da intenção do go-verno de desvincular os hospitaisuniversitários do Ministério da Edu-cação para serem administradospor fundações estatais de direitoprivado, assunto que mais os pre-ocupa. Voltaram a solicitar panfle-tos para distribuição aos pacien-tes de consultórios e seus acom-panhantes, assim como mais fai-xas informando as razões da para-lisação e por que estão trabalhan-do na greve.

A iniciativa da reunião foi dosdelegados de base do IPPMG,Joab, Jorge Luiz e Vicente de Pau-lo, mas que neste momento de ra-dicalização do movimento atuampara o conjunto da categoria noCLG. Eles e os outros integrantesdo CLG presentes à reunião, comoVera Barradas e Jerusa Rodrigues,fizeram um apelo aos companhei-ros para que nas folgas dos plan-tões reforçassem as atividades dagreve e também comparecessemàs assembléias. “A repercussão danossa mobilização em Brasília éimportante. Esta é a orientação doComando Nacional de Greve. Jáconseguimos congelar por cincosessões a votação do PLP 01noCongresso Nacional. Nosso lobbyé a participação nos atos e ter pe-nas e braços para panfletar”, refor-çou Marcílio Lourenço.

sa, com cerca de 20 mil pacientes/mês; e Centro de Testagem e Acon-selhamento (CTA), que faz testessorológicos para HIV, hepatite e ou-tras doenças sexualmente transmis-síveis.

Há ainda a Unidade de Proble-mas Relacionados ao Álcool e Dro-gas, que visa à prevenção primária

e à atenção básica a adolescentese adultos, bem como aos proble-mas advindos do uso de substân-cias psicoativas em ambiente detrabalho, e a Unidade de Preven-ção de Câncer Ginecológico, al-tamente qualificada, com exa-mes laboratoriais, diagnósticos eintervenção terapêutica.

Para o reitor Aloísio Teixei-ra, um grande problema destaproposta é que ela implicará per-da de direitos, particularmente noaspecto da estabilidade. “De for-ma geral, mesmo que se aproveesse modelo das fundações es-

tatais, sua aplicação nos hospi-tais universitários não pode serautomática”, diz o reitor. Segun-do ele, pode-se criar a fundaçãoe não resolver a situação. Pode-se também não criar e tambémnão resolver. Mas ele identifica

que há problemas em relaçãoaos HUs que têm que ser resol-vidos, mas de forma que benefi-cie a universidade como umtodo. Para o reitor não é justoque o financiamento destas uni-dades como serviço de saúde

saia dos 18% do Orçamento daEducação. Para ele, a Universi-dade precisa dos hospitais comoatividade de ensino e deve-sepensar como pode ser o financi-amento dos serviços de saúdeque prestam.

MOVIMENTO EM CONSTRUÇÃO. Comando de Greve esclareceu dúvidas dos funcionários

FACHADA. As condições físicas do prédio do Hesfa, que é tombado, revela dificuldades

Fotos: Niko Júnior

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Jornada de debatessobre futuro da UFRJ

A comissão criadapelo Conselho Universi-tário em maio para estu-dar o assunto convidoua comunidade. Mas osdebates ficaram restri-tos ao estafe da Reitoriae das unidades que apre-sentaram propostas e amembros do colegiado.Nem os estudantes, quehá duas semanas ocupa-ram a Reitoria com criti-cas ao programa, apare-ceram

Foram cinco dias de discussãona semana passada – do dia 18 aodia 22 – sobre os projetos de unida-des para a elaboração da propostada UFRJ ao Reuni – o programa dogoverno de reestruturação e expan-são da universidade.

A comissão criada pelo Conse-lho Universitário em maio para es-tudar o assunto convocou a comu-nidade para assistir à exposição.Toda a discussão foi transmitida pelaTV Consuni, na Internet. Mas o pú-blico ficou quase sempre restrito arepresentantes da Reitoria, das uni-dades que apresentaram propostas ea membros dos colegiados, apesardas reivindicações constantes de quehaja mais debates sobre o assunto.

Um reitor otimistaUm reitor otimistaUm reitor otimistaUm reitor otimistaUm reitor otimistaPara o reitor Aloísio Teixeira, o

debate avançou em direção a umaproposta da UFRJ. Ele afirmou quetem críticas ao governo, mas disseacreditar que exista uma situaçãona educação superior diversa da que

Durante 5dias, umaprofusão depropostas foiapresentadana discussãosobre o Reuni

existiu no governo FHC.Teixeira recomendou atenção

para que não se perca a oportuni-dade de criar condições para quenão só a UFRJ, mas todo o sistemade ensino superior avance.

O projeto para o Reuni, na suaopinião, deve refletir a universida-de como um todo. Da discussãonas unidades, colegiados e em am-bientes mais amplos deve resultarum programa para a UFRJ apre-sentar, e que não precise atender aitens estritos do Reuni.

Nas apresentações públicas,centros e unidades apresentarampropostas e apontaram recursos ne-cessários de estrutura e pessoal parasua concretização. Foram tantas –incluindo planos de expansão, cur-sos novos, ampliação de vagas, pro-jetos de interiorização – que amaratona acabou se estendendo pormais um dia.

