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Encontro Porto Velho sedia reunião dos presidentes de Tribunais de Justiça Contestação Presidente do Conselho manifesta oposição à lei do abuso de autoridade Homenagem TJPA entrega Medalha do Mérito Judiciário a personalidades REVISTA DO C ONSELH O DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA EDIÇÃO 21 ANO V / NOVEMBRO DE 2019 JUSTIÇA DE RONDÔNIA INVESTE EM TJRO amplia unidades de atendimento e desenvolve projetos para servir aos jurisdicionados com mais celeridade e eficiência

JUSTIÇA DE RONDÔNIA INVESTE EM TECNOLOGIA E INOVAÇÃO … · desbravador Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, o Tribunal de Justiça de Ron-dônia, aos seus pujantes 37 anos

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Page 1: JUSTIÇA DE RONDÔNIA INVESTE EM TECNOLOGIA E INOVAÇÃO … · desbravador Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, o Tribunal de Justiça de Ron-dônia, aos seus pujantes 37 anos

EncontroPorto Velho sedia reunião dos

presidentes de Tribunais de Justiça

ContestaçãoPresidente do Conselho manifesta

oposição à lei do abuso de autoridade

HomenagemTJPA entrega Medalha do Mérito

Judiciário a personalidades

REVISTA DOREVISTA DO

CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

EDIÇÃO 21 ANO V / NOVEMBRO DE 2019EDIÇÃO 21 ANO V /

JUSTIÇA DE RONDÔNIA INVESTE EM

TECNOLOGIATECNOLOGIA E INOVAÇÃO E INOVAÇÃOTJRO amplia unidades de atendimento e desenvolve projetospara servir aos jurisdicionados com mais celeridade e eficiência

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NOVEMBRO 2019 3

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

WALTER WALTENBERG SILVA JÚNIOR

Presidente do TJRO

Assim como o Estado que homenageia o desbravador Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, o Tribunal de Justiça de Ron-dônia, aos seus pujantes 37 anos de idade, é um Judiciário jovem e em plena evolução na busca pela excelência do serviço prestado aos cidadãos, causa máxima da sua existência, e integrantes da nossa sociedade, alicerce ex-clusivo do ideal de bem comum. Por essas e outras razões, inerentes ao nosso mister, sentimo-nos honrados com a oportunidade de sediar tão importante evento, que sempre nos abre portas para novos horizontes. Sejam todos bem-vindos ao 118º Encontro do Con-selho dos Tribunais de Justiça.

A minha relação com esta terra se iniciou com uma viagem de Minas Gerais para Ron-dônia, o então novo Eldorado, criado naquele ano, 1982, que transformou o meu destino de forma apaixonante e, oxalá, irrevogável.

Aos 34 anos de magistratura e 60 de idade, estou passando pelo desafi o que é a presidência do Tribunal. Faço-o sem recla-mar, porque entendo que quem não gosta de problema não deve administrar.

A presença do Conselho dos Tribunais de Justiça como órgão de representação nacional do Judiciário de cada Estado se consagra, cada vez mais, nos proveitosos encontros que nos proporcionam um sen-timento de segurança, pela intensa troca de ideias, e de conforto, pela certeza da tomada em conjunto da melhor decisão.

A possibilidade de sugerirem soluções que muitas vezes não encontramos indivi-dualmente, no dia a dia das nossas gestões, confere ao Conselho a elevada missão de unicidade das decisões a serem repercuti-das nos estados.

Temos, por intermédio do Conselho dos Tribunais de Justiça, não somente o

intercâmbio de nossos anseios e experi-ências, mas relações institucionais que aprimoram a prestação jurisdicional e, como resultado, a transformação necessá-ria para a paz social que tanto almejamos.

Tenho orgulho de integrar um Tribunal de Justiça pioneiro em soluções tecnoló-gicas para uma entrega jurisdicional que atenda aos anseios da sociedade de maneira mais célere e efi ciente.

O impacto permanente da tecnologia, na forma como as pessoas trabalham, evidencia a era exponencial em que vivemos. É tudo muito veloz e o uso intensivo dos recursos tecnológicos transforma o mundo, as pesso-as, seus hábitos e até a maneira de pensar. Daí a necessidade de adequação constante para acompanhar toda essa evolução e fazer bom uso dela a favor do bem comum.

A Justiça rondoniense vivencia uma imensa revolução com a questão da tecno-logia. Desenvolvido por analistas do Tri-bunal de Justiça de Rondônia, o Sinapses, sistema cujo banco de dados é alimentado para defi nir o movimento processual em produção, repercute positivamente entre instituições e já foi adotado, por meio de um termo de colaboração técnica, pelo CNJ, onde analistas do TJRO integram o Núcleo de Inteligência Artifi cial e atuam no progra-ma com o próprio Conselho. O instrumen-to nacionaliza o Sinapses para que ele seja o sistema de Inteligência Artifi cial ofi cial de transformação digital do sistema judiciário brasileiro. Nós disponibilizamos versões atu-alizadas nacionalmente, e somente Rondônia tem essa prerrogativa, atualmente.

O Sinapses, pela sua relevância na otimi-zação de atividades repetitivas, que podem ser realizadas por um robô, tem despertado interesse de diversos órgãos com cotidiano

Conselho dos Tribunais de Justiça: fonte de soluções que somente a união consegue apontar

Temos, por intermédio do Conselho dos Tribunais de Justiça, não somente o

intercâmbio de nossos anseios e experiências, mas relações institucionais

que aprimoram a prestação

jurisdicional e, como resultado, a transformação necessária para

a paz social que tanto

almejamos.

ApresentaçãoEDIÇÃO 21 ANO V / NOVEMBRO DE 2019

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REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

e tarefas semelhantes. A ferramenta oferece a possibilidade de trabalhar em comunidade e, desse modo, reunimos todos os tribunais em um foco único. É uma conquista que nos alegra o co-ração, pois permite deixarmos de fazer um serviço literalmente robótico para usarmos o nosso tempo em tarefas que só o talento humano pode desenvolver.

Nessa perspectiva, sem medo de er-rar ou de estar falando alguma dema-sia, o parque tecnológico da Justiça de Rondônia é um dos mais avançados do Brasil. Nós temos metas rígidas a atingir e, consequentemente, trabalhamos sob pressão, mas, também, temos o apoio da tecnologia para ajudar tanto servidores como magistrados.

Por ser uma instituição que atende a uma diversidade enorme de demandas, temos, no Tribunal de Justiça de Ron-dônia, muitos projetos. Trabalhamos para todas as áreas que envolvem a vida das pessoas, portanto esses projetos têm como objetivo principal o cidadão e a satisfação das suas necessidades. Mas é claro que as mais emergenciais são as que temos buscado priorizar. Uma de-las é a celeridade processual, que vai ao encontro de uma das principais queixas do cidadão e que eu costumo chamar de “dor do judiciário”, que é a lentidão. Daí a nossa preocupação em dotar o TJRO de ferramentas que proporcionem a movi-mentação mais ágil dos processos.

O movimento de inovação é muito importante para o Judiciário, não ne-cessariamente pelo que se consegue em termos de novas soluções, mas pelo des-pertar das pessoas para a possibilidade de contribuir em qualquer nível.

Desde a recepção do prédio até a função que represente a fi nalização de um determinado serviço, sempre have-rá espaço para fazer melhor, diferente e de uma forma que atinja com mais precisão os nossos objetivos. A cria-ção do nosso Escritório de Inovação traduz, perfeitamente, essa busca, que dá ênfase aos potenciais, muitas vezes, adormecidos nas pessoas.

Inovação, vale lembrar, não é só tec-nologia. Então, esse despertar, e aqui

tomo como exemplo os nossos Cafés com Inovação - eventos quinzenais de palestras, ofi cinas e painéis -, muito nos enriquecem o conhecimento. O Espaço de Cocriação, onde os cafés são realizados, foi idealizado a partir de uma sala que não era utiliza-da, porém se transformou em um lugar de diferentes e memoráveis encontros, com profi ssionais renomados de diver-sas áreas de conhecimento e atuação, que nos elevam as capacidades laborais, com dinâmicas que envolvem exercícios para desenvolver a criatividade, o raciocínio, a concentração e, principalmente, a ma-neira de pensar, aliadas a técnicas que proporcionam melhorias em diversos aspectos da nossa atuação.

Temos a oportunidade, nesse verda-deiro laboratório de inovação, de aferir a sua utilidade e a possibilidade de es-tarmos sempre, no nosso ambiente de trabalho ou nas nossas relações pessoais, pensando no que se pode fazer, de for-ma mais produtiva, mais efi ciente e que possa atingir a nossa fi nalidade principal, que é distribuir justiça. Estamos, cada vez mais, focados no que realmente impor-ta. Na área meio do Tribunal, toda a sua estrutura administrativa tem contado com uma evolução constante, tanto em termos tecnológicos quanto em termos de relações pessoais. O estímulo aos pro-gramas de saúde, à prática de esportes outdoor, aos cursos e às formações téc-nicas em diversas áreas, que muitos não teriam chance de fazer fora do ambiente do TJRO, é um exemplo.

A forma como a Justiça trabalha hoje, aliada à tecnologia, vai torná-la muito mais célere. Para se ter uma ideia, nós estamos acabando com os cartórios que funcionam junto aos magistrados. Desde a gestão do desembargador Sansão Sal-danha, desenvolveu-se a ideia de que, em virtude de se trabalhar com o processo eletrônico, e considerando que este pode ser trabalhado a partir de qualquer lugar, juntamos todos os servidores numa Cen-tral de Processo Eletrônico, a CPE, que trabalha em três turnos, das 7h às 13h, das 13h às 19h e das 19h até 1h. Esse mo-vimento, de certa forma, sobrecarrega os magistrados, porque a estrutura tecnoló-

gica para o trabalho deles ainda não é tão ágil como a estrutura para os servidores que lidam com esses processos.

A evolução tecnológica abrange, tam-bém, as estruturas prediais do Judiciário rondoniense. Hoje não construímos mais prédios. O sistema Built to Suit (BTS) permite que o Tribunal de Justiça faça uso de uma estrutura alugada, totalmente ade-quada às suas necessidades, sem se ocupar com serviços, despesas e manutenção de obras. Este tipo de investimento nos poupa de ter de arcar com despesas de um prédio com ocupação parcial de sua estrutura em função das mudanças ve-lozes que as tecnologias têm imposto ao nosso modo de vida e trabalho.

O TJRO já permite, em alguns ca-sos muito específi cos, que o servidor de uma comarca trabalhe com processos de outra comarca. Isso é uma tendência. O mundo está num processo de revolução de enorme magnitude. Como exemplo, já tivemos audiência em que a testemu-nha estava fora do país, contudo o juiz se comunicou com ela pelo WhatsA-pp, com apresentação do documento. Nada mais impede essa interação di-gital entre os atores da Justiça. Afi nal, as conexões são ótimas. Aliás, todas as comarcas do Estado de Rondônia são ligadas via rádio numa altíssima cone-xão. Onde houver uma sede do Poder Judiciário, nós estamos conectados com uma velocidade muito boa.

As distâncias não são obstáculos para o Judiciário de Rondônia. Isso pode ser constatado, também, pelo grande exem-plo de inclusão que é o barco que trans-porta pessoas e materiais necessários para as operações realizadas anualmente nos locais de difícil acesso, a Justiça Rápi-da Itinerante.

A sociedade depende da Justiça para uma vida saudável, e a nossa missão é ga-rantir que cada vez que o cidadão neces-site do nosso serviço, para que seus di-reitos sejam assistidos, possa ter o acesso que for mais condizente com a sua reali-dade. Nossa missão é oferecer à socieda-de o acesso efetivo à Justiça e, com certe-za, a celeridade está intimamente ligada à satisfação plena do nosso jurisdicionado.

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REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Pela autonomiado JudiciárioEm Porto Alegre, 117º Encontro

do Conselho reforça defesa

da Justiça Estadual. PÁGINAS 8 A 13.

Desafi os da Justiçano século XXIMinisto Paulo de Tarso Sanseverino,

do STJ, analisa impactos da tecnologia

na Magistratura. PÁGINA 14.

Porto Velhorecebe o 118ºEncontro do Conselho Capital de Rondônia sedia

reunião dos desembargadores

presidentes de TJs do Brasil,

de 7 a 9 de novembro. PÁGINAS 42 A 47.

Desembargador reage à lei do abusoProjeto recebe críticas do presidente

Carlos Eduardo Duro. PÁGINAS 18 E 19.

EDITORA RESPONSÁVEL

EDITORA PRESERVAR LTDACNPJ : 14.936.539/0001-61

EDITOR RESPONSÁVEL

WALBERT MONTEIRO DRT 1095/PA

TEXTOS E FOTOSASSESSORIAS DOS TRIBUNAIS

DE JUSTIÇA, CNJ, WIKIMEDIA, FREEIMAGES.

