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    PRISCILA EMIKO KOBAYASHI

    SNDROMES PARANEOPLSICASHEMATOLGICAS EM CES

    Trabalho de Concluso de Curso de Graduao apresentado

    Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia da Universidade

    Jlio de Mesquita Filho, Campus de Botucatu, SP,

    para obteno do grau de mdico veterinrio

    Preceptor: Prof Adj. Regina Kiomi Takahira

    Botucatu - 2011

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    PRISCILA EMIKO KOBAYASHI

    SNDROMES PARANEOPLSICASHEMATOLGICAS EM CES

    Trabalho de Concluso de Curso de Graduao apresentado

    Faculdade de Medicina Veterinria e Zootecnia da Universidade

    Jlio de Mesquita Filho, Campus de Botucatu, SP,

    para obteno do grau de mdico veterinrio

    rea de concentrao: Patologia clnica veterinria

    Preceptor:Prof Adj. Regina Kiomi Takahira

    Coordenador de estgios: Profa. Titular. Jane Megid

    Botucatu, 2011

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    Que os vossos esforos desafiem as

    impossibilidades; lembrai-vos de que as grandes

    coisas do homem foram conquistadas do que

    parecia impossvel.

    Charles Chaplin

    (1889- 1977)

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    KOBAYASHI, PRISCILA EMIKO. Sndromes paraneoplsicas hematolgicas em ces.

    Botucatu, 2011. 15p. Trabalho de concluso de curso de graduao (Medicina

    Veterinria, rea de Concentrao Patologia Clnica Veterinria) - Faculdade deMedicina Veterinria e Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista

    Jlio de Mesquita Filho.

    RESUMO

    As massas tumorais podem acarretar tanto problemas diretos, invadindo rgos e

    alterando sua funo como outros problemas adjacentes, entre eles as sndromes

    paraneoplsicas. As sndromes paraneoplsicas so um conjunto de alteraes nas

    estruturas e funes do corpo que ocorrem devido s aes no invasivas do

    tumor, como por exemplo, a liberao de hormnios, peptdeos, citocinas ou uma

    reao cruzada entre os tecidos normais. Podem afetar diferentes locais do corpo,

    sendo que algumas so indicativas de neoplasias especficas, portanto a

    interpretao dos achados clnico-patolgicos referentes s sndromes auxilia no

    diagnstico e tratamento correto. Dentre as sndromes paraneoplsicas

    hematolgicas h alteraes que ocorrem devido s aes indiretas do tumor nos

    elementos celulares do sangue e sistema de coagulao, e geralmente detectveis

    clinicamente ou por exames laboratoriais de rotina. Este trabalho tem comoobjetivo apresentar algumas sndromes paraneoplsicas hematolgicas em ces:

    anemia, trombocitopenia, leucocitose neutroflica, hipergamaglobulinemia e

    eritrocitose, dando nfase nas diferentes etiologias para o auxlo no diagnstico

    diferencial e principais neoplasias relacionadas. As sndromes paraneoplsicas

    abordadas exibem grande importncia durante todo o tratamento e interferem

    namorbidade e mortalidade do paciente. Alm disso, a descoberta precoce e

    tratamento das sndromes paraneoplsicas so to ou mais importantes do que o

    prprio tumor para o melhor prognstico e qualidade de vida.

    Palavras - chave: Ces; Oncologia; Sndromes paraneoplsicas; Hematologia

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    KOBAYASHI, PRISCILA EMIKO. Hematological paraneoplastic syndromes in dogs.

    Botucatu, 2011. 15p. Trabalho de concluso de curso de graduao (Medicina

    Veterinria, rea de Concentrao Patologia Clnica Veterinria) - Faculdade deMedicina Veterinria e Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista

    Jlio de Mesquita Filho.

    ABSTRACT

    Tumoral masses can cause several direct problems in the organism, such as

    invading organs and altering their functions, leading to other problems such as the

    Paraneoplastic syndrome. The paraneoplastic syndrome is an alteration in the

    structure and function of the body due to the non-invasive actions of the tumor,

    for example, liberating hormones, peptides, cytokines and leading to cross

    reactions between normal tissues. The syndrome can affect different locations in

    the body, being that some are indicative of specific tumors, however the

    interpretation of the clinical and pathological findings referring to this syndrome

    should be utilized in the diagnostic and treatment. In the hematological

    paraneoplastic syndrome, there are alterations that occur due to indirect actions of

    the tumor on the blood cellular elements and the coagulation system, and that are

    generally detected in routine clinical and laboratorial exams. This study objective

    is to aboard some hematological paraneoplastic syndromes in dogs such as:

    anemia, thrombocytopenia, neutrophilic leukocytosis, hypergammaglobulinemia

    and erythrocytosis, emphasizing the different etiologies that may assist in

    differential diagnosis and the principal neoplasm related to this syndrome. Besides

    this, the early discovery and treatment of the paraneoplatic syndrome is important

    as the tumor itself, as it improves the prognostic and quality of life of the patient.

