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03/08/2015 L12594 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 1/24 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 12.594, DE 18 DE JANEIRO DE 2012. Mensagem de veto Vigência Institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), regulamenta a execução das medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional; e altera as Leis n os 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); 7.560, de 19 de dezembro de 1986, 7.998, de 11 de janeiro de 1990, 5.537, de 21 de novembro de 1968, 8.315, de 23 de dezembro de 1991, 8.706, de 14 de setembro de 1993, os Decretos-Leis n os 4.048, de 22 de janeiro de 1942, 8.621, de 10 de janeiro de 1946, e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei n o 5.452, de 1 o de maio de 1943. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DO SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO (Sinase) CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1 o Esta Lei institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e regulamenta a execução das medidas destinadas a adolescente que pratique ato infracional. § 1 o Entende-se por Sinase o conjunto ordenado de princípios, regras e critérios que envolvem a execução de medidas socioeducativas, incluindo-se nele, por adesão, os sistemas estaduais, distrital e municipais, bem como todos os planos, políticas e programas específicos de atendimento a adolescente em conflito com a lei. § 2 o Entendem-se por medidas socioeducativas as previstas no art. 112 da Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) , as quais têm por objetivos: I - a responsabilização do adolescente quanto às consequências lesivas do ato infracional, sempre que possível incentivando a sua reparação; II - a integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por meio do cumprimento de seu plano individual de atendimento; e III - a desaprovação da conduta infracional, efetivando as disposições da sentença como parâmetro máximo de privação de liberdade ou restrição de direitos, observados os limites previstos em lei. § 3 o Entendem-se por programa de atendimento a organização e o funcionamento, por unidade, das condições necessárias para o cumprimento das medidas socioeducativas. § 4 o Entende-se por unidade a base física necessária para a organização e o funcionamento de programa de atendimento. § 5 o Entendem-se por entidade de atendimento a pessoa jurídica de direito público ou privado que instala e mantém a unidade e os recursos humanos e materiais necessários ao desenvolvimento de programas de atendimento.

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03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 1/24Presidncia da RepblicaCasa CivilSubchefia para Assuntos JurdicosLEI N 12.594, DE 18 DE JANEIRO DE 2012.Mensagem de vetoVignciaInstituioSistemaNacionaldeAtendimentoSocioeducativo(Sinase),regulamentaaexecuodasmedidassocioeducativasdestinadasaadolescentequepratique ato infracional; e altera as Leis nos 8.069, de 13dejulhode1990(EstatutodaCrianaedoAdolescente);7.560,de19dedezembrode1986,7.998,de11dejaneirode1990,5.537,de21denovembrode1968,8.315,de23dedezembrode1991,8.706, de 14 de setembro de 1993, os Decretos-Leis nos4.048, de 22 de janeiro de 1942, 8.621, de 10 de janeirode1946,eaConsolidaodasLeisdoTrabalho(CLT),aprovadapeloDecreto-Leino5.452,de1odemaiode1943.A PRESIDENTA DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinteLei: TTULO IDO SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO (Sinase) CAPTULO IDISPOSIES GERAIS Art.1oEstaLeiinstituioSistemaNacionaldeAtendimentoSocioeducativo(Sinase)eregulamentaaexecuo das medidas destinadas a adolescente que pratique ato infracional. 1oEntende-se por Sinase o conjunto ordenado de princpios, regras e critrios que envolvem a execuodemedidassocioeducativas,incluindo-senele,poradeso,ossistemasestaduais,distritalemunicipais,bemcomo todos os planos, polticas e programas especficos de atendimento a adolescente em conflito com a lei. 2oEntendem-se por medidas socioeducativas as previstas no art. 112 da Lei no 8.069, de 13 de julho de1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente), as quais tm por objetivos: I-aresponsabilizaodoadolescentequantosconsequnciaslesivasdoatoinfracional,semprequepossvel incentivando a sua reparao; II-aintegraosocialdoadolescenteeagarantiadeseusdireitosindividuaisesociais,pormeiodocumprimento de seu plano individual de atendimento; e III-adesaprovaodacondutainfracional,efetivandoasdisposiesdasentenacomoparmetromximo de privao de liberdade ou restrio de direitos, observados os limites previstos em lei. 3oEntendem-seporprogramadeatendimentoaorganizaoeofuncionamento,porunidade,dascondies necessrias para o cumprimento das medidas socioeducativas. 4oEntende-se por unidade a base fsica necessria para a organizao e o funcionamento de programade atendimento. 5oEntendem-se por entidade de atendimento a pessoa jurdica de direito pblico ou privado que instalaemantmaunidadeeosrecursoshumanosemateriaisnecessriosaodesenvolvimentodeprogramasdeatendimento. 03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 2/24Art. 2oO Sinase ser coordenado pela Unio e integrado pelos sistemas estaduais, distrital e municipaisresponsveispelaimplementaodosseusrespectivosprogramasdeatendimentoaadolescenteaoqualsejaaplicadamedidasocioeducativa,comliberdadedeorganizaoefuncionamento,respeitadosostermosdestaLei. CAPTULO IIDAS COMPETNCIAS Art. 3oCompete Unio: I - formular e coordenar a execuo da poltica nacional de atendimento socioeducativo; II-elaboraroPlanoNacionaldeAtendimentoSocioeducativo,emparceriacomosEstados,oDistritoFederal e os Municpios; III-prestarassistnciatcnicaesuplementaofinanceiraaosEstados,aoDistritoFederaleaosMunicpios para o desenvolvimento de seus sistemas; IV-instituiremanteroSistemaNacionaldeInformaessobreoAtendimentoSocioeducativo,seufuncionamento, entidades, programas, incluindo dados relativos a financiamento e populao atendida; V - contribuir para a qualificao e ao em rede dos Sistemas de Atendimento Socioeducativo; VI - estabelecer diretrizes sobre a organizao e funcionamento das unidades e programas de atendimentoeasnormasderefernciadestinadasaocumprimentodasmedidassocioeducativasdeinternaoesemiliberdade; VII-instituiremanterprocessodeavaliaodosSistemasdeAtendimentoSocioeducativo,seusplanos,entidades e programas; VIII - financiar, com os demais entes federados, a execuo de programas e servios do Sinase; e IX-garantirapublicidadedeinformaessobrerepassesderecursosaosgestoresestaduais,distritalemunicipais, para financiamento de programas de atendimento socioeducativo. 1oSo vedados Unio o desenvolvimento e a oferta de programas prprios de atendimento. 2oAoConselhoNacionaldosDireitosdaCrianaedoAdolescente(Conanda)competemasfunesnormativa, deliberativa, de avaliao e de fiscalizao do Sinase, nos termos previstos na Lei no8.242,de12deoutubro de 1991, que cria o referido Conselho. 3oO Plano de que trata o inciso II do caput deste artigo ser submetido deliberao do Conanda. 4oSecretariadeDireitosHumanosdaPresidnciadaRepblica(SDH/PR)competemasfunesexecutiva e de gesto do Sinase. Art. 4oCompete aos Estados: I - formular, instituir, coordenar e manter Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo, respeitadas asdiretrizes fixadas pela Unio; II - elaborar o Plano Estadual de Atendimento Socioeducativo em conformidade com o Plano Nacional; III - criar, desenvolver e manter programas para a execuo das medidas socioeducativas de semiliberdadee internao; IV - editar normas complementares para a organizao e funcionamento do seu sistema de atendimento edos sistemas municipais; V-estabelecercomosMunicpiosformasdecolaboraoparaoatendimentosocioeducativoemmeioaberto; VI-prestarassessoriatcnicaesuplementaofinanceiraaosMunicpiosparaaofertaregularde03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 3/24programas de meio aberto; VII-garantiroplenofuncionamentodoplantointerinstitucional,nostermosprevistosnoincisoVdoart.88 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente); VIII - garantir defesa tcnica do adolescente a quem se atribua prtica de ato infracional; IX-cadastrar-senoSistemaNacionaldeInformaessobreoAtendimentoSocioeducativoefornecerregularmente os dados necessrios ao povoamento e atualizao do Sistema; e X-cofinanciar,comosdemaisentesfederados,aexecuodeprogramaseaesdestinadosaoatendimento inicial de adolescente apreendido para apurao de ato infracional, bem como aqueles destinados aadolescente a quem foi aplicada medida socioeducativa privativa de liberdade. 