EXPEDIENTE

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Nesta ediçãoEDIÇÃO 21 ANO V / NOVEMBRO DE 2019

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NOVEMBRO 20196

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Tribunal de Justiça do Acre Des. FRANCISCO DJALMA(2019-2021)

Tribunal de Justiça de AlagoasDes. TUTMÉS AIRAN DE ALBUQUERQUE MELO (2019-2021)

Tribunal de Justiça do Amapá Des. JOÃO GUILHERME LAGES MENDES (2019-2021)

Tribunal de Justiça do Amazonas Des. YEDO SIMÕES DE OLIVEIRA (2018-2020)

Tribunal de Justiça da Bahia Des. GESIVALDO BRITTO (2018-2019)

Tribunal de Justiça do Ceará Des. WASHINGTON LUIS BEZERRA DE ARAÚJO (2019-2021)

Tribunal de Justiça do DF e Territórios Des. ROMÃO CÍCERO DE OLIVEIRA (2018-2020)

Tribunal de Justiça do Espírito Santo Des. SÉRGIO LUIZ TEIXEIRA GAMA(2018-2019)

Tribunal de Justiça de Goiás Des. WALTER CARLOS LEMES(2019-2021)

Tribunal de Justiça do Maranhão Des. JOSÉ JOAQUIM FIGUEIREDO DOS ANJOS (2018-2019)

Tribunal de Justiça do Mato Grosso Des. CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA (2018-2020)

Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul Des. PASCHOAL CARMELLO LEANDRO (2019-2021)

Tribunal de Justiça de Minas Gerais Des. NELSON MISSIAS DE MORAIS(2018-2020)

Tribunal de Justiça do Pará Des. LEONARDO NORONHA TAVARES(2019-2021)

Tribunal de Justiça da Paraíba Des. MÁRCIO MURILO DA CUNHA RAMOS (2019-2021)

Tribunal de Justiça do Paraná Des. ADALBERTO JORGE XISTO PEREIRA (2019-2021)

Tribunal de Justiça de Pernambuco Des. ADALBERTO DE OLIVEIRA MELO (2018-2019)

Tribunal de Justiça do Piauí Des. SEBASTIÃO RIBEIRO MARTINS (2019-2021)

Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro Des. CLÁUDIO DE MELLO TAVARES (2019-2021)

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte Des. JOÃO REBOUÇAS(2019-2021)

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul Des. CARLOS EDUARDO ZIETLOW DURO (2018-2019)

Tribunal de Justiça de Rondônia Des. WALTER WALTENBERG SILVA JÚNIOR (2018-2019)

Tribunal de Justiça de Roraima Des. MOZARILDO CAVALCANTI(2019-2021)

Tribunal de Justiça de Santa Catarina Des. RODRIGO COLLAÇO(2018-2019)

Tribunal de Justiça de São PauloDes. MANOEL DE QUEIROZ PEREIRA CALÇAS (2018-2019)

Tribunal de Justiça de Sergipe Des. OSÓRIO DE ARAÚJO RAMOS FILHO (2019-2021)

Tribunal de Justiça do Tocantins Des. HELVÉCIO DE BRITO MAIA NETO (2019-2021)

PRESIDENTESDOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

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NOVEMBRO 2019 7

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

REGIÃO NORTEDesa. ELAINE CRISTINA BIANCHI (TJRR)

REGIÃO NORDESTEDes. CLEONES CARVALHO CUNHA (TJMA)

REGIÃO SUDESTEVAGO

REGIÃO SULDes. LUIZ FELIPE SILVEIRA DIFINI (TJRS)

REGIÃO CENTRO-OESTEDes. JOÃO MARIA LÓS (TJMS)

Des. JOSÉ FERNANDES FILHO

Des. MARCUS ANTONIO DE SOUZA FAVER

Des. MILTON AUGUSTO DE BRITO NOBRE

Des. PEDRO CARLOS BITENCOURT MARCONDES

MEMBROSDes. PAULO ROBERTO VASCONCELOS (TJPR)

Des. LEOBINO VALENTE CHAVES (TJGO)

Des. JOSÉ CARLOS MALTA MARQUES (TJAL)

Des. RONALDO EURÍPEDES DE SOUZA (TJTO)

Des. RUI RAMOS RIBEIRO (TJMT)

Des. FREDERICO RICARDO DE ALMEIDA NEVES (TJPE)

Des. JOÁS DE BRITO PEREIRA FILHO (TJPB)

Desa. RENATO BRAGA BETTEGA (TJPR)

Des. LUIS ARAÚJO MENDONÇA (TJSE)

EX-PRESIDENTES

DESEMBARGADORCARLOS EDUARDO ZIETLOW DUROTRIBUNAL DE JUSTIÇADO RIO GRANDE DO SUL

VICE-PRESIDENTESPRESIDENTE

COMISSÃO EXECUTIVACONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

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NOVEMBRO 20198

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Da abertura, com o pronuncia-mento do Desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro, ao encerra-mento, com a divulgação da Carta de Porto Alegre, o 117º Encontro do Conselho dos Tribunais de Jus-tiça foi marcado por uma sucessão de atividades voltadas a qualifi car e fortalecer a Justiça Estadual, o Poder

Judiciário nacional e a prestação ju-risdicional à população.

O Desembargador Carlos Edu-ardo Duro, que preside o Conse-lho dos Tribunais de Justiça e o Tribunal de Justiça do Rio Gran-de do Sul, destacou a importância da Justiça Estadual, que responde por 80% dos cerca de 80 milhões

de processos que tramitam no Ju-diciário brasileiro. Ele defendeu a harmonia e a independência dos poderes, que devem, como de-termina a Constituição Federal, ajustar previamente as diretrizes orçamentárias.

“A Justiça Estadual afi rma a ne-cessidade da manutenção do Estado Democrático de Direito, que pres-supõe independência e harmonia entre os Poderes, todos trabalhando em perfeito equilíbrio, afastando-se a existência de poder absoluto”, sus-tentou o Desembargador.

ASCOM / TJRS

Desembargadores presidentes de TJs do Brasil na cerimônia de abertura do 117º

Encontro, em Porto Alegre.

Encontro em Porto Alegre reafi rma a autonomia do Poder JudiciárioPAZ | Presidente Carlos Eduardo Duro defendeu harmonia entre os Poderes

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NOVEMBRO 2019 9

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Conforme ele, não há Judiciário in-dependente sem autonomia fi nancei-ra para gerir os seus recursos. Nesse contexto, impõe-se também o repasse dos duodécimos no prazo previsto na Constituição Federal, sob pena de in-viabilizar a atuação do Judiciário.

A abertura do Encontro, no dia 1º de agosto, no Plenário Pedro Soares Muñoz, no TJ gaúcho, contou com as presenças do Governador do RS, Edu-ardo Leite; Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Luis Augusto Lara; Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo de Tarso Vieira Sanseverino; Presidente do TRF4, De-sembargador Victor Laus; Procurador--Geral de Justiça, Fabiano Dallazen; e Defensor Público-Geral, Cristiano He-erdt, entre outras autoridades.

O tema do abuso de autoridade constou do discurso do Presidente do Conselho dos TJs como uma grande preocupação. “Pretende-se a instituição de norma disciplinando abuso de auto-ridade, fragilizando a atuação do Poder Judiciário, em prejuízo à sociedade, cau-sando insegurança aos operadores do direito, não obstante exista no ordena-mento jurídico regramento pertinente”.

Ao fi nalizar, o Desembargador Duro disse ter certeza de que os Magistrados presentes sairiam do 117º Encontro mais capacitados para o cumprimen-to de suas missões em favor da Justiça Estadual, do Poder Judiciário, do Estado Democrático de Direito e da sociedade.

INTENSOS DEBATESNAS REUNIÕES INTERNAS

O segundo dia (2/8) do 117º En-contro do Conselho dos Tribunais de Justiça, em Porto Alegre, foi do-minado por intensos debates dos Magistrados nas reuniões internas que começaram pela manhã, prosse-guiram à tarde e invadiram a noite, sob a presidência do Desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro.

Entre outros temas, foram abor-dados o abuso de autoridade; a ten-tativa de violação de sigilos fiscal e

ASCOM / TJRS

Presidente do Conselho, desembargador Carlos Eduardo Duro destacou que a independência da Justiça consagra a democracia.

bancário e investigação de Ministros do STF e de Magistrados sem obser-vância da Lei Orgânica da Magistra-tura; regime próprio previdenciário; a observância do Princípio Federa-tivo e da autonomia administrativa e financeira dos Tribunais de Justiça dos Estados; a maior participação dos Tribunais Estaduais no Conse-lho Nacional de Justiça (CNJ); a pre-ocupação com eventuais condutas abusivas que afrontam a indepen-

dência do Poder Judiciário e às prer-rogativas da Magistratura; e o Regi-mento Interno do Conselho de TJs.

Elogiado por seus pares pela con-dução dos trabalhos, o Desembarga-dor Carlos Eduardo Duro avaliou que o 117º Encontro do Conselho dos Tribunais proporcionou a troca de experiências e conhecimentos en-tre todos os TJs, objetivando a me-lhor prestação jurisdicional à popu-lação de cada Estado brasileiro.

AGRADECIMENTOSO Conselho dos Tribunais de Justiça

agradece às organizações abaixo relacio-nadas pela parceria no 117º Encontro, reali-zado em Porto Alegre, em 1º e 2 de agosto.1 - Barão Erva-Mate2 - Panvel3 - Ximango Indústria de Erva-Mate4 - Grupo Zaffari5 - Casa Bonita6 - Secretaria de Desenvolvimento, Turis-mo e Inovação de Pelotas7 - IFashion Outlet Nova Hamburgo

8 - Kur Cosméticos9 - Prosperato10 - Banco do Brasil11 - Cerveja Salva12 - Facas Gaúcha13 - Biamar Malhas e Confecções LTDA.14 - Megainox15 - Banrisul16 - Banco Safra17 - Brilhare Joiás18 - MW do Brasil19 - Prefeitura Municipal de Soledade

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REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Procuramos alinhar procedimentos para levarmos aos nossos estados. Tomar decisões frente a eventuais difi culdades, de forma a aplicarmos às nossas realidades. Des. Francisco Djalma da SilvaPresidente do TJAC

O objetivo é trocar experiências e informações para que possamos fazer um Poder Judiciário capaz de dar respostas à altura dos problemas da população.Des. Tutmés Airan de Albuquerque Presidente do TJAL

Viemos para buscar novos conhecimentos que nos possibilitem melhorar a atividade do TJ de Goiás.Des. Walter Carlos Lemes Presidente do TJGO

Debateremos temas importantes, desde os que estão em discussão no Congresso Nacional até os que envolvem a classe, em razão das peculiaridades e das demandas de cada tribunal.Des. Yedo Simões de Oliveira Presidente do TJAM

Há uma grande troca de experiências e de conhecimentos entre todos os componentes, visando sempre a prestação jurisdicional adequada para a população. Des. Carlos Eduardo Zietlow Duro Presidente do TJRS

Venho para acompanhar e observar o planejamento dos tribunais, uma vez que o TJDF e dos Territórios, sendo mantido pela União, tem uma estrutura diferenciada em relação aos demais.Des. Romão Cícero de Oliveira Presidente do TJDF e dos Territórios

MANIFESTAÇÕES DE MAGISTRADOS E AUTORIDADES

ASCOM / TJRS

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NOVEMBRO 2019 11

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Um tema que me parece signifi cativo é a sub-representação da Justiça Estadual no Conselho Nacional de Justiça. A Justiça Estadual responde por 80% dos processos e tem uma representação de apenas dois conselheiros entre os 15 do CNJ.Des. Luiz Felipe Silveira Difini Vice-presidente do CTJS para a região Sul

Precisamos nos preparar para o futuro, para melhorar a prestação jurisdicional, que é nossa atividade fi m. Há uma diversidade de tribunais e não podemos aplicar a mesma regra a todos. Precisamos adaptar as novidades às nossas realidades locais. Des. Gesivaldo Nascimento BrittoPresidente do TJBA

É a oportunidade para trocarmos experiências e discutirmos assuntos comuns a todos. Como, por exemplo, os impactos das resoluções do CNJ nas gestões dos tribunais, cujas realidades são díspares.Des. Washington Luis Bezerra de AraújoPresidente do TJCE

São discussões importantes para defi nir os rumos da Justiça Estadual e, principalmente, a autonomia administrativa e fi nanceira dos tribunais, no sentido de prestar uma melhor jurisdição, considerando as peculiaridades de cada estado. Desa. Elaine Cristina Bianchi (TJRR) Vice-presidente do CJTS para a região Norte

Deste encontro saem soluções para cada um de nós, em relação aos nossos tribunais. É uma oportunidade de todos discutirmos nossos problemas, que são comuns, em relação às resoluções do CNJ. Des. Renato Braga Bettega (TJPR)Membro da comissão executiva do CTJS

Todos os temas arrolados na pauta são importantes, sobretudo, aqueles que dizem respeito à resolução nº 280 e também ao Estatuto do Colégio de Presidentes. Des. Artur Marques da Silva Filho Vice-presidente do TJSP

Compartilhamos experiências e as levamos para os nossos estados. Isso contribui para a melhoria do Poder Judiciário. Des. Adalberto Jorge Xisto Pereira Presidente do TJPR

Este momento serve para trocarmos ideias e levarmos aos Tribunais Superiores os nossos anseios por uma magistratura estadual mais unida, independente, respeitada e forte. Não há democracia se não houver um Poder Judiciário independente e forte.Des. João Guilherme Lages Mendes Presidente do TJAP

A união faz a força. Quando estamos juntos, discutimos nossos problemas para encontrar a melhor solução para todos. É para isso que serve o Conselho e suas reuniões periódicas. Des. Cleones Carvalho Cunha (TJMA) Vice-presidente do CTJS para a região Nordeste

O encontro é excelente,

não apenas pela qualidade dos assuntos, mas, sobretudo, pelo nível de discussão. São temas que extrapolam os interesses do Poder Judiciário, são de interesse nacional. Des. Ronaldo Eurípedes de Souza (TJTO) Membro da Comissão Executiva do CTJS

O debate é muito rico. As ideias surgem de todos os lados, sendo uma grande oportunidade estar aqui. Des. Walter Waltenberg Silva Júnior Presidente do TJRO

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NOVEMBRO 201912

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

0 Conselho tem se notabilizado por ser um meio por onde se desenrolam discussões que têm a fi nalidade de fazer os diversos setores do Poder Judiciário serem mais sensíveis às demandas. Des. José Carlos Malta Marques (TJAL) Membro da Comissão Executiva do CTJS

Os presidentes sairão do encontro com oportunidades para implantar muitos projetos em seus tribunais. Foi um momento fantástico, conseguimos resolver muitas questões em prol do Poder Judiciário. Des. Paulo Roberto Vasconcelos (TJPR) Membro da Comissão Executiva do CTJS

O Rio Grande do Sul transformou-se no epicentro da Justiça no Brasil. O Poder Judiciário vem fazendo o dever de casa, 'cortando na carne' na redução de custos. Deputado Luis Augusto Lara Presidente da Assembleia Legislativa do RS

É um momento de refl exão sobre temas importantes. Precisamos procurar soluções, em benefi cio da prestação jurisdicional. Des. Paschoal Carmello Leandro Presidente do TJMS

MANIFESTAÇÕES DE MAGISTRADOS E AUTORIDADES

As difi culdades de operacionalização do sistema PJe é uma das pautas em discussão. Alguns tribunais entendem ser ele um sistema pesado e lento. Devem ser ouvidos todos para que se chegue a uma conclusão ideal para o país. Des. Luis Araújo Mendonça (TJSE) Membro da comissão executiva do CTJS

Discutiremos os problemas mais relevantes do Poder Judiciário, frente, inclusive, aos de caráter nacional. A Justiça, como um dos três poderes da República, não pode fi car à margem desses temas. Des. Alberto Romeu Gouveia LeiteVice-presidente do TJSE

Tornar a prestação jurisdicional mais célere é um desejo do Poder Judiciário. Estes eventos se destinam a essa busca, atavés do intercâmbio. Os estados não são iguais e aqui ouvimos todos. Isso é muito importante. Des. Sérgio Luiz Teixeira Gama Presidente TJES

O Conselho dos TJs é fundamental para a troca de experiências e para o entendimento das diferentes realidades. Essa condição exige um alinhamento, que pressupõe diálogo entre os estados e entre os poderes, buscando todos uma mesma direção.Eduardo LeiteGovernador do Rio Grande do Sul

Devemos tratar de matérias inerentes a cada tribunal. Como, por exemplo, as resoluções nº 88 e 219, que são o ‘calcanhar de Aquiles’ dos tribunais, e o fortalecimento dos tribunais estaduais junto ao CNJ. Des. José Joaquim Figueiredo dos Anjos Presidente do TJMA