    Key words: Dog, Oncology; Paraneoplastic syndromes, Hematology

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    SUMRIO

    1.INTRODUO .................................................................................. ........................... 4

    2.REVISO DE LITERATURA ........................................................... ........................... 6

    2.1.Sndromes paraneoplsicas ................................................................. ........................ 6

    2.2. Sndromes paraneoplsicas hematolgicas ............................................ ................. 7

    2. 2. 1. Anemia ................................................................................................ .................. 7

    2. 2. 2. Leucocitose neutroflica ...................................................................... ........... ....... 8

    2. 2. 3. Trombocitopenia ................................................................................. ........... ....... 9

    2. 2. 4. Eritrocitose .......................................................................................... .................. 10

    2. 2. 5. Hipergamaglobulinemia ...................................................................... ........... ....... 11

    3. CONCLUSO ........................................................................................ ...................... 12

    4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS....................................................... .................... 13

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    1.

    INTRODUO

    A prevalncia de pacientes oncolgicos na veterinria continua

    aumentando a cada ano, sendo que um dos motivos para este acontecimento a

    maior vida mdia dos ces. O melhoramento das medidas preventivas,

    teraputicas e nutrio, alm do maior cuidado e apego ao co pelo proprietrio

    fazem com que esses ces vivam por mais tempo e consequentemente

    desenvolvem algumas doenas como o cncer. O maior nmero de pesquisas a

    respeito das doenas em ces e melhores prticas clnicas e exames

    complementares tambm favorecem para o aumento do nmero de diagnsticos

    de neoplasia em ces. Embora no haja preciso de nmeros, existe uma

    estimativa de que um a cada dez ces iro desenvolver algum tumor durante a

    vida (MORRIS & DOBSON, 2001).

    As sndromes paraneoplsicas (SPNs) constituem um grupo de diversas

    anomalias clnicas sistmicas associadas ao cncer devido s aes no invasivas

    do tumor, sem que haja relao com o tamanho, localizao, metstase ou

    atividade fisiolgica do tecido de origem. A incidncia dessas sndromes tambm

    desconhecida na veterinria, mas os pacientes oncolgicos na medicina humana

    apresentam em aproximadamente 75% dos casos alguma sndrome paraneoplsica(MORRISSON, 2002) e cerca de 50% dos pacientes, esse fenmeno acarretar em

    importncia clnica, podendo apresentar- se como o primeiro sintoma.

    O reconhecimento das SPNs importante, pois pode haver correlao com

    alguns tipos de tumores, contribuindo para que melhores formas de terapia sejam

    adotadas, aumentando assim a qualidade de vida do paciente (OLIVEIRA, 2010).

    Essas sndromes podem fazer com que um paciente torne-se imprprio terapia

    como a radioterapia, quimioterapia ou cirurgia, pois as alteraes que estas

    acarretam ao paciente aumentam a sua morbidade (FINORA, 2003).As SPNs hematolgicas so: anemia, trombocitopenia, leucocitose por neutrofilia,

    eritrocitose, hiperglobulinemia, coagulopatias, coagulao intravascular

    disseminada, trombocitopenia, trombocitose, eosinofilia e agregao plaquetria

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    aumentada; sendo que as trs ltimas so raramente presenciadas na oncologia

    veterinria (BERGMAN, 2007). Essas sndromes raramente so sintomticas,

    sendo detectadas geralmente aps o diagnstico do cncer e associadas com adoena em um grau avanado (PELOSOF & GERBER, 2010).

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    2. REVISO DE LITERTURA

    2. 1. Sndromes paraneoplsicas

    Os sinais sistmicos que ocorrem distantes do local tumoral primrio so

    caracterizados como sndromes paraneoplsicas, as quais no esto associadas

    com a ao invasiva do tumor (OLIVEIRA, 2010). A apario desses sinais pode

    ser indicativa de tumores especficos, os primeiros sinais de malignidade ou

    tambm recidiva dos processos neoplsicos.

