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LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

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Trabalho de conclusão de curso de Design, habilitação em Design Gráfico.

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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E ARTES DE LIMEIRA, FAALCURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN

PIMENTA PARA OS OLHOS DOS OUTROS.DESIGN DE EMBALAGENS DE MOLHO DE PIMENTA PARA CHILIHEADS.

Aluno: Rodolfo Francisco PerezOrientador: Prof. Msc. Tomas Guner Sniker

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à Banca Examinadora, como exigência parcial para obtenção de título de Graduação do Curso de Design, Habilitação em Design Gráfico, da Faculdade de Administração e Artes de Limeira, sob a orientação do Prof. Msc.Tomas Guner Sniker.

Limeira - SP2011

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FOLHA DE JULGAMENTO

Candidato: Rodolfo Francisco Perez

Monografia defendida e julgada em: ____/____/____ perante a

Comissão Julgadora:

________________________________________

Prof. Msc. Tomas Guner Sniker

________________________________________

(membro 1)

________________________________________

(membro 2)

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Dedico este trabalho a minha família, amigos, designers e a todos os interessados em conhecer um pouco mais dos estudos que envolvem o design de embalagens, com o intuito de disseminar o conhecimento adquirido e contribuir para que o design seja mais presente na sociedade.

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“Se fosse fácil encontrar o caminho das pedras, tantas pedras no caminho não seria ruim.”

Humberto Gessinger

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Agradecimentos

Agradeço primeiramente à Deus e à meus pais por me apoiarem e me ajuda-rem durante todo o meu período na faculdade, por terem me educado e ensinado valores que carregarei por toda a vida.

À Angela, que sempre esteve ao meu lado me respeitando e fazendo o me-lhor possível por mim. Ao meus amigos de sala, em especial aqueles que me apoiaram e me ajudaram nos momentos mais difíceis dessa jornada.

Na faculdade, agradeço aos professores que com boa vontade e humilda-de souberam transmitir seus conhecimentos. Aos coordenadores, diretoria e todos os funcionários pela competência e cordialidade para conosco. Ao Sr. Orlando, que acreditou, batalhou e doou sua vida pela instituição.

Que Deus abençoe a todos

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Resumo

As embalagens, hoje fazem parte de um campo de estudo muito rico e pro-missor, onde é uma das áreas do design que provavelmente nunca estará em decadência, afinal todos precisam consumir e os produtos precisam vir em-balados de alguma forma, independente se o produto se encontra nas prate-leiras do supermercado ou é comprado da internet. A embalagem na maioria das vezes acaba vendendo o produto.

O trabalho aqui proposto, visa o projeto e criação de embalagens para uma linha de molhos de pimenta. Passando por várias etapas do projeto de design e processo criativo, seu desenvolvimento proporcionou a realização de estudos de caso e várias pesquisas a fim de embasar o projeto com consistência e seriedade em todos os aspectos abordados.

Todo o processo começou pelo estudo e busca do conhecimento mais aprofundado em relação às pimentas, posteriormente adentrou-se no universo das embalagens e sua importância para a sociedade e para o mercado como ferramenta de marketing. Contudo ainda era necessário entender conceitos sobre o design de embalagens, forma, cor, tipografia, culturas e a busca de referência visual para a criação.

Por fim o trabalho apresentará a linha de embalagens que foi proposta e desenvolvida para a marca de molhos de pimenta Mr. Pepper Sartori, incluindo não somente o projeto gráfico como também, o design de um novo formato de frasco e um bico dosador inteligente.

Palavras-chave: design de embalagem, marketing, molho de pimentas, Mr. Pepper Sartori, México, novo frasco, bico dosador.

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Abstract

The packaging, nowadays, is part of a very rich and promising field of study, which is one of the design’s areas that probably will never be in decline, after all everyone needs to consume, and the products must come packed in some way, regardless if the product is on supermarket shelves or if it is purchased over the internet. The packaging most often ends up selling the product.

The project proposed here, aims the project design and packaging creation for a pepper sauces line. Passing through several stages of the project design and creative process, their development have promoted the accomplishment of several case studies and research in order to support the project with consistency and integrity in all aspects covered.

The whole process began by the study and pursuit for a deeper knowledge about peppers, then entered into the universe of packaging and its importance to society and to the market as a marketing tool. However it was still necessary to understand the concepts about the packaging design, shape, color, typography, cultures and the search for visual reference to the graphic creation.

Finally this project will present a packaging line that has been proposed and developed for Mr. Pepper Sartori brand pepper sauce, including not only the graphic design, but also the design of a new bottle shape and an intelligent dosing chamber.

Keywords: packaging design, marketing, pepper sauce, Mr. Pepper Sartori, Mexico, new bottle shape, dosing chamber.

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INTRODUÇÃOOBJETIVOSOBJETIVOS ESPECÍFICOS JUSTIFICATIVASMÉTODO

1 - PIMENTA PARA OS OLHOS DOS OUTROS

1.1 - Um pouco da história1.2 - Variedades de pimentas1.2.1 - Benefícios da pimenta1.3 - Escala de Scoville1.4 - A economia e o mercado da pimenta1.5 - As pimentas no ponto de venda

2 - DESIGN E EMBALAGEM

2.1 - O que é design de embalagem2.1.1 - A embalagem: atributos e funcionalidades2.2 - Marketing na embalagem 2.2.1 - Propaganda na embalagem 2.2.2 - Ferramenta de comunicação 2.2.3 - Embalagens promocionais2.3 - Segmentação de mercado2.4 - Embalagens para alimentos

3 - ESTUDOS SOBRE DESIGN DE EMBALAGENS

3.1 - Classificação das embalagens3.2 - Linha de produtos3.3 - Elementos da embalagem 3.3.1 - Formas 3.3.2 - Cores 3.3.3 - Tipografia3.4 - Usabilidade da embalagem

4 - ESTUDOS DE CASO

4.1 - Estudo de caso Tabasco 4.1.1 - Linha Tabasco 4.1.2 - Frasco 4.1.3 - Bico dosador 4.1.4 - Rótulo 4.1.5 - Kit 4.1.6 - Comércio4.2 - Estudo de caso Sakura Bravo

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4.2.1 - Linha Bravo 4.2.2 - Frasco 4.2.3 - Bico dosador 4.2.4 - Rótulo 4.2.5 - Kit 4.2.6 - Comércio

5 - MEMORIAL DESCRITIVO

5.1 - Concepção inicial5.2 - O nome da marca5.3 - Objetivos5.4 - Público alvo5.5 - Conceito – Fundamentação conceitual do projeto 5.5.1 - Painel semântico conceitual 5.5.2 - Referencial e conceito iconográfico5.6 - Especificações funcionais da proposta 5.6.1 - Frasco ou embalagem primária 5.6.2 - Bico dosador 5.6.3 - Rótulo 5.6.4 - Embalagem secundária

6 - PIMENTAS LA MUERTE

6.1 - Design preliminar, esboços e processo manual6.2 - Primeira versão da proposta6.3 - Versão final do frasco6.4 - Versão final da caixinha6.5 - Representações tridimensionais 7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

7.1 – Considerações finais

APÊNDICE A: PESQUISA CONSUMIDOR x MOLHOS DE PIMENTA.APÊNDICE B: PESQUISA INFORMAL COM O CLIENTE.APÊNDICE C: LOGOTIPO MR. PEPPER SARTORI.APÊNDICE D: MODELOS 3D DO FRASCO E BICO DOSADOR.APÊNDICE E: DESENHO DO FECHO DO FRASCO.