1oAo Conselho Estadual dos Direitos da Criana e do Adolescente competem as funes deliberativase de controle do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo, nos termos previstos no inciso II do art. 88 daLein8.069,de13dejulhode1990(EstatutodaCrianaedoAdolescente),bemcomooutrasdefinidasnalegislao estadual ou distrital. 2oOPlanodequetrataoincisoIIdocaputdesteartigosersubmetidodeliberaodoConselhoEstadual dos Direitos da Criana e do Adolescente. 3oCompetemaorgoaserdesignadonoPlanodequetrataoincisoIIdocaputdesteartigoasfunes executiva e de gesto do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo. Art. 5oCompete aos Municpios: I - formular, instituir, coordenar e manter o Sistema Municipal de Atendimento Socioeducativo, respeitadasas diretrizes fixadas pela Unio e pelo respectivo Estado; II - elaborar o Plano Municipal de Atendimento Socioeducativo, em conformidade com o Plano Nacional e orespectivo Plano Estadual; III-criaremanterprogramasdeatendimentoparaaexecuodasmedidassocioeducativasemmeioaberto; IV - editar normas complementares para a organizao e funcionamento dos programas do seu Sistema deAtendimento Socioeducativo; V-cadastrar-senoSistemaNacionaldeInformaessobreoAtendimentoSocioeducativoefornecerregularmente os dados necessrios ao povoamento e atualizao do Sistema; e VI-cofinanciar,conjuntamentecomosdemaisentesfederados,aexecuodeprogramaseaesdestinadosaoatendimentoinicialdeadolescenteapreendidoparaapuraodeatoinfracional,bemcomoaqueles destinados a adolescente a quem foi aplicada medida socioeducativa em meio aberto. 1oParagarantiraofertadeprogramadeatendimentosocioeducativodemeioaberto,osMunicpiospodeminstituirosconsrciosdosquaistrataaLeino11.107,de6deabrilde2005,quedispesobrenormasgeraisdecontrataodeconsrciospblicosedoutrasprovidncias,ouqualqueroutroinstrumentojurdicoadequado, como forma de compartilhar responsabilidades. 2oAo Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente competem as funes deliberativase de controledoSistemaMunicipaldeAtendimentoSocioeducativo,nostermosprevistosnoincisoIIdoart.88da Lein8.069,de13dejulhode1990(EstatutodaCrianaedoAdolescente),bemcomooutrasdefinidasnalegislao municipal. 3oOPlanodequetrataoincisoIIdocaputdesteartigosersubmetidodeliberaodoConselhoMunicipal dos Direitos da Criana e do Adolescente. 4oCompetemaorgoaserdesignadonoPlanodequetrataoincisoIIdocaputdesteartigoasfunes executiva e de gesto do Sistema Municipal de Atendimento Socioeducativo. 03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 4/24Art. 6oAo Distrito Federal cabem, cumulativamente, as competncias dos Estados e dos Municpios. CAPTULO IIIDOS PLANOS DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO Art. 7oOPlanodequetrataoincisoIIdoart.3odestaLeideverincluirumdiagnsticodasituaodoSinase, as diretrizes, os objetivos, as metas, as prioridades e as formas de financiamento e gesto das aes deatendimento para os 10 (dez) anos seguintes, em sintonia com os princpios elencados na Lei n 8.069, de 13 dejulho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente). 1oAsnormasnacionaisderefernciaparaoatendimentosocioeducativodevemconstituiranexoaoPlano de que trata o inciso II do art. 3o desta Lei. 2oOsEstados,oDistritoFederaleosMunicpiosdevero,combasenoPlanoNacionaldeAtendimento Socioeducativo, elaborar seus planos decenais correspondentes, em at 360 (trezentos e sessenta)dias a partir da aprovao do Plano Nacional. Art. 8oOs Planos de Atendimento Socioeducativo devero, obrigatoriamente, prever aes articuladas nasreasdeeducao,sade,assistnciasocial,cultura,capacitaoparaotrabalhoeesporte,paraosadolescentesatendidos,emconformidadecomosprincpioselencados naLein8.069,de13dejulhode1990(Estatuto da Criana e do Adolescente). Pargrafonico.OsPoderesLegislativosfederal,estaduais,distritalemunicipais,pormeiodesuascomissestemticaspertinentes,acompanharoaexecuodosPlanosdeAtendimentoSocioeducativodosrespectivos entes federados. CAPTULO IVDOS PROGRAMAS DE ATENDIMENTO Seo IDisposies Gerais Art.9oOsEstadoseoDistritoFederalinscreveroseusprogramasdeatendimentoealteraesnoConselho Estadual ou Distrital dos Direitos da Criana e do Adolescente, conforme o caso. Art. 10.Os Municpios inscrevero seus programas e alteraes, bem como as entidades de atendimentoexecutoras, no Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente. Art.11.Almdaespecificaodoregime,sorequisitosobrigatriosparaainscriodeprogramadeatendimento: I-aexposiodaslinhasgeraisdosmtodosetcnicaspedaggicas,comaespecificaodasatividades de natureza coletiva; II-aindicaodaestruturamaterial,dosrecursoshumanosedasestratgiasdeseguranacompatveiscom as necessidades da respectiva unidade; III - regimento interno que regule o funcionamento da entidade, no qual dever constar, no mnimo: a)odetalhamentodasatribuieseresponsabilidadesdodirigente,deseusprepostos,dosmembrosdaequipe tcnica e dos demais educadores; b)aprevisodascondiesdoexercciodadisciplinaeconcessodebenefcioseorespectivoprocedimento de aplicao; e c)aprevisodaconcessodebenefciosextraordinrioseenaltecimento,tendoemvistatornarpblicooreconhecimento ao adolescente pelo esforo realizado na consecuo dos objetivos do plano individual; IV - a poltica de formao dos recursos humanos; V-aprevisodasaesdeacompanhamentodoadolescenteapsocumprimentodemedida03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 5/24socioeducativa; VI-aindicaodaequipetcnica,cujaquantidadeeformaodevemestaremconformidadecomasnormasderefernciadosistemaedosconselhosprofissionaisecomoatendimentosocioeducativoaserrealizado; e VII-aadesoaoSistemadeInformaessobreoAtendimentoSocioeducativo,bemcomosuaoperaoefetiva. Pargrafonico.Onocumprimentodoprevistonesteartigosujeitaasentidadesdeatendimento,osrgosgestores,seusdirigentesouprepostosaplicaodasmedidasprevistasnoart.97daLein8.069,de13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente). Art.12.Acomposiodaequipetcnicadoprogramadeatendimentodeverserinterdisciplinar,compreendendo, no mnimo, profissionais das reas de sade, educao e assistncia social, de acordo com asnormas de referncia. 1oOutros profissionais podem ser acrescentados s equipes para atender necessidades especficas doprograma. 2oRegimentointernodevediscriminarasatribuiesdecadaprofissional,sendoproibidaasobreposio dessas atribuies na entidade de atendimento. 3oO no cumprimento do previsto neste artigo sujeita as entidades de atendimento, seus dirigentes ouprepostosaplicaodasmedidasprevistasnoart.97daLein8.069,de13dejulhode1990(EstatutodaCriana e do Adolescente). Seo IIDos Programas de Meio Aberto Art.13.Competedireodoprogramadeprestaodeservioscomunidadeoudeliberdadeassistida: I-selecionarecredenciarorientadores,designando-os,casoacaso,paraacompanhareavaliarocumprimento da medida; II-receberoadolescenteeseuspaisouresponsveleorient-lossobreafinalidadedamedidaeaorganizao e funcionamento do programa; III - encaminhar o adolescente para o orientador credenciado; IV - supervisionar o desenvolvimento da medida; e V - avaliar, com o orientador, a evoluo do cumprimento da medida e, se necessrio, propor autoridadejudiciria sua substituio, suspenso ou extino. Pargrafonico.Oroldeorientadorescredenciadosdeversercomunicado,semestralmente,autoridade judiciria e ao Ministrio Pblico. Art.14.Incumbeaindadireodoprogramademedidadeprestaodeservioscomunidadeselecionar e credenciar entidades assistenciais, hospitais, escolas ou outros estabelecimentos congneres, bemcomo os programas comunitrios ou governamentais, de acordo com o perfil do socioeducandoeoambientenoqual a medida ser cumprida. Pargrafo nico.Se o Ministrio Pblico impugnar o credenciamento, ou a autoridade judiciria consider-lo inadequado, instaurar incidente de impugnao, com a aplicao subsidiria do procedimento de apurao deirregularidadeementidadedeatendimentoregulamentadonaLeino8.069,de13dejulhode1990(EstatutodaCriana e do Adolescente), devendo citar o dirigente do programa e a direo da entidade ou rgo credenciado. Seo IIIDos Programas de Privao da Liberdade 03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 6/24Art.15.Sorequisitosespecficosparaainscriodeprogramasderegimedesemiliberdadeouinternao: I-acomprovaodaexistnciadeestabelecimentoeducacionalcominstalaesadequadaseemconformidade com as normas de referncia; II - a previso do processo e dos requisitos para a escolha do dirigente; III - a apresentao das atividades de natureza coletiva; IV-adefiniodasestratgiasparaagestodeconflitos,vedadaaprevisodeisolamentocautelar,exceto nos casos previstos no 2o do art. 49 desta Lei; e V - a previso de regime disciplinar nos termos do art. 72 desta Lei. Art. 16.A estrutura fsica da unidade dever ser compatvel com as normas de referncia do Sinase. 