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ANO I EDIÇÃO 12 DISTRITO FEDERAL, GOIÁS, MINAS GERAIS, SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO E TOCANTINS www.kvooka.com AGOSTO 2013 Datafolha: Dilma cresce e Lula venceria no 1º turno Relatório diz que mudança do clima pode afetar alimento e energia no país Minaçu, destino interessante Agricultura nacional pode sofrer prejuízo anual de R$ 7 bilhões, estimam. A vazão de importantes rios do país e o abastecimento de lençóis freáticos, responsáveis pelo fornecimento de água potável para a população, poderão ser comprometidos se a temperatura subir até 6 ºC nas próximas décadas e o volume de chuvas diminuir, conforme cenário do primeiro relatório de avaliação elaborado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) que considera que os níveis de emissões de gases causadores de efeito estufa permaneçam altos. Pág. 7 O Município de Minaçu, localizado no extremo norte do estado de Goiás, a 504 km de Goiânia, teve sua emancipação política em 1976 pela lei8.085. A ocupação da área onde está situado o município de Minaçu está vinculada à pecuária e iniciou-se no final da década de 1950. Os pioneiros Darcy Lopes e Pedro Coelho de Souza Barros instalaram-se na região do Rio Bonito, utilizando a área para a formação de fazendas de criação. Com o transcorrer do tempo, outros migrantes foram se estabelecendo na região. Pag. 11 Av 8 4 1 - C a u R / c . q s e 1 7 1 - C . . d J América O G - a i n â i o G 1 0 2 8 4 5 9 3 . 2 6 Av 8 4 1 - C a u R / c . q s e 1 7 1 - C . . d J América O G - a i n â i o G 1 0 2 8 4 5 9 3 . 2 6 www.facebook.com/griffekv.kleberveloso R$ 1,00 Dilma se reabilita, Marina segue bem cotada, Aécio e Joaquim Barbosa despencam, e só Lula venceria no 1º turno. Confira os números e os cenários A presidente Dilma Rousseff (PT) recuperou parte da intenção de voto perdida por causa das manifestações de rua em junho. Ainda assim, continuaria sem vencer no primeiro turno se a disputa fosse hoje, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 7 a 9 deste mês, em todo o país, com 2.615 entrevistas. Entre os candidatos de oposição, o destaque continua sendo Marina Silva, que no momento tenta montar seu novo partido, a Rede Sustentabilidade. A ex- senadora aparece novamente em segundo lugar, repetindo o movimento de avanço gradual em sua intenção de voto. Marina é a única candidata que manteve sua trajetória ascendente, mesmo durante os protestos de rua que tomaram conta do país em junho. Pág. 06 Médicos que desrespeitarem a lei estarão sujeitos a pagar multa de 174,50 reais “Não há nenhuma evidência de que a roupa do médico seja um fator de infecção hospitalar .” — Hélio Arthur Bacha, presidente do departamento de infectologia da Associação Paulista de Medicina. Pag. 10 A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE/GO) realizou levantamento estatístico do número de emissão de Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS), entre os anos de 2011 a junho de 2013, em Goiás. Pag. 08 São Paulo proíbe uso de jaleco fora do hospital 2ª via da CTPS custa mais de 200 mil ao contribuinte em GO

Kvooka agosto13

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Jornal Kvooka Ed. 12 _ agosto_2013

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ANO IEDIÇÃO 12

DISTRITO FEDERAL, GOIÁS, MINAS GERAIS, SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO E TOCANTINS www.kvooka.com

AGOSTO2013

Datafolha: Dilma cresce e Lulavenceria no 1º turno

Relatório diz que mudança do clima pode afetar alimento e energia no país

Minaçu, destino interessante

Agricultura nacional pode sofrer prejuízo anual de R$ 7 bilhões, estimam.A vazão de importantes rios do país e o abastecimento de lençóis freáticos,

responsáveis pelo fornecimento de água potável para a população, poderão ser comprometidos se a temperatura subir até 6 ºC nas próximas décadas e o volume de chuvas diminuir, conforme cenário do primeiro relatório de avaliação elaborado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) que considera que os níveis de emissões de gases causadores de efeito estufa permaneçam altos.

Pág. 7

O Município de Minaçu, localizado no extremo norte do estado de Goiás, a 504 km de Goiânia, teve sua emancipação política em 1976 pela lei8.085.

A ocupação da área onde está situado o município de Minaçu está vinculada à pecuária e iniciou-se no final da década de 1950. Os pioneiros Darcy Lopes e Pedro Coelho de Souza Barros instalaram-se na região do Rio Bonito, utilizando a área para a formação de fazendas de criação. Com o transcorrer do tempo, outros migrantes foram se estabelecendo na região.

Pag. 11

Av 841-C auR /c .qse 171 -C . .dJ América OG-ainâioG 10284593.26 Av 841-C auR /c .qse 171 -C . .dJ América OG-ainâioG 10284593.26 www.facebook.com/griffekv.kleberveloso

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Dilma se reabilita, Marina segue bem cotada, Aécio e Joaquim Barbosa despencam, e só Lula venceria no 1º turno. Confira os números e os cenários

A presidente Dilma Rousseff (PT) recuperou parte da intenção de voto perdida por causa das manifestações de rua em junho. Ainda assim, continuaria sem vencer no primeiro turno se a disputa fosse hoje, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 7 a 9 deste mês, em todo o país, com 2.615 entrevistas.

Entre os candidatos de oposição, o destaque continua sendo Marina Silva, que no momento tenta montar seu novo partido, a Rede Sustentabilidade. A ex-senadora aparece novamente em segundo lugar, repetindo o movimento de avanço gradual em sua intenção de voto. Marina é a única candidata que manteve sua trajetória ascendente, mesmo durante os protestos de rua que tomaram conta do país em junho.

Pág. 06

Médicos que desrespeitarem a lei estarão sujeitos a pagar multa de 174,50 reais

“Não há nenhuma evidência de que a roupa do médico seja um fator de

infecção hospitalar .” — Hélio Arthur Bacha, presidente do departamento de infectologia da Associação Paulista de Medicina. Pag. 10

A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE/GO) realizou levantamento estatístico do número de emissão de

Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS), entre os anos de 2011 a junho de 2013, em Goiás.

