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Justiça Eleitoral Tribunal Regional Eleitoral do Ceará FORTALEZA JULHO/2002

Justiça Eleitoral Tribunal Regional Eleitoral do Cearáapps.tre-ce.jus.br/tre/servicos/trece_publicacoes/... · Os ementários elaborados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará,

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Justiça Eleitoral

Tribunal Regional Eleitoral do Ceará

FORTALEZA

JULHO/2002

A P R E S E N T A Ç Ã OA P R E S E N T A Ç Ã OA P R E S E N T A Ç Ã OA P R E S E N T A Ç Ã O

Os ementários elaborados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará,visando a divulgação de decisões desta Justiça Especializada sobre os pontosmais intensamente debatidos nas respectivas Cortes, vêm se revelando comoinstrumento facilitador para a formação do convencimento dos operadores doDireito, mormente dos magistrados e membros do Parquet eleitoral.

Bem por isso, coube à Secretaria Judiciária organizar mais umacoletânea, desta feita versando temas atinentes aos Abusos de PoderEconômico e de Autoridade, Investigação Judicial Eleitoral e Ação deImpugnação de Mandato Eletivo. Nesta oportunidade, busca-se trazer àcolação, na esfera dos ementários anteriores, julgados selecionados norepertório do Colendo TSE.

Ao anseio, cumpre-nos apontar, de logo, algumas peculiaridades doassunto, convictos de que o conhecimento é o meio mais eficaz na busca daefetiva democratização do processo eleitoral brasileiro.

Consoante o artigo publicado na Revista Suffragium – Informativo doTRE/Ceará – da lavra do atual Diretor Geral, o Dr. José Humberto MotaCavalcanti1, a jurisprudência do colendo TSE sobre o tema é oscilante, sendopossível destacar três fases que se mostram delineadas com razoávelclarividência:

1º Fase: exigência do nexo de causalidade entre o abuso e o voto –Acórdãos nº 12.043/91, 11.899/91 e 14.811/94)

2º Fase: o abuso do poder econômico e de autoridade pressupõe oconseqüente reflexo no voto do eleitor e, portanto, o vício no resultado daeleição, sendo despicienda a prova do nexo. (Acórdãos: nº 13.428/93,11.841/94, 12.244/94, 12282/95 e 12394/95).

3º Fase: O abuso praticado deve ser hábil a influenciar a lisura e alegitimidade do pleito. (Acórdãos 12.577/96, 11.469/96, 15161/98,1136/98,1314/99 e 393/99).

Feitas estas considerações, esperamos estar colocando àdisposição da comunidade interessada nas lides eleitorais mais um instrumentopara esclarecimento de dúvidas e incremento da cultura jurídica.

Fortaleza(Ce), 7 de agosto de 2000.

1 “O Abuso do Poder Econômico e de Autoridade na Jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral” -.Suffragium nº 236 - Janeiro/2000 - Págs. 21 e 22.

Des. Raimundo Hélio de Paiva CastroPRESIDENTE DO TRE/CE

S U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I OS U M Á R I O

Abusos de poder econômico e de autoridade ---------------------------------------------------------- 7

Ação de impugnação de mandato eletivo --------------------------------------------------------------13

Ação de investigação eleitoral -----------------------------------------------------------------------------15

Aplicação da Súmula nº 1 do TSE combinada com o artigo 1º, I, g, da LC nº 64/90--------18

Captação ilícita de sufrágio --------------------------------------------------------------------------------28

Competência da Justiça Eleitoral quanto a questões internas dos partidos políticos-------30

Filiação partidária ---------------------------------------------------------------------------------------------36

Inelegibilidade e desincompatibilização ----------------------------------------------------------------40

I. Inelegibilidades absolutas -------------------------------------------------------------------------40

I.1. Analfabetos ---------------------------------------------------------------------------------40

I.2. Outros casos de inelegibilidades absolutas ----------------------------------------40

II. Inelegibilidades relativas -------------------------------------------------------------------------43

II.1. Em razão de parentesco e matrimônio ---------------------------------------------43

II.2. Em razão de vínculos funcionais -----------------------------------------------------48

III. Desincompatibilização ----------------------------------------------------------------------------48

Prestação de contas ------------------------------------------------------------------------------------------53

I. Anual ---------------------------------------------------------------------------------------------------53

II. De campanha ---------------------------------------------------------------------------------------54

Propaganda eleitoral -----------------------------------------------------------------------------------------58

I. Antecipação ------------------------------------------------------------------------------------------58

II. Bens públicos e de uso comum ----------------------------------------------------------------60

III. Condutas vedadas --------------------------------------------------------------------------------62

IV. Direito de resposta --------------------------------------------------------------------------------65

V. Emissoras de rádio e TV, e Internet --------------------------------------------------------- 67

VI. Horário gratuito -------------------------------------------------------------------------------------69

VII. Imprensa escrita ----------------------------------------------------------------------------------70

VIII. Outdoor --------------------------------------------------------------------------------------------72

IX. Prazos ------------------------------------------------------------------------------------------------73

Recurso contra diplomação --------------------------------------------------------------------------------75

Teste de alfabetização --------------------------------------------------------------------------------------77

Votação / apuração -------------------------------------------------------------------------------------------79

Abusos de poder econômico e de autoridade

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ABUSOS DE PODER ECONÔMICO E DE AUTORIDADEABUSOS DE PODER ECONÔMICO E DE AUTORIDADEABUSOS DE PODER ECONÔMICO E DE AUTORIDADEABUSOS DE PODER ECONÔMICO E DE AUTORIDADE

Ação de impugnação de mandato eletivo. Abuso de poder. Eleições de 1998. Governador e vice-governador.

Fatos que, em seu conjunto, configuram o abuso de poder econômico e político com potencialidadepara influir no resultado das eleições.

Recurso ordinário provido para:

(1) cassar os mandatos do governador e do vice-governador (art. 14, § 10, da CF);

(2) declarar a inelegibilidade do governador para as eleições que se realizarem nos três anosseguintes ao pleito (LC n° 64/90, art. 1°, I, d e h).

(TSE, RO nº 510, Ac. nº 510, de 6.11.2001, Rel. Min. Nelson Jobim)

Recursos especiais. Impugnação de mandato eletivo. Abuso de poder econômico. Nexo decausalidade. Existência. Conseqüência: perda de mandato.

Prática de abuso de poder econômico e político. Prova: requisições e autorizações, firmadas pelocandidato, para entrega de materiais de construção a eleitores. Nexo de causalidade entre a conduta ilícitae o resultado do pleito.

Conseqüência: perda do mandato.

Recursos especiais não conhecidos.

(TSE, RESP nº 16.231, Ac. nº 16.231, de 27.6.2000, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Investigação judicial. Eleições estaduais.

Consoante o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, cabível o recurso ordinário.

Abuso de poder político.

Hipótese em que se tem como verificado, com a distribuição, em comitê eleitoral, de centenas decarteiras de identidade, emitidas em função de programa governamental e entregues ao representado, paradistribuição, dada sua qualidade de funcionário público. Potencialidade de influir no resultado do pleito quese tem como presente.

(TSE, RESP nº 16.201, Ac. nº 16.201C, de 5.6.2000, Rel. Min. Garcia Vieira)

Recurso especial - Ação de impugnação de mandato eletivo - Alegação de não ser possível que acorte regional que julgue procedentes investigações judiciais e improcedente ação de impugnação demandato eletivo calcadas nos mesmos

Fatos - Inexigência de prova pré-constituída para a propositura da ação - Obediência ao rito ordináriono qual cabe ampla produção e análise de provas (precedentes da corte) - Decisão que deve ser tomadanos termos do art. 23 da LC nº 64/90.

Decisão recorrida que analisou profundamente as provas assentado que os atos tidos como abusivosnão tinham potencial para comprometer a lisura do pleito. Recurso que visa ao reexame do quadro fático -Aplicação da Súmula 279 do STF - Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 16.060, Ac. nº 16.060C, de 5.6.2000, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Ação de impugnação de mandato eletivo. Alegação de abuso de poder político e uso indevido dosmeios de comunicação social. Vice-governador de estado, candidato a senador.

Recurso ordinário. Cabimento.

Não-ocorrência de coisa julgada. Recurso contra a expedição de diploma que feriu tema diverso.

Não-afastamento da esposa do recorrido da presidência do serviço de assistência social do estado.

Abusos de poder econômico e de autoridade

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Não-demonstração de que tenha havido uso promocional da atividade em benefício da candidatura -Doações que não eram entregues pessoalmente pela presidente da entidade. Aposição de assinatura emdocumentos concedendo benesses está incluída em atividades regulares do cargo e, por si só, não ensejaabuso de poder.

Programa informal de apoio aos municípios para orientar prefeitos quanto à forma de obter recursosdos órgãos estaduais. Coordenação exercida pelo vice-governador, que estava no exercício do cargodevido à desnecessidade de desincompatibilização. Atos de execução do programa que competiam aossecretários de estado e ao governador. Assinatura de convênios que se insere nas atividades normais daadministração pública. Não-demonstração de que os benefícios dos convênios estariam vinculados a umaespecífica vantagem eleitoral.

Da alegação de uso indevido dos meios de comunicação social. Noticiário das atividades do governopelo Diário Oficial do Estado. Atividade compatível com a finalidade da imprensa oficial. Inexistência depromoção pessoal. Notícias que se pautaram por forma objetiva, neutra, sem engrandecimento dos feitosou adjetivação dos atos. Não-caracterização do ilícito.

Transmissão por emissora de TV com sede em município do interior do estado de propagandaeleitoral do candidato. Inexistência de potencialidade para desequilibrar o pleito.

Afastamento da alegação de que o gabinete do vice-governador deu suporte à sua campanhaeleitoral, com uso das linhas telefônicas, confecção de cartões de visita, uso de servidores e pagamento dedespesas de viagem. Não demonstrada relação com atividades eleitorais.

Recurso ordinário a que se nega provimento.

(TSE, RO nº 399, Ac. nº 399, de 5.6.2000, Rel. Min. Edson Vidigal)

Ação de impugnação de mandato. Eleições estaduais.

Consoante o entendimento deste Tribunal Superior Eleitoral, cabível o recurso ordinário.

Abuso do poder econômico e de autoridade.

Confecção e distribuição, sem conotação eleitoral, de agendas contendo legislação, estatísticas einformações relacionadas com a educação no trânsito. Abuso do poder econômico e de autoridade nãoconfigurado. Decisão pela improcedência que se mantém.

(TSE, RESP nº 16.226, Ac. nº 16.226, de 27.4.2000, Rel. Min. Garcia Vieira)

Recurso especial. Corrupção eleitoral. Art. 299 do CE. Atos praticados pelo candidato a Vice-Prefeito.

Rejeição da alegação de que crime eleitoral é crime político.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do TSE firmou-se no sentido de definir a locuçãoconstitucional "crimes comuns" como expressão abrangente a todas as modalidades de infrações penais,estendendo-se aos delitos eleitorais e alcançando, até mesmo, as próprias contravenções penais.Precedentes: Acórdão TSE 20.312 e Reclamacao STF 511/PB.

Irrelevância de o inquérito ter sido realizado pela polícia estadual.

A jurisprudência da Corte é no sentido de ser irrelevante ter o inquérito sido realizado pela políciaestadual, se a denúncia preenche os requisitos estabelecidos em lei. Precedente: Acórdão 8.476.

Rejeição da alegação de que a ação penal deveria dirigir-se também contra o Prefeito.

Diferentemente dos feitos que visam apurar abuso de poder, a ação penal para apuração do crime decorrupção eleitoral deve dirigir-se exclusivamente contra quem efetivamente praticou atos ilícitos, nãohavendo de se cogitar que o Prefeito figure como réu tão-somente pelo fato de que ele teria sidobeneficiado pela conduta irregular do Vice-Prefeito.

Rejeição da alegação de que a improcedência de ação de impugnação de mandato eletivo seriasuficiente para descaracterizar o crime de corrupção.

A caracterização do abuso de poder depende da demonstração da potencialidade que os fatostenham de influir no resultado do pleito, podendo atos isolados que não configurem abuso vir a configurarcorrupção eleitoral.

Recurso não conhecido.

Abusos de poder econômico e de autoridade

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(TSE, RESP nº 16.048, Ac. nº 16.048C, de 16.3.2000, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Investigação judicial. Abuso de poder econômico.

Hipótese em que, embora demonstradas as práticas abusivas, evidenciou-se a absoluta ausência depotencialidade de influirem no resultado do pleito.

Decisão pela improcedência que se mantém.

(TSE, RO nº 390, Ac. nº 390C, de 15.2.2000, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recursos ordinários. Representação. Lei Complementar nº 64/90 e Lei nº 9.504/97.

Não configuração de abuso de poder ou do poder de autoridade (LC 64/90).

Não encontrada a necessária correlação entre o ato ilegal e o desequilíbrio, para influenciar aliberdade de voto.

Aplicação correta da Corte Regional quanto ao art. 73, inciso II, parágrafo 4 da Lei 9.504/97.

Recursos a que se nega provimento.

(TSE, RO nº 393, Ac. nº 393C, de 26.10.99, Rel. Min. Costa Porto)

Agravo de instrumento. Agravo regimental. Provimento. Recurso especial. Investigação judicial.Abuso de poder econômico.

Não se exige para a configuração do abuso de poder econômico a relação de causa e efeito entre oato e o resultado das eleições (RESP nºs 11.469, 12.282, 12.394 e 12.577).

Dissídio jurisprudencial demonstrado.

Recurso provido para que, tornando-se insubsistente a decisão recorrida, se confirme a sentença dojuízo eleitoral.

(TSE, RAREG nº 1.314, Ac. nº 1.314C, de 24.6.99, Rel. Min. Costa Porto)

Agravo de instrumento. Agravo regimental. Provimento. Recurso especial. Investigação judicial.Abuso de poder econômico. Não se exige para a configuração do abuso de poder econômico a relação decausa e efeito entre o ato e o resultado das eleições (RESP ns. 11.469, 12.282, 12.394 e 12.577). Dissídiojurisprudencial demonstrado. Recurso provido para que, tornando-se insubsistente a decisão recorrida, seconfirme a sentença do juízo eleitoral.

(TSE, AGREG nº 1.314, Ac. nº 1.314C, de 24.6.99, Rel. Min. Costa Porto)

Abuso de poder econômico.

Sendo a normalidade do pleito o valor a ser resguardado, a cassação do registro poderá ocorrer,ainda que, para a ilicitude, não concorra o candidato. Necessidade, em tal hipótese, da demonstração deque fortemente provável haja a prática abusiva distorcido a manifestação popular, com reflexo no resultadodas eleições.

Imputável ao próprio candidato o procedimento ilícito, além da cassação de registro, resultará ainelegibilidade. Em tal caso, bastará a potencialidade de ser afetada a normalidade das eleições, não seexigindo fique evidenciado forte vínculo da probabilidade que se faz mister quanto a prática e deresponsabilidade de terceiro.

Havendo abuso, mas desacompanhado de risco de perturbar-se a normalidade do pleito, poderá aconduta levar a aplicação de pena pecuniária.

Hipótese em que não se teve como demonstrada a participação do candidato, nem se vislumbrou apossibilidade de a livre escolha do eleitorado haver sido atingida.

Prova. Reexame. Inviabilidade de recurso especial.

Abusos de poder econômico e de autoridade

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(TSE, AI nº 1.136, Ac. nº 1.136C, de 31.8.98, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Propaganda eleitoral realizada em época imprópria.

A circunstância de que a propaganda houvesse cessado, após protocolizada a representação, nãobastaria, por si, para afastar a incidência da sanção prevista no art. 36 da Lei n° 9.504/97. Hipótese,entretanto, em que não demonstrado suficientemente haja ocorrido a infração.

Abuso de poder político. Inaplicabilidade da sanção prevista no art. 22 da LC n° 64/90, em vista damínima relevância do fato, absolutamente carecedor de potencialidade de influir no resultado do pleito.

(TSE, REP nº 45, Res. nº 20.287, de 6.8.98, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Abuso de poder econômico. Inexigível se demontre a existência de causa e efeito entre a prática tidacomo abusiva e o resultado das eleições. Necessário, entretanto, se possa vislumbrar potencialidade paratanto.

Não reconhecendo o acórdão regional esteja suficientemente provado tenha havido a distribuição debens, prática que se pretende configuradora do abuso do poder econômico, não se pode afirmar que setenha verificado pelo fato de terem sido apreendidas cestas de alimento no comitê eleitoral. O fato mesmoda apreensão impediu houvesse a influência capaz de comprometer a legitimidade das eleições. Abusonão resulta de atos simplesmente preparatórios.

(TSE, RESP nº 15.161, Ac. nº 15.161C, de 16.4.98, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Representação. Abuso do poder econômico não configurado. Fato isolado, de nenhuma ou, quandomuito, insignificante dimensão no cenário da disputa política, sem potencialidade para desigualar oscandidatos, segundo as regras de experiencia comum subministradas pela observação do queordinariamente acontece, não se presta a configurar abuso do poder econômico. Recursos providos.

(TSE, RO nº 28, Ac. nº 28, de 18.6.96, Rel. Min. Costa Leite)

Representação. Abuso do poder econômico. Inelegibilidade. Tratando-se de práticas ilegais,configuradoras de abuso do poder econômico, hábeis a promover um desequilíbrio da disputa política, nãoé de exigir-se o nexo de causalidade, considerados os resultados dos pleitos (Recursos Especiais ns.12.282, 12.394, e 12.577).

As normas insertas nos incisos XIV e XV do art. 22 da Lei Complementar nº 64/90 não se excluem,impondo-se a sanção de inelegibilidade prevista na primeira ainda que a representação seja julgadaprocedente após a eleição do candidato, não implicando, entretanto, a cassação do mandato eletivo.Recurso conhecido em parte e, nessa parte, provido.

O Tribunal, por unanimidade, conheceu e deu provimento, em parte ao recurso.

(TSE, RESP nº 11.469, Ac. nº 11.469C, de 21.5.96, Rel. Min. Costa Leite)

Abuso do poder econômico ou político.

1. Práticas ilegais judicialmente apuradas (aliciamento da vontade popular através da distribuição dedinheiro e promoção de tratamentos médicos custeados pela máquina administrativa) hábeis a provocar umdesequilíbrio no processo de disputa política, caracterizando abuso de direito, que não exige comprovaçãode nexo entre causa e efeito.

2. Recursos conhecidos e providos.

(TSE, RESP nº 12.577, Ac. nº 12.577,C de 2.4.96, Rel. Min. Torquato Jardim)

Ação de impugnação de mandato eletivo

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AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVOAÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVOAÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVOAÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO

Recurso especial eleitoral. Ação de impugnação de mandato eletivo. Litisconsórcio. Se a moldurafático-jurídica não guarda correspondência com a do acórdão recorrido é incogitável o dissenso.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 19.586, Ac. nº 19.586, de 12.3.2002, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira)

Ação de impugnação de mandato eletivo. Recurso especial. Negativa de seguimento. Agravo deinstrumento. Recebimento como agravo regimental.

Prazo para interposição de recurso contra sentença. Aplicação do art. 258 do Código Eleitoral.Impossibilidade de adoção do prazo recursal estabelecido pelo Código de Processo Civil. Precedentes.

Agravo a que se negou provimento.

1. O fato de a ação de impugnação de mandato eletivo, na lacuna da lei eleitoral, seguir oprocedimento do Código de Processo Civil, dado que este se aplica, subsidiariamente, no processoeleitoral, não quer dizer que a regra inscrita no Código Eleitoral, art. 258, referente ao prazo para recurso,não deva ser observada.

(TSE, AR em RESP nº 19.584, Ac. nº 19.584, de 21.2.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Ação de impugnação de mandato eletivo. Abuso de poder. Eleições de 1998. Governador e vice-governador.

Fatos que, em seu conjunto, configuram o abuso de poder econômico e político com potencialidadepara influir no resultado das eleições.

Recurso ordinário provido para:

(1) cassar os mandatos do governador e do vice-governador (art. 14, § 10, da CF);

(2) declarar a inelegibilidade do governador para as eleições que se realizarem nos três anosseguintes ao pleito (LC n° 64/90, art. 1°, I, d e h).

(TSE, RO nº 510, Ac. nº 510, de 6.11.2001, Rel. Min. Nelson Jobim)

Ação de impugnação de mandato.

De sua procedência poderá resultar, além da perda do mandato, a inelegibilidade, por três anos. Oprazo dessa se contará da data das eleições em que se deram os fatos que serviram de fundamento àação.

(TSE, RO nº 379, Ac. nº 379C, de 5.6.2000, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Medida cautelar. Cabimento. Ação de impugnação de mandato eletivo. Artigo 15 da LeiComplementar nº 64/90. Inaplicabilidade.

1. A medida cautelar é processualmente incabível para emprestar efeito suspensivo a recurso sequerinterposto.

2. A execução dos julgados é, em regra, imediata uma vez que os recursos eleitorais não tem efeitosuspensivo.

3. As disposições da Lei Complementar nº 64/90 aplicam-se tão-somente ao processo deimpugnação do registro de candidatura e à investigação judicial por abuso do poder econômico ou político,e não à ação de impugnação de mandato eletivo.

Agravo regimental desprovido.

(TSE, MCAREG nº 541, Ac. nº 541C, de 11.4.2000, Rel. Min. Maurício Correa)

Ação de impugnação de mandato eletivo

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Impugnação de mandato. Despesas de campanha. Abuso de poder econômico.

As multas julgadas por decisões ainda pendentes de recurso não constituem gastos de campanha,não configurando abuso de poder econômico, a ensejar a cassação do mandato.

(TSE, RO nº 408, Ac. nº 408C, de 28.3.2000, Rel. Min. Garcia Vieira)

Recurso especial. Corrupção eleitoral. Art. 299 do CE. Atos praticados pelo candidato a Vice-Prefeito.

Rejeição da alegação de que crime eleitoral é crime político.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e do TSE firmou-se no sentido de definir a locuçãoconstitucional "crimes comuns" como expressão abrangente a todas as modalidades de infrações penais,estendendo-se aos delitos eleitorais e alcançando, até mesmo, as próprias contravenções penais.Precedentes: Acórdão TSE 20.312 e Reclamacao STF 511/PB.

Irrelevância de o inquérito ter sido realizado pela polícia estadual.

A jurisprudência da Corte é no sentido de ser irrelevante ter o inquérito sido realizado pela políciaestadual, se a denúncia preenche os requisitos estabelecidos em lei. Precedente: Acórdão 8.476.

Rejeição da alegação de que a ação penal deveria dirigir-se também contra o Prefeito.

Diferentemente dos feitos que visam apurar abuso de poder, a ação penal para apuração do crime decorrupção eleitoral deve dirigir-se exclusivamente contra quem efetivamente praticou atos ilícitos, nãohavendo de se cogitar que o Prefeito figure como réu tão-somente pelo fato de que ele teria sidobeneficiado pela conduta irregular do Vice-Prefeito.

Rejeição da alegação de que a improcedência de ação de impugnação de mandato eletivo seriasuficiente para descaracterizar o crime de corrupção.

A caracterização do abuso de poder depende da demonstração da potencialidade que os fatostenham de influir no resultado do pleito, podendo atos isolados que não configurem abuso vir a configurarcorrupção eleitoral.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 16.048, Ac. nº 16.048C, de 16.3.2000, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Agravo de instrumento. Ação de impugnação de mandato. Legitimidade. Processo eleitoral.Encerramento. Os partidos que durante o processo eleitoral eram coligados podem, individualmente, proporação de impugnação de mandato eletivo. Agravo provido. RESP conhecido e provido.

(TSE, AI nº 1.863, Ac. nº 1.863C, de 16.12.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

Agravo de instrumento. Embargos de declaração. Ação de impugnação de mandato eletivo. Recursoespecial. Recebimento. O disposto no artigo 216 do Código Eleitoral pretende evitar que o candidato eleitoperca o mandato por decisão de Tribunal Regional Eleitoral que ainda poderá ser modificada pelo TribunalSuperior Eleitoral, mas não faz com que o recurso especial seja automaticamente admitido. Omissõesinexistentes. Embargos rejeitados.

(TSE, AGED nº 1.960, Ac. nº 1.960C, de 14.12.99, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Impugnação de mandato. Suplente.

Embora não seja titular de mandato, o suplente encontra-se titulado a substituir ou suceder quem o é.A ação de impugnação de mandato poderá, logicamente, referir-se, também, ao como tal diplomado.

(TSE, AI nº 1.130, Ac. nº 1.130C, de 15.12.98, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recurso ordinário. AIME. Segredo de justiça. Cassação de mandato de deputada diplomada pelaseleições substitutivas de 15.11.94 do Rio de Janeiro.

Validação das eleições originárias de 3.10.94. Subsistência do objeto da ação. Prova robusta acaracterizar fraude e descumprimento das normas de administração financeira da campanha eleitoral.

Ação de impugnação de mandato eletivo

13

A ação de impugnação de mandato eletivo deve ser processada em segredo de justiça. Todavia, oseu julgamento é publico (CF, art. 14, parág. 11 e art. 93, IX).

Apesar de diplomada inicialmente pelas eleições substitutivas de 15.11.94/RJ, a recorrentepermaneceu no mandato com a validação das eleições originárias de 3.10.94/RJ. Como a ação diz respeitoa irregularidades na prestação da conta de campanha e a fraude ocorrida no pleito de 3.10.94, subsiste oobjeto da ação.

Diante da prova robusta dos autos, impõe-se a cassação do mandato.

Recurso a que se nega provimento.

(TSE, RO nº 31, Ac. nº 31C, de 15.10.98, Rel. Min. Edson Vidigal)

Recurso ordinário em ação de impugnação de mandato eletivo de senador, julgada procedente porTRE, concomitantemente com recurso contra expedição de diploma.

1. Recurso de terceiro que se diz interessado, do qual não se conhece por que não demonstrada talcondição.

2. Recurso da agremiação partidária ao qual se nega provimento, uma vez que a ausência de suacitação para integrar a relação processual não conduz, no caso, à nulidade do acórdão.

3. Composição regular da Corte Regional, por não ser necessária a convocação de substitutos paraos juízes que declararam suspeição.

4. Não configura irregularidade a ausência de manifestação do procurador regional eleitoral nasessão de julgamento.

5. Implica cerceamento à defesa o julgamento antecipado da ação de impugnação de mandato cujosfatos demandam dilação probatória. A inexistência de oportunidade para o réu produzir prova, em oposiçãoaos documentos que instruíram a ação, configura ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa,recomendando a nulidade da decisão. Aplicação, entretanto, da regra do art. 249, § 2°, do CPC, segundo aqual não se decreta nulidade quando é possível julgar o mérito a favor da parte a quem aquela aproveitaria.

6. Fatos supostamente acontecidos antes da escolha e registro do candidato, que não guardamrelação direta com o pleito eleitoral e que não foram objeto de procedimento ou investigação judicial antesdas eleições, não se prestam para fundamentar ação de impugnação de mandato eletivo, com sériasconseqüências no mandato popular colhido das urnas. Recurso provido para julgar improcedente a ação.

7. O ônus da sucumbência não se coaduna com os feitos eleitorais. Condenação em honorários quenão se acolhe.

8. Anulação do acórdão recorrido na parte em que julgou os recursos contra a expedição de diploma,visto que a apreciação deles compete ao Tribunal Superior Eleitoral. Determinação do desapensamento detais recursos, a fim de que sejam autuados e distribuídos.

(TSE, RO nº 61, Ac. nº 61, de 6.11.97, Rel. Min. Costa Porto)

Recurso especial. Ação de impugnação de mandato eletivo não se reveste de natureza penal.Demonstrado o abuso do poder econômico, a corrupção e a fraude, a manifestação eleitoral torna-seviciada.

Não conhecido.

(TSE, RESP nº 11.136, Ac. nº 13.221, de 18.12.92, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Ação de investigação judicial

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AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIALAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIALAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIALAÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL

Agravo regimental. Recurso especial eleitoral. Ação de investigação judicial eleitoral ajuizada contracandidato a prefeito. Abuso de poder econômico. Art. 41-A da Lei n° 9.504/97. Acórdão do TRE queextinguiu o processo por ausência de citação do vice-prefeito.

Hipótese em que a ausência de citação de vice-prefeito, em ação de investigação judicial eleitoralajuizada contra candidato a prefeito, para a apuração de abuso de poder econômico, não constitui nulidadeapta a extinguir o processo sem o julgamento do mérito. Precedentes.

Agravo improvido.

(TSE, RESP nº 19.342, Ac. nº 19.342, de 4.4.2002, Rel. Min. Nelson Jobim)

Investigação judicial eleitoral. Art. 22 da LC n° 64/90 e 41-A da Lei n° 9.504/97. Decisão posterior àproclamação dos eleitos. Inelegibilidade. Cassação de diploma. Possibilidade. Inciso XV do art. 22 da LC n°64/90. Não aplicação.

1. As decisões fundadas no art. 41-A têm aplicação imediata, mesmo se forem proferidas após aproclamação dos eleitos.

(TSE, RESP nº 19.587, Ac. nº 19.587, de 21.3.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Recurso contra a diplomação - Inciso IV do art. 262 do Código Eleitoral - Abuso do poder econômico -Investigação judicial - Procedência - Manutenção da sentença - Trânsito em julgado - Ausência.

1. Não é necessário que a decisão proferida em investigação judicial tenha transitado em julgadopara embasar recurso contra a diplomação fundado no inciso IV do art. 262 do Código Eleitoral.

2. O recurso contra a diplomação pode vir instruído com prova pré-constituída, entendendo-se queessa é a já formada em outros autos, sem que haja obrigatoriedade de ter havido sobre ela pronunciamentojudicial, ou trânsito em julgado.

3. A declaração de inelegibilidade com trânsito em julgado somente será imprescindível no caso de orecurso contra a diplomação vir fundado no inciso I do mencionada art. 262 do Código Eleitoral, que cuidade inelegibilidade.

Agravo regimental a que se negou provimento.

(TSE, AR em RESP nº 19.568, Ac. nº 19.568, de 12.3.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Agravo de instrumento. Recurso especial. Ação de investigação judicial eleitoral. Abuso de podereconômico. Não audiência de testemunha de defesa arrolada a tempo e modo. Cerceamento de defesa.

1. Na ação de investigação judicial por abuso de poder econômico caracteriza-se o cerceamento dedefesa pela não audiência de testemunha de defesa arrolada a tempo e modo pela defesa.

2. Recursos conhecidos e providos.

(TSE, AI nº 2.920, Ac. nº 2.920, de 25.10.2001, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Recurso especial. Investigação judicial eleitoral. Abuso de poder econômico. Captação de votos entrecandidatos. Atipicidade. L. 9.504/97, art. 41-A.

