Pontifícia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP Karin Patricia Oliveira Formação continuada de professores da pré-escola da Rede Municipal de São Paulo: um estudo sobre a autonomia e heteronomia Mestrado em Educação: História, Política, Sociedade. São Paulo - SP 2020

Karin Patricia Oliveira

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Page 1: Karin Patricia Oliveira

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

PUC-SP

Karin Patricia Oliveira

Formação continuada de professores da pré-escola da Rede Municipal de São Paulo: um

estudo sobre a autonomia e heteronomia

Mestrado em Educação: História, Política, Sociedade.

São Paulo - SP 2020

Page 2: Karin Patricia Oliveira

Karin Patricia Oliveira

Formação continuada de professores da pré-escola da Rede Municipal de São Paulo: um

estudo sobre a autonomia e heteronomia

Mestrado em Educação: História, Política, Sociedade

Dissertação apresentada à Banca Examinadora da

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como

exigência parcial para a obtenção do título de

MESTRE em Estudos Pós-Graduados em Educação:

História, Política, Sociedade, sob a orientação do

Prof. Dr. Odair Sass.

São Paulo - SP 2020

Page 3: Karin Patricia Oliveira

BANCA EXAMINADORA

____________________________________

____________________________________

_____________________________________

Page 4: Karin Patricia Oliveira

O presente trabalho foi realizado com apoio da

CAPES.

[Código de Financiamento 88887.199053/2018-00]

This study was financed with support from CAPES

(Brazil).

[Finance Code 88887.199053/2018-00]

Page 5: Karin Patricia Oliveira

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, por quem tenho o mais profundo respeito e admiração, Professor

Dr. Odair Sass, que conduziu as orientações com rigor, seriedade, respeito; e esteve sempre à

disposição para os esclarecimentos necessários à pesquisa. É imensurável o orgulho que sinto

por tê-lo como meu orientador.

Às professoras doutoras Ana Paula Ferreira da Silva e Renata Provetti Weffort

Almeida, que compuseram a banca do exame de qualificação e contribuíram,

significativamente, para os rumos desta pesquisa.

Aos professores do programa em Educação: História, Política e Sociedade pelas

valiosas contribuições durante as aulas das disciplinas.

À querida Betinha, pela paciência, carinho e disponibilidade em nos ajudar durante

essa árdua jornada!

Aos amigos do mestrado, especialmente ao Gerson, que compartilhou comigo os

anseios e angústias de uma experiência tão desafiadora.

Aos meus pais Vanda e Nicival, que sempre acreditaram no meu potencial para os

estudos e que em todos os momentos me acolheram e incentivaram.

À Érika Haydn, minha companheira de todas as horas e principal incentivadora, que

esteve ao meu lado quando tomei a decisão de ingressar no mestrado.

Aos meus filhos, Rafael e Renan, por existirem em minha vida.

Aos meus irmãos queridos, que sempre respeitaram minhas decisões e dedicação aos

estudos.

À Amanda Amaro, por dedicar um tempo na tradução para o Abstract.

Às amigas da supervisão da DRE Itaquera, que me apoiaram e incentivaram durante esse

período.

Às gestoras da escola municipal de educação infantil pesquisada, que, gentilmente,

permitiram minha entrada e me acolheram prontamente.

Page 6: Karin Patricia Oliveira

A todos aqueles que defendem uma educação pública de qualidade, capaz de proporcionar às crianças, aos jovens e adultos um mundo melhor, sem miséria e opressão!

.

Page 7: Karin Patricia Oliveira

20 de maio de 1958 Como é horrível ver um filho comer e perguntar:

“Tem mais?” Esta palavra “tem mais” fica oscilando dentro do cérebro De uma mãe que olha as panelas e não tem mais.

... Quando um político diz nos seus discursos que está ao lado do povo, que visa incluir-se na política para melhorar as nossas condições de vida

Pedindo nosso voto prometendo congelar os preços, Já está ciente que abordando este grave problema ele vence nas urnas.

Depois divorcia-se do povo. Olha o povo com olhos semicerrados.

Com um orgulho que fere a nossa sensibilidade. - Quando cheguei do palácio que é a cidade os meus filhos vieram dizer-me

Que haviam encontrado macarrão no lixo. E a comida era pouca, eu fiz um pouco do macarrão com feijão.

E o meu filho João José disse-me - Pois é. A senhora disse-me que não ia mais comer as coisas do lixo.

Foi a primeira vez que vi a minha palavra falhar. Eu disse: - É que eu tinha fé no Kubistchek.

- A senhora tinha fé e agora não tem mais? - Não, meu filho. A democracia está perdendo seus adeptos.

No nosso país tudo está enfraquecendo. O dinheiro é fraco. A democracia é fraca e os políticos fraquíssimos.

E tudo que está fraco, morre um dia. ... Os políticos sabem que eu sou poetisa.

E que o poeta enfrenta a morte Quando vê o seu povo oprimido.

Carolina Maria de Jesus

Quarto de Despejo – Diário de uma favelada

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OLIVEIRA, Karin Patricia. Formação continuada de professores da pré-escola da rede municipal de São Paulo: um estudo sobre a autonomia e heteronomia. Dissertação (Mestrado em Educação: História, Política, Sociedade), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2020.

Resumo O presente estudo tem como objetivo investigar a formação continuada dos professores da Rede Municipal de Educação de São Paulo – mais especificamente, os da pré-escola que atendem crianças na faixa etária entre quatro e cinco anos de idade – em relação à autonomia e heteronomia, como esfera importante da formação. Adotou-se como referencial teórico os autores da teoria crítica da sociedade, entre eles, Theodor W. Adorno, Max Horkheimer e Herbert Marcuse, tendo como base os conceitos de formação cultural, pseudoformação, autonomia e adaptação. O método privilegiou a análise de conteúdo dos principais documentos oficiais do município de São Paulo, publicados pela Secretaria Municipal de Educação, entre os anos de 2013 a 2018, utilizados nos horários formativos, como subsídio para o aprimoramento e desenvolvimento profissional dos professores. As fontes primárias da pesquisa são: a) documentos oficiais, a saber: Orientação Normativa nº 01/2013: Avaliação na Educação Infantil – Aprimorando os olhares (2014), Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015), Revisitar, Ressignificar, Avaliar e Replanejar (2016) e Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana – Dimensão 8 (2016); e b) os registros elaborados pelos professores, denominados: Projeto Especial de Ação (PEA), Plano de Ação dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana, Análise Coletiva de Registros e o Projeto Político Pedagógico. Os resultados indicam a prevalência dos processos heterônomos na formação continuada dos professores, legitimando a pseudoformação. Os estudos dos documentos oficiais, no período de 2013 a 2018, mantêm permanências quanto à concepção de criança, educador, objetivos e formação docente. No que se refere à inclusão das permanências ou modificações nos documentos elaborados pelos professores, notou-se oscilação indicadora do pouco uso dos documentos oficiais da Secretaria de Educação de São Paulo, fontes desta pesquisa, acompanhada da recorrência mais frequente dos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI, 1998) e das Orientações Curriculares: expectativas de aprendizagem e orientações didáticas (2007). Com isso, conclui-se que os documentos não incidiram na formação dos professores, com vistas à formação para a autonomia. Os registros dos professores expressam os conceitos mediante transcrições literais dos documentos – um indicador da fragilidade das indispensáveis manifestações de crítica e resistência, necessárias à formação política e autônoma.

Palavras-chave: Educação Infantil, formação continuada, pseudoformação, autonomia e adaptação.

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OLIVEIRA, Karin Patricia. Continuing education of teachers of the pre-school of the Municipal Network of São Paulo a study on autonomy and heteronomy. Dissertation (Master´s degree in Education: History, Politics, Society), Pontifical Catholic University of São Paulo, São Paulo, 2020. Abstract The present study aims to investigate the continuing education of teachers of the Municipal Education Network of São Paulo - more specifically, preschoolers who attend children between the ages of four and five years old - in relation to heterogeneity and time, as important sphere of training. The authors of the critical theory of society were adopted as a theoretical reference, including Theodor W. Adorno, Max Horkheimer and Herbert Marcuse, based on the concepts of cultural formation, pseudoformation, autonomy and adaptation. The method privileged the content analysis of the main official documents of the municipality of São Paulo, published by the Municipal Department of Education, between the years 2013 to 2018, used in formation hours, as a subsidy for the improvement and professional development of teachers. The primary sources of the research are: a) official documents, namely: Normative Guideline nº 01/2013: Evaluation in Early Childhood Education - Improving the eyes (2014), Integrating Curriculum of Childhood Paulistana (2015), Revisiting, Resignifying, Evaluating and Replanning (2016) and Quality Indicators of Early Childhood Education in São Paulo - Dimension 8 (2016); and b) the records prepared by the teachers denominated: Special Action Project (PEA), Action Plan for the Quality Indicators of Early Childhood Education in São Paulo, Collective Analysis of Records and the Political Pedagogical Project. The results indicate that heteronomous processes in the continuing education of teachers prevail, legitimizing pseudoformation. The studies of official documents, in the period from 2013 to 2018, maintain permanence regarding the conception of children, educators, objectives and teacher training. With regard to the inclusion of permanences or modifications in the documents prepared by the teachers, there was an oscillation indicating the little use of the official documents of the São Paulo Secretary of Education, sources of this research, accompanied by the more frequent recurrence of the National Curriculum References for the Early Childhood Education (RCNEI, 1998) and Curricular Guidelines: learning expectations and didactic guidelines (2007). Thus, it is concluded that the documents do not affect the training of teachers, with a view to training for autonomy. The teachers' records express the concepts through literal transcriptions of the documents, an indicator of the fragility of the essential expressions of criticism and resistance necessary for political and autonomous formation.

Keywords: Early childhood education, continuing education, pseudoformation, autonomy and adaptation.

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SUMÁRIO

Introdução ............................................................................................................................................ 10

Capítulo 1. As pesquisas sobre educação infantil e a formação continuada ......................................... 17 1.1. A escola e as possibilidades de resistência à pseudoformação .......................................... 33 1.2. Desbarbarizar a educação. Um caminho possível? ........................................................... 41 1.3. A educação infantil e a formação para a autonomia ......................................................... 49

Capítulo 2. Formação continuada dos professores e a criança, segundo os documentos oficiais e os registros dos professores ..................................................................................................................... 56

2.1. Problema de pesquisa, objetivos e hipóteses .................................................................... 56 2.2. Hipóteses ......................................................................................................................... 57 2.3. Método ............................................................................................................................ 58 2.3.1. Critérios para a escolha da escola ................................................................................. 61 2.3.2. Caracterização da unidade escolar em que a pesquisa foi realizada .............................. 62

2.4. Definição das categorias de análise .............................................................................................. 62 2.4.1. Permanências e modificações ....................................................................................... 63

2.4.2. Tipos de registros .......................................................................................................... 64

2.4.3. Resistência e adaptação ................................................................................................ 65

2.4.4. Autonomia e heteronomia ............................................................................................. 65

2.5. Instrumentos de coleta de dados ................................................................................................... 65 2.5.1. Protocolos de leitura ..................................................................................................... 66

2.6. Coleta de dados ............................................................................................................................ 69

3. Apresentação e discussão dos resultados ......................................................................................... 71 3.1. Permanências e modificações: o que expressam os documentos oficiais e os documentos

elaborados pelos professores ............................................................................................................... 72 3.1.2. Tipos de registros: o que revelam os registros elaborados durante a formação

continuada ......................................................................................................................................... 113 3.1.3. Resistência e adaptação: os indícios durante a formação continuada .......................... 125

3.1.4. Autonomia e heteronomia: dificuldades e possibilidades presentes nos processos formativos ......................................................................................................................................... 129

Considerações finais .......................................................................................................................... 138

Referências ........................................................................................................................................ 145

Anexos .............................................................................................................................................. 150 Anexo 1 – Ficha técnica dos documentos oficiais publicados pela Secretaria Municipal de Educação – SME (2013-2018). Anexo 2 – Publicações da Rede Municipal de Educação de São Paulo: Publicações no período compreendido entre 2013 a 2018; Publicações em parceria com outras instituições (2017-2018). Anexo 3 – Protocolos de leitura: Documentos Oficiais e Registros elaborados por professores e coordenador pedagógico. Anexo 4 – Utilização do termo educador e professor nos documentos oficiais da Rede Municipal de Educação. Anexo 5 – Revisão bibliográfica sobre o tema pesquisado. Anexo 6 – Sistematização dos tipos de registros elaborados pelos professores durante o PEA.

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LISTA DE SIGLAS

BNCC – Base Nacional Comum Curricular CNE – Conselho Nacional de Educação CEIs – Centros de Educação Infantil DCNEI – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil DIPED – Divisão Pedagógica DRE – Diretoria Regional de Educação EHPS – Educação, História, Política e Sociedade EMEI – Escola Municipal de Educação Infantil EMEF – Escola Municipal de Ensino Fundamental JB – Jornada Básica JBD – Jornada Básica Docente JEIF – Jornada Especial Integral de Formação LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional RME – Rede Municipal de Ensino PEA – Projeto Especial de Ação PMSP – Prefeitura Municipal de São Paulo PPP – Projeto Político Pedagógico PUC-SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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LISTA DE TABELAS E QUADROS Tabela 1. Pesquisas segundo a palavra-chave educação infantil ............................................. 17

Tabela 2. Pesquisas segundo a intersecção de palavras-chave........................... ...................... 18

Tabela 3. Teses e dissertações selecionadas de acordo com os descritores ............................ 20

Quadro 1. Permanência do coordenador pedagógico na unidade escolar ............................... 75

Quadro 2. Documentos oficiais que subsidiaram a elaboração do planejamento do professor

.................................................................................................................................................. 82

Quadro 3. Apresentação dos dados referentes às reuniões de análise coletiva de registros .... 85

Quadro 4. Utilização dos documentos oficiais na elaboração do PPP .................................... 88

Quadro 5. Conceito de criança expresso no PPP ..................................................................... 90

Tabela 4. Frequência no uso dos termos educadores (as), professores (as) e educadores da

infância .................................................................................................................................... 93

Quadro 6. Conceito de educador expresso no PPP ................................................................ 105

Quadro 7. Plano de formação do horário coletivo dos professores ....................................... 107

Quadro 8. Fontes utilizadas na elaboração do PEA ............................................................... 109

Quadro 9. Apresentação dos objetivos do PEA ..................................................................... 110

Tabela 5. Frequência dos documentos oficiais utilizados no PEA ........................................ 113

Tabela 6. Proporção dos documentos oficiais utilizados no PEA ......................................... 115

Tabela 7. Frequência das fontes diversas utilizadas no PEA. ................................................ 116

Tabela 8. Apresentação das proporções totais entre documentos oficiais e fontes diversas . 116

Tabela 9. Frequência e proporção dos tipos de registros elaborados pelos professores ........ 118

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Introdução

O phatos da escola hoje, a sua seriedade hoje, está em que, no âmbito do existente, somente ela pode apontar para a desbarbarização da humanidade, na medida em que se conscientiza disso.

Theodor W. Adorno

O presente estudo investigou a formação continuada dos professores de uma pré-

escola da Rede Municipal de Educação de São Paulo, em relação à autonomia e heteronomia;

um dos principais objetivos é a implementação das políticas educacionais, que se dá por meio

dos documentos oficiais publicados pela Secretaria Municipal de Educação (SME). Isto posto,

a análise dos documentos oficiais, juntamente com aqueles elaborados pelos próprios

professores, em horários de formação, permitiu atingir os objetivos da pesquisa, especificados

à frente.

Entende-se por formação continuada1 os momentos formativos pautados em discussão,

reflexão e debates, destinados aos professores, durante o horário de trabalho, que tem como

propósito contribuir para o avanço e desenvolvimento profissional, tendo como referência

para esses estudos, documentos publicados pela Secretaria Municipal de Educação de São

Paulo, dentre eles: Orientação Normativa nº 01/2013: Avaliação na Educação Infantil –

Aprimorando os olhares (2014), Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015), Revisitar,

Ressignificar, Avaliar e Replanejar (2016) e Indicadores de Qualidade da Educação Infantil

Paulistana – Dimensão 8 (2016).

Pensar a formação continuada de professores requer considerar uma questão

importante relativa às reais condições em que a formação se objetiva. É oportuno ressaltar

alguns pontos, tais como, por exemplo, os cursos oferecidos em nível médio ou superior –

palestras, seminários, videoconferências, congressos e formação a distância – da forma como

1 De acordo com Gatti (2008, p. 57): “(...) as discussões sobre o conceito de educação continuada nos estudos educacionais não ajudam a precisar o conceito, e talvez isso não seja mesmo importante, aberto que fica ao curso da história. Apenas sinalizamos que, nesses estudos, ora se restringe o significado da expressão aos limites de cursos estruturados e formalizados oferecidos após a graduação, ou após ingresso no exercício do magistério, ora ele é tomado de modo amplo e genérico, como compreendendo qualquer tipo de atividade que venha a contribuir para o desempenho profissional – horas de trabalho coletivo na escola, reuniões pedagógicas, trocas cotidianas com os pares, participação na gestão escolar, congressos, seminários, cursos de diversas naturezas e formatos, oferecidos pelas Secretarias de Educação ou outras instituições para pessoal em exercício nos sistemas de ensino, relações profissionais virtuais, processos diversos a distância (vídeo ou teleconferências, cursos via internet etc.), grupos de sensibilização profissional, enfim, tudo que possa oferecer ocasião de informação, reflexão, discussão e trocas que favoreçam o aprimoramento profissional, em qualquer de seus ângulos, em qualquer situação. Uma vastidão de possibilidades dentro do rótulo de educação continuada”.

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são oferecidos obscurecem o aperfeiçoamento e aprofundamento teórico dos professores com

vistas à apropriação do conhecimento. Pode-se dizer que, para além do caráter compensatório,

nos dias atuais, a formação atende à lógica da troca, pois, cada vez mais, há um investimento,

sustentado até mesmo pela própria Secretaria de Educação e pelas grandes editoras, em

oferecer aos professores “atrativos” para a participação nos eventos formativos, o que torna a

formação meramente instrumental. Shows, informes publicitários, pacotes de cursos, entre

outros, ocupam os espaços destinados à formação e, claramente, assumem um papel de

destaque nesse grande mercado do capital.

Diante das contradições existentes, torna-se importante analisar de que maneira a

formação continuada possibilita aos professores condições para o desenvolvimento

profissional e a consequente implementação de políticas educacionais, que visam subsidiar as

ações e práticas pedagógicas no interior dos espaços escolares.

Assim, por um lado, espera-se que a formação continuada cumpra a finalidade de

promover o desenvolvimento profissional, com o objetivo de viabilizar uma formação crítica,

ampliando o repertório cultural dos professores ao longo de sua carreira, e, por outro, superar

a lógica mercantilista que se sobrepõe aos reais objetivos da educação. A formação crítica

somente será efetivada se a formação continuada prover meios para que os professores

reflitam sobre o papel que assumem na formação das crianças, superando a função de meros

executores de propostas enviesadas, com ações de treinamento e instrumentalização de

práticas, mas, ao contrário, se constituam como profissionais responsáveis e comprometidos

com a luta pela transformação social, objetivada mediante o diálogo, a discussão, a

conscientização e o posicionamento político quanto às questões sociais, políticas e

econômicas que permeiam a sociedade.

Sabe-se que a tendência do mercado capitalista incide nas escolas e,

consequentemente, na formação continuada; logo, promover uma educação crítica e autônoma

aos professores e às crianças, nem sempre é possível, entretanto, faz-se necessário pensar em

mecanismos para que as discussões e reflexões, no âmbito educacional, estejam cada vez mais

afastadas da mercantilização e subordinação do capital.

Em meio às questões apresentadas, a vontade de pesquisar sobre a formação

continuada dos professores das pré-escolas municipais, ocorreu em virtude de minha atuação

profissional na Rede Municipal de Ensino de São Paulo. Ao iniciar minha carreira como

professora, em uma pré-escola do município de São Paulo, no ano de 2008, deparei-me com

uma série de documentos que tinham como objetivo subsidiar e possibilitar reflexões sobre a

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prática pedagógica, os quais eram estudados nos momentos de formação continuada. Como

professora percebia a importância dos momentos formativos para que o grupo pudesse

discutir, junto da coordenadora pedagógica, os princípios e diretrizes dos documentos oficiais,

publicados pela Secretaria Municipal de Educação, sobretudo no que dizia respeito às dúvidas

quanto à elaboração de planejamento, proposta pedagógica, formas de avaliação, entre outras

questões.

Em 2011, ao assumir o cargo de coordenador pedagógico2, organizava e sistematizava

os encontros formativos, tais como as reuniões pedagógicas bimestrais, análises coletivas de

registros semestrais, autoavaliação da unidade, o projeto especial de ação, entre outros. Todos

esses encontros eram organizados, tendo como referência as publicações da Rede Municipal

de Ensino, com o objetivo de suscitar no grupo de professores problematizações e reflexões

concernentes à efetivação do trabalho pedagógico proposto pela escola.

Desde que assumi o cargo de supervisor escolar3, em 2018, tenho acompanhado o

movimento de reforma curricular na Rede Municipal de Ensino do município de São Paulo,

que propõe a implementação de um novo currículo para a educação infantil, denominado

“Currículo da Cidade: Educação Infantil”. Em meio às decorrentes mudanças políticas e

educacionais, nota-se nas falas de alguns professores, as incertezas e dúvidas quanto às

propostas contidas nos novos documentos e os rumos para o processo formativo durante os

encontros de formação continuada.

Ao ingressar no mestrado, tinha como intenção estudar o documento Base Nacional

Comum Curricular (BNCC) – Educação Infantil, aprovado em dezembro de 2017, pelo

Conselho Nacional de Educação (CNE), após sofrer algumas mudanças. Contudo, essa

proposta não foi adiante, visto que, fui levada a pensar como procederia com algo tão novo e

que sequer havia chegado às escolas públicas. Como analisar um documento que seria ainda

implementado? Então, precisei redirecionar minhas intenções e algumas sugestões surgiram

ao longo do percurso como, por exemplo, pensar nas políticas educacionais, nas

aprendizagens das crianças, enfim, abriu-se um leque de possibilidades.

2 Na presente pesquisa adotou-se o uso da palavra coordenador pedagógico no masculino, pois refere-se ao cargo

do quadro dos profissionais da educação, segundo a Lei 14.660/2007, que reorganiza o quadro dos profissionais de educação, com as respectivas carreiras, criado pela Lei nº 11. 434, de 1993, e consolida o estatuto dos profissionais da educação municipal. 3 Na presente pesquisa adotou-se o uso da palavra supervisor escolar no masculino, pois refere-se ao cargo do quadro dos profissionais da educação, segundo a Lei 14.660/2007, que reorganiza o quadro dos profissionais de educação, com as respectivas carreiras, criado pela Lei nº 11. 434, de 1993, e consolida o estatuto dos profissionais da educação municipal.

Page 16: Karin Patricia Oliveira

13

Ao relembrar minha carreira na rede pública e trazer à tona os anseios e

questionamentos que tinha em relação à educação pública infantil, delineei um novo rumo à

pesquisa. Após orientações, com o objetivo de delimitar o tema e o objeto de estudo,

recuperei minha formação como professora e tentei trazer ao cerne desta pesquisa alguns

documentos oficiais, publicados pela Secretaria Municipal de Educação do município de São

Paulo.

Em face da nova linha a seguir, pensei em quais fontes poderiam ser apropriadas para

a presente pesquisa. Recorri, então, aos documentos da Rede Municipal de Educação de São

Paulo, publicados no período de 2013 a 2018, elencando para análise documental os seguintes

documentos: Orientação Normativa nº 01/2013 – Avaliação na Educação Infantil:

Aprimorando os olhares (2014), Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015), Revisitar,

Ressignificar, Avaliar, Replanejar (2016), e Indicadores de Qualidade da Educação Infantil

Paulistana (2016), uma vez que os referidos documentos haviam sido pouco explorados nas

pesquisas acadêmicas, conforme dados apresentados na revisão bibliográfica sobre o tema em

questão.

Dessa forma, procedeu-se à seleção do material de pesquisa e as fontes, identificadas

a seguir:

1) documentos publicados pela Secretaria Municipal de Educação, no período de

20134 a 2018. A definição do período de 2013 a 2018 justifica-se pelo fato de que a

implementação dos documentos ocorreu em duas gestões municipais distintas: em 2013

iniciou-se a proposta de implementação do programa de reorientação curricular na rede de

São Paulo, durante a gestão do prefeito Fernando Haddad; no período de 2017 a 2018, na

gestão do então prefeito João Dória, os documentos publicados anteriormente continuaram a

subsidiar a formação dos professores nos momentos coletivos, com exceção do documento

Revisitar, Ressignificar, Avaliar, Replanejar com a escola (2016). Tal afirmação confirma-se

com a publicação de legislação5, que fixa diretrizes para organização e elaboração do

calendário de atividades das escolas municipais da Rede Municipal de Ensino;

2) registros elaborados pelos professores de uma escola municipal de educação

infantil – EMEI, durante os momentos de formação continuada, ao longo do ano letivo de

2013 a 2018.

4 Decreto nº 54.452, de 10/10/2013: Institui, na Secretaria Municipal de Educação, o Programa de Reorganização

Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino – Mais Educação São Paulo. 5 Portaria nº 6.897, de 26/10/2015; Portaria nº 7.775, de 25/11/2016; Portaria nº 9.198, de 14/12/2017.

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14

A educação infantil no Brasil, desde a promulgação da LDBEN (lei nº 9.394/96), em

1996, sofreu alterações importantes. Desde então, as escolas de educação infantil de todo o

país, e que atendiam crianças entre os zero e cinco anos de idade, precisaram adequar suas

propostas pedagógicas às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil –

DCNEI; além de que, precisaram potencializar os investimentos na formação dos professores

dessa etapa de ensino. As crianças, antes vistas como objeto de tutela, passam a ser

reconhecidas como sujeitos de direito e, ao frequentarem os CEIs e as EMEIs, têm

possibilidades – desde que estimuladas por experiências significativas – de desenvolverem-se

em seus aspectos físico, intelectual, social, emocional, afetivo, enfim, na sua integralidade.

Nota-se, então, desde a Constituição Federal de 1988 e a promulgação da LDBEN,

avanços quanto ao reconhecimento dos bebês e crianças como sujeitos capazes, produtores de

cultura, participativos e protagonistas de suas ações. Com base nessa compreensão, entende-

se que os municípios intensificam o processo de formação continuada dos professores para o

atendimento às novas demandas. Estas, associadas aos avanços obtidos no campo da educação

infantil, uma vez que, as pesquisas acadêmicas e os estudos destinados à infância

comprovaram a criança como sujeito potente e criador de experiências, à medida que

conhecem o mundo de objetos e pessoas ao longo do seu processo educativo.

Nessa medida, considera-se importante que os professores dessa etapa da educação

básica6, superem práticas pautadas na pedagogia tradicional de ensino, e fomentem uma

formação autônoma das crianças, com base na participação e autoria, frente aos processos

educativos. Desde então, nota-se um grande desafio na organização do trabalho pedagógico

nas pré-escolas, pois, em princípio, as crianças passam a ser o centro do processo educativo.

Ao iniciar esta pesquisa, especificou-se como objetivo a análise dos documentos

oficiais publicados pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, bem como os

documentos elaborados pelos professores de duas pré-escolas do município de São Paulo.

Um dos critérios adotados foi a escolha de unidades escolares pertencentes à

Diretorias Regionais de Educação (DREs) distintas que, embora recebam orientações do

mesmo órgão central, possuem autonomia na elaboração do projeto político pedagógico.

Destaque-se que a organização do trabalho das diretorias regionais e a indicação dos

6 Educação Infantil, desde a promulgação da LDBN nº 9394/96, passa a ser considerada primeira etapa da educação básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Nessa etapa da educação básica não há terminalidade de ensino, tão pouco caráter propedêutico. Espera-se que as crianças, nesta etapa, realizem experiências ricas e significativas por meio das diferentes linguagens, sem deixarem de viver a infância.

Page 18: Karin Patricia Oliveira

15

profissionais que compõe os núcleos de formação, em âmbito de DRE, são de

responsabilidade do diretor regional de educação7.

Analisar os documentos elaborados pelos professores durante o projeto especial de

ação, as reuniões de análise coletiva de registros, os indicadores de qualidade da educação

infantil paulistana, bem como os documentos publicados pela Secretaria Municipal de

Educação, possibilitou responder aos questionamentos da presente pesquisa, sobretudo, no

que diz respeito aos registros realizados nos momentos de formação, condição necessária para

uma análise crítica dos processos sociais que ocorrem nas instituições de ensino.

Além desta introdução a exposição da pesquisa está distribuída em dois capítulos,

seguidos das considerações finais.

No Capítulo 1, com o objetivo de caracterizar o que tem sido estudado sobre o tema,

apresenta-se uma revisão bibliográfica das pesquisas realizadas em âmbito nacional, em um

item específico do capítulo. Na exposição apresenta-se os conceitos da teoria crítica da

sociedade, que serviram como base para a análise dos dados.

Tendo em vista os avanços obtidos na educação infantil brasileira e a necessidade de

aprofundar os estudos na formação dos professores, definiu-se como tema desta pesquisa, a

formação continuada dos professores da pré-escola do município de São Paulo. Como objeto

de estudo delimitou-se: a autonomia e heteronomia do professor como esfera importante da

formação continuada.

Pensar a formação dos professores, nos dias atuais, requer a devida atenção, pois,

como mostram os estudos da teoria crítica, a formação cultural transformou-se em

pseudoformação socializada, a onipresença do espírito alienado. Dito de outra maneira, a

pseudoformação modifica a forma de percepção do sujeito em relação à realidade, à cultura, o

que, de certa forma, contribui para a reificação da sua consciência. Se a luta e a resistência se

silenciarem, prevalecerá a razão tecnológica, cujo domínio sobre as coisas se sobrepõe ao

próprio ser humano, que perde sua capacidade crítica, criativa, reflexiva e solidária, levando-o

ao mero ajustamento do sistema social vigente e à consequente alienação na sociedade

administrada.

7 Diretor Regional de Educação é um cargo assumido por profissional do quadro de magistério e indicado pelo governo. A cada eleição inicia-se a escolha de novo diretor regional, que assume a responsabilidade de implementar as políticas educacionais vigentes, bem como acompanhar o trabalho realizado pelas Unidades Educacionais da rede direta e rede parceira.

Page 19: Karin Patricia Oliveira

16

Como referencial teórico foram adotados, principalmente, os conceitos de

pseudoformação e formação cultural; autonomia e heteronomia, elaborados pelos autores da

teoria crítica da sociedade.

No Capítulo 2, apresenta-se a coleta de dados desta pesquisa, realizada em dois

momentos: no primeiro, buscou-se descrever os documentos oficiais publicados pela

Secretaria Municipal de Educação, no período compreendido de 2013 a 2018; e, no segundo,

a visita in lócus na escola para coletar as informações dos documentos redigidos pelos

professores, o que durou cerca de um mês e meio. Para organizar a coleta das informações,

foram elaborados os protocolos de leitura (disponíveis no Anexo 3), cujos excertos extraídos,

pautaram-se nos seguintes indicadores: a) conceitos que envolvem a formação docente e perfil

dos educadores (ficha 1); b) organização do trabalho pedagógico e objetivos do documento; e

c) concepção de criança e infância (ficha 2).

Para cada documento pesquisado elaborou-se uma ficha específica, a saber: Projeto

Especial de Ação – PEA, Projeto Político Pedagógico – PPP, Análise Coletiva de Registros,

Plano de Ação dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana e Plano de

Trabalho dos Professores, conforme as fichas 3, 4, 5, 6 e 7 (Anexo 3).

Finalmente, no último tópico são apresentados, analisados e discutidos os resultados

obtidos na pesquisa. A fim de organizar esse tópico, os dados coletados foram distribuídos em

quatro categorias, assim definidas: a) modificações e permanências; b) tipos de registro; c)

resistência e adaptação; d) autonomia e heteronomia. Antecipe-se que essas categorias foram

elaboradas conforme os objetivos da pesquisa, a fim de identificar se a formação continuada

possibilita uma formação que visa o princípio da autonomia dos professores em suas

atividades, de tal modo que – no exercício de sua função – tenham condições de discutir a

autonomia das crianças, sobretudo no que se refere à efetivação de experiências formativas

autônomas.

Page 20: Karin Patricia Oliveira

17

Capítulo 1. As pesquisas sobre educação infantil e a formação continuada

No capitalismo tardio, a preservação das condições objetivas da experiência formativa no contato com o outro e na abertura à história – ao modo de um trabalho social alternativo – é a única possibilidade de evitar a repetição de Auschwitz.

Wolfgang Leo Maar

O levantamento bibliográfico aqui apresentado discute a importância da formação dos

professores da educação brasileira, em especial, aqueles que atuam na educação infantil do

município de São Paulo. É importante insistir que a formação de professores torna-se

imprescindível para que se possa avançar, cada vez mais, na formação da infância brasileira.

Com o objetivo de caracterizar o que foi estudado sobre o assunto, e delimitar o tema

da pesquisa, foi realizado levantamento bibliográfico das produções acadêmicas em nível de

mestrado e doutorado. Assim, utilizou-se dois bancos de dados para a busca, com as seguintes

palavras-chave: educação infantil, análise de documentos e formação de professores.

Em consulta aos bancos de dados Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação

de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Biblioteca Digital de Teses e

Dissertações (BDTD) verificou-se que o campo da educação infantil tem sido bastante

pesquisado, como comprovado na Tabela 1:

Tabela 1. Pesquisas segundo a palavra-chave educação infantil:

Banco de dados Pesquisas encontradas Catálogo de teses e dissertações – CAPES 173.791

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – BDTD 5.318

Total 179.109

Fonte: Elaborada com base no Catálogo de Teses e Dissertações – CAPES. Disponível em: https://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-tese/#!/ e http://bdtd.ibict.br/vufind/. Acesso em 26/07/ 2019.

A Tabela 1 apresenta o resultado das produções acadêmicas, entre dissertações e teses,

realizadas em todo território nacional, nas diferentes áreas do conhecimento. Cumpre

mencionar que, embora o tema da educação infantil seja amplamente pesquisado em

diferentes universidades do Brasil, as pesquisas selecionadas para este estudo, em sua maioria,

são resultantes da Pontifícia Universidade Católica – SP, cujo período abrangido compreende

os anos de 2006 a 2019. O período que antecede o recorte histórico desta pesquisa foi

selecionado em virtude de algumas buscas apresentarem resultados de pesquisa na linha da

teoria crítica da sociedade. A busca pelas pesquisas contemplou também o ano de 2019, visto

Page 21: Karin Patricia Oliveira

18

que algumas produções iniciadas em 2018 foram concluídas posteriormente. Dentre as

pesquisas selecionadas, destaca-se apenas uma, produzida na Universidade Estadual de

Londrina.

Como expresso na Tabela 1, os dados obtidos ao utilizar a palavra-chave “educação

infantil” são bastante expressivos, o que comprova o interesse pela referida área, entretanto,

com o intuito de refinar a busca, delimitar o tema e aproximá-lo do objeto do presente estudo,

optou-se pela intersecção dos descritores “educação infantil e documentos oficiais”,

“formação de professores e educação infantil” e “formação de professores e educação infantil

e teoria crítica da sociedade” conforme dados apresentados na Tabela 2:

Tabela 2. Pesquisas encontradas segundo intersecção de palavras-chave:

Banco de Dados Descritores Resultados Pesquisas selecionadas

Catálogo de teses e dissertações – CAPES

Educação Infantil e documentos oficiais

493 -

Formação de professores e educação infantil

471 1

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – BDTD

Educação Infantil e documentos oficiais

63 7

Formação de professores e educação infantil

912 4

Formação de professores e educação infantil e teoria crítica da sociedade

40 -

Total 1979 12

Fonte: Elaborada com base nas informações extraídas da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – BDTD e Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES. Disponível em https://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/. Acesso em 07/12/2019; e http://bdyd.ibict.br/vufind/. Acesso em 26/07/2019. Nota: - indica zero.

A Tabela 2 apresenta o resultado das pesquisas selecionadas ao cruzar os descritores

definidos nos dois bancos de dados. Destaca-se que o resultado apresentado precede da

utilização de filtros.

No catálogo de teses e dissertações CAPES, encontrou-se, com o descritor “educação

infantil e documentos oficiais”, 493 pesquisas, seguidas de 471 pesquisas com os descritores

“formação de professores e educação infantil”. Embora tenham sido encontradas diversas

pesquisas com os referidos descritores, apenas foram selecionadas àquelas que tratavam sobre

os documentos oficiais da Prefeitura do Município de São Paulo, no âmbito de CEI e EMEI, o

que reduziu, consideravelmente, a seleção das produções acadêmicas.

No portal Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações – BDTD utilizou-se os

descritores “educação infantil e documentos oficiais”, com filtro PUC-SP, obtendo-se o total

Page 22: Karin Patricia Oliveira

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de 63 pesquisas sobre o tema. A busca teve a intenção de constatar quais documentos oficiais

eram tidos como fontes para os estudos referentes à educação infantil. Dentre as 63 pesquisas

encontradas, especificamente para esse estudo, foram selecionadas apenas sete pesquisas,

adotando-se como critério as pesquisas que utilizaram como fontes os documentos oficiais da

Prefeitura do Município de São Paulo. Das sete pesquisas selecionadas, duas delas, além de

contemplar os documentos oficiais (fontes da presente pesquisa), adotam como referencial

teórico, os autores da teoria crítica da sociedade, conforme apresentado no Anexo desta

pesquisa.

Ainda no mesmo banco, com os descritores “formação de professores e educação

infantil”, com filtro para o período de 2013 a 2019, obteve-se então, 912 pesquisas. Dentre

elas, apenas quatro convergem com os interesses da presente pesquisa, visto que tratam sobre

o tema formação continuada dos professores das escolas de educação infantil do município de

São Paulo, incluindo os documentos elaborados pelos professores, como, por exemplo, o

Projeto Especial de Ação – PEA, e o Projeto Político Pedagógico, a fim de identificar qual é o

tipo de formação oferecida pela Rede Municipal de Ensino. Dentre as quatro pesquisas

selecionadas, uma delas contempla as fontes oficiais aqui adotadas, especificadas no Anexo

desta pesquisa.

Após verificar que as pesquisas encontradas com foco na formação de professores e

educação infantil apresentavam referenciais teóricos bastante diversos, decidiu-se verificar

em que medida a formação de professores, especificamente voltada à educação infantil, havia

sido produzida à luz da teoria crítica da sociedade, o que resultou na última busca com os

descritores ”formação de professores e educação infantil e teoria crítica da sociedade”. A

seleção indicou 40 pesquisas, entre teses e dissertações, contudo, nenhuma delas apresentou

conteúdo convergente aos interesses desta pesquisa.

Em linhas gerais as pesquisas encontradas tratam de assuntos referentes ao brincar, as

brincadeiras na educação infantil, à corporeidade, tecnologias em educação, formação de

professores de educação física, práticas pedagógicas, e pesquisas relacionadas à leitura

literária. Também foram encontradas pesquisas referentes a outros estados e municípios, que

apresentam realidades distintas das especificadas nesta pesquisa. Das 40 pesquisas

encontradas, duas delas contemplam os estudos da indústria cultural, entretanto, tem como

objeto de estudo a criança e não a formação continuada do professor.

Por fim selecionou-se para este estudo, 12 produções acadêmicas entre dissertações e

teses, que trataram assuntos relacionados à educação infantil, documentos oficiais da rede

Page 23: Karin Patricia Oliveira

20

municipal de ensino de São Paulo e formação continuada de professores. A quantidade de

teses e dissertações encontra-se na tabela, a seguir:

Tabela 3. Teses e dissertações selecionadas de acordo com os descritores:

Descritores Teses Dissertações Total Educação Infantil e análise de documentos 2 6 8 Formação de professores e educação infantil - 4 4 Total 2 10 12

Fonte: Elaborada com base nas informações extraídas da Biblioteca Digital de Teses e Dissertações – BDTD e Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES. Disponível em; http://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/. Acesso em 07/12/2019; e http://bdtd.ibict.br/vufind/. Acesso em 26/07/2019. Nota: - indica zero.

A quantidade de dissertações e teses apresentadas na Tabela 2 pode suscitar a seguinte

problematização: em meio a tantas produções acadêmicas, totalizando 1.979 pesquisas,

porque apenas 12 foram selecionadas?

Para responder a essa questão, levou-se em consideração os seguintes aspectos: a)

foram relacionadas, em sua maioria, as pesquisas voltadas à educação infantil do município de

São Paulo (CEI e EMEI), visto que as escolas tiveram que rever sua proposta pedagógica para

atender as crianças na faixa etária de quatro e cinco anos; b) estudos referentes à formação

continuada dos professores da Rede Municipal de Ensino, que contemplam os espaços

formativos do PEA; c) pesquisas que utilizaram como referência as fontes oficiais, específicas

do município de São Paulo e publicadas pela Secretaria Municipal de Educação – SME, no

período de 2013-2018; e d) pesquisas que contemplam os conceitos da teoria crítica da

sociedade.

Com base nos resultados obtidos infere-se que a preocupação em torno da formação de

professores cresce, pois, no período, as exigências para atuar nos CEIs e EMEIs são cada vez

mais abrangentes. Desde que a educação infantil passou a fazer parte da Secretaria de

Educação, os profissionais, antes denominados “cuidadores”, assumiram a função de

“professores”. Com isso, os investimentos na formação inicial e continuada bem como na

infraestrutura das escolas tornam-se imprescindíveis. De acordo com Pimenta:

[...] o investimento na sua formação inicial e no desenvolvimento profissional e o investimento nas escolas, a fim de que se constituam em ambientes capazes de se ensinar com a qualidade que se requer, é grande. São necessárias condições de trabalho para que a escola reflita e pesquise e se constitua num espaço de análise crítica permanente de suas práticas. É preciso uma política que transforme as jornadas fragmentadas em integrais; é preciso elevar os salários a patamares decentes que dignifiquem a profissão docente. A sólida formação, por sua vez, só pode ser desenvolvida por universidades compromissadas com a formação e o

Page 24: Karin Patricia Oliveira

21

desenvolvimento de professores, capazes de aliar a pesquisa nos processos formativos (2012, p. 52).

Compreende-se que as políticas educacionais voltadas aos investimentos na formação

inicial e continuada dos professores no Brasil, necessitam, seriamente, ser repensadas tendo

em vista as dificuldades encontradas pelos professores quando se deparam com condições

precárias de trabalho, jornadas fragmentadas e salários defasados. Concorda-se com Pimenta

(2012) quanto à necessidade de elevar os pisos salariais, valorizando, assim, o profissional

que, muitas vezes, se desdobra para compor uma jornada de trabalho exaustiva a fim de

complementar sua renda ou quando, no exercício de sua função, não dispõe de bens e

materiais básicos para a efetivação do trabalho pedagógico.

Agrava a situação quando a formação inicial dos professores é realizada,

sobremaneira, por universidades que oferecem cursos à distância, com período aligeirado,

ocasionando uma formação deficitária de senso crítico e reflexivo.

É relevante reforçar a importância da universidade na formação dos professores,

quando esta assume o compromisso de oferecer processos formativos permeados pelos

conhecimentos científicos que possibilitem aos professores a capacidade de pensar e articular

os saberes científicos e pedagógicos à realidade das escolas, intervindo em busca das

transformações fundamentais no empenho da qualidade social da educação para todas as

crianças, jovens e adultos.

No que se refere à formação e aos cursos oferecidos pelas universidades, Sales (2015)

considera que os cursos de licenciatura, na maioria das vezes, não são suficientes para dar

conta de toda a complexidade da profissão no que tange às questões teóricas e práticas, e

aponta para a fragilidade dos cursos de pedagogia.

Nesse cenário a autora investiga de que maneira a formação continuada pode

contribuir para que a professora de educação infantil atribua verdadeiro significado a sua

identidade docente, por vezes tão desvalorizada. A autora ressalta que a constituição da

identidade docente se faz necessária após ser obrigatória a formação mínima inicial, prevista

no artigo 62 da LDBEN. Segundo ela, os investimentos na formação de professores se fazem

necessários, pois:

A profissional que atua com crianças de 0 a 3 anos, deixou de receber nomenclaturas como auxiliar de desenvolvimento infantil (ADI), pajeira, crecheira, entre outros e passou a ser denominada de professora. A alteração dessa terminologia trouxe consigo a necessidade de uma formação inicial e continuada, o que representa outro aspecto positivo, a possibilidade dessa professora da educação infantil poder construir sua identidade profissional (SALES, 2015, p. 20).

Page 25: Karin Patricia Oliveira

22

Ainda que a autora, em sua pesquisa, refira-se à professora que atua com crianças de 0

(zero) a três anos nos centros de educação infantil, destaque-se que na PMSP, os professores

transitam pelos cargos, por meio dos concursos públicos. Então, a mesma professora que

trabalha com crianças nessa faixa etária, também pode, uma vez aprovada por concurso,

trabalhar nas EMEIs e EMEFs do município.

A questão central investigada pela autora refere-se à proposta de formação continuada

oferecida pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. O estudo discute a formação

dos professores da educação infantil no Brasil e finaliza com uma pesquisa empírica que

avalia o Projeto Estratégico de Ação – PEA. Segundo ela, os momentos coletivos permitem a

discussão entre os professores e a reflexão sobre suas práticas, buscando novas formas de agir

intencionais, o que torna as professoras mais autônomas em seu papel no processo educativo.

Pode-se considerar tal afirmação contraditória, tendo em vista que os espaços formativos,

também podem, ao invés de fomentar o debate, a discussão e a reflexão, manter a adaptação

dos professores às imposições sociais e legais que incidem diretamente nas instituições

escolares.

Assim, em torno das discussões no campo acadêmico, pode-se pensar em que medida

a formação continuada afeta e transforma a prática docente? Logo, cabe o questionamento

quanto à formação dos professores e o papel que assumem na organização do trabalho

pedagógico nesse novo cenário brasileiro.

São questões também abordadas por Nascimento (2018) que, ao pesquisar o

documento Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015), ressalta ser fundamental o

papel do educador na constituição de práticas pedagógicas significativas que contribuam com

o desenvolvimento integral das crianças.

O resultado da pesquisa de Nascimento (2018, p. 104) apontou o envolvimento das

professoras às práticas relacionadas ao brincar, ação que contribui para o desenvolvimento das

crianças; entretanto, existe a preocupação da escola em fortalecer a cultura lúdica das crianças

com seus familiares, estimulando vínculos afetivos e o desenvolvimento cognitivo e social

das crianças. A pesquisa também revelou que existe a necessidade de planejamento de ações

voltadas aos recursos tecnológicos. Observou ainda que a maneira como as professoras

organizam os tempos, espaços e materiais favorecem a autonomia das crianças e suas

interações.

Page 26: Karin Patricia Oliveira

23

Segundo a pesquisadora, a linha de tempo da escola ainda é um desafio, pois, é preciso

que ela se torne mais flexível quanto aos interesses, ritmos e anseios das crianças. Nota-se

contradição no apontamento da pesquisadora, pois, se a forma como as professoras organizam

os tempos, espaços e materiais favorece a autonomia das crianças, como pode ainda ser um

desafio a flexibilidade da linha de tempo atendendo aos anseios e interesses das mesmas?

Em sua tese, Saito (2010) investigou em que medida os documentos oficiais, voltados

à educação infantil brasileira, orientam a organização escolar e o fazer pedagógico na sala de

aula. Dentre os documentos a autora estudou a LDBEN (1996), RCNEI (1988), DCNEI

(2010), e teve como referência autores como Henry Wallon (1872-1962), Lev Vigotisky

(1896-1934) e Jean Piaget (1896-1980), a fim de compreender como o pensamento desses

autores apresentam-se nos documentos. A pesquisa visou proporcionar um entendimento

maior da legislação que rege a educação infantil, de maneira a capacitar os professores dessa

etapa de ensino para produzirem uma prática consciente e embasada em fundamentos

teóricos.

O resultado da pesquisa permitiu evidenciar que, nas diretrizes educacionais e nos

documentos legais estudados, existe forte presença das ideias de Wallon, Piaget e Visgotisky,

porém, paradoxalmente as professoras, mesmo tendo conhecimento dos documentos RCNEI e

DCNEI na escola, não fazem uso deles na elaboração das propostas pedagógicas, tampouco o

material fora objeto de pesquisa e reflexão.

Para Saito (2010), o conteúdo dos documentos oficiais não orienta o fazer pedagógico

das instituições e está longe de representar uma contribuição para o direcionamento da prática

docente. Conclui também que existe forte presença do adulto nas práticas propostas, o que

evidencia a concepção de uma criança dependente e incapaz. As crianças não participam da

tomada de decisão, o que contraria o contido nos documentos, que enfatiza as crianças como

seres ativos e participativos.

Análogo aos estudos de Saito (2010) a presente pesquisa busca identificar em que

medida a formação continuada possibilita um saber/formação que visa ao princípio da

autonomia dos professores em suas atividades, de tal modo que, no exercício de sua função,

tenham condições de discutir a autonomia das crianças, sobretudo no que se refere à

efetivação de experiências formativas autônomas. Para tanto, também foram selecionados

documentos oficiais a fim de verificar se incidem na formação continuada dos professores de

uma pré-escola da Rede Municipal de Ensino de São Paulo.

Saito (2010) explicita que:

Page 27: Karin Patricia Oliveira

24

Além disso, percebe-se que a pouca profissionalização do adulto contribui para a existência dessa ideia equivocada, pois o não entendimento da necessidade de haver uma prática sistematizada na educação infantil, que prime pelo pedagógico articulado ao cuidar, faz com que os professores tenham posturas, como por exemplo, de propor atividades desvinculadas e centradas na figura do professor, apenas para o preenchimento do tempo (2010, p. 186).

Para a autora, a concepção dos professores em relação à educação infantil é de que ela

é uma etapa de preparação do sujeito, logo, um período preparatório para o ensino

fundamental, não havendo clareza sobre as especificidades da educação infantil.

Quanto às relações da família no ambiente educativo, Saito (2010) evidenciou uma

prática equivocada, uma vez que a família não é vista como agente colaborativo e parceira da

escola, mas sim como uma instância para qual a escola deveria apresentar os resultados do

trabalho realizado ou, simplesmente, discutir sobre os problemas apresentados pelas crianças.

No que tange ao planejamento, conclui a oferta de atividades desvinculadas e centradas na

figura do professor apenas para o preenchimento do tempo. Para a pesquisadora, essas ações

ocorriam em virtude do pouco tempo destinado à elaboração do planejamento, elemento

fundamental para uma prática coesa, consistente e produtiva.

A escola tem rotatividade de professores e os que participaram da pesquisa mostraram

uma atitude passiva em relação à experiência de prática pedagógica. Sendo assim, Saito

(2010, p. 185) compreende que: “(...) Parece que os professores até preferem esse

direcionamento, para não terem trabalho de selecionar atividades, o que os caracteriza como

simples executores do planejamento, deixando aos coordenadores o papel de planejar”.

Outros aspectos constatados com a pesquisa referem-se à inexistência de momentos de

discussão coletiva sobre a prática, fragmentação da prática pedagógica que, muitas vezes, é

desarticulada, sem continuidade e planejamento diário. Evidencia-se a importância do papel

do professor, da formação adequada e das condições necessárias para um trabalho de

qualidade.

As pesquisas de Sales (2015), Mota (2017), Batista (2017), Nascimento (2018),

Paulino (2018) e Olim (2019) reafirmam a importância que a educação infantil brasileira

assumiu após a Constituição Federal (1988), o Estatuto da Criança e Adolescente (1990) e a

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), no que se refere à garantia de direitos

a todas as crianças. Oferecer à criança uma educação de qualidade requer pensar em como as

práticas pedagógicas são organizadas e, notadamente, como a figura do professor se revela,

Page 28: Karin Patricia Oliveira

25

pois a ele é delegada a responsabilidade na promoção de experiências significativas e de

qualidade.

Mota (2017) investigou a concepção de infância presente no documento Orientações

Curriculares: expectativas de aprendizagens e orientações didáticas, organizado pela

Secretaria Municipal de Educação, no ano de 2007. A pesquisadora concluiu que na relação

com a prática, a criança deve ser o centro e o currículo da escola tem que articular os novos

conhecimentos aos das crianças. Tendo como referência esse pressuposto, a pesquisa revelou

que as orientações curriculares para a educação infantil, ao definir as expectativas de

aprendizagens na prática pedagógica, restringiu a autonomia do professor à seleção das

aprendizagens e concebeu a infância como período de desenvolvimento e aprendizagem,

tendo como foco a preparação para o estágio posterior.

Muitos documentos são publicados para orientar as práticas educativas nas escolas,

instrumentalizar os professores e outros agentes educacionais quanto ao trabalho realizado na

busca por resultados positivos, entretanto, a pesquisa de Mota (2017) indicou que muitas

concepções do documento ficaram ocultadas ou foram pouco discutidas no que tange aos

fundamentos para o trabalho técnico.

Batista (2017) aponta que, no Brasil, as políticas desenvolvidas para as crianças na

faixa etária de 0 (zero) a quatro anos têm crescido nos últimos anos. Percebeu, nas pesquisas e

publicações realizadas, que esse campo é amplo e merece avanços, considerando o direito da

criança à educação, após a promulgação da Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional (BRASIL, 1996). O período delimitado para a pesquisa abrangeu os

anos de 2012 a 2016. Como fonte a pesquisadora utilizou, além dos documentos federais, o

documento publicado em 2015 pela SME, denominado Orientação Normativa 01/2015:

Padrões básicos de qualidade na educação infantil.

O estudo de Batista (2017), ao pesquisar duas instituições de ensino, constatou

particularidades na execução do trabalho educacional, embora alguns pontos se assemelhem.

Notou-se que algumas práticas são priorizadas em detrimento de outras e, no que se refere às

orientações normativas, não foi observado ações concretas para garantir a integração das

etapas educacionais.

Mesmo com todas as determinações legais e o reconhecimento de esforços em torno

de uma política educacional, que possibilite a formação dos professores e o consequente

direcionamento das ações pedagógicas na educação infantil, concorda-se com Füllgraf e

Wiggers (2014, p. 18-19), quando afirmam que:

Page 29: Karin Patricia Oliveira

26

Apesar do dispositivo constitucional que inclui o atendimento em creches e pré-escolas entre os serviços educacionais, a sua configuração no cotidiano das práticas institucionais é ainda palco de disputas, contradições, fragilidades. Desse modo, apesar do conjunto das reformas educacionais vivido nos anos de 1990, grande parte das crianças brasileiras, sobretudo as oriundas das classes mais pobres, não tem acesso a essa forma de atendimento. Ou, quando lhes é assegurado esse trânsito, a qualidade dos serviços a que teriam direito nem sempre está garantida, de modo a constituir-se um direito usurpado. [...] Consequentemente apresenta atributos muito aquém dos desejados. Ou seja, a educação infantil brasileira não corresponde a níveis adequados de qualidade, tendo em vista que aspectos importantes de uma programação voltada para crianças nessas faixas etárias não estão sendo contemplados. Portanto, uma das fragilidades das muitas facetas que a constituem refere-se aos aspectos relacionados às propostas e práticas pedagógicas na educação infantil.

Diante de tal afirmação, pode-se dizer que dentre as fragilidades, das muitas facetas

que constituem as exigências da educação infantil, a formação de professores é fundamental e

reverbera diretamente na qualidade das ações e elaboração das propostas pedagógicas. Por

esse motivo torna-se essencial discutir e problematizar as questões que circunscrevem essa

temática.

Haydn (2018) delimitou como objeto de estudo a formação dos professores em uma

perspectiva crítico-política. Analisou as relações entre as propostas formativas na escola e seu

contexto histórico-cultural. Para observar como a formação dos professores se desenvolve,

utilizou os horários de formação coletiva (JEIF) e, também, analisou o projeto político

pedagógico da unidade educacional pesquisada. Segundo a autora, o professor necessita ter

uma participação crítica e política para que haja a transformação social. Os resultados da

pesquisa apontam para o distanciamento entre o contexto sócio-histórico-cultural e a prática

pedagógica na escola.

A formação continuada dos professores foi objeto de estudo de Olim (2019) que, em

sua pesquisa, investigou a constituição do espaço de formação como lócus de reflexão

coletiva sobre os fundamentos da docência e sua relação com a prática pedagógica em uma

escola municipal de São Paulo – CEI. Além de investigar o processo formativo dos

professores, Olim (2019) propôs a formação de 44 professores da unidade, levando em

consideração as demandas escolares, do grupo e as características para o atendimento das

crianças, seguindo as diretrizes de trabalho e a formação oferecida pela Secretaria Municipal

de Educação. Sua pesquisa denomina-se como pesquisa-formação, pois o objeto da pesquisa e

os sujeitos são parte da formação de maneira a promover mudanças de práticas.

No que se refere à educação infantil no Brasil, Olim (2019) destacou que nas últimas

décadas, estudos, reivindicações sociais, discussões e acordos internacionais possibilitaram a

Page 30: Karin Patricia Oliveira

27

criação de políticas educacionais para a infância. Ressaltou, também, a necessidade da escola

oferecer formação qualificada aos professores com o objetivo de que eles possam abranger a

diversidade cultural presente nos espaços educativos, despertando a vontade das crianças em

aprender.

Sales (2015), Freitas (2016), Haydn (2018) e Olim (2019) evidenciam os espaços

formativos como meios de potencializar a troca de experiência entre os pares e defendem que

estes possibilitam o diálogo e a resistência dos professores, no que se refere à discussão sobre

as propostas e concepções pedagógicas presentes nos espaços escolares. As pesquisadoras

defendem que os professores tenham consciência crítica e lutem por uma formação política no

trabalho realizado com as crianças. Ao fazerem esse exercício constituem-se como

professores e solidificam suas bases para o exercício dessa profissão. Sobre isso, Pimenta

(2012, p. 43) defende que:

A centralidade colocada nos professores traduziu-se na valorização do seu pensar, do seu sentir, de suas crenças e seus valores como aspectos importantes para se compreender o seu fazer, não apenas de sala de aula, pois os professores não se limitam a executar currículos, senão que também os elaboram, os definem, os reinterpretam. Daí a prioridade de se realizar pesquisas para se compreender o exercício da docência, os processos de construção da identidade docente, de sua profissionalidade, as condições que trabalham, de status e de liderança.

Com isso, nota-se a relevância das pesquisas acadêmicas voltadas à produção de

material que possibilite a reflexão constante acerca da importante tarefa de ser professor da

primeira infância, comprometido com a transformação social.

Espera-se que os debates decorrentes das pesquisas acadêmicas reverberem sobre a

formação dos professores e no aprofundamento das discussões sobre os temas relacionados à

infância, tanto em âmbito escolar, como também no âmbito das secretarias de educação. Para

Olim (2019, p. 17): “(...) Muitos foram os debates que culminaram em diversos documentos

educacionais, que favoreceram a melhora da qualidade em educação infantil e a formação dos

profissionais que diariamente estão com as crianças”.

Dentre os documentos citados por Olim (2019) destacam-se: Referenciais Curriculares

Nacionais para a Educação Infantil (1988), as Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação Infantil (2010) e o PROINFANTIL (2005/2011). Quanto ao processo formativo

oferecido pela Rede Municipal de Educação, a pesquisadora evidenciou os programas: Rede

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28

em Rede, ocorrido no período de 2006 a 2012, o CEU-FOR8 e o Projeto Especial de Ação –

PEA. Também apresentou em sua pesquisa, documentos municipais específicos para a

educação infantil, que subsidiam o estudo e o trabalho dos professores, entre eles: Orientação

Normativa 01/2013: avaliação na educação infantil – aprimorando os olhares, Currículo

Integrador da Infância Paulistana (2015), Padrões Básicos de Qualidade para a Educação

Infantil (2015) e Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana (2016).

Os resultados da pesquisa de Olim (2019) mostram que alguns professores não

aceitam as orientações propostas no âmbito escolar, recusando-as por motivos diversos. O

processo de formação continuada surtiu efeito com quase todos os envolvidos e as relações se

fortificaram entre eles promovendo interação e maior participação nos temas relacionados à

prática pedagógica.

Santos (2006) aborda as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (3 volumes); Parâmetros em Ação –

Programa de Desenvolvimento Profissional Continuado (2 volumes); e Parâmetros

Curriculares Nacionais (1 volume).

Como resultado da pesquisa, Santos (2006) constatou nos documentos analisados que

a autonomia e a adaptação são conceitos tratados de maneira cindida e desarticulada, tanto

pela ordem das publicações quanto pela estrutura dos documentos. Segundo ela, os

documentos reforçam práticas voltadas, prioritariamente, à adaptação e homogeneização dos

processos educativos.

Ferri (2008) utiliza as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil,

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil e os Parâmetros Nacionais de

Qualidade para a Educação Infantil. Evidencia que os documentos analisados em sua

pesquisa, voltados ao ensino de artes, deveriam apresentar caráter emancipador, no entanto,

eles têm sido utilizados nas instituições de educação infantil como documentos que revelam

um conhecimento prioritariamente instrumental. Logo, a pesquisadora concluiu que, o ensino

de artes, é mais um elemento que corrobora para a adaptação dos sujeitos.

Por sua vez, Mota (2017) e Paulino (2018) selecionaram como fonte o documento

Orientações Curriculares: Expectativas de Aprendizagem e Orientações Didáticas para a

Educação Infantil (2007).

8 CEU-FOR: conjunto de ações de formação voltadas aos profissionais da Rede Municipal de Educação, por meio da oferta direta da Secretaria Municipal de Educação e Diretorias Regionais de Educação, além da Universidade Aberta do Brasil (UAB).

Page 32: Karin Patricia Oliveira

29

Assim como Olim (2019), Paulino (2018) também utilizou como fonte os cadernos de

formação do programa Rede em Rede (2006), além do documento Tempos e Espaços para a

Infância e suas Linguagens nos CEIs e EMEIs da cidade de São Paulo (2006); a Orientação

Normativa nº 01/2013: avaliação na educação infantil aprimorando os olhares; os Indicadores

de Qualidade da Educação Infantil Paulistana (2016); e o Currículo Integrador da Infância

Paulistana (2015).

Paulino (2018) revelou que o universo educacional passou por mudanças,

especialmente na educação infantil, visto que a criança ganha lugar de destaque no currículo,

enquanto as concepções que embasam as práticas pedagógicas foram redimensionadas. Nas

palavras da autora:

Essa pesquisa elucidou também que para que as concepções trazidas pelos documentos cheguem, de fato, às propostas curriculares e ações pedagógicas das unidades educacionais, é preciso investir em formação profissional, pois é através dela que se amplia o nível de conhecimento e consequentemente de capacidade de análise crítica da própria prática para que a partir dela se identifique eventuais pontos de incoerência das práticas realizadas com as concepções propostas e se trace caminho para essa adequação (2018, p. 76).

Torna-se imprescindível, durante os momentos de formação continuada, cotejar o

conteúdo dos documentos oficiais às práticas pedagógicas, para que os professores façam a

crítica, seja às políticas educacionais ou às eventuais incoerências no trabalho educativo. Para

tanto, o investimento na formação é essencial para viabilizar as discussões teóricas e ampliar

o repertório cultural dos professores.

Os estudos de Freitas (2016) trataram da formação continuada dos professores durante

o PEA. A pesquisadora mostrou que a formação docente é um dos desafios da educação

brasileira e que as disposições legais sobre o assunto são alteradas ao longo do tempo, na

tentativa de atender essa exigência. Para a autora, o PEA é um projeto que possibilita aos

professores a reflexão sobre a prática e a apropriação das propostas de SME. Segundo ela,

apesar da existência de políticas públicas voltadas à formação, existe a necessidade de

reconhecer e intervir para a melhoria dessa oferta.

Em suas considerações sobre as políticas educacionais, a autora enfatiza as mudanças

de governo como um dificultador e reconhece que a atuação do governo interfere no trabalho

docente, em decorrência das alterações na legislação. Para Freitas (2016) o que se observa,

nos dias atuais, é uma valorização da produtividade e da competitividade, inclusive na

educação.

Page 33: Karin Patricia Oliveira

30

Sobre essa questão concorda-se com a autora, visto que a educação, na atualidade,

atende aos interesses de mercado, instrumentalizando o ensino de maneira a suprimir a

reflexão e a crítica necessária para a profissão docente. No que se refere à especificidade da

formação continuada, Freitas (2016, p. 38) destaca que:

Enfatize-se, ainda, que a formação não pode ser desenvolvida de qualquer maneira, devendo, segundo a resolução nº 2, de 1º de julho de 2015, ser concebida atendendo às políticas públicas de educação, às Diretrizes Curriculares Nacionais, ao padrão de qualidade e ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), expressando uma organicidade entre seu Plano Institucional, o Projeto Político Pedagógico (PPP) e o Projeto Pedagógico de Formação Continuada (PPFC) através de uma política institucional articulada à educação básica, suas políticas e diretrizes.

Considerando a importância dos processos formativos, as recorrentes propostas

curriculares em torno da educação brasileira e, compreendendo que a educação infantil (parte

integrante da educação básica), as propostas pedagógicas precisam ser condizentes com a

concepção de criança constituída histórica e socialmente.

Os resultados evidenciam, por meio das entrevistas de professores, a burocratização do

PEA. Outro aspecto relevante indicado pelos professores, foi a predominância da teoria nos

momentos formativos, porém, para eles, a leitura (e discussão sobre as teorias) não fazia

relação com a prática. A autora destaca que, apesar dos professores perceberem a presença

excessiva de teorias, poucos apontaram a disposição de discutir sobre a própria prática. O

tempo de duração9 do PEA também foi observado pelos professores como insuficiente. Para

Freitas (2016, p. 120-121):

Assim, é possível dizer que o PEA se constitui democraticamente, apesar de alguns professores terem citado falta de autonomia para lidar com ele. [...] Os professores relataram falta de autonomia na eleição de temas a serem discutidos no PEA. [...] Talvez haja, na verdade, necessidade de ousadia por parte dos professores, a fim de que busquem esta autonomia que apontam como inexistente ou restrita. Ao manifestar-se destemidamente o grupo poderá, através do trabalho coletivo, encontrar soluções que propiciem a eliminação da mesmice.

Diante de tal afirmação, observam-se incoerências apresentadas pela autora no que

tange ao PEA. Se o projeto evidencia a burocratização, ainda assim, é possível dizer que ele é

democrático? Como pode um grupo de professores manifestar-se, destemidamente, se no

cotidiano das unidades escolares os interesses e posicionamentos são diversos? Nestes termos,

é preciso analisar sob qual lógica a formação continuada é organizada, principalmente, porque

9 O tempo de duração do PEA corresponde a quatro horas semanais, perfazendo o total de 20 horas mensais.

Page 34: Karin Patricia Oliveira

31

os professores, muitas vezes, apresentam dificuldades na superação dos processos

heterônomos instituídos pela própria escola, que age como instrumento de controle social.

Vicentine (2017) investigou a formação de professores que atuam em instituições de

educação infantil, especificamente os CEIs. De acordo com a pesquisadora, na escola em que

atuava, observou poucas intervenções dos professores junto às crianças, falta de

intencionalidade no trabalho pedagógico, presença de práticas espontaneístas e fragilidade na

formação dos professores da educação infantil. A pesquisa apresentou aprofundamento

teórico acerca da formação de professores, e do ensino na primeira infância, com o objetivo

de constatar a contribuição do professor para a efetivação do ensino, tendo como base a práxis

humanizadora.

Ora, considera-se pertinente trazer essa discussão ao cerne do debate, pois, em uma

sociedade capitalista, em que as pessoas são valorizadas apenas pelo que produzem deixando

de lado a humanização e a criticidade, é imprescindível que todo processo formativo tenha por

base práticas humanizadoras. Considera-se importante ampliar o debate sobre as questões

formativas, de tal modo que seja possível a superação das contradições sociais existentes.

O resultado da pesquisa de Vicentine (2017) revelou a necessidade de formação

teórica do professor da primeira infância, visto que o estudo comprovou que o trabalho

educativo é pautado no senso comum, imediatismo e espontaneísmo. As professoras

apresentaram conhecimento superficial acerca da práxis.

Para a pesquisadora existe a necessidade de aprofundamento teórico com o objetivo de

subsidiar o trabalho pedagógico das professoras; deste modo, ela propôs um projeto de

intervenção durante as formações e encontrou dificuldades, uma vez que as professoras não

realizavam a leitura prévia dos textos, ficando o tempo prejudicado. Segundo ela, ainda que

considerem a formação como algo imprescindível e necessária à prática, as mesmas

necessitam desenvolver o hábito da leitura, fator essencial para o desenvolvimento do

professor.

A pesquisa também revela a necessidade de uma formação adequada para que o

professor desenvolva um ensino de qualidade junto às crianças, propiciando a aprendizagem.

Segundo Vicentine (2017, p. 218-219): “(...) Para tal, é importante uma formação inicial e

continuada de qualidade que propicie ao educador a apropriação dos conhecimentos

necessários a sua prática pedagógica”.

As pesquisas aqui apresentadas comprovam o quanto o debate acerca da formação

continuada causa inquietações, tornando evidente o quanto às discussões são necessárias em

Page 35: Karin Patricia Oliveira

32

busca de uma educação de qualidade. Somente uma formação política possibilitará, ao

professor, meios para superar a pseudoformação instaurada na sociedade administrada.

Em meio a tantas mudanças, algumas questões inquietam e pode-se, afinal, questionar:

Como a formação dos professores influencia a formação das crianças? Quais as políticas

educacionais pensadas e elaboradas pelas secretarias de educação no que tange aos processos

formativos? Qual a relevância da formação inicial e continuada dos professores na sociedade

administrada? Como os professores se posicionam frente às exigências educacionais e a

constante necessidade formativa para a melhoria da prática?

Não se pretende responder as questões suscitadas, uma vez que o campo é bastante

amplo para o debate, contudo, tais problematizações evidenciam o quanto as pesquisas sobre a

infância e a formação continuada dos professores são pertinentes na atualidade.

Sobre a formação humanizadora, Kramer (2011, p. 102) aponta que:

Como educar crianças e jovens nesse contexto? Trabalhando numa perspectiva de humanização, de resgate da experiência, de conquista da capacidade de ler o mundo, de escrever a história coletiva, nos apropriando das diversas formas de produção da cultura. Precisamos gerar experiências de educação e socialização, com práticas solidárias entre crianças, jovens e adultos, com ações coletivas, elos e laços capazes de gerar o sentido de pertencer a. Precisamos de escolas e espaços de educação infantil, capazes de fazer diferente; precisamos mostrar na mídia outros modelos de educação e outros modos de ser crianças que existe também.

Na defesa de uma educação para a humanização, espera-se que as escolas de educação

infantil, CEIs e EMEIs, aperfeiçoem o trabalho pedagógico com as crianças e invistam nos

momentos de formação continuada dos professores, para que estes possam oferecer à elas o

saber histórico, e socialmente acumulado, da forma mais elaborada. Propiciar experiências

significativas às crianças, e mediar as situações de aprendizagem, são ações intrínsecas às

experiências formativas dos professores.

Depreende-se que pesquisar sobre a formação continuada dos professores assume um

caráter primordial, e fomenta o debate acerca de questões políticas que direcionam os rumos

da educação brasileira.

Assim, no intuito de preencher as lacunas encontradas nas produções acadêmicas, e na

tentativa de aprofundar o debate sobre o processo formativo, propõe-se um estudo com base

na teoria crítica da sociedade, com o objetivo de investigar a autonomia e heteronomia dos

professores, aspectos importantes na formação continuada em uma pré-escola do município

de São Paulo.

Page 36: Karin Patricia Oliveira

33

1.1 A escola e as possibilidades de resistência à pseudoformação

O centro de toda a educação política deveria ser que Auschwitz não se repita. Isto só será possível na medida em que ela se ocupe da mais importante das questões sem receio de contrariar quaisquer potências. Theodor W. Adorno

Ao considerar a formação como um dos elementos imprescindíveis para a melhoria da

qualidade social da educação, torna-se relevante questionar como ocorrem os processos

formativos de professores em meio à sociedade capitalista, baseada na indústria que se

expandiu para todas as esferas das relações sociais e da cultura.

A indústria cultural, determinada pelo sistema capitalista, se apropriou dos bens

culturais transformando-os em mercadoria, além de promover o domínio da razão técnica, à

qual o ser humano está a cada dia mais subordinado. Como sobreviver em meio aos avanços

tecnológicos, à padronização comportamental, à massificação e manipulação dos homens?

Questões como essas são determinantes e devem ser respondidas, tal como enunciadas pelo

pensamento crítico.

Nesse sentido, para que seja possível superar essas situações adversas, o homem,

consciente de sua razão intelectual, precisaria desvendar o que está oculto sob a ordem social

vigente. Desvendar a situação do status quo diz respeito à conscientização que os sujeitos

precisam desenvolver a fim de perceberem o quanto são ajustados e adaptados a um sistema

social que favorece apenas aos dominantes. Estes, diga-se, também são implicados no

processo de pseudoformação, que prevalece nos tempos atuais.

O conceito de pseudoformação, desenvolvido por Theodor W. Adorno no texto

Theorie der Halbbildung (1959), visa esclarecer uma crise da formação cultural (Bildung): “A

formação cultural transformou-se em pseudoformação (Halbbildung) socializada – a

onipresença do espírito alienado. Dada sua gênese e significado, a pseudoformação não

precede a formação cultural, mas a sucede” (ADORNO, 2017, p. 1-21)10.

De acordo com Adorno (2017), a formação é a cultura (Kultur) pelo lado de sua

apropriação subjetiva e deve se destinar à diferenciação do indivíduo em seu meio social. À

medida que os indivíduos se apropriam da cultura, desenvolvem atitudes autônomas e se

diferenciam uns dos outros, pois, de forma livre, apoderam-se dos valores, costumes e

10 Adota-se, nesta pesquisa, a tradução do texto: Theorie der Halbbildung (1959), de Maria Angélica Pedro Minhoto (2017), da versão em inglês, devidamente detalhada nas referências bibliográficas.

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34

tradições de uma dada sociedade, além dos conhecimentos científicos historicamente

acumulados. Ocorre que, nos dias atuais, temos acompanhado a falência da cultura, que

reduzida à pseudocultura, se tornou a forma dominante da consciência contemporânea, o que

torna os indivíduos adaptados ao meio social, impedidos de questionar e, menos ainda, de

negar aquilo que o condiciona.

A saída para que os indivíduos alcancem a liberdade e autonomia está alicerçada no

Esclarecimento (Aufklarüng), pelo qual os homens podem superar a menoridade, em uma

sociedade livre. Nessa medida, quanto maior for a capacidade dos indivíduos desenvolverem

a consciência sobre a realidade em que estão inseridos, maior será a capacidade de autocrítica,

o que implica em uma ação política necessária para romper com a lógica da dominação. Em

contrapartida, é claro não ser possível existir homens livres em uma sociedade não livre, o que

equivale a dizer que uma sociedade livre é condição necessária para a plena liberdade e

autonomia de homens livres. Essa é uma contradição fundamental da sociedade de classes.

Pensar em emancipação hoje, exige que a educação se volte às questões da sociedade

para que, assim, possa criar estratégias de resistência e envolver os indivíduos nessa tarefa

árdua. Nesse sentido, a educação torna-se um meio de superação dos obstáculos sociais para

que os indivíduos compreendam a realidade em que vivem, entendam as condições em que

são estabelecidas as relações sociais e, dessa maneira, com o uso de sua razão, possam intervir

e resistir à perversa forma contemporânea de organização social, que reforça as desigualdades

sociais, políticas, culturais e econômicas existentes, em flagrante contradição com o potencial

acumulado e disponível para reduzir boa parte dos problemas enfrentados pela humanidade.

Segundo Fernandes (1987), a mudança de qualquer sociedade é um processo político

que requer luta e luta social entre as classes. Pode-se dizer que os professores, no exercício de

sua profissão, assumem a responsabilidade no processo de transformação social e, para isso,

necessitam assumir posição política e crítica diante da realidade. Compreende-se, então, que

essa ação é desencadeada tanto por uma questão teórica quanto prática.

É responsabilidade de cada um ter consciência sobre as reais condições em que as

relações sociais se estabelecem e pensar na importância da transformação social; para tanto,

faz-se necessário questionar as imposições que afetam sempre os indivíduos que não possuem

acesso aos bens culturais. Nas palavras de Fernandes (1987, p. 28): “Trata-se de encontrar o

homem na situação brasileira, de desobjetificar e de humanizar o ser humano que vai para a

escola despojado das condições mínimas para passar pelo processo educacional”.

Para se alcançar uma sociedade justa e equitativa, em que os indivíduos se posicionem

Page 38: Karin Patricia Oliveira

35

de maneira crítica e autônoma, a escola torna-se um espaço de debate e resistência à barbárie

promovida por uma sociedade de desiguais. Adorno (1995) aponta para a necessária

desbarbarização das pessoas, nos seguintes termos:

A desbarbarização da humanidade é o pressuposto imediato da sobrevivência. Este deve ser o objetivo da escola, por mais restritos que sejam seu alcance e suas possibilidades. E para isto ela precisa libertar-se dos tabus, sob cuja pressão se reproduz a barbárie. O pathos da escola hoje, a sua seriedade moral, está em que, no âmbito do existente, somente ela pode apontar para a desbarbarização da humanidade, na medida em que se conscientiza disto (ADORNO, 1995b, p. 117).

Nessa medida, a escola assume a responsabilidade na formação dos indivíduos –

iniciada na educação infantil. As crianças, ao ingressarem na escola, deparam-se com novas

formas de se relacionar com o meio em que vivem e são estimuladas a participar de

experiências múltiplas, que, se bem potencializadas, ampliam a visão em relação à sociedade

e às diferentes formas de organização social existente.

Todavia, tornar possível uma formação crítica, desde a educação infantil, pressupõe

que a escola supere os modelos de uma educação pautados, simplesmente, na adaptação da

criança ao meio físico e social, e reconhecer a importância de que as crianças, além de se

apropriarem do conhecimento historicamente acumulado, manifestem o pensamento crítico

em relação à cultura, ao meio social, à realidade em que estão inseridas.

Ora, a possibilidade de uma formação que, de fato, dê prioridade aos princípios da

criticidade, autonomia é decisão dos professores que, de uma forma geral, precisam

questionar quais os conteúdos estão sendo tratados com as crianças e, mais do que isso, em

que condições as crianças participam dos processos de aprendizagem. Quais experiências são

proporcionadas para elas com a arte, a música, a literatura? Como as crianças estabelecem

relações com os elementos da cultura? Como interferem na realidade? Como são

estabelecidas as relações interpessoais entre as crianças, professores e os adultos? Essas

questões apenas incitam a problemática aqui tratada, visto que existem muitas outras questões

implícitas nos processos educativos, que, ao invés de possibilitar a crítica, reforçam as

diferenças e a manutenção do status quo. Adorno (1995) é bastante claro ao dizer que: “Seria

preciso estudar o que as crianças hoje em dia não conseguem mais apreender: o indescritível

empobrecimento do repertório de imagens, da riqueza de imagines sem a qual elas crescem, o

empobrecimento da linguagem e de toda a expressão” (1995d, p. 146).

Compreende-se a necessidade da escola, nos dias atuais, oferecer às crianças

Page 39: Karin Patricia Oliveira

36

repertórios culturais aos quais elas não têm acesso, para o que é preciso, cada vez mais,

articular meios de elaboração de um currículo que abranja, reflexivamente, os conteúdos. Em

especial, as crianças das camadas populares mais pobres que se deparam, em seu cotidiano,

com repertórios culturais empobrecidos, visto que a própria sociedade, de forma excludente,

impossibilita a participação e o acesso à cultura (em suas mais distintas e variadas

manifestações) e ao lazer. Nestes termos, a escola tem que assumir sua tarefa social e

propiciar experiências formativas aos professores e às crianças – em sentido emancipatório.

Com isso, evidencia-se o quanto a educação infantil precisa ampliar o repertório

cultural de todas as crianças, independente de sua classe social, a fim de que adquiram

experiências significativas e apreendam o conhecimento historicamente acumulado de forma

imaginativa, criativa e lúdica, promovendo o acesso aos repertórios culturais mais complexos.

Torna-se evidente que a escola não deveria reproduzir apenas o que as crianças já conhecem,

motivo pelo qual, os professores conscientes da importância da ação docente tem a

responsabilidade de potencializar as experiências das crianças, por meio das artes, da

filosofia, da sociologia, das ciências naturais, enfim, das diferentes esferas da cultura, o que

exige uma formação adequada, desencadeadora do pensamento crítico e da consciência em

relação à realidade social.

Experiências formativas na primeira infância são indispensáveis para as crianças

estabelecerem relações com a cultura, capacitando-as às mudanças que enfrentarão; aptos a

respeitar diferentes pontos de vista, reconhecer as crenças, os valores, as diferenças étnicas

presentes na sociedade, bem como, capazes de concordar e, até mesmo, refutar a cultura

disponível, de maneira a compreenderem suas próprias histórias. Sustenta-se que, desse modo,

a educação contribua de maneira permanente a uma formação humana e ética. Segundo

Adorno: “Uma educação que procura evitar a volta à barbárie deverá se concentrar na

primeira infância. Quanto melhor forem esclarecidas as crianças, mais chances elas terão de

formarem seu ego e ajudar a criar um ambiente mais humano” (1995c, p. 137).

Pode-se dizer que o pensamento crítico é imprescindível à formação do indivíduo – da

pré-escola aos bancos universitários, a fim de superar a barbárie, geradora das desigualdades

sociais.

Tendo em vista a responsabilidade que a escola assume na formação dos indivíduos,

considera-se que a formação (Bildung) corresponde à possibilidade de esclarecimento e

emancipação. Nessa medida, a escola precisa ser crítica quanto à pseudoformação que se

instalou na sociedade, em que o predomínio é a racionalidade instrumental voltada à

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37

adaptação, o conformismo, e a sujeição dos indivíduos à pressão exercida pela ordem social

vigente. Nas palavras de Adorno:

Na situação mundial vigente, em que ao menos por hora não se vislumbram outras possibilidades mais abrangentes, é preciso contrapor-se à barbárie principalmente na escola. Por isto, apesar de todos os argumentos em contrário no plano das teorias sociais, é tão importante do ponto de vista da sociedade que a escola cumpra sua função, ajudando, que se conscientize do pesado legado de representações que carrega consigo (1995b, p. 117).

Contrapor-se à barbárie, principalmente pela escola, permite concluir que, desde a

educação infantil, é preciso propiciar às crianças, pela via da experiência, situações em que

seja possível o reconhecimento do outro como sujeito. As relações que se estabelecem na

escola precisam estar imbuídas de respeito, solidariedade, alteridade, o bem comum, a

cooperação, entre tantas outras, a fim de que a educação tenha condições de educar para a

humanização das pessoas.

Nesse cenário, nota-se, também, que a educação tem sofrido com os impactos da

indústria cultural, o que corrobora para a fetichização da cultura, uma vez que esta

transformou-se no consumo e na produção de bens, ocasionando a dominação da natureza.

Análogo a esse processo, a educação sofre com os impactos mercadológicos, reificando a

consciência dos professores e favorecendo a perda da capacidade de ter e oferecer

experiências formativas às crianças. Nesse cenário, entende-se que “a semiformação é o

espírito tomado pelo caráter de fetiche da mercadoria” (MAAR, 1995, p. 26). Essa afirmação

favorece a compreensão do porquê, com o avanço do progresso social, a formação cultural

adquiriu caráter de mercadoria e, então, o que antes promoveria condições para a liberdade e

autonomia do indivíduo, é danificado em virtude da socialização da pseudoformação.

Nestes termos, é importante dizer que a pseudoformação é o processo pelo qual os

indivíduos estabelecem relações parciais com a cultura, o que dificulta o livre exercício do

pensamento e da consciência autônoma que se oponham aos mecanismos da reificação. Essa

tendência é predominante na sociedade administrada e indica o estado de heteronomia em que

grande parte dos indivíduos estão imersos. Com isso, os bens culturais que, em princípio,

poderiam fazer parte da formação cultural, são produzidos e disponibilizados na forma de

mercadoria. De acordo com Adorno (2017, p. 13): “(...) a pseudoformação coloniza

parasitariamente o legado cultural.”

Dito isso, é importante esclarecer que os estudos da teoria crítica da sociedade,

evidenciam como a indústria cultural permeia as relações sociais:

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38

A violência da sociedade industrial instalou-se nos homens de uma vez por todas. Os produtos da indústria cultural podem ter a certeza de que até mesmo os distraídos vão consumi-los alertamente. Cada qual é um modelo da gigantesca maquinaria econômica que, desde o início, não dá folga a ninguém, tanto no trabalho quanto no descanso, que tanto se assemelha ao trabalho (HORKHEIMER e ADORNO, 1985, p. 105).

É importante destacar que a violência da sociedade industrial manifesta-se por meio

dos produtos da indústria cultural que, tendencialmente, são desenvolvidos para criar

necessidades ou finalidades externas, impostas aos indivíduos, ocorrendo à mistificação das

massas que aderem às tendências dominantes assimilando-as como se fossem suas. Assim,

tendem a alienar-se perdendo a capacidade de efetivar a autonomia e, consequentemente,

satisfazem àqueles que se encontram por trás da indústria cultural – tão impiedosa, agindo,

inclusive, nos momentos de diversão dos indivíduos.

Com base nessa compreensão, a indústria cultural manifesta-se como meio de

manutenção e produção da pseudoformação, visto apresentar uma realidade estereotipada,

conduzindo à massificação dos indivíduos e a padronização dos bens culturais, impedindo a

formação autônoma e independente do indivíduo, que envolvido pelo sistema social, torna-se

incapaz de julgar e decidir sobre os rumos de sua própria vida. Assim afirmado por

Horkheimer e Adorno (1985, p. 123): “Apesar de todo progresso da técnica de representação,

das regras e das especialidades, apesar de toda a atividade trepidante, o pão com que a

indústria cultural alimenta os homens continua a ser a pedra da estereotipia”.

A produção simbólica, própria do processo cultural, afasta-se do saber popular e

aproxima-se dos interesses do mercado à medida que é convertida em mercadoria pela

indústria cultural. Observa-se, então, a desagregação da cultura e sua consequente conversão

em pseudocultura socializada. Nessa medida, pode-se dizer que, a formação do indivíduo, é

balizada pela indústria cultural, visto que, os bens culturais, que poderiam fazer parte da

formação, são produzidos e disponibilizados na forma de mercadoria, que, em grande medida,

não atendem às demandas formativas.

Nessas condições os indivíduos absorvem os elementos culturais propagados pela

sociedade administrada e, consequentemente, são expropriados da possibilidade de

compreenderem a real situação a que são submetidos. Portanto, pode-se dizer que as massas

são abastecidas de bens culturais por inúmeras fontes, o que faz com que sejam neutralizadas

e petrificadas.

Page 42: Karin Patricia Oliveira

39

Análogo a esse processo, o mesmo ocorre com os conteúdos da formação cultural, que

atendem à lógica mercadológica e são adaptados à consciência daqueles que foram excluídos

do direito à formação, o que contribui, cada vez, para o silenciamento dos indivíduos e a

manutenção da ordem social.

Nota-se, com isso, o enfraquecimento do processo formativo, o que fortalece a

instrumentalização da razão, uma vez que os indivíduos são submetidos aos comandos dos

produtos da pseudocultura e, condicionados, adaptam-se à estrutura social vigente. Nesses

termos, o enfraquecimento do processo formativo contribui para uma ação imediata e não

reflexiva por parte dos indivíduos que, no uso de sua razão, utilizam a técnica unicamente

como um fim em si mesma; e, também, como instrumento de dominação em meio ao sistema

capitalista:

O aparato impõe suas exigências econômicas e políticas para a defesa e a expansão ao tempo de trabalho e ao tempo livre, à cultura material e intelectual. Em virtude do modo pelo qual organizou sua base tecnológica, a sociedade industrial contemporânea tende a tornar-se totalitária. Pois “totalitária” não é apenas uma coordenação terrorista da sociedade, mas também uma coordenação técnico-econômica não terrorista que opera através da manipulação das necessidades por interesses adquiridos. Impede, assim, o surgimento de uma oposição eficaz ao todo (MARCUSE, 1979, p. 24-25).

Pode-se dizer então que, a base tecnológica da sociedade industrial tornou-se

totalitária, visto que os mecanismos que a sustentam são amplamente difundidos,

transformando-se em uma força de ajuste e submissão dos indivíduos. Esse ajustamento afeta-

os, ocasionando a padronização e uniformização do pensamento aos valores externos

preestabelecidos, o que dificulta a oposição, uma vez que são regidos de forma automatizada

e condicionados pelo sistema do aparato tecnológico.

Dito de outra maneira, a sociedade industrial transforma o progresso científico e

técnico em instrumento de dominação e, de forma perversa, conduz os indivíduos à

apropriação dos bens culturais apenas para o utilitarismo, produção e acumulação de capital,

condicionados pela heteronomia predominante à ação racional.

Como forma dominante, a pseudoformação – ao contrário do ideal de formação, que

pressupõe uma educação para a emancipação – produz a acomodação dos indivíduos ao status

quo e propõe a difusão da produção simbólica, em que predomina apenas a dimensão

instrumental, voltada à adaptação e ao conformismo, de forma a subjugar a dimensão

emancipatória. Com isso, o que se vê é a acentuada propagação da desumanização, visto que,

o homem deixa de ser valorizado pelo que é, e passa a ser valorizado pelo que pode produzir e

consumir.

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40

Nesse sentido, pode-se dizer que a pseudoformação constitui a base social de uma

estrutura de dominação que se reflete diretamente na formação dos professores, que, também,

são envolvidos em falsas experiências e, portanto, não estão isentos de aderirem à satisfação

provocada pelo consumo dos bens culturais. Sob a pseudoformação, os conteúdos objetivos

são coisificados e a própria formação é reificada e transformada em mercadoria.

Por tudo isso, é urgente que os professores adquiram consciência das contradições

sociais existentes na sociedade e atuem por uma formação voltada à resistência e à

inconformidade quanto às reais condições existentes, motivo pelo qual, defende-se aqui, uma

educação política. Espera-se que haja esclarecimento por parte dos indivíduos quanto aos

mecanismos sociais criados pela sociedade que, de forma tendenciosa, monopolizam o

conhecimento e os submetem à subordinação e estagnação. Em oposição à tendência

predominante da sociedade concorda-se com a proposição de:

A recuperação da experiência formativa permitiria reconstruir um padrão para o que seria efetivamente “racional”, sem o déficit emancipatório que a racionalidade instrumental impõe. Esta não seria simplesmente uma necessidade “intelectual”, ou “cultural”, mas corresponde a uma necessidade material, já que tem a ver com os rumos da barbarização que inexoravelmente progride na sociedade vigente. É uma questão de sobrevivência (MAAR, 1995, p. 27).

Considera-se, então, que a recuperação da capacidade de realizar experiências

formativas possibilita uma educação para o esclarecimento e para a emancipação, de maneira

que os indivíduos, no uso da razão (de forma livre e autônoma), conscientizem-se da realidade

em que estão inseridos. Por sua vez, sabe-se que a razão, que em sua origem seria a de libertar

os indivíduos, converte-se, ela própria, em instrumento de dominação, impedindo a

desbarbarização da sociedade atual. Tendo em vista as contradições imanentes nos processos

sociais e educacionais, a escola encontra sérias dificuldades na formação das crianças, uma

vez que os próprios professores estão imersos nessa cultura.

Diante desta questão, a escola não pode forjar-se às exigências sociais, cabendo a ela

oferecer uma educação permanentemente crítica quanto à pseudoformação instaurada, tal qual

se apresenta na sociedade e, é claro, no interior da escola. O conceito de formação cultural

(Bildung) permite, por um lado, reacender as possibilidades de intervenção na realidade, de

modo a diminuir as desigualdades sociais e, por outro, transformar as condições objetivas sob

as quais as relações sociais se estabelecem.

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41

Uma formação ética e humana permite aos indivíduos se posicionarem e participarem

da sociedade de forma efetiva, crítica e democrática, além de tomarem decisões responsáveis

que envolvem todo o coletivo.

1.2. Desbarbarizar a educação. Um caminho possível?

Com o abandono do pensamento – que, em sua figura coisificada como matemática, máquina, organização, se vinga dos homens dele esquecidos – o esclarecimento abdicou de sua própria realização ao disciplinar tudo o que é único e individual, ele permitiu que o todo não compreendido se voltasse, enquanto dominação das coisas, contra o ser e a consciência dos homens. Mas uma verdadeira práxis revolucionária depende da intransigência da teoria em face da inconsciência com que a sociedade deixa que o pensamento se enrijeça.” Horkheimer e Adorno

Ao problematizar os caminhos possíveis para a desbarbarização dos indivíduos,

toma-se como referência o enunciado por Adorno: “A exigência que Auschwitz não se repita

é a primeira de todas para a educação” (1995c, p. 119). Para cumprir tal exigência a educação

assume um papel imprescindível, pois também é responsável pela formação do indivíduo

quanto à sua personalidade e ao caráter: “(...) todo caráter, inclusive daqueles que mais tarde

praticam crimes, forma-se na primeira infância, a educação que tem por objetivo evitar a

repetição precisa se concentrar na primeira infância” (ADORNO, 1995c, p. 122).

Nesta medida, justifica-se o porquê é tão importante investigar a formação continuada

dos professores da pré-escola, visto que, a formação da personalidade e identidade das

crianças é a base para a constituição de uma sociedade equitativa, o que requer professores

qualificados e em condições de propor situações de aprendizagens apropriadas às crianças, de

tal modo que estas desenvolvam princípios éticos e morais condizentes com uma formação

humana e consciente. Isso significa dizer que lutar contra a barbárie desde a educação infantil,

por meio de uma educação crítica e reflexiva, torna-se tarefa essencial. Assim, a escola

constitui-se como lócus privilegiado de formação. Então, tomar a formação continuada dos

professores como tema para estudo tem por objetivo desvelar como essa formação tem sido

pensada e organizada no interior dos espaços escolares.

Elaborar o ocorrido em Auschwitz indica inferir que a ausência de consciência dos

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42

indivíduos corroborou para o genocídio em massa. A ausência de consciência – ou a

consciência coisificada – diz respeito às pessoas que se distinguem pela incapacidade de

realizar experiências humanas e também pela ausência de emotividade. Nas palavras de

Adorno:

Os homens inclinam-se a considerar a técnica como sendo algo em si mesma, um fim em si mesmo, uma força própria, esquecendo que ela é a extensão do braço dos homens. Os meios – e a técnica é um conceito de meios dirigidos à autoconservação da espécie humana – são fetichizados, porque os fins – uma vida humana, digna – encontram-se encobertos e desconectados da consciência das pessoas (ADORNO, 1995c, p. 132).

A relação que os homens firmam com a técnica, como algo em si, faz com que se

tornem pessoas frias, incapazes de amar ao próximo, além disso, equiparam-se como coisas e,

o que é pior, tratam o próximo como coisa: “Elas são inteiramente frias e precisam negar

também em seu íntimo, a possibilidade do amor, recusando de antemão nas outras pessoas o

seu amor antes que o mesmo se instale” (ADORNO, 1995c, p. 133).

Diante disso, pode-se afirmar que uma educação que rompa com a barbárie somente

será efetivada mediante a reflexão e a crítica do indivíduo. Sobre o que é entendido por

barbárie, é importante destacar o conceito definido por Adorno (1995). Para ele, o fenômeno

da barbárie é fruto do próprio processo civilizatório:

Entendo por barbárie algo muito simples, ou seja, que, estando na civilização do mais alto desenvolvimento tecnológico, as pessoas se encontrem atrasadas de um modo peculiarmente disforme em relação a sua própria civilização – e não apenas por não terem em sua arrasadora maioria experimentado a formação nos termos correspondentes ao conceito de civilização, mas também por se encontrarem tomadas por uma agressividade primitiva, um ódio primitivo ou, na terminologia culta, um impulso de destruição, que contribui para aumentar ainda mais o perigo de que toda a civilização venha a explodir, aliás uma tendência imanente que a caracteriza (1995e, p. 155).

Se é fato que a barbárie existe desde épocas anteriores às sociedades capitalistas,

também é fato que sob o capitalismo tardio a contradição entre o alto desenvolvimento

tecnológico e a permanência do impulso destrutivo e violento torna-se mais evidente e

injustificada.

Assim, considerando que a barbárie é concebida no interior do próprio processo

civilizatório, torna-se um desafio, em tempos atuais, conciliar o processo que impõe a

barbárie aos homens e, ao mesmo tempo, constitui a base de sua sobrevivência. Como evitar

que a barbárie se consolide? São visíveis as contradições existentes na sociedade industrial,

pois, o que se constata na sociedade do consumo é o lucro em detrimento da própria vida.

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43

Diante de tal afirmação, nota-se que:

A indústria só se interessa pelos homens como clientes e empregados e, de fato, reduziu a humanidade inteira, bem como cada um de seus elementos, a essa fórmula exaustiva. Conforme o aspecto determinante em cada caso, a ideologia dá ênfase ao planejamento ou ao acaso, à técnica ou à vida, à civilização ou à natureza (HORKHEIMER e ADORNO, 1985, p. 121).

Pode-se exemplificar essa afirmação quando se constata a situação de milhões de

pessoas que não tem acesso à saúde, à alimentação, à educação, à habitação, à cultura, ao

trabalho e ao lazer, além de sobreviverem à margem de um sistema social esmagador. Isso é

regredir à barbárie, pois o processo civilizatório não acompanha o avanço tecnológico de

forma equitativa, impedindo as pessoas de lutarem por melhores condições de vida.

Em meio a essa situação, destaca-se, então, o campo educacional, tendente à forte

influência para a sustentação do status quo. Status esse favorecedor da classe dominante,

impedindo por meio de mecanismos de dominação, a formação de indivíduos críticos e

pensantes, legitimando ínfimas condições objetivas e subjetivas destes superarem a submissão

a que estão submetidos.

Dadas as condições objetivas que a sociedade alcançou – ainda que este estudo trate

especificamente da Rede Pública Municipal de Ensino – é importante situar a circunstância

política e econômica em que esta pesquisa foi realizada, visto que, nos dias atuais, presencia-

se diferentes ataques ao campo educacional. A educação, em tempos difíceis, aflora debates

calorosos e, por vezes, movidos por discursos autoritários e fascistas, consolidados pela

própria sociedade de classes, dividida por interesses unicamente individuais.

Pode-se dizer que, por um lado, há uma sociedade constituída por indivíduos que

requerem um ensino de boa qualidade, seja ele público ou privado e que defendem a retomada

da democracia, e as mesmas condições de igualdade e oportunidades; por outro, nota-se uma

sociedade, cuja base capitalista, promove um ensino voltado à instrumentalização e

padronização, o que impede o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo dos

indivíduos, mantendo-os sob a adaptação da sociedade administrada.

A constituição de uma sociedade democrática exige a luta contra qualquer tipo de

dominação e injustiça, seja ela etária, de gênero, socioeconômica, política, cultural, étnica, de

credo, entre outras. Espera-se, então, que a educação, por meio dos processos formativos,

contribua para o desenvolvimento da consciência crítica e autônoma dos professores de tal

modo que estes tenham condições necessárias de resistência frente aos desafios que se põem

no campo educacional.

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44

No que se refere às condições de igualdade e de oportunidades de acesso à educação,

estudos realizados por Louzano e Moriconi (2019, p. 249) evidenciam que:

Além disso, há desigualdades marcantes tanto em termos regionais quanto em relação ao público atendido pelas escolas – com prejuízos para os alunos de famílias mais vulneráveis -, observadas tanto nos resultados educacionais como nas condições de ensino oferecidas.

Além das condições de permanência e oferta de atendimento, marcada pelas

desigualdades sociais, nota-se também preocupação no que tange aos investimentos para a

educação infantil, etapa essencial no processo de formação da identidade e personalidade das

crianças.

Embora tenhamos avançado no acesso à educação infantil, com 90% das crianças de quatro a cinco anos na pré-escola, ainda são apenas 30% as crianças de zero a três anos que frequentam creches – com defasagem maior entre as famílias mais pobres (LOUZANO e MORICONI, 2019, p. 248).

Nessa medida, o cenário atual apresentado é preocupante, o que exige a elaboração do

passado. Estamos prestes a viver outra barbárie, nos mesmos moldes ou, ainda pior, do que

ocorreu em Auschwitz? Entende-se que, para contrapor-se à barbárie, é preciso que haja o

esclarecimento do que aconteceu e os motivos pelos quais as pessoas foram obrigadas a viver

em meio ao terror. Adorno (1995, p. 48) chamava a atenção para: “(...) A elaboração do

passado como esclarecimento é essencialmente uma tal inflexão em direção ao sujeito,

reforçando a sua autoconsciência, e por esta via, também o seu eu”.

O que aconteceu em Auschwitz não pode, jamais, ser levado ao esquecimento, ou,

simplesmente, minimizar o fato de tamanha barbárie. Nota-se, nos dias atuais, atitudes

fascistas representadas pelo preconceito delirante, a opressão, o genocídio e a tortura, que

direcionam a sociedade, de forma desenfreada, à barbárie. De maneira a elucidar o que se

entende por fascismo, recorre-se ao pensamento de Adorno:

A sobrevivência do fascismo e o insucesso da tão falada elaboração do passado, hoje desvirtuada em sua caricatura como esquecimento vazio e frio, devem-se à persistência dos pressupostos sociais objetivos que geram o fascismo. Este não pode ser produzido meramente a partir de disposições objetivas. A ordem econômica e, seguindo seu modelo, em grande parte também a organização econômica, continuam obrigando a maioria das pessoas a depender de situações dadas em relação às quais são impotentes, bem como a se manter numa situação de não-emancipação. Se as pessoas querem viver, nada lhes resta senão se adaptar à situação existente, se conformar; precisam abrir mão daquela subjetividade autônoma a que remete a ideia de democracia; conseguem sobrevir apenas na medida em que abdicam seu próprio eu (1995, p. 43).

Observa-se, nos dias atuais, a sobrevivência do fascismo por meio da própria

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45

democracia, que tende a tornar-se uma forma de repressão com o consentimento popular,

afinal, elege-se democraticamente lideres autoritários, racistas, homofóbicos e xenofóbicos.

Nessa medida, é pertinente ponderar que a democracia gera por si só a sobrevivência do

fascismo, quando a maioria da população, ao menos a maioria que vota, elege líderes fascistas

ao governo. Assim, os indivíduos, impotentes diante da ordem econômica estabelecida,

colocam a democracia em risco e legitimam uma política de desmontagem dos direitos

sociais. Este momento em que o país se encontra, em que prevalece, predominantemente, o

autoritarismo e os interesses econômicos, impede, vergonhosamente, o esclarecimento dos

indivíduos face ao “terror”. É por essa razão que:

Conforme o ditado de que tudo depende unicamente das pessoas, atribuem às pessoas tudo o que depende das condições objetivas, de tal modo que as condições existentes permanecem intocadas. Na linguagem da filosofia poderíamos dizer que na estranheza do povo em relação à democracia se reflete a alienação da sociedade em relação a si mesma (ADORNO, 1995, p. 36).

Dito isso, é preciso que os indivíduos questionem, a todo o momento, as condições

objetivas em que vivem, visto que essas mesmas condições os conduzem a regredir no

processo de humanização. O que se percebe hoje, em meio ao sistema social, são pessoas, em

grande maioria, dispostas a viverem de maneira a se adaptar ao que está posto, a aceitarem

regimes totalitários, reforçados pela insatisfação e pelo ódio. Como os indivíduos são capazes

de abrir mão da subjetividade autônoma para, então, aceitarem passivamente, processos

árduos de submissão? Para Adorno esse processo ocorre pelo fato de:

(...) Justamente porque a realidade não cumpre a promessa de autonomia, enfim, a promessa de felicidade que o conceito de democracia afinal assegurara, as pessoas tornam-se indiferentes frente à democracia, quando não passam até a odiá-la. (...) Os que permanecem impotentes não conseguem suportar uma situação melhor sequer como mera ilusão; preferem livrar-se do compromisso com uma autonomia em cujos termos suspeitam não poder viver, atirando-se no cadinho do eu coletivo (1995a, p. 44).

Com isso, nota-se, então, uma paralisia que condiciona os indivíduos em meio às

relações sociais. Defende-se, aqui, uma formação que, de fato, consiga libertar os homens

dessa situação de paralisia, pois somente assim será possível lutar contra a barbárie. É urgente

uma formação voltada à consciência crítica, autônoma e emancipatória, de tal maneira que

permita ao indivíduo desvendar-se das contradições da sociedade, visto que, quanto maior o

nível de conscientização, menor será o seu estado de alienação.

As contribuições dos estudos críticos, mais especificamente de Theodor W. Adorno,

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46

permitem entender o que hoje, objetivamente, se apresenta e o quanto os indivíduos se

encontram fragilizados em meio aos anúncios noticiados todos os dias nos telejornais, nas

mídias eletrônicas, nos jornais e revistas renomados, no que se refere à educação.

Nesse cenário é pertinente perguntar: como promover um ensino de boa qualidade e

garantir a valorização dos professores, assegurando-lhes melhores condições de trabalho e um

processo formativo que atenda às demandas da profissão? Formar para adaptação ou para a

emancipação? É importante apresentar, então, o seguinte entendimento a respeito da

concepção de educação:

Assumindo o risco, gostaria de apresentar a minha concepção inicial de educação. Evidentemente não a assim chamada modelagem de pessoas, porque não temos o direito de modelar pessoas a partir de seu exterior; mas também não a mera transmissão de conhecimentos, cuja característica de coisa morta já foi mais do que destacada, mas a produção de uma consciência verdadeira (ADORNO, 1995d, p. 141).

Uma consciência verdadeira pressupõe que a educação não seja neutra, ao contrário,

constitua-se politicamente. Cabe perguntar, então, quais são as ações políticas e democráticas

que, de fato, se materializam nas escolas? Nas palavras de Adorno (1995d, p. 142): “(...) Uma

democracia efetiva só pode ser imaginada enquanto uma sociedade de quem é emancipado”.

A perspectiva de uma educação para a emancipação, em consonância com os

princípios éticos e morais, exige que as escolas brasileiras garantam, por meio de seus

currículos, atividades educacionais que preveem o debate político e a reflexão crítica, tanto

por parte dos professores como dos estudantes. Reflexão e criticidade são necessárias à

formação de pessoas capazes de questionar e esclarecer as reais condições em que a sociedade

se materializa e, de forma crescente e acentuada, segrega e monopoliza o conhecimento,

enfraquecendo o indivíduo e fomentando a violência e o ódio.

Com base nesses elementos, destaca-se que para Adorno (1995) o mal-estar na cultura

tem um caráter estritamente social. Concordar com esse entendimento, significa dizer que a

sociedade consegue manipular as pessoas de maneira a envolvê-las em um sistema social

opressivo, sufocando-as e oprimindo-as. À medida que se desconsidera a reflexão crítica e a

autonomia dos indivíduos na tomada de decisão, a escola, desde a educação infantil, tende a

formar para a reprodução de uma sociedade heterônoma, marcada pelas desigualdades sociais,

políticas e econômicas.

Percebe-se, então, que a cultura da sociedade administrada impõe um mecanismo de

desenvolvimento da heteronomia, visto que os indivíduos sujeitam-se à vontade de outros,

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perdendo a individualidade diante de um processo de dominação e massificação perverso.

Com isso, os indivíduos perdem a capacidade de pensar e agir por contra própria, tornando-se,

assim, indiferentes aos processos de alienação a que são solapados.

Todo compromisso assumido como norma, sem que tenha sido experienciado pelo

indivíduo, favorece e legitima a heteronomia: “(...) um tornar-se dependente de mandamentos,

de normas que não são assumidas pela razão própria do indivíduo” (ADORNO, 1995c, p.

124).

Adorno (1995) sustenta que as pessoas propensas a lutar pela busca da emancipação

necessitam trabalhar duramente para a educação, cuja finalidade é a objeção e a resistência ao

estado de barbárie. Para ele, as pessoas não são capazes de se emancipar sem que haja o

pensamento autorreflexivo e crítico, pois a sociedade administrada as “controlam”,

adaptando-as de modo a ajustá-las ao sistema.

Toda vez que ocorre o silenciamento da crítica, em nome de uma pretensa harmonia

pedagógica, legitima-se a barbárie. Desde a década de 1950, Adorno participou de

conferências na rádio alemã, acompanhado por Hellmut Becker11, quando, durante os

diálogos estabelecidos entre ambos, buscava esclarecer aos ouvintes as problemáticas

relacionadas à educação. De acordo com o autor (1995) desbarbarizar a educação tornou-se a

questão mais urgente da educação, finalidade ainda válida hoje em dia.

Desses diálogos infere-se que, a desbarbarização da educação está pautada em dois

conceitos: educação como esclarecimento e educação como emancipação. É preciso fomentar

a potencialidade crítica do esclarecimento, despotencializada pelo capitalismo tardio. Diante

disso, torna-se imprescindível que o indivíduo use de sua razão, aptidão e coragem, e sirva-se

de seu próprio entendimento para se posicionar e tomar decisões, autonomamente.

A proposta iluminista de emancipação humana, que visava um estágio de progresso,

em que as pessoas, por meio da razão, poderiam se libertar e superar a menoridade em que o

homem se envolveu, foi revertida pela perspectiva pautada no domínio da razão em que tudo

é tratado como coisa, como objeto. Pode-se dizer que a ciência, contraditoriamente, favoreceu

ao processo de desumanização, visto que, ao converter-se também em mito tornou-se

ferramenta de poder e dominação, bem como reduziu as relações humanas à lógica da

produção de mercadoria.

11 Hellmut Becker foi diretor do Instituto de Pesquisas Educacionais da Sociedade Max Planck, em Berlim. Na sede da rádio de Frankfurt entrevistou Theodor W. Adorno, em uma sequência de debates pedagógicos iniciados em 1959, com o título: “O que significa elaborar o passado”. Adorno esteve pela última vez na sede da rádio de Frankfurt no dia 16 de julho de 1969, em que Hellmut Becker conduziu uma conversa intitulada: “Educação e emancipação” (ADORNO, 1995, p. 9).

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O mito converte-se em esclarecimento, e a natureza em mera objetividade. O preço que os homens pagam pelo aumento de seu poder é a alienação daquilo sobre o que exercem o poder. O esclarecimento comporta-se com as coisas como o ditador se comporta com os homens. Este conhece-os na medida em que pode manipulá-los. O homem de ciência conhece as coisas na medida em que pode fazê-las. É assim que seu em-si torna para-ele. Nessa metamorfose, a essência das coisas revela-se como sempre a mesma, como substrato da dominação (HORKHEIMER e ADORNO, 1985, p. 21).

Em contraposição a essa condição espera-se que os indivíduos ampliem sua

capacidade de compreensão da realidade e se libertem das amarras do sistema social, em que

se presencia a conduta irracional dos seres humanos. Assim, a ciência e todo o conhecimento

adquirido pelo homem, ao contrário do que se observa, devem estar a serviço da humanização

de toda a sociedade.

Nessas condições, a desbarbarização é urgente para a conservação da humanidade, em

que os homens, conscientes de sua razão, lutem para, de fato, constituírem uma sociedade

ética e democrática. É por essa razão que:

Numa democracia, quem defende ideais contrários à emancipação, e, portanto, contrários à decisão consciente independente de cada pessoa particular, é um antidemocrata, até mesmo se as ideias que correspondem a seus desígnios são difundidas no plano formal da democracia. As tendências de apresentação de ideais exteriores que não se origina a partir da própria consciência emancipada, ou melhor, que se legitimam frente a essa consciência, permanecem sendo coletivistas-reacionárias. Elas apontam a uma esfera em que deveríamos nos opor não só exteriormente pela política, mas também em outros planos muito mais profundos (ADORNO, 1995d, p. 142).