Pag. 08

São Paulo proíbe uso de jaleco forado hospital

2ª via da CTPS custa mais de 200 mil ao

contribuinte em GO

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ANO I NÚMERO 12AGOSTO - 2013

PUBLISHER KLÉBER OLIVEIRA VELOSO

JORNALISTA RESPONSÁVEL SUELI RAUL - DRT-GO/011263JP

DESIGN GRÁFICOLUCIANO TAVARES

EDITOR DE FOTOGRAFIAEDMAR WELLINGTON - MTB 1842

COMERCIAL55 62 3954.820155 62 8545.0028 | [email protected]@gmail.com

CONTEÚDO, DESENVOLVIMENTO, DESIGN,PROJETO GRÁFICO, PUBLICAÇÃO, IMPRESSÃO,REDAÇÃO E ORTOGRAFIA

AGÊNCIA ODISSEIA COMUNICAÇÃOCNPJ 11.026.604/0001-23

Esta é uma publicação da Odisseia Comunicação, agênc ia de publ ic idade e propaganda.

A agência é comprometida com a ética, com o desenvolvimento sustentável, com o res-peito ao consumidor e com a responsabilidade social. Os pontos de vista aqui expressos refle-tem a experiência e as opiniões dos autores.

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3CIDADESAGOSTO 2013

Aparecida de Goiânia, 02 de agosto de 2013 – Aparecida recebeu na sexta-feira, 02, no Ária Shopping, a sua 1ª agência do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás) e 20ª do Estado. A inauguração foi conduzida pelo prefeito Maguito Vilela (PMDB); pelo presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/Go, Marcelo Baiochi; e pelo diretor superintendente do Sebrae/Go, Manoel Xavier Ferreira.

“A vinda do Sebrae para Aparecida coroa com chave de ouro o desenvolvimento empresarial que o município vive. Com a credibilidade, seriedade e transparência do Sebrae, o micro empreendedor do município terá a oportunidade de se fortalecer e gerar mais emprego e renda para nossa cidade”, enfatizou o prefeito Maguito Vilela.

A implantação do Sebrae em Aparecida é resultado de ação conjunta entre o Sebrae, a Prefeitura e a Associação Comercial e Industrial de Aparecida (Aciag). A agência realizará atendimento presencial, capacitações em gestão, consultorias e ações de apoio e fomento às micro e pequenas empresas do município (MPE´s).

“Precisamos dar continuidade ao momento que Aparecida vive e a parceria com o Sebrae dará mais agilidade na abertura de micro empreendimentos, fertilizando ideias e acompanhando o desenvolvimento desses empreendedores aparecidenses”, disse o secretário de Indústria e Comércio de Aparecida, Marcos Alberto.

De acordo com o diretor superintendente do Sebrae/GO, Manoel Xavier Ferreira, o Sebrae atua há 40 anos

como articulador do desenvolvimento do empreendedorismos e dos pequenos negócios. E o objetivo do órgão é expandir suas ações no interior do Estado. “Aparecida foi escolhida pelas suas atividades em favor das micro e pequenas empresas (MPE’s). Foi um dos primeiro municípios a aprovar a lei da micro e pequena empresa por isso necessita do respaldo ainda maior do Sebrae”, frisou.

Incubadora 3D promove difusão de conhecimentos e tecnologia

Na mesma solenidade, Aparecida recebeu também a nova sede da Incubadora 3D, que faz parte do Programa de Incubação de Empresas da prefeitura, em parceria com o Sebrae, e que funcionará ao lado da agência Sebrae, também no Ária Shopping.

A Incubadora funcionava provisoriamente na Secretaria de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia. Foi criada em 24 de abril de 2012, pelo Decreto Nº 1.503-1, como um mecanismo de estímulo à criação e desenvolvimento de micro e pequenas empresas, dando suporte administrativo para o desenvolvimento e maturidade de cada negócio.

“A nova sede possibilitará que as atividades da incubadora sejam realizadas em um local planejado, próprio para estabelecer relacionamentos de negócios entre as empresas apoiadas, favorecendo o networking, a troca de experiências, o surgimento e amadurecimento de ideias e projetos”, informou Marcos Alberto Luiz Campos.

Segundo o secretário, desde a criação da incubadora em Aparecida,

quatro projetos já foram selecionados para participar do processo de incubação: os projetos Inove Software e Tele-Interconexões de Negócios, de Base Tecnológica; e os projetos Ipê Comunicação e Agência de Convergência de Mídia Digital, ambos de Economia Tradicional.

A implantação da Incubadora 3D teve contribuição das empresas Temper Vidros; Aluminium; e Flexibase Indústria e Comércio de Móveis. Ainda de acordo com o secretário Marcos Alberto, o resultado do suporte da Incubadora 3D é a constituição de um cenário favorável ao crescimento e difusão de conhecimentos e tecnologia, promovendo a interação entre os setores produtivo, acadêmico e governamental.

“A Incubadora está estrategicamente localizada, próxima a mais de mil

indústrias, sendo 20% delas de grande porte, ofertando às empresas incubadas a capacitação em gestão, por meio de workshops, cursos e consultorias, além de espaços individuais e compartilhados e intermediação com universidades parceiras”, afirmou o secretário.

MODALIDADES – Atualmente, a Incubadora 3D trabalha com duas modalidades: Incubação de empresas de base tecnológica e da economia tradicional. Cada modalidade possui soluções tecnológicas e metodologias específicas para seu público alvo. Oferecem suporte operacional e gerencial às empresas e ampliam o acesso as redes de interação com o meio corporativo, acadêmico e de financiamento.

Fonte: Secom – Pref.de Aparecida de Goiânia

Aparecida recebe 1ª agência do Sebrae e sede da incubadora 3D

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4 CIDADES AGOSTO 2013

Autorizada construção de mais 14 creches públicas no DF

Agehab anuncia construção de um dos maiores conjuntos habitacionais do Estado

Documento que permite o início das obras em sete cidades foi assinado hoje pelo governador, em visita à primeira unidade que será inaugurada este ano em Sobradinho II

A construção de mais 14 Centros de Educação da Primeira Infância (Cepi) no DF foi autorizada hoje pelo governador Agnelo Queiroz, durante visita às obras da primeira unidade desse modelo, que será inaugurada até outubro, em Sobradinho II.

“Essa é a primeira creche pública de Sobradinho II e terá uma infraestrutura para oferecer atendimento contínuo em tempo integral de 10 horas com cinco refeições. Nossa meta é construir 112 creches e abrir 25 mil vagas em todo o DF”, destacou Agnelo.