1ovedadaaedificaodeunidadessocioeducacionaisemespaoscontguos,anexos,oudequalquer outra forma integrados a estabelecimentos penais. 2oAdireodaunidadeadotar,emcarterexcepcional,medidasparaproteodointernoemcasosderiscosuaintegridadefsica,suavida,oudeoutrem,comunicando,deimediato,seudefensoreoMinistrio Pblico. Art. 17.Para o exerccio da funo de dirigente de programa de atendimento em regime de semiliberdadeoudeinternao,almdosrequisitosespecficosprevistosnorespectivoprogramadeatendimento,necessrio: I - formao de nvel superior compatvel com a natureza da funo; II - comprovada experincia no trabalho com adolescentes de, no mnimo, 2 (dois) anos; e III - reputao ilibada. CAPTULO VDA AVALIAO E ACOMPANHAMENTO DA GESTO DO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO Art. 18.A Unio, em articulao com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, realizar avaliaesperidicas da implementao dos Planos de Atendimento Socioeducativo em intervalos no superiores a 3 (trs)anos. 1oO objetivo da avaliao verificar o cumprimento das metas estabelecidas e elaborar recomendaesaos gestores e operadores dos Sistemas. 2oO processo de avaliao dever contar com a participao de representantes do Poder Judicirio, doMinistrio Pblico, da Defensoria Pblica e dos Conselhos Tutelares, na forma a ser definida em regulamento. 3oAprimeiraavaliaodoPlanoNacionaldeAtendimentoSocioeducativorealizar-se-noterceiroanode vigncia desta Lei, cabendo ao Poder Legislativo federal acompanhar o trabalho por meio desuascomissestemticas pertinentes. Art.19.institudooSistemaNacionaldeAvaliaoeAcompanhamentodoAtendimentoSocioeducativo, com os seguintes objetivos: I - contribuir para a organizao da rede de atendimento socioeducativo; II - assegurar conhecimento rigoroso sobre as aes do atendimento socioeducativo e seus resultados; III - promover a melhora da qualidade da gesto e do atendimento socioeducativo; e IV - disponibilizar informaes sobre o atendimento socioeducativo. 1oAavaliaoabranger,nomnimo,agesto,asentidadesdeatendimento,osprogramaseos03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 7/24resultados da execuo das medidas socioeducativas. 2oAofinaldaavaliao,serelaboradorelatriocontendohistricoediagnsticodasituao,asrecomendaes e os prazos para que essas sejam cumpridas, alm de outros elementosaseremdefinidosemregulamento. 3oOrelatriodaavaliaodeverserencaminhadoaosrespectivosConselhosdeDireitos,ConselhosTutelares e ao Ministrio Pblico. 4oOs gestores e entidades tm o dever de colaborar com o processo de avaliao, facilitando o acessos suas instalaes, documentao e a todos os elementos necessrios ao seu efetivo cumprimento. 5oO acompanhamento tem por objetivo verificar o cumprimento das metas dos Planos de AtendimentoSocioeducativo. Art. 20.O Sistema Nacional de Avaliao e Acompanhamento da Gesto do Atendimento Socioeducativoassegurar, na metodologia a ser empregada: I - a realizao da autoavaliao dos gestores e das instituies de atendimento; II-aavaliaoinstitucionalexterna,contemplandoaanliseglobaleintegradadasinstalaesfsicas,relaesinstitucionais,compromissosocial,atividadesefinalidadesdasinstituiesdeatendimentoeseusprogramas; III - o respeito identidade e diversidade de entidades e programas; IV-aparticipaodocorpodefuncionriosdasentidadesdeatendimentoedosConselhosTutelaresdarea de atuao da entidade avaliada; e V - o carter pblico de todos os procedimentos, dados e resultados dos processos avaliativos. Art.21.Aavaliaosercoordenadaporumacomissopermanenteerealizadaporcomissestemporrias, essas compostas, no mnimo, por 3 (trs) especialistas com reconhecida atuao na rea temticae definidas na forma do regulamento. Pargrafo nico. vedado comisso permanente designar avaliadores: I-quesejamtitularesouservidoresdosrgosgestoresavaliadosoufuncionriosdasentidadesavaliadas; II-quetenhamrelaodeparentescoato3ograucomtitularesouservidoresdosrgosgestoresavaliados e/ou funcionrios das entidades avaliadas; e III - que estejam respondendo a processos criminais. Art. 22.A avaliao da gesto ter por objetivo: I-verificarseoplanejamentooramentrioesuaexecuoseprocessamdeformacompatvelcomasnecessidades do respectivo Sistema de Atendimento Socioeducativo; II - verificar a manuteno do fluxo financeiro, considerando as necessidades operacionais do atendimentosocioeducativo, as normas de referncia e as condies previstas nos instrumentos jurdicos celebrados entre osrgos gestores e as entidades de atendimento; III-verificaraimplementaodetodososdemaiscompromissosassumidosporocasiodacelebraodos instrumentos jurdicos relativos ao atendimento socioeducativo; e IV - a articulao interinstitucional e intersetorial das polticas. Art.23.Aavaliaodasentidadesterporobjetivoidentificaroperfileoimpactodesuaatuao,pormeiodesuasatividades,programaseprojetos,considerandoasdiferentesdimensesinstitucionaise,entreelas, obrigatoriamente, as seguintes: I - o plano de desenvolvimento institucional; 03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 8/24II-aresponsabilidadesocial,consideradaespecialmentesuacontribuioparaainclusosocialeodesenvolvimento socioeconmico do adolescente e de sua famlia; III - a comunicao e o intercmbio com a sociedade; IV-aspolticasdepessoalquantoqualificao,aperfeioamento,desenvolvimentoprofissionalecondies de trabalho; V - a adequao da infraestrutura fsica s normas de referncia; VI-oplanejamentoeaautoavaliaoquantoaosprocessos,resultados,eficinciaeeficciadoprojetopedaggico e da proposta socioeducativa; VII - as polticas de atendimento para os adolescentes e suas famlias; VIII - a ateno integral sade dos adolescentes em conformidade com as diretrizes do art. 60 desta Lei;e IX - a sustentabilidade financeira. Art.24.Aavaliaodosprogramasterporobjetivoverificar,nomnimo,oatendimentoaoquedeterminamosarts.94,100,117,119,120,123e124daLeino8.069,de13dejulhode1990(EstatutodaCriana e do Adolescente). Art. 25.A avaliao dos resultados da execuo de medida socioeducativa ter por objetivo, no mnimo: I-verificarasituaodoadolescenteapscumprimentodamedidasocioeducativa,tomandoporbasesuas perspectivas educacionais, sociais, profissionais e familiares; e II - verificar reincidncia de prtica de ato infracional. Art. 26.Os resultados da avaliao sero utilizados para: I-planejamentodemetaseeleiodeprioridadesdoSistemadeAtendimentoSocioeducativoeseufinanciamento; II - reestruturao e/ou ampliao da rede de atendimento socioeducativo, de acordo com as necessidadesdiagnosticadas; III-adequaodosobjetivosedanaturezadoatendimentosocioeducativoprestadopelasentidadesavaliadas; IV-celebraodeinstrumentosdecooperaocomvistascorreodeproblemasdiagnosticadosnaavaliao; V - reforo de financiamento para fortalecer a rede de atendimento socioeducativo; VI - melhorar e ampliar a capacitao dos operadores do Sistema de Atendimento Socioeducativo; e VII - os efeitos do art. 95 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente). Pargrafo nico.As recomendaes originadas da avaliao devero indicar prazo para seu cumprimentoporpartedasentidadesdeatendimentoedosgestoresavaliados,aofimdoqualestarosujeitossmedidasprevistas no art. 28 desta Lei. Art.27.AsinformaesproduzidasapartirdoSistemaNacionaldeInformaessobreAtendimentoSocioeducativo