Pode-se dizer, então, que a luta por uma sociedade democrática requer que os

indivíduos desenvolvam a consciência emancipada, decorrente do esclarecimento,

posicionando-se diante da realidade, além de considerarem a democracia, como um elemento

de sua própria conduta. Sobre o que é esclarecimento (Aufklarüng), Adorno recorre a Kant

que, em um ensaio, respondeu:

A exigência de emancipação parece ser evidente numa democracia. Para precisar a questão, gostaria de remeter ao início do breve ensaio de Kant intitulado “Resposta à pergunta: o que é esclarecimento?”. Ali ele define a menoridade ou tutela e, deste modo, também a emancipação, afirmando que este estado de menoridade é auto-inculpável quando sua causa não é a falta de entendimento, mas a falta de decisão e coragem de servir-se do entendimento sem a orientação de outrem. “Esclarecimento é a saída dos homens de sua auto-inculpável menoridade” (ADORNO 1995f, p. 169).

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Reafirma-se, então, que a democracia e a consequente busca pela emancipação

resultam da formação e coragem dos indivíduos para se desprenderem da condição de

tutelados: “Para evitar um resultado irracional é preciso pressupor a aptidão e a coragem de

cada um em se servir de seu próprio entendimento” (ADORNO, 1995f, p. 169).

Compreende-se, então, que a tarefa educativa precisa preocupar-se, principalmente,

com os aspectos de resistência à barbárie e emancipação, os quais serão alcançados somente

se a formação dos indivíduos, comprometida com o desenvolvimento de uma consciência

verdadeira, consiga se opor à perversa forma da organização da sociedade administrada.

1.3 A educação infantil e a formação para a autonomia

Dia a dia nega-se às crianças o direito de serem crianças. Os fatos, que zombam esse direito, ostentam seus ensinamentos na vida cotidiana. O mundo trata os meninos ricos como se fosse dinheiro, para que se acostumem a atuar como o dinheiro atua. O mundo trata os meninos pobres como se fossem lixo, para que se transformem em lixo. E os do meio, os que não são nem ricos nem pobres, conserva-os atados à mesa do televisor, para que aceitem desde cedo, como destino, a vida prisioneira. Muita magia e muita sorte têm as crianças que conseguem ser crianças.

Eduardo Galeano

A educação infantil brasileira obteve considerável destaque nas últimas décadas,

devido, em grande parte, à consciência de boa parcela da sociedade sobre a importância das

experiências na primeira infância para a formação do jovem e do adulto. Contudo, nem

sempre foi assim: em um passado recente, o atendimento às crianças de zero a cinco anos

tinha como característica o assistencialismo.

Em termos legais, a Constituição Federal de 1988 regulamenta a obrigatoriedade do

Estado em fornecer creches e pré-escolas para todas as crianças de zero a cinco anos.

Contribuem também para essa mudança o Estatuto da Criança e do Adolescente, publicado

em 1990, e a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promulgada

em 1996.

Pesquisas voltadas à infância concluem que a criança, na sociedade contemporânea, é

concebida como um ser social, ativa, curiosa, imaginativa e autora. Uma criança que se

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constitui da relação com o outro e que ocupa um espaço na sociedade, amparada por uma

legislação que garante o seu direito como cidadã, logo, como sujeito de direitos.

Ao considerar a importância das experiências na primeira infância, para a formação do

caráter e personalidade das crianças, é importante verificar de que maneira as instituições de

educação infantil organizam suas propostas pedagógicas.

Percebe-se, então, que, no que tange ao âmbito escolar, a autonomia das crianças está

relacionada às experiências realizadas por elas, mediadas pelo professor, portanto, torna-se

imprescindível pensar uma educação infantil que proporcione às crianças, o desenvolvimento

do pensamento crítico e consciente, a fim de que se possa, por meio da educação, formar para

a resistência, cujo objetivo é a superação da dominação presente na estrutura social.

Nesse sentido, o professor assume um papel imprescindível, pois como figura de

autoridade, confere às crianças condições de experimentarem situações de aprendizagem que,

diretamente, contribuam para a efetivação da autonomia. Conceber uma formação autônoma e

crítica aos indivíduos, de tal modo que estes consigam a inserção no mercado de trabalho, os

favorecerá na luta pela resistência à barbárie.

Vale dizer que, desde a educação infantil, a escola tem o dever de adaptar os

indivíduos às regras e normas pré-estabelecidas e prover condições, também, para que eles

adquiram a consciência da realidade em que estão inseridos. Então, pode-se dizer, ao se

adaptarem ao convívio social e realizarem experiências formativas, os indivíduos terão

melhores condições de superar a mera adaptação. Nas palavras de Adorno:

A adaptação não deve conduzir à perda da individualidade em um conformismo uniformizador. (...) A educação por meio da família, na medida em que é consciente, por meio da escola, da universidade teria neste momento de conformismo muito mais a tarefa de fortalecer a resistência do que de fortalecer a adaptação (ADORNO, 1995d, p. 144).

Assim, compreende-se que esse é o sentido da educação, pois a instituição escolar, ao

adaptar o indivíduo à realidade social precisa prover-lhe, ao mesmo tempo, meios para que ele

reflita e tome consciência daquilo que adapta, visando à superação do próprio desse processo.

A educação, ao mesmo tempo que adapta, precisa fornecer elementos para que os indivíduos

obtenham a autonomia.

Por isso, defende-se que a educação seja capaz de possibilitar aos indivíduos

condições de pensarem coletivamente, sem que sacrifiquem sua individualidade, pois,

certamente, se a escola, ao contrário do que se espera, moldar os indivíduos ao existente,

uniformizando suas ações e conduzindo-os ao conformismo, assistir-se-á a barbárie. Assim,

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observa-se que: “De qualquer modo, a ideologia dominante hoje em dia define que, quanto

mais as pessoas estiverem submetidas a contextos objetivos em relação aos quais são

impotentes, ou acreditam ser impotentes, tanto mais elas tornarão subjetiva esta impotência”

(ADORNO, 1995, p. 36).

Imanente a esse processo, em que impera a ideologia dominante, está à formação do

professor, tornando necessário que as relações estabelecidas, na escola, entre o professor e as

crianças sejam pautadas pelo diálogo, reflexão, conhecimento, princípio de alteridade e

esclarecimento. Relações ocorridas objetivamente e que incidem, diretamente, na formação

subjetiva da criança, incorrendo em ações conscientes no coletivo da sociedade. Reivindica-se

aqui, uma formação que contribua, de fato, à transformação social, visto que, evitar a

repetição de Auschwitz deve ser iniciada na educação infantil.

Durante o processo formativo, os professores precisam debater sobre a as relações

sociais estabelecidas e o quanto a indústria cultural influencia a formação das crianças, de tal

modo que não paute suas ações meramente na instrução e adaptação (ao contrário), e

cumpram a função precípua da educação escolar.

Nesse sentido, é preciso, ainda, considerar as experiências vividas pelos professores a

fim de que eles possam mediar processos educacionais reflexivos. Nota-se que há um

obscurantismo em relação à apropriação da cultura, o que significa dizer que, nem sempre, os

professores experimentam os elementos da cultura de maneira consciente e objetiva,

subsumindo-se, então, à pseudocultura:

O defeito mais grave com que nos defrontamos atualmente consiste em que os homens não são mais aptos à experiência, mas interpõem entre si mesmos e aquilo a ser experimentado aquela camada estereotipada a que é preciso se opor. (...) Porém, fica a pergunta: afinal o que é isto, esta inaptidão à experiência? O que acontece, e o que, se houver algo, poderia ser feito para a reanimação da aptidão a realizar experiências? (ADORNO, 1995d, p. 149).

Ao considerar as experiências às quais os professores têm acesso, retoma-se a

discussão sobre a pseudoformação, pois, comumente, as condições para a realização de

experiências vivas com a cultura estão reduzidas na sociedade administrada, haja vista que, a

formação dos indivíduos – no sentido de fortalecer a própria consciência em relação ao

existente – acaba por limitar ou até mesmo cancelar essa possibilidade.

Nestes termos, é preciso que os professores, ao longo de seu desenvolvimento

profissional, reconheçam a importância de terem experiências com a cultura, por assim dizer,

com as artes e às ciências, e à medida que se apropriem da cultura, contribuam, efetivamente,

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na formação consciente das crianças. Educar exige, por si só, professores aptos a pensar e,

pensar de maneira consciente e reflexiva, em diálogo permanente com a possibilidade de uma

educação que, de fato, contribua à emancipação dos indivíduos.

Na escola e no fazer docente torna-se necessário que os professores superem práticas

autoritárias, que negam às crianças o direito de serem ouvidas, autoras de suas descobertas e

capazes de tomarem decisões pautadas na sua própria consciência. Sabe-se que as crianças

desenvolvem sua independência e autonomia quando são ativas no processo de aprendizagem,

quando se posicionam, resolvem conflitos, se colocam no lugar do outro, se mostram

sensíveis aos problemas da sociedade.

Por fim, sustenta-se que a formação continuada dos professores contribua para o

desenvolvimento de práticas promotoras do pensamento crítico e autônomo das crianças.

Reitera-se então, que a escola seja uma instituição potente para estimular a autonomia e

consciência crítica desde a infância.

A educação infantil constitui um espaço privilegiado para a realização de experiências

significativas e formativas, tornando a escola, então, um lócus de formação, em que a

adaptação e a autonomia se concretizam como a base desse processo, contrapondo-se aos

processos heterônomos e de submissão que, como se observa até hoje, contribuem para o

enfraquecimento do indivíduo, desde a educação infantil.

Por esse motivo, torna-se relevante destacar que as crianças participem ativamente do

processo de aprendizagem e consigam analisar as experiências a que são convidadas a

participar, questionando e posicionando-se em relação a elas. Ao professor, figura de

autoridade, cabe exercer o papel de mediador das experiências das crianças para que elas

possam tê-lo como referência.

Em decorrência, cabe perguntar: o professor também é autônomo e capaz de apreender

as contradições existentes na sociedade? A formação inicial e continuada do professor

contempla essa exigência?

Somado a essas questões, nota-se o quanto os espaços formativos são subsídios

necessários à formação dos professores, na perspectiva do esclarecimento, na medida em que

forneçam condições à reflexão permanente sobre suas ações, visto que, predominantemente,

foram formados para a adaptação e o ajustamento.

Outra questão fundamental diz respeito aos conteúdos adotados pelos professores

como apoio ao trabalho pedagógico. Não se sabe ao certo quais os critérios adotados pelo

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53

professor para selecionar conteúdos programáticos às crianças, ou ainda, se esses conteúdos

foram selecionados por ele ou por outrem.

Assim, pode–se indagar: Quais são os materiais selecionados para as brincadeiras e

demais atividades? Quais são as músicas, os livros, as histórias, os desenhos, os filmes, os

documentários, entre outras possibilidades, que compõem o material para o planejamento das

ações com as crianças e quais são as atividades proporcionadas às crianças, tanto individuais

quanto coletivas?

Nota-se que, a forma como os professores organizam e sistematizam as ações

pedagógicas, incidem diretamente na formação das crianças. Se a educação infantil fortalecer

a adaptação, por meio da “modelagem” das condutas, certamente estará a serviço da

manutenção do status quo. Portanto, a adaptação não pressupõe a ausência da reflexão e da

crítica, mantendo os indivíduos aprisionados e impotentes diante de uma realidade social, ao

contrário das tendências adaptativas e da modelagem de pessoas, é preciso fortalecer a

resistência. Nessa medida, as experiências que as crianças experimentam na escola,

estimularão, ou não, sua formação individual, do pensamento e da reflexão, de modo que se

oponham ao totalitarismo presente na sociedade administrada.

Não obstante, é preciso ressaltar a importante função do professor como figura de

autoridade, para que tenha de fato, condições de encontrar meios para garantir a ele e às

crianças a realização de experiências formativas que as fortaleçam e resistam à barbárie, e à

submissão com consciência:

Mas aquilo que caracteriza propriamente a consciência é o pensar em relação à realidade, ao conteúdo – as relações entre as formas e a estrutura do pensamento do sujeito e aquilo que ele não é. Este sentido mais profundo de consciência ou faculdade de pensar não é apenas o desenvolvimento lógico-formal, mas ele corresponde literalmente à capacidade de fazer experiências. Eu diria que pensar é o mesmo que fazer experiências intelectuais. Nesta medida e nos termos que procuramos expor, a educação para a experiência é idêntica à educação para a emancipação (ADORNO, 1995d, p. 151).

É importante ponderar que consciência é atuar reflexivamente sobre o real e os

conteúdos objetivos, incluindo o aspecto lógico-formal sem reduzir-se ou deter-se nele. Fazer

experiências intelectuais exige autoria, criticidade, autonomia e consciência do professor que,

ao perceber o quanto a educação tem sido instrumentalizada e mercantilizada, busque meios

de resistência.

Logo, considera-se que os espaços de formação continuada dos professores legitimem-

se, também, como espaços de luta e resistência, fortalecendo uma formação para o

Page 57: Karin Patricia Oliveira

54

questionamento, a reflexão e a crítica, em uma permanente ação política e autônoma capaz de

subverter a lógica da sociedade administrada. Compartilhando a proposição de Adorno: “(...)

O único poder efetivo contra o princípio de Auschwitz seria autonomia, para usar a expressão

kantiana; o poder para a reflexão, a autodeterminação, a não-participação” (ADORNO, 1995c,

p. 125).

Ora, falar de autonomia em uma sociedade que enclausura e determina o que o

indivíduo deve fazer, pensar, agir por meio de normas, regras, estatutos, sem ao menos

permitir-lhe a possibilidade de fazer escolhas (que sejam realmente pensadas por ele),

coaduna com o entendimento de que, na sociedade administrada, os indivíduos vivem de

forma heterônoma.

Os professores, conscientes de sua ação docente, precisam estabelecer com as crianças

uma relação de confiança para que sua figura seja referência, de fato, na formação pessoal,

social e afetiva da criança. Vale mencionar que o professor, em suas relações com a criança,

manifesta-se como uma autoridade esclarecida e racional, nessa medida:

Determinadas manifestações de autoridade, que assumem um outro significado, na medida em que já não são cegas, não se originam do princípio da violência, mas são conscientes, e, sobretudo, que tenham um momento de transparência inclusive para a própria criança; quando os pais “dão uma palmada” na criança porque ela arranca as asas de uma mosca, trata-se de um momento de autoridade que contribui para a desbarbarização (ADORNO, 1995e, p. 167).

Considera-se que as relações estabelecidas entre os adultos e as crianças são

fundamentais para a constituição do caráter e da personalidade das crianças. Nestes termos, o

adulto exerce a função de autoridade, não podendo se eximir da responsabilidade de

repreender a criança, por meio do diálogo e da reflexão, quando ela tem uma atitude de

violência, seja física ou verbal. Por um lado, as crianças não devem ser submetidas a situações

autoritárias de violência e, por outro, também não podem ser deixadas à insegurança total,

sem qualquer orientação ou referência.

Na escola o professor é a figura de autoridade e cada vez que proporciona às crianças,

a reflexão acerca da maneira como se manifestam na interação entre os pares, com os adultos,

nas brincadeiras, nas atividades, nas tomadas de decisão, na resolução de conflitos,

contribuem, efetivamente, para uma formação humana capaz de se contrapor à barbárie.

Para que Auschwitz não se repita, os princípios de respeito, de alteridade, de

solidariedade, de reflexão, de crítica e autonomia precisam ser o cerne das discussões e

debates educacionais ocorridos nas diferentes esferas da sociedade. Entretanto, como a função

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55

social da educação é a formação integral dos indivíduos, para além das discussões e debates,

ela tem que garantir que a formação supere a pseudoformação em que todos estão

mergulhados.

Page 59: Karin Patricia Oliveira

56

Capítulo 2. Formação continuada dos professores e a criança, segundo os

documentos oficiais e os registros elaborados pelos professores

O desejo de libertar-se do passado justifica-se: não é possível viver à sua sombra e o terror não tem fim quando culpa e violência precisam ser pagas com culpa e violência; e não se justifica porque o passado de que se quer escapar ainda permanece muito vivo.

Theodor W. Adorno

O presente capítulo tem como objetivo apresentar o desenvolvimento do estudo que

teve como referência evidenciar como ocorrem os processos formativos dos professores de

uma pré-escola do município de São Paulo. Assim, o primeiro tópico apresenta o problema de

pesquisa, os objetivos e hipóteses; no segundo expõe-se o método, no qual está contemplado:

documentos fontes, critérios para a escolha da escola, caracterização da unidade escolar

pesquisada, definição das categorias analíticas, instrumentos para a coleta de dados e a coleta

de dados. Por fim, no terceiro tópico, apresenta-se a discussão dos resultados obtidos, que por

sua vez, estão subdivididos da seguinte forma: permanências e modificações, tipos de

registros, resistência e adaptação, e autonomia e heteronomia. É importante esclarecer que,

nos itens que seguem, serão detalhadas as permanências e modificações, resistência e

autonomia, autonomia e heteronomia do professor na formação continuada.

2.1 Problema de pesquisa, objetivos e hipóteses

Tendo em vista que a educação infantil, ao longo de sua história, sofreu

transformações políticas, econômicas, sociais e necessita ser organizada como uma etapa

primordial para a formação cognitiva e da personalidade das crianças, objetiva-se investigar o

processo de formação continuada dos professores das pré-escolas da Rede Municipal de

Ensino de São Paulo, visto que estes são, no âmbito da instituição escolar, os principais

responsáveis por propiciar às crianças experiências formativas voltadas à autonomia.

Em decorrência investiga-se a formação continuada a fim de verificar, por meio dos

registros oficiais e os que são elaborados pelos professores, se a formação oferecida em

serviço garante a autonomia dos professores ou se apenas reforça a adaptação na sociedade

administrada. Compreende-se que a autonomia do professor é condição necessária para se

discutir a autonomia das crianças. Para tanto, formulou-se o seguinte problema de pesquisa:

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57

A formação continuada possibilita uma formação que visa ao princípio da autonomia

dos professores em suas atividades, de tal modo que, no exercício de sua função, tenham

condições de discutir e estimular a autonomia das crianças, sobretudo no que se refere à

efetivação de experiências formativas autônomas?

O problema de pesquisa suscitou inquietações, e a fim de investigar como a Rede

Municipal de Educação de São Paulo implementa a formação continuada dos professores da

educação infantil, tendo como base as exigências dessa etapa12, desdobraram-se os seguintes

objetivos a ele relacionados:

a) Identificar as permanências e modificações no que tange à autonomia e heteronomia

dos professores, contidas nos documentos oficiais da SME, no período de 2013 a 2018,

referentes à formação continuada, em uma pré-escola da Rede Municipal de Educação

de São Paulo;

b) Verificar se as permanências ou modificações identificadas nos documentos oficiais

foram contempladas na formação continuada, durante os momentos formativos, de

maneira a potencializar a formação autônoma dos professores;

c) Analisar os tipos de registros elaborados pelos professores a fim de verificar se

evidenciam uma formação autônoma e em que medida os documentos oficiais,

publicados pela Secretaria Municipal de Educação, no período de 2013 a 2018, foram

implementados nos estudos dos professores durante a formação continuada.

2.2 Hipóteses

a) O conteúdo dos documentos oficiais apresentam conceitos que possibilitam a formação

voltada à autonomia, porém, o que prevalece são processos heterônomos na formação

continuada, o que deve ter consequências sobre a formação das crianças;

b) As permanências e modificações ocorridas nos documentos oficiais foram pouco

contempladas na elaboração dos documentos da escola, prevalecendo a heteronomia

em relação à autonomia na formação continuada dos professores;

c) Os registros elaborados pelos professores durante os horários formativos são,

predominantemente, realizados de forma burocrática, instrumental, com pouca reflexão

sobre a teoria.

12 Educação Infantil não tem terminalidade, conforme registro na nota 7, página 15.

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58

Esta pesquisa destaca o movimento da Rede Municipal de Educação, entre o ano de

2013 até o ano de 2018, no que se refere à implementação de políticas educacionais para a

infância, em especial a formação dos professores. A fim de descrever a organização da RME,

no que tange à implementação das políticas educacionais para a infância, apresenta-se no

Anexo 2, um quadro com os principais marcos no período de 2013 a 2018

2.3 Método

Essa é uma pesquisa documental que toma como fontes: a) os registros publicados

pela Secretaria Municipal de Educação – SME, no período de 2013 a 2018; e b) os registros

elaborados por professores, que atuam em uma escola municipal de educação infantil na

cidade de São Paulo, durante o mesmo período.

O método utilizado para a realização da presente pesquisa obedeceu a seguinte

sequência: 1) escolha das fontes primárias; 2) organização das fontes; 3) elaboração dos

protocolos de leitura; 4) coleta de dados; 5) apresentação e discussão dos resultados e

interpretação de seus significados com base no referencial teórico adotado.

Como fontes primárias foram selecionados os seguintes documentos:

a) Documentos oficiais

São aqueles redigidos por teóricos e assessorias da área da educação e servem

como referência para que as escolas de educação infantil elaborem suas propostas

pedagógicas;

Observa-se que os documentos selecionados para este estudo foram publicados

após a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996,

que estabelece a educação infantil como a primeira etapa da educação básica.

Como fontes da pesquisa destacam-se os seguintes documentos oficiais, publicados

pela Secretaria Municipal de Educação de São Paulo:

1. Orientação normativa 01/2013 – Avaliação na educação infantil: aprimorando os

olhares (publicada em 2014);

2. Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015);

Page 62: Karin Patricia Oliveira

59

3. Revisitar, Ressignificar, Avaliar e Replanejar13 (2016);

4. Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana – Dimensão 814 (2016).

Recorrer a apenas uma das dimensões do documento decorre da sua especificidade,

pois avalia a formação de professores e as condições de trabalho das Unidades

Educacionais.

b) Registros escolares

São escritos pelos professores e coordenador pedagógico, durante os horários

reservados à formação continuada, aos professores optantes pela Jornada Especial

Integral de Formação – JEIF15, também para os professores optantes pela Jornada

Básica Docente – JBD16, e Jornada Básica – JB17. Embora, os professores JBD/JB,

cumpram jornada de trabalho reduzida, participam obrigatoriamente das reuniões

pedagógicas, reuniões de organização escolar, reunião de análise coletiva de

registros, horas individuais e reunião de autoavaliação da unidade escolar. Por

opção, após convocação realizada pelo diretor de escola, podem participar do

Projeto Especial de Ação – PEA, apenas para fins de evolução funcional.

Os registros escolares foram escolhidos como fontes primárias, por se tratarem de

materiais que subsidiam o trabalho dos professores de educação infantil, sendo utilizados

13 O documento Revisitar, Ressignificar, Avaliar e Replanejar foi publicado no segundo semestre de 2015, com o propósito de contribuir para as reflexões, nos momentos formativos, em que os professores revisitam o Projeto Político Pedagógico, ao avaliar, ressignificar as ações, práticas pedagógicas e experiências, identificar avanços e desafios para a efetivação da política pública educacional da Secretaria Municipal de Educação. Importante destacar que esse documento foi distribuído para todas as etapas da educação básica e, por esse motivo, não é exclusivo da educação infantil, porém de extrema relevância para as discussões presentes nesta pesquisa. 14 As formações, inicial e continuada, das educadoras e educadores são fatores determinantes na qualidade da educação. O documento ressalta que educadores são todos aqueles profissionais presentes nas Unidades de Educação Infantil, incluindo as Equipes Gestora, Docente e de Apoio. Portanto, segundo o documento, a formação continuada deve envolver todas essas equipes, tanto com relação ao que é comum a elas, quanto em relação às especificidades de cada uma. Para efeitos da presente pesquisa será estudada a formação continuada específica dos professores. No âmbito da Unidade Educacional é necessário que a formação continuada se constitua como momento privilegiado de estudos, reflexões e trocas de experiências, tanto nos momentos já estabelecidos legalmente (Horários Coletivos, Horas-Atividade, Reuniões Pedagógicas), como nos outros momentos organizados por cada Unidade Educacional, dentro da sua rotina. 15 Jornada Especial Integral de Formação corresponde a 40 horas/aula semanais, sendo 25 horas/aula destinadas à regência e 15 horas/aula adicionais, distribuídas da seguinte forma: 11 horas/aulas cumpridas na escola, sendo 8 horas para estudo coletivo (4 horas/aula para estudo do PEA e 4 horas/aula para estudos complementares) e 3 horas/aula destinadas à hora atividade/individual dos professores. 16 Jornada Básica Docente: 25 h/a e 5 h/atividades semanais, sendo 3h na escola e 2h em local de livre escolha. 17 Jornada Básica: 8 h/a e 2 h/atividades semanais, sendo 1h na escola e 1h em local de livre escolha. Total de 120 horas-aula (h/a) mensais.

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60

como apoio na formação continuada. Compõe a análise de dados, os seguintes documentos

elaborados:

b.1. O Projeto Especial de Ação – PEA18 e o Projeto Político Pedagógico – PPP19 são

documentos elaborados e redimensionados pela comunidade educativa – em especial, os

professores e coordenadores pedagógicos – e revisados anualmente, de forma a promover a

formação e o redimensionamento das ações para o alcance das metas da Unidade Escolar a

curto, médio e longo prazo. Durante o PEA os professores participantes elaboram registros

referentes às discussões ocorridas entre os pares com base no cronograma de textos,

documentos legais e demais fontes contempladas na bibliografia do projeto;

b.2. Os registros escritos são lidos e discutidos durante as reuniões de análise coletiva

dos registros20, bem como o plano de ação dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil

Paulistana21. Tais registros são importantes, pois permitem a reflexão aprofundada e detalhada

no que concerne à formação continuada oferecida aos professores, no interior dos espaços

escolares;

b.3. O planejamento do professor é um instrumento importante para subsidiar a prática

pedagógica, pois contém a organização sistematizada das ações desenvolvidas durante o ano

letivo. O documento permite entender como os processos formativos contribuíram para a

evolução do professor ao longo do ano, tendo como referência os documentos que subsidiam

a educação infantil paulistana. Para esta análise adotou-se o seguinte critério: o planejamento

bimestral por turno de funcionamento, sendo um da turma do Infantil I22 e o outro da turma do

Infantil II23.

18 Projeto Especial de Ação – PEA: regulamentado pela Portaria nº 901, de 24 de janeiro de 2014, constitui-se em um instrumento de trabalho elaborado pelas Unidades Educacionais, que expressam as prioridades estabelecidas no “Programa de Reorganização Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo – Mais Educação São Paulo” e no Projeto Político-Pedagógico. 19 Projeto Político Pedagógico – PPP: documento elaborado pelas Unidades Educacionais envolvendo toda a comunidade educativa; subsidia as ações na escola, tendo como referência a realidade local para definir as metas a serem alcançadas. 20 Análise Coletiva dos Registros: com foco na formação continuada dos professores, trata-se de reunião prevista em calendário escolar, que ocorre ao final de cada semestre entre os professores e coordenador pedagógico da Unidade Educacional. Não é considerado dia letivo, sendo destinado apenas à formação. 21 Plano de Ação dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana: resultado das discussões ocorridas durante a autoavaliação da Unidade Escolar, previsto no calendário escolar envolvendo toda a comunidade educativa. O documento tem como objetivo auxiliar as equipes de profissionais das Unidades Educacionais, juntamente com as famílias e pessoas da comunidade, a fim de desenvolver um processo de autoavaliação institucional participativa, que leve a um diagnóstico coletivo sobre a qualidade da educação promovida em cada Unidade, de forma a obter melhorias no trabalho educativo desenvolvido com as crianças. Não é considerado dia letivo, sendo destinado apenas à formação. 22 Infantil I – Agrupamento que atende a crianças na faixa etária de três a quatro anos. 23 Infantil II – Agrupamento que atende a crianças na faixa etária de quatro a cinco anos.

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61

É importante destacar que, durante a coleta de dados, obteve-se acesso aos registros

dos professores dos dois grupos de PEA, contudo para efeito de análise adotou-se apenas um

grupo para uso das informações, pois constatou-se que os registros continham redações quase

que iguais, ainda que com especificidades e participantes diferentes.

Para organizar as informações contidas nos documentos, foram elaboradas fichas de

registro contendo protocolos de leitura, conforme Anexo 3.

2.3.1 Critérios para a escolha da escola

A escolha da instituição de ensino para a realização da pesquisa decorreu do interesse

em pesquisar uma escola localizada na região leste de São Paulo, especificamente no distrito

de Itaquera. Como foi registrado na introdução, em um primeiro momento a intenção era

analisar os registros dos projetos políticos pedagógicos de instituições pertencentes à DREs

distintas, com o objetivo de verificar se pertencendo ao mesmo município, ainda que em

localização diversa, como eram concebidas as diretrizes da Secretaria Municipal de Educação

de São Paulo.

Ao conversar com a diretora da unidade constatou-se um trâmite burocrático para a

autorização e a realização da pesquisa acadêmica, pois o acesso à instituição de ensino apenas

seria possível mediante a apresentação de alguns documentos24, que após analisados teriam

que retornar à escola com o parecer do supervisor escolar e diretor regional de educação.

Ainda que fosse autorizada a entrada da pesquisadora em duas escolas distintas, certamente o

tempo para a realização da pesquisa seria insuficiente, tendo em vista que a dissertação de

mestrado precisa ser concluída no prazo máximo de dois anos.

Em virtude da burocracia encontrada para o início da pesquisa na escola, o acesso aos

livros escolares oficiais, bem como a greve dos profissionais de educação, que teve início em

24 Documentos necessários para a entrada na instituição de ensino: a) comprovação de matrícula e frequência em instituição de ensino superior pública ou privada; b) carta da instituição de ensino solicitando a realização da pesquisa; c) cópia do projeto de pesquisa e sua compatibilidade com as atividades curriculares do curso que o estudante frequenta; d) cronograma com a indicação de dias e horários em que será realizada a pesquisa, bem como sua duração; e) indicação da área de intenção para a realização da pesquisa; f) apresentação de modelo de autorização (quando for o caso), que será endereçada aos entrevistados com a finalidade de divulgar seus depoimentos, bem como a autorização dos pais ou responsáveis quando a entrevista envolver alunos menores; g) termo de compromisso assinado, no qual o interessado declara que concorda com as normas estabelecidas e se compromete a utilizar os dados coletados, exclusivamente, para os fins propostos. Ao final da pesquisa uma cópia final da dissertação deverá ser encaminhada à Unidade Educacional e à Diretoria Regional de Educação, a que a escola é jurisdicionada.

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62

4 de fevereiro de 201925 (sem previsão de término) e, tendo em vista a resistência do governo

em acolher as propostas da categoria, decidiu-se apenas por uma.

2.3.2 Caracterização da unidade escolar em que a pesquisa foi realizada

A escola que serviu de referência para a obtenção dos registros elaborados pelos

professores está situada em Itaquera e atende aproximadamente 204 (duzentos e quatro)

crianças, na faixa etária entre quatro e cinco anos, em dois turnos de funcionamento: o

primeiro compreende o horário das 7h00 às 13h00 e o segundo, das 13h00 às 19h00.

O distrito de Itaquera fica localizado na zona leste do município de São Paulo, sendo

administrado pela subprefeitura de Itaquera. É formado por 33 bairros, dos quais se destacam

Cidade Líder, Itaquera, José Bonifácio e Parque do Carmo, por serem os mais populosos:

juntos, têm 523.848 habitantes, apresentando densidade demográfica (número de habitantes

por quilômetro quadrado) de 9.647 hab/km2 (PONCIANO, 2004).

2.4 Definição das categorias de análise

As categorias de análise foram definidas com o objetivo de discutir os processos de

formação continuada dos professores das pré-escolas municipais de São Paulo. A definição

das categorias procurou contemplar o seguinte princípio: “A fim de decidir quais são as

categorias significativas, é preciso escolher algum princípio de classificação. A pergunta da

pesquisa ou as hipóteses – se formuladas – apresentam a base para a escolha dos princípios de

classificação” (SELLTIZ et al., 1975, p. 441).

Assim sendo, para que as informações obtidas na fase de coleta permitissem responder

às perguntas e atingir os objetivos da presente pesquisa, foram especificadas quatro categorias

analíticas, a saber:

1) Modificações e

permanências

2) Tipos de registros 3) Resistência e

adaptação

4) Autonomia e

heteronomia

25 Os profissionais de ensino da educação da PMSP iniciaram uma greve no dia 04/02/2019, que durou 33 dias. Os servidores protestavam contra a Reforma da Previdência na cidade de São Paulo, na gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), cuja contribuição passaria de 11% a 14%, e também contra a criação do SAMPAPREV, que estabelece planos de previdência individuais por capitalização. https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/03/greve-dos-servidores-de-sao-paulo-chega-ao-fim-apos-acordo-com-covas.shtml Acesso em 14/09/2019.

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63

Como critério de elaboração das categorias utilizou-se a amostra dos documentos

oficiais e os registros elaborados pelos professores, para que, assim, fossem interpretados e

cotejados, por meio das categorias elaboradas a posteriori. A elaboração de tais categorias

permite discutir como é implementada a formação continuada dos professores.

Após definidas as categorias analíticas, buscou-se selecionar indicadores com o objetivo

de balizar as discussões, sendo assim definidos: a) formação docente e perfil dos educadores;

b) organização do trabalho pedagógico/objetivos; e c) concepção de criança e infância.

Os indicadores permitem discutir como a formação continuada dos professores é

organizada, tanto em âmbito educacional como em âmbito da Secretaria Municipal de

Educação – SME.

Considera-se indispensável delimitar os assuntos tratados nesta pesquisa, portanto, os

indicadores ‘formação docente e perfil de educadores’, ‘organização do trabalho pedagógico’

e ‘concepção de criança e infância’ são essenciais para evidenciar como a formação

continuada sofreu permanências ou modificações e o quanto incidiu na efetivação da

autonomia ou heteronomia dos professores e, consequentemente, das crianças.

Destaque-se que as categorias analíticas não são mutuamente exclusivas, pois os dados

e indicadores estão relacionados entre si. Na sequência, serão descritas as categorias

elaboradas para atingir os objetivos propostos na presente pesquisa, assim como os

detalhamentos das categorias analíticas referentes a modificações e permanências, tipos de

registros, resistência e adaptação, e autonomia e heteronomia.

2.4.1 Permanências e modificações

Esta categoria tem por objetivo identificar as permanências e modificações ocorridas,

no período de 2013 a 2018, nos documentos oficiais publicados e selecionados para este

estudo, bem como nos registros elaborados pelos professores, durante a formação continuada

de uma EMEI no município de São Paulo.

Ao cotejar os documentos oficiais e os que foram elaborados pelos professores,

extraem-se excertos que especificam como se concretiza o trabalho pedagógico das unidades

de educação infantil. Nesse sentido, procurou-se inferir quais modificações e permanências

foram identificadas e, em que medida, atingiu-se as proposições formativas prescritas.

Para efeito desta pesquisa, o termo permanências é aplicado quando não houve

alteração significativa na introdução de novos conceitos ao conteúdo prévio dos documentos,

Page 67: Karin Patricia Oliveira

64

o que indica uma preocupação, por parte de seus elaboradores, em manter os conceitos já

existentes em publicações anteriores; enquanto, o termo modificações é aplicado quando foi

identificada a introdução de novos conceitos.

2.4.2 Tipos de registros

Esta categoria analítica permite discutir os tipos de registros elaborados pelos

professores durante as reuniões formativas26, especialmente o Projeto Especial de Ação –

PEA. Nesta categoria foi observado, especificamente, o conteúdo dos registros com objetivo

de classificá-los e interpretá-los, no intuito de constatar que tipo de formação continuada está

sendo implementado na escola pesquisada.

Dito de outra maneira, pretende-se verificar se a formação continuada fortalece a

efetivação de processos autônomos ou, ao contrário, privilegia a adaptação dos professores às

exigências formais e oficiais. É importante ponderar que a elaboração dos registros decorre

das leituras e discussões realizadas pelos professores e o coordenador pedagógico, nos

momentos formativos. Assim, compreende-se que os estudos são subsidiados por fontes

diversas, dentre elas, os documentos oficiais publicados pela SME e encaminhados às escolas

para a implementação das políticas educacionais.

A fim de balizar as análises, foram definidos indicadores para identificar sobre os

possíveis tipos de registros feitos pelos professores, assim definidos: a) registros transcritivos

são aqueles elaborados de maneira a reproduzir os conteúdos dos documentos, sejam eles

oficiais ou provenientes de outros meios, b) registros argumentativos que, além da transcrição,

expressam as ideias, falas e encaminhamentos dos professores acerca das ações.

Além da definição dos tipos de registros, procurou-se ainda verificar em que medida,

os documentos oficiais balizaram os estudos dos professores, bem como a frequência com que

foram utilizados. Desse modo, esta categoria visa, também, discutir quais fontes de

informação foram contempladas na formação continuada. Assim, para possibilitar tal estudo,

os registros também serão analisados quanto à: c) pautados nos documentos oficiais,

reproduzem os conteúdos legais sem reflexão; d) pautados em outras fontes, como por

exemplo, revistas, livros, documentários, filmes, entre outros.

26 Reuniões Formativas: reuniões do PEA e análise coletiva dos registros.

Page 68: Karin Patricia Oliveira

65

2.4.3 Resistência e adaptação

Estas categorias visam discorrer como os professores se posicionam em relação às

exigências da escola, às condições de trabalho e à organização do trabalho pedagógico. Como

indicador utiliza-se as falas dos professores transcritas nos registros, durante a formação

continuada, a fim de verificar se expressam formas de resistência ao que é determinado, tanto

no âmbito de SME quanto no âmbito na instituição escolar.

2.4.4 Autonomia e heteronomia

Estas categorias permitem discutir aspectos da formação continuada dos professores,

durante os horários coletivos, revelados pelos registros elaborados e, também, por meio da

análise dos documentos oficiais. Identificar se os estudos realizados nos horários formativos

potencializam a formação autônoma do professor ou se privilegiam a heteronomia,

legitimando a pseudoformação socializada.

2.5 Instrumentos de coleta de dados

Para orientar a organização da coleta de dados, apresentação e interpretação dos

resultados, elaborou-se como instrumento fichas denominadas protocolos de leitura, em

consonância com os objetivos e problema de pesquisa. Assim, a elaboração das fichas teve

como objetivo perscrutar o conteúdo dos documentos, tanto os oficiais como os elaborados

pelos professores, a fim de viabilizar a coleta.

A composição dos protocolos de leitura seguiram os seguintes critérios: a) fichas 1 e 2

referem-se aos documentos oficiais publicados pela RME, no período compreendido entre

2013 a 2018. Em cada ficha consta o título dos documentos e ano de publicação, os aspectos

mais valorizados e também as concepções de criança/infância, perfil do educador e os

objetivos de cada um deles; b) fichas 3, 4, 5, 6 e 7 dizem respeito aos dados contidos, nos

diferentes documentos, no mesmo período, elaborados pelos professores e coordenador

pedagógico da escola pesquisada.

As fichas foram preenchidas com temas e conceitos fundamentais extraídos de cada

documento, de maneira que a escolha dos excertos permeou a temática correspondente à

formação do professor. Os protocolos de leitura foram assim organizados:

Page 69: Karin Patricia Oliveira

66

2.5.1 Protocolos de leitura

Documentos Oficiais:

Ficha 1 – Documentos oficiais da RME (2013-2018)

Título do documento Orientação Normativa

nº 01/13

Currículo Integrador da

Infância Paulistana

Revisitar, ressignificar,

avaliar, replanejar com

a escola

Indicadores de

Qualidade da Educação

Infantil Paulistana

Ano de Publicação

Formação Docente- relação

professor/criança

Ficha 2

Título do documento Orientação Normativa 01/2013

Currículo Integrador da Infância Paulistana

Revisitar, ressignificar, avaliar, replanejar com

a escola

Indicadores de Qualidade da Educação

Infantil Paulistana Dimensão 8 –

Formação e condições de trabalho das

educadoras e dos educadores

Ano de Publicação 2014 2015 2016 2016 Objetivos/

Organização do trabalho pedagógico

Concepção de criança: formas de ser criança e

reconhecer/viver a infância

Perfil de educador: desafios do educador e

educadora

Registros elaborados por professores e coordenador pedagógico

Ficha 3 – Projeto Especial de Ação

Ano 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Nome do projeto

Quantidade de

professores

envolvidos

Dias da

semana/horários

Justificativa e

articulação com o

PPP

(Destaques)

Objetivos do PEA

Ênfase nos

documentos

oficiais

publicados por

SME/

Implementação

das propostas

Page 70: Karin Patricia Oliveira

67

Ficha 4 – Projeto Político Pedagógico

Ano letivo Metas 2013 Metas 2014 Metas 2015

Metas 2016 Metas 2017 Metas 2018

Proposta Pedagógica - Prioridades/metas a serem atingidas voltadas à formação docente

Proposta Pedagógica - Organização curricular

Concepção de

criança Criança/infância

Concepção de educador

Plano de formação continuada dos professores/Plano de trabalho do horário coletivo

Formação inicial do coordenador pedagógico

Quantidade de professores que atuam na escola

Formação inicial dos professores

Jornada de trabalho dos professores

Ficha 5 – Análise coletiva dos registros

Ano Letivo 2014 2015 2016 2017 2018

Objetivo da

reunião

Pauta da Reunião

Destaque para as

principais

reflexões do grupo

Page 71: Karin Patricia Oliveira

68

Ficha 6 - Plano de Ação dos Indicadores de Qualidade

Ano Letivo 2014 2015 2016 2017 2018

Problemas

encontrados pela

escola na

formação

continuada dos

professores

Problemas

encontrados pela

escola nas

condições de

trabalho

Ficha 7 – Plano de trabalho dos professores: análise por amostragem

Ano letivo 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Turma atendida

Turno atividades

Sistematização

do Planejamento

Anual

Documentos

Oficiais

utilizados pelos

professores para

subsidiar a

elaboração dos

planos de ensino

No que se refere à técnica de análise, escolheu-se a de conteúdo com base no

referencial teórico da teoria crítica da sociedade. Entende-se que: “O objetivo da análise é

sumariar as observações completadas, de forma que estas permitam respostas às perguntas da

pesquisa. O objetivo da interpretação é a procura do sentido mais amplo de tais respostas,

através de sua ligação a outros conhecimentos já obtidos” (SELLTIZ et al., 1975, p. 435).

No item seguinte apresenta-se a etapa da coleta de dados. A íntegra dos excertos

encontra-se no Anexo 3, nos protocolos de leitura.

Page 72: Karin Patricia Oliveira

69

2.6 Coleta de Dados

Após autorização da diretora regional de educação para a realização da pesquisa, a

coleta de dados foi iniciada na escola e contou com o apoio da diretora, assistente de diretor e

coordenadora pedagógica, que dispuseram todos os documentos solicitados pela pesquisadora.

Ao apresentar a carta com a intenção de pesquisa, a diretora explicou que após a

aposentadoria da coordenadora pedagógica, a escola havia passado por um ciclo de

rotatividade quanto à permanência de coordenadores pedagógicos. Em 2013, a coordenadora

pedagógica exercia a função em designação e, no ano de 2014, com o concurso de remoção, a

escola recebeu um coordenador pedagógico efetivo que permaneceu em atividade no cargo

até 2016, ano em que se aposentou.

Nos últimos três anos, de 2017 a 2019, os coordenadores pedagógicos se afastaram da

função; dois deles foram prestar serviços na DRE, setor de Divisão Pedagógica de Educação –

DIPED. O cargo vago na unidade escolar foi preenchido com a eleição de um professor para

substituir temporariamente a função. Após eleição realizada e aprovação do conselho de

escola, foi designada ao cargo, uma professora que atuava na mesma escola. Com isso, a

diretora explica que o trabalho pedagógico sofreu modificações, porém considera que foram

positivas no âmbito da unidade escolar.

A coleta de dados foi realizada ao longo de um mês e meio, uma vez por semana e

pode-se dizer que, durante a permanência da pesquisadora na escola, a equipe gestora deixou-

a bem à vontade e demonstrou interesse pela realização da pesquisa.

No decorrer da coleta de dados, foram encontradas algumas dificuldades no que se

refere aos dados do Projeto Político Pedagógico. Os volumes eram bastante extensos e, em

alguns deles, os dados se repetiam de um ano para o outro, tal como, por exemplo, o Projeto

Político Pedagógico do ano de 2015, que não apresentava todos os documentos anunciados no

índice, o que impossibilitou a coleta de mais informações.

Também observou-se que a elaboração do Projeto Político Pedagógico do ano letivo

de 2016, apresentava cópias de documentos elaborados no ano anterior. Nota-se, então,

lacunas que podem afetar a consistência das informações encontradas.

Outro dado relevante diz respeito à escola pesquisada totalizar oito turmas distribuídas

em dois turnos de funcionamento. Cada turno atende a quatro turmas: duas do Infantil I e duas

do Infantil II, manhã e tarde. Embora os turnos de funcionamento sejam dois, os turnos de

trabalho dos professores dividem-se em três, sendo o primeiro turno das 7h às 11h, o turno

Page 73: Karin Patricia Oliveira

70

intermediário das 11h as 15h e o último turno, das 15h às 19h horas. Pode-se considerar que o

número de professores que lecionam na escola é pequeno, perfazendo o total de 15 (quinze), a

contar com um professor titular e um professor de módulo27 em cada turno de trabalho.

Durante a coleta, verificou-se, nos documentos pesquisados, que duas professoras

acumulavam cargo ficando o período integral na escola.

Em termos de formação continuada, considera-se como ponto positivo, a participação

da maioria dos professores nos momentos coletivos de estudo. Pode-se dizer que, por um

lado, a opção pela jornada JEIF possibilita atingir um maior público de professores nos

horários coletivos de formação e, por outro, nota-se que a extensa jornada de trabalho pode

refletir, sobremaneira, na qualidade da participação desses professores nos momentos

formativos, pois eles se submetem à leitura de textos, discussões, reflexões e demais

atividades organizadas para o estudo.

27 Os professores de módulo atuam nas unidades educacionais em Jornada Básica Docente – JBD e assumem a regência das aulas na ausência do professor titular. A portaria nº 7.779, de 27 de setembro de 2017, fixa o módulo de docentes nas unidades de educação infantil, de ensino fundamental I, de ensino fundamental II e médio.

Page 74: Karin Patricia Oliveira

71

3. Apresentação e discussão dos resultados

O que, desde então, vale como o problema da práxis, e hoje novamente se agrava na questão da relação entre teoria e práxis, coincide com a perda de experiência causada pela racionalidade do sempre-igual. Onde a experiência é bloqueada ou simplesmente já não existe, a práxis é danificada e, por isso, ansiada, desfigurada, desesperadamente supervalorizada. Assim, o chamado problema da práxis está entrelaçado com o do conhecimento.

Theodor W. Adorno

À luz do referencial teórico adotado e das categorias analíticas, discute-se, ao longo

deste tópico, as permanências e modificações, bem como a resistência e adaptação no que

tange à formação continuada dos professores da pré-escola municipal de São Paulo, em

relação à autonomia e heteronomia como esfera importante da formação.

A discussão dos resultados segue a sequência das categorias apresentadas, além do

que, os dados coletados serão relacionados a fim de atingir os objetivos da pesquisa, de tal

modo que sejam cotejados e explanados em cada ponto específico.

Para a análise foram selecionados excertos extraídos dos documentos pesquisados. Os

excertos escolhidos visam potencializar a discussão e refletir, de forma clara, como a

formação dos professores é implementada no município de São Paulo; seja por meio dos

documentos publicados ou aqueles elaborados pelos professores durante os estudos.

Os excertos são aqui tratados pelas seguintes siglas: Orientação Normativa 01/2013

(O.N), Currículo Integrador da Infância Paulistana (C.I.I.P), Revisitar, Ressignificar, Avaliar,

Replanejar com a escola (R.R) e Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana

(I.Q.E.I).

Discutir a formação continuada dos professores requer considerar a circunstância

política em que os documentos foram elaborados e publicados, de tal modo que seja possível

identificar as implicações dos conceitos que balizam os estudos coletivos no âmbito da

unidade educacional pesquisada. Os documentos oficiais tem a finalidade de subsidiar a

formação continuada dos professores, de modo que esta possibilite a autorreflexão acerca dos

processos educativos e, por conseguinte, reverberar em práticas pedagógicas significativas

para o processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças.

Page 75: Karin Patricia Oliveira

72

Compreende-se que, para a implementação de políticas educacionais, são necessários,

além de documentos oficiais elaborados pelos representantes da SME, a participação dos

professores e gestores educacionais para o estudo e a reflexão acerca dos conceitos tratados

nos documentos e, finalmente, a implementação dos conteúdos nas práticas pedagógicas dos

professores. Nota-se, então, que as políticas educacionais da SME, quando implementadas,

visam subsidiar o trabalho pedagógico da unidade educacional.

Sendo assim, ao pensar sobre as políticas educacionais, observa-se os aspectos

ideológicos que permeiam os documentos orientadores distribuídos às escolas e que, nem

sempre, são de interesse dos professores, mas que precisam ser discutidos de maneira a

considerar, minimamente, as proposições formativas voltadas a uma política progressista e

emancipadora das ações humanas.

3.1. Permanências e modificações: o que expressam os documentos oficiais e os

documentos elaborados pelos professores

De acordo com a Orientação Normativa 01/2013, o trabalho pedagógico das unidades

educacionais de educação infantil considera que:

Constituem-se como fundamentos para uma prática docente que considere a criança como sujeito ativo, potente e singular na percepção do mundo, estabelecendo relações não adultocêntricas com as crianças onde as perspectivas dos pequenos e pequenas sejam considerados tanto no que se refere na construção do currículo, quanto à organização do planejamento pedagógico, reconhecendo e se efetivando assim, o protagonismo infantil e o “lugar” da criança no centro do projeto pedagógico (O.N., 2014, p. 16).

Considerar a criança como principal protagonista da ação educativa. Possibilitar à criança o acesso aos bens culturais, construídos pela humanidade, considerando-as sujeito de direitos, portadora de história e construtora das culturas infantis; Efetivar propostas que promovam a autonomia e multiplicidade de experiências (O.N., 2014, p. 16).

Nota-se, na O.N., a ênfase dada ao papel da criança como protagonista da ação

educativa. Ao questionar as práticas adultocêntricas pode-se dizer que, nesse sentido, o

professor deixa de ser o centro, aquele que determina os caminhos do processo educativo de

maneira isolada e verticalizada e passa a ser um professor que estabelece uma relação

dialógica, afetiva e de confiança, tornando-se, assim, figura de autoridade que contribui para a

formação da autonomia e personalidade das crianças ao propiciar a elas multiplicidade de

experiências. Assim, também identificado no C.I.I.P:

Page 76: Karin Patricia Oliveira

73

(...) necessidade premente de subverter a lógica adultocêntrica presentes nas ciências construídas a partir do ponto de vista do adulto. Subverter essa lógica possibilita desconstruir concepções de infâncias cristalizadas em imagens que retratam as crianças como se elas fossem todas iguais, como se todas tivessem a mesma história, o que justifica tratá-las de forma massificada uniforme e anônima. Estas concepções contribuem para a invisibilidade das crianças e das infâncias reais, pois, não revelam suas identidades, singularidades, histórias, culturas, pertencimentos, diversidades e contextos de vida. Assim, a ideia presente no imaginário social de que “criança é criança só muda de endereço” é equivocada e precisa ser questionada, pois, o endereço e o cenário sócio-histórico-cultural das crianças influenciam de forma direta e permanente as formas de viver as infâncias e produzir sua identidade (C.I.I.P., 2015, p. 9-10).

Subverter a lógica adultocêntrica pressupõe considerar as singularidades e

especificidades das crianças, umas em relação às outras e, desde a educação infantil, fomentar

uma educação capaz de romper com a lógica da dominação em busca de condições de

igualdade e justiça na sociedade administrada; é condição dada pela afirmação: “desconstruir

concepções de infâncias cristalizadas em imagens que retratam as crianças como se elas

fossem todas iguais, como se todas tivessem a mesma história, o que justifica tratá-las de

forma massificada, uniforme e anônima”.

Romper com a imagem de infância cristalizada indica superar as representações

sociais de infância elaboradas historicamente e que priorizavam, exclusivamente, as classes

burguesas. O que se pretende, independente da religião, nível socioeconômico, entre outros, é

que a escola considere a infância de todas as crianças, possibilitando a elas igualdade de

oportunidades educacionais de forma que tenham acesso aos conhecimentos que fazem parte

do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico.

O currículo integrador traz a ideia presente no imaginário social de que “criança é

criança só muda de endereço é equivocada e precisa ser questionada”, já que possibilita a

discussão sobre a concepção de criança que se quer formar, visto que, considerar a criança em

sua individualidade, amplia as chances para a formação autônoma. Fica claro, portanto, que os

estudos e reflexões dos professores precisam questionar práticas que uniformizam a figura da

criança como ser incapaz e dependente o tempo todo, obedecendo às instruções e regras

estabelecidas por outrem.

Por outro lado, requer que os professores estabeleçam com as crianças uma relação em

que as ensine a respeitar e refletir sobre as regras que permeiam a sociedade atual, bem como

as condições necessárias para que adquiram consciência dos condicionamentos que limitam a

relação entre indivíduo e sociedade, aspectos que serão progressivamente assimilados pelas

crianças ao longo de seu processo de escolarização.

Page 77: Karin Patricia Oliveira

74

Defende-se que a formação continuada objetive a formação dos professores para a

superação das tendências adaptativas da sociedade administrada, de tal modo que consigam

efetivar sua autonomia e, consequentemente, a autonomia das crianças.

É relevante destacar a importância da educação infantil como uma etapa fundamental

para a formação do caráter das crianças e, assim, os professores, conscientes de sua ação,

contraponham-se a uma educação meramente adaptativa e promovam a autorreflexão crítica.

Para tanto se faz necessário:

É necessário contrapor-se a uma tal ausência de consciência, é preciso evitar que as pessoas golpeiem para os lados sem refletir a respeito de si próprias. A educação tem sentido unicamente como educação dirigida a uma autorreflexão crítica. Contudo, na medida em que, conforme os ensinamentos da psicologia profunda, todo caráter, inclusive daqueles que mais tarde, cometem crimes forma-se na primeira infância, a educação que tem por objetivo evitar a repetição precisa se concentrar na primeira infância (ADORNO, 1995c, p. 121-122).

Assim, com o objetivo de evitar a repetição da barbárie, o professor não pode furtar-se

à responsabilidade e do papel que desempenha na instituição escolar, o que pressupõe senso

crítico para analisar a sociedade atual e a relação existente entre as pressões sociais exercidas

sobre os indivíduos, e, reciprocamente, observar como as crianças, em processo de formação

intelectual e social, compreendem as questões sociais, políticas e econômicas.

Em suma, ambos os documentos mantêm permanências no que se refere à concepção

de criança e à ruptura da lógica adultocêntrica nas relações sociais estabelecidas na escola.

Outro aspecto importante refere-se à individuação das crianças, por um lado a adaptação não

deve tratar as crianças homogeneamente, como se fossem todas iguais, e, por outro, não pode

conduzir à perda da individualidade, visto que as crianças são sujeitos sociáveis que, inseridas

nos grupos sociais, desenvolvem sua individuação para a convivência em sociedade.

À medida que as crianças constituem seu caráter e sua personalidade, individualizam-

se. Compartilhando do pensamento de Adorno (1995d, p. 144): “(...) a adaptação não deve

conduzir à perda da individualidade em um conformismo uniformizador”. Nesse sentido,

pode-se dizer que, se a escola, para além dos processos de adaptação, conseguir formar para a

autonomia, sem massificar e padronizar comportamentos, terá meios de almejar uma

educação voltada ao esclarecimento e a produção de uma consciência verdadeira.

Compreende-se que os documentos indicam conceitos que potencializam a criança no

seu processo de aprendizagem e nas relações que estabelecem com o meio social, os signos

Page 78: Karin Patricia Oliveira

75

culturais e a interação entre seus pares, porém, desconsideram as condições objetivas em que

o trabalho docente se realiza.

Não obstante, pode-se dizer que, por um lado, existe uma distância entre o que está

previsto nos documentos e o que, de fato, é realizado no que se refere ao trabalho pedagógico

e a formação continuada, visto que a realidade vivida pelos professores nas unidades escolares

apresenta suas especificidades; e, por outro, nota-se reformas pedagógicas que buscam

implementar novas políticas educacionais por meio da publicação de documentos oficiais que,

em seu conteúdo, apresentam conceitos genéricos e abstratos, por vezes, distantes das

realidades das instituições escolares.

Diante disso, é importante ressaltar as condições objetivas em que o trabalho do

professor se materializa, dentre elas: a quantidade de crianças matriculadas na mesma turma, a

falta de recursos pedagógicos, os problemas relacionados à infraestrutura e à formação

continuada dos professores, principalmente, no que tange ao trabalho com as crianças, público

alvo da educação especial, a rotatividade de professores e dos coordenadores pedagógicos.

Embora se considere a figura do coordenador pedagógico fundamental para articular

as ações da escola, a rotatividade dos profissionais ocasiona a fragmentação dos processos

formativos, sobretudo, no que se refere à continuidade do trabalho educativo, bem como a

implementação de propostas pedagógicas convergentes às diretrizes legais.

Na escola pesquisada, de acordo com os dados coletados, verificou-se que em 2013,

antes da chegada da coordenadora pedagógica, o cargo foi ocupado por uma professora

designada, apenas nos anos de 2014 a 2016 observou-se permanências no cargo de

coordenador pedagógico; enquanto que em 2017 e 2018 perceberam-se modificações a cada

ano:

Quadro 1. Permanência do coordenador pedagógico na unidade escolar:

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Coordenador pedagógico

exercia a função em cargo de

designação

Coordenador pedagógico efetivo

Coordenador pedagógico efetivo

Coordenador pedagógico efetivo

Mudança de coordenador processo de remoção.

Mudança de coordenador processo de remoção.

Fonte: Elaborado com base nos dados coletados e nos registros da escola pesquisada.

Page 79: Karin Patricia Oliveira

76

Na elaboração do Plano de Ação dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil

Paulistana, nos itens que avaliam as condições de trabalho e os aspectos relacionados à

formação:

“Quantidade de crianças nas turmas não contribui para uma boa e harmoniosa relação em sala” (2017). “Não temos lugar apropriado para a troca das crianças numa eventualidade” (2017). “A relação entre a quantidade de bebês/crianças e educadores ainda não está em progressiva diminuição a cada ano, de acordo com o especificado no Plano Municipal de Educação. As turmas têm 35 crianças” (2018). “Acervo pedagógico está muito defasado e há necessidade de comprar livros pedagógicos” (2018).

Percebe-se na fala dos professores, problemas relacionados à infraestrutura e à

proporção criança-educador, no entanto, não identifica-se sugestões ou reivindicações

referentes à formação continuada oferecida pela escola, o que permite questionar: a escola não

apresenta problemas que mereçam ser destacados para o melhor desenvolvimento profissional

dos professores? A responsabilidade pelas dificuldades encontradas são sempre externas?

O documento I.Q.E.I. ressalta a importância de:

A interação entre as equipes da Unidade Educacional e entre os membros de cada uma delas é imprescindível para a construção de um trabalho verdadeiramente coletivo e coerente, valorizando-se cada uma em suas especificidades e proporcionando-lhes as condições necessárias ao desenvolvimento de seu trabalho com disponibilidade de estrutura, recursos necessários, apoio de seus pares e das demais equipes, com a garantia de direitos e de todos os atores envolvidos na ação educativa. Isto porque, além da formação, as condições de trabalho são determinantes no desempenho de cada educadora e educador (I.Q.E.I., 2016, p. 31).

Tal afirmação reforça um discurso contraditório quanto à realidade e os problemas

enfrentados pelos professores e demais profissionais no cotidiano das unidades escolares, o

que evidencia o desconhecimento em relação ao trabalho realizado. Ainda que o documento

enfatize a importância da valorização do trabalho coletivo e as condições de trabalho como

determinantes no desempenho dos educadores, as políticas educacionais são articuladas de

maneira arbitrária, visto que as unidades educacionais, cada qual na realidade que estão

inseridas, não dispõem de todos os recursos necessários para a efetivação do trabalho

pedagógico.

Page 80: Karin Patricia Oliveira

77

Ora, como desenvolver um trabalho de excelência, proposto nos documentos, sem

considerar as dificuldades enfrentadas pelos professores e demais profissionais do ensino no

cotidiano das unidades educacionais? A rede municipal de educação assegura plenas

condições de trabalho a todos os profissionais? Como atender a 35 crianças matriculadas na

mesma turma, qualitativamente, assim como preconizam os documentos legais?

Tais problemas ensejam o aprofundamento do debate acerca das propostas

apresentadas nos documentos orientadores que subsidiam os processos formativos dos

professores, caso contrário prevalecerá um discurso romantizado, como se tudo fosse possível

e como se a culpa pela educação apresentar índices insatisfatórios fosse do professor, uma vez

que, as secretarias afirmam, veementemente, condições suficientes para a efetivação de um

trabalho exímio.

Nesse sentido torna-se fundamental que os espaços de discussão nas unidades

escolares promovam reflexões e críticas acerca das questões naturalizadas pelos

representantes governamentais.

No que se refere aos processos formativos, o documento R.R. reafirma:

As Unidades Educacionais, como elemento deste cenário social, precisam romper com as amarras do modelo educacional que não possibilita o pleno desenvolvimento humano. Portanto, entendemos e acreditamos que os processos pedagógicos que desenvolvemos nas UEs devem contribuir para que o sujeito possa exercer o papel de ator social reflexivo e crítico, fazendo parte das relações sociais por ele tecidas, compreendendo-se como ser único e múltiplo (R.R., 2016, p. 7).

No documento R.R. (2016) foi incluído um novo termo que define as crianças como

“sujeitos que possam exercer o papel de ator social reflexivo e crítico, fazendo parte das

relações sociais por ele tecidas”. Mesmo com novo termo, considera-se os conteúdos do

documento R.R. (2016) análogos aos conteúdos dos documentos O.N. (2014) e C.I.I.P.

(2015), que consideram a criança como crítica, reflexiva, protagonista de sua ação, sujeitas

ao debate e a intervenção social em um processo criativo, autônomo e de autoria.

Esse ponto permite afirmar que para adquirir autonomia em uma sociedade

administrada, extremamente individualista e egoísta, exige esforço e clareza na formação dos

indivíduos em seu processo de escolarização. Como ser único e múltiplo? Nesse sentido, é

urgente problematizar como estão sendo proporcionados os processos de individuação do

sujeito para que ele conviva, coletivamente, de maneira solidária, justa e humana.

Page 81: Karin Patricia Oliveira

78

Para tanto, as relações entre professor e criança necessitam pautar-se no diálogo, de tal

modo que as crianças sejam vistas como possuidoras de conhecimentos, não sendo, portanto,

tratadas como tábulas rasas, homogeneamente. De acordo com Adorno:

Uma educação sem indivíduos é opressiva, repressiva. Mas quando procuramos cultivar indivíduos da mesma maneira que cultivamos plantas que regamos com água, então isto tem algo de quimérico e de ideológico. A única possibilidade que existe é tornar tudo isso consciente na educação; por exemplo, para voltar mais uma vez à adaptação, colocar no lugar da mera adaptação uma concessão transparente a si mesma onde isto é inevitável, e em qualquer hipótese confrontar a consciência desleixada. Eu diria que hoje o indivíduo só sobrevive enquanto núcleo impulsionador da resistência (1995d, p. 154).

Sobre o processo de individuação recorre-se a Adorno (1995), para quem a maneira

como a organização social do trabalho se consolidou, é contrária às exigências individuais

necessárias à capacidade intelectual, uma vez que o trabalho é massificado e visa à produção

mecânica de mercadorias. Com isso, nota-se que, cada vez mais, a sociedade administrada

impõe, por meio de sua organização social, a invisibilidade do indivíduo, visto que não é

interessante formá-lo para atuar criticamente; ao contrário, busca-se sua alienação total, logo,

a sociedade na atualidade, tal qual como em tempos pretéritos, forja meios para a efetivação

do silenciamento do indivíduo.

Por outro lado, é preciso ponderar que os processos de individuação, também, podem

levar o indivíduo ao seu próprio fim quando imersos em interesses próprios, egocêntricos,

individualistas, desconsiderando a sociedade em que vive. É por essa razão que Adorno

afirma (1995d, p. 153): “(...) Se hoje o indivíduo desaparece – não tem jeito, sou um velho

hegeliano –, então também é verdade que o indivíduo colhe o que ele mesmo semeou”, pois, a

sociedade que domina cada um e a todos foi criada pelos homens.

Dito isso, a escola torna-se imprescindível no que concerne a minimizar os impactos

da dominação, de maneira que os processos de individuação permitam que os indivíduos

tenham consciência de que viver em sociedade, requer luta e ação política, mesmo com as

dificuldades encontradas. De acordo com Adorno (1995f, p. 181): “(...) é preciso começar a

ver efetivamente as enormes dificuldades que se opõem à emancipação nesta organização do

mundo”.

Com isso, os professores precisam pautar suas práticas em uma formação política,

visto que, por esta via é possível formar para o esclarecimento, à resistência e contribuir para

a formação de uma sociedade democrática. Concorda-se aqui com o relato de Adorno:

Page 82: Karin Patricia Oliveira

79

Certa feita, quando discorria acerca da educação política para jovens professores, mostrei porque acredito que quem deseja educar para a democracia precisa esclarecer com muita precisão as debilidades da mesma. Eis um exemplo de como nossa educação constitui necessariamente um processo dialético, porque só podemos viver a democracia e só podemos viver na democracia quando nos damos conta igualmente de seus defeitos e de suas vantagens (1995d, p. 144).

Assim, a educação é o caminho para a obtenção da consciência crítica dos indivíduos,

de modo que estes compreendam as contradições existentes no meio social e consigam viver a

e viver na democracia, autonomamente.

Com base no que foi apresentado, para que o indivíduo atinja um nível de reflexão é

preciso que tenha aptidão à experiência e para que consiga realizar experiências, segundo

Adorno (1995d, p. 150):

A constituição da aptidão à experiência consistiria essencialmente na conscientização e, desta forma, na dissolução desses mecanismos de repressão e dessas formações reativas que deformam nas próprias pessoas sua aptidão à experiência. Não se trata, portanto, apenas da ausência de formação, mas da hostilidade frente a mesma, do rancor frente àquilo a que são privadas.

Assim, torna-se necessário diminuir a distância entre o prescrito e o vivido no

cotidiano das unidades escolares. Em que medida são oferecidas às crianças experiências

escolares articuladas às experiências vividas? Compreende-se que a efetivação de

experiências adequadas depende do nível de criticidade dos professores, por esse motivo, a

formação continuada precisa fomentar o debate de tal modo que impulsionem os professores a

uma autorreflexão acerca das próprias condições objetivas na qual a formação é realizada,

caso contrário, permanecerão enrijecidos e pseudoformados.

À medida que os professores tomam consciência dos mecanismos de repressão e

controles existentes na sociedade, adquirem melhores condições de resistência e,

consequentemente, no exercício de sua função, aptos às experiências estimuladoras do senso

crítico, da consciência e da autonomia. Assim, de acordo com Adorno (1995d, p. 150): “(...)

sem aptidão à experiência não existe propriamente um nível qualificado de reflexão”.

Sobre a concepção de criança observa-se que os documentos mantêm permanências

aos conceitos elaborados:

Defende a ideia de criança potente, criativa, inventiva, sujeito de direitos que se constitui no tempo e no espaço social e que a partir do seu modo próprio de ver e compreender o mundo produz as culturas infantis (O.N., 2014. p. 6).

As potencialidades de bebês e crianças se manifestam diariamente nas formas de expressão (culturas infantis) construídas por bebês e crianças nos diferentes cenários

Page 83: Karin Patricia Oliveira

80

da cidade. Nesse sentido, bebês e crianças não são apenas reprodutoras da cultura construída pelos adultos, mas também autores de formas próprias de expressão que manifestam de forma autoral e criativa sua forma de ver, estar e entender o mundo (C.I.I.P., 2015, p. 11-12). Bebês e crianças são sujeitos potentes que expressam em todas as suas ações aquilo que vão aprendendo sobre o mundo que os cerca. São, por isso, produtores de cultura, construídos sócio-histórico-culturalmente e capazes de participar ativamente do próprio processo educativo (e para viver essa experiência utilizam-se das diferentes linguagens) (C.I.I.P., 2015, p. 54). Reconhece que a criança deve estar no centro das prioridades da Instituição de Educação Infantil. Assim, em todas as dimensões e indicadores, as questões procuram focalizar seus direitos, suas necessidades, seus potenciais e os meios necessários para que sejam respeitados (I.Q.E.I., 2016, p. 11). Bebês e crianças têm seu jeito próprio de ver o mundo, são cheios de movimento e histórias, relacionam-se com o tempo de uma forma diferente, conseguem viver intensamente cada minuto criando, explicando, imaginando, sonhando e, sobretudo, brincando. Estas e outras ações infantis são essenciais para o exercício da participação, da autonomia e da autoria que constituem objetivos presentes na maioria dos Projetos Político Pedagógicos das Unidades Educacionais que buscam garantir o protagonismo infantil (I.Q.E.I., 2016, p. 19).

O conceito de criança, na perspectiva dos documentos, supera o conceito de criança

passiva e a coloca no centro do processo educativo como sujeito potente, crítico, criativo,

autor, inventivo e produtor de cultura. Salienta-se que as crianças são produtoras de culturas

infantis e quando, em interação com seus pares, expressam manifestações por meio das

diferentes linguagens, ampliando a visão acerca do mundo em que estão inseridas.

As diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil reiteram a importância

do currículo ser elaborado, tendo como referência duas premissas básicas: as interações e o

brincar. Por conseguinte, as linguagens envolvendo a arte, o corpo e o movimento, a

matemática, a linguagem oral e escrita são organizadas tendo como eixo o brincar. Assim, as

crianças quando imersas em situações lúdicas de aprendizagem produzem as culturas infantis

e apreendem a cultura e o saber científico produzido pela humanidade.

O documento I.Q.E.I. (2016) acrescenta que as ações infantis são essenciais para o

exercício da participação, da autonomia e da autoria, portanto, observa-se modificações nesse

documento ao acrescer ao conceito de criança a importância de exercerem práticas voltadas ao

exercício da cidadania.

Compreende-se que considerar a criança como sujeito ativo e criativo significa um

avanço em relação à concepção de criança passiva, e possibilita aos professores um trabalho

voltado à efetivação da autonomia; entretanto, para que sejam possíveis ações infantis

potencializadoras de participação, autoria e autonomia, a formação continuada do professor

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necessita assumir o compromisso para que este, também, seja autônomo no processo de

ensinar e aprender, e busque articular experiências que estimulem o pensar.

A autonomia do indivíduo tem relação tanto com as experiências a que teve acesso,

quanto com as condições sociais que favorecem ou desfavorecem tais experiências. Portanto,

ainda que a adaptação seja condição indispensável para a efetiva vida social, não pode se

sobrepor a capacidade do indivíduo realizar experiências e para tanto, os professores precisam

estar imbuídos de reflexão crítica e tomar para si a responsabilidade de uma educação para a

resistência consciente; a forma necessária da emancipação sob a sociedade administrada.

Observa-se que o documento R.R. (2016) traz um conceito sucinto a respeito de

criança. Entende-se que esse fato decorre do documento ter sido elaborado para subsidiar a

retomada do projeto político pedagógico das unidades educacionais, portanto, a concepção de

criança não é o centro das discussões, lugar ocupado pelo processo de formação continuada,

nas diferentes etapas da educação básica. Ainda assim, o documento apresenta o conceito de

criança como sujeito possuidor de um repertório social, cultural e cognitivo, o que,

certamente, mostra que a criança pode ser estimulada a processos autônomos no que tange à

constituição de sua personalidade (R.R., 2016, p. 9).

Considera-se que o documento C.I.I.P. (2015) inclui ao conceito de criança um dado

importante para a presente análise, pois enfatiza que, ao interrogar o mundo, a vida, os adultos

e o currículo, a criança influencia e produz transformações no cenário social, político e

cultural.

Como participantes e protagonistas nas sociedades em que estão inseridas, as crianças e suas formas de resistir e interrogar o mundo contribuem para a consolidação de uma imagem de criança competente, ativa e crítica, repleta de potencialidades desde o seu nascimento. Ao interrogar o mundo, a vida, os adultos e o currículo elas influenciam e produzem transformações no cenário social, político e cultural (C.I.I.P., 2015, p. 11).

Verifica-se, nesse ponto preciso, modificações no documento, as quais evidenciam a

proposição de ser oferecida às crianças uma formação política, que apenas será efetivada se os

professores tiverem clareza desse princípio ao adotarem práticas coerentes e que questionem

as formas de organização social e, no âmbito da unidade educacional, as formas de controle,

por vezes sutis, que os conduzem, cada vez mais, a processos heterônomos.

O Quadro 2 permite discutir a elaboração do planejamento do professor, a partir do

ano letivo de 2014, uma vez que em 2013 não foram encontrados os registros no PPP:

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Quadro 2. Transcrição dos excertos que subsidiaram o planejamento do professor :

2014 Etapa 1 – Selecionar campos de experiência a partir dos apresentados nas Orientações Curriculares – OCs; Foco específico nos campos de experiência: experiências voltadas ao conhecimento de si, do outro e do ambiente, experiências de brincar e imaginar; experiências de exploração da linguagem corporal, experiências de exploração da linguagem verbal, experiências de exploração da natureza e da cultura, experiências de exploração do conhecimento matemático, experiências com a expressividade das linguagens artísticas.

2015 Etapa 1 – Selecionar campos de experiência a partir dos apresentados nas Orientações Curriculares – OCs; Foco específico nos campos de experiência: experiências voltadas ao conhecimento de si, do outro e do ambiente, experiências de brincar e imaginar; experiências de exploração da linguagem corporal, experiências de exploração da linguagem verbal, experiências de exploração da natureza e da cultura, experiências de exploração do conhecimento matemático, experiências com a expressividade das linguagens artísticas.

2016 Articulação com o PPP e com o “Programa Mais Educação São Paulo”: na Educação Infantil, a discussão curricular deve envolver as temáticas relacionadas a um currículo integrador para a primeira infância. Experiências voltadas ao conhecimento de si, do outro e do ambiente, experiências de brincar e imaginar; experiências de exploração da linguagem corporal, experiências de exploração da linguagem verbal, experiências de exploração da natureza e da cultura, experiências de exploração do conhecimento matemático, experiências com a expressividade das linguagens artísticas.

2017 Articulação com o PPP e com o “Programa Mais Educação São Paulo”: na Educação Infantil, a discussão curricular deve envolver as temáticas relacionadas a um currículo integrador para a primeira infância. Experiências voltadas ao conhecimento de si, do outro e do ambiente, experiências de brincar e imaginar; experiências de exploração da linguagem corporal, experiências de exploração da linguagem verbal, experiências de exploração da natureza e da cultura, experiências de exploração do conhecimento matemático, experiências com a expressividade das linguagens artísticas.

2018 ANEXO 1 – PLANO DE TRABALHO DOCENTE. “O Plano de trabalho que segue está sendo estudado durante o horário coletivo da JEIF em 2018 para que ele possa estar em consonância com o Currículo Integrador da Infância Paulistana, com a Base Nacional Comum Curricular e com o PPP da EMEI. Reforçamos então que este plano não está atualizado e que sua atualização será realizada ao longo do ano letivo de 2018, por meio dos estudos no horário coletivo JEIF, nas Horas Atividades dos professores e nas reuniões pedagógicas” (p. 128). Experiências voltadas ao conhecimento de si, do outro e do ambiente, experiências de brincar e imaginar; experiências de exploração da linguagem corporal, experiências de exploração da linguagem verbal, experiências de exploração da natureza e da cultura, experiências de exploração do conhecimento matemático, experiências com a expressividade das linguagens artísticas (p. 128-133).

Fonte: Elaborado com base na coleta de dados.

Sobre o planejamento do professor, nota-se que os conceitos mencionados nos

documentos oficiais, adotados na presente pesquisa, não subsidiaram a elaboração do plano de

trabalho, contido no PPP da escola, visto que foram adotados outros documentos para

subsidiar a ação pedagógica.

Observa-se permanências em 2014 e 2015, visto que os professores adotaram como

fonte de estudo e subsídio para a elaboração do planejamento, as orientações curriculares,

publicadas em 2007. Percebe-se, em 2016 e 2017, a introdução de novos conceitos ao

planejamento e o “Programa Mais Educação – São Paulo”, reforma curricular iniciada em

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2013, é mencionado de tal modo que as experiências oferecidas às crianças contemplem as

temáticas relacionadas a um currículo integrador; contudo, paradoxalmente, as experiências

extraídas das orientações curriculares28 prevalecem no planejamento do professor e mantém

permanências durante todo o período estudado:

Experiências voltadas ao conhecimento de si, do outro e do ambiente, experiências de brincar e imaginar; experiências de exploração da linguagem corporal, experiências de exploração da linguagem verbal, experiências de exploração da natureza e da cultura, experiências de exploração do conhecimento matemático, experiências com a expressividade das linguagens artísticas (Orientações Curriculares, 2007).

Em 2018, constata-se a introdução de novos conceitos, como o estudo do documento

Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o reconhecimento, por parte da coordenação

pedagógica e dos professores, sobre a necessidade do plano de trabalho ser redimensionado,

durante a formação continuada, conforme apresentado no PPP da unidade educacional:

Reforçamos então que este plano não está atualizado e que sua atualização será realizada ao longo do ano letivo de 2018, por meio dos estudos no horário coletivo JEIF, nas Horas Atividades dos professores e nas reuniões pedagógicas (Projeto Político Pedagógico, 2018, p. 128).

As permanências observadas quanto ao uso das orientações curriculares mostram que

os professores utilizam o documento publicado em 2007. Tal afirmação indica que, desde

2013, com o movimento de reforma curricular e a implementação do Programa Mais

Educação São Paulo, a formação continuada não incidiu sobre a autonomia do professor com

o objetivo de rever o planejamento e propor novas formas de propiciar às crianças

experiências diversificadas, estimuladoras da autonomia; ao contrário, expressa uma formação

do professor voltada à adaptação de práticas recorrentes que, inevitavelmente, retroage à

formação da criança.

Chama a atenção o fato do documento Base Nacional Comum Curricular compor o

PPP da unidade escolar em 2018, visto que, mesmo sendo um documento elaborado em nível

federal e de caráter mandatório, não havia sido publicado em sua versão final, para ser

adotado como fonte de estudo. Por isso, compreende-se que, por um lado, existe uma

“acomodação” do professor quanto à permanência no uso das Orientações Curriculares,

28 O documento Orientações Curriculares – Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas, publicado em 2007, concebe o desenvolvimento da criança por faixas etárias, pelo seu determinismo biológico. As expectativas de aprendizagem são divididas por faixas etárias, como por exemplo, de zero a um ano, de dois a três e três a quatro anos. Na perspectiva do C.I.I.P. as experiências oferecidas às crianças não são fragmentadas e buscam articular o conhecimento prévio das crianças aos conhecimentos historicamente acumulados.

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documento publicado em 2007, e, por outro, uma oscilação no uso dos documentos

publicados entre 2013 a 2018, ocasionando descontinuidade na implementação das novas

políticas educacionais.

Não obstante, observou-se, por meio das pautas das reuniões, que o fato de os

professores não terem adotado os documentos oficiais para a elaboração do plano de trabalho

que compõe o PPP, ocasionou o estudo e discussão da O.N. 01/2013 durante a análise coletiva

de registros no ano de 2015 e 2017, como pode ser verificado no quadro abaixo:

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Quadro 3. Apresentação dos dados referentes às reuniões de análise coletiva de registro

Ano Pauta da reunião (documentos utilizados)

Fala dos professores

2013 X X 2014 X X 2015 Leitura do documento

Orientação Normativa nº 01/2013; Documento SME- DOT Educação Infantil

O professor de educação infantil deve saber, ouvir, observar e mediar as crianças de acordo com as suas necessidades” (p. 17). “Descreve as vivências trabalhadas e os avanços da criança, expressando suas preferências, suas atitudes diante dos conflitos. Relata também as expectativas em relação à construção da autonomia e algumas aprendizagens”.

2016 Leitura do documento:

Reflexões sobre o processo de avaliação

“Aproveitamos para aprofundarmos uma reflexão sobre a questão do gênero, que já vem sendo discutido desde o ano passado. Meninos e meninas devem ser tratados de maneira igual, sem fazer distinção nos agrupamentos, brincadeiras, filas etc. Essa discussão muito contribuiu para refletirmos sobre nossas práticas e acreditamos que refletirá em mudança de atitudes” (p. 22); Após, fizemos a leitura do documento: Orientação Normativa nº 01/2013: Expedindo a Documentação Educacional.

2017 Vídeo: “Avaliação na

Educação Infantil”, de Jussara Hoffmann (p. 33-verso);

Continuando a reunião o coordenador fez menção à Orientação Normativa número um de dois mil e treze, e também a uma orientação para subsidiar as avaliações dos alunos no primeiro semestre aludindo às linguagens trabalhadas com as crianças.

“(...) Continuando a reunião o Coordenador fez menção à Orientação Normativa número um de dois mil e treze, e também a uma orientação para subsidiar as avaliações dos alunos no primeiro semestre aludindo às linguagens trabalhadas com as crianças”.

2018 Definição de qual será o instrumento oficial de Registro do Planejamento e das Práticas Pedagógicas de cada professor e do professor (p. 42); Leitura de dois ou três relatórios descritivos individuais das crianças (p. 42);

“Esse compartilhamento de informações promoveu a troca de relatos e observações entre as professoras e o professor, de modo a enriquecer o olhar docente no momento de escrever o relatório descritivo individual de cada criança”. Qual a importância do trabalho dos educadores desta EMEI para a Educação Infantil? Consonância com as propostas pedagógicas vigentes. Comprometimento com um atendimento de qualidade, individual e coletivamente (p. 49).

Fonte: Elaborado com base nos dados coletados da escola pesquisada. Nota: (x) indica ausência de dados.

Com base nos dados apresentados, constata-se a oscilação quanto ao uso dos

documentos oficiais, pois ora aparecem na formação continuada, ora, sequer são

mencionados. O uso da Orientação Normativa aparece uma única vez no ano de 2015, 2016 e,

em 2017, o coordenador fez menção ao documento.

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Isso expressa a fragilidade da formação, uma vez que as condições objetivas em que a

formação continuada é realizada não propicia aos professores a capacidade de reflexão e

crítica, ao contrário, reforça a adaptação dos professores condicionados pela heteronomia que

prevalece no interior da escola.

Não obstante, observou-se que os professores estão imersos em propostas indefinidas,

descontínuas e são levados, consequentemente, a manterem relações parciais com a cultura.

Essa tendência observada afasta os professores de uma formação continuada que objetive a

consciência quanto à pseudoformação em que estão inseridos, o que acaba inibindo-os de

impelir a uma formação cultural, com vistas à continuidade e permanência dos conteúdos no

decorrer dos momentos formativos que considerem os vínculos temporais entre os objetos de

estudo, respeitando sua historicidade.

Partilhando da noção de formação cultural (ADORNO, 2017) como apropriação

subjetiva da cultura, é possível afirmar que ela deveria ter a finalidade de promover a

autonomia dos indivíduos, de modo que estes usem a razão livre e autonomamente. Diante do

observado, vale retomar a seguinte ponderação de Adorno (2017, p. 4):

A formação cultural deveria beneficiar o indivíduo livre – um indivíduo alicerçado na própria consciência, aprimorado no interior da sociedade, que sublimasse claramente seus instintos como também o próprio espírito. A formação cultural é pré-requisito implícito de uma sociedade autônoma – quanto mais esclarecido o indivíduo, mais esclarecida a sociedade.

Sendo a formação cultural um pré-requisito implícito de uma sociedade autônoma,

faz-se necessário que os professores lutem por espaços, cada vez mais democráticos, que

ensejem a reflexão acerca dos condicionamentos que a sociedade administrada impõe com a

finalidade de manter o status quo.

Quanto ao processo formativo analisado, prevalece uma tendência adaptativa ainda

que, em algumas falas dos professores, incitem ao prelúdio de uma formação reflexiva, como

nos seguintes excertos:

“Nesse sentido, aproveitamos para aprofundarmos uma reflexão sobre a questão do gênero, que já vem sendo discutido desde o ano passado. Meninos e meninas devem ser tratados de maneira igual, sem fazer distinção nos agrupamentos, brincadeiras, filas etc. Essa discussão muito contribuiu para refletirmos sobre nossas práticas e acreditamos que refletirá em mudança de atitudes” (Análise Coletiva de Registros, 2016).

“Esclarecemos ainda a importância dos registros e das ações formativas sobre como avaliar desde o inicio do ano letivo, pois consideramos que a avaliação deve acontecer durante todo o processo” (Análise Coletiva de Registros, 2016).

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“(...) Esse compartilhamento de informações promoveu a troca de relatos e observações entre as professoras e o professor, de modo a enriquecer o olhar docente no momento de escrever o relatório descritivo individual de cada criança” (Análise Coletiva de Registros, 2018). “A EMEI contribui de forma significativa porque proporciona e oportuniza a criança o brincar, buscando sempre respeitar a infância. Um exemplo dessa prática é a reunião com representantes de sala, onde as crianças, como protagonistas de seus direitos de forma natural, são responsáveis; o objetivo é desenvolver a criança de forma lúdica e criativa” (Análise Coletiva de Registros, 2018).

O posicionamento ínfimo do professor marca o reducionismo frente à resistência

necessária para a efetivação de uma ação política.

Merece destaque o relatado pelo grupo, na reunião de análise coletiva de registro

(2015): “Descreve as vivências trabalhadas e os avanços da criança, expressando suas

preferências, suas atitudes diante dos conflitos. Relata também as expectativas em relação à

construção da autonomia e algumas aprendizagens”.

É importante ponderar que o professor torna evidente a consciência de que é preciso

formar a criança para autonomia, entretanto, as falas e reações expressas pelos professores são

pouco evidentes para corroborar tal afirmação. Não foi observada consonância com as

propostas pedagógicas vigentes conforme definido pelo grupo, tampouco, percebeu-se que os

documentos oficiais incidiram na formação continuada do professor, conforme descrito no

registro realizado na reunião de análise coletiva do ano de 2018: “Qual a importância do

trabalho dos educadores desta EMEI para a Educação Infantil? Consonância com as propostas

pedagógicas vigentes. Comprometimento com um atendimento de qualidade, individual e

coletivamente”.

Apesar das divergências identificadas na elaboração dos registros escolares, observa-

se o comprometimento dos professores com vistas a um atendimento de qualidade para as

crianças, uma vez que participam das reuniões formativas, debatem acerca das questões da

escola propondo melhorias, refletem sobre os processos avaliativos e a documentação

pedagógica.

Sobre a proposta pedagógica e programas da Secretaria Municipal de Educação, o

projeto político pedagógico, elaborado pelos professores e coordenador pedagógico, expressa:

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Quadro 4. Utilização dos documentos oficiais na elaboração da proposta pedagógica:

Ano Proposta Pedagógica Programa da SME

2013 Proposta pedagógica com foco nas orientações curriculares, buscando algo que seja significativo dentro do processo de aprendizagem;

Em consonância com os programas da Secretaria Municipal de Educação Orientações Curriculares: Expectativas de Aprendizagem e Orientações Didáticas e o documento Rede em Rede, visando uma formação continuada na educação infantil (p. 5).

2014 Proposta pedagógica com base nas orientações curriculares e buscando algo que seja significativo dentro do processo de aprendizagem que vai sendo aprimorado dia a dia (p. 9);

Em consonância com o Programa de Reorganização Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo – Mais Educação São Paulo e no Projeto Político Pedagógico (p. 9).

2015 X X

2016 Proposta pedagógica com base nas orientações curriculares e buscando algo que seja significativo dentro do processo de aprendizagem que vai sendo aprimorado dia a dia (p. 23);

Em consonância com o Programa de Reorganização Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo – Mais Educação São Paulo e no Projeto Político Pedagógico (p. 23).

2017 Proposta pedagógica com base nas orientações curriculares e buscando algo que seja significativo dentro do processo de aprendizagem que vai sendo aprimorado dia a dia (p. 23).

Em consonância com o Programa de Reorganização Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo – Mais Educação São Paulo e no Projeto Político Pedagógico (p. 23).

2018 Proposta pedagógica com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (BRASIL, 2010) e no Currículo Integrador da Infância Paulistana: busca algo que seja significativo dentro do processo de aprendizagem que vai sendo aprimorado dia a dia (p. 29).

Viver um processo de interações e construção de conhecimentos em consonância com o Programa de Reorganização Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo – Mais Educação São Paulo e no Projeto Político Pedagógico (p. 29).

Fonte: Elaborado com base na coleta de dados da escola pesquisada. Nota: (x) indica ausência de dados.

O Quadro 4 apresenta a organização da escola no que se refere à elaboração da

proposta pedagógica, bem como o uso dos documentos orientadores, com o objetivo de

subsidiar as reuniões formativas e, consequentemente, o redimensionamento das ações

pedagógicas. Nota-se, prioritariamente, permanências no que tange à proposta pedagógica, ao

longo do ano de 2013 a 2017.

O uso das Orientações Curriculares (2007) na elaboração da proposta pedagógica,

indica apreensão dos conceitos, entretanto, nota-se a acomodação e adaptação do professor,

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bem como, uma indefinição quanto à proposta, articulada às diretrizes legais, conforme pode

ser observado nos anos de 2014, 2016 e 2017, em que os registros apontam para a

implementação do Programa Mais Educação – São Paulo. Paradoxalmente, os documentos

orientadores mencionados na proposta pedagógica não convergem para o referido programa.

Nesse sentido, pode-se dizer que o documento foi elaborado sem a reflexão necessária

para a articulação das ações. Afinal, os professores e o coordenador pedagógico não

perceberam que as Orientações Curriculares (2007)29 nada têm a ver com as diretrizes do

Programa Mais Educação – São Paulo, iniciado em 2013 como reforma curricular da RME?

Identifica-se, no ano letivo de 2018, modificações significativas na elaboração da

proposta pedagógica à medida que foi incluído o documento C.I.I.P. e o documento Diretrizes

Curriculares Nacionais da Educação Infantil (2010) de caráter mandatório. Verifica-se que os

documentos oficiais articulados ao programa Mais educação – São Paulo, da gestão Fernando

Haddad, somente foram adotados, efetivamente, na gestão do prefeito João Dória.

Sabe-se que as políticas educacionais não ocorrem linearmente às suas publicações, o

que é pertinente, uma vez que, a apropriação das propostas por parte dos professores e demais

profissionais, exige tempo e estudo contínuo oferecido ao longo da formação continuada;

entretanto, é preciso questionar o fato do uso recorrente das Orientações Curriculares (2007)

articuladas ao Programa Mais Educação – São Paulo, afinal, não existem convergências entre

eles.

Com isso, percebe-se que a elaboração dos documentos da escola coaduna com a

reprodução e automatização do processo educativo desprovido de reflexão e crítica, logo

adaptativo e pseudoformativo. Conclusão que corrobora a afirmação de Adorno (2017, p. 2),

de que: ”(...) qualquer formação cultural (Bildung) que proceda de outra forma, que se

autonomize e se torne absoluta, converte-se, desse modo, em pseudoformação”.

O documento R.R. (2016), com o objetivo de subsidiar os momentos de formação

continuada, sequer foi mencionado nos documentos elaborados pelos professores. Tal fato

indica que os estudos não contemplaram o referido documento; contudo, esse fato não

significa dizer que o conteúdo do documento minimizaria a ausência de percepção crítica dos

professores, mas, certamente, ensejaria o possível debate acerca das ações e proposições

formativas adotadas pela escola.

Quanto à concepção de criança, os dados do PPP apresentam os seguintes conceitos:

29 Orientações Curriculares: expectativas de aprendizagens e orientações didáticas, documento publicado na gestão do prefeito Gilberto Kassab, cujo secretário da educação à época era Alexandre Alves Schneider.

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Quadro 5. Conceito de criança expresso no PPP da unidade escolar:

2013 Defende-se uma concepção de criança que, desde o nascimento é produtora de conhecimento e de cultura. Vemos a criança como sujeito de direitos, com poder de criação, imaginação e fantasia. A escola dentro de seus espaços deve proporcionar um processo bastante significativo dentro de suas interações conforme as etapas trabalhadas na sua faixa etária (PPP, 2013, p. 8).

2014 Criança como pessoa capaz, que tem direito de ser ouvida e de ser levada a sério em suas especificidades enquanto “sujeito potente”, socialmente competente, com direito à voz e à participação nas escolhas; como pessoa que consegue criar e recriar, “verter e subverter a ordem das coisas”, refundar e ressignificar a história individual e social, como pessoa que vê o mundo com seus próprios olhos, levantando hipóteses, construindo relações, teorias e culturas infantis por meio da expressão e da manifestação nas diferentes linguagens e nos diferentes modos de agir, construindo seus saberes e (re)ensinando aos adultos a olhar o mundo com “olhos de criança” (2014, p. 13).

2015 X

2016 Criança como pessoa capaz, que tem direito de ser ouvida e de ser levada a sério em suas especificidades enquanto “sujeito potente”, socialmente competente, com direito à voz e à participação nas escolhas; como pessoa que consegue criar e recriar, “verter e subverter a ordem das coisas”, refundar e ressignificar a história individual e social, como pessoa que vê o mundo com seus próprios olhos, levantando hipóteses, construindo relações, teorias e culturas infantis por meio da expressão e da manifestação nas diferentes linguagens e nos diferentes modos de agir, construindo seus saberes e (re)ensinando aos adultos a olhar o mundo com “olhos de criança” (2016, p. 27).

2017 Criança como pessoa capaz, que tem direito de ser ouvida e de ser levada a sério em suas especificidades enquanto “sujeito potente”, socialmente competente, com direito à voz e à participação nas escolhas; como pessoa que consegue criar e recriar, “verter e subverter a ordem das coisas”, refundar e ressignificar a história individual e social, como pessoa que vê o mundo com seus próprios olhos, levantando hipóteses, construindo relações, teorias e culturas infantis por meio da expressão e da manifestação nas diferentes linguagens e nos diferentes modos de agir, construindo seus saberes e (re)ensinando aos adultos a olhar o mundo com “olhos de criança” (2017, p. 27).

2018 Criança como pessoa capaz, que tem direito de ser ouvida e de ser levada a sério em suas especificidades enquanto “sujeito potente”, socialmente competente, com direito à voz e à participação nas escolhas; como pessoa que consegue criar e recriar, “verter e subverter a ordem das coisas”, refundar e ressignificar a história individual e social, como pessoa que vê o mundo com seus próprios olhos, levantando hipóteses, construindo relações, teorias e culturas infantis por meio da expressão e da manifestação nas diferentes linguagens e nos diferentes modos de agir, construindo seus saberes e (re)ensinando aos adultos a olhar o mundo com “olhos de criança” (2018, p. 33).

Fonte: Elaborado com base no PPP da unidade. Nota: (x) ausência de dados.

Observa-se modificações quanto à definição da concepção de criança no PPP da

unidade escolar a partir do ano de 2014, pois, ao conceito adotado anteriormente, foram

acrescidos conceitos extraídos da O.N. 01/2013, que permaneceram nos anos de 2016, 2017 e

2018:

Criança como pessoa capaz, que tem direito de ser ouvida e de ser levada a sério em suas especificidades enquanto “sujeito potente”, socialmente competente, com direito à voz e à participação nas escolhas; como pessoa que consegue criar e recriar, “verter e subverter a ordem das coisas”, refundar e ressignificar a história individual e social, como pessoa que vê o mundo com seus próprios olhos, levantando

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hipóteses, construindo relações, teorias e culturas infantis por meio da expressão e da manifestação nas diferentes linguagens e nos diferentes modos de agir, construindo seus saberes e (re)ensinando aos adultos a olhar o mundo com “olhos de criança”.

O questionamento pertinente à concepção de criança definida nos documentos oficiais

e expressa nos documentos elaborados pelos professores, recai sobre a definição da criança

como sujeito de direitos. Afinal, o que esse termo significa? Sabe-se que considerar a criança

como sujeito de direito emerge de uma conjuntura social, político e histórica. Embora seja

importante esse reconhecimento, verifica-se uma naturalização quanto ao uso do termo. No

âmbito educacional, principalmente, a frase tornou-se um jargão, desprovida de qualquer

crítica. Compreende-se que esse discurso prevalece nas políticas educacionais para a infância,

reproduzido continuamente, sem reflexão e debate mais aprofundado.

Diante disso, problematiza-se: quem era a criança antes de ser considerada sujeito de

direitos? A criança era um ser incapaz e qualquer direito era exercido por quem detinha o

poder familiar? Pais? Tutores? Agora, a criança deixa de ser objeto e passa a ser sujeito,

detendo direitos próprios e consideradas cidadãs porque a legislação assim determina?

Considerar as crianças capazes, autoras, criativas, inventivas, com direito ao brincar tornou-se

premissa porque é lei? Propugnar que a criança tem o direito de brincar parece muito mais um

contrassenso ou uma exigência legal, estapafúrdia e ofensiva até o bom senso.

Identifica-se muitas vezes o uso indiscriminado do termo, por meio de discursos e

documentos, o que de certa maneira, principalmente na escola, obscurece o trabalho

pedagógico do professor junto às crianças. O que se vê são discursos naturalizados e

hierarquizados sobre a infância, fortalecendo sobremaneira, os interesses políticos que

almejam obter credibilidade e visibilidade de políticas educacionais. A escola precisa ampliar

o debate acerca da infância e questionar discursos que impedem ou dificultam, efetivamente,

uma educação voltada à autonomia, tanto do professor quanto da criança.

O PPP da escola pesquisada – no período de 2014, 2016, 2017 e 2018 – mantém

permanências e expressa a concepção de criança potente:

Criança como pessoa capaz, que tem direito de ser ouvida e de ser levada a sério em suas especificidades enquanto “sujeito potente”, socialmente competente, com direito à voz e à participação nas escolhas; como pessoa que consegue criar e recriar, “verter e subverter a ordem das coisas”, refundar e ressignificar a história individual e social, como pessoa que vê o mundo com seus próprios olhos, levantando hipóteses, construindo relações, teorias e culturas infantis por meio da expressão e da manifestação nas diferentes linguagens e nos diferentes modos de agir, construindo seus saberes e (re)ensinando aos adultos a olhar o mundo com “olhos de criança”.

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O excerto acima objetiva a formação da criança visando o posicionamento frente aos

problemas da realidade social, portanto, é preciso que as escolas ofereçam uma educação

crítica e política desde a infância, e constituam-se como instituições responsáveis com a

transformação social, na luta por uma educação que vise, constantemente, à conscientização

do indivíduo.

Dar voz às crianças não pode estar associado ao senso comum, sem mediações com a

cultura, afinal, elas possuem diferentes repertórios e, por meio das experiências formativas, os

professores precisam potencializar, ao máximo, o acesso ao conhecimento científico e

cultural, visto que, ao contrário, será tolhido o direito das crianças aos saberes culturais,

ocasionando, assim, uma formação massificada e padronizada.

Quanto aos objetivos dos documentos, pode-se dizer que a O.N. e o C.I.I.P.

apresentam convergências entre si, principalmente no que se refere ao caráter integrador dos

processos educativos de maneira a manter permanências com vistas a uma formação voltada à

autonomia:

O currículo na educação infantil deve contemplar um caráter integrador e construir-se envolvendo todos os atores do processo educativo, famílias, bebês, crianças, educadores (as) e comunidade tendo como eixo o lúdico, o brincar e a arte, rompendo com o caráter prescritivo e homogeneizador, bem como, com a cisão entre CEI e EMEI e desta com o ensino fundamental (O.N., 2014, p. 15). A constituição de um currículo que trate de modo integrado bebês e crianças que ingressam na Educação Infantil e prosseguem seus estudos no ensino fundamental requer que educadoras e educadores compartilhem concepções e princípios sobre as diversas infâncias e seus direitos (C.I.I.P., 2015, p. 8). Nessa perspectiva, torna-se inevitável uma mudança de concepção, de crenças, de posturas das gestoras e gestores, das professoras e professores, das educandas e educandos como também da própria organização do trabalho pedagógico, ou seja, reorganizar os espaços físicos/ambientes, os tempos, os materiais, os conteúdos, as experiências, as rotinas, dentre outros. É preciso que cada um dos envolvidos no processo educativo exerça seu papel com o devido protagonismo da sua função. Na organização do nosso trabalho precisamos superar práticas pedagógicas que impedem o atendimento às necessidades afetivas, cognitivas, culturais, bem como a reflexão crítica e a superação dos conteúdos desarticulados e fora do contexto, a compartimentalização do saber, a hierarquia e o isolamento entre as áreas do conhecimento e outros aspectos (R.R., 2016, p. 7).

Quanto ao uso do termo educador e professor, observou-se nos documentos analisados

oscilações e variações. Com o objetivo de verificar em quais momentos eles são utilizados e

se ocorreram modificações ou permanências, elaborou-se uma tabela que expressa a

frequência com que foram utilizados:

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93

Tabela 4. Frequência no uso dos termos educadores(as), professores(as), educador da infância

Documento Educadores(as) Professores(as) Educador da Infância O.N. nº 01/2013 24 2 5 C.I.I.P. 66 20 - R.R. 7 4 - I.Q.E.I. 8 3 - Total 105 29 5

Fonte: Tabela elaborada tomando como referência os documentos oficiais. Nota: (- ) indica zero.

Na Tabela 4 observa-se a distribuição dos termos utilizados para designar a função do

professor e educador nos documentos fontes da presente pesquisa. Nota-se que o documento

C.I.I.P. (2015) apresenta maior frequência quanto ao uso do termo educadores(as), seguido da

O.N. nº 01/2013. Os documentos R.R. (2016) e I.Q.E.I. (2016) apresentam menor frequência

no uso do termo educadores(as). Esse fato justifica-se, porque ambos os documentos não

foram analisados na íntegra, destacando apenas alguns capítulos. No R.R. (2016) foram

analisados a introdução e os capítulos referentes à educação infantil, à formação e à gestão

pedagógica, enquanto que nos I.Q.E.I. (2016) analisou-se a introdução e a Dimensão 8, que

trata, especificamente, da formação e condições de trabalho das educadoras e dos educadores.

Constatou-se que o uso do termo educadores(as) é o mais frequente, totalizando 105

vezes, seguido do termo professores(as) que aparece 29 vezes e, por último, o termo educador

da infância que foi utilizado cinco vezes, apenas no documento Orientação Normativa nº

01/2013.

Diante dos dados obtidos, parece haver uma preocupação quanto ao uso dos termos,

diante do que cabe indagar em quais momentos são utilizados? Por que uma função tão

importante é reduzida ao termo educador? Por que os documentos insistem em reafirmar tais

termos? Nessa medida, o professor como intelectual não é valorizado, a começar pelo uso do

próprio termo, ora visto como professor, ora como educador. Como pode um educador que

não tem a mesma formação do professor ascender-se a ele?

Sabe-se que os documentos oficias, na sua elaboração, são imbuídos de influências

sociais e históricas, entretanto, e apesar do discurso sobre a importância do professor na

formação das crianças, os documentos não evidenciam, claramente, quem é esse profissional:

Considera-se que todos(as) os(as) profissionais da unidade de educação infantil são educadores porque contribuem para a formação e crescimento das crianças, cuidando-as e educando-as (O.N., 2014, p. 15). Educadores e educadoras são estudiosos de crianças (C.I.I.P., 2015, p. 10). As formações inicial e continuada das educadoras e educadores são fatores determinantes na qualidade da educação. Ressalta-se que educadores são todos

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94

aqueles profissionais presentes nas unidades de educação infantil, incluindo as equipes gestora, docente e de apoio. Portanto, é importante ressaltar que a formação continuada deve envolver todas essas equipes, tanto com relação ao que é comum a elas, quanto em relação às especificidades de cada uma (I.Q.E.I., 2016, p. 56).

Observam-se permanências quanto ao uso do termo educador nos documentos oficiais,

contudo, os documentos expressam, constantemente, pouca relevância ao papel ocupado pelo

professor no processo educativo.

Como defender uma educação voltada à autonomia e emancipação se os professores

sequer são reconhecidos como figura de autoridade? Verificam-se diversos problemas em

relação a essa questão, dentre eles: se todos os profissionais da instituição escolar são

educadores, todos têm condições de formar as crianças? Como concordar com a afirmação de

que todos os educadores são estudiosos de crianças? Essa afirmação é arbitrária e desprovida

de sentido, visto que isso não se confirma no interior das instituições de ensino.

Tais afirmações indicam o quanto a figura do professor, historicamente, é

desvalorizada. Ao longo dos anos notam-se representações negativas quanto à figura do

professor e, consequentemente, do magistério. Sobre isso Adorno (1995) discorria:

Minhas considerações prestam-se no máximo a tornar visíveis algumas dimensões da aversão em relação à profissão de professor, que representam um papel não muito explícito na conhecida crise de renovação do magistério, mas que, talvez até por isto mesmo são bastante importantes. Ao fazê-lo, tocarei simultaneamente, ao menos por alto, numa série de problemas que se relacionam com o próprio magistério e sua problemática, na medida em que as duas coisas dificilmente podem ser separadas (ADORNO, 1995b, p. 97).

As aversões em relação à figura do professor são evidenciadas por certas atitudes

sociais que apontam o professor como aquele que não trabalha, que apenas ministra aulas, do

curso magistério formar, predominantemente, as mulheres – o que é perceptível na profissão,

o gênero feminino se sobrepor ao masculino. Logo, em uma sociedade que apresenta

tendências machistas e sexistas, a profissão de professor é pouco reconhecida e valorizada.

Diante de tais questões, quem nunca deparou-se com a expressão voltada ao professor: você

não trabalha, apenas dá aulas?

Sabe-se também que o status ocupado pelo professor varia de acordo com a hierarquia

estruturada da sociedade administrada, posto que, existe o reconhecimento apenas do

professor universitário, enquanto o professor da infância e da adolescência tem sua figura

reduzida. Nesses termos o papel do professor da infância é reduzido e sedimentado em

consonância às imposições da sociedade administrada: “De um lado, o professor universitário

como a profissão de maior prestígio; de outro, o silencioso ódio em relação ao magistério de

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95

primeiro e segundo graus, uma ambivalência como esta remete a algo mais profundo”

(ADORNO, 1995b, p. 99).

Isso reforça a hipótese de que o professor da infância, torna-se a principal vítima dos

tabus sociais acerca de sua profissão, considerando que tabus significam:

Representações inconscientes ou pré-conscientes dos eventuais candidatos ao magistério, mas também de outros, principalmente das próprias crianças, que vinculam esta profissão como que a uma interdição psíquica que a submete a dificuldades raramente esclarecidas” (ADORNO, 1995b, p. 98).

Essas representações inconscientes constituíram-se ao longo da história e, embora

tenham se desprendido de sua base, permanecem presentes no inconsciente das pessoas e são

expressas, por meio de preconceitos que insistem em reforçar os tabus acerca do magistério. É

bastante evidente a figura do professor associada aos castigos, à disciplina, o que para Adorno

(1995) torna-se um dos principais tabus acerca do magistério.

Entende-se que a figura do professor também apresenta, ao longo da história, uma

imagem negativa por estar atrelada a antigas referências como a dos escravos, como herdeiro

do monge, do escriba, um subalterno com funções intelectuais que, embora possua notório

saber, continua um subalterno. No ápice, encontra-se o homem que castiga, o que é

determinante para pressupor que: “(...) Ainda que em termos bastante brandos, repete-se na

imagem do professor algo da imagem tão afetivamente carregada do carrasco” (ADORNO,

1995b, p. 107).

E ainda: “(...) A minha hipótese é que a imagem de “responsável por castigos”

determina a imagem do professor muito além das práticas dos castigos físicos escolares”

(ADORNO, 1995b, p. 107).

As questões que incidem sobre a complexidade do magistério, consequentemente, da

profissão do professor transcendem as dificuldades objetivas e, nesse sentido, tornam-se um

dificultador para que o professor desempenhe com êxito seu ofício. As motivações para a

aversão ao magistério situam-se em uma dimensão subjetiva, especialmente no inconsciente,

as quais não cabe tratar na presente pesquisa.

Outro ponto que merece ser destacado, diz respeito à figura do professor como

autoridade das crianças, uma vez que: “A opinião pública não leva a sério o poder dos

professores, por ser um poder sobre os sujeitos civis não totalmente plenos, as crianças. O

poder do professor é execrado porque só parodia o poder verdadeiro, que é admirado”

(ADORNO, 1995b, p. 103).

Ressalte-se a desvalorização do professor quando exerce a função de professor da

infância, por se tratar de uma profissão voltada àqueles que dependem de outrem. Em outros

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termos, o professor como intelectual possui um saber isento de poder e autoridade. Dada às

condições em que a figura do professor foi sedimentada, considera-se urgente problematizar o

papel que este profissional ocupa na sociedade administrada.

No que tange ao uso do termo verificado nos documentos oficiais e, a relevância de

sua função, nota-se um reducionismo acentuado, principalmente quando o professor é

equiparado ao educador. Nagle (1986, P.167) fazia críticas quanto ao uso do termo:

Já vem causando um pouco de irritação o uso indiscriminado da palavra educador, porque neste país nem se forma o professor direito e já se julga que se deve, em lugar de professor, formar o educador. Outra palavra mágica esta, que já faz parte da linguagem comum.

Concorda-se com Nagle (1986) quanto ao uso indiscriminado e obscuro do termo

educador, ainda na atualidade, em detrimento da denominação professor. Conforme foi

apresentado na Tabela 4, o termo foi utilizado 110 vezes, se somados 105+5, de um total de

139 registros, ou 79%, o que evidencia ser um dado bastante expressivo, causando

inquietações. Quem é, afinal, o educador? Como propor uma educação que, de fato, emancipe

se os professores sequer são reconhecidos quanto à sua capacidade intelectual? Por que o

termo professor é substituído pelo termo educador? Esta é uma tendência que expressa, cada

vez mais, a invisibilidade do professor na sociedade atual.

No discurso expresso, nos documentos oficiais, o professor ocupa um papel

secundário e, muitas vezes, é reconhecido por ter que organizar os espaços oferecendo às

crianças condições de aprendizagens. Nota-se o uso do termo30 educador nos excertos que

seguem:

Enfim, o papel do educador (a) da infância é o de criar condições, organizar tempos e espaços, selecionar materiais de forma criativa, observar as crianças, avaliar processos construindo registros que historicizem o tempo vivido, apoiar as suas descobertas e projetos a fim de possibilitar a ampliação das experiências das crianças, sem que o foco esteja centrado nele e sim na ação e intervenção dos meninos e das meninas (O.N., 2014, p. 17, grifo nosso). Professor e professora são os organizadores (para e com bebês e crianças) de vivências, situações em que bebês e crianças sejam sujeitos (C.I.I.P., 2015, p. 31, grifo nosso). As educadoras e educadores são essenciais nesse processo vivido por bebês e crianças, mas não podem substituir as crianças em suas experiências e descobertas. Nesse sentido se colocam ao lado dos bebês e das crianças organizando as condições para que participem ativamente das experiências, promovendo sua curiosidade, ouvindo seus desejos de conhecimento, instigando novos interesses de experiências e descobertas (C.I.I.P., 2015, p. 44, grifo nosso).

30 Em anexo constam os quadros contendo os documentos analisados na presente pesquisa e o uso do termo educador, professor e educador da infância na íntegra.

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A presença das famílias/responsáveis e da comunidade em parceria com a equipe no espaço das Unidades Educacionais constitui um importante fator na compreensão, por todos os envolvidos, do papel de cada um na vida dos bebês e das crianças. Por isso, as educadoras e educadores devem preocupar-se sempre em manter uma postura profissional, acolhedora e coerente com o trabalho que realizam (I.Q.E.I., 2016, p. 56, grifo nosso).

Os documentos reduzem o papel do professor, uma vez que a ele é atribuído o papel

de organizador dos tempos, espaços e materiais, ocupando posição secundária, o que

evidencia um equívoco, dada a importância que deveria ter o professor na formação das

crianças e na sociedade.

Observando os excertos acima, fica nítido apontar outros atributos acerca da profissão:

criar condições, selecionar, observar, avaliar, promover e instigar as crianças no processo

educativo. Tais atributos são decorrentes de prescrições abstratas e moralizantes, afinal, o que

significa dizer que o professor tem que manter uma postura profissional, acolhedora e

coerente? Como os professores ou educadores se veem nessa situação?