REFERÊNCIASREFERÊNCIAS ELETRÔNICASICONOGRAFIALISTA DE QUADROS

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Leonhartus Fuschsius.Figura 2. Ilustrações científicas da planta.Figura 3. Representação da Escala Scoville.Figura 4. Linha de molho de pimenta Tabasco.Figura 5. Embalagem Nissin Lámen.Figura 6. Hellmann’s, a verdadeira maionese.Figura 7. Sorvete Kibon. Cremosíssimo, com 70% de leite!Figura 8. Embalagem da Coca-Cola feita com material vegetal.Figura 9. Informações nutricionais.Figura 10. Adoçante Gold, leve 3 pague 2.Figura 11. Embalagem de Froot Loops com porta retrato no verso.Figura 12. Latinhas falantes Skol.Figura 13. Nescafé, sorteio de 15 viagens dos sonhos para 2 pessoas. Figura 14. Cerveja Bohemia.Figura 15. Refrigerante Pepsi 2 litros + 250ml grátis.Figura 16. Brahma Barretos 2010. Figura 17. Whisky Jhonnie WalkerFigura 18. Caixa de PapelãoFigura 19. Linha de molhos Tabasco.Figura 20. Vértices, arestas e faces do quadrado.Figura 21. Vistas de um objeto.Figura 22. Embalagens históricas da Coca-Cola.Figura 23. Embalagem promocional de Doriana.Figura 24. Linha de molhos de pimenta Tabasco.Figura 25. Bico dosador Tabasco.Figura 26. Embalagem unitária Tabasco.Figura 27. Embalagem unitária Sakura Bravo.Figura 28. Bico dosador Sakura Bravo.Figura 29. Produtos Mr. Pepper Sartori.Figura 30. Painel semântico conceitual.Figura 31. Esculturas e pinturas das tribos que habitaram o México.Figura 32. Caveiras decoradas para o feriado de Dia dos Mortos.Figura 33. Embalagens com rótulo sleeve.Figura 34. Esboços de referência à frascos de perfumes.Figura 35. Representação parcial da primeira proposta para o frasco.Figura 36. Primeiro desenho do novo bico dosador.Figura 37. Bico dosador definitivo.Figura 38. Desenho definitivo do frasco.Figura 39. Representação 2D do frasco e bico dosador.Figura 40. Esboços das ilustrações.Figura 41. Esboços com nomes.

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Figura 42. Esboço preliminar da caixinha.Figura 43. Esboço da faca da caixinha.Figura 44. Desenho definitivo da faca da caixa. Figura 45. Primeiro modelo bidimensional do rótulo.Figura 46. Segundo modelo bidimensional do rótulo.Figura 47. Famílias tipográficas definitivas do rótulo.Figura 48. Tarjeta envolvendo o nome e o sabor.Figura 49. Versão pré-definida do rótulo.Figura 50. Versão definitiva do rótulo.Figura 51. Embalagem do sabor suave.Figura 52. Embalagem do sabor tradicional.Figura 53. Embalagem do sabor intenso.Figura 54. Embalagem do sabor defumado.Figura 55. Perspectiva artística da embalagem sabor suave.Figura 56. Perspectiva artística da embalagem sabor tradicional.Figura 57. Perspectiva artística da embalagem sabor intenso.Figura 58. Perspectiva artística da embalagem sabor defumado.Figura 59. Gráficos da pesquisa parte 1Figura 60. Gráficos da pesquisa parte 2Figura 61. Gráficos da pesquisa parte 3Figura 62. Logotipo Mr. Pepper Sartori.Figura 63. Perspectivas tridimensionais do bico dosador.Figura 64. Perspectivas tridimensionais do frasco.Figura 65. Desenho bidimensional do fecho das embalagens.

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INTRODUÇÃO

Segundo Mestriner (2002) uma embalagem tem como propósitos principais, proteger, arma-zenar e favorecer o transporte do produto. Porém hoje em dia podem agregar muitos outros benefí-cios além dos citados.

As embalagens agregam valor ao produto, comunicam-se com o consumidor, informam, pro-movem a marca, posicionam o produto em uma determinada classe, faixa etária ou segmento de mercado, e até mesmo influenciam na decisão de compra do consumidor.

Segundo pesquisas do instituto Popai Brasil, o Brasil é um dos países em que os consumidores têm o índice mais alto de decisão de compra no ponto de venda, podendo chegar a 76% (FTPI, 10/2010 – ftpi.com.br). As embalagens contri-buem demasiadamente para esse índice, pois as-sumiram também a função de vender o produto nas gôndolas. São projetadas e construídas, tanto no seu formato quanto na sua comunicação visu-al, para despertar o interesse do consumidor.

Com a enorme concorrência em produtos de todos os tipos, as empresas veem a necessidade de investir em suas embalagens, como diferen-cial competitivo ou para que seus produtos não pareçam de menor qualidade, acompanhando os concorrentes e as tendências do segmento em que atuam e assim poder fisgar uma fatia cada vez maior, ou até mesmo encontrar uma lacuna favo-rável e pouco explorada no mercado. Neste cená-rio estão também, embalagens de produtos como temperos, especiarias e pimentas, que merecem seu local de destaque nas prateleiras.

Segundo reportagem da EPTV de 09/01/2010, o Brasil é um dos maiores produtores de pimenta do mundo. Um estudo de Carvalho diz:

“A pimenteira é uma planta exigente em calor, sensível a baixas tempera-turas e intolerante a geadas, por isso deve ser cultivada preferencialmen-te nos meses de alta temperatura, condição que favorece a germina-ção, o desenvolvimento e a frutifica-ção, obtendo-se assim, um produto de alto valor comercial com menor custo de produção.” (CARVALHO, 2007, p4.)

Concluí-se então que nosso clima tropical favorece o cultivo. Além disso, nossa culinária extremamente diversificada, repleta de aromas e sabores únicos contribuem para a difusão da pi-menta, que é empregada em muitas receitas do cardápio nacional, a exemplo a culinária baiana.

No entanto, de modo geral, o mercado que abarca a venda das pimentas como produto final nas gôndolas é pouco aquecido. Os consumidores usam com moderação e não são habituados a ob-ter maiores informações sobre o produto, desco-nhecem as diferenças entre os tipos de pimentas e suas propriedades. Para o consumidor comum ou leigo, a pimenta pode ser encarada como “ape-nas um ingrediente ardido que pode estragar sua comida”, mas existe um grupo seleto de consu-midores que conhecem mais sobre os tipos de pi-mentas e suas qualidades, os chiliheads – numa tradução livre, como são chamados os aficionados por pimentas, gostam de sentir o ardor e desfrutar da pungência desta especiaria.

É difícil encontrar no mercado produtos que atendam esta demanda, geralmente não vemos muitas opções e variedades, ou até mesmo em-balagens diferenciadas. As embalagens são muito comuns, com poucos atrativos. Mesmo porque é um produto de pouca circulação nos supermerca-dos, ganhando pouco destaque nas prateleiras das lojas.

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E justamente por ser um grupo proporcio-nalmente pequeno, que em geral, se aglomeram em blogs e fóruns, compartilhando experiências e até mesmo trocando sementes para cultivo e con-sumo próprio, pois não encontram essas pimentas no mercado, ou são raras as lojas onde são comer-cializadas.

