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Diretor - Presidente: Pietro Domenico Petraglia Ano 12 Nº85 Rio de Janeiro, junho de 2005 Diretor: Julio Vanni A MAIOR MÍDIA DA COMUNIDADE ÍTALO-BRASILEIRA La forza dell’Italia al Sud Descendentes de italianos unem tradição e tecnologia na produção de vinhos na Serra Gaúcha ISSN 1676-3220 R$ 4,50 A alta temporada da Itália brasileira Referendum 2005: italiani all’estero votano per la seconda volta

La forza dell’Italia al Sudtaram por conta própria, em Niterói, a Maveroy, uma fábrica de frigorífi cos que em 1955 produziu a Kelvinator, a primeira geladeira brasileira. Ernane

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Page 1: La forza dell’Italia al Sudtaram por conta própria, em Niterói, a Maveroy, uma fábrica de frigorífi cos que em 1955 produziu a Kelvinator, a primeira geladeira brasileira. Ernane

www.comunitaitaliana.com.br

Diretor - Presidente: Pietro Domenico Petraglia Ano 12 Nº85 Rio de Janeiro, junho de 2005 Diretor: Julio Vanni

A M A I O R M Í D I A D A C O M U N I D A D E Í T A L O - B R A S I L E I R A

La forza dell’Italia al SudDescendentes de italianos unem tradição e tecnologia na produção de vinhos na Serra Gaúcha

ISS

N 1

676-

3220

R$

4,50

A alta temporada da Itália brasileira

Referendum 2005: italiani all’estero votano per la seconda volta

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EDITORIAL

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR:Pietro Domenico Petraglia

(RJ23820JP)

DIRETOR:Julio Cezar Vanni

VICE-DIRETOR EXECUTIVO:Adroaldo Garani

PUBLICAÇÃO MENSAL E PRODUÇÃO:Editora Comunità Ltda.

TIRAGEM:30.000 exemplares

ESTA EDIÇÃO FOI CONCLUÍDA EM:27/05/2005 às 17:30h

DISTRIBUIÇÃO:Rio de Janeiro, Espírito Santo,

Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Minas Gerais, Amazonas, São Paulo

REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO:Rua Marquês de Caxias, 31

Centro – Niterói – RJ – BrasilCEP: 24030-050

Tel/Fax: (21) 2722-0181 /(21) 2719-1468

E-MAIL:[email protected]

REDAÇÃO:Andressa Camargo, Gisele Maia,

Luciana Bezerra dos Santos e Nayra Garofl e

REVISÃO / TRADUÇÃODavi Raposo, Cristiana Cocco

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:Alberto Carvalho

FOTO DE CAPAGilmar Gomes

COLABORADORES:Franco Vicenzotti – Braz Maiolino

– Lan – Giuseppe D’Angelo (in memoriam) – Pietro Polizzo

– Giovanni Crisafulli – Venceslao Soligo – Marco Lucchesi –

Luca Martucci – Domenico De Masi – Franco Urani – Francesco Alberoni – Giovanni Meo Zilio - Guido Sonino

- Fernanda Maranesi

CORRESPONDENTES:Ana Paula Torres (Roma)Guilherme Aquino (Milão)

Comunità Italiana está aberto às contribuições e pesquisas de estudiosos

brasileiros, italianos e estrangeiros. Os artigos assinados são de inteira

responsabilidade de seus autores, sendo assim, não refl etem, necessariamente, as opiniões e conceitos da Revista.

La rivista Comunità Italiana è aperta ai contributi e alle ricerche di studiosi ed esperti brasiliani, italiani e estranieri. I collaboratori esprimono, nella massima

libertà, personali opinioni che non rifl ettono necessariamente il pensiero

della direzione.

ISSN 1676-3220

Filiato all’Associazione

Stampa Italiana in Brasile

FUNDADO EM MARÇO DE 1994

Em menos de 15 dias, o Rio de Janei-ro recebeu o presidente da Câmara dos Deputados Pier Ferdinando Ca-sini, o senador da Margherita Fran-

co Danieli, o ex-primiê Massimo D’Alema e, pela primeira vez, o ministro para os ita-lianos no mundo Mirko Tremaglia, entre outros senadores, deputados e representantes de ministérios.

Casini veio para a reunião de cúpula internacional democrata-cristã. Já Danieli veio em campanha para as próximas eleições dos italianos no exterior. D’Alema, líder de uma delegação de 11 europarla-mentares, foi recebido pelo presidente e amigo Lula, que assumiu compromisso de retomar rapidamen-te as negociações com a Europa; e o ministro Tremaglia estará no palco do evento em homenagem ao dia da República, no Rio de Janeiro.

É notório o avanço nas relações diplomáticas italianas no Rio após a entrada do novo cônsul geral Ernesto Massimino Bellelli, que assumiu o cargo no fi nal do ano passado. Com a presença marcante do embaixador Michele Valensise nos mais importantes eventos organizados por Bellelli, o Rio de Janeiro volta a assumir posição de destaque, servindo de cenário para fechamento de acordos bi-laterias, partici-pação italiana em feiras e importantes visitas. O diplomata também vem tendo melhores resultados nas relações com o Governo do Estado e com o município do Rio. Para coroar esses pouco mais de sete meses de trabalho, Bellelli organiza uma festa popular fechando duas das principais ruas do centro da cidade.

Na segunda-feira, dia 9 de maio, fui recebido pelo ex-presidente e atual (não se sabe até quando) em-

baixador do Brasil em Roma, Itamar Franco. O que era para ser uma entrevista exclusiva, previamente agenda-da com o seu assessor e ministro plenipotenciário Zenit, tornou-se uma visita ofi cial por solicitação de Itamar. “Você sabe que não tenho falado com jornalistas, mas fi z questão de recebê-lo em nossa Embaixada”.

Fiquei lisonjeado pela distinção, mas frustrado por estar certo de que teríamos uma boa entrevista.

Sabemos da importância de uma sede diplomática em Roma, não só capital histórica e cultural da humani-dade, fundamental para as relações comerciais entre o maior mercado sul-americano e a sexta potência econômica mundial. Durante quase duas horas, conver-samos sobre sua ascendência italiana, sua posição como embaixador, o atual cenário político italiano, a importância da imprensa italiana no Brasil e sobre o seqüestro do cidadão brasileiro no Iraque.

Para tentar solucionar o caso do engenheiro João José de Vasconcellos Júnior, Itamar Franco sugeriu ao Governo brasileiro que as negociações fossem conduzidas pelo Ministério das Relações Exteriores italiano. “O Brasil não tem representação diplomática no Iraque, já os italianos têm, além da ampla ex-periência de sucesso nas diversas ocasiões em que foram exigidos”, afi rma Itamar.

Chamado por todos os funcionário do Palazzo Doria Pamphilli de Presidente Itamar, ele queixou-se du-ramente: “O governo brasileiro não deu atenção ao meu pedido, o que é uma lástima. O caso está até hoje sem solução”. Itamar revela que não pode mais interferir por ser amigo da família do engenheiro, que é de Juiz de Fora (MG), sua terra natal. “A família do seqüestrado me ligou diversas vezes, mas não pude fazer nada diante da negativa do governo e visto a situação delicada de também ser amigo dos familiares”.

Mostrando-se um embaixador tímido e de posições claras, Itamar diz que uma publicação como a Comunità Italiana é de fundamental importância para as relações bilaterais. “Seria importante divulgar-se informações de interesse do governo brasileiro, como o turismo, através desta bela revista”.

O embaixador lembrou-se emocionado da falecida mãe, que se chamava Itália, e disse ter orgulho de suas raízes italianas. “Meus antepassados, de parte materna, eram de Padulla, província de Salerno”.

Itamar Franco, que já está de volta ao Brasil, disse, então, que esta viagem serviria também para de-cidir sua vida junto ao governo, buscando novas diretrizes. Destacando o trabalho na área cultural, ci-tou duas mostras na Embaixada sobre o Barroco mineiro. Coincidência ou saudade da terrinha?

Nesta edição, chamamos atenção para a reportagem sobre o Referendum, que se realizará em mea-dos de junho. Essa será segunda vez que os italianos no exterior serão chamados às urnas para de-

cidirem questões italianas. Neste caso, um quesito importante e polêmico como você poderá observar na esclarecedora matéria.

Boa Leitura!

O Rio de Janeiro continua lindo

Pietro Petraglia e Itamar Franco

Entretenimento com cultura e informação

Julio Vanni

COSE NOSTRE

DELEGAÇÃO DA CIM NO BRASIL

Em viagem pela América do Sul, este-ve no Rio de Janeiro, no dia 20 de

maio, uma delegação da Confederação Mundial dos Italianos no Exterior. Guia-da pelo seu presidente, Angelo Solazzo, a comitiva esteve reunida com o cônsul Massimo Bellelli e com os delegados da CIM no Brasil.

A visita serviu para anunciar o con-gresso da entidade internacional que será realizado em novembro nos Estados Uni-dos e para o início da implementação de importante projeto voltado para empresas da área agroalimentar e de artesanato.

Segundo Solazzo, o projeto “NetM@king-costruire integrazioni a sostegno dell’internazionalizzazione delle PMI artigiane e agroalimentare del Mezzogiorno” é realizado com o patrocínio do Ministério da Instrução da Universidade e da Pesquisa italiano. “Consiste em desenvolver intercâmbio de knowhow entre produtores da Argentina, Brasil, EUA, Ca-nadá e Austrália e regiões do Sul da Itália. Essas empresas também poderiam dar maior visibilidade a seus produtos nos diversos países participantes”, afi rmou Solazzo.

Antes de partirem para São Paulo, onde se encontrariam com o cônsul Gianluca Cor-tese e com o empresário Mario Garnero, Angelo Solazzo e o engenheiro Raffaello Gra-zzini foram recebidos pelo deputado estadual Adroaldo Peixoto Garani, que ofereceu homenagem da Assembléia Legislativa, em reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela Cim no Estado.

FRANCO DANIELI: MAIS ATENÇÃO AOS PATRÍCIOS

Em visita a América Latina, o senador Franco Daniele esteve no Consulado da Itália no dia

12 de maio, quando teve oportunidade de diri-gir-se a jornalistas e líderes das entidades íta-lo-brasileiras do Rio de Janeiro. Em São Paulo, o senador falando em nome da coligação Mar-gherita-L’Unione, também foi incisivo em seus pronunciamentos, deixando bem claro a sua sa-tisfação pela recente vitória da centro-esquerda em 90% das regiões italianas.

Segundo o senador Danieli, a responsabili-dade está agora em não decepcionar o eleitora-do italiano “desgastado com um governo que muito prometeu e nada cumpriu”.

Falando sobre as preocupações do seu partido com os italianos no exterior, Danieli foi enfático ao se opor aos programas elaborados somente por Roma, mas que eles sejam identifi cados com as realidades dos italianos que, como no Brasil, podem e devem manifestar-se através das Associa-ções existentes. “O programa da nossa coligação deve ser um mosaico composto com as contribui-ções de nossos patrícios que vivem em cada país do mundo”, acrescentou.

Quanto ao mercado europeu, Danieli é a favor de uma Europa unida economicamente. “Isso faz parte do programa da coligação centro-esquerda. Com isso, se pode pensar em uma composição séria com o Mercosul”, acrescentou.

Falando sobre a revista Comunità Italiana, o senador Danieli disse recebê-la com freqüência em Roma e a elogiou como uma das melhores publicações italianas no exterior.

BOLSE ‘OLLA’ PER BRASILIANI

Oito jovens brasileiros foram contem-plados com as bolsas de formação

profi ssional “Mario Olla”, que lhes propor-cionaram, ao longo de 90 dias, a aprendi-zagem das tradicionais técnicas italianas no trabalho artístico com mármore, cerâ-mica, restauração arquitetônica, informá-tica, organização turística, artesanato em couro, bolsas e acessórios etc.

150 ANOS DE GIOVANNI PASCOLI

Giovanni Pascoli, um dos dez mais notá-veis poetas da Itália de todos os tem-

pos, está sendo homenageado pela Comune de Barga, na Toscana pelos seus 150 anos de nascimento. Depois de peregrinar pela Itália e fi car famoso, Pascoli fi xou-se defi nitiva-mente, nas proximidades de Barga. A locali-dade em que viveu e morreu tem, hoje, o seu nome e a sua mansão foi transformada em museu conhecido como a Casa di Pascoli.

DANTE ALIGHIERI HOMENAGEIA PADRE ITALIANO

A Sociedade Dante Alighieri de Nova Friburgo homenageou o padre italiano Fernando Sperzani, nascido em Piacenza e que há mais de 40 anos é radicado na cidade. Antônio Vitiello,

presidente da Academia Friburguense de Letras publicou importante monografi a sobre a vida do homenageado enaltecendo a obra da Igreja de São Francisco de Assis, por ele realizada. Embora goze boa saúde, padre Speranzi se acha afastado das atividades clericais. (Luiz C. Striotto)

REGIÃO TOSCANA INVESTE NO EXTERIOR

A Região Toscana aplica, no corrente ano, cer-ca de 720 mil euros na sustentação cultural

das associações toscanas e aderentes existentes no exterior, sendo 54 por cento para os programas culturais destinados aos jovens.

ITALIANA A PRIMEIRA GELADEIRA DO BRASIL

Um sorriso de auto estima anima os italianos de Niterói. Além da cidade possuir mais de 6

mil famílias de origem peninsular, ter abrigado a primeira fábrica de fósforo da América do Sul, a Fiat Lux, hoje, no Paraná, ser sede do único Clu-be Italiano do Brasil, editar a revista Comunità Italiana, Niterói abrigou, no ano de 1955, a pri-meira fábrica de frigorífi cos de uso doméstico da América do Sul.Tudo começou em 1945 quando os italianos Giu-liano Gibelli e Ugo Rossi foram convidados perlo governo brasileiro para construir armazéns fri-gorífi cos em diferentes pontos do país. Com o apoio ofi cial, eles trouxeram da Itália diversos equipamentos, inclusive alguns furgões frigorífí-cos. Com a morte de Getúlio Vargas, em 1954, o programa foi desativado. Abandonados e sem ou-tra alternativa, Gibelli e Rossi resolveram fi car no Brasil e com o equipamento que trouxeram, mon-taram por conta própria, em Niterói, a Maveroy, uma fábrica de frigorífi cos que em 1955 produziu a Kelvinator, a primeira geladeira brasileira.

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O deputado Adroaldo Peixoto Garani entrega homenagem da Alerj a Angelo Solazzo, ao lado de Corrado Bosco e de Raffaello Grazzini

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MISSIONE COMPIUTA

Scelto come Papa nel 1978, Karol Wotjyla è stato il primo pontefi ce non italiano in 456

anni. Ha scelto il nome Giovanni Paolo II in omaggio al Papa che l’aveva preceduto e che era rimasto solo 33 giorni nell’incarico. Nato a Wa-dowice, in Polonia, il 18 maggio 1920, Wotjyla è morto il 2 aprile 2005. Il suo pontifi cato è stato il più lungo del sec. XX.

La sua storia è stata segnata da una tra-gedia familiare. Quando stava per compiere 9 anni, è rimasto orfano di madre. Due anni più tardi ha perso il fratello e qualche settimana prima di compiere 22 anni, il padre. Allora Wotjyla non pensava di diventare sacerdote. Faceva l’università a Cracovia ed era un entu-siasta di teatro, partecipava a pièce e scriveva poesie. La vocazione sacerdotale è emersa subi-to dopo l’invasione della Polonia da parte delle truppe di Hitler.

Wotjyla ha iniziato la sua strada in un se-minario clandestino. Nel 1946 è stato ordinato sacerdote. A 38 anni era già vescovo e a 47 è diventato uno dei più giovani cardinali del mon-do. Il suo pontifi cato è iniziato quando aveva 58 anni.

Giovanni Paolo II parlava 11 lingue ed è stato il primo Papa a visitare una sinagoga a Roma. Ha stimolato il dialogo con le altre dot-trine, cristiane e non. Ossia, lascia un’eredità di insegnamenti. Con la notizia della gravità del suo stato di salute il mondo si è fermato. Cat-tolici e non hanno accompagnato le sofferenze di Giovanni Paolo II, che sono durate giorni. Quando ne è stata annunciata la morte, circa tre milioni di fedeli si sono recati in Vaticano per dare l’ultimo addio al Papa.

Secondo il Cardinale Dom Eugênio de Araùjo Sales, dell’Archidiocesi di Rio de Janeiro, “Gio-vanni Paolo II è morto, ma vive negli insegna-menti che ha lasciato ai fedeli. Benedetto XVI, fortunatamente eletto, sarà una garanzia di con-tinuità della straordinaria missione pastorale di Papa Giovanni Paolo II.”

Mondo

Mi sono state chieste informazioni sui criteri che regolano la concessione o il riconoscimento della cittadinanza italiana. Ec-

co una sintesi.Oggi in Italia la cittadinanza é disciplinata dalla Legge 5 feb-

braio 1992. n.91. Alla stregua della disciplina vigente la cittadinanza si acquista:1) Per ius sanguinis, ovvero per nascita di madre (a partire dal 1 gennaio 1948) o padre italiani anche in caso di nascita avvenuta all`estero.2) Per ius soli il fi glio di genitori apolidi o ignoti nati nel território della Repubblica.3) Per iuris communicatio, lo straniero o l`apolide che contrae ma-trimonio con un cittadino o una cittadina italiana acquista, a sua vol-ta, la cittadinanza se residente da almeno 6 mesi in Italia ovvero se il matrimonio continua, senza scioglimento, annullamento o separazione personale, per almeno tre anni. Questo per evitare la celebrazione di matrimoni di comodo, ossia una simulazione di matrimonio ex art.123 del Codice Civile.4) Per naturalizzazione, puó essere concessa con un Decreto del Presidente della Repubblica (DPR) allo straniero che risiede in Italia da un certo numero di anni (3 anni se cittadino comunitario: 10 se extracomunitario)

Un altro argomento di interesse generale (tocchiamo ferro!) é la parte del Diritto di Famiglia che regola la successione quando il deces-so del connazionale avviene all`estero. Quale legge si applica? Allora parliamone brevemente.

SUCCESSIONE MORTIS CAUSA (ARTT.46-50 L.218/95)

Il criterio individuato dall`art.46 é rappresentato dalla legge nazio-nale del de cuius al tempo della morte, indipendentemente dal luogo in cui si trovano i beni dell`asse ereditario. In questo modo viene assicurata la realizzazione del principio di unitá della successione, la quale viene regolata da una unica legge.