sero utilizadasparasubsidiaraavaliao,oacompanhamento,agestoeofinanciamentodosSistemas Nacional, Distrital, Estaduais e Municipais de Atendimento Socioeducativo. CAPTULO VIDA RESPONSABILIZAO DOS GESTORES, OPERADORES E ENTIDADES DE ATENDIMENTO Art.28.Nocasododesrespeito,mesmoqueparcial,oudonocumprimentointegralsdiretrizesedeterminaes desta Lei, em todas as esferas, so sujeitos: 03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 9/24I-gestores,operadoreseseusprepostoseentidadesgovernamentaissmedidasprevistasnoincisoIeno 1o do art. 97 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente); e II - entidades no governamentais, seus gestores, operadores e prepostos s medidas previstas no inciso IIe no 1o do art. 97 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente). Pargrafonico.Aaplicaodasmedidasprevistasnesteartigodar-se-apartirdaanlisederelatriocircunstanciadoelaboradoapsasavaliaes,semprejuzodoquedeterminamosarts.191a197,225a227,230 a 236, 243 e 245 a 247 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente). Art.29.quelesque,mesmonosendoagentespblicos,induzamouconcorram,sobqualquerforma,direta ou indireta, para o no cumprimento desta Lei, aplicam-se, no que couber, as penalidades dispostas naLeino8.429,de2dejunhode1992,quedispesobreassanesaplicveisaosagentespblicosnoscasosdeenriquecimentoilcitonoexercciodemandato,cargo,empregooufunonaadministraopblicadireta,indireta ou fundacional e d outras providncias (Lei de Improbidade Administrativa). CAPTULO VIIDO FINANCIAMENTO E DAS PRIORIDADES Art. 30.O Sinase ser cofinanciado com recursos dos oramentos fiscal e da seguridade social, alm deoutras fontes. 1o(VETADO). 2oOsentesfederadosquetenhaminstitudoseussistemasdeatendimentosocioeducativoteroacesso aos recursos na forma de transferncia adotada pelos rgos integrantes do Sinase. 3oOsentesfederadosbeneficiadoscomrecursosdosoramentosdosrgosresponsveispelaspolticasintegrantesdoSinase,oudeoutrasfontes,estosujeitossnormaseprocedimentosdemonitoramentoestabelecidospelasinstnciasdosrgosdaspolticassetoriaisenvolvidas,semprejuzododisposto nos incisos IX e X do art. 4o, nos incisos V e VI do art. 5o e no art. 6o desta Lei. Art. 31.Os Conselhos de Direitos, nas 3 (trs) esferas de governo, definiro, anualmente, o percentual derecursos dos Fundos dosDireitosdaCrianaedoAdolescenteaseremaplicadosnofinanciamentodasaesprevistas nesta Lei, em especial para capacitao, sistemas de informao e de avaliao. Pargrafonico.OsentesfederadosbeneficiadoscomrecursosdoFundodosDireitosdaCrianaedoAdolescenteparaaesdeatendimentosocioeducativoprestaroinformaessobreodesempenhodessasaes por meio do Sistema de Informaes sobre Atendimento Socioeducativo. Art. 32.A Lei no 7.560, de 19 de dezembro de 1986, passa a vigorar com as seguintes alteraes: Art. 5oOs recursos do Funad sero destinados:............................................................................................. X-sentidadesgovernamentaisenogovernamentaisintegrantesdoSistemaNacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).................................................................................... (NR) Art. 5o-A.A Secretaria Nacional de Polticas sobre Drogas (Senad), rgo gestor doFundoNacionalAntidrogas(Funad),poderfinanciarprojetosdasentidadesdoSinase desde que: I-oentefederadodevinculaodaentidadequesolicitaorecursopossuaorespectivo Plano de Atendimento Socioeducativo aprovado; II-asentidadesgovernamentaisenogovernamentaisintegrantesdoSinasequesolicitemrecursostenhamparticipadodaavaliaonacionaldoatendimentosocioeducativo; 03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 10/24III - o projeto apresentado esteja de acordo com os pressupostos da Poltica Nacionalsobre Drogas e legislao especfica. Art. 33.A Lei no 7.998, de 11 de janeiro de 1990, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 19-A: Art. 19-A.O Codefat poder priorizar projetos das entidades integrantes do SistemaNacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) desde que: I-oentefederadodevinculaodaentidadequesolicitaorecursopossuaorespectivo Plano de Atendimento Socioeducativo aprovado; II-asentidadesgovernamentaisenogovernamentaisintegrantesdoSinasequesolicitemrecursostenhamsesubmetidoavaliaonacionaldoatendimentosocioeducativo. Art. 34.O art. 2o da Lei no 5.537, de 21 de novembro de 1968, passa a vigorar acrescido do seguinte 3o:Art. 2o.................................................................................................................................................................... 3oO fundo de que trata o art. 1o poder financiar, na forma das resolues de seuconselho deliberativo, programas e projetos de educao bsica relativosaoSistemaNacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) desde que: I - o ente federado que solicitar o recurso possuaorespectivoPlanodeAtendimentoSocioeducativo aprovado; II-asentidadesdeatendimentovinculadasaoentefederadoquesolicitarorecursotenham se submetido avaliao nacional do atendimento socioeducativo; e III-oentefederadotenhaassinadooPlanodeMetasCompromissoTodospelaEducao e elaborado o respectivo Plano de Aes Articuladas (PAR). (NR) TTULO IIDA EXECUO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS CAPTULO IDISPOSIES GERAIS Art. 35.A execuo das medidas socioeducativas reger-se- pelos seguintes princpios: I - legalidade, no podendo o adolescente receber tratamento mais gravoso do que o conferido ao adulto; II-excepcionalidadedaintervenojudicialedaimposiodemedidas,favorecendo-semeiosdeautocomposio de conflitos; III-prioridadeaprticasoumedidasquesejamrestaurativase,semprequepossvel,atendamsnecessidades das vtimas; IV - proporcionalidade em relao ofensa cometida; V - brevidade da medida em resposta ao ato cometido, em especial o respeito ao que dispe o art. 122 daLei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente); VI - individualizao, considerando-se a idade, capacidades e circunstncias pessoais do adolescente; VII - mnima interveno, restrita ao necessrio para a realizao dos objetivos da medida; VIII-nodiscriminaodoadolescente,notadamenteemrazodeetnia,gnero,nacionalidade,classesocial, orientao religiosa, poltica ou sexual, ou associao ou pertencimento a qualquer minoria ou status; e IX - fortalecimento dos vnculos familiares e comunitrios no processo socioeducativo. 03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 11/24CAPTULO IIDOS PROCEDIMENTOS Art. 36.A competncia para jurisdicionar a execuo dasmedidassocioeducativassegueodeterminadopelo art. 146 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente). Art.37.AdefesaeoMinistrioPblicointerviro,sobpenadenulidade,noprocedimentojudicialdeexecuo de medida socioeducativa, asseguradas aos seus membros as prerrogativas previstas na Lei no8.069,de13dejulhode1990(EstatutodaCrianaedoAdolescente),podendorequererasprovidnciasnecessriaspara adequar a execuo aos ditames legais e regulamentares. Art.38.Asmedidasdeproteo,deadvertnciaedereparaododano,quandoaplicadasdeformaisolada, sero executadas nos prprios autos do processo de conhecimento, respeitado o disposto nos arts.143e 144 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente). Art.39.Paraaplicaodasmedidassocioeducativasdeprestaodeservioscomunidade,liberdadeassistida,semiliberdadeouinternao,serconstitudoprocessodeexecuoparacadaadolescente,respeitadoodispostonosarts.143e144daLein8.069,de13dejulhode1990(EstatutodaCrianaedoAdolescente), e com autuao das seguintes peas: I-documentosdecarterpessoaldoadolescenteexistentesnoprocessodeconhecimento,especialmente os que comprovem sua idade; eII - as indicadas pela autoridade judiciria, sempre que houver necessidade e, obrigatoriamente: a) cpia da representao; b) cpia da certido de antecedentes; c) cpia da sentena ou acrdo; e d) cpia de estudos tcnicos realizados durante a fase de conhecimento. Pargrafonico.Procedimentoidnticoserobservadonahiptesedemedidaaplicadaemsedederemisso, como forma de suspenso do processo. Art.40.Autuadasaspeas,aautoridadejudiciriaencaminhar,imediatamente,cpiaintegraldoexpedienteaorgogestordoatendimentosocioeducativo,solicitandodesignaodoprogramaoudaunidadede cumprimento da medida. Art. 41.A autoridade judiciria dar vistas da proposta de plano individual de que trata o art. 53 desta Leiao defensor e ao MinistrioPblicopeloprazosucessivode3(trs)dias,contadosdorecebimentodapropostaencaminhada pela direo do programa de atendimento. 