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DIFICULDADE DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DO BAIRRO MACAÚBA EM TERESINA, PIAUÍ. KAYLA DE CARVALHO GRANJA Dissertação apresentada a Faculdade de Pós- graduação da Universidade Tecnológica Intercontinental como requisito para obter o Título de Mestre em Educação. ASSUNÇÃO Paraguai Enero 2013

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DIFICULDADE DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DO BAIRRO MACAÚBA EM TERESINA, PIAUÍ.

KAYLA DE CARVALHO GRANJA

Dissertação apresentada a Faculdade de Pós- graduação da

Universidade Tecnológica Intercontinental como requisito para obter o Título de Mestre em Educação.

ASSUNÇÃO – Paraguai Enero 2013

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DIFICULDADE DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DAS

ESCOLAS MUNICIPAIS DO BAIRRO MACAÚBA EM TERESINA PIAUÍ.

KAYLA DE CARVALHO GRANJA

TUTOR: PROF. LUIS RAMÓN MORALES, Doutor em Educación

Dissertação apresentada a Faculdade de Pós- graduação da

Universidade Tecnológica Intercontinental como requisito para obter o Título de Mestre em Educação.

ASSUNÇÃO – Paraguai Enero 2013

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DIREITOS DO AUTOR

KAYLA DE CARVALHO GRANJA, com documento de identidade Nº 1.803.850…, autora da pesquisa intitulada “DIFICULDADE DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DO BAIRRO MACAÚBA EM TERESINA PIAUÍ” declara que, voluntariamente, cede de forma gratuita, ilimitada e irrevogável em favor da Universidade Tecnológica Intercontinental os direitos autorais como autor do conteúdo patrimonial que pertence a obra de referência. De acordo com o exposto, este trabalho dá à UTIC a capacidade de comunicar o trabalho, divulgar, publicar e reproduzir em mídia analógica ou digital sobre a oportunidade que ela assim o entender. A UTIC deve indicar que a autoria ou a criação do trabalho corresponde a minha pessoa e fará referência ao autor e às pessoas que colaboraram na realização desta pesquisa.

Na cidade de Assunção-Paraguai, em 26 de enero de 2013.

---------------------------------------------

KAYLA DE CARVALHO GRANJA

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CARTA DE APROVAÇÃO DO ORIENTADOR

O Prof. Dr. Luis Ramón Morales, Doutor em Educação, com Documento de Identidade Nº 534.229 , Orientador do trabalho intitulado “DIFICULDADE DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DO BAIRRO MACAÚBA EM TERESINA PIAUÍ”, elaborado pela estudante KAYLA DE CARVALHO GRANJA para obter o título de Mestre em Ciências da Educação, informa que o trabalho atende aos requisitos exigidos pela Faculdade de Pós-graduação da Universidade Tecnológica Intercontinental, e pode ser submetido à avaliação, ser apresentado diante dos professores que forem designados para compor a Banca Examinadora.

Na cidade de Assunção-Paraguai, em 26 de enero de 2013.

--------------------------------------------- Firma del tutor

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TERMO DE APROVAÇÃO

DIFICULDADE DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

DOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DO BAIRRO MACAÚBA

EM TERESINA, PIAUÍ

por

KAYLA DE CARVALHO GRANJA

Dissertação de Mestrado apresentada à Banca Examinadora da Universidade

Tecnológica Intercontinental – UTIC.

________________________ Tutor: Dr. Luis Ramón Morales

Mesa Examinadora:

_________________________________________

Presidente: Dr. Ricardo Benítez

_________________________________________

Membro: Dr. Domingo Borja

________________________________________

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Membro: Dr. Juan Macen

Aprobada en fecha: _______________________________________

DEDICATORIA

A Deus por ser um pai amoroso, que me deu a vida,

saúde e coragem para realizar meus sonhos em ser

uma Educadora, a meus pais, Assis e Dijé por

serem os melhores pais do mundo e me

conduzirem por esta vida, fazendo-o com muito

amor, apoio, honradez e muita integridade, a meu

irmão Dário pelo carinho, a minha irmã Gardeny por

sua prontidão e cuidado em todos os momentos, a

meu querido esposo Valdinar pelo amor e

companheirismo, e aos demais familiares que

acreditaram, apoiaram e oraram por mim no

momento dessa caminhada..

“Por que o Senhor dá sabedoria, da sua boca vem

o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a

verdadeira sabedoria para os retos, escudo é para

os que caminham na sinceridade” Provérbios

2.6,7.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu Senhor Deus por todas as bênçãos derramadas em minha vida e por estar comigo em cada momento me dando forças para que eu consiga prosseguir com êxito nessa jornada.

A minha família pela paciência, envolvimento e amor, que em tem todos os momentos estiveram ao meu lado, no período de realização deste trabalho.

Ao meu orientador pela paciência com que me guiou durante esse trabalho.

Aos professores e gestores da Escola Professor Alcides Lebre, da Escola Professora Cristina Evangelista e da Escola Professor Benjamin Soares de Carvalho por contribuírem com meu objeto de estudo me dando subsídios para a análise inserida nessa dissertação.

Aos professores do mestrado da UTIC, em especial ao Dr. Aníbal Barrios e ao Dr. Julio Cardozo pelo carinho e por terem contribuído com meu crescimento metodológico e profissional.

Aos coordenadores da SUNDECT pela oportunidade que me deram de concluir mais uma etapa da minha educação aprimorando substancialmente meu conhecimento.

Aos meus colegas do mestrado pela amizade e trocas comuns na busca de um mesmo ideal, contribuindo carinhosamente nos piores e melhores momentos do meu percurso, e em especial a Edgar “in memoriam” que foi mais que um amigo foi um irmão pra mim, do qual tenho saudades e guardo em meu coração agradáveis lembranças dos momentos vividos com ele.

“Posso todas as coisas naquele que me fortalece” Filipenses 4.13

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DIFICULDADE DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DO BAIRRO MACAÚBA EM TERESINA PIAUÍ”

Autora:Kayla de Carvalho Granja

Orientador: Profº. Dr. Luis Ramon Morales

RESUMO

As dificuldades de aprendizagem podem ocorrer em qualquer época da vida acadêmica, mas é comum que as dificuldades de aprendizagem na leitura, escrita e as referentes à matemática ocorram nos primeiros anos escolares, mais precisamente do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental. Normalmente os alunos que não vencem essas dificuldades de aprendizagem até o 5º ano, tendem a ficarem retidos neste ano ou se por ventura conseguir avançar. Esta dissertação tem como objetivo geral, determinar as dificuldades do processo ensino aprendizagem dos alunos do 5º ano do ensino fundamental das escolas municipais do bairro Macaúba em Teresina Piauí, e tendo como objetivos específicos identificar as dificuldades de aprendizagem dos alunos do 5º ano das escolas municipais do bairro Macaúba em Teresina Piauí, descrever as dificuldades encontradas pelos professores do p.e.a para avançar a aprendizagem dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem seja na leitura, escrita e na matemática, identificar o que os gestores e professores têm feito para ajudar esses alunos com dificuldades de aprendizagem, descrever o nível de formação dos professores e a metodologia implementada no processo de ensino aprendizagem além de verificar se a estrutura, espaço físico e equipamentos das escolas ajudam a aprendizagem. e nesse contexto buscou-se abordar as dificuldades de aprendizagem no que dizem respeito a leitura, escrita e compreensão dos processos matemáticos, sendo um estudo realizado em três escolas municipais do bairro de Macaúba da cidade de Teresina-Piauí, Brasil, com o propósito de encontrar resposta para o problema de pesquisa, a saber: As dificuldades do processo ensino aprendizagem dos alunos do 5º ano estão ocasionando o fracasso escolar nos alunos do Ensino Fundamental das escolas municipais do bairro Macaúba em Teresina, Piauí? Tendo como método a aplicação de questionário para professores e gestores das escolas pesquisadas. Tendo indicado que as crianças estão precisando de um trabalho diferenciado, com uma equipe multidisciplinar e com a ajuda da família, como também uma inovação na metodologia utilizada dando ênfase a atividades de leitura com mais prioridade.

Palavras-chave: educação, ensino, dificuldades, aprendizagem, leitura.

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DIFICULTAD DEL PROCESSO DE ENSEÑANZA APRENDIZAJE DE LOS ALUMNOS DEL 5º GRADO DE ENSEÑANZA FUNDAMENTAL DE LAS ESCOLAS MUNICIPALES DEL BARRIO MACAÚBA EN TERESINA, PIAUÍ

Autora: Kayla de Carvalho Granja

Orientador: Profº. Dr. Luis Ramón Morales

RESUMEN

.

Las dificultades de aprendizaje pueden ocurrir en cualquier momento de la vida académica, pero es común que las dificultades de aprendizaje en lectura, escritura y matemáticas relacionadas que se producen en los primeros años escolares, más precisamente, del 1 al 4 º año de la escuela primaria. Normalmente los estudiantes que no estén provistos de estos problemas de aprendizaje hasta el 5 º año, tienden a mantenerse este año o si acaso salir adelante, y no resuelve el problema de aprendizaje, se enfrentará a grandes problemas en el futuro la serie, ya que la educación de 6 º año se vuelve más compleja. Este artículo aborda las dificultades de aprendizaje y su relación con la lectura, la escritura y la comprensión de los procesos matemáticos, y un estudio realizado en tres escuelas públicas en el barrio de Macaúba de Teresina, Piauí, Brasil, con el propósito de encontrar respuestas a la problema de investigación, a saber: las dificultades del proceso de aprendizaje de los estudiantes de 5 º grado están causando el fracaso escolar en los alumnos de primaria de las escuelas municipales del distrito en Piauí Teresina Macaúba? Habiendo demostrado que los niños están en necesidad de un trabajo diferente con un equipo multidisciplinario y con la ayuda de la familia, sino también una innovación en la metodología énfasis en las actividades de lectura con mayor prioridad. Palabras clave: educación, dificultades de aprendizaje, el aprendizaje de la lectura.

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SUMÁRIO Resumo.............................................................................................................viii

Abstract.............................................................................................................xi

Sumário.............................................................................................................x

1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................01

1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA................................................................02

1.2 OBJETIVOS.................................................................................................03

1.2.1 Objetivo Geral......... .................................................................................03

1.2.1 Objetivos Específicos ...............................................................................03

1.3 JUSTIFICATIVA...........................................................................................05

CAPITULO II - MARCO TEÓRICO...................................................................07

2.1 CONCEITOS DE DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM.............................07

2.2 DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA...................................19

2.3 PROCESSO DE LEITURA E SUAS DIFICULDADES DE

APRENDIZAGEM..............................................................................................31

2.4 DISCALCULIA.............................................................................................39

2.4.1 Sintomas e diagnósticos...........................................................................44

2.5 APRENDIZAGEM E AS METODOLOGIAS.................................................47

2.6 GESTÃO DEOCRÁTICA E A APRENDIZAGEM.........................................52

2.7 A IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA E AS DIFICULDADES DE

APRENDIZAGEM..............................................................................................56

CAPÍTULO III MARCO METODOLÓGICO.......................................................60

3.1 TIPO DE INVESTIGAÇÃO...........................................................................60

3.2 NÍVEL DE INVESTIGAÇÃO.........................................................................60

3.3 DESENHO DE INVESTIGAÇÃO.................................................................61

3.4 MÉTODOS E TÉCNICAS DE COLETAS DE DADOS.................................61

3.5 POPULAÇÃO E AMOSTRA........................................................................62

3.6 PROCEDIMENTOS DO TRABALHO DE CAMPO......................................62

3.7 QUADROS DE VARIÁVEIS.........................................................................63

CAPÍTULO IV - MARCO ANALÍTICO...............................................................64

4.1 ANÁLISE DAS RESPOSTAS DOS DOCENTES.........................................64

4.1.1 Dados demográficos da amostra..............................................................64

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4.2. DADOS OBTIDOS A RESPEITO DAS VARIÁVEIS EM ESTUDO……….66

4.2.1 Identificar as dificuldades de aprendizagem dos alunos do 5º ano das

escolas municipais da cidade de Teresina,

Piauí...................................................................................................................66

4.2.2- Descrever as dificuldades encontradas pelos professores do P.E.A para

avançar a aprendizagem dos alunos que apresentam dificuldades de

aprendizagem seja na leitura, escrita e na matemática.....................................68

4.2.3 Identificar o que os gestores e professores tem feito para ajudar esses

alunos com dificuldades de aprendizagem........................................................70

4.2.4 Descrever o nível de formação dos professores e a metodologia

implementada no processo de ensino

aprendizagem....................................................................................................78

4.2.5 Verificar se os recursos didáticos são insuficientes, a estrutura, espaço

físico e equipamentos dificulta a aprendizagem................................................82

4.3 ANÁLISE DAS RESPOSTAS DOS GESTORES........................................85

4.3.1 Dados sócios-demográficos......................................................................85

4.4 ANALISE DOS CONCEITOS......................................................................86

4.4.1 Identificar as dificuldades de aprendizagem dos alunos do 5º ano das

escolas municipais da cidade de Teresina, Piauí..............................................86

4.4.2 Descrever as dificuldades encontradas pelos professores do P.E.A para

avançar a aprendizagem dos alunos que apresentam dificuldades de

aprendizagem seja na leitura, escrita e na matemática....................................87

4.4.3 Identificar o que os gestores e professores tem feito para ajudar esses

alunos com dificuldades de aprendizagem........................................................89

4.4.4 Descrever o nível de formação dos professores e a metodologia

implementada no processo de ensino aprendizagem. .....................................96

4.4.5 Verificar se os recursos didáticos são insuficientes, a estrutura, espaço

fisico e equipamentos dificultam a aprendizagem. ...........................................97

CONCLUSÃO..................................................................................................100

REFERENCIAS...............................................................................................103

ANEXO............................................................................................................108

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ÍNDICE DE TABELAS

Página

Tabela 1............................................................................................................ 66

Tabela 2 ........................................................................................................... 65

Tabela 3 ........................................................................................................... 83

Tabela 4 ........................................................................................................... 85

Tabela 5 ........................................................................................................... 95

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ÍNDICE DE GRÁFICOS

Página Gráfico 01 ........................................................................................................66 Gráfico 02 ........................................................................................................67 Gráfico 03 ........................................................................................................68 Gráfico 04 ........................................................................................................69 Gráfico 05 ........................................................................................................70 Gráfico 06 ........................................................................................................71 Gráfico 07 ........................................................................................................72 Gráfico 08 ........................................................................................................73 Gráfico 09 ........................................................................................................74 Gráfico 10 ........................................................................................................75 Gráfico 11 ........................................................................................................75 Gráfico 12 ........................................................................................................76 Gráfico 13 ........................................................................................................76 Gráfico 14 ........................................................................................................77 Gráfico 15 ........................................................................................................78 Gráfico 16 ........................................................................................................78 Gráfico 17 ........................................................................................................79 Gráfico 18 ........................................................................................................80 Gráfico 19 ........................................................................................................80 Gráfico 20 ........................................................................................................81 Gráfico 21 ........................................................................................................82 Gráfico 22 ........................................................................................................83 Gráfico 23 ........................................................................................................84 Gráfico 24 ........................................................................................................86 Gráfico 25 ........................................................................................................87 Gráfico 26 ........................................................................................................88 Gráfico 27 ........................................................................................................88 Gráfico 28 ........................................................................................................89 Gráfico 29 ........................................................................................................90 Gráfico 30 ........................................................................................................91 Gráfico 31 ........................................................................................................92 Gráfico 32 ........................................................................................................92 Gráfico 33 ........................................................................................................93 Gráfico 34 ........................................................................................................94 Gráfico 35 ........................................................................................................95 Gráfico 36 ........................................................................................................95 Gráfico 37 ........................................................................................................96 Gráfico 38 ........................................................................................................97 Gráfico 39 ........................................................................................................98 Gráfico 40 ........................................................................................................99

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CAPÍTULO I – MARCO INTRODUTORIO

1.1 Introdução

As dificuldades de aprendizagem podem ocorrer em qualquer época da

vida acadêmica; mas é comum que as dificuldades de aprendizagem na leitura,

escrita e as referentes à matemática ocorram nos primeiros anos escolares,

mais precisamente do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental. Normalmente os

alunos que não vencem essas dificuldades de aprendizagem até o 5º ano,

tendem a ficarem retidos neste ano ou se por ventura conseguir avançar, e não

resolver o problema de aprendizagem enfrentarão grandes problemas nas

series futuras, visto que o ensino a partir do 6º ano torna-se mais complexo.

Um exemplo disso é o fato de que a partir dessa etapa os alunos passam a ter

aulas de vários professores em um só dia, de matérias diferentes, em curto

espaço de tempo, diferente do que ele viveu até essa fase. Pois na maioria das

escolas municipais os alunos até o 5º ano têm apenas um professor, e essa

mudança poderá contribuir para uma complicação maior das dificuldades de

aprendizagem já enfrentadas.

Por isso, o tema central desse trabalho será as dificuldades de

aprendizagem nos alunos do referido 5º ano. Dessa forma, tem-se como

objetivo geral, a pretensão de determinar as dificuldades do processo ensino

aprendizagem dos alunos do 5º ano do ensino fundamental das escolas

municipais do bairro Macaúba em Teresina - Piauí, Brasil. A delimitação pelas

escolas localizadas na cidade de Teresina deve-se ao fato de ser a cidade na

qual a pesquisadora mora e trabalha bem como ser o local onde foram feitas as

pesquisas, o que favoreceu de sobremaneira o estudo do objeto. O período

escolhido para este projeto abrange o ano de 2012, pois corresponde o período

da execução da pesquisa. Surgindo o seguinte problema: As dificuldades do

processo ensino aprendizagem dos alunos do 5º ano estão ocasionando o

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fracasso escolar nos alunos do Ensino Fundamental das escolas municipais do

bairro Macaúba em Teresina-Piauí.

Neste trabalho investigativo pretende se conhecer os protagonistas

desta pesquisa, que são os professores e os alunos da escola, buscar-se-á

fazer um levantamento das principais dificuldades do processo de ensino e

aprendizagem dos alunos do 5º ano das escolas do bairro Macaúba em

Teresina - Piauí. Assim sendo, foram questionados na pesquisa os professores

e gestores das instituições de ensino para coleta de dados para a execução da

investigação com a finalidade de compreender o universo dos alunos. Após a

pesquisa, será possível ampliar projetos que visem trabalhar com essas

crianças que exibem dificuldades de aprendizagem, e buscar metodologias

adequadas, acompanhamento de outros profissionais caso haja a necessidade,

entre outras atitudes que vise à aprendizagem e o desenvolvimento integral do

aluno.

1.2 Formulação do problema

Levando em consideração que dessa delimitação, surgiu a seguinte

pergunta geral:

Quais as dificuldades do processo de ensino e aprendizagem nas

escolas do bairro Macaúba, Teresina - Piauí.

Deste questionamento geral surgiram estas perguntas especificas:

a) Quais são as dificuldades do professor no processo ensino

aprendizagem para avançar o aprendizado?

b) O que tem feito os gestores e professores para ajudar esses alunos com

dificuldade no processo ensino aprendizagem?

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c) Quais são a formação e a metodologia implementadas pelos professores

na aprendizagem?

d) A metodologia implementada pelos professores ajuda a aprendizagem?

e) Os recursos didáticos da Escola são suficientes?

f) A estrutura, espaço físico e equipamentos ajudam a aprendizagem?

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Determinar as dificuldades no processo ensino aprendizagem dos alunos do 5º

ano do Ensino Fundamental das escolas municipais do bairro Macaúba em

Teresina, Piauí.

1.3.2 Objetivos Específicos

a) Descrever as dificuldades encontradas pelos professores no processo

de ensino aprendizagem para avançar a aprendizagem dos alunos que

apresentam dificuldades de aprendizagem seja na leitura, escrita e na

matemática.

b) Verificar o que os gestores e professores têm feito para ajudar esses

alunos com dificuldades de aprendizagem.

c) Descrever o nível de formação dos professores e a metodologia

implementada no processo de ensino aprendizagem.

d) Verificar se a metodologia implementada pelos professores ajuda a

aprendizagem.

e) Verificar se os recursos didáticos da Escola são suficientes

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f) Verificar se a estrutura, espaço físico e equipamentos das escolas

ajudam a aprendizagem.

Para que este estudo pudesse se realizar, foram utilizadas algumas

obras que contribuíram para despertar os questionamentos direcionadores para

que a pesquisa fosse projetada. Dar-se ênfase aos autores que tratam das

dificuldades de aprendizagem na leitura, escrita e na matemática, assim como

os autores que embasam a importância de uma didática comprometida com o

desenvolvimento total do aluno. Podemos citar: Vygotsky (2005), Segundo

Fonseca (1995), Smith (2001), Teberosky (1991): Kato (1999) e Piaget (1995)

entre outros.

Segundo Fonseca (1995) o termo Dificuldades de aprendizagem, refere-

se a um grupo diferente de desordens, que são manifestadas por dificuldades

significativas no que diz respeito à compreensão auditiva, da fala, da escrita e

do raciocino lógico.

Já Smith (2001) defende que as dificuldades de aprendizagem estão

relacionadas aos problemas neurológicos que afetam a capacidade do cérebro

para entender, recordar ou comunicar informações. A autora chama a atenção

para o fato de que mesmo a criança tendo estudado bastante sobre

determinado assunto, as informações obtidas são assimiladas lentamente.

Vygotsky (2005) trás como resultado de seus estudos sobre o

desenvolvimento da criança que a interação da mesma com o meio e com os

adultos e de suma importância para sua aprendizagem, através das

experiências vivenciadas no cotidiano a criança consegue aprender com mais

facilidade. O mesmo autor é criador do Conceito de Zona Proximal do

Desenvolvimento, onde tem como propósito trabalhar as potencialidades a

serem desenvolvidas pelo indivíduo a partir de um ensino sistematizado,

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respeitando o seu desenvolvimento natural. Nesta visão interacionista a

aprendizagem acontece de fora para dentro e o professor é um orientador e

parceiro na aprendizagem dos alunos.