O Cepi em construção em Sobradinho II terá um custo aproximado de R$1,8 milhão. Na área de 1.118m², haverá anfiteatro com arquibancada, pátio coberto, playground (parquinho), blocos pedagógicos divididos por idade

(de 4 meses a 3 anos e de 4anos a 6 anos) -, espaço multiuso com sala de leitura e laboratório de informática.

No local - com acessibilidade e adaptação para receber pessoas com deficiência - haverá também uma área administrativa, onde estarão reunidas recepção, secretaria, e salas de orientação pedagógica e dos professores.

“Criança quanto mais cedo na escola melhor será seu desenvolvimento e aprendizado. Nossa intenção é dar condições para que elas se desenvolvam e também dar o apoio necessário para elas enquanto os pais trabalham”, afirmou o secretário de Educação, Denilson Bento.

Segundo ele, a previsão é que a escola, com capacidade para receber 112 crianças, entre em funcionamento assim que a obra for concluída. “Nós já temos uma lista de espera de alunos para estudarem neste estabelecimento”, informou, ao ressaltar que outros interessados podem se inscrever a partir de setembro para concorrer às vagas abertas para 2014.

NOVAS CRECHES – Com a assinatura das ordens de serviço, as empresas que ganharam a licitação das novas unidades estão autorizadas a começar a construção dos 14 Cepis.

As unidades serão instaladas na Área Especial 15 de Sobradinho II; na Quadra 2 de Sobradinho I; na QS e na Avenida Jequitibá, em Águas Claras; na CL 2018 e QR 312 de Samambaia; em Brazlândia, na PIQ 3 e no Setor Veredas; no Bairro Nossa Senhora de Fátima em Planaltina; e na QI 13 do Lago Norte.

Das 112 unidades que funcionarão em tempo integral, 46 estão licitadas e 24 em execução, e cada uma dessas obras - que terá um custo aproximado de R$2,6 milhões – será entregue em um prazo de 270 dias.

Além desse modelo de creche, o GDF também oferece atendimento nos Centros de Educação Infantil, entregues em 2012, nas cidades de Planaltina, Estrutural, Brazlândia, São Sebastião, Riacho Fundo e Samambaia.

VEJA ABAIXO QUANTAS CRECHES CADA CIDADE RECEBERÁ

CIDADE UNIDADES Águas Claras 7Brasília 3Brazlândia 3Ceilândia 12Estrutural 1Gama 1Guará 6Lago Norte 3Lago Sul 1Núcleo Bandeirante 2Planaltina 8Recanto das Emas 12Riacho Fundo 2Riacho Fundo II 1Samambaia 28Santa Maria 9Sobradinho 3Sobradinho II 3Taguatinga 7TOTAL 112

Fonte: Secretaria de Estado de Comunicação Social do GDF-

Foto: RobertoCastro/GDF - 30/07/2013.

A Agência Goiana de Habitação dará início em agosto às obras de construção de mais de 5.000 apartamentos, em um dos maiores conjuntos habitacionais do Estado já construídos na capital. Os apartamentos serão construídos no Residencial Vera Cruz, na saída para

Trindade e deverão beneficiar mais de 20.000 pessoas na grande Goiânia.

“Estamos aguardando agora somente a contratação na Caixa Econômica Federal. A obra já foi licitada, a empresa já foi escolhida, os projetos já estão prontos e agora é só contratar e iniciar as obras”, afirma o presidente da Agehab, Marcos Abrão Roriz. As moradias serão construídas pelo Governo de Goiás em parceria com o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), do Governo Federal. As inscrições de famílias interessadas nas moradias terão início após 30% da obra concluída.

Fonte: Goiás Agora

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5CIDADESAGOSTO 2013

A presidente da Confederação da MDS vai apoiar a abertura de mais 7,4 mil vagas de acolhimento e 249 novos centros de referência especializados para esse público. Municípios elegíveis têm até o dia 9 de agosto para aderir ao processo de expansão da rede de proteção social

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) quer ampliar o atendimento à população em situação de rua, reestruturando os serviços especializados, o acolhimento desse público. Para isto, o Conselho Nacional de Assistência Social definiu os critérios para a pré-seleção de 343 municípios em todo o paísque podem receber mais recursos do governo federal.

As prefeituras têm até 9 de agosto para fazer a adesão ao processo

de expansão e reordenamento de três serviços da assistência social: implantação dos Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centros Pop), ampliação das equipes de Abordagem Social e aumento de vagas em Serviços de Acolhimento. Para participar, elas devem acessar o endereço http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/snas/ta2013f260.

“Temos, no Sistema Único de Assistência Social, um conjunto de serviços para população em situação de rua. E cada um deles tem um papel específico na oferta de atenção a esse público. Além da implantação e qualificação desses serviços, temos também enfatizado com os municípios

a inclusão dessa população no Cadastro Único. É com base nas informações do Cadastro que a Assistência Social consegue avançar no atendimento às pessoas em situação de rua”, explica a secretária nacional de Assistência Social do MDS, Denise Colin.

Até março deste ano, havia o registro de 12,9 mil famílias identificadas como em situação de rua no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Destas, 8,2 mil famílias recebem o Bolsa Família, o que corresponde a cerca de 11,5 mil pessoas em situação de rua atendidas pelo programa. “Outra questão que também temos enfatizado é o trabalho em rede desses serviços com as demais políticas públicas, especialmente com a saúde, o trabalho e renda, a educação e a moradia”, acrescenta a secretária.

Ampliação – A expansão do atendimento à população em situação de rua prevê a implantação de 249 Centros Pop em 242 municípios. Juiz de Fora (MG), Belém (PA), Recife (PE), Niterói (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Rio de Janeiro e Santos (SP) poderão aceitar até duas novas unidades. O Centro Pop é o espaço de referência para o atendimento especializado à população em situação de rua. Em todo o país, o MDS já financia 153 unidades,

alcançando 117 municípios.O Serviço Especializado de

Abordagem Social está sendo ofertado a 292 municípios e ao Distrito Federal, para implantar 547 equipes multiprofissionais. Por meio delas, o poder público realiza busca ativa e identifica casos de trabalho infantil e de exploração sexual de crianças e adolescentes. Os municípios com maior previsão de oferta de recursos para esse serviço são as capitais São Paulo, com 23 equipes especializadas, e Rio de Janeiro, com outras 15.