[email protected] con l’Avvocato Giuseppe Fusco

Tuttavia la legge permette alla persona di sottoporre la successione alle legge dello Stato in cui risiede (cosiddetta professio iuris) con queste limitazioni:1) scelta espressa in forma di testamento;2) la scelta puó cadere solo sulla legge dello Stato di residenza della persona al momento della redazione del testamento;3) é inaffi cace se al momento della morte, il testatore non risiedeva piú in tale Stato;4) inoltre, nell`ipotesi di successioni di un cittadino italiano, la scel-ta non puó pregiudicare i diritti che la legge attribuisce ai legittimari residenti in Italia al momento della morte del testatore.La norma ha lo scopo di evitare la diseredazione attraverso l`acquisto di una residenza all`estero. Inoltre il limite é posto a vantaggio dei soli legittimatari resi-denti in Italia, i quali potrebbero anche non essere cittadini italiani.

Per concludere una breve nota sulla successione legittima.Dove si apre? Nel luogo dell`ultimo domicilio del defunto.Quando si applica la succesione legittima? Quando manca il te-

stamento. (Se ci fosse um testamento si chiamerebbe successione testamentaria).

Chi sono gli eredi legittimi? L`art.565 del Códice Civile (italiano) cosi li elenca nell`ordine: i fi gli legittimi e naturali, fratelli e sorelle, i genitori e altri discendenti legittimi, il coniuge, gli altri parenti entro il sesto grado, e, in ultima analisi, lo Stato.

E i fi gli?I fi gli legittimi, nati in costanza di matrimonio, sono, in línea di

massima, equiparati ai fi gli naturali, purché riconosciuti volontariamen-te daí genitori o dichiarati giudizialmente tali.

Succedono al padre e alla madre in parti uguali, con una sola diffe-renza: i fi gli legittimi hanno il diritto di commutare la quota di beni, mobili e immobili, spettante ai fi gli naturali nel corrispondente valore in denaro.

Lo stato di fi glio legittimo é acquistato direttamente dal fi glio adot-tivo in forza della legge di adozione legittimante, ai sensi degli artt. 6 e segg.della Legge 4 maggio 1983, n.184: egli non é qui equiparato ad un fi glio legittimo, ma risulta tale a tutti gli effetti.

Dopo la morte di Giovanni Paolo II, il mondo si è fermato per accompagna-re la scelta del successore di Karol Wotjyla. I 115 cardinali che si sono

riuniti nella Cappella Sistina hanno eletto con quattro votazioni il tedesco Joseph Ratzinger, conosciuto adesso come Papa Benedetto XVI. È stato il primo conclave del 21° secolo ed è durato meno di due giorni.

Braccio destro del suo antecessore, Bene-detto XVI, 78 anni, è il 265° Papa della sto-ria della Chiesa Cattolica. Nel suo primo mes-saggio pubblico, Ratzinger ha detto di aver sentito la presenza di Giovanni Paolo II. “Ho l’impressione di sentire la sua mano forte che stringe la mia; mi sembra di vedere i suoi oc-chi sorridenti e di udire le sue parole, special-mente dirette a me in questo momento: “Non avere paura!”, ha rivelato.

Figlio di un commissario di polizia, Ra-tzinger è nato a Marktl, in Baviera, il 16 aprile 1927. Ha fatto parte di un’unità an-tiaerea dell’esercito nazista tedesco durante la Seconda Guerra Mondiale. Nel 1945 ha di-sertato l’esercito ed è stato fatto prigionie-ro dai soldati americani. Dopo essere stato liberato, è tornato in seminario e ha conti-nuato i suoi studi di teologia. Dopo essere stato ordinato sacerdote, designato vescovo di Monaco e in seguito nominato cardina-le da Papa Paolo VI, è diventato presiden-te della Congregazione per la Dottrina della Fede, per il quale incarico è stato riconfer-mato altre due volte da Papa Giovanni Paolo II, cosa poco comune. Nel 1996 Wotjyla ha determinato la sua permanenza nell’incarico come leader della Congregazione a tempo indeterminato.

Difensore dei più conservatori dogmi della Chiesa Cattolica, Benedetto XVI ha condanna-to il matrimonio tra omosessuali e critica il femminismo. Il giornale italiano Corriere della Sera l’ha defi nito ‘L’uomo del no’. “Nella bontà viene inclusa anche la capacità di dire no”, ha detto il nuovo Papa.

CONSERVATORISMO PUÒ CARATTERIZZARE IL NUOVO PONTIFICATO

Presidente del Collegio Cardinalizio, l’allora car-dinale Joseph Ratzinger ha fatto una richiesta durante la messa prima del conclave: che fosse eletto un Papa capace di difendere la Chiesa Cattolica da minacce come questa: “la dittatura del relativismo, che non riconosce niente come defi nitivo, eccetto i propri desideri egocentrici e che, per molti, è l’unica attitudine accettabi-le ai giorni nostri”. Ha combattuto il marxismo, il liberalismo, il libertinaggio, il collettivismo, l’individualismo radicale, l’ateismo, le sette e il “vago misticismo religioso”. “Il mondo ha biso-gno di un nuovo pastore che ci guidi verso la conoscenza di Cristo, il suo amore, la vera feli-cità”, ha detto Ratzinger.

Il cardinale ha perseguitato i progressisti del movimento Teologia della Liberazione, na-ta in America Latina negli anni ’60. Ratzinger reputava le idee di questi cristiani di sinistra - che difendevano, tra le altre cose, la rifor-ma agraria -, come marxiste e ha punito molti sacerdoti, tra cui anche il brasiliano Leonardo Boff, suo ex allievo di teologia, a cui è stato proibito di parlare e scrivere su questo tema.

Leonardo Boff, che oggigiorno tiene con-ferenze e lezioni in tutto il mondo, è dottore honoris causa in Politica presso l’Università di Torino e in Teologia presso l’Università di Lund, in Svizzera. Boff, che è stato interro-gato da Ratzinger seduto sulla stessa sedia su cui sono stati giudicati Giordano Bruno e Gali-leo Galilei durante l’Inquisizione, lo defi nisce un fondamentalista.

Secondo l’arcivescovo emerito dell’Archidio-cesi di Rio de Janeiro, il Cardinale Don Eugênio de Araùjo Sales, il nuovo Papa è un degno suc-cessore di Giovanni Paolo II. “Con la sua infalli-bile fedeltà a Cristo, dimostrata nel suo così si-gnifi cativo servizio prestato alla Chiesa e la sua profonda spiritualità, saprà condurre la Chiesa di Cristo internamente e nella grande missione che rappresenta per l’Umanità.

Ratzinger: prima di tutto tradizionalismoNayra Garofle

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Nise

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ilveir

al 2005 è l’anno in cui si commemora in tutto il mondo il centenario della nascita della Dra. Nise da Silveira. Indicata per il Premio Nobel per la Pace, ha rivolu-zionato la psichiatria dentro e fuori dal Brasile. La sua forte personalità oggi viene fuori con maggiore intensità come dimostrano le recenti esposizioni in Brasile, in Francia e in Italia, oltre al libro Viaggio a

Firenze (Rocco, 2003) in seno a tante manifestazioni nel campo di un rinnovato umanismo.

L’intervista che segue è stata realizzata con Walter Melo, che ha sostenuto una brillante tesi di dottorato in Psicologia presso la UERJ ed è specializzato nelle opere di Nise da Silveira.

Marco Lucchesi – Qual è l’importanza dei concetti di Unità e Totalità nelle opere della Dra. Nise da Silveira? Walter Melo – Penso sia di importanza capitale. Nise non si è mai allontanata dal sentimento oceanico. Prima ha cercato di navigare attraverso questi mari impervi e belli. Alla ricerca di superfi cie e di profondità. Come in Jung, Artaud e Spinosa, c’è l’idea, la logica, la traversata del Senso. Per Nise, l’Unità non era solo un progetto intellettuale – dalle diffi cili conseguenze -, ma il cuore del princi-pium individuationis, il compito di una vita intera. La totalità come orizzonte è ciò che riprendo dalle Cartas a Spinoza e da Imagens do inconscient. L’unità come espressione. Ricordo Jacob Böhme e i rag-gi del Sole. E anche Carlos Pertuis, con il Planetario di Dio e la sua misteriosa Barca. La natura naturans e la natura naturata dell’ Ética. Ne ho parlato a lungo con Nise. La sua metafi sica era simile a quella di Artaud – nel suo viaggio in Messico – una specie di metafi sica non specializzata o, più precisamente, mitica, come la intendono Eliade e Gusdorff. Ossia: Totalità come promessa, non come punto defi nito e fi nito, come quella praticata dalla Scolastica Decadente o dal Materialismo volgare. Bisogna che sia chiaro che la Totalità era uno strumento di percezione. Appena. E non uno strumento. Una entelechia. Una tendenza metodologica. Questo rappresenterebbe un “metafi sicare” il lavoro scientifi co di Nise da Silveira. Sarebbe tanto assurdo come l’attribuire ad uno studioso del pensiero tomista una difesa intransigente dell’analogia!!!

Un altro aspetto è quello dell’unità, dei multipli fi li di Arianna, delle forze dell’autocura, che superano la condizione di frammenti psichici e annessi, e che lottano per arrivare ad una sintesi (pos-sibile), di un fl usso, di una Coscienza o di un Individuo. Questa fi amma di unità è, fra tutte, la più precaria, la più fragile, la più temuta e la più sperata. Nise conosceva la dimensione temporale – a volte drammatica – di questa attesa. La discesa all’Ade era terribile, ma non la si poteva evitare. Si doveva scendere nell’In-ferno, come Orfeo, alla ricerca di Euridice. O come Artaud, dopo il Pelote. Proprio per questo la questione della geometria appare ripetutamente nel pensiero nisiano (e in quello di Spinoza): per affrontare la frantumazione dell’Ego, o per evitarla, di fronte ad una grave tensione. La geometria alle volte fungeva da riparo, co-me Dante davanti a Dio, o Spinoza pulendo le sue lenti. Questo mi sembra ancora essenziale nella lettura di Nise da Silveira. E potrei riassumere con un antico aforisma latino la sua relazione con la unitotalità dell’energia psichica: totum sed non totaliter. Tutto, ma non totalmente.Lucchesi – Facci un commento sul ruolo della letteratura come visione strutturante in Nise da Silveira.Walter Melo – Secondo Nise da Silveira, la letteratura non si è mai ridotta ad una specie di illustrazione coadiuvante di questa o quella teoria. Come, meno ancora, ha immaginato – compito pericoloso, specialmente quando in mani maldestre – di spiegare il fenomeno letterario come frutto di un sintomo, come fanno alcuni critici letterari, servendosi dell’immenso disprezzo che sentono per Machado de Assis o Dostoievski – per parlare dei più visitati. Al contrario. Nise da Silveira è stata, innanzitutto, una grande lettrice. Non le è mai mancata questa attenzione con i labirinti del testo e le sue molteplici diffi coltà. Di Machado lei percepiva una forma di sentire il mondo. Così come l’esperienza di Beatrice – in Dante – le è servita come analogia per capire aspetti essenziali dello psichismo (e così Platone e Hölderlin, Castro Alves e Camões

diventavano contemporanei di Nise!). Inoltre possiamo osservare quali grandi contributi di Nise sono nati dalla sua formidabile cultura let-teraria. Un esempio? La differenza tra la meta-morfosi e la trasformazione, a partire dall’Asino d’oro di Apuleio. La scoperta essenziale della sua opera, degli stati dell’essere, a partire da una critica di Antonin Artaud. Al contrario della sua epoca, Nise non considerava la letteratura un divertimento di seconda importanza. Non la usa-va neanche per difendere ragioni extraletterarie. Non sequestrava il testo in nome di questa o di quella corrente fi losofi ca. Nise era una lettrice che sentiva il tremendum et fascinans che le grandi opere esigono come attitudine di lettura. Per Nise, in fondo, la letteratura era una forma strutturata per sentire il mondo e a ciò non ha mai rinunciato.Lucchesi – Parlaci del mito della Personalità della Dra. NiseWalter Melo – Chi ha conosciuto Nise da Sil-veira ha sentito il vigore della sua intelligenza, la forza della sua etica, il suo affetto generoso e aperto, la sua rabbia nobile e terribile contro la mediocrità, le mezze parole, quando una sola parola era necessaria. Poi, la sua meravigliosa libertà e immaginazione, la sua irriverenza esemplare e la sua capacità di amare. La sua biografi a era e, ai nostri occhi continua ad essere, di vaste proporzioni. Coincide con la Storia della Psichiatria, di cui lei è stata la mi-gliore protagonista, e con quella del Brasile del sec. XX. Questo è uno dei suoi grandi lasciti. La personalità-Nise. L’intelligenza-Nise. L’etica-Ni-se. Ma bisognerà far sì che il mito sia messo da parte affi nché l’opera-lavoro di Nise da Silveira sia più conosciuta. Non le è mai interessata nessun tipo di agiografi a di se stessa. Bisogna studiarne l’opera, il Brasile non può più aspet-

tare, e il miglior contributo da dare è il riscatto civile di Nise da Silveira. Lei ha pensato il paese, ha desiderato la Rivoluzione. Un’altra strada non esiste. O, se esiste, non è alla sua altezza.Lucchesi – Come viene affrontata la questione della cittadinanza nel pen-siero di Nise da Silveira e in che misura c’è un’opposizione in relazione al progetto del Deputato Paulo Delgado?Walter Melo – Secondo Nise da Silveira, l’idea di cittadinanza coincide con la visione borghese del mondo moderno. I diritti dei cittadini le sembravano co-me avviliti dalla condizione umana, transborghese, quindi universale, e ben più ampia. Queste parole divenivano ancor più diffi cili dopo la Rivoluzione France-se, con le sue parole d’ordine, ripetute ad nauseam. Si trattava di una visione importante, quasi gramsciana – in un certo senso. Mi viene in mente un altro concetto praticato attualmente, come quello del consumatore e dei suoi diritti. L’essere umano considerato consumatore, come attore di una transazione, che esiste come fi gura giuridica è un qualcosa di scomodo, come radice e afferma-zione di unità. Ma è chiaro che i concetti di cittadinanza e consumo attualmen-te acquistano un carattere più ampio, la cui funzione è quella di proteggere le terribili relazioni della selva urbana. Non vedo nessuna contraddizione negli aggettivi all’interno del progetto prospettato da Paulo Delgado. La questione è soltanto nominale. E questo dimostra ancora una volta il rigore scientifi co di Nise da Silveira. Non la parola, ma il concetto. E il fatto che sogniamo tutti la fi ne degli ospedali e una pratica più umana e liberatrice.

Texto original em português traduzido por Cristiana Cocco

SOBRE NISE DA SILVEIRA

“Nise da Silveira iniciou um trabalho revolucionário a partir de seu inconformismo com as práticas psiquiátricas utilizadas na década

de 40, tais como eletrochoque, insulinoterapia, lobotomia, confi namen-to. Criando a Seção de Terapêutica Ocupacional no Centro Psiquiátrico Pedro II (Rio de janeiro), busca fundamentar cientifi camente esta tera-pêutica, conduzindo-a não como mera ocupação ou utilização de mão-de-obra nos serviços hospitalares, como era uso na época, mas procuran-do benefi ciar os indivíduos ali internados com atividades que lhes pos-sibilitassem um meio de expressão e de resgate de sua individualidade.Através desse método, os resultados não demoraram a aparecer: as melhoras clínicas se acentuavam e, dentre as atividades oferecidas, pintura e modela-gem se destacaram, gerando uma grande produção, que ela logo percebeu ser um meio de acesso ao enigmático mundo inter no do esquizofrênico. Surgem imagens inusitadas, temas e símbolos recorrentes que a intrigam. Reunindo essas obras com o objetivo de desenvolver estudos e pesquisas sobre seus signifi cados, funda então, em 1952, o Museu de Imagens do Inconsciente”.

Luiz Carlos Mello, diretor do Museu de Imagens do Inconsciente. Para saber mais sobre Nise da Silveira e o Museu do Inconsciente, acesse www.museuimagensdoinconsciente.org.br

Nise da Silveira ha sentito il vigore della sua intelligenza,

la forza della sua etica, il suo affetto generoso e aperto, la sua rabbia nobile e terribile

contro la mediocrità

Totum sed non totaliter

Marco Lucchesi – Intervista

Óleo sobre tela e eucatex, de

Emygdio de Barros. Museu do

Inconsciente

Cavalo azul, de Emygdio de Barros. Museu do Inconsciente

Escultura Coração fora do peito

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No dia 2 de junho comemora-se o aniver-sário da República italiana e, a exemplo do que ocorre mundo afora, o domingo que precede a data será de festa para

a coletividade no Rio de Janeiro. Duas ruas em pleno centro da cidade estarão fechadas para a passagem de automóveis com o intuito de aco-modar as mais de 10 mil pessoas esperadas e servirão de cenário para uma grande demonstra-ção de italianidade, num evento previsto para começar às 10 da manhã e durar até às nove da noite. Na programação, música e apresentações típicas, standings de empresas italianas e, é cla-ro, muita comida boa. Além de tudo isso, haverá a presença de um ilustre visitante, o Ministro para os Italianos no Exterior Mirko Tramaglia.

O próprio Consulado Geral da Itália no Rio de Janeiro assumiu a tarefa de enviar 20 mil convi-tes, destinados a todos os italianos ou descen-dentes maiores de idade cadastrados no órgão, para que esses convidem suas famílias e amigos. O incremento da divulgação se deu com os car-tazes em bancas de jornal da cidade e outros estabelecimentos comerciais de proprietários italianos. Dois canais da TV aberta se encarrega-rão da cobertura no domingo. Dois comitês, or-ganizativo e administrativo, se responsabiliza-ram pela contratação de produtoras de eventos e pelo contato com patrocinadores, parceiros e colaboradores. Dependendo da participação po-pular, esta fi gurará como a maior celebração de todos os tempos, dos italianos no exterior, pela Festa da República.

O envio dos convites se deu como estratégia de divulgação, mas a fes-

ta não fi cará restrita àqueles que os re-

ceberam. “Todos os que se sen-

tem ligados à Itália, di-

reta ou indiretamente, estão convidados”, enfati-za Ernesto Massimo Bellelli, Cônsul Geral da Itália no Rio. Isso signifi ca que transeuntes e curiosos ocasionais igualmente poderão assistir as apre-sentações dos coros italianos, dos grupos de dan-ça folclórica, os shows de Jerry Adriani e Luciano Bruno; participar do sorteio de brindes e comprar produtos alimentícios, distribuídos nos 18 stan-dings das chamadas “atrações gastronômicas”. Uma boa oportunidade para repor as energias, porque a comemoração do país da pizza vai termi-nar com samba: a bateria da Estação Primeira de Mangueira encerrará a jornada, com previsão para se apresentar às oito da noite.