1.4 Justificativa

Esta tese tem como tema as dificuldades do processo de ensino

aprendizagem dos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental das escolas

municipais do bairro Macaúba em Teresina-Piauí. A escolha desse tema deu-

se a partir das observações realizadas nas salas de aula do 5º ano na qual a

pesquisadora leciona, além de ouvir as queixas dos demais educadores a

respeito das dificuldades de aprendizagem enfrentadas pelos alunos ao

chegarem no 5º ano do Ensino Fundamental.

Trata-se de estudo inédito devido à carência de estudos similares na

região pesquisada. Este se torna importante, pois tem o propósito de fazer um

levantamento das principais dificuldades de aprendizagem enfrentadas pelos

alunos nesta fase escolar, fase esta que se trata de uma passagem para uma

fase mais complicada do seu aprendizado. Uma vez que todo o cenário de

aprendizagem muda e essa mudança adicionada às dificuldades de

aprendizagem, seja ela qual for, pode se tornar em algo grave que pode levar

ao fracasso escolar, desencadeado o descontentamento e a baixa autoestima,

o que pode culminar na evasão escolar. Uma vez que a aprendizagem não se

refere somente a matérias, como também o relacionamento, o respeito ao

próximo, o convívio familiar, a partilha, o trabalho em grupo, enfim, a

compreensão de que os alunos necessitam dos pais e professores.

Dificuldade de aprendizagem é um contexto vivenciado diariamente por

professores em sala de aula, contudo muitas vezes é mal interpretado por falta

de informação sobre o tema, o que leva a questionar sobre o que seja

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Dificuldade de Aprendizagem, como se distingue e se os educadores estão

preparados para lidar com esse problema.

Os alunos serão os maiores beneficiados, seguido da Secretaria

Municipal de Educação com o resultado desse estudo, pois será possível ter

em mãos dados importantes que poderão mudar o destino de muitas crianças,

pois, quanto mais cedo descobrir as dificuldades de aprendizagem e tratá-las,

melhores serão os resultados obtidos. Após a pesquisa, será possível

desenvolver projetos que visem trabalhar com essas crianças que apresentam

dificuldades de aprendizagem, com o objetivo de buscar metodologias

adequadas, acompanhamento de outros profissionais caso haja a necessidade,

entre outras atitudes que vise à aprendizagem e o desenvolvimento integral do

educando.

A experiência profissional da pesquisadora também será de grande

importância, pois enfrentou muitas dificuldades na educação escolar, por que

os professores não tinham preparo necessário, nem paciência para identificar

os problemas em relação à aprendizagem. Espera-se desenvolver um trabalho

que possa ajudar a educação através do professor, e principalmente o aluno,

entendido como o ator principal de processo de ensino/aprendizagem.

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CAPITULO II - MARCO TEÓRICO

2.1 Conceito de dificuldade de aprendizagem

Embora existam diferentes nomenclaturas para conceituar as

Dificuldades de Aprendizagem, variados autores consultados, é comum nos

depararmos com termos como: distúrbios de aprendizagem; problemas de

aprendizagem; deficiência na aprendizagem e dificuldade de aprendizagem.

Para Smith (2001) as dificuldades de aprendizagem são problemas

neurológicos que comprometem a competência do cérebro para apreender,

recordar ou comunicar informações. Atentando para o fato que mesmo tendo

estudado bastante sobre determinado assunto, as informações são recebidas

de forma lenta.

Fonseca (2007, p. 37) considera “a aprendizagem no modelo luriano

resulta, portanto, da criação de conexões entre muitos grupos de células, que

se encontram frequentemente localizadas em distintas áreas (unidades

funcionais) do cérebro”. Essas áreas não podem atuar de forma isolada, uma

vez que, o desempenho só pode acontecer se houver uma colaboração

sistêmica, melódica e sinergética entre elas.

Os fatores que ocorrem no lugar onde os indivíduos crescem são

determinantes para a aprendizagem, assim sendo, não se trata de um

acontecimento natural, é um episódio que incide sob determinadas condições

que podem ser notadas e controladas, podendo ser analisadas cientificamente,

podendo ser descritas em linguagem objetiva, bem como encontrar as relações

que existem entre as alterações e o comportamento humano por meio da

aprendizagem (Gagné, 1983).

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Já Hockenbury (2003) caracteriza a aprendizagem como um

procedimento que produz uma alteração no comportamento ou no

conhecimento como consequência de experiências vividas. Furth (1979), ao

analisar a obra de Piaget observou que a teoria de Piaget trata com clareza

que o desenvolvimento geral da inteligência é a partir dessa que acontecerá

todo aprendizado específico.

Moreira (2001, p. 17) afirma que “a ideia central da teoria de Ausubel é a

que o fator isolado mais importante influenciando a aprendizagem é aquilo que

o aprendiz já sabe”. Assim, cabe ao docente observar o aluno para poder

dispor de um ensino voltado para suas reais condições de modo coerente e

significativo.

No ano 2000, Moreira ressalta em seus estudos que, a aprendizagem

significativa é progressiva, os significados vão sendo apreendidos e

internalizados progressivamente e são muito importantes nesse processo à

linguagem e a interação pessoal. O conhecimento prévio, a experiência prévia,

ou a percepção prévia, é o fator isolado mais importante para a aprendizagem

significativa e o principiante deve mostrar-se disposto a relacionar de modo não

arbitrário e não-literal o novo conhecimento com o conhecimento adquirido

anteriormente. Assim, é fundamental para que aprendamos que percebamos a

relação entre o conhecimento prévio e o novo conhecimento. Contudo, à

medida que o conhecimento prévio nos impede de deter os conceitos do novo

conhecimento é necessário uma desaprendizagem, que implica em não

necessariamente desaprender o que foi estudado de forma errônea, mas

procurar acrescentar informações no conceito já existente, ou seja, aprender

corretamente para poder dar continuação à aprendizagem. Ao fazer uma

comparação entre o novo e o que já se sabe, com a intervenção do professor,

a criança edificará um conhecimento sólido e significativo para sua vida.

Os assuntos trabalhados com as crianças devem guardar relações especificas

com os níveis de desenvolvimento das crianças em cada grupo e faixa etária,

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também respeitar e propiciar a amplitude das mais diversas experiências em

relação aos eixos de trabalhos propostos. (RCNEI, 1998, p.33)

Vygotsky (2005) diz que quando há a troca de experiência com os

adultos e o meio fica mais fácil da criança aprender. Seguindo essa visão

interacionista, o professor é aceito como orientador e parceiro na

aprendizagem dos alunos. Pois estes são capacitados a pensar com

autonomia, nesse processo eles constroem conhecimentos e desenvolvem

habilidades com diferentes significações. Assim a aprendizagem da criança se

dá de fora para dentro. E é no processo de ensino-aprendizagem que ocorre a

apropriação da cultura e o consequente desenvolvimento do indivíduo. O

Conceito de Zona Proximal do Desenvolvimento trata de explanar as

potencialidades a serem ampliadas pelas crianças a partir de um ensino

sistematizado, correspondendo ao desenvolvimento natural de cada sujeito na

solução de problemas.

Em um estudo realizado no ano de 2001, Zucoloto em seu artigo define

a aprendizagem como um processo ativo porque os alunos têm que cumprir

uma série de atividades para assimilar os conteúdos; é um processo

construtivo porque as atividades que os alunos realizam têm uma finalidade

construtiva; é um processo significativo porque os alunos deverão gerar

estruturas cognitivas organizadas e relacionadas. O processo de aprendizagem

algo constante, já a aprendizagem básica universal e responde pelos

desempenhos superiores humanas que são a percepção, a linguagem, a

atenção e a memória.

Sob uma perspectiva conducionista, a aprendizagem é entendida como

um mecanismo de "estímulo - resposta". Ao apresentar um material a um

aluno, espera-se que seja dada certa resposta, após esta intervenção o

professor avalia as respostas dadas e providencia a informação referente às

implicações atingidas. Por último, espera-se que os resultados positivos

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estimulem o aluno a interiorizar os conteúdos e que os resultados negativos o

convençam a pensar.

Nesta teoria, o aluno é encarado de uma forma inativa, sendo

interpretado como um receptáculo de saberes que lhe são prestados

independentemente das suas circunstâncias cognitivas. Dessa forma, o que o

aluno já possui antes de iniciar o estudo é ignorado, assim como seus

interesses e ritmo de aprendizagem.

A abordagem construtivista, conceituada pelo Dicionário Interativo da

Educação Brasileira, é uma teoria sobre a produção do conhecimento e explica

que o homem aprende estimulado por uma necessidade real e com interações

com os elementos do conhecimento, opondo-se ao ensino pela repetição

exaustiva. Segundo essa teoria, o aluno que não nasce inteligente e deve ser o

autor do próprio processo cognitivo. Assim, diante dos estímulos externos, o

aluno deve atuar sobre ele e construir seu próprio conhecimento. Sendo que a

aprendizagem é idealizada como um processo de acomodação e assimilação

em que os alunos a obtém a partir da transformação de experiências pessoais.

A aprendizagem é entendida como o processo de revisão,

transformação e reorganização dos esquemas de conhecimento inicial e a

construção de outros novos por parte do aluno com o professor sendo

encarado como um mediador entre os conteúdos e o educando, cabendo-lhe a

organização de ambientes de aprendizagem que facilitem esta construção

cognitiva.

Conhecer as diferentes teorias de aprendizagem é importante, mas é

essencial que procuremos compreender a maneira e as condições necessárias

para que ocorra a aprendizagem, assim como identificar o papel do educador

nesse processo.

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Para Freitas (2006) as teorias de aprendizagem buscam reconhecer a

dinâmica usada nos atos de instruir e aprender, partindo do pressuposto da

evolução cognitiva do ser humano e que tentam esclarecer a relação entre o

conhecimento pré-existente e o novo conhecimento. A aprendizagem não seria

apenas inteligência e construção de conhecimento. Para que ocorra a

aprendizagem, há a exigência da interação entre a cognição, afetividade e a

ação e, nas pessoas que não possuem dificuldades, esta conexão flui,

possibilitando a aprendizagem. Já para o indivíduo que apresente alguma

dificuldade, esta interação possui obstáculos e apresenta-se de forma

desorganizada. Contribuindo para que o aprendiz não consiga entender o

assunto, mesmo repetidas vezes e o faça adquirir uma imagem de fracasso e

se iniba ou se afaste de novas situações de aprendizagem.

Ainda de acordo com Fonseca (2007) o processo de aprendizagem

decorre se as condições envolvimentais do cérebro estejam normais, e se há

problema ou uma dificuldade seja lesional ou por outra razão, não quer dizer

que o sistema funcional esteja bloqueado.

Sugere apenas que haja uma mudança na atividade (condições

externas) ou uma mudança na composição do sistema funcional, alterando a

localização onde a informação é processada (condições internas), adaptando a

metodologia do ensino ao estilo e ao perfil de aprendizagem do educando.

Assim, o aluno jamais poderá ser visto como alguém que não consegue

aprender ou como portador de alguma dificuldade que impeça ou atrapalhe o

seu desenvolvimento. E toda dificuldade neste processo deverá ser

considerada como responsabilidade de todos os envolvidos.

Para realização desse estudo, foi necessário nos basearmos em estudos

sobre aprendizagem, e na busca por conhecer como se dá a aprendizagem e

algumas noções das dificuldades de aprendizagem. E nessa busca, algumas

noções centrais do construtivismo piagetiano foram de grande valia para a

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construção do conhecimento a respeito do tema estudado. Jean Piaget em sua

trajetória estudou as técnicas de informação pelos indivíduos e pela sociedade.

Um dos padrões propostos pelo construtivismo para o conhecimento é a

equação, onde o sujeito atua e interatua com o objeto a ser experimentado.

Através dessa analogia sobre o mundo onde o sujeito conhece o objeto e ao

mesmo tempo em que é modificado pelo que conheceu.

Para Piaget (1986), toda relação de conhecimento, baseia-se em

diferentes combinações entre os processos de identificação e de acomodação.

Já para Rosa (2007), o construtivismo, muitas vezes, não é compreendido

pelos profissionais da educação, por isso o construtivismo passou a ser

integrante de estudos desde a década de 80, não sendo o bastante para que

haja um entendimento seguro quanto aos seus embasamentos, decorrências

pedagógicas e seus pressupostos.

Esse desconhecimento deu origem a equívocos graves quanto à

interpretação teórica e a aplicação prática. Partindo da suposição de que os

professores enfrentam tantas dificuldades em sala de aula, que vivem

buscando uma fórmula milagrosa para amenizar as frustrações sofridas pelos

mesmos, e nessa busca se deparam com o construtivismo e o transformam em

método de ensino. Mas não podemos confundir teoria construtivista com um

método mágico que vai resolver os problemas educacionais, pois o

construtivismo procura explicar as operações que atuam no processo de

aprendizagem e para isso é necessário compreender os movimentos internos

do processo de aprendizagem e a partir daí buscar um novo lugar para o

professor resgatar o seu papel em sala de aula que é o de desafiar, instigar e

retirar de uma situação tão confortável. Dessa forma, sabe-se que na teoria

construtivista, o aluno é o centro da aprendizagem, pois deve estar mobilizado

para pensar e erguer o seu próprio conhecimento. Quanto ao educador, é o

centro no processo de ensino, cabendo-lhe a direção, a significação dos

objetivos e o controle da ação pedagógica. Pois o construtivismo, leal ao

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princípio interacionista, tente a demonstrar o papel central do sujeito na

construção do saber.

A conceituação do termo dificuldade de aprendizagem tem gerando

grandes discussões. O National Joint Committee on Learning Disabilities

(NJCLD,1994), formado por representantes de oito das mais importantes

organizações nacionais dos EUA define assim dificuldade de aprendizagem:

Dificuldade de Aprendizagem (DA) é um termo geral que se refere a um grupo

heterogêneo de transtornos que se manifestam por dificuldades significativas

na aquisição e uso da escuta, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades

matemáticas. Esses transtornos são intrínsecos ao indivíduo, supondo-se

devido à disfunção do sistema nervoso central, e podem ocorrer ao longo do

ciclo vital. Podem existir, junto com as dificuldades de aprendizagem, problema

nas condutas de auto-regulação, percepção social e interação social, mas não

constituem, por si próprias, uma dificuldade de aprendizagem. Ainda que as

dificuldades de aprendizagem possam ocorrer concomitantemente com outras

condições incapacitantes (por exemplo, deficiência sensorial, retardamento

mental, transtornos emocionais graves) ou com influências extrínsecas (tais

como as diferenças culturais, instrução inapropriada ou insuficiente), não são o

resultado dessas condições ou influências. (NJCLD, 1994, P.1).

Podemos então, compreender que as dificuldades de aprendizagem

como um fenômeno que afeta toda a vida das pessoas, razão pela qual se

pode falar de além de crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de

aprendizagem, tornando-se necessário observar a providência de serviços e

apoios, a exemplo de diversas universidades que atuam com esse mecanismo.

Em 2001, Zucoloto descreve em seu estudo que a origem do emprego

do termo dificuldades de aprendizagem tem a data de uma reunião de pais em

Chicago em 1963, quando buscavam soluções para o problema de

aprendizagem dos filhos que, aparentemente, não mostravam possuir nenhum

comprometimento neurológico. Os pais se organizaram na “Association of

Children with Learning Disabilities” com o objetivo de pressionar as autoridades

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para obterem recursos para a criação de serviços educacionais especializados,

para que as crianças, que manifestavam dificuldade de aprendizagem, fossem

atendidas de forma devida e por profissionais especializados.

Segundo Smith, Corine (2001)

Consideradas raras no passado, as dificuldades de aprendizagem supostamente

afetam, hoje em dia, pelo menos 5% da população, ou mais de 12 milhões de

americanos. Muitas autoridades pensam que o número de indivíduos afetados é

na verdade, muito maior, e os especialistas concordam com muitas crianças que

não estão indo tão bem quanto poderia na escola em virtude de deficiências que

não foram identificadas. (p.14)

Realidade, esta, que se encontra cada vez mais presente no sistema

brasileiro de educação, crianças que repetem uma série sem conseguir

prosseguir em virtude de dificuldades que não são percebidas pelos

profissionais da educação.

É necessário que profissionais que trabalham na área de educação

possam ter um mínimo de conhecimento sobre o que é aprendizagem, como

ocorre, o que pode levar o indivíduo a uma dificuldade de aprendizagem, para

poder ajudar essas crianças a derrotarem o fracasso escolar decorrente das

dificuldades não tratadas anteriormente.

Assim como afirma Smith, Corine (2001, p.14), “quando as táticas

comuns de recompensas e punição fracassam, pais e professores tornam-se

frustrados, mais ninguém sofre maior frustração que os próprios estudantes”.

Fonseca (1995) considera que a criança com dificuldade de

aprendizagem não deve ser “classificada” como deficiente. Pois se trata de

uma criança comum que aprende de uma forma diferente e apresentando uma

diferença entre o potencial atual e o potencial esperado. Assim, não pertence a

nenhuma categoria de deficiência, nem sendo considerada uma deficiência

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mental, pois tem um potencial cognitivo que não é efetivado em termos de

aproveitamento educacional.

O termo Dificuldade de Aprendizagem refere-se não ao único distúrbio, mais a

uma ampla gama de problemas que podem afetar qualquer área do desempenho

acadêmico [...] muitos aspectos diferentes podem prejudicar o funcionamento

cerebral, e os problemas psicológicas dessas crianças são complicados, até

certo ponto, por seus ambientes domésticos e escolares. (Smith; Strick, 2000,

p.15)

Para as autoras, as dificuldades de aprendizagem podem ser um

assunto muito complicado por se tratar de um tema muito sutil e em sua

maioria ocorre em crianças que não apresentam nenhum problema

neurológico.

Apenas observar crianças em salas de aula ou escutar relatos de

professores, não há como comprovarmos o verdadeiro problema dos déficits de

aprendizagem desses alunos, já que estes apresentam comportamentos

diferentes. Uma dificuldade de aprendizagem é uma perturbação permanente

que afeta a forma que os indivíduos com inteligência normal e acima da média

selecionam, retém e expressam informações, que entram ou que saem podem

ficar desordenadas conforme viajam entre os sentidos e o cérebro.

Correia & Martins (2000) comentam quem podemos empregar a

aplicação do termo Dificuldades de Aprendizagem em dois sentidos, o lato

(circunstâncias generalizadas de caráter provisório ou permanente que

influenciam o sucesso escolar dos alunos) e o restrito (inaptidão ou uma

disfunção que afeta a aprendizagem numa ou mais áreas da escola valorizadas

pelo sistema educativo, podendo também se focar a área sócio-emocional).

O estudo sobre as dificuldades de aprendizagem, por ser abrangente,

necessita de pesquisa e envolvimento interdisciplinar analisando diferentes

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especialistas e profissionais da saúde e da educação. O educador deve estar

preparado para detectar eventuais distúrbios/dificuldades no processo de

aprendizagem, atentando aos aspectos orgânicos, afetivos e pedagógicos.

Kato (1999) afirma que:

O professor criativo e experiente poderá utilizar-se do conhecimento que tem a

criança e da situação de aprendizagem para, a partir delas, propor atividades

significativas que levem a criança a utilizar e a desenvolver toda a capacidade

cognitiva e metacognitiva. (p. 138)

Para Belleboni (2004) ao aparecer o fracasso escolar, outros

profissionais, além do fonoaudiólogo, como psicólogos, pedagogos,

psicopedagogos, devem interferir, auxiliando através de recomendações

adequadas e relacionadas a cada caso.

A autora Ohlweiler relata em seu texto que as pesquisas sobre

dificuldades relacionadas à aprendizagem vêm aumentando significativamente.

Crianças estão atendidas por profissionais como: neuropediatra, psiquiatra,

psicólogo, psicopedagogos e fonoaudiólogos. Termos como: dificuldade,

distúrbios, descapacidades e transtornos são usados de forma errônea para

comunicação entre os profissionais. Vale observar que todo transtorno é uma

dificuldade, contudo nem toda dificuldade é um transtorno.

As dificuldades tanto podem estar ligadas a problemas da escola e/ou da

família, como podem ser relacionadas a outras situações como a alterações

das funções sensoriais, doenças crônicas, perturbações psiquiátricos, doenças

mentais. Sendo importante lembrar que as doenças neurobiológicas mais

presentes nesses quadros são a paralisia cerebral e o transtorno de déficit de

atenção/hiperatividade (TDAH).

Não existe exatidão quando se descreve os transtornos de

aprendizagem, segundo Ohlweiler, são inaptidões específica, como a leitura,

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escrita ou matemática em alunos que apresentam resultados abaixo do

esperado para o seu nível de desempenho e capacidade intelectual.

Vale salientar que crianças podem ter um transtorno de aprendizagem e

ser provida de atribuições como uma inteligência normal, ausência de

alterações motoras ou sensoriais, ajuste emocional considerado bom e nível

socioeconômico e cultural cabível. A mesma autora faz uma breve explicação

quanto aos tipos de problemas de aprendizagem:

Leitura: é caracterizado por uma dificuldade específica em

compreender palavras escritas.

Transtornos da matemática, também conhecido como discalculia,

não é relacionado à ausência de habilidades matemáticas básicas

como contagem, e sim a forma com a criança associa essas

habilidades com o mundo que o cerca.

Transtornos de expressão escrita: refere-se apenas a ortografia ou

caligrafia, na ausência de outras dificuldades da expressão escrita.

Conforme Smith (2001), as causas das dificuldades de aprendizagem

são baseadas em fatores biológicos, sendo que estas podem ser divididas em

quatro categorias:

Lesão cerebral que se refere a qualquer dano causado na parte cerebral

durante a gestação, parto ou pós-parto, através de acidentes, hemorragias,

tumores, meningite, exposição a substâncias químicas, entre outros.