O evento cumpriu rigorosamente ao que se propunha. Muitas questões importantes foram discutidas, soluções foram apontadas. O presidente Carlos Duro tem dado uma dinâmica especial ao funcionamento do Conselho. Des. Rodrigo Tolentino de Carvalho Collaço Presidente do TJSC

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NOVEMBRO 2019 13

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Embora o Brasil tenha uma dimensão continental, é possível unifi car as ações para fortalecinento do Judiciário, a celeridade na prestação jurisdicional promove a própria cidadania e a paz social. Des. Nelson Missias de Morais Presidente do TJMG

A carta dos presidentes deverá apresentar os anseios da magistratura nacional e também uma resposta à sociedade. Somos servidores públicos, e é a ela que devemos servir. Agindo com efi ciência e transparêcia, e fazendo muito com pouco. Des. João Rebouças Presidente do TJRN

Um dos temas de maior relevância é a agilização do Poder Judiciário. Temos algumas experiên-cias e viemos na esperança de levar alternativas melhores aplicadas em outros estados. Des. Carlos Alberto Alves da RochaPresidente do TJMT

É a primeira vez que participo do encontro e me sinto muito bem acolhida. O evento é muito importante, na medida em que todos trazem experiências próprias para discutir a atualidade do Judiciário de um modo geral. Desa. Maysa Vendramini Rosal Representante do TJTO

A vida do Judiciário está aqui e, diante das peculiaridades de cada região, é possível chegarmos a denominadores comuns que possam alcançar a realidade de todos. Desa. Célia Regina de Lima Pinheiro Vice-presidente do TJPA

É uma oportunidade para

apresentarmos ideias, críticas e sugestões para que o Judiciário nacional possua uma visão mais unânime em relação a temas polêmicos, que vão desde a execução penal até as questões orçamentárias. Des. Márcio Murilo da Cunha Ramos Presidente do TJPB

É um momento de aprendizagem, de troca de experiências e também de confraternização. Processo eletrônico, melhoria da produtividade, tecnologia a serviço da justiça são alguns dos temas debatidos. Des. Sebastião Ribeiro Martins Presidente do TJPI

Através da troca de experiências nos fortalecemos e levamos as nossas propostas ao CNJ para que o presidente do tribunal possa administrar com autonomia e independência, todos unidos somos muito mais fortes. Des. Claudio de Mello TavaresPresidente do TJRJ

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NOVEMBRO 201914

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

EDUARDO NICHELE/TJRS

Em palestra, o ministro Paulo de Tarso

Sanseverino falou sobre novos recursos e

inteligência artificial.

Os desafi os da Magistratura no século XXI foram abordados pelo Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo de Tarso Vieira Sanseverino em palestra proferida no segundo dia (2/8) do 117º En-contro do Conselho dos Tribunais de Justiça, no TJRS. A vida profi ssio-nal dos Magistrados tornou-se mais complexa e controlada por organis-mos, mídia e sociedade digital.

Uma das grandes questões da atu-alidade é a revolução tecnológica, que traz benefícios, como o processo judi-cial eletrônico, mas também proble-mas, como a invasão de privacidade por hackers, por exemplo.

Falando sobre a inteligência arti-fi cial, já utilizada por escritórios de advocacia, o palestrante deu como exemplo o que acontece com quem faz uma simples pesquisa sobre uma cidade turística na internet. A par-tir da busca, o internauta passa a ser bombardeado por informações rela-tivas ao assunto, sem que tenha soli-citado. É um tipo de invasão de pri-vacidade, que precisa ser controlado, constata o Ministro.

Os cerca de 18 mil Magistrados que atuam no país defrontam-se com cerca de 80 milhões de pro-cessos em tramitação, enquanto a Advocacia conta com 1,2 milhão

de profissionais. Em grande par-te, o congestionamento processu-al é provocado pelas demandas de massa, repetitivas, como as ações de revisão dos contratos bancários, surgidas na década de 1990. O Su-premo Tribunal Federal (STF) tem usado como antídoto o mecanismo da repercussão geral e o STJ, os re-cursos repetitivos.

Somados a problemas como o nú-mero de processos e as demandas de massa, os Magistrados deste século têm de fazer a gestão dos processos e a gestão do pessoal do gabinete, res-tando pouco tempo para se dedicar a processos marcantes. Sanseverino defendeu um resgate da atividade-fi m do juiz, que é a jurisdição, o julgamen-to de processos. Ele recomendou a simplifi cação como chave para boas soluções na carreira.

Ministro do STJ aborda os desafi os da Magistratura no século XXICHAVE | Paulo de Tarso Sanseverino avaliou aspectos da tecnologia

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NOVEMBRO 2019 15

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

EDUARDO NICHELE/TJRS

Reunião dos desembargadores

amplia o debate sobre questões importantes da

Magistratura.

O desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, presidente do Tribu-nal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), participou, em Porto Alegre (RS), do 117º Encontro do Conselho dos Tri-bunais de Justiça. O desembargador destacou que a reunião é um mo-mento oportuno para a apresentação de boas práticas aplicadas ao sistema de Justiça.“Também para buscarmos soluções conjuntas para problemas comuns aos tribunais, especialmente

de mesmo porte”, assinalou Carlos Al-berto Alves da Rocha.

O presidente do Tribunal de Justi-ça do Estado do Piauí (TJ-PI), desem-bargador Sebastião Ribeiro Martins, também presente no 117º Encon-tro do Conselho dos Tribunais de Justiça, defendeu a autonomia dos Tribunais de Justiça, um dos temas discutidos durante o evento. Para ele, o Encontro do Conselho dos Tribunais de Justiça é sempre um

momento importante de aprendizado e troca de experiências.

“Neste momento, um dos assun-tos mais importantes em debate é a autonomia dos tribunais. Sabemos da relevância do CNJ (Conselho Na-cional de Justiça), mas algumas reso-luções, em tese, ferem a autonomia dos tribunais”, declarou o desem-bargador Sebastião Ribeiro Martins, exemplifi cando que recentemente o presidente do Suprem,o Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffo-li, comunicou que a Resolução n. 88 deverá ser fl exibilizada em respeito às especifi cidades de cada tribunal. A norma determina que 50% dos cargos em comissão sejam preenchi-dos por servidores efetivos.

Desembargadoresmostram boaspráticas embusca de soluçõesAPRENDIZADO | Reunião possibilita troca de experiências na gestão

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NOVEMBRO 201916

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

O CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA, reunido em Porto Alegre/RS, ao fi m do 117º Encontro, havido nos dias 1º e 2 de agosto de 2019, divulga, para conhecimento público, suas conclusões, aprovadas por unanimidade:

1) REPUDIAR qualquer tentativa de violação de sigilos fi scal e bancário pro-tegidos pela Constituição, bem como a suposta investigação de Ministros do Supremo Tribunal Federal e de Magistrados sem a observância de parâmetros estabelecidos no art. 33, parágrafo único, da Lei Orgânica da Magistratura, con-forme noticiado pela imprensa;

2) SALIENTAR a necessidade de manutenção da Magistratura em regime próprio previdenciário por se tratar de carreira típica de Estado, face suas pecu-liaridades, que importa em regramento previdenciário distinto;

3) MANIFESTAR-SE contrariamente à instituição de norma disciplinando abuso de autoridade, fragilizando a atuação do Poder Judiciário, em prejuízo à sociedade;

4) RESSALTAR a importância da observância do Princípio Federativo e da autonomia administrativa e fi nanceira dos Tribunais de Justiça dos Estados, as-segurados na Constituição Federal, com intuito de permitir o adequado funcio-namento dos mesmos;

5) AFIRMAR, considerando que à Justiça Estadual compete processar e julgar a maior parte das ações em trâmite no País (80% dos feitos), prestando serviços diretos à população, que a participação dos Tribunais Estaduais no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve ser proporcional à atividade desempenhada, proporcionando-se maior representatividade;

6) EXPRESSAR profunda preocupação com eventuais condutas abusivas que afrontam a independência do Poder Judiciário e às prerrogativas da Magistratura.

Porto Alegre, 2 de agosto de 2019.

CARTA DE PORTO ALEGRE117º ENCONTRO DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

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NOVEMBRO 2019 17

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

O Presidente do Conselho dos Tribunais de Justiça, e também do TJRS, Desembargador Carlos Edu-ardo Zietlow Duro, participou do 1º Encontro Ibero-Americano da Agenda 2030 no Poder Judiciário. O evento, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aconte-ceu em Curitiba, nos dias 19 e 20 de agosto, com o objetivo de reunir os 22 países ibero-americanos para discutir a institucionalização dos Objetivos de Desenvolvimento Sus-tentável (ODS) da Agenda 2030 nos Poderes Judiciários.

Voltado especialmente a integran-tes da cúpula ibero-americana, repre-sentantes dos três poderes, Ministé-rio Público e Tribunal de Contas da União (TCU), conselheiros do CNJ, diretores de Escolas Judiciais e con-vidados, o evento foi concebido para fortalecer, incentivar e promover parcerias entre os Poderes Judiciários de todos os países ibero-americanos; possibilitar a troca de experiências e o diálogo entre as instituições; de-senvolver indicadores que possam ser utilizados pelos Poderes Judiciários para unifi cação das métricas; e in-

centivar o desenvolvimento de pes-quisas, estudos de casos e o levan-tamento de boas-práticas no âmbito dos Poderes Judiciários.

AGENDA 2030A Agenda global 2030 é um

compromisso assumido por líderes de 193 Países, inclusive o Brasil, e coordenada pelas Nações Unidas, por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), nos termos da Resolução A/RES/72/279.OP32, de 2018, da Assembleia Geral da ONU.

São 17 Objetivos de Desenvol-vimento Sustentável e 169 metas a serem atingidas no período de 2016 a 2030, relacionadas à efetivação dos direitos humanos e promoção do desenvolvimento, que incorporam e dão continuidade aos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a partir de subsídios construídos na Rio + 20.

CNJ / TJRS / DIVULGAÇÃO

Desembargador Carlos Eduardo Duro (no detalhe) esteve em Curitiba para a reunião ibero-americana

da Agenda 2030.

Presidente do Conselho participa do 1º Encontro Ibero-AmericanoAGENDA 2030 | Evento teve a presença de representantes de 22 países

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NOVEMBRO 201918

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Assunto da maior importân-cia para a Magistratura nacional, o abuso de autoridade foi objeto de contestação pelo Conselho dos Tri-bunais de Justiça, por meio de Ofício encaminhado pelo Presidente Carlos Eduardo Zietlow Duro ao Presiden-te da República, Jair Bolsonaro.

No documento (veja cópia abai-xo), enviado em 16 de agosto, o De-sembargador gaúcho manifestou sua preocupação e contrariedade à aprovação do Projeto de Lei 7596/2017 pelo Congresso Na-cional, disciplinando o abuso de autoridade, com conceitos abs-tratos, sem clara tipificação, o que causa insegurança aos operadores do direito.

Acrescentou impor-se o veto ao projeto de lei pelo Presidente da Re-pública, possibilitando a manutenção do Estado Democrático de Direito e o adequado funcionamento do Po-der Judiciário, evitando-se fl agrante prejuízo à sociedade brasileira.

O fato teve repercussão, inclu-sive, no principal telejornal do país, o Jornal Nacional, da Rede Globo. De lá para cá, o assunto teve desdo-bramentos e continua a mobilizar a Magistratura. O Presidente acabou por vetar mais de 30 dispositivos da proposta, dos quais 18 foram derru-bados pelo Congresso Nacional.

Conselho dos TJs opõe-se à Lei de Abuso de Autoridade

OFÍCIO | Documento mostra posição contrária a projeto aprovado pelo Congresso REPRODUÇÃO

TJRS / ARQUIVO

Desembargador Carlos Eduardo Duro enviou ofício ao presidente Jair Bolsonaro.

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NOVEMBRO 2019 19

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

O Presidente do TJRS e do Con-selho dos Tribunais de Justiça, De-sembargador Carlos Eduardo Zie-tlow Duro, criticou a Lei de Abuso de Autoridade em evento promovi-do pelo Ministério Público do Rio

Grande do Sul para avaliar as re-percussões dessa legislação.

O Desembargador disse que não seria necessária uma nova lei, pois já há legislação vigente contra abusos de autoridades, além de os Juízes, por exemplo, serem fi scalizados pela Corregedoria-Geral de Justiça e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Conforme o Desembargador Car-los Duro, que foi um dos oradores da mesa de abertura do Seminário Re-percussões da Lei de Abuso de Auto-ridade, no último dia 21, não haveria necessidade de uma nova legislação, menos ainda como ocorre na Lei de

Abuso de Autoridade, com tipos abstratos, amplos, impróprios, que geram insegurança aos operadores do Direito, numa tentativa de tolher sua atuação.

O Desembargador acredita que o Supremo Tribunal Federal poderá declarar a inconstitucionalidade de dispositivos, corrigindo o texto le-gal, que, como está, merece rejeição da sociedade, pois atinge o Estado Democrático de Direito.

O Presidente do TJ conclamou os presentes a não esquecerem de sua importância no cumprimento do ofício.

Presidente do TJRS e do Conselho dos Tribunais de Justiça repele Lei de Abuso de Autoridade

EDUARDO NICHELE / TJRS

Desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro

manifestou-se em ato promovido pelo

Ministério Público.

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NOVEMBRO 201920

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

O BacenJud é um instrumento de co-municação eletrônica entre o Poder Judi-ciário e instituições fi nanceiras e outras autorizadas a funcionar pelo Banco Cen-tral (BC), que também faz a intermedia-ção, gestão técnica e serviço de suporte. Por meio desse sistema, os magistrados protocolizam ordens judiciais de requi-sição de informações, bloqueio, desblo-queio e transferência de valores bloque-ados, que são transmitidas às instituições para cumprimento e resposta.

O BC apenas transmite essas deter-minações às instituições fi nanceiras, que analisam a ordem judicial e comu-nicam aos seus clientes sobre as deter-minações de bloqueio e outros eventos que atinjam seus ativos, informando sempre a origem da ordem judicial, ci-tando Vara ou Juízo, número do proces-so e do protocolo da ordem.

O sistema substitui o ofício em papel para fi ns de requisição de informações (existência de contas, extrato, saldo e endereço), determinação de bloqueio, desbloqueio e transferência de valores, além de trazer agilidade, segurança e economia sem usurpar a atribuição de-cisória do Magistrado.

HISTÓRICONa década de 80, o Banco Central pas-

sou a receber as primeiras determinações judiciais. Em 1.992, criou uma equipe para atender a essas requisições e, a partir de 1998, passou a utilizar o sistema Divin

para tal fi nalidade, que se mostrou uma solução paliativa. Nesse período, o núme-ro de solicitações de informações bancá-rias feitas pelo judiciário ao BC foi cres-cente: 3.261 em 1993, atingindo 25.190 em 1997 e, já no ano 2.000, somando 71.675. A transmissão das informações às instituições fi nanceiras era realizada atra-vés do Sisbacen, ferramenta de correio eletrônico até então utilizada.