Os documentos deixam claro quais as atribuições do professor no cenário educativo e,

lamentavelmente, a realidade apresentada evidencia uma tendência, cada vez mais genérica e

abstrata acerca das funções deste profissional, que, ao invés de ser exaltado pela sua

intelectualidade é, simplesmente, reconhecido como executor de um sistema social esmagador

que não tem interesse algum em potencializar a formação do professor.

O professor, ao ser destacado como o organizador de vivências para bebês e crianças,

depara-se, novamente, com prescrições generalizadas, reduzindo sua função, visto que o

conceito de vivência está associado a situações efêmeras e singulares. Na vivência, a ação das

crianças é empobrecida, falta reflexão, ação, narrativa, a ação se esgota no momento de sua

realização. A vivência é diferente de experiência, pois, na experiência a ação é narrada,

compartilhada, tornando-se infinita e histórica.

Procurou-se destacar excertos que evidenciam o uso do termo educador e o papel a ele

atribuído, e, perceptivelmente, observa-se a redução da figura do professor ao de mero

cuidador, organizador, executor de processos educativos. Se todos os profissionais da escola

são educadores e contribuem para a formação da criança, qual a distinção que se faz entre o

educador e o professor uma vez que qualquer pessoa pode fazer aquilo que seria tarefa

precípua do professor?

Compreende-se que a tarefa precípua do professor não pode ser interpretada como as

atribuições genéricas prescritas nos documentos, ao contrário, revelam-se pelo seu caráter

formador. O professor, intelectual, é aquele que propicia às crianças o acesso aos

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conhecimentos, historicamente acumulados, nas artes, na ciência, na tecnologia, na cultura, de

maneira que as crianças estabeleçam relações com suas experiências, ampliando-as.

Quando os documentos afirmam que o professor é relevante, mas não é o centro e que

tem que criar as condições para que os “pequenos e pequenas” se relacionem com a vida,

organizar condições para que participem das experiências e manter uma postura profissional,

apesar de tudo isso ser importante, constata-se o caráter prescritivo e instrumental dos

documentos. Por essa via, compreende-se que o conhecimento é reduzido e contraria uma

formação capaz de fomentar a efetivação da autonomia, da consciência e da autorreflexão

crítica do professor, elementos que pressupõe uma formação cultural (Bildung).

Por sua vez o documento R.R., também utiliza o termo educador e, apresar de

pressupor uma educação com vistas a uma sociedade mais justa, humana e democrática,

também expressa a generalidade dos conceitos:

Iniciamos mais um ano de trabalho com o desafio de refletir coletivamente sobre as realidades, as especificidades dos territórios, dos sujeitos que constituem a rede municipal de ensino – RME e, juntos, educandas e educandos, educadoras e educadores, famílias e a comunidade (re)construir ou revisitar o Projeto Político-Pedagógico – PPP, que deve indicar um caminho educacional para a construção de uma sociedade mais justa, humana e democrática, capaz de acompanhar a realidade das lutas pela equidade e oportunidades entre os vários atores sociais levando em conta o gênero, a etnia e a extinção do sentimento homofóbico presente na nossa cidade (R.R., 2016, p. 3, grifo nosso).

O documento destaca a importância do envolvimento de todos na efetivação de uma

sociedade justa, humana e democrática, entretanto, refletir coletivamente sobre as realidades

das escolas, certamente, traria à tona uma discussão bastante aprofundada, visto que os

territórios apresentam suas especificidades.

Como efetivar a equidade nas unidades educacionais? Como pressupor as mesmas

igualdades de oportunidades a todas as crianças? Toma-se como exemplo, àquelas de famílias

refugiadas que chegaram ao Brasil e, adentraram nas unidades educacionais, em busca de

apreender os conhecimentos para conseguirem, futuramente, um lugar no mercado de

trabalho? E as escolas localizadas nas comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas? E as

famílias que moram em comunidades rurais, afastadas dos centros urbanos?

Nessa medida, evidencia-se uma pluralidade de sujeitos que constituem a Rede

Municipal de Ensino, logo, os Projetos Políticos Pedagógicos das unidades educacionais,

também, teriam que considerar essas especificidades, entretanto, o que se constata é a

generalidade do conceito de criança/sujeitos, o que impossibilita aprofundar as discussões

acerca das reais necessidades das crianças e suas famílias:

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“Defende-se uma concepção de criança contextualizada em sua concretude de existência social, cultural e histórica, participante da sociedade e da cultura de seu tempo e espaço, modificando e sendo modificada por elas” (Projeto Político Pedagógico, 2014, 2016, 2017, 2018).

Ainda sobre o PPP indicar um caminho educacional visando uma sociedade justa e

democrática, considera-se bastante problemática essa afirmação, uma vez que, nem sempre,

as escolas contemplam em sua proposta pedagógica, políticas voltadas a uma educação

antirracista, étnica e relacionadas às discussões de gênero. Observou-se na escola pesquisada,

indícios de discussão acerca das referidas temáticas no ano de 2016 e 2017, contudo, não

identificou-se a permanência da proposta no ano de 2018.

Compreende-se que as escolas, precisam contemplar em seu Projeto Político

Pedagógico ações efetivas que tratem sobre as pluralidades étnicas, de gênero e propostas

pedagógicas condizentes com questões africanas, afro-brasileiras e indígenas.

Enquanto as instituições de ensino generalizarem os assuntos tratados no processo

educativo, certamente, terão dificuldades na formação continuada dos professores, o que

incidirá na formação das crianças.

Formar para a democracia requer que os professores mobilizem ações que promovam

o debate, a fim de esclarecer sobre as situações envolvendo questões de etnia, gênero e as

desigualdades sociais existentes. Este pode ser o caminho para a transformação e luta social e

para tanto, reconhece-se a importância do trabalho coletivo para o êxito das ações.

Embora o documento tente esboçar uma formação política, depara-se com a

generalidade dos conceitos, como se todas as escolas tivessem a mesma realidade e, portanto,

capazes de superar a dominação predominante na sociedade administrada. Também se

verifica a padronização e uniformização das ações dos profissionais como se todos tivessem a

mesma função.

Torna-se muito mais produtivo e relevante quando todos os profissionais atuam em

prol do coletivo, para tanto, é importante que os professores tenham clareza de uma formação

política com vistas à democracia:

É preciso que as atribuições específicas do professor sejam realmente evidenciadas e

com o merecido destaque acerca dessa profissão tão importante para a formação das crianças.

Ser educador e ser professor, não pode e não deve ser a mesma coisa, portanto, faz-se

necessário refletir sobre isso.

Sobre a formação política ficou evidenciado, durante a reunião de análise coletiva, em

2016, que o grupo fomenta o debate e tem consciência da importância sobre certas questões

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que circulam na sociedade. Considera-se extremamente relevante essa ação, com vistas à

educação política:

“Aproveitamos para aprofundarmos uma reflexão sobre a questão do gênero, que já vem sendo discutido desde o ano passado. Meninos e meninas devem ser tratados de maneira igual, sem fazer distinção nos agrupamentos, brincadeiras, filas etc. Essa discussão muito contribuiu para refletirmos sobre nossas práticas e acreditamos que refletirá em mudança de atitudes” (Reunião de análise coletiva de registro, 08/06/2016).

O registro elaborado pelos professores não deixa claro a quem refletirá a mudança de

atitude. Assim, pode-se inferir, é mudança de atitude do professor? Das crianças? Das

famílias? Da comunidade educativa? Com isso, o registro revela-se fragilizado, visto que um

assunto tão importante é tratado superficialmente, como se os agrupamentos, as filas, as

brincadeiras não tivessem suas especificidades. Também não foram identificados

encaminhamentos quanto às ações pertinentes a questão.

Entende-se que o espaço destinado à formação continuada precisa potencializar as

discussões para que reverberem nas práticas pedagógicas dos professores, incidindo na

formação autônoma das crianças. Nesse sentido, compreende-se que, embora tenha existido a

discussão, a formação continuada está distante em apresentar, de fato, uma formação política

e autônoma, capaz de extinguir e, até mesmo, superar o preconceito preponderante na

sociedade atual.

Também foram analisadas as situações em que o uso do termo professores/professoras

é utilizado nos documentos orientadores:

A docência nesta etapa da educação básica se constitui como um ofício em construção, com saberes singulares, sobretudo, marcados pelo fato da educação infantil ser um espaço educacional e não escolar com formas específicas de ser professor, de elaborar planejamento, os registros e a avaliação, de realizar a gestão dos tempos e materiais a fim de que as crianças tenham tempo para construir os seus projetos e teorias, relações etc (O.N., 2014, p. 17).

O papel fundamental que professoras e professores têm na organização das

experiências que bebês e crianças vivem nas unidades educacionais exigem que planejem sua prática pedagógica e a replanejem com os bebês e as crianças de sua turma, selecionem, organizem e disponibilizem materiais, organizem as formas de gestão do tempo, atentem para estabelecer relações democráticas com o grupo de crianças, colegas e famílias, proponham e organizem vivências com e para as crianças (C.I.I.P., 2015, p. 40).

O que significa dizer que a docência nesta etapa da educação é um ofício em

“construção”? Quais as formas específicas de ser professor da infância? Como é possível que

as crianças tenham tempo e “construam” projetos e teorias? Uma visão um tanto otimista,

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tendo em vista a faixa etária das crianças atendidas e o repertório cultural com o qual chegam

às unidades escolares.

Infelizmente, algumas frases e conceitos têm se transformado em jargões na RME,

tratados no senso comum, tanto dos professores quanto dos representantes e assessores que

elaboram os documentos oficiais. Ainda que se defenda uma educação centrada na criança, é

muito arbitrário que a figura do professor, novamente, seja reduzida como se ele fosse um

espectador à espera das “construções dos projetos e teorias” das crianças.

Sabe-se que a mediação do professor, como intelectual ativo e participativo se

sobrepõe à proposta dos documentos. Assim, é relevante, portanto, questionar a função que

ocupa o professor quando atua na educação infantil, retomando a ponderação acerca do

desprezo pelo professor:

Nessa medida acrescenta-se ao desprezo pelo professor um aspecto suplementar: por mover-se num ambiente infantil que é o seu ou ao qual se adapta, ele não é considerado inteiramente como adulto, ao mesmo tempo em que de fato é um adulto que deriva suas exigências desta sua existência como tal (ADORNO, 1995b, p. 109).

Observa-se a recorrência, à descaracterização da figura do professor da infância. A ele

não é dada a importância que a profissão merece, tampouco, à formação das crianças na

primeira infância como etapa primordial na constituição do caráter e personalidade. Sabe-se

que é imprescindível fomentar o pensamento crítico e reflexivo nas crianças, sobretudo, para

que elas superem os elementos antiformativos, presentes nos processos educativos e na

sociedade.

Verifica-se também que a docência, mesmo considerada como um ofício em

construção, notória e intencionalmente, já estabelece quais são as funções do “professor”.

Nestes termos, assim como o educador, o professor é tido como aquele que elabora

planejamento, os registros e a avaliação, realiza a gestão dos tempos e materiais. Repete-se,

assim, a natureza prescritiva e instrumental das atribuições do professor, o que é dissonante

com o abandono do princípio adultocêntrico.

De acordo com a O.N. (2014), acrescenta-se à função do professor a elaboração dos

planejamentos, registros e avaliação e, curiosamente, faz-se necessário problematizar se essa

não é a função de todos os professores da educação básica. Porque apenas ao professor da

infância se faz tão evidente o reducionismo no seu ofício? Agrava a situação a falta de

reconhecimento e importância do professor da primeira infância, legitimada, inclusive, pelos

próprios documentos que neutralizam a função, ora do professor, ora do educador.

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Constatam-se permanências quanto à função do professor e educador, visto que a ele é

determinado o papel de organizador dos materiais e tempos. Embora haja permanências, o

C.I.I.P. (2015) acrescenta que o professor deve estabelecer relações democráticas com as

crianças, colegas e famílias. Embora, essa sentença, permita antever a possibilidade de uma

formação voltada à autonomia tanto das crianças como do professor, parece-me contraditória,

uma vez que os documentos revelam o professor como um executor dos processos educativos.

É preciso resistir às formas arbitrárias das políticas educacionais que solapam as relações

democráticas entre os professores, as crianças e as famílias.

Nos documentos R.R. (2016) e I.Q.E.I. (2016) o termo professor surge em situações

interessantes, que indica autonomia em momentos de formação continuada e elaboração do

projeto político pedagógico. As modificações dos documentos, visto que o professor deixa de

ser o organizador e passa a ser um indivíduo com condições de expor sua opinião:

Sendo assim, o Projeto Político-Pedagógico é o instrumento da gestão pedagógica

por excelência, ele deve ser realizado em todos os seus níveis de forma democrática e participativa, a fim de superar uma visão burocrática e autoritária, que se baseia na dicotomia teoria e prática, entre planejadores (gestoras e gestores/especialistas) e executores (professoras e professores/ educandas e educandos), como se os planejadores detivessem o conhecimento da realidade e a competência técnico-científica para direcioná-la, restando aos demais somente cumprir determinações (R.R., 2016, p. 26). Uma educação voltada para a humanização deve ser pensada na perspectiva de construir uma sociedade capaz de assegurar direitos sociais, políticos, econômicos, culturais, visando a superação das desigualdades sociais, o exercício da justiça e da liberdade, a preservação ambiental, a constituição de referenciais éticos como a cooperação e a solidariedade (R.R., 2016, p. 7).

Nota-se que o documento R.R. (2016) pressupõe a participação democrática do

professor na elaboração do PPP, entretanto, no que concerne à escola pesquisada,

compreende-se que faltou articulação dos professores quanto ao redimensionamento do

projeto político pedagógico, visto que não expressa um conjunto de ações e propostas

delimitadas e sistematizadas, ao contrário, expressa conteúdos repetitivos e desarticulados

entre os documentos analisados.

Agir democraticamente e propor uma educação voltada à humanização, mediante

ações efetivas conduzem a escola a legitimar-se como uma instituição social relevante para a

transformação social, reconhecendo a figura do professor como participante ativo e crítico do

processo educativo.

O termo professor também foi registrado no documento denominado Plano de Ação,

parte integrante da autoavaliação dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil

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103

Paulistana. Em sua Dimensão 8, Indicador 8.131 – Formação Continuada da Equipe Docente,

em seu descritor 8.1.4, expõe as seguintes perguntas à comunidade educativa:

8.1.1 Nas reuniões pedagógicas e nos horários coletivos, entre eles os dedicados ao Projeto Especial de Ação (PEA) da unidade educacional, são garantidos: os momentos de estudos, trocas de experiências, planejamento, reflexão sobre a prática, produção e sistematização de registros? (I.Q.E.I., 2016, p. 59). 8.1.4 As professoras e professores têm a oportunidade, em parceria com a gestão, de opinar sobre temas para os momentos formativos relevantes às necessidades da unidade educacional e de suas turmas em particular? (I.Q.E.I., 2016, p. 59). 8.1.5 As professoras e professores participam dos cursos de formação realizados pela SME, pela DRE e/ou por instituições conveniadas/parceiras e entidades mantenedoras? (I.Q.E.I., 2016, p. 59).

Em resposta às perguntas do documento, os professores, na elaboração do plano de ação da unidade educacional, revelaram a necessidade de:

“Investimento na formação dos profissionais e maior apoio para atendimento de crianças com necessidades especiais” (Plano de Ação dos Indicadores, 2014). “A formação é oferecida, mas não em quantidade suficiente, é necessário a oferta de mais vagas para os cursos” (Plano de Ação dos Indicadores, 2015). “Há necessidade de formação continuada para todos os profissionais sobre o atendimento de crianças com deficiências, transtornos ou superdotação” (Plano de Ação dos Indicadores, 2018).

Nota-se que o termo professor foi utilizado no I.Q.E.I. (2016) em uma situação que

avalia a formação continuada da equipe docente e, por meio das respostas obtidas, é possível

perceber preocupação com as crianças deficientes, com transtornos globais do

desenvolvimento (TGD), com altas habilidades e superdotação, principalmente, nos anos32 de

2014 e 2018, o que significa dizer que houve permanências em relação a essa questão.

No que se refere à formação continuada é possível afirmar que ocorreram

permanências, durante os anos 2014 e 2015, visto que os professores manifestaram

insatisfação quanto aos investimentos e oferta insuficiente de cursos que contribuem para a

formação.

Compreende-se que as respostas expressas não mencionam nada a respeito da

formação continuada oferecida pela escola, tampouco sobre a possibilidade dos professores

opinarem sobre os temas relevantes para os momentos formativos. Esse fato chama a atenção

porque verifica-se que a formação continuada não é prioridade das discussões, o que sugere a

31 Os descritores 8.1.2 e 8.1.3 não constam dos dados, visto que se referem à rede parceira/conveniada com a P.M.S.P., mantida pelas organizações sociais civis. 32 Não foram encontrados dados no PPP referente aos anos de 2016 e 2017.

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adaptação do grupo de professores ao trabalho realizado, impossibilitando a efetivação da

autonomia.

A ausência de posicionamento frente a questões tão importantes, no que concerne à

formação continuada, alimenta a manutenção da pseudoformação, ao invés de fomentar sua

superação, distanciando-se, cada vez mais, da formação cultural.

A pseudoformação, resultado de um processo sistemático de dominação, obscurece a

percepção dos indivíduos e os ajusta à adaptação, tolhe a capacidade de formá-los

integralmente e de propiciar-lhes a autonomia e o esclarecimento, elementos imprescindíveis

da formação. A escola, ainda que apresente limites quanto à efetivação da autonomia dos

professores e, consequentemente das crianças, não pode escapar a sua responsabilidade.

Sobre o conceito de educador, o PPP da escola pesquisada indica a seguinte ênfase:

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Quadro 6. Conceito de educador contido no PPP: 2013 Todo o educador contribui para o crescimento da criança, com cuidar e educar. Por isso deve-se

desde o princípio valorizar essa participação tão significativa. O educador tem o papel da pesquisa, planejamento e reflexão, viabilizar, coordenar e avaliar o processo de avaliação organização, para que a construção da autonomia da criança se dê dentro da criatividade, socialização garantindo experiências significativas e desafiadoras (p. 8).

2014 O educador da infância deve ter um papel fundamental como “observador participativo”, que intervém para oferecer, em cada circunstância, os recursos necessários à atividade infantil, de forma a desafiar, promover interações, despertar a curiosidade, mediar conflitos, garantir realizações, tentativas, experimentos, promover acesso à cultura, possibilitando que as crianças construam culturas infantis (p. 15); Sendo um dos co-construtores do projeto político pedagógico da unidade, faz-se necessário ter clareza de suas ações e conhecimento teórico a respeito de todos os temas pertinentes à infância, em especial sobre cuidar e educar, consciência de que a educação é uma prática social, portanto, supõe intencionalidade na educação infantil (p. 15).

2015 X 2016 O educador da infância deve ter um papel fundamental como “observador participativo”, que

intervém para oferecer, em cada circunstância, os recursos necessários à atividade infantil, de forma a desafiar, promover interações, despertar a curiosidade, mediar conflitos, garantir realizações, tentativas, experimentos, promover acesso à cultura, possibilitando que as crianças construam culturas infantis (p. 29). Sendo um dos co-construtores do projeto político pedagógico da unidade, faz-se necessário ter clareza de suas ações e conhecimento teórico a respeito de todos os temas pertinentes à infância, em especial sobre cuidar e educar, consciência de que a educação é uma prática social, portanto, supõe intencionalidade na educação infantil (p. 29).

2017 O educador da infância deve ter um papel fundamental como “observador participativo”, que intervém para oferecer, em cada circunstância, os recursos necessários à atividade infantil, de forma a desafiar, promover interações, despertar a curiosidade, mediar conflitos, garantir realizações, tentativas, experimentos, promover acesso à cultura, possibilitando que as crianças construam culturas infantis (p. 29). Sendo um dos co-construtores do projeto político pedagógico da unidade, faz-se necessário ter clareza de suas ações e conhecimento teórico a respeito de todos os temas pertinentes à infância, em especial sobre cuidar e educar, consciência de que a educação é uma prática social, portanto, supõe intencionalidade na educação infantil (p. 29).

2018 O educador da infância deve ter um papel fundamental como “observador participativo”, que intervém para oferecer, em cada circunstância, os recursos necessários à atividade infantil, de forma a desafiar, promover interações, despertar a curiosidade, mediar conflitos, garantir realizações, tentativas, experimentos, promover acesso à cultura, possibilitando que as crianças construam culturas infantis (p. 34). Sendo um dos co-construtores do projeto político pedagógico da unidade, faz-se necessário ter clareza de suas ações e conhecimento teórico a respeito de todos os temas pertinentes à infância, em especial sobre cuidar e educar, consciência de que a educação é uma prática social, portanto, supõe intencionalidade na educação infantil (p. 34). Criar condições, organizar tempos e espaços, selecionar e organizar materiais de forma criativa, observar as crianças, avaliar processos construindo registros que historicizem o tempo vivido, apoiar as suas descobertas e projetos a fim de possibilitar a ampliação das experiências das crianças, sem que o foco esteja centrado nele e sim na ação e invenção de meninos e meninas (p. 35).

Fonte: Elaborado com base na coleta de dados da escola pesquisada. Nota: (x) indica ausência de dados. Tendo como referência os dados acima, observa-se que o conceito de educador

definido pelos profissionais da escola sofreu alterações a partir de 2013, quando foi incluído

ao documento, pautado na Orientação Normativa nº 01/2013, um novo termo. Após essa

alteração, pode-se dizer que ocorreu a permanência do conceito durante os anos de 2014 a

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2017, quando em 2018, ocorre a inclusão de novo termo em consonância com a O.N.

01/2013:

Criar condições, organizar tempos e espaços, selecionar e organizar materiais de forma criativa, observar as crianças, avaliar processos construindo registros que historicizem o tempo vivido, apoiar as suas descobertas e projetos a fim de possibilitar a ampliação das experiências das crianças, sem que o foco esteja centrado nele e sim na ação e invenção de meninos e meninas (PPP, 2018, p. 35).

Nota-se que o documento elaborado pelos professores é desprovido de crítica, uma vez

que apenas transcreve para o PPP o contido nos documentos oficiais. Como assumir o caráter

prescritivo e instrumental previsto na O.N. (2014) quanto ao papel atribuído aos professores

sem qualquer objeção? Como reproduzir a função de criar condições, organizar tempos e

espaços, selecionar e organizar materiais, avaliar e apoiar as crianças de maneira tão

generalizada? E as especificidades da escola?

“Sendo um dos co-construtores do projeto político pedagógico da unidade, faz-se necessário ter clareza de suas ações e conhecimento teórico a respeito de todos os temas pertinentes à infância, em especial sobre cuidar e educar, consciência de que a educação é uma prática social, portanto, supõe intencionalidade na educação infantil” (PPP, 2018, p. 34).

Apesar do documento apresentar o conceito de educador definido pela O.N. nº

01/2013, identificou-se incongruências quanto ao plano de formação continuada do horário

coletivo, parte integrante do PPP, uma vez que a referência adotada pauta-se em documentos

publicados em 200633 e 200734.

Na tentativa de apresentar o plano de formação elaborado pelos professores e

coordenador pedagógico, organizou-se o seguinte quadro, contendo os registros35 do PPP da

unidade escolar:

33 2006 – Programa Rede em Rede: Formação Continuada. 34 2007 – Orientações curriculares: Orientações Didáticas – Expectativas de Aprendizagem. 35 Foi realizada a transcrição fidedigna dos registros expressos no PPP da unidade escolar, portanto, expressões como “dentro das diferentes possibilidades” foi redigida pelo coordenador pedagógico e/ou professores.

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Quadro 7. Plano de formação continuada do horário coletivo dos professores:

2013 Estudo e Implementação das Orientações Curriculares – Expectativas de Aprendizagens e

Orientações Didáticas para a Educação Infantil (p. 45- 46); Proporcionar um espaço que possibilite o professor ao estudo e reflexão “dentro” das diferentes possibilidades que o documento das Orientações Curriculares e Expectativas de Aprendizagem nos proporciona dentro de sua implementação; Refletir sobre as práticas dos estudos do Rede em Rede nas suas respectivas fases; Possibilitar uma organização diária de rotinas pedagógicas que garantam à criança as diferentes possibilidades de aprendizagens dentro das expectativas de aprendizagens (p. 45-46).

2014 Estudo e Implementação das Orientações Curriculares – Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas para a Educação Infantil; Proporcionar um espaço que possibilite o professor ao estudo e reflexão “dentro” das diferentes possibilidades que o documento das Orientações Curriculares e Expectativas de Aprendizagem nos proporciona dentro de sua implementação (p. 83).

2015 - 2016 Estudo e Implementação das Orientações Curriculares – Expectativas de Aprendizagens e

Orientações Didáticas para a Educação Infantil: · Proporcionar um espaço que possibilite o professor ao estudo e reflexão “dentro” das diferentes

possibilidades que o documento das Orientações Curriculares e Expectativas de Aprendizagem nos proporciona dentro de sua implementação (p. 125).

2017 Estudo e Implementação das Orientações Curriculares – Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas para a Educação Infantil e do Currículo Integrador da Infância Paulistana (p. 120);

· Proporcionar um espaço que possibilite o professor ao estudo e reflexão “dentro” das diferentes possibilidades que o documento das Orientações Curriculares e Expectativas de Aprendizagem nos proporciona dentro de sua implementação (p. 120).

2018 Estudo e implementação da Base Nacional Comum Curricular – parte da educação infantil (2017); do Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015) e o PPP da U.E (p. 83); Promover o estudo e a reflexão do fazer pedagógico a partir dos documentos mencionados (p. 83).

Fonte: Elaborado com base na coleta de dados da escola pesquisada. Nota: (x) indica ausência de dados.

Observou-se que o documento Orientações Curriculares: Expectativas de

Aprendizagens e Orientações Didáticas (2007) subsidiou a elaboração do plano de formação

do horário coletivo e manteve permanências nos anos de 2013, 2014, 2016 e 2017.

Identificou-se modificações no PPP, em 2018, com a inclusão do documento C.I.I.P. (2015) e

a Base Nacional Comum Curricular (2017) aos estudos dos professores.

Apenas em 2018 excluiu-se, definitivamente, o uso do documento Orientações

Curriculares (2007) das propostas da unidade escolar e, assim como observado anteriormente,

2018 é o ano em que o registro do PPP aponta para a necessidade de redimensionamento dos

planos de trabalho articulados às diretrizes legais: “Trabalho que segue está sendo estudado

durante o horário coletivo da JEIF em 2018 para que ele possa estar em consonância com o

Currículo Integrador da Infância Paulistana, com a Base Nacional Comum Curricular e com o

PPP da EMEI” (PPP, 2018, Anexo).

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Diante do quadro apresentado é importante questionar sobre a elaboração do plano de

formação do horário coletivo, e qual a importância dada aos momentos de estudo, visto serem

estes, espaços de discussão e reflexão acerca da organização do trabalho pedagógico da unidade

escolar.

As permanências identificadas permitem dizer que o PPP e, consequentemente, as

ações que o compõe não são refletidas pela comunidade educativa, logo, permanece a

inexistência da crítica necessária à formação dos professores. Os excertos abaixo evidenciam a

elaboração de um plano desarticulado e confuso:

“Proporcionar um espaço que possibilite o professor ao estudo e reflexão “dentro” das diferentes possibilidades que o documento das Orientações Curriculares e Expectativas de Aprendizagem nos proporciona dentro de sua implementação” (PPP, 2013, p. 45-46). “Refletir sobre as práticas dos estudos do Rede em Rede nas suas respectivas fases” (PPP, 2013, p. 45-46). “Possibilitar uma organização diária de rotinas pedagógicas que garantam à criança as diferentes possibilidades de aprendizagens dentro das expectativas de aprendizagens” (PPP, 2013, p. 45-46). “Proporcionar um espaço que possibilite o professor ao estudo e reflexão “dentro” das diferentes possibilidades que o documento das Orientações Curriculares e Expectativas de Aprendizagem nos proporciona dentro de sua implementação” (PPP, 2014, p. 83).

“Estudo e implementação da Base Nacional Comum Curricular – parte da educação infantil (2017); do Currículo Integrador da Infância Paulistana” (2015) e o PPP da U.E. (PPP, 2018, p. 83).

“Promover o estudo e a reflexão do fazer pedagógico a partir dos documentos mencionados” (PPP, 2018, p. 83).

Os excertos acima revelam uma tendência adaptativa dos professores e coordenador

pedagógico; e a padronização das propostas formativas. Nessa medida, é pertinente

questionar: quais são as possibilidades de estudo e reflexão que o documento Orientações

Curriculares (2007) apresenta e proporciona “dentro” de sua implementação? Ou ainda, quais

as práticas dos estudos e fases do Rede em Rede? Como um programa que fez parte da

formação continuada dos professores em 2006 pode ser implementado em 2013?

O plano de formação em 2013 também prevê: “(...) Possibilitar uma organização diária

de rotinas pedagógicas que garantam à criança as diferentes possibilidades de aprendizagens

dentro das expectativas de aprendizagens”.

Ora, se o plano de formação tem a especificidade de contribuir com a formação crítica,

reflexiva e autônoma do professor, como pode apresentar, prescritivamente, a organização das

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rotinas? Novamente, depara-se com o caráter instrumental da formação continuada dos

professores, que reitera o professor como um mero organizador.

Verifica-se que, mesmo em 2018, ocorrendo às modificações quanto às diretrizes

legais, ainda observa-se dissonâncias na proposta apresentada. Como implementar o

documento Base Nacional Comum Curricular (2017) na sua versão preliminar?

Nota-se, também, prescrições generalizadas e abstratas quanto ao plano de formação

continuada dos professores, uma vez que os estudos pressupõem a reflexão do fazer

pedagógico, tendo como referência os documentos mencionados, sem relacionar as

especificidades das atribuições do professor. Compreende-se que a formação continuada dos

professores não pode ser vista como um processo de produção, desconsiderando as atribuições

indispensáveis ao exercício da profissão.

Quanto à justificativa e articulação do Projeto Especial de Ação – PEA ao PPP da

instituição escolar constatou-se a utilização dos seguintes documentos em sua elaboração:

Quadro 8. Fontes utilizadas na elaboração do PEA:

2013 Programa Rede em Rede, Orientações Didáticas Expectativas de Aprendizagem para a

Educação Infantil. 2014 Prioridades estabelecidas no Programa de Reorganização Curricular e Administrativa,

Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo – Mais Educação São Paulo.

2015 Prioridades estabelecidas no Programa de Reorganização Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo – Mais Educação São Paulo.

2016 Prioridades estabelecidas no Programa de Reorganização Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo – Mais Educação São Paulo.

2017 Prioridades estabelecidas no Programa de Reorganização Curricular e Administrativa, Ampliação e Fortalecimento da Rede Municipal de Ensino de São Paulo – Mais Educação São Paulo.

2018 Foco nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010), Orientação Normativa nº 01/13 – Avaliação na Educação Infantil: aprimorando os olhares (2014) e o Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015) (p. 86- 87).

Fonte: Elaborado tendo como referência a coleta de dados da escola pesquisada.

O Quadro 8 contém os documentos oficiais utilizados como subsídio teórico para a

elaboração do PEA, no período de 2013-2018. Pondera-se que a partir de 2014, o PEA teve

sua base pautada nos documentos publicados na gestão do prefeito Fernando Haddad,

implementados pelo Programa Mais Educação – São Paulo.

Verifica-se permanências nos anos de 2014, 2015, 2016 e 2017 e, tal como já

evidenciado nos demais documentos, percebe-se modificações na elaboração do PEA, a partir

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do ano de 2018, momento em que revela-se a inclusão das Diretrizes Curriculares Nacionais

para a Educação Infantil (2010), O.N. 01/2013 (2014) e o C.I.I.P. (2015).

Compartilhando os objetos do PEA, a fim de certificar se ocorreram permanências ou

modificações sobre os temas abordados, expõe-se o quadro que segue contendo os registros

extraídos do PPP da unidade escolar pesquisada:

Quadro 9. Apresentação dos objetivos do PEA:

2013 Conduzir o grupo na busca do conhecimento dentro de suas práticas e proporcionando

oportunidades que façam com que o registro seja trabalhado como um subsídio a mais na conclusão de um trabalho dinâmico. Foco do PEA: priorizar o registro em diferentes aspectos e momentos de aprendizagem.

2014 Subsidiar os professores para a formação de comportamentos leitores e conhecer narrativas literárias, através do projeto de sessões simultâneas de leitura; Implementar o projeto de leitura. Foco do PEA 1o semestre: campo das experiências de exploração da linguagem verbal focando o conhecimento de narrativas literárias e desenvolvimento de comportamentos leitores; e no 2º semestre: campo das experiências de apropriação do conhecimento matemático, brincadeiras infantis e resolução de problemas; Referência: Orientações Curriculares: Expectativas de Aprendizagem para a Educação.

2015 Possibilitar o contato com novas fundamentações teóricas que possam explicar ou mesmo orientar o educador quanto à questão das linguagens artísticas, em especial a das artes visuais. Foco do PEA: linguagens artísticas – linguagem visual. Referência: Orientações Curriculares: Expectativas de Aprendizagem para a Educação Infantil (p. 129 a 133).

2016 Possibilitar o contato com novas fundamentações teóricas que contemplem a diversidade étnica e cultural em contexto; Formação de vínculos que conduzam a uma postura étnica e de valorização da vida. Foco do PEA: questões sobre diversidade, em especial as questões étnico-raciais.

2017 Oferecer aos professores possibilidades de explorar e colocar em prática experiências significativas dentro das diferentes linguagens, destacando as questões de gênero, igualdade racial e a superação das discriminações que podem ser encontradas em nossa sociedade. Foco do PEA: questões sobre diversidade, questões de gênero, cultura nacional, direitos humanos e respeito, e, em especial, as questões étnico-raciais.

2018 Estudar a teoria sobre pedagogia de projetos; Compreender a pedagogia de projetos enquanto possibilidade de organização no trabalho pedagógico da EMEI; Elaborar projetos com e/ou para as crianças; Refletir sobre os projetos realizados/desenvolvidos com as crianças; Avaliar quais são as contribuições da pedagogia de projetos para o currículo da educação infantil (p. 88). A temática da pedagogia de projetos terá contribuições para o currículo da educação infantil.

Fonte: Elaborado com base nos dados coletados na escola pesquisada.

A interpretação do Quadro 9 permite inferir que ocorreram modificações nos objetivos

e temas abordados nos encontros formativos, nos anos de 2013, 2014, 2015 e 2018, visto que

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a Formação Continuada dos Professores – PEA36 tratou assuntos diversos. Compreende-se

que o tema sobre o registro permeou as discussões no ano de 2013 quando, em 2014,

contemplou-se a formação do comportamento leitor e a implementação do projeto Sessão de

Leitura Simultânea. Em 2015 o tema estudado foi artes visuais e, no ano de 2018, a formação

dos professores foi subsidiada pelo tema pedagogia de projetos37.

Identifica-se em 2016 e 2017 permanências dos temas que contemplam as questões

sobre diversidade ética, cultural e igualdade racial. Acrescenta-se em 2017 um novo tema,

pois inclui-se as questões de gênero. Nessa medida, apesar das temáticas serem análogas,

verificou-se modificação com a inclusão das questões sobre gênero.

Cotejando os Quadros 8 e 9, verifica-se que no ano de 2013, o PEA atendeu as

orientações curriculares referentes às expectativas de aprendizagens, contudo, no ano de 2014

e 2015 identificam-se incongruências, visto que o projeto foi sistematizado com foco nas

orientações curriculares e campos de experiência, apesar desse documento não compor o

Programa de Reorganização Curricular – Mais Educação – SP, conforme exposto no PPP.

É possível afirmar que embora não tenha sido especificado o nome dos documentos

oficiais, fontes desta pesquisa na elaboração do Projeto Especial de Ação (PEA), constata-se

que, nos anos de 2016 e 2017, os temas discutidos contemplam os conceitos do C.I.I.P. (2015)

e do documento R.R. (2016), além de manterem permanências quanto aos conceitos:

Uma relação de comunicação entre adultos e crianças, em que interesses e modos de ser e compreender o mundo por bebês e crianças sejam compreendidos e respeitados pelos adultos, as relações são cuidadosamente pensadas para superar a dominação etária, religiosa, étnica, de gênero, socioeconômica, ideológica e cultural (C.I.I.P., 2015, p. 21, grifo nosso).

A qualidade social da educação é, nesse sentido, princípio e consequência da consolidação do currículo integrador que defende e considera a integralidade dos bebês e crianças, suas realidades de vida e o compromisso político-pedagógico da educação com a superação das desigualdades e com a construção de relações humanizadoras (C.I.I.P., 2015, p. 27, grifo nosso). Uma educação voltada para a humanização deve ser pensada na perspectiva de construir uma sociedade capaz de assegurar direitos sociais, políticos, econômicos, culturais, visando a superação das desigualdades sociais, o exercício da justiça e da liberdade, a preservação ambiental, a constituição de referenciais éticos como a cooperação e a solidariedade (R.R., 2016, p. 7, grifo nosso).

36 É importante esclarecer que o Projeto Especial de Ação tem por finalidade a formação específica do professor e não da criança. 37 Pedagogia de projetos é mais um dos incontáveis modismos que grassam pela educação brasileira sobre as bases da pedagogia de projetos (Leite, 2007).

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Ambos os documentos enfatizam a prioridade da escola assegurar uma formação

visando à superação das desigualdades sociais, étnicas, etárias, de gênero e voltadas à

humanização, o que pressupõe a formação autônoma dos professores e das crianças,

entretanto, nota-se que os conceitos tratados pelos professores generalizam essa discussão, o

que permite corroborar com as hipóteses iniciais da presente pesquisa que apontam a

prevalência da heteronomia em relação à autonomia durante os momentos formativos,

legitimando a pseudoformação.

Os excertos abaixo justificam o quanto a formação generaliza os conceitos de garantir

uma sociedade, capaz de assegurar direitos sociais, políticos, econômicos, culturais, visando a

superação das desigualdades sociais, o exercício da justiça e da liberdade, tendo em vista que

a proposição de ações formativas in lócus não são mencionadas nos registros:

“Neste encontro continuamos a leitura do livro “Do Silêncio do Lar ao Silêncio escolar”. Capítulo 3. (...) A pesquisadora fala sobre ela ser negra e do sexo feminino que lhe deram um olhar diferenciado para seguir a pesquisa sabendo como é ser mãe de criança negra. A observação foi feita no parque da escola. A pesquisadora foi diversas vezes questionada o que ela estava fazendo ali, e também pedidos para fazer algum serviço para as professoras. (...) A relação dos profissionais da educação com a pesquisadora foi bom (sic)... (...) Na pesquisa foi feito um levantamento da formação dos funcionários da U.E. e ao analisar o contexto ela notou essa situação harmoniosa que existe na sociedade brasileira, pois só havia uma negra professora. Também ela relata que muitas professoras encaram a profissão de forma assistencial e maternal. (...) A diferença étnica não é verbalizada de maneira elaborada pelas professoras e também no planejamento escolar, essa escola não faz um trabalho elaborado para essas crianças tratando esse tema” (PEA, 25/05/2016). “Continuamos os estudos referentes ao documento: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira. (...) A Educação das relações étnico-raciais na Educação Infantil é trabalhada por meio de contos, histórias, brincadeiras e brinquedos. (...) Há uma forte influência da ideologia do branqueamento e assim, reprodução de preconceito. (...) Precisa o Brasil, país multiétnico e pluricultural, de organizações escolares em que todos se vejam incluídos” (PEA, 28/07/2016). “Neste encontro demos continuidade a leitura do livro: “Como se ensina a ser menina, o sexismo na escola de Montserrat Moreno”. (...) Vimos como as ciências sociais, cujos conteúdos constituem o melhor veículo de transmissão de determinados valores e de uma ordem social, não poupam recursos para imbuir os jovens da concepção androcêntrica do mundo. (...) A escola, por seu caráter de instituição normativa, contribui de maneira sistemática para o desenvolvimento desses padrões de organização da conduta e das atividades de forma praticamente permanente. É necessário conscientizar o corpo docente para trabalhar esta temática com as crianças, e na educação infantil especialmente, através das histórias e brincadeiras” (PEA, 17/08/2016). “Iniciamos a nossa conversa com discussão sobre os desafios do currículo integrador; com os enfoques daremos o ponto de partida das iniciativas para a Reunião Pedagógica. Não nos esquecendo das palavras que nos norteiam para que possamos nos utilizar desses momentos de troca: ‘É preciso diminuir a distância entre o que diz e o que se faz até que num dado momento, a tua fala seja a tua prática’, Paulo Freire” (PEA, 25/04/2017).

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Nota-se que os excertos indicam que os professores não estabelecem relação entre a

teoria e a prática pedagógica da escola, uma vez que, reiteradamente, apresentam discussões

genéricas sobre os assuntos, afastando-os da consciência política e histórica da diversidade,

indispensável para o fortalecimento da identidade docente do desenvolvimento de ações

educativas para combate ao racismo e à discriminação.

3.1.2 Tipos de registros: o que revelam os registros elaborados durante a formação continuada

O mundo pode ser descrito como uma grande tabela, como sustentaram os iluministas. Pena que esqueceram de incluir que ela não é suficiente para fazer a vida feliz, neste “planeta”. Odair Saas

Com o objetivo de analisar a formação continuada realizou-se o levantamento dos

registros elaborados pelos professores durante as reuniões formativas (especificamente do

PEA), para posterior análise à luz do referencial teórico adotado. A fim de organizar os dados

e potencializar a análise, buscou-se, primeiramente, obter a frequência e proporção do uso dos

documentos nos momentos do PEA. As tabelas seguintes expressam quais as fontes

circunscreveram os estudos dos professores:

Tabela 5. Documentos oficiais mencionados no PEA, por ano e frequência:

Ano Qtde

reuniões RCNEI

DCNER CR OC ON CIIP RR IQEI CCEI Total

2013 25 12 - - 1 - - - - - 13 2014 16 4 - - 1 - - - - - 5 2015 23 2 - 5 - - - - - 7 2016 12 - 1 - 1 - - - - - 2 2017 13 - - - - - 1 - 2 - 3 2018 10 - - - - - - - - 1 1 Total 99 18 1 5 3 - 1 - 2 1 31

Fonte: Elaborado com base nos dados coletados na escola pesquisada. Nota: (-) indica zero. Legenda: RCNEI: Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998). DCNER: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (2004). CR: Cadernos da Rede: Formação de professores (2011). OC: Orientações Curriculares: Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas (2007). ON: Orientação Normativa nº 01/2013 (2014). CIIP: Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015). RR: Revisitar, Ressignificar, Avaliar, Replanejar com a Escola (2016). IQEI: Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana (2016). CCEI: Currículo da Cidade da Educação Infantil (2018).

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Na Tabela 5 apresenta-se a quantidade de reuniões do PEA38, realizadas anualmente,

no período de 2013 a 2018, bem como a quantidade de textos extraídos de documentos

oficiais, utilizados nos encontros formativos.

É possível observar que, durante o período analisado, obteve-se o total de 99 reuniões,

com uma média de 16,5 reuniões por ano e desvio padrão igual a 5,3 reuniões/ano, os quais

podem ser aproximados para os números inteiros mais próximos, que resultam em 16 e 5

reuniões/ ano, apresentando 31 registros dos documentos oficiais no período de 2013-2018.

Nota-se que, além dos documentos fontes desta pesquisa, outros documentos

compuseram os estudos dos professores, a saber: a) Referencial Curricular Nacional para a

Educação Infantil (1998); b) Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana (2004); c)

Orientações Curriculares: Expectativas de Aprendizagem e Orientações Didáticas (2007); d)

Cadernos da Rede: percursos de aprendizagens – formação de professores – a rede em rede:

formação continuada na educação infantil (2011); e e) Currículo da Cidade da Educação

Infantil (2018).

Observa-se que, em relação ao total de documentos utilizados nas reuniões – cuja

média é de 16 por ano, e desvio padrão de cinco reuniões – o documento RCNEI é o mais

frequente, utilizado 12 vezes no total de 18 registros, seguido do ano de 2014 em que foi

utilizado quatro vezes e, em 2015, observa-se duas vezes da sua utilização. O documento

DCNER surge uma única vez no ano de 2016 e o documento C.R. foi utilizado cinco vezes,

somente no ano de 2015. No que se refere ao documento O.C., verifica-se que foi utilizado

uma vez no ano de 2013 e 2014 e uma vez em 2016. Em 2018, o CCEI foi utilizado uma vez.

Quanto aos documentos fontes da presente pesquisa, pode-se dizer que,

consideravelmente, foram utilizados pouquíssimas vezes, conforme os dados apresentados. O

documento I.Q.E.I. surge, especificamente, duas vezes no ano de 2017, seguido pelo C.I.I.P.,

utilizado apenas uma vez. Verificou-se que documento O.N. e R.R. não foram utilizados

durante o PEA, no período analisado.

Os resultados apresentados confirmam a hipótese inicial, visto que os documentos

oficiais foram pouco utilizados, com isso, as permanências e modificações ocorridas, não

38 A quantidade de reuniões apresentada na Tabela 5 não encontra-se na sua totalidade, visto que na coleta de dados foram extraídos apenas os registros que continham a leitura e reflexão de textos, vídeos e documentos oficiais. Os registros referentes às reuniões destinadas à elaboração de projetos, documentação pedagógica e organização dos espaços da escola, não foram coletados. É importante esclarecer que, oficialmente, as reuniões do PEA ocorrem duas vezes por semana, perfazendo o total mínimo de 144 horas.

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115

foram incluídas na elaboração dos documentos da escola, prevalecendo a heteronomia em

relação à autonomia na formação continuada dos professores, portanto, conclui-se que os

momentos formativos expressam uma pseudoformação.

A seguir, na tabela 6, apresenta-se a proporção em que os documentos foram

utilizados, no período:

Tabela 6. Proporção dos documentos oficiais utilizados no PEA:

Ano RCNEI DCNER CR OC ON CIIP RR IQEI CCEI Pi 2013 0,39 - - 0,03 - - - - - 0,42 2014 0,13 - - 0,03 - - - - - 0,16 2015 0,06 - 0,16 - - - - - - 0,23 2016 - 0,03 - 0,03 - - - - - 0,06 2017 - - - - - 0,03 - 0,06 - 0,10 2018 - - - - - - - - 0,03 0,03 Total 0,60 0,03 0,16 0,09 - 0,03 - 0,06 0,03 1,00

Fonte: Elaborado com base nos dados coletados na escola pesquisada. Nota: (-) indica zero.

Na Tabela 6 observa-se que o documento R.C.N.E.I. obteve maior frequência quanto

ao seu uso no ano de 2013, seguido do ano de 2014 e 2015. Totalizando os três anos seguidos,

o R.C.N.E.I. supera os demais, apresentando a proporção total de 0,58; seguido do documento

C.R. que obteve a proporção de 0,16, lembrando que ele foi mencionado cinco vezes em

apenas um ano, no período. Em seguida, identifica-se o documento O.C. com proporção de

0,09. Verifica-se ainda que, mesmo tendo sido utilizado constantemente, o documento

R.C.N.E.I. foi definitivamente substituído a partir de 2016.

O documento I.Q.E.I. surge com proporção de 0,06 em 2017; na sequência os

documentos D.C.N.E.R., C.I.I.P. e C.C.E.I., que mantiveram proporção de 0,03. Não foram

mencionados os documentos O.N. e R.R., o que significa dizer que eles não foram utilizados

nos estudos do PEA, no período.

Nota-se que, no período, a proporção de utilização dos documentos oficiais é

decrescente, como se constata ao comparar os valores proporcionais obtidos para cada um

deles.

Diante dos resultados encontrados conclui-se que as reuniões do PEA adotaram,

consideravelmente, o documento R.C.N.E.I. (1998) por anos anos seguidos. Esse dado indica

que, supostamente, não ocorreram discussões acerca da necessidade de rever quais políticas

educacionais vigentes subsidiariam as reuniões. Ao contrário, manteve-se, recorrentemente, o

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116

uso de um documento defasado que fora substituído por novas publicações. Com isso, nota-se

a adaptação dos professores no que concerne à formação continuada.

Aproximando-se das hipóteses iniciais da presente pesquisa, compreende-se que os

registros elaborados pelos professores apresentam-se redigidos genérica e burocraticamente

sem a devida reflexão entre teoria e práxis.

Verifica-se, também, que os conceitos dos documentos fontes desta pesquisa foram

pouco incluídos na formação dos professores, hipótese que pode ser comprovada pelas poucas

vezes em que eles recorreram ao uso dos documentos nas formações do PEA.

Quanto à frequência e proporção das fontes diversas foi identificado que segue:

Tabela 7. Frequência das fontes diversas utilizadas no PEA, com indicação de proporção (Pi), 2013-2018:

Ano Reuniões Revistas* Pi Audiovisuais*¹ Pi Livros*² Pi Coleção*³ Pi Total

2013 25 2 0,08 - 0,06 7 0,28 - - 0,42

2014 16 - - 1 0,13 9 0,56 - - 0,69

2015 23 1 0,04 3 0,08 7 0,30 4 0,17 0,59

2016 12 - - 1 0,38 5 0,41 - - 0,79

2017 13 - - 5 - 4 0,30 - - 0,30

2018 10 1 0,01 - 0,65 - - - - 0,66

Total 99 4 0,04 10 0,10 32 0,32 4 0,04 0,50

Fonte: Elaborado com base nos dados coletados na escola pesquisada.

Nota: (-) indica zero. * as revistas mencionadas são: Pátio, Nova Escola, outros. *² Inclui vídeos, documentários e filmes.

*³ Inclui, textos, capítulos, artigos.

Na Tabela 7 apresenta-se a distribuição das fontes diversas utilizadas no PEA, por frequência e proporção, ocorridas no período de 2013 a 2018. Compreende-se que, em relação ao total, o uso de textos, em livros variados, é o mais frequente, apresentando proporção total de 0,32; seguido dos audiovisuais com proporção de 0,10. O uso das revistas Pátio, Nova Escola, entre outras, expressam menor proporção, igualando-se à Coleção PROINFANTIL, com 0,04. Com o objetivo de comparar, expõe-se tabela contendo a agregação dos documentos oficiais e fontes diversas, utilizadas no período de 2013 a 2018:

Tabela 8. Documentos oficiais e fontes diversas, por frequência e proporção (Pi), 2013-2018:

Ano Reuniões Documentos oficiais Pi Fontes diversas Pi Agregação Pi

2013 25 13 0,42 9 0,18 22 0,27

2014 16 5 0,16 10 0,20 15 0,19

2015 23 7 0,23 15 0,30 22 0,27

2016 12 2 0,06 6 0,12 8 0,10

2017 13 3 0,10 9 0,18 12 0,15

2018 10 1 0,03 1 0,02 2 0,02

Total 99 31 1,00 50 1,00 81 1,00

Fonte: Elaborado com base nos dados coletados na escola pesquisada.

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117

Na Tabela 8 são apresentados os resultados isolados e agregados; estes, resultantes da

soma daqueles, dos documentos oficiais e das fontes diversas, utilizadas no PEA, no período

de 2013 a 2018. Verifica-se que as fontes diversas foram, expressivamente, superiores ao uso

dos documentos oficiais, tendo sido utilizadas 50 vezes em relação a 31 vezes de documentos

oficiais. Apenas no ano de 2013, os documentos oficiais foram mais utilizados, apresentando

a proporção de 0,42, comparado com 0,18 das fontes diversas.

Observa-se o decréscimo no uso dos documentos oficiais de 2014 a 2015, e o

acréscimo das fontes diversas nos estudos formativos no mesmo período. Identifica-se o

aumento expressivo do uso das fontes diversas no ano de 2015, com proporção de 0,30,

seguido de 2014 com proporção de 0,20. Em 2013 e 2017 o uso das fontes diversas apresenta

a mesma proporção de 0,18. Em 2016, o uso dos documentos oficiais atinge proporção de

0,12 e, em 2018, uma proporção menor, de apenas 0,02.

Os dados apontam que das 13 reuniões realizadas em 2017, nove delas utilizaram

fontes diversas como revistas, vídeos, entre outros; seguido do ano de 2015 com proporção de

0,30 para o total de 23 reuniões e, na sequência, em 2014 verificou-se a proporção de 0,20.

Isso significa dizer que, em 2014, das 16 reuniões formativas no PEA, dez delas utilizaram

como referência as fontes diversas, número, expressivamente, alto. Ainda sobre o uso das

fontes diversas, observa-se um decréscimo no ano de 2018, visto que apresenta a proporção

de 0,2 para o total de dez reuniões.

Quanto às proporções totais, referentes ao uso dos documentos oficiais e fontes

diversas, expõem-se os dados obtidos em ordem decrescente. Em 2013 e 2015, totaliza-se 48

reuniões, sendo utilizados 22 documentos, apresentando a proporção de 0,54, seguida de

2014, com a proporção de 0,19.

O ano de 2017 apresenta a proporção de 0,15 e, em 2016, a proporção de 0,10. Em

2018, identifica-se a redução tanto no que se refere ao uso das fontes oficiais, como das fontes

diversas, somando apenas a proporção de 0,02.

Os resultados mostram que a formação continuada dos professores, especificamente o

PEA, privilegia as fontes diversas em relação aos documentos oficiais. Assim, é pertinente

questionar: por que os professores e o coordenador pedagógico utilizam revistas e vídeos que

corroboram com o mercado do capital, ao invés de selecionar textos condizentes para uma

formação política?

Page 121: Karin Patricia Oliveira

118

Isso mostra, por um lado, a ausência de reflexão e crítica dos professores e, por outro,

o caráter mercadológico da educação, priorizado nos espaços de formação, mercantilizando as

discussões, e ocasionando relações parciais dos professores com a cultura.

Com o objetivo de identificar os tipos de registros39, balizadores da formação

continuada dos professores, no período de 2013 a 2018, apresenta-se a tabela abaixo com as

quantidades respectivas dos registros:

Tabela 9. Tipos de registros elaborados pelos professores, com indicação da proporção (Pi), 2013-2018:_

Ano RT Pi RA Pi RTDO Pi RTFD

Pi Registros

2013 10 0,40 - - 13 0,52 2 0,08 25 2014 10 0,62 - - 5 0,31 1 0,06 16 2015 14 0,60 - - 6 0,26 3 0,13 23 2016 9 0,75 - - 2 0,16 1 0,08 12 2017 7 0,53 - - 2 0,15 4 0,30 13 2018 7 0,70 1 0,10 1 0,01 1 0,10 10 Total 57 0,58 1 0,01 29 0,29 12 0,12 99

Fonte: Elaborado com base nos dados coletados na escola pesquisada. Nota: (-) indica zero. Legenda: RT: Registros Transcritivos referentes ao uso de livros, organização do espaço, elaboração dos portfólios. RA: Registros Argumentativos. RTDO: Registros Transcritivos Documentos Oficiais. RTFD: Registros Transcritivos Fontes Diversas.

Na Tabela 9 é possível observar a frequência e proporção dos tipos de registros

elaborados pelos professores, durante as reuniões do PEA. Conforme expresso, no período de

2013 a 2018, somando todos os tipos de registros, observa-se a preponderância dos registros

transcritivos em relação aos registros argumentativos, perfazendo o total de 1,00. Nota-se que,

em 2016, os registros transcritivos foram mais expressivos com proporção de 0,75, antecedido

do ano de 2018, com proporção de 0,70 e sucedido por 2014 com proporção de 0,62.

Em 2015, a proporção dos RT foi de 0,60, seguido de 2017 com proporção de 0,53, e

em 2013 com 0,40. Foram elaborados pelos professores, em 2013, das 25 reuniões formativas,

13 registros que apenas indicam excertos dos documentos oficiais, com proporção de 0,52,

seguido do ano de 2015 e 2014, perfazendo a proporção total de 0,57.

Os RTFD obtiveram proporção de 0,12. Em 2015, apresentou proporção de 0,13 e, nos

anos de 2013 e 2016, mantiveram proporção de 0,08 e, no ano de 2018, obteve-se a proporção

de 0,10 nos registros do PEA, utilizando fontes variadas.

39 Apresenta-se em anexo os quadros contendo os tipos de registros, devidamente, classificados.

Page 122: Karin Patricia Oliveira

119

Sobre a elaboração dos RTDO verifica-se o uso mais expressivo no ano de 2013, com

proporção de 0,52. De 25 registros elaborados, 13 deles apresentam a transcrição do conteúdo

referente ao R.C.N.E.I., documento publicado em 1998. Isso significa dizer que, embora o

documento tenha sido importante em um dado momento histórico, encontra-se desatualizado,

tendo em vista que, após esse ano, novas publicações compuseram o acervo das instituições

escolares com o objetivo de subsidiar as discussões na RME.

Em 2014 e 2015 os RTDO apresentam a proporção de 0,31 e 0,26, seguido de 2016 e

2017, cujas proporções equivalem-se. A primeira com 0,16 e a segunda com 0,15 de

elaboração de registros.

É perceptível que os professores, em 2018, não adotaram no PEA as fontes

concernentes aos documentos oficiais, visto que das 10 reuniões realizadas, apenas em uma

delas adotou-se as referidas fontes e, cotejando com a Tabela 6, é possível afirmar que o

documento oficial balizador das discussões, refere-se ao Currículo da Cidade da Educação

Infantil. Em 2018, a proporção de elaboração de registros com a utilização da referida fonte

expressa a proporção de 0,1.

Não foi identificada a elaboração de RA nos anos de 2013 a 2017. No ano de 2018,

observa-se que dos dez registros elaborados, apenas um apresenta argumentos, com proporção

de 0,10; o que permite dizer que é necessário fomentar o debate acerca das imposições legais,

caso contrário, a formação continuada, ao invés de possibilitar a reflexão e a crítica, manterá a

alienação dos professores em meio ao senso comum e a generalização dos conceitos.

Com base nos dados apresentados, compreende-se que a reunião formativa dos

professores, especificamente o PEA, contempla o uso de diferentes fontes, entretanto,

identifica-se, por meio dos registros analisados, discussões apartadas de uma consciência

política acerca das ações da escola. Verifica-se que, nos registros elaborados, os professores

referem-se à escola como se não fizessem parte dela:

“Neste encontro demos continuidade a leitura do livro “Como se ensina a ser menina, o sexismo na escola de Montserrat Moreno”. (...) Vimos como as ciências sociais, cujos conteúdos constituem o melhor veículo de transmissão de determinados valores e de uma ordem social, não poupam recursos para imbuir os jovens da concepção androcêntrica do mundo. (...) A escola, por seu caráter de instituição normativa contribui de maneira sistemática para o desenvolvimento desses padrões de organização da conduta e das atividades de forma praticamente permanente. É necessário conscientizar o corpo docente para trabalhar esta temática com as crianças e na educação infantil especialmente, através das histórias e brincadeiras” (PEA, 17/08/2016). “Continuamos leitura, discussão e reflexão da apostila Coleção PROINFANTIL páginas 30,31,32,33,34 e 35. (...) Vale lembrar que, quanto mais amplo e qualificado for o repertório das crianças, maior e melhor será sua base para criação. É preciso

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120

oferecer materiais diversos, incentivo, tempo e respeito ao ritmo de cada um. O professor não deve esperar que a criança siga modelos, não se deve comparar as criações. (...) Cabe ao professor, observar, dialogar, incentivar as criações dos alunos” (PEA, 08/09/2015). “Continuamos os estudos referentes ao documento: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira. (...) A Educação das relações étnico-raciais na Educação Infantil é trabalhada por meio de contos, histórias, brincadeiras e brinquedos. (...) Há uma forte influência da ideologia do branqueamento e assim, reprodução de preconceito. (...) Precisa o Brasil, país multiétnico e pluricultural, de organizações escolares em que todos se vejam incluídos” (PEA, 28/07/2016).

Quando os professores registram “é necessário conscientizar o corpo docente para

trabalhar esta temática com as crianças”, ou quando diz em que “cabe ao professor, observar,

dialogar, incentivar as criações dos alunos” e ainda, “precisa o Brasil de instituições em que

todos sejam incluídos", para além da importância social e política dos assuntos e da

preocupação em tratá-los com as crianças, é preciso reconhecer que, afinal, dizem respeito ao

grupo, pois eles são a própria equipe; e a responsabilidade de fomentar a discussão e a crítica

sobre as questões estudadas no PEA é dos professores e do coordenador pedagógico. Deslocar

temas relevantes para reivindicações genéricas, do tipo “o país precisa”, evidencia a

dissociação entre reflexão e práxis.

Nestes termos, é necessário que o grupo discuta as reais condições em que o trabalho

da unidade escolar pode ser operacionalizada, de maneira que proponha intervenções

necessárias e apropriadas à efetivação das ações, caso contrário, permanecerá o discurso

presente nos livros e demais fontes, sem que haja qualquer relação com as especificidades da

escola e dos problemas enunciados, mantendo o status quo social e, consequentemente,

ocasionando, de acordo com (Adorno, 2017), a padronização geral da consciência, bem como

a manutenção da pseudoformação.

Cotejando os resultados com a hipótese inicial, conclui-se que os registros elaborados

são, predominantemente, elaborados burocraticamente e com pouca reflexão teórica, o que

evidencia que a formação continuada dos professores não se identifica com uma formação

autônoma e, no modelo expresso, aponta poucas possibilidades de levá-los à superação da

pseudoformação, visto que, em seu próprio local de trabalho, a formação pressupõe a

opressão e a subordinação às exigências que lhe são externas.

Em consonância com a Tabela 8 afirma-se que as diversas fontes utilizadas no PEA,

superam o uso dos documentos oficiais, o que permite dizer que as fontes que compuseram a

formação continuada vão ao encontro do mercado capitalista, fomentando o consumo e a

mercantilização das discussões:

Page 124: Karin Patricia Oliveira

121

“No início do PEA realizamos a leitura de um artigo da revista Pátio: registro no cotidiano escolar, a importância da documentação para a prática pedagógica. Discutimos sobre o registro como uma ferramenta para educar-se e educar de outro modo, assim como a documentação de uma perspectiva não tradicional requer a mudança e a inclusão de diferentes pontos de vista. Percebemos e trabalhamos com a concepção de que a documentação constitui-se em um processo de aprendizagem ao mesmo tempo individual e coletivo” (PEA, 04/03/13). “Realizamos atividade: Sequência didática: desenho de imaginação, como desenhar o que não existe?; Leitura da história: “O grúfalo”. Desenho de imaginação – desenhar o Grúfalo (cabeça e corpo). Roda de apreciação – expor os desenhos. Leitura da história – comparar os desenhos. Roda de apreciação – Imagens de artistas. Atividades: cortar os desenhos no meio, separando o corpo da cabeça e depois juntar com o Grúfalo do colega e ver como ficou. Brincadeira de encontrar a metade. Assistimos ao vídeo Nova Escola sobre a atividade” (PEA, 14/04/2015). “Assistimos o vídeo: Salto para o futuro, da TV Escola – Secretaria de Educação a Distância, da lei 10.639, na sala de aula. A lei 10.639 surgiu a partir da mobilização da sociedade negra. O movimento negro na sala de aula afirma que a formação do professor é fundamental para que essa lei seja implementada e que é necessário material didático e o professor melhorar a criatividade e o trabalho em sala de aula. O nosso grupo debateu um pouco sobre o “medo-preconceito”, que vem da falta de conhecimento. O vídeo reafirma que a formação do professor é necessária e o estudo da África (por ela mesma), e a história da África, serem mais aprofundados para o professor ser um formador de opinião mais qualificado. Reforçar a “autoestima”, lembrar a história da “África contemporânea”. O objetivo da implementação da lei 10.639 é retomar a autoestima do negro no país e recontar a verdadeira história da África, antes do Eurocentrismo. É necessário (usar) os recursos dos livros didáticos falando sobre o tema, por ex.: os livros Bonecas negras cadê?, Concurso de Bonecas. Também é citado o grupo de mulheres no Rio de Janeiro que faz as bonecas Abayomi. Na próxima semana daremos continuidade ao vídeo” (PEA, 10/03/2016).

É importante destacar que as fontes de estudo provenientes do mercado cultural, tais

como, por exemplo, as revistas Pátio, a Nova Escola e os vídeos Salto para o Futuro, entre

outras, são falsamente imbuídas da ideia de acesso democrático, ao mesmo tempo que

perdem, plenamente, sua dimensão crítica, servindo, assim, como instrumento de manutenção

e dominação do sistema social. Nas palavras de Adorno (2017, p. 13): “A insanidade sobre a

qual se subordina o mercado cultural (Kulturmarket) é por ele reproduzida e fortalecida. Sob

as condições vigentes, a disseminação indiferente da formação cultural (Bildung) é

exatamente o mesmo que a sua destruição”.

Compreende-se que a escola, nos momentos de formação continuada, desprovida da

crítica, subordina-se, cada vez mais, ao mercado cultural, o que corrobora com o caráter

mercadológico da educação. A falta de criticidade na seleção das fontes para os estudos

contribui para a anulação da formação cultural, visto que a escola alimenta a pseudocultura, a

qual, por sua vez, fortalece a pseudoformação socializada.

Page 125: Karin Patricia Oliveira

122

Com base neste tipo de formação, certamente, a escola afasta-se do cumprimento de

sua função social e fortalece a indústria cultural que, visivelmente, aproveita-se de todas as

instituições para uma reprodução e expansão. Sem a reflexão e a crítica não existe formação

autônoma; paradoxalmente, reifica-se cada vez mais a consciência dos professores,

consolidando os processos heterônomos.

O processo de mercantilização da educação é constituído e controlado por indivíduos

que possuem maior força econômica, e que exercem poder político sobre a sociedade –

instrumentos da manipulação social. À medida que a escola, por meio da formação continuada

dos professores, também mercantilizar as discussões, torna-se nítida, cada vez mais, a

pseudoformação:

“Neste encontro partimos para a segunda atividade do Projeto Espaço Griô; criamos um espaço para ouvir e contar histórias africanas; utilizamos panos coloridos para fazer um painel no fundo; cobrimos uma cadeira com tecidos; colocamos cestos com livros da cultura africana; construímos um Toten com diversas figuras da África, especialmente de animais, e colocamos as almofadas com formato de flor em volta, criando assim um clima gostoso e aconchegante para as crianças ouvirem e brincarem com as histórias” (PEA, 01/06/2016). “Nesta data realizamos a leitura de um artigo da revista Nova Escola: ‘Todo dia é dia de brinquedo’. O texto ressalta a importância do brincar, quais brinquedos são aconselhados para a meninada na escola, além de esclarecer algumas dúvidas frequentes sobre o tema, o que nos ajuda a garantir momentos lúdicos significativos. Pudemos perceber que não existe um espaço específico e nem brinquedos tão específicos para garantir o brincar. A criança cria sua brincadeira com sua imaginação e suas vivências diárias. Não se trata de aproveitar qualquer coisa para montar brinquedos, mas sim criar brinquedos com objetos interessantes” (PEA, 20/06/2013).

“Neste dia assistimos o vídeo Turma da Mônica, em ‘Como atravessar a sala’. O vídeo começa com uma situação-problema vivida pela personagem Mônica. Através dele, podemos encontrar diversas possibilidades para resolver um problema. Os problemas não têm apenas uma solução. Selecionamos charadinhas da coleção da editora Ciranda Cultural para trabalhar em sala e que estimulam o raciocínio lógico” (PEA, 07/10/2014).

“Nesta data realizamos uma atividade prática utilizando a metodologia Multipropósito. História da Arte – Idade Média – Pintor holandês Hieronymus Bosch (1450-1516), pintor holandês – obras enigmáticas, temas religiosos complexos, muita fantasia e imaginação demoníaca. Apreciação da imagem “Os sete pecados capitais” do pintor. Mediação: Vocês conhecem essa obra? O que vocês veem nesta imagem? O que na imagem o leva a pensar assim? Quais são os sete pecados? Prática: escolher uma parte da obra e completar de maneira criativa. Material: Cansom A4,tinta guache, pincéis. Apreciação dos trabalhos. Sugestão para complementar a pesquisa DVD/VÍDEO: “Os sete pecados capitais” com o ator Brad Pitt. Relacionar o filme com a obra de Bosch” (PEA, 21/07/2015).

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123

Os excertos indicam que os produtos da indústria cultural são adaptados à formação e

se constituem como fontes de estudos, reificando os processos de crítica e reflexão dos

professores. De acordo com Adorno (2017, p. 6):

As massas são abastecidas de bens culturais por inúmeras fontes. Isso ajuda a mantê-las no lugar – neutralizadas e petrificadas. Para elas, nada é precioso demais ou muito caro. Isto funciona tanto quanto os conteúdos da formação cultural que, via mecanismo de mercado, são adaptados à consciência daqueles que foram excluídos do privilégio da formação – formação que outrora deveria supostamente modificá-los.

Aproximando-se do objeto do presente estudo, constata-se, veementemente, a força da

indústria cultural nos processos formativos, impedindo uma formação voltada à autonomia

dos professores que, ao aceitarem os mecanismos adaptativos, deslocam-se dos caminhos de

uma formação cultural e os mantém inertes, sem r:ação, à força iminente da lógica de troca,

base do mercado capitalista.

Assim, pode-se dizer que, as oportunidades que os professores dispõem para

questionar a massificação da produção cultural não são aproveitadas, uma vez que se verifica

a ausência do debate político, a par da aceitação que o mercado cultural apresenta:

“Continuamos a leitura coleção PROINFANTIL, módulo IV – Unidade 5 – Livro de Estudo, vol. 2, p. 20, seção 2; ‘A Construção do Olhar, da escrita e dos movimentos sensíveis: processos de apropriação artístico-cultural’. O texto ressalta que se ampliarmos os acervos das crianças com relação a arte, seu repertório ficará mais amplo, aprimorando seu olhar, sua observação, criticidade, fruição e manejo na criação de suas próprias obras. (...) Nossos conhecimentos estéticos e poéticos, como os demais, também são construídos na relação com o outro e com os objetos da cultura (cinema, teatro, dança e artes visuais), isto se chama experiência estética. (...) Portanto, quando o trabalho pedagógico da Unidade Escolar valoriza a cultura da comunidade ao qual está inserida, isto substitui os padrões veiculados pelas mídias” (PEA, 31/08/2015, grifo nosso). “(...) Esta literatura nos possibilitou uma reflexão sobre os caminhos percorridos da literatura infantil ao longo dos anos e suas influências para, então, compreendermos a realidade atual desta literatura e o comportamento de adultos e crianças no campo da literatura. Hoje, o mercado cultural literário sofre um bombardeamento de livros meramente comerciais. Contudo, temos uma grande gama de autores criativos, que ainda nos garantem a excelência de grandes obras” (PEA, 24/03/2014, grifo nosso).

Reitera-se que os professores mantêm-se distantes de manifestar a crítica, visto que

não problematizam a realidade, e os eventuais problemas da escola em que estão inseridos. Se

eles têm noção da importância de valorizar a cultura da comunidade, com o objetivo de

substituir os padrões veiculados pela mídia, por que manifestam as escolhas das fontes para

estudo com base em tais padrões?

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124

As circunstâncias em que os professores apontam para o bombardeamento dos livros

meramente comerciais, abre a possibilidade para uma discussão crítica, contudo, tolhem esse

momento com a simples afirmação da existência de uma gama criativa de autores. Ora, quais

autores? O que ocasiona um trabalho pedagógico voltado à indústria cultural? Verificou-se

pouca ênfase nos registros elaborados pelos professores em questões extremamente

pertinentes e que poderiam levá-los, em parte, à reflexão crítica e política, necessária à ruptura

da pseudoformação.

Dito isso, constata-se que a formação continuada é permeada por forças externas, que

impedem a efetivação da autonomia dos professores, prevalecendo os processos heterônomos:

Tais necessidades têm um conteúdo e uma função sociais determinados por forças externas sobre as quais o indivíduo não tem controle algum; o desenvolvimento e a satisfação dessas necessidades são heterônomos. Independentemente do quanto tais necessidades se possam ter tornado do próprio indivíduo, reproduzidas e fortalecidas pelas condições de sua existência; independentemente do quanto ele se identifique com elas e se encontre em sua satisfação, elas continuam a ser o que eram de início – produtos de uma sociedade cujo interesse dominante exige repressão (MARCUSE, 1979, p. 26).

Nota-se, portanto, a naturalização dos processos formativos, visto que os professores

assumem o que é determinado a eles. As forças externas referentes aos interesses ideológicos

e a manutenção do status quo, atingem a escola de tal maneira que ela se rende à dominação

onipresente. A repressão imposta pela sociedade condiciona os indivíduos e a autonomia

surge como um obstáculo, ao invés de estímulo. Com isso, a instituição escolar,

contrariamente a sua função social, valoriza os padrões culturais que permitem aos indivíduos

apenas a adaptação e a adesão àquilo que lhes é imposto por interesses externos.

Outro aspecto que merece destaque refere-se à utilização dos documentos oficiais

durante a formação do PEA. Conforme observado, é possível afirmar que os documentos,

fontes desta pesquisa, não permearam as discussões dos professores, o que não significa dizer

que seu uso resolveria o problema da formação continuada, uma vez que revelam conceitos

adaptativos e, genericamente, redigido pelos professores. Por outro lado, entende-se que a

ausência de debate acerca das políticas educacionais para a infância, beneficia a manutenção

da ordem social vigente e o aprisionamento dos professores à pseudoformação.

Os processos de alienação do indivíduo, mediatizados pela indústria cultural,

conduzem a sociedade, inevitavelmente, a um estado de profunda barbárie. É preciso que a

escola, nos limites de sua atuação, contraponha-se às diferentes formas de dominação e

efetive, verdadeiramente, a formação autônoma.

Page 128: Karin Patricia Oliveira

125

3.1.3 Resistência e adaptação: os indícios durante a formação continuada

Com o objetivo de verificar os processos de formação continuada implementados pela

RME de São Paulo, examina-se, agora, em que medida, o posicionamento dos professores

influencia na elaboração dos registros, de maneira a dar indícios de uma formação voltada à

autonomia. Em consonância com as tabelas apresentadas no tópico anterior, observou-se a

elaboração de poucos registros argumentativos, dado que causa inquietação, afinal, supõe-se

uma formação que adere, predominantemente, aos modelos heterônomos e adaptativos.

Nessa medida, é pertinente apreender o conceito de formação cultural com o objetivo

de questionar como os professores propiciam uma formação autônoma às crianças; a

formação continuada tem indicado o condicionamento à manutenção da ordem social vigente?

Todavia, pretende-se também, examinar em quais circunstâncias os registros pressupõem o

posicionamento político e crítico dos professores, exemplificado pelo seguinte excerto:

“(...) Outro fator importante discutido foi o trabalho com as datas comemorativas e como estas precisam ser contextualizadas e significativas. Será mesmo que precisamos de ativismos, de atropelamentos de atividades e projetos para garantir as muitas demandas “comerciais ou de ansiedade das famílias”? O grupo considera que não! Precisamos ampliar nossos conhecimentos sobre este tema e assim refletir sobre o que é significativo ou não para as crianças” (PEA, 28/03/2018, grifo nosso).

Observa-se que o excerto registra a participação dos professores em um momento

reflexivo, que os conduzem a pensar sobre os mecanismos de dominação cultural mediada

pela indústria cultural e voltados à adaptação do todo existente. Considera-se imprescindível o

questionamento dos professores quanto ao trabalho pedagógico pautado em datas

comemorativas, tendo em vista o estímulo ocasionado pelo consumo da indústria cultural,

legitimando o controle e a massificação dos indivíduos, levando-os à alienação. Supõe-se, na

exposição, que o grupo evidencia ter consciência quanto à relação entre escola e sociedade,

essencial à ruptura dos processos formativos que priorizam a instrumentalização em

detrimento de uma formação cultural.

Os professores, ao dizerem não aos projetos voltados apenas às exigências comerciais,

resistem à reprodução de uma educação aligeirada e superficial e contribuem com a formação

das novas gerações, sem fomentar o interesse pelo consumo dos bens produzidos pelo

mercado do capital.

Page 129: Karin Patricia Oliveira

126

Ao contrário de uma educação preparatória, com base em conteúdos escolares

apartados da realidade das crianças, a escola tem que se preocupar em tratar de temas que as

levem a compreender refletidamente sobre os interesses mercadológicos que se ocultam nos

produtos a elas apresentados. Com isso, defende-se a formação da personalidade e da

intelectualidade das crianças, de modo que, efetivamente, ao longo de seu percurso escolar,

posicionem-se, reflexivamente, diante da realidade em que estão inseridas. Sobre os impactos

da racionalidade tecnológica, imanente à indústria cultural, Marcuse (1979) aponta para a

padronização dos próprios indivíduos:

Surge assim um padrão de pensamento e comportamento unidimensionais no qual as ideias, as aspirações e os objetivos que por seu conteúdo transcendem o universo estabelecido da palavra e da ação são repelidos ou reduzidos a termos desse universo. São redefinidos pela racionalidade do sistema dado e da sua extensão quantitativa (MARCUSE, 1979, p. 32).

No capitalismo tardio os indivíduos são levados a pensar e agir de uma única maneira;

para eles não há outra forma de pensar e se comportar, fazendo exatamente o que foi

programado. Nesta medida, os indivíduos pensam e se comportam de maneira técnica,

pensando e agindo conforme os interesses da classe opressora, perpetuando assim, a pressão

estabelecida pela sociedade administrada.

Embora os documentos elaborados pelos professores não explicitem a utilização dos

documentos oficiais, fontes desta pesquisa, identificou-se que os professores adotaram, no

PEA, os conceitos previstos no C.I.I.P. (2015) e no R.R. (2016):

O reconhecimento do papel da educação, no que concerne à eliminação de toda e qualquer forma de discriminação e a promoção de igualdade, implica na construção de um currículo que reconheça as desigualdades, valorize a diversidade e as diferenças, rompa com as relações de dominação de classe, raça, etnia, gênero, território e etária, e possibilite a emancipação dos sujeitos. Ainda que essas formas de discriminação não tenham seu nascedouro nas instituições educacionais, elas estão aí presentes e isso requer uma atitude permanente com vistas a uma sociedade justa, à consolidação de um ambiente igualitário e democrático junto aos bebês, crianças, famílias, educadoras e educadores (C.I.I.P., 2015, p. 32-33, grifo nosso). As práticas pedagógicas devem ser revistas e avaliadas cotidianamente, e ressignificadas nos momentos compartilhados de reflexão sobre as ações (JEIF, hora-atividade, reunião pedagógica, conselho de classe, conselho de escola), na medida em que atuam no contexto educativo. Não podemos nos furtar que ao pensarmos sobre nossas ações, como uma exigência a inclusão de todas e todos no processo de apropriação, manifestação e produção de saberes significativos, devemos levar em conta a classe social, gênero, sexualidade, raça/etnia, deficiência, regionalidade, entre outros (R.R., 2016, p. 7-8, grifo nosso).

Page 130: Karin Patricia Oliveira

127

É possível identificar que os professores, no PEA de 2016 e 2017, contemplaram,

durante as reuniões, os temas voltados às questões étnico-raciais e de gênero:

“Neste encontro iniciamos a leitura das Orientações Curriculares – Expectativas de Aprendizagem para a Educação Étnico-Racial, na p. 84, que trata sobre Educação Infantil e a formação identitária. Inclusão é uma das questões mais relevantes quando tratamos da educação em contexto geral” (PEA, 02/03/2016). “Nesta data realizamos leitura, reflexão e discussão da introdução do livro História e Cultura Africana e Afro-Brasileira na Educação Infantil. O livro é um convite aos professores de Educação Infantil a um diálogo sobre o trabalho pedagógico com a história africana e as relações raciais no Brasil. Tudo ao nosso redor possui traços da cultura africana” (PEA, 17/03/2016). “Leitura do texto: O que é ser mulher? O que é ser homem? Subsídios para uma discussão das relações de gênero, de Nalu Faria e Miriam Nobre. O texto nos traz a discussão sobre os papéis de homens e mulheres na sociedade. O que é ser mulher? Como é vista? Desde cedo ela é educada para ser submissa e prestadora do lar. Apesar de que muitas possuem jornada dupla, aquela que tem que buscar o sustento e o cuidado do lar” (PEA, 14/03/2017). “Leitura dos indicadores, mais especificamente a Dimensão 5 que trata especificamente das Relações Étnico-Raciais e de Gênero. Onde se abrange a identidade nas Unidades de Educação Infantil nas diversas ações, experiências e nas relações estabelecidas cotidianamente, em reconhecer o papel fundamental da educação no que tange ao racismo e sexismo. Com isso a comunidade escolar deve investigar e refletir sobre como o racismo tem se perpetuado no espaço educacional e como são valorizadas e representadas as diferentes populações negras, indígenas, brancas e imigrantes e, deste modo construir caminhos que orientem a fazer e o pensar da educação, para que esta seja, efetivamente, para todos” (PEA, 17/05/2017).

As transcrições acima indicam a viabilidade de uma formação política, sobretudo, no

que concerne à resistência dos professores ao investirem em uma educação antirracista e

sexista, rompendo com a lógica de um currículo colonizador, que privilegia a perspectiva

europeia, masculina, adulta e elitista da elaboração do conhecimento. A sociedade brasileira

foi constituída, historicamente, pela violência e desigualdade social, motivo pelo qual, não

pode negar que tais questões estejam no cerne das discussões pedagógicas; para tanto, o

investimento na formação política assume papel relevante para o esclarecimento.

Entendendo os limites dos processos formativos, a educação torna-se potente quando

articula os conteúdos tratados aos temas eminentemente sociais e humanos, sobretudo no

cenário da atualidade, em que prevalece a razão instrumental, o poder ideológico da indústria

cultural e a conversão da formação cultural (Bildung) em pseudoformação (Halbildung).

A indústria cultural impede a reflexão dos indivíduos domesticando-os ao que lhes é

imposto de maneira a levá-los à perda da identidade e a consequente domesticação

Page 131: Karin Patricia Oliveira

128

É importante ressaltar que os processos formativos somente serão espaços de luta

política e resistência se promoverem o debate aberto e a elaboração crítica acerca dos

problemas que persistem em desumanizar os indivíduos, para o que, os professores precisam

desvencilhar-se do reducionismo da formação à sua dimensão instrumental, e a aceitação ativa

aos receituários milagrosos, notoriamente, manifestada nas ações que reproduzem a barbárie.

Subverter as tendências predominantes na sociedade atual, significa dizer que a educação

necessita pautar-se em princípios basilares da humanização, pois somente assim haverá meios

dos indivíduos contraporem-se à lógica da dominação.

Destaque-se que a educação política é a única forma de resistência à pseudoformação

socializada, sobretudo no que se refere à ação racional do professor ao inserir, no plano do

conhecimento, o acesso aos conhecimentos científicos, culturais, tecnológicos, artísticos

historicamente acumulados para além da dimensão técnica.

A formação para a resistência não pode permanecer vulnerável às imposições da

sociedade, e os momentos de formação continuada necessitam propiciar condições para a

reflexão sobre tais imposições, visando a efetivação da autonomia dos professores, com o

objetivo de corroborar com o processo de aprendizagem e desenvolvimento autônomo das

crianças e deles mesmos.

Embora não estivesse explícito na elaboração das propostas que compõem o PPP da

escola, os estudos contemplaram, em 2016 e 2017, os conceitos dos documentos oficiais,

entretanto, ressalta-se que é indispensável que haja uma continuidade nas discussões, tendo

em vista a relevância dos temas, essencialmente, necessários à formação dos professores, uma

vez que a escola não pode furtar-se ao papel de formar politicamente as novas gerações.

Contudo, identifica-se, por meio dos registros selecionados, ausência de

posicionamento político esclarecido dos professores. A escolha das fontes para os estudos

também apontam para a inviabilidade da formação para a autonomia, uma vez que estão a

serviço da indústria cultural e da mercantilização da educação.

Além disso, nota-se que, ao mesmo tempo que os professores discutiram acerca de

questões sociais importantes, mantiveram-se absortos na pseudoformação e, de acordo com os

registros elaborados, com ínfimas chances de perceberem as questões de opressão presentes

na sociedade e na escola.

Nessa medida, observaram-se, efetivamente, poucas manifestações no que tange à

resistência dos professores quanto aos processos formativos, prevalecendo as tendências

adaptativas à realidade social. Outro dado relevante diz respeito aos professores registrarem

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129

excertos dos livros e artigos estudados sem qualquer intervenção e mediação, o que representa

o distanciamento da realidade em que estão inseridos, conforme apresentado: “(...) Com isso a

comunidade escolar deve investigar e refletir sobre como o racismo tem se perpetuado no

espaço educacional”; “(...) O livro é um convite aos professores de Educação Infantil a um

diálogo sobre o trabalho pedagógico com a história africana”.

Ora, tais registros indicam, efetivamente, ausência de posicionamento esclarecido,

afinal, a qual comunidade escolar os professores referem-se? Quais os diálogos entre eles

acerca da história africana e quais as possibilidades do trabalho pedagógico? Exemplos como

os citados, pressupõem a falta de pertencimento dos professores no que concerne à unidade

escolar da qual fazem parte, generalizando os processos educativos como se as escolas fossem

homogêneas. Os registros redigidos pelos professores indicam uma formação continuada

desprovida do debate e autorreflexão crítica.

É importante que os professores, livres da alienação, fortaleçam-se e conscientizem-se

que a escola está inserida na sociedade, logo, é determinada por ela, absorvendo, na relação

professor-criança, os problemas que a circundam.

Para tanto, conscientes da necessidade de fomentar o debate acerca de questões

naturalizadas e almejando uma sociedade de homens e mulheres livres, entende-se que os

professores necessitam, urgentemente, deslocar-se de uma formação heterônoma e

direcionem-se em busca de uma formação autônoma, crítica e política, capaz de suscitar

inquietações sobre a constituição das relações sociais na sociedade administrada, oferecendo

às crianças e, portanto, às novas gerações, experiências formativas que as estimulem a pensar

e agir crítica e autonomamente.

3.1.4. Autonomia e heteronomia: dificuldades e possibilidades presentes nos processos

formativos

Conforme exposto nos tópicos anteriores, possibilitar uma educação para a

emancipação requer que os indivíduos tenham consciência sobre as reais condições em que a

barbárie se reproduz, visando a transformação da sociedade atual – por meio da educação

crítica e política –, predominantemente marcada pela racionalidade tecnológica, voltada à

adaptação e o conformismo dos indivíduos ao todo existente.

Entretanto, observa-se que a educação apenas terá condições de subverter à lógica

imposta pela sociedade administrada quando for capaz de contrapor-se à pseudoformação,

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130

responsável por falsear os processos formativos – exatamente por ser desprovida de crítica,

autorreflexão e autonomia. Portanto, toda a formação precisa envidar esforços na efetivação

desses princípios de modo que conduza à autonomia dos indivíduos para que se sirvam de

decisão, coragem e entendimento, sem orientação de outrem, e, assim, por meio da razão,

consigam reagir em meio à irracionalidade presente nas relações sociais.

Com base nessa premissa, verificou-se, por meio dos registros elaborados e

documentos oficiais publicados pela SME, aspectos da formação continuada dos professores a

fim de serem identificadas a autonomia e heteronomia dos processos educativos:

Descolonizar o currículo significa, portanto, dar visibilidade aos atores, culturas e conhecimentos, pouco ou nada visíveis, como as culturas africanas, as culturas populares, indígenas, migrantes de igual maneira, as crianças e as mulheres, desnaturalizando assim, as hierarquizações e estratificações por idade, gênero, raça, formas corpóreas e sexualidade, a fim de construir possibilidades de superação das dramáticas desigualdades que marcam a vida de toda a sociedade, incluindo bebês e crianças (C.I.I.P., 2015, p. 11). Neste sentido, é imprescindível educar nosso olhar na visão de um currículo que dialogue com a identidade cultural da educadora e do educador, da educanda e do educando, com a concepção de ensinar, de aprender, de avaliar, com a democratização das relações e, sobretudo, rompendo com as práticas excludentes e a invisibilidade que perpassa a sociedade (R.R., 2016, p. 7). [...] trabalhando assim pela consolidação de um sistema educacional inclusivo em que todos possam ter experiências de aprendizagem de acordo com as suas possibilidades, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades, assegurando a todos os bebês e todas as crianças o pleno exercício de todos os direitos e liberdades fundamentais (MEC, 2015). (I.Q.E.I., 2016, p. 9).

Observa-se nos excertos uma tendência dos documentos oficiais em reconhecer a

sociedade como produtora de desigualdades sociais, permeada por práticas excludentes que

marcam, negativamente, a vida das crianças.

Descolonizar o currículo na perspectiva apresentada, significa dizer que a escola

precisa contemplar em seu currículo conteúdos voltados à diversidade étnica e racial, bem

como abordar temas envolvendo as questões de gênero, desnaturalizando concepções

estabelecidas hegemonicamente.

Se a escola, desde a educação infantil, conseguir abarcar de forma crítica, os

conhecimentos historicamente acumulados, terá meios de contribuir com a formação das

novas gerações apresentando condições de negar o que a elas é inculcado à força:

Evidentemente a isto corresponde uma instituição escolar cuja estruturação não se perpetuem as desigualdades específicas das classes, mas que, partindo cedo de uma superação de barreiras classistas das crianças, torna praticamente possível o desenvolvimento em direção à emancipação mediante uma motivação do

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131

aprendizado baseado numa oferta diversificada ao extremo. [...] isto não significa emancipação mediante a escola para todos, mas emancipação pela demolição da estrutura vigente em três níveis e por intermédio de uma oferta formativa bastante diferenciada e múltipla em todos os níveis, da pré-escola até o aperfeiçoamento permanente, possibilitando, deste modo, o desenvolvimento da emancipação em cada indivíduo, o qual precisa assegurar sua emancipação em um mundo que parece particularmente determinado a dirigi-lo heteronomamente, situação que confere uma importância ainda maior ao processo (ADORNO, 1995f, p. 170).

Compreende-se, assim, que o potencial libertador das instituições escolares pressupõe

uma formação que, de fato, assegure às crianças, aos jovens e adultos, o esclarecimento

acerca das injustiças sociais produzidas e mantidas pela sociedade. É preciso romper com o

silenciamento imposto pelo sistema social em relação a uma história única envolvendo os

africanos e afro-brasileiros, os povos indígenas, os refugiados, a submissão e inferioridade da

mulher frente à supremacia do homem, enfim, a escola tem um papel fundamental na

formação para a humanização e superação das desigualdades sociais.

Educar para a emancipação requer que os indivíduos tenham consciência das

imposições cristalizadas pelas classes dominantes e pelo poder político; providos da crítica,

oponham-se à manipulação do sistema social, delineando novos rumos para a vida individual

e coletiva. Todas essas questões somente fazem sentido se os professores tomarem para si

essa responsabilidade, compartilhando entre os pares, propondo às crianças uma formação,

verdadeiramente transformadora, que estimule a autonomia e o posicionamento político

esclarecido acerca dos assuntos historicamente naturalizados; logo, os espaços de discussão

que coadunam com a formação continuada, necessitam expor os problemas encontrados pela

escola, bem como as possibilidades de atuação.

Compartilhando os registros elaborados pelos professores, verifica-se, infelizmente e

ainda, uma pseudoformação que legitima a heteronomia. Como já exposto em tópicos

anteriores, embora os professores tenham estudado durante todo o ano de 2016 e 2017 as

questões de etnia e gênero, os registros são generalizados e pouco observou-se uma posição

política sobre tais questões.

Além de serem utilizados os mecanismos da lógica de dominação na efetivação das

ações educativas, a formação continuada indica o distanciamento entre a relação da escola e a

sociedade, visto que aborda os assuntos sem aprofundá-los, apenas citando a fala dos autores

ou reiterando as comandas da coordenadora pedagógica, sem os questionamentos pertinentes

a uma formação autônoma:

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132

“Neste encontro iniciamos a leitura das Orientações Curriculares – Expectativas de Aprendizagem para a Educação Étnico-Racial, na p. 84, que trata sobre Educação Infantil e a formação identitária. Inclusão é uma das questões mais relevantes quando tratamos da educação em contexto geral. (...) Precisamos atentar prioritariamente a Educação Infantil, pois atitudes rotineiras, meias palavras ou gestos involuntários podem representar a máscara do preconceito, exibida por nossa sociedade e deixar marcas significativas na educação das crianças pequenas sendo a Educação Infantil como primeira etapa da educação básica; torna-se essencial que essa discussão também seja promovida no âmbito dessa especialização com as adequações pertinentes ao caso e especificidades da infância nessa idade” (PEA, 02/03/2016). “Nesta data realizamos leitura, reflexão e discussão da introdução do livro História e Cultura Africana e Afro-Brasileira na Educação Infantil. O livro é um convite aos professores de Educação Infantil a um diálogo sobre o trabalho pedagógico com a história africana e as relações raciais no Brasil. Tudo ao nosso redor possui traços da cultura africana. Cabe aos professores a realização de práticas pedagógicas que objetivem ampliar o universo sociocultural das crianças e introduzi-las em um contexto, no qual o educador e o cuidar não omitam a diversidade; é preciso que a criança se reconheça na literatura, nos painéis da escola, nas brincadeiras. Trata-se de uma postura coletiva. É preciso que, para tal, haja formação continuada aos profissionais, sendo eles, sujeitos de direitos; deve haver um atrelamento entre formação, respeito e reconhecimento do direito das crianças” (PEA, 17/03/2016). “Nesta data assistimos o vídeo Ritmos e manifestações afro-brasileiras – maculelê Sucena. Foi mostrado um grupo da região sul, que apresentava o maculelê com muita empolgação, ritmos e sincronismo surpreendentes. Logo em seguida assistimos a um vídeo dos mesmos participantes só que agora com facões; acredita-se que a influência não seja africana, pois não é bem aceita pela comunidade africana os facões (sic). No samba coco a influência nordestina é bem marcado pelos instrumentos e o ritmo acelerado e contínuo” (PEA, 23/08/2017). “Iniciamos este período de estudo assistindo o vídeo Identidade, Sexualidade e Gênero na escola, do Canal Futura; o vídeo resgata a matéria da evista Nova Escola, que relatou a história de um menino inglês que foi expulso da escola por se caracterizar e comportar como menina, o que leva um questionamento: Escola é lugar de se trabalhar o tema Gênero? [...] Neste sentido a formação docente é importante para que este possa agir de forma mais adequada, sem estereótipos ou desrespeitar seus alunos. A escola é um espaço político de liberdade para se tratar assuntos que agridam os direitos de quem quer que seja. Outro tema discutido foi um episódio ocorrido no Rio de Janeiro, no Colégio Pedro II, em que um aluno foi impedido de entrar na escola de saia, e em seguida os demais alunos promoveram um “saiaço” e reverteram a imposição de não se usar saia (meninos); por meio da resistência e também o fato de duas alunas terem se beijado dentro do colégio. No vídeo ouve-se também uma aluna deste colégio, que destaca a importância da escola ser e se reconhecer como uma extensão da sociedade e que, portanto, não se pode fechar os olhos para esta realidade. Ao final o grupo debateu sobre o tema “Escola sem partido” e destacou a importância da Escola Cidadã, que deve ensinar sobre os direitos dos alunos e comunidade” (PEA, 04/04/2017).

O último registro traz indagações pertinentes quanto às questões de gênero e indica o

debate acerca da função social da escola; no entanto, os professores descrevem o que

aconteceu no vídeo, fazendo poucas referências ao trabalho da unidade escolar em que estão

inseridos, não estabelecendo relações entre o conteúdo e as exigências da realidade escolar.

Também não fica claro qual seria o debate sobre o tema ‘Escola sem partido’, assunto

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133

extremamente importante, que poderia evidenciar o que os professores pensam em relação à

empáfia do atual governo, e qual a percepção que possuem acerca dessa proposta arbitrária e

inibidora de uma formação crítica e reflexiva.

São poucos os registros verificados quanto à participação dos professores em debates

“acalorados”, sobre a sua própria formação e a formação das crianças.

Na busca de evidenciar as chances de uma formação política, pressupõe-se que o

grupo tem consciência sobre a necessidade de promover uma educação antirracista, no

entanto, compreende-se que, mesmo conscientes sobre os temas relevantes, mercantilizam as

discussões legitimando a pseudoformação:

“Neste período de estudo realizamos um resgate do “Plano de ação” de 2016. Tópicos como literatura, bonecos e heróis de matriz africana foram questões em que fomos avaliados de forma negativa, observando nossos estudos no PEA, assim como da biografia; ao longo dos estudos fomos desenvolvendo ações que visavam reverter essa realidade. Desenvolvemos um projeto a visita especial como bonecos negros, no qual os professores criaram uma identidade para cada um deles e estes bonecos são levados para casa. Outra atividade desenvolvida foram leituras da literatura afro. Realizamos contínuas sessões de leitura simultânea, ampliando o rol de lendas e heróis negros. Bonecas negras foram compradas e brincadeiras africanas foram incorporadas ao nosso dia a dia. Muito se tem feito para minimizar situações de preconceito e discriminação, porém ainda há uma longa caminhada a seguir, considera o grupo” (PEA, 26/05/2017 – reposição referente à 15/03/2017).

Nas palavras de Adorno (2017, p. 16): “Para continuar a satisfazer as demandas que a

sociedade dirige às pessoas, a formação cultural é reduzida às marcas instintivas da imanência

e integração social e se converte em algo intercambiável e utilizável”.

Com isso, pode-se inferir que mesmo os professores conscientes e, supostamente

esclarecidos, entregam-se à pseudoformação:

Permanece a questão da possibilidade de, mesmo ocorrendo tudo isso, aquele que por esta via se torna esclarecido, criticamente consciente, ainda permanecer teleguiado de uma determinada maneira em seu comportamento, não sendo, em sua aparente emancipação, autônomo no sentido que se imaginava nos primórdios da ilustração (ADORNO, 1995f, p. 184).

Outro aspecto importante diz respeito ao reconhecimento que os professores têm no

que concerne a sua profissão:

Considero como questão em aberto se isto efetivamente favorece a emancipação em pessoas praticamente desprovidas de uma representação sólida da própria profissão, e que mudam e se adaptam relativamente sem esforço, ou se justamente essas pessoas se revelam como não emancipadas, na medida em que aos domingos deixam de lado qualquer reflexão nos estádios esportivos (ADORNO, 1995f, p. 180).

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134

Análogo ao estabelecido pelo autor, pode-se dizer que se os professores não tiverem

clareza sobre o papel que desempenham na sociedade, ficarão à deriva; uma vez que a

educação muda historicamente, surgindo, frequentemente, novas reformas curriculares e

proposições educativas. Educar para a resistência pressupõe o questionamento permanente

acerca das concepções e propostas pedagógicas. Se os professores simplesmente adaptarem-se

aos processos impostos heteronomamente, sem a reflexão necessária, ocasionará o

obscurecimento de uma formação para o esclarecimento, afastando-se das possibilidades de

emancipação. Segundo Adorno:

Se atualmente ainda podemos afirmar que vivemos numa época de esclarecimento, isto tornou-se muito questionável em face da pressão inimaginável exercida sobre as pessoas, seja simplesmente pela própria organização do mundo, seja num sentido mais amplo, pelo controle planificado até mesmo de toda realidade interior pela indústria cultural (1995f, p. 181).

Compreende-se que pressupor uma formação para o esclarecimento, emancipação e

autonomia não é tão fácil, visto que a organização da sociedade industrial exerce,

constantemente, o poder na vida dos indivíduos que, consciente e inconscientemente,

entregam-se ao que lhes é oferecido em troca da satisfação momentânea. Esse processo ocorre

na sociedade e atinge diretamente as instituições, dentre elas a escola, enfraquecida pela

sociedade burguesia.

Pelo fato da escola também ser atingida pelos interesses do mercado industrial, torna-

se imprescindível fomentar a formação continuada dos professores, conduzindo-os à

superação do caráter instrumental e hierarquizado do conhecimento, promovendo às crianças

reflexões sobre a sociedade e sobre as desigualdades desencadeadas no seio das relações

sociais. Nesse sentido, o C.I.I.P. (2015) aponta para:

Nessa perspectiva, o desafio que se apresenta é o de superar a hierarquização e o caráter instrucional que privilegia a fala de professores e professoras sobre o conhecimento, superar os treinos de linguagem escrita e o silenciamento das demais linguagens e conteúdos e superar a lógica da divisão de trabalho fabril presente na escola, e que separa, de um lado educadores e educadoras que pensam e, de outro lado, crianças que não são chamadas a pensar, mas apenas a executar o que foi pensado para elas (C.I.I.P., 2015, p. 17-18).

Nota-se a viabilidade da formação das crianças desvinculada da lógica fabril,

engendrada no processo de produção capitalista, essencial à formação das novas gerações.

Submeter a educação aos processos de produção da sociedade capitalista, rompe com

qualquer tipo de formação reflexiva, visto que associa os indivíduos às máquinas,

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135

descaracterizando o potencial transformador e estimulando o comportamento adaptativo,

padronizado e uniformizador.

A escola necessita se opor à oferta de conteúdos irracionais e conformistas e,

propiciar conteúdos reflexivos articulados às experiências formativas significativas,

impulsionando o pensamento reflexivo, participativo e crítico das crianças no processo de

aprendizagem. Nestes termos, é importante mencionar as contradições impostas no seio da

sociedade administrada, no que concerne às experiências formativas: “A perda da capacidade

de fazer experiências formativas não é um problema imposto de fora à sociedade, acidental, e

nem é provocado por intenções subjetivas, mas corresponde a uma tendência objetiva da

sociedade, ao próprio modo de produzir-se e reproduzir-se da mesma” (MAAR, 1995. p. 26).

Diante disso, a escola se depara com muitas dificuldades, principalmente no processo

de pseudoformação em que se encontra:

[...] a recuperação da experiência formativa permitiria reconstruir um padrão para o que seria efetivamente “racional”, sem o déficit emancipatório que a racionalidade instrumental impõe. Esta não seria simplesmente uma necessidade “intelectual”, ou “cultural”, mas corresponde a uma necessidade material, já que tem a ver com os rumos da barbarização que inexoravelmente progride na sociedade vigente. É uma questão de sobrevivência (MAAR, 1995, p. 27).

Considera-se primordial essa discussão no interior dos espaços educativos, já que a

lógica fabril permeou a educação e legitimou, predominantemente, os processos adaptativos e

de submissão, que concebia as crianças como seres passivos e receptivos dos conhecimentos

transmitidos pelos professores. No capitalismo tardio faz-se necessário a preservação das

condições objetivas da experiência formativa como forma de evitar a repetição de Auschwitz,

tarefa essencial da escola na formação das novas gerações.

Em relação à formação continuada, os documentos expressam:

Os horários coletivos de formação, os projetos especiais de ação (PEAs), as reuniões pedagógicas e os encontros setoriais são momentos ricos de estudo, planejamento, reflexão, análise das práticas e construção coletiva de proposições. Os registros são instrumentos importantes nesse processo, permitem documentar e compartilhar experiências, historicizar, materializar e ressignificar as práticas pedagógicas, tomar decisões e elaborar intervenções, enfim, contribuem para o processo formativo individual e coletivo, de forma integrada e contínua (R.R., 2016, p. 18).

Os documentos expõem os momentos formativos como espaços potentes, no que tange

à reflexão da prática pedagógica e a retomada do planejamento do professor.

Tendo como referência os espaços formativos – com vistas à reflexão e retomada do

planejamento – é preciso que sejam ao máximo valorizados e, almejando uma formação para

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136

a autonomia, os professores durante os estudos; questionem-se com qual repertório social e

cultural as crianças chegam às instituições escolares e como esse repertório é concebido,

afinal, ao contrário do que se pretende, a escola reforça e inculca nos processos de

aprendizagens das crianças, propostas empobrecidas e repertórios culturais que conduzem

apenas ao consumo, à disputa, ao individualismo, à competição, o que culmina, quase sempre,

em processos meritocráticos que individualizam, deixando de propiciar experiências

formativas e estimuladoras da autonomia:

“Nesta data realizamos a apreciação do livro Palavra Cantada – As melhores brincadeiras musicais da Palavra Cantada. O livro apresenta a seleção de diversas músicas e brincadeiras cantadas, para serem utilizadas em sala de aula (de acordo c/ a faixa etária). Além das letras das músicas, o livro ensina como brincar com a música e traz também uma breve contextualização. Além de ouvir músicas já conhecidas como (‘Sopa’, ‘Rato’, ‘Fome Come’, ‘Ciranda’), as crianças vão aprender o que é ritmo, melodia, timbre, acorde, pulso, intensidade, e outras coisas do mundo da música” (PEA, 17/11/2015). “Assistimos o vídeo: Salto para o futuro, da TV Escola – Secretaria de Educação a Distância, da lei 10.639, na sala de aula. A lei 10.639 surgiu a partir da mobilização da sociedade negra. O movimento negro na sala de aula afirma que a formação do professor é fundamental para que essa lei seja implementada e que é necessário material didático, e o professor melhorar a criatividade e o trabalho em sala de aula. O combate ao racismo é prioridade na escola e depois a comunidade. O nosso grupo debateu um pouco sobre o “medo-preconceito”, que vem da falta de conhecimento. O vídeo reafirma que a formação do professor é necessária e o estudo da “África” por ela mesma e a história da África, serem mais aprofundados para o professor ser um formador de opinião mais qualificado. Reforçar a “autoestima”, lembrar a história da “África contemporânea”. O objetivo da implementação da lei 10.639 é retomar a autoestima do negro no país e recontar a verdadeira história da África, antes do Eurocentrismo. É necessário os recursos dos livros didáticos falando sobre o tema, por ex.: os livros Bonecas negras cadê?, Concurso de Bonecas. Também é citado o grupo de mulheres no Rio de Janeiro que faz as bonecas Abayomi. Na próxima semana daremos continuidade no vídeo” (PEA, 10/03/2016).

O grupo de professores descreve a importância de estimular a autonomia das crianças,

quando reconhece a participação delas no processo pedagógico:

“[...] Realizamos a leitura do texto “Pedagogia de projetos: Uma experiência na Educação infantil”, da revista Olhares e Trilhas, que retrata a Pedagogia de Projetos no contexto da Educação Infantil. Este texto é marcado pela proposta da necessidade de transformação do sistema educacional para que haja de fato o envolvimento da comunidade escolar, interna e externa, no processo de construção da aprendizagem. O trabalho com a Pedagogia de Projetos tem trazido um avanço significativo em nossa prática, pois esta sendo nítido observar o comportamento autônomo e protagonista das nossas crianças” (PEA, 29/06/2018 – reposição referente à 21/03/2018). “A EMEI contribui de forma significativa, porque proporciona e oportuniza a criança o brincar, buscando sempre respeitar a infância. Um exemplo dessa prática é a reunião com representantes de sala, onde as crianças, como protagonistas de seus direitos, de forma natural é responsável, tem por objetivo desenvolver a criança de forma lúdica e criativa” (Reunião Análise Coletiva Registro, 2018).

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Nota-se conforme o exposto que algumas passagens dos documentos possibilitam à

autonomia do professor no exercício de sua função, entretanto, as condições objetivas em que

o trabalho pedagógico desenvolve-se na RME, dificulta e, por vezes, inviabiliza a efetivação

das ações. É importante ponderar que as contradições existentes na sociedade administrada

obscurecem os processos formativos, impedindo uma formação autônoma e crítica dos

professores, submetendo-os à heteronomia permanente.

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Considerações finais

Travamos nossa luta por responsabilidade contra um ser mascarado. A máscara do adulto chama-se “experiência”. Ela é inexpressiva, impenetrável, sempre a mesma. Esse adulto já vivenciou tudo: juventude, ideias, esperança, mulheres. Foi tudo ilusão. – Ficamos, com frequência, intimidados ou amargurados. Talvez ele tenha razão. O que podemos objetar-lhe. Nós ainda não experimentamos nada. Walter Benjamim

Com base nos resultados obtidos, pode-se considerar que a presente pesquisa atingiu

os objetivos especificados para analisar o fenômeno da formação continuada dos professores,

enfatizando o princípio da autonomia como esfera importante da formação.

No que concerne às permanências e modificações relativas à autonomia e heteronomia

dos professores, contidas nos documentos oficiais da SME, no período de 2013 a 2018, e em

consonância com os indicadores que delimitaram as discussões, constata-se que os

documentos oficiais mantiveram, predominantemente, permanências em relação aos conceitos

de criança, educador e formação docente, principalmente, no que se refere à relação entre

professor e criança.

Pôde-se verificar que os objetivos dos documentos Orientação Normativa 01/2013

(2014) e Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015) expressam permanências quanto à

integração dos processos educativos; sendo o primeiro destinado à formação dos professores,

com foco no processo de avaliação e documentação pedagógica das crianças e o segundo,

destinado, especificamente, para a elaboração do currículo da infância.

O documento Revisitar, Ressignificar, Avaliar, Replanejar com a escola (2016)

apresenta conteúdos importantes que possibilitariam, aos professores, reflexões sobre o

Projeto Político Pedagógico da escola e seu redimensionamento com vistas à formação crítica

e autônoma, entretanto, na escola pesquisada o referido documento não foi contemplado nos

momentos de estudo.

No que se refere ao plano de ação dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil

Paulistana (2016) afirma-se que ocorreram permanências, durante os anos 2014 e 2015, visto

que o documento elaborado revela a insatisfação dos professores quanto aos investimentos e a

oferta insuficiente de cursos para a formação dos profissionais – oferecidos pela Secretaria

Municipal de Educação –, além de destacarem problemas relacionados à proporção criança-

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educador, necessidade de formação para o trabalho com as crianças com deficiência, como,

também, a compra de livros, uma vez que indicam o acervo defasado. Apesar das

reivindicações indispensáveis para a melhoria do trabalho pedagógico, não se identificou

sugestões ou reivindicações do grupo de professores concernentes à formação continuada

oferecida pela escola.

Tanto a Orientação Normativa 01/13 (2014) quanto o Currículo Integrador da Infância

Paulistana (2015) privilegiaram as relações não adultocêntricas e evidenciam a criança como

o centro do processo educativo. Os documentos Revisitar, Ressignificar, Avaliar, Replanejar

com a escola (2016) e os Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana (2016)

também valorizam a criança potente. Portanto, pode-se concluir que a concepção de criança

autora, criativa, crítica, participativa, produtora de cultura e reflexiva está presente em todos

os documentos analisados.

Evidenciou-se, também, que os documentos utilizam o termo educador, professor e

educador da infância, prevalecendo o uso do termo educador. Nas situações observadas, tanto

o professor, como o educador são aqueles responsáveis em criar condições, organizar os

tempos, espaços e materiais para a aprendizagem das crianças e, majoritariamente, ocupam

papel secundário e pouco valorizado pelos documentos.

Observou-se que o professor/educador assume o papel de executor, pronto para seguir um

receituário, de modo que garanta um processo educativo profícuo. Nesses termos, constata-se

o caráter prescritivo e instrumental dos documentos, padronizando e uniformizando as ações

dos profissionais, como se todos tivessem a mesma função, o que implica considerar a

preponderância da heteronomia em relação à autonomia dos professores perante o processo

educativo.

É importante considerar que há passagens ocasionais nos documentos que postulam

uma formação voltada à autonomia, visto que preveem processos democráticos relacionados a

uma formação humana, igualitária e equitativa; contudo, é evidente que a formação deficitária

dos professores, as precárias condições de trabalho, a excessiva quantidade de crianças nas

turmas, a jornada extensa e os poucos investimentos na formação continuada, impedem a

efetivação desses elementos tão importantes.

Sobre a inclusão das permanências ou modificações identificadas nos documentos

oficiais, e nos documentos elaborados pelos professores, foram constatadas oscilações quanto

à efetivação dos registros e, no que concerne aos documentos oficiais utilizados, comprovou-

se permanências quanto ao uso concentrado dos Referenciais Curriculares Nacionais para a

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Educação Infantil – RCNEI (1998) durante os três primeiros anos do período analisado (2013

a 2015), seguido do abandono total, nos três últimos anos.