Para o Serviço de Acolhimento, é ofertada a abertura de 7,4 mil vagas em 240 municípios. O atendimento é realizado em diferentes tipos de equipamentos, como abrigos e repúblicas. Atualmente, o MDS financia 19.525 vagas em 128 municípios.

As novas medidas devem impulsionar também a melhoria dos equipamentos, especialmente daqueles que ofertam serviços de acolhimento. A expectativa é que, com a expansão do repasse de recursos do governo federal, as prefeituras distribuam melhor o atendimento da população, melhorem as condições dos locais de acolhida e implantem também o Serviço de Acolhimento em República.

Ascom/MDS

Atendimento à população em situação de rua será ampliado

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6 POLÍTICA AGOSTO 2013

Datafolha: Dilma cresce e Lula venceria no 1º turno

Sócios do governo

Dilma se reabilita, Marina segue bem cotada, Aécio e Joaquim Barbosa despencam, e só Lula venceria no 1º turno. Confira os números e os cenários

A presidente Dilma Rousseff (PT) recuperou parte da intenção de voto perdida por causa das manifestações de rua em junho. Ainda assim, continuaria sem vencer no primeiro turno se a disputa fosse hoje, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 7 a 9 deste mês, em todo o país, com 2.615 entrevistas.

Entre os candidatos de oposição, o destaque continua sendo Marina Silva, que no momento tenta montar seu novo partido, a Rede Sustentabilidade. A ex-senadora aparece novamente em segundo lugar, repetindo o movimento de avanço gradual em sua intenção de voto. Marina é a única candidata que manteve sua trajetória ascendente, mesmo durante os protestos de rua que tomaram conta do país em junho.

Outros dois candidatos de oposição, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ficaram estacionados ou

registraram variações até o limite da margem de erro do levantamento, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que não é filiado a partido e declara não ter intenção de se candidatar, também tem oscilação negativa.

O ex-governador paulista José Serra, do PSDB, foi testado pela primeira vez e seu desempenho foi semelhante ao de seu colega de partido, o também tucano Aécio Neves. Sem espaço no PSDB, Serra estuda a possibilidade de sair para se candidatar a presidente por outro partido.

Pesquisa Datafolha: cenário que apresenta Lula como candidato aponta vitória do ex-presidente já no 1º turno (Imagem: Folha)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o nome testado pelo Datafolha com melhor desempenho entre todos. Ele ganharia, com folga, a eleição no primeiro turno se a disputa fosse hoje.

Dos sete cenários testados pelo Datafolha, o que é considerado hoje

o mais provável inclui Dilma, Marina, Aécio e Campos. Nessa simulação, a petista tem 35% contra 30% no levantamento do final de junho.

Marina oscilou de 23% para 26%. Aécio deslizou de 17% para 13%. Campos variou de 7% para 8%. Brancos, nulos, nenhum ou indecisos somam 18%. Nesse cenário, Dilma enfrentaria Marina Silva no segundo turno.

A recuperação de Dilma foi especialmente robusta entre eleitores do Sudeste, onde ela saiu de 22% para 29% das intenções de voto. E no Sul, pulando de 27% para 33%. No Nordeste ela manteve a marca de 45%. Se o candidato tucano é Serra e não Aécio, a presidente Dilma registra 32%.

Mas nesse cenário testado pelo Datafolha está incluído também Joaquim Barbosa, cujo percentual é de 11%. Marina marca 21%. Eduardo Campos, 5%. O melhor cenário para o PT é com Lula como candidato e pontuando 51%. Os adversários, somados, ficam com apenas 36%: Marina (20%), Aécio (11%) e Campos (5%).

Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados respondem

em quem pretendem votar sem ver uma lista de nomes, apenas Lula registra uma melhora. Ele tinha 6% em junho e agora foi a 11%. Dilma ficou com os mesmos 16%. Aécio oscilou de 4% para 3%. Marina foi de 2% para 3%.

Se no levantamento de intenção de voto o desempenho de Serra é semelhante ao de Aécio Neves, a rejeição ao paulista é bem maior que a do mineiro. Para 36% dos entrevistados pelo Datafolha, Serra é um nome no qual eles não votariam de jeito nenhum. Aécio é rejeitado por 23%. Dilma, por 27%.

Folha Online

Nem deu tempo para o pessoal se acostumar com o dólar a R$ 2,45. Nos últimos dias, a pergunta mais frequente circulou pelo outro lado: mas até onde a moeda americana pode cair? Dá para entender o que está acontecendo, é até fácil. O difícil é justamente saber o que mais interessa: qual a cotação , digamos, correta?

Boa parte da história vem de fora. As tendências determinantes vêm ou dos Estados Unidos ou da China. As políticas locais podem amenizar os movimentos, mas não mudar a direção, o que só complica as coisas. A gente precisa saber, primeiro, o que vem de fora e, depois, o que o governo pretende fazer com isso.

Considere a China. Entra na história como nossa principal freguesa de commodities — especialmente minério de ferro, soja e petróleo. A lógica é a seguinte: se a China vai bem, crescendo e exportando para seus mercados mundiais, então necessariamente vai comprar mais commodities, cujos preços, pois, devem permanecer elevados.

Nessa situação, o Brasil exporta mais, recebe mais dólares e aí funciona como no mercado de bananas. Tem muita banana, cai o preço da banana, tem muito dólar, cai a cotação da moeda americana e o real se valoriza.

Essa é a síntese do que aconteceu nos últimos anos com o Brasil e muitos outros países emergentes. Receberam uma enxurrada de dólares com as exportações para a China. Logo, China na boa é igual a dólar para baixo.

É curioso, e aqui começa a se complicar este capítulo, que a retomada do crescimento dos EUA ajude a China, já que esta, em boa parte, vive de vender para os americanos. Logo, boas notícias sobre os EUA deveriam levar, lá na ponta, a uma desvalorização do dólar

No entanto, tem sido o contrário. Se a economia americana vai bem, o dólar sobe (se valoriza) por aqui. Mas ainda dá para entender. É por causa da política monetária do Federal Reserve, Fed, o banco central dos EUA. Hoje, essa política é de juros zero, e expansionista, ou seja, com a colocação mensal de US$ 85 bilhões de dólares no mercado. De novo, as bananas. Muito dólar na praça, cai o preço (a cotação). Isso aconteceu no mundo todo.