Alterações no desenvolvimento cerebral, que são perturbações ocorridas

em parte do processo contínuo de ativação neural, originando o não

desenvolvimento normal de alguma parte do cérebro. Como por exemplo, a

dislexia, que incide em sérias dificuldades de leitura e consequentemente de

escrita, apesar do aluno apresentar nível normal de inteligência. Comumente a

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dislexia se apresenta associada a outros distúrbios como problemas durante a

memorização.

Desequilíbrios neuroquímicos que são a desarmonia entre os

neurotransmissores (mensageiros químicos), ocasionando a má comunicação

entre as células cerebrais, provocando prejuízo à aptidão de funcionamento do

cérebro.

Hereditariedade, ou seja, transmissão de caracteres biológicos aos

descendentes. Contudo, qualquer que seja o fator biológico contribuinte para a

dificuldade de aprendizagem, o ambiente aparece como fator decisivo,

podendo facilitar ou complicar o quadro do portador da mesma. “Embora

supostamente as dificuldades de aprendizagem tenham uma base biológica,

com frequência é o ambiente da criança que determina a gravidade do impacto

da dificuldade” (Smith, 2001, p. 20).

A análise pedagógica apresenta o surgimento das dificuldades de

aprendizagem como as questões ligadas a metodologias, ao educador e a sua

postura, a seu relacionamento com os alunos, a formação e toda a organização

vêm intervir na aprendizagem dos educandos. Aspectos referem-se aos

métodos inadequados usados por alguns educandos em sua prática e a falta

de motivação a leitura.

É importante notar a formação dos professores e o domínio do conteúdo

tem influência quando se trata da aprendizagem, assim como as condições de

trabalho do corpo docente. “Achar que os métodos por si só, garantem sucesso

na alfabetização é ignorar ou desconhecer a pesquisa educacional no Brasil ou

que a tarefa de alfabetizar é uma especialização” (Morais, 2006, p.34).

Cabe então à escola integrar a criança à sociedade, mas nem sempre

isso acontece, pois a escola rotula de “capazes e incapazes”, em vez de rever

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as práticas pedagógicas e as metodologias empregadas pelos professores,

adaptando-as as necessidades dos alunos, atentando para aqueles que têm

dificuldade de aprendizagem.

Pesquisadores do curso de psicologia, realizaram uma pesquisa que

abordou um campo que o caracteriza em um espaço denominado de “Oficina

Pedagógica”, no Centro Universitário Salesiano de São Paulo. U.E- Lorena –

Brasil. Nesse espaço é utilizada a arte como artifício facilitador da

aprendizagem, através de um trabalho psicopedagógico especializado,

utilizando atividades artísticas, possibilitando a expressão e a comunicação

sem que a criança se sinta castigada e avaliada, articular a percepção, a

criatividade e a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a autoconfiança.

Dessa forma, as pesquisadoras chegaram à conclusão que as atividades

artísticas ajudaram a diminuir as dificuldades de aprendizagem expostas pelos

sujeitos, possibilitando o desenvolvimento da criatividade, expressão,

comunicação, autoconfiança, imaginação, entre outros.

Assim sendo a escola não pode deixar de empregar a arte como

instrumento no processo de aprendizagem dos alunos, acredita-se que essa

ferramenta possa ser utilizada como prevenção para que não venha ocasionar

problemas de dificuldades de aprendizagem.

2.2- Dificuldades de aprendizagem na escrita

Um dos mais sérios problemas no sistema educacional brasileiro são as

dificuldades de aprendizagem, o grande índice de reprovação nas series

iniciais nas escolas públicas do país são consequências desses problemas de

aprendizagem e logo um alto índice de analfabetismo. Pesquisas apontam que

as dificuldades de aprendizagem são consideradas como a principal causa do

fracasso escolar, essa realidade não é apenas no Brasil mais em diversos

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países. E esse tem sido o motivo pelo qual muitos profissionais da educação,

têm desenvolvido estudos desde muito tempo atrás.

Atualmente, verifica-se uma constante preocupação, com relação às

dificuldades no aprendizado da leitura e da escrita, no âmbito científico da

saúde e da educação. Entretanto, a maioria das pesquisas ainda focaliza,

principalmente, a avaliação da leitura. Há um número menor de estudos em

que se pode observar a preocupação em avaliar o conhecimento que os

escolares possuem sobre as regras ortográficas e seus usos. Grande parte

destas pesquisas está relacionada com o aprendizado geral da ortografia e se

limita a verificar o desempenho na escrita, ou seja, a analisar os erros que

aparecem na escrita de crianças com e sem dificuldades escolares, com o

objetivo de descrever a forma como elas aprendem a dominar as regras

ortográficas. Contudo, ainda não se sabe como os alunos representam as

propriedades da norma ortográfica e não se esclareceu, ainda, o que leva o

aluno a corrigir seus erros e passar destes para o acerto.

Para que possamos compreender o processo de aprendizagem da

escrita buscamos experiências de alguns autores para que possamos

apresentar as suas considerações a respeito do assunto.

Em busca de explicar a complexidade de aprendizagem da escrita e as

suas dificuldades é que alguns autores realizaram estudos, como podemos

destacar Ferreiro (1987), quando ressalta que o processo de alfabetização

acontece em ambiente social, sendo assim a ideia da escrita é para a criança,

um objeto do conhecimento social elaborado. Segundo Ajuriagerra (1988), a

escrita é uma atividade consagrada que é fruto de uma aquisição somente

possível a partir de certo grau de desenvolvimento intelectual, motor e afetivo,

socializados em determinados ambientes. Ferreiro e Teberosky (1986) trazem

em seus estudos que a escrita não é uma simples transcrição da fala é uma

forma específica de linguagem, as autoras apresenta que a escrita conserva

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relações com a imagem, desenho, do mesmo modo como a fala. Assim sendo,

a escrita é considerada como uma construção que depende dos aspectos

cognitivos para sua preparação. Vygotsky (1984) trás que a aquisição da

escrita está inserida na história da gestualidade e da fala, desde modo o signo

escrito tem origem no gesto, um signo visual inicial que contém a futura escrita

da criança. Por sua vez, Garcia (1998) apresenta à escrita como um processo

complexo, que exige anos de esforços escolares para sua propriedade, e este

não está relacionado à simples ações motoras e automatismo gráficos. Seber

(2009), costuma relacionar a aquisição da escrita com as situações do

cotidiano e as condições sociais:

“Para entender como uma criança vai construindo suas ideias a respeito da escrita

deveram partir de algumas situações do cotidiano. É difícil imaginar um meio

social onde não haja placas de transito, cartazes, jornais, rótulos de produtos,

televisão. Dependendo das condições sociais a criança também participa de

experiências nas quais observa o adulto escrevendo recados, cartas listas de

compras ou, então, lendo livros, jornais, revistas, folhetos.” (p. 12).

Portanto a escrita é um processo que envolve aspectos organizacionais

e funcionais, onde podemos considerá-las como a conversão de pensamentos

e de informações em forma de símbolos sequenciais e gráficos. Ao longo da

história, o homem criou códigos para expressar certos significados. O dominar

do código escrito nos possibilita o simbolizar. Segundo Gesell (1981), a

aquisição da escrita segue uma ordem determinada, começando com a

imitação, seguindo para marcas no papel, cópia de círculos, desenho de

objetos, desenho de contornos, interesse por letras, escrita e escrita elaborada

propriamente dita. Segundo Ajuariaguerra (1979), no processo de evolução da

aquisição da escrita, se caracterizam três fases:

Fase Pré Caligráfica – os traços são tortos, tremidos, a inclinação é

incontrolada, as margens são desordenadas e a linha é irregular.

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Fase Caligráfica – começa a existir um aumento da rapidez e

regularização da escrita, a união de letras são corretas, as linhas são retas e

inicia-se uma definição de estilo.

Fase Pós-Caligráfica – existe uma maior velocidade em sua execução,

há economia de gestos e automação da escrita.

Segundo Luria (1981) e Feder & Majnemer (2007), a escrita fatores

intrínsecos e/ou extrínsecos ao mesmo tempo na sua execução. Tais como:

Habilidade Motora: desenvolvimento de coordenação motora grossa e

fina, memória motora, controle motor fino, planejamento motos, entre outros.

Mecanismos Visuais: coordenação olho-mão, integração viso motora

bidirecional, integração visual e percepção visual.

Mecanismos Proprioceptivos: avaliação do movimento dos dedos no

ritmo interno, espaço e controle do lápis.

Mecanismos de Memória Motora: execução de um plano de trabalho

motor, velocidade da ação e sequencialização.

Mecanismos Revisualização: memória visual para símbolos e atenção

visual.

Atenção Sustentada: tornar possível a manutenção do estímulo visual

e/ou auditivo entre outros elementos.

Fatores Sociais e Culturais: ligados ao meio em que o sujeito está

inserido.

No ano de 1991, um estudo de Ferreiro ao tentar formular a teoria da

psicogênese na língua escrita, afirma que a criança é vista como um ser

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cognicente, que busca compreender a natureza escrita, pois a aquisição

envolve o processo cognitivo. A autora continua afirmando que a consciência

fonológica é a possibilidade de fazer voluntariamente certas operações com a

oralidade que não são espontâneas. É possível dizer uma palavra, "lado", por

exemplo, e depois omitir o primeiro segmento fônico. "Ado" não significa nada.

Isso pode ser um jogo divertido. A língua tem a característica de ser partida em

unidades de distintos tipos até chegar às letras. Aí não posso dividir mais. Essa

é uma habilidade humana. A divisão em sílabas se dá praticamente em todas

as culturas. À medida que a criança se aproxima da escrita alfabética, sua

capacidade de análise do oral também permite análises de pedaços cada vez

menores do que é falado.

Mas para que possamos ter um melhor entendimento do processo da

escrita é necessário que saibamos a importância do símbolo na vida de uma

criança em processo de aprendizagem da escrita. Pode parecer simples, mas a

ideia de símbolo e bastante complicada. Utilizamos um símbolo para simbolizar

uma coisa, que muitas vezes não tem as mesmas características do que esta

simbolizada. Um bom exemplo é o sinal de trânsito (semáforo).

Segundo os estudos de Emilia Ferreiro, que se fundamentam na teoria

piagetiana, é o contato com o objeto (a língua escrita) que as crianças

aprendem a ler, a escrever e a conhecer como esta linguagem funciona. A

criança que não consegue compreender a relação simbólica entre duas coisas

encontrará dificuldades para aprender a ler e a escrever.

Além da compreensão do que é símbolo, o aprendiz enfrenta outro

problema, o de compreender que cada letra vale como símbolo de um som da

fala e também diferenciá-las uma das outras, já que em nosso alfabeto elas

têm formas muito semelhantes.

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As pesquisas de Ferreiro e Teberosky (1986) lançaram uma nova luz

sobre as tentativas de se descrever as fases pelas quais as crianças passam

durante a aquisição da escrita, ao tentarem compreender a psicogênese da

linguagem escrita. Segundo as autoras, as crianças evoluem gradativamente

no contato com os sinais gráficos, passando por quatro grandes níveis, pré-

silábico; silábico; silábico-alfabético e alfabético.

Ferreiro (1991) ao formular a teoria da psicogênese da língua escrita,

afirma que a criança é vista como um ser cognicente, que procura

compreender a natureza escrita, pois a aquisição envolve o processo cognitivo.

Nesse processo a criança segue a sistemas ordenados de escrita: As

garatujas, fase em que a criança pega o lápis e começa a buscar e dar nomes

a seus rabiscos.

a) Pré-Silábico: a criança não estabelece uma relação necessária entre

a linguagem falada e as diferentes formas de representação, acreditando que

se escreve com desenhos, isto é, a grafia deve conter traços figurativos daquilo

que se escreve. Na medida em que vai avançando ela começa a abandonar os

traços e os aspectos figurativos daquilo que se quer escrever, esta etapa é

considerada como um nível intermediário e representa a maneira de passar de

um nível para outro de maior complexidade. Este é o momento de tomada de

consciência de incoerências entre suas hipóteses e a realidade, e quando ela

descobre que desenhar não é escrever, nesses níveis intermediários, a criança

procura se equilibrar, e encontra o trilho perdido, seu comportamento nesta

fase é de rejeição e recusa, dizem que não sabem e que com desenho não se

escreve.

Quando a criança começa a desenhar e colocar alguns sinais gráficos

ao lado não importa como eles estejam, estabelecendo ser o nome da figura,

está provando que venceu o impasse e que agora sabe que para escrever é

necessário o uso dos sinais gráficos.

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b) Silábico: nesse nível, a criança encontra a fórmula para entrar no

mundo da escrita, descobrindo que pode escrever uma letra para cada sílaba

da palavra e uma letra por palavra na frase. “A criança começa por descobrir

que as partes da escrita (sua letras) podem corresponder a outras tantas partes

da palavra escrita (suas sílabas)” (Ferreiro, 2001, p.24). À medida que vai

escrevendo, ela mesma vai perceber que sua hipótese não é completa, pois

não permite a decodificação, é impossível ler o que escreveu. Essa etapa é

uma das mais importantes porque a criança descobre a importância da

quantidade de letras a serem escritas e o seu valor sonoro para representar

uma sílaba. Quando houver a evolução, descobrirá que a leitura do que

escreveu não é possível por estar faltando alguns elementos discriminativos

nas sílabas, nesta fase a criança precisa escrever bastante.

c) Silábico-alfabético: Mistura a lógica da fase anterior com a

identificação de algumas sílabas. A criança nessa fase aumenta o número de

letras em suas escritas, de duas formas: ou voltam a escrever com muitas

letras ou continuam escrevendo silabicamente acrescentando no final da

palavra que escreveu mais letras aleatoriamente, conservando em parte a

hipótese do nível silábico, podendo haver conflitos entre a escrita silábica e a

quantidade mínima de letras.

Os conflitos vão desestabilizando progressivamente a hipótese silábica, até que

a criança tem coragem suficiente para se comprometer em um novo processo de

construção. O período silábico-alfabético marca a transição entre os esquemas

prévios em vi de serem abandonados e os esquemas futuros em via de serem

construídos. (Ferreiro2001, p.27)

Mas a descoberta está apenas começando ao passar por esse processo

a criança ingressa em outro mais complexo, começa a perceber que não basta

duplicar as letras para formar uma sílaba e que nem sempre os sons são iguais

à pronúncia das letras e nem as letras são iguais aos sons. Esse

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comportamento em sua grande maioria confunde os educadores e os

alfabetizadores, que precisam estar informados sobre o assunto para poder

interagir de maneira correta, proporcionando atividades que levem a criança a

vencer esses conflitos e avançar para o próximo nível.

d) Alfabético: este nível constitui o final da evolução construtiva de

aprendizado da leitura e da escrita, através da reelaboração pessoal e da

reflexão lógica, caracteriza-se pelo reconhecimento do som da letra, e o

domínio do valor das letras e sílabas. A aquisição da base ortográfica envolve a

inter-relação de componentes lógicos, perceptivos, motores, afetivos, sociais e

culturais. É preciso um trabalho constante com a construção das sílabas com

dígrafos e encontros consonantais nesse nível de conceitualização, o qual se

estenderá às séries posteriores do Ensino Fundamental.

As pesquisas das referidas autoras mostraram que as escritas não

convencionais das crianças que antes eram consideradas sem importância e

que pareciam indicar aos professores a existência de problemas de

alfabetização apareciam em distintas crianças de diferentes contextos sociais,

no processo de aquisição do sistema de escrita alfabética. Essas escritas

representavam as hipóteses que as crianças desenvolviam no processo de

apropriação desse sistema.

No ano de 1993, Cypel traz em seus estudos que as principais

pesquisas realizadas para observar anomalias referentes à leitura e escrita,

foram realizadas em pacientes adultos com lesões originadas por distintas

patologias. Esse diagnóstico foi feito pelo médico oftalmologista Berlin, em

1887, passando a chamar esse termo de “Dislexia”. Com o passar do tempo,

outras pesquisas foram realizadas a respeito das anomalias de leitura e escrita.

Quando a criança não consegue avançar em algumas dessas fases pode ser o

inicio de um transtorno especifico da leitura, chamado de “DISGRAFIA”.

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A disgrafia é definida como a principal dificuldade da escrita manual,

sendo assim considerada como uma falha no processo da aquisição e/ou do

desenvolvimento da escrita.

O transtorno da expressão escrita consiste de habilidade de escrita

abaixo do nível esperado para a idade cronológica, inteligência e escolaridade,

podendo ou não estar associado a um transtorno de leitura, e geralmente

compromete a caligrafia e ortografia (DSM-IV, 1995).

Entretanto, quando o indivíduo apresenta incapacidade de produzir uma

escrita aceitável culturalmente, mesmo possuindo um nível intelectual

adequado e receber instruções também adequadas, sem déficits sensoriais

e/ou quaisquer lesões neurológicas específicas, esse fato é chamado de

disgrafia.

O indivíduo portador de disgrafia apresenta dificuldade na coordenação

motora fina, inabilidade em visualizar as letras e inabilidade em lembrar a forma

motora de como a letra é constituída.

Segundo Ciasca (2005), aproximadamente de 3 a 5% das crianças com

distúrbios de aprendizagem, apresentam disgrafia. Seu diagnóstico é difícil

principalmente pelo alto número de comorbilidades que podem estar

associadas ao quadro.

As primordiais causas da disgrafia estão relacionadas a problemas de

sequencialização e de processamento. Tais como:

Problemas na Sequencialização – não há falha perceptual,

mas há dificuldade no processamento sequencial da

informação recebida e na sua forma de organização.

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Processamento Auditivo – está relacionada à aprendizagem

e a compreensão da linguagem, ou seja, da aprendizagem

verbal. Ex: (f/v; p/b), (na/a; em/e; in/i; on/o; un/u),

(cantarão/cantaram).

Processamento Visual – está relacionada ao processo visual

da informação, ligado a aprendizagem não verbal. Ex: (b/d;

p/q), (e/a; b/h; f/t; u/v) (exame/ezame; azar/assar).

A classificação clássica da disgrafia pode interferir diretamente no

tratamento e no prognóstico como:

Disgrafia Disléxica – consiste na dificuldade em construir

adequadamente a palavra, a escrita espontânea é ilegível,

soletração é pobre, mas o desenho e a cópia são relativamente

normais;

Disgrafia Motora – escrita espontânea e cópia são ilegíveis, mas

a oralidade é normal, o desenho é pobre. Normalmente esse tipo

de disgrafia está associado a um problema puramente motor;

Disgrafia Visuo-espacial – a dificuldade está relacionada à

distribuição do espaço gráfico, desenho é ruim e escrita pode ser

ilegível assim como a cópia (Dueul, 1994).

A escrita disgráfica, de um modo geral, apresenta traços pouco

incontrolados e precisos, traços fortes, grafismo não diferenciado em formas e

tamanhos, escritos irregulares e desorganizados, falta de ritmo, realização

incorreta de movimentos e ligações com orientação espacial.

Atualmente, existem evidencias associado à disgrafia não só aos

transtornos da leitura, mas também aos Transtornos de Atenção com

Hiperatividade (TDAH), uma vez que a criança com o quadro pode apresentar

uma escrita ilegível, baixo desempenho da escrita manual e alteração nas

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funções executivas (Racine MB e colaboradores, 2008; Lange KW e

colaboradores, 2007).

Alguns estudos atribuem a causa destas dificuldades á fatores sociais,

outros fatores emocionais, e alguns, ainda, a atrasos no desenvolvimento

psicomotor.

Algumas características clínica apresentada pelos disgráficos são

comuns encontrar:

Lentidão na escrita.

Letra ilegível.

Escrita desorganizada.

Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel

ou muito leves.

Desorganização geral na folha por não possuir orientação

espacial.

Desorganização do texto, pois não observam a margem parando

muito antes ou ultrapassando.

Quando este último acontece, tende a amontoar letras na borda

da folha.

Desorganização das letras: letras retocadas, hastes mal feitas,

atrofiadas, omissão de letras, palavras, números, formas

distorcidas, movimentos contrários à escrita (um S ao invés do 5

por exemplo).

Desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito

grande, escrita alongada ou comprida.

O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras é irregular.

Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.

O disgráfico não apresenta características isoladas, mas um

conjunto de algumas destas citadas acima.

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Estudos reafirmam a importância do desenvolvimento psicomotor para

as aprendizagens escolares e destacam a necessidade de desde o ensino

pré-escolar ser oferecidas atividades motoras direcionadas ao fortalecimento

e consolidação das funções psicomotoras, fundamentais para o êxito nas

atividades da leitura e escrita como apontados por Furtado (1998), Nina

(1999), Cunha (1990), Oliveira (1992) e Petry (1988).

Na disgrafia as causas pedagógicas relacionam-se intimamente com a

escola, visto esta ser o grande “despertador” dessa dificuldade.

Podem enumerar-se uma série de pontos educacionais que causam

transtornos na escrita:

Instrução rígida e inflexível, sem respeito pelas características

individuais;

Erro no diagnóstico do grafismo;

Deficiente orientação no processo de aquisição da mestria motora;

Orientação inadequada na mudança de “letra à máquina” para “letra à

mão”

Objetivos demasiado ambiciosos;

Materiais inadequados ao ensino;

Incapacidade para ensinar a posição correta do papel e dos

movimentos base da escrita.

Para tratamento existe um teste específico que os profissionais da área

aplicam para detectar a disgrafia e a segunda etapa é encaminhar o paciente

para o tratamento adequado: psicológico, fonoaudiólogo ou com

psicomotricista. O tratamento visa a uma reeducação da escrita e usa

atividades manuais, com escultura em argila, pinturas, desenhos e até

atividades culinárias. Pode durar de um a três anos, mas, segundo alguns

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estudos, em seis ou oito meses, a letra se torna legível, melhorando a relação

do aluno com a escola.