Em razão da crescente demanda do judiciário de acesso às informações bancárias através da expedição de ofí-cios, o Banco Central, em 1.999, deu início às tratativas para criação de um sistema informatizado que facilitasse a comunicação e reduzisse e tramitação de documentos físicos.

Assim, em maio de 2.001, foi implantado o sistema BacenJud 1.0, que oferecia as funcionalidades de bloqueio e desbloqueio de contas e de ativos fi nanceiros, comunicação da decretação e da extinção de falências, solicitação de informações sobre a existência de contas correntes e de aplicações fi nanceiras. A principal limitação desse sistema era que as respostas das instituições fi nanceiras aos magistrados continuavam a ocorrer pela via postal (papel). O BacenJud 1.0 recebeu 524 solicitações no ano de 2.001, atingindo 615.870 requisições em 2.005. Em 19 de dezembro daquele ano, deixou de receber ordens de bloqueio pois

O sistema BacenJud e sua importância para o Judiciário

DELVAN BARCELOS JUNIOR

Juiz Auxiliar da Presidência do TJMG e representante do Conselho dos Tribunais de

Justiça no Comitê Gestor do Bacenjud do CNJ

Em maio de 2001, foi implantado o sistema BacenJud 1.0, que oferecia

as funcionalidades de bloqueio e

desbloqueio de contas e de ativos fi nanceiros,

comunicação da decretação e da

extinção de falências, solicitação de

informações sobre a existência de

contas correntes e de aplicações fi nanceiras."

ARTIGO

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NOVEMBRO 2019 21

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

entrou em produção defi nitiva o BacenJud 2.0. Em 31/12/2008, o sistema BacenJud 1.0 foi desativado.

O projeto do BacenJud 2.0 teve início em 2.004 e objetivava não só o aperfei-çoamento do sistema em produção mas, sobretudo, atender a novas necessidades do judiciário. O volume de ofícios conti-nuava crescendo e a situação tornou-se insuportável. Contou com a parceria de representantes dos tribunais superiores (TST, STJ e CJF) e também das entida-des de classe do Sistema Financeiro Na-cional (FEBRABAN, ASBACE, ABBC, ABBI, ANBID e ANEF), ocasião em que foi formado o Grupo Gestor.

Esse projeto foi dividido em duas fases. A primeira envolveu a otimiza-ção do aplicativo: funcionalidades de bloqueio, desbloqueio, transferência e retorno das respostas das institui-ções fi nanceiras para o magistrado pelo próprio sistema com o respecti-vo controle pela autoridade judiciá-ria; integração de bancos comerciais e múltiplos (carteira comercial). Ainda nessa fase, cuidou-se da elaboração de normativos (convênios, regulamento, termos de adesão e comunicados), se-guidos da indispensável divulgação e treinamento. A fase foi concluída com recursos do Bacen em 18 meses, culmi-nando com a entrada em produção do novo sistema em dezembro de 2.005.

A segunda fase, com prazo de 24 meses para implementação (30/10/2007 a 29/10/2009), foi divi-dida em duas séries de funcionalida-des: prioritárias e complementares.

As funcionalidades prioritárias foram entregues em 29/02/2008 e envolveram a disponibilização no aplicativo da re-quisição de informações, automação do processo de transferência dos recursos bloqueados, a extensão das ordens aos bancos de investimento e bancos múlti-plos com carteira comercial, a atualiza-ção do cadastro de varas/juízos e de no-mes dos representantes das instituições fi nanceiras, dentre outras melhorias.

As complementares, cuja entrega (Fonte: Banco Central do Brasil)

BACENJUD EM DADOSAlguns números ilustram a importância dessa ferramenta e a sua eficácia para a en-

trega da prestação juris dicional:

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NOVEMBRO 201922

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

quear até o limite das importâncias especifi cadas e são cumpridas com observância dos saldos existen-tes em contas de depósitos à vista (contas-correntes), contas de investimento e de poupança, depósitos a pra-zo, aplicações fi nanceiras e demais ativos sob a adminis-tração e custódia da instituição participante, excluídos quaisquer limites de crédito (cheque especial, crédito rotativo ou conta garantida, por exemplo).

Cabe ao magistrado emissor da ordem, ao receber a resposta, verifi car a ocorrência de bloqueios em mais de uma instituição participante e cujos valores ultrapassem a importância especifi cada, promovendo o respectivo desbloqueio do excedente. Ainda, caso o bloqueio atinja quantias consideradas impenhoráveis por lei, cabe ao executado fazer a respectiva prova junto ao juízo emissor da ordem de bloqueio, caben-do ao magistrado decidir sobre a questão.

Em 12/12/2018 o Comitê Gestor do Bacen-Jud, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aprovou uma nova redação para o § 4º do arti-go 13 do regulamento do BacenJud 2.0, na parte refe-rente ao bloqueio de valores. Nela tornou obrigatório o monitoramento de ativos do devedor durante todo o dia em que a conta estiver imobilizada (bloqueio in-traday), mudança essa que aumentou a efetividade do sistema na recuperação de valores para pagamento de dívidas cobradas pela via judicial.

Como a redação anterior vigente não deixava ex-plícita essa obrigatoriedade, da pesquisa permanente de ativos do devedor, esse monitoramento não vinha sendo feito por todas as instituições fi nanceiras.

No cumprimento das ordens judiciais de penho-ra on-line, alguns bancos, cooperativas de crédito, corretoras e distribuidoras de valores faziam esse monitoramento de forma regular durante o dia, asse-gurando o bloqueio de eventuais créditos na conta do devedor registrados ao longo do dia.

Já outras instituições fi nanceiras faziam a varre-dura no início do dia, mas não mantinham o moni-toramento, o que permitiria que devedores sacassem recursos mesmo com as contas em situação de pe-nhora on-line.

O Conselho dos Tribunais de Justiça integra o Comitê Gestor do BacenJud, sendo responsável pela interlocução dos magistrados estaduais com o Banco Central, operador do referido sistema, relatando os problemas enfrentados e sugerindo melhorias que atendam aos anseios da magistratura estadual.

Informações mais detalhadas sobre o sistema Ba-cenJud 2.0 podem ser obtidas diretamente no sítio do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, no endereço http://www.cnj.jus.br/sistemas/bacenjud.

ocorreu até 29/10/2009, consistiram na integração que permitiu o BacenJud 2.0 realizar consultas ao Ca-dastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS) e na disponibilização de relatórios gerenciais. Nessa data o projeto foi encerrado e iniciada a fase de manutenção e suporte.

OUTRAS INFORMAÇÕESEm 2008 foi celebrado convênio de cooperação insti-

tucional entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Banco Central, com o objetivo de conjugar esforços para ratifi car, incentivar a utilização e aperfeiçoar o BacenJud.

Com a integração entre o BacenJud e o CCS, ao rece-ber a ordem judicial, o primeiro consulta a base de rela-cionamentos (quais instituições possuem negócios com o executado) do segundo para identifi car as instituições fi -nanceiras destinatárias, se não houver especifi cação pelo próprio magistrado.

As ordens de bloqueio de valores destinam-se a blo-

ENTENDA COMO FUNCIONA

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NOVEMBRO 201924

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

RICARDO LIMA/TJPA

Cerimônia no TJPA, em Belém, concedeu

prêmio a personalidades que comungam dos

valores que consagram a cidadania.

Vinte personalidades foram agra-ciadas com a Medalha da Ordem do Mérito Judiciário do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) durante ceri-mônia realizada no dia 9 de agosto, em alusão aos 192 anos de institui-ção dos Cursos Jurídicos no Brasil. O evento ocorreu no Plenário Des. Oswaldo Pojucan Tavares, no edifí-cio-sede do TJPA, sob a coordenação

do presidente da Corte, desembarga-dor Leonardo de Noronha Tavares.

As medalhas homenagearam magistrados, militares, autoridades públicas e personalidades que se tor-naram referência para o Poder Judi-ciário. Instituída pela Resolução nº 008/2005, de 1º de junho de 2005, a insígnia é outorgada por decisão unânime dos membros do Conselho

da Ordem do Mérito Judiciário Para-ense em quatro graus que compõem a Ordem: Grã-Cruz, Grande Ofi cial, Comendador, Ofi cial e Cavaleiro.

Em discurso, o desembargador Leonardo de Noronha Tavares afi r-mou que o TJPA revive a gratifi cante oportunidade de reconhecer e pre-miar a valiosa contribuição de enti-dades e personalidades à existência e às ações que o Poder Judiciário promove. Comungam dos princí-pios que consagram a cidadania, como um dos pilares em que re-pousam os fundamentos e práticas da democracia no País.

TJPA homenageia presidente do Conselho com Medalha do MéritoRECONHECIMENTO | Personalidades são agraciadas em evento

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NOVEMBRO 2019 25

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

“Presido esta concessão com a satisfação à altura da exaltação do empenho de pessoas e entidades agraciadas justamente pela atenção às causas públicas que as tornaram dignas de serem exaltadas. Critérios que balizam a concessão de honra-ria, contemplando personalidades nos graus correspondentes aos res-pectivos níveis de atuação e parceria”.

O magistrado destacou que a con-cessão da honraria torna pública a de-ferência aos agraciados, “estimulando futuras habilitações a personalidades que a ela venham a se recomendar, enobrecendo a existência humana, nas formas e atitudes com as quais também transmitem os meritórios exemplos de civismo e cidadania. A diversifi cação, cada vez mais acentuada, das respon-sabilidade e funções individuais e cole-tivas públicas e privadas, está impondo a necessidade de se agregar as contri-buições de cada personagem e respec-tivas corporações, no desempenho dos papéis correspondentes, canalizando para o objetivo comum de melhoria das condições de vida dos seres aos quais servimos”, destacou o magistrado.

Em nome dos agraciados, o ministro Eros Roberto Grau, que recebeu a me-dalha no grau Grã-Cruz, ressaltou que “a homenagem é maravilhosa”. Com o passar dos anos, disse ele, “vai se apren-dendo que as coisas mais simples, quan-do são produzidas - não estou falando de simplicidade da medalha, que é uma beleza, mas dos gestos que vem do co-ração dos amigos e das pessoas que nos consideram -, são maravilhosas. Estou muito emocionado”, concluiu.

Participaram ainda da solenidade o decano e vice-presidente em exercício do TJPA, desembargador Milton No-bre; a corregedora de Justiça da Região Metropolitana de Belém, desembarga-dora Nazaré Saavedra; a corregedora de Justiça das Comarcas do Interior,

RICARDO LIMA/TJPA

Desembargador Leonardo Tavares, presidente do TJPA,

entregou medalhas aos homenageados.

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NOVEMBRO 201926

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

RICARDO LIMA/TJPA

desembargadora Diracy Nunes Alves; o desembargador Rômulo Nunes; a desembargadora Vania Fortes Bitar; a desembargadora Nazaré Gouveia; o de-sembargador Ricardo Ferreira Nunes; o desembargador Ronaldo Valle; o de-sembargador Roberto Moura; a desem-bargadora Filomena Buarque; o desem-bargador Luiz Neto; o desembargador José Roberto Pinheiro Maia Bezerra Jú-nior; e a procuradora de Justiça Tereza Cristina Batista.

GRAUSA Grã-Cruz é outorgada a presidente

e ex-presidente da República, chefes de Estados estrangeiros, vice-presidente da República, presidente do Senado Fe-deral, presidente da Câmara dos Depu-tados, presidentes e membros dos Tri-

bunais Superiores, ministros de Estado, governadores dos Estados da União, presidentes de Assembleias Legislativas, almirantes de Esquadra, generais de Exército e tenentes-brigadeiros do Ar.

A Grande Ofi cial é outorgada a se-nadores, deputados federais, embaixa-dores, vice-governadores dos Estados, presidentes e membros dos Tribunais de Justiças Estaduais, prefeitos de ca-pitais, arcebispos, reitores de Universi-dades, procuradores gerais, secretários especiais de Estado, presidentes de Tri-bunais Regionais, presidentes de insti-tuições culturais, literárias, científi cas e profi ssionais, vice-almirantes, generais de Divisão, majores-brigadeiros e ou-tras autoridades de igual graduação.

A Comendador é outorgada a depu-tados estaduais, secretários executivos

de Estado, presidente de Câmaras de Vereadores de capitais, professores uni-versitários, membros dos Tribunais de Contas e dos Tribunais Regionais Fede-ral, Trabalho e Eleitoral, procuradores de Justiça, procuradores do Estado, pre-sidentes de instituições culturais, literá-rias, científi cas e profi ssionais, bispos, contra-almirantes, generais de brigadas, brigadeiros do ar, e outras autoridades de igual graduação.

A Ofi cial é outorgada a vereadores da capital, prefeitos municipais, mon-senhores e prelados, juízes de Direito, promotores de Justiça, cientistas, inte-lectuais, funcionários de nível superior do serviço público federal, estadual, municipal e autárquico, ofi ciais supe-riores das Forças Armadas e auxiliares, e outras autoridades de igual graduação.

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REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

GRÃ-CRUZ

MARCUS VINICIUS OLIVEIRA DOS SANTOSAlmirante de Esquadra Ministro do Superior Tribunal Militar

EROS ROBERTO GRAUMinistro do Supremo Tribunal Federal (2004 - 2010)

MARIA THEREZA DE ASSIS MOURAVice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ)

DANIEL BARBOSA SANTOSPresidente da Assembleia Legislativa do Estado do Pará

GRANDE OFICIAL

CARLOS EDUARDO ZIETLOW DURODesembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e Presidente do Conselho Nacional dos Tribunais de Justiça

PASTORA SOCORRO TEIXEIRA LEALDesembargadora Presidente do Tribu-nal Regional do Trabalho da 8ª Região

CLAUDIO SENKO PENKALGeneral de Brigada chefe do Estado Maior do Comando Militar do Norte

COMENDADOR

JOSÉ DILSON MELO DE SOUZA JÚNIORCoronel QOPM Comandante da Policia Militar do Estado do Pará

HAYMAN APOLO GOMES DE SOUZACoronel QOBM Comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Pará

OFICIAL

JACKSON JOSÉ SODRÉ FERRAZJuiz de Direito Titular da 5ª Vara Criminal de Belém

SANDRA MARIA FERREIRA CASTELO BRANCOJuíza de Direito Titular da 10ª Vara Criminal de Belém

OTÁVIO DOS SANTOS ALBUQUERQUEJuiz Titular da 3ª Vara de Violência Doméstica de Belém

MAURICIO PONTE FERREIRA DE SOUZAJuiz de Direito Titular da 2ª Vara de Violência Doméstica de Belém

ALEXANDRE RIZZIJuiz de Direito Titular da 1ª Vara Criminal de Santarém

RÔMULO NOGUEIRA DE BRITOJuiz de Direito Titular da 2ª Vara Criminal de Santarém

CAROLINA CERQUEIRA DE MIRANDA MAIAJuíza de Direito Titular da Vara do Juizado Violência de Doméstica e FamiliarContra a Mulher da Comarca de Santarém

ANTONIO JAIRO DE OLIVEIRA CORDEIROJuiz de Direito Titular 1ª Vara Cível Empresarial Comarca de Ananindeua

ANA LÚCIA BENTES LYNCHJuíza de Direito Titular 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém

BLENDA NERY RIGON CARDOSOJuíza de Direito Titular 2ª Vara Criminal Comarca de Belém

HOMERO LAMARÃO NETOJuiz de Direito da 3ª Entrância

Personalidades condecoradas pelo TJ do Pará

Foro de Novo Hamburgo abriga a

primeira Vara Regional Empresarial do RS.