Ora, quando a economia americana estiver em sólida recuperação, o Fed vai, primeiro, diminuir a injeção de dólares e, depois, subir os juros. Ou seja, menos bananas e mais caras. Investidores globais, que haviam procurado melhores oportunidades pelo mundo afora, voltam para as verdinhas. O dólar se fortalece, fica mais caro no mundo todo, as demais

moedas se desvalorizam. Exatamente como aconteceu com o nosso real de maio para cá.

Em cima disso, coloca-se a política do Banco Central do Brasil, que está vendendo dólares diariamente. Coloca mais moeda americana na praça e assim consegue derrubar cotações muito altas ou impedir subidas muito fortes do dólar. Foi assim que o BC conseguiu trazer o dólar de volta dos R$ 2,45, ajudado, é claro, por boas notícias vindas da China.

Estão vendo? Fácil entender o que se passou, assim em linhas gerais. Isso posto, perguntarão: de quanto será o dólar no fim deste ano, na época das viagens de férias?

Bom, fiz a pergunta a um amigo superespecialista em mercado de câmbio. Respondeu: tenha como regra que o dólar ficará caro por um bom tempo.

O que é caro? E o que é por um bom tempo?

Está querendo saber demais.

Sócios do governo

É bom ou ruim ser sócio do governo brasileiro? Em geral, não sai boa coisa. Mas, no caso dos próximos leilões de privatização de rodovias, é a única saída para os investidores privados.

Amanhã, os interessados deverão

entregar suas propostas para a concessão de dois trechos das rodovias BR 262 e BR 050 — e ganha quem cobrar o pedágio mais barato.

Ora, quanto menor a tarifa, menor a rentabilidade do negócio. Além disso, há fatores políticos e jurídicos pesando contra a cobrança de pedágios — um dos alvos preferenciais das recentes manifestações, por exemplo.

No Congresso e em assembleias legislativas estaduais, correm propostas que, quando não proíbem, limitam a cobrança de pedágios. Sem contar ações nos tribunais, especialmente nos momentos de reajuste de tarifas, mesmo que seja apenas para corrigir a inflação.

Ou seja, há um risco ponderável na única fonte de receita do negócio. Ainda assim, há interessados.

É que o governo federal participa do jogo de três maneiras: financia a juros baratos; faz boa parte das obras de duplicação; e entra de sócio, com até 49%, na concessionária.

Ou seja, se der problema, o governo compreenderá e ajudará a resolver de algum modo — tal é a aposta dos interessados.

E as boas estradas? Isso é outra história.

Carlos Alberto Sardenberg é jornalista

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7MEIO AMBIENTEAGOSTO 2013

Relatório diz que mudança do clima pode afetar alimento e energia no país

Agricultura nacional pode sofrer prejuízo anual de R$ 7 bilhões, estimam.

A vazão de importantes rios do país e o abastecimento de lençóis freáticos, responsáveis pelo fornecimento de água potável para a população, poderão ser comprometidos se a temperatura subir até 6 ºC nas próximas décadas e o volume de chuvas diminuir, conforme cenário do primeiro relatório de avaliação elaborado pelo Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) que considera que os níveis de emissões de gases causadores de efeito estufa permaneçam altos.

Neste ambiente, a agricultura e o setor de energia do Brasil poderão ser fortemente impactados, sob risco de queda brusca do Produto Interno Bruto (PIB) e constantes crises que envolvem o abastecimento energético e de segurança alimentar.

Dividido em três volumes, o documento foi elaborado por 350 cientistas de diversas instituições .

Os dados foram coletados com a ajuda do “Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre”, primeiro sistema nacional de simulação do clima global, que incluiu características detalhadas do Brasil e do continente sul-americano neste tipo de modelagem.

Os cientistas afirmam que o relatório não representa “o fim do mundo”. No entanto, advertem que, se a situação atual de emissões de gases permanecer e nada for feito pelo governo para prevenir eventos naturais extremos, a situação pode se agravar.

Possibilidades dramáticas- agricultura pode perder até R$ 7

bilhões por ano com o clima;- queda na produtividade do café,

soja, arroz e outras culturas;- redução de chuvas no Norte e

Nordeste; aumento no Sul e Sudeste, com risco de inundações;

- risco para o abastecimento das águas subterrâneas;

- em todo o litoral, volume de pesca pode cair 6% em 40 anos.

Cada vez mais quenteSegundo o documento, a

temperatura no Brasil pode aumentar de 3 ºC a 6 ºC até 2100, situação que ficaria ainda mais crítica com uma possível escassez de chuvas.

Na Amazônia, por exemplo, em 2100 a temperatura pode subir cerca de 6 ºC e a distribuição de chuvas na região pode cair 45%.

Desmatamento e queimadas no bioma podem contribuir para alterar drasticamente o ciclo hidrológico da floresta (principalmente entre os meses de julho e novembro), prolongando a estação de seca e alterando a distribuição de chuvas no país.

O calor acentuado, até 5,5 ºC a mais do que a temperatura registrada atualmente, desencadearia um processo de desertificação da Caatinga, bioma já considerado ameaçado de extinção. No mesmo cenário de emissões altas, o Pantanal sofreria uma redução de 45% na quantidade de chuvas e um aumento de 4,5 ºC na temperatura.

Mata Atlântica e Pampa também registram, segundo o panorama de altas

emissões, aumento na temperatura até 2100, de forma um pouco mais amena se comparado com as demais regiões. No entanto, o que preocupa, segundo o relatório, é o crescimento das taxas de pluviosidade.

Enquanto na porção Sul/Sudeste da Mata Atlântica a quantidade de chuva pode subir até 30% nas próximas décadas, no Pampa, que abrange os estados do Sul, esse cresce 40% – o que aumenta o risco de inundações e deslizamentos em áreas costeiras.

“São projeções dentro de cenários extremos de emissões de gases de efeito estufa. Se em 30 anos não mudarmos essa taxa atual, a temperatura média anual do país já deve aumentar 1 ºC”, explica Tércio Ambrizzi, professor titular do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP) e um dos coordenadores do Volume 1 do relatório, que trata da “Base Científica das Mudanças Climáticas”.

Os cientistas alertam que, apesar da divulgação de informações sobre a variação das chuvas, ainda há discordâncias referentes a estes índices, que mudam de acordo com o modelo climático aplicado. Para eles, ainda é necessário discutir mais o tema.