Só na segunda-feira, dia 18,dedicada às unidades do CT, CLA e

CCMN, as palestras, que começa-ram às 14h, terminaram depois das18h. No segundo dia houve apre-sentação do CFCH e CCJE. No ter-

Com a inclusãode planos deexpansão, cursosnovos, ampliaçãode vagas,projetos deinteriorização, amaratona acabouse estendendopor mais um dia

ceiro e quarto dias, do CCS. Na sex-ta-feira, o evento terminou com aapresentação das propostas institu-cionais.

Propostas diversasPropostas diversasPropostas diversasPropostas diversasPropostas diversasEntre inúmeras propostas, o

diretor Erikson Almendra apresen-tou o projeto de expansão da Poli-técnica, com oferta de 100 vagasnovas no vestibular de 2008, ocu-pando parte das 240 vagas ociosas.Cássia Turci, diretora do IQ, apre-sentou proposta de criação de umaturma de Licenciatura em Quími-ca em Macaé, com 50 vagas, e deorganização de um curso de Mes-trado em Ensino de Química.

Marta Barroso, do Institutode Física, apresentou projeto vin-culado ao Centro de Ciências Ma-temáticas e da Natureza de Ba-charelado em Ciências Exatas eda Terra. O aluno, depois de qua-tro semestres, poderia optar pelasgraduações oferecidas pelo Cen-tro ou concluir o bacharelado

com a duração de três anos.Há planos de ampliação da

Educação, proposta de ampliaçãode 38 vagas pela ECO e criação de480 vagas no CCJE, na graduação,com a concretização do curso deGestão Pública para o Desenvolvi-mento Econômico e Social, reu-nindo formação interdisciplinar doIE, Direito, Planejamento Urbano,entre outros.

A Escola de Serviço Social apre-sentou proposta de formação deturma para o turno da noite com45 vagas e ampliação de 50% dasexistentes. A diretora Magdala Vas-concelos criticou o curto prazo paraque as unidades apresentassem pro-postas e análise do decreto.

Carlos Wainer, membro da co-missão, retrucou que se poderiamapresentar propostas que já vinhamsendo amadurecidas pelas unida-des e lembrou da oportunidade dediscutir a possibilidade de expan-são por contra do decreto do Reuni.

É preciso expandir vagas, diz reitorNo último dia, sexta-feira, dia

22, houve a apresentação de proje-tos institucionais, propostas de ex-pansão do SiBi (Sistema de Biblio-

tecas e Informação) e planos apre-sentados pelo pró-reitor de Planeja-mento Carlos Levi. O reitor disse queé preciso expandir vagas, diminuir

evasão e ocupar vagas ociosas. E pre-tende aumentar o número de vagasde 30 mil para 70 mil, mas disse quenum horizonte de cinco anos pode-

ria-se dobrar a oferta de vagas novestibular a cada ano. Uma outraetapa do projeto incluiria cursosnovos e interiorização. Ele quer in-

vestir na expansão tendo em vistaconcepções como a de implementa-ção de cursos básicos no CCS, CCJE,CT e CCMN.

“Entrave é falta de espaço”, diz conselheira do CEG

UMA VISÃO DE FUTURO. A maratona de debates mergulhou em alternativas para a Universidade Federal do Rio de Janeiro

Foto: Niko Júnior

As representantes dos técni-cos-administrativos no CEG eCPEG componentes da comis-são, Ana Maria Ribeiro e LúciaSalis, acompanharam toda a dis-

cussão. Parte dos projetos, segun-do Ana Maria, ainda têm que sersistematizados e organizados,“porque muitas propostas têm ele-mentos comuns que devem ser

amadurecidos, e de modo geral aUniversidade respondeu positiva-mente”. A grande maioria das uni-dades (75%, segundo a conselhei-ra) se apresentou. “Há muita coisa

interessante e muitos projetos têminterseção. Vale destacar que, peloque vimos, o grande entrave hojepara que a nossa Graduação avan-ce é a falta de espaço, principal-

mente para salas de aulas”, ava-liou, e disse que a comissão de-verá se reunir com o reitor na ter-ça-feira, dia 26, para discutir o pró-ximo encaminhamento.

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ESTÁ PROVADO QUE O DINHEIRO EXISTE

Que tem dinheiro, lá isso tem!R$ 300 milhões para

22 mil cargos políticos.Seria dinheiro suficientepara amenizar as distor-ções salariais em todo oserviço público. A granatambém daria para pagaro plano de saúde para asfamílias de 150 mil técni-cos-administrativos

A cada dia cai por terra a velhajustificativa do governo Lula de quenão há verba para atender às reivin-dicações salariais dos servidores pú-blicos este ano, quiçá dos técnicos-administrativos das universidadesfederais que completam 26 dias degreve nesta segunda-feira. Todo oestafe do Executivo e Legislativo eintegrantes de cargos de confiança(os DAS) já levaram o seu. A Fasu-bra, que vem negociando com o go-verno, reivindica tratamento igual.