A idéia do evento aberto à participação po-pular nasceu de uma inquietação do próprio Bel-lelli. “Logo que cheguei no Rio de Janeiro, pedi

a um motorista de táxi para me levar ao Consu-lado e ele não sabia a sua localização. Encontrou o prédio somente depois que dei como referên-cia o Consulado da França, que fi ca ao lado. Vi que havia uma falha de comunicação”, lembra.

A festa da República, então, será ainda uma maneira de dar maior visibilidade à Casa d’Itália – as duas avenidas que estarão fechadas no dia do evento são justamente a Presidente Antonio Carlos e a Presidente Franklin Roosevelt, onde funciona não somente o Consulado, mas também o Instituto Italiano de Cultura e o Comites Rio.

“Esta iniciativa não encontra precedentes. Ja-mais Consulado algum se propôs a reunir tanta

gente. Normalmente, há celebrações para 400 pessoas, em locais fechados. Mas nunca acon-

teceu uma verdadeira festa de rua”, afi rma Francesco Perrota, presidente do Comitê dos Italianos no Exterior (RJ, ES, BA) e também um dos organizadores do evento.

Atualidade

“A idéia é que evento, nos próximos anos, caminhe com as próprias pernas e não depen-da tanto do Consulado, e que se transforme numa verdadeira feira de produtos italianos, com duração de três, quatro dias, o que faci-litaria a vinda de empresas e personalidades da Itália, pois para um dia apenas isso é in-viável”, comenta Bellelli que, pessoalmente, contatou os patrocinadores, sendo eles a TIM, Grupo Comolatti, Papaiz, Telespazio, Antonio Laspro, Café Teichner, Massas Cadore, Comi-tato Emigrazione Italiana, Generali Seguros, ITALAT e Viação Pullman.

A proximidade com o feriado de Corpus Chris-ti, no entanto, pode reduzir o público. Ainda assim, os organizadores se mostram otimistas: “Com o som da nossa festa, em pleno domingo, com o Aterro do Flamengo fechado, muitos serão atraídos. Além disso, tivemos sorte porque dia 29 é Referendum na França, os cidadãos france-ses precisarão vir aqui ao lado votar e, depois, podem se juntar a nós”, comenta Perrota.

Quanto ao ilustre convidado Mirko Tremaglia, o Ministro já esteve na Argentina e o Uruguai, mas nunca pisou em solo brasileiro. A primeira visita ao país será também a primeira Festa da República comemorada fora da Itália, em meio a italianos no exterior.

Comunidade

“Esta iniciativa não encontra precedentes.

Jamais Consulado algum se propôs a reunir tanta gente. Normalmente, há celebrações para 400 pessoas, em locais fechados.

Mas nunca aconteceu uma verdadeira

festa de rua”

Ministro Mirko Tremaglia é esperado no evento que reunirá música, dança e gastronomia italiana

Festa da República italiana poderá reunir mais de dez mil pessoas no Rio de Janeiro

10h00 Abertura do evento

10h30 Apresentação do Coro do Circolo Italiano

11h30 Show de Jerry Adriani

12h30

- Apresentação do Coro do estado do Espírito Santo- Sorteio

14h00Apresentação do Coro “Casa d’Italia” – Nova Friburgo

15h00 Apresentação do Coro Itália ACIB

15h30

- Hinos Nacionais executados pelo Coro Itália ACIB- Cerimônia Ofi cial com a presença das autoridades

16h30Apresentação do Grupo Folclórico “La Zagara” da Catania

17h15 Apresentação do Coro ABITA - Niterói

18h00

- Apresentação do Grupo Folclórico Arcobaleno – Associazione Calabrese di Rio de Janeiro- Sorteio

19h00 Show de Luciano Bruno

20h00Espetáculo de Samba - Estação Primeira de Mangueira

PROGRAMAÇÃO

Gisele Maia

O presidente da Câmara dos Deputados italiana, Pier Ferdinando Casini, disse que o Brasil é “estratégico para a Itá-lia” e a América do Sul em geral merece

“uma grande atenção, porque representa uma mina para nosso país”. As afi rmações foram fei-tas a alguns dos principais empresários italianos atuantes no Brasil durante um encontro organi-zado no dia 18 de maio, no Rio de Janeiro, pelo consulado geral da Itália.

Casini, que permaneceu na cidade carioca mais três dias para participar dos trabalhos da reunião de cúpula internacional democrata-cris-tã, da qual é vice-presidente, foi acolhido por uma platéia heterogênea, que lhe expôs alguns dos principais problemas vividos pela comunida-de italiana no Brasil, além de lembrar o enorme potencial do gigante sul-americano.

Entre outros, discursaram o presidente da Telecom Italia America Latina, Paolo Dal Pino, e o presidente da seguradora Generali do Brasil, Federico Baroglio. Também estavam presentes o embaixador da Itália no Brasil Michele Valensise, o cônsul geral da Itália no Rio Massimo Bellelli, representantes do Comites local, um represen-tante do Cgie e expoentes sindicais.

“Os problemas são sempre os mesmos: as difi culdades de se estruturar, de encontrar re-cursos adequados para sustentar a promoção da Itália no Brasil. Pude notar isso quando encontrei a governadora do Estado do Rio, Rosinha Garotinho, que demonstrou grande atenção pelo nosso país e a vontade de buscar semelhanças entre a região do Rio e as gran-des regiões italianas, com o envolvimento das pequenas e médias empresas”, disse Casini. O presidente da Câmara italiana declarou estar “convencido de que o Brasil é um grande país e a presença de tantas empresas italianas aqui hoje é prova disso, mesmo se talvez somen-te as grandes tenham uma maior capacidade de inserção em relação às pequenas e média empresas, que, ao contrário, devem enfrentar difi culdades superiores”.

Entre os problemas existentes, segundo Ca-sini, há também a ausência dos grandes bancos italianos na América do Sul, “que eram pon-

Casini: Brasil é estratégico para a Itália

tos de referência tanto para nossos cidadãos quanto para aqueles ligados de alguma forma à Itália. Ainda que o sistema bancário espa-nhol tenha investido pesado no Brasil, também pagou caro pelas conseqüências das crise da América do Sul”.

Para Casini, a América Latina ainda está numa “fase de reestruturação. O Chile é um ca-so a parte, um país capaz de caminhar com as próprias pernas e é um apêndice da Europa na América do Sul. Para os demais países o quadro é bastante difícil”.

Isso não quer dizer que outras questões não sejam prioritárias, pois corre-se o risco de “es-quecer a América do Sul” mais uma vez. “Para os italianos há as prioridades da Europa, depois as do sul e leste europeu e do Mediterrâneo. Enfi m, há os problemas provocados pela China,

cuja economia está disposta a invadir tanto a Europa quanto a América do Sul. Mas seria um erro esquecer da América do Sul, que merece uma grande atenção, visto que para nós o Brasil é estratégico.

Novidades signifi cativas podem então surgir, segundo Casini, com a entrada em vigor da lei sobre o voto no exterior. “Esperamos que este instrumento se revele vencedor também em re-lação ao perfi l de responder à grande questão da participação dos italianos no exterior. Uma lei, que permitirá o voto de todos os italianos, que não foi feita por nenhum país e que pelas suas características de abertura e disponibilida-de acredito que não exista igual no mundo. Por isso, espero que esse primeiro encontro possa estar também à altura do empenho que o legis-lador teve”, completou Casini. (Ansa)

Valensise mostra a Comunità ao presidente da Câmara dos Deputados

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Casini entre o embaixador Valensise e o cônsul Bellelli

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Atualidade

Si è tenuta a Rio de Janeiro dal 26 al 29 aprile scorsi la LAAD 2005, la principa-le manifestazione fi eristica dei sistemi di difesa e dell’aerospazio. L’Italia, oltre alla

partecipazione del Ministero della Difesa e del-l’associazione di categoria AIAD, è stata presente con 12 industrie. Organizzata dall’Istituto Com-mercio con l’Estero-ICE, l’ambasciata e il conso-lato d’Italia di Rio de Janeiro, la partecipazione italiana ha suscitato l’ammirazione e l’interesse del settore brasiliano e del ministro della difesa e vice-presidente del Brasile José Alencar, che ha visitato un solo padiglione, quello italiano.

Approfi ttando della presenza al LAAD del con-trammiraglio Onofrio Flagiello del Ministero della Marina, gli abbiamo rivolto questa intervista.Comunità Italiana - Quali sono, Ammira-glio, gli obiettivi della presenza italiana del settore della difesa alla Mostra LAAD nel Rio-Centro?Onofrio Flagiello - Come in tutte le manifesta-zioni di queste dimensioni la presenza dell’indu-stria italiana a questa mostra è importante per-ché vuole dare il messaggio chiaro del “sistema paese”, da qualche anno in Italia si sta cercando di aggregare le parti politica e tecnica delle for-ze armate e la parte industriale. La LAAD ci da questa grande opportunità perché sempre più, già nel 2003 ed ora nel 2005, vede sotto l’om-brello della Finmeccanica, la holding italiana che racchiude le maggiori industrie della difesa, settori dell’elettronica, dell’avionica, satellitare.CI - Perché questo è importante?Flagiello - In questi ultimi 10 anni, l’indu-stria italiana del settore della difesa ha cer-cato di trovare delle sinergie all’interno della stessa compagine del mercato internazionale

per competere con i grandi agglomerati, i gi-ganti americani, europei. Fino a 10 anni fa, la nostra industria era frammentaria, via via la Finmeccanica ha fatto questa vastissima ope-razione chirurgica, ha costretto a nazionalizza-re le risorse, a diminuire le spese a cercare di ottimizzare il tutto. Fino a poco tempo fa ve-devamo che in vari settori c’erano industrie di dimensioni poco più che singole, che produce-vano cose similari, cercando di guadagnarsi il mercato interno, facendosi concorrenza. Quan-do la domanda delle Forze Armate si è differen-ziata ed è aumentata, hanno cercato di aggre-garsi e a competere nel mercato mondiale.

La nostra industria della difesa utilizzando il supporto politico e istituzionale cerca di affer-marci nel mercato internazionale e vendere pro-dotti di qualità a prezzi competitivi. Chiaramente per far questo in un contesto brasiliano dobbiamo cercare le possibilità anche di cooperazione con l’industria locale, anziché vendere solo prodotti cercare la possibilità di joint ventures.CI - In che posizione è l’Italia nel contesto europeo?Flagiello - Ci sono grossi cambiamenti, dei pro-cessi che vedono sempre più la nascita di una Eu-ropa unita, quindi l’integrazione delle forze arma-te delle singole nazioni europee, sta per nascere l’industria europea della difesa, già è quasi una realtà e ci sarà anche la possibilità di avere uno Stato Maggiore Europeo, ispirandosi ai criteri del-la NATO, ma con criteri molto più fl essibili.CI - E in Sud America?Flagiello - In una realtà come questa in Su-damerica, le cercano di trovare possibilità di mercato, dal punto di vista operativo. Il Brasi-le, che è paese nostro amico, cerca di migliora-

re l’assetto addestrativo delle sue Forze Arma-te a tutti i livelli. Uno dei nostri interessi ora, sia della Marina che dell’Aeronautica, è quello di addestrare piloti brasiliani, questo, ovvia-mente, in una cornice di grande amicizia per poter cooperare con l’Embraer (Impresa Brasi-liana dell’Aeronautica).

“IL BRASILE È UN PAESE IN CRESCITA”CI DICE A SUA VOLTA L’AMBASCIATORE D’ITALIA VALENSISE

“In questo processo di crescita - spiega Valen-sise - è naturale, come ci ha confermato poco fa il vice-presidente e ministro della difesa Jo-sé Alencar, che il governo brasiliano guardi con attenzione alle esigenze delle sue Forze Armate che è coerente con il disegno generale di cre-scita del sistema brasiliano. È per corrispondere a questa esigenza che l’Italia ha portato qui i pezzi migliori di quello che è la sua produzione, abbiamo dei prodotti che potrebbero essere svi-luppati assieme al Brasile”.

All’ambasciatore italiano chiediamo poi del-l’importanza che ha il Brasile come porta di en-trata nel mercato sudamericano.

“Noi consideriamo il Brasile non solo impor-tante in se per le sue potenzialità, ma anche sulla scala regionale. Quindi abbiamo delle col-laborazioni, delle realtà di successo italo-brasi-liane, che si realizzano qui a favore di mercati terzi della regione latino-americana, per esem-pio i prodotti che vanno a fi nire in Venezuela, a Santo Domingo. I brasiliani sono molto proiet-tati nel mondo delle esportazioni dei loro pro-dotti congiunti che vanno a fi nire in altri paesi e quindi c’è spazio per lavorare bene insieme” – risponde Valensise.

Venceslao Soligo / Gisele MaiaIl vice-presidente e ministro della Difesa, Jose Serra, cumprimenta l’ambasciatore Michele Valensise, acompagnato del console generale Massimo Bellelli

Il gruppo italiano alla fiera LAAD 2005

Il contrammiraglio Onofrio Flagiello

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“Grazie alla cooperazione industriale del Brasile, abbiamo la possibilità di fabbricare a prezzi inferiori rispetto a quelli europei”Riportiamo di seguito l’intervista realizzata al vice-presidente di Marketing ed affari della Finmeccanica, Antonio de Vicariis.

CI - Cosa fa la Finmeccanica?Antonio de Vicaris - La Finmeccanica, è diventata un gruppo industriale di rile-vanza nel panorama italiano, con un giro di affari di circa 10 miliardi di euro ed è in prima fi la nel settore dell’alta tecno-logia. Opera inoltre nei settori militare e civile: satelliti, servizi annessi, aero-plani, elicotteri, sistemi per il controllo tattico aereo, sistemi di elettronica per la difesa. Tutti sono basati su una solida e sicura rete di comunicazione.

Non bisogna dimenticare gli inte-ressi e le attività civili: l’Ansaldo-Breda, l’Ansaldo trasporti, l’Ansaldo Sigma, e l’Ansaldo energia. I primi tre producono sistemi per il trasporto ferroviario urba-no. In più, ricordo la società ELSA, che lavora nel settore dell’informatica ed è trasversale per la “information tecnolo-gy”, la Selenia communication, Macchi, Alenia, Telespazio, già presenti in Brasile da molti anni.

Finmeccanica investe annualmente circa il 14 per cento del suo reddito nella ricerca e nello sviluppo, massimizzando il ritorno su ciascun euro investito, mi-gliorando i risultati e creando un valore aggiunto per i suoi azionisti. Obiettivo del gruppo è ora quello di potenziare la pre-senza nel Paese, non solo come mercato, ma anche come collaborazione industria-le con quello brasiliano, anche per usare il Brasile come piattaforma di esportazio-ne in altri Paesi. Come esempio, potrei citare, l’aereo AMX, che dovrebbe essere esportato dal Brasile in Venezuela. Anche la Silenia communication ha un piccolo ruolo: commercia, tramite contratti, con la Repubblica di Santo Domingo, grazie alla piattaforma brasiliana. Finmeccani-ca, per la prima volta, ha partecipato alla LAAD. Il gruppo, tramite la società AGUSTA, al 100 per cento di proprietà di Finmeccanica, ha ottenuto un risultato di estremo prestigio: basti pensare alla vendita dell’elicottero Agusta per il Pre-sidente degli Stati Uniti, un segno della qualità del nostro prodotto e dell’affi da-bilità del “sistema Italia”.CI - Lei ha affermato che il Brasile è una porta per altri Paesi.Vicaris - Si, perché grazie alla coope-razione industriale del Brasile, abbiamo la possibilità di fabbricare a prezzi in-

L’azione dell’Ice nell’organizzazione della Laad a Rio de JaneiroRiportiamo di seguito un’intervista realizzata al direttore generale dell’ICE per il Brasile, Riccardo Landi.

CI - Quale funzione ha svolto l’ICE in questa fi era e quali gli attori associati?Ricardo Landi - Questa partecipazione uf-fi ciale della delegazione italiana alla LAAD è stata organizzata in collaborazione con la AIAD, che è l’associazione di categoria dei produttori di aero-spazio e difesa e, caso particolare, anche con la collabora-zione del Ministero della Difesa. Operati-vamente, riguardo ai rapporti istituzionali ed incontri, c’è stato un grosso interven-to dell’Ambasciata e del console di Rio de Janeiro, Massimo Belelli, che ha fatto un grandissimo lavoro con incontri bilaterali.

Il fatto che Finmeccanica abbia scel-to di partecipare e di fi darsi della nostra organizzazione logistica e strutturale, per noi è stato molto signifi cativo. Il successo già in apertura di questo padi-glione italiano e l’impatto che ha avuto sulle autorità brasiliane è legato al fatto in sostanza che si tratta l’unico settore straniero visitato dal vice-presidente e Ministro della difesa, José Alencar, che si è fermato a dialogare con imprenditori italiani e con l’ambasciatore Valensise.CI - Cosa fa l’Italia per mostrare la sua eccellenza in relazione ad altri Paesi? Come si operano gli accordi con il Go-verno od altre entità? Qual’è l’operato dell’ICE?Landi - Questo tipo di rapporti politici si costruiscono, in particolare al di fuori dell’evento fi eristico: è un settore infatti in cui i contatti si fanno con trattative che possono durare anche anni. In so-stanza, una fi era del settore aerospaziale e difesa, è più che altro un’occasione per incontrare tutte le istituzioni, militari, civili, politiche, che normalmente stanno già lavorando e potranno intraprendere nuove trattative nel tempo per arrivare ad un contratto. L’importante è che que-ste occasioni di incontro vengano orga-nizzate bene, sia fatta la divulgazione giusta, siano invitate le persone giuste.

In questo campo l’Italia deve fare il quadro. Non si tratta di allestire solo un bel padiglione in cui le aziende esponga-no un bel prodotto e lo vendano. L’Italia deve fare una squadra che lavori a lungo: le aziende, i gruppi italiani fanno squadra con le istituzioni, con il Ministero della Difesa, che supporta le aziende italiane. Ci deve essere un lavoro di base e pro-tratto nel tempo e l’ICE è parte di questo lavoro: nella realizzazione dei contratti, degli eventi, proprio al fi ne di facilitare l’avvicinarsi delle istituzioni di entrambi i Paesi. (V.S. / G.M.)