1. O art. 41-A da L. 9.504/97 só tipifica a captação ilícita de votos entre candidato e eleitor, não aconfigurando a vantagem dada ou prometida por um candidato a outro, visando a obter-lhe a desistência.

2. Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 19.399, Ac. nº 19.399, de 23.10.2001, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Ação de investigação judicial

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Recurso especial. Ação de investigação judicial eleitoral. Abuso de poder econômico. Julgamentoantecipado da lide (CPC, art. 330). Impossibilidade.

1. O julgamento antecipado da lide, na ação de investigação judicial eleitoral, impossibilita a apuraçãodos fatos supostamente ocorridos, afrontando o princípio do devido processo legal.

2. Recursos providos.

(TSE, RESP nº 19.419, Ac. nº 19.419, de 16.10.2001, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Recurso especial contra decisão em investigação judicial - Art. 22 da LC 64/90 - Recebimento comoordinário.

Programa de rádio apresentado por candidato a deputado distrital no período previsto no art. 45 daLei nº 9.096/97, no qual participou candidato a senador, proprietário da emissora, com elogios recíprocos ereferências diretas à eleição.

Propaganda eleitoral vedada, por tratamento privilegiado, que se configurou pelo grande destaquedados aos recorridos pela emissora.

O fato de terem os recorridos que se valido da condição de um deles de ser proprietário da emissorae a reiteração da conduta leva à caracterização da prática de abuso do poder econômico e dos meios decomunicação social.

Recurso provido para decretar a inelegibilidade dos recorridos por três anos.

(TSE, RESP nº 16.184, Ac. nº 16.184C, de 1º.6.2000, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Investigação judicial. Abuso de poder econômico. Hipótese em que, embora demonstradas aspráticas abusivas, evidenciou-se absoluta potencialidade de decisão pela improcedência que se mantém.

(TSE, RO nº 390, Ac. nº 390C, de 15.2.2000, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recurso ordinário. Investigação judicial eleitoral. Decretação de revelia. Impossibilidade. Abuso dopoder econômico e político. Prova inconcussa.

Necessidade.1. Na ação investigatória judicial, instaurada para os fins do artigo 22 da LeiComplementar 64/90, descabe a decretação de revelia e confissão, por depender a procedência darepresentação de prova inconcussa dos fatos

Tidos como violadores do texto legal, sendo o procedimento probatório inteiramente independente daformalização tempestiva e adequada da defesa dos representados. 2. A configuração do abuso do podereconômico exige prova.

Inconcussa. Precedentes. Recurso ordinário desprovido.

(TSE, RO nº 382, Ac. nº 382C, de 23.11.99, Rel. Min. Maurício Correa)

Representação que objetiva a instauração de investigação judicial para apurar abuso do podereconômico e de autoridade supostamente praticada por Governador. (LC 64/90)

A representação não perde o objeto com a renúncia do Governador.

Recurso provido para determinar que o Tribunal prossiga no julgamento e aprecie o mérito.

(TSE, RESP nº 15.278, Ac. nº 15.278C, de 24.6.99, Rel. Min. Costa Porto)

Inelegibilidade. Investigação judicial. Prazo. Termo inicial. O termo a quo da inelegibilidade decorrenteda procedência de representação, por abuso de poder econômico ou político, é a data das eleições em quese verificaram os fatos que motivaram fosse aplicada a sanção.

(TSE, RO nº 392, Ac. nº 392C, de 15.6.99, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Ação de investigação judicial

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Investigação judicial. Decisão interlocutória. Irrecorribilidade.

Das decisões interlocutórias, na investigação judicial de que cuida o artigo 22 da LC 64, não caberecurso em separado. A matéria não ficara preclusa, podendo ser objeto de exame no julgamento dorecurso que impugne o provimento de que resulte o fim do processo.

(TSE, AI nº 1.718, Ac. nº 1.718C, de 1º.6.99, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Investigação judicial. Recurso.

Da decisão do Tribunal Regional que dirime a investigação judicial, nas eleições federais e estaduais,cabe recurso ordinário.

(TSE, AI nº 1.748, Ac. nº 1.748C, de 18.5.99, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Ação de investigação judicial. Prazo para propositura. Falta de promoção da citação do Vice-Prefeito.Litisconsorte necessário. Decadência consumada. Extinção do processo.

I - A ação de investigação judicial do art. 22 da LC 64/90 pode ser ajuizada até a data da diplomação.

II - A norma do art. 263 do CPC pressupõe o atendimento das exigências legais, inclusive as relativasao litisconsórcio.

III - Não promovida, pelo autor, a citação de litisconsorte necessário até esta data, o processo deveser extinto em face da decadência.

Recurso provido.

(TSE, RESP nº 15.263, Ac. nº 15.263C, de 25.5.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

Investigação judicial. Representação. LC nº 64/90, arts. 1º, I, h e 19 a 23; Lei nº 8.429/92, art. 11;Cód. Eleitoral, arts. 237 e §§, 346 e 377 e parágrafo único.

1. Legitimidade. De modo geral, o eleitor é parte legítima para se dirigir à Corregedoria (opinião dorelator). Têm legitimidade os parlamentares (opinião que prevaleceu no TSE, por maioria de votos).

2. O partido político tem interesse e legitimidade para representar.

3. Informações divulgadas pela imprensa são indícios bastantes para a abertura de investigação, masinsuficientes para a condenação (sanção de inelegibilidade, cassação de registro). LC nº 64/90, arts. 22, XIVe 23.

4. Representação improcedente.

(TSE, REP nº 30, Res. nº 20.206, de 26.5.98, Rel. Min. Nilson Naves)

Aplicação da Súmula nº 1 do TSE combinada com o artigo 1º, I, g, da LC nº 64/90

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APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 1 DO TSEAPLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 1 DO TSEAPLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 1 DO TSEAPLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 1 DO TSE

COMBINADA COM O ARTIGO 1º, I, G, DA LC Nº 64/90COMBINADA COM O ARTIGO 1º, I, G, DA LC Nº 64/90COMBINADA COM O ARTIGO 1º, I, G, DA LC Nº 64/90COMBINADA COM O ARTIGO 1º, I, G, DA LC Nº 64/90

Agravo regimental em recurso especial. Registro de candidato. Rejeição de contas. Açãodesconstitutiva da decisão que rejeitou as contas ajuizada antes da ação de impugnação.

Para a Justiça Eleitoral interessa o momento em que a ação foi apresentada em juízo.

É irrelevante o fato de a ação desconstitutiva ter sido despachada, pelo juiz, depois da impugnação.

Se a ação desconstitutiva foi protocolada antes da impugnação, isto é o que basta para aplicar aSúmula nº 1 do TSE.

Agravo improvido.

(TSE, AR em RESP nº 18.341, Ac. nº 18.341, de 24.4.2001, Rel. Min. Nelson Jobim)

Recurso especial. Agravo regimental. Rejeição de contas. Propositura de ação judicial na JustiçaComum. Análise dos fundamentos pela Justiça Eleitoral. Impossibilidade.

Proposta ação perante a Justiça Comum, com a finalidade de desconstituir a decisão que rejeitou ascontas apresentadas pelo Chefe do Executivo Municipal, não cabe à Justiça Eleitoral analisar a petiçãoinicial para concluir pela sua viabilidade jurídica. Precedentes.

Agravo regimental desprovido.

(TSE, AR em RESP nº 16.868, Ac. nº 16.868, de 14.11.2000, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Registro de candidatura. Rejeição de contas.

A coligação que não impugnou não tem legitimidade para recorrer.

Submetido o ato de rejeição das contas ao crivo de outro órgão do poder judiciário, antes daimpugnação, não cabe à Justiça Eleitoral perquirir sobre a natureza das irregularidades.

(TSE, AR em RESP nº 16.850, Ac. nº 16.850, de 21.9.2000, Rel. Min. Garcia Vieira)

Contas de ex-prefeito - Rejeição pelo Tribunal de Contas da União - Inelegibilidade - Art. 1°, inciso I,alínea g da LC n° 64/90 - Ação desconstitutiva que alega ilegitimidade do Tribunal de Contas - Vício formal -Suficiência para suspender a inelegibilidade.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 17.158, Ac. nº 17.158, de 21.9.2000, Rel. Min. Fernando Neves)

Recurso contra diplomação. Rejeição de contas. Ação anulatória. Suspensão da inelegibilidade.

A aplicação do art. 275, § 4º do CE, depende de sua menção expressa no acórdão.

A propositura de ação anulatória de decisão que rejeitou as contas suspende a inelegibilidade(Súmula 1 do TSE).

Recurso improvido.

(TSE, RCED nº 576, Ac. nº 576, de 8.8.2000, Rel. Min. Nelson Jobim)

Registro de candidato.

Rejeição de contas pelo TCU. Ausência de prestação de contas de verba de convênio federal.Irregularidade insanável. Alínea ‘g’ do inciso I, do art. 1º da LC nº 64/90. Recolhimento de valores aos cofres

Aplicação da Súmula nº 1 do TSE combinada com o artigo 1º, I, g, da LC nº 64/90

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públicos não é suficiente para afastar a inelegibilidade. Recurso provido.

(TSE, RESP nº 15.412, Ac. nº 15.412C, de 27.10.98, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Recurso Especial. Recurso contra Expedicao de Diploma. Rejeição de contas. Art. 1º, I, "g", da LC64/90.

Preliminar de ilegitimidade ad causam do recorrente. Rejeição.

Tem legitimidade para propôr recurso contra a expedição de diploma aquele cujo registro decandidatura foi indeferido por decisão ainda não transitada em julgado, estando recurso extraordinario aindaem tramitação perante o eg. STF.

A inelegibilidade prevista no art. 1, I, "g", da LC 64/90 tem natureza infraconstitucional.

A competência para o julgamento das contas do chefe do executivo municipal e da CâmaraMunicipal, constituindo o pronunciamento do Tribunal de Contas do Estado mero parecer prévio.

Rejeição das contas pela Câmara Municipal posterior a realização do pleito. Impossibilidade dacassação do diploma do candidato eleito.

A rejeição de contas superveniente ao registro não enseja a cassação do diploma conferido aocandidato eleito, pois a cláusula de inelegibilidade posta na alinea "g" do inciso I do art. 1º, da LC 64/90 seaplica às eleições que vierem a se realizar e não às já realizadas.

(TSE, RESP nº 15.204, Ac. nº 15.204C, de 2.6.98, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Inelegibilidade. Rejeição de contas.

Tratando-se de recursos do municipio, a deliberação que a respeito de sua aplicação tome o Tribunalde Contas tem natureza de parecer. Rejeição das contas só pode ocorrer por deliberação da CâmaraMunicipal.

O ingresso no Judiciário, para impugnar decisão do Tribunal de Contas da União, não se condiciona aexaustão de eventuais recursos na via administrativa.

Recurso especial.

Não se viabiliza em relação à matéria de que não tenha cuidado o acórdão recorrido.

(TSE, RESP nº 13.658, Ac. nº 13.658C, de 14.11.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Registro. Impugnação.

Rejeicao de contas. Novos pronunciamentos da mesma edilidade. Possibilidade dessa revisão. Atoeminentemente político.

Descabe à Justica Eleitoral examinar alegações de imoralidade e ilegitimidade dos atos da CâmaraMunicipal.

Precedentes do TSE.

Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 13.783, Ac. nº 13.783C, de 30.10.96, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Inelegibilidade. Rejeição de contas.

Não se suspende em virtude do ajuizamento de ação em que não são atacadas todas as razões dedecidir da decisão do Tribunal de Contas, pois, subsistindo uma, manter-se-á o ato de rejeição, ainda queacolhido o pleito quanto às demais.

Recurso especial: impossibilidade de reexaminar matéria de fato ou tratar daquela que não haja sidoobjeto de exame pelo acórdão recorrido.

(TSE, RESP nº 14.486, Ac. nº 14.486C, de 29.10.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Aplicação da Súmula nº 1 do TSE combinada com o artigo 1º, I, g, da LC nº 64/90

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Coisa julgada. Limites objetivos.

Indeferido o pedido de registro, por se reconhecer inelegibilidade, decorrente de rejeição de contas, acoisa julgada não atinge essa razão de decidir (CPC art 469, I).

Ainda assim não fosse, a imutabilidade resultante da sentenca não impediria o deferimento doregistro, se alterada a situação de fato, com o ulterior ajuizamento de ação tendente a anular o ato derejeição.

(TSE, RESP nº 14.416, Ac. nº 14.416C, de 29.10.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Registro de candidato. Rejeição de contas de presidente da Câmara Municipal pelo Tribunal deContas estadual. Aprovação pela edilidade local. Ausência de ação desconstitutiva. Inelegibilidade.Ausência de prequestionamento relativa à questão de intempestividade da impugnação à candidatura.

Tratando-se de julgamento das contas de ex-presidente da Câmara Municipal, há que prevalecer oparecer do Tribunal de Contas, sendo irrelevante a decisão da Câmara Municipal.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.475, Ac. nº 13.475C, de 22.10.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Recurso especial. Registro de candidato. Rejeição de contas pelo TCU. Art. 71, inciso VI, daConstituicao.

Cabe ao TCU o julgamento das contas do prefeito relativas a recursos repassados pela União.

Caso em que a corte de contas teve por descabida a inclusão do nome do responsável na lista deinelegíveis.

Hipótese em que não se pode ter por incidente a norma do art. 1º, I, "g", da LC nº 64/90.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.209, Ac. nº 13.209C, de 22.10.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Inelegibilidade. Rejeição de contas. Convênio.

Impossibilidade de discutir-se, no procedimento de registro de candidatura, eventual vício da decisãodo Tribunal de Contas. Tal pretensão haverá de ser deduzida em ação direta perante a Justiça Comum.

(TSE, RESP nº 14.624, Ac. nº 14.624C, de 2.10.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recurso especial. Inelegibilidade (art. 1, I, "g", da LC 64/90). Órgão competente para rejeição dascontas.

Só com relação às contas dos chefes do executivo é que o pronunciamento do Tribunal de Contasconstitui mero parecer prévio, sujeito à apreciação final da Câmara Municipal, antes do qual não háinelegibilidade (STF, RE nº 132.747). As contas de todos os demais responsáveis por dinheiros e benspúblicos são julgadas pelo Tribunal de Contas e suas decisões a respeito geram inelegibilidade (CF, art. 71,I). Inconstitucionalidade dos arts. 95, II, "d" e seu parágrafo 1º, "in fine", da Constituicao do Estado da Bahia,quando estendem as contas das mesas das Câmaras Municipais o regime do art. 31, parágrafo 2º, daConstituicao Federal, que é exclusivo das contas dos prefeitos.

Precedentes do TSE (Acs. 12.645 e 12.694, Rel. Min. Sepúlveda Pertence).

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.174, Ac. nº 13.174C, de 30.9.96, Rel. Min. Francisco Rezek)

Rejeição de contas. Aplicação de verbas obtidas mediante convênio com o Estado. Hipótese em queo Tribunal de Contas profere julgamento e não apenas parecer prévio.

Aplicação da Súmula nº 1 do TSE combinada com o artigo 1º, I, g, da LC nº 64/90

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(TSE, RESP nº 13.299, Ac. nº 13.299C, de 30.9.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recurso especial.

Inviabilidade em relação a temas a cujo respeito não houve prequestionamento.

Rejeição de contas. Inelegibilidade. Matéria passível de conhecimento de ofício pelo juiz. Irrelevânciade eventual ilegitimidade do impugnante, o que só importaria na hipótese de haver ele formulado recurso.

(TSE, RESP nº 13.886, Ac. nº 13.886C, de 30.9.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Inelegibilidade. Contas de ex-prefeito (Lei Complementar nº 64/90, art. 1º, inciso I, letra "g").

1. Caso em que o TSE já reconhecera a inelegibilidade, por ocasião do julgamento do recurso nº12.114, em relação às eleições de 1994.

2. A aprovação das contas pela Câmara, voltando recentemente atrás, não pode ter a qualidade detornar elegível o ex-prefeito. Admitir-se que pode, seria a admissão do ato de rescisão do acórdão, a todasas luzes inadmissível.

3. Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 12.899, Ac. nº 12.899C, de 23.9.96, Rel. Min. Nilson Naves)

Recurso especial. Registro de candidato. Inelegibilidade. Rejeição de contas pelo Tribunal de Contas.Ausência de prestação de contas de recursos provenientes de convênio.

O posterior reembolso do débito não tem o condão de afastar a LC nº 64/90.

Recurso da Procuradoria Regional Eleitoral provido.

Recurso da Coligação União por Brejo Grande prejudicado.

(TSE, RESP nº 12.978, Ac. nº 12.978C, de 23.9.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Registro de candidato. Rejeição de contas. Ação anulatória ajuizada anteriormente à impugnação.Hipótese de aplicação da Súmula nº 1 do Tribunal Superior Eleitoral. Decisão da Câmara Municipalproferida há mais de cinco anos não acarreta inelegibilidade. Argüição de nulidade. Prejuízo nãodemonstrado. Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 12.871, Ac. nº 12.871C, de 23.9.96, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Registro de candidato. Inelegibilidade. LC 64/90, art. 1, I, g. Rejeição de contas. Recurso de convêniocom o Governo do Estado. Decisão do TCE.

Falta de questionamento judicial da decisão do Tribunal de Contas.

É inelegível o candidato que, na qualidade de prefeito administrou recursos a conta de convênio como Governo do Estado, tendo o TCE rejeitado a prestação de contas, diante de irregularidades insanáveis,com nota de improbidade.

Precedente do TSE (Ac. 12.070, Rel. Min. Flaquer Scartezzini).

Recurso a que se nega conhecimento.

(TSE, RESP nº 12.918, Ac. nº 12.918C, de 17.9.96, Rel. Min. Francisco Rezek)

O simples parecer desfavorável do Tribunal de Contas do Estado, sem o correspondente acolhimentopela Câmara de Vereadores, não afasta a elegibilidade do candidato, porquanto aquele órgão não dispõede competência para aprovar ou rejeitar as contas, função esta conferida ao poder legislativo municipal.

(TSE, RESP nº 12.936, Ac. nº 12.936C, de 17.9.96, Rel. Min. Francisco Rezek)

Aplicação da Súmula nº 1 do TSE combinada com o artigo 1º, I, g, da LC nº 64/90

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Recurso especial. Inelegibilidade de ex-prefeito. Rejeição de contas pela Câmara Municipal.

1) Caso em que a referida decisão foi impugnada na via judicial.

2) Decisão contrária a orientação jurisprudencial do TSE, na Súmula nº 1.

(TSE, RESP nº 13.267, Ac. nº 13.267C, de 16.9.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Recurso especial. Rejeição de contas. Inelegibilidade. Ação anulatória. Abrangência.

O afastamento da inelegibilidade previsto no art. 1, I, "g" da LC 64/90 abrange também a açãoproposta para declarar a nulidade da decisão da rejeição de contas por vicio formal do processoadministrativo encaminhado pelo Tribunal de Contas e Câmara Municipal.

Recurso provido.

(TSE, RESP nº 13.009, Ac. nº 13.009C, de 12.9.96, Rel. Min. Francisco Rezek)

Registro de candidato. Inelegibilidade. LC nº 64/90, art. 1, I, "g". Câmara Municipal. Prestação decontas. Tribunal de Contas do Estado. Parecer prévio. Rejeição. Irregularidades formais. Em relação àscontas de Câmara Municipal, basta o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado, à vista do caráterdefinitivo que lhe empresta a Constituição Federal (CF, art. 71, II), sendo despicienda a decisao da CâmaraMunicipal sobre a mesma matéria. Inexistindo, como motivo determinante da rejeição, irregularidadeadministrativa, é de ser afastada a hipótese de inelegibilidade prevista na LC nº 64/90, art. 1, I, "g". Recursoordinário provido.

(TSE, RO nº 12.014, Ac. nº 12.014C, de 17.8.94, Rel. Min. Flaquer Scartezzini)

Inelegibilidade. LC nº 64/90, art. 1, I, "g". Rejeição de contas pela Câmara Municipal. Parecer doTribunal de Contas do Estado. Irregularidades insanáveis. Inexistência de propositura de ação. Restandocomprovado que a irregularidade apontada é de caráter insanável, e que nenhuma ação foi proposta, torna-se evidente a inelegibilidade da Lei Complementar nº 64/90, art. 1, I, "g".

Recurso a que se nega provimento.

(TSE, RO nº 12.127, Ac. nº 12.127C, de 9.8.94, Rel. Min. Marco Aurélio Mello)

Inelegibilidade. Lei complementar nº 64/90, de 1990, art . 1, I, "g".

I - o candidato ajuizou, antes da impugnação ao seu registro, ação declaratória de rejeição de contaspela Câmara Municipal, achando-se ao amparo da Súmula nº 01, desta Corte.

II - quanto as irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União inexistem nos autoselementos que permitam aquilatar sobre a sua insanabilidade. Acha-se esclarecido, porém, que o candidatoquitou o débito e recebeu quitação quanto a sua responsabilidade.

III - recurso especial conhecido como ordinário, a que se nega provimento.

(TSE, RO nº 12.110, Ac. nº 12.110C, de 9.8.94, Rel. Min. Pádua Ribeiro)

Inelegibilidade. LC nº 64/90, art. 1, I, "g". Rejeição de contas pela Câmara Municipal. Parecer doTribunal de Contas do Estado. Irregularidades insanáveis. Inexistência de propositura de ação. Restandocomprovado que a irregularidade apontada é de caráter insanável, e que nenhuma ação foi proposta, torna-se evide nte a inelegibilidade da Lei Complementar nº 64/90, art. 1, I, "g".

Recurso a que se nega provimento.

(TSE, RO nº 12.127, Ac. nº 12.127C, de 9.8.94, Rel. Min. Marco Aurélio Mello)

Inelegibilidade. LC nº 64/90, art. 1, I, "g". Rejeição de contas pela Câmara Legislativa. Irregularidadesinsanáveis. Parecer do Tribunal de Contas do Município. Ação ajuizada após a impugnação. Não incidênciada ressalva contida na Súmula nº 1 TSE.

Aplicação da Súmula nº 1 do TSE combinada com o artigo 1º, I, g, da LC nº 64/90

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A irregularidade que enseja a inelegibilidade prevista na alinea "g", inc. I, o art. 1º, da LeiComplementar nº 64/90, e a insanável, tem a ver com a improbidade administrativa (CF, art. 15, V e 37,parágrafo 4).

O ingresso em juízo somente se mostra despiciendo quando ocorre após a impugnação. PrecedenteAc. nº 11.977/94.

Recurso a que se nega provimento.

(TSE, RO nº 12.138, Ac. nº 12.138C, de 9.8.94, Rel. Min. Flaquer Scartezzini)

Eleitoral. Inelegibilidade. Prefeito. Contas: rejeição. Irregularidades insanáveis. Improbidadeadministrativa. Lei Complementar 64/90, art. 1, I, "g".

I - As irregularidades que tipificam crime contra administração pública são insanáveis e traduzemimprobidade administrativa.

II - Agravo regimental não provido.

(TSE, RAREG nº 12.087, Ac. nº 12.087C, de 7.8.94, Rel. Min. Carlos Velloso)

Recurso especial. Impugnação de registro. Duplicidade de filiação e rejeição de contas.

Não caracteriza duplicidade de filiação se o eleitor comunica ao partido e à Justica Eleitoral suadesfiliação e na mesma data promove sua filiação em outro partido.

O ajuizamento de ação anulatória de deliberação de Câmara Municipal que rejeita as contas docandidato, suspende sua inelegibilidade, nos termos do art. 1 - inciso I - alinea "g" da Lei nº 64/90 e doenunciado nº 1 da Súmula do e. TSE, ainda que diga respeito apenas aos aspectos formais de decisãolegislativa.

Eleitoral. Inelegibilidade. Ex-prefeito. Contas: rejeição irregularidades insanáveis. Improbidadeadministrativa. Parecer do TC: aprovação por decurso do prazo.

I - Necessidade de apreciação quanto aos motivos que levaram o Tribunal de Contas a rejeição.

II - As irregularidades que tipificam crime contra a administração pública são insanáveis e traduzemato de improbidade do administrador.

III - Recurso provido.

(TSE, RESP nº 12.114, Ac. nº 12.114C, de 6.8.94, Rel. Min. Carlos Velloso)

Registro de candidato. Indeferimento. Inelegibilidade. LC nº 64/90, art. 1, I, "g". Prestação de contas.Irregularidades. Rejeição pelo Tribunal de Contas do Municipio. Decisão da Câmara Municipal. Inexistênciade ajuizamento de ação. Mandado de seguranca contra decisão do legislativo. Não alcance da ressalva daalínea "g" da LC 64/90.

Pacífica jurisprudência da Corte tem sido no sentido que não basta a existência da ação judicialvoltada a desconstituir a decisão da Câmara Municipal, para ter-se como presente a ressalva da parte finaldo art. 1º, I, "g" da Lei de Inelegibilidade, e imprescindível que a ação judicial ataque todos os fundamentosque embasaram o decreto de rejeição, além do que, a medida deve anteceder a ação de impugnação deregistro de candidato.

Recurso a que se nega provimento.

(TSE, RO nº 12.001, Ac. nº 12.001C, de 5.8.94, Rel. Min. Flaquer Scartezzini)

Registro de candidato. Inelegibilidade. LC nº 64/90, art . 1, I, "g". Rejeição de contas. Recurso deconvênio. Governo do Estado. TCE. Decisão. Ação própria. Erário público. Ressarcimento. É inelegível ocandidato que, na qualidade de prefeito administrou recursos a conta de convênio com o governador doestado, tendo o TCE rejeitado a prestação de contas, diante de irregularidades insanáveis, com nota deimprobidade. O fato de ter havido o recolhimento de valores aos cofres públicos não é o suficiente para

Aplicação da Súmula nº 1 do TSE combinada com o artigo 1º, I, g, da LC nº 64/90

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afastar a inelegibilidade apontada. Recurso a que se neg a provimento.

(TSE, RO nº 12.070, Ac. nº 12.070C, de 4.8.94, Rel. Min. Flaquer Scartezzini)

Registro de candidato. Inelegibilidade. Ex-prefeito cujas contas foram consideradas irregulares pelaCâmara Municipal, com base em parecer do Tribunal de Contas do Estado.

A irregularidade que enseja a aplicação da alinea "g", inc. I, do art. 1 da LC nº 64/90 e a "insanável",que tem a ver com atos de improbidade (CF, art. 15, V e 37, parágrafo 4) não se prestando para talfinalidade aquela de caráter meramente formal.

A ação judicial que elide a inelegibilidade pode ser proposta a qualquer tempo antes da impugnação,se ainda dentro do prazo prescricional de cinco anos (Precedentes: Recursos nºs. 9.816, 10.136, sessão de17.09.92).

Recurso a que se nega provimento.

(TSE, RO nº 11.976, Ac. nº 11.976C, de 27.7.94, Rel. Min. Flaquer Scartezzini)

Registro. Candidato a deputado estadual. Inelegibilidade. Contas de prefeito municipal julgadasirregulares pelo Tribunal de Contas.

I - Se o Tribunal de Contas cingiu-se a declarar irregulares as contas do prefeito, em razão de saldomínimo, recolhido aos cofres públicos, não exsurgindo dos fatos dolo ou fraude a viciar a candidatura, nãohá lugar para a inelegibilidade ensejadora do indeferimento do registro.

II - Recurso conhecido como ordinário e provido para fins de determinar a efetivação do registroimpugnado.

(TSE, RO nº 11.973, Ac. nº 11.973C, de 26.7.94, Rel. Min. Pádua Ribeiro)

Candidato a prefeito. Inelegibilidade: Lei Complementar nº 64/90, art. 1, I, "g".

Demonstradas as irregularidades apontadas pela Câmara Municipal, relativas às contas do recorridoe considerando-se a "contrario sensu", o teor da Súmula/TSE 1.

Recurso conhecido e provido para declarar inelegível o recorrido.

(TSE, RESP nº 10.934, Ac. nº 13.067, de 27.10.92, Rel. Min. Flaquer Scartezzini)

Contas. Prova de rejeição. Inexistência. Prazo de cinco anos extrapolado. Impugnação inconsistente -LC nº 64/90, art. 1, I, "g".

Cabe ao impugnante apresentar prova da rejeição das contas do candidato. Em caso de rejeição de"contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e pordecisão irrecorrível do órgão competente", o prazo de inelegibilidade atinge as eleições que se realizaremnos 5 (cinco) anos seguintes, contados a partir da data da decisão.

(TSE, RESP nº 10.517, Ac. nº 12.957, de 1º.10.92, Rel. Min. José Cândido)

Recurso especial. TRE/SP. Decisão que negou provimento ao recurso.

Registro de candidatos. Aprovação de contas. Inelegibilidade.

Rejeição de contas de empresa pública ou mista do município não é causa, por si só, suficiente paraassinalar a inelegibilidade prevista no art. 1, I, letra "g", da Lei Complementar nº 64/90, qualquer liame deresponsabilidade entre o candidato e as irregularidades que promoveram a rejeição das contas.

Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 10.467, Ac. nº 12.850, de 28.9.92, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Aplicação da Súmula nº 1 do TSE combinada com o artigo 1º, I, g, da LC nº 64/90

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Recurso especial. Inelegibilidade. Prefeito que teve contas rejeitadas pelo TCM e CM. Art. 1, inc. I, 'g',LC nº 64/90. Improbidade administrativa. Confirmado, através das provas do processo, bem examinadas emjuízo, que o ex-prefeito teve as suas contas rejeitadas por irregularidade insanável, sem apelo ao PoderJudiciario, no devido tempo, reafirma-se a sua inelegibilidade pela prática de improbidade administrativa.Recurso que não se conhece.

(TSE, RESP nº 10.120, Ac. nº 12.817, de 27.9.92, Rel. Min. José Cândido)

Inelegibilidade. Art. 1, I, 'g', da Lei Complementar nº 64/90. A rejeição de contas pelo Tribunal deContas da mesa da Câmara de Vereadores torna inelegível o candidato por elas responsável.

(TSE, RESP nº 10.399, Ac. nº 12.822, de 27.9.92, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Recurso especial. Inelegibilidade. Art. 1, inciso I , 'g', LC nº 64/90. Rejeição das contas de ex-prefeito.Ação ordinária que não responde ao Tribunal de Contas e à Câmara Municipal. A jurisprudência do TribunalSuperior Eleitoral tem entendido, que a ação de nulidade proposta pelo ex-prefeito deve trazer a discussão,todos os pontos atacados pelo Tribunal de Contas do Estado, e que merecem aprovação da CâmaraMunicipal. Não pode ela limitar-se a questão relativa ao cerceamento de defesa, que não houve, porqueamplamente exercida perante a Corte de Contas. Hipótese que se confirma a inelegibilidade do candidato,por esse motivo, desde que comprovadas as irregularidades insanáveis. Recurso que não se conhece.