O tratamento requer uma estimulação linguística global e um

atendimento individualizado complementar a escola. Sendo importante que se

faça uma avaliação fonoaudiológica o quanto antes melhor evitando-se assim o

fracasso escolar.

Os pais e professores devem evitar repreender a criança.

Reforçar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar

uma conquista.

Na avaliação escolar dar mais ênfase à expressão oral.

Evitar o uso de canetas vermelhas na correção dos cadernos e

provas.

Conscientizar o aluno de seu problema e ajudá-lo de forma

positiva.

Assim, o ler e o escrever devem evoluir como linguagem e não como

instrução programada, dessa forma, é necessária a participação da criança,

para que o contato com a escrita seja mantido assiduamente fazendo assim

com que o material gráfico se transforme em algo atraente reformulando suas

ideias a respeito do objeto social.

2.3- Processo de leitura e suas dificuldades de aprendizagem

O processo de leitura trata-se de algo de muita importante para o

aprendizado, pois o mesmo se adquirido através de métodos e técnicas de boa

qualidade, leva o leitor ao conhecimento científico, que cogitará em um sentido

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amplo de informações. Que lhe proporcionarão um enfoque abrangente para o

conhecimento cultural do qual depende o seu progresso na vida.

Uma vez que a leitura é um dos instrumentos fundamentais para a

construção do conhecimento, partido do pressuposto de que a leitura amplia o

entendimento do mundo, proporcionando o acesso à informação com

autonomia, permite o exercício da fantasia e da imaginação e estimula a

reflexão crítica, o debate e a troca de ideias. Alem de ser considerada como

uma condição prévia, para a escrita, pois com bons leitores, a boa leitura

desembocará na produção de textos, pois estes leitores além de terem o que

dizer, já terá descoberto e recreado mecanismos para fazê-lo. A leitura é um

dos meios mais eficientes para o desenvolvimento sistemático de linguagem e

da personalidade.

Na busca por conceituar a importância da leitura no desenvolvimento

intelectual dos indivíduos, é possível encontrar alguns autores que relata a

importância do processo de leitura na construção do conhecimento. Paulo

Freire (2005), afirma que:

Na comunidade da leitura vai cabendo ao leitor ou leitora o exercício de perceber

se este ou aquele saber referido corresponde à natureza da pratica progressiva ou

conservadora ou se, pelo contrario, é exigência da pratica educativa mesma

independentemente de sua cor política ou ideológica. (p. 21).

Segundo Maria Helena (1993), “temos então, mais um motivo para

ampliar a noção de leitura. Vista num sentido amplo, independente do contexto

escolar, e para alem do texto escrito, permite compreender e valorizar melhor

cada passo do aprendizado das coisas, cada experiência.” (p. 29)

demonstrando a importância do papel do professor e da família no processo de

aprendizagem das crianças, pois a valorização de cada avanço funciona com

impulso para que possa enfrentar os desafios seguintes na busca por uma

aprendizagem significativa.

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Ao observar a perspectiva de Paulo Freire, no sentido de leitura para

além da decodificação, é possível encontrar encontramos exemplo de

preocupação pedagógica, enredado pela realidade social e desafiadora os

estudos de Freire traz algumas reflexões pedagógicas, históricas, culturais e

filosóficas importantes a respeito da leitura. Os PCNs (1998) reforça que:

A leitura é um processo onde o leitor desempenha um trabalho ativo de

construção do significado do texto, a partir de seus objetivos, do seu

conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua:

características do gênero, do portador, do sistema de escrita… (p.94).

E esse trabalho de leitura quando realizado com frequência na escola,

estimula o aluno a desenvolver a autonomia sobre a construção do seu

conhecimento, pois como afirma Zilberman (1988), a prática da leitura na

escola tem por objetivo levar o aluno à análise e à compreensão das ideias dos

autores e buscar no texto os elementos básicos e os efeitos de sentido. Sedo

importante que o leitor se envolva se emocione e adquira uma visão dos vários

materiais portadores de mensagem presentes na comunidade em que se vive.

Um bom educador busca valorizar a leitura e atuar conscientemente

cobrando do aluno a leitura diária em casa, proporcionando idas a biblioteca,

jornais, revistas, livros, diversos, etc. e essa leitura não pode ser uma ação

mecânica, pelo contrário, deverá ser cobrada, exigindo do aluno tudo que foi

lido, incentivando-o sempre para que tomem gosto pela mesma.

E para compreendê-la no todo, há necessidade que se aprenda a ler e

se leia muito. Assim sendo, o aluno não encontrará dificuldades em outras

matérias, pois todas necessitam da leitura. O ato de ler deve seguir o indivíduo

por toda vida.

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Porem, a leitura escolar é uma das formas de realizar leitura, pois entre

os alunos que não desperta o interesse por esse processo em sala de aula,

estão aqueles que usam a leitura na vida diária, como vendedor ou lendo

jornais, revistas, listas de preços, etc. e por sua vez a escola deve oferecer

condições para que as interações ocorram. E assim o aluno posa avançar na

construção do conhecimento expressivo por meio da contextualização e da

interdisciplinaridade.

De acordo com Coelho (1991) e Alves (2008), as dificuldades de

aprendizagem no processo de obtenção da leitura podem ser divididas em

quatro categorias: Dificuldade na leitura oral: Devido à percepção visual ou

auditiva alterada, a criança recebe informações cerebrais alteradas e

frequentemente troca, confunde, acrescenta ou omite letras e palavras.

Dificuldade na leitura silenciosa: Devido à distorção visual a criança apresenta

lentidão acompanhada de dispersão na leitura, perdendo-se no texto e

repetindo palavras ou mesmo frases inteiras; necessidade de apontar com

lápis, régua ou mesmo com o dedo; leitura subvocal (cochichada). Dificuldade

na compreensão da leitura: Devido à deficiência de vocabulário e a pouca

habilidade reflexiva, a criança apresenta obstáculos em compreender o que

está escrito.

Problemas relacionados com á velocidade, pois a leitura silabada impede a

retenção do texto mais que a leitura fluente; a utilização inadequada dos sinais

de pontuação, que reduz a velocidade da leitura e pode provocar uma

interferência no significado do que esta sendo lido; incapacidade para seguir

instruções, tirar conclusões a reter ideias, aplicando-as e integrando-as à própria

vivencia anterior. (Alves, 2008. pp.106-107)

Siegel, Le Normand e Plaza (2005) trazem grandes contribuições para o

entendimento da dislexia. Para eles:

Distúrbios específicos podiam esta associados a dificuldades que atinge as

áreas da motricidade, das aptidões e visõespaciais, da organização sequencial,

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da atenção seletiva, da memória e/ou dos diferentes componentes da linguagem.

O caráter específicos dos distúrbios de aprendizagem, que os diferencia

radicalmente dos atrasos gerais de aprendizagem, não implica portanto que eles

sejam monofatoriais ou isolados. (p. 382)

Ainda de acordo com Siegel et al. (2005) os problemas de aprendizagem

correspondem aos interesses de muitos estudiosos:

A incapacidade de aprender a ler e a escrever de uma criança inteligente foi

chamada de “cegueira verbal congênita” no final do século XIX. Desde então

esta dificuldade foi descrita sob termos diversos: distúrbios de aprendizagem na

leitura e da escrita, dificuldade especifica para ler e escrever, atrasos em leitura

e em escrita, dislexia (específica, evolutiva, “de desenvolvimento”), disortografia;

as crianças foram qualificadas de disléxicas, disortográficas, más leitoras, más

escritoras, não-leitoras. (Siegel, et. al. ,2005 p.383)

A autora especifica que para que o pesquisador detecte os distúrbios de

aprendizagem, este precisa estar apoderado de conhecimentos a respeito do

desenvolvimento e das competências das crianças. Ela ainda apresenta em

sua obra (Siegel, et. al.2005) uma série de provas utilizadas como instrumentos

para o prognóstico:

a) Uma prova de identificação das palavras;

b) Uma prova de coordenação visomotora fina;

c) Uma prova de práxias construtivas;

d) Uma prova de memória em curto prazo;

e) Uma prova de gnosias digitais que permite também explorar a

capacidade da memória sequencial não-verbal.

Mais especificamente sobre a dificuldade de aprendizagem, dislexia,

diferentes conceitos são utilizados por alguns autores sobre o termo:

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Para Grégoire (1997) o termo dislexia significa problemas na

aprendizagem da leitura, diferenciando-se do termo alexia que é a

incapacidade para aprender a ler ou para compreender a linguagem escrita por

consequência de uma lesão cerebral. Assim, dislexia refere-se aos indivíduos

que com um nível mental natural, sem deficiência sensorial e sem uma causa

aparente que revelem dificuldades no processo de aquisição da leitura.

Para Selikowitz (2001), a dislexia engloba uma dificuldade na

aprendizagem da leitura, que aparece por dificuldades de distinção ou

memorização de letras, bem como palavras, isoladas ou agrupadas.

Os disléxicos constituem um grupo especial, uma vez que eles são os maus

leitores cuja dificuldade resulta de uma alteração de base no potencial para a

aquisição da leitura. Ao mesmo tempo, constituem um grupo especial porque são

crianças de alto funcionamento em outros domínios cognitivos. Em termos

práticos, o conceito de dislexia veicula a idéia de que a criança disléxica é uma

criança de grande potencial intelectual, mas com uma inabilidade congênita que

faz dela um mau leitor. A difusão maciça dessa idéia visa alertar que a criança

disléxica requer uma atenção especial por parte dos educadores, instando-os a

lançar mão de recursos e procedimentos capazes de assegurar as suas

necessidades do ponto de vista educacional. A pergunta inevitável que vemos

surgir aqui é: E quanto aos maus leitores não disléxicos? (Shaywitz, 2006, pp.51

e 54)

Já o conceito de dislexia no IV Simpósio Internacional – Cérebro,

dislexia, cognição e aprendizagem, promovido pela Associação Brasileira de

Dislexia, é:

Dislexia: É um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico

de linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade em

codificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico.

Estas dificuldades na decodificação de palavras

simples não são esperadas em relação à idade. Apesar de instrução

convencional, adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e sem

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distúrbios cognitivos fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da

linguagem, frequentemente incluídos problemas de leitura, em aquisição e

capacidades de escrever e soletrar. (ABD, 2000, p. 12).

Sobre a aquisição da leitura, alguns autores fizeram pesquisas para

encontrar soluções para eventuais problemas.

Segundo Zucoloto (2001), a leitura e a escrita são as formas de

linguagem mais avaliadas pela escola, sendo o fundamento para a avaliação

escolar já que ambas implicam em um duplo sistema simbólico, pois permitem

transcrever um equivalente visual em um equivalente auditivo. Carvalho (2002)

ainda acrescenta que o ato de aprender a ler como se a leitura fosse um

atividade mecânica, separada da compreensão, é um fato que acontece todos

os dias, e pode ser apreciado na maioria das escolas. Estudar palavras soltas,

sílabas isoladas, ler textos sem fundamento e repetir até a exaustão exercícios

de cópia, resulta em desinteresse e rejeição da atividade de leitura e escrita.

Por isso, o autor sugere que a aprendizagem da leitura se torna mais eficiente

quando os leitores trazem o conhecimento a respeito das convenções,

características, tipo de estrutura do texto do qual vão fazer a leitura.

Ainda sobre as pesquisas realizadas sobre problemas de aprendizagem,

Kato (1999) afirma que:

As pesquisas em leituras, principalmente na área da psicologia e da

psicolingüística, são unânime e afirmar que, na leitura proficiente as palavras são

lidas não letra por letra ou sílaba por sílaba, mas como um todo não analisado,

isto é por reconhecimento instantâneo e não por processamento analítico-

sintético [...] é fato reconhecido na literatura que quanto mais eficiente um leitor,

maior seu vocabulário visual (Kato, 1999. pp.33-34).

Um estudo realizado por Durkin (1966) demonstra que crianças que tem

contado com um ambiente letrado antes do ingresso na escola tem melhor

desenvolvimento, pois aquelas que na idade de pré-escola já conseguiam ler

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tinham tido nos anos anteriores uma rica participação em eventos de

letramento, proporcionada pelos pais, principalmente leitura de livros infantis e

trabalho com os sons das letras. O que é explicitado por Ferreiro (2001):

Escutar alguém lendo em voz alta e ver os adultos escrevendo; tentar escrever

(sem estar copiando o modelo); tentar ler dados textuais, assim como

reconhecendo semelhanças e diferenças nas séries de letras; brincar com a

linguagem para descobrir as semelhanças e diferenças sonoras. (Ferreiro 2001,

p.102)

Para Heath (1982-1983), o desenvolvimento da escrita e da oralidade se

suportam e se influenciam. Pois, nos meios onde à escrita faz parte do

cotidiano ao mesmo tempo em que a criança aprende a falar ela começa a

aprender as funções e usos da escrita. O que é reforçado por Nicolau (2007)

quando diz que:

Os estudos demonstram que a aquisição da leitura e da escrita é função da

nossa consciência fonológica e a consciência de que se fala pode ser

segmentada seguida da habilidade de manipular esses segmentos... Tomar

gosto pela leitura e pela escrita significa construir estratégias que nos levam a

descoberta de como a leitura e a escrita pode ser processos proveitosos e

prazerosos. (p. 133)

Viana (2002) acrescenta que a atividade da leitura implica em diferentes

processos de cognição e como diversos indivíduos que podem apresentar

dificuldades na aquisição da leitura, por isso, pode-se levar a confusões e mal-

entendidos sobre o problema. Para os psicólogos que trabalham no âmbito

escolar, as dificuldades que muitas crianças apresentam no processo de

aquisição da leitura constituem as principais preocupações.

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2.4- Discalculia

As dificuldades de aprendizagem estão presentes no cotidiano escolar, é

comum encontrarmos pesquisas a respeito de dificuldade de aprendizagem na

escrita e na leitura. Já as dificuldades de aprendizagem referentes à

matemática tem sido pouco estudadas até o momento. Os estudiosos não tem

dado a devida importância a esse fator, uma vez que a escola tem a

matemática como uma das matérias mais difíceis de ser aprendida. As

dificuldades enfrentadas pelos os alunos são confundida com o grau de

dificuldade de entendimento da matéria, assim, muitos educandos terminam o

ensino fundamental sem aprender no mínimo as quatro operações. A esse

respeito Bastos (2006), reforça dizendo que:

As dificuldades de aprendizagem, em matemática são menos estudadas e os

neurologistas têm lhe dado pouca atenção, mantendo-se afastado do tema. Não

saber matemática parece incomodar menos do que ter dificuldade em leitura e

escrita, sendo a matéria considerada difícil por todos; saber matemática parece

ser um privilégio de poucos. Não se leva em conta o pensamento de Aristóteles:

“os inábeis na manipulação das pedras são enganados pelos hábeis no cálculo.”

(p.195)

O mesmo autor afirma que o sistema cerebral para os números é

comparável as outras áreas cerebrais especializadas como as responsáveis

pelo conhecimento das cores, pela audição, entre outras que se tratando de

algo que pode ser desenvolvido em crianças desde cedo, uma vez que existe

evidência de que crianças possuem as habilidades básicas para o

desenvolvimento da matemática, segundo pesquisas citadas pelo autor,

crianças podem realizar cálculos simples aos seis meses de idade. E baseados

em pesquisas sobre o assunto, o autor cita um estudo realizado por Aebil, onde

o mesmo trás quatro passos para o aprendizado da matemática.

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A primeira ação inclui objetivos reais. (eu tenho 5 maças e tiro 3, quantas

ficam?)

O segundo passo é uma ilustração simbólica da operação matemática. A

representação realística é modificada por uma forma mais abstrata (se apagar

3 dos 5 círculos desenhados na lousa, quantos ficarão?).

O terceiro passo é a transformação dos símbolos numéricos, com a vantagem

da aplicabilidade universal (por exemplo: quanto é menos 3?).

Quarto passo e ultimo passo é a autorização de resultados conhecidos, por

meio da repetição.

São etapas que devem ser levadas em conta por todos os educadores

para que possa desenvolver essas habilidades desde cedo. Uma vez que o

professor disponha do conhecimento de como acontece essa aprendizagem na

matemática, será possível fazer uma avaliação constante baseado nos

avanços do individuo em cada etapa.

Outras pesquisas realizadas apontam para a importância do

conhecimento sobre como acontece à aprendizagem, Gazzaniga em 1984,

mostra que ambos os hemisférios podem processar números e quantidades,

existindo pelo menos duas importantes diferenças entre o hemisfério esquerdo

e o direito. 1°, os números apresentados ao hemisfério esquerdo podem ser

nomeados, em quanto ao direito não; 2°. Os pacientes podem calcular somente

com números apresentados ao hemisfério esquerdo, enquanto fracassam com

o direito, mesmo com operações simples.

Ainda de acordo com Bastos (2006):

Entre os seis e os doze anos de idade são necessários os seguintes requisitos

para o aprendizado adequado da matemática. a) Ter a capacidade de agrupar

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objetos de dez em dez; b) Ler e escrever de 0 a 99; c)Saber a hora; d)Resolver

problema com elementos desconhecidos. e) compreender meios e quartos; f)

medir objetos; g) nomear o valor do dinheiro; h) medir volume; i) contar de 2 em 2,

5 em 5, 10 em 10; j)compreender os números ordinais; L) completar problemas

mentais simples; m) executar operações matemáticas básicas. (p. 199)

Já para o adulto, a habilidade matemática deve incluir leitura, escrita,

produção e compreensão de números, conversão de números nesses formatos

e realização das quatro operações como também a resolução de problemas

aritméticos. Por se tratar de uma função cerebral complexa, o calculo é um

processo onde são envolvidos vários mecanismos cognitivos, como podemos

citar os mecanismos apontados por Bastos (2006), “como: a)processamento

verbal e/ou gráfico da informação; b) percepção; c) reconhecimento e produção

de números; d) representação número/símbolo; e) discriminação visoespacial;

f) Memória de logo e curto prazo;g) raciocínio sintático; e h) atenção.” (p. 199)

Alguns modelos neurocognitivos buscam explicar como acontece o

processamento matemático e as dificuldades encontradas nele, podemos, a

esse respeito, citar os modelo apresentados por Bastos (2006):

Modelo de McCloskey (1985)- O mecanismo de compreensão e produção de

números é diferente. Existem dois subsistemas: um para o processamento do

sistema numérico arábico (por exemplo, 435) e outro componente para o

sistema numérico verbal – formas falada e escrita (por exemplo, quatrocentos e

trinta e cinco). [...] O sistema para cálculo tem três componentes, além do

mecanismo de processamento numérico:

1. Processamento do símbolo operacional (por exemplo, 7);

2. Lembrança dos fatos aritméticos básicos (por exemplo, 6 x 7= 42);

3. Execução do procedimento de cálculo. (199-200)

Modelo do triplo código de Dehaene e Cohen

As informações numéricas podem ser manipuladas no cérebro de três

formas. Uma representação analógica de quantidade, na qual os números

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são representados com um formato verbal [...] uma forma visual, no qual o

número é representado de símbolos numéricos.

O processo transcodificador permite que a informação seja modificada de

um código para o outro. Pode se converter um número arábico por uma

palavra numérica.

Cada tarefa de processamento numérico é baseada em conjuntos fixos de

entrada e saída. (p. 200-201).

Em pesquisas realizadas por Klebanov (1994); Kopera-Frye (1996);

Alarcone (1997); Aronson e Hagnerg (1998) e colaboradores avaliaram

crianças que nasceram abaixo do peso, com síndrome fetal alcoólica, gêmeos

e os filhos de alcoólatras e encontraram dificuldades no aprendizado da

matemática, comprometimento no processamento numérico, significação de

fator hereditário e dificuldade em memória de curto prazo, desorientação

espacial e dificuldade em matemática.

Além da discalculia, faz-se necessário que abordemos a existência da

acalculia, outro distúrbio que envolve as aquisições aritméticas. Trata-se de um

transtorno que acomete um indivíduo que sofreu lesão cerebral, como por

exemplo, um acidente vascular cerebral ou um traumatismo crânio-encefálico,

e perde as habilidades matemáticas que já haviam sido adquiridas.

De acordo com Rosselli e Ardilla, o termo acalculia foi primeiro utilizado

por Henschen em 1925, sendo a perda da capacidade de fazer cálculos e

desenvolver o raciocínio aritmético. No ano de 1965, Hecaen e outros

estudiosos observaram 183 pacientes com lesões cerebrais e distinguiram três

subtipos de acalculia: 1) alexia e agrafia para números, em que existe

problemas para ler e escrever quantidades, com o comprometimento no

hemisfério cerebral esquerdo; 2) acalculia espacial, na qual há uma dificuldade

na orientação espacial, impossibilitando a colocação dos números em posições

adequadas para se executar cálculos, com comprometimento do hemisfério

direito; 3) anaritmetia, que diz respeito à acalculia primária e implica a

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inabilidade em conduzir operações aritméticas, devido a lesões em ambos os

hemisférios.

Em 1991, Segalowitz e colaboradores fizeram estudos sobre a ligação

entre o trauma de crânio leve e a dificuldade ao se aprender matemática e foi

demonstrado que o rendimento piora após o traumatismo craniano.

No ano de 1993, Gross-Tsur e outros estudiosos mostraram que há

doenças que podem provocar dificuldades durante a aprendizagem da

matemática, por exemplo, a epilepsia, a síndrome do X frágil, síndrome de

Turner e fenilcetonúria tratada, entre outras.

Já a discalculia, não é um distúrbio neurológico e sim de aprendizagem.

A palavra discalculia vem do grego (dis, mal) e do Latim (calculare, contar). Por

sua vez, calculare vem de cálculo, que significa o seixo ou um dos contadores

em um ábaco.

