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Capítulo 3 Fatores específicos e distribuição de renda Economia internacional : Teoria e política Paul R. Krugman and Maurice Obstfeld

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Capítulo 3

Fatores específicos e distribuição de renda

Economia internacional : Teoria e políticaPaul R. Krugman and Maurice Obstfeld

Page 2: Krguman_ capitulo_03

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� Introdução

� O Modelo de fatores específicos

� Comércio international no modelo de fatores

específicos

� Distribuição de renda e ganhos de comércio

� A economia política do comércio: uma visão

preliminar

� Apêndice: Detalhes adicionais sobre os fatores

espefícos

Organização do capítulo

Page 3: Krguman_ capitulo_03

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Introdução

� O comércio internacional no modelo Ricardiano cria

benefícios mútuos entre as nações por meio da

especialização internacional.

� O fator trabalho move das indústrias nas quais este

fator é ralativamente ineficiente para as indústrias em

que é mais eficiente.

� Como o trabalho é o único fator de produção e

movimenta-se livremente, o comércio não afeta a

distribuição de renda.

� Porque os governos tem protegido alguns setores de

sua economia contra a concorrência das importações?

Page 4: Krguman_ capitulo_03

Introdução

� Na realidade, o comércio tem efeitos significativos sobre a

distribuição de renda dentro do país – os benefícios do comércio

são distribuídos de forma muito desigual.

� Principais razões dos efeitos do comércio internacional sobre a

distribuição da renda:

• Recursos não podem mover imediatamente ou sem custos de

uma indústria a outra.

• As indústrias diferem quanto aos fatores de produção que

demandam: Uma alteração na composição dos bens, reduz a

demanda por alguns fatores, e ao mesmo tempo aumenta a

demanda de outros.

� O Modelo de fatores específicos permite que o comércio afete adistribuição de renda.

Page 5: Krguman_ capitulo_03

Introdução� O COMÉRCIO INTERNACIONAL não é totalmente benéfico

como propõe o modelo Ricardiano. Embora o livre comércio

possa beneficiar a nação como um todo, muitas vezes prejudica

grupos significativos dentro do país, pelo menos no curto prazo.

� Exemplos de proteção de alguns setores:

• EUA limitam as importações de têxteis, açúcar e outros bens

• Japão limita a importação de arroz, mesmo devido à escassezde terra, o custo de produção é mais caro comparado com

outros países.

• Livre comércio x oposição política setorial organizada

� A análise mais realista do comércio deve ir além do modelo

ricardiano e levar em conta modelos em que comércio possa

afetar a distribuição de renda.

Page 6: Krguman_ capitulo_03

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� O Modelo De Fatores Específicos foi desenvolvido porPaul Samuelson e Ronald Jones.

� Fatores específicos – são insumos utilizados na produção deum determinado bem e não podem ser substituídos poroutros. Por exemplo, diferentes equipamentos sãoespecíficos para cada indústria.

� O que é um fator específico? A distinção entre fatoresespecíficos e móveis é uma questão de velocidade de ajuste,em que os fatores mais específicos levam mais tempo paraserem realocados entre os setores (Krugman, cap 3, p. 28)

� O modelo incorpora a distribuição de renda de maneira bemclara ao concentrar em fatores específicos de produção.

O Modelo de fatores específicos

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� Hipóteses do modelo

• Assume que a economia pode produzir dois bens, manufaturas ealimentos.

• Três fatores de produção: trabalho (L), capital (K) e terra (T).• Manufaturas são produzidas usando capital e trabalho (mas naoterra).

• Alimentos são produzidos por terra e trabalho (mas não capital).– Trabalho é o fator mais móvel que pode ser usado em ambosos setores.

– Terra e capital são os fatores específicos que podem serusados apenas na produção de um bem.

• Competição perfeita prevalece em todos os mercados.

O Modelo de fatores específicos

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• Qual a quantidade de cada bem a economia produz?

– A quantidade de manufaturados depende de quanto capital

and tabalho são usados neste setor.

• Essa relação é mostrada pela função de produção.