RICARDO LIMA/TJPA

A Cavaleiro é outorgada aos de-mais servidores públicos Federal, Estadual, Municipal e ofi ciais inter-mediários e subalternos, e outras au-toridades de igual graduação.

De acordo com a Resolução nº 8/2005, de 1 de junho de 2005, a con-decoração atende ao dever do Poder Judiciário de “tornar público seu reco-nhecimento àqueles que muitas vezes com sacrifício pessoal, merecem a gra-tidão e admiração do povo e do Judici-ário paraense, pelo empenho em favor das causas públicas”.

Todos os homenageados tiveram seus nomes aprovados à unanimi-dade pelos membros do Conselho da Ordem do Mérito Judiciário Pa-raense, constituído de acordo com o Regulamento da referida Resolução.

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REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

TJRO / ASCOM

Prédiodo TJRO, em Porto Velho:

modernidade para atender com eficiência.

A Justiça de Rondônia é jovem. Foi instalada junto com o Estado, em 1982, mas tem a inovação em seu DNA. É pioneira em vários progra-mas e sistemas tecnológicos, o que sempre colocaram o TJRO na van-

guarda, atitude que se traduz em bons índices de efi ciência na prestação ju-risdicional.

É reconhecido como um dos tribu-nais brasileiros que mais rápido julga as demandas propostas pela socieda-

de, além de ter excelência no cumpri-mento de metas. No Relatório Justiça em Números, a principal fonte das es-tatísticas ofi ciais do Poder Judiciário, Rondônia está, sob diversos aspectos, em destaque no ranking entre os tri-bunais de pequeno porte, categoria na qual se enquadra, e, em alguns casos, até entre outras categorias.

O melhor despenho é com rela-ção à tramitação dos processos em 1º grau. O TJRO é o primeiro lugar dentre os tribunais de pequeno porte,

Rondônia investeem Justiça rápida e inovadoracom excelênciaBALANÇO | O investimento em tecnologia se reflete nos índices alcançados

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REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Tecnologiaestá entre as prioridades

da gestão do TJRO.

e em 2º lugar na Justiça estadual, atrás apenas do TJDFT (1 ano e 5 meses). Na fase de conhecimento, no 1º grau, a Justiça de RO registrou tempo mé-dio de tramitação dos processos pen-dentes de 1 ano e 7 meses, e baixados 1 ano e 2 meses.

Outra notoriedade alcançada pelo TJRO é referente à tramitação de pro-cessos criminais baixados no 2º grau, fi cando também em primeiro lugar em relação à média nacional na Jus-tiça estadual, obtendo tempo médio de 5 meses. Na fase de execução da 1ª instância, o TJRO tem a 2ª menor taxa de congestionamento dentre todos os tribunais estaduais. Também em sua categoria, o Tribunal de Justiça de Rondônia é o terceiro mais produtivo e efi ciente, alcançou 81% do Índice de Produtividade Comparada (IPC-Jus).

“É uma satisfação verifi car que nos-sos esforços estão se refl etindo em re-sultados positivos, comparativamente, perante o Judiciário brasileiro. Come-moramos as conquistas e trabalhamos para superar os obstáculos”, pontua o presidente da instituição, desembar-gador Walter Waltenberg.

Em sua gestão, Walter Waltenberg, um entusiasta da tecnologia, alcançou vários avanços e conquistas para o Po-der Judiciário de Rondônia e, conse-quentemente, para o cidadão, priori-dade do biênio administrativo que irá até dezembro de 2019.

A área de maior destaque é, natu-ralmente, a tecnologia da informação e comunicação, cujos investimentos importantes trouxeram mudanças ex-pressivas no atendimento ao usuário, e o principal deles é o aperfeiçoamen-to dos serviços judiciais.

Ações de peso também marcam a área de infraestrutura, como a re-tomada de obras, consolidação das

TJRO / ASCOM

contratações em BTS, reformas e inaugurações de unidades e melhoria em segurança. Tudo feito de maneira sustentável e com grande economia.

A preocupação com a transpa-rência permeia todos os programas e ações do Judiciário, que busca, por meio de auditorias, municiar todos os órgãos fiscalizadores e a população com informações claras sobre os gastos públicos. Por isso, o TJRO alcançou o primeiro lugar em transparência pública, selo con-cedido pelo TCE/RO.

Aos projetos de cidadania são as-segurados recursos necessários para

garantir acesso ao cidadão, sobretudo às necessidades de resolução de con-fl itos e garantia de direitos, como é o caso da pioneira ação do Judiciário de Rondônia: a Justiça Rápida Itinerante, programa que leva, por terra ou pela água (barco), o atendimento jurisdi-cional e cidadania aos mais distantes recantos do Estado.

No espírito da conciliação, a Justi-ça Rápida Itinerante, por intermédio dos Juizados Especais, desloca-se até comunidades afastadas da sede da co-marca para atender a pequenas deman-das, principalmente das pessoas mais simples. Durante esse deslocamento, a

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Justiça adquire características de pro-ximidade com o cidadão, por ir até às pessoas e resolver, ali mesmo, por meio de acordos, as questões postas pela comunidade, que vão desde o reconhecimento de paternidade, co-branças até questões pitorescas, como a demarcação de um campo de futebol ou a indenização pela morte do boi de estimação. O barco da Justiça leva, também, outros órgãos para garantir direitos essenciais como a documen-tação pessoal.

Investimento em pessoas também é outra aposta, sobretudo em qualidade de vida, autoconhecimento adminis-trativo e efi ciência na gestão. “Somos um tribunal de pequeno porte, porém de grandes aspirações e realizações. Apontamos nossos desejos para o futu-ro, tentando imaginar o que o cidadão espera da Justiça para melhor atendê-lo. No mundo da internet, temos de ser ve-lozes para nos antecipar às mudanças”, destacou presidente do TJRO.

TECNOLOGIANa área de tecnologia o grande

empenho é pela melhoria do processo eletrônico e digital. Com uma equipe que exporta knowhow para outros órgãos do Judiciário, o TJRO desen-volve, colabora e inova nos sistemas digitais e, mais recentemente, na inte-ligência artifi cial. O Sinapses, adotado pelo CNJ e outros tribunais, é o maior exemplo dos talentos rondonienses.

Rondônia é destaque, ainda, com o índice do iGovTIC, que mede a go-vernança, infraestrutura e serviços de tecnologia nos tribunais brasileiros, ranking no qual aparece entre os cin-co tribunais do país que alcançaram excelência na pontuação geral de to-dos os órgãos do Judiciário. O TJRO é primeiro colocado entre os tribunais estaduais, segundo lugar entre os tri-bunais de pequeno porte e terceiro na classifi cação geral.

Mas há, ainda, melhorias no ar-mazenamento de dados, programas para otimizar o gerenciamento de processos judiciais e administrati-

DesembargadorWalter Waltenberg Júnior inaugurou novas unidades da Justiça de Rondônia.

vos, pesquisa de informações, redes e aquisição de novos equipamentos para fazer com que o caminho da tramitação de dados e do acesso se-jam rápido e fácil.

OBRASNa área de infraestrutura o desta-

que são as fi nalizações de obras im-portantes como os fóruns de Arique-mes, inaugurado em agosto, Cacoal e Porto Velho, que devem ser entregues

em breve à população.O Tribunal deu andamento, ain-

da, a 4 editais de BTS, modalidade de construção sob medida, que tem se mostrado mais econômico, ágil e efi -ciente para a administração. O BTS de maior destaque é o prédio dos fóruns da capital, que reunirá as áreas cível, criminal, família e juizado da Infância e Juventude num mesmo espaço. O projeto ganhou premiação nacional de qualidade e inovação.

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REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

FOTOS: TJRO / ASCOM

SUSTENTABILIDADEOs investimentos do TJRO levam

em conta uma nova mentalidade no serviço público, a sustentabilidade, pré-condição para contratações, análise de prestadores de serviço e aquisição de materiais de consumo.

A redução de recursos renováveis como papel, energia, copos descar-táveis, café, tinta de impressora, en-tre outros, é realidade aferida pelo almoxarifado da instituição. Campa-

nhas de mobilização com ações po-sitivas ajudam a disseminar a ideia. Coleta seletiva de resíduos e distri-buição de mudas frutíferas e orna-mentais são alguns destaques.

PESSOASA política de gestão de pessoas do

TJRO foi construída mediante par-ticipação de gestores em forma de oficinas, consulta pública e consoli-dação administrativa, alinhada com

a estratégia da instituição. Aspectos como plano de desenvolvimento de carreira e gestão por competências estão comtemplados.

Paralelamente, o projeto de qua-lidade de vida leva aos servidores e magistrados um acolhimento na área de saúde e bem-estar. Entre as ações, palestras de educação fi nanceira, coral Vozes do Madeira, instituição da Cami-nhada do Judiciário duas vezes por mês, implantação de exames periódicos,

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atendimento psicossocial enfatizado, campanhas de prevenção como a do carnaval, suicídio, câncer de mama e próstata, doação de sangue, vacina-ção e aquisição de equipamentos para atendimento médico.

O reconhecimento à dedicação e aos relevantes serviços prestados pe-los colaboradores ocorrem em forma de eventos como a Semana do Ser-vidor. Medalhas de 10, 20 e 30 anos de serviços são concedidas em todo o Estado, em cerimônias marcadas por emoção. As boas práticas são premia-das e disseminadas.

O Tribunal adquiriu moderno programa de gestão de pessoas, inte-grado com folha de pagamento, que passou a proporcionar agilidade e melhor atendimento, até porque está baseado na premissa do autosservi-ço.

Outro aspecto importante foi a contratação da Fundação Dom Ca-bral, que cartografou a administra-ção, enxugou a estrutura e otimizou atividades de Modernização da Ges-tão no Judiciário.

REESTRUTURAÇÃONa área fi m, para acompanhar a de-

manda crescente, foram criados novos cargos de assessores, o que refl etiu em

produtividade de decisões. Segundo o CNJ, no Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), que compu-ta a média de processos baixados por magistrado, o Tribunal de Justiça de Rondônia é o terceiro dentre os tri-bunais de pequeno porte.

Na área meio, o destaque é a criação do Escritório de Inovação, que abraçou a associação da Justiça com o evento nacional de inovação tecnológica “Campus Party”. A pro-gramação propôs melhorias para o acesso ao Judiciário. Além disso

criou um espaço de cocriação, que proporciona aos servidores pensar em soluções para problemas do co-tidiano por meio do desenho e da prototipagem, abordagem conheci-da como Design Thinking.

ESTRATÉGIAA área de planejamento da ins-

tituição, também responsável pelo monitoramento da estratégia, desen-volveu ações de impacto como a ela-boração do plano de gestão da Justiça Criminal, consolidação do orçamento

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participativo, inclusive com con-sulta pública sobre as prioridades da Justiça e consulta pública sobre as metas do Poder Judiciário bra-sileiro. Também articulou ações para a melhoria da gestão dentro de um olhar mais estratégico.

CIDADANIACampanhas de adoção, melho-

ria do cadastro nacional, utilização das penas pecuniárias em projetos sociais, uso de aplicativos de men-sagens em audiências, mobilização contra a violência doméstica, com-bate à alienação parental, difusão dos direitos humanos, aplicação da lei de aprendiz para adolescentes em vulnerabilidade social, enfren-tamento ao abuso infantil, campa-nha de adoção, entrega protegida para a adoção legal, incentivo à destinação de parte do Imposto de Renda aos fundos da criança e do adolescente, garantia de acesso com a Justiça Itinerante, fomento a solução de confl itos, realização de mutirão carcerário, mutirão fi scal, implantação da constelação fami-liar para atendimento nas varas de família são projetos de cidadania que fazem a diferença para os ci-dadãos rondonienses.

Destaque para o projeto Declare Seu Amor, que incentiva a destina-ção de percentual do Imposto de Renda para os Fundos dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (municipais, estaduais e nacional). O valor destinado é deduzido do Imposto de Renda a pagar ou acres-cida ao Imposto de Renda a restituir.

Os Fundos da Infância e da Adolescência são recursos desti-nados ao atendimento das polí-ticas, programas e ações voltadas para a promoção, proteção, defesa e garantia dos direitos de crianças e adolescentes. A campanha, cria-da pela Justiça de Rondônia, teve adesão de tribunais superiores, estaduais e outras instituições de todo o país.

A trajetória da Justiça em Rondô-nia acompanha os eventos históricos da região e ganha destaque a partir da inauguração da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (acima), em 1912, quando se tem registros da primeira atividade judicial, a instalação da Co-marca de Santo Antônio do Rio Ma-deira, que se deu no dia 8 de agosto daquele ano. A localidade pertencia ao Estado do Mato Grosso.

Em 30 de outubro de 1913, o governador do Estado do Amazonas, JônathasPedroza, por meio da Lei n.º 741, criou o Termo Judiciário de Porto Velho, anexo à Comarca de Humaitá, em 30 de janeiro, assim oficializando sua denominação de "Porto Velho". Pelo Decreto n.º 1063, de 17 de março de 1914, foram estabelecidos limites do Termo Judiciário de Porto Velho. Também existem registros das atividades judiciárias na Vila de Porto Velho, que pertencia ao Estado do Amazonas, sendo que o mais antigo documento encontrado é de 1914.

A comarca de Santo Antônio do Rio Madeira foi desativada no início dos anos de 1930, sendo que as atividades, assim como toda a docu-mentação, foram transferidas para a comarca de Guajará-Mirim, que havia sido criada no ano de 1929.

Começando pela exploração da borracha, passando pela construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, pelas mudanças geográficas e políti-cas, e chegando na criação do Estado, o caminho percorrido pela justiça foi tra-çado no tempo imposto pela economia e pela política utilizada na região.

Nesse contexto, da criação do Estado de Rondônia, pela Lei n. 41, de 22 de dezembro de 1981, pelo então gover-nador Jorge Teixeira de Oliveira, foi também criado o Poder Judiciário do Estado de Rondônia, que foi instalado no dia 4 de janeiro de 1982.

A partir de então as comarcas e varas foram instaladas de acordo com as necessidades e possibilida-des da instituição. Hoje o Estado conta com 23 comarcas. Em sua estrutura, o Tribunal de Justiça pos-sui 21 desembargadores, 127 juízes e 3227 servidores.