Il cielo è il limite: l’Italia alla Laad Salone Difesa ed Aerospazio di Rio

feriori rispetto a quelli europei. Potremmo quindi avere una produzione suffi cientemente ampia, con specializzazione in componenti, parti, ed integrare i nostri prodotti anche nel mercato europeo.CI - Quali sono le istituzioni che fanno da ponte tra le vo-stre imprese e il Brasile?Vicaris - I prodotti tipici di Finmeccanica sono grossi siste-mi, normalmente venduti allo Stato e a società pubbliche. Ci sono anche prodotti venduti a società private, in generale si tratta di grosse forniture che hanno una valenza economica forte, sia industriale che politica, ed è per questo che lavoria-mo a strettissimo contatto con il Governo italiano e con le sue rappresentanze all’estero, tra cui l’Ambasciata e il suo braccio operativo, l’ICE. Lo dimostra la presenza dell’ambasciatore Mi-chele Valensise e del direttore ICE, Riccardo Landi.

La collaborazione di società italiane e brasiliane è di lunga data, basti ricordare lo AMX, l’aereo della Embraer, frutto di una collaborazione tra Embraer, AirItalia, Aermacchi. E si ricor-di che queste ultime due sono società di Finmeccanica.

Una delle cose interessanti è che Finmeccanica ha a dispo-sizione molte tecnologie e che le società brasiliane si stanno sviluppando con una velocità incredibile. Si pensi all’Embraer, che opera in maniera brillante. Esiste poi una capacità d’intesa di fondo tra brasiliani e italiani. Noi forniamo supporto logistico nel tempo, per quello che riguarda la difesa, norme di sicurezza nella produzione, nel personale ed altro. (V.S. / G.M.)

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Editora Comunità - Comunità ItalianaRua Marquês de Caxias, 31Centro - Niterói - RJ - 24030-000Tel / Fax: (21) 2722-0181

UE-Brasil: braços abertos de Lula para D’Alema e EuroparlamentoO presidente brasileiro recebeu no dia 17 de maio, à noite, em Brasília, uma dele-gação do Parlamento Europeu liderada por Massimo D’Alema, velho amigo do ex-sin-dicalista operário. Ele prometeu que fala-rá na assembléia de Estrasburgo, talvez já em julho.

O encontro ofi cial no palácio presiden-cial do Planalto durou pouco mais de uma hora e meia, e aconteceu no mesmo momen-to da marcha de 12 mil participantes do Mo-vimento dos sem-terra rumo à capital.

“Lula mostrou-se um lutador, apesar do dia difícil no Parlamento e nas ruas para o seu governo. Ele explicou detalhadamente um programa de relançamento que terá como bases o investimento social, o crescimento econômico e o aumento do emprego. Nos recebeu abertamente, sério e comprometido, e nada ofi cial: é o Lula de sempre, com uma forte carga humana, que ouve, pergunta e responde muito além do protocolo ofi cial. Muito simpático”, disse à Ansa, Massimo D’Alema, que faz as vezes de presidente fi xo da delegação do Parlamento Europeu para o Mercosul.

Luis Inácio Lula da Silva mostrou grande interesse pela Europa e por uma retomada rápida da negociação comercial bilateral, interrompida em outubro. “Neste sentido pedimos o seu comprometimento pessoal para re-tomar e concluir a negociação. Ele prometeu analisar a questão com o seu governo o mais rápido possível”, acrescentou D’Alema, líder de uma delega-ção de 11 europarlamentares de vários países.

Para catalisar ainda mais esta retomada do diálogo entre Brasília e Bru-xelas, Lula, na prática, submeteu D’Alema e a sua delegação a uma imersão total no seu governo, com uma série de encontros com ministros e funcio-nários de altíssimo nível, entre os quais hoje esteve também o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim.

“É completamente incomum e positiva a maneira como fomos tratados por Lula e pelo seu governo”, concluiu D’Alema, que também foi recebido na Câmara e no Senado, e que se reuniu com uma delegação do mercado comum sul-americano (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai).

“Ele nos falou da cúpula recente entre a América do Sul e o mundo árabe explicando que não foi uma reunião contra os Estados Unidos e Israel, mas em favor da paz e do diálogo. Um discurso seu na Assembléia Plenária do Parlamento Europeu criará certamente uma oportunidade muito interessan-te de comparação com a opinião pública européia”.

D’Alema concluirá a sua visita ao Brasil até sexta-feira, com outros encontros em Brasília e no Rio de Janeiro, depois de já ter se reunido em São Paulo com a cúpula do “Parlatino” (Parlamento Latino Americano) e os maiores empresários europeus no lançamento da associação do diálogo econômico, político e cultural bilateral EUBRASIL, do qual o ex-presidente do Conselho é presidente honorário. (Ansa)

Em um dia comum do mês de agosto, ano de 79 d.C., os habitantes de Pom-péia viram-se surpreendidos pela erup-ção do Vesúvio, que, em poucas horas,

cobriu de lava cada rua, templo, edifício pú-blico e moradia da cidade. O episódio desper-tou o interesse de muitos estudiosos ao longo dos séculos, ganhou espaço em livros e revis-tas de ciência e é narrado, entusiasticamente, pelos professores de história. Poucos sabem, entretanto, que o Brasil abriga uma grande co-leção de objetos dessa lendária cidade e que a maioria deles encontra-se ao alcance da curio-sidade de todos, pois faz parte das exposições permanentes do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. “Além de peças artísticas, há elementos da vida cotidiana, como panelas, lamparinas, vidros, amuletos, objetos lúdicos, entre outros, trazidos para cá pela Imperatriz Teresa Cristina Maria”, ex-plica a Dra. Tania Andrade Lima, professora do Departamento de Antropologia e curadora das coleções arqueológicas da instituição.

A novidade agora é que quatro das peças mais importantes da coleção da Imperatriz passaram por um processo de restauro e pude-ram ser apreciadas, até 29 de maio deste ano, em uma mostra do Museu Nacional de Belas Artes chamada Afrescos de Pompéia: a beleza revelada. Duas delas - como fi cou comprova-do após recente estudo do pesquisador francês Henri Lavagne -, se constituem afrescos vindos do Templo de Isis, que, localizado no bairro dos teatros de Pompéia, atraía adoradores da deusa egípcia do período romano. Nada se sa-be até agora, porém, sobre a origem dos outros painéis: “O estilo da pintura deixa evidente que pertencem ao período fi nal da história de Pompéia, mais ou menos nos dez últimos anos que precederam a erupção do vulcão. É muito representativa da decoração em forma de mural apreciada na cidade”, explica, no catálogo da mostra, Henri Lavagne, que presta consultoria

Cultura

Coleção da Imperatriz

Andressa Camargo

O afresco ao lado fazia parte do Templo de Ísis. A origem da pintura acima ainda é desconhecida.

de arte para a União Latina - uma organização intergovernamental que, há cerca de três anos, trabalha em parceria com o Museu da Quinta pela preservação do seu acervo.

Afrescos de Pompéia contou, entre muitos outros, com os patrocínios do Instituto Italiano de Cultura do Rio e de São Paulo. “O intuito do evento é chamar a atenção do público para a im-portância do patrimônio do Museu Nacional da Quinta e captar fi nanciamentos para que possa-mos recuperar outros materiais”, diz a doutora. “Temos coleções valorizadas mundialmente, co-mo a da Imperatriz, a coleção egípcia dos Impe-radores, a pré-colombiana, e muitas outras, que precisamos conservar”.

COMO ESSE TESOURO CHEGOU AO BRASIL?

Em meados do século XVIII, por ordem de Carlos III de Bourbon, Rei da Espanha e de Nápoles, iniciaram-se trabalhos de escavação nas cida-des de Pompéia e Herculano, ambas soterradas sob as cinzas do Vesúvio. Ao longo de inúmeras expedições, preciosidades, como esculturas em bronze e mármore, ou mesmo pedaços inteiros de paredes ornamentadas, foram recolhidas. Pa-ra guardá-las, os Bourbon criaram o Museu Real, atualmente Museu Nacional de Nápoles.

Nascida em 1822, herdeira dessa tradicional dinastia, a napolitana D. Teresa Cristina sem-pre se interessou pelas descobertas feitas em Pompéia. “Ela não valorizava simplesmente as construções espetaculares e as obras de arte do lugar, se importava com coisas do dia a dia, o que era inusitado para a época. Por causa disso, fi cou conhecida como Imperatriz Arqueóloga”, explica Tania. Quando, em 1843, se casou com D. Pedro II e estabeleceu residência no Brasil, a Imperatriz trouxe consigo parte de sua coleção (que hoje possui mais de 700 ítens). Mais tarde, com o intenção de implantar no Rio um Museu de Arqueologia Romana, manteve intercâmbio cultural com o Reino de Nápoles, que, em tro-

ca de artefatos indígenas, nos enviava material coletado em expedições pela Itália meridional. “Além disso, D. Teresa Cristina promoveu esca-vações em Veio, dentro de uma propriedade da sua família, onde foram encontradas novas peças de seu interesse”. Algumas delas, inclusive, com-plementam a mostra Afrescos de Pompéia.

A idéia de construir o Museu de Arqueologia nunca se concretizou. Pouco antes de partir para o exílio com o marido, entretanto, D. Teresa Cris-tina já havia doado toda a sua coleção de arte

para o Museu Imperial que, com a instalação da República, rece-beu o nome de Museu Nacional e foi transferido para a antiga residência dos imperadores na Quinta da Boa Vista. residência dos imperadores

Exposição no Museu Nacional de Belas Artes pode atrair financiamentos para preservar acervo da Quinta da Boa Vista

Teresa Cristina conta histórias de Pompéia

Massimo D’Alema

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negozi di elettrodomestici o andando da parenti o vicini più ricchi. Soltanto 81 italiani su mille po-tevano permettersi di avere un televisore in salot-to. Questo movimento ha dato origine al fenome-no sociale chiamato “ascolto di palazzo”.

LA FORZA ITALIANA DEL DESIGN E DELLA MODA

I primi televisori si trovano accanto ai telefoni Sellidor e Safnat, con gli interruttori Magic, la se-dia Superleggera di Giò Ponti prodotta dalla Cas-sina, l’aspirapolvere REM dei fratelli Castiglioni, in nylon rosso con una cintura di cuoio per te-nerlo attaccato alla spalla, i mobili di Carlo Mol-lino. Chi, negli anni ’50, non ha avuto una Let-

tera 221, la stessa usata dal giornalista appena scomparso Indro Montanelli? Le caffettiere, gli occhiali da motociclista di Baruffali. Gli anni ’50 sono stati un periodo di sodalizio tra l’estetica e gli oggetti con la loro funzionalità e praticità. Un matrimonio impostato su solide basi e che re-siste ancora oggi, divenuto un fi ore all’occhiello internazionale del “made in Italy”. Lampade, ta-voli, poltrone progettate a quell’epoca sarebbero state prodotte soltanto molti anni dopo, a con-ferma dell’avanguardia dei designer industriali di quel decennio.

Lo scarto di spiega molto più per la mancan-za di strumenti per costruirli che per la mancan-za di fi ducia nel successo del prodotto. Allora si stava formando un ciclo benefi co all’economia del paese. La creazione di un semplice oggetto in uno speciale disegno obbligava all’ “invenzio-ne” di una nuova macchina per produrlo.

Italia - Attualità

La fi ne della guerra ha lasciato un Italia in ginocchio sulle macerie. Ricostruzione era la parola d’ordine. E forse soltanto nel periodo rinasci-mentale si era avuto un moto di crea-tività proporzionale a quello sorto

negli anni ’50 grazie, in parte, agli aiuti fi nanziari del Piano Marshall dati dagli Stati Uniti ai paesi europei, ma specialmente alla forza di un popo-lo che ha saputo tenere le redini del suo destino e superare le avversità. La crescita italiana si è avuta in tutti i campi: dalla moda all’architettura, dal design al cinema, dall’industria aeronautica a quella automobilistica e navale. A passi da gigan-te, gli italiani si sono risollevati dalle macerie fa-cendo vedere al mondo con quanti metri di stoffa si fa un bel vestito, con quante pizze di pellicola si racconta una storia sul grande schermo, con quante lastre di acciaio si fa un transatlantico co-me l’Andrea Doria o, ancora, con quante ali si fa un aereo supersonico.

Le ultime conquiste territoriali italiane ri-montano all’epoca dell’Impero Romano e la sventura fascista guidata da Mussolini non annulla la tendenza del popolo all’essere pa-cifi sta di natura. Gli italiani della generazione del dopoguerra hanno recuperato l’autostima e

il rispetto internazionale grazie all’impegno sul fronte della cultura e della modernità, lasciando poco spazio ai “nemici” alleati. Il marchio “ma-de in Italy” è diventato un sinonimo di qualità e superiorità. La mostra “Anni ‘50” è stata alle-stita nella Sala delle Cariatidi del Palazzo Reale, che non per caso è l’unico ambiente a preservare le stesse pareti e soffi tti semidistrutti dai bom-bardamenti al centro di Milano. Le bombe che seminavano morte e rovina, allo stesso tempo hanno fi nito per costruire il ponte che ha por-tato un paese rurale ad un altro urbano.

Subito all’entrata dell’esposizione, ci sono due fotografi e icone di questo rito di passaggio ita-liano: da una parte l’immagine dell’attrice Silva-na Mangano nel fi lm Riso Amaro, nel ruolo di una contadina nel mezzo di una risaia, e dall’altra Ani-ta Ekberg, vestita a festa, piena di glamour, nella classica scena del bagno a Fontana di Trevi, nel fi lm La Dolce Vita. Tra una storia e l’altra, ne cor-re un’altra con la S maiuscola: quella del secondo Rinascimento italiano. Nella prima sezione, i cura-tori della mostra presentano pezzi che, con il pas-sare degli anni, hanno guadagnato le vie italiane e, poco dopo, il mondo. Un bello esempio sono gli scooter Vespa e Lambretta. La prima, con le sue linee sinuose, fu lanciata dalla Piaggio nel 1946, e

la seconda, in stile militare, lasciò gli stabilimenti della Innocenti di Lambrate un anno dopo. “Tra i ricordi di quel periodo c’è il loro prezzo. Costavano circa 80.000 lire, mentre lo stipendio mensile di un muratore era di 5.000. Ma il sogno di possedere una moto alimentava il desiderio di lavorare sem-pre di più. Ricordo che, in Italia, c’erano circa sei milioni di biciclette, usate per andare al lavoro, ai comizi, alle fughe amorose nei campi. Ma fare tut-to questo con la velocità della Vespa e della Lam-bretta era un’altra cosa”, racconta Guido Vergani, uno dei curatori. Tra i due scooter ci sono i ganci originali dell’equipe italiana di alpinismo che sca-lò la montagna K2, un modello in legno della pri-ma Fiat 500, un altro del treno Sigaro – quello con le cabine di vetro alle due estremità del treno – e il modellino dell’Andrea Doria, orgoglio nazionale fi no a quando andò a fondo dopo essere stato col-pito da una nave viking, lo stesso anno in cui fu ammarato. Il treno, l’aereo supersonico Fiat G91 e le macchine d’epoca reali possono essere visti da-vanti al museo, in uno spazio allestito di fronte a Piazza del Duomo.

Dentro Palazzo Reale, il viaggio verso gli anni dorati italiani continua nelle vesti del cinema che, grazie al neorealismo di Rossellini, inizia il recupe-ro di un pubblico non solo capace di sognare, ma

anche di rifl ettere e sorridere insieme ai comici To-tò e Alberto Sordi. Erano gli anni di incubazione di nomi come Fellini, Antonioni e Visconti, che sareb-bero diventati i grandi registi degli anni ’60. Della sezione dedicata al cinema fanno parte elementi scenografi ci della superproduzione Ben Hur, girato negli studi di Cinecittà, e anche il grande Cristo che sorvola Roma nella prima scena del fi lm La Dol-ce Vita. Oltre a lettere, manoscritti, locandine, di-segni, caricature e fotografi e di registi e dive come Sofi a Loren, Gina Lollobrigida e Claudia Cardinale sui set. In una sala annessa i curatori della mostra rendono omaggio alla televisione, inaugurata alle

11 della mattina del 3 gennaio 1954. Il primo programma trasmesso era pre-sentato da Mike

Buongiorno, “Arrivi e Partenze”, in cui incontrava persona-lità che arrivavano o partivano da Ro-

ma, negli studi o sulla pista dell’aeroporto di Ciam-pino. Per l’esposizione, la Tech RAI ha creato un programma di 30 minuti di durata con le immagini rappresentative di quel decennio, come le lezio-ni di alfabetizzazione, scene di telegiornali, delle olimpiadi d’inverno a Cortina e a Roma, interviste fatte con le autorità politiche, gente del mondo della cultura e di programmi come “Carosello”,

“Appuntamento con la novella”, “Domenica Sporti-va” (che viene trasmessa ancora oggi) e “Lascia o Raddoppia” oltre, è chiaro, alle pubblicità, in una sorprendente constatazione del fatto che i palinse-sti continuano praticamente gli stessi.

Nei primi cinque anni la popolazione ha assi-stito alla novità incollando il viso alle vetrine dei

Gli anni dorati del “made in Italy”

Gli italiani della generazione del dopoguerra hanno recuperato l’autostima e il rispetto internazionale grazie all’impegno sul fronte della cultura e della

modernità, lasciando poco spazio ai “nemici” alleati

La moda è un capitolo a parte e serve per cucire l’Italia degli anni ’50 a quella del terzo millennio. Le creazioni di Emilio Pucci e Rober-to Capucci indicavano le tendenze. Nell’arte del vestirsi, gli italiani presentano il loro nuovo bi-glietto da visita, con nuovi tagli e una inces-sante ricerca di un tessuto originale, comodo e unico. Seta, cotone, lino e lana passavano at-traverso processi di trasformazioni che elevava-no all’ennesima potenza la qualità del prodotto fi nale. Proposte innovatrici venivano presenta-

te ai clienti all’estero, specialmente negli Stati Uniti. Con i vestiti, sono venuti i cappelli, le cinture e le scarpe. Gli acquirenti venivano a vedere le sfi late e tornavano a casa, dall’altro lato dell’oceano Atlantico, con la “eccellenza italiana” addosso. Sì, perché le famiglie italia-ne dell’epoca avevano appena un vestito per la festa e un altro per tutti i giorni – molte volte cuciti a casa dalle mamme o le nonne – e non potevano permettersi una creazione esclusiva nell’armadio. L’esportazione, allora, era una premessa per il recupero dell’economia.

