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O e suas características som Kátia Renner IESDE Brasil S.A. Curitiba 2012

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Oe suas

característicassom

Kátia Renner

IESDE Brasil S.A.Curitiba2012

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AutoraKátia Renner

R 414c Renner, Kátia. / Cultura Musical: O Som e Suas Características. / Kátia Renner. – Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2012.

48 p. [Fascículo 01 – Projeto SAE].

ISBN: 978-85-387-1859-8

1. Cultura Musical. 2. Som – características. 3. Partituras. I. Título

CDD: 780.5

© 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR 0800 708 88 88 – www.iesde.com.br

Todos os direitos reservados.

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SumárioO som ..................................................................04

Uma aventura sonora para chegar à nossa percepção ..... 04

Olhos de ver, ouvidos de ouvir ...................................... 06

O som que podemos ouvir ............................................ 08

Ondas sonoras ............................................................... 10

Sons naturais e sons mecânicos ..................................... 12

Envoltória Sonora ou Envelope Sonoro ........................ 17

Impedância ................................................................... 19

O ruído ................................................................20

Silêncio ................................................................24

O mecanismo da audição: o som chegando ao nosso cérebro ..................................26

Como se dá o processo da audição? ............................... 28

Ouvido externo ............................................................. 29

Ouvido médio ............................................................... 30

Ouvido interno ............................................................. 35

Órgão de Corti ............................................................. 37

Curiosidades ........................................................40

Instrumentos desconhecidos ................................42

Referências ..........................................................45

Anotações ............................................................47

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Uma aventura sonora para chegar à nossa percepção

Você já reparou como estamos imersos em sons pro-porcionados pela natureza – como os sons dos pássaros, de animais diversos, da chuva, do vento, do trovão, da cachoeira, do mar e tantos outros? Mas na cidade tam-bém estamos cercados de sons, que se fundem, dispu-tam espaços e compõem, junto com os ruídos, novas estruturas acústicas.

O som

Cultura Musical4

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Inicialmente, o ser humano buscou contato com seu ambiente procurando imitar os sons ouvidos, capturar seus signi�cados, dialogar com esses elementos por meio do canto e dos ritmos percutidos e sonorizados em instrumen-tos improvisados. Era importante cantar para chamar a chuva ou agradecer a colheita, assim como para orga-nizar as tarefas e atividades. A música associou-se à vida cotidiana, dando amplitude ao pensamento e se impregnando de signi�cados.

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Olhos de ver, ouvidos de ouvir

Diferentemente dos outros órgãos dos senti-dos, nossos ouvidos estão expostos e vulneráveis: os olhos podem ser fechados quando quisermos, já os ouvidos, não – eles estão sempre abertos. Os olhos focalizam de acordo com a nossa vontade, mas os ouvidos captam todos os sons em todas as dire-ções. A experiência auditiva está sempre buscando identi�car a natureza dos sons e de onde provêm os sons. Localizar é a preocupação básica das partes mais primitivas do cérebro auditivo. Quase toda nossa experiência auditiva se volta para identi�car as coisas, a natureza dos sons e de que lugar eles provêm.

O estímulo visual é diretamente percebido como, por exemplo, um raio de luz. Na audição, entretan-to, os sons vêm de todas as direções, afunilando-se para dentro de um estreito canal do ouvido, todos se aproximando do tímpano pelo mesmo ângulo, argu-menta Jourdain (1998).

6 Cultura Musical

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Visão

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O som que podemos ouvir

O som que podemos ouvir é resultado de uma energia que se propaga em ondas e é proveniente das vibrações de corpos elásticos. Esses sons são gera-dos por instrumentos que podem vibrar (movimento de vaivém) como, por exemplo, uma corda, uma pele de tambor, uma coluna de ar. As vibrações desses materiais são transmitidas por meios elásticos, chamados assim por-que se deformam com a passagem da onda sonora. Depois disso, eles se restauram e voltam à sua forma original.

Quando um objeto vibra na atmosfera, ele movimenta partículas de ar ao seu redor. O ar leva essas vibrações por meio de ondas sonoras, espalhando-as em todas as dire-ções. As partículas de ar se espalham e vão colidir com outras que estão próximas, empurrando-as, e assim sucessivamente, produzindo a propagação sonora. Quando chegam até nós, elas causam variações no ouvido, estimulando determinados nervos a transmi-tirem impulsos elétricos que são interpretados pelo cére-bro como som. Portanto, os sons são sensações que chegam aos nossos ouvidos por meio de ondas sonoras.