• A função de produção para o bem X dá a quantidade

máxima do bem X que a firma pode produzir com várias

quantidades de fatores (insumos).

– Por exemplo, a função de produção de manufatura

(alimentos) diz que a quantidade de manufatura

(alimentos) que pode ser produzida pelos insumos

trabalho e capital (terra).

O Modelo de fatores específicos

Page 9: Krguman_ capitulo_03

• A função de produção para manufatura é dada porQM = QM (K, LM)

onde:

– QM é a produção de manufatura

– K é o estoque de capital na economia

– LM é a força de trabalho empregada na manufatura

• A função de produção para alimentos é dada por:QA = QA (T, LA)

onde:

– QA é a produção de alimentos

– T é a oferta de terra

– LA é a força de trabalho empregada na produção de alimentos

O Modelo de fatores específicos

Page 10: Krguman_ capitulo_03

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• A condição de pleno emprego do trabalho requer que a oferta total seja igual a demanda em cada setor:

LM + LA = L

• O uso desta equação acima para derivar a Fronteira de possibilidade de produção da economia.

O Modelo de fatores específicos

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� Possibilidades de produção

• Para analisar as possibilidades de produção da

economia, como a composição desta produção muda à

medida que o trabalho é deslocado de um setor para

outro.

• Figura 3-1 ilustra a função de produção para manufatura.

O Modelo de fatores específicos

Page 12: Krguman_ capitulo_03

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QM = QM (K, LM)

Figura 3-1: A função de produção para manufatura

Insumo trabalho, LM

Produção, QM

O Modelo de fatores específicos

Quanto mais trabalho é empregado na produção de

manufaturas, maior é a produção. Contudo, em

decorrência dos retornos decrescentes, cada

homem/hora adicional acrescentará à produção

menos que o anterior, por isso a curva torna-se

menos inclinada em níveis mais altos de emprego.

Page 13: Krguman_ capitulo_03

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• O formato da função de produção reflete a lei dos

retornos marginais decrescentes.– Adicionando um trabalhador no processo produtivo (sem

aumentar a quantidade de capital) significa que cada

trabalhador tem menos capital para trabalhar.

– Consequentemente, cada unidade adicional de trabalho

acresecentará menos a produção do que o anterior. O

produto marginal do trabalho diminui à medida que mais

trabalho é usado.

• Figura 3-2 mostra o produto marginal do trabalho, oqual é o crescimento no produto que corresponde a uma

unidade extra de trabalho.

O Modelo de fatores específicos

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MPLM

Figura 3-2: O produto marginal do trabalho

Insumo trabalho, LM

Produto marginal

do trabalho, PMLM

O Modelo de fatores específicos

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QA =QA(K, LA)

QM =QM(K, LM)

L2M

L2F

32

1

AA

1'

3'

PP

Fronteira de possibilidade

de produção da economia (FPP)

Função de produção

de manufaturasAlocação de trabalho

na economia (AA)

Função de produção

de alimentos

Q2F

Q2M

2'

Insumo

trabalho em

alimentos, LA(crescente ����)

Produção de

manufaturas, QM(crescente ����)

Insumo trabalho em

manufaturas,

LM (crescente ����)

Produção de alimentos,

QA (crescente ����)

Figura 3-3: A fronteira de possibilidades de produção no modelo de fatores específicos

O Modelo de fatores específicos

Page 16: Krguman_ capitulo_03

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- A alocação de manufaturas e alimentos é determinada pelaalocação de trabalho. No quadrante inferior esquerdo, a alocaçãode trabalho entre setores pode ser ilustrada por um ponto sobre areta AA, que representa todas as combinações do insumo trabalhopara manufaturas e alimentos, que somadas, formam o total daoferta de trabalho L. Correspondendo a qualquer ponto emparticular sobre AA, como ponto 2, está o insumo trabalho para asmanfuturas e um insumo para alimentos. As curvas nos quadrantesinferior direito e superior esquerdo representam as funções deprodução. No quadrante superior direito, a curva PP mostra comoa produção dos dois bens varia à medida que a alocação detrabalho é deslocada de alimentos para manufaturas, com ospontos de produção 1,2 e 3 correspondendo às alocações detrabalho 1,2 e 3. Por causa dos retornos decrescentes, PP é umacurva em vez de uma linha reta.