História do Judiciário de Rondônia

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TJPB / ASCOM

Convênio firmado entre TJPB e Sintur dá mais visibilidade à conciliação como prática para

solução de litígios.

Mais uma campanha do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) ganhará visibilidade pelo trânsito da Capital. O incentivo à conciliação, como uma prática amigável e rápida para resol-ver demandas judiciais, circulará, por

meio da mídia busdoor, em 20 ônibus coletivos de João Pessoa, durante todo o mês de novembro. A mensagem destaca, ainda, a Semana Nacional da Conciliação – evento promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ),

que ocorrerá de 4 a 8 de novembro de 2019, em todo o País.

A medida foi viabilizada por meio de mais um convênio fi rmado entre o TJPB e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano do Município de João Pessoa (Sintur), na terça-feira (22). As tratativas para a re-alização do convênio ocorreram por intermédio da Assessoria de Comuni-cação Institucional.

Na ocasião, o presidente do Tribu-nal, desembargador Márcio Murilo da

TJPB assinaconvênio parao incentivo à conciliaçãoMÍDIA | Campanha ganha as ruas de João Pessoa em placas nos ônibus

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REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Presidente do TJPB, desembargador Márcio

Murilo da Cunha Ramos (à esquerda), enalteceu

cooperação para divulgarações de conciliação.

Cunha Ramos, enalteceu a ação, por ampliar a divulgação de uma importan-te prática do Judiciário. “A conciliação é um excelente meio para solucionar lití-gios e, por isso, o TJPB investe esforços nesta direção, ampliando o número de Centros Judiciários de Solução de Con-fl ito e Cidadania (Cejuscs) por todo o Estado”, destacou.

Na ocasião, o diretor do Nupemec do TJPB, desembargador Leandro dos Santos, afi rmou que a Política de Conciliação vem sendo, cada vez mais, incrementada na Paraíba, inserindo, gradativamente, uma cultura de paz, em busca de uma solução consensual em muitas demandas.

“Este convênio mostra, também, que o TJPB, por meio do Nupemec, está en-gajado nesta forma de resolver os con-fl itos. É muito importante massifi car esta mensagem da conciliação, princi-palmente, nas camadas mais humildes, para que essas pessoas saibam que te-mos uma estrutura em todo o Estado, onde elas podem se dirigir e buscar uma solução viável, factível, de grande alcan-ce social, encerrando, assim, o litígio”, opinou o desembargador.

O diretor institucional do Sintur, Isaac Júnior Moreira, lembrou que esse convênio é a continuação de uma parce-ria já fi rmada entre as instituições, por meio da qual já foi viabilizada a divulga-ção da Semana Justiça pela Paz em Casa e o incentivo às denúncias de violência doméstica contra a mulher. “É uma for-ma de dar vazão a importantes informa-ções sobre o TJ”, disse.

Isaac acrescentou que a medida en-volverá veículos de seis empresas que operam em João Pessoa, que percorre-rão as principais vias e os bairros mais populosos da Capital.

“A mensagem que estará contida nos ônibus é um incentivo à participação

TJPB / ASCOM

das pessoas que têm contendas e de-mandas na Justiça na Semana Nacio-nal da Conciliação, pois é a forma mais amigável, célere e justa de solução dos litígios”, afi rmou o presidente do Sintur.

XIV Semana Nacional da Conci-liação – É um evento idealizado pelo Conselho Nacional de Justiça, realizado em parceria com os TJs, por meio de seus Nupemecs. A XIV edição ocorrerá de 04 a 08 de novembro de 2019, com o objetivo de incentivar e fomentar a cultura da conciliação processual e pré--processual, reduzir o acervo, o tempo médio de duração dos processos e a taxa de congestionamento.

Para participar desses eventos anuais, as unidades judiciárias selecionam os pro-cessos que tenham possibilidade de acor-do, intimando em seguida as partes para verifi cação sobre a inclusão do processo na pauta da Semana. Também as empre-sas que desejam participar devem entrar em contato com os Cejuscs.

Mais informações sobre a Sema-na, os preparativos para realização do evento nas comarcas do Estado, as audi-ências agendadas e os projetos diversos relacionados à prática podem ser aces-sados no endereço eletrônico https://conciliar.tjpb.jus.br/ (Por Gabriela Pa-rente / Do site do TJPB)

Diretor do Nupemec do TJPB, desembargador Leandro dos Santos.

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NOVEMBRO 201936

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

O artesão Antônio Gonçalves da Sil-va, de 60 anos, pai de quatro fi lhos, mo-rador de Nova Trento, respirou fundo e abraçou a esposa e a nora quando ouviu seu nome ser chamado pela cerimonia-

lista, na Casa da Cidadania do municí-pio, na tarde de segunda-feira (21/10). Sentado numa das últimas cadeiras do auditório, ele caminhou com passos fi rmes e cabeça erguida para receber

das mãos do desembargador Selso de Oliveira um documento que, segundo suas palavras, vai lhe "garantir uma vida mais tranquila". "Isto aqui", disse Antô-nio, mostrando o documento, "muda muita coisa, agora posso dizer que o terreno onde moro é meu, que a casa onde moro é minha". O que ele ganhou foi um título de propriedade. A família do artesãoé uma das 30 mil benefi ciadas no Estado com o programa Lar Legal.

Iniciativa do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) em parceria com a Federação Catarinense dos Mu-nicípios (Fecam), o programa legaliza títulos de propriedade para pessoas re-sidentes em loteamentos clandestinos ou comunidades empobrecidas. Com o documento, elas passam a ser proprie-tárias formais do imóvel.

FOTOS: TJSC / ASCOM

Programa do TJSC realiza o sonho da casa própria em cidades do interiorCIDADANIA | Lar Legal entrega títulos de propriedade em Santa Catarina

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REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

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O Poder Judiciário de Santa Catarina (TJSC) começa a migração de processos judiciais do sistema eletrônico anti-go para o eproc. A disponibilização de ferramentas para a transferência desses processos deve ocorrer em fases, como acontece no projeto de implantação do novo sistema. A primeira unidade a utilizar a ferramenta de migração é a Vara Fazendária da comarca de Palhoça. Até o dia 31 de outubro, a ferramenta de migração individual será disponibi-lizada para todas as unidades do Poder Judiciário catarinense.

Com o dispositivo para a migra-ção individual dos processos, cada unidade judicial vai estabelecer os parâmetros de trabalho. A priori-dade é para as ações judiciais enca-minhadas ao 2º grau de jurisdição. Na segunda fase, a partir de novem-bro, acontecerá a migração em lote dos processos, em que a ferramenta disponibilizada também poderá ser utilizada de acordo com estratégia estabelecida pela própria unidade.

Segundo a Diretoria de Tecnolo-gia da Informação (DTI), boa parte das ações já está em condições de ser migrada, volume que crescerá à medida que haja saneamento ca-dastral, já em execução nas unida-des. O juiz auxiliar da Presidência Laudenir Petroncini, coordenador de implantação do eproc, explica que para fins estatísticos, após a migração, o processo no SAJ terá o status de cancelado. "Apesar da di-ficuldade inicial, as vantagens com a alteração dos sistemas eletrôni-cos são muitas", disse o magistrado.

Quinze meses após o início da implantação do eproc, a migra-

ção de processos entre sistemas é considerada uma das etapas mais delicadas pela equipe do projeto. O período exige empenho e aten-ção especial de todos os envolvidos, mas as vantagens que a nova ferra-menta traz justifi cam o empenho. A migração dos sistemas eletrônicos tem como propósito reduzir custos e aumentar a efi ciência do Poder Ju-diciário catarinense, além de atender a antigo anseio de magistrados, ad-vogados e servidores.

Em Taió, o magistrado Jean Ever-ton da Costa concluiu nesta quarta--feira o processo de saneamento dos processos sem os CPFs das partes e sem assunto. "O trabalho que registra-mos agora será recompensado, pois o eproc oferece mais velocidade, facili-dade de acesso e celeridade ao proces-so", destacou o juiz. No eproc, servido-res e magistrados realizam atividades com menos cliques, o que proporciona o aumento da produtividade. O siste-ma também não tem difi culdade nas atualizações, o acesso remoto é mais fácil, as assinaturas digitais e as cita-ções são mais rápidas e a ferramenta está disponível 24 horas por dia.

TJSC inicia a migração de processos judiciais para o novo sistema eproc

Atualmente, há três coordena-dores dos processos vinculados à regularização de lotes em áreas urbanas no Estado, pelo programa Lar Legal: o juiz Fernando Seara Hickel e as juízas Liana Bardini Alves e Iolanda Volkmann. Eles são coordenados pelo desem-bargador Selso de Oliveira. Lia-na fez questão de ressaltar - ela acompanhou a entrega nos três municípios - que na atual admi-nistração do TJ o programa foi alçado a prioridade, com entregas em todo o Estado.

Segundo o desembargador Selso de Oliveira, o "projeto Lar Legal é uma solução jurídica para um gravíssimo problema social". O mais interessante, conforme o magistrado, é que esse proble-ma é tratado de forma coletiva e, na maioria das vezes, com muita agilidade e eficiência. Em diver-sas cidades, entre o ajuizamento, o protocolo e a sentença, o tem-po total não passa de três meses. "Além disso", completou Selso, "o projeto estimula a pacificação social". Ao lado de magistrados e promotores, participaram das entregas na tarde de ontem re-presentantes dos poderes Legis-lativo e Executivo.

(Do site do TJSC)

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REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

JULIA PASSOS/ALERJ

Passaporte do projeto Caminhos

do Brasil-Memória.

O Centro Cultural Museu da Justiça (CCMJ), do Poder Judiciá-rio, se uniu a outros dez museus da cidade para tornar realidade o Pro-jeto Caminhos do Brasil-Memória, lançado no dia 19 de outubro, na

Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A iniciativa ofe-rece um passaporte que dá a seu portador gratuidade nas visitas às instituições participantes.

O objetivo é despertar o olhar

de cariocas e turistas para os dife-rentes ciclos históricos e culturais da região da Praça XV e adjacên-cias, garantindo um passeio muito interessante e gratuito, que pode ser feito, com segurança, por pes-soas de todas as idades.

O projeto reúne, num roteiro impregnado pela história da for-mação do Brasil e do Rio de Janei-ro, CCMJ, Palácio Tiradentes, Paço Imperial, Museu Naval, Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica

Museu da Justiçaadere a projetoCaminhos doBrasil-MemóriaTJRJ | Passaporte garante visitas gratuitas para uma viagem pela história

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NOVEMBRO 2019 39

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

Prédio histórico do Centro Cultural

Museu da Justiça, no Rio de Janeiro.

(INCAER), Centro Cultural Correios (CCC), Centro Cultural Banco do Bra-sil (CCBB), Casa França-Brasil, Igreja Santa Cruz dos Militares, Museu da Imagem e do Som (MIS) e Museu His-tórico Nacional (MHN).

Após cada visita, o dono do pas-saporte deve requisitar o carimbo em cada instituição por onde passar. Quando todos os espaços do docu-mento estiverem preenchidos, o por-tador ganhará o direito de vivenciar uma experiência marinheira no navio--museu Bauru; no submarino-museu Riachuelo; na Nau dos Descobrimen-tos; no helicóptero Rei dos Mares e no carro de combate Cascavel, atrações do Espaço Cultural da Marinha. Terá direito ainda a 50% de desconto no AquaRio e no estacionamento do Edi-fício Garagem Menezes Côrtes nos fi ns de semana.

O projeto conta ainda com a par-ceria da Prefeitura do Rio e do Go-verno do Estado através de diferen-tes órgãos como Comlurb, CET-Rio, RioLuz, Guarda Municipal, Centro Presente, Polícia Militar e Superin-tendência do Centro.

Na abertura do Caminhos do Bra-sil-Memória, o Palácio Tiradentes promoveu visita guiada e as apresen-tações do Coro Madrigal da Escola Villa Lobos. O público, que costuma passar na frente do prédio histórico de 1926, foi convidado a entrar e a se surpreender com a história e a be-leza da arquitetura da Casa. “Vimos as portas abertas e viemos conhecer. Adoramos o projeto. Moro no Rio,

TJRJ / ASCOM

mas sou de Brasília. Estou sempre viajando e conhecendo novos lugares. O Palácio Tiradentes está no nível de atrações internacionais. Já vamos re-tirar os nossos passaportes”, afi rmou a advogada Rita Nascimento, 48, que fez a visita guiada acompanhada do também advogado Leandro Souza, 43. “O carioca precisa valorizar mais os atrativos da cidade. Eu mesmo sempre passo na frente do Palácio e nunca ti-nha entrado”, contou Leandro.

O Museu da Justiça do Estado do Rio de Janeiro, inaugurado em 23 de agosto de 1988 e pioneiro em seu gê-nero no país, tem por objetivo resga-tar, preservar e divulgar a memória do Judiciário fluminense, propor-cionando a pesquisadores, historia-dores, magistrados e ao público em geral o acesso a fontes históricas da Justiça do nosso estado.

Instalado inicialmente no prédio da Praça da República nº 26, integrava o Departamento-Geral de Arquivo e Documentação Histórica do Tribunal de Justiça, mas dele se desvinculou em 1995, fi cando então subordinado à presidência do Tribunal e passando a realizar as suas atividades no prédio

do Fórum de Niterói, antigo Palácio da Justiça da ex-capital fl uminense.

Em 1998, a sede do Museu foi transferida para o histórico palácio situado na Rua Dom Manuel nº 29, que abrigara sucessivamente três tribunais: a Corte de Apelação do Distrito Federal (denominada, em 1937, Tribunal de Apelação e, em 1946, Tribunal de Justiça do Distri-to Federal), o Tribunal de Justiça do Estado da Guanabara e o Tribunal de Alçada Criminal do Estado do Rio de Janeiro. Em Niterói se estabeleceu apenas o Centro da Memória Judici-ária daquela comarca.

Após um ano e meio de obras de re-forma e restauração, período em que funcionou provisoriamente no pré-dio do Terminal Rodoviário Roberto Silveira, na Praça Fonseca Ramos, em Niterói, o Museu da Justiça retornou, em novembro de 2010, a sua casa no antigo Palácio da Justiça, totalmente restaurado e apto a receber estudan-tes, pesquisadores, turistas e todos os interessados em conhecer a História do Judiciário fl uminense e brasileiro.

(Com informações dos sites da Alerj e TJRJ)

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REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

REPRODUÇÃO / TJSE

TJ de Sergiperegistra segunda menor taxa decongestionamentoRELATÓRIO | Pesquisa do CNJ confirma números favoráveis à Justiça sergipana

O Tribunal de Justiça de Sergipe(TJSE) tem a segunda menor taxa de congestionamento do país, 53,8%; bem abaixo da média nacional, que é de 73,8%, e praticamente igual à do primeiro colocado, o Tribunal de Jus-tiça de Roraima (TJRR), com uma taxa de 53,5%. Os dados foram divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no Relatório Justiça em Números 2019.