(TSE, RESP nº 10.414, Ac. nº 12.811, de 27.9.92, Rel. Min. José Cândido)

Registro de candidatura. Inelegibilidade. Lei complementar nº 64/90, art. 1, I, "g".

Conforme entendimento desta Corte, as irregularidades que motivaram a rejeição das contas docandidato não caracterizaram improbidade administrativa capaz de gerar inelegibilidade.

Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 10.497, Ac. nº 12.765, de 25.9.92, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Recurso Especial. TRE/CE. Registro de candidato. Presidente da Câmara de Vereadores. Rejeiçãode contas. Inelegibilidade.

O Tribunal de Contas dos Municipios competente para apreciar e julgar as aplicações dos recursosorcamentários das Câmaras Municipais.

Quando rejeitadas gera a inelegibilidade prevista no art. 1, I, "g", da Lei Complementar nº 64/90.

Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 10.547, Ac. nº 12.801, de 25.9.92, Rel. Min. José Cândido)

Registro de candidatura. Candidato a prefeito. Inelegibilidade: LC nº 64/90, art. 1, I, "g".

A Câmara Municipal é o órgão competente para rejeitar as contas de prefeito consideradas comirregularidades insanáveis.

Inexistência, nos autos, de provas do exame das contas do candidato pelo legislativo municipal.Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 10.678, Ac. nº 12.803, de 25.9.92, Rel. Min. Américo Luz)

Registro de candidatura. Inelegibilidade. Lei complementar nº 64/90, art. 1, I, "g".

Conforme entendimento desta Corte, as irregularidades que motivaram a rejeição das contas docandidato não caracterizaram improbidade administrativa capaz de gerar inelegibilidade.

Aplicação da Súmula nº 1 do TSE combinada com o artigo 1º, I, g, da LC nº 64/90

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Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 10.320, Ac. nº 12.767, de 25.9.92, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Registro de candidatura. Candidato ao cargo eletivo de prefeito. Inelegibilidade. Lei Complementar nº64/90.

Contas rejeitadas pelo órgão competente, irregularidades consideradas insanáveis, e comprovaçãode improbidade na gestão das coisas públicas, gera a inelegibilidade prevista na Lei Complementar nº64/90, art. 1, I, "g".

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 10.049, Ac. nº 12.745, de 24.9.92, Rel. Min. Carlos Velloso)

Inelegibilidade (LC nº 64/90, art. 1, I, "g"): órgão competente para a rejeição de contas.

Só com as contas dos chefes do executivo é que o pronunciamento do Tribunal de Contas constituimero parecer prévio, sujeito à apreciação final da Câmara Municipal, antes do qual não há inelegibilidade(STF, RE 132.747); as contas de todos os demais responsáveis por dinheiros e bens públicos são julgadospelo Tribunal de Contas e suas decisões a respeito geram inelegibilidade; (CF, art. 71, I):inconstitucionalidade dos arts. 95, II, "d" e seu parágrafo 1º, "in fine" da Constituição do Estado da Bahia,quando estendem as contas das mesas das Câmaras Municipais do regime do art. 31, parág. 2, daConstituição Federal, que é exclusivo das contas dos prefeitos.

Recurso ordinário. Não-conhecimento por faltar na petição recursal menção dos nomes dosrecorrentes substituindo-se pela expressão "e outros". Estando todos os recorrentes representados, desde acontestação, pelo mesmo advogado, tal fato não enseja o não conhecimento do apelo.

Inelegibilidade. Candidato analfabeto. Alegação de ocorrência de preclusão, entendendo que aobjeção deve ser feita na fase de alistamento. Improcedência.

(TSE, RESP nº 10.407, Ac. nº 12.694, de 24.9.92, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Candidato a prefeito. Inelegibilidade. LC nº 64/90, art. 1, I, "g".

Alegação de irregularidades insanáveis. Contas rejeitadas pela Câmara de Vereadores. Ação denulidade proposta depois de apresentada a impugnação.

Recurso conhecido e provido para que seja declarada a inelegibilidade do recorrido.

(TSE, RESP nº 10.003, Ac. nº 12.597, de 19.9.92, Rel. Min. Hugo Gueiros)

Recurso especial. Inelegibilidade. Candidato a prefeito que teve contas rejeitadas pela CâmaraMunicipal. Art. 1, inciso I, letra g, da Lei Complementar nº 64/90. Improbidade.

Comprovada pela Câmara Municipal, na sua tarefa constitucional de fiscalização do município, que ascontas do prefeito apresentavam irregularidades insanáveis, comportando o reconhecimento de atos deimprobidade, torna-se ele inelegível, suportando os efeitos das sanções que lhe são impostas pelo art. 37,parág. 4º, da Constituição Federal.

Hipótese em que não houve ofensa a lei, ou contrariedade jurisprudencial, por parte do acórdão doTribunal a quo.

Recurso Especial de que não se conhece.

(TSE, RESP nº 9.890, Ac. nº 12.538, de 16.9.92, Rel. Min. José Cândido)

Agravo. Recurso Especial. Decisão do TRE/RS. Candidato a prefeito. Aprovação de contas.Inelegibilidade.

Contas rejeitadas pela Câmara Municipal por irregularidades insanáveis, gera inelegibilidade.

Agravo conhecido e negado provimento.

Aplicação da Súmula nº 1 do TSE combinada com o artigo 1º, I, g, da LC nº 64/90

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(TSE, RESPAG nº 9.833, Ac. nº 12.536, de 16.9.92, Rel. Min. Hugo Gueiros)

Constitucional. Eleitoral. Inelegibilidade. Contas recusadas. Lei nº 64, de 1990, art. 1, I, "g".

I - Contas de prefeito consideradas irregulares pela Câmara Municipal com base em parecer emTribunal de Contas. A irregularidade que dá nascimento a inelegibilidade do art. 1, I, "g", da LeiComplementar nº 64/90, e a insanável, que tem a marca da improbidade administrativa, não a irregularidadepuramente formal.

II - Inelegibilidade reconhecida.

III - Recurso especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 9.697, Ac. nº 12.517, de 15.9.92, Rel. Min. Carlos Velloso)

Pleito municipal. Candidato a prefeito. Aprovação de contas. Irregularidades. Inelegibilidade.

Não se configurando irregularidades insanáveis, não há que se falar em inelegibilidade com fulcro noart. 1, I, "g", da Lei Complementar nº 64/90.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 9.928, Ac. nº 12.524, de 15.9.92, Rel. Min. Américo Luz)

Inelegibilidade (Lei Complementar nº 64/90, art. 1, I, g ): é ônus do impugnante - não satisfeito nocaso - declinar e comprovar os motivos da rejeição das contas do candidato impugnado, base empíricanecessária à verificação do caráter de insanabilidade e da conotação de improbidade das irregularidadesapuradas, que são pressupostos de inelegibilidade argüida.

(TSE, RESP nº 9.791, Ac. nº 12.516, de 15.9.92, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Captação ilícita de sufrágio

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CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIOCAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIOCAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIOCAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO

Consulta – Instrução n° 55 – Registro de candidatura – Art. 56, parágrafo único – Res./TSE n° 20.993– Processos de registro de candidatura – Cassação de registro ou de diploma com base nos arts. 41-A, 73ou 77 da Lei n° 9.504/97.

1. O parágrafo único do art. 56 da Res./TSE n° 20.993 aplica-se somente aos processos de registrode candidatura, não alcançando as decisões proferidas em representação fundada nos arts. 41-A, 73 ou 77da Lei n° 9.504/97.

2. Na hipótese de representação fundada nos artigos referidos, o prosseguimento da campanhaeleitoral é admitido pela Justiça Eleitoral para evitar dano irreparável, mas isso se dá por conta e risco docandidato e do partido político que prefira não substituir seu candidato, sem nenhuma garantia de suadiplomação.

(TSE, Cons. nº 786, Res. nº 21.087, de 2.5.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Cassação de registro de candidato - Art. 41-A da Lei n° 9.504/97 - Efeito imediato - Permanência naurna eletrônica - Prosseguimento da campanha - Possibilidade.

1. A permanência, na urna eletrônica, do nome do candidato que tenha seu registro cassado combase no artigo 41-A da Lei n° 9.504, de 1997, bem como o prosseguimento de sua propaganda eleitoral - oque se dá por conta e risco do candidato e/ou de seu partido político em virtude da interposição de recurso -não significa retirar o efeito imediato da mencionada decisão, que, entretanto, não pode ser tido comodefinitiva, antes de seu trânsito em julgado.

(TSE, Inst. nº 55, Res. nº 21.051, de 26.3.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Recurso especial. Inelegibilidade. Arts. 22 da LC n° 64/90 e 41-A da Lei n° 9.504/97. Caracterização.Cassação de diplomas. Prova. Enunciados sumulares do STF e STJ. Imprescindibilidade ou não de revisor.CPC, art. 397. Desprovimento.

I. Resta caracterizada a captação de sufrágio prevista no art. 41-A da Lei n° 9.504/97, quando ocandidato praticar, participar ou mesmo anuir explicitamente às condutas abusivas e ilícitas capituladasnaquele artigo.

II. Para a configuração do ilícito previsto no art. 22 da LC n° 64/90, as condutas vedadas podem tersido praticadas antes ou após o registro da candidatura.

III. Quanto à aferição do ilícito previsto no art. 41-A, esta Corte já decidiu que o termo inicial é opedido do registro da candidatura.

IV. Em ação de investigação judicial, irrelevante para o deslinde da matéria se a entidade assistencialé mantida com recurso público ou privado, sendo necessário aferir se houve ou não o abuso.

V. Na legislação eleitoral há intervenção de revisor, essa intervenção é mais restrita e expressamenteprevista, como, verbi gratia, quando se trata de recurso contra expedição de diploma, nos termos do art.271, § 1°, do Código Eleitoral - a respeito, REspe n° 14.736-RJ, rel. Min. Eduardo Alckmin, DJ de 7.2.97.

(TSE, RESP nº 19.566, Ac. nº 19.566, de 18.12.2001, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira)

Direitos eleitoral e processual. Foro especial. Inocorrência. Sufrágio. Captação. Inelegibilidade. Art.41-A da Lei n° 9.504/97, c/c art. 22 da Lei Complementar n° 64/90. Dissídio e prequestionamento. Não-caracterização. Precedentes. Recurso desacolhido.

I. O prefeito não goza de foro especial, por prerrogativa de função, quando se tratar de representaçãoou investigação judicial.

II. Na linha de entendimento do Tribunal, a execução de decisão fundada no art. 41-A da Lei n°9.504/97 é imediata, diversamente da execução com arrimo no art. 22 da Lei Complementar n° 64/90.

III. A ausência de prequestionamento inviabiliza o conhecimento de tema ventilado no recursoespecial.

Captação ilícita de sufrágio

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IV. A caracterização do dissídio jurisprudencial, salvo quando notório, requer não só o devidoconfronto analítico, como também a identidade ou semelhança entre o julgado e o paradigma.

(TSE, RESP nº 19.552, Ac. nº 19.552, de 13.12.2001, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira)

I. CASSAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATURA: L. 9.504/97, ART. 41 - A: EFICÁCIA IMEDIATA.

Ao contrário do que se tem entendido, com relação ao art. 15 da LC 64/90, a eficácia da decisãotomada com base no art. 41-A da L. 9.504/97 é imediata, ainda quando sujeita a recurso: trata-se, portanto,de causa de urgência, para cujo julgamento o Regimento Interno do Tribunal a quo faculta a dispensa depublicação de pauta.

II. CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIOS (L. 9.504/97, ART. 41-A): NÃO-CARACTERIZAÇÃO.

Não configura a captação ilícita de sufrágios, objeto do art. 41-A da L. 9.504/97, o fato, documentadono "protocolo de intenções" questionado no caso, firmado entre os representantes de diversas igrejas dedeterminado Município - travestidos de membros do Conselho Ético de um partido político - e certoscandidatos a prefeito e vice-prefeito, que formalmente se comprometem, se eleitos, ao atendimento dereivindicações imputadas à "comunidade evangélica" e explicitadas no instrumento, entre elas, a doação deum imóvel do patrimônio municipal, se não voltadas as promessas a satisfazer interesses patrimoniaisprivados.

(TSE, RESP nº 19.176, Ac. nº 19.176, de 16.10.2001, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Benefício - Órgão público - Promessa de continuidade - Art. 41-A da Lei nº 9.504/97 - Não-aplicação.

Não configura conduta vedada pelo art. 41-A da Lei nº 9.504/97 promessa de campanha no sentidode manter programa municipal de benefícios.

Recurso conhecido e provido.

(TSE, AI nº 2.790, Ac. nº 2.790, de 8.5.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Representação pela prática da conduta vedada pelo artigo 41-A da Lei n.º 9.504, de 1997. Cassaçãode registro. Termo inicial do interregno previsto na norma indicada. Finalidade eleitoral necessária paracaracterização da conduta punível.

1. O termo inicial do período de incidência da regra do artigo 41-A da Lei n.º 9.504, de 1997, é a dataem que o registro da candidatura é requerido, e não a do seu deferimento.

2. Para a caracterização de conduta descrita no artigo 41-A da Lei n.º 9.504, de 1997, éimprescindível a demonstração de que ela foi praticada com o fim de obter o voto do eleitor.

(TSE, RESP nº 19.229, Ac. nº 19.229, de 15.2.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Consulta. "boca de urna" e "captação de sufrágio". Distinção.

1) A "boca de urna" é caracterizada pela coação, que inibe a livre escolha do eleitor (Lei nº 9.504/97,artigo 39, parágrafo 5º).

2) A "captação de sufrágio" constitui oferecimento ou promessa de vantagem ao eleitor, com o fim deobter-lhe o voto (Lei nº 9.504/97, artigo 41-A, acrescido pela Lei nº 9.840/99).

Consulta respondida negativamente.

(TSE, Cons. nº 552, Res. nº 20.531, de 14.12.99, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Competência da Justiça Eleitoral quanto a questões internas dos partidos políticos

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COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL QUANTO ACOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL QUANTO ACOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL QUANTO ACOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL QUANTO AQUESTÕES INTERNAS DOS PARTIDOS POLÍTICOSQUESTÕES INTERNAS DOS PARTIDOS POLÍTICOSQUESTÕES INTERNAS DOS PARTIDOS POLÍTICOSQUESTÕES INTERNAS DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Medida Cautelar Inominada - Arts. 17, § 1°, da CF, e 3° da Lei n° 9.096/95 - Pretensão de declaraçãode nulidade de ato interventivo em Diretório Municipal de Partido Político - Preliminar de falta de interesseprocessual acolhida pela decisão regional para extinção do feito.

Não compete à Justiça Eleitoral o julgamento de ação anulatória de ato de intervenção entre órgãosdo mesmo partido.

Recurso especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 16.413, Ac. nº 16.413, de 16.8.2001, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Recurso especial. Registro de candidatura. Hipótese na qual o TRE anulou intervenção no diretóriomunicipal e indeferiu o registro do candidato escolhido pela comissão provisória.

É pacífica a incompetência da Justiça Eleitoral para dirimir controvérsia que envolva órgãos departido político.

A competência é da Justiça Comum (RESP nº 13.212, GALVÃO; RESP nº 13.456, ALCKMIN).

Recurso prejudicado.

(TSE, RESP nº 16.829, Ac. nº 16.829, de 24.4.2001, Rel. Min. Nelson Jobim)

Recurso especial. Agravo regimental. Registro de candidatura. Diretório municipal. Intervenção.Efeitos.

Não compete à Justiça Eleitoral anular decisão judicial proferida pela Justiça Comum, que mantém ouinvalida ato interventivo em Diretório Municipal de Partido Político. Precedentes.

Agravo Regimental desprovido.

(TSE, AR em RESP nº 18.764, Ac. nº 18.764, de 14.12.2000, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Mandado de segurança. Partido político. Expulsão de filiado.

Admissível a segurança contra a sanção disciplinar, se suprimida a possibilidade do filiado disputar opleito, por não mais haver tempo de filiar-se a outro partido político.

Não há vício no ato que culminou com a expulsão quando, intimado de todas as fases do processodisciplinar, o filiado apresentou ampla defesa.

As razões que moveram o partido a aplicar a sanção disciplinar constituem matéria interna corporis,que não se expõe a exame pela Justiça Eleitoral.

Segurança denegada.

(TSE, MS nº 2.821, Ac. nº 2.821, de 15.8.2000, Rel. Min. Garcia Vieira)

Recurso Especial. Convenção Partidária. Credenciamento de delegados. Controvérsia a respeito daobservância das normas estatutárias. Alegação genérica de violação das normas da Lei nº9.504/97 e deprincípios constitucionais. Inviabilidade de conhecimento do recurso a teor da Súmula 284 do STF.Divergência jurisprudencial a respeito da possibilidade de ser submetida à apreciação do judiciário questõespartidárias interna corporis.

1. A eventual violação à norma estatutária de partido não dá ensejo ao conhecimento do recursoespecial.

2. A alegação genérica de negativa de vigência de dispositivos legais que tratam de formação decoligações, das convenções partidárias e do registro das candidaturas e ainda de princípios constitucionaispelo fato de ter o aresto recorrido entendido - em face de normas estatutárias – que não houve tempestivo

Competência da Justiça Eleitoral quanto a questões internas dos partidos políticos

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e legítimo credenciamento de convencionais impede a exata compreensão da controvérsia – Súmula 284 doSTF.

3. Não tendo o aresto recorrido perfilhado o entendimento de que são excluídos da apreciação pelopoder judiciário os atos partidários interna corporis, não prospera a alegação de dissídio jurisprudencial comarestos que adotaram tese oposta.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 15.791, Ac. nº 15.791, de 04.03.99, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Impugnação à composição parcial de coligação. Legitimidade de representação da comissãoreconhecida pelo diretório nacional e pelo TRE. Violação à lei nº. 9.504, art.8º, e divergência jurisprudencial.Inocorrência.

1. A pretensão de anulação de chapa por facção que não possui legitimidade para representar opartido, carece da demonstração de efetivo prejuízo. Incidência do CE, art. 219.

2. Questões pertinentes ao cumprimento do estatuto partidário não são passíveis de apreciação nestaesfera recursal.

(TSE, RESP nº 15.441, Ac. nº 15.441C, de 04.09.98, Rel. Min. Edson Vidigal)

Mandado de Segurança. Recurso Ordinário. 2. Ato do diretório regional do PFL de Santa Catarina,consistente na expulsão e cancelamento da filiação partidária dos deputados estaduais, ora recorrentes. 3.Decisão do TRE que extinguiu o processo sem julgamento do mérito, por impossibilidade jurídica do pedido,por não se considerarem autoridades os representantes ou órgãos dos partidos políticos, para efeito demandado de segurança - parag. 1º, art. 1º, Lei nº. 1.533/51, com a redação dada pela Lei nº. 9.259/96. 4.Hipótese especialíssima em que o órgão partidário afastou a possibilidade de os recorrentes disputarem aeleição, por não mais haver tempo, antes do pleito, para se filiar a outro partido político. Caracteriza-se, naespécie, ato de autoridade pública, impugnável pela via do mandado de segurança. 5. Recurso conhecido eprovido para que o TRE-SC julgue o mérito do mandado de segurança como entender de direito.

(TSE, RO nº 79, Ac. nº 79C, de 09.06.98, Rel. Min. Néri da Silveira)

Fundo partidário - Quotas não repassadas ao diretório regional pelo diretório nacional.

Distribuição dos recursos - Matéria a ser disciplinada nos estatutos.

Submissão à Justiça Comum em caso de possível infração.

(TSE, PROC nº 380, Res. nº 20.119, de 10.03.98, Rel. Min. Costa Porto)

Agravo regimental - Medida cautelar preparatória de ação principal - Dissolução de diretório regionalpor determinação de diretório nacional - Pedido de liminar para dar efeito suspensivo a recurso interpostoperante o órgão nacional do partido - Impossibilidade - Inocorrência do "fumus boni juris".

Agravo não provido.

As medidas cautelares devem ser deferidas a fim de garantir a eficácia das decisões judiciais e nãode outras esferas de deliberação.

Cabe ao requerente pleitear às instâncias superiores do partido a medida cautelar pretendida.

(TSE, MCAREG nº 319, Ac. nº 319C, de 18.11.97, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Intervenção de diretório regional de partido político em diretório municipal, com designação decomissão provisória. Alegada afronta aos princípios da ampla defesa e do contraditório.

Incompetência da Justiça Eleitoral para dirimir conflito instaurado entre órgãos do mesmo partidopolítico.

Legitimidade da escolha de candidatos efetuada por convenção partidária convocada por comissão

Competência da Justiça Eleitoral quanto a questões internas dos partidos políticos

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provisória cuja nomeação decorreu do ato interventivo não impugnado perante os órgãos competentes daprópria agremiação política.

Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 13.212, Ac. nº 13.212C, de 04.11.97, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Intervenção de diretório regional em órgão municipal. Mandado de Segurança.

Com o advento da Lei nº. 9.259/96, que deu nova redação ao art. 1º, parágrafo 1º da Lei nº 1.533/51,os representantes e órgãos dos partidos políticos não mais podem ser considerados autoridades, para oefeito de impetração de mandado de segurança. Precedentes do TSE.

Agravo provido. Recurso especial conhecido e provido.

(TSE, AI nº 708, Ac. nº 708C, de 23.10.97, Rel. Min. Costa Leite)

Diretório Municipal. Anotação. Órgão que teria sido escolhido em convenção convocada e realizadapor comissão executiva que se achava com seu prazo de validade vencido. Alegada ofensa aos arts. 17, daCF; 1º, 2º e 3º, da Lei nº. 9.096/95. Pretenso dissídio jurisprudencial.

Havendo-se limitado a comissão executiva a cumprir instruções do diretório nacional do partido,expedidas por intermédio do diretório regional, não havia a Justiça Eleitoral de cogitar do respectivo prazode validade sem, aí sim, adentrar no vedado campo da matéria "interna corporis". Dissídio jurisprudencialnão demonstrado. Ausência de violação do princípio da autonomia partidária, consagrada nos dispositivosconstitucionais e legais invocados.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 14.796, Ac. nº 14.796C, de 22.04.97, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Mandado de Segurança impetrado contra órgão de partido político.

Aplicação da Lei nº. 9.259/96. Precedentes do TSE (RMS nº. 21 - Min. Diniz de Andrada; idem, nº.30).

Recurso provido, com cassação da segurança.

(TSE, RESP nº 12.774, Ac. nº 12.774C, de 13.03.97, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Partido Político - Autonomia Partidária - Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional.

Os atos partidários que importem lesão a direito subjetivo não estão excluídos da apreciação pelojudiciário, não importando a prestação jurisdicional violação da autonomia constitucional conferida aospartidos.

(TSE, RESP nº 13.750, Ac. nº 13.750C, de 12.11.96, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Autonomia partidária - Preceito constitucional.

Dissolução de órgao partidário procedida sem respeito ao devido processo e sem garantia docontraditório e da defesa - Garantias constitucionais.

Situação fática que afasta a aplicação da autonomia partidária, cujo objetivo e dignificar os partidos.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 14.713, Ac. nº 14.713, de 4.11.96, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Diretório municipal. Intervenção. Matéria "interna corporis". Precedentes do TSE. Segurançadenegada. Caso em que figura como autoridade coatora dirigente partidário.

Competência da Justiça Eleitoral quanto a questões internas dos partidos políticos

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Recursos ordinários não providos.

(TSE, RMS nº 40, Ac. nº 40C, de 02.10.96, Rel. Min. Nílson Naves)

Competência - Ação Ordinária Anulatória - Ato de órgão de direção de partido político - Intervenção.

Versando a ação à insubsistência de ato de intervenção a envolver órgãos de partido político, acompetência para julga-la não é da Justiça Eleitoral, mas sim da Justiça Comum.

(TSE, RESP nº 13.456, Ac. nº 13.456C, de 30.09.96, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Autonomia partidária. Constituição, art. 17, parágrafo 1º .

A autonomia assegurada aos partidos políticos não significa estejam imunes ao cumprimento das leis,devendo a Justiça Eleitoral por isso zelar quando proceder ao registro de candidaturas.

(TSE, RESP nº 12.990, Ac. nº 12.990C, de 23.09.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Mandado de Segurança.

Intervenção de um diretório regional em órgão municipal.

Inexistência de ato de autoridade - Aplicação da Lei nº. 9.259/96.

Recurso a que se nega provimento.

(TSE, RMS nº 30, Ac. nº 30, de 19.09.96, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Agravo Regimental. Despacho que suspendeu os efeitos de decisão da Corte Regional anulatória deato partidário de intervenção em diretório municipal.

Descabimento da medida, se patente que o ato impugnado não pôs em risco a normalidade doprocesso eleitoral.

Agravo provido.

(TSE, MCAREG nº 59, Ac. nº 59C, de 18.09.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Mandado de Segurança contra ato judicial, em caso de cautelar liminarmente concedida. Dissoluçãodo diretório municipal. e decisão interlocutória a que de pronto concede a cautelar. Portanto, decisãoagravável de instrumento pela parte, a teor dos arts. 162, parág. 2º e 522, do Cod. de Pr. Civil. Não pode aparte substituir pelo mandado o recurso ordinário, de que não se utiliza, quando ele é perfeitamenteutilizável. São necessários o mandado e o recurso sem efeito suspensivo, pois aquele terá por finalidadeobter tal efeito para o recurso. Mandado de Segurança não conhecido.

(TSE, MS nº 2.472, Ac. nº 2.472C, de 18.09.96, Rel. Min. Nilson Naves)

Registro de Candidato - Recurso interposto por parte ilegítima e que não impugnou o pedido deregistro - Alegação de irregularidade na convenção do partido - Matéria "interna corporis" - Impossibilidadede apreciação pela Justiça Eleitoral em sede de impugnação a registro de candidatura.

Recursos não conhecidos.

(TSE, RESP nº 13.020, Ac. nº 13.020C, de 17.09.96, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Mandado de Segurança.

Ausência de ato de autoridade – Incidência da Lei nº 9.259/96 – Matéria interna corporis.

Extinção do processo sem julgamento do mérito (CPC, art. 267, VI).

Competência da Justiça Eleitoral quanto a questões internas dos partidos políticos

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(TSE, MS nº 2.473, Ac. nº 2.473, de 03.09.96, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Agravo regimental – Mandado de Segurança.

Liminar indeferida – Princípio de autonomia partidária – Apreciação que não adentra os temas docabimento e da competência.

Desprovimento.

(TSE, ARMS nº 2.473, Ac. nº 2.473, de 07.08.96, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Mandado de segurança - Recurso.

Destituição de órgao municipal por diretório regional. Questão de natureza partidária. Constituição,art. 17, parágrafo 1º, e Lei nº 9.096/95, art. 3º. Desprovimento.

(TSE, RMS nº 9, Ac. nº 9, de 18.6.96, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Recurso Especial. Diretório Municipal. Pedido de Registro. Deferimento pela Corte Regional.

Alegada violação de lei e divergência jurisprudencial, por terem sido feridas as normas legais quedeterminam o sigilo do voto. Inocorrência de votação individualizada e existência de voto cumulativo sem apermissão legal.

O voto cumulativo é questão interna corporis do partido, não cabendo à Justiça Eleitoral se imiscuirna vida das agremiações (CF, art.17, parágrafo 1º).

Inexistente a nulidade ex officio, por se tratar de matéria afeta à intimidade do partido.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 9.807, Ac. nº 13.489, de 08.06.93, Rel. Min. Flaquer Scartezzini)

Eleitoral. Partido Político. Mandado de Segurança: sanção disciplinar consistente na expulsão dopartido. Cabimento da segurança. Recurso tempestivo: seu processamento.

I - atingindo a sanção disciplinar o status do filiado e, por isso, sua condição de elegibilidade, a estedeve ser assegurada a garantia constitucional do mandado de segurança e a jurisdição da Justiça Eleitoral.

II - recurso interposto tempestivamente perante a direção partidária e dirigido à convenção nacional:deferimento parcial da segurança para que o citado recurso seja processado e decidido pelo órgãocompetente, a convenção nacional.

(TSE, MS nº 1.534, Ac. nº 13.454, de 25.05.93, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Registro de diretório municipal e respectiva comissão executiva. Impugnação da comissão executivaregional. Ofensa ao estatuto do partido. Intervenção no diretório municipal. Autonomia aos partidos políticospara definir sua estrutura interna, organização e funcionamento - art. 17, parágrafo 1º, da ConstituiçãoFederal.

O pedido de registro de diretório municipal e de sua comissão executiva não pode ser feitodiretamente ao Tribunal Regional Eleitoral, quando há expressa norma estatutária, dispondo que essa tarefaé reservada à comissão executiva regional. A divergência entre partidários da agremiação na áreamunicipal, motivando intervenção da regional, não justifica o pedido de registro de diretório diretamente aoTribunal Regional Eleitoral. A disposição violada constitui matéria interna corporis do partido, insuscetível deexame pela Justiça Eleitoral. Recurso da comissão executiva regional provido para reformar a decisão dotribunal a quo, e indeferir o registro do diretório municipal e respectiva comissão executiva.

(TSE, RESP nº 12.302, Ac. nº 12.302, de 23.04.92, Rel. Min. José Cândido)

Competência da Justiça Eleitoral quanto a questões internas dos partidos políticos

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Representação. Comissão Executiva Nacional. Partido Social Democrático - PSD. Diretório Nacionaldo Partido. Supostas irregularidades na exclusão de membros.

Questão "interna corporis" do partido.

Iterativa a jurisprudência do Tribunal no sentido do descabimento do exame, pela Corte, de atosrestritos ao âmbito dos órgãos partidários.

Não conhecimento.

(TSE, REP nº 11.928, Res. nº 17.392, de 18.04.91, Rel. Min. Américo Luz)

Convenção. Coligação ou candidatura própria. Se a convenção deliberou, pela ampla maioria de seusconvencionais, por apoiar candidato de outro partido, não pode a Justiça Eleitoral, sem quebra do princípioda autonomia partidária, autorizar alternativamente a candidatura própria. Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 9.161, Ac. nº 11.525, de 13.09.90, Rel. Min. Villas Boas)

Diretório regional. Intervenção e dissolução pelo diretório nacional do PRN.

Questão interna corporis do partido.

Inexistência de ilegalidade manifestada.

Iterativa a jurisprudência do Tribunal no sentido do descabimento do exame, pela Corte, de ato dedissolução de diretório, restrito ao âmbito dos órgãos partidários.

Carecedores os impetrantes do direito à ação mandamental, cassou-se a medida liminar.