O Modelo de fatores específicos

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- Fronteira de possiblidade de produção – mostra a produção dealimentos e manufaturas para uma dada quantidade de insumos(recursos).

- Alocação dos recursos – um aumento do insumo (trabalho) emum setor signfica a redução deste insumo no outro setor (retaAA)

- Função de produção dos setores da economia – relação entreinsumo e produto

- Fronteira de possibilidade de produção – mostra aspossibilidades de produção da economia para determinadaoferta de terra, trabalho e capital.

O Modelo de fatores específicos

Page 18: Krguman_ capitulo_03

- No modelo ricardiano: o trabalho é o único fator de produção, e afronteira de possibilidade de produção é uma linha reta, porqeu ocusto de oportunidade das manufaturas em termos de alimentos éconstante.

- Modelo dos fatores específicos: a inclusão de outros fatores deprodução transforma a fronteira de possibilidades de produção PPem uma curva

- A curva da PP reflete os retornos decrescentes do trabalho em cadasetor, tais retornos decrescentes são a diferença crucial entre omodelo dos fatores específicos e o modelo ricardiano

- Para aumentar a produção de manufaturas em uma unidade, aeconomia deve reduzir a produção de alimentos em PMLA/PMLM. Adeclividade da PP mede o custo de oportunidade das manufaturasem termos de alimentos – isto é, o número de unidades da produçãode alimentos que deve ser sacrificado para aumentar a produção demanufaturas em uma unidade

O Modelo de fatores específicos

Page 19: Krguman_ capitulo_03

� Preços, salários e alocação de trabalho

• Quanto trabalho deverá ser empregado em cada setor?– Para responder a questão, precisamos examinar a oferta e a demanda no mercado de trabalho.

• Demanda por trabalho:– Em cada setor, os empregadores maximizadores de lucros vão demandar trabalho até o ponto em que o valor produzido por um homem/hora adicional seja igual ao custo de empregar aquela hora na produção.

O Modelo de fatores específicos

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• A curva de demanda por trabalho no setor manufatureiro :

MPLM x PM = w (3-4)

– O salário é igual ao valor do produto marginal do

trabalho no setor manufatureiro multiplicado pelo preço

de uma unidade de manufatura.

• A curva de trabalho no setor de alimentos :

MPLF x PF = w (3-5)

– O salário iguala ao valor do produto marginal do

trabalho no setor de alimentos.

O Modelo de fatores específicos

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� O salário dever ser o mesmo em ambos os setores,

por causa da hipótese da perfeita mobilidade do

trabalho entre os setores.

� O salário é determinado pela igualdade entre a

demanda e oferta de trabalho:

LM + LF = L (3-6)

O Modelo de fatores específicos

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PM X MPLM(Demand curve for labor in

manufacturing)

PF X MPLF(Demand curve

for labor in food)

Wage rate, WWage rate, W

W11

L1M L1F

Total labor supply, L

Labor used in

manufactures, LM

Labor used

in food, LF

Figure 3-4: The Allocation of Labor

The Specific Factors Model

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� Figura 3-4: o trabalho é alocado de modo que o valor

de seu produto marginal (PxPMgL) seja o mesmo em

manufaturas e alimentos. Em equilíbrio, o salário é

igual ao valor do produto marginal do trabalho.

� Oferta total de trabalho (L)

� Valor do produto marginal do trabalho (PxPMgL) que

é a demanda por trabalho.

� Salário de equilíbrio e a alocação de trabalho entre os

dois setores são representados pelo ponto 1.

PMgLM x PM = PMgLA x PA = w

O Modelo de fatores específicos

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� Relação entre preços relativos e produção :

-MPLF/MPLM = -PM/PF (3-7)

� O lado esquerdo representa a declividade da fronteira

da possibilidade de produção e o direito da equação

equivale ao preço relativo da manufatura.