La mostra continua con quadri, sculture e poster grafi ci. Aree in cui gli italiani si distac-cano, creando polemiche e tendenze, operando all’avanguardia, rompendo tabù e trasgredendo i dogmi accademici. “Anni ‘50” inoltre presenta fotografi e con scene di strada, che descrivono la vita nelle città “grandi” e nei piccoli nuclei ur-bani di provincia. Tra tanti altri, Cartier-Bresson e Paul Strand con sguardo straniero, Mario de Biasi e Federico Patellani, con sguardo tricolore, mettono a fuoco le periferie di Milano, gli im-migranti del sud alla ricerca di opportunità nel nord industriale, gli incontri nei bar, nei merca-ti, nei ristoranti, nelle feste e nei balli. 150 fo-to formano un mosaico di immagini di un’Italia che ancora esiste ben viva nella memoria di chi è cresciuto in quegli anni. Le fotografi e riunite sono una bella coperta di ritagli di stoffa, che oggi copre di orgoglio i nipoti di quel paese, ri-costruito dai loro nonni. (Endnotes)1 La Lettera 22 era una famosa macchina da scrivere portatile del-la Olivetti.

Gu ilherme Aqu inoCorrispondente a Milano

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Franco Urani – Economia

Gli anni 2000 per il Brasile erano iniziati male, con aumento del prodotto interno pressochè corrispondente all’incremento demografi co, crescente indebitamento

dello Stato per gli elevati interessi (mediamente un 10% reali all’anno), preoccupante defi cit del-la previdenza sociale (dai 6 miliardi di dollari del 2000 ai 16 previsti quest’anno), gigantismo del funzionalismo pubblico, spese annue dello Stato corrispondenti a circa il 40% del PIL e cioè a circa 250 miliardi di dollari..

Il guaio è che questi ingenti tributi sono so-stanzialmente mal spesi per diversi e noti motivi : accomodamento dei dipendenti pubblici, spesso loro scarsa competenza professionale specie evi-dente nei cambi di governo, confl itti di compe-tenze tra Federazione/Stati/Municipi, spese as-surdamente elevate nei vari organi legislativi che complicano altresì oltremodo l’attività esecutiva dei governi, estrema lentezza del settore giudi-ziario. Assai forte inoltre la penalizzazione per gli interessi netti di circa il 10% sul debito pubblico che è attualmente del 53% sul PIL, quindi prossi-mi ai 40 miliardi di dollari all’anno.

Resta così poco da spendere in investimenti per infrastrutture ormai necessarissimi, pubblica sicurezza, interventi sociali atti a mitigare l’at-tuale assurdo stato di sperequazione economica che è rimasto praticamente invariato negli ulti-mi 10 anni (la fascia dei 10% più ricchi conti-nua a possedere circa il 50% dei redditi ed i 20%

più poveri appena il 2,5%), mentre meglio sono andate educazione e salute per gli stanziamenti costituzionali prescritti.

Cambiare la presente irrazionale situazione strutturale in una piena democrazia come quella brasiliana è impresa diffi cilissima, nel senso che

dovrebbe modifi carsi la Costituzione e ridimensio-nare drasticamente l’apparato pubblico. Quindi, date le circostanze, dobbiamo ammettere che le politiche di stabilizzazione economica del Gover-no federale - confermate anche nel nuovo corso PT - sono state effi caci ed hanno consentito co-spicui affl ussi di capitali esteri sia di rischio che speculativi, equilibri fi nanziari, modernizzazione delle attività produttive agricole e industriali, forti fl ussi esportativi con superavit di oltre 30 miliar-di di dollari all’anno che sembrano proseguire nel 2005 nonostante la notevole rivalutazione del real rispetto al dollaro. Altri fattori positivi sono stati il boom tecnologico mondiale a cui il Brasile è par-ticolarmente sensibile, il notevole aumento dei co-sti internazionali dei prodotti agricoli, zootecnici e siderurgici di cui il Brasile è grande produttore, la spiccata capacità micro-imprenditoriale locale che spesso riesce a sfuggire al pagamento dei tributi.

A metà 2004 pareva che fosse iniziato un periodo di costante moderato sviluppo, con in-crementi del PIL intorno al 5% all’anno per le crescenti esportazioni che raggiungono ormai i 100 miliardi di dollari all’anno e l’espansione dei consumi esterni motivata dall’incremento dei fi -

nanziamenti bancari ai privati, sia pure ad in-teressi elevati. Peraltro quest’ultima modalità, se non sostenuta da un effettivo aumento dei salari, non può che essere di breve durata e con effetti infl azionari e quindi purtroppo già si ma-nifestano sintomi di rallentamento del mercato interno e di ulteriore aumento degli interessi.

In Italia esistono analoghe situazioni strut-turali che è diffi cilissimo cambiare e, a differen-za degli altri paesi dell’Unione Europea, vi è una insanabile rissosità politica. Comunque, fi no agli anni ’90 le cose erano andate abbastanze bene, per la presenza di un forte partito di riferimento, la Democrazia Cristiana, che poi si era sfasciato e per una creativa imprenditorialità industriale che riusciva a competere mondialmente nonostante le diffi coltà sindacali. Il Governo spendeva, investi-va, si indebitava a dismisura, ma piazzava senza alcun problema i suoi Buoni del Tesoro. Si pro-

duceva un po’ d’infl azione, ma si ovviava con svalutazioni della Lira e le esporta-zioni erano ingenti.

Ormai con l’euro, un aumento assurdo del costo vita, le severe regole europee, l’invecchiamento della popolazione, l’Ita-lia è sempre meno competitiva, meno in-novativa. Se l’è cavata in questi anni so-prattutto in relazione al bassissimo tasso di sconto dell’euro che consente al Gover-no di limitare a circa il 2% i suoi interessi sui Buoni del Tesoro, al boom del settore

immobiliario per i mutui a buon mercato, a opere di infrastruttura specie motivate dal nuovo conte-sto europeo. Ma il futuro è incerto, diffi cile e pre-cario il lavoro dei giovani, con frequente tendenza dei più validi e avventurosi ad espatriare in paesi che offrano prospettive più allettanti.

“Ormai con l’euro, un aumento assurdo del costo vita, le severe regole europee,

l’invecchiamento della popolazione, l’Italia è sempre meno competitiva, meno innovativa”

Quando lo stato è ipertrofico e poco efficiente

O Milan chega na fi nal da Champions League com méritos dentro e fora do campo. A for-ça do time não vem apenas das vitórias nos gramados, mas conta com gigantes como

os brasileiros Cafu, Dida, Kaká e Serginho e os ita-lianos históricos como Maldini e Gattuso. Longe do estádio, funciona uma máquina de fazer dinheiro, como se fosse uma casa da moeda. O clube foi o pri-meiro na Itália a vislumbrar o poder do merchandi-sing e do marketing, duas palavras inglesas que, tra-duzidas em ações italianas, revelaram-se uma mina de ouro. A administração empresarial do time mu-dou a estrutura do futebol italiano e atrás do Milan só não foi quem já morreu. O produto principal do Milan é o futebol, e ao redor deste planeta orbitam satélites lucrativos como as camisas, os objetos, os programas esportivos oferecidos pelo clube e, prin-cipalmente, a imagem televisiva. O empresário Silvio Berlusconi foi mais rápido do que os seus adversá-rios quando comprou o time que, em poucos anos, se mostrou um excelente investimento, com dividen-dos políticos, esportivos e fi nanceiros, não neces-sariamente nesta ordem. 72 empresas fazem parte da galáxia Milan, entre elas patrocinadores ofi ciais, parceiros comerciais e fornecedores do clube.

Os números falam por si só: na temporada de 2003/2004, o Milan foi o terceiro clube em termos de ganho fi nanceiro – sem contar despesas e dívidas – com cerca de 200 milhões de dólares, atrás apenas do espanhol Real Madri e do inglês Manchester Uni-ted. Na temporada de 2004/2005, o Milan deve lucrar, somente com setor comercial, uma cifra superior a 55 milhões de dólares, sem levar em conta os prêmios milionários das competições nacionais e européias, os direitos televisivos, as excursões promocionais e a valorização dos passes dos jogadores. 42 empresas estão credenciadas para produzir e vender produtos Milan, que vão desde desodorantes até vídeo-games, passando por guarda-chuvas, relógios, pratos e co-

pos entre tantos outros artigos. O clube tem 1.092 horas de visibilida-de na televisão em 253 canais mundo a fora, com uma audiência calculada em 2 bilhões e 259 milhões de telespectadores em todo o planeta. O Milan é idolatrado na China, no Japão e na Coréia do Sul com um total de 70 milhões de torcedores. Dez nações do sudeste asiático estão negociando a aber-tura de redes de franchising. Cinco escolinhas de fu-tebol Milan devem ser abertas até junho deste ano no México, Guatemala, Colômbia e Costa Rica.

A armada “rosso nera” desembarca nos Estados Unidos com grande sucesso com um ambicioso plano de fazer do futebol italiano um rival do americano. Nesta mega operação de invasão do gramado alheio, o Milan está escorado por uma “diabólica”(somente para fi car no tema do “diavolo rosso”, como o time é conhecido) parceria com os estúdios da Warner Bros. O projeto foi assinado no mês de abril. Ele prevê um contrato trienal para licensing e merchandising e um outro de cinco anos de franchising para o uso da imagem dos jogadores no papel dos personagens. Dida como Batman, Maldini como Pernalonga e She-vchenko como Super-homem são alguns dos “mila-nistas” que vão saltar dos gramados para as histó-rias em quadrinhos. Assim o Milan espera exportar a sua marca no mercado americano ancorado ainda com as estratégicas excursões.

Nada disso fi caria em pé se o clube não tivesse imposto um ambiente sereno que protege seus jo-gadores da fogueira de vaidades que costumar cha-muscar reputações e arruinar o clima de tranqüili-dade. O jogador Maldini, durante uma coletiva de imprensa, revelou que o grande segredo do time é que “todos nós sentimos que fazemos parte de uma grande família”. Na saída e no começo dos treinos em Milanello (o centro esportivo do Milan) os tor-cedores sempre fazem festa nos portões. Os jogado-res chegam em seus possantes carros e, quase sem-pre, atendem pacientemente aos inúmeros pedidos de autógrafos e poses para fotografi as. À Comuni-tà Italiana, o jogador Cafu disse acreditar que as razões do sucesso do Milan passam pelo “trabalho sério e da intensa dedicação” de todo o time e da comissão técnica. A retribuição retorna na forma de títulos, sorrisos e cifrões.

O clube foi o primeiro da Itália a ter administração e lucros de uma grande empresa e, com isso, mudou a cara do futebol da Bota

Mesmo quando não é campeão, o Milan sempre sai ganhandoGu ilherme Aqu ino - Corrispondente a Milano

pos entre tantos outros artigos. O clube tem 1.092 horas de visibilida-de na televisão em 253 canais mundo a fora, com uma audiência

Gu ilherme Aqu ino -

Algumas das estrelas do Milan:Paolo Maldini, Kaká e Dida

Atualidade

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Laura Pausini

Nayara KotaiColaboração Especial

frio pode estar atrasado, mas faz tempo que as vitrines brasileiras mudaram de cor. Atenta às revira-voltas da moda internacional, a de-signer de jóias Joana Crespi, de 32 anos, escolheu com antecedência as tonalidades de sua atual coleção

de inverno: “vou usar bastante o rosa e o verde, ambos bem escuros”, salienta. “E as pedras mais freqüentes serão os quartzo fumé, que é de um marrom translúcido, e o ônix, preto opaco”. Ape-sar de ter iniciado carreira há apenas quatro anos, essa ítalo-brasileira já conquistou espaço no mer-cado paulista e vendeu suas peças para celebrida-des como Gisele Bündchen, Didi Wagner, Sophia Alckmim e Tereza Collor. Os motivos do sucesso de Joana estão, sem dúvida, relacionados ao seu talento e aos seus estudos na área da ourivesaria. Para além disso, entretanto, podemos ressaltar um outro grande diferencial: todo o seu trabalho é confeccionado em prata, o que barateia os cus-tos de produção e torna a mercadoria acessível a uma maior quantidade de consumidores. Uma es-colha consciente e sensata.

FAMÍLIA

Muito interessada pela história da família, Joana conta que seu bisavô paterno, Rodolpho Crespi, saiu sozinho de uma pequena cidade próxima a Milão e veio para São Paulo, no fi m do século 19, com o intuito de montar uma tecelagem. “Ele sabia que o Brasil era um grande produtor de algodão”. Aqui, se casou e teve fi lhos, entre os quais está Raul, avô da designer. Mas as ra-ízes italianas de nossa entrevistada não param por aí: “minha avó paterna, quando solteira, se chamava Irene Regoli Medici e seus familiares vieram da Toscana e de Nápoli”.

“Utilizando a prata como matéria prima,

posso deixar minha imaginação fluir. É um

material mais barato e com o qual sempre

me identifiquei.”

Musica

OAndressa Camargo

VIAGENS

Decidida a conhecer a terra natal de seus antepassados e a iniciar estudos de língua italiana, Joana mudou-se para a bota em 1993 e lá permaneceu por oito meses. “Eu queria passear por todo país, conhecer lu-gares que pertenceram aos Crespi e visitar os meus parentes mais distantes”, diz ela. A viagem, entretanto, também serviu pa-ra que Joana crescesse profi ssionalmente. Com moradia fi xa em Firenze, ela freqüen-tou, por três meses, os cursos de designer de jóias e ourivesaria da Escola Lorenzo de Medici. “Nos anos seguintes, estudei jornalismo na FIAM – SP, e fi z algumas aulas de cinema na Universidade de Nova York, mas, em determinado momento, achei que precisava ter meu próprio negócio e comecei, de fato, a tra-balhar com jóias”, afi rma.

NEGÓCIOS

A escolha não foi aleatória. A brasileira Syoma-ra Crespi, mãe de Joana, cria e reforma jóias em ouro há 22 anos e apoiou com gosto a decisão da fi lha. Juntas, elas inauguraram, em 2004, um ateliê nos Jardins – SP, no qual atendem aos mais variados tipos de cliente, “inclusive homens”, diz a jovem entrevistada. A carrei-ra de Joana como designer, entretanto, havia começado três anos antes, quando ela desen-volveu uma coleção em prata para a loja das amigas Paula Raia e Fernanda de Goeye, a Raia de Goeye. “Utilizando a prata, posso deixar minha imaginação fl uir. É um material mais barato e com o qual sempre me identifi quei”, explica. “Além disso, foi a forma que encontrei de ser diferente da minha mãe”. Ao optar pela

prata como matéria prima, Joana conquistou espaço no mercado e conseguiu diversifi car o ramo de atuação da família.

Mas o sucesso de Syomara não foi o único fator a infl uen-ciar Joana. Entre os exemplos de vida que gostaria de seguir, está também o da empresária france-sa Paloma Picasso, uma das mais famosas designers de atualidade. “Ela se mostra uma mulher de per-sonalidade e utiliza essa imagem forte para lançar uma série de produtos de beleza, como batons e perfumes. Além disso, as jóias desenhadas por ela são cheias de

criatividade”, explica Joana, que, nos próxi-mos anos, pretende trabalhar pela consolida-ção de sua própria marca e estudar maneiras de exportar suas peças.

Entretanto, quando precisa desenhar suas coleções, Joana não busca inspiração em um nome ou uma grife. Antes de tudo, tenta apro-veitar o conhecimento adquirido em tantas viagens e cursos diferentes para criar um es-tilo próprio, o qual, como não podia deixar de ser, mistura os traçados da arte italiana com o colorido da cultura brasileira: “Admiro as for-mas arredondadas de Botticelli e sou comple-tamente apaixonada pelas pedras preciosas do Brasil”, diz orgulhosa. Quem deseja conhecer o trabalho de Joana Crespi, deve visitar seu ateliê em São Paulo, na Rua Pedroso Alvaren-ga, 1046 – conjunto 151 / 152 – ou procurar a loja Freshy, no Shopping Eldorado .

talento lapidado portalento lapidado por

jornalismo na FIAM – SP, e fi z algumas aulas de

Andressa Camargo

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Moda

Joana Crespi exibe peças criadas no último verão

ncora una volta in Brasile, ora do-po quattro anni senza concerti da queste parti, la cantante italiana Laura Pausini, considerata tra le più famose in America Latina, si è presentata il 28 e il 29 nel Credi-card Hall, a San Paolo.

Nata nella piccola città di Solarolo, in pro-vincia di Ravenna, Laura Pausini, durante l’ado-lescenza infl uenzata dal padre Fabrizio Pausini, mentre seguiva gli studi sognava la sua passio-ne, la musica. Nel 1993, a 19 anni, con la can-zone “La solitudine” arrivava al primo posto del Festival di Sanremo, famoso festival di nuovi ta-lenti della musica italiana.

Oggi, a 31 anni, con una solida e sempre in crescita carriera, Pausini è conosciuta ben oltre l’Italia. Con un nuovo repertorio e uno show che ha per titolo quello del suo ultimo cd – ‘Resta in ascolto’ – ci fa un panorama della sua carrie-ra seguendo una linea di tempo, cantando dalle sue canzoni più conosciute fi no ai nuovi succes-si del suo ultimo cd appena uscito.

Il 29, giorno del secondo concerto a San Paolo, il locale è diventato piccolo. Appassio-natissimi, i fan impazziti supplicavano per otte-nere uno sguardo, un sorriso, un’attenzione, con grida e dichiarazioni.

Prima che cominciasse il concerto, Laura ci ha tenuto a ricevere i suoi fan, dovutamen-te muniti di passi del fan-club uffi ciale. Verso le 22.20 è cominciato l’attesissimo concerto. Erano quattromila fan ansiosi – di varie gene-razioni – di vedere ciò che sarebbe successo. Il fenomeno Laura Pausini incanta bambini e

nonni brasiliani. Visi femminili e maschili, sorridenti, assennati, irritati, al di sopra delle differenze di un paese così diversifi cato, uniti per, in un momento unico, apprezzare la can-tante italiana.

Uno dei più emozionanti momenti del con-certo è stato quando Laura, prima di interpre-tare una delle sue canzoni già famose, ‘Il mon-do che vorrei’, in un portoghese quasi fl uente ha detto: “Il mio sogno è di un giorno poter camminare con un bambino mano nella mano e in pace”.

“Qualcosa di speciale che ho sentito è stato quando ha interrotto per un momento il concer-to e ha parlato di pace! È semplicemente mera-vigliosa e come se non bastasse avere talento ed essere carismatica, è una persona estremamente umana, che si preoccupa veramente con il fu-turo dell’umanità”, ha detto Rosângela Andrade Lobo, 25 anni.