De acordo com a Academia Americana de Psiquiatria, discalculia do

desenvolvimento é uma dificuldade em aprender matemática, com falhas para

adquirir competência adequada neste domínio cognitivo, sofrendo influência

dos métodos ruins de ensino, oportunidade escolar, instabilidades emocionais

e falta de motivação necessária. Cerca de 6% das crianças têm discalculia do

desenvolvimento. Os principais sintomas encontrados mais frequentemente

são: 1) erro na forma dos números, que frequentemente ficam invertidos; 2)

dislexia; 3) inaptidão para efetuar somas simples; 4) incapacidade para

reconhecer sinais operacionais; 5) dificuldade para ler corretamente o valor de

números com multidígitos; 6) memória deficiente para fatos numéricos básicos;

7) dificuldade de transportar números para local adequado ao realizar cálculos;

8) ordenação e espaçamento inapropriado dos números ao realizar

multiplicações e divisões.

Assim, a discalculia como distúrbio de aprendizagem é definida como

uma confusão neurológica que afeta a aptidão do indivíduo de compreender e

manipular números. Parolin e Salvador (2002, p. 34) afirmam que: “não é raro

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ouvirmos depoimentos demonstrando a falta do desenvolvimento adequado

das habilidades relacionadas ao cálculo, ou ao raciocínio lógico em seu dia-a-

dia, o que não significa falta de competência para esse raciocínio”.

O termo discalculia é comumente usado para especificar a inabilidade de

executar operações matemáticas ou aritméticas, sendo definido por alguns

estudiosos como uma inabilidade para conceitualizar números de maneira

abstrata e comparativa, estando relacionada à dislexia e a dispraxia. De acordo

com Johnson e Myklebust (1983): “Este transtorno não é causado por

deficiência mental, nem por déficits visuais ou auditivos, nem por má

escolarização”.

2.4.1 Sintomas e diagnóstico

Deve-se ter a consciência que é necessário alertar e qualificar

professores para que percebam que determinadas crianças têm dificuldades

em aprender matemática, que não são “preguiçosos” ou os pais não se

preocupam, e sim que precisam de um diagnóstico, que por sua vez, deve ser

feito por uma equipe interdisciplinar.

A discalculia pode ocorrer em qualquer pessoa, mas que tenha

problemas específicos frequentes com matemática, tempo, medida, etc.

Geralmente, a discalculia se apresenta em algumas pessoas que tenham

dislexia ou dispraxia, portanto não é um problema raro. Existindo ainda,

estudiosos que sugerem que esse distúrbio é parcialmente hereditário.

Além das limitações matemáticas, a discalculia caminha junto com

outros obstáculos, como confusão de noções de tempo, a introspecção

espacial, a memória pobre e problemas de ortografia.

Segundo Romagnoli (2008), alguns sintomas podem indicar a

discalculia, tornando-se assim, fácil de ser averiguada pelos profissionais de

educação:

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• Dificuldades corriqueiras com os números, confundindo os sinais das

operações matemáticas;

• Problemas para diferenciar o esquerdo e o direito (lateralidade);

• Falta de senso de direção (norte, sul, leste, e oeste) e pode também

ter dificuldade com um compasso.

• A incapacidade de dizer qual de dois números é o maior.

• Dificuldade com tabelas de tempo, aritmética mental, etc.

• Melhor nos assuntos que requerem a lógica, do que nas fórmulas de

nível elevado que requerem cálculos mais elaborados;

• Dificuldade com conceitos de tempo e elaboração da passagem do

tempo;

• Problemas com tarefas diárias, como verificar a mudança nos dias

da semana e ler relógios analógicos;

• A falta de habilidade de compreender o planejamento financeiro ou

incluí-lo no orçamento estimando, por exemplo, o custo dos artigos em

uma cesta de compras;

• Dificuldade mental de avaliar a medida de um objeto ou de uma

distância;

• Inaptidão de apreender e lembrar conceitos matemáticos, regras,

fórmulas, e sequências matemáticas;

• Dificuldade de manter a contagem durante jogos;

Dificuldade nas atividades que requerem processamento de

sequências, tal como etapas de dança ou leitura, escrita e coisas

que sinalizem listas;

• Pode ter o problema mesmo com uma calculadora devido às

dificuldades no processo da alimentação nas variáveis.

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• Poderá obter, em casos extremos, a uma fobia da matemática e de

quaisquer dispositivos matemáticos, como as relações com os números.

Já sobre as causas mais recorrentes da discalculia, Romagnoli

(2008) acrescenta que os motivos mais aparentes podem ser:

Um quociente de inteligência baixo (menos de 70, apesar de que as

pessoas com o QI normal ou elevado também possam apresentar o

problema);

Um estudante que tenha um professor que possui um método de ensino

da matemática, seja difícil para ele compreender;

Memória em curto prazo, que está sendo confundida ou reduzida,

tornando difícil o aprendizado de cálculos;

Desordem inata ou hereditária (ainda em fase de estudo);

Uma combinação destes fatores.

Assim sendo, mesmo que os estudos sobre o problema tenham

avançado, há muito para ser colocado em prática, pois caso as dificuldades de

aprendizagem na matemática, discalculia, não seja detectada a tempo, pode

comprometer o desenvolvimento escolar da criança. Essa criança, com o

referido problema, por medo de enfrentar outras experiências adota

comportamentos inadequados e podendo se tornar agressiva, apática e

desinteressada. Nesse sentido, o psicopedagogo é o profissional indicado no

tratamento da discalculia, que deve ser feito em parceria com a escola onde a

criança estuda. Propondo que os professores desenvolvam atividades

específicas com esse aluno, de modo que ele não seja isolado do restante da

turma.

Ressaltando o papel do professor que precisa ser mediador e facilitador,

favorecendo e direcionando o aluno para um caminho de autonomia e

responsabilidade, mostrando a realidade e construindo um ambiente em que o

aluno reflita sobre as atitudes ou ações que possam propiciar a sua vida e a de

sua comunidade. E é através desta autonomia que o aluno se sentirá

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preparado para questionar as dúvidas que os incomodam e assim assumirem

um papel principal no momento do ensino/aprendizagem.

2.5 Aprendizagem e as metodologias de ensino

Buscar definir uma metodologia que motive a aprendizagem é um tanto

complexo, uma vez que cada aluno tem a sua história de vida e suas

dificuldades particulares. O professor deverá buscar identificar o que está

acontecendo, procurando adaptar suas aulas gerando no aluno o interesse. Um

docente comprometido com o desenvolvimento integral dos seus discentes

deve está em busca de aperfeiçoar o momento da aprendizagem e torná-lo em

algo prazeroso, fazendo com que o seu aluno seja um ser participativo.

Segundo Libâneo (2008, p. 29), “O processo de ensino é uma atividade

conjunta de professores e alunos, organizado sob a direção do professor, com

a finalidade de prover as condições e meios pelos quais os alunos assimilam

atividades conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções.”

Baseado no fato que o professor é a pessoa que permanece por mais

tempo com o aluno, principalmente nos momentos de aprendizagem, a criança

começa a admirar o professor e tê-lo com modelo social a ser seguido,

passando a acreditar e a copiar o mestre em quase tudo e a não questionar o

que dito pelo mesmo. Nesse sentido os professores devem está aberto para

aprender junto com o aluno, precisam está atento, fazendo com que o aluno

venha a refletir e dialogar, tirar suas dúvidas, pois os educadores também

aprendem com as dúvidas dos alunos. No período de ensinar o docente

precisa entender que não é simplesmente falar e transferir informação ao

discente, mas o que está sendo discutido necessitará fazer parte da vida do

aluno, do seu contexto.

Mais afinal o que seria então ensinar? Muitos autores têm realizado

vários trabalhos em busca de conceituar possível o ato de ensinar, como é

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possível cita um dos autores mais influentes nesse assunto, o pesquisador

Antunes (2008), afirma:

Ensinar quer dizer ajudar e apoiar os alunos a confrontar uma informação

significativa e relevante no âmbito da relação que estabelecem com uma dada

realidade, capacitando-o para reconstruir os significados atribuídos a essa

realidade e a essa relação. (p.30)

É necessário levar o aluno a confrontar as suas experiências com o que

está sendo ensinado na sala de aula e assim promover uma aprendizagem

significativa partindo da realidade do mesmo e relacionando com os

conhecimentos sistematizados trabalhados na escola. Pois ainda de acordo

com (Antunes, 2008, p.30) “Recebemos instrução para realizar determinada

tarefa e, dessa maneira, somente diante da mesma a instrução se faz útil. O

aluno aprende para viver melhor e para colher informações, confrontá-las com

a realidade”. Para realizar uma aula adequada aos alunos com dificuldades de

aprendizagem é preciso consiga identificar os seus obstáculos e procura

desenvolver atividades que motivem o aluno a está ali, naquele momento,

interagindo e aprendendo com as experiências dos colegas e do próprio

professor. Não se pode dizer que uma aula foi proveitosa se não existe o

diálogo, o escutar, o tirar dúvidas. Por isso cabe ao professor se qualificar e

procurar estar atento às mudanças e aos próprios alunos, sabendo observar e

coletar informações permanentemente modificando suas metodologias, caso

necessário. Por isso “Uma aula é excelente, no Brasil ou em qualquer país do

mundo, quando alcança com facilidade seu objetivo essencial, no caso ‘ajudar

o aluno a construir sua própria aprendizagem’”. (Antunes, 2008, p.49)

Como se sabe, o adulto, na concepção tradicional, é considerado como

homem acabado, "pronto" e o aluno um "adulto em miniatura", que precisa ser

atualizado. O ensino será centrado no professor. O aluno apenas executa

prescrições que lhe são fixadas por autoridades exteriores, percebe-se que a

mesma não tomava cuidado com a participação do aluno, era autoritária,

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repetitiva nos ensinamentos, podemos perceber o seu reflexo, ainda, na

educação atual. Conforme Luckesi (1994):

[...] a autoridade do professor exige atitude receptiva dos alunos e impede

qualquer comunicação entre eles no decorrer da aula. O professor transmite o

conteúdo na forma da verdade a ser absorvida; em consequência, a disciplina

imposta é o meio mais eficaz para assegurar a atenção e o silencio (p. 57).

É formidável que o educador se atualize em relação à forma como as

crianças e os jovens de hoje recebem informações e aprendem, para rever as

técnicas que são utilizadas no processo educacional e assim buscar as

inovações necessárias para dispor de uma didática que seja compatível com o

tempo vivenciado.

Segundo Kauark e Silva (2008):

A metodologia da escola deve ser adequada, envolvendo seus alunos. E no

momento em que surgir algum problema com algum aluno é importante que haja

uma mobilização por parte da escola, a fim de que solucionem a possível

dificuldade. A escola deve esforçar-se para a aprendizagem ser significativa para

o aluno. Com isso todos ganham: a escola, a família e, principalmente, a criança

(p. 269).

Faz parte da prática do professor adequar e promover uma

aprendizagem significativa, através de suas intervenções pedagógicas e

situações onde o aluno tenha a liberdade de construir o conhecimento baseado

no contexto no qual estar inserido. E para a promoção de processo de

aprendizagem onde tenha o desenvolvimento integral com uma das tarefas

mais importantes, pode-se apresentar a motivação como ferramenta

indispensável. Quando a segurança é desenvolvida na criança ela se sente

mais segura e consequentemente terá mais liberdade para buscar as soluções

para o seu processo na construção do conhecimento.

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A esse respeito Fonseca (2008), afirma que a motivação está ligada a

aprendizagem e por sua vez ressalta que a estimulação e a atividade por si só

não garante a aprendizagem, uma vê que para aprender é preciso encontrar-se

motivado e interessado, ou seja, tem que querer aprender e ter condições

orgânicas para isso. Diante do exposto é possível afirmar que o auxilio

proporcionado pelo professor permanece inteiramente ligado à necessidade de

cada criança, procurando se dedicar mais as que têm dificuldades de

aprendizagem, ajudando-as a superar os medos.

A postura adequada de um professor é de ser um mediador da

aprendizagem, pois ele tem um papel fundamental no desenvolvimento da

criança. Essa mediação está ligada a promoção de situações que sejam

favoráveis à aprendizagem e que sejam positivas para assim oferecer uma

educação de qualidade. Uma vez que já foi provado que o ser humano não

consegue aprender sem a interação com o outro, é necessário que exista a

socialização e o professor é essencial neste processo através de sua postura

ética e observadora. De acordo com Libâneo (2008):

A característica mais importante da atividade profissional do professor é a

mediação entre o aluno e a sociedade, entre as condições de origem do aluno e

sua destinação social na sociedade, papel que cumpre provendo as condições e

os meios (conhecimentos, métodos, organização do ensino) que assegurem o

encontro do aluno com as matérias de estudo. Para isso, planeja, desenvolve suas

aulas e avalia o processo de ensino (p. 47).

O docente que assume uma postura mediadora e com ações

pedagógicas positivas, buscando desenvolver atividades significativas em que

seja despertado no aluno o prazer, a vontade de estar dividindo e interagindo

com o outro, estará ajudando e favorecendo no processo da construção do

conhecimento. Pois é de responsabilidade do professor oferecer um ambiente

educativo onde possa possibilitar condições para a aprendizagem, levando em

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consideração as limitações de cada um, e valorizando as habilidades de cada

educando.

Antunes (2008) ressalta que para assumir a verdadeira postura de um

mestre é preciso entender que sala de aula deve ser utilizada como ambiente

educativo, mais sem esquecer que os alunos aprender tanto dentro da sala

como fora delas, uma vez que as aulas de verdade não se restringem a salas

de aulas, pois os saberes na mesma provocados representam desafios para

que os alunos os contextualizem na vida que vivem. E na busca por formar

cidadãos críticos, o papel do professor é através de sua postura dentro de sala

de aula proporcionar ao aluno um espaço onde o mesmo possa se sentir a

vontade para se expressar, dá a sua opinião. Sem esquecer que deixar o aluno

à vontade, não que dizer que ele irá seguir sem limites, o mesmo tem que

saber que existem regras e não basta apenas deixar o educando fazer o que

quer, mas mostrar que em toda sociedade existe regras e devemos segui-las.

Vale ressaltar a importância de uma reflexão do educador quanto a sua

postura dentro da sala de aula, assumindo uma postura de verdadeiros

mediadores e facilitadores no processo da construção de cidadãos que sejam

protagonistas de sua história, onde tenha desejos e esperanças de construir

um mundo melhor.

Para Antunes (2002), o professor precisa:

Se libertar da rotina, adquirindo a ousadia e a coragem de buscar novos

caminhos, empolgar-se e com espírito crítico e bom senso, aprender coisas novas,

transformando-as em ação. Formar-se integralmente significa aprender e se

transformar a partir de procedimentos pessoais e coletivos de autoformação (p.

78).

O professor ao tomar uma atitude de mudar a sua didática esta se

libertando de certas condutas e ao mesmo tempo avaliando a sua metodologia,

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permanecendo com as experiências que deram certo e substituindo as práticas

que ao deram certo por experiências novas que visem o desenvolvimento

integral dos educandos.

2.6 Gestão democrática e a aprendizagem

Já é conhecido que a qualidade da educação se abanca de acordo com

a competência de seus profissionais ao oferecer para alunos, bem como a

sociedade em geral, experiências educacionais que colaborem com a formação

e sejam capazes de promover o desenvolvimento de conhecimentos,

habilidades e atitudes necessárias ao enfrentamento dos desafios impostos

pelo mundo globalizado e cada vez mais tecnológico, orientado por um acervo

emergente e mais complexo de informações e por uma busca de qualidade em

todas as áreas de atuação.

É visto que desenvolver continuamente a competência profissional

constitui-se em desafio a ser assumido pelos profissionais de educação, pelas

escolas e pelos sistemas de ensino, pois se constitui em condição fundamental

da qualidade do ensino. Nenhuma escola pode ser melhor se os profissionais

que nela atuam não são de qualidade. Assim como o ensino não pode ser

democrático, isto é, de qualidade para todos, caso não se firme sobre padrões

de qualidade e capacidades profissionais básicas que sustentem essa

qualidade.

Hoje em dia, costuma-se identificar a má preparação para o mercado de

trabalho e na dificuldade em levar o aluno ao ensino superior como as duas

características que determinam a péssima qualidade da educação. Mas essas

não devem ser as únicas preocupações da escola, pois se deve indagar se não

existem outros valores que devem ser ensinados na escola pública. O

propósito dos valores escolares deve ser mais amplo, assim como cita Bastos

(2005) quando diz que:

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A escola, então, ao prover educação, precisa tomá-la em todo o seu significado humano, não em apenas algumas dimensões. Por isso, pode-se dizer que a escola pública tem baixa qualidade sim, mas não pelas razões que normalmente são levadas para isso (porque não consegue fazer o que faz a escola particular ou o que fazia a "boa" escola de antigamente). (p.61).

Vemos de forma consciente que a sociedade atual, que é orientada pela

economia baseada no conhecimento e pela tecnologia da informática e da

comunicação, constituem-se de oportunidades culturais instigantes e

convenientes a todas as pessoas e organizações, assim como desafios e

exigências extraordinários. Assim sendo, a educação se torna indispensável

como ação contínua e permanente, demandando das instituições que a

promovem, a necessidade de reinventar-se e melhorar suas competências

ininterruptamente.

Como consequência, para trabalhar na área de educação, e para

atender essas demandas, torna-se necessário que se conheça a realidade e

que se tenha as competências cogentes para realizar nos contextos

educacionais as mudanças de acordo com as necessidades e demandas

emergentes no contexto da realidade externa e no interior da escola. Contudo,

as dificuldades com estrutura e apoio pedagógico atrapalha o papel de

conhecimento e renovação sobre o ambiente escolar. Assim como sugere

Bastos (2005) quando diz que:

O educador escolar, em especial o professor, pouco tem conseguido fazer diante da falta de material pedagógico, das classes abarrotadas (que desafiam qualquer bom senso pedagógico), da falta de assistência pedagógica, enfim, das inadequadas condições de trabalho em geral. Entre estas, seu ínfimo salário, que o obriga a mais de uma jornada de trabalho, é um dos elementos mais marcantes, condicionante inclusive de sua baixa competência profissional. (p.62)

Dessa forma, como já foi dito, não adianta propor um projeto de

qualidade se o empenho dos profissionais não acompanhar o que sugere o tal

padrão. Pois, por mais que o proposto seja conceitualmente necessário e

possa provocar reações positivas no setor educacional, se a colocação em

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prática do mesmo não for feita por quem tem a competência devida, o

resultado não será satisfatório.

Ao mesmo tempo que, a participação da família na escola é primordial

para o desenvolvimento do aluno, uma vez que, uma postura positiva em

relação ao aprender e a forma de se estudar não acontece de uma hora para

outra, e é sim um valor cultural que precisa ser adquirido de forma permanente.

Começa a formar-se desde os primeiros anos de vida, precisa de ambiente

adequado para desenvolver-se e necessita de estímulos permanentes durante

a infância e a adolescência. Pois, como diz Bastos (2005), a complementação

da educação entre casa e escola é o que estimula a aprendizagem:

Grande parte do trabalho do professor é facilitado quando o estudante já vem para a escola predisposto para o estudo e quando, em casa, ele dispõe da companhia de quem, convencido da importância da escolaridade, o estimule a esforçar-se ao máximo para aprender. (p.66)

Vale salientar que tão importante quanto o incentivo à aprendizagem no

ambiente familiar é a participação dos pais no convívio escolar, já que, como foi

dito, a escola não é o mero preparador para o mercado de trabalho e para o

ingresso na universidade, é principalmente o formador social. Assim, a

frequência da família no ambiente escolar ajuda a moldar a instituição a fim de

fazer com que os filhos recebam valores semelhantes aos que são passados

em casa. Sobre isto, Paro (1995) reitera que:

Levar o aluno a querer aprender implica um acordo tanto dos educandos, fazendo-os sujeitos, quanto com seus pais, trazendo-os para o convívio da escola, mostrando-lhes quão importante é a sua participação e fazendo uma escola pública de acordo com seus interesses de cidadãos. (p. 01)

Como um processo social de formação humana, a educação se assenta

sobre embasamentos, princípios e diretrizes para orientar e dar unidade e

consistência às ações educacionais promovidas pelas escolas, na solicitação

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da formação e aprendizagem das crianças, jovens e adultos que convivem no

estabelecimento de ensino.

No mesmo contexto de democratização da escola, com a finalidade de

torná-la uma instituição aberta à comunidade e de qualidade para todos, além

dos preceitos legais para a que sua democratização aconteça, uma nova

estratégia tem sido sobreposta, que diz respeito a escolha de diretores pela

comunidade escolar, sob as conjecturas de que na medida em que a

comunidade escolhe o seu gestor, compromete-se em apoiar a prática de

projeto político-pedagógico construído de forma coletiva, e assim, acerta que

será parte atuante desse processo.

Dessa forma, em caráter abrangente, a gestão escolar é uma forma de

juntar, o trabalho da direção escolar, da supervisão ou coordenação

pedagógica, da orientação educacional e da secretaria da escola, considerados

participantes da equipe gestora e, seguindo o princípio de gestão democrática,

inclui também a colaboração ativa de todos os professores e da comunidade,

de modo a cooperarem para a realização da gestão democrática que garante

qualidade de ensino para os alunos. Sobre unificação das forças que atuam na

escola, Bastos (2005) diz que:

Quanto à gestão do pessoal escolar, supõe-se que novos elementos precisarão ser incluídos na definição do papel desses servidores frente às famílias usuárias da escola, a partir da exigência de um contato qualitativamente novo e provavelmente muito mais frequentemente do que o atual. Especialmente com relação aos professores, supõe-se que isso poderá exigir mecanismos permanentes de assessoria orientação e treinamento com o propósito de mantê-los capacitados a desenvolver um trabalho com novas atribuições. (p. 69)

Assim sendo, o intuito escolar compõe uma dimensão e um aspecto de

atuação em educação, que visa promover o preparo, a mobilização e a

articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para

garantir o progresso dos processos sócio educacionais dos estabelecimentos

de ensino, orientados para a promoção efetiva da aprendizagem dos alunos,

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com a finalidade de torná-los capazes de enfrentar adequadamente os desafios

da sociedade complexa, globalizada e da economia centrada no conhecimento.