(TSE, MS nº 1.211, Ac. nº 11.088, de 24.04.90, Rel. Min. Américo Luz)

Partido político. Convenção. Fixação de data. Ato interna corporis. Incompetência da Justiça Eleitoralpara sua apreciação.

A fixação de data para realização de convenção partidária é ato da conveniência do partido, nãocompetindo à Justiça Eleitoral julgar sobre a conveniência, ou não, de sua realização. Inexistência de direitolíquido e certo a ser amparado pelo "writ".

Recurso Ordinário desprovido.

(TSE, RMS nº 1.125, Ac. nº 11.030, de 06.02.90, Rel. Min. Sydney Sanches)

Infidelidade partidária.

Pedido de cassação de registro de candidatura.

Ausência de procedimento interna corporis destinado à apuração da falta imputada aos filiados.

Ausência, por igual, de observância ao estatuto e à Constituição Federal, máxime no que diz respeitoao direito de ampla defesa.

Precedente do TRE/CE.

Recurso improvido. Decisão por maioria.

(TRE-CE, RE nº 96015067, Ac. nº 96015067, de 26.09.96, Rel. Des. Stênio Leite Linhares)

Recurso Eleitoral contra decisão da comissão provisória. Eleição de um novo diretório.

Não conhecido. Incompetência deste Tribunal Regional Eleitoral para processar e julgar matéria, aqual pertence à Justiça Comum.

(TRE-CE, RE nº 95015615, Ac. nº 95015615, de 08.07.96, Rel. Juiz Ademar Mendes Bezerra)

Medida cautelar de exibição. Retenção pelo diretório regional de documentos pertencentes à

Competência da Justiça Eleitoral quanto a questões internas dos partidos políticos

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executiva municipal de partido político.

Não conhecido. Incompetência deste Tribunal Regional Eleitoral para processar e julgar a medidacautelar, a qual pertence à Justiça Comum.

(TRE-CE, ESC nº 96004582, Ac. nº 96004582, de 29.04.96, Rel. Juiz Napoleão Nunes Maia Filho)

Ação de perda de mandato. Infidelidade partidária. Interposição por partido político contra vereador,pelo fato de haver este requerido sua desfiliação ao PSC, e na mesma ocasião se filiado ao PTB.

Acatada preliminar de incompetência da Justiça Eleitoral, para conhecer da ação de perda demandato.

(TRE-CE, AIME nº 95013860, Ac. nº 95013860, de 15.04.96, Rel. Juiz. Francisco de Assis M. Alencar)

Filiação partidária

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FILIAÇÃO PARTIDÁRIAFILIAÇÃO PARTIDÁRIAFILIAÇÃO PARTIDÁRIAFILIAÇÃO PARTIDÁRIA

Consulta. Membro do Ministério Público da União. Filiação partidária. Requisito. Afastamento,mediante licença, de suas funções institucionais, pelo menos um ano antes da data fixada para as eleições.

O membro do Ministério Público da União que pretenda concorrer a cargo eletivo, para atender àcondição de elegibilidade prevista no art. 14, § 3°, V, da Constituição Federal, deverá, mediante licença,afastar-se de suas funções institucionais pelo menos um ano antes da data fixada para as eleições.

(TSE, Cons. nº 733, Res. nº 21.080, de 30.4.2002, Rel. Min. Barros Monteiro)

Servidor da Justiça Eleitoral. Candidatura. Filiação partidária. Impossibilidade. Art. 366 do CódigoEleitoral.

(TSE, PET nº 1025, Res. nº 20.921, de 23.10.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Membro do Ministério Público. Filiação partidária. Licença de suas funções institucionais.Necessidade.

Equiparação com o tratamento dado aos magistrados e membros do TCU. Impossibilidade.

A filiação partidária de membro do Ministério Público da União somente pode efetivar-se nashipóteses de afastamento de suas funções institucionais, mediante licença, nos termos da lei.

Distinção entre a posição da Magistratura e do Ministério Público. O magistrado, para dedicar-se àatividade político-partidária, há de desvincular-se, definitivamente, do cargo de juiz.

(TSE, Cons. nº 725, Res. nº 20.886, de 4.10.2001, Rel. Min. Ellen Gracie)

Filiação partidária - Duplicidade - Art. 22 da Lei n° 9.096/95 - Cancelamento - Contraditório - Ampladefesa - Não-observância.

1. No procedimento destinado a verificar a duplicidade de filiações, que terá como conseqüência anulidade de ambas, deve o interessado ser citado para apresentar defesa e intimado da decisão para poderoferecer recurso, caso queira.

(TSE, AI nº 2.980, Ac. nº 2.980, de 25.9.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Contagem de prazo em ano. Observância do disposto na Lei n° 810/49.

Para as próximas eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição,bem como estar com a filiação deferida pelo partido até o dia 6 de outubro de 2001, inclusive.

(TSE, Cons. nº 731, Res. nº 20.883, de 25.9.2001, Rel. Min. Ellen Gracie Northfleet)

Processo administrativo. Entrega de relação de filiados. Art. 19 da Lei nº 9.096/95. Feriado.Precedente. Prazo prorrogado.

(TSE, Proc. nº 18.713, Res. nº 20.874, de 25.9.2001, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira)

Consulta - Membro do Ministério Público - Possibilidade de filiação a partido político e de suacandidatura a mandatos eletivos enquanto investido no cargo e no pleno exercício das respectivas funçõesperante a Constituição Federal vigente. (Precedentes do STF: ADIn 1377, ADIn 1371 e ADInMC 2084).

1. Não há vedação absoluta à filiação partidária do membro do MP sujeito ao regime de vedações daConstituição; no entanto, a filiação só se torna viável uma vez afastado do exercício do cargo, mediantelicença, nos termos da lei.

2. O registro da candidatura do membro do MP, igualmente, depende de estar ele afastado de seucargo, nos termos da lei.

3. O membro do MP que queira se filiar e/ou concorrer a cargo eletivo não precisa se exonerar desuas atividades, sendo suficiente o afastamento mediante licença.

Filiação partidária

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4. As conseqüências jurídicas do membro do MP que se tenha filiado a partido político e/ou que tenhaobtido o registro de candidatura sem, contudo, ter-se afastado previamente de suas atividades, mediantelicença, submetem-se ao crivo do Poder Judiciário quando provocado oportunamente, nos termos da lei.

5. Argüição de inconstitucionalidade de Lei Complementar Estadual frente ao art. 29, § 3°, do ADCT,ao art. 281, caput e parágrafo único, da LC 75/93 - A falta de documentação do seu teor impede a resposta.

(TSE, Cons. nº 687, Res. nº 20.836, de 7.8.2001, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Consulta. Deputado federal. Prazo. Filiação partidária.

Nos termos da lei, considera-se deferida a filiação partidária com o atendimento das regrasestatutárias do partido (art. 17, da Lei n° 9.096/95).

(TSE, Cons. nº 680, Res. nº 20.777, de 8.3.2001, Rel. Min. Costa Porto)

Consulta - Militar que passa à inatividade após o prazo limite de filiação partidária (art. 18 da Lei nº9.096/95) - Elegibilidade.

Se a passagem para a inatividade ocorre depois do prazo de um ano para filiação partidária, masantes da escolha em convenção, deve o militar, no momento em que se torna inativo, cumprir a condição deelegibilidade pela filiação partidária.

(TSE, Cons. nº 563, Res. nº 20.614, de 4.5.2000, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Consulta. Membros do Ministério Público. Filiação partidária. Prazo.

Os membros do Ministério Público da União e dos Estados, que pretendam concorrer a cargo eletivo,devem estar filiados a partido político no prazo previsto na Lei 9.096/95, artigos 18 e 20, e na Lei 9.504/97,art. 9°.

(TSE, Cons. nº 534, Res. nº 20.559, de 29.2.2000, Rel. Min. Nelson Jobim)

Funcionários de Justiça Eleitoral. Filiação partidária.

1. “Os funcionários de qualquer órgão da Justiça Eleitoral não poderão pertencer a diretório de partidopolítico ou exercer atividade partidária, sob pena de demissão”. (Cód. Eleitoral, art. 366). Precedentes doTSE.

2. Não se lhes aplica o que ficou estabelecido na Consulta nº 353 (Resolução nº 19.978, de 25.9.97),quanto aos magistrados. Situações diferentes.

3. Consulta a que se deu resposta negativa.

(TSE, Cons. nº 377, Res. nº 20.124, de 12.3.98, Rel. Min. Nilson Naves)

Partido político. Relação de filiados. Candidatura.A relação de filiados aos partidos políticos, para efeito de registro de candidatura, deverá ser encaminhadaà Justiça Eleitoral nos dias 8 a 14 dos meses de abril e outubro, durante expediente normal dos Cartórios.

Consulta respondida afirmativamente.

(TSE, Cons. nº 361, Res. nº 19.989, de 07.10.97, Rel. Min. Costa Leite)

Magistrados. Filiação partidária. Desincompatibilização.

Magistrados e membros dos Tribunais de Contas, por estarem submetidos à vedação constitucionalde filiação partidária, estão dispensados de cumprir o prazo de filiação fixado em lei ordinária, devendosatisfazer tal condição de elegibilidade até seis meses antes das eleições, prazo de desincompatibilizaçãoestabelecido pela Lei Complementar nº 64/90.

(TSE, Cons. nº 353, Res. nº 19.978, de 25.9.97, Rel. Min. Costa Leite)

Filiação partidária

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Recurso. Filiação partidária. Inclusão do nome na relação de filiados. A teor dos arts. 19, § 2º, da Leinº 9.096/95 e 39, § 5º, da Resolução-TSE nº 19.406, pode a requerimento do eleitor ser corrigida a relaçãoencaminhada pelo partido à Justiça Eleitoral cuja protocolização não está sujeita à observância de prazo.

(TSE, RESP nº 15.078, Ac. nº 15.078, de 26.6.97, Rel. Ministro Costa Porto)

Recurso especial. Registro de candidato. Prova de filiação partidária. Art.19 e 58 da Lei nº 9096/95.Considera-se como prova suficiente de filiação partidária aquela constante dos assentamentos do cartórioeleitoral, quando, por desídia ou má-fé, a agremiação partidária deixa de incluir o nome do candidato nalista enviada à Justiça Eleitoral.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 14.598, Ac. nº 14.598, de 13.3.97, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Decisão que entendeu não restar configurada a alegada duplicidade de filiações, vez que a últimaagremiação à qual teria se filiado o candidato não entregou a lista de filiados nos moldes da Lei nº9096/95.Matéria de prova.

Questão insuscetível de ser apreciada sem reexame de prova, providência descabida na espécie.

Pelo sistema introduzido pela Lei nº 9096/95, a dupla filiação somente se terá por comprovada pormeio das relações enviadas pelos partidos políticos à Justiça Eleitoral, na forma prevista nos arts. 19 e 58do referido diploma legal.

Hipótese não configurada, no caso. Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 14.436, Ac. nº 14.436, de 6.3.97, Rel. Min. Ilmar Galvão,)

Registro. Impugnação. Filiação partidária. Direito de votar. Direito de ser votado. A filiação se operaperante o partido.

Inocorrência das supostas violações aos textos legais indicados. Cerceios não demonstrados.

Recursos não conhecidos.

(TSE, RESP nº 14.222, Ac. nº 14.222, de 6.11.96, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Registro de candidatura. Ausência de filiação partidária.

Recurso para o Tribunal Regional Eleitoral proposto pelo Ministério Público sem prévia impugnaçãoao pedido de registro. Possibilidade. Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 14.133, Ac. nº 14.133, de 28.10.96, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Recurso. Inelegibilidade.

Filiação partidária. Exigência.

Policial Militar na reserva.

Apelo não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.891, Ac. nº 13.891, de 8.10.96, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Registro. Impugnação.

Inocorrência de violação dos arts. 19 e 58 da Lei nº9096/95.

Natureza meramente declaratória do ato de encaminhamento das listas partidárias.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 12.964, Ac. nº 12.964, de 19.9.96, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Recurso especial. Impugnação de registro. Duplicidade de filiação e rejeição de contas.

Filiação partidária

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Não caracteriza duplicidade de filiação se o eleitor comunica ao partido e à Justica Eleitoral suadesfiliação e na mesma data promove sua filiação em outro partido.

O ajuizamento de ação anulatória de deliberação de Câmara Municipal que rejeita as contas docandidato, suspende sua inelegibilidade, nos termos do art. 1º - inciso I - alinea "g" da Lei nº 64/90 e doenunciado nº 1 da Súmula do e. TSE, ainda que diga respeito apenas aos aspectos formais de decisãolegislativa.

O simples parecer desfavorável do Tribunal de Contas do Estado, sem o correspondente acolhimentopela Câmara de Vereadores, não afasta a elegibilidade do candidato, porquanto aquele órgão não dispõede competência para aprovar ou rejeitar as contas, função esta conferida ao poder legislativo municipal.

(TSE, RESP nº 12.936, Ac. nº 12.936, de 17.9.96, Rel. Min. Francisco Rezek)

Recurso especial. Dupla filiação. Arts. 21 e 22 da Lei nº 9096/95.

Pelo sistema introduzido pela lei em referência, a dupla filiação somente se terá comprovada pormeio das relações enviadas pelos partidos políticos à Justiça Eleitoral, na forma prevista nos arts. 19 e 58do referido diploma legal.

Hipótese não configurada no caso.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 12.853, Ac. nº 12.853, de 16.9.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Recurso especial. Filiação partidária. Lei nº 5.682/71. Duplicidade. Inexistência.

Não configura duplicidade se ambas as filiações ocorreram sob a disciplina da Lei nº 5.682/71 (arts.67, § 2º e 69, IV).

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 12.934, Ac. nº 12.934, de 12.9.96, Rel. Min. Francisco Rezek)

Registro de candidatura. Impugnação. Dupla filiação. Garantia do contraditório. Interpretação do p.único do art.22 da Lei nº9096/95 em harmonia com o conjunto do texto. Aplicação do art. 219 do CE.

Inocorrência das alegadas afrontas.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 12.851, Ac. nº 12.851, de 9.9.96, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Declaração de nulidade de filiação partidária. Mandado de segurança. Admissibilidade.

(TSE, MS nº 23, Ac. nº 23, de 20.8.96, Rel. Min. Nilson Naves)

Consulta. Expedição de certidão comprobatória de filiação partidária para fins de registro decandidatura.

Compete ao Cartório Eleitoral, através do Escrivão Eleitoral, expedir certidão comprobatória dafiliação partidária, para fins de registro de candidatura a cargo eletivo, com base na última relação deeleitores conferida e arquivada, a teor do disposto no art. 36, parágrafo 3º da Resolução nº 19.406/95.

(TSE, Cons. nº 190, Res. nº 19.584, de 30.5.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Filiação partidária (Lei nº 9.096/95, art. 22, p. único): é obrigatória a comunicação ao Juiz Eleitoral eao partido político.

(TSE, Cons. nº 90, Res. nº 19.453, de 29.2.96, Rel. Min. Torquato Jardim)

Inelegibilidade e desincompatibilização

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INELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAÇÃOINELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAÇÃOINELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAÇÃOINELEGIBILIDADE E DESINCOMPATIBILIZAÇÃO

I. INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS

I.1. Analfabetos

Inelegibilidade. Analfabetismo.

Não se convencendo o Juiz, com base nos elementos dos autos, de que o pretendente a registro decandidatura atende ao requisito constitucional de ser alfabetizado, possível é a realização de teste. O não-comparecimento a esse conduzirá a que a decisão seja tomada tendo em vista as demais provas.

Verificar se foram bem avaliadas não é tema do especial.

(TSE, RESP nº 13.898, Ac. nº 13.898, de 28.9.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recurso especial. Indeferimento de registro de candidato. Inelegibilidade. Analfabetismo. Art.14, §4°,CF.Ausência de impugnação.

Candidato que, submetido a teste de alfabetização, não demonstrou possuir habilidades mínimaspara ser considerado alfabetizado, ensejando o indeferimento de seu pedido de registro.

Questão insuscetível de ser deslindada sem amplo reexame de elementos probatórios, providênciadescabida em recurso da espécie (Súmula-STF nº279).

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.254, Ac. nº 13.254, de 23.9.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Inelegibilidade. Analfabetismo. "Candidato que não demonstra as habilidades mínimas para serconsiderado alfabetizado, não há que ter seu pedido de registro deferido". Súmula-STF nº 279 e Súmula-STJ nº 7.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.048, Ac. nº 13.048, de 18.9.96, Rel. Min. Nilson Naves)

Inelegibilidade. Analfabetismo. Não se admite o registro de candidato que, embora já tenha ocupadoa vereança, declarou-se analfabeto, não tendo sucesso na prova a que se submeteu, na presença do Juiz.É inelegível para qualquer cargo o analfabeto (Constituição, art.14, §4º e Lei Complementar nº 64/90, art.1º,I, "a" ). Recurso especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.069, Ac. nº 13.069, de 16.9.96, Rel. Min. Nilson Naves)

Alfabetização.

Não há ilegalidade em procurar o Juiz averiguar se quem pretende registro como candidato atende aesse requisito de elegibilidade, mediante a realização de teste, dispensado se trazida prova suficiente.

(TSE, RESP nº 13.000, Ac. nº 13.000, de 12.9.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

I.2. Outros casos de inelegibilidades absolutas

Titular. Poder Executivo. Reeleição. Mandato subseqüente. Candidatura. Vice.

1. O titular de cargo do Poder Executivo que se reelegeu em um segundo mandato subseqüente nãopode se candidatar a vice, mesmo tendo se desincompatibilizado, por renúncia, nos seis meses anteriores à

Inelegibilidade e desincompatibilização

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eleição a que pretende concorrer, porque isso poderia resultar no exercício de um terceiro mandatosucessivo, o que é expressamente vedado pela Constituição da República. Precedente: Consulta n° 689.

2. Os vices que substituíram os titulares, seja em um primeiro mandato ou já reeleitos, poderão secandidatar à titularidade do cargo do Poder Executivo, desde que a substituição não tenha ocorrido nos seismeses anteriores ao pleito. Havendo o vice – reeleito ou não – sucedido o titular, poderá se candidatar àreeleição, como titular, por um único mandato subseqüente.

3. Conforme dispõe a Res./TSE n° 20.114, de 10.3.1998, relator Ministro Néri da Silveira, “o titular demandato executivo que renuncia, se eleito para o mesmo cargo, vindo, assim, a exercê-lo no períodoimediatamente subseqüente, não poderá, entretanto, ao término desse novo mandato, pleitear reeleição,porque, do contrário, seria admitir-se, contra a letra do art. 14, § 5°, da Constituição Federal, o exercício docargo em três períodos consecutivos”.

(TSE, Cons. nº 710, Res. nº 21.026, de 12.3.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Consulta. Secretário-Geral do PPB. Acarreta inelegibilidade multa decorrente de propaganda eleitoralirregular, com trânsito em julgado.

Os casos de inelegibilidade estão previstos na Lei Complementar nº 64/90 e na Constituição Federal.

Respondida negativamente.

(TSE, Cons. nº 751, Res. nº 20.979, de 14.2.2002, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira)

Recurso especial. Inelegibilidade. Arts. 22 da LC n° 64/90 e 41-A da Lei n° 9.504/97. Caracterização.Cassação de diplomas. Prova. Enunciados sumulares do STF e STJ. Imprescindibilidade ou não de revisor.CPC, art. 397. Desprovimento.

I. Resta caracterizada a captação de sufrágio prevista no art. 41-A da Lei n° 9.504/97, quando ocandidato praticar, participar ou mesmo anuir explicitamente às condutas abusivas e ilícitas capituladasnaquele artigo.

II. Para a configuração do ilícito previsto no art. 22 da LC n° 64/90, as condutas vedadas podem tersido praticadas antes ou após o registro da candidatura.

III. Quanto à aferição do ilícito previsto no art. 41-A, esta Corte já decidiu que o termo inicial é opedido do registro da candidatura.

IV. Em ação de investigação judicial, irrelevante para o deslinde da matéria se a entidade assistencialé mantida com recurso público ou privado, sendo necessário aferir se houve ou não o abuso.

V. Na legislação eleitoral há intervenção de revisor, essa intervenção é mais restrita e expressamenteprevista, como, verbi gratia, quando se trata de recurso contra expedição de diploma, nos termos do art.271, § 1°, do Código Eleitoral - a respeito, REspe n° 14.736-RJ, rel. Min. Eduardo Alckmin, DJ de 7.2.97.

(TSE, RESP nº 19.566, Ac. nº 19.566, de 18.12.2001, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira)

Recurso especial. Litisconsórcio. Não-obrigatoriedade. Exceção. Inelegibilidade, art. 18, CE.Representação. Art. 73, VI, b, da Lei n° 9.504/97. Cassação de registro e diploma. Recurso provido.

I. Nos casos em que há cassação do registro do titular, antes do pleito, o partido tem a faculdade desubstituir o candidato. Todavia, se ocorrer a cassação do registro ou do diploma do titular após a eleição -seja fundada em causa personalíssima ou em abuso de poder-, maculada restará a chapa, perdendo odiploma tanto o titular como o vice, mesmo que este último não tenha sido parte no processo, sendo entãodesnecessária sua participação como litisconsorte.

II. Na hipótese de decisão judicial que declarar inelegibilidade, esta só poderá atingir aquele queintegrar a relação processual.

III. Institutos processuais muitas vezes ganham nova feição no âmbito do Direito Eleitoral, em facedos princípios, normas e características peculiares deste ramo da ciência jurídica.

(TSE, RESP nº 19.541, Ac. nº 19.541, de 18.12.2001, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira)

Inelegibilidade e desincompatibilização

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Titular - Mandato no Executivo - Renúncia seis meses antes do pleito - Reeleição por mais doismandatos - Impossibilidade.

O titular de mandato executivo que renuncia, se eleito para o mesmo cargo, vindo, assim, a exercê-lono período imediatamente subseqüente, não poderá, entretanto, ao término desse novo mandato, pleitearreeleição, porque, do contrário, seria admitir-se, contra a letra do art. 14, § 5°, da Constituição da República,o exercício do cargo em três períodos consecutivos (Precedentes: Resolução n° 20.114, de 10.3.98, eResolução n° 20.889, de 9.10.01).

(TSE, Cons. nº 728, Res. nº 20.928, de 13.11.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Consulta. Vice candidato ao cargo do titular.

1. Vice-presidente da República, vice-governador de Estado ou do Distrito Federal ou vice-prefeito,reeleito ou não, pode se candidatar ao cargo do titular, mesmo tendo substituído aquele no curso domandato.

2. Se a substituição ocorrer nos seis meses anteriores ao pleito, o vice, caso eleito para o cargo dotitular, não poderá concorrer à reeleição.

3. O mesmo ocorrerá se houver sucessão, em qualquer tempo do mandato.

4. Na hipótese de o vice pretender disputar outro cargo que não o do titular, incidirá a regra do art. 1°,§ 2°, da Lei Complementar n° 64, de 1990.

5. Caso o sucessor postule concorrer a cargo diverso, deverá obedecer ao disposto no art. 14, § 6°,da Constituição da República.

(TSE, Cons. nº 689, Res. nº 20.889, de 9.10.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

I. O senador por um Estado pode, no curso do mandato, concorrer ao Senado por outro Estado,desde que satisfaça, no prazo legal, as condições de elegibilidade nesse último.

II. É inelegível, para Senador, no Estado respectivo, o cidadão parente consangüíneo até o segundograu do governador; não o livra da inelegibilidade - conforme a parte final do art. 14, § 7°, da Constituição -o fato de ser senador por Estado diverso, pois a hipótese não seria de reeleição; essa inelegibilidade cessa,contudo, se o governador renuncia ao mandato até seis meses antes das eleições para o Senado Federal.

III. A circunstância de poder identificar-se, pelos dados da consulta, a situação individual que, nomomento, corresponda com exclusividade à hipótese formulada, não impede o seu conhecimento, salvo sea questão é objeto de litígio já manifestado e posto à decisão da Justiça Eleitoral.

IV. Não é da Justiça Eleitoral - segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal - decidir sobre a perdade mandato eletivo por fato superveniente à diplomação: não cabe, assim, conhecer da consulta a respeitode ser ou não causa da perda do mandato de senador por um Estado a transferência do domicílio eleitoralpara outro.

(TSE, Cons. nº 706, Res. nº 20.864, de 11.9.2001, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Renúncia e elegibilidade. 2. A renúncia do Presidente da República, dos Governadores de Estado oudo Distrito Federal e dos Prefeitos, ao respectivo mandato, seis meses antes do pleito, não os tornainelegíveis ao mesmo cargo, para o período imediatamente subseqüente. A Constituição Federal não prevêcomo causa de inelegibilidade a renúncia ao mandato executivo. 3. O titular de mandato executivo querenuncia, se eleito para o mesmo cargo, vindo, assim, a exercê-lo no período imediatamente subseqüente,não poderá, entretanto, ao término desse novo mandato, pleitear reeleição, porque, do contrário, seriaadmitir-se, contra a letra do art. 14, § 5º, da Constituição, o exercício do cargo em três períodosconsecutivos. 4. O cônjuge e parentes a que se refere o art. 14, § 7º, da Constituição, podem concorrer, no“território de jurisdição” do titular, a cargos eletivos, salvo para o mesmo cargo ocupado pelo titular, desdeque este renuncie até seis meses antes do pleito. 5. A Emenda Constitucional nº 16, de 04.06.97, quealterou a redação do § 5º do art. 14, da Constituição, em nada modificou a compreensão do § 7º do referidoart. 14.

(TSE, Cons. nº 366, Res. nº 20.114, de 10.3.98, Rel. Min. Néri da Silveira)

Inelegibilidade e desincompatibilização

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Consulta. Inelegibilidade. Abuso de poder econômico.

O prazo de três anos em que cabível a cominação da sanção de inelegibilidade, nos termos dosartigos 1°, I, “d” e 22 da LC 64/90, flui a partir da eleição em que verificado o ilícito.

(TSE, Cons. nº 15.157, Res. nº 19.974, de 23.9.97, Rel. Min. Costa Porto)

Registro de candidatura. Inelegibilidade. Art.15, inciso III, da CF. Término do cumprimento da penaposterior ao pedido de registro e anterior às eleições.

É inelegível o candidato que, à época do pedido de sua candidatura, encontrava-se com seus direitospolíticos suspensos, não importando que a causa da inelegibilidade tenha cessado antes da realização daseleições.

(TSE, RESP nº 13.324, Ac. nº 13.324, de 11.3.97, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Recurso especial. Candidato condenado pela prática de contravenção penal. CF, art. 15, III.

A disposição constitucional, prevendo a suspensão dos direitos políticos, ao referir-se a condenaçãocriminal transitada em julgado, abrange não só aquela decorrente da prática de crime, mas também a decontravenção penal.

(TSE, RESP nº 13.293, Ac. nº 13.293, de 7.11.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Registro de candidatura.

A falta de impugnação não obsta a que o Juiz reconheça a inelegibilidade, já que pode fazê-lo deofício.

Condenação criminal. Acarreta a suspensão de direitos políticos pelo tempo em que durarem seusefeitos. Irrelevância de estar em curso pedido de revisão criminal.

(TSE, RESP nº 13.924, Ac. nº 13.924, de 1º.10.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recurso especial. Impugnação a registro de candidatura.

Suspensão de direitos políticos. Art.15, inciso III, da Constituição. "Sursis". Auto-aplicabilidade. AC-TSE nº12745.

É de ser indeferido registro de candidato que teve contra si sentença condenatória transitada emjulgado, ainda que em curso período de suspensão condicional da pena.

A ausência de prequestionamento, no que tange à alegada violação ao art.1°, inciso I, alínea "e", daLC nº64/90, enseja o não-conhecimento do recurso neste aspecto.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.053, Ac. nº 13.053, de 11.9.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Constitucional. Eleitoral. Militar da ativa (sargento) com mais de dez anos de serviço. Elegibilidade.Filiação partidária. Cf, art. 14, § 3º, V; art. 14, § 8º, II, art. 42, § 6º. Código Eleitoral, art. 5º, Parágrafo único.Lei 6.880/80, art. 82, XIV, § 4º.

I) Se o militar da ativa é alistável, é ele elegível (CF, art. 14, § 8º). Porque não pode ele filiar-sea partido político (CF, art. 42, § 6º), a filiação partidária não lhe é exigível como condição de elegibilidade,certo que somente a partir do registro da candidatura é que será agregado (CF, art. 14, § 8º, II; Cód.Eleitoral, art. 5º, parágrafo único; Lei nº 6.880, de 1980, art. 82, XIV, § 4º).

II) Recurso Extraordinário conhecido e provido.

(STF, AI nº 135.452, de 20.9.90, Rel. Min. Carlos Velloso)

Inelegibilidade e desincompatibilização

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II. INELEGIBILIDADES RELATIVAS

II.1. Em razão de parentesco e matrimônio

Elegibilidade. Cônjuge e parentes. Governador. Art. 14, § 7°, da Constituição.

O cônjuge e os parentes de governador são elegíveis para sua sucessão, desde que o titular tenhasido eleito para o primeiro mandato e renunciado até seis meses antes do pleito.

(TSE, Cons. nº 788, Res. nº 21.099, de 16.5.2002, Rel. Min. Ellen Gracie)

Consulta. Deputado federal. Cônjuge e irmão de governador reeleito cujo 2° mandato foi cassado.Possibilidade de candidatura a cargo diverso na mesma circunscrição.

É possível a candidatura de cônjuge ou parente do titular de cargo executivo, a cargo diverso namesma circunscrição, desde que este tenha sido, por qualquer razão, afastado do exercício do mandato,antes dos seis meses anteriores às eleições.

(TSE, Cons. nº 748, Res. nº 21.059, de 4.4.2002, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Consulta. Governador reeleito e cassado. Impossibilidade de sua esposa candidatar-se ao cargo degovernador no mesmo estado.

(TSE, Cons. nº 747, Res. nº 21.031, de 19.3.2002, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo)

Consulta. Deputada estadual. Cônjuge de governador. Candidatura ao mesmo cargo na jurisdição dotitular ou ao cargo de senador federal. Impossibilidade.

I - Inadmissível ao cônjuge de governador reeleito concorrer, na jurisdição do titular, ao mesmo cargodeste.

II - Também inadmissível que deputada estadual, esposa de governador reeleito, seja candidata aoSenado Federal, na mesma jurisdição do cônjuge, sem que este renuncie ao mandato.

(TSE, Cons. nº 753, Res. nº 21.019, de 7.3.2002, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo)

Consulta. Elegibilidade. Parentesco. Vice-governador. Respondida afirmativamente, nestes termos: odescendente até 2° grau do governador pode candidatar-se ao cargo de vice-governador desde que ogovernador esteja no primeiro mandato e tenha renunciado até seis meses antes da eleição.