Notou-se que o conceito de educador definido pelos profissionais da escola

investigada sofreu alterações, e a partir de 2013 foram incluídos os conceitos da Orientação

Normativa nº 01/2013 (2014). Após essa alteração, pode-se dizer que ocorreu a permanência

do conceito durante os anos de 2014 a 2017; em 2018 foi acrescida a ele a inclusão de um

novo termo, também em consonância com a O.N 01/2013 (2014), que se refere ao professor

como aquele que cria, organiza tempos e espaços, avalia os processos e amplia as

experiências das crianças, sem que o foco esteja centrado nele. Identificou-se que os conceitos

presentes no Projeto Político Pedagógico reforçam o caráter prescritivo dos documentos,

padronizando as ações sem qualquer relação com as especificidades da escola.

Verificam-se permanências quanto às fontes utilizadas no PEA nos anos de 2014,

2015, 2016 e 2017 e, como já evidenciado nos demais documentos, percebem-se

modificações na elaboração do PEA, a partir do ano de 2018, momento em que ocorreu a

inclusão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010), Orientação

Normativa nº 01/2013 (2014) e o Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015).

Ocorreram modificações nos objetivos e temas tratados nos encontros formativos,

especificamente, do Projeto Especial de Ação (PEA), que, anualmente, destacava um tema em

consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola. Observou-se, em 2016 e 2017, as

permanências dos temas que contemplam as questões sobre diversidade ética, cultural e

igualdade racial, tendo sido incluído em 2017 discussões sobre gênero. É importante destacar

o papel político da instituição escolar ao estudar questões fundamentais para a retomada das

ações, com o objetivo de oferecer às crianças uma formação antirracista e igualitária, além de

fomentar o debate sobre o papel que homens e mulheres, meninos e meninas assumem na

sociedade atual.

Em 2018, ocorreu modificação no PEA, visto que os professores expressaram a

necessidade de trabalhar com projetos, possibilitando assim, o protagonismo das crianças e a

formação voltada à autonomia; entretanto, os temas contemplando as questões de gênero e

étnico-raciais, indispensáveis para a formação política, não são contemplados no PPP.

É possível afirmar que, embora não tenha sido especificado o nome dos documentos

oficiais (fontes desta pesquisa), na elaboração do PEA, constatou-se que nos anos de 2016 e

2017, os temas discutidos contemplam os conceitos do Currículo Integrador da Infância

Paulistana (2015) e do documento Revisitar, Ressignificar, Avaliar, Replanejar com a escola

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(2016). Em 2018, a elaboração do PEA contempla os conceitos de criança potente, ativa,

protagonista e produtora de cultura.

Quanto ao plano de trabalho dos professores, percebeu-se permanências no uso do

documento Orientações Curriculares: expectativas e orientações didáticas, publicado em

2007. Essa permanência pressupõe que os espaços formativos viabilizaram poucas discussões

sobre a nova política educacional, ocasionando a acomodação quanto à elaboração dos planos

de trabalho, que compõem o Projeto Político Pedagógico. Os planos apresentam conteúdos

defasados e oscilação na implementação dos documentos oficiais no período de 2013-2018,

indicando descontinuidade na implementação das políticas educacionais, uma vez que os

registros elaborados expressam propostas irregulares e indefinidas.

Com isso, reconhece-se que as políticas educacionais para a infância exigem um

tempo para a sua implementação e dependem das motivações do grupo de professores para

sua efetivação, entretanto, é preciso fomentar o debate sobre as possibilidades e dificuldades

encontradas para a efetivação do trabalho pedagógico convergente às diretrizes legais.

Diante dos elementos apresentados evidencia-se que as modificações quanto ao

redimensionamento do Projeto Político Pedagógico da escola pesquisada e a inclusão dos

conceitos balizadores dos documentos publicados pela SME – pertencentes ao programa de

reorganização administrativa, ampliação e fortalecimento na Rede Municipal de Ensino de

São Paulo – Mais Educação São Paulo, iniciado em 2013 – foram implementados, no ano de

2018, na gestão do prefeito João Dória.

Sabe-se que o redimensionamento do PPP ocorre anualmente nas unidades escolares

da PMSP, conforme prevê legislação própria, entretanto, no período pesquisado, nota-se que o

documento não apresentou mudanças significativas até o ano de 2018; ao contrário, manteve

permanências significativas. Anterior ao ano de 2018, não fica clara a implementação das

permanências e modificações verificadas nos conceitos dos documentos oficiais.

Percebeu-se um distanciamento entre o prescrito nos documentos e o vivido no

cotidiano das reuniões da formação continuada, fato que pode ter sido influenciado, inclusive,

pela rotatividade de coordenadores pedagógicos. Tal rotatividade interfere na articulação do

trabalho pedagógico convergente à implementação das diretrizes legais.

Com isso, afirma-se que os documentos oficiais não fizeram parte da elaboração do

plano de trabalho dos professores, prevalecendo o uso dos conceitos previstos nas Orientações

Curriculares: expectativas de aprendizagens e orientações didáticas (2007), no período de

2014-2015. Em 2016 e 2017, embora haja indícios de que os conceitos da Orientação

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Normativa 01/13 (2014) e do Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015) tenham sido

utilizados, deu-se prioridade ao uso das Orientações Curriculares (2007).

Os tipos de registros elaborados pelos professores mostram a supremacia dos registros

transcritivos em relação aos registros argumentativos, e apresentam conceitos genericamente

redigidos. Conclui-se que os documentos oficiais, fontes desta pesquisa, foram utilizados

poucas vezes nas reuniões do PEA e Análise Coletiva de Registros. Identificou-se a utilização

dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil (2016) em duas reuniões, no ano letivo de

2017, seguido pelo Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015), que foi usado em uma

reunião formativa. Os documentos Orientação Normativa nº 01/2013 (2014) e o Revisitar,

Ressignificar, Avaliar e Replanejar com a escola (2016) não subsidiaram as reuniões do PEA,

entretanto, verificou-se a utilização da O.N. 01/2013 (2014) nas reuniões de Análise Coletiva

de Registros, realizadas em 2015, 2016 e 2017.

Na elaboração dos documentos, confirmou-se a predominância da heteronomia ao

longo da formação continuada predominante nos processos, logo, não foram identificados

indícios de uma formação voltada à autonomia dos professores e, por conseguinte, das

crianças. Foram observadas tendências adaptativas nos processos formativos, visto não ter

sido possível comprovar a existência de consciência política e manifestações de resistência

dos professores diante das imposições legais, afastando-os de uma formação política e

autônoma.

É preciso que os espaços de discussão sejam potencializados a fim de suscitar o debate

acerca das especificidades dos processos formativos e, por conseguinte, os elementos da

formação cultural para que assim, por meio da crítica e autorreflexão, estimule a consciência

dos professores quanto à pseudoformação socializada. Quando a escola se exime de uma

formação comprometida com a transformação social, fortalece a sociedade administrada, que

reforça, incondicionalmente e por mecanismos perversos, a incapacidade intelectual de

educadores e de crianças.

Identificou-se que a formação continuada efetivada não favorece a capacidade de

reflexão e crítica, ao contrário, reforça a adaptação dos professores condicionados pela

heteronomia, que prevalece no interior da escola. Percebeu-se que a elaboração dos

documentos da escola coaduna com a reprodução e automatização do processo educativo,

legitimando a pseudoformação.

Os tipos de registros elaborados pelos professores expressam o processo heterônomo

da formação continuada. Foram observados poucos registros argumentativos e notou-se,

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predominantemente, a elaboração generalizada dos registros transcritivos. No que se referem

ao uso dos documentos oficiais, balizadores das reuniões, evidencia-se a recorrência dos

Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (1998), seguido das Orientações

Curriculares: expectativas de aprendizagem e orientações didáticas (2007). Os documentos

fontes da presente pesquisa não subsidiaram, praticamente, os encontros formativos

analisados.

Nota-se no PEA o estudo do documento Indicadores de Qualidade da Educação

Infantil Paulistana (2016); especificamente, duas vezes no ano de 2017, seguido pelo

Currículo Integrador da Infância Paulistana (2015), utilizado apenas uma vez. Em 2018, o

Currículo da Cidade da Educação Infantil foi utilizado em uma reunião e,

surpreendentemente, o documento Orientação Normativa 01/13 (2014) e Revisitar,

Ressignificar, Avaliar e Replanejar com a escola (2016) não foram utilizados para a

elaboração do PEA, durante o período delimitado para esta pesquisa.

Além dos documentos oficiais, observou-se a utilização de outras fontes de estudo,

dentre elas, livros e textos, revistas (tais como, Pátio e Nova Escola), vídeos, filmes e

documentários. As fontes diversas foram, expressivamente, superiores ao uso dos documentos

oficiais, o que indica uma formação voltada para a racionalidade técnica e instrumental.

Em princípio é interessante registrar que a reunião formativa dos professores,

especificamente o PEA, tenha contemplado o uso de diferentes fontes, entretanto, constatou-

se, pelo conteúdo dos registros, que as discussões eram apartadas de posicionamento político

esclarecido e autônomo acerca das ações da escola.

Os registros referentes às diversas fontes apresentaram proporções inferiores às demais,

todavia, notou-se que as referidas fontes atendem ao mercado editorial capitalista, fomentando

o consumo e a mercantilização das discussões. Nesta medida, entende-se que a formação

pautada em fontes como revistas, vídeos e outros meios, destinados à divulgação

simplificadora e ao consumo barato, contribuem para impedir que os professores saiam do seu

próprio local de opressão e de subordinação à indústria cultural. Assim, permanecem imersos

na pseudoformação e heteronomia, com poucas chances de contraporem-se à barbárie e,

consequentemente, inviabilizando a formação autônoma das crianças.

A presente pesquisa pretendeu contribuir com as discussões sobre a formação continuada

de maneira que pudesse ser evidenciado se a formação ocorrida no interior da instituição

escolar baseia-se no princípio da autonomia dos professores para o exercício de sua função, de

maneira que tenham condições de discutir a autonomia das crianças, oferecendo a elas uma

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formação autônoma. Entende-se que os resultados apresentados incitam a discussão sobre a

importância dos espaços formativos constituírem-se, de fato, como meios para fomentar o

debate, a reflexão e a crítica acerca dos problemas existentes na sociedade administrada.

Considera-se que os elementos expressos neste estudo estão abertos a novas problematizações

e perspectivas sobre a importância da escola e dos professores almejarem uma educação para

a emancipação, visando uma formação autônoma para as crianças com possibilidades de

resistirem à barbárie.

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Page 153: Karin Patricia Oliveira

1

AN

EX

OS

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1

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ha

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ica

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um

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1

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1/20

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ção:

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(se

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), J

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cret

ária

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), A

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nica

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Pla

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Val

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e (d

iret

ora)

.

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ero

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as: 4

6

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o: E

duca

dore

s e

Edu

cado

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Con

side

ram

os q

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Nor

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iva

nº 0

1/20

13 –

Ava

liaçã

o na

Edu

caçã

o In

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il: A

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oran

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im

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eto

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o e

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Mun

icip

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ped

agóg

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anei

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peita

r e

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ralid

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das

com

unid

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s

sing

ular

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s qu

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os b

ebês

, as

cria

nças

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míli

as e

os

prof

issi

onai

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s un

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ão o

s au

tore

s da

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stru

ção

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e pr

ojet

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m m

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ento

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inte

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Doc

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2

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Ano

da

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licaç

ão: 2

015

Page 154: Karin Patricia Oliveira

2

Órg

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espo

nsáv

el p

ela

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refe

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da

Cid

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– P

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dad

Sec

reta

ria

Mun

icip

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ção:

Gab

riel

Cha

lita

(sec

retá

rio)

, Em

ília

Cip

rian

o S

anch

es (

secr

etár

ia a

djun

ta)

e M

arco

s R

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io d

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uza

(che

fe d

e ga

bine

te);

Dir

etor

ia d

e O

rien

taçã

o T

écni

ca-E

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ção

Infa

ntil:

Son

ia L

arru

bia

Val

verd

e (d

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ora)

;

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ipe

Téc

nica

: A

less

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oni,

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a, L

idia

Silv

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la G

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ivia

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ral;

Equ

ipe

Adm

inis

trat

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ibei

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r H

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ieri

;

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esso

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aral

Mel

lo;

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io (

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tora

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ão d

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taçã

o T

écni

ca –

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amen

tal e

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ipe

Téc

nica

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Lui

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, Lui

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Silv

eira

, Mar

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oron

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ilza

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c de

Mac

êdo

, Sim

one

Alv

es C

osta

;

Equ

ipe

Adm

inis

trat

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nand

o Jo

rge

Bar

rios

, San

dra

Reg

ina

Bap

tist

a L

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Núm

ero

de P

ágin

as: 7

1

Des

tina

tári

o: E

duca

dora

s e

Edu

cado

ras

Apr

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os o

doc

umen

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Cur

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nteg

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ânci

a P

aulis

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mo

subs

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s de

est

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cado

res

e ed

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de

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s as

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a, c

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uito

de

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ref

lexõ

es s

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as

prát

icas

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icas

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pro

cess

o de

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a E

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Infa

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para

o E

nsin

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Fund

amen

tal q

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ule

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abal

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nvol

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s na

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s.”

Doc

um

ento

3

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lo d

o do

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ento

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isita

r, R

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Ano

da

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licaç

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itura

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Cid

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ito: F

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ndo

Had

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3

Sec

reta

ria

Mun

icip

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ção:

Gab

riel

Cha

lita

(sec

retá

rio)

, Em

ília

Cip

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o S

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ia a

djun

ta)

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s R

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(che

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ria

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nica

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Pla

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Vile

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isão

de

Ori

enta

ção

Téc

nica

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l e M

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reci

da A

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Div

isão

de

Ori

enta

ção

Téc

nica

– E

duca

ção

Infa

ntil:

Son

ia L

arru

bia

Val

verd

e (d

iret

ora)

.

Núm

ero

de P

ágin

as: 0

8

Des

tina

tári

o: E

duca

dore

s e

Edu

cado

ras

“Est

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cum

ento

tem

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ropó

sito

de

cont

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no

mom

ento

em

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rev

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col

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amen

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Pro

jeto

Pol

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ógic

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alia

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fica

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as p

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ógic

as e

exp

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ncia

s, i

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ific

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ra a

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ção

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lica

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caci

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reta

ria

Mun

icip

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ção.

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cim

ento

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iva,

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es e

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s e

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ades

da

Edu

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da

Edu

caçã

o, a

par

tir d

o P

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ama

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s E

duca

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São

Pau

lo e

das

dec

orre

ntes

pub

licaç

ões.

” (p

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Doc

um

ento

4

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icad

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Qua

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e da

Edu

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o In

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il P

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Ano

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Pub

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016

Órg

ão r

espo

nsáv

el p

ela

elab

oraç

ão: P

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itura

da

Cid

ade

de S

ão P

aulo

– P

refe

ito: F

erna

ndo

Had

dad

Sec

reta

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Mun

icip

al d

e E

duca

ção:

Gab

riel

Cha

lita

(sec

retá

rio)

, Em

ília

Cip

rian

o S

anch

es (

secr

etár

ia a

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Pla

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ourd

es d

e Fa

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asch

oale

to P

ossa

ni (

chef

e);

Dir

etor

ia d

e O

rien

taçã

o T

écni

ca: F

atim

a A

pare

cida

Ant

onio

(di

reto

ra);

Page 156: Karin Patricia Oliveira

4

Div

isão

de

Ori

enta

ção

Téc

nica

– E

duca

ção

Infa

ntil:

Son

ia L

arru

bia

Val

verd

e (d

iret

ora)

;

Equ

ipe

Téc

nica

Edu

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o In

fant

il: A

less

andr

a A

rrig

oni,

Ivon

e M

osol

ino,

Pat

rici

a da

Silv

a, R

osan

gela

Gur

gel R

odri

gues

, Viv

iane

De

La

Nue

z C

abra

l, L

ídia

God

oi;

Equ

ipe

Adm

inis

trat

iva

Edu

caçã

o In

fant

il: L

issa

Mar

ches

ini d

os S

anto

s, V

itor

Hel

io B

revi

glie

ri;

Ass

esso

ria

Ped

agóg

ica:

Bru

na R

ibei

ro, M

aria

Mac

hado

Mal

ta C

ampo

s;

Con

sulto

ra M

EC

/SE

B/C

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DI:

Mar

ina

Cél

ia M

orae

s D

ias.

Núm

ero

de P

ágin

as: 7

1

Des

tina

tári

o: E

duca

dore

s e

Edu

cado

ras

“É c

om m

uita

ale

gria

que

apr

esen

tam

os o

doc

umen

to I

ndic

ador

es d

e Q

ualid

ade

da E

duca

ção

Infa

ntil

Pau

list

ana,

que

dia

loga

com

os

dem

ais

docu

men

tos

publ

icad

os p

ela

Sec

reta

ria

Mun

icip

al d

e E

duca

ção

- S

ME

, em

esp

ecia

l co

m a

Ori

enta

ção

Nor

mat

iva

nº 0

1/20

13 A

valia

ção

na E

duca

ção

Infa

ntil:

apr

imor

ando

os

olha

res

e a

Ori

enta

ção

Nor

mat

iva

nº 0

1/20

15 P

adrõ

es B

ásic

os d

e Q

ualid

ade

na E

duca

ção

Infa

ntil

Pau

lista

na,

todo

s na

per

spec

tiva

da

cons

truç

ão d

e um

a po

lític

a pú

blic

a de

Edu

caçã

o In

fant

il qu

e

busc

a a

gara

ntia

dos

dir

eito

s do

s be

bês

e cr

ianç

as.”

Ori

enta

ção

Nor

mat

iva

01/2

013

– A

valia

ção

na E

du

caçã

o In

fan

til:

ap

rim

oran

do

os o

lhar

es

O d

ocum

ento

Ori

enta

ção

Nor

mat

iva

nº 0

1/20

13 –

Ava

liaçã

o na

Edu

caçã

o In

fant

il: a

prim

oran

do o

s ol

hare

s, p

ublic

ado

no a

no d

e 20

14, t

em o

obj

etiv

o de

sub

sidi

ar a

s

Uni

dade

s de

Edu

caçã

o In

fant

il (C

EI/

EM

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, em

con

sonâ

ncia

com

os

prin

cípi

os l

egai

s, n

o ap

rim

oram

ento

das

con

cepç

ões

que

fund

amen

tam

as

prát

icas

ped

agóg

icas

dos

prof

esso

res

de m

anei

ra a

aux

iliá-

los

a hi

stor

iciz

ar o

per

curs

o da

s ap

rend

izag

ens

dos

bebê

s e

das

cria

nças

, po

r m

eio

de r

egis

tros

des

crit

ivos

e p

ortf

ólio

s in

divi

duai

s e/

ou

cole

tivo

s, q

ue te

m c

omo

obje

tivo

pre

cípu

o, r

egis

trar

os

avan

ços

e di

ficu

ldad

es a

pres

enta

dos.

C

om i

sso,

as

unid

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edu

caci

onai

s pr

ecis

am a

rtic

ular

pro

cess

os d

e av

alia

ção

que

seja

m r

ealm

ente

sig

nifi

cati

vos

com

vis

tas

ao a

prim

oram

ento

do

trab

alho

peda

gógi

co d

os p

rofe

ssor

es r

ealiz

ado

junt

o às

cri

ança

s. N

essa

med

ida,

o d

ocum

ento

pro

põe,

alé

m d

as o

rien

taçõ

es q

uant

o à

elab

oraç

ão d

a do

cum

enta

ção

peda

gógi

ca,

a

auto

aval

iaçã

o in

stitu

cion

al,

poss

ibili

dade

pa

ra

os

gest

ores

e

prof

esso

res

aval

iare

m

sobr

e as

pr

átic

as

peda

gógi

cas

da

Uni

dade

E

duca

cion

al

visa

ndo

o co

nseq

uent

e

redi

men

sion

amen

to d

e su

as a

ções

. Uti

lizou

-se

nest

a pe

squi

sa, a

sig

la “

O.N

” pa

ra r

efer

ir-s

e ao

doc

umen

to.

Page 157: Karin Patricia Oliveira

5

Cu

rríc

ulo

In

tegr

ador

da

Infâ

nci

a P

auli

stan

a

O C

urrí

culo

int

egra

dor

da i

nfân

cia

paul

ista

na,

docu

men

to p

ublic

ado

no a

no d

e 20

15,

foi

dist

ribu

ído

às e

scol

as d

e ed

ucaç

ão i

nfan

til

e en

sino

fun

dam

enta

l e

abor

da

conc

eito

s re

laci

onad

os à

tran

siçã

o da

s cr

ianç

as e

ntre

as

dife

rent

es e

tapa

s da

edu

caçã

o bá

sica

, CE

I/E

ME

I/E

ME

F.

Con

figu

ra-s

e co

mo

um d

ocum

ento

de

reor

ient

ação

cur

ricu

lar

que

cons

ider

a a

inte

gral

idad

e do

s su

jeito

s e

do p

roce

sso

educ

ativ

o. N

essa

per

spec

tiva

, es

pera

-se

que

ele

seja

uti

lizad

o, n

os m

omen

tos

cole

tivo

s de

for

maç

ão d

os p

rofe

ssor

es,

de m

anei

ra a

pro

pici

ar d

iscu

ssõe

s e

refl

exõe

s so

bre

as p

rátic

as p

edag

ógic

as,

com

vis

tas

a po

ssib

ilita

r a

tran

siçã

o da

s cr

ianç

as d

a ed

ucaç

ão i

nfan

til

para

o e

nsin

o fu

ndam

enta

l se

m r

uptu

ras.

Ado

tou-

se p

ara

anál

ise,

a s

igla

“C

.I.I

.P”

com

o o

bjet

ivo

de r

efer

enci

ar o

s ex

cert

os

extr

aído

s do

doc

umen

to.

Rev

isit

ar, r

essi

gnif

icar

, ava

liar,

rep

lan

ejar

com

a e

scol

a

O d

ocum

ento

Rev

isita

r, r

essi

gnif

icar

, ava

liar,

rep

lane

jar

com

a e

scol

a fo

i dis

trib

uído

em

jan

eiro

de

2016

par

a to

da a

red

e m

uni

cipa

l, in

clui

ndo

a ed

ucaç

ão i

nfan

til,

o

ensi

no f

unda

men

tal e

o e

nsin

o m

édio

, eta

pas

da e

duca

ção

bási

ca. C

ompr

eend

e-se

que

a i

mpo

rtân

cia

do d

ocum

ento

est

á ex

atam

ente

no

seu

cont

eúdo

ao

abor

dar

a re

tom

ada

do P

PP d

as u

nida

des

educ

acio

nais

. A

lém

dis

so,

o do

cum

ento

tra

ta s

obre

as

ques

tões

da

form

ação

dos

pro

fess

ores

e,

por

esse

mot

ivo,

con

trib

uiu

para

as

refl

exõe

s aq

ui

abor

dada

s.

Not

a-se

, qu

e o

docu

men

to t

rata

das

esp

ecif

icid

ades

de

cada

eta

pa d

a ed

ucaç

ão b

ásic

a, p

orém

, pa

ra e

feito

des

ta p

esqu

isa

foi

utili

zado

ape

nas

os c

onte

údos

rela

cion

ados

à e

duca

ção

infa

ntil

e à

form

ação

dos

pro

fess

ores

. O d

ocum

ento

é i

mpo

rtan

te, p

ois,

dir

ecio

na o

tra

balh

o da

s U

nida

des

Edu

caci

onai

s na

ret

omad

a da

s aç

ões

e

no r

edim

ensi

onam

ento

do

proj

eto

polít

ico

peda

gógi

co,

sobr

etud

o po

r ab

orda

r co

ncei

tos,

asp

ecto

s e

prob

lem

atiz

açõe

s re

leva

ntes

que

pos

sibi

litam

dis

cuss

ões

e re

flex

ões

entr

e to

dos

os m

embr

os d

a co

mun

idad

e ed

ucat

iva.

Ent

ende

-se

com

o co

mun

idad

e ed

ucat

iva,

os

dire

tore

s, a

ssis

tent

es d

e di

reçã

o, c

oord

enad

ores

ped

agóg

icos

, pr

ofes

sore

s,

estu

dant

es,

fam

ília

s, m

orad

ores

dos

bai

rros

e e

quip

e te

rcei

riza

da d

as e

scol

as.

A d

iscu

ssão

vis

a de

linea

r em

que

med

ida

o do

cum

ento

con

trib

uiu

para

as

refl

exõe

s e

elab

oraç

ão d

o P

PP,

da

EM

EI

pesq

uisa

da, d

uran

te o

s ho

rári

os d

e fo

rmaç

ão c

onti

nuad

a.

Ten

do e

m v

ista

a i

mpo

rtân

cia

que

o P

PP

ass

ume,

obs

erva

-se

que

a se

cret

aria

mun

icip

al d

e ed

ucaç

ão,

por

mei

o de

pol

ític

as e

duca

cion

ais,

vis

a co

ntri

buir

no

dire

cion

amen

to d

o tr

abal

ho d

as u

nida

des

esco

lare

s. R

essa

lta-s

e, e

ntão

, a i

mpo

rtân

cia

que

as e

scol

as a

ssum

em n

a co

nsti

tuiç

ão d

e um

a id

entid

ade

próp

ria

de t

al m

odo

que,

ao c

ontr

ário

da

prom

oção

de

prát

icas

hom

ogen

eiza

dora

s e

padr

oniz

adas

, es

tabe

leça

m,

por

mei

o do

PPP

, pr

átic

as c

onve

rgen

tes

a u

ma

educ

ação

que

ten

ha p

or b

ase

o

diál

ogo,

a e

scut

a, a

ref

lexã

o e

a au

tono

mia

dos

indi

vídu

os.

Page 158: Karin Patricia Oliveira

6

Par

a ef

eito

da

anál

ise

e co

m o

obj

etiv

o de

evi

denc

iar

o co

ntid

o no

s ex

cert

os d

o do

cum

ento

Rev

isita

r, r

essi

gnif

icar

, ava

liar,

rep

lane

jar

com

a e

scol

a ad

otou

-se,

ass

im,

a ab

revi

ação

“R

.R”

.

Ind

icad

ores

de

qu

alid

ade

da

edu

caçã

o in

fan

til p

aulis

tan

a

E

m 2

016,

a R

ME

pub

lica

a ve

rsão

fin

al d

os I

ndic

ador

es d

e qu

alid

ade

da e

duca

ção

infa

ntil

paul

ista

na,

docu

men

to d

e ca

ráte

r no

rmat

ivo,

que

tem

com

o ob

jeti

vo

subs

idia

r o

proc

esso

de

auto

aval

iaçã

o da

s es

cola

s de

edu

caçã

o in

fant

il do

mun

icíp

io d

e S

ão P

aulo

, es

peci

fica

men

te,

CE

I e

EM

EI,

em

doi

s m

omen

tos:

a)

auto

aval

iaçã

o e

b)

plan

o de

açã

o.

N

o pr

imei

ro m

omen

to,

a pr

opos

ta d

o do

cum

ento

vis

a di

scut

ir e

ava

liar,

com

a c

omun

idad

e ed

ucat

iva,

as

prát

icas

da

unid

ade

educ

acio

nal

com

vis

tas

a m

elho

ria

da

ofer

ta n

o at

endi

men

to.

O d

ocum

ento

foi

div

idid

o em

nov

e di

men

sões

int

erde

pend

ente

s, a

ssim

div

idid

as:

dim

ensã

o 1

– pl

anej

amen

to e

ges

tão

educ

acio

nal,

dim

ensã

o 2-

part

icip

ação

, es

cuta

e a

utor

ia d

e be

bês

e cr

ianç

as,

dim

ensã

o 3-

mul

tipl

icid

ade

de e

xper

iênc

ias

e lin

guag

ens

em c

onte

xtos

lúdi

cos

para

as

infâ

ncia

s, d

imen

são

4- i

nter

açõe

s,

dim

ensã

o 5-

rel

açõe

s ét

nico

-rac

iais

e d

e gê

nero

, di

men

são

6- a

mbi

ente

s ed

ucat

ivos

: te

mpo

s, e

spaç

os e

mat

eria

is,

dim

ensã

o 7-

pro

moç

ão d

a sa

úde

e be

m-e

star

: ex

peri

ênci

as

de s

er c

uida

do, c

uida

r de

si,

do o

utro

e d

o m

undo

, d

imen

são

8 –

form

ação

e c

ondi

ções

de

trab

alho

das

edu

cado

ras

e ed

ucad

ores

e d

imen

são

9- r

ede

de p

rote

ção

soci

ocul

tura

l:

unid

ade

educ

acio

nal,

fam

ília

, com

unid

ade

e ci

dade

.

C

ada

dim

ensã

o co

ntém

des

crito

res

que

são

aval

iado

s pe

los

part

icip

ante

s po

r m

eio

de c

artõ

es c

om a

s co

res

verd

e, a

mar

ela

e ve

rmel

ha.

Ao

fina

l, em

ple

nári

a, a

disc

ussã

o da

s di

men

sões

é s

ocia

lizad

a en

tre

todo

s co

m a

fin

alid

ade

da e

labo

raçã

o da

sín

tese

fin

al d

a au

toav

alia

ção.

N

o pl

ano

de a

ção,

seg

undo

mom

ento

da

auto

aval

iaçã

o, r

etom

a-se

jun

to à

com

unid

ade

educ

ativ

a a

disc

ussã

o an

teri

or e

rea

liza-

se u

m p

lano

de

ação

ref

eren

te à

s no

ve

dim

ensõ

es c

ujos

des

crito

res

apre

sent

aram

a c

or a

mar

ela

e ve

rmel

ha c

om o

obj

etiv

o da

uni

dade

esc

olar

red

imen

sion

ar a

s aç

ões

com

vis

tas

à m

elho

ria

da e

duca

ção

ofer

tada

.

D

esta

ca-s

e qu

e, p

ara

a pr

esen

te p

esqu

isa,

tom

ou-s

e co

mo

refe

rênc

ia a

int

rodu

ção

do d

ocum

ento

e o

s as

pect

os r

elac

iona

dos

à di

men

são

8 qu

e tr

ata,

esp

ecif

icam

ente

,

da f

orm

ação

dos

pro

fess

ores

e c

ondi

ções

de

trab

alho

. Na

anál

ise

dos

dado

s, c

onsi

dera

-se

a si

gla

“I.Q

” pa

ra r

efer

enci

ar o

s ex

cert

os d

o do

cum

ento

.

Page 159: Karin Patricia Oliveira

7

An

exo

2 – P

ub

licaç

ões

da

Red

e M

un

icip

al d

e E

du

caçã

o d

e S

ão P

aulo

Pu

blic

açõe

s n

o p

erío

do

com

pre

end

ido

entr

e 20

13 a

201

8:

2013

P

rogr

ama

Mai

s E

duca

ção

São

Pau

lo: P

rogr

ama

de r

eorg

aniz

ação

cur

ricu

lar

e ad

min

istr

ativ

a. A

mpl

iaçã

o e

fort

alec

imen

to d

a re

de m

unic

ipal

de

ensi

no d

e S

ão P

aulo

;

Des

envo

lvim

ento

do

prog

ram

a S

ão P

aulo

Car

inho

sa p

ara

a pr

omoç

ão d

o de

senv

olvi

men

to i

nteg

ral

para

a p

rim

eira

inf

ânci

a.P

orta

ria

nº 5

.930

de

15/1

0/20

13

regu

lam

enta

o D

ecre

to n

º 54

.452

de

10/1

0/20

13.

2014

P

ublic

ação

do

docu

men

to O

rien

taçã

o N

orm

ativ

a nº

01/

13 –

Ava

liaçã

o na

edu

caçã

o in

fant

il: a

prim

oran

do o

s ol

hare

s; A

plic

ação

dos

Ind

icad

ores

de

Qua

lidad

e da

Edu

caçã

o In

fant

il (4

41 u

nida

des)

; Dev

olut

iva

das

unid

ades

que

apl

icar

am o

s in

dica

dore

s de

qua

lidad

e da

edu

caçã

o in

fant

il co

m o

obj

etiv

o d

e fo

rtal

ecer

o d

ebat

e na

elab

oraç

ão d

os I

ndic

ador

es d

e qu

alid

ade

da e

duca

ção

infa

ntil

paul

ista

na;

Pub

licaç

ão d

a R

evis

ta M

agis

téri

o nº

1: O

nde

anda

a a

ula?

; P

ublic

ação

da

Rev

ista

Mag

isté

rio

nº 2

: Aul

a ex

pand

ida;

Pub

licaç

ão d

a R

evis

ta M

agis

téri

o nº

3: O

alu

no.

2015

V

ersã

o P

relim

inar

do

docu

men

to I

ndic

ador

es d

e qu

alid

ade

da e

duca

ção

infa

ntil

paul

ista

na;

Com

emor

ação

dos

80

anos

da

educ

ação

infa

ntil

paul

ista

na –

Edi

ção

espe

cial

Rev

ista

Mag

isté

rio;

Pub

licaç

ão d

os d

ocum

ento

s: C

urrí

culo

Int

egra

dor

da I

nfân

cia

Pau

lista

na;

O u

so d

a te

cnol

ogia

e d

a lin

guag

em m

idiá

tica

na

educ

ação

inf

anti

l; P

adrõ

es b

ásic

os d

e

qual

idad

e na

edu

caçã

o in

fant

il pa

ulis

tana

; Rev

ista

Mag

isté

rio

nº 4

: Ava

liaçã

o- u

m d

irei

to d

o al

uno.

2016

P

ublic

ação

dos

doc

umen

tos:

Rev

isita

r, r

essi

gnif

icar

, ava

liar

e re

plan

ejar

com

a e

scol

a; V

ersã

o fi

nal:

Indi

cado

res

de q

ualid

ade

da e

duca

ção

infa

ntil

paul

ista

na;

Par

ques

Son

oros

da

Edu

caçã

o In

fant

il P

aulis

tana

.

2017

P

ublic

ação

Rev

ista

Mag

isté

rio

– E

diçã

o E

spec

ial:

Das

cre

ches

aos

CE

Is –

com

emor

ação

da

tran

siçã

o do

s ce

ntro

s de

edu

caçã

o in

fant

il –

CE

Is p

ara

o si

stem

a

mun

icip

al d

e en

sino

; Pub

licaç

ão d

o do

cum

ento

: Ava

liaçã

o di

agnó

stic

a do

s im

pact

os d

as a

ções

edu

cati

vas

dos

CE

II/C

EC

Is.

Pu

blic

açõe

s em

par

ceri

a co

m o

utr

as in

stit

uiç

ões

(201

7-20

18)

:

2017

P

ublic

ação

Cad

erno

Bri

ncar

Vol

ume

1: P

ropo

sta

de r

efle

xão

sobr

e br

inca

deir

as e

prá

ticas

incl

usiv

as p

ara

prof

esso

res

de e

duca

ção

infa

ntil

– A

ssoc

iaçã

o N

ova

Esc

ola

2018

P

ublic

ação

Cad

erno

Bri

ncar

Vol

ume

2: P

ropo

stas

prá

ticas

par

a br

inca

deir

as in

clus

ivas

na

educ

ação

infa

ntil

– A

ssoc

iaçã

o N

ova

Esc

ola

Fon

te:

Ela

bora

da c

om b

ase

no P

orta

l Pre

feit

ura

de S

ão P

aulo

. Dis

poní

vel e

m. h

ttp:

//po

rtal

.sm

e.pr

efei

tura

.sp.

gov.

br/M

ain/

Pag

e/P

orta

lSM

ES

P/P

ubli

caco

esIn

stit

ucio

nais

DIE

I A

cess

o: 1

6 de

nov

. 201

9.

Page 160: Karin Patricia Oliveira

8

An

exo

3 – P

roto

colo

s d

e le

itu

ra

Doc

um

ento

s O

fici

ais:

a)

Fic

ha

1:

Títu

lo d

o do

cum

ento

O

rien

taçã

o N

orm

ativ

a nº

01/

13

Cur

rícu

lo I

nteg

rado

r da

Inf

ânci

a P

aulis

tana

R

evis

itar,

res

sign

ific

ar, a

valia

r,

repl

anej

ar c

om a

esc

ola

In

dica

dore

s de

Qua

lidad

e da

E

duca

ção

Infa

ntil

Pau

lista

na

Ano

de

Pub

licaç

ão

2014

20

15

2016

20

16

Fo

rmaç

ão D

ocen

te-

rela

ção

prof

esso

r/cr

ianç

a

Con

side

rar

a cr

ianç

a co

mo

prin

cipa

l pr

otag

onis

ta

da

ação

ed

ucat

iva;

Pos

sibi

litar

à c

rian

ça

o ac

esso

ao

s be

ns

cultu

rais

, co

nstr

uído

s pe

la

hum

anid

ade,

co

nsid

eran

do-a

s su

jeito

de

di

reito

s, p

orta

dora

de

hist

ória

e

cons

trut

ora

das

cultu

ras

infa

ntis

; R

econ

hece

r e

valo

riza

r a

dive

rsid

ade

cultu

ral d

as c

rian

ças

e su

as f

amíl

ias;

Dar

des

taqu

e ao

br

inca

r,

a lu

dici

dade

e

às

expr

essõ

es

das

cria

nças

na

pr

átic

a pe

dagó

gica

de

co

nstr

ução

de

to

das

as

dim

ensõ

es

hum

anas

; ef

etiv

ar

prop

osta

s qu

e pr

omov

am

a au

tono

mia

e m

ulti

pilic

idad

e de

ex

peri

ênci

as. P

. 16

Con

stitu

em-s

e co

mo

fund

amen

tos

para

um

a pr

átic

a do

cent

e qu

e co

nsid

ere

a cr

ianç

a co

mo

suje

ito

ativ

o,

pote

nte

e si

ngul

ar

na

perc

epçã

o do

m

undo

, es

tabe

lece

ndo

rela

ções

...ne

cess

idad

e pr

emen

te

de

subv

erte

r a

lógi

ca a

dulto

cênt

rica

pr

esen

tes

nas

ciên

cias

co

nstr

uída

s a

part

ir d

o po

nto

de

vist

a do

adu

lto.

Sub

vert

er e

ssa

lógi

ca

poss

ibil

ita

desc

onst

ruir

co

ncep

ções

de

in

fânc

ias

cris

taliz

adas

em

im

agen

s qu

e re

trat

am

as

cria

nças

co

mo

se

elas

fos

sem

tod

as i

guai

s, c

omo

se

toda

s ti

vess

em

a m

esm

a hi

stór

ia,

o qu

e ju

stif

ica

trat

á-la

s de

for

ma

mas

sifi

cada

uni

form

e e

anôn

ima.

E

stas

co

ncep

ções

co

ntri

buem

par

a a

invi

sibi

lidad

e da

s cr

ianç

as

e da

s in

fânc

ias

reai

s,

pois

, nã

o re

vela

m

suas

id

enti

dade

s,

sing

ular

idad

es,

hist

ória

s,

cultu

ras,

pe

rten

cim

ento

s,

dive

rsid

ades

e

cont

exto

s de

vi

da.

Ass

im,

a id

eia

pres

ente

no

im

agin

ário

so

cial

de

que

“cri

ança

é c

rian

ça

mud

a de

en

dere

ço”´

é eq

uivo

cada

e

prec

isa

ser

ques

tiona

da,

pois

, o

ende

reço

e

A v

alor

izaç

ão d

os p

rofi

ssio

nais

im

plic

a em

rec

onhe

cê-l

os c

omo

suje

itos

em

perm

anen

te

proc

esso

de

fo

rmaç

ão

e su

as

prát

icas

fu

ndam

enta

is

para

a

cons

olid

ação

da

qu

alid

ade

soci

al d

a ed

ucaç

ão. P

. 05;

U

ma

educ

ação

qu

e bu

sca

gara

ntir

os

di

reito

s de

ap

rend

izag

em a

o de

cidi

rmos

: a

orga

niza

ção

do

espa

ço

físi

co

que

se t

rans

form

a em

am

bien

te

educ

ativ

o,

a ge

stão

da

pr

átic

a pe

dagó

gica

, os

pr

ojet

os,

a pa

rtic

ipaç

ão

cole

tiva

em

es

paço

s de

de

cisã

o,

a el

abor

ação

e

as a

ções

do

PP

P

da

esco

la

e as

es

colh

as

das

form

as

de

aval

iaçõ

es

que

perm

eiam

to

do

o pr

oces

so

educ

ativ

o e,

ain

da,

a fo

rmaç

ão

cont

inua

da

e as

co

ndiç

ões

de

trab

alho

do

s pr

ofis

sion

ais

da

UE

. P. 5

As

form

açõe

s in

icia

l e

cont

inua

da

das

educ

ador

as

e ed

ucad

ores

o fa

tore

s de

term

inan

tes

na

qual

idad

e da

ed

ucaç

ão. P

. 31;

A

int

eraç

ão e

ntre

as

equi

pes

da

Uni

dade

Edu

caci

onal

e e

ntre

os

mem

bros

de

cada

um

a de

las

é im

pres

cind

ível

pa

ra

a co

nstr

ução

de

um

tr

abal

ho

verd

adei

ram

ente

co

leti

vo

e co

eren

te,

valo

riza

ndo -

se

cada

um

a em

sua

s es

peci

fici

dade

s e

prop

orci

onan

do-l

hes

as

cond

içõe

s ne

cess

ária

s ao

de

senv

olvi

men

to

de

seu

trab

alho

com

dis

poni

bilid

ade

de

estr

utur

a,

recu

rsos

ne

cess

ário

s,

apoi

o de

se

us

pare

s e

das

dem

ais

equi

pes,

com

a g

aran

tia

de d

irei

tos

e de

tod

os o

s at

ores

en

volv

idos

na

ão

educ

ativ

a.

Isto

por

que,

alé

m d

a fo

rmaç

ão,

as

cond

içõe

s de

tr

abal

ho

são

dete

rmin

ante

s no

de

sem

penh

o

Page 161: Karin Patricia Oliveira

9

não

adul

tocê

ntri

cas

com

as

cr

ianç

as

onde

as

pe

rspe

ctiv

as

dos

pequ

enos

e p

eque

nas

seja

m

cons

ider

ados

ta

nto

no

que

se

refe

re

na

cons

truç

ão

do

curr

ícul

o, q

uant

o à

orga

niza

ção

do

plan

ejam

ento

pe

dagó

gico

, re

conh

ecen

do

e se

ef

etiv

ando

as

sim

, o

prot

agon

ism

o in

fant

il e

o “l

ugar

” da

cri

ança

no

cent

ro

do p

roje

to p

edag

ógic

o. P

. 16

O

ed

ucad

or

(a)

ao

colo

car

a cr

ianç

a no

ce

ntro

do

pr

ojet

o ed

ucat

ivo,

as

sum

e um

pa

pel

rele

vant

e,

mas

qu

e nã

o é

o ce

ntro

da

s re

laçõ

es,

send

o aq

uele

que

cri

a co

ndiç

ões

para

qu

e os

pe

quen

os

e pe

quen

as

poss

am

rela

cion

ar-s

e co

m

a “v

ida”

, co

m

o co

nhec

imen

to

soci

alm

ente

co

nstr

uído

e

que

favo

reça

a

expr

essã

o cr

iati

va

por

mei

o da

s di

fere

ntes

lin

guag

ens.

P. 1

7

o ce

nári

o só

cio-

hist

óric

o-cu

ltura

l da

s cr

ianç

as

infl

uenc

iam

de

fo

rma

dire

ta

e pe

rman

ente

as

form

as d

e vi

ver

as

infâ

ncia

s e

prod

uzir

su

a id

enti

dade

. P. 9

/10.

U

ma

rela

ção

de

com

unic

ação

en

tre

adul

tos

e cr

ianç

as,

em q

ue

inte

ress

es

e m

odos

de

se

r e

com

pree

nder

o

mun

do

por

bebê

s e

cria

nças

se

jam

co

mpr

eend

idos

e

resp

eita

dos

pelo

s ad

ulto

s,

as

rela

ções

o cu

idad

osam

ente

pe

nsad

as

para

su

pera

r a

dom

inaç

ão

etár

ia,

relig

iosa

, ét

nica

, de

nero

, so

cioe

conô

mic

a,

ideo

lógi

ca

e cu

ltura

l. P

. 21

Um

cur

rícu

lo i

nteg

rado

r su

pera

a

cisã

o en

tre

a ra

zão

e fa

ntas

ia,

ao e

nten

der

que

a im

agin

ação

es

na

base

do

pe

nsam

ento

ab

stra

to.

Est

e é

esse

ncia

l à

prod

ução

e à

fru

ição

da

ciên

cia

e da

ar

te.

Sep

arar

ra

zão

e fa

ntas

ia f

az p

arte

de

um p

roje

to

dom

inad

or

e al

iena

nte

de

soci

edad

e on

de a

lgun

s (m

uito

s)

não

tem

di

reito

a

pens

ar

e a

usuf

ruir

do

m

áxim

o de

senv

olvi

men

to

hum

ano.

A

ssim

, be

bês

e cr

ianç

as d

evem

se

r in

cent

ivad

os

na

educ

ação

in

fant

il e

no e

nsin

o fu

ndam

enta

l a

conh

ecer

, a

pens

ar,

a im

agin

ar,

a so

nhar

, a

inve

ntar

e

Os

horá

rios

col

etiv

os d

e es

tudo

e

(re)

pla

neja

men

to,

os h

orár

ios

do P

EA

– P

roje

to E

spec

ial

de

Açã

o,

as

hora

s-at

ivid

ades

, as

re

uniõ

es

peda

gógi

cas

e ou

tras

ões

form

ativ

as

prom

ovem

m

omen

tos

de

refl

exão

e

desa

fios

pa

ra

a tr

ansf

orm

ação

de

pr

átic

as

e o

fort

alec

imen

to

do e

xerc

ício

col

etiv

o de

tod

a a

U.E

e d

a D

RE

. P. 0

6;

Um

a ed

ucaç

ão

volta

da

para

a

hum

aniz

ação

dev

e se

r pe

nsad

a na

per

spec

tiva

de

co

nstr

uir

uma

soci

edad

e ca

paz

de

asse

gura

r di

reito

s so

ciai

s, p

olít

icos

, ec

onôm

icos

, cul

tura

is, v

isan

do a

su

pera

ção

das

desi

gual

dade

s so

ciai

s, o

exe

rcíc

io

da

just

iça

e da

lib

erda

de,

a pr

eser

vaçã

o am

bien

tal,

a co

nstit

uiçã

o de

ref

eren

ciai

s ét

icos

com

o a

coop

eraç

ão e

a

solid

arie

dade

.P.7

A

s U

nida

des

Edu

caci

onai

s,

com

o el

emen

to

dest

e ce

nári

o so

cial

, pr

ecis

am r

ompe

r co

m a

s am

arra

s do

mod

elo

educ

acio

nal

que

não

poss

ibili

ta

o pl

eno

dese

nvol

vim

ento

hu

man

o.

Por

tant

o,

ente

ndem

os

e ac

redi

tam

os

que

os

proc

esso

s pe

dagó

gico

s qu

e de

senv

olve

mos

nas

UE

s de

vem

co

ntri

buir

pa

ra

que

o su

jeito

de c

ada

educ

ador

a e

educ

ador

. P

. 31;

Page 162: Karin Patricia Oliveira

10

fala

r so

bre

suas

ide

ias

e so

bre

suas

pro

duçõ

es. P

. 22/

23.

O

exer

cíci

o co

nsta

nte

de

se

colo

car

no

luga

r da

cr

ianç

a,

com

pree

nden

do

seu

pont

o de

vi

sta

de f

orm

a ét

ica,

res

peito

sa,

acol

hedo

ra e

sem

jul

gam

ento

é

cuid

ado.

Edu

ca-s

e pe

la f

orça

do

exem

plo

das

atitu

des

resp

eito

sas,

étic

as,

dem

ocrá

tica

s ex

erci

das

pelo

s ad

ulto

s na

re

laçã

o co

m b

ebês

e c

rian

ças,

e

isso

é

cuid

ado.

C

uida

-se

acol

hend

o,

ouvi

ndo,

en

cora

jand

o,

apoi

ando

no

se

ntid

o de

de

senv

olve

r o

apre

ndiz

ado

de p

ensa

r e

agir

, de

cuid

ar d

e si

, do

outr

o, d

a es

cola

, da

nat

urez

a, d

a ág

ua, d

o pl

anet

a.

P. 2

5 A

qua

lidad

e so

cial

da

educ

ação

é,

ne

sse

sent

ido,

pr

incí

pio

e co

nseq

uênc

ia

da

cons

olid

ação

do

cu

rríc

ulo

inte

grad

or

que

defe

nde

e co

nsid

era

a in

tegr

alid

ade

dos

bebê

s e

cria

nças

, sua

s re

alid

ades

de

vida

e

o co

mpr

omis

so

polít

ico-

peda

gógi

co d

a ed

ucaç

ão c

om a

su

pera

ção

das

desi

gual

dade

s e

com

a

cons

truç

ão

de

rela

ções

hu

man

izad

oras

. P. 2

7 O

pro

tago

nism

o do

pro

fess

or

e da

pr

ofes

sora

o de

ve

invi

abil

izar

o p

rota

goni

smo

das

poss

a ex

erce

r o

pape

l de

ato

r so

cial

re

flex

ivo

e cr

ític

o,

faze

ndo

part

e da

s re

laçõ

es

soci

ais

por

ele

teci

das,

co

mpr

eend

endo

-se

com

o se

r ún

ico

e m

últi

plo.

P. 7

. C

ompr

eend

emos

a

form

ação

co

mo

proc

esso

ind

isso

ciáv

el d

a id

enti

dade

hu

man

a,

reve

lado

ra

da

sua

inco

mpl

etud

e qu

e de

man

da

sem

pre

busc

as

e su

pera

ção

num

a ló

gica

pe

rman

ente

, ho

men

s e

mul

here

s em

con

tínu

a tr

ansf

orm

ação

. O

s pr

oces

sos

form

ativ

os

se

cons

titue

m

em u

m

mov

imen

to

dial

étic

o de

açã

o -re

flex

ão-a

ção,

de

te

oria

e

prát

ica,

qu

e co

nsid

era

os

conh

ecim

ento

s,

expe

riên

cias

e

faze

res

dos

prof

issi

onai

s,

que

busc

a a

part

icip

ação

at

iva

dos

suje

itos

ness

e pr

oces

so e

a c

onst

ruçã

o de

sua

pró

pria

aut

oria

. P

. 16;

O

s ho

rári

os

cole

tivo

s de

fo

rmaç

ão,

os P

roje

tos

Esp

ecia

is

de

Açã

o (P

EA

s),

as

reun

iões

pe

dagó

gica

s e

os

enco

ntro

s se

tori

ais

são

mom

ento

s ri

cos

de

estu

do,

plan

ejam

ento

, re

flex

ão,

anál

ise

das

prát

icas

e c

onst

ruçã

o co

leti

va

de

prop

osiç

ões.

O

s re

gist

ros

são

inst

rum

ento

s im

port

ante

s ne

sse

proc

esso

, pe

rmite

m

docu

men

tar

e

Page 163: Karin Patricia Oliveira

11

cria

nças

; ao

co

ntrá

rio,

o

prot

agon

ism

o do

s ad

ulto

s de

ve

prom

over

o

prot

agon

ism

o da

s cr

ianç

as. P

. 30

P

rofe

ssor

a e

prof

esso

r au

tore

s pe

rceb

em-s

e in

vest

igad

ores

e

inte

lect

uais

im

plic

ados

no

pr

oces

so

educ

ativ

o co

m

o co

mpr

omis

so

de

apre

sent

ar,

deba

ter

e ac

olhe

r pr

opos

tas

no

cole

tivo

da

s un

idad

es

de

educ

ação

in

fant

il e

ensi

no

fund

amen

tal

para

co

nhec

er

o co

ntex

to d

as c

rian

ças

com

que

m

trab

alha

m,

para

pro

mov

er s

eus

dire

itos

fund

amen

tais

e

favo

rece

r a

auto

ria

dos

bebê

s e

cria

nças

em

seu

enc

ontr

o co

m a

cu

ltura

. P. 3

1 P

orta

nto,

é

fund

amen

tal

asse

gura

r qu

e os

m

ater

iais

(o

bjet

os,

inst

rum

ento

s,

brin

qued

os,

revi

stas

, fi

lmes

, liv

ros,

et

c),

as

prát

icas

pe

dagó

gica

s (h

istó

rias

, br

inca

deir

as

popu

lare

s,

brin

cade

iras

de

fa

z de

co

nta

com

pap

eis

soci

ais,

pro

jeto

s de

in

vest

igaç

ão

sobr

e te

mas

de

in

tere

sse

das

cria

nças

, ex

peri

ênci

as q

ue p

ossi

bilit

em a

co

nstr

ução

po

siti

va

da

iden

tida

de,

(as

rela

ções

es

tabe

leci

das,

os

ambi

ente

s e

a fo

rmaç

ão

das

educ

ador

as

e ed

ucad

ores

sej

am o

rgan

izad

os e

com

part

ilhar

ex

peri

ênci

as,

hist

oric

izar

, m

ater

ializ

ar

e re

ssig

nifi

car

as

prát

icas

pe

dagó

gica

s,

tom

ar

deci

sões

e

elab

orar

in

terv

ençõ

es,

enfi

m,

cont

ribu

em

para

o

proc

esso

fo

rmat

ivo

indi

vidu

al e

col

etiv

o,

de f

orm

a in

tegr

ada

e co

ntín

ua.

P. 1

8;

...é

nece

ssár

io q

ue o

s ho

rári

os

de

trab

alho

co

leti

vo

seja

m

orga

niza

dos

e di

nam

izad

os c

om

o ob

jeti

vo d

e pe

rmit

ir a

ref

lexã

o so

bre

as p

ráti

cas

e ex

peri

ênci

as

ocor

rida

s em

sa

la

de

aula

e

dem

ais

espa

ços

educ

ativ

os

de

man

eira

org

aniz

ada.

Iss

o re

quer

qu

e as

re

uniõ

es

seja

m

bem

pr

epar

adas

, te

nham

um

a pa

uta

defi

nida

, qu

e ha

ja c

onti

nuid

ade

entr

e as

reu

niõe

s e

disc

ussõ

es a

pa

rtir

de

regi

stro

s qu

e pe

rmita

m

a co

nstr

ução

de

m

emór

ia

e co

mpr

eens

ão d

a ex

peri

ênci

a da

ed

ucad

ora,

do

ed

ucad

or

e da

U

.E e

m s

eu c

onju

nto.

P. 2

1.

Page 164: Karin Patricia Oliveira

12

plan

ejad

os d

e fo

rma

a co

mba

ter

toda

s as

fo

rmas

de

di

scri

min

ação

, pr

econ

ceito

, ra

cism

o e

sexi

smo,

con

stru

indo

e

esta

bele

cend

o um

am

bien

te

prom

otor

de

ig

uald

ade

onde

to

das

as

pess

oas

seja

m

, ef

etiv

amen

te,

resp

eita

das

e va

lori

zada

s. P

. 34

O f

azer

doc

ente

se

cons

titu

i nã

o ap

enas

pe

la

form

ação

ac

adêm

ica

inic

ial,

nem

ap

enas

na

fo

rmaç

ão

cont

inua

da,

nos

tem

pos

de e

stud

o co

leti

vo n

as

Uni

dade

s E

duca

cion

ais

em q

ue

atua

m.

A

form

ação

da

pr

ofes

sora

e

do

prof

esso

r de

cr

ianç

as n

a E

duca

ção

Infa

ntil

e no

E

nsin

o Fu

ndam

enta

l se

ta

mbé

m

na

rela

ção

com

a

prát

ica

peda

gógi

ca,

no

conh

ecim

ento

e e

stab

elec

imen

to

de

vínc

ulos

co

m

as

cria

nças

. D

á -se

no

di

álog

o,

obse

rvaç

ão,

refl

exão

, pl

anej

amen

to

indi

vidu

al e

col

etiv

o do

s te

mpo

s e

espa

ços

por

mei

o da

s re

laçõ

es

que

se

esta

bele

cem

na

s U

nida

des

Edu

caci

onai

s (i

nclu

sive

en

tre

a es

cola

e

as

fam

ílias

/res

pons

ávei

s) e

, ai

nda,

pe

las

vivê

ncia

s or

gani

zada

s pa

ra e

com

as

cria

nças

(p.

40).

A

cu

ltura

co

mo

cam

po

com

plex

o e

plur

al é

per

mea

da

tam

bém

pel

as r

elaç

ões

de p

oder

;

Page 165: Karin Patricia Oliveira

13

o qu

e to

rna

esse

ncia

l qu

e a

visã

o ad

ulto

cênt

rica

de

ed

ucad

oras

e

educ

ador

es

seja

su

pera

da p

ara

que

não

cale

as

cultu

ras

infa

ntis

, as

exp

ress

ões

de b

ebês

e c

rian

ças.

As

cultu

ras

apre

sent

adas

ao

s be

bês

e as

cr

ianç

as

não

pode

m

perp

etua

r di

scur

sos

ou

prát

icas

qu

e le

giti

mem

re

laçõ

es

desi

guai

s en

tre

as

pess

oas.

, fu

ndam

enta

das

em

dife

renç

as

de

faix

a et

ária

, gê

nero

, et

nia,

cr

edo,

cl

asse

so

cial

qu

e re

forç

am r

elaç

ões

opre

ssor

as.

P.

43.

Ao

ser

trat

ada

com

o ob

jeto

no

proc

esso

de

en

sino

, a

cria

nça

alie

na-s

e da

es

cola

e,

po

r co

nseq

uênc

ia,

da s

ocie

dade

. A

o se

r tr

atad

a co

mo

suje

ito,

send

o so

licita

da a

ser

par

te a

tuan

te n

as

expe

riên

cias

vi

vida

s fo

rma-

se

nela

um

se

ntim

ento

de

re

spon

sabi

lidad

e so

cial

. P. 4

5.

Page 166: Karin Patricia Oliveira

14

b)

Fic

ha

2

Títu

lo d

o do

cum

ento

O

rien

taçã

o N

orm

ativ

a 01

/201

3 C

urrí

culo

Int

egra

dor

da I

nfân

cia

Pau

lista

na

Rev

isita

r, r

essi

gnif

icar

, ava

liar,

re

plan

ejar

com

a e

scol

a

Indi

cado

res

de Q

ualid

ade

da

Edu

caçã

o In

fant

il P

aulis

tana

D

imen

são

8 –

Form

ação

e

cond

içõe

s de

tra

balh

o da

s ed

ucad

oras

e d

os e

duca

dore

s A

no d

e P

ublic

ação

20

14

2015

20

16

2016

Obj

etiv

os/ O

rgan

izaç

ão d

o tr

abal

ho p

edag

ógic

o

(...)

um

tra

balh

o pe

dagó

gico

que

co

nsid

ere

a cr

ianç

a em

su

a in

tegr

alid

ade,

ou

se

ja,

que

cons

ider

a a

cria

nça

com

o pe

ssoa

ca

paz,

qu

e te

m

dire

ito

de

ser

ouvi

da e

de

ser

leva

da a

sér

io

em

suas

es

peci

fici

dade

s en

quan

to

“suj

eito

po

tent

e”,

soci

alm

ente

co

mpe

tent

e,

com

di

reito

à

voz

e à

part

icip

ação

na

s es

colh

as;

com

o pe

ssoa

s qu

e co

nseg

ue c

riar

e r

ecri

ar,

“ver

ter

e su

bver

ter

a or

dem

das

coi

sas”

, re

fund

ar

e re

ssig

nifi

car

a hi

stór

ia

indi

vidu

al

e so

cial

; co

mo

pess

oa q

ue v

ê o

mun

do

com

se

us

próp

rios

ol

hos,

le

vant

ando

hi

póte

ses,

co

nstr

uind

o re

laçõ

es,

teor

ias

e cu

ltura

s in

fant

is

por

mei

o da

ex

pres

são

e m

anif

esta

ção

nas

dife

rent

es

lingu

agen

s e

nos

dife

rent

es

mod

os

de

agir

, co

nstr

uind

o se

us s

aber

es e

(re

) en

sina

ndo

aos

adul

tos

a ol

har

o m

undo

com

“ol

hos

de c

rian

ça”.

P

. 13

O c

urrí

culo

na

educ

ação

inf

anti

l

A c

onst

ituiç

ão d

e um

cur

rícu

lo

que

trat

e de

m

odo

inte

grad

o be

bês

e cr

ianç

as q

ue i

ngre

ssam

na

E

duca

ção

Infa

ntil

e pr

osse

guem

se

us

estu

dos

no

ensi

no f

unda

men

tal

requ

er q

ue

educ

ador

as

e ed

ucad

ores

co

mpa

rtilh

em

conc

epçõ

es

e pr

incí

pios

so

bre

as

dive

rsas

in

fânc

ias

e se

us d

irei

tos.

P. 8

D

eve-

se

busc

ar

o co

nsta

nte

apro

fund

amen

to e

a r

einv

ençã

o da

s aç

ões

e pr

átic

as p

edag

ógic

as

por

mei

o de

re

flex

ões

perm

anen

tes

sobr

e ta

is q

uest

ões,

en

volv

endo

o ap

enas

pr

ofes

sore

s e

prof

esso

ras,

m

as

todo

o c

olet

ivo

de e

duca

dore

s e

educ

ador

as

das

unid

ades

ed

ucac

iona

is. P

. 13

Com

ed

ucad

oras

e

educ

ador

es

inte

ncio

nalm

ente

or

gani

zand

o ex

peri

ênci

as e

nvol

vent

es c

om e

pa

ra b

ebês

e c

rian

ças,

cri

am-s

e pe

rcur

sos

de

apre

ndiz

agen

s si

gnif

icat

ivos

e

soci

alm

ente

re

leva

ntes

que

se

som

am d

esde

O r

econ

heci

men

to d

a re

alid

ade

com

o fr

uto

da a

ção

hum

ana,

de

rela

ções

es

tabe

leci

das

em

cont

exto

s hi

stór

ico-

cultu

rais

de

term

inad

os

quan

do

tom

ado

com

o ob

jeto

de

re

flex

ão

cole

tiva

, to

rna

poss

ível

a

iden

tifi

caçã

o de

po

tenc

ialid

ades

, de

fra

gilid

ades

, de

des

afio

s e

conq

uist

as e

, com

o co

nseq

uênc

ia,

a pr

opos

ição

de

ões

para

con

stru

ir a

nec

essá

ria

tran

sfor

maç

ão

nas

prát

icas

hu

man

as.

É e

ste

o pr

oces

so d

e pl

anej

amen

to q

ue c

onsi

dera

mos

fu

ndam

enta

l às

pr

átic

as

educ

acio

nais

. P. 3

. V

olta

r o

olha

r pa

ra

o P

.P.P

, pr

iori

zand

o o

acom

panh

amen

to

do

proc

esso

de

fo

rmaç

ão

das

apre

ndiz

agen

s do

s ed

ucan

dos

e da

s ed

ucan

das,

o

dese

nvol

vim

ento

e

o ac

ompa

nham

ento

do

pr

oces

so

de

form

ação

co

ntin

uada

da

s ed

ucad

oras

e d

os e

duca

dore

s no

fo

rtal

ecim

ento

do

tr

abal

ho

cole

tivo

na

pe

rspe

ctiv

a da

Os

indi

cado

res

de q

ualid

ade

da

educ

ação

inf

anti

l pa

ulis

tana

tem

co

mo

obje

tivo

au

xilia

r as

eq

uipe

s de

pr

ofis

sion

ais

das

unid

ades

ed

ucac

iona

is,

junt

amen

te

com

as

fa

míli

as

e pe

ssoa

s da

co

mun

idad

e,

a de

senv

olve

r um

pr

oces

so

de

auto

aval

iaçã

o in

stitu

cion

al

part

icip

ativ

a qu

e le

ve

a um

di

agnó

stic

o co

leti

vo

sobr

e a

qual

idad

e da

ed

ucaç

ão

prom

ovid

a em

cad

a un

idad

e, d

e fo

rma

a ob

ter

mel

hori

as

no

trab

alho

edu

cati

vo d

esen

volv

ido

com

as

cria

nças

. P. 0

6;

Page 167: Karin Patricia Oliveira

15

deve

co

ntem

plar

um

ca

ráte

r in

tegr

ador

e

cons

trui

r-se

en

volv

endo

tod

os o

s at

ores

do

proc

esso

ed

ucat

ivo,

fa

míl

ias,

be

bês,

cri

ança

s, e

duca

dore

s (a

s)

e co

mun

idad

e te

ndo

com

o ei

xo

o lú

dico

, o

brin

car

e a

arte

, ro

mpe

ndo

com

o

cará

ter

pres

crit

ivo

e ho

mog

enei

zado

r,

bem

com

o, c

om a

cis

ão e

ntre

C

EI

e E

ME

I e

dest

a co

m

o en

sino

fun

dam

enta

l. P

. 15

a ed

ucaç

ão i

nfan

til

até

o en

sino

fu

ndam

enta

l. D

esse

m

odo,

cu

idam

-se

e ed

ucam

-se

bebê

s e

cria

nças

que

pen

sam

e a

gem

de

form

a ca

da v

ez m

ais

curi

osa

e au

tôno

ma

no m

undo

. P. 1

6.

O c

urrí

culo

int

egra

dor

indi

ca a

ne

cess

idad

e de

co

nhec

er

os

bebê

s e

cria

nças

re

ais

e co

ncre

tas

que

com

põe

as

unid

ades

de

educ

ação

inf

anti

l e

ensi

no

fund

amen

tal,

tend

o as

sum

ido

com

o pr

incí

pio

seus

di

reito

s à

brin

cade

ira,

à

expr

essã

o,

à pa

rtic

ipaç

ão,

à ap

rend

izag

em e

ao

acol

him

ento

, vi

abil

izan

do

a co

nstr

ução

da

au

tori

a,

da

imag

inaç

ão,

da

fant

asia

, do

pe

nsam

ento

, da

au

tono

mia

, po

r m

eio

da

inve

stig

ação

, da

s de

scob

erta

s,

da a

legr

ia e

das

esc

olha

s (q

ue

pode

m e

nvol

ver

açõe

s co

leti

vas,

in

divi

duai

s ou

m

esm

o o

reco

lhim

ento

, is

to é

, a

opçã

o de

co

ntem

plar

, ob

serv

ar

e,

em

cert

os

mom

ento

s,

não

se

envo

lver

) (p

. 26)

.

O r

econ

heci

men

to d

o pa

pel

da

educ

ação

no

qu

e co

ncer

ne

à el

imin

ação

de

toda

e q

ualq

uer

form

a de

di

scri

min

ação

e

a pr

omoç

ão d

e ig

uald

ade

impl

ica

na c

onst

ruçã

o de

um

cur

rícu

lo

que

reco

nheç

a as

des

igua

ldad

es,

qual

idad

e so

cial

da

educ

ação

. P.

06;

Nes

te s

entid

o, é

im

pres

cind

ível

ed

ucar

nos

so o

lhar

na

visã

o de

um

cur

rícu

lo q

ue d

ialo

gue

com

a

iden

tidad

e cu

ltura

l da

ed

ucad

ora

e do

ed

ucad

or,

da

educ

anda

e d

o ed

ucan

do,

com

a

conc

epçã

o de

en

sina

r,

de

apre

nder

, de

aval

iar,

co

m

a de

moc

rati

zaçã

o da

s re

laçõ

es e

, sob

retu

do, r

ompe

ndo

com

as

prát

icas

exc

lude

ntes

e a

in

visi

bilid

ade

que

perp

assa

a

soci

edad

e. P

. 7

Nes

sa

pers

pect

iva,

to

rna-

se

inev

itáve

l um

a m

udan

ça

de

conc

epçã

o,

de

cren

ças,

de

po

stur

as d

as g

esto

ras

e ge

stor

es,

das

prof

esso

ras

e pr

ofes

sore

s,

das

educ

anda

s e

educ

ando

s co

mo

tam

bém

da

pr

ópri

a or

gani

zaçã

o do

tr

abal

ho

peda

gógi

co, o

u se

ja, r

eorg

aniz

ar

os e

spaç

os f

ísic

os/a

mbi

ente

s, o

s te

mpo

s,

os

mat

eria

is,

os

cont

eúdo

s,

as

expe

riên

cias

, as

ro

tinas

, de

ntre

out

ros.

É p

reci

so

que

cada

um

dos

env

olvi

dos

no

proc

esso

ed

ucat

ivo

exer

ça

seu

pape

l co

m

o de

vido

pr

otag

onis

mo

da s

ua f

unçã

o. N

a or

gani

zaçã

o do

no

sso

trab

alho

pr

ecis

amos

su

pera

r pr

átic

as

peda

gógi

cas

que

impe

dem

o

aten

dim

ento

às

ne

cess

idad

es

afet

ivas

, co

gnit

ivas

, cu

ltura

is,

Page 168: Karin Patricia Oliveira

16

valo

rize

a

dive

rsid

ade

e as

di

fere

nças

, ro

mpa

co

m

as

rela

ções

de

do

min

ação

de

cl

asse

, ra

ça,

etni

a,

gêne

ro,

terr

itóri

o e

etár

ia e

pos

sibi

lite

a em

anci

paçã

o do

s su

jeito

s.

Ain

da

que

essa

s fo

rmas

de

di

scri

min

ação

o te

nham

se

u na

sced

ouro

na

s in

stitu

içõe

s ed

ucac

iona

is,

elas

es

tão

pres

ente

s e

isso

re

quer

um

a at

itude

per

man

ente

com

vis

tas

a um

a so

cied

ade

just

a,

à co

nsol

idaç

ão

de

um

ambi

ente

ig

ualit

ário

e d

emoc

ráti

co j

unto

ao

s be

bês,

cr

ianç

as,

fam

ília

s,

educ

ador

as

e ed

ucad

ores

. P.

32

/33.

bem

com

o a

refl

exão

crí

tica

e a

su

pera

ção

dos

cont

eúdo

s de

sart

icul

ados

e

fora

do

co

ntex

to,

a co

mpa

rtim

enta

lizaç

ão d

o sa

ber,

a

hier

arqu

ia

e o

isol

amen

to

entr

e as

áre

as d

o co

nhec

imen

to

e ou

tros

asp

ecto

s. P

. 7

As

prát

icas

ped

agóg

icas

dev

em

ser

revi

stas

e

aval

iada

s co

tidia

nam

ente

e r

essi

gnif

icad

as

nos

mom

ento

s co

mpa

rtilh

ados

de

re

flex

ão

sobr

e as

ões

(JE

IF,

hora

-ati

vida

de,

reun

ião

peda

gógi

ca,

cons

elho

de

clas

se,

cons

elho

de

esco

la),

na

med

ida

em

que

atua

m

no

cont

exto

ed

ucat

ivo.

N

ão

pode

mos

no

s fu

rtar

que

ao

pens

arm

os s

obre

no

ssas

ões,

co

mo

uma

exig

ênci

a a

incl

usão

de

toda

s e

todo

s no

pr

oces

so

de

apro

pria

ção,

m

anif

esta

ção

e pr

oduç

ão

de

sabe

res

sign

ific

ativ

os,

deve

mos

le

var

em c

onta

a c

lass

e so

cial

, gên

ero,

se

xual

idad

e,

raça

/etn

ia,

defi

ciên

cia,

reg

iona

lidad

e, e

ntre

ou

tros

. P. 7

/8.

C

once

pção

de

cria

nça:

for

mas

de

ser

cri

ança

e

reco

nhec

er/v

iver

a in

fânc

ia

Def

ende

a

idei

a de

cr

ianç

a po

tent

e,

cria

tiva

, in

vent

iva,

su

jeito

de

di

reito

s qu

e se

co

nstit

ui n

o te

mpo

e n

o es

paço

so

cial

e

que

a pa

rtir

do

se

u m

odo

próp

rio

de

ver

e co

mpr

eend

er

o m

undo

pr

oduz

as

cul

tura

s in

fant

is. P

. 6

Com

o pa

rtic

ipan

tes

e pr

otag

onis

tas

nas

soci

edad

es e

m

que

estã

o in

seri

das,

as

cria

nças

e

suas

fo

rmas

de

re

sist

ir

e in

terr

ogar

o m

undo

con

trib

uem

pa

ra

a co

nsol

idaç

ão

de

uma

imag

em d

e cr

ianç

a co

mpe

tent

e,

ativ

a e

crít

ica,

re

plet

a de

São

suj

eito

s, p

ossu

idor

es d

e um

re

pert

ório

so

cial

, cu

ltura

l e

cogn

itiv

o. P

. 09;

A

conc

epçã

o de

qu

alid

ade

soci

al

incl

ui t

anto

os

aspe

ctos

vi

ncul

ados

ao

di

reito

à

educ

ação

, qu

e de

ve

ser

gara

ntid

o a

todo

s nu

ma

soci

edad

e gu

iada

por

pri

ncíp

ios

dem

ocrá

ticos

, co

mo

os a

spec

tos

ligad

os à

s co

ndiç

ões

de o

fert

a

Page 169: Karin Patricia Oliveira

17

As

conc

epçõ

es s

obre

cri

ança

e

infâ

ncia

são

con

stru

ções

soc

iais

, hi

stór

icas

e

cultu

rais

qu

e se

co

nsol

idam

no

s di

fere

ntes

co

ntex

tos

nos

quai

s sã

o pr

oduz

idas

e

a pa

rtir

de

m

últi

plas

var

iáve

is c

omo

etni

a,

clas

se

soci

al,

gêne

ro

e co

ndiç

ões

soci

oeco

nôm

icas

das

qu

ais

as c

rian

ças

faze

m p

arte

. P

. 13

pote

ncia

lidad

es

desd

e o

seu

nasc

imen

to.

Ao

inte

rrog

ar

o m

undo

, a

vida

, os

adu

ltos

e o

curr

ícul

o el

as

infl

uenc

iam

e

prod

uzem

tr

ansf

orm

açõe

s no

ce

nári

o so

cial

, po

lític

o e

cultu

ral.

P. 1

1

As

pote

ncia

lidad

es d

e be

bês

e cr

ianç

as

se

man

ifes

tam

di

aria

men

te

nas

form

as

de

expr

essã

o (c

ultu

ras

infa

ntis

) co

nstr

uída

s po

r be

bês

e cr

ianç

as

nos

dife

rent

es

cená

rios

da

ci

dade

. N

esse

sen

tido

, be

bês

e cr

ianç

as

não

são

apen

as

repr

odut

oras

da

cu

ltura

co

nstr

uída

pe

los

adul

tos,

m

as

tam

bém

au

tore

s de

fo

rmas

pr

ópri

as

de

expr

essã

o qu

e m

anif

esta

m d

e fo

rma

auto

ral

e cr

iati

va s

ua f

orm

a de

ver

, est

ar e

en

tend

er o

mun

do. P

. 11/

12.

ebês

e

cria

nças

o su

jeito

s po

tent

es

que

expr

essa

m

em

toda

s as

sua

s aç

ões

aqui

lo q

ue

vão

apre

nden

do s

obre

o m

undo

qu

e os

ce

rca.

S

ão,

por

isso

, pr

odut

ores

de

cu

ltura

, co

nstr

uído

s só

cio-

hist

óric

o-cu

ltura

lmen

te

e ca

paze

s de

pa

rtic

ipar

ati

vam

ente

do

próp

rio

proc

esso

edu

cativ

o (e

par

a vi

ver

essa

exp

eriê

ncia

uti

lizam

-se

das

dife

rent

es li

ngua

gens

). P

. 54

da e

duca

ção,

o q

ue i

mpl

ica

em

cons

ider

ar

a qu

alid

ade

dos

ambi

ente

s, d

as i

nter

açõe

s e

das

prát

icas

ped

agóg

icas

exi

sten

tes

nas

inst

ituiç

ões

educ

acio

nais

P.

8 A

Edu

caçã

o In

fant

il é

um

espa

ço

priv

ilegi

ado

para

as

vi

vênc

ias

das

dive

rsid

ades

, po

is

é pe

nsad

o,

plan

ejad

o e

cons

tant

emen

te

cons

truí

do

e re

visi

tado

com

e p

ara

todo

s os

be

bês

e to

das

as c

rian

ças

(SM

E,

2013

), t

endo

com

o pr

incí

pio

o re

spei

to

às

infâ

ncia

s e

suas

es

peci

fici

dade

s.

Rec

onhe

ce

a ex

istê

ncia

de

múl

tipl

as in

fânc

ias

e da

s vá

rias

fo

rmas

de

se

r cr

ianç

a (S

ME

, 20

13),

tr

abal

hand

o as

sim

pe

la

cons

olid

ação

de

um

si

stem

a ed

ucac

iona

l in

clus

ivo

em

que

todo

s po

ssam

te

r ex

peri

ênci

as

de a

pren

diza

gem

de

acor

do c

om

as

suas

po

ssib

ilid

ades

, se

m

disc

rim

inaç

ão

e co

m

base

na

ig

uald

ade

de

opor

tuni

dade

s,

asse

gura

ndo

a to

dos

os b

ebês

e

toda

s as

cr

ianç

as

o pl

eno

exer

cíci

o de

tod

os o

s di

reito

s e

liber

dade

s fu

ndam

enta

is (

ME

C,

2015

). P

. 9

Rec

onhe

ce q

ue a

cri

ança

dev

e es

tar

no c

entr

o da

s pr

iori

dade

s da

In

stitu

ição

de

E

duca

ção

Page 170: Karin Patricia Oliveira

18

Infa

ntil.

A

ssim

, em

to

das

as

dim

ensõ

es

e in

dica

dore

s,

as

ques

tões

pr

ocur

am

foca

lizar

se

us d

irei

tos,

sua

s ne

cess

idad

es,

seus

po

tenc

iais

e

os

mei

os

nece

ssár

ios

para

qu

e se

jam

re

spei

tado

s. P

. 11

Beb

ês e

cri

ança

s tê

m s

eu j

eito

pr

ópri

o de

ve

r o

mun

do,

são

chei

os

de

mov

imen

to

e hi

stór

ias,

rel

acio

nam

-se

com

o

tem

po d

e um

a fo

rma

dife

rent

e,

cons

egue

m

vive

r in

tens

amen

te

cada

m

inut

o cr

iand

o,

expl

ican

do,

imag

inan

do,

sonh

ando

e,

so

bret

udo,

br

inca

ndo.

Est

as e

out

ras

açõe

s in

fant

is

são

esse

ncia

is

para

o

exer

cíci

o da

pa

rtic

ipaç

ão,

da

auto

nom

ia

e da

au

tori

a qu

e co

nstit

uem

ob

jeti

vos

pres

ente

s na

m

aior

ia

dos

Pro

jeto

s P

olít

ico -

Ped

agóg

icos

da

s U

nida

des

Edu

caci

onai

s qu

e bu

scam

gar

anti

r o

prot

agon

ism

o in

fant

il. P

. 19.

Per

fil d

e ed

ucad

or: d

esaf

ios

do

educ

ador

e e

duca

dora

O

pape

l do

ed

ucad

or

da

educ

ação

inf

anti

l é

daqu

ele

que

escu

ta a

s vo

zes

dos

men

inos

e

men

inas

, ar

ticul

a e

apoi

a su

as

desc

ober

tas,

cr

iand

o co

ndiç

ões

para

a

prod

ução

do

co

nhec

imen

to

de

man

eira

in

tegr

al e

não

fra

gmen

tada

. P

. 12

Des

colo

niza

r a

Ped

agog

ia

pres

supõ

e o

desa

fio

de

prob

lem

atiz

ar a

s re

laçõ

es e

ntre

ad

ulto

s/cr

ianç

as,

o ad

ulto

cent

rism

o co

mpr

eend

endo

a

cond

ição

so

cial

e

o pr

otag

onis

mo

de

bebê

s e

cria

nças

na

pr

oduç

ão

das

cultu

ras

infa

ntis

, po

r m

eio

do e

xerc

ício

cot

idia

no d

e re

fina

r

Suj

eito

s em

pe

rman

ente

pr

oces

so

de

form

ação

e

suas

pr

átic

as

educ

ativ

as

fund

amen

tais

pa

ra

a co

nsol

idaç

ão

da

qual

idad

e so

cial

da

educ

ação

. P. 0

5.

IND

ICA

DO

R

8.1

- FO

RM

ÃO

C

ON

TIN

UA

DA

D

A E

QU

IPE

DO

CE

NT

E

8.1.

1 Q

UE

ST

ÃO

D

IRE

CIO

NA

DA

À

R

ED

E

DIR

ET

A:

Nas

R

euni

ões

Ped

agóg

icas

e

nos

horá

rios

co

leti

vos,

en

tre

eles

os

de

dica

dos

ao

Pro

jeto

E

spec

ial

Page 171: Karin Patricia Oliveira

19

Con

side

ra-s

e qu

e to

dos

(as)

os

(as)

pro

fiss

iona

is d

a un

idad

e de

ed

ucaç

ão

infa

ntil

são

educ

ador

es

porq

ue

cont

ribu

em

para

a f

orm

ação

e c

resc

imen

to

das

cria

nças

, cu

idan

do-a

s e

educ

ando

-as.

P. 1

5 O

.N

Enf

im,

o pa

pel

do e

duca

dor

da

infâ

ncia

é o

de

cria

r co

ndiç

ões,

or

gani

zar

tem

pos

e es

paço

s,

sele

cion

ar e

org

aniz

ar m

ater

iais

de

fo

rma

cria

tiva

, ob

serv

ar

as

cria

nças

, av

alia

r pr

oces

sos

cons

trui

ndo

regi

stro

s qu

e hi

stor

iciz

em

o te

mpo

vi

vido

, ap

oiar

as

su

as

desc

ober

tas

e pr

ojet

os a

fim

de

poss

ibili

tar

a am

plia

ção

das

expe

riên

cias

das

cr

ianç

as,

sem

que

o f

oco

este

ja

cent

rado

nel

e e

sim

na

ação

e

inve

nção

do

s m

enin

os

e da

s m

enin

as. P

. 17.

o ol

har

dian

te

do

impr

evis

to,

das

cria

ções

, da

s en

genh

osid

ades

e

das

form

as

com

o be

bês

e cr

ianç

as

tran

sgri

dem

as

regr

as i

mpo

stas

pe

los/

as a

dulto

s/as

nos

esp

aços

blic

os

da

educ

ação

in

fant

il.

Pen

sar

o cu

rríc

ulo

inte

grad

or

ness

a pe

rspe

ctiv

a si

gnif

ica

aind

a ro

mpe

r co

m a

s m

arca

s do

“c

urrí

culo

co

loni

zado

r”

que

hist

oric

amen

te

priv

ilegi

ou

a pe

rspe

ctiv

a eu

rope

ia, m

ascu

lina,

ad

ulta

, el

itis

ta d

a co

nstr

ução

do

conh

ecim

ento

. P. 1

0.

Des

colo

niza

r o

curr

ícul

o si

gnif

ica,

po

rtan

to,

dar

visi

bilid

ade

aos

ator

es,

cultu

ras

e co

nhec

imen

tos,

pou

co o

u na

da

visí

veis

, co

mo

as

cultu

ras

afri

cana

s, a

s cu

ltura

s po

pula

res,

in

díge

nas,

m

igra

ntes

de

ig

ual

man

eira

, as

cr

ianç

as

e as

m

ulhe

res,

de

snat

ural

izan

do

assi

m,

as

hier

arqu

izaç

ões

e

estr

atif

icaç

ões

por

idad

e,

gêne

ro, r

aça,

for

mas

cor

póre

as e

se

xual

idad

e, a

fim

de

cons

trui

r po

ssib

ilida

des

de s

uper

ação

das

dr

amát

icas

de

sigu

alda

des

que

mar

cam

a

vida

de

to

da

a so

cied

ade,

in

clui

ndo

bebê

s e

cria

nças

. P. 1

1

Nes

sa p

ersp

ecti

va, o

des

afio

que

se

apr

esen

ta é

o d

e su

pera

r a

hier

arqu

izaç

ão

e o

cará

ter

de

Açã

o (P

EA

) da

U

nida

de

Edu

caci

onal

, sã

o ga

rant

idos

: os

m

omen

tos

de e

stud

os,

troc

as d

e ex

peri

ênci

as,

plan

ejam

ento

, re

flex

ão

sobr

e a

prát

ica,

pr

oduç

ão

e si

stem

atiz

ação

de

re

gist

ros?

8.

1.4

As

prof

esso

ras

e pr

ofes

sore

s tê

m a

opo

rtun

idad

e,

em p

arce

ria

com

a

gest

ão,

de

opin

ar

sobr

e te

mas

pa

ra

os

mom

ento

s fo

rmat

ivos

rel

evan

tes

às

nece

ssid

ades

da

U

nida

de

Edu

caci

onal

e

de

suas

tu

rmas

em

par

ticul

ar?

8.1.

5 A

s pr

ofes

sora

s e

prof

esso

res

part

icip

am

dos

curs

os

de

form

ação

re

aliz

ados

pe

la S

ME

, pe

la D

RE

e/o

u po

r in

stitu

içõe

s co

nven

iada

s/pa

rcei

ras

e E

ntid

ades

Man

tene

dora

s?

IND

ICA

DO

R

8.4

- C

ON

DIÇ

ÕE

S D

E T

RA

BA

LH

O

8.4.

1 H

á es

paço

s ad

equa

dos

ao

trab

alho

in

divi

dual

e

cole

tivo

do

s pr

ofis

sion

ais,

sep

arad

os d

os

espa

ços

dos

bebê

s e

cria

nças

, si

lenc

ioso

s e

com

m

obil

iári

o ad

equa

do

aos

adul

tos,

pa

ra

reun

iões

, es

tudo

s, m

omen

tos

de

form

ação

, pl

anej

amen

to,

regi

stro

s e

orga

niza

ção

da

docu

men

taçã

o pe

dagó

gica

? 8.

4.2

espa

ços

de

Page 172: Karin Patricia Oliveira

20

inst

ruci

onal

que

pri

vile

gia

a fa

la

de

prof

esso

res

e pr

ofes

sora

s so

bre

o co

nhec

imen

to,

supe

rar

os t

rein

os d

e lin

guag

em e

scri

ta

e o

sile

ncia

men

to

das

dem

ais

lingu

agen

s e

cont

eúdo

s e

supe

rar

a ló

gica

da

divi

são

de

trab

alho

fa

bril

pres

ente

na

es

cola

, e q

ue s

epar

a, d

e um

lad

o ed

ucad

ores

e

educ

ador

as

que

pens

am

e,

de

outr

o la

do,

cria

nças

que

não

são

cha

mad

as

a pe

nsar

, m

as a

pena

s a

exec

utar

o

que

foi

pens

ado

para

el

as.

P.1

7/18

É

im

port

ante

de

stac

ar

que

a pa

rtic

ipaç

ão

e o

envo

lvim

ento

de

be

bês

e cr

ianç

as

nas

expe

riên

cias

vi

vida

s na

s un

idad

es

educ

acio

nais

ac

onte

cem

qu

ando

o in

tenc

iona

lmen

te

orga

niza

dos

pela

pro

fess

ora

e pe

lo p

rofe

ssor

. E

stes

, ass

im c

omo

o co

njun

to d

e ed

ucad

ores

e

educ

ador

as

das

unid

ades

de

educ

ação

inf

anti

l e

ensi

no

fund

amen

tal,

são

os

prot

agon

ista

s qu

e or

gani

zam

as

cond

içõe

s pa

ra o

pro

tago

nism

o de

be

bês

e cr

ianç

as.

P.

39

C.I

.I.P

E

duca

dora

s e

educ

ador

es

são,

po

rtan

to,

resp

onsá

veis

pe

la

orga

niza

ção

da v

ida

de b

ebês

e

cria

nças

na

s un

idad

es

educ

acio

nais

de

m

odo

a

desc

anso

/ref

eiçõ

es

das

educ

ador

as

e ed

ucad

ores

, se

m

com

prom

eter

os

es

paço

s do

s be

bês

e cr

ianç

as?

8.4.

3 H

á fr

aldá

rio/

troc

ador

/cub

a na

al

tura

ad

equa

da

ao

adul

to

para

ban

ho e

tro

cas

dos

bebê

s e

cria

nças

com

seg

uran

ça?

8.4.

4 H

á ba

nhei

ro

de

uso

excl

usiv

o da

s ed

ucad

oras

e

educ

ador

es,

com

chu

veir

o, p

ia e

va

so s

anitá

rio?

8.

4.5

As

educ

ador

as

e ed

ucad

ores

m

aces

so

a re

curs

os,

mat

eria

is e

liv

ros

de

pesq

uisa

re

leva

ntes

e/

ou

nece

ssár

ios

ao

seu

apri

mor

amen

to p

rofi

ssio

nal e

ao

trab

alho

com

sua

(s)

turm

a(s)

? 8.

4.6

A

rela

ção

entr

e a

quan

tida

de d

e be

bês/

cria

nças

e

educ

ador

es e

stá

em p

rogr

essi

va

dim

inui

ção

a ca

da

ano,

de

ac

ordo

com

o e

spec

ific

ado

no

Pla

no M

unic

ipal

de

Edu

caçã

o?

8.4.

7 A

U

nida

de

Edu

caci

onal

or

gani

za

mom

ento

s fo

rmat

ivos

e/

ou d

e or

ient

ação

com

rel

ação

ao

ac

olhi

men

to

e à

ação

ed

ucat

iva

com

beb

ês e

cri

ança

s co

m

defi

ciên

cias

, tr

anst

orno

s gl

obai

s do

de

senv

olvi

men

to

e/ou

al

tas

Page 173: Karin Patricia Oliveira

21

prov

ocar

su

a fo

rmaç

ão

com

o ci

dadã

os

de

dire

itos.

N

esse

se

ntid

o,

são

resp

onsá

veis

po

r re

pens

ar o

s te

mpo

s e

espa

ços

na

educ

ação

in

fant

il e

ensi

no

fund

amen

tal,

ques

tion

ando

as

or

gani

zaçõ

es c

onve

ncio

nais

que

te

ndem

a p

osic

iona

r as

cri

ança

s um

as

atrá

s da

s ou

tras

, ex

ecut

ando

as

m

esm

as

tare

fas

ao

mes

mo

tem

po

num

di

scip

linam

ento

de

m

ente

s e

corp

os.

Em

se

u lu

gar,

ca

be

prop

or n

ovas

exp

eriê

ncia

s qu

e fa

vore

çam

in

tera

ções

e

conh

ecim

ento

de

m

undo

na

pe

rspe

ctiv

a de

fo

rmaç

ão

de

inte

ligên

cias

pl

enas

e

pers

onal

idad

es s

olid

ária

s. P

. 41.

N

a or

gani

zaçã

o de

um

cur

rícu

lo

inte

grad

or d

os b

ebês

e c

rian

ças

da e

duca

ção

infa

ntil

e do

ens

ino

fund

amen

tal,

os

espa

ços

são

com

pree

ndid

os c

omo

o se

gund

o ed

ucad

or d

a tu

rma,

poi

s é

com

o a

prof

esso

ra e

o p

rofe

ssor

, um

el

emen

to e

ssen

cial

na

prom

oção

da

s ap

rend

izag

ens

dos

bebê

s e

das

cria

nças

e

de

suas

ap

rend

izag

ens.

P. 4

7 C

.I.I

.P

Edu

cado

res

e ed

ucad

oras

pr

ecis

am

esta

r at

ento

s à

orga

niza

ção

do

espa

ço

e ao

s m

ater

iais

of

erec

idos

pa

ra

favo

rece

r ac

esso

e d

iver

sida

de

que

poss

ibil

ite

dife

rent

es

expe

riên

cias

de

ex

plor

ação

. P

.

habi

lidad

es/s

uper

dota

ção,

po

r pa

rte

de t

oda

a E

quip

e E

scol

ar,

fam

ílias

/res

pons

ávei

s e

com

unid

ade,

em

ef

etiv

a in

tegr

ação

com

tod

os o

s de

mai

s be

bês

e cr

ianç

as?

(Esp

ecia

l at

ençã

o ao

D

ecre

to

6.94

9/20

09)

8.4.

8 O

s re

pres

enta

ntes

da

U

nida

de

Edu

caci

onal

na

s en

tida

des

sind

icai

s e

nos

fóru

ns

de d

efes

a da

inf

ânci

a so

cial

izam

co

m

os

dem

ais

as

açõe

s e

disc

ussõ

es

sobr

e as

qu

estõ

es

trab

alhi

stas

e

educ

acio

nais

, ar

ticul

ando

-as

às

nece

ssid

ades

do

s be

bês

e cr

ianç

as

e da

s ed

ucad

oras

e e

duca

dore

s?

Page 174: Karin Patricia Oliveira

22

57

O

pape

l da

ed

ucad

ora

e do

ed

ucad

or v

ai a

lém

de

ofer

ecer

es

trut

ura

mat

eria

l pa

ra

a br

inca

deir

a (t

empo

, ob

jeto

s,

expe

riên

cias

de

co

ntat

o co

m

ativ

idad

es

hum

anas

va

riad

as).

S

er

part

icip

ante

, ob

serv

ador

se

nsív

el,

prob

lem

atiz

ador

, pr

ovoc

ador

de

si

tuaç

ões

que

faça

m

com

qu

e as

na

rrat

ivas

du

rant

e a

brin

cade

ira

seja

m

cada

ve

z m

ais

elab

orad

as

impu

lsio

na

e po

tenc

ializ

a a

brin

cade

ira

de

men

inos

e

men

inas

na

educ

ação

inf

anti

l e

no e

nsin

o fu

ndam

enta

l. P

. 59

Doc

umen

tar

esse

pr

oces

so

é fe

rram

enta

in

disp

ensá

vel

para

ed

ucad

oras

e

educ

ador

es

(esp

ecia

lmen

te

prof

esso

ras

e pr

ofes

sore

s) e

m s

uas

múl

tipl

as

tare

fas:

co

nstr

uir

expe

riên

cias

po

siti

vas

com

e

para

be

bês

e cr

ianç

as,

cria

r um

sup

orte

par

a se

u pr

ópri

o cr

esci

men

to

prof

issi

onal

, m

elho

rar

a pr

ópri

a ca

paci

dade

de

co

mun

icaç

ão

com

beb

ês e

cri

ança

s, c

om a

s fa

míli

as

e m

esm

o en

tre

os

cole

gas.

P. 6

5.

Page 175: Karin Patricia Oliveira

23

Reg

istr

os e

labo

rado

s po

r pr

ofes

sore

s e

coor

dena

dor

peda

gógi

co

c)

Fic

ha

1 –

Pro

jeto

Esp

ecia

l de

Açã

o

Ano

20

13

2014

20

15

2016

20

17

2018

N

ome

do p

roje

to

O r

egis

tro

perm

eand

o as

di

fere

ntes

ex

pect

ativ

as

de

apre

ndiz

agem

.

Con

stru

indo

um

cu

rríc

ulo

para

a

infâ

ncia

Con

stru

indo

um

cu

rríc

ulo

para

a

infâ

ncia

Con

stru

indo

um

cu

rríc

ulo

para

a

infâ

ncia

Con

stru

indo

o

curr

ícul

o pr

iori

zand

o di

reito

s pa

ra

a in

fânc

ia

Con

trib

uiçõ

es

da

peda

gogi

a de

pr

ojet

os

para

o

curr

ícul

o da

ed

ucaç

ão in

fant

il

Qua

ntid

ade

de

prof

esso

res

envo

lvid

os

07

08

08

08

09

07

Dia

s da

se

man

a/ho

rári

os

Gru

po

1 –

03

part

icip

ante

s se

ndo

01

dele

s o

coor

dena

dor

peda

gógi

co

da

U.E

; 2ª

s e

3ªs

feir

as

das

9h25

às

10h5

5;

Gru

po

2 –

02

part

icip

ante

s, 2

ªs e

3ªs

fe

iras

da

s 11

h05

às

12h3

5;

Gru

po

3 –

03

part

icip

ante

s, 2

ªs e

3ªs

fe

iras

da

s 13

h25

às

14h5

5.

Gru

po

1 –

04

part

icip

ante

s 2ª

s e

3ªs

feir

as

das

9h30

às

11

h00;

G

rupo

2

- 04

pa

rtic

ipan

tes

2ªs

e 3ª

s fe

iras

da

s 13

h30

às

15h0

0.

Gru

po

1 –

05

part

icip

ante

s 2ª

s e

3ªs

feir

as

das

9h30

às

11

h00,

sen

do 0

1 de

les

a as

sist

ente

de

dire

tor

da U

.E;

Gru

po

2 -

05

part

icip

ante

s 2ª

s e

3ªs

feir

as

das

12h0

0 às

13

h 30.

Gru

po

1 –

04

part

icip

ante

s 4s

e 5

ªs

feir

as

das

12h0

0 às

13

h30;

G

rupo

2

- 04

pa

rtic

ipan

tes

4ªs

e 5ª

s fe

iras

da

s 15

h00

às

16h3

0.

Gru

po

1 –

05

part

icip

ante

s, 3

ªs e

4ªs

fe

iras

da

s 12

h00

às

13h3

0;

Gru

po

2 –

04

part

icip

ante

s se

ndo

01

dele

s o

coor

dena

dor

peda

gógi

co

da

U.E

, 3ª

s e

4ªs

feir

as

das

15h0

0 às

16h

30.

Gru

po

1 –

04

part

icip

ante

s 3ª

s e

4ªs

feir

as

das

13h3

0 às

15

h00;

G

rupo

2

- 03

pa

rtic

ipan

tes

3ªs

e 4ª

s fe

iras

da

s 15

h00

às

16h3

0. P

. 85

e 86

.

Just

ific

ativ

a e

artic

ulaç

ão c

om o

P

PP

(Des

taqu

es)

Foco

no

pr

ogra

ma

Red

e em

R

ede,

na

s O

rien

taçõ

es

Cur

ricu

lare

s e

Ori

enta

ções

Did

átic

as

para

a

Edu

caçã

o In

fant

il –

DO

T/S

ME

; D

ocum

ento

Tem

pos

e E

spaç

os

para

a

Infâ

ncia

e

suas

L

ingu

agen

s.

Foco

no

Pr

ogra

ma

Mai

s E

duca

ção

São

P

aulo

; C

onsi

dera

a

cria

nça

com

o se

r in

tegr

al.

Apr

imor

amen

to

das

prát

icas

ed

ucat

ivas

e

cons

eque

nte

mel

hori

a da

qua

lidad

e so

cial

da

educ

ação

; M

últi

plas

lin

guag

ens

Foco

no

P

rogr

ama

Mai

s E

duca

ção

São

P

aulo

; C

onsi

dera

a

cria

nça

com

o se

r in

tegr

al.

Apr

imor

amen

to

das

prát

icas

ed

ucat

ivas

e

cons

eque

nte

mel

hori

a da

qua

lidad

e so

cial

da

educ

ação

; T

emát

icas

Foco

no

P

rogr

ama

Mai

s E

duca

ção

São

P

aulo

; C

onsi

dera

a

cria

nça

com

o se

r in

tegr

al.

Apr

imor

amen

to

das

prát

icas

ed

ucat

ivas

e

cons

eque

nte

mel

hori

a da

qua

lidad

e so

cial

da

educ

ação

; T

emát

icas

Foco

no

C

urrí

culo

In

tegr

ador

da

Infâ

ncia

P

aulis

tana

; C

onsi

dera

a

cria

nça

com

o se

r in

tegr

al.

Apr

imor

amen

to

das

prát

icas

ed

ucat

ivas

e

a co

nseq

uent

e m

elho

ria

da q

ualid

ade

soci

al

da

educ

ação

; T

emát

icas

Foco

na

s D

iret

rize

s C

urri

cula

res

Nac

iona

is

para

a E

duca

ção

Infa

ntil

(201

0),

Ori

enta

ção

Nor

mat

iva

01/1

3 –

Ava

liaçã

o na

E

duca

ção

Infa

ntil:

apr

imor

ando

os

olha

res

(201

4)

e o

Cur

rícu

lo

Inte

grad

or

da

Infâ

ncia

P

aulis

tana

(2

015)

.

Page 176: Karin Patricia Oliveira

24

Con

side

ra

a cr

ianç

a um

ser

inte

gral

; Im

port

ânci

a da

ex

pres

são

nas

dife

rent

es

lingu

agen

s e

ampl

iaçã

o do

co

nhec

imen

to;

Opo

rtun

izar

no

vos

desa

fios

e

dese

nvol

ver

expe

riên

cias

si

gnif

icat

ivas

co

m

essa

s di

fere

ntes

lin

guag

ens;

Fo

co

do

PE

A:

prio

riza

r o

regi

stro

em

di

fere

ntes

as

pect

os e

mom

ento

s de

apr

endi

zage

m.

com

o fo

rma

de

man

ifes

taçã

o;

Bri

ncad

eira

co

mo

prin

cipa

l lin

guag

em

das

cria

nças

. Fo

co

do

PE

A

sem

estr

e:

cam

po

das

expe

riên

cias

de

ex

plor

ação

da

lin

guag

em

verb

al

foca

ndo

o co

nhec

imen

to

de

narr

ativ

as l

iterá

rias

e

dese

nvol

vim

ento

de

co

mpo

rtam

ento

s le

itore

s e

no

sem

estr

e:

cam

po

das

expe

riên

cias

de

ap

ropr

iaçã

o do

co

nhec

imen

to

mat

emát

ico,

br

inca

deir

as i

nfan

tis

e re

solu

ção

de

prob

lem

as;

Ref

erên

cia:

O

rien

taçõ

es

curr

icul

ares

: ex

pect

ativ

as

de

apre

ndiz

agem

pa

ra

a ed

ucaç

ão

infa

ntil

(p.7

6/85

).

rela

cion

adas

a

um

curr

ícul

o in

tegr

ador

da

infâ

ncia

; G

aran

tir

expe

riên

cias

in

tegr

ador

as;

Múl

tipl

as

lingu

agen

s co

mo

form

a de

m

anif

esta

ção;

B

rinc

adei

ra

com

o pr

inci

pal

lingu

agem

da

s cr

ianç

as.

Foco

do

P

EA

: lin

guag

ens

artí

stic

as –

lin

guag

em v

isua

l R

efer

ênci

a:

Ori

enta

ções

cu

rric

ular

es:

expe

ctat

ivas

de

ap

rend

izag

em

para

a

educ

ação

in

fant

il (p

.129

a 1

33).

rela

cion

adas

a

um

curr

ícul

o in

tegr

ador

da

infâ

ncia

; G

aran

tir

expe

riên

cias

in

tegr

ador

as;

Múl

tipl

as

lingu

agen

s co

mo

form

a de

m

anif

esta

ção;

B

rinc

adei

ra

com

o pr

inci

pal

lingu

agem

da

s cr

ianç

as.

Foco

do

P

EA

: qu

estõ

es

sobr

e di

vers

idad

e,

em

espe

cial

as

qu

estõ

es

etni

corr

acia

is.

rela

cion

adas

a

um

curr

ícul

o in

tegr

ador

pa

ra

a pr

imei

ra

infâ

ncia

, co

nsid

eran

do:

a or

gani

zaçã

o do

s te

mpo

s,

espa

ços

e m

ater

iais

qu

e pr

omov

am

a au

tono

mia

e

a m

ulti

plic

idad

e de

ex

peri

ênci

as;

Múl

tipl

as

lingu

agen

s co

mo

form

a de

m

anif

esta

ção,

ex

pres

são

e co

nhec

imen

to

de

mun

do;

Foco

do

P

EA

: qu

estõ

es

sobr

e di

vers

idad

e,

ques

tões

de

nero

, cu

ltura

na

cion

al,

dire

itos

hum

anos

e

resp

eito

, e,

em

es

peci

al,

as

ques

tões

ét

nico

rrac

iais

.

Os

pres

supo

stos

da

pe

dago

gia

por

proj

etos

se

as

sent

am

na

artic

ulaç

ão

entr

e as

ex

peri

ênci

as e

os

sabe

res

das

cria

nças

co

m

os

conh

ecim

ento

s qu

e fa

zem

pa

rte

do

patr

imôn

io

cultu

ral,

artís

tico

, am

bien

tal,

cien

tífi

co e

tecn

ológ

ico.

A

tem

átic

a da

ped

agog

ia

de

proj

etos

te

cont

ribu

içõe

s pa

ra

o cu

rríc

ulo

da

educ

ação

in

fant

il po

rque

de

fend

emos

qu

e a

cria

nça

seja

pro

tago

nist

a de

seu

apr

endi

zado

e

de

seu

dese

nvol

vim

ento

e

que

ela

seja

rec

onhe

cida

co

mo

o ce

ntro

do

pr

oces

so

educ

acio

nal

inst

ituci

onal

izad

o. P

. 87

e

88

Obj

etiv

os d

o P

EA

C

ondu

zir

o gr

upo

a bu

sca

do

conh

ecim

ento

de

ntro

de

su

as

prát

icas

e

prop

orci

onan

do

opor

tuni

dade

s qu

e fa

çam

co

m

que

o

Sub

sidi

ar

os

prof

esso

res

para

a

form

ação

de

co

mpo

rtam

ento

s le

itore

s e

conh

ecer

na

rrat

ivas

lit

erár

ias,

at

ravé

s do

pro

jeto

de

Pos

sibi

litar

o c

onta

to

com

no

vas

fund

amen

taçõ

es

teór

icas

qu

e po

ssam

ex

plic

ar

ou

mes

mo

orie

ntar

o

educ

ador

qu

anto

à q

uest

ão d

as

Pos

sibi

litar

o c

onta

to

com

no

vas

fund

amen

taçõ

es

teór

icas

qu

e co

ntem

plem

a

dive

rsid

ade

étn

ica

e cu

ltura

l em

con

text

o;

Ofe

rece

r ao

s pr

ofes

sore

s po

ssib

ilida

des

de

expl

orar

e c

oloc

ar e

m

prát

ica

expe

riên

cias

si

gnif

icat

ivas

de

ntro

da

s di

fere

ntes

Est

udar

a

teor

ia

sobr

e pe

dago

gia

de p

roje

tos;

C

ompr

eend

er

a pe

dago

gia

de

proj

etos

en

quan

to

poss

ibili

dade

de

or

gani

zaçã

o no

tr

abal

ho

peda

gógi

co

da

Page 177: Karin Patricia Oliveira

25

regi

stro

se

ja

trab

alha

do

com

o um

su

bsíd

io

a m

ais

na

conc

lusã

o de

um

tr

abal

ho d

inâm

ico.

sess

ões

sim

ultâ

neas

de

leitu

ra;

Impl

emen

taçã

o do

pr

ojet

o de

leitu

ra.

lingu

agen

s ar

tísti

cas,

em

es

peci

al

a da

s ar

tes

visu

ais.

Form

ação

de

vínc

ulos

qu

e co

nduz

am a

um

a po

stur

a ét

nica

e

de

valo

riza

ção

da v

ida.

lingu

agen

s,

dest

acan

do

as

ques

tões

de

nero

, ig

uald

ade

raci

al

e a

supe

raçã

o da

s di

scri

min

açõe

s qu

e po

dem

se

r en

cont

rada

s em

nos

sa

soci

edad

e.

EM

EI;

E

labo

rar

proj

etos

co

m

e/ou

par

a as

cri

ança

s;;

Ref

leti

r so

bre

os

proj

etos

re

aliz

ados

/des

envo

lvid

os

com

as

cria

nças

; A

valia

r qu

ais

são

as

cont

ribu

içõe

s da

pe

dago

gia

de

proj

etos

pa

ra

o cu

rríc

ulo

da

educ

ação

infa

ntil.

P. 8

8.

Ênf

ase

nos

docu

men

tos

ofic

iais

pu

blic

ados

por

SM

E/

Impl

emen

taçã

o da

s pr

opos

tas

Pro

gram

a R

ede

em

Red

e,

Ori

enta

ções

D

idát

icas

E

xpec

tati

vas

de

Apr

endi

zage

m p

ara

a E

duca

ção

Infa

ntil.

Pri

orid

ades

es

tabe

leci

das

no

Pro

gram

a de

R

eorg

aniz

ação

C

urri

cula

r e

Adm

inis

trat

iva,

A

mpl

iaçã

o e

Fort

alec

imen

to

da

Red

e M

unic

ipal

de

E

nsin

o de

São

Pau

lo

– M

ais

Edu

caçã

o S

ão

Pau

lo.

Pri

orid

ades

es

tabe

leci

das

no

Pro

gram

a de

R

eorg

aniz

ação

C

urri

cula

r e

Adm

inis

trat

iva,

A

mpl

iaçã

o e

Fort

alec

imen

to

da

Red

e M

unic

ipal

de

E

nsin

o de

São

Pau

lo

– M

ais

Edu

caçã

o S

ão

Pau

lo.

Pri

orid

ades

es

tabe

leci

das

no

Pro

gram

a de

R

eorg

aniz

ação

C

urri

cula

r e

Adm

inis

trat

iva,

A

mpl

iaçã

o e

Fort

alec

imen

to

da

Red

e M

unic

ipal

de

E

nsin

o de

São

Pau

lo

– M

ais

Edu

caçã

o S

ão

Pau

lo.

Pri

orid

ades

es

tabe

leci

das

no

Pro

gram

a de

R

eorg

aniz

ação

C

urri

cula

r e

Adm

inis

trat

iva,

A

mpl

iaçã

o e

Fort

alec

imen

to

da

Red

e M

unic

ipal

de

E

nsin

o de

São

Pau

lo

– M

ais

Edu

caçã

o S

ão

Pau

lo.

Foco

na

s D

iret

rize

s C

urri

cula

res

Nac

iona

is

para

a E

duca

ção

Infa

ntil

(201

0),

Ori

enta

ção

Nor

mat

iva

01/1

3 –

Ava

liaçã

o na

E

duca

ção

Infa

ntil:

apr

imor

ando

os

olha

res

(201

4)

e o

Cur

rícu

lo

Inte

grad

or

da

Infâ

ncia

P

aulis

tana

(2

015)

. P. 8

6 e

87.

Page 178: Karin Patricia Oliveira

26

R

egis

tros

do

PE

A –

Gru

po

1

An

o le

tivo

201

3 –

02 p

rofe

ssor

es p

artic

ipan

tes

e C

P

“iní

cio

do P

EA

rea

lizam

os a

lei

tura

de

um a

rtig

o da

rev

ista

Pát

io:

Reg

istr

o no

cot

idia

no e

scol

ar,

a im

port

ânci

a da

doc

umen

taçã

o pa

ra a

prá

tica

peda

gógi

ca.

Dis

cuti

mos

sob

re o

reg

istr

o co

mo

uma

ferr

amen

ta p

ara

educ

ar-s

e e

educ

ar d

e ou

tro

mod

o, a

ssim

com

o a

docu

men

taçã

o de

um

a pe

rspe

ctiv

a nã

o tr

adic

iona

l re

quer

a m

udan

ça e

a i

nclu

são

de d

ifer

ente

s po

ntos

de

vist

a. P

erce

bem

os e

tra

balh

amos

com

a c

once

pção

de

que

a do

cum

enta

ção

cons

titui

-se

em u

m p

roce

sso

de a

pren

diza

gem

ao

mes

mo

tem

po in

divi

dual

e c

olet

ivo.

” (0

4/03

/13)

“N

esta

dat

a in

icia

mos

a le

itura

e d

iscu

ssão

do

Ref

eren

cial

Cur

ricu

lar

Nac

iona

l par

a a

Edu

caçã

o In

fant

il, p

ágin

as 3

9 a

41. O

tex

to tr

ata

do m

ovim

ento

infa

ntil

e do

des

envo

lvim

ento

mot

or

nos

anos

ini

ciai

s. A

bord

a a

ques

tão

da l

ater

alid

ade,

ond

e o

prof

esso

r nã

o de

ve f

orça

r o

alun

o a

utili

zar

o la

do d

irei

to,

ele

por

si s

ó de

ve e

ncon

trar

sua

pre

dom

inân

cia.

O t

empo

e o

s es

paço

s da

ins

titui

ção

de e

duca

ção

infa

ntil

deve

m s

er p

ensa

dos

para

fav

orec

er o

s m

ovim

ento

s in

fant

is.

Cab

e ao

pro

fess

or o

bser

var

e av

alia

r co

m c

uida

do e

ate

nção

par

a pr

opic

iar

mom

ento

s pr

ivile

giad

os p

ara

a m

ovim

enta

ção

dos

alun

os”.