Dessa forma entende-se que a realização de objetivos arremetidos, em acordo

com as novas necessidades de transformação socioeconômico-cultural,

mediante a dinamização do talento humano, sinergicamente organizado.

Constitui, dessa maneira uma dimensão respeitabilíssima para a educação,

uma vez que, por meio dela, se observa a escola e os problemas educacionais

globalmente e se busca, pela visão estratégica e as ações conectadas,

abranger, tal como uma rede, as dificuldades que interferem no ensino-

aprendizagem do aluno.

2.7 A importância da didática e as dificuldades de aprendizagem

Por um longo tempo, manteve-se a ideia de que o professor podia

atribuir aos alunos a responsabilidade pelo fracasso do processo de

ensino/aprendizagem, deixando-se claro que se o aluno não aprende a culpa é

sempre dele, e não do professor, uma autoridade na matéria que leciona.

Muitos professores, ainda aceitam a ideia de que a responsabilidade da não

aprendizagem nunca lhes cabe, e que os maus resultados se devem ao fato de

os alunos serem relapsos e não estudarem o suficiente, ainda que metade da

turma não tenha obtido rendimento satisfatório.

Era uma causa frequente, até poucos anos, os casos em que a

maioria da classe era reprovada em uma disciplina e este fato aceito como

natural pela comunidade escolar, uma vez que o professor era exigente,

“Caxias”, adjetivo do qual, muitos se orgulhavam. Aceitar essa lógica, no

entanto, implica aceitar a ideia de que não cabe ao professor a incumbência de

fazer com que o aluno aprenda, mas que, de modo inverso, cabe ao aluno o

encargo de aprender, o que, de maneira cômoda, exime o mestre de qualquer

responsabilidade, pois exalta a sua competência nos casos de sucesso e

exacerba a incompetência dos alunos nos insucessos obtidos.

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Atualmente muitos os professores, embora conscientemente nem

pensem assim, continuam inconscientemente sua prática pedagógica sob esse

prisma, sem sequer atentar para o fato de que a sua tarefa fundamental não é

dar aulas, mas fazer com que os seus alunos aprendam. Há uma máxima que,

ironicamente, diz: “o problema estará resolvido no instante em que se encontra

um culpado ao qual se possa atribuir a responsabilidade”. Nessa linha de

raciocínio parecem seguir os professores, uma vez que, além da incapacidade

e desinteresse dos alunos, são inúmeras as desculpas apresentadas para

justificar o mau desempenho de seus discípulos: os baixos salários, a falta de

material didático, o grande número de alunos por turma, a excessiva carga

horária de trabalho, entre outras.

É evidente que estes fatores contribuem para que os resultados sejam

pífios, mas é também evidente que eles não serão superados enquanto os

próprios professores não se atribuírem a responsabilidade por esses resultados

e o papel de modificar esse quadro. Aos professores cabe a tarefa de mediar a

construção de conhecimento de forma eficaz e prazerosa, despertar nos aluno

o desejo pelo conhecimento e ajudá-los a se desenvolver de forma plena.

A didática tem um papel fundamental para orientar o professor a cumpri

essa tarefa de ser medidor do processo de ensino e aprendizagem buscando o

bem esta do aluno e proporcionando situações de aprendizagem de maneira

dinâmica e atrativa.

Uma boa didática começa pela elaboração de um bom plano de ensino

seguido de um plano de aula sempre de acordo com a necessidade do aluno

buscando formas das mais variadas possíveis de fazer com que o aluno

aprenda. Mesmo diante de situações em que um planejamento não tenha

chamado atenção de alguns membros da turma, o professor deve buscar uma

forma de adaptar esse planejamento para assim atingir o objetivo proposto

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mesmo que tenha que adaptar a realidade como por exemplo, em um projeto

de leitura onde o planejamento do dia era ler contos, mas alguns membros não

tem interesse por esse tipo de gênero textual, cabe ao professor buscar junto

ao aluno qual o tipo de texto que ele gosta e fazer uma adaptação do

planejamento necessidade do aluno. A esse respeito Libâneo (2003) afirma

que:

O papel do professor, portanto é o de planejar, selecionar e organizar os

conteúdos, programar tarefas, criar condições de estudo dentro da classe,

incentivar os alunos para o estudo, ou seja, o professor dirige as atividades de

aprendizagem dos alunos a fim de que estes se tornem sujeitos ativos da própria

aprendizagem. (p.08)

Portanto o processo de ensino e aprendizagem trata-se de um conjunto

de atividades de ambos os sujeitos, professor e aluno, mais com a direção do

professor com uma proposta de visar o desenvolvimento das habilidades dos

alunos e a assimilação dos conteúdos e assim produzir um conhecimento

significativo preparando o aluno para á vida.

Quando o professor se depara com situações onde alunos apresentam

dificuldades de aprendizagem, alem de adaptar o planejamento a realidade do

aluno, é necessário que seja desenvolvido uma forma de buscar um

atendimento individual para esse aluno como afirma Smith e Strick, (2001)

Uma vez que uma dificuldade de aprendizagem tenha sido identificada, a lei

federal exige que um programa de educação individualizado (IEP) seja

desenvolvido no prazo de 30 dias letivos. A lei também exige que os distritos

escolares esforcem-se para incluir os pais no processo de planejamento do

programa (p. 133).

Prática essa, que não é vivenciada na maioria das escolas pública,

grande parte dos profissionais da educação desconhece desse direito muito

menos os pais tem conhecimento dessa lei e de como isso pode favorecer o

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educando no processo de aprendizagem. A autora ressalta a importância dos

pais participarem desse processo, e que compreenda o como irá proceder com

seus filhos dando apoio necessário para a efetivação da proposta.

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73

CAPÍTULO III

MARCO METODOLÓGICO

3.1. Tipo de investigação

Este estudo foi caracterizado como um tipo de investigação quantitativa,

tendo em vista que se buscou conhecer a realidade dos alunos das escolas do

bairro de Macaúba em Teresina-Piauí, com a utilização dos dados estatísticos.

Segundo Fernández Sampieri et altri. (2003) a investigação quantitativa

utiliza a coleta e análise de dados para responder perguntas de investigação

e provar hipóteses estabelecidos previamente e confia na medição numérica,

contabiliza frequentemente o uso de estatística para estabelecer com exatidão

padrões de comportamento em uma população.

3.2. Nível de investigação

Esta pesquisa foi do tipo quantitativo com características descritivas. E

como afirma Gil (2006), existem muitas razões para chegar a uma

determinação de uma pesquisa, a mesma pode situar-se como procedimento

racional e sistemático. Uma vez que se busca as respostas aos problemas que

são propostos.

Segundo Estelbina Miranda de Alvarenga (2010) os objetivos deste tipo

de investigação são descrever situações. Estão direcionados a determinar

como são ou como se manifestam as variáveis em uma determinada situação.

Procuram descrever os fenômenos em estudo. A descrição pode ser mais ou

menos profunda, se baseia na medição das variáveis. As descrições

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quantitativas caracterizam-se por medir as variáveis em estudo com a maior

precisão possível e os resultados se apresentam através de dados estatísticos.

3.3. Desenho de investigação

A investigação se configura com o desenho não experimental, pois foi

realizada uma pesquisa de campo com o intuito de descrever a realidade das

escolas, para a posterior sugerir soluções e não alterar o processo decorrente

nas instituições avaliadas. Um desenho da investigação é um plano lógico

formado e utilizado pelo investigador para conseguir respostas às questões de

investigação. Especificando qual o tipo de investigação a ser usado e como o

investigador planeja e controla as variáveis. Os elementos do desenho de

investigação são: o ou os meios onde o estudo será realizado; a seleção dos

sujeitos e o tratamento das amostras; o tipo de estudo; as estratégias utilizadas

para controlar as variáveis estranhas; os instrumentos de captações de dados;

o tratamento dos dados. Segundo (Tuckman:1999:24), “Um desenho de

investigação especifica as operações a realizar para testar as hipóteses, sob

um determinado conjunto de condições”

E para reforçar tudo o que já foi explicitado, Marie- Fabienne Fortin

(1999) afirma que:

O desenho de investigação é um plano lógico criado pelo investigador com vista a obter respostas válidas às questões de investigação colocadas ou às hipóteses formuladas. (…) Para além de visar responder às questões de investigação, o desenho tem por objetivo controlar as potenciais fontes de embasamento, que podem influenciar os resultados do estudo. (132)

3.4 Métodos e técnicas de coleta de dados

Para coletar os resultados na busca pelas respostas das questões para

atingir os objetivos, utilizou-se das revisões literárias assim como das respostas

obtidas através de questionários. Pois segundo Moroz (2002), “a coleta de

dados é o momento em que se obtêm as informações necessárias e que serão

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75

alvo de análise, posteriormente” (p.71). Como bem define a autora, após a

coleta dos dados deu-se inicio as análises, seguida da apresentação dos dados

em forma de texto.

3.5. População e amostra

Para tal investigação, a população afetada por este trabalho se

circunscreve aos professores do 5º ano do ensino fundamental das escolas

municipais do bairro Macaúba em Teresina-Piauí. Além de envolver os

gestores das referidas escolas com o intuito de observar a realidade do aluno

sob a ótica dos educadores. Sendo que, foi aplicado questionário a um total de

100% dos professores das turmas apresentadas, bem como a cada gestor de

cada escola mencionada.

3.6 Procedimentos do trabalho de campo

Para melhor compreender o objeto estudado, foi realizada uma revisão

bibliográfica, pois com a ajuda dos autores pode-se conceituar as dificuldades

de aprendizado estudadas na visão dos estudiosos no assunto.

Em um segundo momento, foi se buscar nas escolas onde se desejava

realizar a pesquisa, os dados sobre o número de professores, os gestores e a

quantidade de turmas.

Como terceiro procedimento foi realizado a construção de questionários,

com apoio do marco teórico, sendo eles aplicados nas três escolas piauienses

referidas. Os profissionais pesquisados foram os professores do 5º ano e os

dirigentes das instituições de ensino, pois se desejava conhecer as dificuldades

de aprendizagem do aluno sob o aspecto de quem está lecionando e regendo,

além de estar em convivência diária com as crianças envolvidas no processo

de aprendizado. Seguido da aplicação dos questionários entre 5 professores e

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3 gestores o que compunha 100% do universo referido. Para confecção dos

questionários de pesquisa, foram tomadas por base as seguintes variáveis para

a elaboração das perguntas sob a ótica dos objetivos estabelecidos e com a

finalidade de dar maior respaldo à pesquisa, frente a sua contribuição para o

ensino de crianças com algum tipo de dificuldade de aprendizagem. Pois, para

Demo (1987, p 122) “a pesquisa é uma atividade cientifica pela qual

descobriremos a realidade. Partindo do pressuposto de que a realidade não se

desvenda na superfície”.

3.7 QUADRO DA VARIÁVEL

VARIAVEIS CONCEITUACÂO DIMENSÕES INDICADORES ITENS

As dificuldades

de

aprendizagem

Dificuldade de

Aprendizagem (DA)

é um termo geral que

se refere a um grupo

heterogêneo de

transtornos que se

manifestam por

dificuldades

significativas na

aquisição e uso da

escuta, fala, leitura,

escrita, raciocínio ou

habilidades

matemáticas.

Dificuldades para avançar

Ações desenvolvidas para ajudar Nível de formação dos professores e metodologia implementada Estrutura, espaço físico e equipamento

LEITURA- Inabilidade de soletrar, troca de

consoantes ao pronunciar uma

palavra. ESCRITA- Dificuldade

de distinção ou memorização de letras sozinhas ou agrupadas

numa palavra. MATEMATICA- Inabilidade de contar para trás , inabilidade de contar de dois em dois números.

ITENS

Questionário aplicado aos professores e gestores.

Dificuldades enfrentadas pelo professor

Baixo nível de formção;

Baixo nível de Formação Profissional

Metodologia Deficiente

Equipamentos pedagógicos deficientes

Didática; Metodologia.

Gestão democrática.

Professor

Metodologia utilizada pelos professores;

Conhecimento dos professores e gestores sobre o tema

Espaço Escolar;

Gestor

Espaço Escolar

Tabela 1. Fonte Própria.

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CAPÍTULO IV - MARCO ANALÍTICO

4.1. Análise das respostas dos docentes

4.1.1 Dados demográficos da amostra

O trabalho ora apresentado é a última parte dessa dissertação de

mestrado que se utilizou da base dados da pesquisa denominada “Dificuldade

do processo de ensino aprendizagem dos alunos do 5º ano do ensino

fundamental das escolas municipais do bairro Macaúba em Teresina- Piauí.” O

objetivo principal foi determinar as dificuldades do processo ensino

aprendizagem dos alunos do 5º ano do ensino fundamental das escolas

municipais do bairro Macaúba em Teresina- Piauí, bem como descrever as

dificuldades encontradas pelos professores do P.E.A. para avançar o

aprendizagem dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, seja

na leitura, escrita ou na matemática, além de identificar o que os gestores e

professores tem feito para ajudar esses alunos, como também descrever o

nível de formação dos professores e a metodologia implementada no processo

de ensino aprendizagem e verificar se os recursos didáticos são insuficientes, a

estrutura, espaço físico e equipamentos dificulta a aprendizagem.

Para tanto, utilizou-se de questionário elaborado com perguntas chaves,

onde cada entrevistado informava os dados pessoais, formação e experiência

profissional.

A partir dos questionários aplicados aos professores e gestores das três

escolas escolhidas para essa pesquisa, obtive-se os resultados que se

seguem. A análise dos dados se organiza conforme a seguinte ordem: em

primeiro lugar se apresentam os dados da amostra e logo os dados obtidos aos

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objetivos desta pesquisa na visão dos professores e em seguida na visão dos

gestores.

O presente estudo foi realizado em três escolas públicas municipais,

localizadas em bairros próximos, no bairro de Macaúba em Teresina-Piauí. Os

sujeitos da pesquisa foram professores do 5º ano do ensino fundamental e

gestores das referidas escolas. Foram entrevistados 05 professores e 03

gestores totalizando uma amostra de 100% dos professores e gestores das

escolas pesquisadas uma vez que foram usados todos os professores do 5º

ano e todos os gestores.

No primeiro momento, iremos expor sobre os resultados dos dados do

questionário aplicados aos professores apresentando os dados sócio-

demográfico, seguido dos demais resultados.

Sexo Feminino 5 100%

Masculino 0 0%

Idade Média 45,8 anos

Formação Superior

Pedagogia 4 80%

Outras

licenciaturas 1 20%

Bacharelado 0 0%

Experiência no

Magistério

Menos de um

ano 0 0%

Um ano 0 0%

Dois anos 0 0%

Mais de três

anos 5 100%

Tabela 2. Fonte própria.

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4.2. Dados obtidos a respeito das variáveis em estudo

4.2.1 Identificar as dificuldades de aprendizagem dos alunos do 5º ano

das escolas municipais da cidade de Teresina, Piauí.

Ao serem indagados a respeito das dificuldades de aprendizagem, os

professores responderam por unanimidade que existe um número significativo

de incidência de alunos com dificuldades de aprendizagem, demonstrando o

quanto esse problema está presente no âmbito educacional dessas escolas.

Ainda a esse respeito, foi perguntado quanto seria o número aproximado de

educandos que frequentam a escola e que apresenta algum tipo de

dificuldades de aprendizagem. Segundo os dados fornecidos, na escola Alcides

Lebre existe aproximadamente um total de 30 alunos com dificuldades de

aprendizagem. Na Escola Cristina Evangelista o número apresentado foi de 20

alunos e na escola Benjamin de Carvalho um total de 142 alunos apresentam

algum tipo de dificuldade de aprendizagem. Esses dados são referente a toda

população da escola e não apenas a população da amostra.

Gráfico 1. Fonte Própria

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Quando indagados quanto ao seu entendimento sobre as dificuldades de

aprendizagem, os professores responderam que não são especialistas no

assunto, mas entendem um pouco sobre o assunto, apontando 40% dos

pesquisados, a mesma quantidade também respondeu que considera regular o

que sabem sobre o assunto. Em contra partida apenas 20% afirmaram que

sabem muito sobre o tema. Demonstrando assim a importância de haver

programas que visam à formação continuada para professores no que diz

respeito às dificuldades de aprendizagem, pois como afirma Petraglia (1995),

com relação ao pensamento de Morin, o professor deve ir em busca de

formação necessária para tornar a sua pratica inovadora, o educador precisa

rever os seus conceitos e a sua forma de ver a educação e nessa jornada

muitos se deparam com a falta de incentivo da instituição e acaba perdendo a

vontade de buscarem novos conhecimentos deixando as coisas acontecerem.

Por esse motivo, é de suma importância que o professor assuma compromisso

com a sua profissão e com sua formação seja ela continuada ou não. Só assim

será possível mudar esse quadro de tantos casos de crianças com dificuldades

de aprendizagem nas escolas públicas.

Gráfico 2. Fonte própria.

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4.2.2- Descrever as dificuldades encontradas pelos professores do P.E.A para avançar a aprendizagem dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem seja na leitura, escrita e na matemática

Na busca por descobrir sobre as dificuldades de aprendizagem com

maior incidência nas escolas pesquisadas, perguntou-se como os professores

classificavam as dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos do

5º ano. Da amostra, 40% dos educadores responderam que a disgrafia

encontra-se presente na realidade de seus alunos, enquanto que 60%

respondeu que a dificuldade mais presente nos alunos do 5º ano é dislexia.

Podemos afirmar, segundo Nicasio Garcia (1997 apud Guerra, 2002), que a

dislexia é uma dificuldade de aprendizagem da leitura onde existe uma

dificuldade na compreensão de textos escritos podendo ainda afirmar com

bases no mesmo autor que essa dificuldade é definida divido à presença de um

déficit no desenvolvimento do raciocínio do reconhecimento e compreensão

dos textos escritos. Este pode estar ou não referido a algum transtorno mental,

a uma escolarização inadequada ou escassa, a um déficit visual ou auditivo, a

um problema neurológico. Sua caracterização pode se dar baseada em uma

leitura oral lenta, com omissões, distorções e substituição de palavras, com

paradas, correções e bloqueios, ocorrendo também um transtorno de

compreensão da leitura.

Gráfico 3. Fonte própria.

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82

Com relação às consequências que as dificuldades de aprendizagem

quando não tratadas podem trazer, 20% dos professores relataram que esse

incidente pode levar ao comportamento inadequado dos alunos portadores das

referidas dificuldades, onde 40% responderam que pode acarretar ao

desinteresse do aluno e 40% afirmaram que quando não tratadas podem levar

o aluno a retenção. O tratamento está baseado na conversa com a criança e

com a família para que juntos possam buscar as soluções necessárias para

reverter essa situação. Outros profissionais que fazem parte da equipe

multidisciplinar da escola como o psicopedagogo, o psicólogo e o orientador

educacional poderão ajudar fazendo algumas recomendações sobre onde

posicionar a criança na escola, a necessidade de ajudas especiais, tais como

terapia da fala e os passos que devem seguir os pais para acompanhar a

criança e ajudá-la para que possa atingir o máximo do seu potencial na

aprendizagem. Segundo Libâneo (2008, p. 29): “O processo de ensino é uma

atividade conjunta de professores e alunos, organizados sob a direção do

professor, com a finalidade de prover as condições e meios pelos quais os

alunos assimilam atividades conhecimentos, habilidades, atitudes e

convicções.” E assim poder originar uma metodologia que produza a

aprendizagem é algo um pouco complexo, uma vez que cada aluno tem a sua

história de vida, tem as suas dificuldades particulares. Cabe ao professor saber

identificar as barreiras, procurando adaptar suas aulas motivando o aluno. Um

verdadeiro docente está sempre atento para seus discentes, tentando

aperfeiçoar o momento e transformá-lo em algo prazeroso.

Gráfico 4. Fonte própria.

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83

Com relação aos dados referente às atividades propostas pelos

professores para que os alunos possam superar as dificuldades de

aprendizagem, 20% dos entrevistados relataram que buscam atividades onde

possam intervir em busca de soluções para os problemas apresentados.

Enquanto que 80% responderam que buscam nas atividades lúdicas e criativas

a saída para tratar crianças com dificuldades de aprendizagem. Estando eles

de acordo com Strick e Smith (2001), que dizem que a rigidez na sala de aula

para as crianças com dificuldades de aprendizagem, é prejudicial. Pois para

que progridam, tais estudantes devem ser encorajados a trabalhar de sua

própria maneira. Se forem colocados com um professor inflexível sobre tarefas

e testes, ou que usa materiais e métodos inadequados às suas necessidades,

eles serão reprovados.

Gráfico 5. Fonte própria.

4.2.3 Identificar o que os gestores e professores tem feito para ajudar

esses alunos com dificuldades de aprendizagem.

Diante das dificuldades de aprendizagem apresentada pelos alunos os

professores responderam por unanimidade que todos buscaram conversar com

a família. Uma vez que, a família também é responsável por esse processo,

assim como o estado. Conforme a Constituição Federal Art. 205: “educação,

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direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada

com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da

pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o

trabalho.” Mais nesse aspecto pode-se verificar que a escola não buscou

soluções junto aos demais profissionais especializados para contribuir com os

envolvidos no tratamento. A escola e a família são essenciais no momento de

identificar quais são as dificuldades do aluno. Mas outros profissionais também

podem contribuir como é o caso do Psicopedagogo que é um profissional

qualificado e com conhecimento científico que ajudará no momento de

estabelecer métodos para uma melhor aprendizagem. “Posa-se dizer que a

aprendizagem é um processo complexo que se realiza no interior do indivíduo

e se manifesta em uma mudança de comportamento.” (Ferreira, 2008, p. 140).