O som que podemos ouvir

som que podemos ouvir é resultado de uma energia que se propaga em ondas e é proveniente das vibrações de corpos elásticos. Esses sons são gera-dos por instrumentos que podem vibrar (movimento de vaivém) como, por exemplo, uma corda, uma pele de tambor, uma coluna de ar. As vibrações

meios elásticos, chamados assim por-que se deformam com a passagem da onda sonora. Depois disso,

Quando um objeto vibra na atmosfera, ele movimenta partículas de ar ao seu redor. O ar leva essas vibrações por meio de ondas sonoras, espalhando-as em todas as dire-ções. As partículas de ar se espalham e vão colidir com outras que estão próximas, empurrando-as, e assim sucessivamente, produzindo a propagação sonora. Quando chegam até nós, elas causam variações no ouvido, estimulando determinados nervos a transmi-tirem impulsos elétricos que são interpretados pelo cére-bro como som. Portanto, os sons são sensações que chegam

Os sons são sensações que

chegam aos nossos ouvidos por meio de

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Cultura Musical8

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Ao contrário, quando ouvimos sons de objetos caindo e quebrando, as vibrações produzem uma mistura confusa de ondas sonoras com alturas inde�nidas, expressas em um emaranhado, o qual de�nimos como ruído. No entanto, muitos instru-mentos de percussão – como caixa-clara, pratos, tamborins e outros, que produzem vibrações irregulares – são importantes para a música, a�rma Bennett (1987).

(BEN

NET

T, 1

987,

p.7

)

Ex. 1

Ex. 2

Ex. 1: som musical

Ex. 2: ruído

Representamos o som como uma onda, o que signi�ca que ele ocorre no tempo de forma periódica e com certa frequência. O sinal do movimento de impulso (partida) e de repouso (queda) passa através da matéria (elástica), modi�ca-a e registra rapidamente o desenho da onda, ensina-nos Wisnik (1989), como na �gura da onda senoidal.

Frequência

Tempo

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(SER

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2002

, p. 3

– R

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.)

Imagem da onda senoidal, que serve para descrever o comportamento do som. Uma onda sonora propaga-se através do espaço ou através de outros meios (gasoso, líquido ou sólido) em uma frequên-cia que os sistemas auditivos podem detectar.

O som e suas características 9

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A forma oscilatória do registro do som sinaliza também a indicação da pausa, re-

velando que o som está permeado de silêncio, o que lhe permite começar e se prolongar. Mas também há som no silên-

cio: mesmo longe dos sons externos, em uma cabine à prova de sons, escutaremos no mínimo o som grave da nossa pulsação sanguínea e o agudo do nosso sistema nervoso, con�rma Wisnik (1989).

Ondas sonoras

Forma de onda produzida por uma �auta:

Forma de onda produzida por um xilofone:

Xilofone: no início (ataque), a onda possui mais harmônicos, que se devem à batida da baqueta no instrumento. Depois disso, a forma de onda é resultado somente da vibração da madeira.

Frequência (altura sonora) é o número de vibrações por segun-do. É normalmente medida em Hertz (Hz). A nota Lá, por exem-plo, tem 440 vibrações por segundo. A sua frequência, portanto, é de 440Hz. O som agudo terá maior frequência e o mais grave menor frequência.

sinaliza também a indicação da pausa, revelando que o som está permeado de silêncio, o que

lhe permite começar e se prolongar. Mas também há som no silênlhe permite começar e se prolongar. Mas também há som no silêncio: mesmo longe dos sons externos, em uma cabine à prova de sons, escutaremos no cio: mesmo longe dos sons externos, em uma cabine à prova de sons, escutaremos no

mínimo o som grave da nossa pulsação sanguínea e o agudo do nosso sistema nervoso, mínimo o som grave da nossa pulsação sanguínea e o agudo do nosso sistema nervoso, con�rma Wisnik (1989).

Ondas sonoras

Comstock Complete.

Xilofone: no início (ataque), a onda possui mais harmônicos, que se devem à batida da baqueta no instrumento. Depois disso, a forma

(altura sonora) é o número de vibrações por segun-, por exem-

plo, tem 440 vibrações por segundo. A sua frequência, portanto, é de 440Hz. O som agudo terá maior frequência e o mais grave menor

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