Ad ogni canzone che cominciava, i suoi fan dimostravano la loro passione, alcuni con lacri-me agli occhi, altri con grandi sorrisi, vivendo momenti speciali. “Laura è una persona che amo e purtroppo, o per fortuna, l’unica opportunità che abbiamo di stare insieme è nei suoi concerti. È una persona naturalmente simpatica, si vede anche soltanto da uno sguardo”, ha detto Ruly Peixoto, 26 anni.

Insomma, Laura Pausini è diventata un’al-tra cara immagine della dolce canzone italiana nella vita dei brasiliani, aggiungendosi ad altri già famosi cantanti italiani di varie generazioni, come Rita Pavone, Domenico Madugno, Eros Ra-mazzotti tra gli altri e con le sue canzoni calde e sentimentali è riuscita ad attingere il gusto del popolo brasiliano.

AMICI PAUSINIANI

Alcuni di loro si conoscono già da tempo, altri si sono aggiunti ad ogni presentazione della can-tante, o in blogs, websites, fan club oppure in comunità virtuali, e il numero di fan aumenta.

Incontri prima dei concerti, durante, dopo o in incontri virtuali, scambi di foto, video, esi-bizione di autografi e oggetti personali di Lau-ra Pausini intermediano la relazione tra queste persone che, molte volte, abitano molto distanti le une dalle altre, ma hanno nel cuore lo stesso sentimento quando si tratta di questa voce ita-liana. Alcune pazzie a parte, i fan più entusiasti fanno il possibile – e a volte pure l’impossibile – per realizzare i loro desideri e sogni.

“Io abito a Salvador, a Bahia. Questa è la se-conda volta che vado ad un concerto di Laura a San Paolo. La prima è stata nel 2001. Ho rinun-ciato ad alcune cose negli ultimi mesi per mettere insieme un bel gruzzolo per comprare il biglietto di ingresso e le spese per il viaggio, oltre a man-care a quattro giorni di lezione all’università e tre giorni al lavoro. Ma, senza dubbio, il più grande sacrifi cio è stato il dover dire una bugia in fami-glia. Ho detto che stavo andando ad un congresso, perché loro pensano sia una pazzia partire da Sal-vador soltanto per vedere un concerto a San Pao-lo. Ma vedere Laura da vicino, toccarla, guardarla e poter sentire tutto il suo affetto ed energia, vale qualsiasi sacrifi cio. Farei tutto un’altra volta”, ha detto Rosângela Andrade Lobo, fan dal 1995.

Uniti dall’emozione, gli Amigos Pausinianos cioè Amici Pausiniani, dicono d’essere una vera e propria famiglia formata intorno ad un unico obiettivo e piacere: dividere momenti speciali legati a Laura Pausini.

A

Pausini ha azzardato qualchò parola in portoghese per parlare con i fan

Cantante ha dato due concerti e ha

emozionato più di quattromila fan

talento lapidado portalento lapidado portalento lapidado porJoana Crespi

viagens e arte italianaconcerti in Brasile

e fan emozionati

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Copertina

Pietro Petraglia

Nei giorni 12 e 13 giugno ci sarà un referendum per opinare sulla pro-creazione assistita in Italia. Oltre ai cittadini italiani residenti nel paese, anche gli iscritti all’AIRE (Elenco degli italiani residenti al-

l’estero) verranno chiamati alle urne per decide-re il futuro di molti uomini e donne che deside-rano un fi glio e non possono ricorrere all’insemi-nazione artifi ciale su territorio italiano.

Le tecniche di procreazione assistita sono vietate dalla L. n° 40 del 19 febbraio 2004. Que-sta misura fa sì che molte coppie e donne nubili cerchino sostegno presso associazioni specializ-zate nel chiamato “turismo procreativo”. In veri-tà, si tratta di viaggi della speranza che portano persone affl itte, che vogliono diventare papà e mamme, verso cliniche di altre città come Bar-cellona, Bruxelles, Londra o Instanbul alla ricer-ca di ovuli o spermatozoi.

Il grande problema verifi cato è che più del 20% della popolazione italiana neanche sa del referendum, secondo un sondaggio della Swg-Srl Trieste per la rivista “L’Espresso”, realizzato tra i giorni 29 e 30 aprile. Nello stesso questionario soltanto il 40% degli intervistati ha risposto che andrà a votare, e degli altri il 54% non lo farà perché l’argomento non gli interessa.

Questo risultato si origina dalla mancan-za di informazioni sui principali media e dalla

confusione nata tra le opinioni dei partiti poli-tici. Tra di loro, sembra venir fuori sempre più l’idea centrista. Mentre il vertice della sinistra dei DS (Democratici di Sinistra) si dichiara a fa-vore del ‘sì’, anche se con molte indecisioni, la coalizione di centro-sinistra Margherita, di Fran-cesco Rutelli, ritiene che debba esistere libertà di coscienza, così come dichiara uffi cialmente il centro-destra, che riunisce i partiti AN (Alleanza Nazionale) e Forza Italia, di Berlusconi. Invece l’Udc (Unione dei Democratici Cristiani) che, di solito, non prende posizione, oggi essendo par-te del Governo ha assunto una chiara posizione per il ‘no’.

Forse la grande vincitrice di tutta questa storia sia la Chiesa cattolica, che dimostra il suo peso politico e conquista i laici di sinistra o de-stra. Attraverso il suo principale interlocutore, il Cardinale Camillo Ruini, presidente della Confe-renza Episcopale Italiana, la Chiesa ha espresso una chiara opinione pro astensione. “Bisogna abituarsi a una Chiesa che parla a voce alta”, dichiara Ruini che convoca tutti i cristiani a non interferire nel referendum.

A conferma di questo desolante quadro di disinformazione c’è la mancanza di direttive po-litiche e il forte appello della Chiesa per la non-partecipazione, la quota del 51% potrebbe non essere raggiunta e il referendum potrebbe rive-larsi un buco nell’acqua.

E noi, italiani all’estero, siamo preparati per questa decisione? Qual è la nostra importanza e quanto potremmo infl uenzare in questo problema così delicato? Secondo il console generale d’Ita-lia a Rio de Janeiro, Massimo Bellelli, in Brasile esiste un rifl esso della disinformazione in Italia. “Anche perché qui abbiamo ancora meno acces-so a ciò che succede da quelle parti e anche la Rai International non ha dato molto spazio alla questione”, dichiara il diplomatico. Poi a rispetto dell’importanza dei voti all’estero dice:

- E’ molto importante il peso del voto al-l’estero. Soprattutto se pensiamo che perlomeno negli ultimi tre referendum realizzati in Italia non si è raggiunto il quorum per poche migliaia di voti. La circoscrizione estera presenta circa 3 milioni e 200mila cittadini iscritti, di cui per-lomeno 2 milioni hanno diritto al voto. Quindi siamo decisivi.

LE RAGIONI DI SCIENZIATI E BIOETICILa legge 40 riconosce i diritti dell’embrione, equiparandoli a quelli delle persone. Cosi, se fallirà il referendum...

“Il referendum sulla fecondazione assistita se-gnerà il futuro di molte donne che desiderano um fi glio”: sono parole di Umberto Veronesi, oncologo di fama mondiale che dirige l’Istituto europeu di oncologia (Ieo) a Milano.

È già capitato a una coppia italiana con um bimbo talassemico che si è recata a Istanbul per poter sellezionare con la diagnosi preimpianto (técnica non vietata in Turchia) gli embrioni sa-ni e compatibili da trasferire in útero. Dal san-gue del cordone ombelicale delle due gemelline poi nate sono state ricavate le cellule staminali che hanno curato il fratello malato. Un esempio delle possibilita precluse dalla nostra legge.

“Ci troviamo nella situazione davvero singo-lare, che è possibile verifi car ela salute del feto in utero, ma non quella dell’embrione in provet-ta”, osserva Veronesi. Una ricerca dice che in Europa l’89 per cento delle donne, se l’amnio-centesi rivela che il feto è affeto da síndrome di Down, preferiscono abortire. Perchè non consen-tirlo prima, allora?

Anche la commissione di bioetica dell’Ac-cademia dei Lincei ha preso di recente posizio-ne su uno dei punti più controversi della legge 40, quello che vieta la ricerca sugli embrioni. “Il documento emerso suggerisce l’utilizzo de-gli embrioni, comunque destinati a deperire e morire nel gelo in cui vengono conservati: 58 i voti a favore, 8 i contrari e 14 gli astenuti” racconta Carlo Alberto Redi, docente di biolo-gia dello sviluppo all’Università di Pavia e mebro dell’Accademia ad análoga conclusione è giunta la National academy of sciences americana, sta-bilendo linee guida che vanno oltre le posizioni del presidente George Bush per l’utilizzo degli embrioni (150 pagine, più di 50 raccomandazio-ni), come il consenso della coppia, il non paga-mento dei donatori, il divieto di creare chimere biologiche, I’accesso dei vari gruppi etnici ai ri-sultati futuri.

Ecco uno per uno i quattro quesiti del referendum e le rifl essioni degli esperti:

1. IL DIVIETO DI RICERCA

Il primo quesito propone di abrogare in parte la legge che vieta ogni tipo di ricerca e sperimen-tale sugli embrioni. Cosa che la legge impedisce in tutte le sue forme fi no a vietare il congela-mento dell’ovocita.

Il divieto di congelare gli embrioni (non più di tre quelli che per legge si possono creare) im-plica l’utilizzo di tutti e tre gli embrioni per ogni ciclo di fecondazione assistita. L’intento è che non ne avanzino, ovvero non aggiungerne altri a quelli “sovrannumerari” crioconservati nei cen-tri di procreazione assistita, non più reclamati e destinati a morire.

La ricerca sulle cellule embrionali, le stami-nali, potrebbe aprire possibilita di terapia per malattie degenerative come Parkinson, sclerosi, diabete, cardiopatie, tumori. “Al Comitato na-zionale di bioetica si sta discutendo la possibili-ta di un utilizzo degli embrioni crioconservati e abbandonati” riferisce Demetrio Néri, docente di bioetica e membro del Comitato. “Gli embrioni comunque avanzerano: se subentrano problemi di salute per la donna, il loro trasferimento in útero non è coercitivo”.

2. IL NUMERO DEGLI EMBRIONI

Il secondo quesito punta a eliminare l’obbligo di creare in vitro un numero massimo di tre em-brioni per volta e di trasferirli tutti nell’utero della donna.

Scopo di non creare più di tre embrioni, co-me il divieto di congelarli, è evitare quelli ec-cesso. Un limite che ostacola il successo delle tecniche di fecondazione assistita. “Il rischio di mortalità della madre triplica in caso di parti plurigemellari, e il rischio per il feto cresce di

60 volte” sostiene Néri, autore del saggio La bioetica in laboratório (Laterza). “Per tutelare il concepito si mettono a repentaglio i diritti e gli interessi di madre e nascituro”.

Da un punto di vista giuridico la norma solle-va seri dilemmi. Che fare nel caso in cui la donna decida di non voler più proseguire con l’impian-to in utero dei tre embrioni, visto che non li si può congelare? Si procederà all’impianto coatto a discapito del principio di autodeterminazione? E se la donna muore prima dell’impianto? “È um ingorgo giuridico” commenta Redi.

3. I DIRITTI DEL CONCEPITO

Il terzo quesito ha l’objettivo di abrogare in-tegralmente l’articolo della legge che equipara

i diritti del concepito a quelli di tutti i sog-getti coinvolti.

“Se il concepito è equiparato a una perso-na, anche un aborto involontario causato da um comportamento irresponsabile della madre equivarrebbe a un omicidio colposo?” si chie-de Chiara Lalli, fi losofa e autrice del saggio Libertà procreativa (Liguori). È il concepito in vitro, e solo fi nchè resta in vitro, a esse-re tutelato dalla legge, non più quando viene trasferito in útero. Si insinua da più parti il dubbio che l’attribuzione dei diritti al conce-pito rappresenti una prima incrinatura nella legge 194 che nel 1978 ha legalizzato l’aborto in Italia. “La prossima tappa sara chiedere il cambiamento dell’articolo del Códice civile in modo da assegnare i diritti della personalità al concepito e a questo punto sara giocoforza cambiare la legge 194” ritiene Neri.

4. LA FECONDAZIONE ETEROLOGA

Il quarto quesito vuole far cadere il divieto di fecondazione eterologa, dove si utilizzino ovo-citi e spermatozoi di donatori esterni alla cop-pia. Il ricorso all’eterologa riguarda le coppie con problemi di sterilità per le quali non esi-stono altri rimedi.

I dubbi sollevati dagli oppositori sono che la ricerca ossessiva di un fi glio non tiene con-to del consenso del nascituro, comunque im-possibile anche con il concepimento naturale. Si obietta che un fi glio così ostinatamente desiderato sia un eccesso. “Meglio un fi glio troppo desiderato che un fi glio nato per errore e comunque non desiderato” obieta Lalli. L’af-fetto genitoriale toglie qualsiasi ombra alla paternità e alla maternità non genetiche (si pensi alle famiglie ricomposte, all’affi damento o all’adozione). “Grossolano ridurre la genito-rialità alla genetica” aggiunge Lalli. Non è la relazione biologica a creacre i legami. “Con questa norma si entra nel vissuto individuale delle persone che andrebbe rispettato” con-clude Neri.

Una legge che non piace a nessuno

Dal sondaggio realizzato dalla Swg per la rivista “L’espresso” emerge che 8 intervistati su 10 sanno che il 12 e il 13 giugno si andrà a votare per il referendum sulla legge per la

procreazione assitita. Ma ad essere meno informate risultano proprio le donne che sono più direttamente interessate all’argomento. Cresce il malcontento nei riguardi della legge numero 40, che oggi piace a meno del 30 per cento degli elettori (erano il 45 per cento del dicembre 2003). Signifi cativo poi che fra gli insoddisfatti la percentuale dei cattolici praticanti sia quase identica a quella dei non praticanti.

Quanto al voto, il 40 per cento di elettori decisi ad andare ai seggi rappresenta un passo avanti rispetto al 35 di sondaggi precedenti. Fra di loro prevale l’area di chi voterà si (52 per cento, con un 49 per cento di cattolici praticanti). Ma i referendum restano a rischio perchè a quel quase 30 per cento di cittadini che già hanno deciso di non votare e che per ora sono in maggioranza astensionisti “classici”, possono aggiungersi quote signifi cative dell’area degli incerti, a cui la Chiesa chiede insistentemente di disertare le urne per far mancarei il quorum. Altro dato interessante: fra quelli che andranno a votare quase la meta è deciso a dire sì solo ad alcuni dei quattro referendum. La percentuale sale al 53 per cento fra i cattolici praticanti. Ma anche fra i non credenti è alta, 44 per cento (la stessa registrata tra gli elettori di centro-sinistra). A rendere incerte le previsioni c’è anche l’alta percentuale di chi non ha capito bene quali siano i temi su cui il cittadino a chiamato a esprimersi. Da questo punto di vista si può dire che i risultati dipenderanno anche dall’informazione che i vari comitati riusciranno a far arrivare ai media.

“Norme in materia di procreazione medicalmente assistita”

Referendum 2005:Italiani all’estero saranno chiamati anche per dire la loro sui problemi bioetici in Italia

Una legge che non piace a nessuno

A sinistra, Carlo Alberto Redi, docente di biologia dello sviluppo e membro dell’Accademia del Lincei. Sopra, l’inseminazione di un ovocita al microscopio

“Bisogna abituarsi a una Chiesa che parla

a voce alta”CARDINALE CAMILLO RUINI

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deideiVigneti

deiValle

Cose da cinema… e di molto vino, è chiaro!!!

Il film americano Sideways, che racconta la saga di due amici in giro per le belle aziende vinicole californiane, ha risvegliato,

perlomeno qui in Brasile, un fenomeno simile a quello del calcio: se ad ogni angolo c’era un CT, ora in ogni ristorante viene sempre fuori un “enologo” di turno. Ma bisogna andare nella Valle dei Vigneti per conoscere da vicino ciò che il Brasile produce di meglio in vino. Degustate quanto volete. Ne varrà la pena.

ale dos Vinhedos (RS) - Gabriela Milani ha soltanto 14 anni ma ha già scelto cosa farà da grande: l’enologa. E non è diffi cile scoprir-ne il perché: la sua famiglia ita-liana, che è arrivata nella regione all’inizio del sec. XX, è una delle

più rinomate produttrici di vino della regione, considerata il cuore vinicolo del Brasile: la Valle dei Vigneti, sulle montagne gauche, che riunisce le città di Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul.

Luiz Dilani, padre di Gabriela, non inter-ferisce nei gusti della ragazza, che preferisce passare ore nella vinicola Millantino piuttosto che giocare con i cugini. Da generazioni, la Valle è aumentata e oggigiorno è uno dei prin-cipali riferimenti nel settore in America Latina. Il patriarca dei Milani, l’oriundo seu Olivio, 80 anni, lavora nei vigneti fi n dai 10 anni d’età. La sua routine è infl essibile: alle cinque di mattina è in piedi, accende la cucina a legna, fa il caffè e, quando fa giorno, si incammina verso le viti.

Questo è il quotidiano sempre uguale di seu Olìvio, che ha fatto crescere nella Valle un giro d’affari che ha reso un movimento di 1,2 miliar-di di reali tra il 2003 e il 2004, minore soltanto al fatturato del settore dei mobilifi ci della regione. Nel 2001, il vino locale ha ricevuto un bollo di Indicazione di Procedenza, una specie di garanzia di origine e di qualità, con riconoscimento del Centro Nazionale di Ricerca dell’Uva e Vino dell’Embrapa, dell’Università di Caxias do Sul e della Aprovale (Associazione dei Produttori di Vini Fini della Valle dei Vigneti). L’anno scorso, le aziende vinicole della Valle hanno prodotto 9,3 milioni di litri di vini fi ni e hanno processato 14,3 milioni di chili di uva vinifera unica, per bevande più sofi sticate. E, da come vanno le cose, c’è ancora molto da festeggiare: il raccolto di quest’anno viene considerato da molti enologi il migliore degli ultimi tre decenni.

- Con la siccità non c’è suffi ciente linfa per nutrire il frutto. Le aziende vinicole maggiori, come Valduga, Miolo e Salton, hanno fatto to-gliere i rami verdi delle viti per non danneggiare il raccolto. Quando la stagione è piovosa il dan-no ai vini è ingente perché l’uva si superidrata con l’eccesso d’acqua, causando uno squilibrio del tenore dello zucchero. Ed è lo zucchero che

si trasforma in alcol, responsabile per la conser-vazione dei vini – spiega Moysés Luiz Michelon, proprietario dell’ Hotel Villa Michelon, che sta promuovendo il 3 giugno il debutto dei vini dell’annata 2005.