� No ponto de produção, a fronteira de possibilidade de

produção deve ser tangente a uma reta cuja

declividade seja o negativo do preço de manufaturas

dividido pelo de alimentos. A economia produz no

ponto 1

O Modelo de fatores específicos

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Slope = -(PM /PF)1

1Q1F

Q1MOutput of manufactures, QM

Output of food, QF

PP

Figure 3-5: Production in the Specific Factors Model

The Specific Factors Model

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• O que acontece à alocação de trabalho e à distribuição de renda quando os preços de alimentos e manufaturas

mudam?

• Dois casos:– Uma mudança igualmente proporcional nos preços de

ambos os produtos (alimentos e manufaturados)

– Uma mudança nos preços relativos (em apenas um

preço)

O Modelo de fatores específicos

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W1 1

PFincreases

10%

Wage rate, WWage rate, W

PF1 X MPLF

Labor used in

manufactures, LM

Labor used

in food, LF

10%

wage

increase

PM

increases

10%

PM1 X MPLM

W22

PF2 X MPLFPM

2 X MPLM

Figure 3-6: An Equal Proportional Increase in the Prices of Manufactures and Food

The Specific Factors Model

Page 28: Krguman_ capitulo_03

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• Figura 3-6: As curvas de demanda por trabalhonas manufaturas e nos alimentos deslocam-se

para cima em proporção ao aumento dos preços

de ambos os bens.

• O salário aumenta na mesma proporção e a

alocação de trabalho entre os dois setores não

muda.

O Modelo de fatores específicos

Page 29: Krguman_ capitulo_03

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• Quando ambos os preços mudam na mesma proporção, não ocorre mudança real (mudança nos preços relativos,

ou seja, a razão dos preços se mantém).

– A taxa de salário (w) aumenta na mesma proporção dos

preços, então o salário real (i.e. a razão dos salários sobre

os preços dos bens) não é afetado.

– a alocação de trabalho entre os dois setores e a produção

destes dois bens não mudam.

– As rendas reais de proprietários de capital e de terra

também permanecem as mesmas.

– Mudanças no nível geral de preços não têm efeitos reais;

não mudam nenhuma quantidade física na economia.

O Modelo de fatores específicos

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Uma mudança nos preços relativos

• Quando apenas PM aumenta, a demanda por trabalho

desloca do setor de alimento para o setor de

manufaturas e a produção de manufaturas aumenta

enquanto que a produção de alimentos cai.

• A taxa de salário (w) aumenta menos que o preço das

manufaturas PM (comparação das figuras 3.6 e 3.7)

visto que empego na manufatura aumenta e logo o

produto marginal do trabalho neste setor cai (lei dos

rendimentos decrescentes).

O Modelo de fatores específicos

Page 31: Krguman_ capitulo_03

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PF1 X MPLF

Wage rate, WWage rate, W

PM1 X MPLM

2W 2

Labor used

in food, LF

Labor used in

manufactures, LM

Amount of labor

shifted from food

to manufactures

Wage

rate

rises by

less than

7%

7%

upward

shift in

labor

demand

PM2 X MPLM

1W 1

Figure 3-7: A Rise in the Price of Manufactures

The Specific Factors Model

Page 32: Krguman_ capitulo_03

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PP

Slope = - (PM /PF)1

Output of

manufactures, QM

Output of food, QF

Slope = - (PM /PF) 2

1

Q1F

Q1M

2Q2F

Q2M

Figure 3-8: The Response of Output to a Change in the Relative Price of Manufactures

The Specific Factors Model

Page 33: Krguman_ capitulo_03

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Relative quantity

of manufactures, QM/QF

Relative price

of manufactures, PM /PF

RD

RS

Figure 3-9: Determination of Relative Prices

1 (PM /PF )

1

(QM /QF )1

The Specific Factors Model

Page 34: Krguman_ capitulo_03

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Figuras 3.7, 3.8 e 3.9:

• Efeito de um aumento no preço relativo tem efeitos na

curva de possibilidade de produção, aumentando a sua

declividade. A produção descoloca do ponto 1 para 2 na

figura 3.8 com aumento de manufaturas e queda de

alimentos.