(TSE, Cons. nº 739, Res. nº 20.949, de 6.12.2001, Rel. Min. Carlos Madeira)

Consulta. Elegibilidade. Parentesco. Chefe do Poder Executivo. Art. 14, §§ 5° e 7°, da ConstituiçãoFederal.

O parente do governador é elegível para o mesmo cargo do titular, apenas quando este puder serreeleito para o período subseqüente e tiver renunciado até seis meses antes das eleições.

Reeleito o governador para o segundo mandato, seu parente não poderá candidatar-se ao cargo device-governador, nem mesmo tendo ocorrido o afastamento definitivo, em face da possibilidade de vir asubstituir ou suceder o titular, violando a intenção da norma constitucional, que tem como objetivo impedir aperpetuação de uma família na chefia do Poder Executivo.

(TSE, Cons. nº 709, Res. nº 20.931, de 20.11.2001, Rel. Min. Garcia Vieira)

Inelegibilidade por parentesco ou afinidade com o chefe do Poder Executivo, na circunscrição eleitoralrespectiva: ressalva da situação dos titulares de mandato eletivo e candidatos à reeleição, que nãobeneficia os suplentes: inteligência da parte final do art. 14, § 7°, da Constituição.

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(TSE, RESP nº 19.422, Ac. nº 19.422, de 23.8.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Elegibilidade. Cônjuge. Chefe do poder executivo. Art. 14, § 7º da Constituição.

O cônjuge do Chefe do Poder Executivo é elegível para o mesmo cargo do titular, quando este sejareelegível e tenha renunciado até seis meses antes do pleito.

Recursos não conhecidos.

(TSE, RESP nº 19.442, Ac. nº 19.442, de 21.8.2001, Rel. Min. Ellen Gracie Northfleet)

Cidadão eleito vice que sucede o titular. Impossibilidade de candidatura para o exercício de umterceiro mandato.

1. O cidadão eleito vice de qualquer dos titulares enumerados na CF, Art. 14, § 5°, e que vier asucedê-lo, só poderá candidatar-se ao mesmo cargo para um único período subseqüente.

2. Precedentes.

(TSE, Cons. nº 560, Res. nº 20.510, de 23.11.99, Rel. Min. Edson Vidigal)

Consulta. Prefeito. Falecimento. Filho. Eleições subseqüentes. Inelegibilidade para o mesmo cargo.

1. Em caso de morte de prefeito, o seu filho é inelegível para o mesmo cargo, nas eleiçõessubseqüentes.

2. Se a morte ocorrer antes dos seis meses anteriores ao pleito, o filho é elegível para cargo diversodaquele ocupado pelo pai.

3. Sendo o filho ocupante de cargo eletivo, poderá se candidatar à reeleição, incondicionalmente.

(TSE, Cons. nº 522, Res. nº 20.474-A, de 21.9.99, Rel. Min. Edson Vidigal)

Consulta - Deputado Federal.

1. Ante a recente reforma constitucional federal que admitiu a candidatura à reeleição do Chefe doExecutivo Federal, Presidente da República, Chefes dos Executivos Estaduais e do Distrito Federal,Governadores de Estado e do Distrito Federal, e Chefes dos Executivos Municipais, Prefeitos Municipais,inclusive sem que os ocupantes desses cargos tivessem que se afastar dos cargos que exerçam:

a) Subsiste a inelegibilidade para aqueles cargos, daqueles que houverem substituído ou sucedidoqualquer das autoridades acima indicadas nos seis (06) meses anteriores ao pleito?

- Respondida negativamente.

b) Subsiste a inelegibilidade para aqueles cargos, do cônjuge de qualquer das autoridadesenumeradas no número um (01) e um “a” (1a) acima, e dos parentes dos mesmos, consangüíneo ou afins,ou por adoção, até o 2° grau, ou, para os mesmos cargos, do cônjuge e parentes nas mesmas condições dequem os haja substituído ou sucedido nos seis (06) meses anteriores ao pleito, inclusive se considerando oprincípio básico de hermenêutica, desde o direito romano, de que “ubi eadem legis ratio ibi eadem legedispositio”?

- Respondida positivamente.

c) A inelegibilidade persistiria no caso de o cônjuge ou parentes do substituto ousucessor haverem sido escolhidos, como candidatos anteriormente à substituição ou sucessão?

- Respondida positivamente.

(TSE, Cons. nº 398, Res. nº 20.151, de 2.4.98, Rel. Min. Costa Porto)

Consulta. Inelegibilidade. Parentesco. CF, art.14, § 7º.

A emenda da reeleição em nada alterou a inelegibilidade decorrente de parentesco. Portanto, o filhode Governador, ao postular cargo eletivo, sujeita-se à inelegibilidade prevista no art.14, § 7º, da CF.

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(TSE, Cons. nº 341, Res. nº 19.992, de 9.10.97, Rel. Min. Costa Leite)

Consulta. Emenda Constitucional nº 16/97. Reeleição.

O advento da Emenda Constitucional nº16/97, que alterou o art. nº14, § 5º, da CF para permitir areeleição do titular do mandato de Chefe do Poder Executivo, não produz modificação na disciplinaconstitucional referente ao seu cônjuge e parentes, que continuam inelegíveis no território de sua jurisdição.

(TSE, Cons. nº 331, Res. nº 19.973, de 23.9.97, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Inelegibilidade. Constituição, artigo 14, § 7º. 2. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, ocônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau, ou por adoção, do Presidente daRepública, do Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os hajasubstituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato àreeleição. 3. Exclusão da inelegibilidade: pressupostos, em face da parte final do § 7º do artigo 14, daConstituição. 4. Em se tratando de eleição para Deputado Federal ou Senador, cada Estado e o DistritoFederal constituem uma circunscrição eleitoral. 5. O conceito de reeleição de Deputado Federal ou deSenador implica renovação do mandato para o mesmo cargo, por mais um período subseqüente, no mesmoEstado ou no Distrito Federal, por onde se elegeu. 6. Se o parlamentar federal transferir o domicílio eleitoralpara outra Unidade da Federação e, aí, concorrer, não cabe falar em reeleição, que pressupõepronunciamento do corpo de eleitores da mesma circunscrição, na qual, no pleito imediatamente anterior, seelegeu. 7. Se o parlamentar federal, detentor de mandato por uma Unidade Federativa, transferir o domicílioeleitoral para Estado diverso ou para o Distrito Federal, onde cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim,até o segundo grau, ou por adoção, seja Governador, torna-se inelegível, “no território da respectivajurisdição”, por não se encontrar, nessas circunstâncias, em situação jurídica de reeleição, embora titular demandato. 8. Consulta a que se responde negativamente, considerado o disposto no § 7º do artigo 14, daConstituição Federal.

(TSE, Cons. nº 346, Res. nº 19.970, de 18.9.97, Rel. Min. Costa Porto)

Recurso especial. Registro de candidatura. Impugnação.

Candidata à vereança que é esposa de Prefeito cassado há mais de seis meses do pleito.

Inelegibilidade não configurada.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.073, Ac. nº 13.073, de 8.4.97, Rel. Min. Francisco Rezek)

Registro de candidatura. Parentesco. Adoção.

A adoção meramente de fato não enseja a inelegibilidade prevista no art.14, §7º, da CF. Recurso nãoconhecido.

(TSE, RESP nº 13.068, Ac. nº 13.068, de 11.3.97, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Consulta. Parentesco com titulares de cargos de chefia no Executivo. Inelegibilidade, mesmo quetenha ocorrido desincompatibilização.

(TSE, Cons. nº 309, Res. nº 19.775, de 3.2.97, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Inelegibilidade.

O filho do Prefeito é inelegível para o cargo de Vereador, no mesmo Município, salvo se houverrenúncia daquele, antes dos seis meses que antecedem ao pleito. O simples licenciamento não atende àexigência constitucional.

(TSE, RESP nº 14.196, Ac. nº 14.196, de 4.11.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Inelegibilidade e desincompatibilização

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Registro de candidatura. Cunhado do 1° secretário da Câmara que substituiu o Prefeito nos seismeses anteriores ao pleito. Mero ajuizamento de ação de separação judicial não elide a incidência dainelegibilidade prevista no art. 14, § 7°, da CF.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.322, Ac. nº 13.322, de 17.10.96, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Registro de candidatura. Irmão do Prefeito falecido no exercício do cargo. Inelegibilidade prevista noart. 14, § 7°, da CF.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.871, Ac. nº 13.871, de 1º.10.96, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Registro de candidatura. Parentesco com a concubina do atual Prefeito. A inelegibilidade prevista noart. 14, § 7°, da CF não alcança o parente da concubina do Prefeito.

Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 13.261, Ac. nº 13.261, de 25.9.96, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Inelegibilidade. Cunhadio Afinidade A linha colateral, os cunhados estão em segundo grau. "Éinelegível o candidato que possuir parentesco, por afinidade, em segundo grau, com o Prefeito do mesmoMunicípio". Constituição, art. 14, § 7º. Recurso especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.437, Ac. nº 13.437, de 23.9.96, Rel. Min. Nilson Naves)

Recurso especial. Inelegibilidade. Art. 14, § 7º, CF. Lei nº 9278/96. Parentesco por afinidade.Inexistência.

A Lei nº9278/96 não tem o condão de criar relação de parentesco por afinidade que ensejeinelegibilidade.

Recurso provido.

(TSE, RESP nº 12.848, Ac. nº 12.848, de 16.9.96, Rel. Min. Francisco Rezek)

Inelegibilidade. Parente, em 2° grau, do Prefeito do Município-mãe que pretende se candidatar aidêntico cargo do Município desmembrado e não instalado.

A ressalva, constante da parte final da Súmula nº12-TSE, não afasta a inelegibilidade do art. 14, § 7°,da Constituição Federal, em hipótese na qual o parente pretende se candidatar a cargo de natureza distinta.

(TSE, RESP nº 12.880, Ac. nº 12.880, de 9.9.96, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Elegibilidade. Cônjuge. Titular falecido antes de seis meses do término do mandato. O cônjuge doPresidente da República, do Governador ou do Prefeito, quando um destes falece antes de seis meses dotérmino do mandato, é elegível, para o período de mandato subseqüente, a qualquer daqueles cargos e aqualquer outro cargo eletivo. São, entretanto, inelegíveis, para o mesmo cargo e para o períodosubseqüente, ainda quando o Titular faleça antes de seis meses do término do mandato, os parentesconsangüíneos de primeiro e segundo graus, em linha reta, como os pais, avós, filhos e netos, e aquelesem linha colateral, como o irmão e a irmã. Para cargo diferente, não existe inelegibilidade, se o falecimentoocorrer com antecedência mínima de seis meses das eleições. Se o falecimento do Titular da Chefia doExecutivo ocorrer no primeiro ou no segundo ano do mandato, subsiste a inelegibilidade, para o mesmocargo, daqueles parentes de primeiro e de segundo graus, em linha reta e na colateral.

(TSE, Cons. nº 160, Res. nº 19.565, de 23.5.96, Rel. Min. Walter Medeiros)

Inelegibilidade e desincompatibilização

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Cônjuge ou parente, até o segundo grau, de Vice-Prefeito ou Vice-Governador.

Inelegibilidade para o mesmo cargo se houve substituição do Prefeito ou Governador, pelo Vice-Prefeito, respectivamente, nos seis meses anteriores ao pleito, ou sucessão, em qualquer tempo (art.1º, §3º, da LC nº64/90. Resolução nº17476/91 do TSE.

(TSE, Cons. nº 136, Res. nº 19.527, de 23.4.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Inelegibilidade. Cunhado de Governador. Art.14, § 7º, da Constituição.

Os parentes consangüíneos e afins do Governador, até o segundo grau, são inelegíveis para o cargoeletivo nos Municípios que integram o Estado, salvo desincompatibilização definitiva do titular, até seismeses antes ao pleito ou se já detentores do cargo eletivo e candidatos à reeleição.

Precedentes do TSE (Consultas nºs 12459, 12543 e Recurso nº 10669).

(TSE, Cons. nº 15.220, Res. nº 19.492, de 28.3.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Eleições Municipais de 1996. Consulta.

Os impedimentos previstos no art.14, § 7º, da Constituição são aplicáveis às eleições majoritárias eproporcionais a serem realizadas, quer no Município-mãe, quer no Município novo (Súmula nº12 do TSE),relativamente ao cônjuge e aos parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção doPrefeito do Município-mãe.

Com a dissolução da sociedade conjugal, fica definitivamente afastada a inelegibilidade do ex-cônjuge e dos parentes consangüíneos deste, afins do falecido.

Os parentes consangüíneos e afins do falecido, não parentes do cônjuge supérstite, permaneceminelegíveis para qualquer cargo; menos para cargo diverso, se o falecimento ocorrer fora do período de seismeses que antecede as eleições. São elegíveis, entretanto, em qualquer circunstância, se titulares demandato eletivo e candidatos à reeleição.

As eleições de outubro/96 serão realizadas em todos os Municípios criados até 31 de dezembro de1995 (art.1º da Lei nº9100/95).

(TSE, Cons. nº 92, Res. nº 19.490, de 26.3.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Consulta. Irmão e esposa de Prefeito.

Inelegibilidade para o mesmo cargo, no território de jurisdição do titular, e elegibilidade para cargodiverso, no mesmo território de jurisdição, se houver a desincompatibilização de titular nos seis mesesanteriores ao pleito.

(TSE, Cons. nº 81, Res. nº 19.447, de 27.2.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Inelegibilidade. Concubinato. Art.14, §7º, da Constituição. Regula-se o parentesco afim pelas normasdo Direito Civil. Inelegibilidade inexistente.

Agravo provido. Recurso conhecido pelo dissídio, mas improvido.

Precedentes do TSE: Recursos nºs 11.460 e 11.843, ambos relatados pelo Ministro Marco Aurélio.

(TSE, AI nº 57, Ac. nº 57, de 28.11.95, Rel. Min. Diniz de Andrada)

INELEGIBILIDADE - A vedação do § 7º do artigo 14 da Constitução Federal não alcança a irmã daconcubina de Prefeito. Precedentes: recurso extraordinário nº 100.220, relatado pelo Ministro Neri daSilveira, cujo acordão foi publicado na Revista Trimestral de Jurisprudência nº 119/21 e RecursoExtraordinário nº 106.046, relatado pelo Ministro Djaci Falcão, cujo julgamento foi concluído em 09 de marçode 1988.

(STF, RE nº 157.868, de 2.12.92, Rel. Min. Marco Aurélio)

Inelegibilidade e desincompatibilização

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II.2. Em razão de vínculos funcionais

Vice-Presidente da República. Presidente da Câmara dos Deputados. Presidente do Senado Federal.Substituição eventual no cargo de presidente da República no período de seis meses anteriores ao pleito.Inelegibilidade para outros cargos.

- O vice-presidente da República, o presidente da Câmara dos Deputados ou o presidente do SenadoFederal que substituírem, ainda que eventualmente, o presidente da República, dentro dos seis mesesanteriores ao pleito, ficarão inelegíveis para outros cargos, mesmo que seja para os cargos que vinhamanteriormente exercendo.

- Permanecendo no país qualquer das autoridades acima referidas, sendo chamada a substituireventualmente o presidente da República, a sua escusa não gera inelegibilidade.

Não compete a este Tribunal pronunciar-se a respeito das conseqüências não eleitorais.

(TSE, Cons. nº 778, Res. nº 21.082, de 30.4.2002, Rel. Min. Barros Monteiro)

Vogal de Junta Comercial. Inelegibilidade. Gratificação. Afastamento.

Os vogais de Junta Comercial são funcionários públicos e inelegíveis para a Câmara dos Deputadose Assembléias Legislativas se não se afastarem nos três meses que antecederem ao pleito.

O afastamento do cargo, mesmo por motivos eleitorais, implica no não-recebimento da gratificaçãovariável, no período.

Garantida a remuneração integral, com exclusão da variável, nos três meses que antecedem aopleito.

(TSE, Cons. nº 14.315, Res. nº 19.995, de 9.10.97, Rel. Min. Costa Porto)

Recurso especial. Registro de candidatura. Impugnação. Dirigente de conselho comunitário.Desincompatibilização. Art.1º, II, "d", LC nº64/90.

Se não há interesse direto ou indireto da entidade na arrecadação de tributos não se configura ainelegibilidade do dirigente.

Recurso provido.

(TSE, RESP nº 13.590, Ac. nº 13.590, de 2.10.96, Rel. Min. Francisco Rezek)

Presidente de Câmara de Vereadores e Presidente de Assembléia Legislativa. Elegibilidade. Comoexercentes de funções legislativas, estão dispensados da desincompatibilização para concorrerem aqualquer cargo eletivo, salvo se, nos seis meses anteriores ao pleito, houverem substituído ou, em qualquerépoca, sucedido o respectivo Titular do Poder Executivo (CF, art.14, § 5º, "in fine"). Inexistência, tanto naConstituição Federal de 1988, quanto na Lei de Inelegibilidades (Lei Complementar nº64, de 18 de maio de1990), de restrição à plena elegibilidade dos titulares de cargos legislativos, sem necessidade dedesincompatibilização, nos três níveis de Poder (federal, estadual e municipal).

(TSE, Cons. nº 117, Res. nº 19.537, de 30.4.96, Rel. Min. Walter Medeiros)

III. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO

Consulta. Chefe do poder executivo. Desincompatibilização. Prazo do art. 14, § 6°, da ConstituiçãoFederal. Licença. Conversão em renúncia após indicação em convenção partidária. Impossibilidade.

Não atende ao disposto no art. 14, § 6°, da Constituição Federal, a circunstância de o chefe do PoderExecutivo licenciar-se do seu cargo, seis meses antes do pleito, querendo concorrer a outro cargo, para,após, se for indicado em convenção de seu partido, converter essa licença em renúncia.

(TSE, Cons. nº 771, Res. nº 21.053, de 2.4.2002, Rel. Min. Barros Monteiro)

Inelegibilidade e desincompatibilização

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Desincompatibilização - Professor - Escola pública - Não-afastamento - Inelegibilidadeinfraconstitucional - Período de registro coincidente com o prazo de afastamento e com as férias escolares -Exercício dentro do período vedado - Possibilidade de argüição em recurso contra a diplomação.

1. Se o candidato não exerceu suas funções públicas no período de registro, vindo a fazê-lo ainda noperíodo vedado, poderá ter sua inelegibilidade alegada em recurso contra a diplomação.

(TSE, RESP nº 19.425, Ac. nº 19.425, de 23.8.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Recurso ordinario. Servidor de sociedade de economia mista. Prazo de desincompatibilização.Funcionário de companhia de economia mista deve afastar-se do cargo ate 3 (três) meses antes do pleito,para candidatar-se a qualquer cargo eletivo. Resolução n. 18.260/TSE. Recurso ordinário conhecido, masnão provido.

(TSE, RESP nº 15.459, Ac. nº 15.459, de 2.9.98, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Profissional cujas atividades são constantemente divulgadas na mídia. Inexistência de obrigaçãolegal delas afastar-se, ressalvado o disposto no artigo 45, VI e seu § 1º da Lei 9.504/97.

(TSE, Cons. nº 469, Res. nº 20.243, de 24.6.98, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

O Tribunal, por votação majoritária, julgou parcialmente procedente a ação direta, para, sem reduçãode texto, (a) dar, ao art. 237, inciso V, da Lei Complementar federal nº 75, de 20.5.93, interpretaçãoconforme a Constituição, no sentido de que a filiação partidária de membro do Ministério Público da Uniãosomente pode efetivar-se nas hipóteses de afastamento de suas funções institucionais, mediante licença,nos termos da lei, e (b) dar, ao art. 80 da Lei Complementar federal nº 75/93, interpretação conforme aConstituição, para fixar como única exegese constitucionalmente possível aquela que apenas admite afiliação partidária, se o membro do Ministério Público estiver afastado de suas funções institucionais,devendo cancelar sua filiação partidária antes de reassumir suas funções, quaisquer que sejam, nãopodendo, ainda, desempenhar funções pertinentes ao Ministério Público Eleitoral senão dois anos após ocancelamento dessa mesma filiação político-partidária.

(STF, ADIN nº 1.371-8, de 3.6.98, Rel. Min. Néri da Silveira)

Consulta: Não há necessidade de desincompatibilização de Presidente de Partido Político, paraconcorrer a cargos eletivos.

2. Partido Político. Natureza jurídica de direito privado - art. 1º, Lei nº 9.096/95.

3. Ausência de dispositivo legal que estabeleça, como causa de inelegibilidade, o exercício dapresidência ou direção de Partido Político.

4. Consulta respondida negativamente.

(TSE, Cons. nº 450, Res. nº 20.219, de 2.6.98, Rel. Min. Néri da Silveira)

Consulta. Presidente de entidade patronal nacional representativa e agregadora de classe. Prazo dedesincompatibilização previsto no art. 1º, II, “g” da LC 64/90.

Consulta respondida afirmativamente.

(TSE, Cons. nº 417, Res. nº 20.140, de 26.3.98, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Consulta.

1. O afastamento remunerado de servidor público candidato será de três meses anteriores ao pleito,salvo quando se tratar de cargos relativos à arrecadação e fiscalização de impostos, taxas e contribuições,cujo prazo é de seis meses (LC 64/90, art. 1º, II, d e l).

2. Não se aplica aos titulares de cargo em comissão, de livre nomeação e exoneração, o direito a

Inelegibilidade e desincompatibilização

51

remuneração durante o afastamento para concorrer a cargo eletivo.

(TSE, Cons. nº 401, Res. nº 20.135, de 19.3.98, Rel. Min. Costa Porto)

Consulta. Funcionário de sociedade de economia mista.

Por tratar-se de órgão da administração indireta, a sociedade de economia mista está abrangida noart. 1º, II, l da LC nº 64/90.

(TSE, Cons. nº 14.256, Res. nº 20.128, de 17.3.98, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Consulta. Inelegibilidade. Membro de Conselho de Administração. Empresa concessionária deserviço público federal.

Aplicação do art. 1º, inciso II, letra i da LC 64/90.

(TSE, Cons. nº 389, Res. nº 20.116, de 10.3.98, Rel. Min. Costa Porto)

Magistrados. Filiação partidária. Desincompatibilização.

Magistrados e membros dos Tribunais de Contas, por estarem submetidos à vedação constitucionalde filiação partidária, estão dispensados de cumprir o prazo de filiação fixado em lei ordinária, devendosatisfazer tal condição de elegibilidade até seis meses antes das eleições, prazo de desincompatibilizaçãoestabelecido pela Lei Complementar nº 64/90.

NOTA: Trata-se de caso de afastamento definitivo, devendo os magistrados e membros dos Tribunais de Contasprimeiramente aposentar-se ou exonerar-se dos seus cargos, consoante os termos do relatório desta Resolução.

(TSE, Cons. nº 353, Res. nº 19.978, de 25.9.97, Rel. Min. Costa Leite)

Reeleição. Desincompatibilização. 2. Constituição, artigo 14, § 5º, na redação introduzida pelaEmenda Constitucional nº 16, de 4 de junho de 1997. 3. O artigo 14, § 5º, da Constituição, na redação daEmenda Constitucional nº 16/1997, é norma que prevê hipótese de elegibilidade do Presidente daRepública, dos Governadores de Estado e do Distrito Federal e dos Prefeitos, bem como dos que os hajamsucedido ou substituído no curso dos mandatos, para um único período subseqüente; a natureza de regrade elegibilidade não se modifica pelo fato de dispor que a reeleição é para um único período subseqüente.4. Na redação original, o parágrafo 5º do artigo 14 da Constituição de 5 de outubro de 1988 previa, aocontrário, regra de inelegibilidade absoluta. 5. Distinção entre condições de elegibilidade e causas deinelegibilidades. Inelegibilidades de previsão constitucional e casos de inelegibilidades estabelecidos em leicomplementar, de conformidade com o artigo 14, § 9º, da Constituição Federal. 6. Inelegibilidade edesincompatibilização. A jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral tem assentado correlação entreinelegibilidade e desincompatibilização, que se atende pelo afastamento do cargo ou função, em caráterdefinitivo ou por licenciamento, conforme o caso, no tempo previsto na Constituição ou na Lei deInelegibilidades. 7. Não se tratando, no § 5º do artigo 14 da Constituição, na redação da EmendaConstitucional nº 16/1997, de caso de inelegibilidade, mas, sim, de hipótese em que se garanteelegibilidade dos Chefes dos Poderes Executivos federal, estadual, distrital, municipal e dos que os hajamsucedido ou substituído no curso dos mandatos, para o mesmo cargo, para um período subseqüente, bemde entender é que não cabe exigir-lhes desincompatibilização para concorrer ao segundo mandato, assimconstitucionalmente autorizado. 8. Cuidando-se de caso de elegibilidade, somente a Constituição poderia,de expresso, estabelecer o afastamento no prazo por ela estipulado, como condição para concorrer àreeleição prevista no § 5º do artigo 14, da Lei Magna, na redação atual. 9. O § 5º do artigo 14 daConstituição em vigor, por via de compreensão, assegura, também, ao Vice-Presidente da República, aosVice-Governadores e aos Vice-Prefeitos a elegibilidade aos mesmos cargos, para um único períodosubseqüente. 10. Consulta que se responde, negativamente, quanto à necessidade dedesincompatibilização dos titulares dos Poderes Executivos federal, estadual, distrital ou municipal, paradisputarem a reeleição, solução que se estende aos Vice-Presidente da República, Vice-Governador deEstado e do Distrito Federal e Vice-Prefeito.

(TSE, Cons. nº 328, Res. nº 19.953, de 2.9.97, Rel. Min. Néri da Silveira)

Inelegibilidade e desincompatibilização

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Registro de Candidato. Impugnação. Desnecessidade de Representação por Advogado.Desincompatibilização. Ocupante de Cargo Comissionado. A Desincompatibilização deve operar-setambém no Plano Fático. Inelegivel, portanto, o candidato que apesar de haver apresentado seurequerimento de exoneração de cargo comissionado, continua exercendo suas funções e recebendo seusvencimentos. Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.788, Ac. nº 13.788, de 25.3.97, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Recurso especial. Registro de candidatura. Substituição.

Servidor público. Desincompatibilização.

O candidato substituto não está dispensado de cumprir os prazos de desincompatibilização, comofixados nas normas constitucionais e legais de regência da matéria.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.648, Ac. nº 13.648, de 11.11.96, Rel. Min. Francisco Rezek)

Inelegibilidade. Condenação criminal. Crime contra a administração pública.

Os requisitos necessários a que se possa pleitear cargo eletivo devem existir na data do registro dacandidatura. Desse modo, ainda não decorrido o triênio de que cogita o art.1º, I, "e" da LC nº64/90, nãopoderá ser o pedido de registro deferido, não importando que aquele prazo deva completar-se antes darealização das eleições.

(TSE, RESP nº 14.693, Ac. nº 14.693, de 22.10.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Registro de candidato. Inelegibilidade. Membro da OAB.

Desincompatibilização. Art.1º, inciso II, alínea "g", da LC nº64/90.

É de até quatro meses antes do pleito o prazo para desincompatibilização de candidato que ocupecargo ou função ou direção de entidade representativa de classe, nos termos do art.1º, inciso II, alínea "g",da LC nº64/90.

Recurso provido.

(TSE, RESP nº 14.316, Ac. nº 14.316, de 10.10.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Recurso especial. Registro de candidato. Inelegibilidade. Art.1º, inciso I, alínea "h", da LC nº 64/90.

O termo inicial do prazo estabelecido no art.1º, inciso I, alínea "h", da LC nº64/90 é o término domandato ou do período de sua permanência no cargo.

Recurso provido.

(TSE, RESP nº 14.389, Ac. nº 14.389, de 1º.10.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Consulta. Desincompatibilização. Afastamento. Servidores do fisco. Prazo.

I - Os funcionários do fisco estão sujeitos aos seguintes prazos de desincompatibilização: 6 mesespara as eleições presidenciais; 6 meses para Governador e Vice e para Deputado Estadual; 6 meses paraDeputado Federal; e 6 meses para Vereador; e 4 meses para Prefeito. Lei Complementar nº 64, de 18.5.90,artigo 1º, II, d; III, a; IV, a; VI; e VII, a e b.

II - Os servidores do fisco não fazem jus ao afastamento remunerado, que beneficia os servidores emgeral. Lei Complementar nº 64, de 1990, artigo 1º, II, alínea d.

III - Não está sujeito a desincompatibilização o funcionário do fisco que exerça suas atribuições emmunicípio diverso daquele no qual pretenda candidatar-se ao cargo eletivo.

IV - Consulta respondida, quanto aos itens 1, 2 e 5, nos termos assinalados, e não conhecida, comrelação aos itens 3 e 4.

Inelegibilidade e desincompatibilização

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(TSE, Cons. nº 73, Res. nº 19.506, de 16.4.96, Rel. Min. Pádua Ribeiro)

Consulta. Deputado Federal. Desincompatibilização.

Proprietários de emissoras radiofônicas. Desnecessidade.

Juiz de Paz. Desnecessidade.

Defensores Públicos. Prazo de quatro meses, se candidato a Prefeito; de seis meses, se candidato aVereador.

(TSE, Cons. nº 135, Res. nº 19.508, de 16.4.96, Rel. Min. Diniz de Andrada)

Propaganda eleitoral

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PRESTAÇÃO DE CONTASPRESTAÇÃO DE CONTASPRESTAÇÃO DE CONTASPRESTAÇÃO DE CONTAS

I. ANUAL

Comunicação de desaprovação ou de não-prestação de contas dos diretórios dos partidos políticosao TSE - Perda da eficácia dos §§ 2° e 3° do art. 3° da Resolução/TSE n° 20.023/97, em face damodificação ocorrida na Lei 9.096/95, pela Lei 9.693/98.

(TSE, PA nº 18.706, Res. nº 20.938, de 27.11.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Órgãos partidários regionais e municipais. Ausência de prestação de contas. Sanção.

A não-prestação de contas pelos órgãos partidários regionais ou municipais implica apenas asuspensão de novas cotas do fundo partidário, não ocorrendo o cancelamento de diretórios regionais oumunicipais. (Lei nº 9.096/95, artigos 28, III, § 3º, e 37, § 2º, alterado pela Lei nº 9.693/98).

(TSE, Cons. nº 591, Res. nº 20.679, de 29.6.2000, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Recurso especial. Partido politico. Prestação de contas. Abertura de conta bancária.Imprescindibilidade.

A ausência de conta bancária específica, por si só, não enseja rejeição de contas, desde quecomprovada por outros meios a correspondência entre os recursos arrecadados e os gastos empreendidos.Precedentes.