Gráfico 6. Fonte própria.

Os alunos com dificuldades de aprendizagem, segundo os professores,

recebem o auxílio para desenvolver-se e vencer as dificuldades, apenas na

escola. Demonstrando que não tem adiantando ter buscado a família para

apoiar e incentivar os alunos os que se encontram com alguma dificuldade de

aprendizagem como foi apresentado no gráfico anterior onde mostra que a

escola buscou a família para amenizar os problemas sofridos. É imprescindível

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que se dê a oportunidade de aprendizagem, um ambiente propício, o estímulo.

Segundo Johnson& Myklebust (1987, apud Guerra, 2002, p. 40): “as crianças

aprendem quando recebem oportunidades adequadas para tanto e quando

estão presentes determinadas integridades representadas pelos fatores

psicológicos, funções do sistema nervoso periférico e funções do sistema

nervoso central”.

Gráfico 7. Fonte própria.

Uma vez que os alunos foram identificados com dificuldades de

aprendizagem, precisou-se saber das escolas pesquisadas qual o tratamento

dado a esses alunos. A resposta mais recorrente entre os professores foi que

os discentes receberam maior atenção por parte da escola ao serem

constatado que possuíam algum tipo de dificuldade de aprendizagem,

representando 80% do total. A resposta que apontava turmas especiais como

melhor alternativa não figurou entre as soluções dadas pelos docentes. A

alternativa, outras formas de tratamento foi responsável por 20% da amostra,

sendo que os professores não indicaram a que outras técnicas se referiam.

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86

Gráfico 8. Fonte própria.

As respostas dos professores apontaram que 20% acreditam que o

professor ao se deparar com crianças com dificuldade de aprendizagem deve

procurar conhecer melhor o assunto para saber ajudar de forma consciente

esses alunos. Outros 80% afirmaram que a postura ideal seria buscar o apoio

de outros profissionais para ajudar, demonstrando que eles sabem como agir

diante de tal situação, porém na realidade não agem assim, pois ao

responderem às questões a respeito de qual postura a escola buscou ao

detectar as dificuldades de aprendizagem todos responderam que buscaram

conversar com a família e não encaminharam para outros profissionais. É

sabido da importância de conversar com a família, mas pedir a ajuda de outros

profissionais é válido nessas situações. O docente não pode se isolar do

processo de ensino/aprendizagem, como afirma Bossa (2000, p. 14) “[...] é

comum, na literatura, os professores serem acusados de si isentarem de sua

culpa e responsabilizar o aluno ou sua família pelos problemas de

aprendizagem”. Nesse sentido vale lembrar-se da importância de modificar os

métodos, uma vez que estes não tem dado o resultado esperado. Neste

momento o professor precisa da ajuda do psicopedagogo, para melhor orientá-

lo quanto a uma metodologia a ser utilizada, como também a ajuda de outros

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profissionais para auxiliar no tratamento de crianças com dificuldade de

aprendizagem.

Gráfico 9. Fonte própria.

Ao serem perguntados como administram situações quando as crianças

apresentam dificuldades de aprendizagem, todos responderam que reforçam

suas aulas com atividades diferenciadas. Sabe-se da importância do reforço

com atividades, porém não se pode deixar passar despercebido que em muitas

situações a ajuda de outros profissionais é indispensável nesse processo.

Como afirma o Kauark e Silva (2008):

Torna-se necessário orientar o aluno que apresenta dificuldades e/ou que fogem

aos padrões de aprendizagem correspondente a cada etapa do ensino (série,

ciclo, ano) e também a família e o professor, para que juntos aprendam a lidar

com estes problemas, buscando a intervenção de um profissional especializado

(pedagogo, psicopedagogo, psicólogos) (p. 268).

Nesse caso, o discente com dificuldades precisa de uma orientação e o

conhecimento do profissional dará uma base aos docentes e família de como

se trabalhar melhor com esses indivíduos.

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Gráfico 10. Fonte própria.

É sabido da importância de uma equipe multidisciplinar para oferecer

apoio especializado a alunos que necessitam de um tratamento ou até mesmo

para uma prevenção de problemas futuros. Dentre as escolas pesquisadas

40% não tem uma equipe multidisciplinar, enquanto que 60% oferece equipe

multidisciplinar para trabalhar com alunos com dificuldade de aprendizagem, o

que nos leva a questionar o porquê de tantas crianças com dificuldades de

aprendizagem nessas escolas como foi apresentada nos gráficos anteriores.

Gráfico 11. Fonte própria.

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89

Ao ser indagados quanto à existência de salas de reforço para os alunos

com dificuldades de aprendizagem o resultado obtido foi de 100%

demonstrando mais uma vez que, segundo o que foi respondido, a escola está

oferecendo oportunidade para que os alunos com dificuldade de aprendizagem

possa desenvolver o seu potencial, chegando à aprendizagem tão esperada.

Gráfico 12. Fonte própria.

Quanto ao oferecimento de projetos pedagógicos que visem o avanço do

aprendizado do aluno no seguimento de leitura 60% disseram que não e 40%

responderam que sim, a escola trabalha com projetos que visem o

desenvolvimento da leitura.

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90

Gráfico 13. Fonte própria.

Quanto aos projetos relacionados ao ensino da matemática, 40%

responderam que a escola não tem projetos pedagógicos no seguimento,

enquanto que 60% responderam que sim. Apontando para um compromisso da

equipe pedagógica em preparar projetos que busque desenvolver o

seguimento que está mais necessitado.

Gráfico 14. Fonte própria.

Quanto aos projetos trabalhados para desenvolver os alunos no

seguimento da escrita, 40% responderam que a escola não possui projetos

pedagógicos, enquanto que 60% responderam que sim, que trabalha com

projetos pedagógicos relacionados com a escrita para melhor desenvolver os

alunos.

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Gráfico 15. Fonte própria.

4.2.4 Descrever o nível de formação dos professores e a metodologia implementados no processo de ensino aprendizagem

Decidir uma metodologia que motive a aprendizagem é algo um pouco

complicado, uma vez que cada educando tem a sua história de vida, tem as

suas dificuldades particulares. A metodologia utilizada pelo professor para

trabalhar a leitura pode fazer toda diferença na formação de um leitor ativo. De

acordo com as respostas do questionário aplicado, 80% dos alunos realizam

atividades de leitura todos os dias proporcionadas pelos professores, enquanto

que 20% realizam atividades de leitura com seus alunos três vezes por

semana. Apresentando um interesse em incentivar a prática da leitura e

transformar futuramente essa prática em hábito.

Gráfico 16. Fonte própria.

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Para averiguar se o procedimento da leitura é uma atividade inerente

nas escolas pesquisadas foi solicitado aos professores que dissessem com que

frequência os alunos costumam frequentar a biblioteca. Chamou a atenção

quando 20% da amostra apontou que os alunos não frequentam a biblioteca.

Já 40% dos pesquisados apontaram que os alunos costumam frequentar a

biblioteca de forma assídua. Enquanto que outros 40% apontaram que as

visitas ao acervo de livros da escola só acontecem quando a iniciativa do

educador.

Gráfico 17. Fonte própria.

Os educadores das escolas que fizeram parte da pesquisa tem o hábito

de fazer atividades de escrita várias vezes por semana, uma vez que 40%

disse utilizar esse tipo de atividade diariamente e outros 40% apontaram que

fazem exercício com a escrita três vezes por semana. Apenas 20% dos

entrevistados declararam que realizam exercícios de escrita com os educandos

uma vez por semana.

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Gráfico 18. Fonte própria.

Já no que diz respeito à prática de atividades com cálculos as respostas

foram discrepantes. Enquanto 60% dos entrevistados costumam sugerir

atividades com cálculos aos alunos uma vez por semana, já os demais 40%

restantes da amostra apontaram que exercícios com cálculos são feitos uma

diariamente nas salas de aula onde ministram.

Gráfico 19. Fonte própria.

Os docentes entrevistados ou não costumam utilizar jogos para auxiliar o

processo de aprendizagem das crianças ou os utilizam de maneira muito

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esporádica, já que 40% dos professores disseram que só utilizam jogos

quinzenalmente e outros 40% apontaram que usam jogos mensalmente na sala

de aula. Os demais 20% da amostra apontou que não utiliza nenhum tipo de

jogo ao ministrar suas aulas.

Gráfico 20. Fonte própria.

Os professores das escolas pesquisadas apontaram que seu regime de

planejamento de atividades é diferenciado, uma vez que 60% da amostra

declarou que só planeja as atividades de acordo com a necessidade dos

alunos, enquanto que restante da amostra planeja suas aulas uma vez por

semana. O que é considerável pouco aceitável, uma vez que todas as

atividades sugeridas devem ser previamente planejadas. Assim como propõe

Nadal (2005), quando diz que:

A sala de aula como espaço de comunicação onde o processo de ensino se

materializa em situações didáticas. São estas atividades, especialmente

planejadas, preparadas e orientadas para levar os alunos aos objetivos de

ensino que permitem a interação entre o professor e o aluno, o professor e a

classe, um aluno e o colega, os alunos entre si e entre todos eles e o

conhecimento. (p.24).

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Gráfico 21. Fonte própria.

4.2.5 Verificar se os recursos didáticos são insuficientes, a estrutura, espaço físico e equipamentos dificulta a aprendizagem

Os professores das escolas pesquisadas apontaram os recursos

pedagógicos que a escola possui, o resultado deu maior que 100% por que os

docentes apontaram mais que uma alternativa de resposta, para tanto foi

criada uma tabela que especifica como se apresentaram as respostas. Foi

constatado que em todas as escolas os recursos de biblioteca e laboratório de

informática estão presentes. Seguindo o que foi determinado na Lei 12.244 de

2010, especificada no artigo 1o, que diz que as instituições de ensino públicas e

privadas de todos os sistemas de ensino do País deverão contar com

bibliotecas. Mas não foi constado nenhuma obrigatoriedade da presença de

laboratórios de informática nas instituições de ensino, sendo que os

pesquisados estão à frente das expectativas descritas por lei. Diferente dos

outros itens citados como Jogos pedagógicos que só apareceu como resposta

entre 40% dos questionários aplicados ou os laboratórios de química que não

figurou entre as respostas dos professores.

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A escola possui material didático pedagógico variado?

Possui Biblioteca 5 100%

Possui laboratórios de informática 5 100%

Possui laboratórios de química 0 0%

Possui Jogos pedagógicos 2 40%

Possui todos os itens citados 0 0%

Não Possui nenhum dos itens citados 0 0%

Número de questionários aplicados 5

Tabela 3. Fonte própria.

Como visto no gráfico 22, somente 40% da amostra declarou que os

recursos didáticos pedagógicos das escolas são suficientes para atender a

demanda de alunos. Outros 40% dos professores entrevistados apontaram que

a escola na qual trabalham possui recursos didáticos pedagógicos, mas estes

não são suficientes para atender as crianças que frequentam a instituição. Para

20% da amostra, a escola não possui recursos didáticos pedagógicos.

Gráfico 22. Fonte própria.

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Como será notado no gráfico 23 os professores das escolas

pesquisadas consideram que os recursos didáticos são essenciais para o

desenvolvimento do aprendizado da criança, sendo que, apenas 20% da

amostra não concorda com a relação de importância entre os mesmos.

Gráfico 23. Fonte própria.

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4.3 Análise das respostas dos gestores

No segundo momento, iremos expor sobre os resultados dos dados do

questionário aplicados aos gestores apresentando os dados sócio-demográfico,

seguido dos demais resultados.

4.3.1 Dados sócio-demográficos:

Para melhor representação dos dados foi confeccionado a seguinte

tabela:

Sexo Feminino 3 100%

Masculino 0 0%

Idade Média 54,3 anos

Formação Superior

Pedagogia 0 0%

Outras

licenciaturas 2 67%

Bacharelado 1 33%

Experiência no

Magistério

Menos de um

ano 0 0%

Um ano 0 0%

Dois anos 0 0%

Mais de três

anos 3 100%

Tabela 4. Fonte própria

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4.4 Análise dos conceitos

4.4.1 Identificar as dificuldades de aprendizagem dos alunos do 5º ano

das escolas municipais da cidade de Teresina, Piauí

Nas escolas averiguadas na pesquisa, Escola Professor Alcides Lebre,

Professora Cristina Evangelista e Professor Benjamin Soares de Carvalho,

ficou constatada que todas têm alunos com dificuldades aprendizado, assim

como apresentado no gráfico 23. As mesmas têm um total de 192 crianças com

algum tipo de dificuldade de aprendizagem, sendo respectivamente 30, 20 e

142 alunos, de acordo com o que foi declarado pelos gestores baseados nos

dados fornecidos pela escola.

Gráfico 24. Fonte própria

Quando os gestores foram indagados o quanto conhecem sobre os

referidos problemas durante o aprendizado dos alunos, foi constatado que em

sua totalidade 33,33% dos entrevistados entende pouco sobre o assunto,

sendo a mesma porcentagem demonstrada pela parte dos entrevistados que

entende muito sobre dificuldades de aprendizagem. Uma parcela de 33,33%

dos gestores que responderam ao questionário apontaram que entendem uma

quantidade regular sobre o assunto referido. Contudo, nenhum dos gestores

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das escolas pesquisadas é especialista no que diz respeito aos problemas

durante a aprendizagem do aluno. Assim como se pode notar no gráfico a

seguir:

Gráfico 25. Fonte própria

4.4.2 Descrever as dificuldades encontradas pelos professores do P.E.A para avançar a aprendizagem dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem seja na leitura, escrita e na matemática.

Quando se referiu à classificação das dificuldades de aprendizagem e

como os gestores das escolas apontavam os tipos, foi apresentado que

33,33% dos entrevistados classificavam a discalculia como a dificuldade mais

recorrente entre os alunos de suas escolas. Já 66,66% dos entrevistados

consideram a disgrafia como maior barreira para o aprendizado. Dessa forma,

nenhum gestor entrevistado apontou a dislexia ou dislalia como os problemas

que acontecem com os alunos das escolas que gerem. Apontando para uma

disparidade de resposta em relação com as respostas dos professores

pesquisados que apontaram para a dislexia como a dificuldade mais presente

nos alunos das referidas.

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Gráfico 26. Fonte própria

Uma vez apontadas a disgrafia e a discalculia como principais

dificuldades de aprendizagem recorrentes nas escolas nas quais o questionário

foi desenvolvido, apontou-se, pelos gestores, que esses problemas levam ao

comportamento inadequado, de acordo com 66,66% dos entrevistados, e ao

desinteresse do aluno, como sugerido por 33,33% dos pesquisados. A

retenção e a evasão escolar não foram apontados como consequências dos

problemas durante a aprendizagem.

Gráfico 27. Fonte própria

Nas escolas averiguadas, 66,66% de seus gestores apontam a utilização

de Atividades lúdicas e criativas para serem inseridas em salas de aula como

alternativas para superar os problemas de aprendizagem de seus alunos.

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Enquanto que 33,33% dos entrevistados acreditam que buscar atividades para

intervir na execução é a melhor maneira de superar as dificuldades de

aprendizagem apresentadas pelos alunos. Sendo que, nenhum gestor apontou

que o professor deve seguir com o método de ensino programado, caso

constate dificuldade de aprendizado entre os alunos. Coincidindo com as

respostas dos professores.

Gráfico 28. Fonte própria

4.4.3 Identificar o que os gestores e professores tem feito para ajudar esses alunos com dificuldades de aprendizagem

Definidas as dificuldades de aprendizagem mais recorrentes nas escolas

pesquisadas, o que os gestores propõem para ultrapassá-las, desejou-se saber

quais as soluções mais apontadas para serem tomadas em um primeiro

momento pela escola ao detectar que um aluno tem dificuldade para aprender.

Encaminhar para um serviço de orientação educacional foi apontado como

melhor solução por 66,66% dos gestores que responderam ao questionário.

Enquanto que 33,33% dos entrevistados responderam que conversar com a

família do aluno deve ser a principal medida a ser tomada no caso de

problemas de aprendizado do mesmo. Ignorar o problema e indicar para outro

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profissional não foram aconselhadas pelos gestores como resolução para o

problema de dificuldade de aprendizado.

Gráfico 29. Fonte própria

Sendo assim, os gestores foram unanimes ao apontar que crianças com

dificuldades para atingir o nível de aprendizado esperado devem ter apoio e

estímulo de forma imprescindível da escola. Enquanto que as resposta dos

professores foi procurar a família como melhor alternativa. Infelizmente, nas

escolas há um despreparo do corpo docente para lidar com as dificuldades de

aprendizagem, sendo necessária uma orientação para trabalhar este problema.

Coelho (1991), apresenta algumas ações que poderão ajudar, tais como:

Instalar um setor de orientação educacional, psicológica e pedagógica nas escolas

[...] seria de grande ajuda. Os professores seriam orientados na adequação do

programa, na elaboração de métodos a serem aplicados e na forma ideal de

atender as crianças que apresentam problemas de aprendizagem (p. 25).

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Gráfico 30. Fonte própria

Os diretores, 66,66% dos pesquisados, apontaram que o tratamento

encaminhado para os alunos que apresentaram dificuldades durante o

processo de aprendizagem nas escolas que gerem foi o encaminhamento para

turmas especiais. Já 33,33% dos pesquisados afirmaram que as crianças,

quando detectadas as dificuldades, obtiveram maior atenção por parte da

escola. Os dirigentes das escolas ainda consideraram, de forma unanime, que

o professor deve procurar conhecer mais sobre o dificuldades de

aprendizagem. Caso crianças apresentem problemas para aprender os

assuntos da matéria lecionada e em seguida encaminhá-la para o reforço com

atividades diferenciadas.

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Gráfico 31. Fonte própria

Na visão dos gestores, como já foi comentado no gráfico anterior, os

professores deve ter um conhecimento mais aprofundado a respeito das

dificuldades de aprendizagem para que assim possam realizar a prevenção e o

diagnostico precocemente. É preciso que o professor tenha prazer em ensinar

para que possibilite o prazer do aluno aprender. O professor que se empenha

com a educação deseja que seu aluno construa o conhecimento para a vida.

Gráfico 32. Fonte própria

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106

Segundo todos os gestores pesquisados, todas as crianças com alguma

dificuldade de aprendizagem na escola que eles gerem são encaminhadas

para o reforço com atividades diferenciadas. Mas de acordo com as respostas

dos gestores anteriormente essas crianças deveriam ser encaminhadas

também para o apoio de outros profissionais.

Gráfico 33. Fonte própria

Como os gestores já apontaram anteriormente, o reforço é a primeira

opção para os alunos com dificuldades de aprendizagem, sendo assim, em

todas as escolas pesquisadas há sala de reforço para auxilio do ensino.

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Gráfico 34. Fonte própria

Sobre os projetos pedagógicos existentes nas instituições de ensino

pesquisadas os gestores das mesmas apontaram de forma unanime que há

projetos que visam avançar o aprendizado dos alunos no seguimento da leitura

e da escrita. Contudo, 33,33% da amostra apontou que os professores não

trabalham com projetos pedagógicos que visem o aprendizado dos mesmos no

que diz respeito ao ensino da matemática.

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Gráfico 35. Fonte própria

Quanto aos projetos relacionados ao ensino da matemática, 33,33% dos

gestores responderam que a escola não tem projetos pedagógicos no

seguimento, enquanto que 66,66% responderam que sim. Apontando para um

compromisso da equipe pedagógica em preparar projetos que busque

desenvolver o seguimento que está mais necessitado. Dessa forma, apenas

uma das escolas pesquisadas não possui projetos pedagógicos na área de

cálculo.

Gráfico 36. Fonte própria.

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Já no que diz respeito aos projetos pedagógicos que visem o avanço do

aprendizado dos alunos na escrita, os gestores foram unanimes ao apontar que

todas as escolas pesquisadas têm projetos na área. A resposta dos diretores

foi destoante da dos professores, onde 60% afirmou que não existe projetos

que estimulem o avanço do aluno no aprendizado da leitura.

Gráfico 37. Fonte própria.

4.4.4 Descrever o nível de formação dos professores e a metodologia implementada no processo de ensino aprendizagem

Os gestores foram bem destoantes em suas respostas quando foram

perguntados sobre a frequência dos alunos na biblioteca da escola. Da

amostra, 33,33% diz que os alunos não costuma frequentar a biblioteca da

instituição, enquanto que 66,66% apontou que os alunos frequenta a mesma,

sendo que metade destes disse que a visita só acontece quando há iniciativa

por parte do educando.

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Gráfico 38. Fonte própria.

4.4.5 Verificar se os recursos didáticos são insuficientes, a estrutura, espaço físico e equipamentos dificultam a aprendizagem

Os gestores das escolas pesquisadas apontaram os recursos

pedagógicos que a escola possui, o resultado deu maior que 100% por que os

docentes apontaram mais que uma alternativa de resposta, para tanto foi

criada uma tabela que especifica como se apresentaram as respostas. Foi

constatado que em todas as escolas os recursos de biblioteca, laboratório de

informática e jogos pedagógicos estão presentes. Seguindo o que foi

determinado na Lei 12.244 de 2010, obedecendo ao que é especificado no

artigo 3° que diz que os sistemas de ensino do País deverão desenvolver

esforços progressivos para que a universalização das bibliotecas escolares,

nos termos previstos nesta Lei, seja efetivada num prazo máximo de dez anos.

Diferente dos outros itens citados como os laboratórios de química que não

figurou entre as respostas dos professores.

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A escola possui material didático pedagógico variado?

Possui Biblioteca 3 100%

Possui laboratórios de informática 3 100%

Possui laboratórios de química 0 0%

Possui Jogos pedagógicos 3 100%

Possui todos os itens citados 0 0%

Não Possui nenhum dos itens citados 0 0%

Número de questionários aplicados 3

Tabela 5. Fonte própria

Segundo os diretores das escolas onde a pesquisa foi realizada, suas

instituições possuem recursos didáticos disponíveis para atender as crianças

com dificuldades de aprendizagem, sendo que 33,33% consideram que esses

recursos pedagógicos são insuficientes para atender as necessidades dos

alunos. Já, 66,66% dos profissionais entrevistados apontaram que a escola

possui satisfatoriamente recursos pedagógicos.