Dall’animazione dovuta al vino nella Valle dei Vigneti sono nate altre attività. Edifi ci quasi centenari, oltre alle aziende vinicole, sono stati trasformati in osterie, ristoranti e perfi no musei, dove la vecchia carrozza che trasportava l’uva ravviva i ricordi dei più anziani.

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Luciana B ezerra dos Santos

La raccolta dell’uva per esportazione o per la produzione locale del vino genera 800mila tonnellate annue. Sopra, Olivio Dilani e la casa dov’è nato

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Moysés Michelon e il sindaco di Bento

Gonçalves: danza sull’ uva per festeggiare

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Tutto sembra ispirare nostalgia. Il pae-saggio montagnoso, coperto da viti, platani e araucarie, è un viaggio di ritorno verso l’Italia del nord. Una specie di ritorno di un popolo verso le sue origini. L’ ottanta per cento de-gli abitanti della regione sono discendenti di italiani. I loro avi hanno piantato i primi vigneti, da ceppi comuni da circa 130 anni. Ma soltanto tra gli anni ’60 e ’70, periodo che ha segnato l’entrata di aziende internazionali come Chandon, Maison Forestier, Martini, Na-tional Distillers, Chateau Lacave e Welch Foods (Suvalan), la produzione locale ha cominciato ad espandersi con le viti cabernet sauvignon, merlot, malvasia de cândia, ancellota, riesling itálico, chardonnay, flora, gamay e tannat. Con tutta questa varietà non sarebbe tardata l’in-tensificazione dell’enoturismo nella regione. È stato un periodo di adattamento delle varietà vinifere, di crescita nel commercio del vino fi-

no, con tentativi anche verso il mercato estero, specialmente con i succhi.

-Per avere un’idea, il numero di visite nel 2001 alla Cordelier si è aggirato sulle 1800 persone al mese. Nel 2002 questo numero è salito a 2300 e, l’anno scorso, è arrivato a 6mila persone. La nostra aspettativa per il 2005 è di ricevere sulle 7000 visite al mese. Fermo restan-do che nel periodo di alta stagione (l’inverno) si arriva a 17mila persone al mese. Tutto ciò è sta-to reso noto lentamente, viene ancora trasmesso di bocca in bocca, ma a poco a poco si espande – puntualizza Silvio Pasin, direttore commerciale dell’azienda vinicola Cordelier.

COSE DA FILM

Una vera e propria “California brasiliana”, come quella del film americano ‘Sideway’, che presenta il paradiso dell’enoturismo degli Stati Uniti. La

nostra Valle dei Vigneti non ha niente da invi-diare a quella californiana. Le gite alle aziende vinicole sono irresistibili ma lo è, soprattutto, la degustazione di vini e formaggi.

La Casa Valduga, una delle pioniere nell’eno-turismo, dà impiego a 118 dipendenti diretti e 35 del terziario nel raccolto che avviene tra gen-naio e marzo. Oltre alla vinicola, nel ristorante si riunisce il migliore connubio gastronomico del pianeta: un buon vino e un succulento piatto di pasta. Chi non resiste a questa tentazione può pure rimanere là, ospite della pensione della Casa, e rimanere anche il giorno dopo per pas-seggiare tra le viti. O visitare la casa di Madeira, responsabile della produzione di marmellate, succhi d’uva, grappa e aceto balsamico, o la Cave de Pedra, costruita in basalto per stoccare vini e spumanti.

- Se qualcuno pensa di sposarsi in un castel-lo in stile medioevale e non ha soldi per sposarsi in Europa, questo posto (la Cave de Pedra) è l’ideale: basta fissare la data e fare il matrimonio – suggerisce João Valduga, direttore e enologo dell’azienda vinicola.

La Casa, nella regione fin dal 1875, ha conquistato rispetto internazionale quando ha iniziato la piantagione ecologicamente corretta delle sue uve europee e americane, bianche e rosse. Il primo complesso agro-vinicolo del Bra-sile, impiantato nel 1992.

- Abbiamo cominciato a vincere premi na-zionali e internazionali. E, grazie a ciò, abbiamo iniziato ad esportare – dice con enfasi il diret-tore della Valduga, che non vende a grandi reti di supermercati. – Si tratta di una filosofia della casa – spiega.

La colonia esporta verso cinque paesi, tra cui la Repubblica Ceca, Stati Uniti, Germania e Svizzera. Giappone e Cina, spiega Valduga, sono anch’essi nei piani dell’azienda, ma con un’esportazione più timida.

Anche la Salton comincia a cogliere i frutti dei R$ 32 milioni investiti nel suo nuovo parco industriale. Secondo Daniel Salton, i clienti con-

quistati nel 2005 già rappresenterebbero metà della cartiera di esportazioni della compagnia.

- Questo è il risultato di un’intensa par-tecipazione a fiere internazionali e contatti con clienti di vari paesi, iniziata grazie ad una iniziativa tra l’Ibravin (Istituto Brasiliano di Vino) e l’Apex (Agenzia di Promozione di Esportazioni Brasiliane).

Unendo tecnica, tradizione e arte, per mez-zo della produzione e selezione delle uve, si ottengono eccellenti risultati nell’elaborazione dei vini. La famiglia italiana Brandelli, che è ar-rivata a Bento Gonçalves – allora Colonia Dona Isabel – verso il 1887 proveniente da Verona, nel settentrione, nei suoi bagagli ha portato anche l’abitudine di coltivare la vite. L’uva e il vino erano venduti a cooperative e a grandi aziende vinicole. Ma, negli anni ’80 e ’90, le famiglie hanno cominciato la produzione di varietà nobili in vinicole di loro proprietà, con investimenti

All’orizzonte, solo vigneti. Un viaggio nostalgico al nord d’Italia

João Valduga ha 118 impiegati e 35 del terziario. Azienda vinicola ha conquistato premi nazionali e internazionali. Sopra, Cave di Pietra, azienda in stile medioevale

“Tutto sembra ispirare nostalgia.

Il paesaggio montagnoso,

coperto da viti, platani e araucarie,

è un viaggio di ritorno verso

l’Italia del nord”

L’attenzione all’immagazzinamento delle bottiglie è così importante quanto l’elaborazione dei vini

“Dopo l’imbottigliamento, il vino rimane altri

sei mesi nelle cantine per invecchiare. Dopo bisogna

soltanto etichettarlo e distribuirlo sul mercato”

Routine:andare all’alba nel vigneto, malgrado il freddo, è il tran tran quotidiano di Laurindo Brandelli

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tecnologici oggi paragonabili a quelli di altre parti del mondo.

- I prodotti vengono elaborati per il consu-mo della famiglia, e l’eccedente, commercializ-zato – racconta Marcio Brandelli, direttore della Vini Don Laurindo.

TRADIZIONE E MODERNITÀ INSIEME

Piccole, ma senza differenze in qualità dei pro-dotti rispetto alle grandi aziende, le imprese investono molto in tecnologia e attrezzature. Le botti di legno e i barili di quercia dividono lo spa-zio con vasche di acciaio inossidabile, macchine e moderni equipaggiamenti importati dall’Italia e con le belle cantine di pietra, dove sono tenuti i vini imbottigliati per l’invecchiamento.

La cura con l’immagazzinamento delle bot-tiglie è tanto importante quanto l’attenzione versata nell’elaborazione dei vini. È nell’invec-chiamento che l’uva trasmetterà il suo vissuto. Il vino matura nelle botti e, dopo, viene imbot-tigliato e immagazzinato nelle cantine dove, ad una temperatura naturale costante di circa 15° C, in ambiente in penombra e silenzio, evoluisce.

- Il periodo dell’invecchiamento viene defi ni-to a seconda di ogni varietà, per mezzo di degu-stazioni – insegna Brandelli, che commercializza i vini Don Laurindo in negozi specializzati di tutto il paese e in ristoranti famosi, come il Fasano e il Gero, a San Paolo. I prezzi si aggirano tra i 25 e i 34 reali. Per quest’inverno l’azienda prepara il lancio sul mercato del Gran Riserva, annata 2002, che mescola due varietà vinifere (tannat e ancel-lotta) e sarà venduto a R$ 75,00.

Enologa da nove anni, Deise Pelicioli, 29 anni, lavora da 9 mesi alla Cordelier e usa uve cabernet souvignon e merlot per i rossi, e cabernet per i bianchi. Il procedimento nella produzione di un vino è, defi nisce l’enologa, quasi religioso:

- Dopo la raccolta, le uve vengono lavate e messe nella macchina per separare i chicchi dai grappoli. In seguito, vengono immagazzi-nati, dove il vino rimane da 15 a 20 giorni in barili di acciaio inox e, dopo, versati in barili di quercia. Nei barili ci rimane per otto mesi per essere poi imbottigliato. Dopo si tratta sol-tanto di etichettarlo e distribuirlo sul mercato – spiega Deise.

Quanto ai vini giovani – segnala Deise -, seguono dai barili di inox alle bottiglie, ossia, non passano per l’invecchiamento delle botti di quercia. I vini di questa linea sono più leggeri. E la linea selezione invecchia nella quercia dai 3 ai 4 mesi.

DAL VINO ALL’ “ORO”

Uno degli imprenditori di più successo della regione, Raul Anselmo Randon, viene con-siderato l’ “uomo da 1,5 miliardo di reali”. È quanto vale il suo impero industriale. Ma la sua entrata nel mercato del vino è stata casuale. Nel 1999, ha domandato all’amico Adriano Miolo, proprietario di una delle mag-giori aziende vinicole della Valle dei Vigneti, come produrre un vino per festeggiare le sue nozze d’oro. Un marchio personalizzato, per eternizzare l’evento.

Raul ci ha messo l’uva e la Miolo l’elabora-zione e la produzione del vino. Ha funzionato. Il “regalo” di matrimonio è fi nito per diventare un affare. A Randon è piaciuta l’idea del vino e ha deciso di mantenere l’investimento nel segmento. Il vitigno ha sei ettari e ottomila piantine di varietà cabernet sauvignon e mer-lot coltivate nella sua proprietà, a Vicaria, che danno origine al sofi sticato RAR. La prima an-nata, nel 2002, è stata presentata dalla Miolo nel maggio 2004 durante una fi era internazio-nale di vini, a Londra.

Secondo il dirigente, l’annata del 2002 ha reso 25mila bottiglie. E il RAR è arrivato tra i primi 5 migliori in un concorso avuto a San Paolo che ha potuto contare su 140 espositori. L’annata del 2003 è stata inaugurata durante la Expovinis, a San Paolo, nel maggio di quest’an-no, con 45mila bottiglie.

- Neanche ho cominciato a produrre e il vi-no già viene premiato. È molto soddisfacente. I miei vini non vengono venduti nei supermer-cati. Dico sempre: “E’ molto importante ap-poggiarsi a gente grande che sa fare le cose”, commenta Raul, riferendosi alla partnership con la Miolo. In effetti, dal vino all’oro quasi istantaneamente.

Parco industriale: Salton ha già investito 32 milioni di reali

Malgrado l’espansione del settore e degli innumerevoli premi internazio-nali, produrre vino non è un compito proprio facile in Brasile, specialmen-

te al sud, nella Serra Gaucha. I coltivatori recla-mano della mancanza di appoggio del Governo federale che, secondo i proprietari delle varie aziende vinicole, guarda al settore con sdegno. Tasse molto alte rendono cara la produzione na-zionale, al contrario degli importati che ricevo-no sussidi in Brasile. Vini argentini e cileni ven-gono venduti in larga scala ad un consumatore ancora poco selettivo in Brasile.

La disparità riguarda tutta la linea di produ-zione. Anche soltanto un semplice tappo viene infl uenzato da questo litigio tra argentini e bra-siliani per il mercato verde e giallo. I produttori reclamano dicendo che pagano US$ 1,65 per un tappo che all’estero costa soltanto US$ 1.

- In Argentina, il vino è esente da tasse di importazione, i produttori guadagnano nel mo-mento in cui esportano. Aggregano valore sui tappi – dice Silvio Pasin, direttore commerciale della Cordelier.

João Valduga, proprietario dell’azienda vi-nicola Casa Valduga, raccomanda al governo di comprendere il settore non soltanto come di be-vande alcoliche, ma anche di cultura e turismo. La Casa Valduga riceve circa 70mila visitatori al-l’anno nelle sue cantine, agriturismi e vigneti.

- Quando il vino viene indicato come bevan-da alcolica e danneggia la salute, è diffi cile che si offra credito al prodotto. Il Brasile oggigiorno importa l’80% di vini consumati, la maggior par-te di origini dubbiose – analizza l’imprenditore.

Secondo lui, il ridotto numero di produttori in Brasile (15mila famiglie) genera 800mila ton-nellate annue. Questo, dice l’imprenditore, fa sì che il governo punti di più sull’importato che sullo stimolo interno. Valduga racconta che ha passato brutti momenti quando, senza appoggi governativi, è dovuto ricorrere alle banche:

- Quando la casa ha tentato di crescere, cer-cando risorse fi nanziarie di altre istituzioni, è sta-to il periodo più amaro. Anche lavorando inten-samente, non riuscivamo a pagare le banche. La nostra fi losofi a oggi è di neanche passare davanti alle banche, e invece lavorare con risorse proprie. Gli interessi sono altissimi – critica Valduga.

Tra gli importati, i vini argentini sono quelli che danno più fastidio: hanno dominato il 67% delle vendite sul mercato brasiliano l’anno scorso. In Argentina, dice Marcio Brandelli della Don Lau-rindo, il governo locale investe pesantemente nel vino perché il prodotto apre il mercato al paese.

- In Brasile, le cose ci mettono molto a succedere. Se il produttore aspetta il governo, aspetta e spera… - dice Brandelli.

Luiz Milani, della Milantino, non nasconde la sua indignazione:

- Come verranno conosciuti dai brasiliani i no-stri prodotti? Il Brasile non ha politiche pubbliche affi nché il settore si sviluppi. Per darvi un’idea, pa-ghiamo il 42% di tasse su ogni bottiglia di vino.

Márcio Brandelli, della Don Laurindo, rico-nosce che le discussioni dei produttori nazionali riguardo gli importati è abbastanza disuguale:

Un vino importato di qualità inferiore entra nel paese ed è venduto a R$ 17. Invece quello nazionale ha una qualità superiore e arriva al-la tavola del consumatore al prezzo di R$ 24. Per avere un’idea, circa il 75% del vino fi no che si consuma in Brasile è importato e soltanto il 25%, nazionale. E il peggio di tutto questo è che soltanto il 2% dei brasiliani sa che il Brasile pro-duce vini fi ni e di qualità.

Silvio Pasin, direttore commerciale della Cor-delier, critica la tributazione diretta all’agricol-tore, che è di quasi 5%. “In altri paesi questo non succede”.

Pasin indica che oltre alle tasse, la geografi a montagnosa impedisce una produzione in larga scala. Secondo lui, i vigneti sono piccoli se pa-ragonati a quelli di altri paesi.

Cercando di dimostrare che gli argentini so-no più impegnati col loro mercato del governo brasiliano, Pasin ricorre alla memoria:

- Ai tempi di Perón (Juan Perón, ex presi-dente dell’ Argentina negli anni ’50), i viticultori volevano strappare via i vigneti, il consumo era basso, malgrado l’ alta produttività. Perón disse che “tutti gli argentini di rispetto dovranno avere sulla tavola una bottiglia di vino perlomeno una volta al mese”. Ed è ciò che è successo in Argen-tina. Questo ha bloccato l’esodo rurale, ha messo un punto fi nale alle isole di miseria della capitale ed ha accresciuto ricchezze a quella regione agri-cola che è diventata importante. Tutto ciò che viene importato è esentasse nella regione perché origina reddito per il popolo argentino.

LEZIONE DAGLI ANDINI

In Cile, un produttore può piantare fi no a 100 ettari con gli incentivi del governo e comincia a pagare il debito soltanto cinque anni dopo, con degli interessi del 6% l’anno.

- In Brasile se volessimo fare questo do-vremmo andare in banca, non abbiamo nessuna carenza. Al massimo un anno dopo dobbiamo

cominciare a pagare senza neanche aver comin-ciato il raccolto. Perdiamo capitali e i tassi di interessi non sono mai inferiori al 18 o 20% al-l’anno. I nostri costi per produrre un chilo di uva sono tre volte superiori ai costi mondiali. Non abbiamo una politica agraria di fi nanziamenti con sussidi – avvisa Pasin.

Il segretario di turismo di Bento Gonçalves, Ivo Da Rold, si aggiunge al coro. Secondo lui, oltre ai sussidi agli importati, il vino contrab-bandato intensifi ca la disuguaglianza tra il vino brasiliano e quello estero.

- Le tasse per i produttori di qui sono molto alte – riconosce.

In maggio, imprenditori brasiliani hanno ac-compagnato il segretario esecutivo del Ministero per lo Sviluppo, Márcio Fortes de Almeida, chiama-to il “pompiere del Mercosud” dal cancelliere Celso Amorim, a Buenos Aires. Là hanno chiesto agli ar-gentini di ridurre il prezzo del vino da tavola espor-tato in Brasile. Una cassa di vino da tavola argen-tino è venduta qui a US$ 4. I viticultori vorrebbero che il prezzo non fosse inferiore a US$ 15.

Il vino da tavola importato non è l’unica preoccupazione. Secondo Carlos Eduardo No-gueira, direttore di Marketing e Esportazione della Miolo, il mercato di vini fi ni in Brasile si trova sempre più concentrato nelle mani delle aziende estere.

- Per dominare il mercato, dobbiamo inve-stire pesantemente in tecnologie, concetti, qua-lità, serietà. Questa è la sfi da principale, far sì che i brasiliani bevano più vino, valorizzino il vino nazionale e lo difendano. In qualsiasi al-tro paese il vino è un patrimonio della nazione. In Brasile, sembra sia chic parlare male del vino brasiliano, ma negli ultimi cinque anni le cose stanno cambiando – pondera. (L.B.S.)

Malgrado i buoni risultati degli ultimi anni, viticultori del sud criticano il governo perché facilita importazioni sfrenate di vini argentini e cileni

Tappo non va giù

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Raul Randon: vino, il regalo delle nozze d’oro, è diventato un affare

“Paghiamo il 42% delle tasse per una bottiglia di vino”

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ÁRABES NA JOGADA

Até setembro de 2004, as expor-tações brasileiras de vinho cres-

ceram 42 pontos percentuais (1,9 milhão de litros embarcados) em relação ao total de 2003. Dirigentes do setor acreditam que até 2006 será registrado um aumento de 30 pontos percentuais nos embarques para o ex-terior. O vinho de mesa responde por 80% das exportações. Mas os fi nos já começam a receber mais atenção e são embarcados para Itália, França e, até, Oriente Médio.