• Um aumento na produção de manufatura em relação à

produção de alimentos é representada pela curva de

oferta relativa OR

• O preço relativo de equilíbrio e produto relativo de

equilíbrio são determinados pela interseção das curvas de

oferta relativa (RS) e demanda relativa (RD)

O Modelo de fatores específicos

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� Preços relativos e distribuição de renda

• Supondo que PM aumente em 10%. Então, devemos

esperar que o salário aumenta menos que 10%, digamos

5%.

• Qual o efeito econômico deste aumento de preço na renda dos três grupos?

– Trabalhadores

– Proprietários de capital

– Proprietários de terra

O Modelo de fatores específicos

Page 36: Krguman_ capitulo_03

• Trabalhadores:

– O salário sobe menos que o aumento de preços, então o salário real

na manufatura cai e do alimento sobe.

– Não podemos dizer se os trabalhadores estão em situação melhor

ou pior, isso depende da importância relativa das manufaturas e dos

alimentos no seu consumo.

• Proprietários do capital:

– O salário real na manufatura caiu de forma que os lucros

aumentaram. A renda dos capitalistas aumentaram.

• Os proprietários de terra:

– Estão em pior situação, porque o salário real em termos de

alimentos aumentou, comprimindo sua renda, e o aumento dos

preços das manufaturas reduz o poder de compra de qualquer

renda.

O Modelo de fatores específicos

Page 37: Krguman_ capitulo_03

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� Hipóteses do modelo

� O comércio internacional ocorre devido `a diferença do

preço relativo dos produtos entre os países.

• Assume que ambos os países (Japão e EUA) tem a

mesma curva de demanda relativa.

• Consequentemente, a única fonte de comércio

internacional é a diferença na oferta relativa. A oferta

relativa deve diferir entre os países pelas seguintes

razões:

– Tecnologia

– Fatores de produção (capital, terra, trabalho)

O comércio internacional no modelo

de fatores específicos

Page 38: Krguman_ capitulo_03

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� Recursos e a oferta relativa.

Quais os efeitos de um crescimento na oferta do estoque

de capital sobre a produção de manufaturas e alimentos?

– Um país com muito capital e pouca terra tenderá a

produzir uma razão alta entre manufatura e alimentos a

quaisquer preços dados, enquanto um país com muita

terra e pouco capital fará o oposto.

O comércio internacional no modelo

de fatores específicos

Page 39: Krguman_ capitulo_03

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PM X MPLM2

PF1 X MPLF

Wage rate, WWage rate, W

PM X MPLM1

W 1

1

2W 2

Increase

in capital

stock, K

Amount of labor

shifted from food to

manufactures

Labor used in

manufactures, LM

Labor used

in food, LF

International Trade

in the Specific Factors ModelFigure 3-10: Changing the Capital Stock

Page 40: Krguman_ capitulo_03

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• Um aumento na oferta de capital desloca a curva de oferta relativa para direita ( ponto 1 para 2).

• Um crescimento na oferta de terra deslocaria a curva de oferta relativa para esquerda.

• What about the effect of an increase in the labor force?

– The effect on relative output is ambiguous, although

both outputs increase.

O comércio internacional no modelo

de fatores específicos

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� Trade and Relative Prices

• Suppose that Japan has more capital per worker than America, while America has more land per worker than Japan.

– As a result, the pretrade relative price of manufactures in Japan is lower than the pretrade relative price in America.

• International trade leads to a convergence of relative prices.

International Trade

in the Specific Factors Model

Page 42: Krguman_ capitulo_03

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• Um aumento no estoque de capital aumenta o

produto marginal do trabalho PM x PMgLM nas

manufaturas para qualquer nível de emprego. Isso

eleva a demanda por trabalho no setor

manufatureiro, o que eleva o salário total. Como o

trabalho é tirado do setor de alimentos, a produção

de manufaturas aumenta, enquanto que a produção

de alimentos cai.