(11

/03/

2013

)

“Nes

ta d

ata

real

izam

os a

leitu

ra e

dis

cuss

ão d

e um

cap

ítulo

do

livro

“A

valia

ção

med

iado

ra”

da a

utor

a Ju

ssar

a H

offm

ann:

”Rel

ató

rios

de

Ava

liaçã

o”, e

ond

e a

auto

ra r

efle

te s

obre

o u

so d

e no

tas

e co

ncei

tos

pron

tos

e cl

assi

fica

tóri

os,

este

s nã

o co

ntem

plam

o p

roce

sso

pelo

qua

l o

alun

o pa

ssou

e n

em a

s di

ficu

ldad

es q

ue a

pres

enta

ram

. D

esse

mod

o m

uita

s es

cola

s es

tão

adot

ando

for

mas

des

crit

ivas

de

aval

iaçã

o. E

m s

egui

da d

emos

con

tinu

idad

e a

leitu

ra d

o R

CN

EI,

pág

inas

208

a 2

10, s

obre

ens

ino

da m

atem

átic

a”. (

19/0

3/20

13)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

a le

itura

do

text

o “A

Ped

agog

ia d

a E

scut

a e

o C

urrí

culo

na

Edu

caçã

o In

fant

il” q

ue f

oi d

istr

ibuí

do a

os c

oord

enad

ores

na

reun

ião

real

izad

a no

dia

05.

Apó

s a

leitu

ra

fize

mos

a d

iscu

ssão

do

tem

a. A

aut

ora

Jana

ina

Mau

dom

et, a

bord

a a

impo

rtân

cia

de m

ante

r o

inte

ress

e e

a cu

rios

idad

e na

tura

l das

cri

ança

s so

bre

o m

undo

que

as

cerc

a.”

08/0

4/20

13)

“Nes

ta d

ata,

con

tinu

amos

a l

eitu

ra, d

iscu

ssão

e r

efle

xão

a re

spei

to d

a im

port

ânci

a do

reg

istr

o, p

ara

tal,

nos

paut

amos

no

RC

NE

I e

espe

cifi

cam

ente

a m

atem

átic

a. D

emos

mai

s at

ençã

o às

or

ient

açõe

s di

dáti

cas

a re

spei

to d

e co

mo

a cr

ianç

a se

apr

opri

a da

s m

edid

as e

cál

culo

s, e

os

exem

plos

pro

post

os n

o di

a a

dia

para

ser

em t

raba

lhad

os e

m s

ala.

O p

rofe

ssor

dev

e pa

rtir

des

sas

prát

icas

par

a pr

opor

situ

açõe

s pr

oble

ma

em q

ue a

cri

ança

pos

sa a

mpl

iar,

apr

ofun

dar

e co

nstr

uir

novo

s se

ntid

os p

ara

seus

con

heci

men

tos.

” (1

1/04

/201

3)

“Na

data

de

hoje

rea

lizam

os a

lei

tura

de

um t

exto

da

Juss

ara

Hof

fman

n, p

rese

nte

no l

ivro

“A

valia

r: r

espe

itar

prim

eiro

, ed

ucar

dep

ois”

, na

qua

l a

auto

ra c

ompa

rtilh

a co

m o

s le

itore

s as

ex

peri

ênci

as q

ue t

eve

com

seu

s fi

lhos

a r

espe

ito d

a es

colh

a de

esc

olas

apr

opri

adas

par

a el

es.

A a

utor

a no

s re

vela

que

ess

a es

colh

a nã

o é

fáci

l, po

is n

ão e

xist

e a

esco

la c

erta

par

a to

dos

e si

m a

esc

ola

cert

a pa

ra d

eter

min

ada

cria

nça.

E q

ue a

sat

isfa

ção,

o g

osto

e a

von

tade

de

ir p

ara

a es

cola

dev

em s

ervi

r co

mo

term

ômet

ro p

ara

os p

ais

na h

ora

da e

scol

ha”.

(15

/04/

2013

) “A

dat

a de

hoj

e fo

i res

erva

da p

ara

real

izaç

ão d

e at

ivid

ades

rel

acio

nada

s à

leitu

ra d

o R

CN

EI

de M

atem

átic

a”. (

22/0

4/20

13)

“Rea

lizam

os a

ela

bora

ção

do P

ortf

ólio

bim

estr

al, e

m q

ue r

egis

tram

os a

s at

ivid

ades

, viv

ênci

as,

refl

exõe

s e

disc

ussõ

es s

obre

tex

tos

dos

livro

s tr

azid

os p

ara

estu

do: “

Ava

liar”

, “R

evis

itand

o a

pré-

esco

la”,

“A

valia

ção

Med

iado

ra”

e “R

efer

enci

al C

urri

cula

r N

acio

nal p

ara

a E

duca

ção

Infa

ntil”

. (02

/05/

203)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

a l

eitu

ra d

e do

is v

olum

es d

os R

efer

enci

ais

Cur

ricu

lare

s N

acio

nal

para

a E

duca

ção

Infa

ntil,

os

volu

mes

1 e

3.

No

volu

me

1 es

tuda

mos

as

pági

nas

29 e

30,

que

ab

orda

a in

terv

ençã

o in

tenc

iona

l e o

bser

vaçã

o de

bri

ncad

eira

s. A

firm

a -se

que

o p

rofe

ssor

dev

e te

r co

nsci

ênci

a qu

e a

brin

cade

ira

dese

nvol

ve n

a cr

ianç

a di

vers

as e

sfer

as d

o co

nhec

imen

to,

mas

é n

eces

sári

o um

a sé

ria

orga

niza

ção

das

situ

açõe

s de

apr

endi

zage

m. N

o vo

lum

e 3

estu

dam

os a

pág

ina

19, o

nde

abor

dam

os a

que

stão

da

expr

essi

vida

de c

orpo

ral q

ue a

cri

ança

pos

sui

desd

e os

pri

mei

ros

anos

de

vida

”. (

28/0

5/20

13)

PE

RÍO

DO

DE

06/

05/2

103

A 2

3/05

/201

3 –

PA

RA

LIS

ÃO

SIN

DIC

AL

– R

EP

OS

IÇÃ

O R

EA

LIZ

AD

A N

OS

DIA

S 2

6/06

, 10/

07, 1

2/07

, 10

E 1

7/08

, 14

E 2

8/09

, 05,

11

E 2

9/10

. “N

esta

dat

a re

aliz

amos

a l

eitu

ra e

dis

cuss

ão d

o R

CN

EI,

A c

rian

ça d

e um

a t

rês

anos

pág

inas

22

a 25

, ne

sta

fase

a c

rian

ça c

omeç

a a

reco

nhec

er a

im

agem

do

seu

corp

o o

que

ocor

re

prin

cipa

lmen

te p

or m

eio

das

inte

raçõ

es s

ocia

is q

ue e

stab

elec

e, o

u se

ja,

as b

rinc

adei

ras

que

com

põem

o r

eper

tóri

o in

fant

il e

que

vari

am c

onfo

rme

a cu

ltura

reg

iona

l ap

rese

ntam

-se

com

o op

ortu

nida

des

priv

ilegi

adas

par

a de

senv

olve

r ha

bilid

ades

no

plan

o m

otor

. É

pre

ciso

que

con

side

rem

os s

uas

prát

icas

e t

raba

lhem

os o

mov

imen

to e

xplo

rand

o su

as h

abili

dade

s nu

m

cont

exto

ger

al”.

(06

/06/

2013

) “N

esta

dat

a fi

xam

os a

lei

tura

do

RC

N p

ara

Edu

caçã

o In

fant

il, s

obre

os

obje

tivo

s do

mov

imen

to,

abor

dand

o a

faix

a et

ária

de

4 à

6 an

os.

É n

eces

sári

o qu

e a

cria

nça

ampl

ie s

eus

conh

ecim

ento

s à

resp

eito

do

mov

imen

to,

utili

zand

o ca

da v

ez m

ais

o se

u co

rpo,

com

o a

uxíli

o de

ati

vida

des

dive

rsif

icad

as,

com

plem

enta

ndo

com

con

teúd

o de

ntro

Exp

ecta

tiva

s de

A

pren

diza

gem

e a

s di

fere

ntes

lin

guag

ens.

Uti

lizan

do o

s co

nteú

dos

para

as

múl

tipl

as a

tivi

dade

s co

m e

xpre

ssiv

idad

e en

fati

zand

o as

múl

tipl

as a

tivi

dade

s co

rpor

ais,

env

olve

ndo

a ex

pres

sivi

dade

da

cria

nça

de 4

à 6

ano

s.”

(13/

06/2

013)

Page 179: Karin Patricia Oliveira

27

“Nes

ta d

ata

real

izam

os a

leitu

ra d

e um

art

igo

da R

evis

ta N

ova

Esc

ola

‘Tod

o di

a é

dia

de b

rinq

uedo

”. O

tex

to r

essa

lta a

impo

rtân

cia

do b

rinc

ar, q

uais

os

brin

qued

os s

ão a

cons

elha

dos

para

a

men

inad

a na

esc

ola,

alé

m d

e es

clar

ecer

alg

umas

dúv

idas

fre

quen

tes

sobr

e o

tem

a qu

e no

s aj

uda

a ga

rant

ir m

omen

tos

lúdi

cos

sign

ific

ativ

os. P

udem

os p

erce

ber

que

não

exis

te u

m e

spaç

o es

pecí

fico

e n

em b

rinq

uedo

s tã

o es

pecí

fico

s pa

ra g

aran

tir

o br

inca

r. A

cri

ança

cri

a su

a br

inca

deir

a co

m s

ua i

mag

inaç

ão e

sua

s vi

vênc

ias

diár

ias.

Não

se

trat

a de

apr

ovei

tar

qual

quer

coi

sa

para

mon

tar

brin

qued

os, m

as s

im c

riar

bri

nque

dos

com

obj

etos

inte

ress

ante

s.”

(20/

06/2

013)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

a d

iscu

ssão

, ass

im c

omo

uma

ampl

a pe

squi

sa a

res

peito

de

text

os a

ser

em a

bord

ados

no

PE

A d

o pr

óxim

o bi

mes

tre:

“A

mús

ica’

. Fiz

emos

ain

da t

odo

um t

raba

lho

de d

iscu

ssão

e p

repa

ro p

ara

a fe

sta

da f

amíl

ia d

e no

ssa

inst

ituiç

ão.

Fora

m s

elec

iona

dos

mat

eria

is,

proc

edim

ento

s, m

úsic

as q

ue f

osse

m d

e en

cont

ro a

os o

bjet

ivos

pro

post

os e

m n

osso

pr

ojet

o.”

(27/

06/2

013)

“N

esta

dat

a co

ntin

uam

os a

dis

cuss

ão e

sel

eção

dos

tex

tos

sobr

e m

úsic

a e

real

izam

os a

inda

a e

labo

raçã

o de

um

tra

balh

o pr

átic

o na

esc

ola

em q

ue f

oram

dem

onst

rado

s in

stru

men

tos

dive

rsos

aos

alu

nos,

apr

esen

taçã

o de

mús

ica

por

mei

o de

inst

rum

enta

lizaç

ão a

o vi

vo p

ara

dar

iníc

io a

o pr

ojet

o so

bre

mús

ica.

” (0

4/07

/201

3)

“Nes

ta d

ata,

dan

do c

onti

nuid

ade

à in

trod

ução

dos

est

udos

sob

re “

Mús

ica”

rea

lizam

os a

sel

eção

de

vári

os C

Ds

à re

spei

to.

Fize

mos

um

lev

anta

men

to d

e m

úsic

as d

iver

sas

a se

rem

tr

abal

hada

s em

sal

a de

aul

a as

sim

com

o, p

roce

dim

ento

s a

sere

m a

dota

dos

dura

nte

o bi

mes

tre.

Os

obje

tivo

s e

proc

edim

ento

s se

rão

nor

tead

os p

or t

exto

s di

vers

os t

endo

com

o ba

se

Ref

eren

cial

Cur

ricu

lar

Nac

iona

l par

a a

Edu

caçã

o In

fant

il.”

(23/

07/2

013)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

a l

eitu

ra,

disc

ussã

o e

refl

exão

das

pág

inas

51,

52,5

3,54

e 5

5, t

endo

com

o te

ma

”A c

rian

ça e

a M

úsic

a”.

Abo

rdam

os a

im

port

ânci

a de

um

am

bien

te s

onor

o pa

ra a

ap

roxi

maç

ão c

om a

mús

ica

e ex

plor

ação

da

lingu

agem

. E

m e

spec

ial

na f

aixa

etá

ria

dos

quat

ro a

sei

s an

os t

emos

com

o ob

jeti

vo:

expl

orar

e i

dent

ific

ar e

lem

ento

s da

mús

ica

para

se

expr

essa

r, i

nter

agir

com

os

outr

os e

am

plia

r se

u co

nhec

imen

to d

o m

undo

; pe

rceb

er e

exp

ress

ar s

ensa

ções

, se

ntim

ento

s e

pens

amen

tos,

por

mei

o de

im

prov

isaç

ões,

com

posi

ções

e

inte

rpre

taçõ

es m

usic

ais.

” (2

5/07

/201

3)

“Con

tinu

ação

das

lei

tura

s da

s pá

gina

s 72

,73,

74 e

75.

Fiz

emos

um

a re

flex

ão e

dis

cuss

ão a

res

peito

da

“Org

aniz

ação

do

espa

ço”,

est

e de

ve s

er d

ispo

sto

de a

cord

o co

m a

s at

ivid

ades

pr

opos

tas.

Pod

emos

tam

bém

, no

s va

ler

das

font

es s

onor

as e

incl

usão

de

mat

eria

is a

prov

eita

dos

do d

ia-a

-dia

pre

sent

es n

a cu

ltura

da

cria

nça.

mui

tos

brin

qued

os m

usic

ais

e es

tes

deve

m

ser

popu

lare

s pa

ra m

aior

pro

xim

idad

e co

m a

viv

ênci

a da

cri

ança

. S

ua c

onst

ruçã

o po

de s

er f

eita

a p

artir

do

apro

veita

men

to d

e m

ater

iais

sim

ples

com

o co

pos

plá

stic

os,

garr

afas

de

PV

C,

peda

ços

de m

adei

ra o

u m

etal

. É d

e gr

ande

val

ia q

ue u

tiliz

emos

um

apa

relh

o de

som

cap

az d

e re

prod

uzir

a p

rodu

ção

mus

ical

dos

alu

nos.

O r

egis

tro

mus

ical

pod

e se

r fe

ito n

as i

nsti

tuiç

ões

at

ravé

s do

des

enho

e m

ovim

ento

cor

pora

l, fu

gind

o da

man

eira

con

venc

iona

l. N

ão é

pre

ciso

lei

tura

e e

scri

ta m

usic

al,

o im

port

ante

é o

uvir

, to

car,

can

tar

cria

ndo

form

as d

e no

taçã

o m

usic

ais.

” (0

8/08

/201

3)

“Nes

ta d

ata

real

izam

os a

lei

tura

do

RC

NE

, Obs

erva

ção,

Reg

istr

o e

Ava

liaçã

o Fo

rmat

iva,

per

cebe

mos

a i

mpo

rtân

cia

do t

raba

lho

da m

úsic

a co

mo

ativ

idad

e a

ser

real

izad

a co

ntin

uam

ente

. O

trab

alho

do

prof

esso

r de

ve s

er in

tenc

iona

l de

man

eira

a le

var

em c

onsi

dera

ção

os p

roce

ssos

viv

enci

ados

por

seu

s al

unos

. A o

bser

vaçã

o de

ve s

er c

uida

dosa

, ind

ivid

ual e

co

leti

va e

m q

ue

a av

alia

ção

tem

um

car

áter

inst

rum

enta

l par

a ac

ompa

nhar

os

proc

esso

s.”

(12/

08/2

013)

“N

esta

dat

a co

ntin

uam

os a

lei

tura

e d

iscu

ssão

do

RC

NE

I qu

anto

as

arte

s m

usic

ais

e a

cria

nça.

No

proc

esso

de

apre

ndiz

agem

em

art

es v

isua

is a

cri

ança

tra

ça u

m p

ercu

rso

de c

riaç

ão e

co

nstr

ução

ind

ivid

ual

que

envo

lve

esco

lhas

. M

uito

ant

es d

e sa

ber

repr

esen

tar

graf

icam

ente

o m

undo

vis

ual,

a cr

ianç

a a

cria

nça

já c

onhe

ce e

ide

ntif

ica

nele

qua

lidad

e e

funç

ões.

(0

5/09

/201

3)

“Rea

lizam

os e

stud

o so

bre

apre

ciaç

ão e

m a

rtes

vis

uais

vim

os o

qua

nto

se f

az i

mpo

rtan

te a

o tr

abal

har

com

lei

tura

de

imag

ens

elab

orar

mos

per

gunt

as q

ue i

nsti

guem

a o

bser

vaçã

o, a

de

scob

erta

e o

inte

ress

e da

s cr

ianç

as. É

pre

ciso

ent

ende

r qu

e nã

o há

um

jei

to c

erto

ou

erra

do d

e pr

oduz

ir u

m t

raba

lho

de a

rte,

mas

sim

um

jei

to i

ndiv

idua

lizad

o. P

rodu

ção,

com

unic

ação

, ex

posi

ção,

val

oriz

ação

e r

econ

heci

men

to f

orm

am u

m c

onju

nto

que

alim

enta

a c

rian

ça n

o se

u de

senv

olvi

men

to a

rtís

tico

. O

tem

po d

eve

ser

orga

niza

do.

As

ativ

idad

es d

evem

lev

ar à

ap

reci

ação

, à r

efle

xão

e a

busc

a de

sig

nifi

cado

s.”

(12/

09/2

013)

“L

eitu

ra e

ref

lexã

o da

s O

rien

taçõ

es C

urri

cula

res

sobr

e L

ingu

agem

Vis

ual.

Alg

umas

exp

ecta

tiva

s de

apr

endi

zage

ns n

o ca

mpo

da

lingu

agem

vis

ual

são

apre

sent

adas

e o

rgan

izad

as

segu

ndo:

a c

urio

sida

de e

cri

ativ

idad

e vi

sual

, de

senh

o in

fant

il, e

spac

ialid

ades

, ex

peri

ênci

a co

m a

cor

. T

odas

as

cria

nças

man

ifes

tam

um

a cu

rios

idad

e pr

ópri

a, p

orém

é n

eces

sári

o m

anut

ençã

o da

cur

iosi

dade

, e is

to r

eque

r am

bien

te in

tera

tivo

e p

robl

emat

izad

or. A

s pr

oduç

ões

não

são

igua

is, é

impo

rtan

te a

com

panh

ar a

pro

duçã

o in

fant

il e

ente

nder

o q

ue s

e pa

ssa

entr

e um

a e

outr

a. T

udo

deve

ser

est

imul

ado,

org

aniz

ado,

soc

ializ

ado.

” (1

9/09

/201

3)

“ R

ealiz

amos

nes

sa d

ata

a di

scus

são

e co

nfec

ção

de n

osso

por

tfól

io b

imes

tral

ref

eren

te à

s A

rtes

Vis

uais

. D

escr

evem

os a

inda

um

a an

ális

e so

bre

as a

tivi

dade

s de

senv

olvi

das

ao l

ongo

do

proc

esso

.” (

22/1

0/20

13)

Page 180: Karin Patricia Oliveira

28

‘Nes

ta d

ata

inic

iam

os a

lei

tura

do

RC

NE

I so

bre

“Pre

senç

a da

lin

guag

em o

ral e

esc

rita

na

Edu

caçã

o In

fant

il: I

deia

s e

prát

icas

cor

rent

es, o

tra

balh

o co

m a

lin

guag

em o

ral n

as i

nstit

uiçõ

es

de e

duca

ção

infa

ntil

tem

se

rest

ring

ido

a al

gum

as a

tivi

dade

s, e

ntre

ela

s a

roda

de

conv

ersa

, se

cara

cter

izam

em

ger

al, p

or u

m m

onól

ogo

com

o p

rofe

ssor

, no

qual

as

cria

nças

são

cha

mad

as

a re

spon

der

em c

oro

a um

a ún

ica

perg

unta

dir

igid

a a

toda

s, p

or s

ua v

ez,

em u

ma

ação

tot

alm

ente

cen

trad

a no

adu

lto.

A l

ingu

agem

ora

l po

ssib

ilita

com

unic

ar i

deia

s, p

ensa

men

tos

e in

tenç

ões

de d

iver

sas

natu

reza

s, in

flue

ncia

r o

outr

o e

esta

bele

cer

rela

ções

inte

rpes

soai

s.”

(24/

10/2

013)

“R

ealiz

amos

a c

onti

nuaç

ão d

a le

itura

do

RC

NE

I em

que

des

taca

mos

os

obje

tivo

s na

org

aniz

ação

da

prát

ica

e fo

rma

de p

rom

over

as

capa

cida

des

das

cria

nças

em

par

tici

par

de v

aria

das

situ

açõe

s de

com

unic

ação

ora

l, pa

rtic

ipar

e i

nter

essa

r-se

pel

a le

itura

de

hist

ória

s, f

amili

ariz

ar-s

e ao

s po

ucos

com

a e

scri

ta,

reco

nhec

er s

eu n

ome

escr

ito;

A o

ralid

ade,

a l

eitu

ra e

a e

scri

ta

deve

m s

er t

raba

lhad

as d

e fo

rma

inte

grad

a e

com

plem

enta

r, p

oten

cial

izan

do-s

e os

dif

eren

tes

aspe

ctos

que

cad

a um

a da

s lin

guag

ens

solic

ita d

as c

rian

ças.

” (0

7/11

/201

3)

“Nes

ta d

ata,

fiz

emos

o p

ortf

ólio

com

ati

vida

des

de l

ingu

agem

ora

l e e

scri

ta.

Sel

ecio

nam

os a

s at

ivid

ades

que

mai

s re

pres

enta

ssem

o d

esen

volv

imen

to d

as c

rian

ças

e fo

ram

sig

nifi

cati

vas

para

as

cria

nças

, já

que

o re

gist

ro é

impo

rtan

te.“

(14

/11/

2013

)

A

no

leti

vo 2

014

– 03

pro

fess

ores

par

ticip

ante

s e

CP

“N

a le

itura

de

hoje

“A

s vo

ltas

com

a l

itera

tura

inf

anti

l e

a su

a re

al r

espo

nsab

ilid

ade

em h

arm

oniz

ar o

mun

do d

a fa

ntas

ia q

ue e

nvol

ve e

sse

proc

esso

lite

rári

o....

A o

bra

infa

ntil

tem

a

fina

lidad

e de

enq

uant

o di

vert

ir a

cri

ança

ofe

rece

r es

clar

ecer

sob

re e

la m

esm

a fa

vore

cend

o o

dese

nvol

vim

ento

da

sua

pers

onal

idad

e. M

onte

iro

Lob

ato

foi

o pr

imei

ro a

utor

da

liter

atur

a in

fant

il br

asile

ira

que

deu

voz

às c

rian

ças

atra

vés

das

pers

onag

ens

desa

fian

do a

ssim

nov

as d

esco

bert

as.

Par

a en

tão

esse

pro

cess

o o

auto

r de

lite

ratu

ra i

nfan

til

perc

orre

um

cam

inho

de

vári

as a

dapt

açõe

s im

port

ante

s pa

ra o

pro

cess

o ed

ucat

ivo

e lit

erár

io.”

(10

/03/

2014

)

“Lei

tura

e d

iscu

ssão

do

text

o “P

erco

rren

do a

his

tóri

a”. C

ap. 2

do

livro

“E

ra u

ma

vez.

..na

esc

ola”

– f

orm

ando

edu

cado

res

para

for

mar

leito

res.

O t

exto

res

salta

o in

tere

sse

da b

urgu

esia

em

pr

epar

ar m

ão d

e ob

ra e

fici

ente

, par

a ta

l, a

mes

ma

pass

ou e

m i

nves

tir

na e

duca

ção,

logo

a in

fânc

ia p

asso

u a

ser

o ce

ntro

das

ate

nçõe

s co

ndic

iona

ndo

as c

rian

ças

a te

rem

um

pap

el s

ocia

l. N

este

con

text

o a

liter

atur

a in

fant

il, s

urge

com

o fe

rram

enta

bur

gues

a fo

rmad

ora

de m

enta

lidad

es.

Des

ta f

orm

a, a

lite

ratu

ra i

nfan

til

cres

ce c

om a

int

ençã

o de

for

mar

os

com

port

amen

tos

e at

itude

s, v

isan

do p

ropa

gar

uma

ideo

logi

a. N

o B

rasi

l, a

part

ir d

o ev

ento

Pro

clam

ação

da

Rep

úblic

a, c

om o

pro

cess

o de

urb

aniz

ação

, na

sce

um p

úblic

o áv

ido,

por

con

sum

ir p

rod

utos

cu

ltura

is.

Mon

teir

o L

obat

o, u

m d

os m

aior

es a

utor

es d

a lit

erat

ura

infa

ntil,

tra

z um

a pr

eocu

paçã

o em

esc

reve

r nu

ma

lingu

agem

co

mpr

eens

ível

par

a as

cri

ança

s. P

orém

, ap

ós t

odo

este

av

anço

sur

ge u

ma

mas

sifi

caçã

o da

pro

duçã

o cu

ltura

l. E

sta

liter

atur

a no

s po

ssib

ilito

u um

a re

flex

ão s

obre

os

cam

inho

s pe

rcor

rid

os d

a lit

erat

ura

infa

ntil

ao lo

ngo

dos

anos

e s

uas

infl

uênc

ias

para

ent

ão c

ompr

e end

erm

os a

rea

lidad

e at

ual

dest

a lit

erat

ura

e o

com

port

amen

to d

e ad

ulto

s e

cria

nças

no

cam

po d

a lit

erat

ura.

Hoj

e, o

mer

cado

cul

tura

l lit

erár

io s

ofre

um

bo

mba

rdea

men

to d

e liv

ros

mer

amen

te c

omer

ciai

s. C

ontu

do, t

emos

um

a gr

ande

gam

a de

aut

ores

cri

ativ

os q

ue a

inda

nos

gar

ante

m a

exc

elên

cia

de g

rand

es o

bras

.” (

24/0

3/20

14)

“I

nici

amos

o P

EA

com

um

a le

itura

com

part

ilhad

a de

“M

ario

Qui

ntan

a” s

obre

a r

espo

nsab

ilid

ade

de n

osso

s at

os. E

m s

egui

da c

onti

nua

mos

a l

eitu

ra d

o ca

pítu

lo 3

liv

ro E

ra u

ma

vez.

..na

esco

la. R

eto m

ando

com

o q

uest

iona

men

to e

ref

lexã

o –

O q

ue é

ser

cri

ança

? O

tex

to e

vide

ncia

a i

mpo

rtân

cia

do d

esen

ho p

ara

o de

senv

olvi

men

to d

a cr

ianç

a. H

á re

laçã

o en

tre

a ev

oluç

ão

do d

esen

ho e

a e

volu

ção

da li

ngua

gem

. E a

s na

rrat

ivas

infa

ntis

aju

dam

os

pequ

enos

a o

rden

ar s

eus

sent

imen

tos

e a

com

pree

nder

o m

undo

. A m

ente

infa

ntil

retr

ata

um p

ensa

r im

agét

ico

e os

con

tos

de f

ada

cons

egue

m t

rans

mit

ir i

nfor

maç

ões

da c

rian

ça r

espe

itand

o o

seu

esta

do c

ogni

tivo

e o

des

envo

lvim

ento

em

ocio

nal.

Ou

seja

, as

im

agen

s re

trat

am f

atos

rel

acio

nado

s ao

se

ntim

ento

. O

aut

or c

ita o

s liv

ros

com

o “O

men

ino

mal

uqui

nho”

que

nos

rev

ela

com

o pe

nsa

a cr

ianç

a. Z

iral

do c

apta

a c

arac

terí

stic

a do

pen

sam

ento

inf

anti

l co

m m

uita

pro

prie

dade

, m

ostr

ando

que

est

á ab

erto

ao

jogo

e a

o br

inqu

edo.

A c

rian

ça m

uita

s ve

zes

não

ente

nde

o qu

e es

tá s

endo

dito

, poi

s nã

o es

tá p

ront

a ai

nda

para

ent

ende

r o

sign

ific

ado

das

pala

vras

. Qua

ndo

a cr

ianç

a br

inca

com

os

sons

, apr

ende

m a

for

mar

o s

ímbo

lo. E

xem

plo

– M

onte

iro

Lob

ato

com

o jo

go d

a E

míli

a. S

egun

do V

ygos

tisk

y o

adul

to d

eve

conv

ersa

r co

m a

cri

ança

des

de b

ebê.

P

iage

t de

scre

ve o

s pr

imei

ros

esqu

emas

ver

bais

na

cria

nça.

A p

oesi

a é

uma

das

lingu

agen

s m

ais

adeq

uada

s p/

ati

var,

a f

unçã

o si

mbó

lica

na c

rian

ça. O

des

envo

lvim

ento

do

pré-

oper

atór

io

ao o

pera

tóri

o co

ncre

to e

stá

clar

o na

s pu

blic

açõe

s de

Em

ília

Fer

reir

o no

livr

o: A

psi

cogê

nese

da

língu

a es

crita

. Mos

tran

do a

s hi

póte

ses

sobr

e a

escr

ita d

a cr

ianç

a.(.

..) O

tex

to d

eixo

u cl

aro,

a

impo

rtân

cia

do e

duca

dor

e su

a vi

são

abra

ngen

te d

o de

senv

olvi

men

to l

ingu

ísti

co e

int

elec

tual

ade

quad

o à

fai

xa e

tári

a e

está

gio

cogn

itiv

o da

cri

ança

, P

roje

tos

rela

cion

ados

a l

eitu

ra

ofer

ecem

a c

rian

ça a

pos

sibi

lidad

e de

des

envo

lvim

ento

do

conc

reto

ao

abst

rato

. (14

/04/

2014

)

“L

eitu

ra c

ompa

rtilh

ada

do l

ivro

“A

s se

te b

enze

deir

as e

sua

s hi

stór

ias”

com

a h

istó

ria

da D

ona

Ter

eza

que

conh

ece

as e

rvas

que

cur

am..E

m s

egui

da, d

emos

iní

cio

as l

eitu

ras

sobr

e a

área

de

Mat

emát

ica.

A C

P n

os o

rien

tou

que

já h

avia

sel

ecio

nado

alg

uns

text

os d

a au

tora

Kat

ia S

. Sm

ole

para

que

nos

nor

teás

sem

os n

o d

esen

volv

imen

to d

e jo

gos,

bri

ncad

eira

s e

reso

luçã

o de

pr

oble

mas

par

a as

sim

, ab

orda

rmos

ess

a ár

ea d

e co

nhec

imen

to.

Nos

sa p

rim

eira

lei

tura

foi

o R

CN

, vo

l 3,

pág

207

a 2

12.

O t

exto

pro

põe

que

faze

r m

atem

átic

a é

expo

r id

eias

pró

pria

s,

escu

tar

as d

os o

utro

s, f

orm

ular

e c

omun

icar

pro

cedi

men

tos

de r

esol

ução

de

prob

lem

as, c

onfr

onta

r, a

rgum

enta

r e

proc

urar

val

idar

seu

pon

to d

e vi

sta,

ant

ecip

ar r

esul

tado

s de

exp

eriê

ncia

s

Page 181: Karin Patricia Oliveira

29

não

real

izad

as,

acei

tar

erro

s, b

usca

r da

dos

que

falta

m p

ara

reso

lver

pro

blem

as e

ntre

as

cois

as...

Con

cluí

mos

que

com

o a

vanç

o da

tec

nolo

gia

os s

eres

hum

anos

est

ão c

ada

vez

mai

s pe

nsan

do m

enos

, poi

s es

tes

já e

ncon

tram

sis

tem

as e

pro

gram

as q

ue e

xecu

tam

o r

acio

cíni

o en

treg

ando

-lhe

s tu

do p

ront

o. C

abe

a es

cola

tra

balh

ar f

orm

as d

e de

senv

olve

r no

alu

no i

nter

esse

po

r re

solu

ção

de p

robl

emas

, ent

re o

utro

s.”

(14/

07/2

014)

“(

...)

cont

inua

mos

a l

eitu

ra d

o R

efer

enci

al C

urri

cula

r N

acio

nal d

a E

duca

ção

Infa

ntil,

no

capí

tulo

que

fal

ava

sobr

e a

cria

nça

e a

mat

emát

ica

onde

a p

arti

r da

s ex

peri

ênci

as p

ropo

rcio

nada

s pe

las

inte

raçõ

es c

om o

mei

o at

rav é

s de

con

heci

men

tos

e ne

cess

idad

es q

ue p

odem

ser

com

part

ilhad

as. A

med

ida

que

cres

cem

as

cria

nças

con

quis

tam

mai

or a

uton

omia

e c

onse

guem

lev

ar

adia

nte

por

um t

empo

mai

or, a

ções

que

ten

ham

fin

alid

ade

entr

e el

as, a

tivi

dade

s e

jogo

s, f

orm

ulam

que

stõe

s m

ais

elab

orad

as, a

pren

dem

a t

raba

lhar

dia

nte

de u

m p

robl

ema,

des

envo

lvem

es

trat

égia

s, c

riam

ou

mud

am r

egra

s de

jog

os,

revi

sam

o q

ue f

izer

am e

dis

cute

m e

ntre

par

es a

s di

fere

ntes

pro

post

as.”

(...

) o

trab

alho

com

a m

atem

átic

a fa

z co

m q

ue p

ossa

mos

ref

leti

r a

impo

rtân

cia

da c

rian

ça n

esse

mun

do d

os n

úmer

os q

ue a

con

duze

m a

um

a ap

rend

izag

em s

igni

fica

tiva

e e

nriq

uece

dora

”. (

15/0

7/20

14)

“N

esta

dat

a le

mos

o R

efer

enci

al C

urri

cula

r N

acio

nal p

/ a

Edu

caçã

o In

fant

il –

Mat

emát

ica

– O

rien

taçõ

es d

idát

icas

, das

pág

. 225

a 2

33. N

este

tre

cho,

vim

os a

im

port

ânci

a do

tra

balh

o co

m

o us

o de

med

idas

na

com

pree

nsão

de

conc

eito

s m

atem

átic

os e

do

núm

ero

em s

i. A

s m

edid

as f

azem

par

te d

o co

tidia

no d

as c

rian

ças.

Por

iss

o, o

pro

fess

or d

eve

part

ir d

essa

prá

tica

para

am

plia

r os

con

heci

men

tos

das

cria

nças

.” (

21/0

7/20

14)

“Lei

tura

do

Ref

eren

cial

Cur

ricu

lar:

Jog

os e

bri

ncad

eira

s na

Mat

emát

ica.

Vár

ios

tipo

s de

bri

ncad

eira

s e

jogo

s ca

usam

inte

ress

e a

cria

nça

pequ

ena,

con

stitu

indo

um

con

text

o ri

co e

m id

eias

m

atem

átic

as.

São

exe

mpl

os d

isso

can

tigas

, br

inca

deir

as c

omo

a da

nça

das

cade

iras

, qu

ebra

-cab

eças

, la

biri

ntos

, do

min

ós,

dado

s de

dif

eren

tes

tipos

, jo

gos

de e

ncai

xe,

jogo

s de

car

tas,

et

c.(.

..) A

tivi

dade

s pe

rman

ente

s sã

o si

tuaç

ões

prop

osta

s de

for

ma

sist

emát

ica

e co

m r

egul

arid

ade.

(...

) A

seq

uênc

ia d

e at

ivid

ades

se

cons

titu

em e

m u

ma

séri

e de

açõ

es p

lane

jada

s e

orie

ntad

as c

omo

obje

tivo

de

prom

over

um

a ap

rend

izag

em e

spec

ífic

a e

defi

nida

. O p

rofe

ssor

pro

põe

o co

nfro

nto

dos

regi

stro

s pa

ra q

ue o

gru

po c

onhe

ça d

ifer

ente

s es

trat

égia

s ex

peri

men

te

nova

s fo

rmas

e p

o ssa

ava

nçar

em

seu

s pr

oced

imen

tos

de r

egis

tro.

Des

sa f

orm

a, a

nalis

ando

e d

iscu

tind

o se

us p

roce

dim

ento

s, a

s cr

ianç

as p

odem

exp

erim

enta

r di

fere

ntes

tip

os d

e re

gist

ros

até

acha

r o

que

cons

ider

a m

ais

adeq

uado

. (.

..) N

esta

lei

tura

, ve

rifi

cam

os a

im

port

ânci

a da

s di

vers

as e

stra

tégi

as q

ue t

em c

omo

obje

tivo

des

envo

lver

o p

ensa

men

to m

atem

átic

o de

um

a fo

rma

mai

s ce

ntra

da, c

om c

lare

za e

opo

rtun

idad

es.”

(22

/07/

2014

)

“Lei

tura

e d

iscu

ssão

do

livro

“O

rien

taçõ

es C

urri

cula

res

– E

xpec

tati

vas

de A

pren

diza

gens

e O

rien

taçõ

es D

idát

icas

” ca

p. E

xper

iênc

ias

de a

prop

riaç

ão d

o co

nhec

imen

to m

atem

átic

o, p

ag.

106

a 10

8. N

este

tex

to o

aut

or r

essa

lta q

ue,

embo

ra g

rand

e pa

rte

das

situ

açõe

s of

erec

idas

às

cria

nças

est

ejam

ins

erid

as n

as b

rinc

adei

ras,

pod

emos

ter

um

olh

ar m

ais

espe

cífi

co p

ara

a qu

estã

o da

exp

lora

ção

dos

núm

eros

, as

cri

ança

s ga

nham

luz

as

ques

tões

de

expl

oraç

ões

de q

uant

idad

es n

as b

rinc

adei

ras

e pr

átic

as c

otid

iana

s ex

plor

ando

as

nota

ções

num

éric

as e

m

dife

rent

es c

onte

xtos

: reg

istr

o de

jogo

s, c

ontr

ole

de m

ater

iais

da

sala

, qua

ntid

ades

de

pess

oas

que

vão

mer

enda

r ou

que

vão

a u

m p

asse

io e

, pri

ncip

alm

ente

enr

ique

cer

suas

bri

ncad

eira

s de

fa

z de

con

ta c

om m

ater

iais

que

con

vide

m a

pen

sar

sobr

e os

núm

eros

.” (

28/0

7/20

14)

“C

onti

nuam

os a

leitu

ra d

o liv

ro s

obre

a M

atem

átic

a, c

apítu

lo 2

: “P

or q

ue b

rinc

ar e

as

brin

cade

iras

.” O

bser

vand

o as

cri

ança

s, le

ndo

sobr

e co

mo

elas

apr

ende

m,

busc

ando

for

mas

de

torn

ar

mai

s si

gnif

icat

iva

e pr

azer

osa.

Bri

ncar

é t

ão i

mpo

rtan

te e

sér

io p

ara

a cr

ianç

a co

mo

trab

alha

r pa

ra o

adu

lto.

(...)

Des

de a

esc

ola

infa

ntil

deve

ser

pre

ocup

ação

do

prof

esso

r o

dese

nvol

vim

ento

do

resp

eito

pel

as i

deia

s de

tod

os,

a va

lori

zaçã

o e

disc

ussã

o do

rac

iocí

nio,

das

sol

uçõe

s e

ques

tion

amen

tos

dos

alun

os.

Out

ros

fato

res

que

nos

leva

m a

pro

por

as

brin

cade

iras

com

o es

trat

égia

s de

tra

balh

o em

mat

emát

ica,

qua

is s

ejam

, o

reco

nhec

imen

to d

e qu

e at

ivid

ades

cor

pora

is p

odem

ser

con

stitu

ir n

uma

form

a, n

uma

rota

par

a as

cri

ança

s ap

rend

erem

con

ceito

s m

atem

átic

os e

que

as

aula

s de

mat

emát

ica

deve

m s

ervi

r pa

ra q

ue a

luno

s de

Edu

caçã

o In

fant

il (t

exto

inac

abad

o). W

allo

n co

nsid

erav

a qu

e o

pens

amen

to d

a cr

ianç

a se

con

stitu

i em

par

alel

o a

orga

niza

ção

de s

eu e

sque

ma

corp

oral

e n

a cr

ianç

a pe

quen

a o

pens

amen

to s

ó ex

iste

na

inte

raçã

o de

sua

s aç

ões

físi

cas

com

o a

mbi

ente

. P

iage

t re

alça

ain

da a

im

port

ânci

a do

s as

pec t

os c

orpo

rais

na

form

ação

da

imag

em m

enta

l e

na r

epre

sent

ação

im

agét

ica.

Par

a es

ses

auto

res

os m

ovim

ento

s co

mun

icat

ivos

dos

ges

tos,

das

pos

tura

s e

das

expr

essõ

es f

acia

is s

ão l

ingu

agen

s de

sin

ais

que

as c

rian

ças

apre

ndem

a i

nter

pret

ar j

á no

s pr

imei

ros

anos

de

vida

e q

ue p

odem

apr

imor

ar c

om o

pas

sar

do t

empo

, se

não

for

em i

nibi

das

pela

s im

posi

ções

da

lingu

agem

ora

l.” (

04/0

8/20

14)

“H

oje

fize

mos

a l

eitu

ra d

o te

xto

“Bri

ncad

eira

s co

m b

olas

” do

liv

ro “

Bri

ncad

eira

s in

fant

is n

as a

ulas

de

mat

emát

ica”

. A

lei

tura

inf

orm

a in

icia

lmen

te c

omo

são

os jo

gos

com

bol

as e

seu

s ob

jeti

vos

que

são

rela

cion

ados

a la

tera

lidad

e, e

spac

ialid

ade,

mot

rici

dade

, alé

m d

e as

pect

os g

eom

étri

cos

e ou

tros

. O te

xto

ain

da r

essa

lta q

ue a

bri

ncad

eira

com

bol

a es

tim

ula

a pa

rtic

ipaç

ão

ativ

a do

s al

unos

num

a re

crea

ção

orie

ntad

a e

dinâ

mic

a, q

ue d

ão g

rand

e co

ntri

buiç

ão a

o tr

abal

ho e

duca

cion

al, p

ois

em m

atem

átic

a, a

s br

inca

deir

as c

om b

ola

auxi

liam

no

dese

nvol

vim

ento

de

hab

ilid

ades

com

o no

ção

de e

spaç

o, t

empo

, di

reçã

o, s

entid

o, i

dent

ific

ação

e c

ompa

raçã

o de

for

mas

geo

mét

rica

s (b

ola

e cí

rcul

o, c

onta

gem

, co

mpa

raçã

o de

qua

ntid

ade

e no

ção

de

adiç

ão. E

ncon

tram

os n

essa

leitu

ra o

rien

taçõ

es s

obre

o b

olic

he, b

atat

a qu

ente

, ale

rta,

o li

mão

, bol

a no

ces

to, b

ola

ao a

lto, b

ola

caça

da e

m d

uplo

cír

culo

e q

ueim

ada.

” 18

/08/

2014

)

“Hoj

e co

ntin

uam

os a

leitu

ra d

o te

xto:

Bri

ncad

eira

s de

rod

a V

imos

as

brin

cade

iras

: Ele

fant

e co

lori

do, e

u co

m a

s qu

atro

, par

edão

e r

evez

amen

to d

e bo

las

em c

olun

as. A

aut

ora

deta

lha

cada

Page 182: Karin Patricia Oliveira

30

brin

cade

ira

e ai

nda

dest

aca

as h

abil

idad

es n

eces

sári

as, o

s de

senh

os d

as c

rian

ças

com

o re

gist

ro e

o d

esen

volv

imen

to d

a br

inca

dei

ra.

A b

rinc

adei

ra p

ared

ão q

ue t

rata

de

um e

xerc

ício

com

bo

la c

anta

ndo

uma

parl

enda

. Ach

amos

que

é b

em c

ompl

exa

para

tur

mas

de

educ

ação

infa

ntil.

A b

rinc

adei

ra r

evez

amen

to c

om b

olas

des

envo

lve

a co

oper

ação

e o

sen

tim

ento

do

cole

tivo

” (0

1/09

/201

4).

“Nes

te d

ia f

izem

os a

lei

tura

do

text

o P

ropo

stas

de

Res

oluç

ão d

e P

robl

emas

– p

robl

emas

a p

artir

de

um c

enár

io –

nes

se t

ipo

de p

ropo

sta

usam

os u

m c

enár

io p

revi

amen

te e

scol

hido

, co

m

pers

onag

ens

que

pode

m s

er m

ovim

enta

dos

e co

m u

ma

hist

ória

que

art

icul

a o

tem

a do

cen

ário

com

peq

ueno

s pr

oble

mas

que

as

cria

nças

dev

em r

esol

ver,

mov

imen

tand

o os

per

sona

gens

. A

os c

inco

e s

eis

anos

, a

part

ir d

o m

omen

t o e

m q

ue o

s al

unos

ten

ham

des

envo

lvid

o ha

bilid

ades

de

com

pree

nder

, re

solv

er e

rep

rese

ntar

pro

blem

as p

ropo

stos

ora

lmen

te s

ejam

num

éric

os,

ou n

ão,

o pr

ofes

sor

pode

pro

por

que

reso

lvam

pro

blem

as a

pres

enta

dos

por

escr

ito.

O p

rofe

ssor

com

o le

itor

auxi

lia o

s al

uno

s le

ndo

o pr

oble

ma,

gar

anti

ndo

que

todo

s co

mpr

eend

am,

cuid

ando

par

a nã

o en

fati

zar

pala

vras

e in

cent

ivan

do-o

s a

busc

arem

a s

oluç

ão p

ara

si m

esm

os.”

06/

10/2

014)

“N

este

dia

, as

sist

imos

o v

ídeo

: M

ônic

a em

com

o at

rave

ssar

a s

ala.

O v

ídeo

com

eça

com

um

a si

tuaç

ão p

robl

ema

vivi

da p

ela

pers

onag

em M

ônic

a. A

trav

és d

ele,

pod

emos

enc

ontr

ar

dive

rsas

pos

sibi

lidad

es p

ara

reso

lver

um

pro

blem

a. O

s pr

oble

mas

não

têm

ape

nas

uma

solu

ção.

Sel

ecio

nam

os c

hara

dinh

as d

a co

leçã

o da

edi

tora

Cir

anda

cul

tura

l par

a tr

abal

har

em s

ala

que

esti

mul

am o

rac

iocí

nio

lógi

co.”

(07

/10/

2014

) “N

esta

dat

a fi

zem

os a

lei

tura

do

text

o: “

Ofi

cina

s de

jog

os p

ara

a ed

ucaç

ão i

nfan

til”

– M

aria

Rita

Pen

tead

o. A

aut

ora

defe

nde

a pr

opos

ta d

e qu

e há

vár

ias

man

eira

s de

res

olve

r os

pr

oble

mas

. O

jog

o co

nstit

ui,

port

anto

, um

esp

aço

priv

ilegi

ado

de a

pren

diza

gem

. O

s jo

gos

recu

pera

m o

pen

sam

ento

mat

emát

ico

de m

anei

ra s

igni

fica

tiva

prop

ondo

tar

efas

e s

ituaç

ões

de

dive

rsos

tip

os e

gra

us d

e di

ficu

ldad

es, p

ropi

cian

do a

os a

luno

s el

abor

arem

noç

ões

em d

ifer

ente

s ní

veis

de

com

plex

idad

e.”

(04/

11/2

014)

“L

eitu

ra d

o te

xto:

A c

rian

ça e

a m

atem

átic

a da

aut

ora:

Alin

e C

orrê

a de

Sou

za –

livr

os n

ovos

cam

inho

s –

Edu

caçã

o In

fant

il: M

atem

átic

a. A

mat

emát

ica

está

pre

sent

e em

nos

sa v

ida

desd

e m

uito

ced

o, m

esm

o an

tes

de e

ntra

r na

esc

ola,

apr

ende

m m

atem

átic

a, a

par

tir d

e su

as p

rópr

ias

açõe

s, a

med

ida

que

busc

am s

oluç

ões

para

res

olve

r si

tuaç

ões

do c

otid

iano

. O

pap

el d

o pr

ofes

sor,

des

de a

edu

caçã

o in

fant

il é

o de

pro

mov

er s

ituaç

ões

nas

quai

s as

cri

ança

s po

ssam

pôr

em

prá

tica

os

conh

ecim

ento

s q

ue j

á te

m e

aju

dá-l

as a

org

aniz

ar m

elho

r as

sua

s in

form

açõe

s e

estr

atég

ias

prop

orci

onan

do t

ambé

m c

ondi

ções

par

a a

cons

truç

ão d

e no

vos

conh

ecim

ento

s. P

reci

sam

os p

lane

jar

situ

açõe

s na

s qu

ais

as c

rian

ças,

ao

se d

epar

arem

com

nov

os

desa

fios

pos

sam

usa

r o

que

já s

abem

par

a pr

oduz

ir n

ovos

cam

inho

s, n

ão s

omen

te o

fere

cer

opor

tuni

dade

s pa

ra a

plic

ar o

que

já s

abem

.” (

10/1

1/20

14)

“Nes

ta d

ata

real

izam

os a

pes

quis

a de

ati

vida

des

com

obj

etiv

o de

dar

con

tinu

idad

e ao

trab

alho

com

as

cria

nças

na

reso

luçã

o de

pro

blem

as:

ativ

idad

es d

iver

sifi

cada

s, p

ropo

stas

com

intu

ito

de e

stim

ular

cri

ativ

idad

e, r

egis

tro

e fi

naliz

ação

da

prop

osta

em

que

stão

. C

om i

sso,

as

ativ

idad

es d

esen

volv

idas

pod

erão

gar

antir

a c

onst

ruçã

o da

esc

rita

e a

ass

imila

ção

das

mes

mas

de

form

a ef

icaz

e p

osit

iva.

” 17

/11/

2014

)

A

no

leti

vo 2

015

– 04

pro

fess

ores

par

ticip

ante

s e

CP

“(

...)

Dis

cuti

mos

a r

espe

ito d

o tr

abal

ho c

om a

mús

ica

que

será

rea

lizad

o d

uran

te o

bim

estr

e te

ndo

com

o te

ma

“O S

amba

” e

refl

etim

os a

inda

a r

espe

ito d

as p

ropo

stas

do

trab

alho

cor

pora

l a

ser

feito

no

teat

ro.

Tea

tro

feito

pel

a dr

amat

izaç

ão i

nter

ativ

a em

que

tod

os p

artic

ipam

de

igua

l m

odo,

ten

do c

omo

met

odol

ogia

a e

spon

tane

idad

e. D

eter

min

amos

qua

nto

ao t

raba

lho

das

arte

s vi

suai

s, e

stud

o de

três

art

ista

s, e

ntre

ele

s Iv

an C

ruz,

Vol

pi, I

berê

Cam

argo

, Ald

emir

Mar

tins

, “T

arci

la”

do A

mar

al, P

orti

nari

, nom

es in

dica

dos

que

serã

o po

ster

iorm

ente

sel

ecio

nado

s as

sim

com

o su

as t

écni

cas.

Dar

emos

iní

cio

ao p

rim

eiro

bim

estr

e co

m a

s ar

tes

visu

ais

tend

o co

mo

foco

ini

cial

o d

esen

ho.

O t

raba

lho

com

os

pint

ores

ser

á re

aliz

ado

no

2º s

emes

tre.

” (2

4/02

/201

5)

“Nes

te d

ia r

ealiz

amos

o P

EA

no

labo

rató

rio

de in

form

átic

a pa

ra c

onhe

cer

as o

bras

dos

art

ista

s e

assi

m, s

elec

iona

r os

pin

tore

s e

suas

pro

duçõ

es a

rtís

tica

s pa

ra t

raba

lhos

com

as

cria

nças

. A

arte

é a

lgo

nece

ssár

io p

ara

a vi

da h

uman

a. I

nfel

izm

ente

ela

é c

onsi

dera

da e

litis

ta, c

ontu

do a

esc

ola

é um

am

bien

te f

acil

itado

r pa

ra e

sta

apro

xim

ação

. Des

ta f

orm

a o

trab

alho

com

art

es n

a ed

ucaç

ão in

fant

il é

de s

uma

impo

rtân

cia.

” (0

3/03

/201

5)

“Ini

ciam

os a

ssis

tind

o ao

víd

eo “

Lei

tura

do

dese

nho”

e a

par

tir d

aí f

izem

os u

ma

refl

exão

da

noss

a pr

átic

a (O

des

enho

est

ranh

o).

Dep

ois

foi

feito

a l

eitu

ra d

o te

xto

Art

es v

isua

is n

a ed

ucaç

ão I

nfan

til.

Lei

tura

do

text

o: “

Art

es V

isua

is n

a E

d. I

nfan

til q

ue r

elat

a o

estu

do s

obre

as

Art

es V

isua

is n

a ed

ucaç

ão in

fant

il qu

e fa

la d

as f

ases

do

dese

nho

com

sua

s pa

rtic

ular

idad

es,”

(1

0/03

/201

5)

“Lei

tura

do

Cad

erno

da

rede

– F

orm

ação

de

Pro

fess

ores

– P

ercu

rsos

de

Apr

endi

zage

ns:

Um

olh

ar p

ara

o de

senh

o na

Edu

c. I

nfan

til,

pag

8, 9

, 10,

12

e 13

. O t

exto

res

salta

que

o d

esen

ho é

a

mar

ca d

e um

a tr

ajet

ória

, po

is p

or m

eio

dele

del

inea

mos

nos

sa i

ndiv

idua

lidad

e. (

...)

Ao

dese

nhar

, a

cria

nça

brin

ca e

por

tant

o po

dem

os c

onvi

dá-l

a a

brin

car

com

vár

ios

supo

rtes

e

ferr

amen

tas

(tin

ta, g

iz d

e ce

ra, c

arvã

o, e

tc).

“ (

23/0

3/20

15)

Page 183: Karin Patricia Oliveira

31

“Rea

lizam

os a

tivi

dade

: S

equê

ncia

Did

átic

a: D

esen

ho d

e im

agin

ação

, co

mo

dese

nhar

o q

ue n

ão e

xist

e? L

eitu

ra d

a hi

stór

ia:

“O g

rúfa

lo”.

Des

enho

de

imag

inaç

ão –

Des

enha

r o

Grú

falo

(c

abeç

a e

corp

o).

Rod

a de

apr

ecia

ção

– E

xpor

os

dese

nhos

. L

eitu

ra d

a hi

stór

ia –

com

para

r os

des

enho

s. R

oda

de A

prec

iaçã

o –

Imag

ens

de a

rtis

tas.

Ati

vida

des:

cor

tar

os d

esen

hos

no

mei

o, s

epar

ando

o c

orpo

da

cabe

ça e

dep

ois

junt

ar c

om o

grú

falo

do

cole

ga e

ver

com

o fi

cou.

Bri

ncad

eira

de

enco

ntra

r a

met

ade.

Ass

isti

mos

ao

víde

o N

ova

Esc

ola

sobr

e a

ativ

idad

e.”

(14/

04/2

015)

“R

egis

tro

no li

vro

do G

rupo

2.”

(28

/04/

2015

) “N

este

enc

ontr

o re

aliz

amos

a le

itura

do

text

o “C

ader

nos

de D

esen

ho –

Um

diá

rio

do p

ercu

rso

cria

dor

das

cria

nças

”, r

etir

ado

da R

evis

ta A

visa

lá n

º 8

de O

utub

ro d

e 20

01, q

ue tr

ata

sobr

e o

uso

do c

ader

no d

e de

senh

o no

dec

orre

r do

tem

po n

a es

cola

. A

ntig

amen

te e

ra t

radi

cion

alm

ente

uti

lizad

o pa

ra a

pren

der

geom

etri

a ou

par

a co

piar

im

agen

s, n

em s

empr

e de

boa

qua

lidad

e.

Hoj

e el

e tr

az n

ovos

sig

nifi

cado

s pa

ra a

s cr

ianç

as,

pode

ser

um

rec

urso

que

aju

da a

per

cebe

r as

mud

ança

s de

seu

s tr

açad

os;

para

o e

duca

dor

pode

ser

um

obj

eto

de p

esqu

isa

que

apoi

a o

plan

ejam

ento

de

seu

trab

alho

. Em

seg

uida

rea

lizam

os a

lei

tura

do

text

o “D

e ol

ho n

a P

ráti

ca –

par

a a

orga

niza

ção

do tr

abal

ho”,

do

Cad

erno

da

Red

e es

crito

por

Silv

ana

Aug

usto

, que

nos

fe

z re

flet

ir s

obre

as

prop

osta

s de

des

enho

e p

intu

ra n

o pl

anej

amen

to d

iári

o.”

(05/

05/2

015)

“L

eitu

ra d

o R

CN

s (p

g 85

a 9

3);

que

fala

sob

re a

pre

senç

a da

s A

rtes

Vis

uais

na

Edu

caçã

o In

fant

il. A

s ar

tes

visu

ais

expr

essa

m,

com

unic

am e

atr

ibue

m s

entid

o as

sen

saçõ

es,

sent

imen

tos,

pe

nsam

ento

s e

real

idad

e po

r m

eio

da o

rgan

izaç

ão d

e lin

has,

for

mas

, pon

tos.

(...

) A

art

e da

cça

, des

de c

edo,

sof

re i

nflu

ênci

a da

cul

tura

sej

a po

r m

eio

de m

ater

iais

e s

upor

tes

com

que

faz

se

us t

raba

lhos

, se

ja p

elas

im

agen

s e

atos

de

prod

ução

art

ísti

ca.

(...)

O t

raba

lho

de A

rtes

Vis

uais

na

Ed.

Inf

anti

l re

quer

pro

fund

a at

ençã

o no

que

se

refe

re a

o re

spei

to d

as p

ecul

iari

dade

s e

esqu

emas

de

conh

eci/o

pró

prio

s a

cada

fai

xa e

tári

a e

níve

l de

dese

nvol

vim

ento

.” (

12/0

5/20

15)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

lei

tura

e d

iscu

ssão

a r

espe

ito d

e su

gest

ão d

e at

ivid

ades

par

a tr

abal

har

a L

ingu

agem

Art

ísti

ca –

Art

es V

isua

is:

Rod

a de

Con

vers

a, A

pres

enta

ção

do a

rtis

ta p

ara

a tu

rma.

Tra

balh

ando

com

a i

mag

em:

sele

cion

ar u

ma

obra

, ap

rese

ntar

, de

ixar

as

cria

nças

fal

arem

, pe

rgun

tar

sobr

e su

as c

arac

terí

stic

as,

esta

bele

cer

rela

ções

com

as

expe

riên

cias

das

cr

ianç

as, o

bser

var

e re

gist

rar,

dei

xar

a im

agem

fix

ada

dura

nte

a se

man

a pa

ra m

elho

r ob

serv

ação

. Rel

eitu

ras:

ati

vida

des

suge

rida

s a

part

ir d

a o

bra

sele

cion

ada,

uti

lizar

dif

eren

tes

técn

icas

: co

lage

m,

impr

essã

o, e

tc..

repr

oduz

ir a

obr

a us

ando

dif

eren

tes

mat

eria

is,

utili

zar

dife

rent

es s

upor

tes

e di

fere

ntes

for

mas

: pa

pelã

o, c

olor

set

, ca

rtol

ina,

sul

fite

– r

edon

do,

triâ

ngul

o,

quad

rado

, etc

., ex

posi

ção

dos

trab

alho

s na

sal

a e

nos

corr

edor

es.”

(22

/06/

2015

)

“Nes

ta d

ata

cont

inua

mos

com

a l

eitu

ra d

o liv

ro “

Did

átic

a do

Ens

ino

da A

rte

– A

art

e m

oder

na d

efor

ma

dem

ais?

Ant

es d

e tu

do a

pre

mis

sa e

stá

erra

da:

a ar

te n

ão c

opia

a n

atur

eza.

B

usca

ndo

a ré

plic

a vi

sual

da

folh

a, o

art

ista

nov

amen

te a

bstr

ai, v

endo

-se

obri

gado

a t

rans

form

ar a

mat

éria

con

cret

a em

ele

men

tos

abst

rato

s. O

art

ista

inve

nta

linha

s pa

ra r

epre

sent

ar o

que

na

nat

urez

a se

ria

a ba

inha

da

folh

a ou

as

suas

ner

vura

s, o

u su

a ha

ste,

ou

plan

os d

ifer

ente

s es

paço

s, a

ssim

com

o in

vent

ar r

elaç

ões

de c

ores

par

a de

scre

ver

o ca

lor

e a

luz

sola

r, a

clo

rofi

la

na q

uím

ica

da v

ida,

as

hora

s e

os t

empo

s do

dia

. R

eite

rem

os q

ue,

mes

mo

quer

endo

ins

pira

r-se

em

for

mas

da

natu

reza

, o a

rtis

ta a

s ab

ando

na p

ara

cria

r fo

rmas

de

lingu

agem

. S

ão f

orm

as

espe

cífi

cas

de a

cord

o co

m a

esp

ecif

icid

ade

mat

eria

l de

cad

a lin

guag

em,

cria

ndo

novo

s co

ntex

tos

form

ais

cuja

ext

ensã

o e

equi

líbri

o ir

ão s

ervi

r de

pad

rão

de r

efer

ênci

a à

próp

ria

inte

rpre

taçã

o da

s fo

rmas

art

icul

adas

pel

o ar

tist

a.”

(06/

07/2

015)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

um

a at

ivid

ade

prát

ica

utili

zand

o a

met

odol

ogia

mul

tipr

opós

ito. H

istó

ria

da A

rte

– Id

ade

Méd

ia –

Pin

tor

hola

ndês

Hie

rony

mus

Bos

h (1

450-

1516

), p

into

r ho

land

ês

– ob

ras

enig

mát

icas

, tem

as r

elig

ioso

s co

mpl

exos

e m

uita

fan

tasi

a e

imag

inaç

ão d

emon

íaca

. Apr

ecia

ção

da im

agem

“O

s se

te p

ecad

os c

apita

is”

do p

into

r. M

edia

ção:

Voc

ês c

onhe

cem

ess

a ob

ra?

O q

ue v

ocês

vêm

nes

ta im

agem

? O

que

na

imag

em o

leva

a p

ensa

r as

sim

? Q

uais

são

os

sete

pec

ados

? P

ráti

ca: e

scol

her

uma

part

e da

obr

a e

com

plet

ar d

e m

anei

ra c

riat

iva.

Mat

eria

l: C

anso

m A

4 e

tint

a gu

ache

, pin

céis

. Apr

ecia

ção

dos

trab

alho

s. S

uges

tão

para

com

plem

enta

r a

pesq

uisa

DV

D/V

ÍDE

O:

“Os

sete

pec

ados

cap

itais

” co

m o

ato

r B

rad

Pitt

. Rel

acio

nar

o fi

lme

com

a o

bra

de B

osh.

” (2

1/07

/201

5)

“Ini

ciam

os o

PE

A c

om a

lei

tura

da

imag

em “

Cas

amen

to d

e C

ampo

nese

s” –

ret

irad

a do

liv

ro “

livro

de

arte

s pa

ra c

ça”

(Pie

ter

Bru

egel

, o

velh

o).

Ana

lisam

os a

que

stão

do

ambi

ente

, lu

min

osid

ade,

cor

es u

tiliz

adas

per

cebe

mos

atr

avés

da

pint

ura

com

o er

a o

mod

o de

ves

tir, c

omo

fest

ejav

am, o

que

com

iam

, etc

. Fiz

emos

tbe

m a

lei

tura

da

imag

em “

São

Pau

lo (

de T

arsi

la

do A

mar

al 1

924)

que

mos

tra

gran

de in

fluê

ncia

do

cubi

smo

e re

trat

a a

tran

sfor

maç

ão d

e S

ão P

aulo

rum

o a

met

rópo

le q

ue é

hoj

e.”

17/0

8/20

15)

“Ini

ciam

os a

lei

tura

do

livro

da

Col

eção

Pro

infa

ntil

(Min

isté

rio

da E

duca

ção)

mód

ulo

de A

rtes

Vis

uais

“A

s m

últi

plas

lin

guag

ens

das

cças

e a

s in

tera

ções

com

a n

atur

eza

e a

cultu

ra –

A

rtes

vis

uais

. (.

..) O

con

ceito

de

arte

tem

se

mod

ific

ado

ao l

ongo

da

hist

ória

da

hum

anid

ade,

dep

ende

ndo

dos

inst

rum

ento

s qu

e o

hom

em d

ispõ

e e

aind

a da

man

eira

com

o se

org

aniz

a so

cial

men

te,

prod

uz c

ultu

ra e

se

expr

essa

. C

om a

pas

sage

m d

o sé

culo

XIX

par

a o

XX

, a

arte

mud

a se

u pa

pel

de r

etra

tar

a vi

da c

omo

ela

é id

ealiz

ada,

lev

ando

o h

omem

a r

epen

sar

sua

rela

ção

com

a s

ocie

dade

e n

atur

eza

(...)

Hoj

e é

cada

vez

mai

s di

fíci

l det

erm

inar

a f

ront

eira

ent

re o

s ob

jeto

s ar

tíst

icos

e a

que

les

cotid

iano

s. C

ada

um d

e nó

s di

ante

de

uma

obra

de

arte

terá

um

ent

endi

men

to p

esso

al, p

artic

ular

vai

ent

ende

r do

seu

jeito

. (...

) A

art

e m

exe

não

só c

om n

ossa

cog

niçã

o m

as c

om n

osso

s af

etos

e p

or is

so n

os a

feta

.” (

24/0

8/20

15)

Page 184: Karin Patricia Oliveira

32

“’C

onti

nuam

os a

leitu

ra d

o liv

ro C

oleç

ão P

roin

fant

il pá

gina

17.

Os

RC

NE

I de

fine

m a

rtes

vis

uais

com

o ex

pres

são,

com

unic

ação

e o

rgan

izaç

ão d

e lin

has,

for

mas

, po

ntos

, esp

aço,

luz,

cor

, et

c. É

impo

rtan

te q

ue t

odo

ser

hum

ano

poss

a te

r co

ntat

o di

reto

com

a a

rte.

Não

se

pode

pen

sar

a ar

te c

omo

“art

e in

fant

il”, p

ois,

a c

rian

ça é

cap

az d

e se

apr

opri

ar e

pen

sar

sobr

e ar

te, e

la

está

abe

rta

para

um

rel

acio

nam

ento

dir

eto.

(...

) É

int

eres

sant

e qu

e, a

o ap

rese

ntar

a a

rte

para

a c

rian

ça d

eve -

se d

eixá

-la

livre

par

a de

scob

rir

e in

terp

reta

r se

m d

ar i

ndíc

ios

de s

ua

cont

extu

aliz

ação

ant

erio

rmen

te. O

exe

rcíc

io d

e le

itur

a de

ve s

er p

auta

do n

a so

cial

izaç

ão e

esc

uta,

o q

ue a

mpl

iará

o r

eper

tóri

o.”

(25

/08/

05)

“Con

tinu

amos

a le

itura

col

eção

Pro

infa

ntil

mód

ulo

IV –

Uni

dade

5 –

Liv

ro d

e E

stud

o vo

l 2, p

ag 2

0. S

eção

2. A

Con

stru

ção

do O

lhar

, da

escr

ita e

dos

mov

imen

tos

sens

ívei

s: p

roce

ssos

de

apro

pria

ção

artí

stic

o-cu

ltura

l. O

tex

to r

essa

lta q

ue s

e am

plia

rmos

os

acer

vos

das

cria

nças

com

rel

ação

a a

rte

seu

repe

rtór

io f

icar

á m

ais

ampl

o, a

prim

oran

do s

eu o

lhar

, su

a ob

serv

ação

, cr

itic

idad

e, f

ruiç

ão e

man

ejo

na c

riaç

ão d

e su

as p

rópr

ias

obra

s. (

...)

Nos

sos

conh

ecim

ento

s es

tétic

os e

poé

ticos

, com

o os

dem

ais,

tam

bém

são

con

stru

ídos

na

rela

ção

com

o o

utro

e c

om o

s ob

jeto

s da

cul

tura

(ci

nem

a, t

eatr

o, d

ança

e a

rtes

vis

uais

), i

sto

se c

ham

a ex

peri

ênci

a es

tétic

a. (

...)

Por

tant

o qu

ando

o t

raba

lho

peda

gógi

co d

a U

nida

de E

scol

ar v

alor

iza

a cu

ltura

da

com

unid

ade

ao q

ual e

stá

inse

rida

, ist

o su

bsti

tui o

s pa

drõe

s ve

icul

ados

pel

as m

ídia

s.”

(31

/08/

2015

) “N

este

enc

ontr

o de

mos

con

tinu

idad

e a

leitu

ra d

a co

leçã

o P

roin

fant

il na

Seç

ão 3

– P

ensa

ndo

a ar

te n

as c

rech

es,

pré-

esco

las

e es

cola

s: p

ara

além

do

sim

ples

faz

er.

Que

nos

fez

ref

leti

r e

conh

ecer

as

prop

osta

s qu

e co

nstit

uem

a i

nter

face

da

arte

com

a e

duca

ção

e co

mpr

eend

er o

pap

el d

as c

rech

es,

pré-

esco

las

e es

cola

s co

mo

espa

ços

de i

mag

inaç

ão,

de a

prop

riaç

ão e

pr

oduç

ão c

ultu

rais

de

cria

nças

e a

dulto

s. A

val

oriz

ação

da

prod

ução

da

cria

nça

pode

ser

situ

ada

no te

mpo

e n

o es

paço

.” (

01/0

9/2

015)

“C

onti

nuam

os l

eitu

ra,

disc

ussã

o e

refl

exão

da

apos

tila

Col

eção

Pro

infa

ntil

pági

nas

30,3

1,32

,33,

34 e

35.

(...

) V

ale

lem

brar

que

, qu

anto

mai

s am

plo

e qu

alif

icad

o fo

r o

repe

rtór

io d

as

cria

nças

, m

aior

e m

elho

r se

rá s

ua b

ase

para

cri

ação

. É p

reci

so o

fere

cer

mat

eria

is d

iver

sos,

inc

enti

vo,

tem

po e

res

peito

ao

ritm

o de

cad

a um

. O

pro

fess

or n

ão d

eve

espe

rar

que

a cr

ianç

a si

ga m

odel

os, n

ão s

e de

ve c

ompa

rar

as c

riaç

ões.

(...

) C

abe

ao p

rofe

ssor

, obs

erva

r, d

ialo

gar,

ince

ntiv

ar a

s cr

iaçõ

es d

os a

luno

s.”

(08/

09/2

015)

“N

este

enc

ontr

o de

mos

con

tinu

idad

e a

leitu

ra d

o ca

dern

o da

Red

e –

Per

curs

os d

e ap

rend

izag

ens:

a e

scut

a at

iva

e a

expl

oraç

ão m

usic

al n

a pa

g 14

que

tra

ta s

obre

os

cotid

iáfo

nos,

um

a pr

opos

ta p

ara

apre

nder

a e

scut

ar a

tiva

men

te.

Des

de q

ue n

asce

m a

s cr

ianç

as p

esqu

isam

, es

cuta

m e

faz

em s

om.

Ant

es d

e an

dare

m,

se m

ovim

enta

m n

os l

ocai

s on

de s

e en

cont

ram

(be

rço,

ca

rrin

ho o

u no

chã

o) b

albu

ciam

, ch

oram

, so

rrie

m e

com

o t

empo

, ad

quir

em m

aior

aut

onom

ia,

para

sat

isfa

zer

suas

cur

iosi

dade

s, v

ão e

m b

usca

dos

obj

etos

e b

rinq

uedo

s a

sua

volta

par

a ch

eira

r, e

xper

imen

tar,

col

ocar

na

boca

, ba

ter

e fa

zer

todo

tip

o de

mov

imen

taçã

o po

ssív

el q

ue e

las

saib

am o

u de

scub

ram

nes

sa m

arat

ona.

Ass

im,

desd

e se

mpr

e as

cri

ança

s co

meç

am a

co

leci

onar

os

sons

e c

onst

ruir

sua

his

tóri

a. P

orta

nto

quan

to m

ais

os a

dulto

s, n

a es

cola

, na

fam

ília

e no

mei

o em

que

viv

em, d

ispo

nibi

lizar

em m

ater

iais

e b

rinq

uedo

s pa

ra o

man

usei

o do

s m

enin

os e

men

inas

, mai

s el

es r

ealiz

arão

sua

s ex

peri

ênci

as d

e ex

plor

ação

e c

onhe

cim

ento

dos

obj

etos

e d

o m

undo

ond

e vi

vem

.” (

09/

11/2

015)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

a l

eitu

ra,

disc

ussã

o e

refl

exão

das

pág

inas

22

a 26

dos

Cad

erno

s da

Red

e a

resp

eito

do

“Que

se

pode

faz

er c

om a

voz

”. V

imos

pos

sibi

lidad

es d

o tr

abal

ho c

om a

vo

z na

Edu

caçã

o In

fant

il, p

ropo

stas

com

o e

nvol

vim

ento

Mus

ical

e S

onor

o. (

...)

Qua

lque

r qu

e se

ja o

rec

urso

é i

nter

essa

nte

que

não

pare

mos

de

pens

ar,

imag

inar

e c

riar

sol

uçõe

s al

tern

ativ

as q

ue r

esol

vam

os

entr

aves

que

se

apre

sent

am e

m n

ossa

rot

ina.

” (1

0/11

/201

5)

‘Nes

ta d

ata

real

izam

os a

apr

ecia

ção

do l

ivro

Pal

avra

Can

tada

– A

s m

elho

res

brin

cade

iras

mus

icai

s da

Pal

avra

Can

tada

. O

liv

ro a

pres

enta

a s

eleç

ão d

e di

vers

as m

úsic

as e

bri

ncad

eira

s ca

ntad

as p

ara

sere

m u

tiliz

adas

em

sal

a de

aul

a (d

e ac

ordo

c/

a fa

ixa

etár

ia).

Alé

m d

as le

tras

das

mús

icas

, o li

vro

ensi

na c

omo

brin

car

c/ a

mús

ica

e tr

az t

bém

um

a br

eve

cont

extu

aliz

ação

. A

lém

de

ouvi

r m

úsic

as j

á co

nhec

idas

com

o (S

opa,

Rat

o, F

ome

Com

e, C

iran

da),

as

cria

nças

vão

apr

ende

r o

que

é ri

tmo,

mel

odia

, ti

mbr

e, a

cord

e, p

uls

o, i

nten

sida

de,

e ou

tras

coi

sas

do

mun

do d

a m

úsic

a.”

(17/

11/2

015)

“N

este

enc

ontr

o in

icia

mos

a le

itura

do

Cad

erno

da

Red

e so

bre

Per

curs

os d

e A

pren

diza

gens

: Prá

tica

s T

eatr

ais

na p

ag.8

que

abo

rda

a re

pres

enta

ção

e pr

átic

as t

eatr

ais

na E

duca

ção

Infa

ntil.

Q

ue f

ala

sobr

e a

impo

rtân

cia

de t

raba

lhar

com

cri

ança

s pe

quen

as n

a ch

ave

do t

eatr

o pó

s-dr

amát

ico

no s

enti

do d

e vo

ltar

o ol

har

para

a c

rian

ça m

esm

a, e

par

a o

dom

do

faz

de c

onta

, par

a su

a ca

paci

dade

de

imag

inar

e s

eu p

olim

orfi

smo.

O im

port

ante

é p

oder

pro

por

inte

rcâm

bios

ent

re o

bri

ncar

e o

faz

er t

eatr

al, d

e m

odo

que

a cr

ianç

a co

mpr

eend

a, e

la m

esm

a, s

emel

hanç

as e

di

fere

nças

ent

re e

sses

faz

eres

. P

ode-

se a

pont

ar s

eis

poss

ívei

s se

mel

hanç

as o

u ap

roxi

maç

ões

entr

e fa

zer

de c

onta

e t

raba

lhar

jun

to a

lin

guag

em t

eatr

al.(

...)

Ess

as s

eis

cara

cter

ísti

cas

pres

ente

s ta

nto

no f

az d

e co

nta

quan

to n

o te

atro

pod

erão

, em

nos

sa a

bord

agem

mer

leau

-pon

tiana

, se

r ol

hada

s pe

lo e

duca

dor

pela

s le

ntes

das

tai

s pr

ecau

ções

met

odol

ógic

as,

a sa

ber

o po

limor

fism

o, a

não

rep

rese

ntac

iona

lidad

e, a

ant

ecip

ação

de

cond

utas

, a a

pren

diza

gem

pel

a im

itaç

ão e

con

vivê

ncia

cul

tura

l.” (

23/1

1/20

15)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

a l

eitu

ra, r

efle

xão

e di

scus

são

dos

Cad

erno

s da

Red

e, p

ágin

as 1

4 a

23. T

ítulo

s: “

Era

um

a ve

z um

pan

o qu

e nã

o qu

eria

ser

pan

o” “

Qua

ndo

eu

era

um v

ulcã

o”. (

...)

(24/

11/2

015)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

a le

itura

do

text

o “O

bjet

os te

atra

is”

(Cad

erno

s da

Red

e pg

s 24

a 2

8).”

(...

) (3

0/11

/201

5)

Page 185: Karin Patricia Oliveira

33

An

o le

tivo

201

6 –

04 p

rofe

ssor

es p

artic

ipan

tes

e C

P

Dia

24/

02/2

016

não

há r

egis

tro

do e

ncon

tro

no li

vro

ofic

ial.

Con

form

e co

nsta

, por

mei

o de

ass

inat

uras

, 02

prof

esso

res

e a

CP

est

avam

pre

sent

es.

Dia

25/

02/2

016

não

há r

egis

tro

do e

ncon

tro

no li

vro

ofic

ial.

Con

form

e co

nsta

, por

mei

o de

ass

inat

uras

, 01

prof

esso

ra e

a C

P e

stav

am p

rese

ntes

. “N

este

enc

ontr

o in

icia

mos

a l

eitu

ra d

as O

rien

taçõ

es C

urri

cula

res

– E

xpec

tati

vas

de A

pren

diza

gem

par

a a

Edu

caçã

o É

tnic

o-R

acia

l, na

pág

. 84

que

tra

ta s

obre

Edu

caçã

o In

fant

il e

a fo

rmaç

ão i

dent

itári

a. I

nclu

são

é um

a da

s qu

estõ

es m

ais

rele

vant

es q

uand

o tr

atam

os d

a ed

ucaç

ão e

m c

onte

xto

gera

l.(...

) P

reci

sam

os a

tent

ar p

rior

itari

amen

te a

Edu

caçã

o In

fant

il, p

ois

atitu

des

roti

neir

as,

mei

as p

alav

ras

ou g

esto

s in

volu

ntár

ios

pode

m r

epre

sent

ar a

más

cara

do

prec

once

ito e

xibi

da p

or n

ossa

soc

ieda

de e

dei

xar

mar

cas

sign

ific

ativ

as n

a ed

ucaç

ão d

as

cria

nças

peq

uena

s se

ndo

a E

duca

ção

Infa

ntil

com

o pr

imei

ra e

tapa

da

educ

ação

bás

ica,

tor

na-s

e es

senc

ial q

ue e

ssa

disc

ussã

o ta

mbé

m s

eja

prom

ovid

a no

âm

bito

des

sa e

spec

ializ

ação

com

as

ade

quaç

ões

pert

inen

tes

ao c

aso

e es

peci

fici

dade

s da

infâ

ncia

nes

sa id

ade.

” (.

..) (

02/0

3/20

16)

Ass

isti

mos

o v

ídeo

: “S

alto

par

a o

futu

ro”,

da

TV

Esc

ola

– S

ecre

tari

a de

Edu

caçã

o a

Dis

tânc

ia d

a le

i 10

.639

na

sala

de

aula

. A

lei

10.

639

surg

iu a

par

tir d

a m

obil

izaç

ão d

a so

cied

ade

negr

a. O

mov

imen

to n

egro

na

sala

de

aula

, af

irm

a qu

e a

form

ação

do

prof

esso

r é

fund

amen

tal

para

que

ess

a le

i se

ja i

mpl

emen

tad

a e

que

é ne

cess

ário

mat

eria

l di

dáti

co e

o p

rofe

ssor

m

elho

rar

a cr

iati

vida

de e

o t

raba

lho

em s

ala

de a

ula.

O c

omba

te a

o ra

cism

o é

prio

rida

de n

a es

cola

e d

epoi

s a

com

unid

ade.

O n

osso

gru

po d

ebat

eu u

m p

ouco

sob

re o

“m

edo-

prec

once

ito”,

qu

e ve

m d

a fa

lta d

e co

nhec

imen

to. N

o ví

deo

reaf

irm

a qu

e a

form

ação

do

prof

esso

r é

nece

ssár

ia e

o e

stud

o da

“Á

fric

a” p

or e

la m

esm

a e

a hi

stór

ia d

a Á

fric

a, s

erem

mai

s ap

rofu

ndad

o pa

ra

o pr

ofes

sor

ser

um f

orm

ador

de

opin

ião

mai

s qu

alif

icad

o. R

efor

çar

a “a

uto -

esti

ma”

, lem

brar

a h

istó

ria

da “

Áfr

ica

cont

empo

râne

a”. O

obj

etiv

o da

impl

emen

taçã

o da

lei 1

0.63

9 é

reto

mar

a

auto

-est

ima

do n

egro

no

país

e r

econ

tar

a ve

rdad

eira

his

tóri

a da

Áfr

ica,

ant

es d

o E

uroc

entr

ism

o. É

nec

essá

rio

os r

ecur

sos

dos

livro

s di

dáti

cos

fala

ndo

sobr

e o

tem

a ex

: L

ivro

s: “

Bon

ecas

ne

gras

cad

ê?,

“Con

curs

o de

Bon

ecas

”. T

ambé

m é

cita

do o

gru

po d

e m

ulhe

res

no R

io d

e Ja

neir

o qu

e fa

z as

bon

ecas

Aba

yom

i. N

a pr

óxim

a se

man

a da

rem

os c

onti

nuid

ade

no v

ídeo

.”

(10/

03/2

016)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

lei

tura

, re

flex

ão e

dis

cuss

ão d

a In

trod

ução

do

livro

His

tóri

a e

Cul

tura

Afr

ican

a e

Afr

o-B

rasi

leir

a na

Edu

caçã

o In

fant

il. O

liv

ro é

um

con

vite

aos

pro

fess

ores

de

Edu

caçã

o In

fant

il a

um d

iálo

go s

obre

o t

raba

lho

peda

gógi

co c

om a

his

tóri

a af

rica

na e

as

rela

ções

rac

iais

no

Bra

sil.

Tud

o ao

nos

so r

edor

pos

sui

traç

os d

a cu

ltura

afr

ican

a. C

abe

aos

prof

esso

res

a re

aliz

ação

de

prát

icas

ped

agóg

icas

que

obj

etiv

em a

mpl

iar

o un

iver

so s

ocio

cultu

ral d

as c

rian

ças

e in

trod

uzi-

las

em u

m c

onte

xto

no q

ual o

edu

cado

r e

o cu

idar

não

om

itam

a

dive

rsid

ade,

é p

reci

so q

ue a

cri

ança

se

reco

nheç

a na

lite

ratu

ra, n

os p

ainé

is d

a es

cola

, nas

bri

ncad

eira

s. T

rata

-se

de u

ma

post

ura

cole

tiva

. É p

reci

so q

ue, p

ara

tal,

haja

for

maç

ão c

onti

nuad

a ao

s pr

ofis

sion

ais,

sen

do e

les,

suj

eito

s de

dir

eito

s, d

eve

have

r um

atr

elam

ento

ent

re f

orm

ação

, res

peito

e r

econ

heci

men

to d

o d

irei

to d

as c

rian

ças.

” (1

7/03

/201

6)

“No

PE

A d

e ho

je, f

oi o

rgan

izad

o o

espa

ço G

riô,

sep

aram

os a

lgum

as a

tivi

dade

s pa

ra e

xpos

ição

nes

se e

spaç

o. C

onfe

ccio

nam

os e

dec

oram

os o

esp

aço,

fic

ou e

m u

m lu

gar

estr

atég

ico,

ond

e os

pai

s ou

res

pons

ávei

s ao

pas

sare

m v

isua

lizem

e r

econ

heça

a s

ua f

amíli

a no

s de

senh

os f

eito

s pe

las

cria

nças

. Cad

a sa

la t

eve

seu

espa

ço p

ara

colo

car

os d

esen

hos

onde

cad

a cr

ianç

a fe

z a

repr

esen

taçã

o da

sua

fam

ília

.” (

27/0

4/20

16)

“Nes

te e

ncon

tro

cont

inua

mos

a l

eitu

ra d

o liv

ro “

Do

Silê

ncio

do

Lar

ao

Sil

ênci

o es

cola

r”.

Cap

ítulo

3.

(...)

A p

esqu

isad

ora

fala

sob

re e

la s

er n

egra

e d

o se

xo f

emin

ino

que

lhe

dera

m u

m

olha

r di

fere

ncia

do p

ara

segu

ir a

pes

quis

a sa

bend

o co

mo

é se

r m

ãe d

e cr

ianç

a ne

gra.

A o

bser

vaçã

o fo

i fe

ita n

o pa

rque

da

esco

la.

A p

esqu

isad

ora

foi d

iver

sas

veze

s qu

esti

onad

a o

que

ela

esta

va f

azen

do a

li, e

tam

bém

ped

idos

par

a fa

zer

algu

m s

ervi

ço p

ara

as p

rofe

ssor

as.

(...)

A r

elaç

ão d

os p

rofi

ssio

nais

da

educ

ação

com

a p

esqu

isad

ora

foi

bom

...(.

..) N

a pe

squi

sa f

oi f

eito

um

lev

anta

men

to d

a fo

rmaç

ão d

os f

unci

onár

ios

da U

.E

e ao

ana

lisar

o c

onte

xto

ela

noto

u qu

e es

sa s

ituaç

ão h

arm

onio

sa q

ue e

xist

e na

soc

ieda

de b

rasi

leir

a, p

ois

só h

avia

um

a ne

gra

prof

esso

ra.

Tam

bém

ela

rel

ata

que

mui

tas

prof

esso

ras

enca

ram

a p

rofi

ssão

de

form

a as

sist

enci

al e

mat

erna

l. (.

..)

A d

ifer

ença

étn

icas

não

é v

erba

lizad

o de

man

eira

ela

bora

da p

elas

pr

ofes

sora

s e

tam

bém

no

plan

ejam

ento

esc

olar

, ess

a es

cola

não

faz

um

tra

balh

o el

abor

ado

para

ess

as c

rian

ças

trat

ando

ess

e te

ma.

” (2

5/05

/210

6)

“Nes

te e

ncon

tro

part

imos

par

a a

segu

nda

ativ

idad

e do

Pro

jeto

Esp

aço

Gri

ô, c

riam

os u

m e

spaç

o pa

ra o

uvir

e c

onta

r hi

stór

ias

afri

cana

s; u

tiliz

amos

pan

os c

olor

idos

par

a fa

zer

um p

aine

l no

fund

o; c

obri

mos

um

a ca

deir

a co

m t

ecid

os; c

oloc

amos

ces

tos

com

livr

os d

a cu

ltura

afr

ican

a; c

onst

ruím

os u

m T

oten

com

div

ersa

s fi

gura

s da

Áfr

ica,

esp

ecia

lmen

te d

e an

imai

s, e

col

ocam

os

as a

lmof

adas

com

for

mat

o de

flo

r em

vol

ta, c

rian

do a

ssim

um

cli

ma

gost

oso

e ac

onch

egan

te p

ara

as c

rian

ças

ouvi

rem

e b

rinc

arem

com

as

hist

ória

s.”

(01/

06/2

016)

“N

este

dia

fiz

emos

a o

rgan

izaç

ão d

o P

roje

to E

spaç

o G

riô.

Exp

osiç

ão d

os d

esen

hos

dos

anim

ais

da Á

fric

a no

esp

aço

Gri

ô. P

repa

raçã

o da

s m

ásca

ras

dos

anim

ais

esco

lhid

os p

elas

cri

ança

s e

elab

oraç

ão d

e um

doc

umen

tári

o em

Pow

er P

oint

sob

re a

Áfr

ica.

” (2

3/06

/201

6)

“Con

tinu

amos

os

estu

dos

refe

rent

es a

o do

cum

ento

: D

iret

rize

s C

urri

cula

res

Nac

iona

is p

ara

a E

duca

ção

das

Rel

açõe

s É

tnic

o-R

acia

is e

par

a o

Ens

ino

de H

istó

ria

e C

ultu

ra A

fro

-Bra

sile

ira.

(.

..) A

Edu

caçã

o da

s re

laçõ

es é

tnic

o ra

ciai

s na

Edu

caçã

o In

fant

il é

trab

alha

da p

or m

eio

de c

onto

s, h

istó

rias

, br

inca

deir

as e

bri

nque

dos.

(...

) H

á um

a fo

rte

infl

uênc

ia d

a id

eolo

gia

do

bran

quea

men

to e

ass

im, r

epro

duçã

o de

pre

conc

eito

. (...

) P

reci

sa, o

Bra

sil,

país

mul

ti-é

tnic

o e

plur

icul

tura

l, de

org

aniz

açõe

s es

cola

res

em q

ue t

odos

se

veja

m in

cluí

dos.

” (2

8/07

/20

16)

Page 186: Karin Patricia Oliveira

34

“Nes

te e

ncon

tro

dem

os c

onti

nuid

ade

a le

itura

do

livro

Com

o se

ens

ina

a se

r m

enin

a, o

sex

ism

o na

esc

ola

de M

onts

erra

t M

oren

o.(.

..) V

imos

com

o as

ciê

ncia

s so

ciai

s, c

ujos

con

teúd

os

cons

titue

m o

mel

hor

veíc

ulo

de t

rans

mis

são

de d

eter

min

ados

val

ores

e d

e um

a or

dem

soc

ial,

não

poup

am r

ecur

sos

para

im

buir

os

jove

ns d

a co

ncep

ção

ando

cênt

rica

do

mun

do.

(...)

A

esco

la, p

or s

eu c

arát

er d

e in

stitu

ição

nor

mat

iva

cont

ribu

i de

man

eira

sis

tem

átic

a pa

ra o

des

envo

lvim

ento

des

ses

padr

ões

de o

rgan

izaç

ão d

a co

ndut

a e

das

ativ

idad

es d

e fo

rma

prat

icam

ente

pe

rman

ente

. É

nec

essá

rio

cons

cien

tiza

r o

corp

o do

cent

e pa

ra t

raba

lhar

est

a te

mát

ica

com

as

cria

nças

, e

na e

duca

ção

infa

ntil

espe

cial

men

te a

trav

és d

as h

istó

rias

e b

rinc

adei

ras.

” (1

7/08

/201

6)

“Nes

ta d

ata

real

izam

os l

eitu

ra,

disc

ussã

o e

refl

exão

sob

re a

bio

graf

ia d

o m

úsic

o, p

oeta

e p

into

r: “

Hei

tor

dos

Pra

zere

s”.

Vim

os

que

nasc

eu n

o R

J um

a dé

cada

apó

s a

abol

ição

da

escr

avat

ura.

(...

) H

eito

r, f

oi s

em d

úvid

a um

gra

nde

nom

e de

ref

erên

cia

à ar

te b

rasi

leir

a.”

(28/

09/2

016)

“N

este

enc

ontr

o co

ntin

uam

os a

lei

tura

do

livro

: G

êner

o e

Edu

caçã

o da

Sec

reta

ria

Mun

icip

al d

a ed

ucaç

ão. N

o ca

pítu

lo c

once

ituan

do o

gên

ero,

pág

53

a 59

. (...

) D

ifer

ente

men

te d

o qu

e se

pe

nsa,

o g

êner

o nã

o re

gula

som

ente

as

rela

ções

ent

re h

omen

s e

mul

here

s, m

as n

orm

atiz

a ta

mbé

m r

elaç

ões

hom

em-h

omem

e r

elaç

ão m

ulhe

r-m

ulhe

r. D

este

mod

o a

viol

ênci

a co

met

ida

por

uma

mul

her

cont

ra o

utra

é t

ão p

rodu

zida

pel

o gê

nero

qua

nto

a vi

olên

cia

perp

etra

da p

or u

m h

omem

con

tra

uma

mul

her.

Em

vez

de

mul

here

s e

hom

ens

sere

m d

ifer

ente

s n

a ig

uald

ade,

se

riam

igua

is n

as d

ifer

ença

s, o

que

pod

e te

r si

gnif

icad

os m

uito

div

erso

s.(.

..)”

(20/

10/2

016)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

sel

eção

de

foto

s e

ativ

idad

es r

elac

iona

das

ao n

osso

pro

jeto

. T

ais

mat

eria

is n

os s

ervi

rão

para

com

plem

enta

ção

do p

ortf

ólio

ela

bora

do d

uran

te o

ano

. D

ocum

ento

qu

e co

ntém

ati

vida

des

dive

rsas

das

tur

mas

, ten

do c

omo

obje

tivo

: o r

egis

tro

do n

osso

pla

no e

spec

ial

de a

ção.

” (3

0/11

/201

6)

A

no

leti

vo 2

017

– 05

pro

fess

ores

par

ticip

ante

s e

CP

“N

este

enc

ontr

o in

icia

mos

o P

EA

com

a l

eitu

ra d

o te

xto

“Gên

ero

e ed

ucaç

ão r

etir

ado

do l

ivro

gên

ero

e E

duca

ção.

Que

nos

fez

ref

leti

r so

bre

o co

ncei

to d

e “g

êner

o”;

que

gera

lmen

te n

a no

ssa

traj

etór

ia e

scol

ar,

vim

os n

as a

ulas

de

língu

a po

rtug

uesa

, qu

e gê

nero

é u

ma

das

form

as d

e cl

assi

fica

ção

das

pala

vras

em

fem

inin

o e

mas

culin

o. A

inc

lusã

o de

gên

ero

enqu

anto

ca

tego

ria

hist

óric

a e

anal

ític

a é

algo

mui

to r

ecen

te.

Qua

ndo

fala

mos

em

gên

ero,

ref

erim

o-n

os à

con

stru

ção

soci

al d

as i

dent

idad

es f

emin

inas

e m

ascu

linas

e a

for

ma

soci

al q

ue s

e es

tabe

lece

as

rela

ções

ent

re h

omen

s e

mul

here

s en

tre

si e

mul

here

s en

tre

si.

Des

de o

nas

cim

ento

de

um b

ebê,

a p

artir

do

anun

cio

do s

exo,

mui

tas

expe

ctat

ivas

sob

re s

ua i

dent

idad

e so

cial

con

side

rand

o as

car

acte

ríst

icas

atr

ibuí

das

a m

ulhe

r na

soc

ieda

de c

omo:

fra

gilid

ade,

sen

sibi

lida

de,

mei

guic

e, p

assi

vida

de,

mai

or p

reoc

upaç

ão c

om p

robl

emas

fam

ilia

res

e m

enor

pr

eocu

paçã

o co

m p

rom

oção

pro

fiss

iona

l; e

para

o h

omem

na

soci

edad

e at

ribu

em a

s ca

ract

erís

tica

s de

cor

agem

, ra

cion

alid

ade,

for

ça,

com

peti

tivi

dade

, m

aior

pre

ocup

ação

com

a c

arre

ira

prof

issi

onal

e m

enor

par

ticip

ação

nos

pro

blem

as f

amil

iare

s. C

om e

ssas

que

stõe

s qu

e pe

rmei

am a

s re

laçõ

es e

ntre

os

sexo

s co

nsti

tuem

-se

num

arc

abou

ço id

eoló

gico

e c

oloc

am a

s pe

ssoa

s nu

ma

rela

ção

hier

arqu

izad

a.”

(07/

03/2

017)

“L

eitu

ra d

o te

xto:

O q

ue é

ser

mul

her?

O q

ue é

ser

hom

em?

Sub

sídi

os p

ara

uma

disc

ussã

o da

s re

laçõ

es d

e gê

nero

– N

alu

Fari

a e

Mir

iam

Nob

re.

O t

exto

nos

tra

z a

disc

ussã

o so

bre

os

papé

is d

e ho

men

s e

mul

here

s na

soc

ieda

de.

O q

ue é

ser

mul

her?

Com

o é

vist

a? D

esde

ced

o el

a é

educ

ada

para

ser

sub

mis

sa e

pre

stad

ora

do la

r. A

pesa

r de

que

mui

tas

poss

uem

jor

nada

du

pla,

aqu

ela

em q

ue t

em q

ue b

usca

r o

sust

ento

e o

cui

dado

do

lar.

Con

form

e as

aut

oras

“as

mul

here

s vi

vem

em

con

diçõ

es d

e in

feri

orid

ade

e su

bord

inaç

ão e

m r

elaç

ão a

os h

omen

s”.

Por

ém, i

sso

é um

a co

nstr

ução

his

tóri

ca d

e pa

péis

e a

nat

ural

izaç

ão é

o p

rinc

ipal

mec

anis

mo

que

tent

a ju

stif

icar

ess

a si

tuaç

ão. E

m r

elaç

ão à

div

isão

sex

ual d

o tr

abal

ho c

onfo

rme

as a

utor

as

“as

rela

ções

de

gêne

ro s

ão s

uste

ntad

as e

est

rutu

rada

s po

r um

a rí

gida

div

isão

sex

ual

do t

raba

lho”

. H

á id

eia

de q

ue a

lgun

s tr

abal

hos

são

para

hom

ens

e ou

tros

par

a as

mul

here

s. E

las

poss

uem

pou

co a

cess

o a

prom

oção

e a

títu

los.

Por

ter

em a

cap

acid

ade

de g

erar

a v

ida,

a m

ater

nida

de é

um

ent

rave

par

a as

ati

vida

des

rem

uner

adas

. P

or i

sso,

sem

pre

proc

uram

ocu

par

trab

alho

s qu

e as

segu

ram

tem

po p

ara

o cu

idad

o co

m o

s fi

lhos

vis

to q

ue d

e ac

ordo

com

as

auto

ras

“os

post

os d

e sa

úde

e as

esc

olas

têm

hor

ário

s re

stri

tos

com

o se

toda

s as

mãe

s es

tive

ssem

o

tem

po e

m c

asa

à di

spos

ição

da

fam

ília,

pro

ntos

par

a le

var

cria

nças

e o

utra

s pe

ssoa

s a

esco

la e

ao

méd

ico

som

ente

nes

ses

horá

rios

”. A

sex

ualid

ade

é um

tab

u pa

ra a

s m

ulhe

res,

ou

ela

é en

xerg

ada

com

o “p

uta”

, “pi

ranh

a”, “

fáce

is”,

etc

, ou

prec

isam

ser

hon

esta

s ou

rec

atad

as. E

m c

ontr

apar

tida

é bo

nito

par

a o

hom

em a

dim

ensã

o da

vis

ibili

dade

. Ass

im, c

onfo

rme

as a

utor

as

“a r

epre

s são

” à

sexu

alid

ade

fem

inin

a em

boa

par

te s

e dá

pel

o de

scon

heci

men

to d

o co

rpo

e pe

la i

mpo

siçã

o de

reg

ras

rígi

das

do q

ue s

igni

fica

ser

um

a m

ulhe

r “h

ones

ta”.

Ass

im,

a lu

ta é

gr

ande

, ca

be a

cont

ecer

as

disc

ussõ

es p

ara

que

o re

spei

to s

eja

resp

eita

do,

digo

, re

ssal

tado

. A

mul

her,

alé

m d

e to

das

essa

s qu

estõ

es,

aind

a so

fre

com

vio

lênc

ia f

ísic

a e

psic

ológ

ica

“a

viol

ênci

a im

pune

hum

ilha

as m

ulhe

res

e de

stró

i seu

am

or p

rópr

io.”

(FA

RIA

e N

OB

RE

).”

(14/

03/2

017)

15

, 21,

28

e 29

/03/

2017

– P

AR

AL

ISA

ÇÃ

O/G

RE

VE

“I

nici

amos

est

e pe

ríod

o de

est

udo

assi

stin

do o

víd

eo ”

Iden

tidad

e, S

exua

lidad

e e

Gên

ero

na e

scol

a do

Can

al F

utur

a, o

víd

eo r

esga

ta a

mat

éria

da

Rev

ista

Nov

a E

scol

a qu

e re

lato

u a

hist

ória

de

um

a cr

ianç

a m

enin

o in

gles

a qu

e fo

i ex

puls

a da

esc

ola

por

se c

arac

teri

zar

e co

mpo

rtar

com

o m

enin

a, o

que

lev

a um

que

stio

nam

ento

: E

scol

a é

luga

r de

se

trab

alha

r o

tem

a G

êner

o?

Page 187: Karin Patricia Oliveira

35

Nes

te d

iálo

go d

esta

ca-s

e a

impo

rtân

cia

do b

rinc

ar e

de

se o

bser

var

as b

rinc

adei

ras

das

cria

nças

par

a po

der

inte

rvir

em

situ

açõe

s de

pre

conc

eito

. N

este

sen

tido

a f

orm

ação

doc

ente

é

impo

rtan

te p

ara

que

este

pos

sa a

gir

de f

orm

a m

ais

adeq

uada

sem

est

ereó

tipos

ou

desr

espe

itar

seus

alu

nos.

A e

scol

a é

um e

spaç

o p

olít

ico

de l

iber

dade

par

a se

tra

tar

assu

ntos

que

agr

idam

os

dir

eito

s de

que

m q

uer

que

seja

. Out

ra d

iscu

ssão

que

foi

dis

cuti

da f

oi u

m e

pisó

dio

ocor

rido

no

Rio

de

Jane

iro,

no

Col

égio

Ped

ro I

I em

que

um

alu

no f

oi i

mpe

dido

de

entr

ar n

a es

cola

de

saia

e e

m s

egui

da o

s de

mai

s al

unos

pro

mov

eram

um

sai

aço

e re

vert

eram

a i

mpo

siçã

o, d

e nã

o se

usa

r sa

ia (

men

inos

) po

r m

eio

da

resi

stên

cia,

e t

ambé

m o

fat

o de

dua

s al

unas

ter

em s

e be

ijado

den

tro

do c

olég

io.

No

víde

o é

ouvi

do t

ambé

m u

ma

alun

a de

ste

colé

gio

que

dest

aca

a im

port

ânci

a da

esc

ola

ser

e se

rec

onh

ecer

com

o um

a ex

tens

ão d

a so

cied

ade

e qu

e po

rtan

to

não

se p

ode

fech

ar o

s o

lhos

par

a es

ta r

ealid

ade.

Ao

fina

l o g

rupo

deb

ateu

sob

re o

tem

a E

scol

a se

m p

artid

o e

dest

acou

a i

mpo

rtân

cia

da E

scol

a C

idad

ã qu

e de

ve e

nsin

ar s

obre

os

dire

itos

dos

alun

os e

com

unid

ade.

” (0

4/04

/201

7)

“Nes

ta d

ata

assi

stim

os o

víd

eo:

“Tor

pedo

” on

de f

oi r

elat

ado

uma

situ

ação

de

duas

men

inas

que

est

ão t

endo

um

rel

acio

nam

ento

, fo

ram

des

cobe

rtas

por

um

gru

po d

e al

unos

da

esco

la,

fica

ram

exp

osta

s pe

rant

e o

grup

o co

loca

das

em s

ituaç

ão v

exat

ória

. M

as n

a co

nclu

são

do g

rupo

fic

ou r

elat

ado

que

as d

ifer

ença

s te

m q

ue s

er t

raba

lhad

as e

aci

ma

de t

udo

acei

to.

No

segu

ndo

film

e ch

amad

o: “

Med

o de

quê

?” o

nde

os c

onfl

itos

de g

eraç

ão, o

nde

corr

espo

nde

a po

stur

a de

pre

conc

eito

. O v

ídeo

nos

tro

uxe

mui

tas

refl

exõe

s po

is o

pon

to d

e vi

sta

dess

a vi

são

nos

rem

ete

ao p

onto

de

vist

a pr

econ

ceitu

oso

da n

ossa

soc

ieda

de.”

(11

/04/

2017

) “I

nici

amos

a n

ossa

con

vers

a co

m d

iscu

ssão

sob

re o

s de

safi

os d

o cu

rríc

ulo

inte

grad

or c

om o

s en

foqu

es d

arem

os p

onto

de

part

ida

das

inic

iati

vas

para

a R

euni

ão P

edag

ógic

a. N

ão n

os

esqu

ecen

do d

as p

alav

ras

que

nos

nort

eiam

par

a qu

e po

ssam

os n

os u

tiliz

ar d

esse

s m

omen

tos

de t

roca

. “É

pre

ciso

dim

inui

r a

dist

ânci

a en

tre

o qu

e di

z e

o qu

e se

faz

até

que

num

dad

o m

omen

to, a

tua

fala

sej

a a

tua

prát

ica”

. Pau

lo F

reir

e.”

(25/

04/2

017)

“L

eitu

ra d

os in

dica

dore

s, m

ais

espe

cifi

cam

ente

a d

imen

são

5 qu

e tr

ata

espe

cifi

cam

ente

das

Rel

açõe

s É

tnic

o-R

acia

is e

de

Gên

ero.

Ond

e se

abr

ange

a id

enti

dade

nas

Uni

dade

s de

Edu

caçã

o In

fant

il na

s di

vers

as a

ções

, exp

eriê

ncia

s e

nas

rela

ções

est

abel

ecid

as c

otid

iana

men

te e

m r

econ

hece

r o

pape

l fun

dam

enta

l da

educ

ação

no

que

tang

e ao

rac

ism

o e

sexi

smo.

Est

udos

rev

elam

qu

e as

cri

ança

s pe

rceb

em a

s di

fere

nças

sej

am e

las

raci

ais

e/ou

de

gêne

ro a

inda

que

peq

uena

s m

as o

ref

orço

neg

ativ

o va

i dep

end

er d

as in

form

açõe

s qu

e re

cebe

m d

entr

o e

fora

do

ambi

ente

ed

ucac

iona

l. C

omo

os p

onto

s em

que

stão

sob

re:

curr

ícul

o e

prát

ica

peda

gógi

ca,

rela

cion

amen

tos

e at

itude

s e

cons

truç

ão p

osit

iva

da i

dent

idad

e/at

uaçã

o do

s pr

ofis

sion

ais.

Com

iss

o a

com

unid

ade

esco

lar

deve

inv

esti

gar

e re

flet

ir s

obre

com

o o

raci

smo

tem

se

perp

etua

do n

o es

paço

edu

caci

onal

e c

omo

são

valo

riza

das

e re

pres

enta

das

as d

ifer

ente

s po

pula

ções

neg

ras,

in

díge

nas,

bra

ncas

e im

igra

ntes

e, d

este

mod

o co

nstr

uir

cam

inho

s qu

e or

ient

em a

faz

er e

o p

ensa

r da

edu

caçã

o pa

ra q

ue e

sta

seja

, efe

tiva

men

te p

ara

todo

s”. (

17/0

5/20

17)

“Nes

te p

erío

do d

e es

tudo

rea

lizam

os u

m r

esga

te d

o “P

lano

de

ação

” de

201

6. Q

uest

ões

com

o, li

tera

tura

, bon

ecos

e H

erói

s de

mat

riz

afri

cana

for

am q

uest

ões

em q

ue f

omos

ava

liado

s de

fo

rma

nega

tiva

, obs

erva

ndo

noss

os e

stud

os n

o PE

A, a

ssim

com

o da

bio

graf

ia, a

o lo

ngo

dos

estu

dos

fom

os d

esen

volv

endo

açõ

es q

ue v

isav

am r

ever

ter

essa

rea

lidad

e. D

esen

volv

emos

um

pr

ojet

o a

visi

ta e

spec

ial

com

o bo

neco

s ne

gros

, no

qua

l os

pro

fess

ores

cri

aram

um

a id

enti

dade

par

a ca

da u

m d

eles

e e

stes

bon

ecos

são

lev

ados

par

a ca

sa.

Out

ra a

tivid

ade

dese

nvol

vida

fo

ram

as

leitu

ras

da l

itera

tura

Afr

o. R

ealiz

amos

con

tínu

as s

essõ

es d

e le

itura

sim

ultâ

nea

ampl

iand

o o

rol

de l

enda

s e

heró

is n

egro

s. B

onec

as n

egra

s fo

ram

com

prad

as e

bri

ncad

eira

s af

rica

nas

fora

m i

ncor

pora

das

ao n

osso

dia

a d

ia.

Mui

to s

e te

m f

eito

par

a m

inim

izar

situ

açõe

s de

pre

conc

eito

e d

iscr

imin

ação

, por

ém a

inda

uma

long

a ca

min

hada

a s

egui

r, c

onsi

dera

o

grup

o.”

(26/

05/2

017

– re

posi

ção

refe

rent

e à

15/0

3/20

17))

“I

nici

amos

o v

ídeo

sob

re d

irei

tos

hum

anos

: In

tim

idaç

ões

“Viv

er d

irei

tos

hum

anos

na

esco

la”

prev

ençã

o da

vio

lênc

ia.

Fora

m c

oloc

ados

no

iníc

io r

elat

os d

e vi

são

sobr

e o

que

viol

am o

s di

reito

s hu

man

os n

a es

cola

. A

s ex

pect

ativ

as q

ue o

s ed

ucad

ores

tem

sob

re a

vio

lênc

ia,

bulli

ng,

desr

espe

ito n

a es

cola

com

os

prof

esso

res.

No

víde

o vá

rias

situ

açõe

s di

vers

ific

adas

em

re

laçã

o à

seus

dir

eito

s fo

ram

col

ocad

os e

m x

eque

, par

a qu

e sa

ibam

os l

idar

com

tod

a es

sa p

robl

emát

ica.

Do

mes

mo

mod

o qu

e os

pro

blem

as v

ão s

urgi

ndo,

as

solu

ções

dev

em c

orre

spon

der

e so

mar

as

noss

as e

xpec

tati

vas.

Com

is s

o as

pos

sibi

lidad

es d

e m

elho

ra v

em d

e en

cont

ro c

om e

ssa

expe

ctat

iva

de q

ue c

ada

educ

ador

vem

com

o m

eta

para

o c

resc

imen

to i

ntel

ectu

al,

psic

ológ

ico

e m

oral

.” (

06/0

6/20

17)

“P

reen

chim

ento

do

ques

tioná

rio

sobr

e di

reito

s hu

man

os e

dis

crim

inaç

ão q

ue f

oi e

labo

rado

de

acor

do c

om a

nos

sa r

ealid

ade

esco

lar.

” (1

3/06

/201

7)

“Nes

ta d

ata

lem

os o

tex

to “

A s

exua

lidad

e da

cri

ança

e a

infl

uênc

ia n

a co

ncep

ção

de h

omem

e m

ulhe

r na

for

ma

de e

duca

r” –

Dol

ores

Mar

tins

Bos

a e

Tan

ia M

aria

Pet

erle

. A s

exua

lidad

e e

part

e es

senc

ial

na v

ida

do s

er h

uman

o, t

orna

ndo-

se f

unda

men

tal

no s

eu d

esen

volv

imen

to. U

m d

os g

rand

es d

esaf

ios

da s

ocie

dade

atu

al é

com

o tr

abal

har

esse

ass

unto

com

as

cria

nças

de

form

a na

tura

l sem

aca

rret

ar p

ara

o fu

turo

mar

cas

e co

ncei

tuaç

ões

dist

orci

das

de h

omem

e m

ulhe

r. O

gra

nde

desa

fio

é tr

abal

har

o te

ma

sexu

alid

ade

com

as

cria

nças

na

esco

la e

na

fam

ília

. O

tra

tam

ento

des

sa q

uest

ão e

a f

orm

a co

mo

os p

ais

fora

m c

riad

os e

m s

ocie

dade

s pa

tria

rcai

s on

de o

hom

em é

fig

ura

pred

omin

ante

e d

eten

tor

do p

oder

da

fam

ília

. O

utro

pro

blem

a é

o de

spre

paro

por

par

te d

os p

rofe

ssor

es.”

(30

/06/

2017

– r

epos

ição

ref

eren

te à

21/

03/2

017)

“N

esta

dat

a as

sist

imos

o v

ídeo

dos

rit

mos

e m

anif

esta

ções

afr

o-b

rasi

leir

as –

Mac

ulel

ê S

ucen

a. F

oi m

ostr

ado

um g

rupo

da

regi

ão s

ul, q

ue a

pres

enta

va o

mac

ulel

ê co

m m

uita

em

polg

ação

,

Page 188: Karin Patricia Oliveira

36

ritm

os e

sin

cron

ism

o su

rpre

ende

nte.

