Karl Marx e a Religião - Cópia

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Os grandes socilogos Karl Marx

Denise nascimentoOs grandes socilogos Karl Marx1Karl MarxProcurou dar cunho cientfico luta por uma sociedade socialista.Para tanto seria necessrio descobrir as contradies da sociedade moderna que ele denomina capitalista.Marx sofreu influncia de Saint Simon, mas tambm de Friedrich Hegel, Jean Jacques Rousseau e transformou todas essas influncias em um sistema de pensamento prprio, poderoso ideologicamente chamado Marxismo.Marx era apaixonado por igualdade e justia.2Karl MarxMarx no foi somente um pensador, suas idias se envolvem e ajudam a mudar a histria do mundo.Marx no foi um escritor ou um professor, foi um revolucionrio.Marx e Engels partem de uma constatao simples: a histria de todas as sociedades a histria da luta de classes.As idias das classes dominantes, so sempre as idias das classes dominantes, sendo at compartilhadas pelas classes dominadas.3Karl MarxSempre houve luta de classes: escravos e fazendeiros, senhor feudal e feudos, industrial capitalista e proletariado, patro e empregado.A sociedade capitalista tambm marcada pelos antagonismos de classe.Em sua obra O CAPITAL Marx mostrou que o segredo da explorao est no trabalho assalariado, o chamado lucro ou trabalho no pago.