Recurso especial conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 15.479, RR, Ac. nº 15.479C de 25.11.99, Rel. Min. Maurício Correa)

Agravo de instrumento. Provimento. Recurso especial. Prestação de contas anual do diretórioregional do PSDB. Aprovação parcial das contas.

Não incidência da sanção prevista no artigo 37, da Lei nº 9.096/95, de suspensão de novas cotas dofundo partidário, cabível somente para os casos de desaprovação, total ou parcial, das contas.

(TSE, AI nº 2.057, SP, Ac. nº 2.057C de 11.11.99, Rel. Min. Costa Porto)

Prestação de contas de partido. Não comparecimento para regularização das contas no prazoestabelecido. Apresentação dos documentos quando da interposição do recurso. Impossibilidade.

As irregularidades contábeis não regularizadas no prazo fixado pelo órgao competente não podemser homologadas.

Irrelevante a tentativa de regularizá-las quando da interposição do recurso.

Recurso improvido.

(TSE, RO nº 364, MT, Ac. nº 364C de 28.9.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

Recurso especial. Prestação de contas. Irregularidade. Saneamento. Lei nº 9.096/95, art. 37,parágrafo único.

1. Sanadas as irregularidades apontadas, mesmo que extemporaneamente, devem ser reputadasregulares as contas.

2. Recurso a que se dá provimento.

(TSE, RESP nº 15.203, GO, Ac. nº 15.203C de 14.9.99, Rel. Min. Edson Vidigal)

Propaganda eleitoral

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Prestação de contas.

A intimação para sanar as irregularidades hã de ser feita pessoalmente, quando a parte não seencontra representada por advogado, não valendo a efetuada pela Imprensa Oficial.

(TSE, RESP nº 16.018, RR, Ac. nº 16.018C de 9.9.99, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recurso especial. Contas referentes ao exercício financeiro de 1995. Desaprovação face à ausênciade apresentação dos livros contábeis e demais documentos pelo partido. Alegação de que foram furtadosda sede do partido.

Decisão que entendeu aplicáveis à espécie o inciso III do art. 28 da Lei nº 9.096/95, o § 5º do art. 11da Lei nº 9.504/97 e a alínea “g” do inciso I do art. 1º da LC 64/90 e suspendeu o repasse do fundopartidário pelo período em que permanecer inadimplente. Res. 19.768, art. 9º, IV, “a”: impossibilidade.

A não apresentação dos documentos contábeis importam a desaprovação das contas, haja vista aimpossibilidade de a Justiça Eleitoral atestar se a prestação de contas reflete adequadamente a realmovimentação financeira, os dispêndios e recursos aplicados pela Agremiação Partidária.

Se o partido teve suas contas desaprovadas, o repasse do Fundo Partidário deve ser suspenso porum ano, nos termos do art. 9º, IV, “b” da Resolução nº 19.768.

Não se aplica à espécie o art. 28, III da Lei nº 9.096/95 por força do seu parágrafo 3º, introduzido pelaLei nº 9.692, de 27.07.98, que estabeleceu que o partido político, em nível nacional, não sofrerá asuspensão das cotas do fundo partidário, nem qualquer outra punição como conseqüência de atospraticados por órgãos regionais ou municipais.

Não têm aplicação ao caso o § 5º do art. 11 da Lei nº 9.504/97 e o art. 1º, I, “g” da LC 64/90 porquecuidam de rejeição de contas relativas ao exercício de cargo ou função públicas, por irregularidadeinsanável e por decisão irrecorrível do órgão competente.

Recurso conhecido e provido parcialmente.

(TSE, RESP nº 15.335, TO, Ac. nº 15.335, de 8.6.99, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

II. DE CAMPANHA

Candidatos. Contas. Prestação.

1. Todo candidato, assim considerado aquele que requer registro de candidatura perante a JustiçaEleitoral, está obrigado a prestar contas dos recursos arrecadados e dispendidos durante a campanhaeleitoral.

2. Falecido o candidato durante o transcurso da campanha, a obrigação de prestar contas volta-separa quem foi designado para tal finalidade ou, na sua ausência, para o partido político respectivo.

(TSE, Proc. nº 18.607, Res. nº 20.775, de 1º.3.2001, Rel. Min. Waldemar Zveiter)

Agravo de instrumento. Matéria de direito. Provimento. Recurso especial eleitoral. Lei 9.099/95, art.89. Código Eleitoral art. 350. Violação não configurada.

1 - O instituto da suspensão condicional do processo está condicionado à pena do crime imputado aoréu na denúncia.

2 - Meras irregularidades na prestação de contas de candidato devem ser apuradas no momento deseu julgamento, não configurando o crime previsto no Código Eleitoral, art. 350.

(TSE, AI nº 1.913, SP, Ac. nº 1.913C de 22.2.2000, Rel. Min. Edson Vidigal)

Recurso especial. Prestação de contas de campanha. Aprovação. Recurso do Ministério Público.

1. O candidato não pode ser responsabilizado por ter o partido deixado de comprovar o registro de

Propaganda eleitoral

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seu comitê financeiro.

2. O próprio candidato pode submeter as suas contas de campanha à apreciação da Justiça Eleitoral,sem necessidade de intervenção do comitê financeiro do partido ao qual está filiado.

3. A ausência de abertura de conta bancária não enseja a desaprovação das contas. Precedentes.

4. A inexata prestação de contas não significa, por si só, tenha sido infringida norma relativa aofinanciamento de campanha, de modo a incidir o disposto no artigo 69 da Lei nº 9.100/95. Precedentes.

Recurso especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 15.940, TO, Ac. nº 15.940C de 14.11.99, Rel. Min. Maurício Correa)

Recurso especial. Prestação de contas de campanha. Erro formal. Rejeição. Impossibilidade.

Comprovado que a verba aplicada em campanha constitui recurso do próprio candidato, e nãodoação de concessionária de serviço público, é de se aprovar as contas.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 15.958, RS, Ac. nº 15.958C de 11.11.99, Rel. Min. Maurício Correa)

Recurso especial. Prestação de contas de campanha. Juntada posterior de documentos. Apreciaçãopelo Juiz Eleitoral. Obrigatoriedade.

Reconhecido pelo Tribunal Regional que, em decorrência de erro cartorário, o Juiz Eleitoral nãoapreciou documentos complementares à prestação de contas, impõe-se a devolução dos autos ao Juiz aquo para novo pronunciamento, sob pena de supressão de instância. Recurso especial conhecido eprovido.

(TSE, RESP nº 16.129, SP, Ac. nº 16.129C de 11.11.99, Rel. Min. Maurício Correa)

Recurso especial. Contas de campanha. Diligência para sanar irregularidades. Apresentação dedocumentos. Faltas não supridas. Desaprovação.

Desnecessidade do candidato ser representado por advogado quando da prestação de contas.

Alegação de que as irregularidades foram sanadas o que demandaria reexame de matéria fática.Impossibilidade.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 15.219, CE, Ac. nº 15.219C de 26.10.99, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Recurso especial. Prestação de contas. Eleições de 1998. Ausência de: conta bancária, registro docomitê financeiro do partido e informação quanto à origem de recursos. Matéria de prova. Lei n° 9.504/97,arts. 19, 20, 21, 22 e 23.

1. A não abertura de conta bancária não implica na rejeição das contas, cuja regularidade pode serdemonstrada por outros meios. Precedentes.

2. A ausência do registro do Comitê Financeiro também não se consubstancia em motivo suficientepara a não aprovação das contas.

3. Consignado pelo Acórdão recorrido que a origem das receitas por valor estimado restoudevidamente demonstrada, inviável faz-se o reexame do ponto nesta via especial (Súm. 279/STF).

4. Recurso Especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 15.936, TO, Ac. nº 15.936, de 14.9.99, Rel. Min. Edson Vidigal)

Prestação de contas fora do prazo.

A prestação de contas a destempo configura irregularidade formal.

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As contas não devem deixar de ser apreciadas ou ser rejeitadas por este motivo.

A apresentação das contas fora do prazo enseja sua aprovacao com ressalva.

Precedente: Resolucao nº 19.824, de 18.03.97.

Recurso provido.

(TSE, RESP nº 15.652, RR, Ac. nº 15.652C de 10.8.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

Recurso especial. Prestação de contas. Não conversão de doações em recibos eleitorais.Demonstração da procedência e aplicação dos recursos por outros meios. Não conhecimento.

(TSE, RESP nº 15.972, ES, Ac. nº 15.972C de 5.8.99, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Prestação de contas de candidato. Eleições/96. Irregularidades. Ausência de intervenção do MPE.

A não intervenção do Ministério Público em primeiro grau de jurisdição pode ser suprida pelaintervenção da Procuradoria Regional Eleitoral perante o Colegiado de Segundo Grau, em parecercuidando do mérito da causa sem argüir prejuízo nem alegar nulidade.

Meros erros formais e materiais que venham a ser corrigidos não autorizam a rejeição das contas(art. 45, parágrafo 2º da Lei 9.100/95).

Incumbe à Justiça Eleitoral determinar diligências para complementar informações ou sanear falhas edesvios (art. 5, parágrafo 5, II da Res. 19.510/96).

Recurso parcialmente provido.

(TSE, RESP nº 15.759, SP, Ac. nº 15.759C de 3.8.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

Recurso especial. Prestação de contas de candidato. Diligência.

Verificada a existência de irregularidades, impõe-se a realização de diligências. A norma insculpidano artigo 30, § 4º, da Lei nº 9.504/97 encerra direito do candidato, não se admitindo a discricionariedade doórgão que aprecia a prestação de contas.

Recurso especial provido parcialmente.

(TSE, RESP nº 15.917, SP, Ac. nº 15.917C de 2.8.99, Rel. Min. Maurício Correa)

Recurso especial. Prestação de contas. Doação vedada. Empresa concessionária de serviço público.Rejeição. Lei n° 9.504/97, art. 24, III.

1. Reconhecida pelo Tribunal Regional doação por empresa concessionária do serviço público,impõe-se a rejeição das contas do candidato (Lei n° 9.504/97, Art. 24, III).

2. Recurso Especial provido.

(TSE, RESP nº 15.959, RS, Ac. nº 15.959, de 1º.7.99, Rel. Min. Edson Vidigal)

Prestação de contas de candidato. Eleições/98. Irregularidades sanáveis.

A falta de registro de toda a movimentação financeira da campanha eleitoral na conta bancáriaespecífica não implica na rejeição das contas.

Possibilidade de se demonstrar a regularidade das contas por outros meios (art. 30, § 4º da L.9.504/97).

Recurso parcialmente provido.

(TSE, RESP nº 15.924, SP, Ac. nº 15.924, de 29.6.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

Prestação de contas de candidato. Eleições/98. Ausência de trânsito de todos os recursos pela conta

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bancária.

O fato de não haverem transitado todos os recursos pela conta bancária, por si só, não enseja adesaprovação das contas.

Possibilidade de se demonstrar a regularidade das contas por outros meios (art. 30, § 4º da Lei9.504/97).

Recurso parcialmente provido.

(TSE, RESP nº 15.901, SP, Ac. nº 15.901, de 22.6.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

Prestação de contas de candidato. eleições/98. Não abertura de conta bancária.

A não abertura de conta bancária, por si só, não enseja a desaprovação das contas.

Possibilidade de se demonstrar a regularidade das contas por outros meios.(art. 30, § 4° da Lei9.504/97)

Recurso parcialmente provido.

(TSE, RESP nº 15.918, SP, Ac. nº 15.918, de 22.6.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

Recurso contra expedição de diploma. Despesas de campanha. Excesso. Abuso de podereconômico. Inocorrência.

O preceito do artigo 26, inciso XVI, da Lei nº 9.504/97, que considera como gastos eleitorais asmultas aplicadas aos partidos ou candidatos, por infração do disposto na legislacao eleitoral, relaciona-seàs multas pagas no prazo para a prestação de contas de campanha, e não àquelas sujeitas à execucao ouque estejam sendo submetidas à apreciação do Poder Judiciário, em grau de recurso.

Recurso contra a expedição de diploma desprovido.

(TSE, RD nº 565, GO, Ac. nº 565C de 6.5.99, Rel. Min. Maurício Correa)

Recurso especial. Recurso contra a expedição de diploma. Rejeição de contas posterior à realizaçãodo pleito. Inelegibilidade com efeitos para as eleições que se realizarem nos cinco anos seguintes e não emrelação à eleição já realizada. Alegada divergência com acórdão que reconheceu a existência deinelegibilidade superveniente em decorrência de rejeição de contas após o registro mas antes das eleições.Dissídio jurisprudencial não configurado. Recursos não conhecidos.

(TSE, RESP nº 15.208, MG, Ac. nº 15.208, de 27.4.99, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Recurso especial. Prestação de contas. Decisão. Intimação por Oficial de Justica. Contagem deprazo recursal.

1. Se o mandado de intimação, cumprido por Oficial de Justiça, não contém o inteiro teor da decisãoque rejeitou a prestação de contas, limitando-se a intimar a parte a comparecer ao Cartório Eleitoral paraque dela tome ciência, não há que se falar em intimação pessoal da sentença.

2. O termo a quo do prazo recursal começa no dia em que houve efetiva ciência do provimentojudicial.

3. Recurso provido.

(TSE, RESP nº 15.463, SP, Ac. nº 15.463C de 9.3.99, Rel. Min. Maurício Correa)

Doação para campanhas eleitorais em valor igual ou menor a R$ 10,00 (dez reais) por depósito diretoem conta bancária ou pelo serviço telefônico 0900.

Dispensa do preenchimento completo do recibo. Identificação apenas do nome do doador.

(TSE, Res. nº 20.313, DF, de 18.8.98, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Propaganda eleitoral

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I. ANTECIPAÇÃO

Consulta – Propaganda eleitoral – Utilização de letreiro em frente de escritório político e confecção deadesivos para veículos com o nome e o cargo exercido por parlamentar.

1. Letreiro de escritório político contendo apenas o nome e o cargo do particular não caracterizapropaganda eleitoral.

2. Não configura propaganda eleitoral antecipada, mas sim mero ato de promoção pessoal, autilização de adesivos em automóveis com apenas o nome e o cargo do parlamentar, ainda que em carrosde terceiros.

3. Abusos e excessos serão apurados e punidos na forma da Lei Complementar n° 64, de 1990.

(TSE, Cons. nº 704, Res. nº 21.039, de 21.3.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Propaganda eleitoral extemporânea em programa de TV. Alegação de contrariedade aos arts. 36,caput, e § 3°, da Lei n° 9.504/97; 5°, V e VI; 30, VIII; e 220 da Constituição Federal. Alegação dedivergência jurisprudencial.

1. Críticas à ação administrativa do governo são inerentes à atividade política, não configurandopropaganda eleitoral (Precedente: acórdão 2.088, de 29.02.00, Rel. Min. Eduardo Ribeiro).

Primeiro recurso não conhecido por inexistente - falta de instrumento de mandato - Demais,conhecidos e providos para afastar a multa imposta.

(TSE, RESP nº 19.087, Ac. nº 19.087, de 13.9.2001, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Propaganda extemporânea (Lei 9.504/97, art. 36) - Distribuição de boletim informativo contendo onome, fotografias e o cargo de Deputado Estadual.

1. Ausência de menção ao pleito municipal futuro ou pretensão eleitoral.

2. Meros atos de promoção pessoal não se confundem com propaganda eleitoral (Precedentes:Acórdãos 15.115, 1.704 e 16.426).

Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 17.683, Ac. nº 17.683, de 30.8.2001, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Recurso especial. Propaganda eleitoral extemporânea. Aplicação de multa. Não-caracterização.

Não há como considerar propaganda eleitoral antecipada aquela que não objetiva, com mensagem,influir na vontade dos eleitores.

Recurso conhecido e provido para reformar o acórdão regional, cancelando a punição aplicada.

(TSE, RESP nº 18.955, Ac. nº 18.955, de 26.6.2001, Rel. Min. Costa Porto)

Propaganda eleitoral antecipada - Art. 36, § 3º da Lei nº 9.504/97 - Propaganda institucional -Prefeitura - Legitimidade passiva - Imposição de multa - Responsabilidade - Agente político. Fato anteriorao período eleitoral - Competência da Justiça Eleitoral.

1. A Municipalidade é parte legítima para figurar no pólo passivo, de modo a poder defender aregularidade de sua propaganda institucional, propaganda que pode vir a ser proibida ou suspensa.

2. Em se tratando de propaganda institucional, o responsável pela propaganda irregular é o agentepolítico, a quem deve ser imposta a multa.

3. A Justiça Eleitoral é competente para apreciar representação que tem por objeto fatos anteriores

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às convenções.

(TSE, AI nº 2.706, Ac. nº 2.706, de 21.6.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Prévias eleitorais - Pesquisa de opinião interna dos partidos - Realização antes de 5 de julho -Possibilidade.

1. Os partidos políticos podem realizar, entre seus filiados, as chamadas prévias eleitorais,destinadas a buscar orientação e fixar diretrizes, inclusive sobre escolha de candidatos.

2. A eventual divulgação, pelos veículos de comunicação, dos resultados da consulta interna, nãocaracteriza, em princípio, propaganda eleitoral antecipada.

(TSE, Cons. nº 698, Res. nº 20.816, de 19.6.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Coletânea de notícias - Atuação como parlamentar - Carta - Notícia de candidatura - Envio a eleitores- Tentativa de angariar votos - Propaganda eleitoral antecipada - Art. 36 da Lei nº 9.504/97 - Agravo nãoprovido.

(TSE, AI nº 2.784, Ac. nº 2.784, de 19.6.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Veiculação de manifesto em emissora de televisão - Candidato colocado como vítima e comqualidades enaltecidas - Caracterização de propaganda eleitoral antecipada - Art. 36, § 3º da Lei nº9.504/97 - Impossibilidade de se tratar de direito de resposta - Direito que deve ser reconhecido emrepresentação nos moldes da Lei nº 9.504/97 - Livre manifestação do pensamento - Isonomia entrecandidatos - Compatibilidade. Agravo não provido.

(TSE, AI nº 2.430, Ac. nº 2.430, de 26.4.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Propaganda eleitoral antecipada. Multa. Lei nº 9.504/97, art. 36, § 3º. Hipótese em que não ocorre.

1. A mera divulgação do nome e do trabalho desenvolvido, sem referências a eleições, candidaturasou votos, não caracteriza propaganda eleitoral antecipada, nem permite a aplicação da multa prevista noart. 36, § 3º, da Lei nº 9.504, de 1997. Precedentes.

2. Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 18.528, Ac. nº 18.528, de 1º.3.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Entrevista com pré-candidata ao cargo de Prefeito em programa de televisão - Referência àsprioridades constantes de sua plataforma de governo - Condenação por propaganda eleitoral antecipada -Art. 36, § 3º da Lei nº 9.504/97 - Representação ajuizada isoladamente por partido político antes de secoligar: Legitimidade. Matéria que objetiva noticiar e informar, inerente à atividade jornalística - Nãoconfigurada propaganda eleitoral ilícita - (Precedentes Acórdãos nºs 2.088 e 15.447 - Eventual uso indevidodo meio de comunicação social pode ser apurado em investigação judicial, nos moldes do art. 22 da LC64/90.

Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 16.826, Ac. nº 16.826, de 15.2.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Recurso especial - Multa por propaganda eleitoral prematura. Cartão de visita contendo foto, nome eendereço eletrônico, no qual há menção a ano de realização de eleição. Não-caracterização de propagandavedada. Mera promoção pessoal.

1. Entende-se como ato de propaganda eleitoral aquele que leva ao conhecimento geral, embora deforma dissimulada, a candidatura, mesmo apenas postulada, e a ação política que se pretende desenvolverou razões que induzam a concluir que o beneficiário é o mais apto ao exercício de função pública. Sem taiscaracterísticas, poderá haver mera promoção pessoal - apta, em determinadas circunstâncias, a configurar

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abuso de poder econômico - mas não propaganda eleitoral. (TSE Acórdão n° 15.732, Rel. Min. EduardoAlckmin, em 15.4.99)

2. Não configura ato de propaganda eleitoral a distribuição de cartão de visita, com endereçoeletrônico, ainda que este seja composto por ano em que se realizem eleições.

(TSE, RESP nº 18.958, Ac. nº 18.958, de 8.2.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Propaganda eleitoral antecipada.

A propaganda realizada antes da convenção, visando a atingir não só os membros do partido, mastambém os eleitores em geral, atrai a aplicação da multa prevista no art. 36, parágrafo 3º da Lei dasEleições.

(TSE, RESP nº 15.562, Ac. nº 15.562, de 29.2.2000, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recurso especial. Propaganda eleitoral anterior a 5 de julho. Art. 36 da Lei nº 9.504/97. Distribuiçãopor parlamentar, que veio a disputar reeleição, de calendário com foto e seu nome e menção ao cargo porele exercido. Distribuição semelhante em anos anteriores. Não configuração de propaganda eleitoralirregular. Não excedidos os limites do permitido pela sua atuação parlamentar.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 15.301, Ac. nº 15.301, de 23.3.99, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Recurso especial. Propaganda eleitoral extemporânea. Art. 36 da Lei nº 9.504/97. Pintura em muroscom o nome do recorrente e dizeres relativos a cidadania e emprego. Mensagem que exteriorizapensamento político, possuindo inegável implicação com a atividade eleitoral. Conduta que se tipifica comoilícita porquanto não constitui mero ato de promoção pessoal. Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 15.432, Ac. nº 15.432, de 27.10.98, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Agravo de instrumento. Propaganda eleitoral anterior a 5 de julho. Lei nº 9.504/97. Multa. Distribuiçãode calendário com a foto do pretendente a candidato, menção dos principais cargos por ele exercidos, alémde se grafar com destaque a data presumida das eleições. Configuração de propaganda eleitoral.Irrelevância de ter sido o beneficiário escolhido ou não em convenção partidária. Sanção que se aplica amera conduta do candidato. Inexistência de dissídio jurisprudencial com aresto que estabelece sernecessário a demonstração de nexo causal entre a conduta do beneficiário e o crime do art. 329 do CódigoEleitoral. Agravo desprovido.

(TSE, AI nº 1.242, Ac. nº 1.242, de 19.8.98, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

II. BENS PÚBLICOS E DE USO COMUM

Propaganda eleitoral irregular – art. 37, caput , da Lei n° 9.504/97.

Pleito municipal. Sendo a propaganda ostensiva, por meio de placas com porte e quantidadeconsideráveis, de confecção requintada, de evidente elaboração gráfica industrial, configura-se indício denotoriedade. Inaplicabilidade do enunciado n° 17 da Súmula do TSE.

(TSE, RESP nº 19.600, Ac. nº 19.600, de 16.4.2002, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira)

Propaganda eleitoral - Táxis - Concessão do poder público - Art. 37 da Lei nº 9.504/97 - Permissão -Licença - Bem particular - Acesso público - Bem de uso comum - Restrições - Candidatos - Isonomia.

1. Para fins de propaganda eleitoral, os táxis, ainda que bens particulares, são considerados de uso

Propaganda eleitoral

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comum e, portanto, abrangidos pela vedação do art. 37 da Lei nº 9.504, de 1997.

2. A permissão prevista no art. 37 inclui a licença para o serviço de táxis.

3. Possibilidade de se impor limites à propaganda eleitoral de modo a garantir a maior igualdadepossível na disputa pelos cargos eletivos.

4. Agravo a que se negou provimento.

(TSE, AI nº 2.890, Ac. nº 2.890, de 28.6.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Propaganda Eleitoral Irregular - Colagem de etiqueta em telefone público - Exploração de telefonia -Empresas privadas - Necessidade de concessão pelo Poder Público - Violação do art. 37 da Lei nº 9.504/97- Irrelevância de não haver dano ao bem.

1. Embora os serviços de telefonia estejam sendo explorados por empresas privadas, eles dependemde concessão do Poder Público, não podendo nas cabines dos chamados telefones públicos e nospopulares "orelhões" ser veiculada propaganda eleitoral, mesmo que não lhes cause nenhum dano.

Produção de prova pelo representado - Apresentação junto com a defesa.

2. O procedimento previsto no art. 96 da Lei nº 9.504, de 1997, pressupõe a apresentação da provacom a defesa.

(TSE, AI nº 2.201, Ac. nº 2.201, de 3.8.2000, Rel. Min. Fernando Neves)

Propaganda eleitoral irregular. Art. 37 da Lei 9.504/97.

A colocação de propaganda em poste de iluminação pública deve ser de fácil remoção, a fim de nãocausar dano.

(TSE, AI nº 2.192, Ac. nº 2.192, de 29.6.2000, Rel. Min. Garcia Vieira)

Agravo de instrumento - Provimento - Recurso especial - Propaganda eleitoral realizada em igrejamediante placas - Bem de propriedade privada, que se destina à freqüência pública - Art. 37 da Lei nº9.504/97 - Caracterização de bem de uso comum.

I - Bem de uso comum, no âmbito do direito eleitoral, tem acepção própria, que não é totalmentecoincidente com a do direito civil.

II - Possibilidade de se impor limites à propaganda, mesmo se realizada em bens particulares, demodo a garantir a maior igualdade possível na disputa pelos cargos eletivos - Poder de polícia daadministração pública.

Recurso não conhecido.

(TSE, AI nº 2.124, Ac. nº 2.124, de 28.3.2000, Rel. Min. Edson Vidigal)

Propaganda irregular. Fixação de placa em calçada. Violação do art. 37 da Lei 9.504/97.

1. A enumeração de ressalvas excludentes de ilicitude do art. 37 da Lei 9504/97 é taxativa e nãoexemplificativa;

2. A fixação de placa com propaganda eleitoral em calçada, por não se encontrar expressamenteprevista, é vedada e sujeita às sanções legais.

3. Recurso provido.

(TSE, RESP nº 16.117, Ac. nº 16.117, de 16.11.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

Agravo de Instrumento. Propaganda irregular. Violação de lei não demonstrada.

1. A violação do dispositivo da lei tem de ser a letra expressa da lei e não ao entendimento subjetivoe pessoal do recorrente.

2. A inexistência de dano ao bem público não é suficiente para afastar a penalidade do art. 37 da Lei

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9.504/97.

3. Agravo improvido.

(TSE, AI nº 1.985, Ac. nº 1.985, de 4.11.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

Propaganda eleitoral irregular.

A colocação de propaganda eleitoral em bens de uso comum não ressalvados no art. 37 da Lei n°9.504/97, ainda que venha a ser retirada, sujeita o infrator ao pagamento de multa.

(TSE, RESP nº 15.798, Ac. nº 15.798, de 26.10.99, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recurso especial. Propaganda irregular. Multa. Fracionamento. Impossibilidade.

1. A pena de multa, por prática de propaganda eleitoral em bem público, deve ser aplicadaindividualmente a cada responsável.

2. Recurso especial a que se dá provimento.

(TSE, RESP nº 15.739, Ac. nº 15.739, de 16.3.99, Rel. Min. Edson Vidigal)

III. CONDUTAS VEDADAS

Consulta – Instrução n° 55 – Registro de candidatura – Art. 56, parágrafo único – Res./TSE n° 20.993– Processos de registro de candidatura – Cassação de registro ou de diploma com base nos arts. 41-A, 73ou 77 da Lei n° 9.504/97.

1. O parágrafo único do art. 56 da Res./TSE n° 20.993 aplica-se somente aos processos de registrode candidatura, não alcançando as decisões proferidas em representação fundada nos arts. 41-A, 73 ou 77da Lei n° 9.504/97.

2. Na hipótese de representação fundada nos artigos referidos, o prosseguimento da campanhaeleitoral é admitido pela Justiça Eleitoral para evitar dano irreparável, mas isso se dá por conta e risco docandidato e do partido político que prefira não substituir seu candidato, sem nenhuma garantia de suadiplomação.

(TSE, Cons. nº 786, Res. nº 21.087, de 2.5.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Representação. Prefeito. Candidato à reeleição. Participação. Inauguração. Guarnição do Corpo deBombeiros. Art. 77 da Lei n° 9.504/97. Conduta vedada.

1. A proibição de participação de candidatos a cargos do Poder Executivo em inaugurações de obraspúblicas tem por fim impedir que eventos patrocinados pelos cofres públicos sejam desvirtuados e utilizadosem prol das campanhas eleitorais.

2. É irrelevante, para a caracterização da conduta, se o candidato compareceu como meroespectador ou se teve posição de destaque na solenidade.

Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 19.404, Ac. nº 19.404, de 18.9.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Propaganda institucional em período vedado (Lei 9.504/97, art. 73, VI) - Uso de placas indicativas deobras e serviços executados contendo slogan promocional.

1. Preliminar de ilegitimidade passiva ad causam afastada pelo acórdão regional que mantevecondenação do Prefeito e Secretário de Obras do Município.

2. É imputável a responsabilidade pela propaganda institucional vedada apenas aos agentes e não àentidade pública (Precedente: acórdão 17.197).

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3. A falta de sucumbência enseja a ilegitimidade e falta de interesse do Município para interpor orecurso.

4. Recurso especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 19.222, Ac. nº 19.222, de 23.8.2001, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Alegação de que a obra foi feita com finalidade social e em decorrência de programa municipal -Afirmação repelida pela Corte Regional e que não poderia ser infirmada sem o revolvimento do quadrofático. Recurso não conhecido.

Conduta vedada - Art. 73, I e II, da Lei nº 9.504/97 - Asfaltamento de área para realização de comício- Representação julgada após a eleição - Possibilidade de cassação de diploma - § 5º do art. 73 da mesmalei.

Recurso de Ministério Público conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 19.417, Ac. nº 19.417, de 23.8.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Propaganda institucional em período vedado (Lei 9.504/97, art. 73, § 4°) - Mensagens intermitentes,colocadas em relógios eletrônicos instalados em pontos de grande convergência de público.

1. Incontroverso o fato de que foram veiculadas mensagens alusivas à ação administrativa daPrefeitura em momento anterior à vedação, legal dos três meses que antecedem o pleito.

2. A permanência de placas em obras públicas, antes do período vedado, é admissível, desde quedelas não constem expressões que possam identificar autoridades, servidores ou administrações cujosdirigentes estejam em campanha eleitoral (Precedentes: Representação 57 e Recurso Especial 19.323).

3. Recurso especial conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 19.326, Ac. nº 19.326, de 16.8.2001, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Conduta vedada - Art. 73, I, da Lei nº 9.504/97 - Uso de veículo - Polícia Militar - Caráter eventual -Conduta atípica. Cassação de registro - Representação - Art. 96 da Lei nº 9.504/97 - Possibilidade.