Log

o em

seg

uida

ass

isti

mos

um

víd

eo d

os m

esm

os p

arti

cipa

ntes

que

agor

a co

m f

acõe

s, a

cred

ita-s

e qu

e a

infl

uênc

ia n

ão s

eja

afri

cana

, po

is n

ão é

be

m a

ceita

pel

a co

mun

idad

e af

rica

na o

s fa

cões

. No

sam

ba c

oco

a in

fluê

ncia

nor

dest

ina

é be

m m

arca

do p

elos

inst

rum

ento

s e

ritm

o ac

eler

ado

e co

ntín

uo.”

(23

/08/

2017

)

“O g

rupo

se

reun

iu n

essa

dat

a pa

ra e

labo

rar

o ca

dern

o de

Diá

logo

s do

Pro

jeto

Cap

oeir

a. D

iscu

tim

os e

ela

bora

mos

com

o se

rá o

des

envo

lvim

ento

das

eta

pas

do P

roje

to.

Cito

aba

ixo

algu

mas

: -

cont

ação

da

lend

a da

Cap

oeir

a/M

acul

elê,

– R

oda

de c

onve

rsa,

– R

egis

tro

– de

senh

o di

rigi

do,

- So

ns d

a ca

poei

ra (

inst

rum

ento

s m

usic

ais)

, -

Apr

ecia

ção

de o

bra

de a

rte

(cap

oeir

a), -

Lei

tura

de

liter

atur

a A

fro,

- A

prec

iaçã

o da

obr

a do

mes

mo,

- P

roje

ção

das

obra

s de

Rub

em V

alen

tini

, Ent

re o

utra

s...”

. (27

/09/

2017

)

“Nes

te d

ia f

izem

os a

leitu

ra d

o liv

ro “

Edu

caçã

o In

fant

il –

Enf

oque

s em

diá

logo

s, c

ap. 8

– I

dent

idad

es É

tnic

o- R

acia

is, I

nfân

cia

Afr

o-B

rasi

leir

a e

Prá

ticas

Esc

olar

es. P

ag 1

39. E

sta

leitu

ra

traz

um

a re

flex

ão s

obre

a r

elaç

ão d

as I

dent

idad

es é

tnic

o-r

acia

is c

om a

s pr

átic

as e

scol

ares

com

as

cria

nças

e s

obre

com

o es

sas

prát

icas

se

refl

etem

na

expr

essã

o e

nas

vivê

ncia

das

id

enti

dade

s de

ssas

cri

ança

s co

m f

oco

nas

refe

rênc

ias

iden

titá

rias

de

cria

nças

afr

o-b

rasi

leir

as,

com

bas

e em

fra

gmen

tos

dos

dado

s e

das

inte

rpre

taçõ

es e

stab

elec

idas

no

espa

ço-t

empo

da

pesq

uisa

. Fo

caliz

a a

form

a co

mo

as c

rian

ças,

com

os

anos

ini

ciai

s de

esc

olar

idad

e vi

venc

iam

e r

epen

sam

sua

s id

enti

dade

s ét

nico

-rac

iais

e c

omo

as p

ráti

cas

e os

art

efat

os d

idát

icos

-pe

dagó

gico

s co

ntri

buem

(ou

não

) pa

ra e

ssa

vivê

ncia

”. (

28/1

1/20

17)

A

no

leti

vo 2

018–

04

prof

esso

res

part

icip

ante

s e

CP

“O

pri

mei

ro e

ncon

tro

do P

EA

201

8 ab

riu

a co

nver

sa s

obre

qua

l se

rá o

tem

a do

PE

A.

A c

oord

enad

ora

peda

gógi

ca o

uviu

as

prof

esso

ras

sobr

e co

mo

fora

m o

s P

EA

S d

os ú

ltim

os a

nos

e qu

ais

fora

m o

s as

sunt

os e

stud

ados

. As

prof

esso

ras

com

part

ilhar

am c

om a

coo

rden

ador

a qu

ais

fora

m a

s su

gest

ões

de t

emas

par

a es

tudo

tir

ados

na

aval

iaçã

o fi

nal

do P

EA

201

7: m

úsic

a e

brin

cade

iras

mus

icad

as;

empo

dera

men

to f

emin

ino;

dif

eren

ças

das

regi

ões

bras

ileir

as;

brin

cade

iras

e m

ídia

s/te

cnol

ogia

. D

iant

e do

exp

osto

pel

as p

rofe

ssor

as a

coo

rden

ador

a su

geri

u o

estu

do d

o te

ma

“Ped

agog

ia d

e P

roje

tos”

com

o um

agr

egad

or d

os te

mas

sug

erid

os p

elas

pro

fess

oras

. O t

ema

da p

edag

ogia

de

proj

etos

per

mite

o tr

abal

ho c

om d

iver

sos

tem

as e

pod

e tr

azer

co

ntri

buiç

ões

sign

ific

ativ

as p

ara

o cu

rríc

ulo

da e

duca

ção

infa

ntil.

As

prof

esso

ras

conc

orda

ram

com

a s

uges

tão

e fi

cou

com

bina

do q

ue a

coo

rden

ador

a ap

rese

ntar

á su

gest

ões

de

bibl

iogr

afia

no

próx

imo

enco

ntro

”. (

06/0

2/20

18)

“N

o es

tudo

de

hoje

o g

rupo

fez

um

res

gate

em

alg

uns

pont

os im

port

ante

s na

leitu

ra d

o C

apítu

lo 4

“P

roje

tual

idad

e em

dif

eren

tes

tem

pos:

na

Esc

ola

e S

ala

de A

ula”

, dev

ido

ao p

erío

do d

e gr

eve

em q

ue f

icam

os a

usen

tes.

Den

tro

dest

a le

itura

for

am o

bser

vado

s al

guns

asp

ecto

s im

port

ante

s no

nos

so p

rópr

io p

roje

to, o

Pro

jeto

Pol

ític

o P

edag

ógic

o, c

omo

ele

está

est

rutu

rado

e a

im

port

ânci

a do

pro

jeto

ser

obj

etiv

o e

coes

o. O

gru

po d

ialo

gou

sobr

e a

impo

rtân

cia

da c

onst

ruçã

o do

s pl

anej

amen

tos

que

seja

m d

e fa

to c

olet

ivo

e co

mo

este

pro

jeto

exp

rim

e a

real

idad

e da

sa

la d

e au

la.

Out

ro f

ator

im

port

ante

dis

cutid

o fo

i o

trab

alho

com

as

data

s co

mem

orat

ivas

e c

omo

esta

s pr

ecis

am s

er c

onte

xtua

lizad

as e

sig

nifi

cati

vas.

Ser

á m

esm

o qu

e pr

ecis

amos

de

ativ

ism

os,

de a

trop

elam

ento

s de

ati

vida

des

e pr

ojet

os p

ara

gara

ntir

as

mui

tas

dem

anda

s “c

omer

ciai

s ou

de

ansi

edad

e da

s fa

míl

ias”

? O

gru

po c

onsi

dera

que

não

! P

reci

sam

os a

mpl

iar

noss

os c

onhe

cim

ento

s so

bre

este

tem

a e

assi

m r

efle

tir s

obre

o q

ue é

sig

nifi

cati

vo o

u nã

o pa

ra a

s cr

ianç

as”.

(28

/03/

2018

)

“Nes

ta d

ata

real

izan

do a

s at

ivid

ades

dos

pro

jeto

s (e

labo

raçã

o) a

ser

em d

esen

volv

idos

. Pro

fª A

: 6A

man

hã –

Tem

a: I

nves

tiga

ndo

a vi

da d

a C

alop

sita

por

mei

o da

s T

ICS

. Per

gunt

a: P

or q

ue

você

s ac

ham

que

a C

alop

sita

vei

o pa

rar

no P

arqu

e? P

rof.

B:

6B m

anhã

– T

ema:

A h

eran

ça i

ndíg

ena

infl

uenc

iand

o as

dif

eren

tes

cultu

ras

no B

rasi

l. P

ergu

nta:

O q

ue s

abem

os s

obre

os

índi

os?.

Pro

f. C

: 6C

tar

de –

Tem

a: A

con

stru

ção

da i

dent

idad

e da

cri

ança

na

peri

feri

a po

r m

eio

da “

Art

e”. P

ergu

nta:

Fun

k, p

orqu

e nã

o? P

rof.

D:

5B t

arde

– T

ema:

Bic

hinh

os d

o Ja

rdim

. P

ergu

nta:

Par

a on

de v

ão a

s fo

rmig

as?

A p

artir

dis

so d

arem

os a

con

stru

ção

dos

noss

os p

roje

tos

que

nasc

em d

o in

tere

sse

das

cria

nças

”. (

10/0

4/20

18)

“N

o en

cont

ro d

e ho

je c

onve

rsam

os s

obre

a n

eces

sida

de d

e se

doc

umen

tar

o pr

oces

so q

ue c

ada

prof

esso

ra t

em v

ivid

o em

sua

tur

ma,

no

que

diz

resp

eito

ao

trab

alho

com

pro

jeto

s.

Ent

ende

mos

que

é i

mpo

rtan

te s

elec

iona

r e

orga

niza

r os

reg

istr

os q

ue c

ada

prof

esso

ra t

em d

e su

a tu

rma,

rel

ativ

os à

s at

ivid

ades

do

trab

alho

com

pro

jeto

s. F

icou

com

bina

do q

ue c

ada

prof

esso

ra v

ai o

rgan

izar

a d

ocum

enta

ção

peda

gógi

ca d

o pr

ojet

o de

sua

tur

ma,

no

horá

rio

do P

EA

, até

o f

inal

de

junh

o. D

esta

cam

os q

ue m

esm

o qu

e o

proj

eto

não

tenh

a si

do f

inal

izad

o, a

pr

ofes

sora

vai

org

aniz

ar a

doc

umen

taçã

o pe

dagó

gica

até

a ú

ltim

a at

ivid

ade

real

izad

a co

m/p

elas

cri

ança

s. A

doc

umen

taçã

o pe

dagó

gica

do

proj

eto

pode

con

ter

os s

egui

ntes

tip

os d

e re

gist

ros:

* á

udio

, ví

deo,

fot

os d

as c

rian

ças

nas

ativ

idad

es;

* D

esen

hos/

regi

stro

s da

s cr

ianç

as;

* re

gist

ros

escr

itos:

ref

lex

ivos

e/o

u de

scri

tivo

s. A

doc

umen

taçã

o pe

dagó

gica

do

proj

eto

pode

ser

org

aniz

ada

das

segu

inte

s fo

rmas

: * v

ídeo

(po

r m

eio

do (

Mov

ie M

aker

) *

Port

fólio

(pa

sta,

cad

erno

, out

ros,

etc

) *

Diá

rio

de B

ordo

”. (

29/0

5/20

18)

“No

enco

ntro

de

hoje

a c

oord

enad

ora

peda

gógi

ca o

rien

tou

cada

pro

fess

ora

a da

r co

ntin

uida

de à

ela

bora

ção

da d

ocum

enta

ção

peda

góg

ica

de s

eu t

raba

lho

com

pro

jeto

, po

is e

ssa

docu

men

taçã

o se

rá a

pres

enta

da n

o di

a 03

/07

e o

horá

rio

do P

EA

tam

bém

é d

esti

nado

par

a to

das

as a

tivi

dade

s qu

e o

envo

lvam

, co

mo,

por

exe

mpl

o, a

ela

bora

ção

da d

ocum

enta

ção

peda

gógi

ca d

os p

roje

tos

de c

ada

prof

esso

ra”.

(13

/06/

2018

) “”

(...)

Rea

lizam

os a

lei

tura

do

text

o “P

edag

ogia

de

proj

etos

: U

ma

expe

riên

cia

na E

duca

ção

infa

ntil”

da

revi

sta

“Olh

ares

e T

rilh

as”

que

retr

ata

a P

edag

ogia

de

Pro

jeto

s no

con

text

o da

Page 189: Karin Patricia Oliveira

37

Edu

caçã

o In

fant

il. E

ste

text

o é

mar

cado

pel

a pr

opos

ta d

a ne

cess

idad

e de

tra

nsfo

rmaç

ão d

o si

stem

a ed

ucac

iona

l pa

ra q

ue h

aja

de f

ato

o en

volv

imen

to d

a co

mun

idad

e es

cola

r in

tern

a e

exte

rna

no p

roce

sso

de c

onst

ruçã

o da

apr

endi

zage

m.

O t

raba

lho

com

a P

edag

ogia

de

Pro

jeto

s te

m t

razi

do u

m a

vanç

o si

gnif

icat

ivo

em

nos

sa p

ráti

ca,

pois

, es

ta s

endo

nít

ido

obse

rvar

o

com

port

amen

to a

utôn

omo

e pr

otag

onis

ta d

as n

ossa

s cr

ianç

as”.

(29

/06/

2018

– r

epos

ição

ref

eren

te à

21/

03/2

018)

“N

o en

cont

ro d

e ho

je c

onti

nuam

os a

ref

lexã

o de

ont

em e

acr

esce

ntam

os a

lgum

as i

nfor

maç

ões.

..(...

) N

ossa

ref

lexã

o pe

rpas

sou

o en

tend

imen

to d

e qu

e os

qua

tro

proj

etos

apr

esen

tado

s on

tem

não

são

pro

jeto

s, m

as s

im “

ativ

idad

e pe

rman

ente

” ou

“se

quên

cia

didá

tica

”.”

(01/

08/2

018)

“N

esta

dat

a le

mos

o c

apítu

lo 8

do

Cur

rícu

lo d

a C

idad

e de

São

Pau

lo E

duca

ção

Infa

ntil.

8-

O c

otid

iano

viv

ido

e re

flet

ido.

Qua

ndo

pens

amos

no

cotid

iano

, nã

o po

dem

os d

eixa

r de

co

nsid

erar

o t

empo

, o

espa

ço,

o m

ater

ial,

e as

con

cepç

ões

peda

gógi

cas,

a o

rgan

izaç

ão d

os p

rofe

ssor

es e

das

cri

ança

s, a

par

tir d

e um

con

ceito

de

cria

nça

e de

inf

ânci

a. T

raba

lhar

com

pr

ojet

os p

edag

ógic

os e

mer

ge c

omo

uma

poss

ibil

idad

e m

etod

ológ

ica

ness

a pe

rspe

ctiv

a, p

arti

ndo

-se

de u

ma

situ

ação

-pro

blem

a pa

ra a

qua

l co

nver

gem

dif

eren

tes

cam

pos

de e

xper

iênc

ias.

O

seu

pap

el é

art

icul

ar e

est

abel

ecer

rel

açõe

s co

mpr

eens

ivas

, qu

e po

ssib

ilite

m n

ova

s co

nver

gênc

ias

gera

dora

s. T

raba

lhar

com

pro

jeto

s pe

dagó

gico

s no

s pe

rmite

con

hece

r o

que

está

oc

orre

ndo

no c

otid

iano

da

UE

., ne

sta

pers

pect

iva,

ent

ende

r qu

e as

cça

s e

os b

ebês

são

cap

azes

e q

ue p

erco

rrem

seu

s pr

ópri

os c

amin

hos

na c

onst

ruçã

o do

con

heci

men

to.

O

acom

panh

amen

to d

os p

roce

ssos

pes

soai

s e

grup

ais

é a

únic

a fo

rma

de n

ão v

alor

izar

o r

esul

tado

e s

im o

per

curs

o re

aliz

ado.

Os

regi

stro

s do

s fa

zere

s co

tidia

nos

de b

ebês

e c

rian

ças

e ad

ulto

s em

inte

raçã

o sã

o fu

ndam

enta

is p

ara

a co

ncre

tizaç

ão d

e um

cur

rícu

lo in

tegr

ador

em

açã

o, c

onst

ruíd

o a

part

ir d

as p

rátic

as v

iven

ciad

as c

otid

iana

men

te”.

(11

/09/

2018

) “N

este

enc

ontr

o re

flet

imos

sob

re a

s co

ntri

buiç

ões

da p

edag

ogia

de

proj

etos

par

a o

Cur

rícu

lo d

a E

duca

ção

Infa

ntil.

O g

rupo

acr

edita

que

o t

raba

lho

da p

edag

ogia

de

proj

etos

con

trib

uiu

sign

ific

ativ

amen

te p

ara

a co

nstr

ução

do

curr

ícul

o da

edu

caçã

o in

fant

il, p

ois

subl

inha

o p

apel

da

cria

nça

com

o pr

otag

onis

ta d

o s

eu d

esen

volv

imen

to e

de

sua

apre

ndiz

agem

e g

aran

tiu

que

o ol

har

e as

ide

ias

e as

hip

ótes

es s

obre

o m

undo

gan

hass

em v

isib

ilid

ade.

Alé

m,

de p

ropo

r um

a re

flex

ão m

aior

sob

re o

nos

so p

roje

to p

olít

ico

peda

gógi

co a

fim

de

asse

gura

r qu

e a

escu

ta

infa

ntil

se f

aça

pres

ente

dur

ante

todo

o te

mpo

em

que

ela

est

iver

em

nos

sa U

nida

de E

scol

ar”.

(13

/11/

2018

) “L

evan

do e

m c

onsi

dera

ção

as c

ontr

ibui

ções

e d

ifer

ente

s ex

pect

ativ

as d

e ap

rend

izag

em n

a E

duca

ção

Infa

ntil

que

os e

stud

os d

o P

ea n

os p

ropo

rcio

nou

avan

çarm

os n

a P

edag

ogia

de

Pro

jeto

s e

nas

noss

as r

efle

xões

col

etiv

as,

ou s

eja,

com

o g

rupo

, de

cidi

mos

que

dar

emo

s co

ntin

uida

de p

ara

esse

s es

tudo

s co

m o

bjet

ivo

mai

s ci

entí

fico

e d

e pe

squi

sas,

bus

cand

o ex

plor

ar

mai

s pr

ofun

dam

ente

: as

míd

ias,

as

rede

s so

ciai

s, p

esqu

isas

de

cam

po, d

o en

torn

o e

da c

omun

idad

e co

mo

um t

odo,

dan

do v

oz a

o pr

otag

onis

mo

da c

rian

ça”.

(27

/11/

2018

)

Page 190: Karin Patricia Oliveira

38

d)

Fic

ha

2 – P

roje

to P

olít

ico

Ped

agóg

ico

M

etas

201

3 M

etas

201

4 M

etas

20

15

Met

as 2

016

Met

as 2

017

Met

as 2

018

Pro

post

a P

edag

ógic

a -

Pri

orid

ades

/met

as

a se

rem

at

ingi

das

volta

das

à fo

rmaç

ão

doce

nte

Dar

co

ntin

uida

de

aos

proj

etos

da

esco

la;

In

cent

ivar

a

auto

nom

ia

das

cria

nças

; E

nfat

izar

a

impo

rtân

cia

da

leitu

ra,

tend

o co

mo

obje

tivo

de

sper

tar

o pr

azer

pel

a le

itura

; P

EA

vol

tado

ao

regi

stro

pe

rmea

ndo

as d

ifer

ente

s ex

pect

ativ

as

de

apre

ndiz

agem

, al

iand

o te

oria

e p

rátic

a;

Ape

rfei

çoar

as

açõe

s do

co

tidia

no,

prob

lem

atiz

ar

ques

tões

que

se

fize

rem

ne

cess

ária

s no

s ho

rári

os

cole

tivo

s e

reun

iões

pe

dagó

gica

s;

Pri

oriz

ar

um

regi

stro

m

ais

sign

ific

ativ

o,

dent

ro

das

expe

ctat

ivas

de

apr

endi

zage

m.

Par

ticip

ação

no

s pr

ogra

mas

de

fo

rmaç

ão

SM

E

(p. 9

);

Impl

emen

taçã

o do

P

roje

to

Esp

ecia

l de

Açã

o (p

.09)

; S

eleç

ão

e fo

rtal

ecim

ento

de

prát

icas

pe

dagó

gica

s m

edia

dora

s de

ap

rend

izag

ens

(p.0

9);

Dis

cuss

ão

do

curr

ícul

o ap

roxi

man

do-o

da

re

alid

ade

soci

ocul

tura

l e

terr

itori

al

da

Uni

dade

E

duca

cion

al;

Ela

bora

ção

dos

plan

os

de

tra b

alho

, co

nsid

eran

do

as

disc

ussõ

es

sobr

e o

curr

ícul

o qu

e re

spei

tem

a

cria

nça

com

o su

jeito

de

dire

ito,

Os

dado

s pa

ra

cons

ulta

não

se

en

cont

rava

m e

m a

nexo

ao

PP

P

de

2015

.

Par

ticip

ação

no

s pr

ogra

mas

de

fo

rmaç

ão

SM

E. P

. 23;

Im

plem

enta

ção

do

Pro

jeto

Esp

ecia

l de

Açã

o (p

.23)

; S

eleç

ão e

for

tale

cim

ento

de

pr

átic

as

peda

gógi

cas

med

iado

ras

de

apre

ndiz

agen

s (p

.23)

; D

iscu

ssão

do

cu

rríc

ulo

apro

xim

ando

-o

da

real

idad

e so

cioc

ultu

ral

e te

rrito

rial

da

U

nida

de

Edu

caci

onal

. P. 2

3;

Ela

bora

ção

dos

plan

os d

e tr

abal

ho, c

onsi

dera

ndo

as

disc

ussõ

es s

obre

o

curr

ícul

o qu

e re

spei

tem

a

cria

nça

com

o su

jeito

de

dire

ito, a

par

tir d

as

dife

rent

es li

ngua

gens

e

brin

cade

iras

. P. 2

3;

Par

ticip

ação

no

s pr

ogra

mas

de

for

maç

ão S

ME

. P. 2

3;

Impl

emen

taçã

o do

P

roje

to

Esp

ecia

l de

Açã

o (p

.23)

; S

eleç

ão e

fo

rtal

ecim

ento

de

prát

icas

pe

dagó

gica

s m

edia

dora

s de

apr

endi

zage

ns

(p.2

3);

Dis

cuss

ão

do

curr

ícul

o ap

roxi

man

do-o

da

re

alid

ade

soci

ocul

tura

l e

terr

itori

al d

a U

nida

de E

duca

cion

al. P

. 23;

E

labo

raçã

o do

s pl

anos

de

trab

alho

, con

side

rand

o as

di

scus

sões

sob

re o

cur

rícu

lo

que

resp

eite

m a

cri

ança

com

o su

jeito

de

dire

ito, a

par

tir d

as

dife

rent

es li

ngua

gens

e

brin

cade

iras

. P. 2

3;

Fort

alec

imen

to d

as a

tivi

dade

s do

s In

dica

dore

s de

Qua

lidad

e da

E

duca

ção

Infa

ntil

Pau

lista

na. P

. 29;

P

artic

ipaç

ão

nos

prog

ram

as

de f

orm

ação

da

SM

E e

DR

E

Itaq

uera

. P. 3

0;

Rea

lizaç

ão d

o P

EA

sob

re a

s co

ntri

buiç

ões

da

peda

gogi

a de

pro

jeto

s pa

ra o

cur

rícu

lo

da e

duca

ção

infa

ntil.

P. 3

0;

Sel

eção

e

fort

alec

imen

to d

e pr

átic

as

peda

gógi

cas

med

iado

ras

de a

pren

diza

gens

e

do

dese

nvol

vim

ento

da

s cr

ianç

as

atra

vés

das

nova

s te

cnol

ogia

s e

míd

ias

com

o o

com

puta

dor,

o b

log

da e

scol

a e

o jo

rnal

da

EM

EI.

P 3

0;

Dis

cuss

ão

do

curr

ícul

o da

ed

ucaç

ão

infa

ntil

apro

xim

ando

-o

da

real

idad

e so

cioc

ultu

ral

e te

rrit

oria

l da

U

nida

de E

duca

cion

al. P

. 30;

E

labo

raçã

o do

s pl

anos

de

tr

abal

ho,

cons

ider

ando

as

di

scus

sões

sob

re o

cur

rícu

lo

que

resp

eite

m a

cri

ança

com

o su

jeito

de

di

reito

s e

que

Page 191: Karin Patricia Oliveira

39

a pa

rtir

da

s di

fere

ntes

lin

guag

ens

e br

inca

deir

as.

cons

ider

em

as

dife

rent

es

lingu

agen

s e

as

brin

cade

iras

co

mo

eixo

s or

ient

ador

es

do

curr

ícul

o. P

. 30.

P

ropo

sta

Ped

agóg

ica

-

Org

aniz

ação

cu

rric

ular

Pro

post

a pe

dagó

gica

co

m

foco

na

s or

ient

açõe

s cu

rric

ular

es,

busc

ando

alg

o qu

e se

ja

sign

ific

ativ

o de

ntro

do

pr

oces

so

de

apre

ndiz

agem

; T

raba

lhar

co

m

o al

uno

em

funç

ão

de

seu

dese

nvol

vim

ento

e

apre

ndiz

agem

, po

ssib

ilita

ndo

vive

r um

pr

oces

so d

e in

tera

ções

e

cons

truç

ão

do

conh

ecim

ento

em

co

nson

ânci

a co

m

os

prog

ram

as d

a S

ecre

tari

a M

unic

ipal

de

Edu

caçã

o “O

rien

taçõ

es

Cur

ricu

lare

s:

Exp

ecta

tiva

s de

A

pren

diza

gem

e

Ori

enta

ções

Did

átic

as”

e o

docu

men

to “

Red

e em

R

ede”

vi

sand

o um

a fo

rmaç

ão c

onti

nuad

a na

ed

ucaç

ão in

fant

il (p

.05)

.

Pro

post

a pe

dagó

gica

co

m

base

na

s or

ient

açõe

s cu

rric

ular

es

e bu

scan

do

algo

qu

e se

ja

sign

ific

ativ

o de

ntro

do

pr

oces

so

de

apre

ndiz

agem

qu

e va

i se

ndo

apri

mor

ado

dia-

a-di

a (p

.9);

...

esta

mos

de

linea

ndo

um

espa

ço

onde

se

tr

abal

he

com

a

cria

nça

em

funç

ão

de

seu

dese

nvol

vim

ento

e

apre

ndiz

agem

, po

ssib

ilita

ndo

vive

r um

pr

oces

so

de

inte

raçõ

es

e co

nstr

ução

de

co

nhec

imen

tos

em

cons

onân

cia

com

o

Pro

gram

a de

Reo

rgan

izaç

ão

Cur

ricu

lar

e A

dmin

istr

ativ

a,

Os

dado

s pa

ra

cons

ulta

não

se

en

cont

rava

m e

m a

nexo

ao

PP

P

de

2015

.

Pro

post

a pe

dagó

gica

com

ba

se

nas

orie

ntaç

ões

curr

icul

ares

e

busc

ando

al

go

que

seja

si

gnif

icat

ivo

dent

ro

do

proc

esso

de

ap

rend

izag

em

que

vai

send

o ap

rim

orad

o di

a-a-

dia

(p. 2

3);

...es

tam

os d

elin

eand

o um

es

paço

on

de

se

trab

alhe

co

m a

cri

ança

em

fun

ção

de s

eu d

esen

volv

imen

to e

ap

rend

izag

em,

poss

ibili

tand

o vi

ver

um

proc

esso

de

inte

raçõ

es e

co

nstr

ução

de

co

nhec

imen

tos

em

cons

onân

cia

com

o

Pro

gram

a de

R

eorg

aniz

ação

Cur

ricu

lar

e A

dmin

istr

ativ

a,

Am

plia

ção

e Fo

rtal

ecim

ento

da

R

ede

Mun

icip

al d

e E

nsin

o de

S

ão

Pau

lo

– M

ais

Edu

caçã

o S

ão P

aulo

e n

o P

roje

to

Polít

ico

Ped

agóg

ico

(p.2

3);

As

apre

ndiz

agen

s qu

e po

dem

se

r se

leci

onad

as

pelo

pro

fess

or p

ara

faze

r

Pro

post

a pe

dagó

gica

co

m

base

na

s or

ient

açõe

s cu

rric

ular

es e

bus

cand

o al

go

que

seja

sig

nifi

cati

vo d

entr

o do

pro

cess

o de

apr

endi

zage

m

que

vai

send

o ap

rim

orad

o di

a-a-

dia

(p. 2

3);

...es

tam

os

delin

eand

o um

es

paço

ond

e se

tra

balh

e co

m

a cr

ianç

a em

fun

ção

de s

eu

dese

nvol

vim

ento

e

apre

ndiz

agem

, po

ssib

ilita

ndo

vive

r um

pr

oces

so

de

inte

raçõ

es

e co

nstr

ução

de

co

nhec

imen

tos

em

cons

onân

cia

com

o P

rogr

ama

de R

eorg

aniz

ação

Cur

ricu

lar

e A

dmin

istr

ativ

a, A

mpl

iaçã

o e

Fort

alec

imen

to

da

Red

e M

unic

ipal

de

Ens

ino

de S

ão

Pau

lo –

Mai

s E

duca

ção

São

P

aulo

e

no

Pro

jeto

Po

lític

o P

edag

ógic

o (p

.23)

; A

s ap

rend

izag

ens

que

pode

m

ser

sele

cion

adas

pe

lo

prof

esso

r pa

ra f

azer

par

te d

o co

tidia

no

da

educ

ação

in

fant

il fo

ram

re

unid

as

em

cam

pos

de

expe

riên

cias

: a)

ex

peri

ênci

as

volta

das

ao

conh

ecim

ento

e

cuid

ado

de

si,

do o

utro

, do

am

bien

te;

b)

Pro

post

a pe

dagó

gica

co

m

base

na

s D

iret

rize

s C

urri

cula

res

Nac

iona

is

da

Edu

caçã

o In

fant

il (B

RA

SIL

, 20

10)

e no

C

urrí

culo

In

tegr

ador

da

In

fânc

ia

Pau

lista

na

busc

a al

go

que

seja

si

gnif

icat

ivo

dent

ro

do

proc

esso

de

ap

rend

izag

em

que

vai s

endo

apr

imor

ado

dia

a di

a. P

. 29;

...

delin

eand

o um

esp

aço

onde

se

tra

balh

e co

m a

cri

ança

em

fu

nção

de

se

u de

senv

olvi

men

to

e ap

rend

izag

em,

poss

ibil

itand

o vi

ver

um

proc

esso

de

in

tera

ções

e

cons

truç

ão

de

conh

ecim

ento

s em

co

nson

ânci

a co

m o

Pro

gram

a de

Reo

rgan

izaç

ão C

urri

cula

r e

Adm

inis

trat

iva,

Am

plia

ção

e Fo

rtal

ecim

ento

da

R

ede

Mun

icip

al d

e E

nsin

o de

São

P

aulo

– M

ais

Edu

caçã

o S

ão

Pau

lo

e no

P

roje

to

Polít

ico

Ped

agóg

ico

(p.2

9);

As

apre

ndiz

agen

s qu

e po

dem

se

r se

leci

onad

as

pelo

pr

ofes

sor

para

faz

er p

arte

do

cotid

iano

da

ed

ucaç

ão

infa

ntil

fora

m

reun

idas

em

Page 192: Karin Patricia Oliveira

40

Am

plia

ção

e Fo

rtal

ecim

ento

da

R

ede

Mun

icip

al

de

Ens

ino

de

São

P

aulo

Mai

s E

duca

ção

São

P

aulo

e

no

Pro

jeto

Po

lític

o P

edag

ógic

o (p

.09)

.

part

e do

co

tidia

no

da

educ

ação

in

fant

il fo

ram

re

unid

as

em

cam

pos

de

expe

riên

cias

: a)

ex

peri

ênci

as

volta

das

ao

conh

ecim

ento

e

cuid

ado

de

si,

do

outr

o,

do

ambi

ente

; b)

exp

eriê

ncia

s de

bri

ncar

e i

mag

inar

; c)

ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão d

a lin

guag

em

corp

oral

; d)

exp

eriê

ncia

s de

ex

plor

ação

da

lin

guag

em

verb

al;

e)

expe

riên

cias

de

ex

plor

ação

da

natu

reza

e

da

cultu

ra;

f)

expe

riên

cias

de

ap

ropr

iaçã

o do

co

nhec

imen

to

mat

emát

ico;

g)

ex

peri

ênci

as

com

a

expr

essi

vida

de

das

lingu

agen

s ar

tíst

icas

. P

. 36

expe

riên

cias

de

br

inca

r e

imag

inar

;c)

expe

riên

cias

de

ex

plor

ação

da

lin

guag

em

corp

oral

; d)

exp

eriê

ncia

s de

ex

plor

ação

da

lin

guag

em

verb

al;

e)

expe

riên

cias

de

ex

plor

ação

da

natu

reza

e d

a cu

ltura

; f)

ex

peri

ênci

as

de

apro

pria

ção

do c

onhe

cim

ento

m

atem

átic

o;

g)

expe

riên

cias

co

m

a ex

pres

sivi

dade

da

s lin

guag

ens

artís

tica

s. P

. 34

cam

pos

de

expe

riên

cias

: a)

ex

peri

ênci

as

volta

das

ao

conh

ecim

ento

e

cuid

ado

de

si,

do o

utro

, do

am

bien

te;

b)

expe

riên

cias

de

br

inca

r e

imag

inar

;c)

expe

riên

cias

de

ex

plor

ação

da

lin

guag

em

corp

oral

; d)

exp

eriê

ncia

s de

ex

plor

ação

da

lin

guag

em

verb

al;

e)

expe

riên

cias

de

ex

plor

ação

da

natu

reza

e d

a cu

ltura

; f)

ex

peri

ênci

as

de

apro

pria

ção

do c

onhe

cim

ento

m

atem

átic

o;

g)

expe

riên

cias

co

m

a ex

pres

sivi

dade

da

s lin

guag

ens

artís

tica

s. P

. 37

C

once

pção

de

cria

nça

Cri

ança

/inf

ânci

a

Def

ende

-se

uma

conc

epçã

o de

cr

ianç

a qu

e, d

esde

o n

asci

men

to

é pr

odut

ora

de

conh

ecim

ento

e

de

cultu

ra. V

emos

a c

rian

ça

com

o su

jeito

de

dire

itos,

co

m

pode

r de

cr

iaçã

o,

imag

inaç

ão e

fan

tasi

a. A

es

cola

de

ntro

de

se

us

espa

ços

deve

pr

opor

cion

ar

um

...de

fend

e-se

um

a co

ncep

ção

de

cria

nça

cont

extu

aliz

ada

em

sua

conc

retu

de

de

exis

tênc

ia

soci

al,

cultu

ral

e hi

stór

ica,

pa

rtic

ipan

te

da

soci

edad

e e

da

cultu

ra

de

seu

Os

dado

s pa

ra

cons

ulta

não

se

en

cont

rava

m e

m a

nexo

ao

PP

P

de

2015

.

Def

ende

-se

uma

conc

epçã

o de

cr

ianç

a co

ntex

tual

izad

a em

su

a co

ncre

tude

de

exis

tênc

ia

soci

al,

cultu

ral

e hi

stór

ica,

par

ticip

ante

da

soci

edad

e e

da c

ultu

ra d

e se

u te

mpo

e

espa

ço,

mod

ific

ando

e

send

o m

odif

icad

a po

r el

as.

P.

27;

Cri

ança

co

mo

pess

oa

Def

ende

-se

uma

conc

epçã

o de

cr

ianç

a co

ntex

tual

izad

a em

su

a co

ncre

tude

de

ex

istê

ncia

so

cial

, cu

ltura

l e

hist

óric

a,

part

icip

ante

da

so

cied

ade

e da

cul

tura

de

seu

tem

po e

esp

aço,

mod

ific

ando

e

send

o m

odif

icad

a po

r el

as.

P. 2

7;

Cri

ança

com

o pe

ssoa

cap

az,

que

tem

dir

eito

de

ser

ouvi

da

e de

ser

lev

ado

a sé

rio

em

Def

ende

-se

uma

conc

epçã

o de

cr

ianç

a co

ntex

tual

izad

a em

su

a co

ncre

tude

de

ex

istê

ncia

so

cial

, cu

ltura

l e

hist

óric

a,

part

icip

ante

da

so

cied

ade

e da

cul

tura

de

seu

tem

po e

esp

aço,

mod

ific

ando

e

send

o m

odif

icad

a po

r el

as.

P. 3

3;

Cri

ança

com

o pe

ssoa

cap

az,

que

tem

dir

eito

de

ser

ouvi

da

e de

ser

lev

ado

a sé

rio

em

Page 193: Karin Patricia Oliveira

41

proc

esso

ba

stan

te

sign

ific

ativ

o de

ntro

de

su

as

inte

raçõ

es

conf

orm

e as

et

apas

tr

abal

hada

s na

sua

fai

xa

etár

ia (

p.08

).

tem

po

e es

paço

, m

odif

ican

do

e se

ndo

mod

ific

ada

por

elas

, (p.

13)

; ...

cria

nça

com

o pe

ssoa

cap

az, q

ue

tem

dir

eito

de

ser

ouvi

da

e de

se

r le

vada

a s

ério

em

su

as

espe

cifi

cida

des

enqu

anto

“su

jeito

po

tent

e”,

soci

alm

ente

co

mpe

tent

e,

com

di

reito

à v

oz e

à

part

icip

ação

na

s es

colh

as;

com

o pe

ssoa

qu

e co

nseg

ue

cria

r e

recr

iar,

“ v

erte

r e

subv

erte

r a

orde

m

das

cois

as”,

re

fund

ar

e re

ssig

nifi

car

a hi

stór

ia

indi

vidu

al

e so

cial

, co

mo

pess

oa

que

o m

undo

com

seu

s pr

ópri

os

olho

s,

leva

ntan

do

hipó

tese

s,

cons

trui

ndo

rela

ções

, teo

rias

e

cultu

ras

infa

ntis

po

r m

eio

da

expr

essã

o e

da

capa

z, q

ue t

em d

irei

to d

e se

r ou

vida

e d

e se

r le

vado

a

séri

o em

su

as

espe

cifi

cida

des

enqu

anto

su

jeito

po

tent

e,

soci

alm

ente

co

mpe

tent

e,

com

di

reito

à

voz

e a

part

icip

ação

nas

esc

olha

s,

com

o pe

ssoa

qu

e co

nseg

ue c

riar

e r

ecri

ar,

vert

er

e su

bver

ter

a or

dem

da

s co

isas

, re

fund

ar e

res

sign

ific

ar a

hi

stór

ia

indi

vidu

al

e so

cial

co

mo

pess

oa

que

o m

undo

co

m

seus

pr

ópri

os

olho

s,

leva

ntan

do

hipó

tese

s,

cons

trui

ndo

rela

ções

, te

oria

s e

cultu

ras

infa

ntis

po

r m

eio

da e

xpre

ssão

e

da

man

ifes

taçã

o na

s di

fere

ntes

lin

guag

ens

e no

s di

fere

ntes

mod

os d

e ag

ir,

cons

trui

ndo

seus

sa

bere

s e

(re)

ens

inan

do

aos

adul

tos

a ol

har

o m

undo

co

m

“ ol

hos

de

cria

nça”

(p.

27)

.

suas

es

peci

fici

dade

s en

quan

to

suje

ito

pote

nte,

so

cial

men

te c

ompe

tent

e, c

om

dire

ito à

voz

e a

par

tici

paçã

o na

s es

colh

as,

com

o pe

ssoa

qu

e co

nseg

ue c

riar

e r

ecri

ar,

vert

er

e su

bver

ter

a or

dem

da

s co

isas

, re

fund

ar

e re

ssig

nifi

car

a hi

stór

ia

indi

vidu

al

e so

cial

co

mo

pess

oa q

ue v

ê o

mun

do c

om

seus

pr

ópri

os

olho

s,

leva

ntan

do

hipó

tese

s,

cons

trui

ndo

rela

ções

, te

oria

s e

cultu

ras

infa

ntis

por

mei

o da

ex

pres

são

e da

m

anif

esta

ção

nas

dife

rent

es

lingu

agen

s e

nos

dife

rent

es

mod

os

de

agir

, co

nstr

uind

o se

us s

aber

es e

(re

) en

sina

ndo

aos

adul

tos

a ol

har

o m

undo

co

m “

olh

os d

e cr

ianç

a” (

p.

27).

suas

es

peci

fici

dade

s en

quan

to

suje

ito

pote

nte,

so

cial

men

te c

ompe

tent

e, c

om

dire

ito à

voz

e a

par

tici

paçã

o na

s es

colh

as,

com

o pe

ssoa

qu

e co

nseg

ue c

riar

e r

ecri

ar,

vert

er

e su

bver

ter

a or

dem

da

s co

isas

, re

fund

ar

e re

ssig

nifi

car

a hi

stór

ia

indi

vidu

al

e so

cial

co

mo

pess

oa q

ue v

ê o

mun

do c

om

seus

pr

ópri

os

olho

s,

leva

ntan

do

hipó

tese

s,

cons

trui

ndo

rela

ções

, te

oria

s e

cultu

ras

infa

ntis

por

mei

o da

ex

pres

são

e da

m

anif

esta

ção

nas

dife

rent

es

lingu

agen

s e

nos

dife

rent

es

mod

os

de

agir

, co

nstr

uind

o se

us s

aber

es e

(re

) en

sina

ndo

aos

adul

tos

a ol

har

o m

undo

co

m “

olh

os d

e cr

ianç

a” (

p.

33).

Page 194: Karin Patricia Oliveira

42

man

ifes

taçã

o na

s di

fere

ntes

lin

guag

ens

e no

s di

fere

ntes

m

odos

de

ag

ir,

cons

trui

ndo

seus

sa

bere

s e

(re)

en

sina

ndo

aos

adul

tos

a ol

har

o m

undo

co

m

“ ol

hos

de c

rian

ça”

(p. 1

3).

Con

cepç

ão

de

educ

ador

Tod

o o

educ

ador

co

ntri

bui

para

o

cres

cim

ento

da

cria

nça,

co

m c

uida

r e

educ

ar. P

or

isso

de

ve-s

e de

sde

o pr

incí

pio

valo

riza

r es

sa

part

icip

ação

o si

gnif

icat

iva.

O

ed

ucad

or t

em o

pap

el d

a pe

squi

sa,

plan

ejam

ento

e

refl

exão

, vi

abil

izar

, co

orde

nar

e av

alia

r o

proc

esso

de

av

alia

ção

orga

niza

ção,

par

a qu

e a

cons

truç

ão d

a au

tono

mia

da

cri

ança

se

de d

entr

o da

cr

iati

vida

de,

soci

aliz

ação

ga

rant

indo

ex

peri

ênci

as

sign

ific

ativ

as

e de

safi

ador

as (

p.08

).

O

educ

ador

da

in

fânc

ia d

eve

ter

um

pape

l fu

ndam

enta

l co

mo

“obs

erva

dor

part

icip

ativ

o”,

que

inte

rvém

pa

ra o

fere

cer,

em

ca

da

circ

unst

ânci

a,

os

recu

rsos

ne

cess

ário

s à

ativ

idad

e in

fant

il,

de

form

a a

desa

fiar

, pr

omov

er

inte

raçõ

es,

desp

erta

r a

curi

osid

ade,

m

edia

r co

nflit

os,

gara

ntir

re

aliz

açõe

s,

tent

ativ

as,

expe

rim

ento

s,

prom

over

ac

esso

Os

dado

s pa

ra

cons

ulta

não

se

en

cont

rava

m e

m a

nexo

ao

PP

P

de

2015

.

O

educ

ador

da

in

fânc

ia

deve

te

r um

pa

pel

fund

amen

tal

com

o “o

bser

vado

r pa

rtic

ipat

ivo”

, qu

e in

terv

ém

para

of

erec

er,

em c

ada

circ

unst

ânci

a, o

s re

curs

os

nece

ssár

ios

à at

ivid

ade

infa

ntil,

de

fo

rma

a de

safi

ar,

prom

over

in

tera

ções

, de

sper

tar

a cu

rios

idad

e,

med

iar

conf

litos

, ga

rant

ir

real

izaç

ões,

te

ntat

ivas

, ex

peri

men

tos,

pr

omov

er

aces

so

à cu

ltura

, po

ssib

ilita

ndo

que

as

cria

nças

co

nstr

uam

cu

ltura

s in

fant

is (

p. 2

9);

Sen

do

um

dos

co-

cons

trut

ores

do

pr

ojet

o po

lític

o pe

dagó

gico

da

un

idad

e,

faz-

se

nece

ssár

io t

er c

lare

za d

e su

as

açõe

s e

O e

duca

dor

da i

nfân

cia

deve

te

r um

pa

pel

fund

amen

tal

com

o “o

bser

vado

r pa

rtic

ipat

ivo”

, qu

e in

terv

ém

para

of

erec

er,

em

cada

ci

rcun

stân

cia,

os

re

curs

os

nece

ssár

ios

à at

ivid

ade

infa

ntil,

de

form

a a

desa

fiar

, pr

omov

er

inte

raçõ

es,

desp

erta

r a

curi

osid

ade,

m

edia

r co

nflit

os,

gara

ntir

re

aliz

açõe

s,

tent

ativ

as,

expe

rim

ento

s,

prom

over

ac

esso

à

cultu

ra,

poss

ibili

tand

o qu

e as

cri

ança

s co

nstr

uam

cu

ltura

s in

fant

is

(p. 2

9);

Sen

do

um

dos

co-

cons

trut

ores

do

pr

ojet

o po

lític

o pe

dagó

gico

da

un

idad

e, f

az-s

e ne

cess

ário

ter

cl

arez

a de

su

as

açõe

s e

conh

ecim

ento

te

óric

o a

resp

eito

de

to

dos

os

tem

as

pert

inen

tes

à in

fânc

ia,

em

O e

duca

dor

da i

nfân

cia

deve

te

r um

pa

pel

fund

amen

tal

com

o “o

bser

vado

r pa

rtic

ipat

ivo”

, qu

e in

terv

ém

para

of

erec

er,

em

cada

ci

rcun

stân

cia,

os

re

curs

os

nece

ssár

ios

à at

ivid

ade

infa

ntil,

de

form

a a

desa

fiar

, pr

omov

er

inte

raçõ

es,

desp

erta

r a

curi

osid

ade,

m

edia

r co

nflit

os,

gara

ntir

re

aliz

açõe

s,

tent

ativ

as,

expe

rim

ento

s,

prom

over

ac

esso

à

cultu

ra,

poss

ibili

tand

o qu

e as

cri

ança

s co

nstr

uam

cu

ltura

s in

fant

is

(p. 3

4);

Sen

do

um

dos

co-

cons

trut

ores

do

pr

ojet

o po

lític

o pe

dagó

gico

da

un

idad

e, f

az-s

e ne

cess

ário

ter

cl

arez

a de

su

as

açõe

s e

conh

ecim

ento

te

óric

o a

resp

eito

de

to

dos

os

tem

as

pert

inen

tes

à in

fânc

ia,

em

Page 195: Karin Patricia Oliveira

43

à cu

ltura

, po

ssib

ilita

ndo

que

as

cria

nças

co

nstr

uam

cu

ltura

s in

fant

is

(p. 1

5);

Sen

do u

m d

os c

o-co

nstr

utor

es

do

proj

eto

polít

ico

peda

gógi

co

da

unid

ade,

fa

z-se

ne

cess

ário

te

r cl

arez

a de

su

as

açõe

s e

conh

ecim

ento

te

óric

o a

resp

eito

de

tod

os o

s te

mas

pe

rtin

ente

s à

infâ

ncia

, em

es

peci

al

sobr

e cu

idar

e

educ

ar,

cons

ciên

cia

de

que

a ed

ucaç

ão é

um

a pr

átic

a so

cial

, po

rtan

to,

supõ

e in

tenc

iona

lidad

e na

ed

ucaç

ão

infa

ntil

(p. 1

5).

conh

ecim

ento

te

óric

o a

resp

eito

de

to

dos

os

tem

as

pert

inen

tes

à in

fânc

ia,

em

espe

cial

so

bre

cuid

ar

e ed

ucar

, co

nsci

ênci

a de

qu

e a

educ

ação

é

uma

prát

ica

soci

al,

port

anto

, su

põe

inte

ncio

nalid

ade

na

educ

ação

infa

ntil

(p. 2

9).

espe

cial

so

bre

cuid

ar

e ed

ucar

, co

nsci

ênci

a de

que

a

educ

ação

é

uma

prát

ica

soci

al,

port

anto

, su

põe

inte

ncio

nalid

ade

na e

duca

ção

infa

ntil

(p. 2

9).

espe

cial

so

bre

cuid

ar

e ed

ucar

, co

nsci

ênci

a de

que

a

educ

ação

é

uma

prát

ica

soci

al,

port

anto

, su

põe

inte

ncio

nalid

ade

na e

duca

ção

infa

ntil

(p. 3

4);

Cri

ar

cond

içõe

s,

orga

niza

r te

mpo

s e

espa

ços,

sel

ecio

nar

e or

gani

zar

mat

eria

is

de

form

a cr

iati

va,

obse

rvar

as

cr

ianç

as,

aval

iar

proc

esso

s co

nstr

uind

o re

gist

ros

que

hist

oric

izem

o t

empo

viv

ido,

ap

oiar

as

suas

des

cobe

rtas

e

proj

etos

a f

im d

e po

ssib

ilita

r a

ampl

iaçã

o da

s ex

peri

ênci

as

das

cria

nças

, se

m q

ue o

foc

o es

teja

cen

trad

o ne

le e

sim

na

ação

e in

venç

ão d

e m

enin

os e

m

enin

as. P

. 35

Pla

no

de

form

ação

co

ntin

uada

do

s pr

ofes

sore

s/P

lan

o de

tra

balh

o do

ho

rári

o co

leti

vo

Est

udo

e Im

plem

enta

ção

das

Ori

enta

ções

C

urri

cula

res -

E

xpec

tati

vas

de

Apr

endi

zage

ns e

O

rien

taçõ

es D

idát

icas

pa

ra a

Edu

caçã

o In

fant

il (p

.45,

46)

:

Est

udo

e Im

plem

enta

ção

das

Ori

enta

ções

C

urri

cula

res -

E

xpec

tati

vas

de

Apr

endi

zage

ns

e O

rien

taçõ

es

Did

átic

as

para

a

Os

dado

s pa

ra

cons

ulta

não

se

en

cont

rava

m e

m a

nexo

ao

PP

P

de

2015

.

Est

udo

e Im

plem

enta

ção

das

Ori

enta

ções

C

urri

cula

res -

E

xpec

tati

vas

de

Apr

endi

zage

ns

e O

rien

taçõ

es

Did

átic

as

para

a E

duca

ção

Infa

ntil:

·

Est

udo

e Im

plem

enta

ção

das

Ori

enta

ções

C

urri

cula

res-

E

xpec

tati

vas

de

Apr

endi

zage

ns e

Ori

enta

ções

D

idát

icas

pa

ra

a E

duca

ção

Infa

ntil

e do

C

urrí

culo

In

tegr

ador

da

In

fânc

ia

Pau

lista

na; P

. 120

;

Est

udo

e im

plem

enta

ção

da

Bas

e N

acio

nal C

omum

C

urri

cula

r -

par

te d

a ed

ucaç

ão in

fant

il (2

017)

; do

Cur

rícu

lo I

nteg

rado

r da

In

fânc

ia P

aulis

tana

(20

15)

e o

PP

P da

U.E

. p. 8

3;

Page 196: Karin Patricia Oliveira

44

Pro

porc

iona

r um

esp

aço

que

poss

ibili

te o

pr

ofes

sor

ao e

stud

o e

refl

exão

den

tro

das

dife

rent

es p

ossi

bilid

ades

qu

e o

docu

men

to d

as

Ori

enta

ções

Cur

ricu

lare

s e

Exp

ecta

tivas

de

Apr

endi

zage

m n

os

prop

orci

ona

dent

ro d

e su

a im

plem

enta

ção;

R

efle

tir

sobr

e as

prá

ticas

do

s es

tudo

s do

Red

e em

R

ede

nas

suas

re

spec

tiva

s fa

ses;

P

ossi

bilit

ar u

ma

orga

niza

ção

diár

ia d

e ro

tinas

ped

agóg

icas

que

ga

rant

am à

cri

ança

as

dife

rent

es p

ossi

bilid

ades

de

apr

endi

zage

ns d

entr

o da

s ex

pect

ativ

as d

e ap

rend

izag

ens.

P. 4

5 e

46.

Edu

caçã

o In

fant

il:

Pro

porc

iona

r um

es

paço

qu

e po

ssib

ilite

o

prof

esso

r ao

es

tudo

e r

efle

xão

dent

ro

das

dife

rent

es

poss

ibili

dade

s qu

e o

docu

men

to

das

Ori

enta

ções

C

urri

cula

res

e E

xpec

tati

vas

de

Apr

endi

zage

m

nos

prop

orci

ona

dent

ro

de

sua

impl

emen

taçã

o (p

.83)

; D

esen

volv

imen

to

de

apre

ndiz

agem

qu

e po

ssib

ilite

m

as

cria

nças

vi

vere

m

um

proc

esso

de

in

tera

ções

e

cons

truç

ão

de

conh

ecim

ento

s em

co

nson

ânci

a co

m

o pr

ogra

ma

de

reor

gani

zaçã

o cu

rric

ular

e

adm

inis

trat

iva,

am

plia

ção

e fo

rtal

ecim

ento

da

rede

mun

icip

al d

e

·

Pro

porc

iona

r um

es

paço

qu

e po

ssib

ilite

o

prof

esso

r ao

es

tudo

e

refl

exão

de

ntro

da

s di

fere

ntes

po

ssib

ilida

des

que

o do

cum

ento

da

s O

rien

taçõ

es

Cur

ricu

lare

s e

Exp

ecta

tiva

s de

A

pren

diza

gem

no

s pr

opor

cion

a de

ntro

de

su

a im

plem

enta

ção

(p.1

25);

·

·

Des

envo

lvim

ento

de

ap

rend

izag

em

que

poss

ibili

tem

as

cr

ianç

as

vive

rem

um

pro

cess

o de

in

tera

ções

e

cons

truç

ão

de

conh

ecim

ento

s em

co

nson

ânci

a co

m

o pr

ogra

ma

de

reor

gani

zaçã

o cu

rric

ular

e

adm

inis

trat

iva,

am

plia

ção

e fo

rtal

ecim

ento

da

re

de

mun

icip

al

de

ensi

no

de

São

P

aulo

e

no

proj

eto

polít

ico

peda

gógi

co

(p.1

2 5);

P

ossi

bilit

ar u

ma

orga

niza

ção

diár

ia d

e ro

tinas

ped

agóg

icas

que

ga

rant

am à

cri

ança

as

dife

rent

es p

ossi

bilid

ades

de

apr

endi

zage

ns d

entr

o da

s ex

pect

ativ

as d

e ap

rend

izag

em (

p.12

5).

·

·

Pro

porc

iona

r um

esp

aço

que

poss

ibili

te

o pr

ofes

sor

ao

estu

do e

ref

lexã

o de

ntro

das

di

fere

ntes

pos

sibi

lidad

es q

ue

o do

cum

ento

das

Ori

enta

ções

C

urri

cula

res

e E

xpec

tati

vas

de

Apr

endi

zage

m

nos

prop

orci

ona

dent

ro

de

sua

impl

emen

taçã

o (p

.120

);

·

·

Des

envo

lvim

ento

de

ap

rend

izag

em

que

poss

ibili

tem

as

cr

ianç

as

vive

rem

um

pr

oces

so

de

inte

raçõ

es

e co

nstr

ução

de

co

nhec

imen

tos

em

cons

onân

cia

com

o p

rogr

ama

de r

eorg

aniz

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cur

ricu

lar

e ad

min

istr

ativ

a,

ampl

iaçã

o e

fort

alec

imen

to

da

rede

m

unic

ipal

de

ensi

no d

e S

ão

Pau

lo

e no

pr

ojet

o po

lític

o pe

dagó

gico

. A

s aç

ões

são

volta

das

esse

ncia

lmen

te

às

nece

ssid

ades

da

s cr

ianç

as,

visa

ndo

a m

elho

ria

da

qual

idad

e so

cial

da

educ

ação

(p

.120

);

Pos

sibi

litar

um

a or

gani

zaçã

o di

ária

de

rotin

as p

edag

ógic

as

que

gara

ntam

à c

rian

ça a

s di

fere

ntes

pos

sibi

lidad

es d

e ap

rend

izag

ens

dent

ro d

as

expe

ctat

ivas

de

apre

ndiz

agem

(p.

120)

.

Pro

mov

er o

est

udo

e a

refl

exão

do

faze

r pe

dagó

gico

a

part

ir d

os d

ocum

ento

s m

enci

onad

os. P

83;

E

labo

rar,

pla

neja

r e

orga

niza

r at

ivid

ades

que

pos

sibi

litem

às

cri

ança

s vi

venc

iare

m

proc

esso

s de

inte

raçõ

es e

de

cons

truç

ão d

e co

nhec

imen

tos

em c

onso

nânc

ia c

om o

PP

P da

U.E

. P. 8

3;

Fort

alec

er u

ma

orga

niza

ção

diár

ia d

e at

ivid

ades

pe

dagó

gica

s qu

e ga

rant

am à

cr

ianç

a di

fere

ntes

po

ssib

ilida

des

de

apre

ndiz

agen

s e

de v

ivên

cias

da

infâ

ncia

. P. 8

3

Page 197: Karin Patricia Oliveira

45

ensi

no

de

São

P

aulo

e

no

proj

eto

polít

ico

peda

gógi

co

(p.8

3);

Pos

sibi

litar

um

a or

gani

zaçã

o di

ária

de

ro

tina

s pe

dagó

gica

s qu

e ga

rant

am

à cr

ianç

a as

di

fere

ntes

po

ssib

ilida

des

de

apre

ndiz

agen

s de

ntro

da

s ex

pect

ativ

as

de

apre

ndiz

agem

(p

.83)

. Fo

rmaç

ão in

icia

l do

coo

rden

ador

pe

dagó

gico

Em

20

13,

a co

orde

nado

ra

peda

gógi

ca

exer

cia

a fu

nção

em

ca

rgo

de

desi

gnaç

ão (

p.19

);

Form

ação

in

icia

l:

supe

rior

co

mpl

eto

em

Ped

agog

ia/A

dmin

istr

açã

o (p

.19)

.

Form

ação

ini

cial

: su

peri

or

com

plet

o em

P

edag

ogia

/ Let

ras

C

oord

enad

or

peda

gógi

co

efet

ivo

Form

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in

icia

l: su

peri

or

com

plet

o em

P

edag

ogia

/ L

etra

s

Coo

rden

ado

r peda

gógi

co

efet

ivo

Form

ação

in

icia

l:

supe

rior

co

mpl

eto

em

Ped

agog

ia/ L

etra

s

Coo

rden

ador

pe

dagó

gico

ef

etiv

o

Form

ação

in

icia

l: su

peri

or

com

plet

o em

Ped

agog

ia.

Pel

a pl

anilh

a an

exa

ao P

PP

hou

ve

mud

ança

de

CP

/ pr

oces

so d

e re

moç

ão.

Form

ação

in

icia

l: su

peri

or

com

plet

o;

His

tóri

a/D

outo

rado

em

E

duca

ção.

CP

Rem

ovid

a de

ou

tra

U.E

Qua

ntid

ade

de

prof

esso

res

que

atua

m n

a es

cola

12

Pro

fess

ores

de

E

duca

ção

Infa

ntil

e E

nsin

o Fu

ndam

enta

l I,

se

ndo

que

01 p

rofe

ssor

a ac

umul

a ca

rgo.

(p.

19 e

20

)

12 P

rofe

ssor

es d

e E

duca

ção

Infa

ntil

e E

nsin

o Fu

ndam

enta

l I,

se

ndo

que

01

prof

esso

ra

acum

ula

carg

o (p

. 05

)

13

Pro

fess

ores

de

E

duca

ção

Infa

ntil

e E

nsin

o Fu

ndam

enta

l I,

se

ndo

13

Pro

fess

ores

de

E

duca

ção

Infa

ntil

e E

nsin

o Fu

ndam

enta

l I,

se

ndo

que

02 p

rofe

ssor

as

acum

ulam

car

go (

p.19

)

13 P

rofe

ssor

es d

e E

duca

ção

Infa

ntil

e E

nsin

o Fu

ndam

enta

l I,

sen

do q

ue 0

2 pr

ofes

sora

s ac

umul

am c

argo

(p

.19

e 20

)

12 P

rofe

ssor

es d

e E

duca

ção

Infa

ntil

e E

nsin

o Fu

ndam

enta

l I,

sen

do q

ue 0

2 pr

ofes

sora

s ac

umul

am c

argo

(p

.27

e 28

)

Page 198: Karin Patricia Oliveira

46

que

01

prof

esso

ra

acum

ula

carg

o (p

.171

) Fo

rmaç

ão in

icia

l do

s pr

ofes

sore

s

09

Pro

fess

ores

: ní

vel

supe

rior

co

mpl

eto

com

ha

bilit

ação

em

P

edag

ogia

(p.

19).

01

P

rofe

ssor

: ní

vel

supe

rior

co

mpl

eto

com

ha

bilit

ação

em

P

edag

ogia

/ A

dmin

istr

ação

E

scol

ar

(p.1

9).

01

Pro

fess

or:

níve

l su

peri

or

com

plet

o co

m

habi

litaç

ão

em

Ped

agog

ia/L

etra

s (p

.19)

. 01

P

rofe

ssor

: ní

vel

supe

rior

co

mpl

eto

com

ha

bilit

ação

em

Ciê

ncia

s B

ioló

gica

s (p

.19)

.

09

Pro

fess

ores

: ní

vel

supe

rior

co

mpl

eto

com

ha

bilit

ação

em

P

edag

ogia

(p.

05 e

06

);

01

Pro

fess

or:

níve

l su

peri

or

com

plet

o co

m

habi

litaç

ão

em

Adm

inis

traç

ão

Esc

olar

/Ped

agog

ia

(p.0

6);

01

Pro

fess

or:

níve

l su

peri

or

com

plet

o co

m

habi

litaç

ão

em

Ciê

ncia

s B

ioló

gica

s (p

.06)

.

Os

dado

s pa

ra

cons

ulta

não

fo

ram

en

cont

rado

s no

PP

P.

07

Pro

fess

ores

: ní

vel

supe

rior

co

mpl

eto

com

ha

bilit

ação

em

Ped

agog

ia

(p.1

9 e

20);

01

P

rofe

ssor

: ní

vel

supe

rior

co

mpl

eto

com

ha

bilit

ação

em

A

dmin

istr

ação

E

scol

ar/P

edag

ogia

(p

.20)

; 01

P

rofe

ssor

: ní

vel

supe

rior

co

mpl

eto

com

ha

bilit

ação

em

P

edag

ogia

/Let

ras

(p.2

0);

01

Pro

fess

or:

níve

l su

peri

or

com

plet

o co

m

habi

litaç

ão

em

Ped

agog

ia/O

rien

taçã

o E

duca

cion

al (

p.20

);

01

Pro

fess

or:

níve

l su

peri

or

com

plet

o co

m

habi

litaç

ão

em

Ped

agog

ia/P

sico

peda

gogi

a (p

.20)

.

12 P

rofe

ssor

es:

níve

l sup

erio

r co

mpl

eto

com

hab

ilita

ção

em

Ped

agog

ia (

p.19

e 2

0);

01 P

rofe

ssor

: ní

vel

supe

rior

co

mpl

eto

com

hab

ilita

ção

em

Adm

inis

traç

ão

Esc

olar

/Ped

agog

ia

(p.1

9 e

20).

11 P

rofe

ssor

es:

níve

l sup

erio

r co

mpl

eto

com

hab

ilita

ção

em

Ped

agog

ia (

p.27

e 2

8);

01 P

rofe

ssor

: ní

vel

supe

rior

co

mpl

eto

com

hab

ilita

ção

em

Adm

inis

traç

ão

Esc

olar

/Ped

agog

ia

(p.2

7 e

28).

Jorn

ada

de

trab

alho

dos

pr

ofes

sore

s

07

prof

esso

res

– JE

IF

(40

hora

s se

man

ais)

e 0

5 pr

ofes

sore

s em

JB

D (

30

hora

s se

man

ais)

. P.2

0

07

prof

esso

res

– JE

IF

(40

hora

s se

man

ais)

e

05

prof

esso

res

em

JBD

(3

0 ho

ras

sem

anai

s). P

.117

07

prof

esso

res

– JE

IF

(40

hora

s se

man

ais)

e

06

prof

esso

res

em J

BD

07 p

rofe

ssor

es –

JE

IF (

40

hora

s se

man

ais)

e

07

prof

esso

res

em J

BD

(30

ho

ras

sem

anai

s). P

.154

08

prof

esso

res

– JE

IF

(40

hora

s se

man

ais)

e

07

prof

esso

res

em

JBD

(3

0 ho

ras

sem

anai

s). P

.170

08

prof

esso

res

– JE

IF

(40

hora

s se

man

ais)

e

06

prof

esso

res

em

JBD

(3

0 ho

ras

sem

anai

s). P

.122

e 1

23

Page 199: Karin Patricia Oliveira

47

a)

Fich

a 3

– A

náli

se c

olet

iva

dos

regi

stro

s –

Reg

istr

os e

xtra

ídos

do

Liv

ro O

fici

al d

esti

nado

aos

reg

istr

os d

as R

euni

ões

Ped

agóg

icas

cuj

a ab

ertu

ra f

oi

real

izad

a em

01/

02/2

014.

Não

con

stam

dad

os d

o an

o le

tivo

de

2013

e 2

014,

poi

s, a

im

plem

enta

ção

da A

náli

se C

olet

iva

de R

egis

tros

tev

e in

ício

em

201

5.

Ano

Let

ivo

2013

e 2

014

2015

20

16

2017

20

18

Obj

etiv

o da

reu

nião

N

ão

cons

tam

da

dos.

Im

plem

enta

ção

da

prop

osta

em

201

5.

enco

ntro

em

08

/07/

2015

. P. 1

2 “P

ropi

ciar

a

refl

exão

pe

rman

ente

a r

espe

ito d

a av

alia

ção

na

e da

ed

ucaç

ão in

fant

il.”

P. 1

2;

enco

ntro

em

19

/11/

2015

. P. 1

7 “A

nális

e co

leti

va

dos

regi

stro

s qu

e co

mpõ

e a

docu

men

taçã

o pe

dagó

gica

. P. 1

7.

enco

ntro

em

08

/07/

2016

. P. 2

3 “P

ropi

ciar

a

refl

exão

so

bre

a an

ális

e co

leti

va d

o pr

oces

so d

e ap

rend

izag

em

das

cria

nças

”. P

. 23;

“A

valia

r o

trab

alho

da

U

.E

pa

ra

enca

min

ham

ento

s do

se

gund

o se

mes

tre”

. P. 2

3.

enco

ntro

em

25

/11/

2016

. P. 2

6 -ve

rso.

-R

efle

tir

sobr

e a

aval

iaçã

o e

seus

in

stru

men

tos.

P.

26

-ver

so;

Ava

liar

o ev

ento

“Fa

míl

ia

na E

scol

a”. P

. 26-

vers

o.

enco

ntro

em

01

/07/

2017

. P. 3

3 -ve

rso.

O

bjet

ivos

da

re

uniã

o im

plíc

itos

em u

m r

egis

tro

únic

o.

enco

ntro

em

02

/12/

2017

. P. 3

6 O

bjet

ivos

da

re

uniã

o im

plíc

itos

em u

m r

egis

tro

únic

o.

enco

ntro

em

06

/07/

2018

. P 4

2 -D

efin

ir

qual

se

o In

stru

men

to

Ofi

cial

de

R

egis

tro

do p

lane

jam

ento

e

das

Prá

ticas

Ped

agóg

icas

da

s pr

ofes

sora

s e

do

prof

esso

r pa

ra o

seg

undo

se

mes

tre

de 2

018.

P. 4

2;

-Ref

leti

r so

bre

os

rela

tóri

os

desc

riti

vos

das

cria

nças

, do

s se

us

perc

urso

s e

das

suas

ap

rend

izag

ens,

te

ndo

em

vist

a o

Proj

eto

Polít

ico

Ped

agóg

ico

da E

ME

I e

os

docu

men

tos

curr

icul

ares

da

SM

E p

ara

a ed

ucaç

ão

infa

ntil.

P. 4

2;

-Pro

mov

er o

enc

ontr

o da

s pr

ofes

sora

s e

do p

rofe

ssor

pa

ra

a tr

oca

de

info

rmaç

ões

sobr

e as

cr

ianç

as,

tend

o em

vis

ta a

co

ntin

uida

de

da

elab

oraç

ão

dos

rela

tóri

os

desc

riti

vos

indi

vidu

ais

das

cria

nças

. P. 4

2.

Page 200: Karin Patricia Oliveira

48

enco

ntro

em

07

/12/

2018

. P. 4

8 -ve

rso.

-A

valia

r o

trab

alho

da

U.E

pa

ra e

ncam

inha

men

tos

no

ano

de 2

019.

P. 4

8-ve

rso;

-P

ropi

ciar

a r

efle

xão

sobr

e a

anál

ise

cole

tiva

do

pr

oces

so d

e ap

rend

izag

em

das

cria

nças

. P. 4

8-ve

rso.

P

auta

da

Reu

nião

Não

con

stam

dad

os.

enco

ntro

em

08

/07/

2015

-I

nfor

mes

Adm

inis

trat

ivos

-L

eitu

ra

da

Car

ta

SM

E/D

OT

E

duca

ção

Infa

ntil;

p 1

2 -L

eitu

ra

do

docu

men

to

Ori

enta

ção

Nor

mat

iva

01/2

013.

P 1

2 -C

urta

: F

loat

ing

in

my

min

d I.

p 1

2

enco

ntro

em

19

/11/

2015

-V

ídeo

: “Q

uand

o si

nto

que

já s

ei”.

P. 1

7;

-Doc

umen

to

SM

E-

DO

T

Edu

caçã

o In

fant

il:

Sub

grup

os. P

. 17

-Caf

é -I

nfor

mes

-

Soci

aliz

ação

GT

Ps

-Sis

tem

atiz

ação

e

anál

ise

dos

rela

tóri

os d

escr

itiv

os e

da

do

cum

enta

ção

peda

gógi

ca d

a U

nida

de. p

.

enco

ntro

em

08

/07/

2016

. P. 2

3 -C

afé

-Mús

ica:

M

e co

ntin

ua

(Arn

aldo

Ant

unes

). P

. 23;

-L

eitu

ra C

ompa

rtilh

ada:

A

men

ina

sem

pal

avra

s (M

ia

Cou

to).

P. 2

3;

Víd

eo:

Rót

ulos

(P

sico

logi

a In

fant

il –

Dan

iela

Fre

ixo

de F

aria

).

P. 2

3;

-Con

side

raçõ

es d

a E

quip

e E

scol

ar. P

. 23;

A

valia

ção

da U

. E

.: D

ia

do

brin

qued

o,

PE

A,

Eve

ntos

(F

amíl

ia

na

Esc

ola,

Fe

sta

Juni

na),

A

valia

ção

das

cria

nças

; -L

eitu

ra

do

docu

men

to:

Ref

lexõ

es

sobr

e o

proc

esso

de

aval

iaçã

o -F

orm

ação

em

sub

grup

os:

anál

ise

dos

regi

stro

s e

refl

exõe

s. P

. 23.

enco

ntro

em

01

/07/

2017

. P. 3

3 -ve

rso.

C

lipe

Mus

ical

: am

or p

ara

reco

meç

ar

(Bar

ão

Ver

mel

ho).

P. 3

3 -ve

rso;

V

ídeo

: “A

valia

ção

na

Edu

caçã

o In

fant

il”

de

Juss

ara

Hof

fman

n. P

. 33

-ve

rso;

en

cont

ro

em

02/1

2/20

17. P

. 36

“(...

) ví

deo

mus

ical

com

a

cant

ora

Mar

ia

Bet

hani

a in

terp

reta

ndo

a m

úsic

a “O

raçã

o ao

te

mpo

” de

C

aeta

no V

elos

o”.

“(...

) E

m

segu

ida,

a

Dir

etor

a X

ap

rese

ntou

o

Pro

fess

or

Y,

conv

idad

o pa

ra

a re

uniã

o pa

ra

apre

sent

ar

idei

as

e

enco

ntro

em

06

/07/

2018

. P. 4

2.

-Lei

tura

D

elei

te:

João

E

sper

to

leva

o

pres

ente

ce

rto

de C

anda

ce F

lem

ing

e G

. Bri

an K

aras

. P. 4

2;

-Def

iniç

ão d

e qu

al s

erá

o in

stru

men

to

ofic

ial

de

Reg

istr

o do

Pla

neja

men

to

e da

s P

rátic

as P

edag

ógic

as

de

cada

pr

ofes

sor

e do

pr

ofes

sor.

P. 4

2;

-Lei

tura

de

do

is

ou

três

re

lató

rios

de

scri

tivo

s in

divi

duai

s da

s cr

ianç

as.

P. 4

2;

Con

vers

a em

dup

las

(com

a

med

iaçã

o da

co

orde

naçã

o pe

dagó

gica

) en

tre

as

prof

esso

ras

e o

prof

esso

r so

bre

os

rela

tóri

os

desc

riti

vos.

P

.

Page 201: Karin Patricia Oliveira

49

17.

enco

ntro

em

25

/11/

2016

. P. 2

6 -ve

rso.

-S

ensi

biliz

ação

. P

. 26

-ve

rso;

-A

pres

enta

ção

do

víde

o:

“Jus

sara

H

offm

ann

em

Ava

liaçã

o: c

amin

ho p

ara

a ap

rend

izag

em”

-Con

side

raçõ

es

sobr

e o

víde

o. P

. 26-

vers

o;

-Ava

liaçã

o do

ev

ento

“F

amíl

ia n

a E

scol

a. P

. 26

-ve

rso;

-F

esta

s do

Fin

al d

o A

no

Let

ivo.

P. 2

6 -ve

rso;

-C

afé

-Enc

amin

ham

ento

s pa

ra a

av

alia

ção

do 2

º se

mes

tre.

P

. 26-

vers

o.

prop

osta

s so

bre

a pe

dago

gia

de

proj

etos

pa

ra

a no

ssa

equi

pe

esco

lar”

. P. 3

6

42.

enco

ntro

em

07

/12/

2018

. P. 4

8-ve

rso.

-C

afé

- A

bert

ura

( L

eitu

ra

da

paut

a/S

ensi

biliz

ação

).

P.

48-v

erso

; -A

valia

ção

da U

.E 2

018.

P

. 48 -

vers

o;

-Aná

lise

cole

tiva

do

s re

gist

ros

desc

riti

vos.

P

. 48

-ver

so.

Des

taqu

e pa

ra

as

prin

cipa

is

refl

exõe

s do

gr

upo

Não

con

stam

dad

os.

enco

ntro

em

08

/07/

2015

“(

...)

Apó

s,

fize

mos

a

leitu

ra

do

docu

men

to:

Ori

enta

ção

Nor

mat

iva

Nº0

1/20

13:

Reg

istr

ando

o

proc

esso

de

aval

iaçã

o. (

...)

Apó

s,

houv

e um

a fo

rmaç

ão

em

3 gr

upos

pa

ra

anal

isar

e

refl

etir

so

bre

três

re

gist

ros

de

cria

nças

qu

e re

lata

m

o pe

rcur

so

vive

ncia

dos

por

elas

na

U.E

. N

o gr

upo

1 fo

ram

fe

itas

as s

egui

ntes

co

nsid

eraç

ões:

O r

egis

tro

enco

ntro

em

08

/07/

2016

“(

...)

A p

arti

r do

víd

eo,

a eq

uipe

po

de

expo

r al

gum

as

situ

açõe

s qu

e oc

orre

m

no

noss

o co

tidia

no

que

mui

tas

veze

s ne

m

perc

ebem

os,

com

o fa

las

sobr

e de

term

inad

as

cria

nças

. N

esse

se

ntid

o,

apro

veita

mos

pa

ra

apro

fund

arm

os

uma

refl

exão

so

bre

a qu

estã

o do

nero

, qu

e já

ve

m

send

o di

scut

ido

desd

e o

enco

ntro

em

01

/07/

2017

. P. 3

3-ve

rso.

“(

...)

Con

tinu

ando

a

reun

ião

o C

oord

enad

or f

ez

men

ção

à O

rien

taçã

o N

orm

ativ

a nú

mer

o um

de

dois

mil

e tr

eze,

e t

ambé

m

a um

a or

ient

ação

pa

ra

subs

idia

r as

av

alia

ções

do

s al

unos

no

pr

imei

ro

sem

estr

e al

udin

do

às

lingu

agen

s tr

abal

hada

s co

m a

s cr

ianç

as.

Apó

s as

ex

plic

açõe

s e

refe

rênc

ias

à av

alia

ção

das

cria

nças

, as

pr

ofes

sora

s e

o pr

ofes

sor

enco

ntro

em

06

/07/

2018

. P. 4

2.

“(...

) A

pós

a ap

rese

ntaç

ão

da

paut

a...(

...)r

etom

ou

uma

ques

tão

que

tinha

fi

cado

em

ab

erto

na

úl

tim

a re

uniã

o pe

dagó

gica

: a

defi

niçã

o po

r pa

rte

de

cada

pr

ofes

sora

e d

o pr

ofes

sor

sobr

e qu

al

será

o

Inst

rum

ento

O

fici

al

de

Reg

istr

o do

Pla

neja

men

to

e da

s P

rátic

as P

edag

ógic

as

para

o

segu

ndo

sem

estr

e de

201

8”. P

. 42-

vers

o

Page 202: Karin Patricia Oliveira

50

cont

empl

ou

vári

os

itens

im

port

ante

s na

ava

liaçã

o,

desc

reve

ndo

fiel

men

te

o co

tidia

no d

as c

rian

ças

na

U.E

., ap

onto

u di

ficu

ldad

es

de

man

eira

co

nstr

utiv

a,

mos

tran

do

uma

parc

eria

en

tre

a es

cola

e a

fam

ília

em

re

laçã

o a

prob

lem

as

exte

rnos

:fon

oaud

iólo

go

e ps

icól

ogo.

D

escr

eve

as

vive

ncia

s tr

abal

hada

s e

os

avan

ços

da

cria

nça,

ex

pres

sand

o su

as

pref

erên

cias

, su

as a

titu

des

dian

te

dos

conf

litos

. R

elat

a ta

mbé

m

as

expe

ctat

ivas

em

rel

ação

à

cons

truç

ão d

a au

tono

mia

e

algu

mas

ap

rend

izag

ens.

N

o fi

nal

agra

dece

a

part

icip

ação

da

fa

míl

ia

com

int

imid

ade

exce

ssiv

a.

No

grup

o 2,

foi

des

taca

do

que

a av

alia

ção

é si

mpl

es,

o qu

e fa

cilit

a a

com

pree

nsão

da

fa

míl

ia,

poré

m

é be

m

deta

lhad

a,

não

falo

u so

bre

a ad

apta

ção

da

cria

nça

no

iníc

io

do

ano,

re

lata

as

ha

bilid

ades

adq

uiri

das,

faz

el

ogio

s,

não

cont

empl

a qu

estõ

es r

elat

ivas

à s

aúde

da

cri

ança

(ta

lvez

por

que

não

haja

),

rela

ta

as

expe

riên

cias

ap

rend

idas

, re

lata

as

pr

efer

ênci

as,

ano

pass

ado.

M

enin

os

e m

enin

as

deve

m

ser

trat

ados

de

man

eira

igu

al,

sem

fa

zer

dist

inçã

o no

s ag

rupa

men

tos,

br

inca

deir

as,

fila

s,

etc.

E

ssa

disc

ussã

o m

uito

co

ntri

buiu

pa

ra

refl

etir

mos

so

bre

noss

as

prát

icas

e a

cred

itam

os q

ue

refl

etir

á em

m

udan

ça

de

atitu

des”

. P. 2

2 “(

...)

Apó

s,

fize

mos

a

leitu

ra d

a C

arta

da

SM

E –

D

ivis

ão

de

Edu

caçã

o In

fant

il:

que

abor

da

a an

ális

e e

refl

exão

col

etiv

a do

s re

gist

ros

das

prát

icas

ed

ucat

ivas

de

senv

olvi

das

dura

nte

o 1º

sem

estr

e na

s un

idad

es

educ

acio

nais

, as

sim

com

o av

alia

r es

sas

prát

icas

com

o o

bjet

ivo

de

subs

idia

r na

ree

labo

raçã

o do

s pl

anos

de

trab

alho

dos

pr

ofes

sore

s.

Apó

s,

fize

mos

a

leitu

ra

do

docu

men

to:

Ori

enta

ção

Nor

mat

iva

Nº0

1/20

13:

Exp

edin

do

a D

ocum

enta

ção

Edu

caci

onal

. N

o de

corr

er

do

mês

de

ju

nho,

co

nver

sam

os n

os h

orár

ios

cole

tivo

s so

bre

as

aval

iaçõ

es d

as c

rian

ças

e so

bre

os

regi

stro

s da

s

pres

ente

s fi

zera

m

rela

tos

entr

e si

, so

bre

as

obse

rvaç

ões

e re

gist

ros

real

izad

os a

té o

mom

ento

re

fere

nte

aos

noss

os

alun

os,

e fi

zera

m a

cert

os

acer

ca

dest

es

regi

stro

s av

alia

tivo

s. P

ara

fina

lizar

a

reun

ião

os

prof

esso

res

fora

m

dist

ribu

ídos

em

do

is

grup

os

de

trab

alho

, em

se

guid

a re

spon

dera

m

algu

mas

que

stõe

s so

bre

o P

roje

to

Polít

ico

Ped

agóg

ico,

ut

iliza

ndo

pain

éis,

qu

e fo

ram

ex

plan

ados

par

a to

dos”

. P.

33-v

erso

2

º en

cont

ro

em

02/1

2/20

17. P

. 36

“(...

) P

ross

egui

ndo

a re

uniã

o,

prof

esso

res

pres

ente

s de

ram

co

ntin

uida

de a

ela

bora

ção

dos

docu

men

tos

men

cion

ados

, pr

inci

palm

ente

re

fere

nte

aos

regi

stro

s da

s cr

ianç

as

e su

as a

valia

ções

”. P

. 36

“(...

) E

sse

com

part

ilham

ento

de

in

form

açõe

s pr

omov

eu

a tr

oca

de

rela

tos

e ob

serv

açõe

s en

tre

as

prof

esso

ras

e o

prof

esso

r,

de

mod

o a

enri

quec

er

o ol

har

doce

nte

no m

omen

to

de

escr

ever

o

rela

tóri

o de

scri

tivo

in

divi

dual

de

ca

da

cria

nça.

A

co

orde

nado

ra

(...)

de

stac

ou

que

o fo

co

é do

cum

enta

r o

perc

urso

da

cria

nça

ao

long

o da

s at

ivid

ades

da

EM

EI

e nã

o ap

enas

re

lata

r so

bre

a at

ivid

ade”

. P. 4

2 –

vers

o “(

...)

Apó

s es

sa a

tivi

dade

co

leti

va

de

leitu

ra

e re

flex

ão

sobr

e os

tr

ês

rela

tóri

os...

(...)

as

pr

ofes

sora

s e

o pr

ofes

sor

pres

ente

pu

dera

m

conv

ersa

r e

troc

ar

info

rmaç

ões

sobr

e as

cr

ianç

as”.

P. 4

2 -ve

rso

enco

ntro

em

07

/12/

2018

. P. 4

9 “(

...)

inic

iou

a re

uniã

o co

m a

lei

tura

da

paut

a e

em

segu

ida

prop

ôs

uma

sens

ibil

izaç

ão p

or m

eio

de

três

qu

estõ

es

que

Page 203: Karin Patricia Oliveira

51

rela

ta

sobr

e al

imen

taçã

o,

não

cita

av

anço

s na

ap

rend

izag

em d

a es

crita

e

nem

se

re

fere

a

cria

nça

pelo

no

me.

N

o gr

upo

3,

foi

obse

rvad

o qu

e nã

o re

fere

o n

ome

da c

rian

ça,

torn

ando

im

pess

oal.

O

prof

esso

r ut

iliza

te

rmos

in

adeq

uado

s e

de

difí

cil

com

pree

nsão

, de

stac

a ap

enas

asp

ecto

s ne

gati

vos

da

cria

nça,

av

alia

ção

é fr

agm

enta

da

com

in

form

açõe

s qu

e nã

o se

co

mpl

etam

e f

ocou

mui

to

nos

aspe

ctos

co

mpo

rtam

enta

is

da

cria

nça,

o co

ntem

plan

do

o os

av

anço

s no

de

senv

olvi

men

to

da

cria

nça,

ne

m

suas

pr

efer

ênci

as”.

P. 1

4

enco

ntro

em

19

/11/

2015

. P. 1

7.

“(...

) R

efle

xões

do

grup

o:

A

obse

rvaç

ão

é o

pont

o pr

imor

dial

par

a o

trab

alho

pe

dagó

gico

e

deve

m

perm

ear

os

regi

stro

s,

leva

ndo

em c

onsi

dera

ção

que

essa

s ob

serv

açõe

s m

uita

s ve

zes

pass

am

prát

icas

de

senv

olvi

das

dura

nte

o se

mes

tre

e en

cam

inha

men

tos

para

o

próx

imo

sem

estr

e”. P

. 22

en

cont

ro

em

25/1

1/20

16. P

. 27.

“(

...)

após

o

víde

o le

vant

amos

al

gum

as

cons

ider

açõe

s so

bre

o ví

deo,

com

o av

alia

r, s

obre

o

sabe

r ol

har,

olh

ar p

ara

todo

s,

aten

tar

para

a

indi

vidu

alid

ade

de

cada

al

uno,

be

m

com

o se

us

avan

ços

e di

ficu

ldad

es,

sobr

e os

tem

pos

e es

paço

s da

s at

ivid

ades

de

senv

olvi

das,

so

bre

não

rotu

lar

ou

diag

nost

icar

al

unos

e c

omo

a av

alia

ção

pode

fa

vore

cer

o at

o de

moc

rátic

o da

ap

rend

izag

em.

O

grup

o co

ntri

buiu

ba

stan

te

com

re

lato

s de

vi

vênc

ias

em

sala

de

au

la

e as

op

ortu

nida

des

de

obse

rvaç

ão q

ue e

stes

têm

. E

scla

rece

mos

ai

nda

a im

port

ânci

a do

s re

gist

ros

e da

s aç

ões

form

ativ

as

sobr

e co

mo

aval

iar

desd

e o

inic

io d

o an

o le

tivo

, poi

s co

nsid

eram

os

que

a av

alia

ção

deve

ac

onte

cer

desc

reve

ssem

um

po

uco

da

iden

tida

de

da

noss

a U

.E.,

que

fora

m

resp

ondi

das

dest

a fo

rma

pelo

gr

upo:

A

pres

ente

a

EM

EI

X:

NO

SSA

EM

EI

É

uma

ca

sa

de

brin

car,

on

de

brin

cam

os,

escu

tam

os,

acol

hem

os

e ap

rend

emos

.

Com

o a

EM

EI

X c

ontr

ibui

par

a o

apre

ndiz

ado

das

cria

nças

? A

E

ME

I co

ntri

bui

de

form

a si

gnif

icat

iva

porq

ue

prop

orci

ona

e op

ortu

niza

a

cria

nça

o br

inca

r,

busc

ando

se

mpr

e re

spei

tar

a in

fanc

ia.

um

exem

plo

dess

a pr

átic

a é

a re

uniã

o co

m

repr

esen

tant

es

de

sala

, on

de

as

cria

nças

, co

mo

prot

agon

ista

s de

se

us

dire

itos

de

form

a na

tura

l é

resp

onsá

vel,

tem

po

r ob

jeti

vo

dese

nvol

ver

a cr

ianç

a de

for

ma

lúdi

ca e

cr

iati

va.

qual

a

impo

rtân

cia

do

trab

alho

do

s ed

ucad

ores

de

sta

EM

EI

para

a

Edu

caçã

o In

fant

il? c

onso

nânc

ia c

om

as p

ropo

stas

ped

agóg

icas

vi

gent

es.

com

prom

etim

ento

com

um

at

endi

men

to d

e qu

alid

ade,

in

divi

dual

e

cole

tiva

men

te.

P. 4

9

Page 204: Karin Patricia Oliveira

52

desp

erce

bida

s.

A

escu

ta

está

m

uito

re

laci

onad

a co

m

a pr

átic

a da

ob

serv

ação

e

regi

stro

po

rque

el

a se

re

vela

at

ravé

s do

pr

ojet

o pe

dagó

gico

que

dir

ecio

na

todo

o

proc

esso

de

av

alia

ção.

A

lgum

as

inic

iati

vas

real

izad

as

dão

opor

tuni

dade

de

vo

z às

fa

míli

as,

com

o no

cas

o da

R

euni

ão

dos

Indi

cado

res

de Q

ualid

ade

da E

duca

ção

Infa

ntil,

av

alia

ção

dos

even

tos

pela

com

unid

ade,

re

gist

ros

dos

pais

da

s le

itura

s re

aliz

adas

pe

los

mes

mos

, pa

rece

r do

s pa

is

sobr

e as

ex

pect

ativ

as

do

trab

alho

de

senv

olvi

do

na

Edu

caçã

o In

fant

il.

Nos

re

gist

ros

das

cria

nças

fo

ram

co

nsid

erad

os

aspe

ctos

in

divi

duai

s e

cole

tivo

da

s m

esm

as,

com

o:

soci

aliz

ação

, br

inca

deir

as,

pref

erên

cias

, re

gist

ros

de

escr

ita

e ev

oluç

ão

do

dese

nho,

pi

ntur

as,

foto

s,

danç

as,

dram

atiz

açõe

s,

mús

icas

, ex

posi

ção

de

ativ

idad

es,

obse

rvaç

ão

nas

roda

s de

co

nver

sa

e pa

rtic

ipaç

ão

das

cria

nças

na

so

cial

izaç

ão

de

hist

ória

s,

entr

e ou

tros

. P. 1

7

dura

nte

todo

o p

roce

sso”

. P

. 27

“(...

) A

pós

o gr

upo

apre

sent

arem

su

as

resp

osta

s, a

Ass

iste

nte

de

dire

tor

dest

acou

a

impo

rtân

cia

do

grup

o co

mpr

eend

er s

eu p

apel

na

educ

ação

e g

aran

tir q

ue a

s cr

ianç

as

tenh

am

seus

di

reito

s at

endi

dos,

re

ssal

tou

aind

a a

qual

idad

e do

tr

abal

ho

dese

nvol

vido

nes

ta E

ME

I e

a re

levâ

ncia

de

co

mpr

eend

er is

to”p

. 49

“(...

) A

ssim

, se

guim

os

para

a

leitu

ra

dos

rela

tóri

os

desc

riti

vos

das

cria

nças

. C

ada

prof

esso

r po

de

ler

uma,

ou

du

as

aval

iaçõ

es,

além

de

re

lato

s da

s fa

míl

ias.

O

gr

upo

obse

rvou

que

hou

ve

um a

vanç

o na

esc

rita

dos

re

lató

rios

, m

as q

ue p

ara

o pr

óxim

o an

o po

dem

os

avan

çar

mai

s no

se

ntid

o da

co

esão

do

te

xto

rela

tado

do

s do

is

prof

esso

res

rege

ntes

”.

P.

49 -

ver

so

Page 205: Karin Patricia Oliveira

53

b

) F

ich

a 4

- P

lan

o d

e A

ção

dos

In

dic

ador

es d

e Q

ual

idad

e

A a

utoa

vali

ação

na

Uni

dade

Esc

olar

ini

ciou

no

ano

leti

vo d

e 20

14, q

uand

o fo

i re

gula

men

tada

em

leg

isla

ção

espe

cífi

ca. A

nter

ior

ao a

no l

etiv

o de

20

14,

algu

mas

Uni

dade

s E

scol

ares

rea

liza

vam

a a

plic

ação

dos

Ind

icad

ores

de

Qua

lida

de d

a E

duca

ção

Infa

ntil

Pau

list

ana,

por

ém n

ão h

avia

ob

riga

tori

edad

e, p

or e

sse

mot

ivo,

não

dado

s do

ano

leti

vo d

e 20

13.

Ano

Let

ivo

2014

20

15

2016

20

17

2018

P

robl

emas

enc

ontr

ados

pe

la e

scol

a na

for

maç

ão

cont

inua

da d

os

prof

esso

res

“Inv

esti

men

to

na

form

ação

do

s pr

ofis

sion

ais

e m

aior

ap

oio

para

ate

ndim

ento

de

cria

nças

com

nec

essi

dade

s es

peci

ais”

. (a

nexo

ao

PPP

2015

);

“A f

orm

ação

é o

fere

cida

, m

as

não

em

quan

tida

de

sufi

cien

te,

é ne

cess

ário

a

ofer

ta d

e m

ais

vaga

s pa

ra

os

curs

os.

A

Sec

reta

ria

ofer

ece

pouc

os c

urso

s de

fo

rmaç

ão p

ara

a eq

uipe

de

apoi

o”. P

.79

Não

co

nsta

m

dado

s no

P

lano

de

A

ção

de

prob

lem

as e

ncon

trad

os n

a es

cola

no

qu

e ta

nge

à fo

rmaç

ão

cont

inua

da

dos

prof

esso

res

Não

co

nsta

m

dado

s no

P

lano

de

A

ção

de

prob

lem

as e

ncon

trad

os n

a es

cola

no

qu

e ta

nge

à fo

rmaç

ão

cont

inua

da

dos

prof

esso

res

nece

ssid

ade

de

form

ação

con

tinua

da p

ara

todo

s os

pr

ofis

sion

ais

sobr

e o

aten

dim

ento

de

cr

ianç

as c

om d

efic

iênc

ias,

tr

anst

orno

s ou

su

perd

otaç

ão.

(fol

ha

avul

sa).

P

robl

emas

enc

ontr

ados

pe

la e

scol

a na

s co

ndiç

ões

de tr

abal

ho

“Inv

esti

men

to

na

form

ação

do

s pr

ofis

sion

ais

e m

aior

ap

oio

para

ate

ndim

ento

de

cria

nças

com

nec

essi

dade

s es

peci

ais”

. (a

nexo

ao

PPP

2015

);

“CIP

A e

xist

e m

ais

não

é at

uant

e”. P

. 79

“Não

te

mos

lu

gar

apro

pria

do

para

a

troc

a da

s cr

ianç

as

num

a ev

entu

alid

ade.

(fol

ha

avul

sa).

“Qua

ntid

ade

de

cria

nças

na

s tu

rmas

o co

ntri

bui

para

um

a bo

a e

harm

onio

sa

rela

ção

em

sala

”. P

. 69;

“P

ouco

s ou

ra

ros

mom

ento

s de

vi

sita

s de

eq

uipe

s ex

tern

as

para

fo

rmaç

ão

na

Uni

dade

E

scol

ar”.

P. 6

9.

(...)

ac

ervo

pe

dagó

gico

es

tá m

uito

def

asad

o e

nece

ssid

ade

de

com

prar

liv

ros

peda

gógi

cos.

(fo

lha

avul

sa);

“A

re

laçã

o en

tre

a qu

anti

dade

de

be

bês/

cria

nças

e

educ

ador

es a

inda

não

est

á em

pr

ogre

ssiv

a di

min

uiçã

o a

cada

ano

, de

ac

ordo

com

o e

spec

ific

ado

no

Pla

no

Mun

icip

al

de

Edu

caçã

o. A

s tu

rmas

têm

35

cr

ianç

as.”

(f

olha

av

ulsa

).

‘Há

nece

ssid

ade

de

form

ação

con

tinua

da p

ara

todo

s os

pr

ofis

sion

ais

sobr

e o

aten

dim

ento

de

Page 206: Karin Patricia Oliveira

54

cria

nças

com

def

iciê

ncia

s,

tran

stor

nos

ou

supe

rdot

ação

.”

c)

Fi

cha

5 –

Pla

no d

e tr

abal

ho

dos

prof

esso

res:

Ano

leti

vo

2013

20

14

2015

20

16

2017

20

18

T

urm

a at

endi

da

Aus

ênci

a de

dad

os

Infa

ntil

I –

5A (

anex

o p.

125)

In

fant

il II

6B

(ane

xo

plan

o de

en

sino

doc

ente

)

Infa

ntil

I –

5A

(ane

xos

p.16

6)

Infa

ntil

I –

5C (

anex

o pl

anos

do

cent

es

2017

).

Infa

ntil

I e

II A

/B/C

(a

nexo

s p.

128

a 13

3)

Sis

tem

atiz

ação

do

Pla

neja

men

to A

nual

E

tapa

1 –

Sel

ecio

nar

cam

pos

de

expe

riên

cia

a pa

rtir

do

s ap

rese

ntad

os

nas

Ori

enta

ções

C

urri

cula

res

– O

Cs;

E

tapa

2 –

Par

a ca

da

cam

po

apon

te

algu

mas

ex

pect

ativ

as

de a

pren

diza

gem

com

ba

se

no

que

você

co

nhec

e da

s cr

ianç

as;

Eta

pa 3

– P

ara

cada

ex

pect

ativ

a, s

elec

ione

al

gum

as

ativ

idad

es

que

pode

m

apoi

ar

a ap

rend

izag

em

pret

endi

da.

Foco

es

pecí

fico

no

s ca

mpo

s de

ex

peri

ênci

a:

expe

riên

cias

vo

ltada

s ao

co

nhec

imen

to

de

si,

do

outr

o e

do

ambi

ente

, ex

peri

ênci

as

de

brin

car

e im

agin

ar;

Eta

pa 1

– S

elec

iona

r ca

mpo

s de

ex

peri

ênci

a a

part

ir

dos

apre

sent

ados

na

s O

rien

taçõ

es

Cur

ricu

lare

s –

Ocs

; E

tapa

2 –

Par

a ca

da

cam

po

apon

te

algu

mas

ex

pect

ativ

as

de a

pren

diza

gem

com

ba

se

no

que

você

co

nhec

e da

s cr

ianç

as;

Eta

pa 3

– P

ara

cada

ex

pect

ativ

a, s

elec

ione

al

gum

as

ativ

idad

es

que

pode

m

apoi

ar

a ap

rend

izag

em

pret

endi

da.

Foco

es

pecí

fico

no

s ca

mpo

s de

ex

peri

ênci

a:

expe

riên

cias

vo

ltada

s ao

co

nhec

imen

to

de

si,

do

outr

o e

do

ambi

ente

, ex

peri

ênci

as

de

brin

car

e im

agin

ar;

Art

icul

ação

co

m

o P

PP

e

com

o

“Pro

gram

a M

ais

Edu

caçã

o S

ão P

aulo

”:

Na

Edu

caçã

o In

fant

il,

a di

scus

são

curr

icul

ar

deve

en

volv

er

as

tem

átic

as r

elac

iona

das

a um

cu

rríc

ulo

inte

grad

or

para

a

prim

eira

in

fânc

ia,

cons

ider

ando

: a

orga

niza

ção

dos

tem

pos,

es

paço

s e

mat

eria

is

que

prom

ovam

a

auto

nom

ia

e a

mul

tipl

icid

ade

de

expe

riên

cias

de

form

a a

cont

empl

ar

os

inte

ress

es

e o

enga

jam

ento

da

s cr

ianç

as

em

proj

etos

in

divi

duai

s e/

ou

cole

tivo

s ga

rant

indo

o

resp

eito

ao

s se

us

dife

rent

es

ritm

os

e ne

cess

idad

es

e

Art

icul

ação

co

m

o P

PP

e

com

o

“Pro

gram

a M

ais

Edu

caçã

o S

ão P

aulo

”:

Na

Edu

caçã

o In

fant

il,

a di

scus

são

curr

icul

ar

deve

en

volv

er

as

tem

átic

as r

elac

iona

das

a um

cu

rríc

ulo

inte

grad

or

para

a

prim

eira

in

fânc

ia,

cons

ider

ando

: a

orga

niza

ção

dos

tem

pos,

es

paço

s e

mat

eria

is

que

prom

ovam

a

auto

nom

ia

e a

mul

tipl

icid

ade

de

expe

riên

cias

de

form

a a

cont

empl

ar

os

inte

ress

es

e o

enga

jam

ento

da

s cr

ianç

as

em

proj

etos

in

divi

duai

s e/

ou

cole

tivo

s ga

rant

indo

o

resp

eito

ao

s se

us

dife

rent

es

ritm

os

e ne

cess

idad

es

e

AN

EX

O 1

– P

LA

NO

D

E

TR

AB

AL

HO

D

OC

EN

TE

. “O

Pla

no

de t

raba

lho

que

segu

e es

send

o es

tuda

do

dura

nte

o ho

rári

o co

leti

vo

da

JEIF

em

20

18

para

qu

e el

e po

ssa

esta

r em

co

nson

ânci

a co

m

o C

urrí

culo

In

tegr

ador

da

In

fânc

ia

Pau

lista

na,

com

a

Bas

e N

acio

nal

Com

um

Cur

ricu

lar

e co

m o

PP

P d

a E

ME

I.

Ref

orça

mos

ent

ão q

ue

este

pl

ano

não

está

at

ualiz

ado

e qu

e su

a at

ualiz

ação

se

real

izad

a ao

lon

go d

o an

o le

tivo

de

20

18,

por

mei

o do

s es

tudo

s no

ho

rári

o co

leti

vo

JEIF

, na

s H

oras

A

tivi

dade

s do

s pr

ofes

sore

s e

nas

reun

iões

Page 207: Karin Patricia Oliveira

55

expe

riên

cias

de

ex

plor

ação

da

lin

guag

em

corp

oral

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

da

lingu

agem

ve

rbal

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

da

natu

reza

e d

a cu

ltura

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

do

conh

ecim

ento

m

atem

átic

o,

expe

riên

cias

co

m

a ex

pres

sivi

dade

da

s lin

guag

ens

artís

tica

s.

expe

riên

cias

de

ex

plor

ação

da

lin

guag

em

corp

oral

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

da

lingu

agem

ve

rbal

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

da

natu

reza

e d

a cu

ltura

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

do

conh

ecim

ento

m

atem

átic

o,

expe

riên

cias

co

m

a ex

pres

sivi

dade

da

s lin

guag

ens

artís

tica

s.

poss

ibili

tand

o a

cons

truç

ão

das

cultu

ras

infa

ntis

; as

m

últi

plas

lin

guag

ens

com

o fo

rma

de

man

ifes

taçã

o,

expr

essã

o e

conh

ecim

ento

de

m

undo

qu

e de

vem

fa

zer

part

e do

un

iver

so d

a in

fânc

ia e

ga

rant

ir

expe

riên

cias

in

tegr

ador

as

sem

fr

agm

entá

-las

co

mo

cont

eúdo

s di

scip

linar

es,

mas

que

di

alog

uem

co

m

as

dive

rsas

cul

tura

s, q

ue

cons

ider

em

as

dife

renç

as

e ap

roxi

mem

as

cr

ianç

as

das

prát

icas

cu

ltura

is;

a br

inca

deir

a co

mo

form

a de

exp

ress

ão e

co

nhec

imen

to

do

mun

do q

ue c

onst

itui-

se

com

o a

prin

cipa

l lin

guag

em

das

cria

nças

, se

ndo

por

mei

o de

la

que

expe

rim

enta

m,

cria

m

e ap

rend

em

sobr

e a

cultu

ra n

a qu

al e

stão

in

seri

das,

m

odif

ican

do-a

e

prod

uzin

do

as

cultu

ras

infa

ntis

.

poss

ibili

tand

o a

cons

truç

ão

das

cultu

ras

infa

ntis

; as

m

últi

plas

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guag

ens

com

o fo

rma

de

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ifes

taçã

o,

expr

essã

o e

conh

ecim

ento

de

m

undo

qu

e de

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fa

zer

part

e do

un

iver

so d

a in

fânc

ia e

ga

rant

ir

expe

riên

cias

in

tegr

ador

as

sem

fr

agm

entá

-las

co

mo

cont

eúdo

s di

scip

linar

es,

mas

que

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alog

uem

co

m

as

dive

rsas

cul

tura

s, q

ue

cons

ider

em

as

dife

renç

as

e ap

roxi

mem

as

cr

ianç

as

das

prát

icas

cu

ltura

is;

a br

inca

deir

a co

mo

form

a de

exp

ress

ão e

co

nhec

imen

to

do

mun

do q

ue c

onst

itui-

se

com

o a

prin

cipa

l lin

guag

em

das

cria

nças

, se

ndo

por

mei

o de

la

que

expe

rim

enta

m,

cria

m

e ap

rend

em

sobr

e a

cultu

ra n

a qu

al e

stão

in

seri

das,

m

odif

ican

do-a

e

prod

uzin

do

as

cultu

ras

infa

ntis

.

peda

gógi

cas”

. P. 1

28

Obj

etiv

os

gera

is:

Na

Edu

caçã

o In

fant

il,

a di

scus

são

curr

icul

ar

deve

en

volv

er

as

tem

átic

as r

elac

iona

das

a um

cu

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ulo

inte

grad

or

para

a

prim

eira

in

fânc

ia,

cons

ider

ando

: a

orga

niza

ção

dos

tem

pos,

es

paço

s e

mat

eria

is

que

prom

ovam

a

auto

nom

ia

e a

mul

tipl

icid

ade

de

expe

riên

cias

de

form

a a

cont

empl

ar

os

inte

ress

es

e o

enga

jam

ento

da

s cr

ianç

as

em

proj

etos

in

divi

duai

s e/

ou

cole

tivo

s ga

rant

indo

o

resp

eito

ao

s se

us

dife

rent

es

ritm

os

e ne

cess

idad

es

e po

ssib

ilita

ndo

a co

nstr

ução

da

s cu

ltura

s in

fant

is;

as

múl

tipl

as

lingu

agen

s co

mo

form

a de

m

anif

esta

ção,

ex

pres

são

e co

nhec

imen

to

de

mun

do

que

deve

m

faze

r pa

rte

do

univ

erso

da

infâ

ncia

e

Page 208: Karin Patricia Oliveira

56

Exp

eriê

ncia

s vo

ltada

s ao

co

nhec

imen

to

de

si,

do

outr

o e

do

ambi

ente

, ex

peri

ênci

as

de

brin

car

e im

agin

ar;

expe

riên

cias

de

ex

plor

ação

da

lin

guag

em

corp

oral

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

da

lingu

agem

ve

rbal

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

da

natu

reza

e d

a cu

ltura

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

do

conh

ecim

ento

m

atem

átic

o,

expe

riên

cias

co

m

a ex

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sivi

dade

da

s lin

guag

ens

artís

tica

s.

Exp

eriê

ncia

s vo

ltada

s ao

co

nhec

imen

to

de

si,

do

outr

o e

do

ambi

ente

, ex

peri

ênci

as

de

brin

car

e im

agin

ar;

expe

riên

cias

de

ex

plor

ação

da

lin

guag

em

corp

oral

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

da

lingu

agem

ve

rbal

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

da

natu

reza

e d

a cu

ltura

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

do

conh

ecim

ento

m

atem

átic

o,

expe

riên

cias

co

m

a ex

pres

sivi

dade

da

s lin

guag

ens

artís

tica

s.

gara

ntir

ex

peri

ênci

as

inte

grad

oras

se

m

frag

men

tá-l

as

com

o co

nteú

dos

disc

iplin

ares

, m

as q

ue

dial

ogue

m

com

as

di

vers

as c

ultu

ras,

que

co

nsid

erem

as

di

fere

nças

e

apro

xim

em

as

cria

nças

da

s pr

átic

as

cultu

rais

; a

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cade

ira

com

o fo

rma

de e

xpre

ssão

e

conh

ecim

ento

do

m

undo

que

con

stitu

i-se

co

mo

a pr

inci

pal

lingu

agem

da

s cr

ianç

as,

send

o po

r m

eio

dela

qu

e ex

peri

men

tam

, cr

iam

e

apre

ndem

so

bre

a cu

ltura

na

qual

est

ão

inse

rida

s,

mod

ific

ando

-a

e pr

oduz

indo

as

cu

ltura

s in

fant

is.

Exp

eriê

ncia

s vo

ltada

s ao

co

nhec

imen

to

de

si,

do

outr

o e

do

ambi

ente

, ex

peri

ênci

as

de

brin

car

e im

agin

ar;

expe

riên

cias

de

ex

plor

ação

da

lin

guag

em

corp

oral

, ex

peri

ênci

as

de

Page 209: Karin Patricia Oliveira

57

expl

oraç

ão

da

lingu

agem

ve

rbal

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

da

natu

reza

e d

a cu

ltura

, ex

peri

ênci

as

de

expl

oraç

ão

do

conh

ecim

ento

m

atem

átic

o,

expe

riên

cias

co

m

a ex

pres

sivi

dade

da

s lin

guag

ens

artí

stic

as.

P. 1

28 a

133

. T

urno

ati

vida

des

M

atut

ino

Mat

utin

o M

atut

ino

Ves

pert

ino

Mat

. e V

espe

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o

Doc

umen

tos

Ofi

ciai

s ut

iliza

dos

pelo

s pr

ofes

sore

s pa

ra

subs

idia

r a

elab

oraç

ão

dos

plan

os d

e en

sino

O

rien

taçõ

es

Cur

ricu

lare

s-

Exp

ecta

tiva

s de

A

pren

diza

gens

e

Ori

enta

ções

Did

átic

as

para

a

Edu

caçã

o In

fant

il.

Ori

enta

ções

C

urri

cula

res-

E

xpec

tati

vas

de

Apr

endi

zage

ns

e O

rien

taçõ

es D

idát

icas

pa

ra

a E

duca

ção

Infa

ntil.

Ori

enta

ções

C

urri

cula

res-

E

xpec

tati

vas

de

Apr

endi

zage

ns

e O

rien

taçõ

es D

idát

icas

pa

ra

a E

duca

ção

Infa

ntil.

Ori

enta

ções

C

urri

cula

res-

E

xpec

tati

vas

de

Apr

endi

zage

ns

e O

rien

taçõ

es D

idát

icas

pa

ra

a E

duca

ção

Infa

ntil.

Em

con

sonâ

ncia

com

o

Cur

rícu

lo I

nteg

rado

r da

In

fânc

ia

Pau

lista

na,

a B

ase

Nac

iona

l C

omum

C

urri

cula

r e

o P

PP

da

EM

EI.

P. 1

28.

Page 210: Karin Patricia Oliveira

58

An

exo

4 – U

tiliz

ação

do

term

o ed

ucad

or e

pro

fess

or n

os d

ocum

ento

s of

icia

is d

a R

ede

Mun

icip

al d

e E

duca

ção:

Ter

mo

edu

cado

ras

(es)

, pro

fess

oras

(es

) e

educ

ador

da

infâ

ncia

uti

lizad

os n

o do

cum

ento

Ori

enta

ção

Nor

mat

iva

nº 0

1/20

13:

Ter

mos

M

omen

tos

de u

tiliz

ação

E

duca

dora

s e ed

ucad

ores

Con

side

ra-s

e qu

e to

dos

(as)

os

(as)

pro

fiss

iona

is d

a un

idad

e de

edu

caçã

o in

fant

il sã

o ed

ucad

ores

por

que

cont

ribu

em p

ara

a fo

rmaç

ão e

cre

scim

ento

das

cr

ianç

as, c

uida

ndo -

as e

edu

cand

o-as

. P. 1

5

Os

(as)

edu

cado

res

(as)

dev

em s

er c

onhe

cedo

res

da im

port

ânci

a de

seu

pap

el e

da

atua

ção

nas

rela

ções

com

as

cria

nças

, com

as

fam

ílias

e c

om a

com

unid

ade

educ

ativ

a. S

endo

um

dos

co-

cons

trut

ores

do

proj

eto

polít

ico

peda

gógi

co d

a un

idad

e, f

az-s

e te

r cl

arez

a de

sua

s aç

ões

e co

nhec

imen

to t

eóri

co a

res

peito

de

todo

s os

tem

as p

erti

nent

es à

inf

ânci

a, e

m e

spec

ial

sobr

e o

cuid

ar e

o e

duca

r, c

onsc

iênc

ia d

e qu

e a

educ

ação

é u

ma

prát

ica

soci

al,

port

anto

, su

põe

inte

ncio

nalid

ade

na e

duca

ção

infa

ntil.