OBJETIVOS

Partindo deste contexto, este trabalho tem como objetivo estudar e desenvolver a embala-gem de uma linha de produtos voltada aos chi-liheads.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Entender o real propósito de uma embala-gem e seus atributos;

- Conhecer mais da história da embalagem;

- Estudar os aspectos que envolvem o de-sign de uma embalagem;

- Desenvolver o shape de uma embalagem estudando e aplicando formas e conceitos de er-gonomia;

- Analisar qual é o melhor tipo de embala-gem para o produto, o melhor material;

- Avaliar o impacto ambiental que o descarte dessa embalagem pode ocasionar;

- Desenvolver como a comunicação visual deverá ser empregada: símbolos, desenhos, cores, logotipos. Criar uma embalagem em que o público alvo principal se identifique com o produto e de-seje ter esta novidade em sua dispensa;

- Realizar pesquisas direcionadas à cultura mexicana para conhecer melhor o país e entender por que a pimenta é tão utilizada em seus pratos;

- O projeto também envolve a criação de uma identidade visual para o produto ou kit em questão, alinhado com os conceitos estabelecidos através de benchmarking. Todas essas pesquisas serão feitas com o intuito de definir um conceito e uma direção para os trabalhos, tanto como em-basamento teórico quanto busca de referências e para a efetiva criação da embalagem.

JUSTIFICATIVAS

Do lado mercadológico, este nicho é pouco explorado, porém com boas perspectivas e pou-cos ou praticamente nenhum concorrente com um produto específico como este. Assim o lançamen-to desta linha poderá prover muitos lucros a uma possível marca que insira este produto em seu portfólio, visto que esta poderá se tornar pioneira no Brasil a ter um produto deste tipo.

Um novo segmento de mercado poderá sur-gir, permitindo que outras marcas introduzam pro-dutos concorrentes. Isso aumenta as opções do consumidor, forçando uma possível queda de pre-ços.

Tratar este produto como se fosse uma edi-ção especial de uma marca, porém alinhado, tam-bém ao público em geral que queira consumir o produto ou ter em sua casa para uso em ocasiões especiais ou para fins culinários. Além disso, va-lorizar e expandir os horizontes da marca tratada no projeto.

Por inúmeras que sejam as embalagens de pimenta encontradas nos supermercados ainda são de fraco apelo visual, não são diferenciadas.

E finalmente, para a sociedade chilihead, será praticamente uma conquista, pois eles pode-rão encontrar os seus produtos com mais facilida-de e com preços competitivos.

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MÉTODO

No primeiro momento, o assunto será apro-fundado, em tudo o que diz respeito às pimentas e todo o universo que as envolve, desde sua pro-dução até o consumo, tanto in natura quanto em forma de molhos ou condimentos. Um passo im-portante nesta etapa é entender também o com-portamento do consumidor desta especiaria, mais especificamente dos chiliheads, que são o público alvo do projeto.

Em seguida, virão os estudos relacionados às embalagens. História, evolução, atributos e funcionalidades. Neste momento, também serão analisadas questões de marketing e branding que envolvem a criação e desenvolvimento de emba-lagens. Porquê elas são tão importantes no ponto de venda e porquê as empresas investem tanto nesse mercado.

Aqui o consumidor será o foco, portanto saber o que eles buscam quando adquirem um produto, seu comportamento e o que influenciam suas decisões, é um passo importante para o de-senvolvimento de uma embalagem.

Por fim, inicia-se o processo de design da embalagem. Os elementos, as obrigações, como essa embalagem será utilizada no dia-a-dia. A ob-servação e estudo da ergonomia se fazem presen-te neste momento. Estudos de casos, buscando concorrentes ou produtos semelhantes servirão para delinear e conduzir qual será o melhor cami-nho a seguir, aproveitando como referência visual e inspiração no momento da criação.

Ao final, o projeto se encaminhará para a fase de criação do rótulo e da embalagem propria-mente dita.

A embalagem deve comunicar, ter uma identidade e uma relação estreita com o perfil do público alvo, isso será possível com o desenvolvi-mento de uma identidade visual para a linha de

pimentas que será lançada.

Veremos ainda os principais materiais utili-zados na fabricação das embalagens de pimenta, suas propriedades e o que influencia na decisão por um material ou outro.

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Pimenta para os olhos dos outros

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1PIMENTA PARA OS OLHOS DOS OUTROS

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Pimenta para os olhos dos outros

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1.1 – Um pouco de história

No tempo das grandes navegações, em bus-ca do novo mundo, os portugueses e espanhóis descobriram nas Américas, além de muitas outras plantas, as pimentas e pimentões. No período de 1492-1600, as rotas de navegação permitiram que várias espécies, doces ou picantes de pimentas e pimentões, viajassem pelo mundo conquistando paladares por todo o globo terrestre (Embrapa, 2011).

Como apresenta ainda no site da Embrapa, a difusão do uso da pimenta tem seu principal registro no livro De historia stirpium, escrito por Leonhartus Fuschsius (Figura 1) , em 1543, onde aparecem as primeiras ilustrações científicas da planta (Figura 2). A partir de 1500, as pimentas começaram a ser consumidas pelos mais diversos povos, cada vez em maior quantidade e em seus mais diversos usos.

Figura 1.Leonhartus Fuschsius Fonte: www.cnph.embrapa.br

Figura 2. Ilustrações científicas da planta.

Fonte: www.cnph.embrapa.br

Porém os registros mais antigos que se tem da planta datam de aproximadamente nove mil anos, encontrados em explorações arqueológicas em Tehuacán no México.

Tem-se a pimenta Habanero como a primei-ra a ser cultivada pelos Maias (BOMTEMPO, 2007). Existem mais registros em outros sítios arqueoló-gicos com data de 2500 a.C., no Peru, nas regiões de Ancon e Huaca Prieta.

“O cultivo da pimenta também é uma cultura característica das tribos indígenas brasileiras no período do descobrimento. Devido à grande va-riedade de pimentas nativas do Bra-sil, supõe-se que muitas tribos culti-vavam pimentas, e algumas tribos o fazem até os dias de hoje, como é o caso da tribo Mundurucus, na bacia do rio Tapajós. Como se pode notar nas palavras do explorador Alexan-der Humboldt o cultivo das pimentas ocupava um lugar central na cultu-ra dos nativos: - “as pimentas eram tão necessariamente indispensáveis para os nativos quanto o sal para os brancos.”(HUMBOLDT, 1814)

1.2 – Variedades de pimentas

As pimentas e pimentões são da família So-lanaceae e do gênero Capsicum. Dentro do referi-do gênero, existem de 20 a 25 espécies diferentes de pimentas, classificadas de acordo com sua do-mesticação (Embrapa, 2011b).

O Brasil ocupa um lugar de destaque quando o assunto é pimenta. Possui uma ampla diversida-de em todas as categorias, além de compreender quatro espécies domesticadas:

- Capsicum annuum var. annuum;

- Capsicum baccatum var. pendulum;

- Capsicum chinense;

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- Capsicum frutescens.

O quadro 1 indica as pimentas mais comuns que representam as espécies citadas.

Quadro 1: Pimentas: nomes científicos e seus correspondentes do senso comum.

Além destas espécies mais comuns, encon-tram-se também algumas variações ou espécies semi-domesticadas, representadas pelas pimentas Cumari Verdadeira, que é uma variedade exclusiva no Brasil e a Pimenta de Mesa que é muito utili-zada como planta ornamental, pois possui flores brancas, branca/roxa e completamente roxas, e com frutos de um vermelho vibrante.

Apesar de serem muito comuns não são as únicas pimentas consumidas e/ou cultivadas no país. Podemos encontrar muitos que cultivam e comercializam outras espécies, como mostra o Quadro 2, adaptado do site (Pimenta Artesanal, 2011).

Quadro 2. Tipos comuns de pimentas

Estas citadas são as pimentas mais encontra-das e as mais comentadas, no entanto a variedade é extremamente grande e complexa, pois muitas delas surgem de cruzamentos ou alterações gené-ticas que acabam recebendo novos nomes por se diferenciarem em algum aspecto. Porém não será aprofundado no que diz respeito às variedades do fruto, pois a prioridade deste capítulo é apenas situar o leitor no universo das pimentas e de seus amantes, e não tratar de modo profundo de todas as espécies existentes no mercado brasileiro.