ALERTA AO PLANALTO

Os produtores de vinhos estão reivindi-cando ações do Planalto que evitem

um possível colapso no setor. Uma delas é a revisão dos decretos 2.314/97 e 99.066/90, que se referem à classifi cação e padro-nização das bebidas alcoólicas mistas e dos coquetéis derivados do vinho. Essas ações teriam refl exos imediatos de salvaguarda da bebida nacional: o primeiro, minimizar a força comercial dos vinhos argentinos e chilenos; o segundo, ampliar o controle de qualidade das bebidas vendidas indiscrimi-nadamente no país.

BEM NA FITA

O Brasil é o 13º maior país produtor de vinhos do mundo. Tem 700 vinícolas no país e 16 mil proprie-

dades com parreirais. Dados do Ibravin apontam que a produção da última safra (2004) chegou a quase 360 milhões de litros, entre vinhos fi nos, vinhos de mesa, espumantes e suco de uva. Foram plantados mais de 600 milhões de quilos de uva. A produção de vinhos atingiu 50 milhões de litros (75% vinhos de mesa). A movimen-tação anual do setor é de R$ 1,2 bilhão. Os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco e Rio Grande do Sul concentram, juntos, a produção praticamente total. Mas é das terras gaúchas, saem 95% do vinho nacional.

notas

Brasile

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Page 15: La forza dell’Italia al Sudtaram por conta própria, em Niterói, a Maveroy, uma fábrica de frigorífi cos que em 1955 produziu a Kelvinator, a primeira geladeira brasileira. Ernane

In Brasile il vino c’è da 130 anni. Malgrado tutto questo tempo, i brasiliani ancora non hanno una cultura del vino. Il consumo in Brasile è ancora molto basso. Sono appena

due litri all’anno per abitante.Per avere un’idea, sono 67mila ettari di vi-

gneti in tutto il paese, che beve l’85% di vini in bottiglioni (uve americane) e soltanto il 15 % di vini fi ni (uve vinifere europee). Valduga azzarda una tesi per il poco coinvolgimento dei brasilia-ni col vino:

- E’ un fatto culturale. I brasiliani preferisco-no bere birra a vino per mancanza di informa-zione. Non sono preparati a bere un buon vino, forse anche dovuto a motivi economici – dice l’imprenditore, riferendosi ai prezzi del vino, più altri di quelli delle ‘bionde’.

L’Istituto Brasiliano del Vino (Ibravin) si sta sforzando, secondo Valduga, per convincere il governo brasiliano del fatto che il vino deve far parte dei pasti dei cittadini da nord a sud.

- C’è un gruppo di cantine della regione (della Valle dei Vigneti) che visita tutto il Brasile per dimostrare la qualità dei nostri vini – racconta.

Come dice Silvio Pasin, della Cordelier, l’Ibra-vin è stato creato per promuovere lo sviluppo del vino nel paese con risorse ottenute da im-prese e con una rinuncia fi scale del governo del-lo stato di Rio Grande do Sul. Il chiamato Fun-dovitis, spiega Pasin, serve alla divulgazione del vino e anche ai produttori.

- Servono quasi 25 milioni di reali per fa-re questo lavoro (di divulgazione del vino) e l’Ibravin quest’anno ne ha ottenuti soltanto R$ 5,5. D’altra parte, il Brasile è un paese che non usa i prodotti agricoli come moneta di scambio in negoziati bilaterali. Il Cile è uno dei maggiori compratori di autobus della Mar-copolo di Caxias (con sede a Caxias do Sul). La loro controparte, affi nché questi veicoli entrino nel paese, è in casse di vino per il Brasile. Se vanno 1400 autobus, la quota ci-lena per il Brasile, che è di 250mila casse di vino, diventerà di 400mila – paragona Pasin. E aggiunge:

- I vini cileni e argentini che hanno con-quistato il mercato brasiliano con prezzi sui 5

o 6 reali sono totalmente diversi da quelli che vengono mandati in Europa e negli USA. Sicco-me non siamo consumatori specialisti in degu-stazione, non sentiamo la differenza. Il consu-

matore entra in un supermercato e vede negli scaffali 20 marche diverse, tra cui quelle di vino nazionale, che costa R$ 12, e quelle argentine, che costano tra i 6 e gli 8 reali. Cosa compra? La più economica, è chiaro.

In Brasile, il consumo del vino da tavola è molto maggiore di quello di vino fi no. Que-sta impopolarità del vino fi no, secondo Car-los Eduardo Nogueira, direttore di Marketing e

Brasile

Esportazione della Miolo, cambierà soltanto se il settore renderà popolare il vino nazionale, ascoltando soprattutto i suoi consumatori:

- Un esempio: una persona non capisce niente di vino e non lo compra per non ri-manere imbarazzato davanti ad un amico, che probabilmente gli dirà che non ha comprato il vino giusto. Questa è una stupidaggine. A par-tire dal momento che la fi niremo con questo mito, aumenterà il consumo. Il vino buono è quello che risulta più gradevole al nostro pa-lato. Adesso, se si preferisce quello di cattiva qualità, la schifezza, purtroppo continueremo a comprare il vino argentino. Ma né a tutti i brasiliani piace bere vino economico. Infatti la Miolo è la terza maggior impresa nella pro-duzione di vini in Brasile, e il nostro vino non è economico.

Ma nell’aria si sente ottimismo. Secondo dati di mercato, il consumo di vino fi no in Brasile è aumentato del 15% nel 2004.

- Siamo rimasti 10 anni bloccati – mette in distacco il dirigente della Miolo.

La giornalista responsabile per il servizio è entrata in contatto con l’Ibravin per parlare del Fundovitis, ma fi no al momento della chiusura non aveva ottenuto risposta. (L.B.S.)

Brasiliani bevono solo 2 litri di vino all’anno

“I brasiliani preferiscono bere

la birra al vino per mancanza di informazioni e

consapevolezza”

I vigneti, la degustazione di vini e i formaggi non so-no gli unici attrattivi della Serra Gaucha. Ci sono al-tre opzioni di gite per bambini e adulti. La dritta è cominciare il viaggio per la regione con la Maria Fu-

maça, una locomotiva tedesca Jung fabbricata nel 1954 che funziona con sei vagoni – uno di essi ancora originale – usato nel 1995 come scenario per il fi lm “O Quatrilho”, di Fabio Barreto. Nella stazione di Bento Gonçalves, i tu-risti vengono ricevuti dalle colone italiane e possono sor-seggiare vini e assaggiare formaggi. Per i bambini, molto succo d’uva. Tutto innaffi ato da musica e danze italiane.

Durante due ore, il treno percorre un tratto di 23 chi-lometri, passando dai comuni di Garibaldi e Carlos Barbo-sa. Nei vagoni, un coro tipico italiano si incarica della fe-sta. Tutto è permesso, dalle tarantelle danzanti alle can-zoni romantiche. Ti sei stancato? Ma la festa continua. C’è anche il teatro e concerti di ‘repentistas1’ e di un gruppo di strumentisti gauchi.

Il corista Teodoro Anghinoni, 75 anni, abituato all’in-terattività dei turisti, ha già conosciuto persone di tut-to il mondo e mette in risalto l’orgoglio di lavorare sulla Maria Fumaça:

- In otto anni di treno ho già conosciuto molti turisti e tutti sono rimasti incantati con la nostra allegria e con gli attrattivi della regione.

Nella stazione di Bento Gonçalves, il turista può fare una foto in bianco e nero vestito con abiti dell’epoca dei primi coloni, come quelli usati dai protagonisti della tele-novela “Terra Nostra”, Giuliana (Ana Paula Aròsio) e Matteo (Thiago Lacerda). Ancora nel-la stazione, Marlene Denardi, che lavora sulla Maria Fumaça da dieci anni, offre i vecchi abiti per le foto. Gemma Maz-zochin, 78 anni, anche lei attrae le attenzioni con l’ar-tigianato all’uncinetto.

Il visitante deve asso-lutamente andare anche al Parco Tematico Epopea Ita-liana. In 45 minuti di spet-tacolo il turista conosce la traiettoria degli immigranti. In nove scenari due attori mostrano la vera storia di una coppia di immigranti, Lazzaro e Rosa, che partiro-no in nave da Pedersano, al nord d’Italia, verso il sud del Brasile. Alla fi ne dello show

gli attori servono del vino, succo d’uva (ai ragazzi) e biscotti tipici italiani a sazietà.

Un’altra fermata obbligatoria è quella da fare all’atelier dell’artista plastico Aldo Locatelli. Nato a Bento Gonçalves, discen-dente da immigranti italiani, fi n dagli anni ’70 si dedica interamente alle arti plastiche, ricevendo visitanti che vogliano assaporare vini e pani fatti da lui stesso.

CAMMINO DELLE PIETRE

Dopo il viaggio fatto sulla Maria Fumaça, un’altra dritta è andare al Cammino delle Pietre, culla della colonizzazione italiana del 1875. Sono sette chilometri di stra-da che tagliano 28 case di legno e pietra, molte di esse restaurate esattamente come erano alla fi ne del sec. XIX. La Casa di Pie-tra, della famiglia Bertarello e la Cantina

Strapazzon furono costruite rispettivamente verso il 1877 e il 1880.

Il regista Fabio Barreto ha girato “O Quatrilho” nella Cantina Strapazzon. Lo sce-nario è così affascinante che una pubblicità mondiale della crema Nivea,

il Nivea around the world, vi è stato gi-rato di recente.

Formaggi e yogurt (quello di more sem-bra una cosa dell’altro mondo!) possono es-sere divorati alla Casa della Pecora. Nella Casa della Pasta e in quella del Filo e della Lana non mancano cappelletti freschi, oltre a tappeti e sciarpe. E se hai già esaurito la tua quota di vino, va’ alla Casa del Mate. Là la famiglia Ferrari ha messo su un’interes-sante fabbrica di essiccazione dell’erba.

- Case di antichi coloni si mischiano al-le grandi imprese alberghiere senza che gli stili si scontrino. Non c’è niente di molto

Né solo di vino vive la Valle

Simpatia: Dona Gemma danza per i turisti e, inoltre, vende le sue cose all’uncinetto. Sopra, Casa Bertarello, una delle prime ad essere costruita nel Cammino delle Pietre

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1 N.d.T.: sono cantautori che improvvisano in coppia versi rispondendosi l’un l’altro accompagnati da chitarra.

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COMO CHEGAR

De avião: Deve-se pegar um avião até Porto Alegre e de lá seguir de carro ou de ônibus até o Vale dos Vinhedos. A Varig tem vôos saindo do Rio para Porto Alegre a partir R$ 860,63, ida e volta com taxas de embarque. Na TAM, o bilhete custa a partir de R$ 1133,10. A Gol tem passagens a partir de R$ 503,10, na compra pela Internet.

De ônibus: São cerca de duas horas e meia de viagem. Há ônibus diariamente, em diversos horários saindo da estação rodoviária de Porto Alegre. O valor da passagem é a partir de R$ 16,80. Tel. (51) 3210-0101.

De carro: Saindo de Porto Alegre são cerca de 120 quilômetros de distância. Pegar a BR-116, sentido capital-interior. Ao passar pelo posto da Polícia Rodoviária Federal, em São Leopoldo, siga as placas indicativas do Vale dos Vinhedos. Entre na RST-470 e, depois de passar o município de Bom Princípio, entre pela esquerda. No município de São Vendelino, pegue a RST-470 até Bento Gonçalves. Ali, há um trevo de acesso ao Vale dos Vinhedos.

AGENCIA DE TURISMO

Opzionne Turismo – RS-444, km 18,9 - Vale dos Vinhedos - Bento Gonçalves-RSTel. (54) 459-1800 /1813.

ONDE COMER

Canta Maria: Comida típica italiana. RST/km - 217 – Bento Gonçalves.Tel. (54) 453-1099. Giuseppe: RST-470 – Km 64 – Entre Bento Gonçalves e Garibaldi. Tel. (54) 463-8505 / 8138.

Dom Zieiro: Cozinha italiana e contemporânea. RST-470, Km 219,75. Vale dos Vinhedos.Tel. (54) 453-7593.

Casa Valduga: Comida italiana. Linha 6 da Leopoldina s/nº, Bento Gonçalves.Tel. (54) 453-3122.

Restaurante Nona Ludia – Casa Bartarello – Caminho de Pedras - (54) 454-9756.

ONDE COMPRAR

Queijaria Valbrenta: RS-444 km 2,6, Estrada do Vinho, Vale dos Vinhedos.Tel. (54) 461-1966www.queijariavalbrenta.com.br

Quinta do Joaquim: Linha 8 da Graciema s/nº, Estrada do Vinho, Vale dos Vinhedos.Tel. (54) 459-1085.

Casa da OvelhaTel. (54) 9138-0887.

Casa das massas e casa do Fio e da LinhaTel. (54) 9113-5870.

Cantina StrapazzonTel. (54) 504-4780.

Casa da Erva MateTel. (54) 9952-5110.

ONDE FICAR

Hotel Villa Michelon: Pacotes de três dias a partir de R$ 401 por pessoa, com café da manhã, meia pensão e curso de degustação. Diárias a partir de R$ 161. RST- 444, km 18,9. Vale dos Vinhedos. Tel. (54) 459-1800.www.villamichelon.com.br Casa Valduga: Diárias para casal a partir de R$ 170. Oferece aos hóspedes visitação à vinícola e um curso de degustação. Linha Leopoldina, Vale dos Vinhedos. Tel.(54) 453-1154.www.casavalduga.com.br

ATRAÇÕES TURISTICAS

Maria Fumaça: Estação de Bento Gonçalves e de Carlos Barbosa. Saídas às quartas e aos

sábados (baixa temporada) e todos os dias (alta temporada). Tel. (54) 455-2788. Preço R$ 39. www.mfumaca.com.br

Epopéia Italiana: Rua Visconde de São Gabriel, 507, Bairro Cidade Alta Bento Gonçalves.Tel. (54) 454-1789. Preço R$ 15. www.epopeiaitaliana.com.br

Fotos Antigas – Estação Bento Gonçalves. Tel.(54) 451-4136 / 9954-3912.

Memorial do Vinho e Casa do Filó: Hotel Villa Michelon. Diariamente, das 9h às 17h (alta temporada) e aos sábados e domingos (baixa temporada). Entrada franca.

Caminhos de Pedra: Turismo Rural e Cultural – Bento Gonçalves. e-mail: [email protected]

ONDE EXPERIMENTAR OS MELHORES VINHOS

Vinícolas:

Salton: Rua Mário Salton, 300 – Distrito de Tuiuty – Bento Gonçalves – RS.Tel. (54) 458-1717 www.salton.com.br

Cordelier: Curso de degustação a R$ 25, RST-470, km 219,75.Tel. (54) 2102-2333www.cordelier.com.br

Miolo: Curso de degustação a R$ 95, RS-444, km 21.Tel. (54) 2102-1500www.miolo.com.br

Reserva Milantino: RST-444, km 19,4.Tel. (54) 459-1140

Vinhos Don Laurindo: Estrada do Vinho, 8 da Graciema.Tel. (54) 459-1600www.donlaurindo.com.br

vecchio o molto nuovo, sono appena del loro tempo. Ma la cosa più impressio-nante quando si arriva alla Valle è il viaggio sulla Maria Fumaça. All’improvviso l’Italia sale sul suo treno e ti mostra l’allegria, la musica e tutto l’incanto che rappresenta la conoscenza di un’altra cultura. Anzi, molto simile alla nostra. Senza dubbio, conoscere la Valle è un ottimo programma – raccomanda Maria Laura Chicayban Monteiro de Castro, 53, di Rio de Janeiro

Alcune costruzioni sono da guardare soltanto da fuori, ma le altre sono a porte aperte. Per questo vale la pena rimanere un’intera giornata al Cammino

delle Pietre, ma non si deve di-menticare di portare una guida turistica locale con le creden-ziali dell’Embratur.

- La guida è importante per-ché il turista può conoscere co-stumi, abitudini, storia, tradizio-ne e gastronomia della regione – mette in risalto Cristina Valenti.

È veramente impossibile la-sciare la Serra Gaucha fuori dal-l’agenda di viaggio.

A repórter Luciana B. dos Santos viajou a convite do hotel Villa Michelon

Musica sul treno: la Maria Fumaça più animata del Brasile. Al lato, la Cantina Strapazzon, che è servita da scenario del film “O Quatrilho”

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Consolato Generale d’ItaliaRio de Janeiro

REFERENDUM 2005

“Norme in materia di procreazione medicalmente assistita”(Legge 19 febbraio 2004, n.40)

Domenica 12 giugno 2005 si svolgeranno le consultazioni per QUATTRO referendum popolari sul tema della “procreazione medicalmente assistita”.

I quesiti referendari sono così denominati:• “Limite alla ricerca clinica e sperimentale sugli embrioni”• “Norme sui limiti all’accesso”• “Norme sulle fi nalità, sui diritti dei soggetti coinvolti e sui limiti all’accesso”• “Divieto di fecondazione eterologa”

I cittadini italiani residenti all’estero, iscritti nelle liste elettorali, potranno partecipare al referendum votando PER CORRISPONDENZA, tramite il sistema postale.

A questo fi ne, il Consolato Generale a Rio de Janeiro, entro il 25 MAGGIO 2005, provvederà ad inviare per posta, al domicilio di ciascun elettore, un PLICO contenente il testo della legge sul voto all’estero, un foglio informativo che illustra le modalità di voto, il certifi cato elettorale, le quattro schede elettorali (una per ciascun referendum), una busta completamente bianca ed una busta già affrancata recante l’indirizzo dell’Uffi cio consolare stesso.

L’elettore, utilizzando la busta già affrancata e seguendo le istruzioni contenute nel foglio informativo, dovrà spedire SENZA RITARDO le schede elettorali votate, in modo che arrivino al proprio consolato entro – e non oltre – le ore 16, ora locale, del 9 GIUGNO 2005.

L’elettore che, alla data del 29 MAGGIO 2005, non avesse ancora ricevuto a casa il plico elettorale, potrà rivolgersi al proprio Consolato per verifi care le sua posizione elettorale e chiedere un duplicato.

GLI UFFICI CONSOLARI SONO A DISPOSIZIONE DEI CITTADINI PER QUALSIASI ULTERIORE INFORMAZIONE

In occasione del Referendum, il Consolato Generale d’Italia di Rio de Janeiro ha messo a disposizione una linea telefonica per qualsiasi chiarimento.

Il numero è 2122-2118

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