P. 1

5 A

rel

ação

ent

re o

s ed

ucad

ores

(as

) e

as c

rian

ças

é fu

ndam

enta

l par

a a

cons

truç

ão d

os c

onhe

cim

ento

s a

resp

eito

de

si e

do

outr

o, f

avor

ece

as r

elaç

ões

afet

ivas

, de

pro

teçã

o e

bem

-est

ar d

as c

rian

ças,

con

trib

uind

o pa

ra a

for

maç

ão d

a au

toes

tim

a e

auto

imag

em p

osit

ivas

. P. 1

6

A p

artir

do

prin

cípi

o de

que

o e

duca

dor

(a)

ao c

oloc

ar a

cri

ança

no

cent

ro d

o pr

oces

so e

duca

tivo,

ass

ume

um p

apel

rel

evan

te,

mas

que

não

é o

cen

tro

das

rela

ções

, sen

do a

quel

e qu

e cr

ia c

ondi

ções

par

a qu

e os

peq

ueno

s e

pequ

enas

pos

sam

rel

acio

nar-

se c

om a

“vi

da”,

com

o c

onhe

cim

ento

soc

ialm

ente

con

stru

ído

e qu

e fa

vore

ça a

exp

ress

ão c

riat

iva

por

mei

o da

s di

fere

ntes

ling

uage

ns. P

. 17

A

ava

liaçã

o na

edu

caçã

o in

fant

il co

nsti

tui-

se u

m e

lo s

igni

fica

tivo

ent

re a

prá

tica

cotid

iana

viv

enci

ada

pela

s cr

ianç

as e

o p

lane

jam

ento

do

(a)

educ

ador

(a)

. P.

22

Na

elab

oraç

ão d

a do

cum

enta

ção

peda

gógi

ca, a

lgum

as p

ergu

ntas

pod

em n

orte

ar o

olh

ar d

os e

duca

dore

s em

sua

s in

terv

ençõ

es. P

. 23

Sen

do a

ssim

, a

aval

iaçã

o na

edu

caçã

o in

fant

il é

cons

truí

da p

elos

(as

) ed

ucad

ores

(as

) qu

e in

tera

gem

com

os

men

inos

e a

s m

enin

as n

o co

tidia

no e

pel

as

próp

rias

cri

ança

s. P

. 25

O c

onju

nto

dos

dife

rent

es i

nstr

umen

tos

de a

com

panh

amen

to q

ue s

e co

nsti

tuem

a p

artir

dos

reg

istr

os d

e ob

serv

ação

do

(a)

educ

ador

(a)

pro

pici

a a

indi

caçã

o da

s in

terv

ençõ

es p

edag

ógic

as n

eces

sári

as à

s ap

rend

izag

ens

e de

senv

olvi

men

to d

os m

enin

os e

men

inas

, si

ntet

izad

os n

a do

cum

enta

ção

peda

gógi

ca c

uja

apre

sent

ação

aos

pai

s e/

ou r

espo

nsáv

eis

poss

ibil

itará

con

heci

men

to d

o pr

oces

so. P

. 28

Os

mom

ento

s de

pla

neja

men

to d

evem

sem

pre

prev

er e

spaç

os n

os q

uais

os

educ

ador

es r

egis

trem

sua

s re

flex

ões

sobr

e o

trab

alho

des

envo

lvid

o.p.

31

Cab

erá

ao e

duca

dor

(a)

elab

orar

os

rela

tóri

os d

escr

itiv

os c

om a

fin

alid

ade

de r

esgu

arda

r os

reg

istr

os e

labo

rado

s pe

los

educ

ador

es (

as)

resu

ltant

es d

as

obse

rvaç

ões

das

cria

nças

e a

nalis

ar o

trab

alho

com

o um

todo

, nas

sua

s di

fere

ntes

dim

ensõ

es. P

. 32

A e

labo

raçã

o de

um

rel

atór

io d

escr

itiv

o qu

e re

flit

a a

traj

etór

ia p

erco

rrid

a pe

la c

rian

ça e

que

for

neça

aos

edu

cado

res

(as)

os

elem

ento

s ne

cess

ário

s pa

ra a

co

ntin

uida

de d

o tr

abal

ho p

edag

ógic

o po

de s

er a

mel

hor

form

a de

exp

edir

a d

ocum

enta

ção

prev

ista

em

lei.

P. 3

3

P

rofe

ssor

as

e prof

esso

res

A d

ocên

cia

nest

a et

apa

da e

duca

ção

bási

ca s

e co

nstit

ui c

omo

um o

fíci

o em

con

stru

ção,

com

sab

eres

sin

gula

res,

sob

retu

do,

mar

cado

s pe

lo f

ato

da e

duca

ção

infa

ntil

ser

um e

spaç

o ed

ucac

iona

l e

não

esco

lar

com

for

mas

esp

ecíf

icas

de

ser

prof

esso

r, d

e el

abor

ar p

lane

jam

ento

, os

regi

stro

s e

a av

alia

ção,

de

real

izar

a

gest

ão d

os te

mpo

s e

mat

éria

s a

fim

de

que

as c

rian

ças

tenh

am t

empo

par

a co

nstr

uir

os s

eus

proj

etos

e te

oria

s, r

elaç

ões,

etc

. p 1

7 A

lém

dis

so,

exis

tem

ain

da,

os r

egis

tros

con

stru

ídos

pel

as p

rópr

ias

cria

nças

que

dev

em s

er c

onsi

dera

dos

na e

labo

raçã

o de

por

tfól

ios

indi

vidu

ais

e co

leti

vos

e ta

mbé

m o

cupa

r lu

gar

de m

ater

ial d

e an

ális

e e

refl

exão

de

prof

esso

res

bem

com

o de

est

udos

no

s ho

rári

os e

mom

ento

s fo

rmat

ivos

. 31-

32

Page 211: Karin Patricia Oliveira

59

Edu

cado

res

da I

nfân

cia

Des

se m

odo,

o p

apel

do

educ

ador

da

infâ

ncia

é a

quel

e qu

e es

cuta

as

voze

s do

s m

enin

os e

men

inas

, art

icul

a e

apoi

a su

as d

esco

bert

as, c

rian

do c

ondi

ções

par

a a

prod

ução

do

conh

ecim

ento

de

man

eira

inte

gral

e n

ão f

ragm

enta

da. P

. 12

O e

duca

dor

da i

nfân

cia

deve

ter

um

pap

el f

unda

men

tal

com

o “o

bser

vado

r pa

rtic

ipat

ivo”

, qu

e in

terv

ém p

ara

ofer

ecer

, em

cad

a ci

rcun

stân

cia,

os

recu

rsos

ne

cess

ário

s à

ativ

idad

e in

fant

il, d

e fo

rma

a de

safi

ar,

prom

over

int

eraç

ões,

des

pert

ar a

cur

iosi

dade

, m

edia

r co

nflit

os,

gara

ntir

rea

lizaç

ões,

exp

erim

ento

s,

tent

ativ

as, p

rom

over

ace

sso

à cu

ltura

, pos

sibi

litan

do q

ue a

s cr

ianç

as c

onst

ruam

cul

tura

s in

fant

is. P

. 15

O

(a)

edu

cado

r (a

) da

inf

ânci

a ao

ela

bora

r o

seu

plan

ejam

ento

ped

agóg

ico

deve

con

tem

plar

opo

rtun

idad

es p

ara

que

o in

espe

rado

aco

nteç

a, p

erm

itin

do a

re

cons

truç

ão e

aqu

isiç

ão d

e no

vos

conh

ecim

ento

s, c

onst

ruçã

o de

teor

ias,

ten

tati

va e

neg

ocia

ções

ent

re a

s cr

ianç

as. P

.16/

17

O e

duca

dor

(a)

da i

nfân

cia

deve

rá l

ança

r m

ão d

este

s el

emen

tos

para

com

por

rela

tóri

os d

e ac

ompa

nham

ento

do

proc

esso

de

apre

ndiz

agem

de

man

eira

de

scri

tiva

. P. 1

7 E

nfim

, o

pape

l do

edu

cado

r (a

) da

inf

ânci

a é

o de

cri

ar c

ondi

ções

, or

gani

zar

tem

pos

e es

paço

s, s

elec

iona

r m

ater

iais

de

form

a cr

iati

va,

obse

rvar

as

cria

nças

, av

alia

r pr

oces

sos

cons

trui

ndo

regi

stro

s qu

e hi

stor

iciz

em o

tem

po v

ivid

o, a

poia

r as

sua

s de

scob

erta

s e

proj

etos

a f

im d

e po

ssib

ilita

r a

ampl

iaçã

o da

s ex

peri

ênci

as d

as c

rian

ças,

sem

que

o f

oco

este

ja c

entr

ado

nele

e s

im n

a aç

ão e

inte

rven

ção

dos

men

inos

e d

as m

enin

as. P

. 17

Fo

nte:

Ela

bora

do te

ndo

com

o re

ferê

ncia

o d

ocum

ento

Ori

enta

ção

Nor

mat

iva

nº 0

1/20

13

Page 212: Karin Patricia Oliveira

60

Ter

mo

educ

ador

as (

es),

pro

fess

oras

(es

) ut

iliza

dos

no d

ocum

ento

Cur

rícu

lo I

nteg

rado

r da

Inf

ânci

a P

aulis

tana

Ter

mos

M

omen

tos

de u

tiliz

ação

E

duca

dora

s e ed

ucad

ores

Com

edu

cado

ras

e ed

ucad

ores

int

enci

onal

men

te o

rgan

izan

do e

xper

iênc

ias

envo

lven

tes

com

e p

ara

bebê

s e

cria

nças

, cr

iam

-se

perc

urso

s de

apr

endi

zage

ns

sign

ific

ativ

os e

soc

ialm

ente

rel

evan

tes

que

se s

omam

des

de a

edu

caçã

o in

fant

il at

é o

ensi

no f

unda

men

tal.

Des

se m

odo,

cui

dam

-se

e ed

ucam

-se

bebê

s e

cria

nças

que

pen

sam

e a

gem

de

form

a ca

da v

ez m

ais

curi

osa

e au

tôno

ma

no m

undo

. P. 1

6.

O p

rota

goni

smo

das

educ

ador

as e

dos

edu

cado

res

com

o or

gani

zado

res

de e

xper

iênc

ias

em q

ue b

ebês

e c

rian

ças

são

igua

lmen

te p

rota

goni

stas

. P. 1

8

Edu

cado

res

e ed

ucad

oras

são

est

udio

sos

de c

rian

ças.

P. 1

9

Edu

cado

res

e ed

ucad

oras

ouv

em o

s in

tere

sses

cad

a ve

z m

ais

ampl

os e

div

ersi

fica

dos

de c

rian

ças

cada

vez

mai

s cu

rios

as e

com

vo

ntad

e de

sab

er, d

esco

brir

e

expl

icar

o m

undo

. P. 2

1

Edu

cado

r e

educ

ador

a of

erec

em a

juda

e i

ncen

tiva

m a

cri

ança

a e

xper

imen

tar,

bus

car

expl

icaç

ão d

os f

atos

, inv

esti

gar,

pla

neja

r, s

oluc

iona

r pr

oble

mas

, enf

im,

exer

cita

r o

pens

amen

to c

omo

um s

er in

teir

o em

seu

enc

ontr

o co

m o

mun

do. P

. 22

U

m d

as t

aref

as d

e ed

ucad

oras

e e

duca

dore

s é

apre

sent

ar s

ituaç

ões

e vi

vênc

ias

cultu

rais

de

mod

o a

enca

ntar

e c

riar

nov

os d

esej

os d

e de

scob

erta

e

conh

ecim

ento

. P. 2

2

Cad

a cr

ianç

a e

cada

beb

ês s

ão ú

nico

s, c

onst

ituem

his

tóri

as s

ingu

lare

s. E

sse

reco

nhec

imen

to s

upõe

das

edu

cado

ras

e do

s ed

ucad

ores

a o

rgan

izaç

ão d

e ro

tina

s fl

exív

eis,

pla

neja

das

cuid

ados

amen

te. P

. 28

E

duca

dora

s e

educ

ador

es s

ão o

bser

vado

res,

par

tici

pant

es e

pro

tago

nist

as e

m s

eu p

roce

sso

form

ativ

o. P

. 29

E

duca

dora

s e

educ

ador

es c

omo

prof

issi

onai

s co

mpr

omet

idos

com

um

a ed

ucaç

ão o

rien

tada

pel

os p

rinc

ípio

s de

moc

ráti

cos.

P. 3

0

Edu

cado

ra o

u ed

ucad

or c

onve

rsam

com

beb

ês e

cri

ança

s du

rant

e os

cui

dado

s e

se e

sfor

çam

por

est

abel

ecer

com

os

pequ

enin

os u

ma

com

unic

ação

que

é m

ais

emoc

iona

l que

ver

bal.

P. 3

8

Edu

cado

ras

e ed

ucad

ores

são

, po

rtan

to,

resp

onsá

veis

pel

a or

gani

zaçã

o da

vid

a de

beb

ês e

cri

ança

s na

s un

idad

es e

duca

cion

ais

de m

odo

a pr

ovoc

ar s

ua

form

ação

com

o ci

dadã

os d

e di

reito

s. P

. 41.

E

duca

dore

s e

educ

ador

as c

riam

opo

rtun

idad

es p

ara

que

bebê

s e

cria

nças

viv

am e

xper

iênc

ias

cont

ínua

s. P

. 43

A

s ed

ucad

oras

e e

duca

dore

s sã

o es

senc

iais

nes

se p

roce

sso

vivi

do p

or b

ebês

e c

rian

ças,

mas

não

pod

em s

ubst

ituir

as

cria

nças

em

sua

s ex

peri

ênci

as e

de

scob

erta

s. N

esse

sen

tido

se

colo

cam

ao

lado

dos

beb

ês e

das

cri

ança

s or

gani

zand

o as

con

diçõ

es p

ara

que

part

icip

em a

tiva

men

te d

as e

xper

iênc

ias,

pr

omov

endo

sua

cur

iosi

dade

, ouv

indo

seu

s de

sejo

s de

con

heci

men

to, i

nsti

gand

o no

vos

inte

ress

es d

e ex

peri

ênci

as e

des

cobe

rtas

. P.

44

E

duca

dora

s e

educ

ador

es o

bser

vam

o b

ebê

para

per

cebe

r aq

uilo

que

ele

é c

apaz

de

faze

r de

sde

pequ

enin

inho

. P. 4

5

Edu

cado

ras

e ed

ucad

ores

ouv

em e

aco

lhem

as

suge

stõe

s e

os d

esej

os d

e co

nhec

er d

as c

rian

ças

e pr

opõe

m p

eque

nos

proj

etos

de

inve

stig

ação

com

o g

rupo

pa

ra r

espo

nder

as

curi

osid

ades

das

cri

ança

s e

inst

igá-

las

em s

ua v

onta

de d

e sa

ber

mai

s. P

. 45

E

duca

dora

s e

educ

ador

es a

colh

em a

s em

oçõe

s de

beb

ês e

cri

ança

s. P

. 45

O

s m

ater

iais

, por

sua

vez

, est

ão r

elac

iona

dos

à oc

upaç

ão d

os e

spaç

os e

pre

cisa

m s

er o

rgan

izad

os c

onfo

rme

a in

tenc

iona

lidad

e de

edu

cado

res

e ed

ucad

oras

. P.

48

Edu

cado

ras

e ed

ucad

ores

pre

cisa

m e

star

ate

ntos

à o

rgan

izaç

ão d

o es

paço

e a

os m

ater

iais

ofe

reci

dos,

par

a fa

vore

cer

aces

so e

div

ersi

dade

que

pos

sibi

lite

dife

rent

es e

xper

iênc

ias

de e

xplo

raçã

o. P

. 57

E

duca

dora

s e

educ

ador

es p

reci

sam

dis

poni

biliz

ar t

empo

aos

beb

ês p

ara

a ex

plor

ação

do

mun

do e

par

a a

desc

ober

ta e

exp

lora

ção

das

pró

pria

s m

ãos,

de

com

o el

as p

odem

peg

ar e

mov

er o

bjet

os, c

omo

pode

m s

egur

ar d

ois

obje

tos

sim

ulta

neam

ente

. P. 5

7

Edu

cado

ras

e ed

ucad

ores

cri

am a

seg

uran

ça n

eces

sári

as a

o be

bê p

ara

brin

car

sozi

nho

com

os

obje

tos

que

ofer

ecem

os. P

. 58

O

pap

el d

a ed

ucad

ora

e do

edu

cado

r va

i al

ém d

e of

erec

er e

stru

tura

mat

eria

l pa

ra a

bri

ncad

eira

(te

mpo

, ob

jeto

s, e

xper

iênc

ias

de

cont

ato

com

ati

vida

des

hum

anas

var

iada

s).

Ser

par

ticip

ante

, ob

serv

ador

sen

síve

l, pr

oble

mat

izad

or,

prov

ocad

or d

e si

tuaç

ões

que

faça

m c

om q

ue a

s na

rrat

ivas

dur

ante

a b

rinc

adei

ra

Page 213: Karin Patricia Oliveira

61

seja

m c

ada

vez

mai

s el

abor

adas

impu

lsio

na e

pot

enci

aliz

a a

brin

cade

ira

de m

enin

os e

men

inas

na

educ

ação

infa

ntil

e no

ens

ino

fund

amen

tal.

P. 5

9

Edu

cado

ras

e ed

ucad

ores

do

ensi

no f

unda

men

tal e

da

educ

ação

infa

ntil

cria

m c

ondi

ções

par

a um

a ed

ucaç

ão p

rom

otor

a do

máx

imo

dese

nvol

vim

ento

hum

ano

na in

fânc

ia. P

. 59

E

duca

dora

s e

educ

ador

es l

eem

par

a as

cri

ança

s, d

eixa

m l

ivro

s bo

nito

s e

atra

ente

s em

pra

tele

iras

na

altu

ra d

os o

lhos

e d

as m

ãos

dos

bebê

s, u

sam

liv

ros

e re

vist

as p

ara

cont

ar h

istó

rias

e le

r so

bre

tem

as d

e in

tere

sse

das

cria

nças

. Edu

cado

ras

e ed

ucad

ores

esc

reve

m p

eque

nas

hist

ória

s qu

e as

cri

ança

s na

rram

. P. 6

1

Doc

umen

tar

esse

pro

cess

o é

ferr

amen

ta i

ndis

pens

ável

par

a ed

ucad

oras

e e

duca

dore

s (e

spec

ialm

ente

pro

fess

oras

e p

rofe

ssor

es)

em s

uas

múl

tipl

as t

aref

as:

cons

trui

r ex

peri

ênci

as p

osit

ivas

com

e p

ara

bebê

s e

cria

nças

, cr

iar

um s

upor

te p

ara

seu

próp

rio

cres

cim

ento

pro

fiss

iona

l, m

elho

rar

a pr

ópri

a ca

paci

dade

de

com

unic

ação

com

beb

ês e

cri

ança

s, c

om a

s fa

míl

ias

e m

esm

o en

tre

os c

oleg

as. P

. 65.

Con

cebe

edu

cado

ras

e ed

ucad

ores

com

o re

spon

sáve

is p

ela

orga

niza

ção

das

expe

riên

cias

cad

a ve

z m

ais

envo

lven

tes

e en

cant

ador

as q

ue a

cont

ece

na u

nida

de

educ

acio

nal.

P. 6

6

Edu

cado

ras

e educ

ador

es;

Pro

fess

oras

e pr

ofes

sore

s

Dev

e-se

bus

car

o co

nsta

nte

apro

fund

amen

to e

a r

einv

ençã

o da

s aç

ões

e pr

átic

as p

edag

ógic

as

por

mei

o de

ref

lexõ

es p

erm

anen

tes

sobr

e ta

is q

uest

ões,

env

olve

ndo

não

apen

as p

rofe

ssor

es e

pr

ofes

sora

s, m

as t

odo

o co

leti

vo d

e ed

ucad

ores

e e

duca

dora

s da

s un

idad

es e

duca

cion

ais.

P.

13

É i

mpo

rtan

te d

esta

car

que

a pa

rtic

ipaç

ão e

o e

nvol

vim

ento

de

bebê

s e

cria

nças

nas

exp

eriê

ncia

s vi

vida

s na

s un

idad

es e

duca

cion

ais

acon

tece

m q

uand

o sã

o in

tenc

iona

lmen

te o

rgan

izad

os p

ela

prof

esso

ra e

pel

o pr

ofes

sor.

Est

es, a

ssim

com

o o

conj

unto

de

educ

ador

es e

edu

cado

ras

das

unid

ades

de

educ

ação

infa

ntil

e en

sino

fun

dam

enta

l, sã

o os

pro

tago

nist

as q

ue o

rgan

izam

as

cond

içõe

s pa

ra o

pro

tago

nism

o de

beb

ês e

cri

ança

s. P

. 39

P

rofe

ssor

as

e prof

esso

res

O p

rota

goni

smo

do p

rofe

ssor

e d

a pr

ofes

sora

não

dev

e in

viab

iliz

ar o

pro

tago

nism

o da

s cr

ianç

as;

ao c

ontr

ário

, o p

rota

goni

smo

dos

adu

ltos

deve

pro

mov

er o

pr

otag

onis

mo

das

cria

nças

. P. 3

0

Pro

fess

or e

pro

fess

ora

são

os o

rgan

izad

ores

(pa

ra e

com

beb

ês e

cri

ança

s) d

e vi

vênc

ias,

situ

açõe

s em

que

beb

ês e

cri

ança

s se

jam

suj

eito

s. P

. 31

P

rofe

ssor

a e

prof

esso

r au

tore

s pe

rceb

em-s

e in

vest

igad

ores

e i

ntel

ectu

ais

impl

icad

os n

o pr

oces

so e

duca

tivo

com

o c

ompr

omis

so d

e ap

rese

ntar

, de

bate

r e

acol

her

prop

osta

s no

col

etiv

o da

s un

idad

es d

e ed

ucaç

ão i

nfan

til

e en

sino

fun

dam

enta

l pa

ra c

onhe

cer

o co

ntex

to d

as c

rian

ças

com

que

m t

raba

lham

, pa

ra

prom

over

seu

s di

reito

s fu

ndam

enta

is e

fav

orec

er a

aut

oria

dos

beb

ês e

cri

ança

s em

seu

enc

ontr

o co

m a

cul

tura

. P. 3

1

O p

apel

fun

dam

enta

l que

pro

fess

oras

e p

rofe

ssor

es t

êm n

a or

gani

zaçã

o da

s ex

peri

ênci

as q

ue b

ebês

e c

rian

ças

vive

m n

as u

nida

des

educ

acio

nais

exi

gem

que

pl

anej

em s

ua p

ráti

ca p

edag

ógic

a e

a re

plan

ejem

com

os

bebê

s e

as c

rian

ças

de s

ua t

urm

a, s

elec

ione

m,

orga

nize

m e

dis

poni

biliz

em m

ater

iais

, or

gani

zem

as

form

as d

e ge

stão

do

tem

po,

aten

tem

par

a es

tabe

lece

r re

laçõ

es d

emoc

rátic

as c

om o

gru

po d

e cr

ianç

as,

cole

gas

e fa

míl

ias,

pro

ponh

am e

org

aniz

em v

ivên

cias

co

m e

par

a as

cri

ança

s. P

. 40

N

a or

gani

zaçã

o de

um

cur

rícu

lo i

nteg

rado

r do

s be

bês

e cr

ianç

as d

a ed

ucaç

ão i

nfan

til

e do

ens

ino

fund

amen

tal,

os e

spaç

os s

ão c

ompr

eend

idos

com

o o

segu

ndo

educ

ador

da

turm

a, p

ois

é co

mo

a pr

ofes

sora

e o

pro

fess

or,

um e

lem

ento

ess

enci

al n

a pr

omoç

ão d

as a

pren

diz

agen

s do

s be

bês

e da

s cr

ianç

as e

de

suas

apr

endi

zage

ns. P

. 47

A

ate

nção

e o

olh

ar s

ensí

vel d

as p

rofe

ssor

as e

dos

pro

fess

ores

est

ão p

rese

ntes

incl

usiv

e no

s m

omen

tos

diár

ios

em q

ue a

s cr

ian

ças

têm

um

tem

po d

esti

nado

às

brin

cade

iras

ou

as a

tivi

dade

s de

liv

re e

scol

ha,

nas

vivê

ncia

s em

esp

aços

int

erno

s (s

alas

) ou

ext

erno

s (p

arqu

es,

pátio

s, e

tc),

não

se

limita

ndo

a ex

plic

ar

Page 214: Karin Patricia Oliveira

62

epis

ódio

s in

divi

duai

s, m

as r

elac

iona

ndo,

em

um

a na

rrat

iva

únic

a e

coer

ente

, ep

isód

ios

sign

ific

ativ

os d

e um

pro

jeto

rea

lizad

o e

cria

do p

ara

o be

m-e

star

das

cr

ianç

as e

sua

s fa

míl

ias.

P. 6

7

Font

e: E

labo

rado

tend

o co

mo

refe

rênc

ia o

doc

umen

to C

urrí

culo

Int

egra

dor

da I

nfân

cia

Pau

lista

na

Page 215: Karin Patricia Oliveira

63

Ter

mo

educ

ador

as (

es),

pro

fess

oras

(es

) ut

iliz

ados

no

docu

men

to R

evis

itar

, Res

sign

ific

ar, A

vali

ar, R

epla

neja

r co

m a

esc

ola,

esp

ecif

icam

ente

enc

ontr

ados

na

intr

oduç

ão, e

duca

ção

infa

ntil

, for

maç

ão e

ges

tão

peda

gógi

ca.

Ter

mos

M

omen

tos

de u

tiliz

ação

E

duca

dore

s e

Edu

cado

res

Inic

iam

os m

ais

um a

no d

e tr

abal

ho c

om o

des

afio

de

refl

etir

col

etiv

amen

te s

obre

as

real

idad

es,

as e

spec

ific

idad

es d

os t

erri

tóri

os,

dos

suje

itos

que

cons

titue

m a

Red

e M

unic

ipal

de

Ens

ino

– R

ME

e,

junt

os,

educ

anda

s e

educ

ando

s, e

duca

dora

s e

educ

ador

es,

fam

ília

s e

a co

mun

idad

e (r

e)co

nstr

uir

ou

revi

sita

r o

Pro

jeto

Pol

ític

o-P

edag

ógic

o –

PP

P,

que

deve

ind

icar

um

cam

inho

edu

caci

onal

par

a a

cons

truç

ão d

e um

a so

cied

ade

mai

s ju

sta,

hum

ana

e de

moc

rátic

a, c

apaz

de

acom

panh

ar a

rea

lidad

e da

s lu

tas

pela

equ

idad

e e

opor

tuni

dade

s en

tre

os v

ário

s at

ores

soc

iais

leva

ndo

em c

onta

o g

êner

o, a

etn

ia e

a

exti

nção

do

sent

imen

to h

omof

óbic

o pr

esen

te n

a no

ssa

cida

de. P

. 3

Pre

tend

emos

dar

con

tinu

idad

e ao

diá

logo

ent

re a

Sec

reta

ria

Mun

icip

al d

e E

duca

ção

- S

ME

, as

edu

cado

ras

e os

edu

cado

res

e re

flet

ir s

obre

a p

ráti

ca

peda

gógi

ca d

esen

volv

ida

cotid

iana

men

te n

os e

spaç

os e

duca

tivo

s, r

econ

hece

ndo

os c

amin

hos

trilh

ados

, as

con

quis

tas,

os

desa

fios

e n

os s

ituar

mos

“on

de”

nos

enco

ntra

mos

e “

com

o” c

onti

nuar

emos

o p

ercu

rso

da c

onst

ruçã

o da

Pol

ític

a P

úblic

a de

Edu

caçã

o em

nos

sa c

idad

e. P

. 3

Ela

bora

mos

com

a p

artic

ipaç

ão d

as e

duca

dora

s e

dos

educ

ador

es,

via

cons

ulta

púb

lica,

o P

rogr

ama

de R

eorg

aniz

ação

Cur

ricu

lar

e A

dmin

istr

ativ

a,

Am

plia

ção

e Fo

rtal

ecim

ento

da

Red

e M

unic

ipal

de

Ens

ino

de S

ão P

aulo

- P

rogr

ama

Mai

s E

duca

ção

São

Pau

lo,

que

vem

sen

do c

onso

lidad

o po

r m

eio

de

açõe

s pe

dagó

gica

s e

adm

inis

trat

ivas

. P. 3

-4

A v

alor

izaç

ão d

os p

rofi

ssio

nais

im

plic

a em

rec

onhe

cê-l

os c

omo

suje

itos

em p

erm

anen

te p

roce

sso

de f

orm

ação

e s

uas

prát

icas

edu

cati

vas

fund

amen

tais

pa

ra a

con

solid

ação

da

qual

idad

e so

cial

da

educ

ação

. Nes

te s

enti

do, a

SM

E te

m e

nvid

ado

esfo

rços

par

a m

ante

r co

nsta

ntes

diá

log

os e

açõ

es p

ara

aten

der

as

dem

anda

s do

s pr

ofis

sion

ais

no q

ue d

iz r

espe

ito à

dig

nida

de d

os e

duca

dore

s, s

ua f

orm

ação

, rem

uner

ação

e c

ondi

ções

de

trab

alho

. P. 5

D

esta

for

ma,

na

elab

oraç

ão d

o pl

anej

amen

to 2

016,

é im

port

ante

ref

leti

r: A

esc

ola

tem

est

abel

ecid

o a

parc

eria

com

as

fam

ília

s? H

orár

ios

para

reu

niõe

s co

m

educ

ador

as e

edu

cado

res,

com

fam

ilia

res,

Con

selh

os d

e E

scol

a/C

onse

l hos

de

CE

I e

outr

os. P

. 9

A E

quip

e G

esto

ra t

em p

apel

fun

dam

enta

lmen

te i

mpo

rtan

te n

a di

men

são

da g

estã

o pe

dagó

gica

na

Uni

dade

Edu

caci

onal

. É

ela

que

tam

bém

via

biliz

a a

prom

oção

da

form

ação

das

edu

cado

ras

e ed

ucad

ores

e,

cons

eque

ntem

ente

, da

s ed

ucan

das

e do

s ed

ucan

dos,

fat

or f

unda

men

tal

para

o d

esen

volv

imen

to e

pa

ra o

pro

cess

o de

ens

ino

e ap

rend

izag

em, p

ois

a E

quip

e G

esto

ra te

m c

ompr

omis

so c

om to

do p

roce

sso

educ

ativ

o. P

. 26

Pro

fess

ores

e

Pro

fess

oras

S

endo

ass

im, o

Pro

jeto

Pol

ític

o-P

edag

ógic

o é

o in

stru

men

to d

a G

estã

o P

edag

ógic

a po

r ex

celê

ncia

, ele

dev

e se

r re

aliz

ado

em to

dos

os s

eus

níve

is d

e fo

rma

dem

ocrá

tica

e pa

rtic

ipat

iva,

a f

im d

e su

pera

r um

a vi

são

buro

crát

ica

e au

tori

tári

a, q

ue s

e ba

seia

na

dico

tom

ia t

eori

a e

prát

ica,

ent

re p

lane

jado

res

(ges

tora

s e

gest

ores

/esp

ecia

lista

s) e

exe

cuto

res

(pro

fess

oras

e p

rofe

ssor

es/ e

duca

ndas

e e

duca

ndos

), c

omo

se o

s pl

anej

ador

es d

etiv

esse

m o

con

heci

men

to d

a re

alid

ade

e a

com

petê

ncia

téc

nico

-cie

ntíf

ica

para

dir

ecio

ná-l

a, r

esta

ndo

aos

dem

ais

som

ente

cum

prir

det

erm

inaç

ões.

P. 2

6

E

duca

dore

s e

educ

ador

as

Pro

fess

ores

e

Pro

fess

oras

Res

salta

mos

a in

stitu

ição

do

“Pro

gram

a de

Ino

vaçõ

es P

edag

ógic

as e

de

Ges

tão

na R

ede”

des

tina

do a

pro

fess

oras

e p

rofe

ssor

es, a

ges

tora

s e

gest

ores

,poi

s in

cent

ivam

a a

utor

ia, a

ref

lexã

o e

inte

rven

ções

qua

lific

adas

com

o d

esen

volv

imen

to d

e pr

ojet

os q

ue c

ontr

ibue

m p

ara

uma

form

ação

em

ser

viço

das

ed

ucad

oras

e e

duca

dore

s. P

. 16

Font

e: E

labo

rada

tend

o co

mo

base

o d

ocum

ento

Rev

isit

ar,

Res

sign

ific

ar, A

valia

r, R

epla

neja

r co

m a

esc

ola

Page 216: Karin Patricia Oliveira

64

Ter

mo

educ

ador

as (

es),

pro

fess

oras

(es

) ut

iliz

ados

no

docu

men

to I

ndic

ador

es d

e Q

uali

dade

da

Edu

caçã

o In

fant

il p

auli

stan

a, e

spec

ific

amen

te e

ncon

trad

os n

a in

trod

ução

e d

imen

são

8:

Ter

mos

M

omen

tos

de u

tili

zaçã

o E

duca

dore

s e E

duca

dora

s

As

form

açõe

s in

icia

l e

cont

inua

da d

as e

duca

dora

s e

educ

ador

es s

ão f

ator

es d

eter

min

ante

s na

qua

lidad

e da

edu

caçã

o. R

essa

lta-s

e qu

e ed

ucad

ores

são

tod

os

aque

les

prof

issi

onai

s pr

esen

tes

nas

Uni

dade

s de

Edu

caçã

o In

fant

il, i

nclu

indo

as

Equ

ipes

Ges

tora

, D

ocen

te e

de

Apo

io.

Por

tant

o, é

im

port

ante

res

salta

r qu

e a

form

ação

con

tinu

ada

deve

env

olve

r to

das

essa

s eq

uipe

s, ta

nto

com

rel

ação

ao

que

é co

mum

a e

las,

qua

nto

em r

elaç

ão à

s es

peci

fici

dade

s de

cad

a um

a. P

. 56

A

inte

raçã

o en

tre

as

equi

pes

da U

nida

de E

duca

cion

al e

ent

re o

s m

embr

os d

e ca

da u

ma

dela

s é

impr

esci

ndív

el p

ara

a co

nstr

ução

de

um t

raba

lho

verd

adei

ram

ente

col

etiv

o e

coer

ente

, val

oriz

ando

-se

cada

um

a em

sua

s es

peci

fici

dade

s e

prop

orci

onan

do-l

hes

as c

ondi

ções

nec

essá

rias

ao

dese

nvol

vim

ento

de

seu

trab

alho

com

dis

poni

bilid

ade

de e

stru

tura

, re

curs

os n

eces

sári

os,

apoi

o de

seu

s pa

res

e da

s de

mai

s eq

uipe

s, c

om a

gar

anti

a de

dir

eito

s e

de t

odos

os

ator

es

envo

lvid

os n

a aç

ão e

duca

tiva

. Ist

o po

rque

, alé

m d

a fo

rmaç

ão, a

s co

ndiç

ões

de tr

abal

ho s

ão d

eter

min

ante

s no

des

empe

nho

de c

ada

educ

ador

a e

educ

ador

. P. 5

6 A

pre

senç

a da

s fa

míl

ias/

resp

onsá

veis

e d

a co

mun

idad

e em

par

ceri

a co

m a

equ

ipe

no e

spaç

o da

s U

nida

des

Edu

caci

onai

s co

nsti

tui

um

im

port

ante

fat

or n

a co

mpr

eens

ão, p

or to

dos

os e

nvol

vido

s, d

o pa

pel d

e ca

da u

m n

a vi

da d

os b

ebês

e d

as c

rian

ças.

Por

isso

, as

educ

ador

as e

edu

cado

res

deve

m p

reoc

upar

-se

sem

pre

em m

ante

r um

a po

stur

a pr

ofis

sion

al, a

colh

edor

a e

coer

ente

com

o tr

abal

ho q

ue r

ealiz

am. P

. 56

IND

ICA

DO

R 8

.4 -

CO

ND

IÇÕ

ES

DE

TR

AB

AL

HO

8.

4.2

espa

ços

de d

esca

nso/

refe

içõe

s da

s ed

ucad

oras

e e

duca

dore

s, s

em c

ompr

omet

er o

s es

paço

s do

s be

bês

e cr

ianç

as?

P. 5

9 8.

4.4

banh

eiro

de

uso

excl

usiv

o da

s ed

ucad

oras

e e

duca

dore

s, c

om c

huve

iro,

pia

e v

aso

sani

tári

o? P

. 59

8.4.

5 A

s ed

ucad

oras

e e

duca

dore

s tê

m a

cess

o a

recu

rsos

, m

ater

iais

e l

ivro

s de

pes

quis

a re

leva

ntes

e/o

u ne

cess

ário

s ao

seu

apr

imor

amen

to p

rofi

ssio

nal

e ao

tr

abal

ho c

om s

ua(s

) tu

rma(

s)?

P. 5

9 8.

4.6

A r

elaç

ão e

ntre

a q

uant

idad

e de

beb

ês/c

rian

ças

e ed

ucad

ores

est

á em

pro

gres

siva

dim

inui

ção

a ca

da a

no,

de a

cord

o co

m o

esp

ecif

icad

o no

Pla

no

Mun

icip

al d

e E

duca

ção?

P. 5

9 8.

4.8

Os

repr

esen

tant

es d

a U

nida

de E

duca

cion

al n

as e

ntid

ades

sin

dica

is e

nos

fór

uns

de d

efes

a da

inf

ânci

a so

cial

izam

com

os

dem

ais

as a

ções

e d

iscu

ssõe

s so

bre

as q

uest

ões

trab

alhi

stas

e e

duca

cion

ais,

art

icul

ando

-as

às n

eces

sida

des

dos

bebê

s e

cria

nças

e d

as e

duca

dora

s e

educ

ador

es?

P. 6

0

P

rofe

ssor

es

e Pro

fess

oras

IND

ICA

DO

R 8

.1 -

FO

RM

ÃO

CO

NT

INU

AD

A D

A E

QU

IPE

DO

CE

NT

E

8.1.

4 A

s pr

ofes

sora

s e

prof

esso

res

têm

a o

port

unid

ade,

em

par

ceri

a co

m a

ges

tão,

de

opin

ar s

obre

tem

as p

ara

os m

omen

tos

form

ativ

os r

elev

ante

s às

ne

cess

idad

es d

a U

nida

de E

duca

cion

al e

de

suas

tur

mas

em

par

ticul

ar?

P. 5

7 8.

1.5

As

prof

esso

ras

e pr

ofes

sore

s pa

rtic

ipam

dos

cur

sos

de f

orm

ação

rea

lizad

os p

ela

SM

E,

pela

DR

E e

/ou

por

inst

ituiç

ões

conv

enia

das/

parc

eira

s e

Ent

idad

es

Man

tene

dora

s? P

. 57

Fon

te:

Ela

bora

da te

ndo

com

o ba

se o

doc

umen

to I

ndic

ador

es d

e Q

uali

dade

da

Edu

caçã

o In

fant

il P

auli

stan

a, p

. 57-

60

Page 217: Karin Patricia Oliveira

65

AN

EX

O 5

– R

evis

ão b

iblio

gráf

ica

sobr

e o

tem

a pe

squi

sado

:

Pes

quis

as s

egun

do o

s de

scri

tore

s ed

ucaç

ão I

nfan

til a

nd a

nális

e de

doc

umen

tos:

AN

O/A

UT

OR

U

NIV

ER

SID

AD

E/

PR

OG

RA

MA

P

ES

QU

ISA

/ T

IPO

T

ÍTU

LO

R

EF

ER

EN

CIA

L

TE

ÓR

ICO

F

ON

TE

S

OB

JET

IVO

G

ER

AL

R

ES

UL

TA

DO

SA

NT

OS

, K

elly

Cri

stin

a do

s (2

006)

Pro

gram

a de

es

tudo

s pó

s -gr

adua

dos

em

educ

ação

: his

tóri

a,

polít

ica,

soc

ieda

de

PU

C/S

P

Dis

sert

ação

A

uton

omia

da

cria

nça:

tra

nsiç

ão

da e

duca

ção

infa

ntil

para

o e

nsin

o fu

ndam

enta

l, co

nfor

me

as

pres

criç

ões

ofic

iais

Hen

ry W

allo

n (1

979)

T

heod

or A

dorn

o (1

995)

Dir

etri

zes

curr

icul

ares

nac

iona

is

para

a e

duca

ção

infa

ntil,

Ref

eren

cial

C

urri

cula

r N

acio

nal

para

a E

duca

ção

Infa

ntil

(03

volu

mes

),

Par

âmet

ros

em A

ção

– P

rogr

ama

de

dese

nvol

vim

ento

pr

ofis

sion

al

cont

inua

do (

02

volu

mes

) e

Par

âmet

ros

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

(01

vo

lum

e).

San

tos

(200

6)

proc

edeu

a u

ma

pesq

uisa

ex

plor

atór

ia e

ut

ilizo

u co

mo

font

e, a

s or

ient

açõe

s e

dire

triz

es

curr

icul

ares

da

educ

ação

infa

ntil

para

ana

lisar

com

o o

conc

eito

de

auto

nom

ia é

tr

atad

o e

veri

fico

u se

exi

ste

artic

ulaç

ão d

as

cria

nças

ao

fina

l da

pré-

esco

la e

o

iníc

io d

o e

nsin

o fu

ndam

enta

l no

que

se r

efer

e às

ru

ptur

as e

co

ntin

uida

des

entr

e es

sas

duas

eta

pas

de e

nsin

o.

Os

docu

men

tos

anal

isad

os e

vide

ncia

m

que

auto

nom

ia e

ad

apta

ção

são

trat

ados

de

man

eira

cin

dida

e

desa

rtic

ulad

a ta

nto

pela

or

dem

das

pub

licaç

ões

quan

to p

ela

estr

utur

a do

s do

cum

ento

s. O

s do

cum

ento

s re

forç

am

prát

icas

vol

tada

s pr

iori

tari

amen

te a

ad

apta

ção

e ho

mog

eini

zaçã

o do

s pr

oces

sos

educ

ativ

os.

C

onti

nua

Page 218: Karin Patricia Oliveira

66

FER

RI,

Mar

cia

Bar

cello

s (2

008)

Pro

gram

a de

es

tudo

s pó

s-gr

adua

dos

em

educ

ação

: his

tóri

a,

polít

ica,

soc

ieda

de

PU

C/S

Pên

cia

Dis

sert

ação

A

rtes

na

educ

ação

in

fant

il: c

ríti

ca d

as

orie

ntaç

ões

e di

retr

izes

cu

rric

ular

es

Hor

khei

mer

(19

73;

1985

) B

enja

min

(19

83;

1994

; 200

2)

Ado

rno

(197

0;

1971

; 197

3; 1

985;

19

98; 2

000)

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

par

a a

Edu

caçã

o In

fant

il,

Ref

eren

cial

C

urri

cula

r N

acio

nal

para

a E

duca

ção

Infa

ntil

e os

P

arâm

etro

s N

acio

nais

de

Qua

lidad

e pa

ra a

E

duca

ção

Infa

ntil

Com

pree

nder

co

mo

a pr

opos

ta

inic

ial p

ara

o en

sino

de

arte

s na

ed

ucaç

ão in

fant

il é

trat

ada

pela

s or

ient

açõe

s e

dire

triz

es

curr

icul

ares

e d

e qu

e m

odo

auto

nom

ia e

ad

apta

ção

estã

o as

soci

adas

ao

apre

ndiz

ado

artís

tico

.

Os

docu

men

tos

anal

isad

os e

vide

ncia

m

que

o en

sino

de

arte

s, q

ue

deve

ria

ter

um c

arát

er

eman

cipa

dor

tem

sid

o or

ient

ado

às in

stitu

içõe

s de

edu

caçã

o in

fant

il co

mo

conh

ecim

ento

pr

iori

tari

amen

te

inst

rum

enta

l. O

ens

ino

de

arte

s é

mai

s um

ele

men

to

que

corr

obor

a pa

ra a

ad

apta

ção

dos

suje

itos

SA

ITO

, H

eloi

sa

Tos

hie

Irie

(2

010)

Facu

ldad

e de

E

duca

ção

- U

SP

Tes

e A

prox

imaç

ões

entr

e a

legi

slaç

ão

da

educ

ação

in

fant

il br

asile

ira,

se

us

pres

supo

stos

te

óric

os

e a

prát

ica

peda

gógi

ca:

o pr

oces

so

de

refl

exão

sob

re a

ão

doce

nte

com

o m

eio

de

apri

mor

amen

to

da

atua

ção

do

prof

esso

r

Hen

ry

Wal

lon,

L

ev

Vig

otis

ky,

Je

an

Pia

get

LD

BE

N

(199

6),

RC

NE

D

(198

8),

DC

NE

I (2

010)

A

pesq

uisa

av

alio

u em

qu

e m

edid

a os

do

cum

ento

s of

icia

is v

olta

dos

à ed

ucaç

ão

infa

ntil

bras

ileir

a or

ient

am

a or

gani

zaçã

o es

cola

r e

o fa

zer

peda

gógi

co

na

sala

de

aula

. O

ob

jeti

vo

prin

cipa

l da

pe

squi

sa

é an

alis

ar

com

o os

pri

ncíp

ios

de

Wal

lon,

V

igot

isky

e

Pia

get

se

Per

cebe

u-se

qu

e na

s di

retr

izes

ed

ucac

iona

is

e no

s do

cum

ento

s le

gais

est

udad

os e

xist

e fo

rte

pres

ença

das

idei

as d

e W

allo

n, P

iage

t e

Vis

goti

sky,

po

rém

ob

serv

ou

que

as

prof

esso

ras,

m

esm

o te

ndo

conh

ecim

ento

dos

mat

eria

is,

não

fazi

am u

so d

eles

na

elab

oraç

ão

das

prop

osta

s pe

dagó

gica

s,

tam

pouc

o é

obje

to

de

pesq

uisa

e

refl

exão

. O

con

tido

nos

docu

men

tos

ofic

iais

não

ori

enta

m o

faz

er

peda

gógi

co

das

inst

ituiç

ões

e es

long

e de

re

pres

enta

r um

a co

ntri

buiç

ão

para

o

dire

cion

amen

to

da

prát

ica

doce

nte.

A

pe

squi

sado

ra

ress

alta

qu

e,

de

man

eira

in

cons

cien

te,

algu

mas

de

term

inaç

ões

dos

docu

men

tos

infl

uenc

iam

o f

azer

ped

agóg

ico

das

inst

ituiç

ões.

Con

clui

u-se

tam

bém

que

exi

ste

for

te p

rese

nça

do

adul

to

nas

prát

icas

pr

opos

tas

o qu

e ev

iden

cia

a co

ncep

ção

de

cria

nça

depe

nden

te

e in

capa

z.

As

cria

nças

o pa

rtic

ipam

da

to

mad

a de

dec

isão

, o

que

cont

rari

a o

cont

ido

nos

docu

men

tos

que

enfa

tiza

m a

cri

ança

com

o se

res

ativ

os e

par

tici

pati

vos.

A a

utor

a de

stac

a qu

e (2

010,

p.

186,

186)

“(.

..) A

lém

dis

so,

perc

ebe-

se q

ue a

po

uca

prof

issi

onal

izaç

ão d

o ad

ulto

con

trib

ui p

ara

a ex

istê

ncia

des

sa

idei

a eq

uivo

cada

, poi

s o

não

ente

ndim

ento

da

nece

ssid

ade

de h

aver

um

a pr

átic

a si

stem

atiz

ada

na e

duca

ção

infa

ntil,

que

pri

me

pelo

pe

dagó

gico

ar

ticul

ado

ao

cuid

ar,

faz

com

qu

e os

pr

ofes

sore

s te

nham

po

stur

as,

com

o po

r ex

empl

o,

de

prop

or

ativ

idad

es

Page 219: Karin Patricia Oliveira

67

apre

sent

am

nos

docu

men

tos

orie

ntad

ores

que

de

linei

am

o fa

zer

peda

gógi

co

na

educ

ação

in

fant

il.

desv

incu

lada

s e

cent

rada

s na

fig

ura

do p

rofe

ssor

, ap

enas

par

a o

pree

nchi

men

to

do

tem

po”.

P

ara

a au

tora

, a

conc

epçã

o do

s pr

ofes

sore

s em

rel

ação

à e

duca

ção

infa

ntil

é de

que

ela

é u

ma

etap

a de

pre

para

ção

do s

ujei

to,

logo

, um

per

íodo

pre

para

tóri

o pa

ra o

en

sino

fun

dam

enta

l. N

as r

elaç

ões

fam

ília

-esc

ola

obse

rvou

-se

que

o fo

co e

ra a

apr

esen

taçã

o do

s re

sulta

dos

e nã

o a

fam

ília

com

o ag

ente

co

labo

rati

vo,

além

de

apre

sent

ar e

dis

cutir

com

as

fam

ília

s os

pr

oble

mas

apr

esen

tado

s pe

las

cria

nças

. O

pla

neja

men

to a

pres

enta

-se

eng

essa

do,

a es

cola

tem

rot

ativ

idad

e de

pro

fess

ores

e o

s qu

e pa

rtic

ipar

am d

a pe

squi

sa d

emon

stra

ram

um

a at

itud

e pa

ssiv

a em

re

laçã

o à

expe

riên

cia

de p

ráti

ca p

edag

ógic

a. S

endo

ass

im,

a au

tora

co

mpr

eend

e qu

e (2

010,

p.

175)

: “(

...)

Par

ece

que

os p

rofe

ssor

es a

pref

erem

es

se

dire

cion

amen

to,

para

o te

rem

tr

abal

ho

de

sele

cion

ar a

tivi

dade

s, o

que

os

cara

cter

iza

com

o si

mpl

es e

xecu

tore

s do

pla

neja

men

to, d

eixa

ndo

aos

coor

dena

dore

s o

pape

l de

plan

ejar

”.

Out

ros

aspe

ctos

co

nsta

tado

s co

m

a pe

squi

sa

apre

sent

am

inex

istê

ncia

de

mom

ento

s de

dis

cuss

ão c

olet

iva

sobr

e a

prát

ica,

fr

agm

enta

ção

da

prát

ica

peda

gógi

ca

que

mui

tas

veze

s er

am

desa

rtic

ulad

as,

sem

co

ntin

uida

de,

inex

istê

ncia

de

pl

anej

amen

to

diár

io.A

aut

ora

evid

enci

a a

impo

rtân

cia

do p

apel

do

prof

esso

r e

da

form

ação

ade

quad

a e

cond

içõe

s ne

cess

ária

s pa

ra u

m t

raba

lho

de

qual

idad

e.

Con

tinu

a

Page 220: Karin Patricia Oliveira

68

MO

TA

, G

eorg

ina

Lop

es

da (

2017

)

Pro

gram

a de

es

tudo

s pó

s -gr

adua

dos

em

educ

ação

: ps

icol

ogia

da

educ

ação

PU

C/S

P

Tes

e C

once

pção

de

infâ

ncia

nas

or

ient

açõe

s cu

rric

ular

es p

ara

a ed

ucaç

ão in

fant

il:

um e

stud

o so

bre

o do

cum

ento

da

pref

eitu

ra d

e S

ão

Pau

lo n

o pe

ríod

o de

20

05 a

201

2

O

rien

taçõ

es

Cur

ricu

lare

s:

Exp

ecta

tiva

s de

A

pren

diza

gem

e

Ori

enta

ções

Did

átic

as

para

a E

duca

ção

Infa

ntil

(200

7)

O e

stud

o bu

sca

inve

stig

ar q

ual a

co

ncep

ção

de

infâ

ncia

est

eve

impl

ícita

na

prop

osta

cur

ricu

lar

para

a e

duca

ção

infa

ntil

nas

orie

ntaç

ões

curr

icul

ares

, ex

pect

ativ

as d

e ap

rend

izag

em e

or

ient

açõe

s di

dáti

cas

para

a

educ

ação

infa

ntil

no p

erío

do d

e 20

05

a 20

12 n

o m

unic

ípio

de

São

P

aulo

. A e

scol

ha

do d

ocum

ento

co

mo

font

e se

deu

em

vir

tude

de

ter

sido

o ú

ltim

o pr

oduz

ido

pela

se

cret

aria

m

uni c

ipal

de

educ

ação

com

or

ient

ação

cu

rric

ular

no

perí

odo

inic

ial e

m

que

a pe

squi

sa f

oi

real

izad

a, a

no d

e 20

13.

Na

rela

ção

com

a p

rátic

a,

a cr

ianç

a de

ve s

er o

ce

ntro

, o c

urrí

culo

tem

qu

e ar

ticu

lar

os n

ovos

co

nhec

imen

tos

aos

conh

ecim

ento

s da

s cr

ianç

as. T

endo

com

o re

ferê

ncia

ess

e pr

essu

post

o a

pesq

uisa

re

velo

u qu

e as

or

ient

açõe

s cu

rric

ular

es

para

a e

duca

ção

infa

ntil

ao d

efin

ir a

s ex

pect

ativ

as

de a

pren

diza

gens

na

prát

ica

peda

gógi

ca

rest

ring

iu a

aut

onom

ia d

o pr

ofes

sor

na s

eleç

ão d

as

apre

ndiz

agen

s e

conc

ebeu

a

infâ

ncia

com

o pe

ríod

o de

des

envo

lvim

ento

e

apre

ndiz

agem

ten

do

com

o fo

co a

pre

para

ção

para

o e

stág

io p

oste

rior

.

Page 221: Karin Patricia Oliveira

69

BA

TIS

TA

, Iz

olda

M

aria

(2

017)

Pro

gram

a de

es

tudo

s pó

s -gr

adua

dos

em

educ

ação

: hi

stór

ia,

polít

ica,

so

cied

ade

PU

C/S

P

Dis

sert

ação

A

legi

slaç

ão d

a ed

ucaç

ão m

unic

ipal

de

São

Pau

lo q

ue

rege

os

cent

ros

de

educ

ação

infa

ntil

na

etap

a de

idad

e e

sua

rela

ção

com

a

real

idad

e

Abo

rdag

em

hist

óric

o -cu

ltura

l (V

igot

isky

, Fa

lk);

Lic

ínio

L

ima

Roc

kwel

l (2

009)

Doc

umen

tos

inte

rnos

as

sim

def

inid

os:

Pro

jeto

P

olít

ico

Ped

agóg

ico

Reg

imen

to

inte

rnoP

roje

tos

peda

gógi

cos

da e

scol

a e

de c

ada

prof

esso

r D

ocum

ento

s ex

tern

os:

port

aria

de

mat

rícu

la,

port

aria

de

orga

niza

ção

de e

scol

a, p

orta

ria

de

atri

buiç

ão d

e tu

rma

de

prof

esso

res.

A a

utor

a re

fere

-se

a al

guns

do

cum

ento

s of

icia

is,

dent

re e

les:

Dir

etri

zes

curr

icul

ares

nac

iona

is

para

a e

duca

ção

infa

ntil

(201

0), D

iret

rize

s cu

rric

ular

es n

acio

nais

pa

ra a

edu

caçã

o bá

sica

(2

013)

e O

rien

taçã

o N

orm

ativ

a 01

/201

5:

Pad

rões

bás

icos

de

qual

idad

e na

edu

caçã

o in

fant

il.

A p

rese

nte

pesq

uisa

tem

com

o fo

co c

entr

al o

trab

alho

doc

ente

do

s pr

ofes

sore

s qu

e at

uam

nos

ce

ntro

s de

edu

caçã

o in

fant

il (C

EIs

), a

tend

em c

rian

ças

na

faix

a et

ária

ent

re 0

e 3

ano

s e

pert

ence

m a

red

e da

PM

SP

. O

perí

odo

do e

stud

o fo

i del

imita

do

entr

e 20

12 a

201

6 co

m a

fi

nalid

ade

de e

nten

der

com

o es

tá s

endo

impl

emen

tado

o

aten

dim

ento

nes

sa r

ede

de

ensi

no. C

omo

os C

EIs

uti

lizam

a

legi

slaç

ão e

org

aniz

aram

o

trab

alho

edu

caci

onal

com

as

cria

nças

de

3 an

os a

té c

hega

rem

ao

s qu

atro

ano

s fo

ram

que

stõe

s qu

e pe

rmea

ram

o e

stud

o. A

au

tora

que

stio

na c

omo

os

prof

esso

res

real

izam

seu

tr

abal

ho d

iant

e de

um

a es

trut

ura

de r

ede

que

defi

ne p

ara

toda

s as

un

idad

es u

ma

linha

com

um.

Par

a a

auto

ra (

2017

, p.4

4): “

(...)

a

sala

de

aula

é m

icro

, den

tro

de

um s

iste

ma

mui

to m

ais

ampl

o e

há p

ecul

iari

dade

s a

sere

m

a ten

dida

s, a

des

peito

das

ge

nera

lidad

es.”

Ao

pesq

uisa

r du

as

inst

ituiç

ões

cons

tato

u-se

pa

rtic

ular

idad

es n

a ex

ecuç

ão d

o tr

abal

ho

educ

acio

nal,

embo

ra a

lgun

s po

ntos

se

asse

mel

hem

e

noto

u -se

que

al

gum

as p

rátic

as

são

prio

riza

das

em

detr

imen

to d

e ou

tras

. Nas

or

ient

açõe

s no

rmat

ivas

no

que

se r

efer

e à

inte

graç

ão d

as

etap

as e

duca

cion

ais

não

foi o

bser

vado

ões

conc

reta

s.

Con

tinu

a

Page 222: Karin Patricia Oliveira

70

PA

UL

INO

, Reg

iane

(2

018)

Pro

gram

a de

est

udos

s -gr

adua

dos

em

educ

ação

: cur

rícu

lo

PU

C/S

P

Dis

sert

ação

E

duca

ção

infa

ntil

e cu

rríc

ulo:

co

ncei

tos

e fa

zere

s pe

dagó

gico

s na

re

de m

unic

ipal

de

edu

caçã

o de

S

ão P

aulo

Pos

tman

(19

99),

K

ishi

mot

o (2

001)

, Gob

bi

(201

0),

Frie

dman

n (2

013)

Doc

umen

tos

curr

icul

ares

pu

blic

ados

pel

a se

cret

aria

m

unic

ipal

de

educ

ação

nos

úl

tim

os d

oze

anos

, com

foc

o m

aior

nas

pub

licaç

ões

dos

últi

mos

qua

tro

anos

, den

tre

eles

: Ori

enta

ções

Cur

ricu

lare

s:

expe

ctat

ivas

de

apre

ndiz

agem

e

orie

ntaç

ões

didá

tica

s pa

ra a

ed

ucaç

ão in

fant

il (2

007)

, ca

dern

os d

e fo

rmaç

ão d

o pr

ogra

ma

Red

e em

Red

e (2

006)

, o d

ocum

ento

Tem

pos

e E

spaç

os p

ara

a in

fânc

ia e

su

as li

ngua

gens

nos

CE

Is e

E

ME

Is d

a ci

dade

de

São

Pau

lo

(200

6), O

rien

taçã

o N

orm

ativ

a nº

01/

2013

: ava

liaçã

o na

ed

ucaç

ão in

fant

il ap

rim

oran

do

os o

lhar

es, o

s In

dica

dore

s de

qu

alid

ade

da e

duca

ção

infa

ntil

paul

ista

na (

2016

) e

o C

urrí

culo

Int

egra

dor

da

Infâ

ncia

Pau

lista

na (

2015

). .

Qua

nto

aos

docu

men

tos

naci

onai

s, d

esta

cam

-se:

EC

A,

LD

B, P

NE

, DC

NE

I (2

010)

, B

NC

C, R

CN

EI.

Ana

lisar

a

estr

utur

a,

orga

niza

ção

e co

ncep

ções

ap

rese

ntad

as

pelo

s do

cum

ento

s cu

rric

ular

es d

a ed

ucaç

ão in

fant

il pr

opos

tos

pela

re

de m

unic

ipal

de

São

Pau

lo, p

ara

entã

o ve

rifi

car

se

as c

arac

terí

stic

as

dos

docu

men

tos

fav o

rece

m a

re

prod

ução

de

prát

icas

pe

dagó

gica

s pr

é-es

tabe

leci

das

ou

abre

m

poss

ibili

dade

s à

inov

ação

, de

man

eira

a

expl

orar

nov

as

form

as d

e fa

zere

s pe

dagó

gico

s ne

sta

etap

a.

Per

cebe

-se

que

o un

iver

so

educ

acio

nal

pass

ou

por

mud

ança

s,

espe

cial

men

te,

a ed

ucaç

ão

infa

ntil,

po

is

a cr

ianç

a ga

nha

luga

r de

de

staq

ue

no

curr

ícul

o e

as

conc

epçõ

es

que

emba

sam

as

pr

átic

as f

oram

res

sign

ific

adas

de

man

eira

que

o e

spaç

o da

ed

ucaç

ão

infa

ntil

deix

ou

de

ser

mer

amen

te a

ssis

tenc

ialis

ta

para

in

corp

orar

um

a cu

ltura

ed

ucat

iva.

Usa

ndo

as p

alav

ras

da

auto

ra

(201

8):

“(...

) os

do

cum

ento

s cu

rric

ular

es a

tuai

s do

co

ntex

to

pesq

uisa

do,

dem

onst

ram

gr

ande

pr

eocu

paçã

o co

m a

for

maç

ão

refl

exiv

a do

s pr

ofis

sion

ais

e a

cons

truç

ão

cole

tiva

do

cu

rríc

ulo.

Nes

se n

ovo

cená

rio,

be

bês

e cr

ianç

as

são

cons

ider

ados

pro

tago

nist

as d

e su

a ap

rend

izag

em

e o

prof

esso

r te

m

o pa

pel

de

med

iado

r e

faci

litad

or

dess

e pr

oces

so o

nde

o ap

rend

er s

e dá

at

ravé

s de

vi

vênc

ias,

ex

peri

men

taçõ

es

e in

tera

ções

pr

ivile

gian

do o

lúdi

co.”

Page 223: Karin Patricia Oliveira

71

NA

SC

I-M

EN

TO

, Fa

bian

a B

orel

li G

omes

do

(2

018)

Pro

gram

a de

es

tudo

s pó

s-gr

adua

dos

em

educ

ação

: cu

rríc

ulo

PU

C/S

P

Dis

sert

ação

C

urrí

culo

in

tegr

ador

na

edu

caçã

o in

fant

il:

conc

epçã

o e

visã

o de

ed

ucad

or

do

ensi

no

mun

icip

al

da

cida

de

de S

ão P

aulo

C

urrí

culo

In

tegr

ador

da

In

fânc

ia

Pau

lista

na

(201

5)

Ana

lisar

os

pr

incí

pios

do

do

cum

ento

C

urrí

culo

Int

egra

dor

da

Infâ

ncia

Pau

lista

sob

a

ótic

a de

um

gru

po d

e ed

ucad

oras

. A

pes

quis

a bu

scou

de

svel

ar

com

o as

pr

ofes

sora

s co

mpr

eend

am

o cu

rríc

ulo

inte

grad

or

e co

mo

as

conc

epçõ

es

pres

ente

s no

do

cum

ento

co

adun

avam

co

m

as

açõe

s pe

dagó

gica

s te

ndo

com

o fo

co

as

tem

átic

as

com

o or

gani

zaçã

o do

s te

mpo

s,

espa

ços

e m

ater

iais

, a

impo

rtân

cia

do b

rinc

ar,

a in

tegr

ação

de

sabe

res

de

dife

rent

es

com

pone

ntes

cu

rric

ular

es

e as

cu

ltura

s in

fant

is.

A

pesq

uisa

fo

i re

aliz

ada

em u

ma

esco

la p

úblic

a E

ME

I lo

caliz

ada

na

regi

ão

da

cida

de

Tir

aden

tes.

Per

cebe

u-se

di

spos

ição

da

s ed

ucad

oras

pa

ra

a ap

roxi

maç

ão

dos

fund

amen

tos

do

docu

men

to

e a

prát

ica

peda

gógi

ca.

O r

esul

tado

da

pesq

uisa

apo

nta

o en

volv

imen

to d

as p

rofe

ssor

as p

ara

a pr

omoç

ão d

e um

a pr

átic

a pe

dagó

gica

vol

tada

ao

brin

car,

fer

ram

enta

que

co

ntri

bui

para

o d

esen

volv

imen

to d

as c

rian

ças,

por

ém

obse

rva -

se c

omo

um d

esaf

io m

aior

int

eraç

ão d

a cu

ltura

dica

da

cria

nça,

cuj

o ol

har

é vo

ltado

à o

bser

vaçã

o e

med

iaçã

o de

con

flito

s. P

ara

a pe

squi

sado

ra a

esc

ola

pesq

uisa

da

favo

rece

es

paço

s ed

ucat

ivos

de

ap

rend

izag

ens.

E

xist

e pr

eocu

paçã

o em

fo

rtal

ecer

a

cultu

ra

lúdi

ca

das

cria

nças

co

m

seus

fa

mil

iare

s,

esti

mul

ando

ncul

os

afet

ivos

e

o de

senv

olvi

men

to

cogn

itiv

o e

soci

al d

as c

rian

ças.

A p

esqu

isa

tam

bém

re

velo

u qu

e ex

iste

a n

eces

sida

de d

e pl

anej

amen

to d

e aç

ões

volta

das

aos

recu

rsos

tec

noló

gico

s. P

erce

be-s

e qu

e a

man

eira

co

mo

as

prof

esso

ras

orga

niza

m

os

tem

pos,

esp

aços

e m

ater

iais

fav

orec

em a

aut

onom

ia

das

cria

nças

e s

uas

inte

raçõ

es.

Seg

undo

apo

ntad

o pe

la

pesq

uisa

dora

, a

linha

de

tem

po d

a es

cola

ain

da é

um

de

safi

o, p

o is

espe

ra-s

e qu

e el

a to

rne-

se m

ais

flex

ível

ao

s in

tere

sses

, ri

tmos

e

anse

ios

das

cria

nças

.

Nas

pa

lavr

as

da

auto

ra

(201

8):

“(...

) fu

ndam

enta

l im

port

ânci

a do

pap

el d

o ed

ucad

or n

a co

nsti

tuiç

ão d

e pr

átic

as p

edag

ógic

as s

igni

fica

tiva

s e

que

cont

ribu

a co

m

o de

senv

olvi

men

to i

nteg

ral

das

cria

nças

” e

aind

a “(

...)

a co

mpr

eens

ão

de

um

curr

ícul

o of

icia

l te

nde

a se

r pa

ssív

el d

e in

fluê

ncia

s co

mo

a fo

rmaç

ão,

o ní

vel

de

com

prom

etim

ento

, as

id

eolo

gias

, as

ex

peri

ênci

as

educ

ativ

as e

as

conc

epçõ

es p

or e

las

dese

nvol

vida

s em

se

u pe

rcur

so p

rofi

ssio

nal.”

Font

e: E

labo

rada

com

bas

e na

Bib

liote

ca D

igis

tal d

e T

eses

e D

isse

rtaç

ões

– B

DT

D. D

ispo

níve

l em

htt

p://b

dtd.

ibic

t.br

/vuf

ind/

. Ace

sso

em 1

5/10

/201

9.

Page 224: Karin Patricia Oliveira

72

Pes

quis

as s

egun

do o

s de

scri

tore

s fo

rmaç

ão d

e pr

ofes

sore

s an

d ed

ucaç

ão I

nfan

til (

BD

TD

)_

AN

O/A

UT

OR

U

NIV

ER

SI

DA

DE

/PR

OG

RA

MA

PE

SQ

UIS

A

TÍT

UL

O

RE

FE

RE

NC

IAL

T

RIC

O

FO

NT

ES

O

BJE

TIV

O G

ER

AL

ES

TU

DO

R

ES

UL

TA

DO

SA

LE

S,

Cin

tia

de C

assi

a S

ilva

(201

5)

Pro

gram

a de

s-gr

adua

dos

em e

duca

ção

Uni

vers

idad

e M

etod

ista

de

São

Pau

lo

Dis

sert

ação

A

co

ntri

buiç

ão

da

form

ação

co

ntin

uada

pa

ra

as

prof

esso

ras

de

educ

ação

in

fant

il do

m

unic

ípio

de

São

Pau

lo

Tar

dif

(201

4),

Nov

oa

(198

8, 1

992,

20

09),

S

hön

(199

2),

Pim

enta

(2

006)

.

A

pe

squi

sa

abor

da

a fo

rmaç

ão

cont

inua

da

das

prof

esso

ras

da

rede

blic

a m

unic

ipal

de

S

ão

Pau

lo.

A

ques

tão

cent

ral

inve

stig

ada

pela

aut

ora

refe

re-s

e à

prop

osta

de

form

ação

con

tinu

ada

ofer

ecid

a pe

la

secr

etar

ia

mun

icip

al d

e ed

ucaç

ão.

O e

stud

o di

scut

e so

bre

a fo

rmaç

ão

dos

prof

esso

res

da

educ

ação

in

fant

il no

B

rasi

l e

fina

liza

com

um

a pe

squi

sa

empí

rica

qu

e av

alia

o

Pro

jeto

E

stra

tégi

co

de

Açã

o –

PE

A.

Obs

ervo

u-se

qu

e o

PE

A,

com

o po

ssib

ilid

ade

de

form

ação

em

mom

ento

s co

leti

vos,

per

mite

a t

roca

ent

re

os p

ares

e a

ref

lexã

o so

bre

suas

prá

tica

s e

de a

cord

o co

m a

aut

ora

(201

5):

“ (.

..) t

orna

ndo

as p

rofe

ssor

as

mai

s au

tôno

mas

em

se

u pa

pel

enqu

anto

pa

rte

do

proc

esso

de

cons

truç

ão d

e ap

rend

izag

em p

ela

cria

nça”

.

VIC

EN

TIN

E,

Day

anne

(2

017)

Cen

tro

de

Edu

caçã

o,

Com

unic

açã

o e

Art

es.

Pro

gram

a de

P

ós-

Gra

duaç

ão

em

Edu

caçã

o U

nive

rsid

ade

Est

adua

l de

Lon

drin

a.

Dis

sert

ação

Fo

rmaç

ão

e en

sino

na

pr

imei

ra

infâ

ncia

: da

ap

arên

cia

à es

sênc

ia

para

um

a pr

áxis

hu

man

izad

ora

Mar

x e

Eng

els

(198

8),

Leo

ntie

v (1

978)

, V

ygot

sky

(200

5)

A

pe

squi

sado

ra

esco

lheu

co

mo

obje

to d

e pe

squi

sa a

for

maç

ão d

e pr

ofes

sore

s qu

e at

uam

em

in

stitu

içõe

s de

edu

caçã

o in

fant

il,

espe

cifi

cam

ente

os

C

EIs

. D

e ac

ordo

com

a a

utor

a, n

a es

cola

em

qu

e at

uava

ob

serv

ou

pouc

as

inte

rven

ções

dos

pro

fess

ores

nos

m

omen

tos

junt

o às

cri

ança

s, f

alta

de

in

tenc

iona

lidad

e no

tr

abal

ho

peda

gógi

co,

pres

ença

de

prát

icas

es

pont

aneí

stas

e

frag

ilida

de

na

form

ação

do

s pr

ofes

sore

s da

ed

ucaç

ão i

nfan

til.

Ass

im,

real

izou

um

ap

rofu

ndam

ento

te

óric

o ac

erca

da

form

ação

de

prof

esso

res

e do

ens

ino

na p

rim

eira

inf

ânci

a co

m

o ob

jeti

vo

de

dem

onst

rar

com

o a

form

ação

pro

fiss

iona

l do

pr

ofes

sor

pode

con

trib

uir

para

a

O

resu

ltado

da

pe

squi

sa

reve

lou

a ne

cess

idad

e de

fo

rmaç

ão t

eóri

ca d

o pr

ofes

sor

da p

rim

eira

inf

ânci

a, a

fi

m d

e qu

e ef

etiv

e um

a pr

áxis

hum

aniz

ador

a em

seu

tr

abal

ho

educ

ativ

o.

A

pesq

uisa

dora

pe

rceb

eu

um

trab

alho

ed

ucat

ivo

paut

ado

no

sens

o co

mum

, no

im

edia

tism

o e

mo

espo

ntan

eísm

o.

As

prof

esso

ras

apre

sent

aram

co

nhec

imen

to

supe

rfic

ial

acer

ca

da

práx

is.

Exi

ste

a ne

cess

idad

e de

ado

tar

uma

teor

ia p

ara

emba

sar

o tr

abal

ho

peda

gógi

co,

uma

vez

que

as

prof

esso

ras

não

tem

co

nsci

ênci

a do

pa

pel

que

a ed

ucaç

ão d

esem

penh

a na

vid

a do

s in

diví

duos

, poi

s nã

o ad

otam

teo

rias

que

sub

sidi

em s

uas

prát

icas

. O

pro

jeto

de

int

erve

nção

pro

post

o pe

la p

esqu

isad

ora

enco

ntro

u di

ficu

ldad

es p

orqu

e as

pro

fess

oras

não

rea

lizav

am a

le

itura

pré

via

dos

text

os e

o t

empo

fic

ava

prej

udic

ado.

P

ara

a pe

squi

sado

ra

(201

7,

p.

2016

):

“(...

) A

ssim

, av

alia

mos

que

as

prof

esso

ras,

em

bora

con

side

rem

a

form

ação

co

mo

algo

im

pres

cind

ível

e

nece

ssár

io

à pr

átic

a,

nece

ssita

m

dese

nvol

ver

o há

bito

da

le

itura

, fa

tor

esse

ncia

l pa

ra o

des

envo

lvim

ento

do

prof

esso

r”.

Page 225: Karin Patricia Oliveira

73

efet

ivaç

ão

de

uma

ativ

idad

e de

en

sino

ba

sead

a na

pr

áxis

hu

man

izad

ora.

Par

a el

a, a

lgum

as p

rofe

ssor

as c

onse

guir

am a

bstr

air

e si

ntet

izar

a i

deia

dos

tex

tos

expl

orad

os n

o pr

ojet

o de

in

terv

ençã

o, d

e m

anei

ra m

ais

elab

orad

a. A

pes

quis

a re

vela

a n

eces

sida

de d

e um

a fo

rmaç

ão a

dequ

ada

para

qu

e o

prof

esso

r po

ssa

dese

nvol

ver

um

ensi

no

de

qual

idad

e ju

nto

às c

rian

ças

de m

anei

ra a

pro

porc

iona

r a

apre

ndiz

agem

. S

egun

do a

aut

ora

(201

7, p

. 21

8,21

9):

“(...

) P

ara

tal,

é im

port

ante

um

a fo

rmaç

ão i

nici

al e

co

ntin

uada

de

qual

idad

e qu

e pr

opic

ie a

o ed

ucad

or a

ap

ropr

iaçã

o do

s co

nhec

imen

tos

nece

ssár

ios

a su

a pr

átic

a pe

dagó

gica

.” A

pes

quis

a ap

onta

que

ain

da é

ne

cess

ário

pe

rcor

rer

um

long

o ca

min

ho

para

qu

e a

apro

pria

ção

do

conh

ecim

ento

ci

entí

fico

tr

aga

tran

sfor

maç

ões

sign

ific

ativ

as

para

um

a pr

átic

a hu

man

izad

ora.

HA

YD

N,

Éri

ka

de

Oliv

eira

(2

018)

Pro

gram

a de

s-gr

adua

dos

em

educ

ação

: fo

rmaç

ão

de

prof

esso

res

PU

C-S

P

Dis

sert

ação

U

m

estu

do

sobr

e a

form

ação

co

ntín

ua

do

prof

esso

r na

pe

rspe

ctiv

a cr

ític

o -po

lític

a

Vig

otis

ky

(200

1),

Leo

ntie

v (1

977)

, E

nges

trön

(2

002)

Pro

jeto

P

olít

ico

Ped

agóg

ico

A

pesq

uisa

te

m

com

o fo

co

a fo

rmaç

ão

cont

ínua

do

pr

ofes

sor

na e

scol

a e

apre

sent

a um

a an

ális

e cr

ític

a do

tip

o de

fo

rmaç

ão

dese

nvol

vida

na

Jorn

ada

Esp

ecia

l In

tegr

ada

de F

orm

ação

– J

EIF

A

auto

ra

anal

isa

crit

icam

ente

o

cont

exto

de

fo

rmaç

ão

dos

prof

esso

res

na e

scol

a e

prop

õe u

m

proc

esso

de

fo

rmaç

ão

que

cons

ider

a o

seu

cont

exto

cio-

hist

óric

o-cu

ltura

l.

Os

resu

ltado

s da

pe

squi

sa

apon

tam

pa

ra

o di

stan

ciam

ento

en

tre

o co

ntex

to

sóci

o-hi

stór

ico-

cultu

ral

e a

prát

ica

peda

gógi

ca n

a es

cola

. A

aut

ora

prop

ôs u

m p

lano

de

form

ação

crí

tico

-col

abor

ativ

o a

ser

com

part

ilhad

o co

m a

esc

ola

e ap

rese

ntad

o à

supe

rvis

ão

da d

iret

oria

da

regi

ão d

a es

cola

pes

quis

ada.

Page 226: Karin Patricia Oliveira

74

OL

IM,

Mic

hele

P

imen

tel

(201

9)

Pro

gram

a de

m

estr

ado

em

gest

ão

e pr

átic

as

educ

ativ

as

Uni

vers

idad

e N

ove

de

Julh

o

Dis

sert

ação

A

fo

rmaç

ão

cont

inua

da

dos

prof

esso

res

em

um

cent

ro

de

educ

ação

in

fant

il (C

EI)

do

m

unic

ípio

de

São

Pau

lo

Lim

a (2

002)

, O

livei

ra

(201

2),

Dom

ingu

es

(201

4),

Nóv

oa

(199

2),

Sch

ön

(200

0),

Kuh

lman

n Jr

. (2

000)

, A

larc

ão

(200

1),

Tar

dif

(201

4),

Fulla

e

Har

grea

ves

(199

1),

Lib

âneo

(2

015)

, M

aués

(2

011)

Ori

enta

ção

Nor

mat

iva

01/2

013:

av

alia

ção

na

educ

ação

in

fant

il –

apri

mor

ando

os

ol

hare

s,

Cur

rícu

lo

Inte

grad

or

da I

nfân

cia

Pau

lista

na

(201

5),

Pad

rões

B

ásic

os d

e qu

alid

ade

para

a

Edu

caçã

o In

fant

il (2

015)

e

Indi

cado

res

de

Qua

lidad

e da

E

duca

ção

Infa

ntil

Pau

lista

na

(201

6)

A p

esqu

isa

adot

a co

mo

obje

to d

e es

tudo

a f

orm

ação

con

tinu

ada

dos

prof

esso

res

de

um

cent

ro

de

educ

ação

inf

anti

l da

pre

feitu

ra d

e S

ão

Pau

lo.

Del

imito

u -se

co

mo

obje

tivo

ge

ral

a co

nsti

tuiç

ão

do

espa

ço d

e fo

rmaç

ão c

omo

lócu

s de

re

flex

ão

cole

tiva

so

bre

os

fund

amen

tos

da

docê

ncia

e

sua

rela

ção

com

a p

ráti

ca p

edag

ógic

a.

A p

esqu

isad

ora

busc

ou i

dent

ific

ar

se:

a fo

rmaç

ão

cont

inua

da

poss

ibili

tava

um

a qu

estã

o in

vest

igat

iva

de q

uest

ões

basi

lare

s da

do

cênc

ia

e da

pr

átic

a pe

dagó

gica

, co

nstr

ução

de

um

a pr

opos

ta

cola

bora

tiva

no

C

EI,

re

flet

ir

sobr

e as

te

rtúl

ias

peda

gógi

cas

na

form

ação

co

ntin

uada

do

s pr

ofes

sore

s e

veri

fica

r co

mo

a pr

opos

ta

de

form

ação

co

ntin

uada

do

s pr

ofes

sore

s em

um

a pe

rspe

ctiv

a in

vest

igat

iva

e co

labo

rati

va

auxi

liou

na d

iscu

ssão

na

rela

ção

entr

e os

fun

dam

ento

s da

edu

caçã

o e

a re

laçã

o co

m

a pr

átic

a pe

dagó

gica

.

A

pesq

uisa

ev

iden

ciou

qu

e al

guns

pr

ofes

sore

s nã

o ac

eita

m a

s or

ient

açõe

s pr

opos

tas

no c

onte

xto

esco

lar,

pa

rtin

do

de

sua

recu

sa

por

mom

ento

s di

vers

os,

incl

usiv

e po

r ai

nda

pens

arem

qu

e já

re

cebe

m

seu

salá

rio

e po

r se

rem

ser

vido

res

públ

icos

não

pre

cisa

m

apri

mor

ar s

eus

conh

ecim

ento

s, b

asta

nte

som

ente

o q

ue

já p

ossu

em d

e ex

peri

ênci

a em

sal

a de

aul

a. S

egun

do a

au

tora

, o

proc

esso

de

form

ação

con

tinu

ada

em s

ervi

ço

surt

iu e

feito

em

qua

se t

odos

os

envo

lvid

os,

pois

as

rela

ções

se

fort

ific

aram

pro

mov

endo

int

eraç

ão e

mai

or

part

icip

ação

no

s te

mas

re

laci

onad

os

à pr

átic

a pe

dagó

gica

. A

aut

ora

apon

ta q

ue a

s tr

ocas

ent

re o

s pa

res

poss

ibil

itara

m

envo

lvim

ento

na

s at

ivid

ades

e

prop

osta

s ap

rese

ntad

as. A

pes

quis

a ta

mbé

m e

vide

ncio

u qu

e o

trab

alho

com

as

tert

úlia

s pe

dagó

gica

s of

erec

eu

aos

prof

esso

res

opor

tuni

dade

s de

tro

care

m in

form

açõe

s so

bre

seus

m

edos

, an

seio

s e

angú

stia

s be

m

com

o re

conh

ecim

ento

de

aleg

ria

e sa

tisf

ação

ao

long

o da

pe

squi

sa.

Font

e:: E

labo

rada

com

bas

e na

Bib

liote

ca D

igita

l de

Tes

es e

Dis

sert

açõe

s –

BD

TD

. Dis

poní

vel e

m h

ttp:

//bd

td.ib

ict.

br/v

ufin

d/. A

cess

o em

15/

10/2

019.

Con

tinu

a

Page 227: Karin Patricia Oliveira

75

Pes

quis

a se

gund

o os

des

crito

res

form

ação

de

prof

esso

res

and

Edu

caçã

o In

fant

il (C

AP

ES

):

AN

O/A

UT

OR

U

NIV

ER

SID

AD

E/P

RO

GR

AM

A

PE

SQ

UIS

A

TÍT

UL

O

RE

FE

RE

NC

IAL

T

RIC

O

FO

NT

E

OB

JET

IVO

G

ER

AL

E

ST

UD

O

RE

SU

LT

AD

O

FRE

ITA

S,

Mar

ilce

Ivan

a de

(20

16)

Pro

gram

a de

es

tudo

s pó

s-gr

adua

dos

em

educ

ação

: ps

icol

ogia

da

ed

ucaç

ão

PU

C/S

P

Dis

sert

ação

Fo

rmaç

ão

cont

inua

da:

um

estu

do

sobr

e a

form

ação

em

hor

ário

co

leti

vo

atra

vés

do

proj

eto

espe

cial

de

ação

de

senv

olvi

do

nas

esco

las

do

mun

icíp

io

de

São

P

aulo

Nóv

oa,

Imbe

rnón

, A

larc

ão,

Can

ário

, A

lmei

da e

Pla

co

PE

A

A

pesq

uisa

de

Fr

eita

s (2

016)

de

stac

a a

form

ação

co

ntin

uada

do

s pr

ofes

sore

s.

Par

a a

auto

ra,

o PE

A é

um

pr

ojet

o qu

e po

ssib

ilita

ao

s pr

ofes

sore

s a

refl

exão

so

bre

a pr

átic

a e

a ap

ropr

iaçã

o da

s pr

opos

tas

de

SM

E.

Seg

undo

el

a,

apes

ar

da

exis

tênc

ia

de

polít

icas

blic

as

volta

das

à fo

rmaç

ão e

xist

e a

nece

ssid

ade

de

reco

nhec

er

e in

terv

ir

para

a

mel

hori

a de

ssa

ofer

ta.

Frei

tas

(201

6)

pesq

uiso

u so

bre

a fo

rmaç

ão

cont

inua

da,

orga

niza

ção

do

horá

rio

cole

tivo

e

com

o os

pr

ofes

sore

s pe

rceb

em

a

A p

esqu

isa

poss

ibil

itou

a e

scut

a do

s pr

ofes

sore

s a

resp

eito

da

form

ação

co

ntin

uada

po

r m

eio

do

PE

A.

A

auto

ra r

elat

a qu

e m

esm

o ex

isti

ndo

críti

cas

em r

elaç

ão à

par

ticip

ação

dos

col

egas

, os

pro

fess

ores

des

taca

m a

im

port

ânci

a do

hor

ário

col

etiv

o co

mo

mei

o de

ouv

ir o

s co

lega

s, e

ncon

trar

alte

rnat

ivas

e s

oluç

ões

fren

te

aos

desa

fios

de

sala

de

aula

. A

pes

quis

a ap

onta

a n

eces

sida

de d

e se

ent

ende

r m

elho

r o

que

cont

ribu

i pa

ra a

aus

ênci

a de

mot

ivaç

ão

de a

lgun

s pr

ofes

sore

s du

rant

e su

a pa

rtic

ipaç

ão n

as a

tivi

dade

s do

P

EA

. Po

r m

eio

das

entr

evis

tas,

fic

ou e

vide

ncia

do q

ue e

xist

e a

buro

crat

izaç

ão

do

PE

A.

A

pesq

uisa

dora

ap

rese

nta

que

outr

o as

pect

o re

leva

nte

indi

cado

pel

os p

rofe

ssor

es f

oi a

pre

dom

inân

cia

da t

eori

a no

s m

omen

tos

form

ativ

os,

pois

par

a el

es,

a le

itura

e

disc

ussã

o so

bre

as t

eori

as n

ão f

azia

rel

ação

com

a p

rátic

a. A

au

tora

des

taca

que

ape

sar

dos

prof

esso

res

perc

eber

em a

pre

senç

a ex

cess

iva

de t

eori

as,

pouc

os a

pont

aram

o d

esej

o de

dis

cuti

r so

bre

a pr

ópri

a pr

átic

a.

O

tem

po

de

dura

ção

do

PEA

ta

mbé

m

foi

obse

rvad

o pe

los

prof

esso

res

com

o in

sufi

cien

te.

Mes

mo

com

as

difi

culd

ades

en

cont

rada

s,

a au

tora

re

vela

qu

e o

PE

A

foi

cons

ider

ado

impo

rtan

tíssi

mo,

pel

o qu

al s

e de

ve l

utar

. S

egun

do

cons

ta (

2016

, p.

120

,121

): “

(...)

Ass

im,

é po

ssív

el d

izer

que

o

PE

A s

e co

nsti

tui d

emoc

rati

cam

ente

, ap

esar

de

algu

ns p

rofe

ssor

es

tere

m

cita

do

falta

de

au

tono

mia

pa

ra

lidar

co

m

ele.

[.

..]

Os

prof

esso

res

rela

tara

m f

alta

de

auto

nom

ia n

a el

eiçã

o de

tem

as a

se

rem

di

scut

idos

no

P

EA

. [.

..]

Tal

vez

haja

, na

ve

rdad

e,

nece

ssid

ade

de o

usad

ia p

or p

arte

dos

pro

fess

ores

, a

fim

de

que

busq

uem

es

ta

auto

nom

ia

que

apon

tam

co

mo

inex

iste

nte

ou

rest

rita

. Ao

man

ifes

tar -

se d

este

mid

amen

te o

gru

po p

oder

á, a

trav

és

do

trab

alho

co

leti

vo,

enco

ntra

r so

luçõ

es

que

prop

icie

m

a el

imin

ação

da

mes

mic

e” A

inda

sob

re a

im

port

ânci

a da

for

maç

ão

cont

inua

da é

pos

síve

l af

irm

ar (

2016

, p.

118

): “

(...)

A

for

maç

ão

cont

inua

da p

ode

cola

bora

r pa

ra q

ue o

pro

fess

or s

e co

nsci

enti

ze d

e se

u pa

pel

de

educ

ador

co

mpr

omet

ido

soci

alm

ente

. T

al

com

prom

etim

ento

im

plic

a no

rec

onhe

cim

ento

de

que

a ed

ucaç

ão

Page 228: Karin Patricia Oliveira

76

poss

ibili

dade

de

fo

rmaç

ão

cont

inua

da.

A

pesq

uisa

dora

pr

eten

deu

com

pree

nder

m

elho

r os

pr

oces

sos

de

form

ação

e q

uais

as

su

gest

ões

e pr

opos

tas

são

dese

nvol

vida

s pe

los

prof

esso

res

para

qu

e os

pr

oces

sos

form

ativ

os

ocor

ram

qu

alita

tiva

men

te.

deve

se

r po

litiz

ada.

” O

s pr

ofes

sore

s re

lata

ram

qu

e o

PEA

é

utili

zado

par

a a

impl

emen

taçã

o da

s pr

opos

tas

peda

gógi

cas

da

secr

etar

ia

mun

icip

al

de

educ

ação

, co

mo

se

isso

fo

sse

algo

di

stan

ciad

o do

s as

sunt

os p

erti

nent

es a

os a

cont

ecim

ento

s à

sala

de

aula

. A

aut

ora

salie

nta

que

(201

6, p

. 12

1):

“(...

) P

orém

, há

de

se

cons

ider

ar

que

as

prop

osta

s pe

dagó

gica

s da

se

cret

aria

di

zem

re

spei

to

a um

a lin

ha

de

trab

alho

, a

impl

anta

ção

de

polít

icas

blic

as q

ue v

isam

fav

orec

er a

qua

lific

ação

da

educ

ação

. A

ssim

, po

nder

e -se

que

o P

EA

, se

ndo

um e

spaç

o pa

ra a

for

maç

ão c

ríti

ca,

para

an

ális

e e

refl

exão

, é

o m

omen

to

idea

l pa

ra

que

tais

di

scus

sões

aco

nteç

am,

dand

o op

ortu

nida

de a

os p

rofe

ssor

es d

e co

nhec

erem

mel

hor

as p

ropo

stas

, an

alis

á-la

s e

se p

osic

iona

rem

so

bre

sua

aplic

abil

idad

e.”

A p

esqu

isa

tam

bém

con

stat

ou q

ue o

P

EA

é i

mpo

rtan

te p

ara

que

os p

rofe

ssor

es r

evej

am s

ua p

rátic

a,

poré

m,

exis

te

resi

stên

cia

de

algu

ns

não

acei

tare

m

o no

vo

e re

aliz

ar

mud

ança

s.

Con

clui

u -se

qu

e o

PE

A

pode

oc

orre

r de

m

anei

ra

crít

ica,

de

m

anei

ra

a re

flet

ir

e qu

alif

icar

as

pr

átic

as

peda

gógi

cas

e qu

e as

con

diçõ

es p

ara

a fo

rmaç

ão c

onti

nuad

a sã

o po

ssív

eis

desd

e qu

e ha

ja o

com

prom

etim

ento

de

todo

o c

olet

ivo.

Font

e: E

labo

rada

com

bas

e no

Cat

álog

o de

Tes

es e

Dis

sert

açõe

s –

CA

PE

S. D

ispo

níve

l em

htt

ps:/

/cat

alog

odet

eses

.cap

es.g

ov.b

r/ca

talo

go-t

eses

/#!/

. Ace

sso

em 1

5 de

out

.201

9.

Con

tin

ua

Page 229: Karin Patricia Oliveira

77

AN

EX

O 6

– S

iste

mat

izaç

ão d

os ti

pos

de r

egis

tros

ela

bora

dos

pelo

s pr

ofes

sore

s du

rant

e o

PE

A:

Tip

os d

e re

gist

ros

elab

orad

os p

elos

pro

fess

ores

– a

no le

tivo

201

3

T

ipos

de

regi

stro

s 20

13

Con

teúd

o do

reg

istr

o

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s

“Nes

ta d

ata

real

izam

os a

lei

tura

do

text

o “A

Ped

agog

ia d

a E

scut

a e

o C

urrí

culo

na

Edu

caçã

o In

fant

il” q

ue f

oi d

istr

ibuí

do a

os c

oord

enad

ores

na

reun

ião

real

izad

a no

dia

05.

Apó

s a

leitu

ra f

izem

os a

dis

cuss

ão d

o te

ma.

A a

utor

a Ja

nain

a M

audo

met

, ab

orda

a i

mpo

rtân

cia

de m

ante

r o

inte

ress

e e

a cu

rios

idad

e na

tura

l das

cri

ança

s so

bre

o m

undo

que

as

cerc

a.”

08/0

4/20

13)

“Na

data

de

hoje

rea

lizam

os a

lei

tura

de

um t

exto

da

Juss

ara

Hof

fman

n, p

rese

nte

no l

ivro

“A

vali

ar:

resp

eita

r pr

imei

ro,

educ

ar d

epoi

s”,

na q

ual

a au

tora

co

mpa

rtilh

a co

m o

s le

itore

s as

exp

eriê

ncia

s qu

e te

ve c

om s

eus

filh

os a

res

peito

da

esco

lha

de e

scol

as a

pro

pria

das

para

ele

s. A

aut

ora

nos

reve

la q

ue e

ssa

esco

lha

não

é fá

cil,

pois

não

exi

ste

a es

cola

cer

ta p

ara

todo

s e

sim

a e

scol

a ce

rta

para

det

erm

inad

a cr

ianç

a. E

que

a s

atis

façã

o, o

gos

to e

a v

onta

de d

e ir

par

a a

esco

la d

evem

ser

vir

com

o te

rmôm

etro

par

a os

pai

s na

hor

a da

esc

olha

”. (

15/0

4/20

13)

“Rea

lizam

os a

ela

bora

ção

do P

ortf

ólio

bim

estr

al,

em q

ue r

egis

tram

os a

s at

ivid

ades

, vi

vênc

ias,

ref

lexõ

es e

dis

cuss

ões

sobr

e te

xtos

dos

liv

ros

traz

idos

par

a es

tudo

: “A

valia

r”, “

Rev

isita

ndo

a pr

é-es

cola

”, “

Ava

liaçã

o M

edia

dora

” e

“Ref

eren

cial

Cur

ricu

lar

Nac

iona

l par

a a

Edu

caçã

o In

fant

il”. (

02/0

5/20

3)

“Nes

ta d

ata

real

izam

os a

dis

cuss

ão,

assi

m c

omo

uma

ampl

a pe

squi

sa a

res

peito

de

text

os a

ser

em a

bord

ados

no

PE

A d

o pr

óxim

o bi

mes

tre:

“A

mús

ica’

. F

izem

os a

inda

tod

o um

tra

balh

o de

dis

cuss

ão e

pre

paro

par

a a

fest

a da

fam

ília

de n

ossa

ins

titu

ição

. Fo

ram

sel

ecio

nado

s m

ater

iais

, pr

oced

imen

tos,

mús

icas

qu

e fo

ssem

de

enco

ntro

aos

obj

etiv

os p

ropo

stos

em

nos

so p

roje

to.”

(27

/06/

2013

) “N

esta

dat

a co

ntin

uam

os a

dis

cuss

ão e

sel

eção

dos

tex

tos

sobr

e m

úsic

a e

real

izam

os a

inda

a e

labo

raçã

o de

um

tra

balh

o pr

átic

o na

esc

ola

em q

ue f

oram

de

mon

stra

dos

inst

rum

ento

s di

vers

os a

os a

luno

s, a

pres

enta

ção

de m

úsic

a po

r m

eio

de i

nstr

umen

taliz

ação

ao

vivo

par

a da

r in

ício

ao

proj

eto

sobr

e m

úsic

a.”

(04/

07/2

013)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

a l

eitu

ra,

disc

ussã

o e

refl

exão

das

pág

inas

51,

52,5

3,54

e 5

5, t

endo

com

o te

ma

”A c

rian

ça e

a M

úsic

a”.

Abo

rdam

os a

im

port

ânci

a de

um

am

bien

te s

onor

o pa

ra a

apr

oxim

ação

com

a m

úsic

a e

expl

oraç

ão d

a lin

guag

em. E

m e

spec

ial

na f

aixa

etá

ria

dos

quat

ro a

sei

s an

os t

emos

com

o ob

jeti

vo:

expl

orar

e id

enti

fica

r el

emen

tos

da m

úsic

a pa

ra s

e ex

pres

sar,

int

erag

ir c

om o

s ou

tros

e a

mpl

iar

seu

conh

ecim

ento

do

mun

do; p

erce

ber

e ex

pres

sar

sens

açõe

s,

sent

imen

tos

e pe

nsam

ento

s, p

or m

eio

de im

prov

isaç

ões,

com

posi

ções

e in

terp

reta

ções

mus

icai

s.”

(25/

07/2

013)

“C

onti

nuaç

ão d

as l

eitu

ras

das

pági

nas

72,7

3,74

e 7

5. F

izem

os u

ma

refl

exão

e d

iscu

ssão

a r

espe

ito d

a “O

rgan

izaç

ão d

o es

paço

”, e

ste

deve

ser

dis

post

o de

ac

ordo

com

as

ativ

idad

es p

ropo

stas

. Pod

emos

tam

bém

, nos

val

er d

as f

onte

s so

nora

s e

incl

usão

de

mat

eria

is a

prov

eita

dos

do

dia-

a-di

a pr

esen

tes

na c

ultu

ra d

a cr

ianç

a. H

á m

uito

s br

inqu

edos

mus

icai

s e

este

s de

vem

ser

pop

ular

es p

ara

mai

or p

roxi

mid

ade

com

a v

ivên

cia

da c

rian

ça.

Sua

con

stru

ção

pode

ser

fei

ta a

pa

rtir

do

apro

veita

men

to d

e m

ater

iais

sim

ples

com

o co

pos

plás

tico

s, g

arra

fas

de P

VC

, pe

daço

s de

mad

eira

ou

met

al.

É d

e gr

ande

val

ia q

ue u

tiliz

emos

um

ap

arel

ho d

e so

m c

apaz

de

repr

oduz

ir a

pro

duçã

o m

usic

al d

os a

luno

s. O

reg

istr

o m

usic

al p

ode

ser

feito

nas

ins

titu

içõe

s a

trav

és d

o de

senh

o e

mov

imen

to

corp

oral

, fu

gind

o da

man

eira

con

venc

iona

l. N

ão é

pre

ciso

leitu

ra e

esc

rita

mus

ical

, o

impo

rtan

te é

ouv

ir, t

ocar

, can

tar

cria

ndo

form

as d

e no

taçã

o m

usic

ais.

” (0

8/08

/201

3)

“Rea

lizam

os e

stud

o so

bre

apre

ciaç

ão e

m a

rtes

vis

uais

vim

os o

qua

nto

se f

az i

mpo

rtan

te a

o tr

abal

har

com

lei

tura

de

imag

ens

elab

orar

mos

per

gunt

as q

ue

inst

igue

m a

obs

erva

ção,

a d

esco

bert

a e

o in

tere

sse

das

cria

nças

. É p

reci

so e

nten

der

que

não

há u

m j

eito

cer

to o

u er

rado

de

prod

uzir

um

tra

balh

o de

art

e, m

as

sim

um

jei

to i

ndiv

idua

lizad

o. P

rodu

ção,

com

unic

ação

, ex

posi

ção,

val

oriz

ação

e r

econ

heci

men

to f

orm

am u

m c

onju

nto

que

alim

enta

a c

rian

ça n

o se

u de

senv

olvi

men

to a

rtís

tico

. O te

mpo

dev

e se

r or

gani

zado

. As

ativ

idad

es d

evem

leva

r à

apre

ciaç

ão, à

ref

lexã

o e

a bu

sca

de s

igni

fica

dos.

” (1

2/09

/201

3)

Page 230: Karin Patricia Oliveira

78

“ R

ealiz

amos

nes

sa d

ata

a di

scus

são

e co

nfec

ção

de n

osso

por

tfól

io b

imes

tral

ref

eren

te à

s A

rtes

Vis

uais

. Des

crev

emos

ain

da u

ma

anál

ise

sobr

e as

ati

vida

des

dese

nvol

vida

s ao

long

o do

pro

cess

o.”

(22/

10/2

013)

“N

esta

dat

a, f

izem

os o

por

tfól

io c

om a

tivi

dade

s de

lin

guag

em o

ral

e es

crita

. S

elec

iona

mos

as

ativ

idad

es q

ue m

ais

repr

esen

tass

em o

des

envo

lvim

ento

das

cr

ianç

as e

for

am s

igni

fica

tiva

s pa

ra a

s cr

ianç

as, j

á qu

e o

regi

stro

é im

port

ante

.“ (

14/1

1/20

13)

Reg

istr

os

argu

men

tati

vos

X

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s pa

utad

os n

os

docu

men

tos

ofic

iais

“Nes

ta d

ata

real

izam

os a

leitu

ra e

dis

cuss

ão d

e um

cap

ítulo

do

livro

“A

valia

ção

med

iado

ra”

da a

utor

a Ju

ssar

a H

offm

ann:

”Rel

ató

rios

de

Ava

liaçã

o”, e

ond

e a

auto

ra r

efle

te s

obre

o u

so d

e no

tas

e co

ncei

tos

pron

tos

e cl

assi

fica

tóri

os, e

stes

não

con

tem

plam

o p

roce

sso

pelo

qua

l o a

luno

pas

sou

e ne

m a

s di

ficu

ldad

es q

ue

apre

sent

aram

. Des

se m

odo

mui

tas

esco

las

estã

o ad

otan

do f

orm

as d

escr

itiv

as d

e av

alia

ção.

Em

seg

uida

dem

os c

onti

nuid

ade

a le

itura

do

RC

NE

I, p

ágin

as 2

08

a 21

0, s

obre

ens

ino

da m

atem

átic

a”. (

19/0

3/20

13)

TR

AN

SC

RIT

IVO

“N

esta

dat

a in

icia

mos

a le

itura

e d

iscu

ssão

do

Ref

eren

cial

Cur

ricu

lar

Nac

iona

l par

a a

Edu

caçã

o In

fant

il, p

ágin

as 3

9 a

41. O

tex

to tr

ata

do m

ovim

ento

infa

ntil

e do

des

envo

lvim

ento

mot

or n

os a

nos

inic

iais

. A

bord

a a

ques

tão

da la

tera

lidad

e, o

nde

o pr

ofes

sor

não

deve

for

çar

o al

uno

a ut

iliza

r o

lado

dir

eito

, ele

por

si

só d

eve

enco

ntra

r su

a pr

edom

inân

cia.

O t

empo

e o

s es

paço

s da

ins

titu

ição

de

educ

ação

inf

anti

l de

vem

ser

pen

sado

s pa

ra f

avor

ecer

os

mov

imen

tos

infa

ntis

. C

abe

ao p

rofe

ssor

obs

erva

r e

aval

iar

com

cui

dado

e a

tenç

ão p

ara

prop

icia

r m

omen

tos

priv

ilegi

ados

par

a a

mov

imen

taçã

o do

s al

unos

”. (

11/0

3/20

13)

TR

AN

SC

RIT

IVO

“N

esta

dat

a, c

onti

nuam

os a

lei

tura

, di

scus

são

e re

flex

ão a

res

peito

da

impo

rtân

cia

do r

egis

tro,

par

a ta

l, no

s pa

utam

os n

o R

CN

EI

e es

peci

fica

men

te a

m

atem

átic

a. D

emos

mai

s at

ençã

o às

ori

enta

ções

did

átic

as a

res

peito

de

com

o a

cria

nça

se a

prop

ria

das

med

idas

e c

álcu

los,

e o

s ex

empl

os p

ropo

stos

no

dia

a di

a pa

ra s

erem

tra

balh

ados

em

sal

a. O

pro

fess

or d

eve

part

ir d

essa

s pr

átic

as p

ara

prop

or s

ituaç

ões

prob

lem

a em

que

a c

rian

ça p

ossa

am

plia

r, a

prof

unda

r e

cons

trui

r no

vos

sent

idos

par

a se

us c

onhe

cim

ento

s.”

(11/

04/2

013)

“A

dat

a de

hoj

e fo

i res

erva

da p

ara

real

izaç

ão d

e at

ivid

ades

rel

acio

nada

s à

leitu

ra d

o R

CN

EI

de M

atem

átic

a”. (

22/0

4/20

13)

“Nes

ta d

ata

real

izam

os a

leitu

ra d

e do

is v

olum

es d

os R

efer

enci

ais

Cur

ricu

lare

s N

acio

nal p

ara

a E

duca

ção

Infa

ntil,

os

volu

mes

1 e

3. N

o vo

lum

e 1

estu

dam

os

as p

ágin

as 2

9 e

30,

que

abor

da a

int

erve

nção

int

enci

onal

e o

bser

vaçã

o de

bri

ncad

eira

s. A

firm

a-se

que

o p

rofe

ssor

dev

e te

r co

nsci

ênci

a qu

e a

brin

cade

ira

dese

nvol

ve n

a cr

ianç

a di

vers

as e

sfer

as d

o co

nhec

imen

to,

mas

é n

eces

sári

o um

a sé

ria

orga

niza

ção

das

situ

açõe

s de

apr

endi

zage

m.

No

volu

me

3 es

tuda

mos

a

pági

na 1

9, o

nde

abor

dam

os a

que

stão

da

expr

essi

vida

de c

orpo

ral q

ue a

cri

ança

pos

sui d

esde

os

prim

eiro

s an

os d

e vi

da”.

(28

/05/

2013

) “N

esta

dat

a re

aliz

amos

a l

eitu

ra e

dis

cuss

ão d

o R

CN

EI,

A c

rian

ça d

e um

a t

rês

anos

pág

inas

22

a 25

, nes

ta f

ase

a cr

ianç

a co

meç

a a

reco

nhec

er a

im

agem

do

seu

corp

o o

que

ocor

re p

rinc

ipal

men

te p

or m

eio

das

inte

raçõ

es s

ocia

is q

ue e

stab

elec

e, o

u se

ja,

as b

rinc

adei

ras

que

com

põem

o r

eper

tóri

o in

fant

il e

que

vari

am c

onfo

rme

a cu

ltura

reg

iona

l ap

rese

ntam

-se

com

o op

ortu

nida

des

priv

ilegi

adas

par

a de

senv

olve

r ha

bilid

ades

no

pla

no

mot

or.

É p

reci

so q

ue

cons

ider

emos

sua

s pr

átic

as e

trab

alhe

mos

o m

ovim

ento

exp

lora

ndo

suas

hab

ilida

des

num

con

text

o ge

ral”

. (06

/06/

2013

) “N

esta

dat

a fi

xam

os a

lei

tura

do

RC

N p

ara

Edu

caçã

o In

fant

il, s

obre

os

obje

tivo

s do

mov

imen

to,

abor

dand

o a

faix

a et

ária

de

4 à

6 an

os.

É n

eces

sári

o qu

e a

cria

nça

ampl

ie

seus

co

nhec

imen

tos

à re

spei

to d

o m

ovim

ento

, ut

iliza

ndo

cada

ve

z m

ais

o se

u co

rpo,

co

m

o au

xílio

de

at

ivid

ades

di

vers

ific

adas

, co

mpl

emen

tand

o co

m c

onte

údo

dent

ro E

xpec

tati

vas

de A

pren

diza

gem

e a

s di

fere

ntes

lin

guag

ens.

Uti

lizan

do o

s co

nteú

dos

para

as

múl

tipl

as a

tivi

dade

s co

m

expr

essi

vida

de e

nfat

izan

do a

s m

últi

plas

ati

vida

des

corp

orai

s, e

nvol

vend

o a

expr

essi

vida

de d

a cr

ianç

a de

4 à

6 a

nos.

” (1

3/06

/201

3)

“Nes

ta d

ata,

dan

do c

onti

nuid

ade

à in

trod

ução

dos

est

udos

sob

re “

Mús

ica”

rea

lizam

os a

sel

eção

de

vári

os C

Ds

à re

spei

to.

Fiz

emo

s um

lev

anta

men

to d

e m

úsic

as d

iver

sas

a se

rem

tra

balh

adas

em

sal

a de

aul

a as

sim

com

o, p

roce

dim

ento

s a

sere

m a

dota

dos

dura

nte

o bi

mes

tre.

Os

obje

tivo

s e

proc

edim

ento

s se

rão

nort

eado

s po

r te

xtos

div

erso

s te

ndo

com

o ba

se R

efer

enci

al C

urri

cula

r N

acio

nal p

ara

a E

duca

ção

Infa

ntil.

” (2

3/07

/201

3)

“Nes

ta d

ata

cont

inua

mos

a l

eitu

ra e

dis

cuss

ão d

o R

CN

EI

quan

to a

s ar

tes

mus

icai

s e

a cr

ianç

a. N

o pr

oces

so d

e ap

rend

izag

em e

m a

rtes

vis

uais

a c

rian

ça t

raça

Page 231: Karin Patricia Oliveira

79

um p

ercu

rso

de c

riaç

ão e

con

stru

ção

indi

vidu

al q

ue e

nvol

ve e

scol

has.

Mui

to a

ntes

de

sabe

r re

pres

enta

r gr

afic

amen

te o

mun

do v

isua

l, a

cria

nça

a cr

ianç

a já

co

nhec

e e

iden

tifi

ca n

ele

qual

idad

e e

funç

ões.

(05

/09/

2013

) “L

eitu

ra e

ref

lexã

o da

s O

rien

taçõ

es C

urri

cula

res

sobr

e L

ingu

agem

Vis

ual.

Alg

umas

exp

ecta

tiva

s de

apr

endi

zage

ns n

o ca

mpo

da

ling

uage

m v

isua

l sã

o ap

rese

ntad

as e

org

aniz

adas

seg

undo

: a

curi

osid

ade

e cr

iati

vida

de v

isua

l, de

senh

o in

fant

il,

espa

cial

idad

es,

expe

riên

cia

com

a c

or.

Tod

as a

s cr

ianç

as

man

ifes

tam

um

a cu

rios

idad

e pr

ópri

a, p

orém

é n

eces

sári

o m

anut

ençã

o da

cur

iosi

dade

, e i

sto

requ

er a

mbi

ente

int

erat

ivo

e pr

oble

mat

izad

or. A

s pr

oduç

ões

não

são

igua

is,

é im

port

ante

aco

mpa

nhar

a p

rodu

ção

infa

ntil

e en

tend

er o

que

se

pass

a en

tre

uma

e ou

tra.

Tud

o de

ve s

er e

stim

ulad

o, o

rgan

izad

o, s

ocia

lizad

o.”

(19/

09/2

013)

‘N

esta

dat

a in

icia

mos

a l

eitu

ra d

o R

CN

EI

sobr

e “P

rese

nça

da l

ingu

agem

ora

l e

escr

ita n

a E

duca

ção

Infa

ntil:

Ide

ias

e pr

átic

as c

orre

ntes

, o

trab

alho

com

a

lingu

agem

ora

l nas

ins

titu

içõe

s de

edu

caçã

o in

fant

il te

m s

e re

stri

ngid

o a

algu

mas

ati

vida

des,

ent

re e

las

a ro

da d

e co

nver

sa,

se c

arac

teri

zam

em

ger

al, p

or u

m

mon

ólog

o co

m o

pro

fess

or,

no q

ual

as c

rian

ças

são

cham

adas

a r

espo

nder

em

co

ro a

um

a ún

ica

perg

unta

dir

igid

a a

toda

s, p

or s

ua v

ez,

em u

ma

ação

to

talm

ente

cen

trad

a no

adu

lto.

A l

ingu

agem

ora

l po

ssib

ilita

com

unic

ar i

deia

s, p

ensa

men

tos

e in

tenç

ões

de d

iver

sas

natu

reza

s, i

nflu

enci

ar o

out

ro e

es

tabe

lece

r re

laçõ

es in

terp

esso

ais.