1.2.1 - Benefícios da pimenta

Muitas pessoas não gostam de pimenta ou consomem com moderação, mas a verdade é que consumir pimentas faz bem a saúde, que já é de saber popular há muito tempo.

Segundo reportagem no portal G1 da Glo-bo (Luciana Kraemer, 2009), nas Américas, há pelo menos dois mil anos, a pimenta já era usada para aliviar dores de dente e de estômago. E além de tempero, quem as consome no dia-a-dia está ingerindo também, uma série de medicamentos naturais: analgésico, antiinflamatório, xarope e vitaminas. Benefícios que os povos mais antigos descobriram há milhares de anos, e que agora es-tão sendo comprovados pela ciência.

Nesta mesma reportagem, um estudo da PUC-RS, foi mostrado e comprovado que a pi-menta reduz consideravelmente o risco de doen-ças cardiovasculares, uma redução de cerca de 45% do colesterol nos animais testados.

Conforme uma outra reportagem, essa exi-bida pela Rede Record e publicada no seu canal de notícias R7 (R7, Daniela Boaventura, 2010), diz que por trás da propriedade responsável por todos esses benefícios que a pimenta pode proporcionar está o alcalóide capsaicina, que é também res-

1. PIMENTA PARA OS OLHOS DOS OUTROS

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ponsável pela pungência (ardor) deste fruto. Esta substância atua em várias outras partes do nosso organismo, controlando níveis de glicose no san-gue, alivia dores de cabeça, auxilia no tratamento de rinite alérgica. Entre muitos outros benefícios, a capsaicina é um estimulante do metabolismo, fa-zendo com que a pessoa gaste mais calor através do que come, ajudando na obesidade. Portanto quanto mais picante for a pimenta, mais capsaici-na ela possui, consequentemente mais benefícios o seu consumo pode trazer.

Mas ainda assim existem muitos mitos que estudos mais recentes estão derrubando. Mitos estes dizendo que o consumo de pimentas pode provocar úlcera, gastrite, pressão alta ou até he-morróidas. Em nota no site Pimenta Artesanal, o Dr. Alexandre Feldman explica que a mesma substância que dá o ardor à pimenta também é responsável pelas propriedades benéficas do fruto, e que as pesquisas apontam o oposto aos mitos populares.

No decorrer do tempo o imaginário popular criou alguns boatos que dizem que a pimenta vi-cia, no entanto, a informação não é verídica. Em uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o escritor e especialista em pimentas Dave DeWitt responde a pergunta: “Pimentas viciam?”

“Não causam dependência física ou química. Mas o efeito, psicologica-mente, é tão bom que logo se torna um hábito prazeroso. Gostar de pi-mentas envolve genes, não é ques-tão de gosto adquirido. Há quem não as suporte por intolerância genética” (FRAGA, 2010).

O que faz pensar que as pimentas viciam, é exatamente essa sensação de bem estar que ela

causa após ser comida. O nosso cérebro entende que o ardor na boca é uma queimadura, e então nosso organismo libera a endorfina, que é respon-sável pela sensação de bem estar, destaca Arlete Marchi Tavares de Melo, pesquisadora de hortali-ças do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), para o jornal Estadão.

1.3 - A Escala Scoville

Apresentamos que os diferentes tipos de pimentas também possuem diferentes níveis de pungência. E para determinar esses níveis existe a Escala Scoville.

“A Escala de Scoville foi criada em 1912, pelo químico Wilbur Scoville que desenvolveu um método para medir o “grau de calor” da pimen-ta. A escala é baseada num teste chamado de Teste Organoléptico de Scoville, e é um procedimento de diluição e prova. No teste original, Scoville misturou a pimenta pura com uma solução de água com açú-car. Então, um painel de provado-res bebeu da solução. Quanto mais solução de água e açúcar é neces-sária para diluir uma pimenta, mais alto seu “grau de calor”. Depois o método foi melhorado e foram cria-das as unidades de Scoville. Assim, 1 xícara de pimenta que equivale a 1000 xícaras de água, corresponde a 1 unidade na escala de Scoville. A capsaicina, (alcalóide das pimentas do gênero Capsicum) pura equivale a 15.000.000 (15 milhões) de uni-dades Scoville.” (BOMTEMPO, 2007, p.25).

A Figura 3 apresenta a comparação entre as

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variedades de pimentas e suas respectivas unida-des na escala de Scoville.

Figura 3. Representação da Escala ScovilleFonte: http://www.eduexplica.com

A pimenta malagueta que é uma das mais conhecidas e apreciadas no Brasil tem um grau de pungência entre 100.000 e 150.000 na escala da imagem acima (PORTAL SÃO FRANCISCO).

1.4 - A economia e o mercado da pimenta

Quando o homem branco descobriu as Amé-ricas, descobriu também que a pimenta já era uma hortaliça muito cultivada pelos índios, prin-cipalmente da América do Sul, e representava um

item importante na dieta dos nativos. (EMBRAPA, 2007)

“Cinco séculos depois do descobri-mento das Américas, as pimentas passaram a dominar o comércio das especiarias picantes, sendo de re-levância tanto em países de clima tropical como temperado. Atual-mente, a China e a Índia tem mais de 1.000.000 hectares cultivados com Capsicum, e os tailandeses e os coreanos-do-sul, tidos como os maiores consumidores de pimenta do mundo, comem de 5 a 8 gramas por pessoa/dia”. (EMBRAPA, 2007).

No Brasil as pimentas são cultivadas em pra-ticamente todo o território nacional. É um bom exemplo de parceria pequeno agricultor-agroin-dústria.

“A área anual cultivada é de cerca de dois mil hectares e os princi-pais estados produtores são Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Ceará e Rio Grande do Sul. A produtividade média depende do tipo de pimenta cultivada, variando de 10 a 30 t/ha. “A crescente demanda do mercado, estimado em 80 milhões de reais ao ano, tem impulsionado o aumen-to da área cultivada e o estabele-cimento de agroindústrias, tornando o agronegócio de pimentas (doces e picantes) um dos mais importantes do país”. (EMBRAPA, 2007).

Hoje o mercado deste fruto é muito amplo, visto que existem inúmeras formas de consumir este produto. Além de serem consumidas in-na-

1. PIMENTA PARA OS OLHOS DOS OUTROS

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Pimenta para os olhos dos outros

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tura, podem ser processadas e fazer parte de uma série de produtos na indústria alimentícia, que se apresentam na forma de molhos, flocos desidrata-dos, conservas, geléias ou em pó.

Segundo dados da Embrapa (2007), o con-sumo das pimentas in-natura no Brasil pode variar muito de acordo com os hábitos alimentares de cada região, na região Sul do país, por exemplo, se consome mais pimentas na forma de molhos ou desidratadas do que in-natura. Já nas regiões do Norte e Nordeste do Brasil esse quadro se inverte.

Quando o assunto é comercialização de pi-mentas, a Embrapa (2007) apresenta:

“O mercado para as pimentas no Brasil sempre foi considerado como secundário em relação às outras hortaliças, provavelmente devido ao baixo consumo e ao pequeno vo-lume comercializado” (EMBRAPA, 2007).

Mas este cenário vem mudando ao longo dos anos, pois novos produtos vem surgindo, com alto valor agregado, como conservas ornamentais e geléias especiais.

Devido a estes dados, surgem muitos pe-quenos produtores, que processam pimentas e comercializam em feiras livres ou mesmo em uma empresa doméstica,

A verdade é que o consumo da pimenta vem crescendo rapidamente.