Gráfico 39. Fonte própria.

Assim, a maioria dos gestores entrevistados, 66,66% concorda que

os recursos didático pedagógicos são importantes no trabalho do professor

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com crianças com dificuldades de aprendizagem, enquanto que apenas

33,33% não considera relevante o uso de tais recursos na educação.

Gráfico 40. Fonte própria.

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V. CONCLUSÃO

O caso das dificuldades de aprendizagem dos alunos são vistas pelo

professor e pela sociedade como responsabilidade do educando e o mesmo é

visto como aluno problema, depositando a culpa do não aprendizado do aluno

no contexto familiar e social no qual está inserido, nunca reflete sobre o

processo de ensino-aprendizagem.

A partir da pesquisa realizada foi possível encontrar o seguinte

resultado, no que se refere ao número de indivíduos com dificuldades de

aprendizagem foi constatado que existe um número significativo de crianças

com dificuldades de aprendizagem apresentando um total de 30 alunos na

Escola Alcides Lebre, 20 na Escola Cristina Evangelista e 142 na escola

Benjamin de Carvalho, por se tratar de uma escola com uma população maior

que as demais. As dificuldades com mais ênfase nos alunos das escolas

pesquisadas estão relacionadas às disgrafia e dislexia, na visão dos

professores e na versão dos gestores a discalculia e a disgrafia é apontada

como as dificuldades mais recorrente entre os alunos de suas escolas.

Contudo, teve se relevar o apontamento dos pesquisados uma vez que

nenhum se declarou especialista no assunto.

Segundo afirmações dos professores, as dificuldades de aprendizagem

segundo os docentes podem acarretar ao desinteresse do aluno e se não

forem tratadas pode levar o aluno a retenção, já segundo os diretores podem

causar desinteresse nas atividades comportamento inadequado, estando de

acordo com o que os estudos apontam como consequências dessas

dificuldades.

Os docentes em comum acordo com as respostas dos gestores

acreditam que as atividades lúdicas e criativas devem ser inseridas na

metodologia em busca de ajudar os alunos a superar as dificuldades de

aprendizagem apresentadas pelos alunos.

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No que diz respeito às atitudes tomadas frente às dificuldades de

aprendizagem, os docentes responderem que tem buscado os pais para ajudar

no tratamento enquanto que os gestores afirmaram que a melhor alternativa é

encaminhar a orientação educacional. Vale ressaltar que a postura ideal dos

profissionais ao se deparar com crianças com dificuldades de aprendizagem o

ideal é buscar ajuda profissional. Mas na verdade eles não encaminham aos

profissionais, buscam toda solução nas famílias esquecendo que elas são

importantes no apoio mais precisam da ajuda de profissionais especializados

que possam realizar um tratamento e acompanhamento dos indivíduos. Ainda

segundo todos os gestores pesquisados, todas as crianças com alguma

dificuldade de aprendizagem na escola que eles gerem são encaminhadas

para o reforço com atividades diferenciadas. A maioria trabalha com projetos

que visam o desenvolvimento da leitura, escrita e matemática.

Quanto à formação e a metodologia adotada, os professores e gestores

tem nível superior, trabalham proporcionando aos alunos atividade de leituras

todos os dias, segundo os pesquisados, além de realizarem visitas à biblioteca.

O planejamento é de acordo com a necessidade dos alunos e outros

apontaram para um planejamento uma vez por semana.

Aconteceu uma disparidade no que diz respeito aos materiais didáticos,

os professores responderam que as escolas possuem material didático, mas

não são suficientes, em contra partida a maioria dos gestores afirmaram as

escolas dispõem de material didático suficiente.

A criança com dificuldade precisa sentir-se segura no ambiente em que

ocorre a aprendizagem, pois assim ela terá uma maior confiança ao se

expressar. A interação do professor, família e relevantes e de grande valia para

o processo de ensino/aprendizagem, porém não é suficiente e é preciso a

ajuda de outro profissional.

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A pesquisa indicou que as crianças estão precisando de um trabalho

diferenciado, com uma equipe multidisciplinar e com a ajuda da família, como

também uma inovação na metodologia utilizada dando ênfase a atividades de

leitura; haja vista que as escolas estão equipadas de acordo com o que foi

indicado pelos profissionais onde a pesquisa foi aplicada. Assim sendo, o

trabalho dos educadores e gestores deve apontar para uma mudança

metodológica para que haja uma melhoria no ensino-aprendizado das crianças,

bem como passarem por um processo de aperfeiçoamento para utilizarem

melhor os recursos disponíveis nas instituições de ensino, visando sempre o

crescimento educacional do discente.

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118

Grégoire, J. S. (1997) Necessidades Educativas Especiais. 2. ed. Lisboa: Viver.

Gagné, Robert M.(1983) Como se realiza a aprendizagem. Tradutor, Therezinha Maria Ramos Tovar. Rio de Janeiro, LTC- Livros Técnicos e Científicos, Editora S.A.

Garcia, J. N. (1998) Manual de Dificuldades de Aprendizagem: Linguagem, leitura, escrita e Matemática. Porto Alegre: Artes Médicas.

Guerra, Leila Boni. (2002). A criança com Dificuldades de Aprendizagem: Considerações sobre a teoria modos de fazer. Rio de Janeiro: Enelivros.

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Heath, SB (1982). O que não significa história de ninar: habilidades Narrativa em casa e na escola. Linguagem e Sociedade, 11, 49-76.

Hernández Sampieri, R; Fernández Collado, C; Baptista Lucio, P. (2003) Metodología de la investigación. 3° edición. México: McGraw-Hill Interamericana.

Hockenbury, D. H,; Hockenbury, S. E. (2003) Descobrindo a psicologia. 2. ed. São Paulo:Manole.

Kauark, Fabiana da Silva. Silva, Valéria Almeida dos Santos. (2008). Dificuldades de Aprendizagem nas séries iniciais do Ensino Fundamental e ações Psico e Pedagógicas. Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia, nº 78, São Paulo: ABPp, Disponível em http://www.revistapsicopedagogia.com.br/download/78.pdf>Acesso em 01 abril 2012.

Kato, Mary Aizawa (1999) O Aprendizado da Leitura. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes.

Libâneo, José Carlos. ( 2002) Didática: Velhos e novos temas. Edição do autor.

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Luckesi, Cipriano Carlos. (1994). Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez.

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PAROLIN, Isabel Cristina H.; SALVADOR, Lia Helena Schaeffer. (2002). Odeio matemática:um olhar psicopedagógico para o ensino da matemática e suas articulações sociais.Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

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Petraglia, Izabel Cristina. (1995) Edgar Morin: Educação e a complexidade do ser e do saber. 5ª Ed.RJ: Vozes.

Piaget, Jean. (1996) Biologia e Conhecimento. 2. ed. Vozes: Petropólis.

Miranda de Alvarenga, Estelbina. (2010) Metodologia da Investigação quantitativa e qualitativa. Normas técnicas de apresentação de trabalhos científicos. 2ª edição. Assunção: gráfica fas

Morais, Artur Gomes de. (2006). Concepções e Metodologias de Alfabetização: por que é preciso ir além da discussão sobre velhos métodos? Brasília.

Moreira, Marco Antonio. (2000) Aprendizagem Significativa Crítica. Porto Alegre, RS Instituto de Física da UFRGS.

Moreira, Marcos Antonio; MASINI, Elcie F. Salzano. (2001). Aprendizagem Significativa: A Teoria de David Ausubel. São Paulo: Centauro.

NATIONAL JOINT COMMITTEE FOR LEAMING DISABILITIES. (1994) Collective perspectives on issues affecting learning disabilities: position papers and statements. Austin: PRO-ED.

Nadal, Beatriz Gomes. (2005). A dinâmica do ensino-aprendizagem na sala de aula. Mariná H. Ribas. Ponta Grossa: UEPG/CEFORTEC.

Paro, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública: participação da comunidade na escola. Curitiba. Nosso fazer. 1995

Rosa,Sanny S. da. (2007) Construtivismo e mudança. 10. ed. São Paulo: Cortez.

Smith, C.; Strick, L. (2001) Dificuldades de aprendizagem de A a Z: um guia completo para pais e educadores. Tradução de Dayse Batista. Porto Alegre: Artmed.

Selikowitz, M. (2001) Dislexia e outras Dificuldades de Aprendizagem. Rio de Janeiro: Revinter.

Segalowitz, N., Poulsen, C., & Komoda, M. (1991). Lower level components of reading skill in higher level bilinguals: Implications for reading instruction. AILA Review.

Shaywitz, S. (2006). Entendendo a dislexia: Um novo e completo programa para todos os níveis de dificuldades de leitura (V. Figueira, trad.). Porto Alegre, RS: Artmed.

Vigotsky, L. S. (2005) Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes.

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Viana, Fernanda Leopoldina Parente. (2002) Da Linguagem Oral á Leitura: construção e validação do Teste de Identificação de Competências Lingüísticas. Fundação Calouste Gulbenkian. Fundação para Ciência e a Tecnologia.

Ziberman, Regina. (1988). A leitura e o ensino da literatura. São Paulo-SP. Contexto.

Zucoloto, Karla Aparecida. (2001). A compreensão da leitura em crianças com dificuldades de aprendizagem na escrita. Dissertação de Mestrado. Campinas, SP. UNICAMP.

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ANEXO

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122

Teresina, 29 de junho de 2012.

Senhora Diretora,

A Dissertação de Mestrado em Educação da Universidad Tecnológica

Intercontinental-UTIC, em Asunción-PY, intitulada de DIFICULDADE DO

PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO 5º ANO DO

ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE

TERESINA PIAUÍ, de minha autoria, contempla a escola que V. Sa. administra.

Além dos aspectos qualitativos de toda investigação científica, esta

pesquisa apresenta cunho qualitativo e requer a coleta de informações. O

objetivo do trabalho consiste em analisar as dificuldades do processo ensino

aprendizagem dos alunos do 5º ano do ensino fundamental das escolas da

cidade de Teresina, Piauí. Para atingir os objetivos propostos, responder às

perguntas e testar ou refutar as hipóteses apresentadas na dissertação, alguns

questionários devem ser aplicados na escola.

Os questionários serão aplicados aos professores dos 5º anos e ao

gestor.

Após a aplicação dos questionários, os resultados serão tabulados,

tratados estatisticamente interpretados. A análise e a interpretação qualitativa

dos resultados serão divulgadas após a defesa da dissertação e publicação da

obra.

Certo do aval de V. Sa. para a realização desta etapa do meu trabalho,

subscrevo-me apresentando protestos de estima e apreço.

Atenciosamente,

PROFª. KAYLA DE CARVALHO GRANJA

Ilma. Sra

DD. Diretora da

Teresina-PI

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UNIVERSIDAD TECNOLÓGICA INTERCONTINENTAL-UTIC

FACULDADE DE PÓS- GRADUÇÃO

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

INSTRUMENTOS DE PESQUISA

ROTEIRO DE QUESTIONARIO PROPOSTO AOS PROFESSORES DA

TURMA DE 5º ANO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE TERESINA, PIAUÍ.

DADOS GERAIS

Escola____________________________________________________________

Sexo : Masculino ______ Feminino______ Idade__________

1. Possui ensino superior?

( ) Sim

( ) Não

2. Qual curso superior possui formação?

( ) Pedagogia;

( ) Outras licenciaturas.

( ) Formação em bacharelado.

( ) Formação em curso técnico.

3. Há quanto tempo trabalha no magistério?

( ) Menos de um ano.

( ) Um ano

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( ) Dois anos

( ) Mais de três anos

4. Há quanto tempo trabalha no 5º ano?

( ) Um ano;

( ) Dois anos;

( ) Mais de três ano.

5. Você tem realizados algum curso de formação continuada nos últimos 2

anos?

( ) Sim

( ) Não

6. Na escola em que você trabalha existe um número significativo de crianças com

dificuldade de aprendizagem?

( ) Sim. Quantas?____________

( ) Não

7. Quanto você entende por dificuldades de aprendizagem?

( ) Pouco () Regular ( ) Muito ( ) Especialista

8. Você classifica essas dificuldades de aprendizagem como:

( ) Dislexia ( ) Dislalia ( ) Disgrafia ( ) Discalculia

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9. Quais as consequências das dificuldades de aprendizagem não trabalhadas ou

ignoradas?

( ) Retenção ( ) Evasão escolar ( ) Desinteresse do aluno ( ) Comportamento

inadequado.

10. Quais as atividades propostas para superar essas dificuldades?

( ) Atividades lúdicas e criativas;

( ) busco atividades onde possa intervir para minimizar ou solucionaras dificuldades;

( ) Continuo com a aplicação programada do conteúdo.

11. Quais soluções a escola buscou ao detectar D.A nos alunos?

( ) Conversou com a família

( ) Encaminhou ao serviço de orientação educacional

( ) Ignorou o problema

( ) Indicou outro (os) profissional (ais);

12. Os alunos com dificuldades de aprendizagem recebem auxílio, estímulo e apoio

para atingir o nível de aprendizagem esperado?

( ) Não

( ) Sim, por parte da escola.

( ) Sim, por parte da família.

( ) Sim, de outros profissionais ;

( ) Sim por parte da escola e da família;

( ) Sim, por parte da família em conjunto com outros profissionais;

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( ) Sim, através de apoio de outros profissionais em conjunto com a escola.

13. Qual o tratamento dado a criança com dificuldades de aprendizagem?

( ) Foram indicadas para turmas especiais

( ) Obtiveram atenção maior por parte da escola

( ) Outras

14. Em sua opinião como deve ser a atuação do professor frente a essas

dificuldades?

( ) Procurar conhecer mais sobre o assunto;

( ) Buscar conhecer melhor a realidade do aluno.

( ) Procurar o apoio de outros profissionais.

15. Como você administra a situação em que crianças apresentam dificuldade de

aprendizagem na leitura?

( ) Reforço com atividades diferenciadas;

( ) Encaminho para o reforço escolar oferecido pela escolas;

( ) Encaminho para o apoio de outros profissionais.

( ) Continuo com a mesma metodologia de ensino.

16. A secretaria municipal de Educação oferece cursos de formação continuada para

os professores?

( ) Sim ( ) Não

17. A secretaria oferece uma equipe multidisciplinar para trabalhar com os alunos

com dificuldades de aprendizagem?

( ) Sim; ( ) Não.

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18. A escola possui sala de reforço para os alunos?

( ) Sim; ( ) Não.

19. A escola tem projetos pedagógicos que visem o avanço do aprendizado do aluno

no seguimento de leitura?

( ) Sim; ( ) Não.

20. A escola tem projetos pedagógicos que visem o avanço do aprendizado do aluno

no seguimento de matemática?

( ) Sim; ( ) Não.

21. A escola tem projetos pedagógicos que visem o avanço do aprendizado do aluno

no seguimento de escrita?

( ) Sim; ( ) Não.

22. Com que frequência você utiliza atividades de leitura com os alunos?

() Diariamente () Uma vez por semana () Três vezes por semana.

23. Os alunos visitam a biblioteca com frequência?

( ) Sim, sempre.

( ) Apenas quando há a iniciativa do professor.

( ) Não.

24. Com que frequência você utiliza atividades de escrita com os alunos?

() Diariamente () Uma vez por semana () Três vezes por semana.

25. Com que frequência você utiliza atividades de cálculos com os alunos?

() Diariamente () Uma vez por semana () Três vezes por semana.

26. Com que frequência você utiliza jogos para aprendizagem dos alunos?

( ) Não utilizo.

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( ) Semanalmente.

( ) Quinzenalmente.

( ) Mensalmente.

27. Como você planeja suas atividades?

( ) Não Planejo.

( ) Semanalmente.

( ) Quinzenalmente.

( ) De acordo com as necessidades dos alunos

28. A escola possui material didático pedagógico variado?

( ) Possui Biblioteca;

( ) Possui Laboratórios de Informática;

( ) Possui laboratórios de Química;

( ) Possui jogos pedagógicos;

( ) Possui todos os itens citados.

( ) Não possui nenhum dos itens citados.

29. Os recursos didáticos disponíveis na escola são suficientes para atender crianças

com dificuldades de aprendizagem?

( ) Não possui recursos didáticos pedagógicos;

( ) Possui recursos didáticos pedagógicos, mas são insuficientes.

( ) Possui suficientemente recursos didáticos pedagógicos.

30. A falta de recursos didáticos pedagógicos e a estrutura da escola dificultam o

trabalho do professor com crianças de dificuldades de aprendizagem.

( ) Sim ( ) Não

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UNIVERSIDAD TECNOLÓGICA INTERCONTINENTAL-UTIC

FACULDADE DE PÓS- GRADUAÇÃO

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

INSTRUMENTOS DE PESQUISA

ROTEIRO DE QUESTIONARIO PROPOSTO AOS GESTORES DE ESCOLAS

MUNICIPAIS DA CIDADE DE TERESINA, PIAUÍ.

DADOS GERAIS

Escola____________________________________________________________

Sexo : Masculino ______ Feminino______ Idade__________

1. Possui ensino superior?

( ) Sim

( ) Não

2. Qual curso superior possui formação?

( ) Pedagogia;

( ) Outras licenciaturas.

( ) Formação em bacharelado.

( ) Formação em curso técnico.

3. Há quanto tempo trabalha no magistério?

( ) Menos de um ano.

( ) Um ano

( ) Dois anos

( ) Mais de três anos

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4. Há quanto tempo trabalha gerindo a escola?

( ) Menos de um ano;

( ) Um ano;

( ) Dois anos;

( ) Mais de três ano.

5. Você tem realizado algum curso de formação continuada nos últimos 2

anos?

( ) Sim

( ) Não

6. Na escola em que você trabalha existe um número significativo de crianças com

dificuldade de aprendizagem?

( ) Sim . Quantas?__________

( ) Não

7. Quanto você entende por dificuldades de aprendizagem?

( ) Pouco () Regular ( ) Muito ( ) Especialista

8. Você classifica essas dificuldades de aprendizagem como:

( ) Dislexia ( ) Dislalia ( ) Disgrafia ( ) Discalculia

9. Quais as consequências das dificuldades de aprendizagem não trabalhadas ou

ignoradas?

( ) Retenção ( ) Evasão escolar ( ) Desinteresse do aluno ( ) Comportamento

inadequado.

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10. Quais as atividades propostas pelos professores para superar essas dificuldades?

( ) Atividades lúdicas e criativas;

( ) busco atividades onde possa intervir para minimizar ou solucionaras dificuldades;

( ) Continuo com a aplicação programada do conteúdo.

11. Quais soluções a escola buscou ao detectar D.A nos alunos?

( ) Conversou com a família

( ) Encaminhou ao serviço de orientação educacional

( ) Ignorou o problema

( ) Indicou outro (os) profissional (ais);

12. Os alunos com dificuldades de aprendizagem recebem auxílio, estímulo e apoio

para atingir o nível de aprendizagem esperado?

( ) Não

( ) Sim, por parte da escola.

( ) Sim, por parte da família.

( ) Sim, de outros profissionais ;

( ) Sim por parte da escola e da família;

( ) Sim, por parte da família em conjunto com outros profissionais;

( ) Sim, através de apoio de outros profissionais em conjunto com a escola.

13. Qual o tratamento dado a criança com dificuldades de aprendizagem?

( ) Foram indicadas para turmas especiais

( ) Obtiveram atenção maior por parte da escola

( ) Outras

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14. Em sua opinião como deve ser a atuação do professor frente a essas

dificuldades?

( ) Procurar conhecer mais sobre o assunto;

( ) Buscar conhecer melhor a realidade do aluno.

( ) Procurar o apoio de outros profissionais.

15. Como a escola administra a situação em que crianças apresentam dificuldade de

aprendizagem na leitura?

( ) Reforço com atividades diferenciadas;

( ) Encaminho para o reforço escolar oferecido pela escolas;

( ) Encaminho para o apoio de outros profissionais.

( ) Continuo com a mesma metodologia de ensino.

16. A secretaria municipal de Educação oferece cursos de formação continuada para

os professores?

( ) Sim ( ) Não

17. A secretaria oferece uma equipe multidisciplinar para trabalhar com os alunos

com dificuldades de aprendizagem?

( ) Sim; ( ) Não.

18. A escola possui sala de reforço para os alunos?

( ) Sim; ( ) Não.

19. A escola tem projetos pedagógicos que visem o avanço do aprendizado do aluno

no seguimento de leitura?

( ) Sim; ( ) Não.

20. A escola tem projetos pedagógicos que visem o avanço do aprendizado do aluno

no seguimento de matemática?

( ) Sim; ( ) Não.

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21. A escola tem projetos pedagógicos que visem o avanço do aprendizado do aluno

no seguimento de escrita?

( ) Sim; ( ) Não.

22. Os alunos visitam a biblioteca com frequência?

( ) Sim, sempre.

( ) Apenas quando há a iniciativa do professor.

( ) Não.

23. A escola possui material didático pedagógico variado?

( ) Possui Biblioteca;

( ) Possui Laboratórios de Informática;

( ) Possui laboratórios de Química;

( ) Possui jogos pedagógicos;

( ) Possui todos os itens citados.

( ) Não possui nenhum dos itens citados.

24. Os recursos didáticos disponíveis na escola são suficientes para atender crianças

com dificuldades de aprendizagem?

( ) Não possui recursos didáticos pedagógicos;

( ) Possui recursos didáticos pedagógicos, mas são insuficientes.

( ) Possui suficientemente recursos didáticos pedagógicos.

25. A falta de recursos didáticos pedagógicos e a estrutura da escola dificultam o

trabalho do professor com crianças de dificuldades de aprendizagem.

( ) Sim ( ) Não