Rios mais secos e pesca ameaçadaBacias importantes do leste da

Amazônia (nas proximidades do Pará) e do Nordeste podem ter reduções significativas em suas vazões. A estimativa é de queda de 20%. Segundo o documento, o Rio Tocantins, que passa por Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará, poderá ter uma redução de até 30% em seu escoamento.

Essa diminuição afetaria, por exemplo, a geração de energia elétrica por hidrelétricas e a distribuição de eletricidade pelo país. Além disso, forçaria o governo a utilizar as termelétricas, consideradas mais poluentes.

No Sul do país, a Bacia do Paraná-Prata poderá ter aumento de vazão entre 10% e 40% nas próximas décadas. No entanto, os cientistas apontam que ainda há incertezas a respeito.

O relatório informa ainda que a mudança climática pode afetar as taxas de recarga de águas subterrâneas, ameaçando a qualidade desse recurso armazenado no subsolo. Os pesquisadores apontam que, mesmo sabendo de tais consequências, ainda é prematuro afirmar quais danos ocorrerão devido a poucas pesquisas realizadas sobre o tema.

Quanto aos oceanos, o documento diz que a acidificação será acentuada se as emissões de gases permanecerem altas e o potencial de pesca em toda a costa brasileira poderá diminuir em 6% nos próximos 40 anos.

Fonte: G1, Eduardo Carvalho

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8 ECONOMIA AGOSTO 2013

“Economia sob dose tóxica de artifícios contábeis”. Por Miriam Leitão

2ª via da CTPS custa mais de 200 mil ao contribuinte em GO

Os números das contas públicas e dos desequilíbrios que aparecem espantam por serem enormes. Por exemplo, todas as operações recentes de capitalizações dos bancos públicos chegam próximo à quantia de R$ 400 bilhões. Hoje, 55% do passivo do BNDES é empréstimo do Tesouro. Ontem, o governo anulou empenhos e reduziu o item “resto a pagar” de R$ 200 bi para R$ 178 bi.

O economista Mansueto de Almeida, do Ipea, mostra o quanto aumentou o uso do recurso do Tesouro de emprestar para os bancos públicos:

— A posição, no final de 2007, do estoque de empréstimos do Tesouro para os bancos públicos era de R$ 13,9 bilhões — R$ 5,66 bilhões como instrumentos híbridos de capital e dívida e R$ 8,24 bilhões de créditos junto ao BNDES. Agora, a dívida total dos bancos públicos junto ao Tesouro Nacional foi para R$ 392,4 bilhões, segundo a Nota de novembro de Política Fiscal do Banco Central.

E há ainda a assustar todas as heterodoxias que estão tornando as contas públicas uma barafunda. O economista Fábio Giambiagi acha que mais perigoso é a frequência com que o governo tem recorrido a artifícios.

— Nenhum governo deixou de fazer alguma contabilidade criativa. O governo FHC fez a contabilização dos recursos da venda da Telebrás como receita do Tesouro, e não como ajuste patrimonial. Tais eventos eram, porém, isolados e constituíam uma exceção no conjunto da obra. Nos últimos tempos, houve uma sucessão de eventos ruins para a credibilidade da política fiscal. A contabilidade criativa deixou de ser uma exceção para ser a norma — explicou Fábio.

Os restos a pagar também são uma questão de dose exagerada, porque sempre existiram. Como explica o especialista em finanças públicas Gil Castello Branco, do site Contas Abertas.

— As variações dos restos a pagar dos últimos anos eram regulares, de R$ 12 bilhões a R$ 13 bilhões a mais por ano, enquanto na virada de 2012 para 2013 foi de R$ 59 bilhões, dando os tais R$ 200 bilhões. Depois da divulgação da imprensa, o governo cancelou alguns empenhos de despesas correntes e ficou em R$ 178,1 bilhões. Ainda assim, é recorde — explicou.

Os restos a pagar se acumulam por várias razões:

— Primeiro, as dificuldades financeiras do governo em cumprir as

metas de superávit primário; segundo, a incompetência dos ministérios em executar o Orçamento; terceiro, a desordem que faz com que haja neste momento três orçamentos: o Orçamento Geral da União de 2013, ainda não aprovado; os R$ 200 bilhões de restos a pagar; e a MP 598 que criou créditos extraordinários suplementares de R$ 42,5 bilhões. Isso sem falar nos empréstimos criativos aos bancos públicos — disse Gil.

Com restos a pagar, ou uma MP que dá o direito de gastar essa montanha de R$ 42 bi no apagar das luzes de um ano, o governo está na verdade tirando do Congresso o direito de fazer o Orçamento.

Em qualquer governo, despesas ficam com o ano seguinte, aparecem formas de contabilização de despesa e receita que causam controvérsia; e há empréstimos ou capitalizações do Tesouro em bancos públicos. O problema é a dimensão. Hoje, os restos a pagar de investimentos já são maiores que os investimentos, e os empréstimos do Tesouro no BNDES, que não passavam de 10% do passivo, agora são 55%.

Como ensinou o químico e físico Paracelsus, no século XVI: “Não existe veneno, apenas doses venenosas.” A

frase foi lembrada esta semana pela “Economist”, em outro contexto, mas é perfeita para a confusão fiscal brasileira. O que o governo está fazendo agora é aplicando na economia uma dose tóxica de artifícios contábeis, empréstimos para bancos públicos, truques orçamentários.

Miriam Leitão é jornalista e comentarista de Economia.

A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás (SRTE/GO) realizou levantamento estatístico do número de emissão de Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS), entre os anos de 2011

a junho de 2013, em Goiás.Os dados revelam que foram

emitidas 342.565 mil CTPS, destas 35% (mais de um terço) eram 2ª via. Para realizar a confecção da CTPS o Governo Federal gasta com

a parte gráfica de cada CTPS R$ 1,83. Levando em conta que foram feitas 119.770 CTPS pela segunda vez, chegaremos a um gasto público extraordinário de R$ 219.179,10, no período mencionado acima.

“Não foi possível estimar os gastos com servidores, energia, aluguel, tinta para impressora, em todas as nossas 16 unidades, nem nas unidades do SINE e Prefeituras que realizam o trabalho de emissão de CTPS, mas com certeza o custo para confeccionar pela 2ª vez a CTPS é preocupante.”, avaliou o superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego em Goiás, Arquivaldo Bites.