Além da taxa de congestionamento geral, a pesquisa também analisou se-paradamente a taxa tanto no 1º quanto no 2º grau de jurisdição. No 1º grau, a taxa de congestionamento no país foi de 75%; sendo que o TJSE fi cou com a terceira menor taxa, 56%. Já no segundo grau, a taxa de congestionamento na-cional foi de 46% e o TJSE teve o me-lhor resultado, 31% apenas; seguido dos

Tribunais do Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal, todos com 37%.

Para a Corregedora Geral da Jus-tiça, desembargadora Elvira Maria de Almeida Silva, o julgamento dos processos no TJSE é célere. “Além do compromisso dos colegas servidores e magistrados, vislumbro que iniciativas da Presidência e Corregedoria, com acompanhamentos perenes e iniciati-vas focadas na celeridade e qualidade da prestação jurisdicional, garantem que o índice de congestionamento possa ser alcançado”, ressaltou.

"As gestões do Tribunal de Justiça de Sergipe têm buscado conscientizar e trabalhar nas unidades o processo como um todo, dando ênfase não somente ao julgamento, mas também à baixa pro-cessual. Dessa forma, o Tribunal de Ser-

gipe tem atingido índices de congestio-namento cada vez menores. Importante salientar que este é um dos indicado-res mensurados e acompanhados no âmbito do Planejamento Estratégico", lembrou Erick Andrade, secretário de Planejamento e Administração do TJSE.

O QUE É A TAXA?A taxa de congestionamento mede

o percentual de processos que fi caram represados sem solução, comparativa-mente ao total tramitado no período de um ano. Quanto maior o índice, maior a difi culdade do Tribunal em lidar com seu estoque de processos. A taxa de congestionamento líquida, por sua vez, é calculada retirando do acer-vo os processos suspensos, sobresta-dos ou em arquivo provisório.

Conforme o CNJ, a taxa de con-gestionamento do Poder Judiciário apresentou redução nos últimos 2 anos, apresentando taxa superior so-mente ao índice verifi cado no ano de 2009. As variações anuais são sutis e, em 2018, houve redução de 1 ponto percentual, fato bastante positivo e, até então, nunca observado. Na Justi-ça Estadual, a maior taxa de conges-tionamento foi registrada no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, 82,1%.

(Do site do TJSE)

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REVISTA DOREVISTA DO

CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

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COLEGIODEPRESIDENTES.JUS.BR

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NOVEMBRO 201942

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O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) recebe, de 7 a 9 de novembro, em Porto Velho, o 118º Encontro do Conselho dos Tribunais de Justiça. A reunião dos presidentes de TJs de todo o Brasil promove discussões sobre os temas que afetam diretamente a magis-tratura brasileira.

O anfi trião do Encontro, desembar-gador Walter Waltenberg Silva Junior,

presidente do TJRO, antecipa deba-tes oportunos. “É para meu Tribunal uma honra realizar o 118º Encontro do Conselho dos Tribunais de Justiça em nosso Estado, uma terra acolhedora, com uma Justiça nova, mas de muitas conquistas e inovações”, destacou.

Para o presidente, a reunião dos

desembargadores proporcionará re-fl exões propositivas sobre o momento jurídico nacional. “Certamente tere-mos, nestes dias de Encontro, ótima vivência, excelentes oportunidades e um profícuo trabalho para o aprimora-mento do Judiciário Brasileiro, em to-dos os níveis, sempre com a fi nalidade de atender à sociedade”, observou.

O Estado de Rondônia, assinalou o desembargador, traçada pelas linhas telegráfi cas de Marechal Rondon, tem em seu passado uma riqueza cultural e histórica que todos merecem conhe-cer. “Nossa capital, Porto Velho, está de braços abertos para receber os senho-res, neste momento de trocas, compar-tilhamentos e aprendizado para todos.”

Programação7 DE NOVEMBRO (QUINTA-FEIRA)19h - Solenidade de abertura Plenário do Tribunal de Justiça19h30 - Palestra com Dr. Henrique de Al-meida Ávila - Conselheiro do CNJ20h - Palestra com Dr. Luciano Frota - Conselheiro do CNJ20h30 - Coquetel de abertura Salão 5º andar do Tribunal de Justiça8 DE NOVEMBRO (SEXTA-FEIRA)9h - Reunião assuntos internosAuditório Gerônimo Garcia de Santana - Palácio do governo12h30 - Almoço Salão nobre - Palácio do governo14h - Reunião assuntos internos Auditório Gerônimo Garcia de Santana - Palácio do governo17h30 - Carta Porto Velho18h - Encerramento do 118º ECTJ20h - Jantar de encerramento (Associação dos Magistrados de Rondônia - AMERON)9 DE NOVEMBRO (SÁBADO)10h - Passeio de litorina11h - Visita ao Memorial Rondon12h30 - Almoço na Candelária15h30 - Passeio de barco pelo Rio Madeira19h30 - Jantar Restaurante San Genaro (por adesão)

REPRODUÇÃO / ARTE TJRS

TJRO sedia o118º Encontrodo Conselho, em Porto VelhoANFITRIÃO | Presidente Walter Waltenberg Junior prevê debates profícuos

PROGRAMAÇÃODia 1º/8 (quinta-feira)18h - Saída dos Hotéis (Sheraton Porto Alegre e Intercity Porto Alegre) - Vans e ônibus18h30 - Solenidade de Abertura - Plenário Ministro Pedro Soa-res Muñoz - Tribunal de Justiça20h - Deslocamento - Vans e ônibus20h30 - Jantar de Abertura - Palácio da Justiça

Dia 2/8 (sexta-feira)8h - Saída dos Hotéis8h30 - Credenciamento - Tribunal de Justiça9h - Palestra do Ministro Paulo de Tarso Vieira Sanseverino - STJ10h - Reunião assuntos internos12h - Deslocamento - Vans e carros12h30 - Almoço - Palácio da Justiça13h30 - Retorno ao Tribunal de Justiça14h - Reunião assuntos internos17h30 - Carta de Porto Alegre18h - Encerramento do 117º Encontro do Conselho dos Tribu-nais de Justiça19h30 - Coquetel de Encerramento - Restaurante do Hotel In-tercity

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NOVEMBRO 201944

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Porto das Esperanças

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SILVA JUNIOR / MTUR

Capital de Rondônia já é a Estrela do NorteTURISMO

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NOVEMBRO 201946

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Porto Velho, como diz a canção do compositor local Bado, é uma cidade que representou esperança de uma nova vida, em diferentes etapas de sua história. A capital do Estado de Rondônia, situada na margem direita do Rio Madeira, é a cidade mais po-pulosa do Estado, a 4ª mais populosa da região Norte, e fi ca atrás somente de Manaus, Belém e Ananindeua.

Destaca-se, também, por ser a ca-pital brasileira com maior área terri-torial, estendendo-se por pouco mais de 34 mil km², dimensões de país Europeu (Bélgica). Outra peculiari-dade é o fato de estar entre as três capitais do país a fazer fronteira com municípios de outro Estado. Porto Velho também é a única ca-pital estadual que faz fronteira com outro país: a Bolívia.

A cidade detém o quarto maior PIB da região Norte, sendo a capital

PIONEIRISMO E CRESCIMENTO NA FRONTEIRA

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estadual que mais cresce economica-mente no país. Os principais pontos turísticos de Porto Velho são: Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (cenário da série de televisão Mad Maria), Ca-tedral do Sagrado Coração de Jesus, o Cemitério da Candelária, a sede da Arquidiocese, o terminal ferroviário da Estrada de Ferro Madeira-Mamo-ré, a locomotiva Coronel Church (a primeira máquina vinda para a Ama-zônia, em 1872), as Caixas D’Água (símbolos da cidade, edifi cadas pelos ingleses), a igreja de Santo Antônio do Rio Madeira e sua belíssima ca-choeira, marco inicial de Porto Velho. Recentemente reativada, a Litorina da antiga Estrada de Ferro Madeira-Ma-moré relembra os passeios realizados pela Maria Fumaça.

O Memorial Rondon, com re-ferências históricas à expedição de Cândido Rondon, o pioneiro que, em razão do trabalho de instalação das li-nhas telegráfi cas, acabou dando nome ao Estado.

Impossível ir à centenária Porto Velho e não fazer um tour de barco pela imensidão do rio Madeira. Prin-cipal braço direito do rio Amazonas, o rio Madeira oferece uma visita ines-quecível pela fauna e fl ora de Porto Velho. Durante uma hora de passeio, é possível chegar bem perto da usina hidrelétrica de Santo Antônio, passar por baixo da ponte que liga Rondônia ao Amazonas e, quem tiver sorte, pode até ver os botos pelas águas turvas do Madeira, enquanto desfruta de um de-licioso peixe frito durante o passeio de barco, que se torna ainda mais agradá-vel se for realizado no fi m de tarde, para contemplar o fantástico pôr-do-sol.

A culinária é uma atração à parte. Porto Velho tem excelentes restau-rantes de comidas regionais, com destaque para pratos como o tamba-qui assado na brasa e na folha de ba-naneira, dourado ou tucunaré fritos e caldeiradas. Mas há também óti-mas opções de culinárias de outras partes do país e do mundo como a italiana e a árabe.

1As 3 caixas D'água, importante ponto turístico de Porto Velho. FILIPE MESQUITA DE

OLIVEIRA / LICENÇA GFDL

2 Litorina de rua.LEANDRO MORAIS /

SECOM RO

3Catedral Metropolitana Coração de Jesus.MINISTÉRIO DO TURISMO

4Uma oca foi erguida nas imediações do Memorial Rondon.LEANDRO MORAIS /

SECOM RO

5Jaci Paraná atrai turistas o ano todo. SILVA JUNIOR / MTUR

6Casa do Artesão IndígenaHENRIQUE FOTÓGRAFO

/ MTUR

7Locomotiva em exposição no Espaço Alternativo. HENRIQUE FOTÓGRAFO

/ MTUR

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História do Tribunal de Justiça do Distrito

Federal e dos TerritóriosO Tribunal de Justiça do Dis-

trito Federal e dos Territórios - TJDFT foi inaugurado junto com a cidade de Brasília, em 21 de abril de 1960. O Tribunal seguiria a mesma vocação da cidade que nas-ceu como símbolo da modernidade do País. Pouco tempo antes, em 12 de abril de 1960, foi votada pelo Senado, em regime de urgência, a 1ª Lei de Organização Judiciária, a qual foi levada no dia seguinte à sanção presidencial. Assim nasceu a Lei nº 3.754, de 14 de abril de 1960, regulamentadora do Poder

Judiciário do Distrito Federal.A referida lei estabelecia que a

magistratura de Brasília seria com-posta por sete desembargadores, seis juízes titulares, cinco juízes substitutos, e seis varas: uma vara cível, duas varas criminais, duas varas de fazenda pública e uma vara de família, órfãos, menores e sucessões. Também foi possível que desembargadores e juízes de outros Estados, primordialmente do antigo Distrito Federal, solici-tassem sua remoção para a Corte de Justiça da nova Capital.

Dessa forma, a primeira compo-sição dos órgãos de 1ª e 2ª Instân-cias ocorreu mediante transferên-cia, a pedido, de desembargadores, juízes de direito e juízes substitutos da Justiça do antigo Distrito Fede-ral e de outros Estados. Posterior-mente, os membros da magistratu-ra passariam a ser selecionados por meio de concurso.

PRIMEIRA COMPOSIÇÃOO TJDFT somente foi devida-

mente instalado em 5 de setembro de 1960, dia em que foi possível

TEXTO SÉRGIO ALVES BERTOLDI DE SOUZA*

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Vista da praça do Buriti na década de 1960, com os canteiros floridos.

Desembargadores do TJDFT, primeira composição.

preencher o quórum mínimo de quatro desembargadores, previsto na Lei nº 3.754/60. Apesar da demora na instala-ção do Tribunal, ocorrida cerca de qua-tro meses depois de sua inauguração, a 1ª Instância já estava em funciona-mento, provendo a prestação judiciária necessária aos cidadãos residentes na cidade que se formava.

Por ordem de antiguidade, os pri-meiros desembargadores do TJDFT fo-ram: Hugo Auler, oriundo do Tribunal de Justiça do Distrito Federal do Rio de Janeiro, e eleito primeiro Presidente do Tribunal; João Henrique Braune, tam-bém do Tribunal de Justiça do Distri-to Federal do Rio de Janeiro; Cândido Colombo Cerqueira, do Tribunal de Justiça da Bahia; e Márcio Ribeiro, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Para completar as sete vagas pre-vistas, foram promovidos ao cargo de

FOTOS: ACERVO TJDFT

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Construção do Palácio da Justiça em 1967-1968.

desembargador do TJDFT, no dia 27 daquele mês, dois juízes de Direi-to provenientes da Justiça do antigo Distrito Federal: por antiguidade, Joaquim de Sousa Neto; por mere-cimento, Raimundo Ferreira de Ma-cedo. Também foi nomeado, pelo quinto constitucional, o advogado e deputado federal pelo Ceará, José Colombo de Sousa.

Com a promoção desses dois ju-ízes ao cargo de desembargador, na composição da 1ª Instância figu-raram os magistrados: Darcy Ro-drigues Lopes Ribeiro, Djalmani Calafanje Castelo Branco, Geral-do Irenêo Joffily, Mário Brasil de Araújo, provenientes do Rio de Ja-neiro; José Fernandes de Andrade do TJ de Minas Gerais. Juízes Subs-titutos: Lúcio Batista Arantes (Goi-ás), José Júlio Leal Fagundes (Rio de Janeiro) e Juscelino José Ribeiro (Minas Gerais). Os primeiros servi-

dores da Justiça da nova Capital fo-ram: Luiz Alfredo da Silva; Zuane Matta de Almeida; Aurea Leal de Moura; Numiw Dumiense de Sou-za e Maria Dulce Braune Portugal, nomeada primeira Diretora de Se-cretaria do TJDFT.

Mesmo com essa estrutura, o quadro da magistratura local con-tinuava incompleto. O Tribunal de Justiça realizou, então, o I Concur-so para Juiz de Direito Substituto, em outubro de 1960, trazendo para Brasília candidatos de diversas par-tes do Brasil. Inscreveram-se ao todo 30 candidatos; porém, somen-te quatro obtiveram aprovação: Ma-rio Dante Guerrera, Waldir Meu-ren e Jorge Duarte de Azevedo, que foram investidos no cargo de Juiz Substituto. Já Danton Pinheiro de Andrade Figueira não tomou posse, tendo em vista que o edital do con-curso previa apenas três vagas.