4Karl MarxAs idias desenvolvidas pelos homens no so inocentes e neutras. So armas polticas. As idias servem para manter ou mudar uma situao de explorao e dominao.O estado e a poltica tambm no so neutros. Servem classe dominante.Para Marx era ento necessrio mobilizar a classe operria para lutar contra a classe dominante e o estado e tomar o poder.5A metfora de Marx a metfora do edifcioMetfora: emprego da palavra em sentido figuradoA base e a estrutura: na produo social de sua vida, os homens contraem determinadas relaes de produo que correspondem a uma determinada fase de desenvolvimento das suas foras produtivas materiais. O conjunto dessas relaes de produo forma a estrutura econmica da sociedade. A base real sobre a qual se levanta a superestrutura jurdica e poltica e qual correspondem determinadas formas de conscincia social.6A base e a superestruturaNo a conscincia do homem que determina o seu ser mas, pelo contrrio, o seu ser que determina a conscincia.O edifcio, ou seja, a vida social para Karl Marx se estrutura da seguinte forma:1- a infra-estrutura primeiro andar, alicerce estrutura econmica2- formas polticas e jurdicas segundo andar3- formas de conscincia social ideologia terceiro andar7O pensamento e a baseOs homens se comportam desta ou daquela maneira no por que possuem este ou aquele pensamento. Pelo contrrio, suas idias, pensamentos, aes decorrem desta ou daquela maneira por que atendem s suas necessidades materiais.Se voc pretende ento conhecer algum de qualquer poca deve primeiro conhecer e decifrar suas relaes de produo. O que isso? Saber qual atividade econmica desenvolvida na comunidade ou sociedade; quem trabalha e quem no trabalha, quem trabalha para quem, que ferramentas ou tecnologias utilizam, como se d a diviso social do trabalho. Somente depois que o pesquisador vai olhar como esses homens pensam e atendem s suas necessidades polticas. 8A alienao e a religio9"O fundamento da crtica irreligiosa : o homem cria a religio; no a religio que cria o homem. E a religio , bem entendido, a autoconscincia e o auto-sentimento do homem que ainda no senhor de si mesmo ou que j voltou a perder-se (. ..) A religio o soluo (o suspiro) da criatura oprimida, o corao de um mundo sem corao, o esprito de um estado de coisas carente de esprito. A religio o pio do povo. A abolio da religio enquanto felicidade ilusria do povo uma exigncia que a felicidade real formula. Exigir que renuncie s iluses acerca da sua situao exigir que renuncie a uma situao que precisa de iluses. A crtica da religio pois, em germe, a crtica deste vale de lgrimas de que a religio a aurola.A alienao e a religio10Marx considera que a religio uma forma de alienao. Nela verifica-se a fractura entre o mundo concreto e um mundo ideal, entre o mundo em que o homem vive e o mundo em que ele desejaria viver. Por que razo surge esse mundo ideal? Marx diz que o mundo celeste o resultado de um protesto da criatura oprimida contra o mundo em que vive e sofre. Ou seja, procura-se um refgio no mundo divino porque o mundo em que o homem vive desumano. Num mundo em que "o homem o lobo do homem", no h "famlia humana", o homem no se sente neste mundo como em sua casa.A procura de uma famlia celeste deve-se perda da famlia terrestre, separao do homem do seu semelhante. A alienao e a religio11So essencialmente as degradantes condies materiais de vida, a explorao do homem pelo homem, com o consequente desprezo pela vida humana, que levam o homem a sentir-se rfo na terra e a procurar um pai no cu.O mundo religioso, o "Reino de Deus", no tem consistncia prpria, no verdadeiramente real. um "reflexo" de degradantes condies materiais de vida, da opresso da grande maioria dos homens por outros. a "flor imaginria" que decora os grilhes que oprimem os explorados; o "suspiro" de quem se v degradado na sua humanidade, transformado em objecto e mquina produtiva que quanto mais enriquece os exploradores mais se empobrece a si mesmoA alienao e a religio12Segundo Marx, da religio o homem no pode esperar a sua libertao e emancipao. Ela um "sintoma" da desumanidade do mundo dos homens e no o remdio para esse mal. Mais do que isso, ela um "pio", um produto txico, que entorpece, aliena e enfraquece porque a esperana de consolao e de prometida justia no "outro mundo" transforma o explorado e oprimido num ser resignado, tende a afast-lo da luta contra as causas reais do seu sofrimento.Marx sempre considerou a religio como uma super - estrutura, uma dimenso que reflete e condicionada pela infra-estrutura de uma determinada sociedade, ou seja, pelo modo como se verificam as relaes entre os homens no processo econmico ou produtivo.A alienao e a religio13Ora, segundo Marx, as ideias dominantes (religiosas, filosficas, morais, etc.) so o reflexo ou, pelo menos, so condicionadas pelos interesses econmicos da classe materialmente dominante. Assim, a religio um instrumento que, apesar de apelar benevolncia dos poderosos, ao apresentar o Cu como lugar da justia e da compensao, justifica o estado de coisas existentes, o domnio de uma classe sobre outra. A iluso de um mundo transcendente e justo serve para que as injustias se perpetuem na sociedade humana. Por isso, segundo Marx, no basta criticar a religio: preciso no s criticar a raiz material (a alienao do trabalho, a explorao econmica) da alienao religiosa, como tambm eliminar revolucionariamente as condies de misria terrestre das quais deriva a necessidade do "mundo celeste". Atacar diretamente a misria terrestre (a alienao econmica) destruir indiretamente a necessidade do mundo celeste.

Karl Marx e as mudanas nas sociedades Para Marx, para modificarmos uma sociedade necessrio no mudar a cabea dos homens primeiro, mas sim suas relaes de produo, o sistema de produo, as formas de propriedade e de trabalho.Ser que isso funciona?14Karl Marx e o conflito socialA dominao econmica no a nica mas a principal para Karl MarxA dominao poltica e a ideolgica so conseqncias da dominao econmica. Ento a religio seria dominada pelo poder econmico.Para Marx as aes mais significativas no so as individuais, mas dos grupos em luta pela dominao.Esses grupos Marx chamou de classes sociais. Nas classes sociais os indivduos podem no se conhecerem entre si mas se reconhecem pelos interesses que compartilham.Ento as aes individuais no tem peso, somente as aes coletivas, ou seja, de classe. Assim sendo, para Marx, a classe social molda o indivduo. 15As idias so ideolgicasA metfora do edifcio deixa espao reduzido para as idias, a vida espiritual e os valores.Os homens fabricam idias de acordo com seus interesses materiais e sua condio de classe. Essas idias pretendem a dominao.Dizer que as idias so ideolgicas significa atribuir-lhes um valor no de verdade, mas de dimenso de poder e de dominao.16Denise NascimentoObrigada!17