” (2

4/10

/201

3)

“Rea

lizam

os a

con

tinu

ação

da

leitu

ra d

o R

CN

EI

em q

ue d

esta

cam

os o

s ob

jeti

vos

na o

rgan

izaç

ão d

a pr

átic

a e

form

a de

pro

mov

er a

s ca

paci

dade

s da

s cr

ianç

as

em p

artic

ipar

de

vari

adas

situ

açõe

s de

com

unic

ação

ora

l, pa

rtic

ipar

e i

nter

essa

r-se

pel

a le

itura

de

hist

ória

s, f

amil

iari

zar-

se a

os p

ouco

s co

m a

esc

rita

, re

conh

ecer

seu

nom

e es

crito

; A

ora

lidad

e, a

lei

tura

e a

esc

rita

dev

em s

er t

raba

lhad

as d

e fo

rma

inte

grad

a e

com

plem

enta

r, p

oten

cial

izan

do-s

e os

dif

eren

tes

aspe

ctos

que

cad

a um

a da

s lin

guag

ens

solic

ita d

as c

rian

ças.

” (0

7/11

/201

3)

“Nes

ta d

ata

real

izam

os a

lei

tura

do

RC

NE

, Obs

erva

ção,

Reg

istr

o e

Ava

liaçã

o Fo

rmat

iva,

per

cebe

mos

a i

mpo

rtân

cia

do t

raba

lho

da m

úsic

a co

mo

ativ

idad

e a

ser

real

izad

a co

ntin

uam

ente

. O

tra

balh

o do

pro

fess

or d

eve

ser

inte

ncio

nal

de m

anei

ra a

lev

ar e

m c

onsi

dera

ção

os p

roce

ssos

viv

enci

ados

por

seu

s al

unos

. A

ob

serv

ação

dev

e se

r cu

idad

osa,

indi

vidu

al e

col

etiv

a em

que

a a

valia

ção

tem

um

car

áter

inst

rum

enta

l par

a ac

ompa

nhar

os

proc

esso

s.”

(12/

08/2

013)

R

egis

tros

tr

ansc

riti

vos

paut

ados

em

ou

tras

fon

tes

“iní

cio

do P

EA

rea

lizam

os a

lei

tura

de

um a

rtig

o da

rev

ista

Pát

io:

Reg

istr

o no

cot

idia

no e

scol

ar,

a im

port

ânci

a da

doc

umen

taçã

o pa

ra a

prá

tica

ped

agóg

ica.

D

iscu

tim

os s

obre

o r

egis

tro

com

o um

a fe

rram

enta

par

a ed

ucar

-se

e ed

ucar

de

outr

o m

odo,

ass

im c

omo

a do

cum

enta

ção

de u

ma

pers

pect

iva

não

trad

icio

nal

requ

er a

mud

ança

e a

inc

lusã

o de

dif

eren

tes

pont

os d

e vi

sta.

Per

cebe

mos

e t

raba

lham

os c

om a

con

cepç

ão d

e qu

e a

docu

men

taçã

o c o

nstit

ui-s

e em

um

pr

oces

so d

e ap

rend

izag

em a

o m

esm

o te

mpo

indi

vidu

al e

col

etiv

o.”

(04/

03/1

3);

“Nes

ta d

ata

real

izam

os a

lei

tura

de

um a

rtig

o da

Rev

ista

Nov

a E

scol

a ‘T

odo

dia

é di

a de

bri

nque

do”.

O t

exto

res

salta

a i

mpo

rtân

cia

do b

rinc

ar,

quai

s os

br

inqu

edos

são

aco

nsel

hado

s pa

ra a

men

inad

a na

esc

ola,

alé

m d

e es

clar

ecer

alg

umas

dúv

idas

fre

quen

tes

sobr

e o

tem

a qu

e no

s aj

uda

a ga

rant

ir m

omen

tos

lúdi

cos

sign

ific

ativ

os.

Pud

emos

per

cebe

r qu

e nã

o ex

iste

um

esp

aço

espe

cífi

co e

nem

bri

nque

dos

tão

espe

cífi

cos

para

gar

antir

o b

rinc

ar.

A c

rian

ça c

ria

sua

brin

cade

ira

com

sua

im

agin

ação

e s

uas

vivê

ncia

s di

ária

s. N

ão s

e tr

ata

de a

prov

eita

r qu

alqu

er c

oisa

par

a m

onta

r br

inqu

edos

, m

as s

im c

riar

bri

nque

dos

com

ob

jeto

s in

tere

ssan

tes.

” (2

0/06

/201

3)

Fon

te:

Ela

bora

do c

om b

ase

na c

olet

a de

dad

os d

a es

cola

pes

quis

ada

Not

a: (

x) in

dica

zer

o

Con

tinu

a

Page 232: Karin Patricia Oliveira

80

Tip

os d

e re

gist

ros

elab

orad

os p

elos

pro

fess

ores

– a

no l

etiv

o 20

14

Tip

os d

e re

gist

ros

2014

C

onte

údo

do r

egis

tro

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s liv

ros

“Na

leitu

ra d

e ho

je “

As

volta

s co

m a

lite

ratu

ra i

nfan

til

e a

sua

real

res

pons

abil

idad

e em

har

mon

izar

o m

undo

da

fant

asia

que

env

olve

ess

e pr

oces

so

liter

ário

....A

obr

a in

fant

il te

m a

fin

alid

ade

de e

nqua

nto

dive

rtir

a c

rian

ça o

fere

cer

escl

arec

er s

obre

ela

mes

ma

favo

rece

ndo

o de

senv

olvi

men

to d

a su

a pe

rson

alid

ade.

Mon

teir

o L

obat

o fo

i o

prim

eiro

aut

or d

a lit

erat

ura

infa

ntil

bras

ileir

a qu

e de

u vo

z às

cri

ança

s at

ravé

s da

s pe

rson

agen

s de

safi

ando

ass

im n

ovas

de

scob

erta

s. P

ara

entã

o es

se p

roce

sso

o au

tor

de l

itera

tura

inf

anti

l pe

rcor

re u

m c

amin

ho d

e vá

rias

ada

ptaç

ões

impo

rtan

tes

para

o p

roce

sso

educ

ativ

o e

liter

ário

.” (

10/0

3/20

14)

“I

nici

amos

o P

EA

com

um

a le

itura

com

part

ilhad

a de

“M

ario

Qui

ntan

a” s

obre

a r

espo

nsab

ilid

ade

de n

osso

s at

os. E

m s

egui

da c

onti

nua

mos

a le

itura

do

capí

tulo

3

livro

Era

um

a ve

z...n

a es

cola

. R

etom

ando

com

o q

uest

iona

men

to e

ref

lexã

o –

O q

ue é

ser

cri

ança

? O

tex

to e

vide

ncia

a i

mpo

rtân

cia

do d

esen

ho p

ara

o de

senv

olvi

men

to d

a cr

ianç

a. H

á re

laçã

o en

tre

a ev

oluç

ão d

o de

senh

o e

a ev

oluç

ão d

a lin

guag

em.

E a

s na

rrat

ivas

inf

anti

s aj

udam

os

pequ

enos

a o

rden

ar s

eus

sent

imen

tos

e a

com

pree

nder

o m

undo

. A

men

te i

nfan

til

retr

ata

um p

ensa

r im

agét

ico

e os

con

tos

de f

ada

cons

egue

m t

rans

mit

ir i

nfor

maç

ões

da c

rian

ça

resp

eita

ndo

o se

u es

tado

cog

niti

vo e

o d

esen

volv

imen

to e

moc

iona

l. O

u se

ja, a

s im

agen

s re

trat

am f

atos

rel

acio

nado

s ao

sen

tim

ento

. O a

utor

cita

os

livro

s co

mo

“O m

enin

o m

aluq

uinh

o” q

ue n

os r

evel

a co

mo

pens

a a

cria

nça.

Zir

aldo

cap

ta a

car

acte

ríst

ica

do p

ensa

men

to i

nfan

til

com

mui

ta p

ropr

ieda

de,

mos

tran

do q

ue

está

abe

rto

ao j

ogo

e ao

bri

nque

do.

A c

rian

ça m

uita

s ve

zes

não

ente

nde

o qu

e es

tá s

endo

dito

, po

is n

ão e

stá

pron

ta a

inda

par

a en

tend

er o

sig

nifi

cado

das

pa

lavr

as.

Qua

ndo

a cr

ianç

a br

inca

com

os

sons

, ap

rend

em a

for

mar

o s

ímbo

lo.

Exe

mpl

o –

Mon

teir

o L

obat

o co

m o

jog

o da

Em

ília.

Seg

undo

Vyg

ostis

ky o

ad

ulto

dev

e co

nver

sar

com

a c

rian

ça d

esde

beb

ê. P

iage

t de

scre

ve o

s pr

imei

ros

esqu

emas

ver

bais

na

cria

nça.

A p

oesi

a é

uma

das

lingu

agen

s m

ais

adeq

uada

s p/

at

ivar

, a

funç

ão s

imbó

lica

na c

rian

ça.

O d

esen

volv

imen

to d

o pr

é -op

erat

ório

ao

oper

atór

io c

oncr

eto

está

cla

ro n

as p

ublic

açõe

s de

Em

ília

Fer

reir

o no

liv

ro:

A

psic

ogên

ese

da lí

ngua

esc

rita

. Mos

tran

do a

s hi

póte

ses

sobr

e a

escr

ita d

a cr

ianç

a.(.

..) O

text

o de

ixou

cla

ro, a

impo

rtân

cia

do e

duca

dor

e su

a vi

são

abra

ngen

te d

o de

senv

olvi

men

to l

ingu

ísti

co e

int

elec

tual

ade

quad

o à

faix

a et

ária

e e

stág

io c

ogni

tivo

da

cria

nça,

Pro

jeto

s re

laci

onad

os a

lei

tura

ofe

rece

m a

cri

ança

a

poss

ibili

dade

de

dese

nvol

vim

ento

do

conc

reto

ao

abst

rato

. (14

/04/

2014

)

“C

onti

nuam

os a

leitu

ra d

o liv

ro s

obre

a M

atem

átic

a, c

apítu

lo 2

: “P

or q

ue b

rinc

ar e

as

brin

cade

iras

.” O

bser

vand

o as

cri

ança

s, l

endo

sob

re c

omo

elas

apr

ende

m,

busc

ando

for

mas

de

torn

ar m

ais

sign

ific

ativ

a e

praz

eros

a. B

rinc

ar é

tão

im

port

ante

e s

ério

par

a a

cria

nça

com

o tr

abal

har

para

o a

dulto

. (.

..) D

esde

a e

scol

a in

fant

il de

ve s

er p

reoc

upaç

ão d

o pr

ofes

sor

o de

senv

olvi

men

to d

o re

spei

to p

elas

ide

ias

de t

odos

, a

valo

riza

ção

e di

scus

são

do r

acio

cíni

o, d

as s

oluç

ões

e qu

estio

nam

ento

s do

s al

unos

. O

utro

s fa

tore

s qu

e no

s le

vam

a

prop

or

as

brin

cade

iras

co

mo

estr

atég

ias

de

trab

alho

em

m

atem

átic

a,

quai

s se

jam

, o

reco

nhec

imen

to d

e qu

e at

ivid

ades

cor

pora

is p

odem

ser

con

stitu

ir n

uma

form

a, n

uma

rota

par

a as

cri

ança

s ap

rend

erem

con

ceito

s m

atem

átic

os e

que

as

aula

s de

m

atem

átic

a de

vem

ser

vir

para

que

alu

nos

de E

duca

ção

Infa

ntil

(tex

to in

acab

ado)

. Wal

lon

cons

ider

ava

que

o pe

nsam

ento

da

cria

nça

se c

onst

itui e

m p

aral

elo

a or

gani

zaçã

o de

seu

esq

uem

a co

rpor

al e

na

cria

nça

pequ

ena

o pe

nsam

ento

exis

te n

a in

tera

ção

de s

uas

açõe

s fí

sica

s co

m o

am

bien

te.

Pia

get

real

ça a

inda

a

impo

rtân

cia

dos

aspe

ctos

cor

pora

is n

a fo

rmaç

ão d

a im

agem

men

tal e

na

repr

esen

taçã

o im

agét

ica.

Par

a es

ses

auto

res

os m

ovim

ento

s co

mun

icat

ivos

dos

ges

tos,

da

s po

stur

as e

das

exp

ress

ões

faci

ais

são

lingu

agen

s de

sin

ais

que

as c

rian

ças

apre

ndem

a in

terp

reta

r já

nos

pri

mei

ros

anos

de

vida

e q

ue p

odem

apr

imor

ar c

om

o pa

ssar

do

tem

po, s

e nã

o fo

rem

inib

idas

pel

as im

posi

ções

da

lingu

agem

ora

l.” (

04/0

8/20

14)

Con

tinu

a

Page 233: Karin Patricia Oliveira

81

“Hoj

e fi

zem

os a

lei

tura

do

text

o “B

rinc

adei

ras

com

bol

as”

do l

ivro

“B

rinc

adei

ras

infa

ntis

nas

aul

as d

e m

atem

átic

a”.

A l

eitu

ra i

nfor

ma

inic

ialm

ente

com

o sã

o os

jog

os c

om b

olas

e s

eus

obje

tivo

s qu

e sã

o re

laci

onad

os a

lat

eral

idad

e, e

spac

ialid

ade,

mot

rici

dade

, al

ém d

e as

pect

os g

eom

étri

cos

e ou

tros

. O

tex

to a

inda

re

ssal

ta q

ue a

bri

ncad

eira

com

bol

a es

tim

ula

a pa

rtic

ipaç

ão a

tiva

dos

alu

nos

num

a re

crea

ção

orie

ntad

a e

dinâ

mic

a, q

ue d

ão g

rand

e co

ntri

buiç

ão a

o tr

abal

ho

educ

acio

nal,

pois

em

mat

emát

ica,

as

brin

cade

iras

com

bol

a au

xilia

m n

o de

senv

olvi

men

to d

e ha

bilid

ades

com

o no

ção

de e

spaç

o, t

empo

, di

reçã

o, s

enti

do,

iden

tifi

caçã

o e

com

para

ção

de f

orm

as g

eom

étri

cas

(bol

a e

círc

ulo,

con

tage

m,

com

para

ção

de q

uant

idad

e e

noçã

o de

adi

ção.

Enc

ontr

amos

nes

sa l

eitu

ra

orie

ntaç

ões

sobr

e o

bolic

he, b

atat

a qu

ente

, ale

rta,

o li

mão

, bol

a no

ces

to, b

ola

ao a

lto, b

ola

caça

da e

m d

uplo

cír

culo

e q

ueim

ada.

” 18

/08/

2014

)

“Hoj

e co

ntin

uam

os a

lei

tura

do

text

o: B

rinc

adei

ras

de r

oda

Vim

os a

s br

inca

deir

as:

Ele

fant

e co

lori

do,

eu c

om a

s qu

atro

, p

ared

ão e

rev

ezam

ento

de

bola

s em

co

luna

s. A

aut

ora

deta

lha

cada

bri

ncad

eira

e a

inda

des

taca

as

habi

lidad

es n

eces

sári

as,

os d

esen

hos

das

cria

nças

com

o re

gist

ro e

o d

esen

volv

imen

to d

a br

inca

deir

a. A

bri

ncad

eira

par

edão

que

tra

ta d

e um

exe

rcíc

io c

om b

ola

cant

ando

um

a pa

rlen

da.

Ach

amos

que

é b

em c

ompl

exa

para

tur

mas

de

educ

ação

in

fant

il. A

bri

ncad

eira

rev

ezam

ento

com

bol

as d

esen

volv

e a

coop

eraç

ão e

o s

enti

men

to d

o co

leti

vo”

(01/

09/2

014)

. “N

este

dia

fiz

emos

a l

eitu

ra d

o te

xto

Pro

post

as d

e R

esol

ução

de

Pro

blem

as –

pro

blem

as a

par

tir d

e um

cen

ário

– n

esse

tip

o de

pro

post

a us

amos

um

cen

ário

pr

evia

men

te e

scol

hido

, co

m p

erso

nage

ns q

ue p

odem

ser

mov

imen

tado

s e

com

um

a hi

stór

ia q

ue a

rtic

ula

o te

ma

do c

enár

io c

om p

eque

nos

prob

lem

as q

ue a

s cr

ianç

as d

evem

res

olve

r, m

ovim

enta

ndo

os p

erso

nage

ns.

Aos

cin

co e

sei

s an

os,

a pa

rtir

do

mom

ento

em

que

os

alun

os t

enha

m d

esen

volv

ido

habi

lidad

es d

e co

mpr

eend

er,

reso

lver

e r

epre

sent

ar p

robl

emas

pro

post

os o

ralm

ente

sej

am n

umér

icos

, ou

não

, o p

rofe

ssor

pod

e pr

opor

que

res

olv

am p

robl

emas

apr

esen

tado

s po

r es

crito

. O

pro

fess

or c

omo

leito

r au

xilia

os

alun

os l

endo

o p

robl

ema,

gar

anti

ndo

que

todo

s co

mpr

eend

am,

cuid

ando

par

a nã

o en

fati

zar

pala

vras

e

ince

ntiv

ando

-os

a bu

scar

em a

sol

ução

par

a si

mes

mos

.” 0

6/10

/201

4)

“Nes

ta d

ata

fize

mos

a l

eitu

ra d

o te

xto:

“O

fici

nas

de j

ogos

par

a a

educ

ação

inf

anti

l” –

Mar

ia R

ita P

ente

ado.

A a

utor

a de

fend

e a

prop

osta

de

que

há v

ária

s m

anei

ras

de r

esol

ver

os p

robl

emas

. O

jog

o co

nsti

tui,

port

anto

, um

esp

aço

priv

ilegi

ado

de a

pren

diza

gem

. O

s jo

gos

recu

pera

m o

pen

sam

ento

mat

emát

ico

de

man

eira

sig

nifi

cati

va p

ropo

ndo

tare

fas

e si

tuaç

ões

de d

iver

sos

tipos

e g

raus

de

difi

culd

ades

, pro

pici

ando

aos

alu

nos

elab

orar

em n

oçõe

s em

dif

eren

tes

níve

is d

e co

mpl

exid

ade.

” (0

4/11

/201

4)

“Lei

tura

do

text

o: A

cri

ança

e a

mat

emát

ica

da a

utor

a: A

line

Cor

rêa

de S

ouza

– l

ivro

s no

vos

cam

inho

s –

Edu

caçã

o In

fant

il: M

atem

átic

a. A

mat

emát

ica

está

pr

esen

te e

m n

ossa

vid

a de

sde

mui

to c

edo,

mes

mo

ante

s de

ent

rar

na e

scol

a, a

pren

dem

mat

emát

ica,

a p

artir

de

suas

pró

pria

s aç

ões,

a m

edid

a qu

e bu

scam

so

luçõ

es p

a ra

reso

lver

situ

açõe

s do

cot

idia

no. O

pap

el d

o pr

ofes

sor,

des

de a

edu

caçã

o in

fant

il é

o de

pro

mov

er s

ituaç

ões

nas

quai

s as

cri

ança

s po

ssam

pôr

em

pr

átic

a os

con

heci

men

tos

que

já t

em e

aju

dá-l

as a

org

aniz

ar m

elho

r as

sua

s in

form

açõe

s e

estr

atég

ias

prop

orci

ona

ndo

tam

bém

con

diçõ

es p

ara

a co

nstr

ução

de

novo

s co

nhec

imen

tos.

Pre

cisa

mos

pla

neja

r si

tuaç

ões

nas

quai

s as

cri

ança

s, a

o se

dep

arar

em c

om n

ovos

des

afio

s po

ssam

usa

r o

que

já s

abem

par

a pr

oduz

ir

novo

s ca

min

hos,

não

som

ente

ofe

rece

r op

ortu

nida

des

para

apl

ica r

o q

ue já

sab

em.”

(10

/11/

2014

) “N

esta

dat

a re

aliz

amos

a p

esqu

isa

de a

tivi

dade

s co

m o

bjet

ivo

de d

ar c

onti

nuid

ade

ao t

raba

lho

com

as

cria

nças

na

reso

luçã

o de

pro

blem

as:

ativ

idad

es

dive

rsif

icad

as,

prop

osta

s co

m i

ntui

to d

e es

tim

ular

cri

ativ

idad

e, r

egis

tro

e fi

naliz

ação

da

prop

osta

em

que

stão

. C

om i

sso,

as

ativ

idad

es d

esen

volv

idas

pod

erão

ga

rant

ir a

con

stru

ção

da e

scri

ta e

a a

ssim

ilaçã

o da

s m

esm

as d

e fo

rma

efic

az e

pos

itiva

.” 1

7/11

/201

4)

C

onti

nua

Page 234: Karin Patricia Oliveira

82

“L

eitu

ra e

dis

cuss

ão d

o te

xto

“Per

corr

endo

a h

istó

ria”

. Cap

. 2 d

o liv

ro “

Era

um

a ve

z...n

a es

cola

” –

form

ando

edu

cado

res

para

for

mar

leito

res.

O t

exto

res

salt

a o

inte

ress

e da

bur

gues

ia e

m p

repa

rar

mão

de

obra

efi

cien

te,

para

tal

, a

mes

ma

pass

ou e

m i

nves

tir

na e

duca

ção,

log

o a

infâ

ncia

pas

sou

a se

r o

cent

ro d

as

aten

ções

con

dici

onan

do a

s cr

ianç

as a

ter

em u

m p

apel

soc

ial.

Nes

te c

onte

xto

a lit

erat

ura

infa

ntil,

sur

ge c

omo

ferr

amen

ta b

urgu

esa

form

ador

a de

men

talid

ades

. D

esta

for

ma,

a l

itera

tura

infa

ntil

cres

ce c

om a

inte

nção

de

form

ar o

s co

mpo

rtam

ento

s e

atitu

des,

vis

ando

pro

paga

r um

a id

eolo

gia.

No

Bra

sil,

a pa

rtir

do

even

to

Pro

clam

ação

da

Rep

úblic

a, c

om o

pro

cess

o de

urb

aniz

ação

, na

sce

um p

úblic

o áv

ido,

por

con

sum

ir p

rodu

tos

cultu

rais

. M

onte

iro

Lo

bato

, um

dos

mai

ores

au

tore

s da

lite

ratu

ra i

nfan

til,

traz

um

a pr

eocu

paçã

o em

esc

reve

r nu

ma

lingu

agem

com

pree

nsív

el p

ara

as c

rian

ças.

Por

ém,

após

tod

o es

te a

vanç

o su

rge

uma

mas

sifi

caçã

o da

pro

duçã

o cu

ltura

l. E

sta

liter

atur

a no

s po

ssib

ilito

u um

a re

flex

ão s

obre

os

cam

inho

s pe

rcor

rido

s da

lite

ratu

ra i

nfan

til

ao l

ongo

dos

ano

s e

suas

in

fluê

ncia

s pa

ra e

ntão

com

pree

nder

mos

a r

ealid

ade

atua

l de

sta

liter

atur

a e

o co

mpo

rtam

ento

de

adul

tos

e cr

ianç

as n

o ca

mpo

da

liter

atur

a. H

oje,

o m

erca

do

cultu

ral l

iterá

rio

sofr

e um

bom

bard

eam

ento

de

livro

s m

eram

ente

com

erci

ais.

Con

tudo

, tem

os u

ma

gran

de g

ama

de a

utor

es c

riat

ivos

que

ain

da n

os g

aran

tem

a

exce

lênc

ia d

e gr

ande

s ob

ras.

” (2

4/03

/201

4)

Reg

istr

os

argu

men

tati

vos

x

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s pa

utad

os n

os

docu

men

tos

ofic

iais

5

“(...

) co

ntin

uam

os a

lei

tura

do

Ref

eren

cial

Cur

ricu

lar

Nac

iona

l da

Edu

caçã

o In

fant

il, n

o ca

pítu

lo q

ue f

alav

a so

bre

a cr

ianç

a e

a m

atem

átic

a on

de a

par

tir d

as

expe

riên

cias

pro

porc

iona

das

pela

s in

tera

ções

com

o m

eio

atra

vés

de c

onhe

cim

ento

s e

nece

ssid

ades

qu

e po

dem

ser

com

part

ilhad

as.

A m

edid

a qu

e cr

esce

m a

s cr

ianç

as c

onqu

ista

m m

aior

aut

onom

ia e

con

segu

em l

evar

adi

ante

por

um

tem

po m

aior

, aç

ões

que

tenh

am f

inal

idad

e en

tre

elas

, at

ivid

ades

e j

ogos

, fo

rmul

am

ques

tões

mai

s el

abor

adas

, ap

rend

em a

tra

balh

ar d

iant

e de

um

pro

blem

a, d

esen

volv

em e

stra

tégi

as,

cria

m o

u m

udam

reg

ras

de j

ogos

, re

visa

m o

que

fiz

eram

e

disc

utem

ent

re p

ares

as

dife

rent

es p

ropo

stas

.” (

...)

o tr

abal

ho c

om a

mat

emát

ica

faz

com

que

pos

sam

os r

efle

tir

a im

port

ânci

a da

cri

ança

nes

se m

undo

dos

mer

os q

ue a

con

duze

m a

um

a ap

rend

izag

em s

igni

fica

tiva

e e

nriq

uece

dora

”. (

15/0

7/20

14)

“N

esta

dat

a le

mos

o R

efer

enci

al C

urri

cula

r N

acio

nal

p/ a

Edu

caçã

o In

fant

il –

Mat

emát

ica

– O

rien

taçõ

es d

idát

icas

, da

s pá

g. 2

25 a

233

. N

este

tre

cho,

vim

os a

im

port

ânci

a do

tra

balh

o co

m o

uso

de

med

idas

na

com

pree

nsão

de

conc

eito

s m

atem

átic

os e

do

núm

ero

em s

i. A

s m

edid

as f

azem

par

te d

o co

tidia

no d

as

cria

nças

. Por

isso

, o p

rofe

ssor

dev

e pa

rtir

des

sa p

rátic

a pa

ra a

mpl

iar

os c

onhe

cim

ento

s da

s cr

ianç

as.”

(21

/07/

2014

) “L

eitu

ra d

o R

efer

enci

al C

urri

cula

r: J

ogos

e b

rinc

adei

ras

na M

atem

átic

a. V

ário

s ti

pos

de b

rinc

adei

ras

e jo

gos

caus

am i

nter

esse

a c

rian

ça p

equ

ena,

con

stitu

indo

um

con

text

o ri

co e

m i

deia

s m

atem

átic

as. S

ão e

xem

plos

dis

so c

antig

as,

brin

cade

iras

com

o a

danç

a da

s ca

deir

as, q

ueb

ra-c

abeç

as,

labi

rint

os, d

omin

ós, d

ados

de

dife

rent

es t

ipos

, jo

gos

de e

ncai

xe,

jogo

s de

car

tas,

etc

.(...

) A

tivi

dade

s pe

rman

ente

s sã

o si

tuaç

ões

prop

osta

s de

for

ma

sist

emát

ica

e co

m r

egul

arid

ade.

(...

) A

se

quên

cia

de a

tivi

dade

s se

con

stitu

em e

m u

ma

séri

e de

açõ

es p

lane

jada

s e

orie

ntad

as c

omo

obje

tivo

de

prom

over

um

a ap

rend

izag

em e

spec

ífic

a e

defi

nida

. O

pr

ofes

sor

prop

õe o

con

fron

to d

os r

egis

tros

par

a qu

e o

grup

o co

nheç

a di

fere

ntes

est

raté

gias

exp

erim

ente

nov

as f

orm

as e

pos

sa a

vanç

ar e

m s

eus

proc

edim

ento

s de

re g

istr

o. D

essa

for

ma,

ana

lisan

do e

dis

cuti

ndo

seus

pro

cedi

men

tos,

as

cria

nças

pod

em e

xper

imen

tar

dife

rent

es t

ipos

de

regi

stro

s at

é ac

har

o qu

e co

nsid

era

mai

s ad

equa

do.

(...)

Nes

ta l

eitu

ra,

veri

fica

mos

a i

mpo

rtân

cia

das

dive

rsas

est

raté

gias

que

tem

com

o ob

jeti

vo d

esen

volv

er o

pen

sam

ento

mat

emát

ico

de u

ma

form

a m

ais

cent

rada

, com

cla

reza

e o

port

unid

ades

.” (

22/0

7/20

14 )

“L

eitu

ra e

dis

cuss

ão d

o liv

ro “

Ori

enta

ções

Cur

ricu

lare

s –

Exp

ecta

tiva

s de

Apr

endi

zage

ns e

Ori

enta

ções

Did

átic

as”

cap.

Exp

eriê

ncia

s de

apr

opri

ação

do

conh

ecim

ento

mat

emát

ico,

pag

. 10

6 a

108.

Nes

te t

exto

o a

utor

res

salta

que

, em

bora

gra

nde

part

e da

s si

tuaç

ões

ofer

ecid

as à

s cr

ianç

as e

stej

am i

nser

idas

nas

br

inca

deir

as,

pode

mos

ter

um

olh

ar m

ais

espe

cífi

co p

ara

a qu

estã

o da

exp

lora

ção

dos

núm

eros

, as

cri

ança

s ga

nham

luz

as

ques

tões

de

expl

oraç

ões

de

quan

tida

des

nas

brin

cade

iras

e p

ráti

cas

cotid

iana

s ex

plor

ando

as

nota

ções

num

éric

as e

m d

ifer

ente

s co

ntex

tos:

reg

istr

o de

jogo

s, c

ontr

ole

de m

ater

iais

da

sala

, qu

anti

dade

s de

pes

soas

que

vão

mer

enda

r ou

que

vão

a u

m p

asse

io e

, pri

ncip

alm

ente

enr

ique

cer

suas

bri

ncad

eira

s de

faz

de

cont

a co

m m

ater

iais

que

con

vide

m

a pe

nsar

sob

re o

s nú

mer

os.”

(28

/07/

2014

)

Lei

tura

com

part

ilhad

a do

liv

ro “

As

sete

ben

zede

iras

e s

uas

hist

ória

s” c

om a

his

tóri

a da

Don

a T

erez

a qu

e co

nhec

e as

erv

as q

ue c

uram

..Em

seg

uida

, de

mos

Page 235: Karin Patricia Oliveira

83

iníc

io a

s le

itura

s so

bre

a ár

ea d

e M

atem

átic

a. A

CP

nos

ori

ento

u qu

e já

hav

ia s

elec

iona

do a

lgun

s te

xtos

da

auto

ra K

atia

S. S

mol

e pa

ra q

ue n

os n

orte

ásse

mos

no

dese

nvol

vim

ento

de

jogo

s, b

rinc

adei

ras

e re

solu

ção

de p

robl

emas

par

a as

sim

, abo

rdar

mos

ess

a ár

ea d

e co

nhec

imen

to. N

ossa

pri

mei

ra le

itura

foi

o R

CN

, vol

3,

pág

207

a 21

2. O

tex

to p

ropõ

e qu

e fa

zer

mat

emát

ica

é ex

por

idei

as p

rópr

ias,

esc

utar

as

dos

outr

os,

form

ular

e c

omun

icar

pro

cedi

men

tos

de r

esol

ução

de

prob

l em

as,

conf

ront

ar,

argu

men

tar

e pr

ocur

ar v

alid

ar s

eu p

onto

de

vist

a, a

ntec

ipar

res

ulta

dos

de e

xper

iênc

ias

não

real

izad

as,

acei

tar

erro

s, b

usca

r da

dos

que

falta

m p

ara

reso

lver

pro

blem

as e

ntre

as

cois

as...

Con

cluí

mos

que

com

o a

vanç

o da

tecn

olog

ia o

s se

res

hum

anos

est

ão c

ada

vez

mai

s pe

nsan

do m

enos

, poi

s es

tes

já e

ncon

tram

sis

tem

as e

pro

gram

as q

ue e

xecu

tam

o r

acio

cíni

o en

treg

ando

-lhe

s tu

do p

ront

o. C

abe

a es

cola

tra

balh

ar f

orm

as d

e de

senv

olve

r no

alu

no i

nter

esse

po

r re

solu

ção

de p

robl

emas

, ent

re o

utro

s.”

(14/

07/2

014)

R

egis

tros

tr

ansc

riti

vos

paut

ados

em

ou

tras

fon

tes

1

“Nes

te d

ia, a

ssis

tim

os o

víd

eo: M

ônic

a em

com

o at

rave

ssar

a s

ala.

O v

ídeo

com

eça

com

um

a si

tuaç

ão p

robl

ema

vivi

da p

ela

pers

onag

em M

ônic

a. A

trav

és d

ele,

po

dem

os e

ncon

trar

div

ersa

s po

ssib

ilid

ades

par

a re

solv

er u

m p

robl

ema.

Os

prob

lem

as n

ão t

êm a

pena

s um

a so

luçã

o. S

elec

iona

mos

cha

radi

nhas

da

cole

ção

da

edito

ra C

iran

da c

ultu

ral p

ara

trab

alha

r em

sal

a qu

e es

tim

ulam

o r

acio

cíni

o ló

gico

.” (

07/1

0/20

14)

Font

e: E

labo

rado

com

bas

e na

col

eta

de d

ados

da

esco

la p

esqu

isad

a

Con

tinu

a

Page 236: Karin Patricia Oliveira

84

Tip

os d

e re

gist

ros

elab

orad

os p

elos

pro

fess

ores

–an

o le

tivo

201

5

Tip

os d

e re

gist

ro-

2015

C

onte

údos

do

regi

stro

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s

“(...

) D

iscu

tim

os a

res

peito

do

trab

alho

com

a m

úsic

a qu

e se

rá r

ealiz

ado

dura

nte

o bi

mes

tre

tend

o co

mo

tem

a “O

Sam

ba”

e re

flet

imos

ain

da a

res

peito

das

pr

opos

tas

do t

raba

lho

corp

oral

a s

er f

eito

no

teat

ro.

Tea

tro

feito

pel

a dr

amat

izaç

ão i

nter

ativ

a em

que

tod

os p

artic

ipam

de

igua

l m

odo,

ten

do c

omo

met

odol

ogia

a e

spon

tane

idad

e. D

eter

min

amos

qua

nto

ao t

raba

lho

das

arte

s vi

suai

s, e

stud

o de

trê

s ar

tista

s, e

ntre

ele

s Iv

an C

ruz,

Vol

pi,

Iber

ê C

amar

go,

Ald

emir

Mar

tins

, “T

arci

la”

do A

mar

al,

Por

tina

ri,

nom

es i

ndic

ados

que

ser

ão p

oste

rior

men

te s

elec

iona

dos

assi

m c

omo

suas

téc

nica

s. D

arem

os i

níci

o ao

pr

imei

ro b

imes

tre

com

as

arte

s vi

suai

s te

ndo

com

o fo

co in

icia

l o d

esen

ho. O

trab

alho

com

os

pint

ores

ser

á re

aliz

ado

no 2

º se

mes

tre.

” (2

4/02

/201

5)

“Reg

istr

o no

livr

o do

Gru

po 2

.” (

28/0

4/20

15)

“Nes

ta d

ata

real

izam

os l

eitu

ra e

dis

cuss

ão a

res

peito

de

suge

stão

de

ativ

idad

es p

ara

trab

alha

r a

Lin

guag

em A

rtís

tica

– A

rtes

Vis

uais

: R

oda

de C

onve

rsa,

A

pres

enta

ção

do a

rtis

ta p

ara

a tu

rma.

Tra

balh

ando

com

a i

mag

em:

sele

cion

ar u

ma

obra

, ap

rese

ntar

, de

ixar

as

cria

nças

fal

arem

, pe

rgun

tar

sobr

e su

as

cara

cter

ístic

as,

esta

bele

cer

rela

ções

com

as

expe

riên

cias

das

cri

ança

s, o

bser

var

e re

gist

rar,

dei

xar

a im

agem

fix

ada

dura

nte

a se

man

a pa

ra m

elho

r ob

serv

ação

. R

elei

tura

s: a

tivi

dade

s su

geri

das

a pa

rtir

da

obra

sel

ecio

nada

, ut

iliza

r di

fere

ntes

téc

nica

s: c

olag

em,

impr

essã

o, e

tc..

repr

oduz

ir a

obr

a us

ando

di

fere

ntes

mat

eria

is,

utili

zar

dife

rent

es s

upor

tes

e di

fere

ntes

for

mas

: pa

pelã

o, c

olor

set

, ca

rtol

ina,

sul

fite

– r

edon

do,

triâ

ngul

o, q

uadr

ado,

etc

., ex

posi

ção

dos

trab

alho

s na

sal

a e

nos

corr

edor

es.”

(22

/06/

2015

)

“Nes

ta d

ata

cont

inua

mos

com

a l

eitu

ra d

o liv

ro “

Did

átic

a do

Ens

ino

da A

rte

– A

art

e m

oder

na d

efor

ma

dem

ais?

Ant

es d

e tu

do a

pre

mis

sa e

stá

erra

da:

a ar

te n

ão c

opia

a n

atur

eza.

Bus

cand

o a

répl

ica

visu

al d

a fo

lha,

o a

rtis

ta n

ovam

ente

abs

trai

, ve

ndo

-se

obri

gado

a t

rans

form

ar a

mat

éria

con

cret

a em

el

emen

tos

abst

rato

s. O

art

ista

inv

enta

lin

has

para

rep

rese

ntar

o q

ue n

a na

ture

za s

eria

a b

ainh

a da

fol

ha o

u as

sua

s ne

rvur

as,

ou s

ua h

aste

, ou

pla

nos

dife

rent

es e

spaç

os, a

ssim

com

o in

vent

ar r

elaç

ões

de c

ores

par

a de

scre

ver

o ca

lor

e a

luz

sola

r, a

clo

rofi

la n

a qu

ímic

a da

vid

a, a

s ho

ras

e os

tem

pos

do d

ia.

Rei

tere

mos

que

, m

e sm

o qu

eren

do i

nspi

rar-

se e

m f

orm

as d

a na

ture

za,

o ar

tista

as

aban

dona

par

a cr

iar

form

as d

e lin

guag

em.

São

for

mas

esp

ecíf

icas

de

acor

do c

om a

esp

ecif

icid

ade

mat

eria

l de

cada

lin

guag

em, c

rian

do n

ovos

con

text

os f

orm

ais

cuja

ext

ensã

o e

equi

líbri

o ir

ão s

ervi

r de

pad

rão

de r

efer

ênci

a à

próp

ria

inte

rpre

taçã

o da

s fo

rmas

art

icul

adas

pel

o ar

tista

.” (

06/0

7/20

15)

“Nes

ta d

ata

real

izam

os u

ma

ativ

idad

e pr

átic

a ut

iliza

ndo

a m

etod

olog

ia m

ulti

prop

ósito

. H

istó

ria

da A

rte

– Id

ade

Méd

ia –

Pin

tor

hola

ndês

Hie

rony

mus

B

osh

(145

0-15

16),

pin

tor

hola

ndês

– o

bras

eni

gmát

icas

, tem

as r

elig

ioso

s co

mpl

exos

e m

uita

fan

tasi

a e

imag

inaç

ão d

emon

íaca

. Apr

ecia

ção

da im

agem

“O

s se

te p

ecad

os c

apita

is”

do p

into

r. M

edia

ção:

Voc

ês c

onhe

cem

ess

a ob

ra?

O q

ue v

ocês

vêm

nes

ta i

mag

em?

O q

ue n

a im

agem

o l

eva

a pe

nsar

ass

im?

Qua

is

são

os s

ete

peca

dos?

Prá

tica:

esc

olhe

r um

a pa

rte

da o

bra

e co

mpl

etar

de

man

eira

cri

ativ

a. M

ater

ial:

Can

som

A4

e ti

nta

guac

he,

pinc

éis.

Apr

ecia

ção

dos

trab

alho

s. S

uges

tão

para

com

plem

enta

r a

pesq

uisa

DV

D/V

ÍDE

O:

“Os

sete

pec

ados

cap

itais

” co

m o

ato

r B

rad

Pitt

. R

elac

iona

r o

film

e co

m a

obr

a de

B

osh.

” (2

1/07

/201

5)

“Ini

ciam

os o

PE

A c

om a

lei

tura

da

imag

em “

Cas

amen

to d

e C

ampo

nese

s” –

ret

irad

a do

liv

ro “

livro

de

arte

s pa

ra c

ça”

(Pie

ter

Bru

egel

, o

velh

o).

Ana

lisam

os a

que

stão

do

ambi

ente

, lu

min

osid

ade,

cor

es u

tiliz

adas

per

cebe

mos

atr

avés

da

pint

ura

com

o er

a o

mod

o de

ves

tir,

com

o fe

stej

avam

, o

que

com

iam

, et

c. F

izem

os t

bem

a l

eitu

ra d

a im

agem

“S

ão P

aulo

(de

Tar

sila

do

Am

aral

192

4) q

ue m

ostr

a gr

ande

inf

luên

cia

do c

ubis

mo

e re

trat

a a

tran

sfor

maç

ão d

e S

ão P

aulo

rum

o a

met

rópo

le q

ue é

hoj

e.”

17/0

8/20

15)

“Ini

ciam

os a

lei

tura

do

livro

da

Col

eção

Pro

infa

ntil

(Min

isté

rio

da E

duca

ção)

mód

ulo

de A

rtes

Vis

uais

“A

s m

últi

plas

lin

guag

ens

das

cças

e a

s in

tera

ções

co

m a

nat

urez

a e

a cu

ltura

– A

rtes

vis

uais

. (.

..) O

con

ceito

de

arte

tem

se

mod

ific

ado

ao lo

ngo

da h

istó

ria

da h

uman

idad

e, d

epen

dend

o do

s in

stru

men

tos

que

o ho

mem

dis

põe

e ai

nda

da m

anei

ra c

omo

se o

rgan

iza

soci

alm

ente

, pr

oduz

cul

tura

e s

e ex

pres

sa.

Com

a p

assa

gem

do

sécu

lo X

IX p

ara

o X

X,

a ar

te

mud

a se

u pa

pel

de r

etra

tar

a vi

da c

omo

ela

é id

ealiz

ada,

lev

ando

o h

omem

a r

epen

sar

sua

rela

ção

com

a s

ocie

dade

e n

atur

eza

(...)

Hoj

e é

cada

vez

mai

s di

fíci

l de

term

inar

a f

ront

eira

ent

re o

s ob

jeto

s ar

tístic

os e

aqu

eles

cot

idia

nos.

Cad

a um

de

nós

dian

te d

e um

a ob

ra d

e ar

te t

erá

um e

nten

dim

ento

pes

soal

,

Page 237: Karin Patricia Oliveira

85

part

icul

ar v

ai e

nten

der

do s

eu je

ito. (

...)

A a

rte

mex

e nã

o só

com

nos

sa c

ogni

ção

mas

com

nos

sos

afet

os e

por

isso

nos

afe

ta.”

(24

/08/

2015

) “’

Con

tinu

amos

a l

eitu

ra d

o liv

ro C

oleç

ão P

roin

fant

il pá

gina

17.

Os

RC

NE

I de

fine

m a

rtes

vis

uais

com

o ex

pres

são,

com

unic

ação

e o

rgan

izaç

ão d

e lin

has,

fo

rmas

, pon

tos,

esp

aço,

luz,

cor

, etc

. É im

port

ante

que

todo

ser

hum

ano

poss

a te

r co

ntat

o di

reto

com

a a

rte.

Não

se

pode

pen

sar

a ar

te c

omo

“art

e in

fant

il”,

poi s

, a c

rian

ça é

cap

az d

e se

apr

opri

ar e

pen

sar

sobr

e ar

te, e

la e

stá

aber

ta p

ara

um r

elac

iona

men

to d

iret

o. (

...)

É in

tere

ssan

te q

ue, a

o ap

rese

ntar

a a

rte

para

a

cria

nça

deve

-se

deix

á-la

liv

re p

ara

desc

obri

r e

inte

rpre

tar

sem

dar

ind

ício

s de

sua

con

text

ualiz

ação

ant

erio

rmen

te. O

exe

rcíc

io d

e le

itura

dev

e se

r pa

utad

o na

soc

ializ

ação

e e

scut

a, o

que

am

plia

rá o

rep

ertó

rio.

” (2

5/08

/05)

“N

este

enc

ontr

o de

mos

con

tinu

idad

e a

leitu

ra d

a co

leçã

o P

roin

fant

il na

Seç

ão 3

– P

ensa

ndo

a ar

te n

as c

rech

es, p

ré-e

scol

as e

esc

olas

: par

a al

ém d

o si

mpl

es

faze

r. Q

ue n

os f

ez r

efle

tir

e co

nhec

er a

s pr

opos

tas

que

cons

titue

m a

int

erfa

ce d

a ar

te c

om a

edu

caçã

o e

com

pree

nder

o p

apel

das

cre

ches

, pr

é-es

cola

s e

esco

las

com

o es

paço

s de

imag

inaç

ão, d

e ap

ropr

iaçã

o e

prod

ução

cul

tura

is d

e cr

ianç

as e

adu

ltos.

A v

alor

izaç

ão d

a pr

oduç

ão d

a cr

ianç

a po

de s

er s

ituad

a no

te

mpo

e n

o es

paço

.” (

01/0

9/20

15)

“C

onti

nuam

os l

eitu

ra,

disc

ussã

o e

refl

exão

da

apos

tila

Col

eção

Pro

infa

ntil

pági

nas

30,3

1,32

,33,

34 e

35.

(...

) V

ale

lem

brar

qu

e, q

uant

o m

ais

ampl

o e

qual

ific

ado

for

o re

pert

ório

das

cri

ança

s, m

aior

e m

elho

r se

rá s

ua b

ase

para

cri

ação

. É

pre

ciso

ofe

rece

r m

ater

iais

div

erso

s, i

ncen

tivo

, tem

po e

res

peito

ao

ritm

o de

cad

a um

. O p

rofe

ssor

não

dev

e es

pera

r qu

e a

cria

nça

siga

mod

elos

, nã

o se

dev

e co

mpa

rar

as c

riaç

ões.

(...

) C

abe

ao p

rofe

ssor

, obs

erva

r, d

ialo

gar,

in

cent

ivar

as

cria

ções

dos

alu

nos.

” (0

8/09

/201

5)

“Nes

te e

ncon

tro

dem

os c

onti

nuid

ade

a le

itura

do

cade

rno

da R

ede

– P

ercu

rsos

de

apre

ndiz

agen

s: a

esc

uta

ativ

a e

a ex

plor

ação

mus

ical

na

pag

14 q

ue t

rata

so

bre

os c

otid

iáfo

nos,

um

a pr

opos

ta p

ara

apre

nder

a e

scut

ar a

tiva

men

te.

Des

de q

ue n

asce

m a

s cr

ianç

as p

esqu

isam

, es

cuta

m e

faz

em s

om.

Ant

es d

e an

dare

m,

se m

ovim

enta

m n

os l

ocai

s on

de s

e en

cont

ram

(be

rço,

car

rinh

o ou

no

chão

) ba

lbuc

iam

, ch

oram

, so

rrie

m e

com

o t

empo

, ad

quir

em m

aior

au

tono

mia

, par

a sa

tisf

azer

sua

s cu

rios

idad

es, v

ão e

m b

usca

dos

obj

etos

e b

rinq

uedo

s a

sua

volta

par

a ch

eira

r, e

xper

imen

tar,

col

ocar

na

boca

, bat

er e

faz

er

todo

tip

o de

mov

imen

taçã

o po

ssív

el q

ue e

las

saib

am o

u de

scub

ram

nes

sa m

arat

ona.

Ass

im,

desd

e se

mpr

e as

cri

ança

s co

meç

am a

col

ecio

nar

os s

ons

e co

nstr

uir

sua

hist

ória

. P

orta

nto

quan

to m

ais

os a

dulto

s, n

a es

cola

, na

fam

ília

e n

o m

eio

em q

ue v

ivem

, di

spon

ibil

izar

em m

ater

iais

e b

rinq

uedo

s pa

ra o

m

anus

eio

dos

men

inos

e m

enin

as,

mai

s el

es r

ealiz

arão

sua

s ex

peri

ênci

as d

e ex

plor

ação

e c

onhe

cim

ento

dos

obj

etos

e d

o m

undo

ond

e vi

vem

.”

(09/

11/2

015)

‘N

esta

dat

a re

aliz

amos

a a

prec

iaçã

o do

liv

ro P

alav

ra C

anta

da –

As

mel

hore

s br

inca

deir

as m

usic

ais

da P

alav

ra C

anta

da.

O l

ivro

apr

esen

ta a

sel

eção

de

dive

rsas

mús

icas

e b

rinc

adei

ras

cant

adas

par

a se

rem

uti

lizad

as e

m s

ala

de a

ula

(de

acor

do c

/ a

faix

a et

ária

). A

lém

das

let

ras

das

mús

icas

, o

livro

ens

ina

com

o br

inca

r c/

a m

úsic

a e

traz

tbé

m u

ma

brev

e co

ntex

tual

izaç

ão.

Alé

m d

e ou

vir

mús

icas

conh

ecid

as c

omo

(Sop

a, R

ato,

Fom

e C

ome,

Cir

anda

), a

s cr

ianç

as v

ão a

pren

der

o qu

e é

ritm

o, m

elod

ia, t

imbr

e, a

cord

e, p

ulso

, int

ensi

dade

, e o

utra

s co

isas

do

mun

do d

a m

úsic

a.”

(17/

11/2

015)

“N

este

dia

rea

lizam

os o

PE

A n

o la

bora

tóri

o de

inf

orm

átic

a pa

ra c

onhe

cer

as o

bras

dos

art

ista

s e

assi

m,

sele

cion

ar o

s pi

ntor

es e

sua

s pr

oduç

ões

artís

tica

s pa

ra t

raba

lhos

com

as

cria

nças

. A

art

e é

algo

nec

essá

rio

para

a v

ida

hum

ana.

Inf

eliz

men

te e

la é

con

side

rada

elit

ista

, co

ntud

o a

esc

ola

é um

am

bien

te

faci

litad

or p

ara

esta

apr

oxim

ação

. Des

ta f

orm

a o

trab

alho

com

art

es n

a ed

ucaç

ão in

fant

il é

de s

uma

impo

rtân

cia.

” (0

3/03

/201

5)

“C

onti

nuam

os a

lei

tura

col

eção

Pro

infa

ntil

mód

ulo

IV –

Uni

dade

5 –

Liv

ro d

e E

stud

o vo

l 2,

pag

20.

Seç

ão 2

. A

Con

stru

ção

do O

lhar

, da

esc

rita

e d

os

mov

imen

tos

sens

ívei

s: p

roce

ssos

de

apro

pria

ção

artís

tico

-cul

tura

l. O

tex

to r

essa

lta q

ue s

e am

plia

rmos

os

acer

vos

das

cria

nças

com

rel

ação

a a

rte

seu

repe

rtór

io f

icar

á m

ais

ampl

o, a

prim

oran

do s

eu o

lhar

, su

a ob

serv

ação

, cr

itici

dade

, fr

uiçã

o e

man

ejo

na c

riaç

ão d

e su

as p

rópr

ias

obra

s. (

...)

Nos

sos

conh

ecim

ento

s es

tétic

os e

poé

ticos

, com

o os

dem

ais,

tam

bém

são

con

stru

ídos

na

rela

ção

com

o o

utro

e c

om o

s ob

jeto

s da

cul

tura

(ci

nem

a, t

eatr

o, d

ança

e

arte

s vi

sua i

s), i

sto

se c

ham

a ex

peri

ênci

a es

tétic

a. (

...)

Port

anto

qua

ndo

o tr

abal

ho p

edag

ógic

o da

Uni

dade

Esc

olar

val

oriz

a a

cultu

ra d

a co

mun

idad

e ao

qua

l es

tá in

seri

da, i

sto

subs

titu

i os

padr

ões

veic

ulad

os p

elas

míd

ias.

” (

31/0

8/20

15)

Reg

istr

os

argu

men

tati

vos

x

Page 238: Karin Patricia Oliveira

86

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s pa

utad

os

docu

men

tos

ofic

iais

6

“Lei

tura

do

Cad

erno

da

rede

– F

orm

ação

de

Pro

fess

ores

– P

ercu

rsos

de

Apr

endi

zage

ns:

Um

olh

ar p

ara

o de

senh

o na

Edu

c. I

nfan

til,

pag

8, 9

, 10,

12

e 13

. O

tex

to r

essa

lta q

ue o

des

enho

é a

mar

ca d

e um

a tr

ajet

ória

, po

is p

or m

eio

dele

del

inea

mos

nos

sa i

ndiv

idua

lidad

e. (

...)

Ao

dese

nhar

, a

cria

nça

brin

ca e

po

rtan

to p

odem

os c

onvi

dá-l

a a

brin

car

com

vár

ios

supo

rtes

e f

erra

men

tas

(tin

ta, g

iz d

e ce

ra, c

arvã

o, e

tc).

“ (

23/0

3/20

15)

“Nes

ta d

ata

real

izam

os a

lei

tura

, di

scus

são

e re

flex

ão d

as p

ágin

as 2

2 a

26 d

os C

ader

nos

da R

ede

a re

spei

to d

o “Q

ue s

e po

de f

azer

com

a v

oz”.

Vim

os

poss

ibili

dade

s do

tra

balh

o co

m a

voz

na

Edu

caçã

o In

fant

il, p

ropo

stas

com

o e

nvol

vim

ento

Mus

ical

e S

onor

o. (

...)

Qua

lque

r qu

e se

ja o

rec

urso

é

inte

ress

ante

que

não

par

emos

de

pens

ar, i

mag

inar

e c

riar

sol

uçõe

s al

tern

ativ

as q

ue r

esol

vam

os

entr

aves

que

se

apre

sent

am e

m n

ossa

rot

ina.

” (1

0/11

/201

5)

“Lei

tura

do

RC

Ns

(pg

85 a

93)

; qu

e fa

la s

obre

a p

rese

nça

das

Art

es V

isua

is n

a E

duca

ção

Infa

ntil.

As

arte

s vi

suai

s ex

pres

sam

, co

mun

icam

e a

trib

uem

se

ntid

o as

sen

saçõ

es,

sent

imen

tos,

pen

sam

ento

s e

real

idad

e po

r m

eio

da o

rgan

izaç

ão d

e lin

has,

for

mas

, po

ntos

. (.

..) A

art

e da

cça

, de

sde

cedo

, so

fre

infl

uênc

ia d

a cu

ltura

sej

a po

r m

eio

de m

ater

iais

e s

upor

tes

com

que

faz

seu

s tr

abal

hos,

sej

a pe

las

imag

ens

e at

os d

e pr

oduç

ão a

rtís

tica

. (.

..) O

tra

balh

o de

A

rtes

Vis

uais

na

Ed.

Inf

anti

l req

uer

prof

unda

ate

nção

no

que

se r

efer

e ao

res

peit

o da

s pe

culia

rida

des

e es

quem

as d

e co

nhec

i/o p

rópr

ios

a ca

da f

aixa

etá

ria

e ní

vel d

e de

senv

olvi

men

to.”

(12

/05/

2015

)

“Nes

te e

ncon

tro

inic

iam

os a

lei

tura

do

Cad

erno

da

Red

e so

bre

Per

curs

os d

e A

pren

diza

gens

: P

ráti

cas

Tea

trai

s na

pag

.8 q

ue a

bord

a a

repr

esen

taçã

o e

prát

icas

tea

trai

s na

Edu

caçã

o In

fant

il. Q

ue f

ala

sobr

e a

impo

rtân

cia

de t

raba

lhar

com

cri

ança

s pe

quen

as n

a ch

ave

do t

eatr

o pó

s-dr

amát

ico

no s

enti

do d

e vo

ltar

o ol

har

para

a c

rian

ça m

esm

a, e

par

a o

dom

do

faz

de c

onta

, pa

ra s

ua c

apac

idad

e de

im

agin

ar e

seu

pol

imor

fism

o. O

im

port

ante

é p

oder

pro

por

inte

rcâm

bios

ent

re o

bri

ncar

e o

faz

er t

eatr

al,

de m

odo

que

a cr

ianç

a co

mpr

eend

a, e

la m

esm

a, s

emel

hanç

as e

dif

eren

ças

entr

e es

ses

faze

res.

Pod

e-se

ap

onta

r se

is p

ossí

veis

sem

elha

nças

ou

apro

xim

açõe

s en

tre

faze

r de

con

ta e

trab

alha

r ju

nto

a lin

guag

em t

eatr

al.(

...)

Ess

as s

eis

cara

cter

ísti

cas

pres

ente

s ta

nto

no

faz

de c

onta

qua

nto

no t

eatr

o po

derã

o, e

m n

ossa

abo

rdag

em

mer

leau

-pon

tian

a, s

er o

lhad

as p

elo

educ

ador

pel

as

lent

es d

as t

ais

prec

auçõ

es

met

odol

ógic

as,

a sa

ber

o po

limor

fism

o, a

não

rep

rese

ntac

iona

lidad

e, a

ant

ecip

ação

de

cond

utas

, a

apre

ndiz

agem

pel

a im

itaçã

o e

conv

ivên

cia

cult

ural

.”

(23/

11/2

015)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

a l

eitu

ra,

refl

exão

e d

iscu

ssão

dos

Cad

erno

s da

Red

e, p

ágin

as 1

4 a

23.

Títu

los:

“E

ra u

ma

vez

um p

ano

que

não

quer

ia s

er p

ano”

“Q

uand

o eu

era

um

vul

cão”

. (...

) (2

4/11

/201

5)

“Nes

ta d

ata

real

izam

os a

leitu

ra d

o te

xto

“Obj

etos

teat

rais

” (C

ader

nos

da R

ede

pgs

24 a

28)

.” (

...)

(30/

11/2

015)

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s pa

utad

os f

onte

s di

vers

as 3

“Ini

ciam

os a

ssis

tind

o ao

víd

eo “

Lei

tura

do

dese

nho”

e a

par

tir d

aí f

izem

os u

ma

refl

exão

da

noss

a pr

átic

a (O

des

enho

est

ranh

o).

Dep

ois

foi

feito

a le

itur

a do

text

o A

rtes

vis

uais

na

educ

ação

Inf

anti

l. L

eitu

ra d

o te

xto:

“A

rtes

Vis

uais

na

Ed.

Inf

anti

l que

rel

ata

o es

tudo

sob

re a

s A

rtes

Vis

uais

na

educ

ação

infa

ntil

que

fala

das

fas

es d

o de

senh

o co

m s

uas

part

icul

arid

ades

,” (

10/0

3/20

15)

“Rea

lizam

os a

tivi

dade

: S

equê

ncia

Did

átic

a: D

esen

ho d

e im

agin

ação

, co

mo

dese

nhar

o q

ue n

ão e

xist

e? L

eitu

ra d

a hi

stór

ia:

“O g

rúfa

lo”.

Des

enho

de

imag

inaç

ão –

Des

enha

r o

Grú

falo

(ca

beça

e c

orpo

). R

oda

de a

prec

iaçã

o –

Exp

or o

s de

senh

os.

Lei

tura

da

hist

ória

– c

ompa

rar

os d

esen

hos.

Rod

a de

A

prec

iaçã

o –

Imag

ens

de a

rtis

tas.

Ati

vida

des:

cor

tar

os d

esen

hos

no m

eio,

sep

aran

do o

cor

po d

a ca

beça

e d

epoi

s ju

ntar

com

o g

rúfa

lo d

o co

lega

e v

er

com

o fi

cou.

Bri

ncad

eira

de

enco

ntra

r a

met

ade.

Ass

isti

mos

ao

víde

o N

ova

Esc

ola

sobr

e a

ativ

idad

e.”

(14/

04/2

015)

“N

este

enc

ontr

o re

aliz

amos

a l

eitu

ra d

o te

xto

“Cad

erno

s de

Des

enho

– U

m d

iári

o do

per

curs

o cr

iado

r da

s cr

ianç

as”,

ret

irad

o da

Rev

ista

Avi

salá

8 de

O

utub

ro d

e 20

01, q

ue tr

ata

sobr

e o

uso

do c

ader

no d

e de

senh

o no

dec

orre

r do

tem

po n

a es

cola

. A

ntig

amen

te e

ra t

radi

cion

alm

ente

uti

lizad

o pa

ra a

pren

der

geom

etri

a ou

par

a co

piar

im

agen

s, n

em s

empr

e de

boa

qua

lidad

e. H

oje

ele

traz

nov

os s

igni

fica

dos

para

as

cria

nças

, po

de s

er u

m r

ecur

so q

ue a

juda

a

perc

eber

as

mud

ança

s de

seu

s tr

açad

os; p

ara

o ed

ucad

or p

ode

ser

um o

bjet

o de

pes

quis

a qu

e ap

oia

o pl

anej

amen

to d

e se

u tr

abal

ho. E

m s

egui

da r

ealiz

amos

a

leitu

ra d

o te

xto

“De

olho

na

Prá

tica

– pa

ra a

org

aniz

ação

do

trab

alho

”, d

o C

ader

no d

a R

ede

escr

ito p

or S

ilvan

a A

ugus

to,

que

nos

fez

refl

etir

sob

re a

s pr

opos

tas

de d

esen

ho e

pin

tura

no

plan

ejam

ento

diá

rio.

” (0

5/05

/201

5)

Fon

te:

Ela

bora

do b

ase

na c

olet

a de

dad

os d

a es

cola

pes

quis

ada.

N

ota:

(x)

indi

ca z

ero

Page 239: Karin Patricia Oliveira

87

Tip

os d

e re

gist

ros

elab

orad

os p

elos

pro

fess

ores

– a

no le

tivo

201

6

Tip

os d

e re

gist

ro-

2016

C

onte

údos

do

regi

stro

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s

“Nes

ta d

ata

real

izam

os l

eitu

ra,

refl

exão

e d

iscu

ssão

da

Intr

oduç

ão d

o liv

ro H

istó

ria

e C

ultu

ra A

fric

ana

e A

fro

-Bra

sile

ira

na E

duca

ção

Infa

ntil.

O l

ivro

é

um c

onvi

te a

os p

rofe

ssor

es d

e E

duca

ção

Infa

ntil

a um

diá

logo

sob

re o

tra

balh

o pe

dagó

gico

com

a h

istó

ria

afri

cana

e a

s re

laçõ

es r

acia

is n

o B

rasi

l. T

udo

ao

noss

o re

dor

poss

ui t

raço

s da

cul

tura

afr

ican

a. C

abe

aos

prof

esso

res

a re

aliz

ação

de

prát

icas

ped

agóg

icas

que

obj

etiv

em a

mpl

iar

o un

iver

so s

ocio

cultu

ral

das

cria

nças

e i

ntro

duzi

-las

em

um

con

text

o no

qua

l o

educ

ador

e o

cui

dar

não

omita

m a

div

ersi

dade

, é

prec

iso

que

a cr

ianç

a se

rec

onhe

ça n

a lit

erat

ura,

no

s pa

inéi

s da

esc

ola,

nas

bri

ncad

eira

s. T

rata

-se

de u

ma

post

ura

cole

tiva

. É

pre

ciso

que

, pa

ra t

al,

haja

for

maç

ão c

ontin

uada

aos

pro

fiss

iona

is,

send

o el

es,

suje

itos

de d

irei

tos,

dev

e ha

ver

um a

trel

amen

to e

ntre

for

maç

ão, r

espe

ito e

rec

onhe

cim

ento

do

dire

ito d

as c

rian

ças.

” (1

7/03

/20

16)

“Nes

te e

ncon

tro

cont

inua

mos

a le

itura

do

livro

“D

o S

ilênc

io d

o L

ar a

o S

ilênc

io e

scol

ar”.

Cap

ítulo

3. (

...)

A p

esqu

isad

ora

fala

sob

re e

la s

er n

egra

e d

o se

xo

fem

inin

o qu

e lh

e de

ram

um

olh

ar d

ifer

enci

ado

para

seg

uir

a pe

squi

sa s

aben

do c

omo

é se

r m

ãe d

e cr

ianç

a ne

gra.

A o

bser

vaçã

o fo

i fe

ita n

o pa

rque

da

esco

la. A

pes

quis

ador

a fo

i div

ersa

s ve

zes

ques

tion

ada

o qu

e el

a es

tava

faz

endo

ali,

e t

ambé

m p

edid

os p

ara

faze

r al

gum

ser

viço

par

a as

pro

fess

oras

. (...

) A

re

laçã

o do

s pr

ofis

sion

ais

da e

duca

ção

com

a p

esqu

isad

ora

foi b

om...

(...)

Na

pesq

uisa

foi

fei

to u

m le

vant

amen

to d

a fo

rmaç

ão d

os

func

ioná

rios

da

U.E

e a

o an

alis

ar o

con

text

o el

a no

tou

que

essa

situ

ação

har

mon

iosa

que

exi

ste

na s

ocie

dade

bra

sile

ira,

poi

s só

hav

ia u

ma

negr

a pr

ofes

sora

. Tam

bém

ela

rel

ata

que

mui

tas

prof

esso

ras

enca

ram

a p

rofi

ssão

de

form

a as

sist

enci

al e

mat

erna

l. (.

..) A

dif

eren

ça é

tnic

as n

ão é

ver

baliz

ado

de m

anei

ra e

labo

rada

pel

as p

rofe

ssor

as

e ta

mbé

m n

o pl

anej

amen

to e

scol

ar, e

ssa

esco

la n

ão f

az u

m t

raba

lho

elab

orad

o pa

ra e

ssas

cri

ança

s tr

atan

do e

sse

tem

a.”

(25/

05/2

106)

“N

este

enc

ontr

o de

mos

con

tinu

idad

e a

leitu

ra d

o liv

ro C

omo

se e

nsin

a a

ser

men

ina,

o s

exis

mo

na e

scol

a de

Mon

tser

rat

Mor

eno.

(...)

Vim

os c

omo

as

ciên

cias

soc

iais

, cu

jos

cont

eúdo

s co

nstit

uem

o m

elho

r ve

ícul

o de

tra

nsm

issã

o de

det

erm

inad

os v

alor

es e

de

uma

orde

m s

ocia

l, n

ão p

oupa

m r

ecur

sos

para

im

buir

os

jove

ns d

a co

ncep

ção

ando

cênt

rica

do

mun

do.

(...)

A e

scol

a, p

or s

eu c

arát

er d

e in

stitu

ição

nor

mat

iva

cont

ribu

i de

man

eira

sis

tem

átic

a pa

ra o

de

senv

olvi

men

to d

esse

s pa

drõe

s de

org

aniz

ação

da

cond

uta

e da

s at

ivid

ades

de

form

a pr

atic

amen

te p

erm

anen

te.

É n

eces

sári

o co

nsci

enti

zar

o co

rpo

doce

nte

para

trab

alha

r es

ta te

mát

ica

com

as

cria

nças

, e n

a ed

ucaç

ão in

fant

il es

peci

alm

ente

atr

avés

das

his

tóri

as e

bri

ncad

eira

s.”

(17/

08/2

019)

“N

esta

dat

a re

aliz

amos

lei

tura

, di

scus

são

e re

flex

ão s

obre

a b

iogr

afia

do

mús

ico,

poe

ta e

pin

tor:

“H

eito

r do

s Pr

azer

es”.

Vim

os q

ue n

asce

u no

RJ

uma

déca

da a

pós

a ab

oliç

ão d

a es

crav

atur

a. (

...)

Hei

tor,

foi s

em d

úvid

a um

gra

nde

nom

e de

ref

erên

cia

à ar

te b

rasi

leir

a.”

(28/

09/2

016)

“N

este

enc

ontr

o co

ntin

uam

os a

leitu

ra d

o liv

ro: G

êner

o e

Edu

caçã

o da

Sec

reta

ria

Mun

icip

al d

a ed

ucaç

ão. N

o ca

pítu

lo c

once

ituan

do o

gên

ero,

pág

53

a 59

. (.

..) D

ifer

ente

men

te d

o qu

e se

pen

sa, o

gên

ero

não

regu

la s

omen

te a

s re

laçõ

es e

ntre

hom

ens

e m

ulhe

res,

mas

nor

mat

iza

tam

bém

rel

açõe

s ho

mem

-hom

em e

re

laçã

o m

ulhe

r-m

ulhe

r. D

este

mod

o a

viol

ênci

a co

met

ida

por

uma

mul

her

cont

ra o

utra

é t

ão p

rodu

zida

pel

o gê

nero

qua

nto

a vi

olên

cia

perp

etra

da p

or u

m

hom

em c

ontr

a um

a m

ulhe

r. E

m v

ez d

e m

ulhe

res

e ho

men

s se

rem

dif

eren

tes

na i

gual

dade

, ser

iam

igu

ais

nas

dife

renç

as, o

que

pod

e te

r si

gnif

icad

os m

uito

di

vers

os.(

...)”

(20

/10/

2016

)

“Nes

ta d

ata

real

izam

os s

eleç

ão d

e fo

tos

e at

ivid

ades

rel

acio

nada

s ao

nos

so p

roje

to.

Tai

s m

ater

iais

nos

ser

virã

o pa

ra c

ompl

emen

taçã

o do

por

tfól

io

elab

orad

o du

rant

e o

ano.

Doc

umen

to q

ue c

onté

m a

tivi

dade

s di

vers

as d

as t

urm

as,

tend

o co

mo

obje

tivo

: o

regi

stro

do

noss

o pl

ano

espe

cial

de

ação

.”

(30/

11/2

016)

N

o P

EA

de

hoje

, foi

org

aniz

ado

o es

paço

Gri

ô, s

epar

amos

alg

umas

ati

vida

des

para

exp

osiç

ão n

esse

esp

aço.

Con

fecc

iona

mos

e d

eco

ram

os o

esp

aço,

fic

ou

em u

m lu

gar

estr

atég

ico,

ond

e os

pai

s ou

res

pons

ávei

s ao

pas

sare

m v

isua

lizem

e r

econ

heça

a s

ua f

amíl

ia n

os d

esen

hos

feito

s pe

las

cria

nças

. Cad

a sa

la t

eve

seu

espa

ço p

ara

colo

car

os d

esen

hos

onde

cad

a cr

ianç

a fe

z a

repr

esen

taçã

o da

sua

fam

ília

.” (

27/0

4/20

16)

“ “N

este

enc

ontr

o pa

rtim

os p

ara

a se

gund

a at

ivid

ade

do P

roje

to E

spaç

o G

riô,

cri

amos

um

esp

aço

para

ouv

ir e

con

tar

hist

ória

s af

rica

nas;

uti

lizam

os p

anos

co

lori

dos

para

faz

er u

m p

aine

l no

fund

o; c

obri

mos

um

a ca

deir

a co

m t

ecid

os; c

oloc

amos

ces

tos

com

liv

ros

da c

ultu

ra a

fric

ana;

con

stru

ímos

um

Tot

en c

om

dive

rsas

fig

uras

da

Áfr

ica,

esp

ecia

lmen

te d

e an

imai

s, e

col

ocam

os a

s al

mof

adas

com

for

mat

o de

flo

r em

vol

ta,

cria

ndo

assi

m u

m c

lim

a go

stos

o e

Page 240: Karin Patricia Oliveira

88

acon

cheg

ante

par

a as

cri

ança

s ou

vire

m e

bri

ncar

em c

om a

s hi

stór

ias.

” (0

1/06

/201

6)

“Nes

te d

ia f

izem

os a

org

aniz

ação

do

Pro

jeto

Esp

aço

Gri

ô. E

xpos

ição

dos

des

enho

s do

s an

imai

s da

Áfr

ica

no e

spaç

o G

riô.

Pre

para

das

más

cara

s do

s an

imai

s es

colh

idos

pel

as c

rian

ças

e el

abor

ação

de

um d

ocum

entá

rio

em P

ower

Poi

nt s

obre

a Á

fric

a.”

(23/

06/2

016)

Reg

istr

os

argu

men

tati

vos

x

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s pa

utad

os

docu

men

tos

ofic

iais

2

“Nes

te e

ncon

tro

inic

iam

os a

lei

tura

das

Ori

enta

ções

Cur

ricu

lare

s –

Exp

ecta

tiva

s de

Apr

endi

zage

m p

ara

a E

duca

ção

Étn

ico-

Rac

ial,

na p

ág.

84 q

ue t

rata

so

bre

Edu

caçã

o In

fant

il e

a fo

rmaç

ão i

dent

itári

a. I

nclu

são

é um

a da

s qu

estõ

es m

ais

rele

vant

es q

uand

o tr

atam

os d

a ed

ucaç

ão e

m c

onte

xto

gera

l.(...

) P

reci

sam

os a

tent

ar p

rior

itari

amen

te a

Edu

caçã

o In

fant

il, p

ois

atitu

des

rotin

eira

s, m

eias

pal

avra

s ou

ges

tos

invo

lunt

ário

s po

dem

rep

rese

ntar

a m

ásca

ra d

o pr

econ

ceito

exi

bida

por

nos

sa s

ocie

dade

e d

eixa

r m

arca

s si

gnif

icat

ivas

na

educ

ação

das

cri

ança

s pe

quen

as s

endo

a E

duca

ção

Infa

ntil

com

o pr

imei

ra e

tapa

da

edu

caçã

o bá

sica

, tor

na-s

e es

senc

ial q

ue e

ssa

disc

ussã

o ta

mbé

m s

eja

prom

ovid

a no

âm

bito

des

sa e

spec

ializ

ação

com

as

adeq

uaçõ

es p

erti

nent

es a

o ca

so e

es

peci

fici

dade

s da

infâ

ncia

nes

sa id

ade.

” (.

..) (

02/0

3/20

16)

“C

onti

nuam

os o

s es

tudo

s re

fere

ntes

ao

docu

men

to:

Dir

etri

zes

Cur

ricu

lare

s N

acio

nais

par

a a

Edu

caçã

o da

s R

elaç

ões

Étn

ico

-Rac

iais

e p

ara

o E

nsin

o de

H

istó

ria

e C

ultu

ra A

fro-

Bra

sile

ira.

(...

) A

Edu

caçã

o da

s re

laçõ

es é

tnic

o ra

ciai

s na

Edu

caçã

o In

fant

il é

trab

alha

da p

or m

eio

de c

onto

s, h

istó

rias

, bri

ncad

eira

s e

brin

qued

os.

(...)

uma

fort

e in

fluê

ncia

da

ideo

logi

a do

bra

nque

amen

to e

ass

im,

repr

oduç

ão d

e pr

econ

ceito

. (.

..) P

reci

sa,

o B

rasi

l, pa

ís m

ulti

-étn

ico

e pl

uric

ultu

ral,

de o

rgan

izaç

ões

esco

lare

s em

que

todo

s se

vej

am in

cluí

dos.

” (2

8/07

/201

6)

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s pa

utad

os f

onte

s di

vers

as

“ A

ssis

tim

os o

víd

eo:

“Sal

to p

ara

o fu

turo

”, d

a T

V E

scol

a –

Sec

reta

ria

de E

duca

ção

a D

istâ

ncia

da

lei 1

0.63

9 na

sal

a de

aul

a. A

lei

10.

639

surg

iu a

par

tir

da m

obil

izaç

ão d

a so

cied

ade

negr

a. O

mov

imen

to n

egro

na

sala

de

aula

, af

irm

a qu

e a

form

ação

do

prof

esso

r é

fund

amen

tal

para

que

ess

a le

i se

ja

impl

emen

tada

e q

ue é

nec

essá

rio

mat

eria

l did

átic

o e

o pr

ofes

sor

mel

hora

r a

cria

tivi

dade

e o

trab

alho

em

sal

a de

aul

a.O

com

bat e

ao

raci

smo

é pr

iori

dade

na

esco

la e

dep

ois

a co

mun

idad

e. O

nos

so g

rupo

deb

ateu

um

pou

co s

obre

o “

med

o-p

reco

ncei

to”,

que

vem

da

falta

de

conh

ecim

ento

. No

víde

o re

afir

ma

que

a fo

rmaç

ão d

o pr

ofes

sor

é ne

cess

ária

e o

est

udo

da “

Áfr

ica”

por

ela

mes

ma

e a

hist

ória

da

Áfr

ica,

ser

em m

ais

apro

fund

ado

para

o p

rofe

ssor

ser

um

for

mad

or

de o

pini

ão m

ais

qual

ific

ado.

Ref

orça

r a

“aut

o-es

tim

a”,

lem

brar

a h

istó

ria

da “

Áfr

ica

cont

empo

râne

a”.

O o

bjet

ivo

da i

mpl

emen

taçã

o da

lei

10.

639

é re

tom

ar a

aut

o-es

tim

a do

neg

ro n

o pa

ís e

rec

onta

r a

verd

adei

ra h

istó

ria

da Á

fric

a, a

ntes

do

Eur

ocen

tris

mo.

É n

eces

sári

o os

rec

urso

s do

s liv

ros

didá

tico

s fa

land

o so

bre

o te

ma

ex:

Liv

ros:

“B

onec

as n

egra

s ca

dê?,

“C

oncu

rso

de B

onec

as”.

Tam

bém

é c

itado

o g

rupo

de

mul

here

s no

Rio

de

Jane

iro

que

faz

as

bone

cas

Aba

yom

i. N

a pr

óxim

a se

man

a da

rem

os c

onti

nuid

ade

no v

ídeo

.” (

10/0

3/20

16)

Font

e: E

labo

rado

com

bas

e no

s da

dos

cole

tado

s.

Not

a: (

x) in

dica

zer

o

Con

tinu

a

Page 241: Karin Patricia Oliveira

89

Tip

os d

e re

gist

ros

elab

orad

os p

elos

pro

fess

ores

- 2

017

Tip

os d

e re

gist

ro-

2017

C

onte

údos

do

regi

stro

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s 7

“Nes

te e

ncon

tro

inic

iam

os o

PE

A c

om a

leitu

ra d

o te

xto

“Gên

ero

e ed

ucaç

ão r

etir

ado

do li

vro

gêne

ro e

Edu

caçã

o. Q

ue n

os f

ez r

efle

tir

sobr

e o

conc

eito

de

“gên

ero”

; que

ger

alm

ente

na

noss

a tr

ajet

ória

esc

olar

, vim

os n

as a

ulas

de

língu

a po

rtug

uesa

, que

gên

ero

é um

a da

s fo

rmas

de

clas

sifi

caçã

o da

s pa

lavr

as e

m

fem

inin

o e

mas

culin

o. A

inc

lusã

o de

gên

ero

enqu

anto

cat

egor

ia h

istó

rica

e a

nalít

ica

é al

go m

uito

rec

ente

. Q

uand

o fa

lam

os e

m g

êner

o, r

efer

imo-

nos

à co

nstr

ução

soc

ial d

as i

dent

idad

es f

emin

inas

e m

ascu

linas

e a

for

ma

soci

al q

ue s

e es

tabe

lece

as

rela

ções

ent

re h

omen

s e

mul

here

s en

tre

si e

mul

here

s en

tre

si.

Des

de o

nas

cim

ento

de

um b

ebê,

a p

artir

do

anun

cio

do s

exo,

mui

tas

expe

ctat

ivas

sob

re s

ua i

dent

idad

e so

cial

con

side

rand

o as

car

acte

ríst

icas

at

ribu

ídas

a m

ulhe

r na

soc

ieda

de c

omo:

fra

gili

dade

, se

nsib

ilida

de,

mei

guic

e, p

assi

vida

de,

mai

or p

reoc

upaç

ão c

om p

robl

emas

fam

ilia

res

e m

enor

pr

eocu

paçã

o co

m p

rom

oção

pro

fiss

iona

l; e

para

o h

omem

na

soci

edad

e at

ribu

em a

s ca

ract

erís

tica

s de

cor

agem

, ra

cion

alid

ade,

for

ça,

com

peti

tivi

dade

, m

aior

pre

ocup

ação

com

a c

arre

ira

prof

issi

onal

e m

enor

par

ticip

ação

nos

pro

blem

as f

amili

ares

. C

om e

ssas

que

stõe

s qu

e pe

rmei

am a

s re

laçõ

es e

ntre

os

sexo

s co

nstit

uem

-se

num

arc

abou

ço id

eoló

gico

e c

oloc

am a

s pe

ssoa

s nu

ma

rela

ção

hier

arqu

izad

a.”

(07/

03/2

017)

“L

eitu

ra d

o te

xto:

O q

ue é

ser

mul

her?

O q

ue é

ser

hom

em?

Sub

sídi

os p

ara

uma

disc

ussã

o da

s re

laçõ

es d

e gê

nero

– N

alu

Fari

a e

Mir

iam

Nob

re.

O t

exto

no

s tr

az a

dis

cuss

ão s

obre

os

papé

is d

e ho

men

s e

mul

here

s na

soc

ieda

de. O

que

é s

er m

ulhe

r? C

omo

é vi

sta?

Des

de c

edo

ela

é ed

ucad

a pa

ra s

er s

ubm

issa

e

pres

tado

ra d

o la

r. A

pesa

r de

que

mui

tas

poss

uem

jor

nada

dup

la,

aque

la e

m q

ue t

em q

ue b

usca

r o

sust

ento

e o

cui

dado

do

lar.

Co

nfor

me

as a

utor

as “

as

mul

here

s vi

vem

em

con

diçõ

es d

e in

feri

orid

ade

e su

bord

inaç

ão e

m r

elaç

ão a

os h

omen

s”.

Por

ém,

isso

é u

ma

cons

truç

ão h

istó

rica

de

pap

éis

e a

natu

raliz

ação

é o

pri

ncip

al m

ecan

ism

o qu

e te

nta

just

ific

ar e

ssa

situ

ação

. E

m r

elaç

ão à

div

isão

sex

ual

do t

raba

lho

conf

orm

e as

aut

oras

“as

rel

açõe

s de

nero

são

sus

tent

adas

e e

stru

tura

das

por

uma

rígi

da d

ivis

ão s

exua

l do

tra

balh

o”.

idei

a de

que

alg

uns

trab

alho

s sã

o pa

ra h

omen

s e

outr

os p

ara

as

mul

here

s. E

las

poss

uem

pou

co a

cess

o a

prom

oção

e a

títu

los.

Por

ter

em a

cap

acid

ade

de g

erar

a v

ida,

a m

ater

nida

de é

um

ent

rave

par

a as

ati

vida

des

rem

uner

adas

. P

or i

sso,

sem

pre

proc

uram

ocu

par

trab

alho

s qu

e as

segu

ram

tem

po p

ara

o cu

idad

o co

m o

s fi

lhos

vis

to q

ue d

e ac

ordo

com

as

auto

ras

“os

post

os d

e sa

úde

e as

esc

olas

têm

hor

ário

s re

stri

tos

com

o se

tod

as a

s m

ães

esti

vess

em o

tem

po e

m c

asa

à di

spos

ição

da

fam

ília,

pro

ntos

par

a le

var

cria

nças

e

outr

as p

esso

as a

esc

ola

e ao

méd

ico

som

ente

nes

ses

horá

rios

”. A

sex

ualid

ade

é um

tab

u pa

ra a

s m

ulhe

res,

ou

ela

é en

xerg

ada

com

o “p

uta”

, “p

iran

ha”,

“f

ácei

s”,

etc,

ou

prec

isam

ser

hon

esta

s ou

rec

atad

as.

Em

con

trap

artid

a é

boni

to p

ara

o ho

mem

a d

imen

são

da v

isib

ilid

ade.

Ass

im,

conf

orm

e as

aut

oras

“a

repr

essã

o” à

sex

ualid

ade

fem

inin

a em

boa

par

te s

e dá

pel

o de

scon

heci

men

to d

o co

rpo

e pe

la i

mpo

siçã

o de

reg

ras

rígi

das

do q

ue s

igni

fica

ser

um

a m

ulhe

r “h

ones

ta”.

Ass

im,

a lu

ta é

gra

nde,

cab

e ac

onte

cer

as d

iscu

ssõe

s pa

ra q

ue o

res

peito

sej

a re

spei

tado

, di

go,

ress

alta

do.

A m

ulh

er,

além

de

toda

s es

sas

ques

tões

, ai

nda

sofr

e co

m v

iolê

ncia

fís

ica

e ps

icol

ógic

a “a

vio

lênc

ia i

mpu

ne h

umilh

a as

mul

here

s e

dest

rói

seu

amor

pró

prio

.”

(FA

RIA

e N

OB

RE

).”

(14/

03/2

017)

“P

reen

chim

ento

do

ques

tioná

rio

sobr

e di

reito

s hu

man

os e

dis

crim

inaç

ão q

ue f

oi e

labo

rado

de

acor

do c

om a

nos

sa r

ealid

ade

esco

lar.

” (1

3/06

/201

7)

“Nes

te d

ia f

izem

os a

lei

tura

do

livro

“E

duca

ção

Infa

ntil

– E

nfoq

ues

em d

iálo

gos,

cap

. 8 –

Ide

ntid

ades

Étn

ico-

Rac

iais

, Inf

ânci

a A

fro-

Bra

sile

ira

e P

rátic

as

Esc

olar

es.

Pag

139

. E

sta

leitu

ra t

raz

uma

refl

exão

sob

re a

rel

ação

das

Ide

ntid

ades

étn

ico

-rac

iais

com

as

prát

icas

esc

olar

es c

om a

s cr

ianç

as e

sob

re c

omo

essa

s pr

átic

as s

e re

flet

em n

a ex

pres

são

e na

s vi

vênc

ia d

as i

dent

idad

es d

essa

s cr

ianç

as c

om f

oco

nas

refe

rênc

ias

iden

titá

rias

de

cria

nças

afr

o-br

asile

iras

, co

m b

ase

em f

ragm

ento

s do

s da

dos

e da

s in

terp

reta

ções

est

abel

ecid

as n

o es

paço

-tem

po d

a pe

squi

sa.

Foca

liza

a fo

rma

com

o as

cri

ança

s, c

om o

s an

os

inic

iais

de

esco

lari

dade

viv

enci

am e

rep

ensa

m s

uas

iden

tida

des

étni

co-r

acia

is e

com

o as

prá

tica

s e

os a

rtef

atos

did

átic

os-p

edag

ógic

os c

ontr

ibue

m (

ou n

ão)

para

ess

a vi

vênc

ia”.

(28

/11/

2017

) “N

esta

dat

a le

mos

o t

exto

“A

sex

ualid

ade

da c

rian

ça e

a in

fluê

ncia

na

conc

epçã

o de

hom

em e

mul

her

na f

orm

a de

edu

car”

– D

olor

es M

arti

ns B

osa

e T

ania

M

aria

Pet

erle

. A

sex

ualid

ade

e pa

rte

esse

ncia

l na

vid

a do

ser

hum

ano,

tor

nand

o-s

e fu

ndam

enta

l no

seu

des

envo

lvim

ento

. U

m d

os g

rand

es d

esaf

ios

da

Page 242: Karin Patricia Oliveira

90

soci

edad

e at

ual é

com

o tr

abal

har

esse

ass

unto

com

as

cria

nças

de

form

a na

tura

l sem

aca

rret

ar p

ara

o fu

turo

mar

cas

e co

ncei

tuaç

ões

dist

orci

das

de h

omem

e

mul

her.

O g

rand

e de

safi

o é

trab

alha

r o

tem

a se

xual

idad

e co

m a

s cr

ianç

as n

a es

cola

e n

a fa

míl

ia.

O t

rata

men

to d

essa

que

stão

e a

for

ma

com

o os

pai

s fo

ram

cri

ados

em

soc

ieda

des

patr

iarc

ais

onde

o h

omem

é f

igur

a pr

edom

inan

te e

det

ento

r do

pod

er d

a fa

míl

ia. O

utro

pro

blem

a é

o d

espr

epar

o po

r pa

rte

dos

prof

esso

res.

” (3

0/06

/201

7 –

repo

siçã

o re

fere

nte

à 21

/03/

2017

)

“Nes

te p

erío

do d

e es

tudo

rea

lizam

os u

m r

esga

te d

o “P

lano

de

ação

” de

201

6. Q

uest

ões

com

o, l

iter

atur

a, b

onec

os e

Her

óis

de m

atri

z af

rica

na f

oram

qu

estõ

es e

m q

ue f

omos

ava

liado

s de

for

ma

nega

tiva

, ob

serv

ando

nos

sos

estu

dos

no P

EA

, as

sim

com

o da

bio

graf

ia,

ao l

ongo

dos

est

udos

fom

os

dese

nvol

vend

o aç

ões

que

visa

vam

rev

erte

r es

sa r

ealid

ade.

Des

envo

lvem

os u

m p

roje

to a

vis

ita e

spec

ial

com

o bo

neco

s ne

gros

, no

qua

l os

pro

fess

ores

cr

iara

m u

ma

iden

tida

de p

ara

cada

um

del

es e

est

es b

onec

os s

ão l

evad

os p

ara

casa

. O

utra

ativ

idad

e de

senv

olvi

da f

oram

as

leitu

ras

da l

itera

tura

Afr

o.

Rea

lizam

os c

ontí

nuas

ses

sões

de

leitu

ra s

imul

tâne

a am

plia

ndo

o ro

l de

lend

as e

her

óis

negr

os.

Bon

ecas

neg

ras

fora

m c

ompr

adas

e b

rinc

adei

ras

afri

cana

s fo

ram

inco

rpor

adas

ao

noss

o di

a a

dia.

Mui

to s

e te

m f

eito

par

a m

inim

izar

situ

açõe

s de

pre

conc

eito

e d

iscr

imin

ação

, por

ém a

ind

a há

um

a lo

nga

cam

inha

da

a se

guir

, con

side

ra o

gru

po.”

(26

/05/

2017

– r

epos

ição

ref

eren

te à

15/

03/2

017)

) “O

gru

po s

e re

uniu

nes

sa d

ata

para

ela

bora

r o

cade

rno

de D

iálo

gos

do P

roje

to C

apoe

ira.

Dis

cuti

mos

e e

labo

ram

os c

omo

será

o d

esen

volv

imen

to d

as

etap

as d

o P

roje

to. C

ito a

baix

o al

gum

as:

- co

ntaç

ão d

a le

nda

da C

apoe

ira/

Mac

ulel

ê, –

Rod

a de

con

vers

a, –

Reg

istr

o –

dese

nho

diri

gido

, - S

ons

da c

apoe

ira

(ins

trum

ento

s m

usic

ais)

, -

Apr

ecia

ção

de o

bra

de a

rte

(cap

oeir

a),

- L

eitu

ra d

e lit

erat

ura

Afr

o, -

Apr

ecia

ção

da o

bra

do m

esm

o, -

Pro

jeçã

o da

s ob

ras

de

Rub

em V

alen

tini

, Ent

re o

utra

s...”

. (27

/09/

2017

)

R

egis

tros

ar

gum

enta

tivo

s

x

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s pa

utad

os

docu

men

tos

ofic

iais

2

“Ini

ciam

os a

nos

sa c

onve

rsa

com

dis

cuss

ão s

obre

os

desa

fios

do

curr

ícul

o in

tegr

ador

com

os

enfo

ques

dar

emos

pon

to d

e pa

rtid

a da

s in

icia

tiva

s pa

ra a

R

euni

ão P

edag

ógic

a. N

ão n

os e

sque

cend

o da

s pa

lavr

as q

ue n

os n

orte

iam

par

a qu

e po

ssam

os n

os u

tiliz

ar d

esse

s m

omen

tos

de t

roca

. “É

pre

ciso

dim

inui

r a

dist

ânci

a en

tre

o qu

e di

z e

o qu

e se

faz

até

que

num

dad

o m

omen

to, a

tua

fala

sej

a a

tua

prát

ica”

. Pau

lo F

reir

e.”

(25/

04/2

017

)

“Lei

tura

dos

ind

icad

ores

, m

ais

espe

cifi

cam

ente

a d

imen

são

5 qu

e tr

ata

espe

cifi

cam

ente

das

Rel

açõe

s É

tnic

o-R

acia

is e

de

Gên

ero.

Ond

e se

abr

ange

a

iden

tida

de n

as U

nida

des

de E

duca

ção

Infa

ntil

nas

dive

rsas

açõ

es,

expe

riên

cias

e n

as r

elaç

ões

esta

bele

cida

s co

tidia

nam

ente

em

rec

onhe

cer

o pa

pel

fund

amen

tal d

a ed

ucaç

ão n

o qu

e ta

nge

ao r

acis

mo

e se

xism

o. E

stud

os r

evel

am q

ue a

s cr

ianç

as p

erce

bem

as

dife

renç

as s

ejam

ela

s ra

ciai

s e/

ou d

e gê

nero

ai

nda

que

pequ

enas

mas

o r

efor

ço n

egat

ivo

vai

depe

nder

das

inf

orm

açõe

s qu

e re

cebe

m d

entr

o e

fora

do

ambi

ente

edu

caci

onal

. C

omo

os p

onto

s em

qu

estã

o so

bre:

cur

rícu

lo e

prá

tica

ped

agóg

ica,

rel

acio

nam

ento

s e

atitu

des

e co

nstr

ução

pos

itiv

a da

ide

ntid

ade/

atua

ção

dos

pro

fiss

iona

is.

Com

iss

o a

com

unid

ade

esco

lar

deve

inv

estig

ar e

ref

leti

r so

bre

com

o o

raci

smo

tem

se

perp

etua

do n

o es

paço

edu

caci

onal

e c

omo

são

valo

riza

das

e re

pres

enta

das

as

dife

rent

es p

opul

açõe

s ne

gras

, ind

ígen

as, b

ranc

as e

imig

rant

es e

, des

te m

odo

cons

trui

r ca

min

hos

que

orie

ntem

a f

azer

e o

pen

sar

da e

duca

ção

para

que

est

a se

ja, e

feti

vam

ente

par

a to

dos”

. (17

/05/

2017

)

“Ini

ciam

os e

ste

perí

odo

de e

stud

o as

sist

indo

o v

ídeo

”Id

entid

ade,

Sex

ualid

ade

e G

êner

o na

esc

ola

do C

anal

Fut

ura,

o v

ídeo

res

gata

a m

atér

ia d

a R

evis

ta

Nov

a E

scol

a qu

e re

lato

u a

hist

ória

de

uma

cria

nça

men

ino

ingl

esa

que

foi e

xpul

sa d

a es

cola

por

se

cara

cter

izar

e c

ompo

rtar

com

o m

enin

a, o

que

leva

um

qu

estio

nam

ento

: E

scol

a é

luga

r de

se

trab

alha

r o

tem

a G

êner

o? N

este

diá

logo

des

taca

-se

a im

port

ânci

a do

bri

ncar

e d

e se

obs

erva

r as

bri

ncad

eira

s da

s cr

ianç

as p

ara

pode

r in

terv

ir e

m s

ituaç

ões

de p

reco

ncei

to. N

este

sen

tido

a fo

rmaç

ão d

ocen

te é

impo

rtan

te p

ara

que

este

pos

sa a

gir

de f

orm

a m

ais

adeq

uada

se

m e

ster

eótip

os o

u de

sres

peita

r se

us a

luno

s. A

esc

ola

é um

esp

aço

polít

ico

de li

berd

ade

para

se

trat

ar a

ssun

tos

que

agri

dam

os

dire

itos

de q

uem

que

r qu

e se

ja. O

utra

dis

cuss

ão q

ue f

oi d

iscu

tida

foi u

m e

pisó

dio

ocor

rido

no

Rio

de

Jane

iro,

no

Col

égio

Ped

ro I

I em

que

um

alu

no f

oi i

mpe

dido

de

entr

ar n

a es

cola

de

sai

a e

em s

egui

da o

s de

mai

s al

unos

pro

mov

eram

um

sai

aço

e re

vert

eram

a i

mpo

siçã

o, d

e nã

o se

usa

r sa

ia (

men

inos

) po

r m

eio

da r

esis

tênc

ia, e

tam

bém

o

fato

de

duas

alu

nas

tere

m s

e be

ijado

den

tro

do c

olég

io. N

o ví

deo

é ou

vido

tam

bém

um

a al

una

dest

e co

légi

o qu

e de

stac

a a

impo

rtân

cia

da e

scol

a se

r e

se

reco

nhec

er c

omo

uma

exte

nsão

da

soci

edad

e e

que

port

anto

não

se

pode

fec

har

os o

lhos

par

a es

ta r

ealid

ade.

Ao

fina

l o g

rupo

deb

ateu

sob

re o

tem

a E

scol

a

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s pa

utad

os f

onte

s di

vers

as 4

Page 243: Karin Patricia Oliveira

91

sem

par

tido

e d

esta

cou

a im

port

ânci

a da

Esc

ola

Cid

adã

que

deve

ens

inar

sob

re o

s di

reito

s do

s al

unos

e c

omun

idad

e.”

(04/

04/2

017)

“I

nici

amos

o v

ídeo

sob

re d

irei

tos

hum

anos

: Int

imid

açõe

s “V

iver

dir

eito

s hu

man

os n

a es

cola

” pr

even

ção

da v

iolê

ncia

. For

am c

olo

cado

s no

iníc

io r

elat

os d

e vi

são

sobr

e o

que

viol

am o

s di

reito

s hu

man

os n

a es

cola

. A

s ex

pect

ativ

as q

ue o

s ed

ucad

ores

tem

sob

re a

vio

lênc

ia,

bull

ing,

des

resp

eito

na

esco

la c

om o

s pr

ofes

sore

s. N

o ví

deo

vári

as s

ituaç

ões

dive

rsif

icad

as e

m r

elaç

ão à

seu

s di

reito

s fo

ram

col

ocad

os e

m x

eque

, pa

ra q

ue s

aiba

mos

lid

ar c

om t

oda

essa

pr

oble

mát

ica.

Do

mes

mo

mod

o qu

e os

pro

blem

as v

ão s

urgi

ndo,

as

solu

ções

dev

em c

orre

spon

der

e so

mar

as

noss

as e

xpec

tati

vas.

Com

iss

o as

po

ssib

ilida

des

de m

elho

ra v

em d

e en

cont

ro c

om e

ssa

expe

ctat

iva

de q

ue c

ada

educ

ador

vem

com

o m

eta

para

o c

resc

imen

to i

ntel

ectu

al,

psic

ológ

ico

e m

oral

.” (

06/0

6/20

17)

“N

esta

dat

a as

sist

imos

o v

ídeo

dos

rit

mos

e m

anif

esta

ções

afr

o-br

asile

iras

– M

acul

elê

Suc

ena.

Foi

mos

trad

o um

gru

po d

a re

gião

sul

, qu

e ap

rese

ntav

a o

mac

ulel

ê co

m m

uita

em

polg

ação

, rit

mos

e s

incr

onis

mo

surp

reen

dent

e. L

ogo

em s

egui

da a

ssis

tim

os u

m v

ídeo

dos

mes

mos

par

ticip

ante

s só

que

ago

ra c

om

facõ

es, a

cred

ita-s

e qu

e a

infl

uênc

ia n

ão s

eja

afri

cana

, poi

s nã

o é

bem

ace

ita p

ela

com

unid

ade

afri

cana

os

facõ

es. N

o sa

mba

coc

o a

infl

uênc

ia n

orde

stin

a é

bem

mar

cado

pel

os in

stru

men

tos

e ri

tmo

acel

erad

o e

cont

ínuo

.” (

23/0

8/20

17)

“N

esta

dat

a as

sist

imos

o v

ídeo

: “T

orpe

do”

onde

foi

rel

atad

o um

a si

tuaç

ão d

e du

as m

enin

as q

ue e

stão

tend

o um

rel

acio

nam

ento

, for

am d

esco

bert

as p

or u

m

grup

o de

alu

nos

da e

scol

a, f

icar

am e

xpos

tas

pera

nte

o gr

upo

colo

cada

s em

situ

ação

vex

atór

ia. M

as n

a co

nclu

são

do g

rupo

fic

ou r

elat

ado

que

as d

ifer

ença

s te

m q

ue s

er t

raba

lhad

as e

aci

ma

de t

udo

acei

to. N

o se

gund

o fi

lme

cham

ado:

“M

edo

de q

uê?”

ond

e os

con

flito

s de

ger

ação

, ond

e co

rres

pond

e a

post

ura

de

prec

once

ito.

O v

ídeo

nos

tro

uxe

mui

tas

refl

exõe

s po

is o

pon

to d

e vi

sta

dess

a vi

são

nos

rem

ete

ao p

onto

de

vist

a pr

econ

ceitu

oso

da n

ossa

soc

ieda

de.”

(1

1/04

/201

7)

Fon

te:

Ela

bora

do c

om b

ase

nos

dado

s co

leta

dos.

N

ota:

(x)

indi

ca z

ero

Con

tinu

a

Page 244: Karin Patricia Oliveira

92

Tip

os d

e re

gist

ros

elab

orad

os p

elos

pro

fess

ores

– a

no le

tivo

201

8

Tip

os d

e re

gist

ro-

2018

C

onte

údos

do

regi

stro

Reg

istr

os

tran

scri

tivo

s

“Nes

ta d

ata

real

izan

do a

s at

ivid

ades

dos

pro

jeto

s (e

labo

raçã

o) a

ser

em d

esen

volv

idos

. P

rofª

A:

6A m

anhã

– T

ema:

Inv

estig

ando

a v

ida

da C

alop

sita

po

r m

eio

das

TIC

S.

Per

gunt

a: P

or q

ue v

ocês

ach

am q

ue a

Cal

opsi

ta v

eio

para

r no

Par

que?

Pro

f. B

: 6B

man

hã –

Tem

a: A

her

ança

ind

ígen

a in

flue

ncia

ndo

as d

ifer

ente

s cu

ltura

s no

Bra

sil.

Per

gunt

a: O

que

sab

emo

s so

bre

os í

ndio

s?.

Pro

f. C

: 6C

tar

de –

Tem

a: A

con

stru

ção

da i

dent

idad

e da

cr

ianç

a na

per

ifer

ia p

or m

eio

da “

Art

e”.

Per

gunt

a: F

unk,

por

que

não?

Pro

f. D

: 5B

tar

de –

Tem

a: B

ichi

nhos

do

Jard

im.

Per

gunt

a: P

ara

onde

vão

as

form

igas

? A

par

tir d

isso

dar

emos

a c

onst

ruçã

o do

s no

ssos

pro

jeto

s qu

e na

scem

do

inte

ress

e da

s cr

ianç

as”.

(10

/04/

2018

)

“No

enco

ntro

de

hoje

a c

oord

enad

ora

peda

gógi

ca o

rien

tou

cada

pro

fess

ora

a da

r co

ntin

uida

de à

ela

bora

ção

da d

ocum

enta

ção

peda

góg

ica

de s

eu

trab

alho

com

pro

jeto

, po

is e

ssa

docu

men

taçã

o se

rá a

pres

enta

da n

o di

a 03

/07

e o

horá

rio

do P

EA

tam

bém

é d

esti

nado

par

a to

das

as a

tivi

dade

s qu

e o

envo

lvam

, com

o, p

or e

xem

plo,

a e

labo

raçã

o da

doc

umen

taçã

o pe

dagó

gica

dos

pro

jeto

s de

cad

a pr

ofes

sora

”. (

13/0

6/20

18)

O

pri

mei

ro e

ncon

tro

do P

EA

201

8 ab

riu

a co

nver

sa s

obre

qua

l se

rá o

tem

a do

PE

A.

A c

oord

enad

ora

peda

gógi

ca o

uviu

as

prof

esso

ras

sobr

e co

mo

fora

m o

s P

EA

S d

os ú

ltim

os a

nos

e qu

ais

fora

m o

s as

sunt

os e

stud

ados

. As

prof

esso

ras

com

part

ilhar

am c

om a

coo

rden

ador

a qu

ais

fora

m a

s su

gest

ões

de

tem

as p

ara

estu

do t

irad

os n

a av

alia

ção

fina

l do

PE

A 2

017:

mús

ica

e br

inca

deir

as m

usic

adas

; em

pode

ram

ento

fem

inin

o; d

ifer

ença

s d

as r

egiõ

es

bras

ileir

as;

brin

cade

iras

e m

ídia

s/te

cnol

ogia

. D

iant

e do

exp

osto

pel

as p

rofe

ssor

as a

coo

rden

ador

a su

geri

u o

estu

do d

o te

ma

“Ped

agog

ia d

e P

roje

tos”

co

mo

um a

greg

ador

dos

tem

as s

uger

idos

pel

as p

rofe

ssor

as.

O t

ema

da p

edag

ogia

de

proj

etos

per

mite

o t

raba

lho

com

div

erso

s te

mas

e p

ode

traz

er

cont

ribu

içõe

s si

gnif

icat

ivas

par

a o

curr

ícul

o da

edu

caçã

o in

fant

il. A

s pr

ofes

sora

s co

nco

rdar

am c

om a

sug

estã

o e

fico

u co

mbi

nado

que

a c

oord

enad

ora

apre

sent

ará

suge

stõe

s de

bib

liogr

afia

no

próx

imo

enco

ntro

”. (

06/0

2/20

18)

“N

o en

cont

ro d

e ho

je c

onve

rsam

os s

obre

a n

eces

sida

de d

e se

doc

umen

tar

o pr

oces

so q

ue c

ada

prof

esso

ra te

m v

ivid

o em

sua

tur

ma,

no

que

diz

resp

eito

ao

tra

balh

o co

m p

roje

tos.

Ent

ende

mos

que

é i

mpo

rtan

te s

elec

iona

r e

orga

niza

r os

reg

istr

os q

ue c

ada

prof

esso

ra t

em d

e su

a tu

rma,

rel

ativ

os à

s at

ivid

ades

do

trab

alho

com

pro

jeto

s. F

icou

com

bina

do q

ue c

ada

prof

esso

ra v

ai o

rgan

izar

a d

ocum

enta

ção

peda

gógi

ca d

o pr

ojet

o de

sua

tur

ma,

no

horá

rio

do P

EA

, at

é o

fina

l de

jun

ho.

Des

taca

mos

que

mes

mo

que

o pr

ojet

o nã

o te

nha

sido

fin

aliz

ado,

a p

rofe

ssor

a va

i or

gani

zar

a do

cum

enta

ção

peda

gógi

ca a

té a

últ

ima

ativ

idad

e re

aliz

ada

com

/pel

as c

rian

ças.

A d

ocum

enta

ção

peda

gógi

ca d

o pr

ojet

o po

de c

onte

r os

seg

uint

es t

ipos

de

regi

stro

s: *

áu

dio,

víd

eo,

foto

s da

s cr

ianç

as n

as a

tivi

dade

s; *

Des

enho

s/re

gist

ros

das

cria

nças

; *

regi

stro

s es

crito

s: r

efle

xivo

s e/

ou d

escr

itiv

os.

A d

ocum

enta

ção

peda

gógi

ca d

o pr

oje t

o po

de s

er o

rgan

izad

a da

s se

guin

tes

form

as: *

víd

eo (

por

mei

o do

(M

ovie

Mak

er)

* Po

rtfó

lio (

past

a, c

ader

no, o

utro

s, e

tc)

* D

iári

o de

Bor

do”.

(29

/05/

2018

)

“N

o en

cont

ro d

e ho

je c

onti

nuam

os a

ref

lexã

o de

ont

em e

acr

esce

ntam

os a

lgum

as i

nfor

maç

ões.

..(...

) N

ossa

ref

lexã

o pe

rpas

sou

o en

tend

imen

to d

e qu

e os

qua

tro

proj

etos

apr

esen

tado

s on

tem

não

são

pro

jeto

s, m

as s

im “

ativ

idad

e pe

rman

ente

” ou

“se

quên

cia

didá

tica

”.”

(01/

08/2

018)

Lev

ando

em

con

side

raçã

o as

con

trib

uiçõ

es e

dif

eren

tes

expe

ctat

ivas

de

apre

ndiz

agem

na

Edu

caçã

o In

fant

il qu

e os

est

udos

do

Pea

nos

pro

porc

iono

u av

ança

rmos

na

Ped

agog

ia d

e P

roje

tos

e na

s no

ssas

ref

lexõ

es c

olet

ivas

, ou

sej

a, c

om o

gru

po, d

ecid

imos

que

dar

emos

con

tinu

idad

e pa

ra e

sses

est

udos

co

m o

bjet

ivo

mai

s ci

entí

fico

e d

e pe

squi

sas,

bus

cand

o ex

plor

ar m

ais

prof

unda

men

te:

as m

ídia

s, a

s re

des

soci

ais,

pes

quis

as d

e ca

mpo

, do

ento

rno

e da

co

mun

idad

e co

mo

um t

odo,

dan

do v

oz a

o pr

otag

onis

mo

da c

rian

ça”.

(27

/11/

2018

)

Page 245: Karin Patricia Oliveira

93

Nes

te e

ncon

tro

refl

etim

os s

obre

as

cont

ribu

içõe

s da

ped

agog

ia d

e pr

ojet

os p

ara

o C

urrí

culo

da

Edu

caçã

o In

fant

il. O

gru

po a

cred

ita q

ue o

tra

balh

o da

pe

dago

gia

de p

roje

tos

cont

ribu

iu s

igni

fica

tiva

men

te p

ara

a co

nstr

ução

do

curr

ícul

o da

edu

caçã

o in

fant

il, p

ois

subl

inha

o p

apel

da

cria

nça

com

o pr

otag

onis

ta d

o se

u de

senv

olvi

men

to e

de

sua

apre

ndiz

agem

e g

aran

tiu q

ue o

olh

ar e

as

idei

as e

as

hipó

tese

s so

bre

o m

undo

gan

hass

em v

isib

ilid

ade.

A

lém

, de

prop

or u

ma

refl

exão

mai

or s

obre

o n

osso

pro

jeto

pol

ític

o pe

dagó

gico

a f

im d

e as

segu

rar

que

a es

cuta

infa

ntil

se f

aça

pres

ente

dur

ante

todo

o

tem

po e

m q

ue e

la e

stiv

er e

m n

ossa

Uni

dade

Esc

olar

”. (

13/1

1/20

18)

R

egis

tros

ar

gum

enta

tivo

s

“ “N

o es

tudo

de

hoje

o g

rupo

fez

um

res

gate

em

alg

uns

pont

os im

port

ante

s na

leitu

ra d

o C

apítu

lo 4

“P

roje

tual

idad

e em

dif

eren

tes

tem

pos:

na

Esc

ola

e S

ala

de A

ula”

, de

vido

ao

perí

odo

de g

reve

em

que

fic

amos

aus

ente

s. D

entr

o de

sta

leitu

ra f

oram

obs

erva

dos

algu

ns a

spec

tos

impo

rtan

tes

no n

osso

pr

ópri

o pr

ojet

o, o

Pro

jeto

Pol

ític

o P

edag

ógic

o, c

omo

ele

está

est

rutu

rado

e a

im

port

ânci

a do

pro

jeto

ser

obj

etiv

o e

coes

o. O

gru

po d

ialo

gou

sobr

e a

impo

rtân

cia

da c

onst

ruçã

o do

s pl

anej

amen

tos

que

seja

m d

e fa

to c

olet

ivo

e co

mo

este

pro

jeto

exp

rim

e a

real

idad

e da

sal

a de

aul

a. O

utro

fat

or

impo

rtan

te d

iscu

tido

foi

o t

raba

lho

com

as

data

s co

mem

orat

ivas

e c

omo

esta

s pr

ecis

am s

er c

onte

xtua

lizad

as e

sig

nifi

cati

vas.

Ser

á m

esm

o qu

e pr

ecis

amos

de

ativ

ism

os,

de a

trop

elam

ento

s de

ati

vida

des

e pr

ojet

os p

ara

gara

ntir

as

mui

tas

dem

anda

s “c

omer

ciai

s ou

de

ansi

edad

e da

s fa

míl

ias”

? O

gr

upo

cons

ider

a qu

e nã

o! P

reci

sam

os a

mpl

iar

noss

os c

onhe

cim

ento

s so

bre

este

tem

a e

assi

m r

efle

tir

sobr

e o

que

é si

gnif

icat

ivo

ou

não

para

as

cria

nças

”. (

28/0

3/20

18)

R

egis

tros

tr

ansc

riti

vos

paut

ados

do

cum

ento

s of

icia

is

“Nes

ta d

ata

lem

os o

cap

ítul

o 8

do C

urrí

culo

da

Cid

ade

de S

ão P

aulo

Edu

caçã

o In

fant

il. 8

- O

cot

idia

no v

ivid

o e

refl

etid

o. Q

uand

o pe

nsam

os n

o co

tidia

no, n

ão p

odem

os d

eixa

r de

con

side

rar

o te

mpo

, o e

spaç

o, o

mat

eria

l, e

as c

once

pçõe

s pe

dagó

gica

s, a

org

aniz

ação

dos

pro

fess

ores

e d

as c

rian

ças,

a

part

ir d

e um

con

ceito

de

cria

nça

e de

infâ

ncia

. Tra

balh

ar c

om p

roje

tos

peda

gógi

cos

emer

ge c

omo

uma

poss

ibil

idad

e m

etod

ológ

ica

ness

a pe

rspe

ctiv

a,

part

indo

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29/0

6/20

18 –

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1/03

/201

8)

Font

e: E

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