Perder a CTPS é um dos fatores para o trabalhador fazer a segunda via. O que ele não sabe é que ela pode estar na SRTE/GO. Mais de 11 mil CTPS que foram perdidas por seus

titulares aguardam do Setor de CTPS RECUPERADAS, no Anexo da SRTE de Goiás (Avenida Olinto Manso Pereira, nº 886, Setor Sul).

A CTPS é importante para comprovar vínculos e para aposentadoria, principalmente para quem começou a trabalhar registrado antes de 1976, quando a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) ainda não era informatizada. Entre as carteiras perdidas que estão na SRTE/GO, algumas são da década de 60.

Os trabalhadores podem verificar no site do Ministério do Trabalho e Emprego, no endereço www.mte.gov.br/ctps, se a CTPS que procura está na SRTE.

Fonte: Serviço de Comunicação Social da SRTE/GO

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9CIDADEJUNHO 2013

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10 SAÚDE AGOSTO 2013

Médicos que desrespeitarem a lei estarão sujeitos a pagar multa de 174,50 reais

“Não há nenhuma evidência de que a roupa do médico seja um fator de infecção hospitalar .” — Hélio Arthur Bacha, presidente do departamento de infectologia da Associação Paulista de Medicina

Em São Paulo, os médicos estão proibidos de usar jaleco fora do ambiente de trabalho. Quem desrespeitar a lei estadual publicada no Diário Oficial do Estado, está sujeito à multa de 174,50 reais. O valor dobra em caso de reincidência. O objetivo é impedir que os jalecos sirvam de fonte e veículo de transmissão de micro-organismos.

Mas as chances de se tornar “letra morta” são grandes. Ainda não está definido quais são as formas de fiscalização e de aplicação da multa. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, por enquanto, a infração à legislação não terá efeito punitivo. A Secretaria ainda afirma que será realizada uma campanha de conscientização e adesão à lei.

Estudo — Uma pesquisa publicada em setembro do ano passado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) mostrou a presença maciça de bactérias em jalecos médicos. Foram analisados, por duas pesquisadoras, 48 alunos que utilizavam jaleco. Os resultados foram alarmantes: 95,8% estavam contaminados. Entre as bactérias encontradas, havia aStaphylococcus

aureus, principal responsável pelas infecções hospitalares.

Segundo o estudo, mangas e bolsos são as áreas mais contaminadas. O estudo ainda levou em consideração a diferença entre o dia da semana. Segundo o levantamento, os jalecos apresentavam maior quantidade de micro-organismos na quinta-feira do que na segunda – o que indica que os médicos utilizam a peça mais de uma vez sem lavar. Os pesquisadores acrescentam que os micro-organismos podem sobreviver entre 10 e 98 dias em tecidos encontrados em hospitais, como algodão e poliéster.

Maria Elisa Zuliani Maluf, coordenadora da pesquisa e professora titular de Microbiologia da PUC-SP, afirma que outros materiais utilizados por médicos também estão contaminados. Um estudo mostrou que 90% dos estetoscópios, utilizado para auscultar o coração, estavam contaminados. Outra pesquisa indicou que os aparelhos celulares dos médicos possuíam mais bactérias do que os celulares do restante da população. “O uso do jaleco é uma questão de conscientização e de bom senso. É preciso evitar a banalização dessa vestimenta e manter a higienização”, afirma.

A pesquisadora explica que o jaleco é considerado um equipamento de proteção individual (EPI), que tem como finalidade de proteger o médico e outros profissionais da área de medicina

contra uma eventual contaminação pelo paciente.

Na medicina, o avental branco é utilizado há pelo menos 100 anos. Ele funciona como um símbolo de respeito, status e diferenciação entre o médico e o paciente. No passado, os cirurgiões usavam aventais. Quanto mais sujos com sangue, maior era o prestigio entre os colegas. Uma pesquisa realizada pelo Royal Free Hospital em 2004, em Londres, mostrou que a maioria dos pacientes prefere que os médicos utilizem jalecos.

Repercussão — Para Hélio Arthur Bacha, presidente do departamento de infectologia da Associação Paulista de Medicina, essa lei não traz nenhum benefício e é antieducativa. “Estamos discutindo paradigmas da infecção hospitalar. Uma coisa é a prescrição

de antibióticos irresponsavelmente e o impacto disso no tipo de tratamento de um paciente. Mas não há nenhuma evidência de que a roupa do médico seja um fator de infecção hospitalar em áreas onde não há restrição”, diz.

Renato Azevedo Júnior, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), concorda que não há comprovação de causa e efeito. “Se fosse assim, o médico ficaria doente, o familiar do médico também ficaria mais doente que a população geral”, sugere. “Mais importante do que criar uma lei como essa, é fazer uma campanha para que os médicos lavem as mãos. Elas sim são as principais transmissoras de bactérias”, afirma Júnior.

Fonte: Veja

Filhos são habitualmente esperados, desde muito antes do dia do parto. Essa esperança é notável em todos os detalhes prévios ao nascimento: a escolha do nome, a decoração do quarto, a cor do enxoval, o time pelo qual torcerá, a matrícula no colégio e até mesmo com quem vai se casar.

Quase tudo já está escrito no desejo dos pais, e melhor que assim seja, pois é exatamente esse desejo que veste o ser humano em sua precária condição biológica de sobrevivência: um bebê deixado à sua própria sorte morre em algumas horas. O projeto dos pais é em alguma medida frustrado e correções de rumo, de parte a parte, escrevem a história de uma relação e fazem com que cada um possa ter uma história.

Agora, pensemos o que acontece quando algo inesperado se dá, algo que de tão forte rompe a possibilidade da correção de rumo. Pode ser uma morte, uma

importante crise na família, uma doença grave do filho, daquelas que não são de época, como as doenças ditas da infância: caxumba, rubéola, catapora, mas que se instalam e que exigem uma nova bússola; aí temos a figura do filho inesperado, que escapa ao projeto, com o risco de ficar sem história. E, sabemos, não existe ser humano que sobreviva fora de uma história.

O filho inesperado desacomoda profundamente a louvada harmonia familiar. Pais tendem a recusar esse filho que lhes parece estranho e como moralmente se vêem impedidos de expressar seu desalento, disfarçam-no, aos outros e a si mesmos, em uma conduta esforçada, dizendo assim: “O senhor não sabe o quanto minha vida mudou depois que ele nasceu. Não faço outra coisa a não ser levá-lo de médico em médico; carregá-lo daqui para lá, etc, etc”.