1oOdefensoreoMinistrioPblicopoderorequerer,eoJuizdaExecuopoderdeterminar,deofcio, a realizao de qualquer avaliao ou percia que entenderem necessrias para complementao do planoindividual. 2oAimpugnaooucomplementaodoplanoindividual,requeridapelodefensoroupeloMinistrioPblico,deverserfundamentada,podendoaautoridadejudiciriaindeferi-la,seentenderinsuficienteamotivao. 3oAdmitida a impugnao, ou se entender que o plano inadequado, a autoridade judiciria designar,senecessrio,audinciadaqualcientificarodefensor,oMinistrioPblico,adireodoprogramadeatendimento, o adolescente e seus pais ou responsvel. 4oAimpugnaonosuspenderaexecuodoplanoindividual,salvodeterminaojudicialemcontrrio. 5oFindo o prazo sem impugnao, considerar-se- o plano individual homologado. 03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 12/24Art. 42.As medidas socioeducativas de liberdade assistida, de semiliberdade e de internao devero serreavaliadasnomximoacada6(seis)meses,podendoaautoridadejudiciria,senecessrio,designaraudincia,noprazomximode10(dez)dias,cientificandoodefensor,oMinistrioPblico,adireodoprograma de atendimento, o adolescente e seus pais ou responsvel. 1oAaudinciaserinstrudacomorelatriodaequipetcnicadoprogramadeatendimentosobreaevoluo do plano de que trata o art. 52 desta Lei e com qualquer outro parecer tcnico requerido pelas partes edeferido pela autoridade judiciria. 2oAgravidadedoatoinfracional,osantecedenteseotempodeduraodamedidanosofatoresque, por si, justifiquem a no substituio da medida por outra menos grave. 3oConsidera-semaisgraveainternao,emrelaoatodasasdemaismedidas,emaisgraveasemiliberdade, em relao s medidas de meio aberto. Art. 43.A reavaliao da manuteno, da substituio oudasuspensodasmedidasdemeioabertooudeprivaodaliberdadeedorespectivoplanoindividualpodesersolicitadaaqualquertempo,apedidodadireodoprogramadeatendimento,dodefensor,doMinistrioPblico,doadolescente,deseuspaisouresponsvel. 1oJustifica o pedido de reavaliao, entre outros motivos: I-odesempenhoadequadodoadolescentecombasenoseuplanodeatendimentoindividual,antesdoprazo da reavaliao obrigatria; II-ainadaptaodoadolescenteaoprogramaeoreiteradodescumprimentodasatividadesdoplanoindividual; e III-anecessidadedemodificaodasatividadesdoplanoindividualqueimportememmaiorrestriodaliberdade do adolescente. 2oA autoridade judiciria poder indeferir o pedido, de pronto, se entender insuficiente a motivao. 3oAdmitidooprocessamentodopedido,aautoridadejudiciria,senecessrio,designaraudincia,observando o princpio do 1o do art. 42 desta Lei. 4oA substituio por medida mais gravosa somente ocorrer em situaes excepcionais, aps o devidoprocesso legal, inclusive na hiptese do inciso III do art. 122 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (EstatutodaCriana e do Adolescente), e deve ser: I - fundamentada em parecer tcnico; II - precedida de prvia audincia, e nos termos do 1o do art. 42 desta Lei. Art.44.Nahiptesedesubstituiodamedidaoumodificaodasatividadesdoplanoindividual,aautoridadejudiciriaremeterointeiroteordadecisodireodoprogramadeatendimento,assimcomoaspeas que entender relevantes nova situao jurdica do adolescente. Pargrafonico.Nocasodeasubstituiodamedidaimportaremvinculaodoadolescenteaoutroprogramadeatendimento,oplanoindividualeohistricodocumprimentodamedidadeveroacompanharatransferncia. Art.45.Se,notranscursodaexecuo,sobreviersentenadeaplicaodenovamedida,aautoridadejudiciriaprocederunificao,ouvidos,previamente,oMinistrioPblicoeodefensor,noprazode3(trs)dias sucessivos, decidindo-se em igual prazo. 1ovedadoautoridadejudiciriadeterminarreinciodecumprimentodemedidasocioeducativa,oudeixar de considerar os prazos mximos, e de liberao compulsria previstos na Lei no 8.069, de 13 de julho de1990(EstatutodaCrianaedoAdolescente),excetuadaahiptesedemedidaaplicadaporatoinfracionalpraticado durante a execuo. 2ovedadoautoridadejudiciriaaplicarnovamedidadeinternao,poratosinfracionaispraticados03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 13/24anteriormente, a adolescente que j tenha concludo cumprimento de medida socioeducativa dessa natureza, ouque tenha sido transferido para cumprimento de medidamenosrigorosa,sendotaisatosabsorvidosporaquelesaos quais se imps a medida socioeducativa extrema. Art. 46.A medida socioeducativa ser declarada extinta: I - pela morte do adolescente; II - pela realizao de sua finalidade; III-pelaaplicaodepenaprivativadeliberdade,asercumpridaemregimefechadoousemiaberto,emexecuo provisria ou definitiva; IV-pelacondiodedoenagrave,quetorneoadolescenteincapazdesubmeter-seaocumprimentodamedida; e V - nas demais hipteses previstas em lei. 1oNocasodeomaiorde18(dezoito)anos,emcumprimentodemedidasocioeducativa,responderaprocesso-crime,caberautoridadejudiciriadecidirsobreeventualextinodaexecuo,cientificandodadeciso o juzo criminal competente. 2oEm qualquer caso, o tempo de priso cautelar no convertida em pena privativa de liberdade deve serdescontado do prazo de cumprimento da medida socioeducativa. Art.47.Omandadodebuscaeapreensodoadolescentetervignciamximade6(seis)meses,acontar da data da expedio, podendo, se necessrio, ser renovado, fundamentadamente. Art.48.Odefensor,oMinistrioPblico,oadolescenteeseuspaisouresponsvelpoderopostularreviso judicial de qualquer sano disciplinar aplicada, podendo a autoridade judiciria suspender a execuo dasano at deciso final do incidente. 1oPostuladaarevisoapsouvidaaautoridadecolegiadaqueaplicouasanoehavendoprovasaproduzir em audincia, proceder o magistrado na forma do 1o do art. 42 desta Lei. 2ovedadaaaplicaodesanodisciplinardeisolamentoaadolescenteinterno,excetosejaessaimprescindvelparagarantiadaseguranadeoutrosinternosoudoprprioadolescenteaquemsejaimpostaasano, sendo necessria ainda comunicao ao defensor, ao Ministrio Pblico e autoridade judiciria em at24 (vinte e quatro) horas. CAPTULO IIIDOS DIREITOS INDIVIDUAIS Art.49.Sodireitosdoadolescentesubmetidoaocumprimentodemedidasocioeducativa,semprejuzode outros previstos em lei: I - ser acompanhado por seus pais ou responsvel e por seu defensor, em qualquer fase do procedimentoadministrativo ou judicial; II-serincludoemprogramademeioabertoquandoinexistirvagaparaocumprimentodemedidadeprivaodaliberdade,excetonoscasosdeatoinfracionalcometidomediantegraveameaaouviolnciapessoa, quando o adolescente dever ser internado em Unidade mais prxima de seu local de residncia; III-serrespeitadoemsuapersonalidade,intimidade,liberdadedepensamentoereligioeemtodososdireitos no expressamente limitados na sentena; IV-peticionar,porescritoouverbalmente,diretamenteaqualquerautoridadeourgopblico,devendo,obrigatoriamente, ser respondido em at 15 (quinze) dias; V-serinformado,inclusiveporescrito,dasnormasdeorganizaoefuncionamentodoprogramadeatendimento e tambm das previses de natureza disciplinar; VI-receber,semprequesolicitar,informaessobreaevoluodeseuplanoindividual,participando,03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 14/24obrigatoriamente, de sua elaborao e, se for o caso, reavaliao; VII - receber assistncia integral sua sade, conforme o disposto no art. 60 desta Lei; e VIII - ter atendimento garantido em creche e pr-escola aos filhos de 0 (zero) a 5 (cinco) anos. 1oAs garantias processuais destinadas a adolescente autor de ato infracional previstas na Lei no8.069,de13dejulhode1990(EstatutodaCrianaedoAdolescente),aplicam-seintegralmentenaexecuodasmedidas socioeducativas, inclusive no mbito administrativo. 