Com o tempo, Brasília passou a contribuir para o cenário jurídico, político, cultural, social e filosófico, com representantes que ajudariam a construir a história da Justiça e da sociedade brasileira. Hugo Auler e Márcio Ribeiro, por exemplo, inte-graram o antigo Tribunal Federal de Recursos – TFR, hoje o Superior Tribunal de Justiça - STJ. José Co-lombo de Souza compôs o quadro do Tribunal Superior Eleitoral - TSE. Já Eduardo Ribeiro foi minis-tro tanto do TFR, quanto do TSE, chegando a ocupar a presidência daquela Casa. Recentemente, Ro-mildo Bueno, Luiz Vicente Cer-nicchiaro e Fátima Nancy Andri-ghi tornaram-se ministros do STJ. Além desses nomes, o ex-Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União (2006-2015), Jorge Hage Sobrinho, também foi Juiz de Di-reito do TJDFT.

FOTOS: ACERVO TJDFT

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Vista frontal do Palácio Ruy Barbosa.

A CASA DA JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL

A Esplanada dos Ministérios foi o primeiro endereço do TJDFT em Brasília. Quando inaugurado, o Tri-bunal funcionava no quinto e sexto andares do bloco seis, onde perma-neceu por quase dez anos. Apenas nesses dois andares, alojavam-se todas as unidades da Secretaria, os gabinetes da Presidência, da Vice--Presidência e da Corregedoria, as-sim como a sala de sessões, onde o TJDFT funcionava, inicialmente, em turma única. Depois, essa composi-ção se desdobrou em Pleno e duas Turmas, ambas compostas de três membros com jurisdição plena.

Havia ainda uma sala, denominada Sala das Becas, equipada com poltro-nas e mesa de reuniões para uso dos membros do Tribunal que não pos-suíam gabinete individual. O TJDFT também dispunha de uma biblioteca e do salão nobre, o qual já abrigava seu precioso acervo de obras de arte.

Além do TJDFT, o bloco seis aco-lhia, também, outros órgãos do Po-der Judiciário que não dispunham de sede própria, bem como a Ordem dos Advogados do Brasil - OAB. Apenas o Supremo Tribunal Federal já pos-suía suas próprias instalações desde a inauguração de Brasília.

PRIMEIRA SEDESomente em 1969, após incessan-

tes apelos da comunidade jurídica da Capital da República, no dia em que se comemorava os 120 anos do nas-cimento de Ruy Barbosa, 05 de no-vembro, foi inaugurado o Palácio da Justiça Ruy Barbosa, sede própria do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.

A bandeira pela construção da casa judiciária de Brasília foi fruto dos esforços do então Presidente do TJDFT, desembargador Joaquim de Sousa Neto; do Diretor de Secretaria do TJDFT, Raul Mattos; do Deputado Federal por Alagoas, Padre Medeiros; e do pioneiro nessa luta, o ilustre jor-nalista Pedro Paulo Luz Cunha, ou Peluz, como era conhecido. Por meio de sua coluna no Correio Braziliense, o jornalista empreendeu uma intensa campanha pela construção do Tribu-nal com o slogan “Uma Cidade sem Foro, não tem Foros de Cidade”.

Projetado por Hermano Monte-negro, arquiteto da equipe de Oscar

Niemayer – e seguindo as diretrizes urbanísticas da nova capital, que situ-ava a justiça local em frente ao Palácio da Municipalidade, mais conhecido com Palácio do Buriti, casa do Poder Executivo – o Palácio da Justiça osten-ta em sua fachada principal 13 colunas seriadas e uma rampa de acesso, vol-tada para o Eixo Monumental. O pré-dio tem quatro andares e um subsolo, totalizando 1.500 metros quadrados de área construída. O projeto paisa-gístico que permeia toda a construção tem como destaque um grande Flam-boyant, que com sua copa fl orida de intenso vermelho tornou-se símbolo desta Casa de Justiça.

A solenidade de inauguração foi presidida pelo então Presidente do TJDFT, desembargador Raimundo Ferreira Macêdo, tendo como pares os desembargadores: Cândido Co-lombo Cerqueira; Mário Brasil; Mil-ton Sebastião Barbosa; Lúcio Batista Arantes; Hugo Auler; José Fernandes de Andrade e José Júlio Leal Fagundes. Na ocasião, os discursos lembraram

FOTOS: ACERVO TJDFT

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FOTOS: ACERVO TJDFT

e reverenciaram dois grandes nomes da cultura jurídica brasileira: Ruy Barbosa e Clóvis Beviláqua, cujos bustos compõem o patrimônio artístico do Tribunal.

EXPANSÃO DO TJDFTUm anexo para o Palácio da Justiça

já estava previsto no projeto inicial, ela-borado em 1965, mas a inauguração do Bloco A só ocorreu em março de 1974. Duas décadas depois, em 13/04/1998, outro anexo, o Bloco B, é inaugurado, e em conjunto com o Bloco A, receberam o nome do desembargador Milton Sebas-tião Barbosa, ex-presidente do TJDFT. Em 2002, o Bloco D, conhecido como Palacinho, veio integrar o complexo da circunscrição Judiciária de Brasília que também conta com os fóruns: Professor Júlio Fabbrini Mirabete; Desembargador José Júlio Leal Fagundes; Desembargador Joaquim de Sousa Neto; e o mais recente, Desembargador Jorge Duarte de Azeve-do, nova sede da Vara da Infância e da Juventude, inaugurado em julho de 2019.

Cidades e FórunsSe no início o Tribunal de Justiça lu-

tava para ter sua própria sede, a partir da década de 1970 passou a acompanhar o crescimento do Distrito Federal, inaugu-rando cinco novos fóruns apenas no ano de 1976, nas cidades satélites de Brasília: Taguatinga, Gama, Sobradinho, Planal-tina e Brazlândia. Desde então, outros fóruns foram inaugurados e, atualmente, o Tribunal conta com 21 fóruns espalha-dos pelos 5.802 km² do Distrito Federal, atendendo mais de perto sua população de 3 milhões de habitantes.

Para o exercício de sua missão, atual-mente o TJDFT é constituído de 47 de-sembargadores empossados, sendo que em breve haverá nomeação do 48º, me-diante preenchimento de vaga destinada à OAB; e 337 juízes, dos quais 209 são juízes titulares, nove são juízes de Tur-ma Recursal, e 11 são juízes de Direito Substitutos de Segundo Grau. O corpo de magistrados do TJDFT conta ainda com a colaboração de 7.614 servidores empossados e 1.975 estagiários.

Registro da construção do Palacinho.

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AMPLIAÇÃO DO ACESSO À JUSTIÇA

Para tornar ainda mais democrático o acesso à Justiça, o TJDFT começou a desenvolver programas como o Justiça Comunitária, o Justiça Restaurativa e a Central Judicial do Idoso. O Programa Justiça Comunitária, pioneiro no País e no mundo, estimula a comunidade a de-senvolver mecanismos próprios de re-solução de confl itos, por meio do diálo-go, participação social e efetivação dos direitos humanos. O Programa Justiça Restaurativa reúne pessoas envolvidas e afetadas por um fato delituoso para dialogarem sobre o crime e suas conse-qüências, buscando a reparação de pre-juízos emocionais, morais e materiais e a restauração da relação entre a vítima e o réu. Já a Central Judicial do Idoso é um serviço que fortalece a rede de defesa e proteção à pessoa idosa do Distrito Fe-deral, em conjunto com outros órgãos.

Desde 2009, o Sistema de Múlti-plas Portas de Acesso à Justiça passou a agrupar todos os programas, sendo substituído, em 2012, pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensu-ais de Solução de Confl itos – NU-PECON, do qual também fez parte o Núcleo Judiciário da Mulher – NJM,

que tem por objetivo buscar um mo-delo de atuação judicial que favoreça o pleno atendimento à Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha). Um desses pro-gramas, o Justiça Comunitária, rece-beu, em 2005, o Prêmio Innovare, na Categoria Tribunal, por contribuir na devolução aos cidadãos e à comuni-dade da possibilidade de gerirem seus confl itos.

A busca pela solução consensual de confl itos, inclusive, ganhou reforço no TJDFT, desde a Resolução 125/2010, do CNJ, com a criação do Núcleo Per-manente de Mediação e Conciliação - NUPEMEC e os Centros Judiciários de Solução de Confl itos e Cidadania CEJUSCs, unidades integrantes da 2ª Vice-Presidência do Tribunal, respon-sáveis pela implantação e implementa-ção da Política Judiciária Nacional de Tratamento Adequado dos Confl itos de Interesse, conforme preconiza a re-ferida legislação. Atualmente o Tribunal tem CEJUSCs em todas as circunscri-ções do DF, e ainda conta com centros de conciliação especializados, como o de Família, de Execução Fiscal, o de atendimento a acidentes de trânsito, e o que oferece prevenção e tratamento a consumidores superendividados.

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

O Tribunal de Justiça também se destaca por suas ações socioambientais. Antes de o CNJ regulamentar a implan-tação de unidades socioambientais no Poder Judiciário, em 2015, o TJDFT já havia desenvolvido seu Programa de Responsabilidade Socioambiental: o Vi-ver Direito, criado em 2010.

A construção do Fórum Verde, Fórum Des. Joaquim de Sousa Neto, foi um gran-de marco na adoção de padrões sustentá-veis nas obras do Tribunal. Considerado inovador por se tratar da primeira obra sustentável do Poder Judiciário Brasileiro e a primeira obra sustentável edifi cada no Centro-Oeste, recebeu o selo ouro emiti-do pela entidade Green Building Council Brasil e o 3º lugar em concurso de edifi ca-ções socioambientais dentro da Adminis-tração Pública.

A busca do consumo racional de recursos naturais, a compra de ônibus movidos a biodiesel, a adesão à Agen-da Ambiental da Administração Pú-blica – A3P – são outros exemplos de projetos da agenda socioambiental do TJDFT que, em 2014, recebeu o Selo Verde concedido pelo Ministério do Meio Ambiente.

FOTOS: ACERVO TJDFT

A construção do Fórum Verde, Fórum Des. Joaquim de Sousa Neto, foi um grande marco na adoção de padrões sustentáveis nas obras do Tribunal.

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NOVEMBRO 201954

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

MODERNIZAÇÃOÀs 11 horas, 31 minutos e 44 se-

gundos de uma sexta-feira, 25 de ju-lho de 2014, começou uma nova era da Justiça do Distrito Federal. Este foi o exato momento em que o primeiro processo judicial eletrônico foi rece-bido pelo sistema PJe e distribuído para o 6º Juizado Especial Cível de Brasília. Seis segundos depois, foi devidamente autuado e ao Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Brasília. Após dois se-gundos, já estava marcada a audiên-cia de conciliação. Os procedimen-tos, que normalmente demandariam em média cinco dias, foram realiza-dos em apenas oito segundos.

Desde então, o PJe vem paulatina-mente substituindo os processos físicos no TJDFT. O sistema eletrônico che-gou às diversas serventias e acrescen-tou classes processuais habilitadas para tramitação em meio digital. O cresci-mento de feitos pelo PJe acompanhou a ampliação do leque de unidades onde o sistema foi implantado. Com menos de um mês depois das primeiras implanta-ções, chegava-se ao milésimo PJe proto-colado. Oito meses após, já eram 15 mil e depois de 6 meses, chegava-se a 50 mil. Em abril de 2019, o TJDFT alcançou 1 milhão de processos distribuídos de forma eletrônica.

Paralelamente ao avanço do PJe, o Tribunal criou recentemente uma força-tarefa que trabalha para digitali-zar os processos que ainda correm em papel e trazê-los para meio eletrônico. O propósito é tornar o TJDFT 100% digital antes de seu aniversário de 60 anos, a ser comemorado em abril de 2020, adequando-o às novas tendên-cias mundiais de disponibilização de serviços nos meios eletrônicos.

*Historiador e jornalista, com apoio da equipe do Núcleo de Apoio à Preservação da Memória Institucio-nal - NUAMI

ACERVO TJPR

Memorial do TJDFTreúne acervo históricosobre o tribunal.

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NOVEMBRO 2019 55

REVISTA DO CONSELHO DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA

COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL

E DOS TERRITÓRIOS

Des. Romão Cícero de OliveiraPresidente

Desa. Sandra De Santis Mendes de Farias Mello1º Vice-Presidente

Desa. Ana Maria Duarte Amarante Brito2.ª Vice-Presidente

Des. Humberto Adjuto UlhôaCorregedor

DESEMBARGADORES

DES. GETÚLIO VARGAS DE MORAES OLIVEIRA

DES. ROMÃO CICERO DE OLIVEIRA

DES. MÁRIO MACHADO VIEIRA NETTO

DES. ROMEU GONZAGA NEIVA

DESA. CARMELITA INDIANO AMERICANO DO BRASIL DIAS

DES. JOSÉ CRUZ MACEDO

DES. WALDIR LEÔNCIO CORDEIRO LOPES JÚNIOR

DES. HUMBERTO ADJUTO ULHÔA

DES. JOSÉ JACINTO COSTA CARVALHO

DESA. SANDRA DE SANTIS MENDES DE FARIAS MELLO

DESA. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO

DES. JAIR OLIVEIRA SOARES

DESA. VERA LUCIA ANDRIGHI

DES. MARIO-ZAM BELMIRO ROSA

DESA. NÍDIA CORRÊA LIMA

DES. GEORGE LOPES LEITE

DES. ANGELO CANDUCCI PASSARELI

DES. JOSÉ DIVINO DE OLIVEIRA

DES. ROBERVAL CASEMIRO BELINATI

DES. SILVANIO BARBOSA DOS SANTOS

DES. SÉRGIO XAVIER DE SOUZA ROCHA

DES. ARNOLDO CAMANHO DE ASSIS

DES. FERNANDO ANTONIO HABIBE PEREIRA

DES. JOÃO TIMÓTEO DE OLIVEIRA

DES. JOÃO EGMONT LEONCIO LOPES

DES. TEÓFILO RODRIGUES CAETANO NETO

DESA. NILSONI DE FREITAS CUSTODIO

DES. JESUÍNO APARECIDO RISSATO

DESA. SIMONE COSTA LUCINDO FERREIRA

DES. ALFEU GONZAGA MACHADO

DES. SEBASTIÃO COELHO DA SILVA

DES. GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA

DESA. LEILA CRISTINA GARBIN ARLANCH

DESA. MARIA DE FÁTIMA RAFAEL DE AGUIAR

DESA. MARIA DE LOURDES ABREU

DES. MARCO ANTONIO DA SILVA LEMOS

DES. JOSAPHÁ FRANCISCO DOS SANTOS

DES. JAMES EDUARDO DA CRUZ DE MORAES OLIVEIRA

DES. CÉSAR LABOISSIERE LOYOLA

DES. SANDOVAL GOMES DE OLIVEIRA

DES. ESDRAS NEVES ALMEIDA

DESA. GISLENE PINHEIRO DE OLIVEIRA

DESA. ANA MARIA CANTARINO

DES. DIAULAS COSTA RIBEIRO

DES. RÔMULO DE ARAÚJO MENDES

DES. ROBERTO FREITAS FILHO

DES. CARLOS DIVINO VIEIRA RODRIGUES

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