“[...] Não é por acaso. A americana McIlhenny, fabricante da Tabasco, e sua importadora e distribuidora no Brasil, a Aurora Bebidas e Alimentos Finos elegeram o canal food service como foco principal de sua estra-

tégia para crescer no Brasil. E pelo que indicam os números, a escolha foi acertada: as vendas cresceram 39% de 2009 para 2010, segundo Stephen Romero, vice-presidente de vendas internacionais da McIlhenny, fabricante da Tabasco” (ECONÔMI-CO ONLINE, VALOR, 2011).

Este crescimento pode ser facilmente obser-vado. Hoje é muito comum encontrar a Tabasco sobre a mesa de lanchonetes e restaurantes de todo o país, que como foi visto está em fase de crescimento desde 2005. Mas também é possí-vel encontrar a Tabasco nas lojas de conveniência e supermercados, nicho este que corresponde a 60% do faturamento da marca no país. (ECONÔ-MICO ONLINE, VALOR, 2011).

A partir destes dados, podemos concluir que o segmento para o comércio de pimentas está em ascensão no Brasil, e o mercado consumidor é cada vez maior. Portanto o desenvolvimento de uma linha de produtos voltada para os chilihea-ds, com suas respectivas embalagens e rótulos estudados e criados especialmente para esse pú-blico, tem grandes chances de cativar o público alvo, mesmo porque não existem muitas opções de produtos relacionados. A Tabasco é uma delas, então focar o consumidor que já se relaciona com a marca e esse nicho de mercado é um excelen-te campo de estudo para o desenvolvimento das embalagens.

1.5 – As pimentas no ponto de venda

Como já foi visto, os chiliheads são os “ma-níacos” por pimentas, e é difícil encontrar no mer-cado um produto que atenda esta demanda, pois esses amantes da pimenta vão, de certa forma evoluindo. É que o efeito que a pimenta causa é tão bom que se torna um hábito o seu consumo, fazendo com que esses chiliheads busquem por

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pimentas cada vez mais pungentes, e os produ-tos encontrados nas prateleiras dos supermercados são voltados para o público geral.

Uma das empresas que, atende este mer-cado aqui no Brasil é a Tabasco (Figura 4), citada anteriormente. Percebe-se também que essa em-presa estrangeira reina sozinha no mercado na-cional, e possui uma linha de molhos de pimenta muito apreciada pelos chiliheads.

Figura 4. Linha de molho de pimenta Tabasco.Fonte: http://www.instash.com

Pode-se citar também outras marcas, em sua maioria nacional, que apesar de concorrerem com a Tabasco, atuam em um nicho de mercado mais generalizado. Dentre as mais comercializa-das destacam-se os molhos das marcas Quero, Cepêra, Asteca, Hemmer, Cia das Ervas, Jimmy, Kitano, Knorr/Cica, Sakura, Bravo, Kisabor. Sendo a Cia das Ervas a marca com a linha mais extensa entre as mencionadas, apresentando vários tipos

molhos.

Ao final deste primeiro capítulo é possível ressaltar o quão importante foi o estudo relacio-nado às pimentas, seus atributos, benefícios, tipos e sua história. Pois este é o universo em que se situa o perfil do público alvo a que se destina este trabalho. O desenvolvimento de uma embalagem de molhos de pimenta para quem realmente gos-ta de pimentas, os chiliheads, configurando uma linha de produtos.

Nos próximos capítulos será visto a impor-tância de uma embalagem para o produto, seus atributos e funcionalidades, bem como um estudo sobre o design das embalagens que configurarão a linha de produtos a ser desenvolvida, abordando questões de forma e desenho, cores, matéria pri-ma e sustentabilidade, que se relacionará intima-mente com o projeto a ser desenvolvido auxilian-do em todo o processo adiante, juntamente com a empresa escolhida que irá representar a marca por trás da linha de produtos aqui citada.

1. PIMENTA PARA OS OLHOS DOS OUTROS

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2DESIGN E EMBALAGEM

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2.1 - O que é design de embalagem?

Como veremos adiante, design de emba-lagens é um projeto multidisciplinar, porém uma embalagem ótima compreende um bom projeto de produto alinhado ao projeto gráfico de mesmo nível.

Um designer de embalagens necessita de um referencial teórico específico e único. Segundo Mestriner (2002) “a linguagem visual da emba-lagem constitui um vocabulário que os designers precisam conhecer para poder se comunicar com os consumidores”. Sendo assim esse é o principal diferencial do design de embalagem em relação às outras vertentes do design.

Paralelamente, o design das embalagens vem evoluindo com o passar dos anos, com a evolução do comércio e o surgimento de grandes centros urbanos. Surgiram novas maneiras de conquistar o cliente. Para tudo isso a embalagem desenvolveu muitas funções.

Como designer, hoje não há fronteiras para a criatividade ou limites para novas tecnologias, recursos ou habilidades que podem ser aplicadas ao design de embalagem, gerando grande impacto no pondo de venda.

Desenvolver embalagens também requer habilidades específicas do designer, no que diz respeito à sua experiência, repertório e formação técnica. Compreender o uso de cores, padrões de design, fotografia, tipografia e ilustração é funda-mental, pois é indispensável que um produto con-siga se conectar ao consumidor através de uma ideia.

Hoje em dia pensar em embalagem é pen-sar em toda uma cadeia produtiva voltada para o consumo dos produtos, visto que o consumidor não diferencia embalagem de produto. Nesta ca-deia processual, além do conceito gráfico, formas,

e apelos da embalagem, o designer deve compre-ender questões de acondicionamento, materiais, transporte e até do descarte, viabilizando ou me-lhorando a logística reversa do produto.

Conclui-se então que o design de embala-gens é um caminho a ser percorrido, justificado por uma metodologia de projeto que atenda as necessidades e diferenças que elas possuem em relação a outros tipos de produto, respeitando todo o universo que envolve o consumidor e seus hábitos de consumo.

2.1.1 - A embalagem: atributos e funciona-lidades

Saber o porquê das embalagens, entender seus objetivos e conceitos é fundamental para o desenvolvimento e projeto de novas formas de embalar os produtos, assim discorreremos um pouco de sua história e sua importância no mundo atual.

Em torno de 10.000 anos atrás os homens utilizavam-se de cascas de coco ou conchas para simplesmente beber água ou estocar alguns tipos de alimentos, podendo ser citadas como as “pri-meiras embalagens”. Usados sempre na sua forma natural, sem qualquer tratamento ou beneficia-mento.

Com a evolução do homem e de suas habili-dades manuais, começaram a surgir tigelas, jarros, urnas, vasos e outros utensílios geralmente con-feccionados em barro, madeira, cestas de fibras naturais ou recipientes de bambu (ABRE, 2004).

“Ao longo de sua evolução, a em-balagem acompanhou e contribuiu para o desenvolvimento da indústria e da sociedade de consumo como um todo, afinal, os supermercados

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2. DESIGN E EMBALAGEM

se tornaram possíveis porque havia embalagens, as quais foram capazes de substituir o vendedor com seu design e conteúdo informativo, via-bilizando o auto-serviço” (MESTRI-NER, 2002, p. 18).

A partir disso percebemos que as embala-gens se tornaram uma ferramenta importante para o sucesso de um produto. Onde o design, as formas e as suas funções passaram a ser, mui-tas vezes, mais relevantes que o próprio conteúdo, comunicando-se de forma clara e objetiva com o consumidor.

“Os padrões gráficos numa emba-lagem moldam a personalidade dos produtos, principalmente aqueles de distribuição em massa exibidos nas prateleiras, os quais frequentemente enviam mais mensagens do que al-gumas exposições publicitárias. Esta é uma razão pela qual é importan-te dar tanta atenção à embalagem quanto ao produto. A embalagem faz propaganda” (ABRE, 2004).