1. A melhor interpretação do inciso I do art. 73 da Lei nº 9.504/97 é aquela no sentido de que acessão ou o uso de bens públicos móveis e imóveis em benefício de candidato ou partido ocorra de formaevidente e intencional.

2. A aplicação da penalidade de cassação de registro de candidatura pode decorrer de violação aoart. 73 da Lei nº 9.504/97, apurada mediante representação prevista no art. 96 da mesma lei.

(TSE, RESP nº 18.900, Ac. nº 18.900, de 10.5.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Agravo regimental em recurso especial. Representação por abuso de poder. Propagandainstitucional. Arts. 73, VI, b, e 74 da Lei n° 9.504/97. Art. 37, § 1°, da CF.

I) O que o art. 73, VI, b, da Lei n° 9.504/97, veda é a autorização de propaganda institucional nos trêsmeses que antecedem o pleito.

O dispositivo não retroage para alcançar atos praticados antes destes três meses.

II) A violação ao art. 37, § 1°, c/c o art. 74 da Lei n° 9.504/97, pela quebra do princípio daimpessoalidade, possui contornos administrativos.

Deve ser apurada em procedimento próprio, previsto na Lei n° 8.429/92.

Verificada a ocorrência da quebra deste princípio administrativo, é que se poderá apurar seusreflexos na disputa eleitoral.

III) O art. 74 se aplica somente aos atos de promoção pessoal na publicidade oficial praticados emcampanha eleitoral.

Agravo improvido.

(TSE, AR em AI nº 2.768, Ac. nº 2.768, de 10.4.2001, Rel. Min. Nelson Jobim)

Propaganda eleitoral

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Recurso especial. Representação. Abuso de autoridade. Art. 460, CPC. Violação.

1. Não se confundem propaganda institucional e propaganda eleitoral, porquanto diversos seusobjetivos, regendo-se por distintas normas.

2. A infringência ao disposto no art. 37, § 1°, CF, atrai o contido no art. 74, da Lei n° 9.504/97.

3. Demonstrada a violação ao preceituado no art. 460, CPC, impõe-se a anulação do julgado.

4. Recurso parcialmente provido para determinar a realização de novo julgamento.

(TSE, RESP nº 19.287, Ac. nº 19.287, de 15.3.2001, Rel. Min. Waldemar Zveiter)

Propaganda Institucional - Veiculação em período vedado - Art. 73, inc. VI, "b", da Lei nº 9.504/97 -Reclamação oferecida contra a Prefeitura Municipal, na pessoa de seu representante legal, que foicondenado ao pagamento de multa. Ausência de citação do responsável pela propaganda irregular. Ofensaao art. 5º, inc. LV, da Constituição da República. Preliminar acolhida para que o agente público seja incluídono pólo passivo da demanda.

1. O agente público, sujeito à penalidade prevista no art. 73, § 4º da Lei nº 9.504/97, é a pessoa físicaque age em nome do ente público, e não a entidade em que exerce as funções (Acórdão nº 1.785, RelatorMinistro Eduardo Ribeiro).

Recurso conhecido e provido parcialmente.

(TSE, RESP nº 17.197, Ac. nº 17.197, de 20.2.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Crime eleitoral. Denúncia. Atipicidade.

A cessão ou uso de veículo da administração, em benefício de candidato, não foram erigidos comocrime, pela lei das eleições, configurando apenas condutas vedadas aos agentes públicos, sujeitas a penade multa.

Decisão que se confirma, pois o fato descrito na denúncia não constitui crime.

(TSE, RESP nº 16.239, Ac. nº 16.239, de 24.8.2000, Rel. Min. Garcia Vieira)

Recurso especial recebido como recurso ordinário. Propaganda eleitoral. Parlamentar. Utilização deserviços. Assembléia Legislativa. Abuso de autoridade. Declaração de inelegibilidade.

1. Configura abuso de autoridade a utilização, por parlamentar, para fins de campanha eleitoral, decorrespondência postada, ainda que nos limites da quota autorizada por ato da Assembléia Legislativa, mascujo conteúdo extrapola o exercício das prerrogativas parlamentares.

2. A prática de conduta incompatível com a Lei nº 9.504/97, artigo 73, II, e com a Lei Complementar64/90, enseja a declaração de inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos três anos subseqüentesàquela em que se verificou o fato.

Recurso parcialmente provido.

(TSE, RESP nº 16.067, Ac. nº 16.067, de 25.4.2000, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Recurso especial. Propaganda institucional. Agente político não concorrente a cargo eletivo.Possibilidade. A propaganda institucional realizada pelos agentes políticos, cujos cargos não estejam emdisputa na eleição, é procedimento autorizado pelo artigo 37, § 1º da Constituição Federal. Se, todavia,houver quebra do princípio da impessoalidade, a infração que daí decorre é de caráter necessariamenteadministrativo, devendo ser apurada e julgada por meio de ação própria prevista na Lei nº 8.429/92, nãoencontrando foro adequado no âmbito da Justiça Eleitoral.

Recurso especial conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 15.807, Ac. nº 15.807, de 17.6.99, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Propaganda eleitoral

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Recurso especial. Propaganda eleitoral irregular. Publicidade institucional. Princípio daimpessoalidade. Infração administrativa. Inadequação da via eleita.

1. A arguição de ofensa ao princípio da impessoalidade, pela utilização de publicidade oficial parapromoção de autoridades em propaganda institucional, não encontra foro adequado no âmbito da JustiçaEleitoral, devendo ser formulada em ação própria, prevista na Lei nº 8.429/92.

2. A verificação da ocorrência de propaganda eleitoral em matéria jornalística implica o reexame defatos e provas. Aplicação da Súmula nº 279 do STF.

Recurso especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 15.813, Ac. nº 15.813, de 27.4.99, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Recurso especial. Propaganda institucional. Uso indevido. A propaganda institucional tem o sentidode dar a opinião pública notícias sobre os atos, programas, obras e serviço da administração, sempre comcaráter educativo, informativo ou orientação social. Hipótese em que a mesma foi desvirtuada pelautilização truncada da imagem do candidato da oposição.

Não conhecimento.

(TSE, RESP nº 15.749, Ac. nº 15.749, de 4.3.99, Rel. Min. Costa Porto)

Publicidade institucional. Autorização. Realização. Placa de obra pública.

1. Salvo quando autorizada pela Justiça Eleitoral ou relativa a produtos ou serviços que tenhamconcorrência no mercado, é vedada a realização de publicidade institucional nos três meses que antecedemas eleições, mesmo quando autorizada antes desse período (art. 73, VI, “b”, da Lei 9.504, de 1997).

2. Admite-se a permanência de placas relativas a obras públicas em construção, no período em que évedada a publicidade institucional, desde que delas não constem expressões que possam identificarautoridades, servidores ou administrações cujos dirigentes estejam em campanha eleitoral.

(TSE, RE na REP nº 57, Ac. nº 57, de 13.8.98, Rel. Min. Fernando Neves da Silva)

IV. DIREITO DE RESPOSTA

Direito de resposta. Art. 58 da Lei n° 9.504/97. Alegação de inverdades - Entrevista - Emissora detelevisão - Programação normal - Término da propaganda eleitoral gratuita - Preliminar de prejudicialidade -Rejeição - Defesa da honra - Interesse de agir - Subsistência - Possibilidade de veiculação após arealização do pleito eletivo. Divulgação da resposta - Custo - Responsabilidade - Autor da afirmação.

1. Diferentemente do que ocorre quando se trata de programa eleitoral gratuito, na situação em que aacusação, ou a inverdade, foi veiculada pela imprensa escrita ou no curso da programação normal do rádioou da televisão, quando o custo da veiculação da resposta será suportado pelo responsável da afirmaçãoque gerou a resposta, é possível sua veiculação após as eleições.

2. Ausência de violação de preceito legal. Entrevista que não contém afirmação caluniosa,difamatória, injuriosa ou inverídica.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 18.359, Ac. nº 18.359, de 24.4.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Agravo de instrumento - Matéria publicada em jornal - Fatos tidos por inverídicos - Direito de resposta- Liberdade de imprensa - Art. 220 da Constituição Federal - Reexame de matéria fática - Súmula n° 279 doSTF. Agravo a que se negou provimento.

1. O deferimento de resposta decorrente de matéria jornalística de conteúdo ofensivo não afronta aliberdade de informação assegurada pelo art. 220 da Constituição Federal.

Propaganda eleitoral

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(TSE, AI nº 2.584, Ac. nº 2.584, de 14.12.2000, Rel. Min. Fernando Neves)

Recurso especial. Representação. Direito de resposta. Divulgação de fato jornalístico. Improcedênciado pedido.

1. A informação jornalística que noticia, sem ofensa à honra pessoal de candidato, fatocomprovadamente verdadeiro, não se situa no âmbito tutelado pela legislação eleitoral, de modo aassegurar direito de resposta.

Recurso especial conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 16.802, Ac. nº 16.802, de 7.12.2000, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Propaganda eleitoral - Ofensa - Terceiros - Direito de resposta - Prazo - Competência - Lei nº9.504/97 - Lei nº 5.250/67.

1. Compete à Justiça Eleitoral examinar apenas os pedidos de direito de resposta formulados porterceiro em relação ao que veiculado no horário eleitoral gratuito, sendo, nesses casos, observados osprazos do artigo 58 da Lei 9.504, de 1997.

2. Quando o terceiro se considerar atingido por ofensa realizada no curso de programação normaldas emissoras de rádio e televisão ou veiculado por órgão da imprensa escrita, deverá observar osprocedimentos previstos na Lei nº 5.250/67.

(TSE, Cons. nº 651, Res. nº 20.675, de 29.6.2000, Rel. Min. Costa Porto)

Representação - Direito de resposta - Desvirtuamento da resposta pelo candidato - Inaplicável odisposto no § 8° do art. 58 da Lei n° 9.504/97.

Dispositivo que se refere à emissora que se recusar a veicular a resposta, fazendo-o de formaincompleta, ou em horário ou programa diverso daquele em que transmitida a matéria que se pretenderesponder.

Editorial transmitido logo após a exibição da resposta - Configuração de nova opinião emitida pelaemissora - Possibilidade de ser objeto de outro pedido de resposta.

(TSE, RE em REP nº 72, Ac. nº 72, de 23.5.2000, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Recurso especial. Emissora de televisão. Divulgação de programa ofensivo a imagem de candidato.Pedido de direito de resposta. Imposição de multa. Cumulação. Possibilidade.

1. O exercício do direito de resposta, destinado a conceder ao ofendido a oportunidade de esclarecero eleitorado acerca de fatos que lhe foram imputados, não exclui o pagamento da multa, expressamenteprevista no parágrafo 2º do artigo 45 da Lei nº 9.504/97.

2. Essa penalidade é também imponível à emissora que, infringindo legislação eleitoral durante aprogramação normal, incide em qualquer das proibições estabelecidas no caput do dispositivo.

Recurso especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 15.712, Ac. nº 15.712, de 29.4.99, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Não caracterizada ofensa injuriosa, caluniosa ou difamatória, nega-se direito de resposta. Limitestoleráveis da crítica político-eleitoral. Recurso improvido.

(TSE, RE na REP nº 159, Ac. nº 159, de 2.10.98, Rel. Min. Luiz Carlos Lopes Madeira)

Direito de resposta. Lei nº 9.504/97, art. 58, § 3º, inciso III, alínea f. Legitimidade ad causam depessoa jurídica de direito privado. Críticas que não configuram ofensas.

1. O fundamento do direito de resposta assegurado na Lei nº 9.504/97 sustenta-se no art. 5º, V, da

Propaganda eleitoral

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Constituição Federal, porquanto, tratando-se de horário eleitoral gratuito, também é assegurado ao terceiroofendido.

Recurso que se conhece, afastando a preliminar de ilegitimidade e, no mérito, a que se negaprovimento.

(TSE, RESP nº 15.530, Ac. nº 15.530, de 2.10.98, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Direito de resposta. Pedido formulado por Governador e pelo Estado. Legitimidade reconhecida aoGovernador.

Afirmação caluniosa, na medida que a conduta descrita tende à caracterização do crime deprevaricação. Art. 319 do Código Penal.

Deferimento do direito de resposta, no tempo de um minuto, observando-se o contido no art. 58, III,4º, da Lei nº 9.504/97.

(TSE, RESP nº 15.583, Ac. nº 15.583, de 2.10.98, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Direito de resposta. A afirmação sabidamente inverídica, desde que prejudicial a um candidato, podeensejar o direito de resposta. Não se faz mister que tenha conteúdo calunioso, difamatório ou injurioso.

A sentença há de ser certa. Inviável deixar-se a emissora estabelecer qual o tempo a ser utilizado naresposta.

(TSE, RESP nº 15.602, Ac. nº 15.602, de 29.9.98, Rel. Min. Andrade Ribeiro)

Constitucional. Eleitoral. Direito de resposta. Liberdade de imprensa.

1. A liberdade de Imprensa é valor indissociável da democracia. Sem a liberdade de imprensa ficamais difícil o exercício das demais liberdades.

2. A informação jornalística que difunde, sem ofensa a honra pessoal de candidato, fatocomprovadamente verdadeiro e a opinião editorial que, no campo das idéias, aplaude ou critica posições departidos ou candidatos sobre temas de natureza institucional, não se confundem com propaganda eleitoralnem com discurso político. Não se situam, portanto, nos espaços tutelados pela lei eleitoral de modo aassegurar direito de resposta.

3. Não cabe argüir direito de resposta quando o veículo de comunicação, ao constatar que ainformação obtida, como no caso, de repartição do poder público, não é verdadeira e se apressa emdesmenti-la, corrigindo-a no mesmo espaço e com igual destaque.

4. Recurso conhecido e provido.

(TSE, RE na REP nº 105, Ac. nº 105, de 15.9.98, Rel. Min. Edson Vidigal)

Representação. Campanha eleitoral. Crítica à política governamental. Direito de resposta.Inexistência.

1. Em campanha política a linguagem contundente compõe o contraditório da própria disputaeleitoral.

2. Vedada é a crítica inverídica, notadamente se contém elementos que constituam objeto de crime.

3. A candente manifestação exteriorizada em propaganda eleitoral da oposição contra certa políticagovernamental, ainda que acre, enquadra-se nos parâmetros da própria natureza do pleito eleitoral.

Recurso conhecido e provido.

(TSE, RE na REP nº 89, Ac. nº 89, de 27.8.98, Rel. Min. Fernando Neves da Silva)

Propaganda eleitoral

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V. EMISSORAS DE RÁDIO E TV, E INTERNET

Questão de ordem. Instrução sobre propaganda eleitoral. Res./TSE n° 20.988. Emissoras de rádio etelevisão. Entrevistas e debates. Pré-candidatos a cargos majoritários. Possibilidade.

1. As emissoras de rádio e de televisão podem entrevistar pré-candidatos às eleições majoritáriasdeste ano, antes de 6 de julho, ou promover debates entre eles, cuidando para que haja um mesmotratamento para as pessoas que se encontram em situações semelhantes.

2. Eventuais abusos e excessos, inclusive realização de propaganda eleitoral antes do momentopróprio, poderão ser investigados e punidos na forma da lei.

(TSE, Inst. nº 57, Res. nº 21.072, de 23.4.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Direito eleitoral. Recurso ordinário. Propaganda irregular. Conduta abusiva. Utilização indevida dosmeios de comunicação. Veiculação clandestina no rádio e na televisão. Precedentes da Corte. Recursoprovido. Inelegibilidade decretada.

1. A veiculação "pirata" de propaganda eleitoral, notadamente em horário nobre, é ato capaz decomprometer a lisura do pleito, gerando desigualdade entre os candidatos, o que caracteriza uso indevidodos meios de comunicação.

2. Como têm proclamado os precedentes da Corte, para a caracterização do abuso na esferaeleitoral não se exige a relação de causa e efeito entre o ato infrator e o resultado das eleições.

(TSE, RO nº 508, Ac. nº 508, de 25.9.2001, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira)

Propaganda eleitoral. Homepage. Não caracteriza propaganda eleitoral a manutenção de homepagena Internet. O acesso à eventual mensagem que nela se contenha não se impõe por si só, mas depende deato de vontade do internauta.

(TSE, RESP nº 18.815, Ac. nº 18.815, de 29.5.2001, Rel. Min. Costa Porto)

Programa de rádio - Leitura - Matéria publicada em jornal local - Opinião desfavorável a candidato -Art. 45, III, da Lei n° 9.504/97.

1. É da competência da Justiça Eleitoral apurar e punir eventual transgressão da regra fixada no art.45, III, da Lei n° 9.504, de 1997.

2. Configura conduta tipificada no art. 45, III, da Lei n° 9.504/97, a emissão de opinião desfavorável acandidato, mesmo quando o programa se refere a ele somente como profissional, e não como candidato.

3. A emissora de rádio assume a responsabilidade pela divulgação da matéria tida por ofensiva,inclusive nos casos em que ocorre a leitura de texto publicado em jornal.

4. Recurso especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 19.334, Ac. nº 19.334, de 24.5.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Presença de candidato em "sala de bate-papo" mantida por provedor de acesso à Internet, pararesponder perguntas de "internautas". Hipótese que não caracteriza propaganda eleitoral e, por isso,impede a aplicação da sanção prevista no art. 36, § 3°, da Lei n° 9.504, de 1997.

(TSE, AI nº 2.715, Ac. nº 2.715, de 26.4.2001, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira)

Entrevista com prefeito em emissora de rádio - Referência a obras - Inexistência de pedido de votos,de elogios ao prefeito, enaltecendo suas qualidades como administrador, ou de argumentação que poderiainfluenciar os eleitores em seus votos - Não configurada propaganda eleitoral - Recurso conhecido eprovido.

Propaganda eleitoral

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(TSE, AI nº 2.595, Ac. nº 2.595, de 17.4.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Propaganda eleitoral irregular - Emissora de rádio - Divulgação de opinião favorável ao candidato dasituação, apresentado de maneira a induzir o eleitor a concluir ser o mais apto ao exercício de funçãopública - Candidato não indicado por meio de seu nome, mas identificável pelo fato de receber apoio dogovernador do estado - Propagação de imagem negativa de seu adversário - Configuração de ofensa aoart. 45, III, da Lei nº 9.504/97. Agravo não provido.

(TSE, AI nº 2.567, Ac. nº 2.567, de 20.2.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Propaganda eleitoral. Emissora de televisão.

A veiculação de opinião contrária a candidato, durante programação normal, constitui infração ao art.45, III da Lei 9.504/97, sujeitando a emissora ao pagamento de multa.

Recurso especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 15.617, Ac. nº 15.617, de 29.2.2000, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Propaganda eleitoral. Emissora de televisão.

O tratamento privilegiado a candidato, durante programação normal, constitui infração ao art. 45, IVda Lei 9.504/97, sujeitando a emissora ao pagamento de multa.

Recurso especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 16.023, Ac. nº 16.023, de 22.2.2000, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recurso especial. Propaganda eleitoral irregular. Site da Internet. Responsabilidade.

Nao há previsão legal para a imposição de multa a candidato, com base no artigo 45 da Lei nº9.504/97, que é dirigido tão-somente às emissoras de rádio e televisão e às empresas de comunicaçãosocial que mantem sítios na Internet.

Recurso especial conhecido e provido parcialmente.

(TSE, RESP nº 16.004, Ac. nº 16.004, de 7.10.99, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Recurso especial. Propaganda eleitoral irregular. Violação a CF/88, art. 5º, IV c/c 220, parágrafos 1º e2º e a Lei nº 9.504/97, art. 43, Parágrafo único. Matéria fática. Duplicidade de apenamento. Não ocorrência.Impossibilidade de aplicação de multa ao candidato por violação à Lei nº 9.504/97, art. 45, parágrafo 2º.

1. Não é possível, nesta via, o exame quanto a ocorrência ou não da propaganda irregular (Sum.279/STF).

2. O fato do candidato beneficiário da propaganda irregular ser o proprietário de emissora de TV nãoo isenta da multa prevista na Lei nº 9.504/97, art. 43, parágrafo único.

3. Não há previsão legal para a aplicação de multa ao candidato beneficiado por conduta irregulardas emissoras de rádio e TV prevista na Lei nº 9.504/97, art. 45.

4. Recurso parcialmente conhecido e parcialmente provido.

(TSE, RESP nº 15.802, Ac. nº 15.802, de 9.9.99, Rel. Min. Edson Vidigal)

Transmissão pelo rádio de debate entre candidatos. Comparecimento de apenas um dos convidados.Impedimento. Propaganda eleitoral irregular.

Convidados os candidatos ao pleito eleitoral para debate em programa de rádio, o comparecimentode apenas um deles inviabiliza a sua realização (Resolução - TSE nº 14.612, de 20.9.98).

A divulgação de entrevista com o único candidato presente configura propaganda eleitoral irregular,

Propaganda eleitoral

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prevista no art. 45, § 2º, da Lei nº 9.504/97.

Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 16.042, Ac. nº 16.042, de 2.9.99, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Home page da Radiobras na Internet contendo informações sobre a Presidência da República.Caráter informativo. Propaganda eleitoral não configurada. Recurso improvido.

(TSE, Rec. em REP nº 140, Ac. nº 140, de 8.10.98, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira)

Consulta: “É vedado às emissoras, nos termos dos §§ 1º e 2º do artigo 45 da Lei 9.504/97, veicularpropaganda comercial de produtos ou serviços, com a participação de candidato a cargo eletivo?”.

2. No que se refere à propaganda eleitoral, o objetivo da Lei nº 9.504/1997 é proibir o tratamentoprivilegiado de candidatos, em razão de participarem de modalidade de propaganda não acessível a todosos competidores.

3. Consulta que se responde positivamente.

(TSE, Cons. nº 432, Res. nº 20.215, de 2.6.98, Rel. Min. Néri da Silveira)

VI. HORÁRIO GRATUITO

Consulta. Propaganda. Pedido de votos para candidatos de outros partidos ou coligações.Impossibilidade.

1. Os partidos e seus candidatos não podem pedir votos para candidatos de outros partidos políticosou coligações em seus programas de rádio e televisão, nem nos espaços que lhe são reservados para apropaganda por meio de outdoors ou em material impresso às suas custas.

2. Ausência de normas legais que possibilitem à Justiça Eleitoral punir a conduta de candidatos oufiliados que, em comícios ou eventos semelhantes, peçam votos para candidatos de outros partidos. Oexame dessas condutas compete aos órgãos de disciplina e ética partidárias.

(TSE, Cons. nº 790, Res. nº 21.110, de 4.6.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Consulta – Partido que não lançou candidato à eleição presidencial, isoladamente ou em coligação –Propaganda – Possibilidades.

1. O partido que não houver lançado, isoladamente ou em coligação, candidato à Presidência daRepública não pode realizar, nos cartazes ou outdoors de seus candidatos nos estados, propaganda decandidato à eleição nacional.

2. O partido que não houver lançado, isoladamente ou em coligação, candidato à Presidência daRepública não pode utilizar, em seus programas de rádio e televisão nos estados, pano de fundo comimagem ou referência a candidato a presidente da República.

(TSE, Cons. nº 796, Res. nº 21.111, de 4.6.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária – CONAR – Propaganda partidária – Lei n°9.096/95 – Propaganda eleitoral gratuita – Lei n° 9.504/97 – Uso de imagens, marcas e nomes comerciais,slogans, etc.

1. Qualquer vício que venha a ocorrer nos programas de propaganda, tanto a partidária quanto aeleitoral gratuita, deve ser apurado pelos tribunais eleitorais, se provocados, que adotarão as providênciasnecessárias e aplicarão as penalidades cabíveis, no âmbito de sua competência.

2. É admissível que a representação seja oferecida pelo prejudicado, mesmo que este não se incluaentre aqueles expressamente legitimados na legislação eleitoral.

Propaganda eleitoral

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3. Nos horários reservados para a propaganda partidária ou eleitoral, não se pode admitir, denenhuma maneira, utilização comercial, ou seja, propaganda realizada com a intenção, ainda quedisfarçada ou subliminar, de promover marca ou produto.

4. A propaganda eleitoral ou partidária deve respeitar o direito do autor, protegido pelo art. 5°, incisoXXVII, da Constituição da República, o que significa que a utilização de qualquer fruto da criação intelectualdepende da autorização de seu autor ou titular.

(TSE, Inst. nº 57, Res. nº 21.078, de 23.4.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Agravo regimental - Medida cautelar - Deferimento de liminar - Presença dos pressupostosnecessários à concessão - Aplicação do art. 15 da LC n° 64/90.

A regra do art. 15 da Lei Complementar n° 64, de 1990, estabelece que apenas quando transitar emjulgado a decisão que declarar a inelegibilidade do candidato é que seu registro será negado ou cancelado.Conseqüentemente, até tal momento o candidato tem direito a prosseguir em seus atos de campanha,inclusive nos pertinentes à propaganda eleitoral.

Agravo a que se nega provimento.

(TSE, AR em MC nº 702, Ac. nº 702, de 27.9.2000, Rel. Min. Fernando Neves)

Propaganda eleitoral. Rádio e televisão. Inserção. Tempo.

1. As inserções no rádio e na televisão, concernentes à propaganda eleitoral gratuita, deverãoconsistir em múltiplos de 15 segundos, ou seja: 15, 30, 45 ou 60 segundos, a critério de cada partido oucoligação.

(TSE, Pet. nº 919, Res. nº 20.698, de 15.8.2000, Rel. Min. Waldemar Zeiter)

Consulta - Art. 23, parágrafo 8º da Instrução 46 - Proibição do comparecimento de candidatosmajoritários aos programas destinados aos candidatos proporcionais ou vice-versa.

Candidato a cargo proporcional pode no horário de propaganda político eleitoral demonstrar apoio acandidato a cargo majoritário e vice-versa, desde que pertençam ao mesmo partido ou coligação.

Na propaganda eleitoral veiculada na televisão é permitida inclusão, como pano de fundo, defotografia dos candidatos majoritários ou proporcionais, slogans, símbolo do partido ou da coligação,logotipo e denominação da coligação.

(TSE, Cons. nº 630, Res. nº 20.624, de 2.6.2000, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

No segundo turno, o filiado a um partido pode participar do programa de propaganda eleitoral decandidato de agremiação distinta, desde que sua legenda não tenha manifestado apoio a outro concorrente.

(TSE, PA nº 17.905, Res. nº 20.383, de 8.10.98, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

VII. IMPRENSA ESCRITA

Recurso especial. Violação ao art. 43 da Lei n° 9.504/97. Não-ocorrência. Dissenso jurisprudencialnão caracterizado. O enunciado n° 17 da Súmula do TSE somente é aplicável nos casos dos arts. 36 e 37da Lei n° 9.504/97.

Não-conhecimento.

(TSE, RESP nº 19.626, Ac. nº 19.626, de 11.4.2002, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira)

Propaganda eleitoral

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Agravo interno. Recurso especial. Propaganda irregular. Doação indireta, Lei nº 9.504/97. Prova.Reexame. Impossibilidade. Princípios constitucionais que asseguram o direito à informação e à livremanifestação do pensamento. Inocorrência na espécie. Precedentes. Recurso desprovido.

I - As limitações impostas à veiculação de propaganda eleitoral não afetam o direito à informação e àlivre manifestação do pensamento, constitucionalmente garantidos, até porque não estabelecem qualquercontrole prévio sobre a matéria a ser veiculada. Vinculação, na ordem constitucional, a princípios como o dalisura e da legitimidade dos pleitos, bem como ao da isonomia entre os candidatos.

II - A propaganda irregular, fruto de doação indireta, atrai a aplicação do previsto no art. 43 da Lei nº9.504/97.

III - Inviável no recurso especial, o reexame de matéria de prova, como proclamam os enunciadossumulares nºs 279/STF e 7/STJ.

(TSE, AR em RESP nº 19.466, Ac. nº 19.466, de 11.10.2001, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira)

Eleitoral. Jornal. Artigos e matérias. Limites. Multa do art. 43 da Lei nº 9.504/97. Não-incidência.

A publicação, em jornais, de matérias ou artigos favoráveis ou desfavoráveis a candidatos ou partidospolíticos não constitui, por si só, propaganda eleitoral ilícita nem permite a aplicação da multa do artigo 43da Lei nº 9.504/97.

(TSE, RESP nº 19.173, Ac. nº 19.173, de 1º.3.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Recurso especial. Processo. Contagem de prazo. Propaganda eleitoral. Restrições. Liberdade deImprensa. Jornal. Divulgação de opinião favorável a candidato. Lei nº 9.504/97, art. 43.

1. Também na Justiça Eleitoral, os prazos que se contam em dias têm início naquele seguinte ao daintimação. Aplicação da regra do art. 184 do CPC.

2. As normas que disciplinam a veiculação da propaganda eleitoral não afetam a liberdade deimprensa nem cerceiam a manifestação do pensamento, visto que as garantias constitucionais devem serinterpretadas em harmonia.

3. Ao contrário das emissoras de rádio e de televisão, cujo funcionamento depende de concessão,permissão ou autorização do Poder Executivo, os jornais e os demais veículos impressos de comunicaçãopodem assumir posição em relação aos pleitos eleitorais, sem que tal, por si só, caracterize propagandaeleitoral ilícita. Os abusos e excessos são passíveis de apuração e punição, na forma do artigo 22 da LeiComplementar nº 64, de 1990.

4. A aplicação da sanção prevista no art. 43 da Lei nº 9.504, de 1997, só é possível quando se tratarde propaganda eleitoral paga ou produto de doação indireta.

5. Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 18.802, Ac. nº 18.802, de 8.2.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Agravo de instrumento. Propaganda impressa. Inteligência do art. 43 da Lei nº 9.504/97.

Não se pode exigir que o responsável pelo veículo de divulgação policie a atividade de partidospolíticos coligados na realizaçao de propaganda política além dos limites estabelecidos pelo art. 43 da Leinº 9.504/97

Agravo provido. Recurso especial provido.

(TSE, AI nº 2.090, Ac. nº 2.090, de 1º.6.2000, Rel. Min. Nelson Jobim)

Propaganda eleitoral paga na imprensa - Desobediência à dimensão estabelecida no art. 43 da Lei nº9.504/97.

Multa imposta ao partido, que figurou isoladamente no polo passivo da representação, apesar de terefetuado coligação naquele pleito - Impossibilidade - Violação do art. 6º, § 1º da Lei 9.504/97.

Multa imposta ao candidato, apesar de não comprovado seu prévio conhecimento - Possibilidade -

Propaganda eleitoral

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Parágrafo único do referido art. 43 que determina a imposição de penalidade ao beneficiário, independenteda comprovação de sua responsabilidade ou prévio conhecimento.

Recurso conhecido e parcialmente provido.