O comércio internacional no modelo

de fatores específicos

Page 43: Krguman_ capitulo_03

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Relative quantity of

manufactures, QM/QF

Relative price of

manufactures, PM /PF

(PM /PF )W

(PM /PF )A

(PM /PF )J

International Trade

in the Specific Factors ModelFigure 3-11: Trade and Relative Prices

RDWORLD

RSA

RSWORLD

RSJ

Page 44: Krguman_ capitulo_03

� Supõe-se que o Japão tenha mais capital por

trabalhador que os Estados Unidos e que os EUA

tenham mais terra que o Japão. Como resultado, a

curva de oferta relativa do Japão situa-se à direita da

curva de oferta relativa do EUA. Quando as duas

economias fazem comércio a curva de oferta relativa

mundial ORmundial fica entre as duas curvas nacionais,

e o preço relativo mundial de equilíbrio das

manufaturas – determinado pela interseção entre

ORmundial e a curva de demanda relativa DRmundial fica

entre os níveis de PM /PA que prevaleceriam nos dois

países na ausência de comércio.

O comércio internacional no modelo

de fatores específicos

Page 45: Krguman_ capitulo_03

� O padrão de comércio

• Em um país que não comercializa (ausência do

comércio internacional), a produção de um bem deve

ser igual ao seu consumo.

• Consumo ou demanda = produção (D = Q)

• O comércio internacional torna-se possível que a

composição de manufaturas e alimentos consumida

seja diferente da composição produzida.

• Um país não pode gastar mais do que recebe: o valor

do consumo deve ser igual ao valor da produção –

PM X DM + PA x DA = PM x QM + PA + QA

O comércio internacional no modelo

de fatores específicos

Page 46: Krguman_ capitulo_03

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Budget constraint

(slope = -PM/PF)

Consumption of manufactures, DM Output of manufactures, QM

Consumption of food, DFOutput of food, QF

Production possibility curve

International Trade

in the Specific Factors ModelFigure 3-12: The Budget Constraint for a Trading Economy

Q1M

1Q1F

O Ponto 1 expressa a

produção da economia. o

consumo da economia deve

estar ao longo de uma linha

que passa pelo ponto 1 e

possui uma declividade

igual ao negativo do preço

relativo de manufaturas.

Page 47: Krguman_ capitulo_03

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QJF

QAF

DAFDJF

QAM DAMQJMDJM

Japan’s

food

imports

America’s

food

exports

Japan’s

manufactures

exports

America’s

manufactures

imports

Quantity of

manufactures

Quantity of

manufactures

Quantity of

foodQuantity of

food

Japanese budget constraint American budget constraint

International Trade

in the Specific Factors ModelFigure 3-13: Trading Equilibrium

Page 48: Krguman_ capitulo_03

� Em equilíbrio, as exportações de manufaturas do

Japão devem ser exatamente iguais às importações

dos Estados Unidos, e as importações de alimentos do

Japão exatamente iguais às exportações dos Estados

Unidos (Triângulos coloridos do gráfico anterior).

� Resultado geral : O comércio beneficia o fator que é

específico do setor exportador de cada país, mas

prejudica o fator específico dos setores que

concorrem com as importações, tendo efeitos

ambíguos sobre os fatores móveis.

O comércio internacional no modelo

de fatores específicos

Page 49: Krguman_ capitulo_03

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Distribuição de renda e os ganhos

de comércio.

� Para avaliar os efeitos do comércio sobre os grupos

em particular, é preciso levar em conta um ponto

chave: O comércio internacional muda o preço

relativo de manufaturas e alimentos.

� O comércio beneficia o fator que é específico do setor

exportador de cada país, mas prejudica o fator

específico dos setores que concorrem com as

importações

� O comércio tem efeitos ambíguos sobre os fatores

móveis.

Page 50: Krguman_ capitulo_03

� Forma de avaliar os ganhos totais do comércio é fazera seguinte pergunta: aqueles que lucram com ocomércio poderiam compensar aqueles que perdem eainda assim sair ganhando?

• Se este é o caso, então o comércio é potencialmenteuma fonte de ganho para todos.