Como também apresenta Mestriner (2002), a embalagem não é um produto final, mas um componente do produto nela contido, que será adquirido pelo consumidor. Hoje uma das funções primordiais da embalagem é fazer com que o con-sumidor entenda o que é o conteúdo, viabilizando sua compra.

A embalagem se responsabiliza também por uma série de fatores críticos que influenciam diretamente no seu desenvolvimento. Agrega va-lor ao produto, interfere na qualidade percebida pelo consumidor, eleva ou rebaixa a imagem da marca em questão e interfere diretamente no pre-ço final do produto.

2.2 - Marketing na embalagem

As embalagens que primeiramente eram de-senvolvidas apenas para conter, proteger e trans-portar produtos, passaram a representar um pou-co mais que isso. Com o avanço da tecnologia e a evolução da sociedade, as marcas perceberam que precisavam disponibilizar seus produtos à mais consumidores. Tornando a embalagem uma im-portante ferramenta de marketing.

Segundo Mestriner (2005), “a embalagem é uma ferramenta de marketing e nos produtos de consumo é também um instrumento de comuni-cação e venda [...]”. Portanto já se sabe que a embalagem, ao logo do tempo adquiriu outra fun-ção primordial. Vender!

Para isso inúmeros profissionais atuam na construção de um tipo de sistema de função téc-nica e comercial, como cita Negrão e Camargo (2008, p.30). Profissionais das mais distintas áre-as: engenharia, física, quimica, psicologia, socio-logia, antropologia, design, comunicação, marke-ting e de muitas outras gamas de conhecimento, tornam o projeto de uma embalagem em uma atividade multidisciplinar. Ao longo desse projeto esse profissionais se voltam para resolver todos os empasses das novas atribuições da embalagem:

- acondicionamento adequado do produto, além de ampliar a validade;

- funcionalidade e facilidade de uso;

- identificação e informação;

- a formação e consolidação de uma imagem;

- agregar valor;

- promover e vender.

Como designer, Mestriner (2005) explica que é preciso desenhar para o marketing e estar sintonizado com a evolução desse mercado, pois há muitas empresas envolvidas nessa atividade,

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o que torna necessário uma contribuição ativa e participativa nessa evolução.

2.2.1 - Propaganda na embalagem

A embalagem como importante ferramenta de marketing também se tornou uma excelente mídia, pois é um dos contatos mais íntimos que a empresa pode ter com o seu público, afinal, a sua marca está dentro da casa do consumidor.

“Em primeiro lugar, a embalagem é uma mídia extremamente dirigida, pois atinge com precisão telescópica o consumidor do produto, indo pa-rar em sua casa. Em segundo lugar, como oportunidade de exposição, pois, mesmo que o consumidor não compre o produto, a oportunidade de vê-lo no ponto de venda é gran-de” (MESTRINER, 2002, p.24).

Muitas empresas investem grandes capitais em propaganda para promover seu produto, o fato é que muitas vezes não se vê essa mesma pre-ocupação com a embalagem, ou a comunicação empregada na propaganda não faz qualquer liga-ção com a embalagem do produto. O que é preju-dicial à própria empresa. A embalagem deve servir como apoio de mídia na propaganda, ou então, como é o caso de muitas marcas, é a única mídia disponível para se anunciar (MESTRINER, 2005).

É comum hoje em dia, comprar um produto no supermercado e encontrar em seu verso al-guma referência a outros produtos da linha, ou apresentando outros sabores conforme exemplo na figura 5.

Figura 5. Embalagem Nissin LámenFonte: Imagem pelo autor.

No entanto há outras maneiras de se chamar a atenção do cliente. Mestriner (2005) ainda cita outros exemplos. Se o produto possui um slogan, é essencial que ele apareça na embalagem (figura 6).

Figura 6. Hellmann’s, a verdadeira maionese.Fonte: http://www.peixoto.com.br.

Ou ainda utilizar a embalagem como se fosse o anúncio do próprio produto como se vê na figura 7.

Figura 7. Sorvete Kibon. Cremosíssimo, com 70%

de leite!Fonte:http://www.kibon.

com.br

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2. DESIGN E EMBALAGEM

A partir disso tem-se a embalagem como uma mídia gratuita, com baixo custo de veicula-ção e com grande potencial de persuasão, e que deve ser explorada de acordo com a intenção do seu projeto.

2.2.2 – Ferramenta de comunicação

Já sabemos que a empresa tem contato di-reto com o seu consumidor, o produto encontra--se em sua casa. Portanto, agora é o momento de estabelecer uma comunicação mais ativa e infor-mativa com o seu cliente.

“[...] o consumidor forma a imagem da empresa. Ele “vê” a empresa através da embalagem. Nada mais natural que a empresa converse com ele, incluindo na embalagem tudo o que ela tem para comunicar. Assim, se a empresa fez aniversário importante (50 anos), se ela ganhou um prêmio, apoiou uma entidade, lançou um novo produto, construiu uma nova fábrica, bateu recordes, adotou uma nova tecnologia, tudo isso pode aparecer na embalagem” (MESTRINER, 2002, p.20).

Se o consumidor gosta do produto, ele co-meça a se simpatizar com a marca e gostará de saber das novidades da empresa, como acontece com a embalagem do produto “Coca-Cola” da fi-gura 8.

Figura 8. Embalagem da Coca-Cola feita com material vegetal.Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br

Como veículo comunicacional, a embalagem apresenta um alto índice de impacto perante ao consumidor. Esta qualidade também é explorada de forma a complementar as informações que po-dem ir muito além dos produtos comercializados. Tais como dicas de saúde, entretenimento e re-ceitas.

Além destas informações com conotações voltadas para o lado mercadológico e que promo-vem o produto, existem também informações de cunho científico, que devem obedecer à algumas leis, como vigilância sanitária, legislações ambien-tais e referências ao Código de Defesa do Consu-midor, exemplificado na figura 9. Principalmente em embalagens de produtos alimentícios ou quí-micos. (NEGRÃO e CAMARGO, 2008).

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Figura 9. Informações nutricionais.Fonte: http://www.dicas10.com

2.2.3 – Embalagens promocionais

Conquistar a preferência do consumidor e conduzi-lo à compra do produto; é a questão mais trabalhada em um design de embalagem. Para tanto existem diversas formas de atrair o consu-midor. Algumas já citadas aqui anteriormente.

Mas as empresas e suas embalagens vão além. Realizam muitas outras ações que podem interferir radicalmente na decisão de compra do consumidor, (que será abordado no próximo item deste trabalho).

“Além de aumentar significativa-mente a venda do produto, as em-balagens promocionais funcionam como ações refrescantes e revitali-zadoras da imagem do produto que por algumas semanas assume nova roupagem, mostrando a seus con-sumidores que está vivo e atuante” (MESTINER, 2002, p.21).

Existem inúmeras formas de promover o produto a partir da embalagem, as formas mais

comuns são encontradas com muita facilidade nos supermercados. Conforme apresenta Mestriner (2005), são listados abaixo algumas das mais co-muns e utilizadas pelas empresas.

- Promoções combinadas: são as famosas “leve 3 e pague 2”. Onde o cliente recebe um ter-ceiro exemplar do mesmo produto, ou ainda um exemplar de um produto complementar que se vê na figua 10.

Figura 10. Adoçante Gold, leve 3 pague 2.Fonte: http://www.tradepar.com.br

- Atividades ou brincadeiras acopladas à embalagem: esse tipo de promoção é muito co-mum de se encontrar em cereais matinais, quan-do no verso da caixa vem impresso algum tipo de brincadeira ou atividade para recortar, montar, colorir etc. Geralmente encontrada em produtos direcionado a crianças como o da figura 11.