    A identificao das SPNs importante para deteco da neoplasia

    (WITHROW, 2007), alm de permitir monitorar e quantificar as respostas durante

    a terapia, alterar a abordagem clnica da neoplasia at o tratamento, melhorandoassim o prognstico (MORRISSON, 2002).

    As sndromes paraneoplsicas podem ser divididas basicamente em:

    produo ectpica de hormnios peptdicos (hipoglicemia/hipercalcemia),

    anormalidades hematolgicas, alteraes da hemostasia, distrbios

    neuromusculares, disfuno renal, sndrome de hiperviscosidade/

    paraproteinemia, caquexia paraneoplsica e outros (FRAGOSO, 2001).

    Existem teorias de que a fisiopatologia das SPNs resultante de vrios

    processos. A produo de uma substncia com atividade biolgica pode ocorrer

    devido a desrepresso de algum gene (CULLEN et al., 2002). Dentre essas

    substncias podemos citar as que estimulam a produo de anticorpos e a

    metabolizao de esterides; os hormnios, citocinas, e as enzimas ou protenas

    fetais. Outras teorias incluem a possibilidade de produo ectpica de um receptor

    pelo tumor, como por exemplo no timoma em que h produo de acetilcolina; ou

    ativao do sistema imune por substncias normais do corpo com formao de

    imunocomplexos (MATHEW et al., 2010).

    Existem alguns critrios que devem ser cumpridos para estabelecer se uma

    neoplasia especfica quem est acarretando determinada sndrome

    paraneoplsica. Na medicina veterinria, o mais comumente utilizado a

    diminuio de uma substncia produzida (hormnio, por exemplo) aps o

    tratamento ou remoo da neoplasia. Porm pode ser observada a concentrao

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    linear da substncia aps remoo da glndula normal que controla essa

    concentrao, como por exemplo, quando o clcio permanece aumentado aps a

    retirada da glndula paratireide. Outros dois critrios so a sntese e secreo doproduto pelo tumor in vitro e a existncia em todo tumor de gradiente de

    concentrao positiva arteriovenosa do hormnio (CULLEN et al.,2002).

    2 . 2. Sndromes paraneoplsicas hematolgicas

    2. 2. 1. Anemia

    Anemia significa uma quantidade de hemcias (He) diminuda, resultando

    em uma oxigenao tecidual menor (THRALL, 2007), sendo uma sndrome

    comum em pacientes oncolgicos na veterinria. O grau e o tipo de anemia nesses

    pacientes podem variar muito (FINORA, 2003), podendo ser dividida nas quatro

    formas a seguir: anemia da doena crnica (ADC), anemia hemoltica

    imunomediada (AHIM), anemia por perda de sangue ou anemia hemoltica

    microangioptica sendo que a ADC comum em ces com tumores metastticos

    ou disseminados (BERGMAN, 2007).

    Na ADC apesar da quantidade de ferro medular estar normal ou at mesmo

    aumentada, h a diminuio da concentrao srica de ferro e da capacidade total

    de ligao do ferro (CANADO & CHIATTONE, 2002).

    Os principais mecanismos relacionados etiopatogenia da ADC so:

    -resposta medular inadequada (CANADO & CHIATTONE, 2002) devido

    possveis defeitos na eritropoiese, como a diminuio inapropriada da secreo de

    eritropoetina (EPO) ou a diminuda resposta da medula ssea eritropoiese e

    EPO, em conseqncia da menor oferta de ferro ( CARVALHO, et al., 2006).

    -distrbio do metabolismo do ferro em que h aumento de captao e reteno deferro no interior das clulas do sistema reticuloendotelial, diminuio de ferro na

    circulao e consequentemente uma limitao s clulas progenitoras eritrides

    (WEISS & GOODNOUGH, 2005).

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    -diminuio da vida til das hemcias devido a um estado de hiperatividade do

    sistema mononuclear fagocitrio, a qual leva a uma remoo precoce dos

    eritrcitos circulantes. Existem ainda fatores que contribuem para a hiper-hemlise, como a febre (que pode causar dano membrana eritrocitria e tambm

    uma SPN) e liberao de hemolisinas produzidas por certas neoplasias

    (CANADO & CHIATTONE, 2002).

    Na AHIM h uma diminuio acentuada do volume globular devido

    destruio imunomediada das clulas vermelhas (BALCH & MACKIN, 2007), e

    de acordo com Gaschen & Teske (2004) est geralmente associada a tumores

    hematopoiticos.