� O motivo fundamental pelo qual o comércio beneficiapotencialmente um país é que ele expande as escolhasda economia.

Distribuição de renda e os ganhos de

comércio.

Page 51: Krguman_ capitulo_03

� O motivo fundamental pelo qual o comércio beneficiapotencialmente um país é que ele expande as escolhasda economia.

• Essa expansão de escolhas significa que é semprepossível redistribuir renda de tal modo que todos saiamganhando com o comércio.

• Que todos poderiam ganhar com o comércioinfelizmente não significa que todos realmente ganhem.No mundo real, a existência de pessoas que perdemassim como de pessoas que ganham com o comércio éum dos motivos mais importantes pelos quais ocomércio não é livre.

Distribuição de renda e os ganhos de

comércio.

Page 52: Krguman_ capitulo_03

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Budget constraint

(slope = - PM/PF)

PP

Consumption of manufactures, DMOutput of manufactures, QM

Consumption of food, DFOutput of food, QF

Q1M

Q1F

1

2

Figure 3-14: Trade Expands the Economy’s Consumption Possibilities

Income Distribution and

the Gains from Trade

Page 53: Krguman_ capitulo_03

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� Antes do comércio, a produção e consumo da economiaestavam no ponto 2 sobre sua Fronteira dePossibilidades de Produção (FPP).

� Depois do comércio, a economia pode consumirqualquer ponto sobre a sua restrição orçamentária.

� A porção da restrição orçamentária na região azul dográfico anterior consiste em escolhas de consumofactíveis depois do comércio, com o consumo de ambosos bens maior que no ponto 2.

Distribuição de renda e os ganhos de

comércio.

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� Trade often produces losers as well as winners.

� Optimal Trade Policy

• The government must somehow weigh one person’s gain against another person’s loss.

– Some groups need special treatment because they are already relatively poor (e.g., shoes and garment workers in the United States).

– Most economists remain strongly in favor of more or less free trade.

• Any realistic understanding of how trade policy is determined must look at the actual motivations of policy.

The Political Economy of Trade:

A Preliminary View

Page 55: Krguman_ capitulo_03

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� Income Distribution and Trade Politics

• Those who gain from trade are a much less

concentrated, informed, and organized group than

those who lose.

– Example: Consumers and producers in the U.S. sugar

industry

The Political Economy of Trade:

A Preliminary View

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Summary

� International trade often has strong effects on the

distribution of income within countries, so that it

often produces losers as well as winners.

� Income distribution effects arise for two reasons:

• Factors of production cannot move instantaneously and costlessly from one industry to another.

• Changes in an economy’s output mix have differential effects on the demand for different

factors of production.

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Summary

� A useful model of income distribution effects of international trade is the specific-factors model.

• In this model, differences in resources can cause countries to have different relative supply curves, and thus cause international trade.

• In the specific factors model, factors specific to export sectors in each country gain from trade, while factors specific to import-competing sectors lose.

• Mobile factors that can work in either sector may either gain or lose.

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Summary

� Trade nonetheless produces overall gains in the sense

that those who gain could in principle compensate

those who lose while still remaining better off than

before.

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dLM

MPLM

Figure 3A-1: Showing that Output Is Equal to the Area Under the Marginal Product Curve

Appendix:

Further Details on Specific Factors

Labor input, LM

Marginal Product of

Labor, MPLM

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Wages

w/PM

Income of

capitalists

Appendix:

Further Details on Specific Factors

Figure 3A-2: The Distribution of Income Within the Manufacturing Sector

MPLM

Labor input, LM

Marginal Product of

Labor, MPLM

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Increase in

capitalists’ income

(w/PM)1

(w/PM)2

MPLM

Labor input, LM

Marginal Product of

Labor, MPLM

Figure 3A-3: A Rise in PM Benefits the Owners of Capital

Appendix:

Further Details on Specific Factors

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Decline in landowners’

income

(w/PF)2

(w/PF)1

Labor input, LF

Marginal Product of

Labor, MPLF

Appendix:

Further Details on Specific Factors

Figure 3A-4: A Rise in PM Hurts Landowners

MPLF