Figura 11. Embalagem de Froot Loops com porta retrato no verso.Fonte: Imagem pelo autor.

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2. DESIGN E EMBALAGEM

- “Achou ganhou”: também encontrada nos cereais matinais, oferece um prêmio instantâneo ou um brinde dentro da embalagem. Produtos com esse apelo também se classificam nos produ-tos com “algo mais”. Porém os prêmios não pre-cisam ser muito valiosos, assim como a lata de cerveja Skol na figura 12.

Figura 12. Latinhas falantes Skol.Fonte: http://cesaradames.suamesa.com.br

- Prêmios e sorteio: nesta modalidade os consumidores geralmente devem recortar alguma parte da embalagem, ou enviar uma mensagem SMS com o código da promoção e aguardar pelo sorteio. Os prêmios desta categoria, na maioria das vezes são bem valiosos, como carros, casas, motos e até viagens, a exemplo da figura 13.

Figura 13. Nescafé, sorteio de 15 viagens dos sonhos para 2 pessoas.Fonte: http://0015blog.wordpress.com

- Embalagem multipack: esse tipo de em-balagem geralmente oferece um diferencial de preço, na maioria das vezes o preço unitário com-prando o pack é mais baixo do que comprar uma única unidade. É uma ótima oportunidade para se vendar mais produtos de uma só vez, além de aumentar o campo visual do produto utilizando a embalagem como mídia para anunciar o próprio produto. Sempre que possível, o designer deve propor a embalagem multipack igual da figura 14, ao cliente.

Figura 14. Cerveja BohemiaFonte: http://www.pack.com.br

- “Mais conteúdo pelo mesmo preço”: Uma quantidade extra do produto, sempre destacada e evidenciada como mostra a figura 15. O consumi-dor deve perceber que está ganhando. A palavra “grátis” acaba se tornando uma conotação de forte interferência na decisão de compra do consumidor.

Figura 15. Refrigerante Pepsi 2 litros+ 250ml grátis.

Fonte: Imagem pelo autor.

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Ainda existem as embalagens promocionais fazendo a ligação com alguma sazonalidade, como natal, dia das mães, dia dos namorados,carnaval, ou no caso da figura 16, festas de rodeio, entre outros.

Figura 16. Brahma Barretos 2010.Fonte: http://www.ambev.com.br

Foram apresentadas apenas algumas das mais conhecidas e mais usadas formas de promo-ver o produto através de uma embalagem diferen-ciada. Além destas, existem muitas outras formas de interação com os clientes, e como é um mer-cado em constante transformação podem surgir novas formas de oferecer os produtos, principal-mente com a utilização hoje, da internet e dispo-sitivos móveis.

2.3 - Segmentação de mercado

Uma premissa básica para o design de em-balagens é entender que não se pode vender tudo para todo mundo. O mercado é enorme e existem muitos concorrentes, por isso é muito importante sabermos onde se quer chegar para direcionar as ações em um nicho de mercado específico.

A partir desse cenário a embalagem contri-bui muito para a segmentação do mercado, que está intimamente ligada ao comportamento do consumidor.

“[...] processo seletivo de consu-midores com características homo-gêneas e diferenciadas de outros grupos, com o objetivo de plane-jar programas de marketing que os atenda na satisfação de suas neces-sidades e desejos” (NEGRÃO e CA-MARGO, 2008, p.83).

Analisando os mesmos produtos de uma mesma categoria, porém de marcas diferentes, neste caso falando de pimentas, não há diferença perceptível para o consumidor entre o conteúdo de um vidro de pimenta malagueta, por exem-plo, da marca X e da marca Y. Mesmo que uma das marcas tenha um produto excelente. Portan-to será da embalagem essa função, que fará com que essa diferença seja percebida efetivamente.

Portanto segmentação de mercado é uma ação de comércio orientado para determinado perfil de consumidor.

Para segmentar o mercado existem critérios que devem ser levados em consideração nas to-madas de decisões tanto dos designers, quanto dos outros profissionais envolvidos. Esses critérios levam em conta características comuns dos con-sumidores, porém quanto maior o grupo, mais he-terogêneo será o segmento, e consequentemente uma segmentação falha. Para uma boa segmenta-ção precisamos analisar os seguintes pontos:

1. O mercado pode ser dividido?

Na possibilidade de uma segmentação, é preciso encontrar características próprias que dife-rencie os grupos, do mercado como um todo.

2. A quantidade de indivíduos no segmento é importante?

É preciso saber se a quantidade de indivídu-os pertencente a um segmento é relevante, pois é

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2. DESIGN E EMBALAGEM

necessário fazer estimativas e projeções sobre as ações de marketing e comunicação.

3. É possível identificar o segmento?

A segmentação de mercado possibilita uma abordagem específica na comunicação e no design de uma embalagem. Ao escolher um segmento, todos os aspectos referentes ao produto, emba-lagem, design, comunicação e até o canal de dis-tribuição devem estar alinhados com o perfil do consumidor foco.

4. O segmento é rentável?

Não menos importante que os outros crité-rios acima, é saber se o segmento pode ser rentá-vel. Pois um segmento com um pequeno número de indivíduos ou com baixo poder aquisitivo, pode não ser interessante e os investimentos não vale-rão a pena.

Hoje em dia, “na busca de uma aproximação maior com os consumidores, o mercado tende a dividir-se cada vez mais” (NEGRÃO e CAMARGO, 2008, p.85), e este movimento é chamado de ni-cho de mercado.

Podemos segmentar o mercado se orientado pelas variáveis a seguir.

- Características geográficas: relacionadas a países, estados, zonas satélites, regiões intermuni-cipais ou interestaduais entre outros.

- Características demográficas: segmentação por faixa etária, sexo, raça, renda, nível de educa-ção, ocupação, quantidade de membros na famí-lia, ciclo familiar (solteiros, casados, com ou sem filhos), religião ou classe social.

- Características psicográficas: leva em consi-deração a personalidade dos consumidores. Auto-ritários, ambiciosos, sociáveis etc. Agrupando esses indivíduos por interesses comuns e atividades.

- Características relacionadas ao marketing:

freqüência de uso, sensibilidade ao preço, lealdade à marca, benefícios esperados.

- Características comportamentais: quem influencia na compra (filhos, amigos, vendedor, etc.), freqüência e quantidade da compra (locais e dias da semana), intenção da compra, desejo in-controlável e consequentemente, impulso à com-pra.

2.4 - Embalagens para alimentos

De acordo com o objetivo do trabalho, já foi possível identificar que existe um segmento de mercado pré-definido, com o público alvo que pretendemos abordar com essa linha de produtos e embalagens.

Estamos tratando de embalagem para ali-mentos. Atualmente a constante evolução da eco-nomia faz com que algumas questões culturais, ou de estilo de vida afetem diretamente o consumo e a maneira das pessoas se alimentarem (RON-CARELLI e ELLICOTT, 2010, p.98). Os designers devem estar sempre conectados com estas novas tecnologias e tendências do mercado de alimen-tos. O setor de embalagens de alimentos é afeta-do constantemente por inovações de todo tipo.

Foram destacados alguns pontos que po-dem influenciar na criação de uma linha de emba-lagens para produtos alimentícios e que poderão ser empregados no desenvolvimento do produto deste trabalho, no caso as embalagens para mo-lhos de pimenta.

As embalagens precisam ser eficientes e com grafismos de fácil memorização. Podemos utilizar um design mínimo, sem muitas interferên-cias, ressaltando o produto ali contido.