    As anemias hemolticas microangiopticas ocorrem devido quebra

    eritrocitria decorrente de alteraes na microvasculatura. Portanto, h formao

    de microtrombos no interior de vasos, fazendo com que haja rompimento no

    momento da aderncia aos filamentos de fibrina. (FIGHERA, 2007). So

    associados a tumores microvasculares, porm pode ocorrer em qualquer tumor

    que cause coagulao intravascular disseminada (CID). Em ces, o

    hemangiossarcoma o tumor que est mais associado a essa alterao

    (GASCHEN & TESKE, 2004).

    Na anemia por perda de sangue esto envolvidos os tumores hemorrgicos,

    visveis ou no. O sangramento pode ocorrer na cavidade torcica, abdominal

    (como por exemplo, nos casos de hemangiossarcoma), trato gastrointestinal ou

    trato urinrio, visualizado na urina (FINORA, 2003).

    2.2.2. Leucocitose neutroflica

    Os leuccitos do sangue presentes em ces so os neutrfilos, linfcitos,

    basfilos, moncitos e eosinfilos sendo que o aumento na contagem desses

    leuccitos indica uma leucocitose (WELTAN, 2007). Nos ces a leucocitose e

    neutrofilia extremas esto associadas com altas taxas de mortalidade (DITTRICH

    et al.,2005).

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    Reao leucemide uma leucocitose extrema, geralmente est associada

    neutrofilia e acentuado desvio nuclear dos neutrfilos esquerda. O termo

    leucemide dado devido semelhana do sangue com a leucemia mielidecrnica (LMC), porm esta no ocorre devido a uma doena mieloproliferativa e

    sim pela necessidade tecidual de neutrfilos (DITTRICH et al., 2005).

    Os mecanismos exatos dessa sndrome no esto bem estabelecidos, porm

    h teorias de que haja a superproduo de fator estimulador de colnia

    granuloctico (G-CSF) ou fator de crescimento de colnia granuloctica

    macrofgica (GM-CSF), entre outros (PETTERINO et al., 2011). O fator G-CSF

    promove a sobrevivncia e funes efetoras dos neutrfilos, e consequentemente

    resulta em aumento da produo de neutrfilos (DEMETRI & GRIFFIN, 2011).

    Porm o aumento da produo do fator GM-CSF foi demonstrado apenas em um

    carcinoma papilar pulmonar atravs da tcnica denominada PCR (polimerase

    chain reaction), e em um carcinoma renal de clulas de transio atravs da

    tcnica de imunohistoqumica. A produo de G-CSF por clulas neoplsicas foi

    demonstrada somente em um gato com adenocarcinoma drmico tubular, atravs

    da PCR (PETTERINO et al., 2011).

    As neoplasias que foram associadas a leucocitose neutroflica

    paraneoplsica so carcinoma renal, linfoma maligno, fibrossarcoma metasttico,

    plipo adenomatoso retal e carcinoma pulmonar (GASCHEN & TESKE, 2004).

    2. 2. 3. Trombocitopenia

    A trombocitopenia a diminuio na contagem das plaquetas na

    circulao e as causas podem ser divididas em: aumento da destruio plaquetria

    (imunomediada ou no), produo reduzida de plaquetas, e seqestro/consumo de

    plaquetas, e frequentemente est associada secundariamente ao tratamento

    quimioterpico (WITHROW, 2007).

    A trombocitopenia por consumo pode ser resultante de uma coagulao

    intravascular disseminada (CID), comum em 50% a 90% de ces com

    hemangiossarcomas. Os tumores que apresentam grande proporo de

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    trombocitopenia so os linfoproliferativos, variando de 35% a 50% dos casos.

    Alm desses tumores, os estudos com ces revelam que aproximadamente 50%

    dos pacientes com hemangiossarcoma; 37% com linfoma, 25% com carcinomapulmonar e 19% com adenocarcinoma nasal apresentam trombocitopenia

    (CHISHOLM-CHAIT, 2000). A secreo de estrgeno pelo tumor das clulas de

    Sertoli tambm associados trombocitopenia (WITHROW, 2007).

    O animal com contagem de plaquetas abaixo de 30.000/L poder ter

    riscos de hemorragia se entrar em cirurgia, mesmo no sendo comuns os sinais

    clnicos de sangramentos (MORRISON, 2002).