Declaração dúbia, pois se por um lado assevera o bem querer, representado pelo cuidado

extremado, por outro, não dissimula a queixa de ter a vida mudada. Pelo lado do filho, a situação não é muito melhor: uma vez que nos vemos pelo olhar do outro, este acaba se recusando a si próprio, se achando um peso, chegando a ficar um desistente da vida.

De nada adianta tratar essa situação pelos bons conselhos de tolerância, compaixão e resignação. A maior parte das vezes essas medidas só evitam o problema, e a insatisfação, que não se expressa diretamente, coagida pela disciplina do politicamente correto, acaba se manifestando em outro lugar, no corpo ou no cotidiano das pessoas. A proposta da psicanálise vai ao avesso do disfarce: melhor é saber que somos todos filhos inesperados, que somos todos filhos adotivos, que a filiação humana não se sustenta na simples prova de continuidade biológica. Basta ver que uma das fantasias universais do homem é a de ter sido encontrado na lata de lixo.

Um filho inesperado serve como uma interpretação para seus pais: aquilo que não tem lugar no que era esperado pode ter lugar, pode existir no amor que suporta o reconhecimento das diferenças. Essencialmente, somos todos muito diferentes.

Jorge Forbes é psicanalista e médico psiquiatra, em São Paulo.

São Paulo proíbe uso de jaleco fora do hospital

Filhos inesperados, pais tendem a recusar filhos que lhes pareçam

estranhos

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11TURISMOAGOSTO 2013

O Município de Minaçu, localizado no extremo norte do estado de Goiás, a 504 km de Goiânia, teve sua emancipação política em 1976 pela lei8.085.

A ocupação da área onde está situado o município de Minaçu está vinculada à pecuária e iniciou-se no final da década de 1950. Os pioneiros Darcy Lopes e Pedro Coelho de Souza Barros instalaram-se na região do Rio Bonito, utilizando a área para a formação de fazendas de criação. Com o transcorrer do tempo, outros migrantes foram se estabelecendo na região. Assim, o vaqueiro José Cirqueira, empregado de Pedro Coelho, teve sua atenção despertada por um fragmento de rocha esverdeada com saliências que pareciam escamas. Descobriu que estas pedras eram abundante na região denominada Cana Brava, e o proprietário dessas terras, Darcy Lopes Martins, interessou-se pelo achado e resolveu estimar seu valor. Em certa oportunidade, José Porfírio de Souza, procedente de Trombas – município de Formoso –, teve acesso à pedra e a levou para ser examinada por um comerciante de minério. Este, por sua vez, levou o fragmento para São Paulo, onde se fez a análise em laboratório. Ao retornar de São Paulo em 1962, o referido comerciante veio acompanhado pelo Dr. J. Milewski, gerente de uma empresa franco-brasileira – Sama – dedicada à exploração de amianto crisotila, que

chegou pronto a adquirir a área de uma das maiores jazidas de amianto crisotila do mundo.

A terra da mina grandeCom o projeto de implantação

de um parque industrial da Sama na região chamada Serra da Cana Brava, os moradores originais doaram uma gleba de suas terras para a implantação de um povoado, que mais tarde foi denominado Minaçu, que em tupi-guarani significa Mina Grande, pelo comerciante Carolino Ranulfo de Carvalho, popularmente conhecido como Reis. O povoamento propriamente dito iniciou-se em 1965 e em 1968 já se verificava a instalação de inúmeros estabelecimentos comerciais, prédios públicos e algumas unidades industriais.

No ano de 1965 a mineradora Sama obteve a autorização de pesquisa e em 1967 recebeu do Departamento Nacional de Produção Mineral o decreto de lavra e, nesse mesmo ano, instalou uma usina piloto.

Já em 1975, gestões eram feitas para a emancipação política de Minaçu, até então vinculado administrativamente a Uruaçu. Em maio de 1976 foi realizado um plebiscito em que a maioria dos votos foi favorável à emancipação. Pela Lei Estadual nº 8.085, foi elevada à categoria de cidade e sede municipal. Sama - Mineração de Amianto Ltda Até o final dos anos 1930, oBrasil importava todo o amianto que consumia. No início da década de 1940, começava a ser pesquisada no País pequena jazidas.

Esse quadro começou a mudar em 1939, com a fundação da S.A. Mineração de Amianto Sama, e a jazida que deu ao Brasil a auto-suficiência no setor foi descoberta em 1962. Depois de vencer dificuldades, inclusive percorrendo mais de 100 quilômetros a cavalo, uma expedição geológica liderada pelo Polonês Dr. J. Milewski, chegou à

região onde se localiza a mina de Cana Brava, ao lado da qual se desenvolveu o município de Minaçu. O objetivo da viagem era confirmar informações de um comerciante de Trombas, José Porfírio de Souza, sobre a existência na região de estranhas pedras cabeludas.

CulturaA festa da pecuária em Minaçu.

Minaçu é um município jovem, fundada 14 de maio de 1976. Na data em que se comemora o aniversário de emancipação da cidade, 14 de maio, a prefeitura organiza a pecuária. A festa da pecuária em que se realiza exposição de animais (venda de bovinos das raças guzerá, gir leiteiro e holandês) bovinos e equinos. A festa conta com tendas (alimentação, jogos e lazer) instaladas por todo parque de exposição por onde sua entrada é sempre franca. Nos dias da festa todos os hotéis da cidade ficam

lotados. Além dos cantores nacionais, participam da festa artistas da cidade. O povo de Minaçu gosta da pecuária, e a considera uma das melhores festas do município.

Com a construção da Usina Hidrélétrica de Cana Brava o lago margeou à cidade e na mesma fora construída a Praia do Sol um dos maiores atrativos turísticos de Minaçu, onde, todo carnaval tem diversão garantida para os munícipes e turistas advindos dos mais variados lugares do país.

Pontos Dentre os pontos turísticos

de Minaçu, além do Lago de Serra da Mesa e Lago de Cana Brava que banha grande parte da cidade com sua Praia do Sol, podemos citar: rio Cana Brava, córrego Lajeado, córrego Rajado, e ainda diversas grutas e cachoeiras.

Minaçu, destino interessante

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12 CIDADE JUNHO 2013