A luta da Fasubra na questãosalarial, além de barrar o PLP 01que congela os salários por 10 anos,é a de cobrar do governo o aumentodo piso para três salários mínimos

e step (diferença entre os níveis databela) de 5%, a resolução do VBC ea implantação do plano de saúdesuplementar.

Os técnicos-administrativos dasuniversidades federais ganham omenor piso do serviço público, como

Enquanto propõe congelamento para o funcionalismo, o governo Lula promove gastança comcargos de indicação política. Piso salarial da categoria é o menor do funcionalismo público

também são os únicos que não têmplano de saúde subsidiado pelo go-verno. Os cerca de R$ 300 milhõesque serão gastos com os DAS (Dire-ção e Assessoramento Superiores),só este ano, seriam suficientes paraamenizar as diferenças salariais no

serviço público; como também da-riam para pagar o plano de saúdesuplementar das famílias dos 150mil técnicos-administrativos dasuniversidades. O cálculo foi feitobaseado nas negociações da Fasu-bra com o governo. No caso do pla-

no de saúde, o levantamento foifeito com base na quantia per ca-pita de R$ 42,00 – dinheiro que ogoverno Lula se comprometeu anopassado para subsidiar o plano dostécnicos-administrativos das uni-versidades – para uma família dequatro pessoas.

O tratamento diferenciado dogoverno Lula, que privilegia ape-nas uma minoria da administra-ção pública – em sua maioria apa-drinhados políticos – e a farra dacriação de mais 626 cargos destamesma natureza indignaram ostrabalhadores e as categorias quenegociam melhores salários. Pelomenos oito categorias de servidoresestão em greve buscando o cumpri-mento de acordos e compromissosfirmados no primeiro mandato.

Além da Fasubra, a Condsef(Confederação dos Trabalhadoresno Serviço Público Federal), comcinco setores de sua base em greve,considerou o anúncio desrespeito-so e a criação de novos cargos umavergonha.

É uma vergonha“A função gratificada nas universidades é uma vergonha! O pessoal que dá suporte ao funciona-

mento da instituição ganha uma miséria”, observou Leia de Oliveira, uma das coordenadoras da Fasu-bra. Para Luiz Antônio, outro coordenador da Federação, o episódio dos DAS prova uma grandecontradição do governo Lula e demonstra como é o tratamento para a maioria do funcionalismo. JoãoPaulo, também da Fasubra, criticou o festival de aumento para funções gratificadas e fez uma compa-ração com a realidade nas universidades: “O nosso piso é de R$ 701,98 e o salário de um DAS 1(nívelinicial) foi para R$ 1.977,31.

É muita granaSegunda-feira passada, 18 de junho, o salário de 2.563 servidores que ocupam cargos comissio-

nados no Executivo, os chamados DAS, foi reajustado em até 139,75%. Em 2008 a despesa, que esteano alcança R$ 277 milhões, será de R$ 475,6 milhões.

As faixas salariais mais altas (DAS 5 e 6) são de cargos destinados a secretários nacionais,assessores especiais e chefes de gabinete dos ministérios que não necessitam ser preenchidos porservidores de carreira.

A ação, feita através de medida provisória, veio logo após a aprovação de aumento do própriopresidente e dos parlamentares em 28,81%. Um dia depois do reajuste dos DAS o governo, na maiorcara de pau, anunciou a criação de mais 626 cargos comissionados. A maioria ligados ao Ministério doPlanejamento. Mais dinheiro ainda saindo do cofre: R$ 13,5 milhões este ano e em 2008, R$ 23,2milhões.

Lula piorou a situaçãoAs distorções durante o governo Lula foram ampliadas, segundo levantamento do Dieese, mesmo

com toda a promessa de se buscar isonomia no setor público. No final de 2006 o presidente Lula chegoua reunir o presidente da Câmara, na época Aldo Rebelo, e a ministra do Supremo Tribunal Federal(STF), Ellen Grace, cujo objetivo era discutir a isonomia salarial nos Três Poderes. A intenção pareceter ficado apenas no discurso.

O governo Lulaprivilegia apenas umaminoria daadministração pública– em grande partepessoas que ocupamcargos por indicaçãopolítica

ATITUDE. Lula se mostra indiferente às necessidades do funcionalismo PAULO BERNARDO. Ministro do Planejamento endurece o jogo

O piso dos técnicos-administrativos é deR$ 701,98 e o saláriode um DAS 1 (nívelinicial) é deR$ 1.977,31. Temos omenor piso dofuncionalismo público

O governo mantém a mesma lógica deprivilegiar setores da economia os quais consi-dera estratégicos e dá tratamento diferenciadoaos demais. Não somos prioridade

Luiz Antônio,coordenador-geral da Fasubra

‘ ‘ Não questiono o aumento para outrascategorias (Banco Central e Polícia Federal).Mas exigimos mesmo tratamento. Nós so-mos os primos pobres

Leia Oliveira,coordenadora-geral da Fasubra

‘ ‘ Nós também queremos o nosso. Estáprovado que o dinheiro existe, o problema éo que vai sobrar depois deste festival degastança

João Paulo Ribeiro,coordenador-geral da Fasubra

‘ ‘