2oAofertairregulardeprogramasdeatendimentosocioeducativoemmeioabertonopoderserinvocada como motivo para aplicao ou manuteno de medida de privao da liberdade. Art. 50.Sem prejuzo do disposto no 1o do art. 121 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto daCrianaedoAdolescente),adireodoprogramadeexecuodemedidadeprivaodaliberdadepoderautorizarasada,monitorada,doadolescentenoscasosdetratamentomdico,doenagraveoufalecimento,devidamentecomprovados,depai,me,filho,cnjuge,companheiroouirmo,comimediatacomunicaoaojuzo competente. Art. 51.A deciso judicial relativa execuo de medida socioeducativa ser proferida aps manifestaodo defensor e do Ministrio Pblico. CAPTULO IVDO PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO (PIA) Art.52.Ocumprimentodasmedidassocioeducativas,emregimedeprestaodeservioscomunidade,liberdadeassistida,semiliberdadeouinternao,dependerdePlanoIndividualdeAtendimento(PIA), instrumento de previso, registro e gesto das atividades a serem desenvolvidas com o adolescente. Pargrafo nico.O PIA dever contemplar a participao dos pais ou responsveis, os quais tm o deverdecontribuircomoprocessoressocializadordoadolescente,sendoessespassveisderesponsabilizaoadministrativa,nostermosdoart.249daLeino8.069,de13dejulhode1990(EstatutodaCrianaedoAdolescente), civil e criminal. Art.53.OPIAserelaboradosobaresponsabilidadedaequipetcnicadorespectivoprogramadeatendimento,comaparticipaoefetivadoadolescenteedesuafamlia,representadaporseuspaisouresponsvel. Art. 54.Constaro do plano individual, no mnimo: I - os resultados da avaliao interdisciplinar; II - os objetivos declarados pelo adolescente; III - a previso de suas atividades de integrao social e/ou capacitao profissional; IV - atividades de integrao e apoio famlia; V - formas de participao da famlia para efetivo cumprimento do plano individual; e VI - as medidas especficas de ateno sua sade. Art.55.Paraocumprimentodasmedidasdesemiliberdadeoudeinternao,oplanoindividualconter,ainda: I - a designao do programa de atendimento mais adequado para o cumprimento da medida; II - a definio das atividades internas e externas, individuais ou coletivas, das quais o adolescente poderparticipar; e III - a fixao das metas para o alcance de desenvolvimento de atividades externas. Pargrafo nico.O PIA ser elaborado no prazo de at 45 (quarenta e cinco) dias da data do ingresso do03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 15/24adolescente no programa de atendimento. Art.56.Paraocumprimentodasmedidasdeprestaodeservioscomunidadeedeliberdadeassistida,oPIAserelaboradonoprazodeat15(quinze)diasdoingressodoadolescentenoprogramadeatendimento. Art.57.ParaaelaboraodoPIA,adireodorespectivoprogramadeatendimento,pessoalmenteoupor meio de membro da equipe tcnica, ter acesso aos autos do procedimento de apurao do ato infracional eaos dos procedimentos de apurao de outros atos infracionais atribudos ao mesmo adolescente. 1oO acesso aos documentos de que trata o caputdeverserrealizadoporfuncionriodaentidadedeatendimento,devidamentecredenciadoparatalatividade,oupormembrodadireo,emconformidadecomasnormas a serem definidas pelo Poder Judicirio, de forma a preservar o que determinam os arts. 143 e 144 da Leino 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criana e do Adolescente). 2oA direo poder requisitar, ainda: I-aoestabelecimentodeensino,ohistricoescolardoadolescenteeasanotaessobreoseuaproveitamento; II-osdadossobreoresultadodemedidaanteriormenteaplicadaecumpridaemoutroprogramadeatendimento; e III - os resultados de acompanhamento especializado anterior. Art. 58.Por ocasio da reavaliao da medida, obrigatria a apresentao pela direo do programa deatendimento de relatrio da equipe tcnica sobre a evoluo do adolescente no cumprimento do plano individual. Art. 59.O acesso ao plano individual ser restrito aos servidores do respectivo programa de atendimento,ao adolescente e a seus paisouresponsvel,aoMinistrioPblicoeaodefensor,excetoexpressaautorizaojudicial. CAPTULO VDA ATENO INTEGRAL SADE DE ADOLESCENTE EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA Seo IDisposies Gerais Art. 60.A ateno integral sade do adolescente no Sistema de Atendimento Socioeducativo seguir asseguintes diretrizes: I - previso, nos planos de atendimento socioeducativo, em todas as esferas, da implantao de aes depromoodasade,comoobjetivodeintegrarasaessocioeducativas,estimulandoaautonomia,amelhoriadas relaes interpessoais e o fortalecimento de redes de apoio aos adolescentes e suas famlias; II-inclusodeaeseserviosparaapromoo,proteo,prevenodeagravosedoenaserecuperao da sade; III - cuidados especiais em sade mental, incluindo os relacionados ao uso de lcool e outras substnciaspsicoativas, e ateno aos adolescentes com deficincias; IV-disponibilizaodeaesdeatenosadesexualereprodutivaeprevenodedoenassexualmente transmissveis; V - garantia de acesso a todos os nveis de ateno sade, por meio de referncia e contrarreferncia, deacordo com as normas do Sistema nico de Sade (SUS); VI-capacitaodasequipesdesadeedosprofissionaisdasentidadesdeatendimento,bemcomodaqueles que atuam nas unidades de sade de referncia voltadas s especificidades de sade dessa populaoe de suas famlias; VII-incluso,nosSistemasdeInformaodeSadedoSUS,bemcomonoSistemadeInformaes03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 16/24sobreAtendimentoSocioeducativo,dedadoseindicadoresdesadedapopulaodeadolescentesematendimento socioeducativo; e VIII-estruturaodasunidadesdeinternaoconformeasnormasderefernciadoSUSedoSinase,visando ao atendimento das necessidades de Ateno Bsica. Art.61.AsentidadesqueofereamprogramasdeatendimentosocioeducativoemmeioabertoedesemiliberdadedeveroprestarorientaesaossocioeducandossobreoacessoaosserviosesunidadesdoSUS. Art.62.AsentidadesqueofereamprogramasdeprivaodeliberdadedeverocontarcomumaequipemnimadeprofissionaisdesadecujacomposioestejaemconformidadecomasnormasderefernciadoSUS. Art. 63.(VETADO). 1oOfilhodeadolescentenascidonosestabelecimentosreferidosnocaputdesteartigonotertalinformao lanada em seu registro de nascimento. 2oSeroasseguradasascondiesnecessriasparaqueaadolescentesubmetidaexecuodemedida socioeducativa de privao de liberdade permanea com o seu filho durante o perodo de amamentao. Seo IIDo Atendimento a Adolescente com Transtorno Mental e com Dependncia de lcool e de SubstnciaPsicoativa Art64.Oadolescenteemcumprimentodemedidasocioeducativaqueapresenteindciosdetranstornomental,dedeficinciamental,ouassociadas,deverseravaliadoporequipetcnicamultidisciplinaremultissetorial. 1oAs competncias, a composio e a atuao da equipe tcnica de que trata o caput devero seguir,conjuntamente, as normas de referncia do SUS e do Sinase, na forma do regulamento. 2oA avaliao de que trata o caput subsidiar a elaborao e execuo da teraputica a ser adotada, aqual ser includa no PIA do adolescente, prevendo, se necessrio, aes voltadas para a famlia. 3oAs informaes produzidas na avaliao de que trata o caput so consideradas sigilosas. 4oExcepcionalmente,ojuizpodersuspenderaexecuodamedidasocioeducativa,ouvidosodefensoreoMinistrioPblico,comvistasaincluiroadolescenteemprogramadeatenointegralsademental que melhor atenda aos objetivos teraputicos estabelecidos para o seu caso especfico. 5oSuspensaaexecuodamedidasocioeducativa,ojuizdesignaroresponsvelporacompanhareinformar sobre a evoluo do atendimento ao adolescente. 6oAsuspensodaexecuodamedidasocioeducativaseravaliada,nomnimo,acada6(seis)meses. 7oO tratamento a que se submeter o adolescente dever observar o previsto na Lei no 10.216, de 6 deabrilde2001,quedispesobreaproteoeosdireitosdaspessoasportadorasdetranstornosmentaiseredireciona o modelo assistencial em sade mental. 8o(VETADO). Art. 65.Enquanto no cessada a jurisdio da Infncia e Juventude, a autoridade judiciria, nas hiptesestratadas no art. 64, poder remeter cpia dos autos ao Ministrio Pblico para eventual proposituradeinterdioe outras providncias pertinentes. Art. 66.