    2.2.4. Eritrocitose

    Frequentemente os termos eritrocitose e policitemia so usados

    alternadamente . A eritrocitose (policitemia) pode ser classificada como absoluta

    ou relativa, sendo que a relativa pode ocorrer devido diminuio do volume

    plasmtico ou da redistribuio eritrocitria como nos casos de desidratao,

    desvios de fluidos corporais ou contrao esplnica. A policitemia absoluta, que

    significa o aumento da massa eritrocitria, pode ser primria (conhecida como

    policitemia vera) ou secundria (THRALL, 2007).Na policitemia primria, mesmo com pouca ou nenhuma eritropoietina

    (EPO), h proliferao autnoma dos precursores eritrides (eritropoiese), sendo

    uma doena mieloproliferativa crnica. A policitemia secundria pode ser

    apropriada, a qual ocorre devido hipxia sistmica, h produo de EPO e

    eritrocitose. Na inapropriada ocorre aumento de EPO mas no associada com

    hipxia tecidual (RANDOLPH et al.,2010).

    Para que haja uma conduta teraputica correta, necessrio diferenciar os

    tipos de eritrocitose, excluindo as formas mais simples da doena. No caso de

    pacientes com cncer, geralmente ocorre a eritrocitose absoluta secundria

    apropriada, como por exemplo, em tumores renais em que h aumento de EPO

    devido hipxia renal, causada pela obstruo do fluxo sanguneo normal ao

    rgo. H relatos de neoplasias extra renais em ces apresentando essa sndrome

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    paraneoplsica, como por exemplo, carcinoma nasal, fibrossarcoma nasal,

    schawannoma, neoplasias hepticas, adenocarcinomas e tumor venreo

    transmissvel. As explicaes mais aceitas para ocorrncia da eritropoieseparaneoplsica a de que o tecido tumoral produz substncias que estimulam a

    eritropoiese (andrgenos e corticosterides, por exemplo); produo ectpica de

    EPO ou de substncias semelhantes EPO (DUARTE et al., 2006).

    2.2.5. Hipergamaglobulinemia

    A maior parte das imunoglobulinas representada pela frao

    gamaglobulina, e o aumento dessa frao denomina-se gamopatia. A gamopatia

    pode ser monoclonal ou policlonal, o que diferencia que a primeira induz o

    aumento da produo de Igs atravs de um nico clone de linfcitos B ou

    plasmcitos, ao passo que na policlonal o grupo de linfcitos B ou plasmcitos

    que a induzem heterogneo (LASSEN, 2007).

    A importncia da diferenciao entre gamopatias monoclonais e

    policlonais reside no fato de que as monoclonais so entidades neoplsicas ou

    apresentam alto potencial de serem neoplsicas, podendo ocorrer no mieloma

    mltiplo, plasmocitoma extramedular, linfoma e leucemia linfoctica, ao passoque as policlonais podem ocorrer devido doena infecciosas, hepticas ou

    imunomediadas ou estimulao antignica crnica (FARIA & SILVA, 2007).

    Pacientes oncolgicos caninos podem comumente apresentar as

    gamopatias monoclonais, podendo acarretar em sinais clnicos de

    hiperviscosidade, como por exemplo, depresso, ataxia, problemas cardacos,

    entre outros; alm de hipxia tecidual, descolamento ou hemorragia de retina, ou

    sangramento generalizado (WITHROW, 2007).

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    3. CONCLUSO

    Os tumores alteram as funes de rgos ou clulas diretamente ou

    indiretamente e,portanto dificultam a interpretao de algumas modificaes que

    ocorrem no organismo. Algumas alteraes hematolgicas esto associadas com o

    desenvolvimento de formaes neoplsicas ou antecedem algumas delas, sendo

    consideradas sndromes paraneoplsicas.

    Os mecanismos de ao ainda no esto todos bem estabelecidos, portanto

    tratar o paciente oncolgico e suas SPNs ainda constitui um desafio na medicina

    humana e veterinria. Mas sabe-se que o tratamento dessas sndromes to ou

    mais importante do que a prpria neoplasia para o paciente oncolgico, devido

    sua grande morbidade.

    As SPNs so inespecficas, portanto importante maiores pesquisas na

    medicina veterinria comprovando a correlao de certas sndromes

    paraneoplsicas com as neoplasias. Alm de que o conhecimento dos mecanismos

    corretos das sndromes paraneoplsicas faz-se necessrio para que haja maiores

    possibildades de tratamento para interveno precoce. Portanto, coloc-las na lista

    de diagnsticos diferenciais e tratamento precoce garante ao paciente melhor

    prognstico e sbrevida.

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    4.REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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