(TSE, RESP nº 15.890, Ac. nº 15.890, de 23.5.2000, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Recurso especial eleitoral. Imprensa escrita. Propaganda eleitoral que extrapola as medidaspermitidas. Lei 9.504/97, art. 43, caput e parágrafo único.

1. A propaganda irregular a que se refere a Lei 9.504/97, art. 43, diz respeito exclusivamente àdivulgação de matéria paga.

2. Agravo e recurso especial providos.

(TSE, AI nº 2.071, Ac. nº 2.071, de 9.3.2000, Rel. Min. Edson Vidigal)

Propaganda eleitoral na imprensa. Art. 43 da Lei 9.504/97. Tratamento privilegiado. Comprovação dopagamento. Doação indireta. Necessidade para configuração.

É necessário para a caracterização da propaganda eleitoral na imprensa a prova de que foi paga oude que seja produto de doação indireta.

Aplicação de sanção a hipótese diversa da estatuída no art. 43 da Lei 9.504/97 como conduta típica.

Agravo provido. Recurso conhecido e provido.

(TSE, AI nº 1.747, Ac. nº 1.747, de 31.8.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

VIII. OUTDOOR

Consulta. Propaganda. Pedido de votos para candidatos de outros partidos ou coligações.Impossibilidade.

1. Os partidos e seus candidatos não podem pedir votos para candidatos de outros partidos políticosou coligações em seus programas de rádio e televisão, nem nos espaços que lhe são reservados para apropaganda por meio de outdoors ou em material impresso às suas custas.

2. Ausência de normas legais que possibilitem à Justiça Eleitoral punir a conduta de candidatos oufiliados que, em comícios ou eventos semelhantes, peçam votos para candidatos de outros partidos. Oexame dessas condutas compete aos órgãos de disciplina e ética partidárias.

(TSE, Cons. nº 790, Res. nº 21.110, de 4.6.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Consulta – Partido que não lançou candidato à eleição presidencial, isoladamente ou em coligação –Propaganda – Possibilidades.

1. O partido que não houver lançado, isoladamente ou em coligação, candidato à Presidência daRepública não pode realizar, nos cartazes ou outdoors de seus candidatos nos estados, propaganda decandidato à eleição nacional.

2. O partido que não houver lançado, isoladamente ou em coligação, candidato à Presidência daRepública não pode utilizar, em seus programas de rádio e televisão nos estados, pano de fundo comimagem ou referência a candidato a presidente da República.

(TSE, Cons. nº 796, Res. nº 21.111, de 4.6.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Propaganda eleitoral

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Pedido de reconsideração recebido parcialmente como consulta.

1. Utilização de outdoors. Possibilidade de sua utilização apenas em parte do período destinado àpropaganda eleitoral. Redistribuição, por sorteio, entre os demais partidos, dos espaços não usados.

2. Nos sorteios que se realizarem para distribuição de espaços devolvidos, não participarão ospartidos que se recusaram a utilizar os espaços que receberam em sorteios anteriores.

3. É facultado às empresas comerciais dar destinação não eleitoral aos espaços recusados por todos.

(TSE, Inst. nº 57, Res. nº 21.034, de 21.3.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Agravo de instrumento. Recurso especial. Propaganda mediante outdoor contendo homenagem apossível candidato. Circunstâncias eleitorais não mencionadas. Ato de mera promoção pessoal.

1. A veiculação de propaganda por meio de "outdoor" contendo nome de candidato, sem mencionarcircunstâncias eleitorais, não é considerada propaganda eleitoral, mas ato de mera promoção pessoal.

2. Precedentes.

3. Recursos conhecidos e providos.

(TSE, AI nº 2.848, Ac. nº 2.848, de 11.10.2001, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Agravo regimental no agravo de instrumento. Propaganda eleitoral. Outdoor. Propriedade privada.Sorteio. Necessidade.

1. A veiculação de propaganda eleitoral mediante outdoors submete-se à disciplina previstaespecificamente para essa espécie de publicidade (artigo 42 e seguintes da Lei nº 9.504/97).

2. Sujeita-se o painel, ainda que localizado em propriedade privada, à sua prévia disponibilizaçãomediante sorteio levado a efeito pela Justiça Eleitoral, não sendo aplicável à espécie o artigo 37, § 2º, da Leinº 9.504/97, que dispõe sobre a divulgação de propaganda eleitoral em bens particulares.

Precedentes.

Agravo regimental desprovido.

(TSE, AR em AI nº 2.139, Ac. nº 2.139, de 22.8.2000, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Propaganda eleitoral. Outdoor.

A colocação de outdoors às margens de rodovia pública configura infração ao art. 42 da Lei nº9.504/97, se não disponibilizado o espaço mediante sorteio.

(TSE, RESP nº 15.774, Ac. nº 15.774, de 14.12.99, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Recurso especial. Propaganda eleitoral extemporânea.

Não respondem pelas punições cabíveis as empresas que não participaram da idealização dapropaganda, reconhecida como extemporânea, mas apenas alugaram espaços em outdoors e prestaramserviço acessório de colagem de cartazes.

Não conhecimento.

(TSE, RESP nº 15.309, Ac. nº 15.309, de 4.3.99, Rel. Min. Costa Porto)

Recurso Especial. Propaganda Eleitoral. Comprovação da responsabilidade da candidata. Afixaçãode painel. Propriedade privada. Disponibilização mediante sorteio pela Justiça Eleitoral.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 16.050, Ac. nº 16.050, de 19.8.99, Rel. Min. Costa Porto)

Propaganda eleitoral

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Propaganda eleitoral. Fixação de placa luminosa em imóvel particular. Prejuízo ao patrimôniohistórico e artístico nacional. Violação ao art. 243, VIII, do CE.

Recurso provido.

(TSE, RESP nº 15.609, Ac. nº 15.609, de 29.6.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

Propaganda eleitoral irregular em outdoor. Ausência de prequestionamento. Aplicação da pena.

A pena a ser aplicada na hipótese veiculação de propaganda irregular em outdoor antes do dia 5 dejulho de 1998 é a do parágrafo 3º do art. 36, e não a do parágrafo 11, do art. 42 da Lei 9.504/97.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 15.261, Ac. nº 15.261, de 27.4.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

IX. PRAZOS

Recurso especial. Propaganda eleitoral. Aplicação de multa. Representação. Cerceamento de defesa.

Caracterização.

Recurso provido para, cassando a decisão do TRE, determinar a baixa dos autos ao juízo de 1º graua fim de que seja aberto prazo ao recorrente, possibilitando-lhe manifestar-se sobre os documentosjuntados.

(TSE, RESP nº 19.126, Ac. nº 19.126, de 17.4.2001, Rel. Min. Costa Porto)

Recurso especial. Propaganda eleitoral irregular. Prazo legal para prolação da sentença. Nãoobservância. Recurso. Tempestividade.

1. Proferida a sentença de 1º grau fora do prazo previsto na Lei nº 9.504/97, Art. 96, III, parág. 7º, oprazo recursal deve ser contado a partir da efetiva intimação das partes.

2. Recurso a que se dá provimento.

(TSE, AI nº 1.926, Ac. nº 1.926, de 2.9.99, Rel. Min. Edson Vidigal)

Agravo de instrumento. Prazo de 48 h para julgamento de recurso. Não cumprimento. Necessidadede intimação das partes. Recurso especial. Tempestividade. Presunção de responsabilidade do candidato.Impossibilidade. Lei nº 9.504/97.

1. Não cumprimento pelo Tribunal o prazo de 48 horas para o julgamento (Lei nº 9.504/97, art. 96,parágrafo 9º), nem intimadas as partes para a sessão, o prazo para interposição de recurso especial sócomeça a correr a partir da efetiva intimação do julgado.

2. Salvo com relação a direito de resposta, a Lei nº 9.504/97 não alterou o prazo para a interposiçãode recurso especial. Pelo que, subsistem os ditames do CE, art. 276, parágrafo 1º.

3. ...............................................................................................................................................................

4. Agravo de instrumento e recurso especial providos.

(TSE, AI nº 1.717, Ac. nº 1.717, de 22.6.99, Rel. Min. Nelson Jobim)

Agravo de Instrumento. Provimento. Recurso Especial. Propaganda irregular.

Decisão na Representação proferida após o prazo fixado na Lei 9.504/97. Imprescindível a intimaçãodas partes, na forma prescrita na legislação comum. (Precedentes: Resp 15.293-DF, AG 1.765-MT).

Recurso conhecido e provido para, afastada a intempestividade, determinar a remessa dos autos aoTribunal de origem para julgamento do seu mérito.

(TSE, AI nº 1.780, Ac. nº 1.780, de 18.5.99, Rel. Min. Costa Porto)

Propaganda eleitoral

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Recurso Especial. Propaganda extemporânea.

Embargos de declaração rejeitados por intempestividade. Ausência de intimação do membro doMinistério Público. O prazo de recurso interposto pelo Ministério Público, exceto na hipótese de processosde registro de candidaturas (LC 64/90), deverá ser da intimação pessoal de seu representante. Recursoprovido para afastar a intempestividade declarada. Remessa dos autos a origem para novo julgamento.

(TSE, RESP nº 15.397, Ac. nº 15.397, de 25.3.99, Rel. Min. Costa Porto)

Recurso especial. Representação. Degravação de fita magnética. Laudo. Não intimação da parte.Alegações finais. Não concessão de prazo. Ofensa ao princípio do contraditório e da ampla defesa.

1. Fita magnética apresentada para degravação. Intimação da representada para manifestar-seacerca da conformidade do laudo elaborado com o conteúdo do material juntado ao processo.Imprescindibilidade, em face do princípio do contraditório.

2. Não concessão de prazo para o oferecimento das alegações finais. Cerceamento do direito dedefesa.

3. Recurso especial conhecido e provido para anular o processo a partir da sentença, inclusive, edeterminar a remessa dos autos à origem.

(TSE, RESP nº 15.320, Ac. nº 15.320, de 15.10.98, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Recurso especial. Propaganda eleitoral irregular. Lei nº 9.504/97. Recurso. Tempestividade. Nãoobservância dos prazos legais para julgamento da ação. Publicação da sentença em cartório.Impossibilidade.

1. É da essência do processo eleitoral a celeridade na tramitação dos feitos. Os prazos prescritos nalegislação especial são tão exíguos para as partes quanto para os órgãos da Justiça Eleitoral.

2. Sentença proferida após os prazos fixados em lei. Hipótese em que é imprescindível a intimaçãodas partes, na forma prescrita na legislação comum.

3. Recurso especial conhecido e provido para, afastando a aventada intempestividade, determinar aremessa dos autos ao tribunal de origem, para julgamento do seu mérito, como entender de direito.

(TSE, RESP nº 15.293, Ac. nº 15.293, de 27.8.98, Rel. Min. Maurício Corrêa)

1. O recurso interposto contra decisão proferida em reclamação ou representação relativa a Lei nº9.504, de 1997, deve ser encaminhado ao Juiz Auxiliar que dela tiver sido relator, que o submeterá aojulgamento do Tribunal no prazo de quarenta e oito horas (Resolução TSE 20.279, de 1998, art. 3º,parágrafo 2º).

2. A notificação ao advogado determinada pelo art. 94, parágrafo 4º, da Lei 9.504, de 1997, objetivalhe dar ciência da existência do processo, mas não de todos os seus atos e andamentos, o que não secoaduna com a celeridade imposta pela lei e exigida por sua singular e especial natureza.

(TSE, REPED nº 49, Ac. nº 49, de 12.8.98, Rel. Min. Fernando Neves da Silva)

Recurso contra diplomação

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RECURSO CONTRA DIPLOMAÇÃORECURSO CONTRA DIPLOMAÇÃORECURSO CONTRA DIPLOMAÇÃORECURSO CONTRA DIPLOMAÇÃO

Recurso especial. Prefeito e vice-prefeito. Recurso contra diplomação. Abuso de poder e captaçãoindevida de sufrágio. Prova pré-constituída oriunda de investigação judicial eleitoral não trânsita em julgado.Admissibilidade.

No recurso contra diplomação, fundado no art. 262, IV, do Código Eleitoral, admite-se prova pré-constituída oriunda de ação de investigação judicial eleitoral em curso, independentemente de decisãotransitada em julgado. Precedentes.

Recurso conhecido e provido parcialmente.

(TSE, AI nº 3.094, Ac. nº 3.094, de 7.5.2002, Rel. Min. Barros Monteiro)

Recurso contra a diplomação – Decisão regional – Citação da coligação – Embargos de declaraçãoalegando preclusão por impossibilidade de emenda da inicial – Decisão que deu efeitos modificativos paraassentar a inexistência de litisconsórcio necessário – Violação do art. 512 do Código de Processo Civil –Reformatio in pejus – Configuração de falta da devida prestação jurisdicional – Decisão regional anulada –Recurso conhecido e provido para que nova decisão seja proferida.

(TSE, RESP nº 19.610, Ac. nº 19.610, de 30.4.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Recurso contra a diplomação – Inciso IV do art. 262 do Código Eleitoral – Abuso do poder econômico– Investigação judicial – Procedência – Manutenção da sentença – Trânsito em julgado – Ausência.

1. Não é necessário que a decisão proferida em investigação judicial tenha transitado em julgadopara embasar recurso contra a diplomação fundado no inciso IV do art. 262 do Código Eleitoral.

2. O recurso contra a diplomação pode vir instruído com prova pré-constituída, entendendo-se queessa é a já formada em outros autos, sem que haja obrigatoriedade de ter havido sobre ela pronunciamentojudicial ou trânsito em julgado.

3. A declaração de inelegibilidade com trânsito em julgado somente será imprescindível no caso de orecurso contra a diplomação vir fundado no inciso I do mencionado art. 262 do Código Eleitoral, que cuidade inelegibilidade.

Agravo regimental a que se negou provimento.

(TSE, AR em RESP nº 19.596, Ac. nº 19.596, de 2.4.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Recurso contra a diplomação - Inciso IV do art. 262 do Código Eleitoral - Abuso do poder econômico -Investigação judicial - Procedência - Manutenção da sentença - Trânsito em julgado - Ausência.

1. Não é necessário que a decisão proferida em investigação judicial tenha transitado em julgadopara embasar recurso contra a diplomação fundado no inciso IV do art. 262 do Código Eleitoral.

2. O recurso contra a diplomação pode vir instruído com prova pré-constituída, entendendo-se queessa é a já formada em outros autos, sem que haja obrigatoriedade de ter havido sobre ela pronunciamentojudicial, ou trânsito em julgado.

3. A declaração de inelegibilidade com trânsito em julgado somente será imprescindível no caso de orecurso contra a diplomação vir fundado no inciso I do mencionada art. 262 do Código Eleitoral, que cuidade inelegibilidade.

Agravo regimental a que se negou provimento.

(TSE, RAREG nº 19.568, Ac. nº 19.568, de 12.3.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

Recurso contra a expedição de diploma eletivo.

O recurso especial eleitoral não se presta para o reexame da prova. Recurso pela alínea a do inciso Ido art. 276 do Código Eleitoral não conhecido.

Recurso contra diplomação

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Entende-se por prova pré-constituída a já solenemente produzida na data da interposição desserecurso. Situação reforçada pela procedência da representação reconhecida pelo TRE até a data dojulgamento do recurso contra a expedição de diploma eletivo.

Recurso conhecido pela divergência, mas a que é negado provimento. Precedentes.

(TSE, AI nº 3.127, Ac. nº 3.127, de 19.2.2002, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira)

Recurso contra a diplomação - Abuso de poder - Prova pré-constituída - Ajuizamento anterior àdecisão proferida na investigação judicial - Ausência de trânsito em julgado - Possibilidade.

Decisão regional que reconheceu o abuso - Conclusão que não pode ser infirmada sem reexame doquadro fático.

1. O recurso contra a expedição de diploma pode ser fundado em decisão transitada em julgado quetenha julgado procedente investigação judicial, declarando a existência de abuso de poder ou uso indevidodos meios de comunicação social. Nesse caso, a decisão traz juízo de valor definitivo emitido pela JustiçaEleitoral, devendo ser aceito sem que haja necessidade de se proceder a exame das provas contidas narepresentação.

2. O recurso contra a diplomação pode, também, vir instruído com prova pré-constituída, entendendo-se que essa é a já formada em outros autos, sem que haja obrigatoriedade de ter havido sobre elapronunciamento judicial, ou seja, a prova não tem que ter sido previamente julgada. Ante a falta de juízodefinitivo por parte da Justiça Eleitoral sobre as provas, essas podem ser analisadas nos autos do recursocontra a diplomação. Precedente: Acórdão n° 19.506.

(TSE, AI nº 3.095, Ac. nº 3.095, de 18.12.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Recurso contra expedição de diploma - Investigação judicial julgada procedente, sem trânsito emjulgado - Recurso especial conhecido e provido para extinguir a investigação sem julgamento de mérito.

Ausência de indicação de prova a ser produzida - Art. 270 do Código Eleitoral.

Omissão no acórdão regional - Nulidade não decretada - Possibilidade de se decidir a causa a favorde quem a alega.

1. Possibilidade de se apurarem fatos tidos por ilegais no recurso contra a diplomação, desde que orecorrente assim requeira, indicando as provas a serem produzidas, nos termos do art. 270 do CódigoEleitoral.

2. Se for possível decidir a causa a favor de quem alega a nulidade, esta não deve ser decretada,segundo o art. 249, § 2°, do Código de Processo Civil.

(TSE, RESP nº 19.506, Ac. nº 19.506, de 6.11.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Medida cautelar - Recurso especial - Recurso contra a diplomação - Art. 262, IV, do Código Eleitoral -Diplomação contra a prova dos autos - Anulação de votos de uma seção - Nova votação - Pedido deconvocação do presidente da Câmara Municipal para assumir a Prefeitura.

1. A falsidade, a fraude, a coação, o abuso ou o emprego de processo de propaganda ou a captaçãode sufrágio vedada por lei, previstos no art. 222 do Código Eleitoral, para embasarem recurso contra adiplomação, têm de ter sido efetuados em proveito do candidato cujo diploma se ataca.

2. O fato de um dos candidatos estar no exercício do cargo não é, por si só, fator de desigualdade nopleito, ainda mais quando a legislação em vigor admite a possibilidade de uma reeleição para o mesmocargo, sem necessidade de desincompatibilização.

3. É inconveniente que ocorram sucessivas alterações no comando da Prefeitura, ainda mais porperíodos extremamente curtos.

(TSE, MC nº 1.012, Ac. nº 1.012, de 18.10.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Teste de alfabetização para candidatos que deixam dúvida acerca de sua condição de alfabetizado

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TESTE DE ALFABETIZAÇÃO PARA CANDIDATOS QUE DEIXAMTESTE DE ALFABETIZAÇÃO PARA CANDIDATOS QUE DEIXAMTESTE DE ALFABETIZAÇÃO PARA CANDIDATOS QUE DEIXAMTESTE DE ALFABETIZAÇÃO PARA CANDIDATOS QUE DEIXAMDÚVIDA ACERCA DE SUA CONDIÇÃO DE ALFABETIZADODÚVIDA ACERCA DE SUA CONDIÇÃO DE ALFABETIZADODÚVIDA ACERCA DE SUA CONDIÇÃO DE ALFABETIZADODÚVIDA ACERCA DE SUA CONDIÇÃO DE ALFABETIZADO

Recurso especial. Indeferimento de registro de candidato. Inelegibilidade. Analfabetismo. Art. 14,parágrafo 4º, da Constituição.

Candidato que, submetido a teste de alfabetização, não demonstrou possuir habilidades mínimaspara ser considerado alfabetizado, ensejando o indeferimento de seu pedido de registro.

Questão insuscetível de ser deslindada sem amplo reexame de elementos probatórios, providênciadescabida em recurso da espécie (Súmula 279 - STF).

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.180, Ac. nº 13.180C, de 23.9.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Pedido de registro de candidatura. Analfabetismo. Acórdão que, apesar de ter considerado ilegal ainiciativa do teste ("essa condição do candidato não pode ser auferida através de exame elaborado pelopróprio juiz eleitoral"), considerou, no entanto, o candidato alfabetizado, do exame dos elementos de prova.Fundamento suficiente, não reexaminável na instância extraordinária, à vista das Súmulas 279/STF e7/STJ.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.463, Ac. nº 13.463C, de 23.9.96, Rel. Min. Nilson Naves)

Recurso especial. Analfabetismo. Teste de verificação.

Inexiste ilegalidade no fato de juiz eleitoral que, diante de dúvida acerca da condição de alfabetizadodo alistando, aplica pessoalmente teste de escolaridade.

Recurso provido.

(TSE, RESP nº 13.185, Ac. nº 13.185C, de 23.9.96, Rel. Min. Ilmar Galvão)

Registro de candidato. Impugnação. Alegação de analfabetismo. Registro deferido sem o exame dealfabetização requerido pelo Ministério Público. Candidatura anterior à vereanca. Sistema da livre convicçãodo juiz. Inocorrência de violação aos artigos 5 e 6 da LC 64/90.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.077, Ac. nº 13.077C, de 19.9.96, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Inelegibilidade. Analfabetismo. "Candidato que não demonstra as habilidades mínimas para serconsiderado alfabetizado, não há que ter seu pedido de registro deferido". Súmulas 279/STF e 7/STJ.

Recurso não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.048, Ac. nº 13.048C, de 18.9.96, Rel. Min. Nilson Naves)

Inelegibilidade. Analfabetismo. Não se admite o registro de candidato que, embora já tenha ocupadoa vereança, declarou-se analfabeto, não tendo sucesso na prova a que se submeteu, na presença do juiz. Éinelegível para qualquer cargo o analfabeto (Constituicao, art. 14, parágrafo 4º e Lei Complementar nº64/90, art. 1, I, "a"). Recurso especial não conhecido.

(TSE, RESP nº 13.069, Ac. nº 13.069C, de 16.9.96, Rel. Min. Nilson Naves)

Teste de alfabetização para candidatos que deixam dúvida acerca de sua condição de alfabetizado

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Alfabetização.

Não há ilegalidade em procurar o juiz averiguar se quem pretende registro como candidato atende aesse requisito de elegibilidade, mediante a realização de teste, dispensado se trazida prova suficiente.

(TSE, RESP nº 13.000, Ac. nº 13.000C, de 12.9.96, Rel. Min. Eduardo Ribeiro)

Registro de candidatura. Candidatos a vereador. Analfabetismo. Inelegibilidade prevista no art. 14,parágrafo 4º, da CF c/c o art. 1, I, "a", da Lei Complementar nº 64/90.

Não é ilegal a realização de teste pelo juiz eleitoral, a fim de verificar se incidente a hipótese deinelegibilidade prevista no artigo 14, parágrafo 4º da CF.

Recurso conhecido e provido.

(TSE, RESP nº 9.987, Ac. nº 12.741, de 24.9.92, Rel. Min. Carlos Velloso)

Inelegibilidade. Analfabetismo. A assinatura do pedido de alistamento não faz certa a alfabetização docandidato e não impede a diligência judicial para apurá-la no processo de registro.

(TSE, RESP nº 10.235, Ac. nº 12.577, de 18.9.92, Rel. Min. Sepúlveda Pertence)

Eleitoral. Mandado de segurança. Decisão de juiz eleitoral objetivando verificar, após o pleito, se ocandidato eleito é alfabetizado. Ilegalidade do ato. Segurança concedida. Concede-se segurança contra atode juiz eleitoral que objetiva aferir, depois do pleito, se determinado candidato eleito é alfabetizado.

(TRE-BA, MS nº 423, Ac. nº 98, de 3.4.97, Rel. Juiz João Augusto Pinto)

Registro de candidato. Impugnação. Alegativa da condição de analfabeto.

Inexistência de prova. Assinatura do impugnado uniforme, em letra regular e totalmente legível.

Recurso conhecido, mas desprovido. Decisão unânime.

(TRE-CE, RE nº 96014834, Ac. nº 96014834, de 12.9.96, Rel. Juiz José Maria de Vasconcelos Martins)

Recurso inominado. Inelegibilidade decorrente no art. 14, parágrafo 1º da Constituição Federal. Nãose considera analfabeto quem consegue apreender o sentido de um texto e expressar graficamente umpensamento lógico, ainda que, eivado de falhas ortográficas. Recurso provido.

(TRE-MA, RE nº 1.431, Ac. nº 718, de 2.9.96, Rel. Juiz Cleones Cunha)

Recurso inominado. Teste de escolaridade. Reprovação. Provimento. Não se considera analfabetoquem consegue assinar documentos que habilitam a consecução de atos jurídicos.

(TRE-MA, RE nº 1.419, Ac. nº 713, de 2.9.96, Rel. Juiz Jorge Maluf)

Recurso. Tempestividade. Registro de candidatura. Preenchimento da condição de alfabetizado.Provimento. A teor da Súmula 10 do TSE, em tendo sido a sentença publicada dentro de três diasposteriores à conclusão, o termo "a quo" do prazo para a interposição de recurso coincidira com o términodaquele tríduo. Apesar da escrita precária demonstrada no teste aplicado, reconhece-se ao candidato acondição de alfabetizado. Recurso conhecido e provido.

(TRE-MA, RE nº 1.362, Ac. nº 621, de 27.8.96, Rel. Juiz Jorge Maluf)

Votação / Apuração

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VOTAÇÃO / APURAÇÃOVOTAÇÃO / APURAÇÃOVOTAÇÃO / APURAÇÃOVOTAÇÃO / APURAÇÃO

Eleição – Prefeito – Nulidade – Votos – Novo pleito – Convocação – Art. 224 do Código Eleitoral –Competência – Juízo eleitoral – Tribunal Regional Eleitoral – Representação.

1. Compete ao juízo eleitoral, ao Tribunal Regional Eleitoral ou ao Tribunal Superior Eleitoral, caso setrate de eleição municipal, estadual ou nacional, verificar se a nulidade atingiu mais da metade dos votos e,caso isso ocorra, julgar prejudicadas as demais votações.

2. Nas eleições municipais e estaduais, a marcação de dia para o novo pleito cabe ao TribunalRegional Eleitoral, que deverá tomar todas as providências administrativas.

(TSE, RESP nº 19.649, Ac. nº 19.649, de 16.5.2002, Rel. Min. Fernando Neves)

GESTOT 2002. Sistema de totalização. Cargos proporcionais. Distribuição. Cálculos. Processamento.

1. Na hipótese de uma coligação ou partido obter votos suficientes para assegurar pelo menos umavaga e o seu único candidato (que possua ou não votos) não puder receber essa vaga em decorrência demorte ou renúncia, a vaga em questão deverá ser redistribuída a outros partidos ou coligações que tenhamatingido quociente eleitoral.

2. No caso de uma coligação ou partido obter uma quantidade de vagas maior que a quantidade decandidatos votados, as vagas em questão deverão ser atribuídas a candidatos sem votação do partido oucoligação.

(TSE, PA nº 18.721, Res. nº 20.945, de 4.12.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Urna eletrônica. Defeito. Substituição. Apuração. Sistema de voto cantado. Nova funcionalidade. Não-implementação. Voto tradicional. Adoção.

1. Não-implementação de nova funcionalidade no sistema de voto cantado, a fim de que não sejapermitida a entrada de mais de um resultado de urna eletrônica para uma única seção.

2. A seção que tenha iniciado a votação informatizada, na hipótese de defeito da urna eletrônica e deimpossibilidade de sua substituição, deverá passar para a votação tradicional até o seu encerramento, salvose for possível que a primeira urna volte a ser usada.

(TSE, PA nº 18691, Res. nº 20.944, de 4.12.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

GESTOT 2002. Sistema de totalização. Urnas anuladas e apuradas em separado. Resultados.Procedimentos. Implementação.

1. O critério a ser adotado pela junta apuradora, em casos de urnas anuladas e apuradas emseparado, deve ser aquele estabelecido pela Resolução TSE nº 20.719/00, não devendo ser totalizados taisvotos, mas ter registrada a situação peculiar das referidas urnas.

2. O registro dessa espécie de votação deverá ser tratado pelo sistema e incluído no relatório dacomissão apuradora, devendo ser especificado que se trata de urnas anuladas e apuradas em separado.

3. Os votantes destas seções deverão ser apresentados especificamente como total de votantes deurnas anuladas e apuradas em separado, a fim de permitir uma maior visualização da situação dessasurnas.

(TSE, PA nº 18.720, Res. nº 20.939, de 27.11.2001, Rel. Min. Fernando Neves)

Direito eleitoral. Urna eletrônica. Irregularidades. Auditoria. Verificação de sistema de votação.Impossibilidade após ultrapassado o período próprio. Requerimento indeferido.

I. Não há como acolher-se denúncia de irregularidades no sistema de captação eletrônica de votosquando desprovida de evidência concreta.

II. Intempestivo mostra-se o pedido de auditoria no sistema eletrônico de votação após o prazo para

Votação / Apuração

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recurso contra o sistema de computador estabelecido no calendário eleitoral.

(TSE, PET nº 1.021, Res. nº 20.937, de 27.11.2001, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira)

Urnas anuladas e apuradas em separado - Votos - Totalização: Impossibilidade - Computação -Recurso de ofício - Art. 165, § 3º do Código Eleitoral - Situação da urna que deve ser registrada no campopróprio.

1. Os votos das urnas anuladas e apuradas em separado não devem ser totalizados, cabendo à juntaapuradora registrar a situação de urna anulada no campo próprio, não computando os votos nela contidosantes do julgamento, pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral, do recurso de ofício previsto no art. 165, §3º do Código Eleitoral.

(TSE, Proc. nº 49, Res. nº 20.719, de 12.9.2000, Rel. Min. Fernando Neves)

Consulta. Votação. Apuração. Fiscais e delegados de partidos e coligações. Distância. Mesaapuradora.

Os delegados de partido ou coligação deverão posicionar-se a uma distância não superior a ummetro da turma apuradora durante a contagem da urna, seja ela eletrônica ou comum.

(TSE, Cons. nº 603, Res. nº 20.630, de 23.5.2000, Rel. Min. Maurício Corrêa)

Consulta. Eleitor que tem o título mas não consta da folha de votação. Impossibilidade do voto emseparado. Pedido indeferido.

(TSE, Cons. nº 459, Res. nº 20.255, de 26.6.98, Rel. Min. Eduardo Alckmin)

Consulta. TRE/AL. Sistema eletrônico de votação. Impugnação à identidade do eleitor.Impossibilidade de recurso ao TRE.

I - Havendo impugnação quanto à identidade do eleitor, esta será apreciada pelo Presidente da Mesa.Persistindo a dúvida ou mantida a impugnação, será convocado o Juiz Eleitoral para sobre ela decidir, nãocabendo recurso para o Tribunal Regional.

(TSE, Cons. nº 266, Res. nº 19.678, de 12.8.96, Rel. Min. Eduardo Alckmin)