(VETADO). CAPTULO VI03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 17/24DAS VISITAS A ADOLESCENTE EM CUMPRIMENTO DE MEDIDA DEINTERNAO Art. 67.A visita do cnjuge, companheiro, pais ou responsveis, parentes e amigos a adolescente a quemfoiaplicadamedidasocioeducativadeinternaoobservardiasehorriosprpriosdefinidospeladireodoprograma de atendimento. Art. 68. assegurado ao adolescente casado ou que viva, comprovadamente, em unio estvel o direito visita ntima. Pargrafonico.Ovisitanteseridentificadoeregistradopeladireodoprogramadeatendimento,queemitir documento de identificao, pessoal e intransfervel, especfico para a realizao da visita ntima. Art. 69. garantido aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internao o direitode receber visita dos filhos, independentemente da idade desses. Art.70.Oregulamentointernoestabelecerashiptesesdeproibiodaentradadeobjetosnaunidadede internao, vedando o acesso aos seus portadores. CAPTULO VIIDOS REGIMES DISCIPLINARES Art.71.Todasasentidadesdeatendimentosocioeducativodevero,emseusrespectivosregimentos,realizar a previso de regime disciplinar que obedea aos seguintes princpios: I-tipificaoexplcitadasinfraescomoleves,mdiasegravesedeterminaodascorrespondentessanes; II-exignciadainstauraoformaldeprocessodisciplinarparaaaplicaodequalquersano,garantidos a ampla defesa e o contraditrio; III-obrigatoriedadedeaudinciadosocioeducandonoscasosemquesejanecessriaainstauraodeprocesso disciplinar; IV - sano de durao determinada; V - enumerao das causas ou circunstncias que eximam, atenuem ou agravem a sano a ser impostaao socioeducando, bem como os requisitos para a extino dessa; VI - enumerao explcita das garantias de defesa; VII - garantia de solicitao e rito de apreciao dos recursos cabveis; e VIII-apuraodafaltadisciplinarporcomissocompostapor,nomnimo,3(trs)integrantes,sendo1(um), obrigatoriamente, oriundo da equipe tcnica. Art.72.Oregimedisciplinarindependentedaresponsabilidadeciviloupenalqueadvenhadoatocometido. Art.73.Nenhumsocioeducandopoderdesempenharfunooutarefadeapuraodisciplinarouaplicao de sano nas entidades de atendimento socioeducativo. Art. 74.No ser aplicada sano disciplinar sem expressaeanteriorprevisolegalouregulamentareodevido processo administrativo. Art. 75.No ser aplicada sano disciplinar ao socioeducando que tenha praticado a falta: I - por coao irresistvel ou por motivo de fora maior; II - em legtima defesa, prpria ou de outrem. CAPTULO VIII03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 18/24DA CAPACITAO PARA O TRABALHO Art. 76.O art. 2o do Decreto-Lei no 4.048, de 22 de janeiro de 1942, passa a vigorar acrescido do seguinte 1o, renumerando-se o atual pargrafo nico para 2o: Art. 2o......................................................................... 1oAsescolasdoSenaipoderoofertarvagasaosusuriosdoSistemaNacionaldeAtendimentoSocioeducativo(Sinase)nascondiesaseremdispostaseminstrumentos decooperaocelebradosentreosoperadoresdoSenaieosgestoresdos Sistemas de Atendimento Socioeducativo locais. 2o...................................................................... (NR) Art. 77.O art. 3o do Decreto-Lei no 8.621, de 10 de janeiro de 1946, passa a vigorar acrescido do seguinte 1o, renumerando-se o atual pargrafo nico para 2o: Art. 3o......................................................................... 1oAsescolasdoSenacpoderoofertarvagasaosusuriosdoSistemaNacionaldeAtendimentoSocioeducativo(Sinase)nascondiesaseremdispostaseminstrumentos de cooperao celebrados entre os operadores do Senac e os gestoresdos Sistemas de Atendimento Socioeducativo locais. 2o. ..................................................................... (NR) Art.78.Oart.1odaLeino8.315,de23dedezembrode1991,passaavigoraracrescidodoseguintepargrafo nico: Art. 1o......................................................................... Pargrafonico.OsprogramasdeformaoprofissionalruraldoSenarpoderoofertarvagasaosusuriosdoSistemaNacionaldeAtendimentoSocioeducativo(Sinase)nascondiesaseremdispostaseminstrumentosdecooperaocelebradosentreosoperadoresdoSenareosgestoresdosSistemasdeAtendimento Socioeducativo locais. (NR) Art.79.Oart.3odaLeino8.706,de14desetembrode1993,passaavigoraracrescidodoseguintepargrafo nico: Art. 3o......................................................................... Pargrafonico.OsprogramasdeformaoprofissionaldoSenatpoderoofertarvagasaosusuriosdoSistemaNacionaldeAtendimentoSocioeducativo(Sinase)nascondiesaseremdispostaseminstrumentosdecooperaocelebradosentreos operadores do Senat e os gestores dos Sistemas de Atendimento Socioeducativolocais. (NR) Art. 80.O art. 429 do Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do seguinte 2o: Art. 429................................................................................................................................................................... 2oOsestabelecimentosdequetrataocaputofertarovagasdeaprendizesaadolescentes usuriosdoSistemaNacionaldeAtendimentoSocioeducativo(Sinase)nascondiesaseremdispostaseminstrumentosdecooperaocelebradosentreosestabelecimentoseosgestoresdosSistemasdeAtendimentoSocioeducativolocais. (NR) 03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 19/24TTULO IIIDISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS Art. 81.As entidades que mantenham programas de atendimento tm o prazo de at 6 (seis) meses apsa publicao desta Lei para encaminhar ao respectivo Conselho Estadual ou Municipal dos Direitos da Criana edo Adolescente proposta de adequao da sua inscrio, sob pena de interdio. Art.82.OsConselhosdosDireitosdaCrianaedoAdolescente,emtodososnveisfederados,comosrgosresponsveispelosistemadeeducaopblicaeasentidadesdeatendimento,devero,noprazode1(um)anoapartirdapublicaodestaLei,garantirainserodeadolescentesemcumprimentodemedidasocioeducativa na rede pblica de educao, em qualquer fase do perodo letivo, contemplando as diversas faixasetrias e nveis de instruo. Art.83.OsprogramasdeatendimentosocioeducativosobaresponsabilidadedoPoderJudiciriosero,obrigatoriamente,transferidosaoPoderExecutivonoprazomximode1(um)anoapartirdapublicaodestaLei e de acordo com a poltica de oferta dos programas aqui definidos. Art.84.OsprogramasdeinternaoesemiliberdadesobaresponsabilidadedosMunicpiossero,obrigatoriamente,transferidosparaoPoderExecutivodorespectivoEstadonoprazomximode1(um)anoapartir da publicao desta Lei e de acordo com a poltica de oferta dos programas aqui definidos. Art.85.Anotransfernciadeprogramasdeatendimentoparaosdevidosentesresponsveis,noprazodeterminado nesta Lei, importar na interdio do programa e caracterizar ato de improbidade administrativadoagenteresponsvel,vedada,ademais,aoPoderJudicirioeaoPoderExecutivomunicipal,aofinaldoreferidoprazo, a realizao de despesas para a sua manuteno. Art. 86.Os arts. 90, 97, 121, 122, 198 e 208 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Crianae do Adolescente), passam a vigorar com a seguinte redao: Art. 90.................................................................................................................................................................... V - prestao de servios comunidade; VI - liberdade assistida; VII - semiliberdade; e VIII - internao..................................................................................... (NR) Art. 97.(VETADO) Art. 121........................................................................................................................................... 7oA determinao judicial mencionada no 1o poder ser revista a qualquer tempopela autoridade judiciria. (NR) Art. 122................................................................................................................................................................... 1oOprazodeinternaonahiptesedoincisoIIIdesteartigonopodersersuperiora3(trs)meses,devendoserdecretadajudicialmenteapsodevidoprocesso legal.................................................................................... (NR) Art.198.NosprocedimentosafetosJustiadaInfnciaedaJuventude,inclusiveos relativos execuo das medidas socioeducativas, adotar-se- o sistema recursal03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 20/24daLeino5.869,de11dejaneirode1973(CdigodeProcessoCivil),comasseguintes adaptaes:............................................................................................. II-emtodososrecursos,salvonosembargosdedeclarao,oprazoparaoMinistrio Pblico e para a defesa ser sempre de 10 (dez) dias;................................................................................... (NR) Art. 208................................................................................................................................................................... X-deprogramasdeatendimentoparaaexecuodasmedidassocioeducativaseaplicao de medidas de proteo.................................................................................... (NR) Art.87.ALein8.069,de13dejulhode1990(EstatutodaCrianaedoAdolescente),passaavigorarcom as seguintes alteraes: Art.260.OscontribuintespoderoefetuardoaesaosFundosdosDireitosdaCrianaedoAdolescentenacional,distrital,estaduaisoumunicipais,devidamentecomprovadas,sendoessasintegralmentededuzidasdoimpostoderenda,obedecidos os seguintes limites: I-1%(umporcento)doimpostosobrearendadevidoapuradopelaspessoasjurdicas tributadas com base no lucro real; e II-6%(seisporcento)doimpostosobrearendaapuradopelaspessoasfsicasnaDeclaraodeAjusteAnual,observadoodispostonoart.22daLeino9.532,de10de dezembro de 1997.............................................................................................. 5oObservado o disposto no 4o do art. 3o da Lei no 9.249,de26dedezembrode1995, a deduo de que trata o inciso I do caput: I-serconsideradaisoladamente,nosesubmetendoalimiteemconjuntocomoutras dedues do imposto; e II - no poder ser computada como despesa operacionalnaapuraodolucroreal.(NR) Art.260-A.Apartirdoexercciode2010,ano-calendriode2009,apessoafsicapoder optar pela doao de que trata o inciso II do caput do art. 260 diretamente emsua Declarao de Ajuste Anual. 1oAdoaodequetrataocaputpoderserdeduzidaatosseguintespercentuais aplicados sobre o imposto apurado na declarao: I - (VETADO); II - (VETADO); III - 3% (trs por cento) a partir do exerccio de 2012. 2oA deduo de que trata o caput: I - est sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado nadeclarao de que trata o inciso II do caput do art. 260; II - no se aplica pessoa fsica que: 03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 21/24a) utilizar o desconto simplificado; b) apresentar declarao em formulrio; ou c) entregar a declarao fora do prazo; III - s se aplica s doaes em espcie; e IV - no exclui ou reduz outros benefcios ou dedues em vigor. 3oO pagamento da doao deve ser efetuado at a data de vencimento da primeiraquota ou quota nica do imposto, observadas instrues especficas da Secretaria daReceita Federal do Brasil. 4oOnopagamentodadoaonoprazoestabelecidono3oimplicaaglosadefinitiva desta parcela de deduo, ficando a pessoa fsica obrigada ao recolhimentodadiferenadeimpostodevidoapuradonaDeclaraodeAjusteAnualcomosacrscimos legais previstos na legislao. 5oApessoafsicapoderdeduzirdoimpostoapuradonaDeclaraodeAjusteAnual as doaes feitas,norespectivoano-calendrio,aosfundoscontroladospelosConselhos dos Direitos da Criana e do Adolescente municipais, distrital, estaduais enacionalconcomitantementecomaopodequetrataocaput,respeitadoolimiteprevisto no inciso II do art. 260. Art. 260-B.A doao de que trata o inciso I do art. 260 poder ser deduzida: I-doimpostodevidonotrimestre,paraaspessoasjurdicasqueapuramoimpostotrimestralmente; e II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual,paraaspessoasjurdicasqueapuram o imposto anualmente. Pargrafonico.Adoaodeverserefetuadadentrodoperodoaqueserefereaapurao do imposto. Art.260-C.Asdoaesdequetrataoart.260destaLeipodemserefetuadasemespcie ou em bens. Pargrafo nico.As doaes efetuadas em espcie devem ser depositadas em contaespecfica,eminstituiofinanceirapblica,vinculadasaosrespectivosfundosdeque trata o art. 260. Art. 260-D.Os rgos responsveis pela administrao das contas dos Fundos dosDireitosdaCrianaedoAdolescentenacional,estaduais,distritalemunicipaisdevememitirreciboemfavordodoador,assinadoporpessoacompetenteepelopresidente do Conselho correspondente, especificando: I - nmero de ordem; II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica (CNPJ) e endereo do emitente; III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Fsicas (CPF) do doador; IV - data da doao e valor efetivamente recebido; e V - ano-calendrio a que se refere a doao. 1oO comprovante de que trata o caput deste artigo pode ser emitido anualmente,desde que discrimine os valores doados ms a ms. 2oNocasodedoaoembens,ocomprovantedeveconteraidentificaodosbens,mediantedescrioemcampoprprioouemrelaoanexaaocomprovante,informandotambmsehouveavaliao,onome,CPFouCNPJeendereodos03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 22/24avaliadores. Art. 260-E.Na hiptese da doao em bens, o doador dever: I - comprovar a propriedade dos bens, mediante documentao hbil; II-baixarosbensdoadosnadeclaraodebensedireitos,quandosetratardepessoa fsica, e na escriturao, no caso de pessoa jurdica; e III - considerar como valor dos bens doados: a)paraaspessoasfsicas,ovalorconstantedaltimadeclaraodoimpostoderenda, desde que no exceda o valor de mercado; b) para as pessoas jurdicas, o valor contbil dos bens. Pargrafonico.Opreoobtidoemcasodeleilonoserconsideradonadeterminaodovalordosbensdoados,excetoseoleilofordeterminadoporautoridade judiciria. Art.260-F.Osdocumentosaquesereferemosarts.260-De260-Edevemsermantidos pelo contribuinte por um prazo de5(cinco)anosparafinsdecomprovaoda deduo perante a Receita Federal do Brasil. Art. 260-G.Os rgos responsveis pela administrao das contas dos Fundos dosDireitosdaCrianaedoAdolescentenacional,estaduais,distritalemunicipaisdevem: I - manter conta bancria especfica destinada exclusivamenteagerirosrecursosdoFundo; II - manter controle das doaes recebidas; e III-informaranualmenteSecretariadaReceitaFederaldoBrasilasdoaesrecebidas ms a ms, identificando os seguintes dados por doador: a) nome, CNPJ ou CPF; b) valor doado, especificando se a doao foi em espcie ou em bens. Art. 260-H.Emcasodedescumprimentodasobrigaesprevistasnoart.260-G,aSecretariadaReceitaFederaldoBrasildarconhecimentodofatoaoMinistrioPblico. Art.260-I.OsConselhosdosDireitosdaCrianaedoAdolescentenacional,estaduais, distrital e municipais divulgaro amplamente comunidade: I - o calendrio de suas reunies; II-asaesprioritriasparaaplicaodaspolticasdeatendimentocrianaeaoadolescente; III - os requisitos para a apresentao de projetos a serem beneficiados com recursosdos Fundos dos Direitos da Criana e do Adolescente nacional, estaduais, distrital oumunicipais; IV - a relao dos projetos aprovados em cada ano-calendrioeovalordosrecursosprevistos para implementao das aes, por projeto; V-ototaldosrecursosrecebidosearespectivadestinao,porprojetoatendido,inclusivecomcadastramentonabasededadosdoSistemadeInformaessobreaInfncia e a Adolescncia; e VI-aavaliaodosresultadosdosprojetosbeneficiadoscomrecursosdosFundosdos Direitos da Criana e do Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais. 03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 23/24Art.260-J.OMinistrioPblicodeterminar,emcadaComarca,aformadefiscalizao da aplicao dos incentivos fiscais referidos no art. 260 desta Lei. Pargrafo nico.O descumprimento do disposto nos arts. 260-G e 260-I sujeitar osinfratoresaresponderporaojudicialpropostapeloMinistrioPblico,quepoderatuar de ofcio, a requerimento ou representao de qualquer cidado. Art.260-K.ASecretariadeDireitosHumanosdaPresidnciadaRepblica(SDH/PR)encaminharSecretariadaReceitaFederaldoBrasil,at31deoutubrodecadaano,arquivoeletrnicocontendoarelaoatualizadadosFundosdosDireitos da Criana e do Adolescente nacional, distrital, estaduais e municipais, comaindicaodosrespectivosnmerosdeinscrionoCNPJedascontasbancriasespecficas mantidas em instituies financeiras pblicas, destinadas exclusivamentea gerir os recursos dos Fundos. Art.260-L.ASecretariadaReceitaFederaldoBrasilexpedirasinstruesnecessrias aplicao do disposto nos arts. 260 a 260-K. Art.88.Opargrafonicodoart.3odaLeino12.213,de20dejaneirode2010,passaavigorarcomaseguinte redao: Art. 3o.......................................................................... Pargrafonico.Adeduoaqueserefereocaputdesteartigonopoderultrapassar 1% (um por cento) do imposto devido. (NR) Art. 89.(VETADO). Art. 90.Esta Lei entra em vigor aps decorridos 90 (noventa) dias de sua publicao oficial.Braslia, 18 de janeiro de 2012; 191o da Independncia e 124o da Repblica. DILMA ROUSSEFFJos Eduardo CardozoGuido MantegaAlexandre Rocha Santos PadilhaMiriam BelchiorMaria do Rosrio NunesEste texto no substitui o publicado no DOU de 19.1.2012 retificado em 20.1.2012 03/08/2015 L12594http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm 24/24