Apelar para o apetite. Quando se fala em alimentos, deve-se fazer o consumidor ter vontade

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de comprar e saborear o produto mesmo não pre-cisando. Nesse caso pode-se abusar de imagens e representações fotográficas associadas a caracte-rísticas premium.

Mesmo se tratando de um produto tão es-pecífico como a pimenta, o objetivo é demonstrar o quão saboroso pode ser consumi-las, e ressaltar a qualidade superior da linha.

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3ESTUDOS SOBRE DESIGN DE EMBALAGENS

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3.1 - Classificação das embalagens

Para o desenvolvimento de uma embalagem é necessário saber em qual das classificações a embalagem em questão se enquadra.

Como foi visto anteriormente, as emba-lagens primeiramente assumem as funções de conter, proteger, armazenar os produtos. Nesse aspecto, elas são classificadas em 5 níveis. (Pede-lhes, 2005.).

a) Primária: é a embalagem que está em contato com o produto, que o contém. Exemplo: vidro de pepino, caixa de leite, lata de leite con-densado.

b) Secundária: é aquele que protege a emba-lagem primária. Exemplo: o fundo de papelão, com unidades de caixa de leite envolvidas num plástico. É geralmente a unidade de venda no varejo.

c) Terciária: São as caixas, de madeira, pa-pelão, plástico.

d) Quaternária: São embalagens que facili-tam a movimentação e a armazenagem, qualquer tipo de contenedor. Exemplo: Contêiner;

e) Embalagem de Quinto nível: é a embala-gem conteinerizada, ou embalagens especiais para envio a longa distância.

Entender essa classificação é fundamental, pois a linguagem que utilizada em cada uma delas variam de acordo com seu destino final. No caso das embalagens primárias e secundárias (figura 17) na maioria das vezes estão em contato direto com o consumidor final, nas prateleiras dos supermer-cados.

Figura 17. Whisky Jhonnie WalkerFonte: http://www.reidoswhiskys.com.br

Figura 18. Caixa de papelãoFonte: http://www.bonapel.com.br

Existem ainda embalagens que se ausen-tam da embalagem terciária, tendo a embalagem de terceiro nível como a embalagem secundária. Como exemplo tem-se o leite condensado Moça, que é encontrado no supermercado. Sua embala-

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3. ESTUDOS SOBRE DESIGN DE EMBALAGENS

gem primária é acomodada diretamente na caixa de papelão que é a mais utilizada para transporte direto em caminhões.

3.2 - Linha de produtos

Se tratando do desenvolvimento de uma li-nha de produtos, com um bom design podemos atingir um amplo segmento de público-alvo, e ao mesmo tempo preservar as características da mar-ca.

“A linha de produtos de uma marca é am-pliada através da variação do tema da marca, per-manecendo fiel aos pontos comuns dos principais atributos da marca.” (RONCANELLI e ELLICOTT, 2010, p.14)

Os recursos utilizados para a ampliação de uma linha de produtos incluem:

- Cor: sendo como o primeiro elemento que os consumidores observam. A cor causa impacto, e sua variação deve ser aplicada somente em altos níveis de diferenciação do produto, como ilustra figura 19 na próxima página.

- Forma: É um fácil identificador da marca e não deve variar drasticamente.

- Elementos gráficos: ilustrações, grafismos e logotipos gravam a imagem da marca na men-te do consumidor. Podem ocorrer variações desde que mantenham uma uniformidade visual.

- Números: também são uma maneira de diferenciar a linha de uma marca. Muito comum em carros, que ampliam suas linhas variando os números. Ex.: Peugeot 206, 207, 307, 408.

- Palavras: Não devemos apostar muito em palavras na diferenciação da linha ou da marca. É o último elemento que os consumidores observam para compreender uma marca.

Figura 19. Linha de molhos Tabasco. Diferentes cores nos rótulos diferenciam o produto.

Fonte: http://asconfrarias.files.wordpress.com

3.3 - Elementos da embalagem

No desenvolvimento das embalagens para uma linha de molhos de pimenta será conside-rado algumas especificações genéricas, comuns à maioria das embalagens, que será composta por um frasco, um rótulo e um possível cartucho, que dependerá de uma análise mais aprofundada no próximo capítulo deste trabalho.

O design dessa embalagem deve sugerir ao cliente que tipo de produto está nela contido, e direcionar esse produto ao público que ela se destina, criando uma conexão com o consumidor de forma lógica ou emocional. Para atingir esses objetivos utilizaremos além de grafismos e ilus-trações, três elementos essenciais. Forma, cor e tipografia.

3.3.1 - Formas

Para falarmos de formas não podemos es-quecer os princípios de forma e seus elementos. Como forma, podemos estabelecer duas classes. Bidimensionais e tridimensionais.

“Entre o pensamento bidimensional e tridimensional há uma diferença de atitude. Para fazer representações

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tridimensionais o desenhista deve ser capaz de visualizar mentalmente a forma toda e girá-la em todas as direções, como se a tivesse em suas mãos” (WONG, 2001 p. 239).

No caso das formas bidimensionais ainda são divididas em três grandes grupos, explica Wong (2001):

- Conceituais: ponto, linha e plano.

- Visuais: formato, tamanho, cor e textura.

- Relacionais: posição, direção, espaço e peso (gravidade).

Neste caso, os elementos conceituais não são fisicamente visíveis, porém são percebidos pelo homem. Já os visuais, como dito, dão a apa-rência do desenho, enquanto os elementos rela-cionais constroem a relação entre todos os ele-mentos presentes na composição.

As formas tridimensionais possuem todos os elementos acima, somado a outros elementos construtivos.

- Vértice: encontro de planos em um ponto

- Aresta: união de dois planos não paralelos.

- Face: um plano.

Figura 20. Vértices, arestas e faces do quadrado.Fonte: Negrão e Camargo, 2008.

E ainda podem ser estudadas em um espaço imaginário composto por 3 vistas.

- Superior ou planta: vista de cima.

- Frontal: vista de frente.

- Lateral: vista de lado.

Estas vistas permitem a representação do objeto e ainda acrescentamos uma terceira di-mensão: a profundidade.

Figura 21. Vistas de um objeto.Fonte: Negrão e Camargo, 2008.

Nota-se que as formas bidimensionais evi-denciam as características mercadológicas do pro-duto, enquanto que a tridimensionalidade ressalta as propriedades técnicas e concretas.

Assim sendo deve-se analisar todos esses elementos no momento da construção de uma embalagem, pois além da aparência estética, seu formato deve prever o manuseio e manipulação do produto. Essa forma deve favorecer em todas as etapas da vida útil de um produto, engloban-do questões ergonômicas e funcionais da embala-gem, apresentando a estabilidade necessária para se posicionar nas prateleiras do supermercado, uso cotidiano do consumidor e no transporte, levando em consideração que deve ocupar o mínimo espa-

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3. ESTUDOS SOBRE DESIGN DE EMBALAGENS

ço possível e minimizar os custos do transporte.

As formas não estão relacionadas apenas pelas questões descritas acima, elas também pos-suem significados e suas linhas apresentam co-notações psicológicas, comunicando-se simbolica-mente com o consumidor.

Como é apresentado em Negrão e Camar-go (2008), elas transmitem ideias e sensações:

- Verticais: apresentam força, altitude, dignidade, solenidade e segurança.

- Triangulares: permanência, segurança, estabilidade e ascensão. Uma herança das pirâmi-des egípcias.

- Horizontais: repouso, tranquilidade, co-modidade e paz. Linhas horizontais transmitem solidez e estabilidade.

- Curvas: sugere graça e movimento, se dispostas harmoniosamente, expressam ritmo.

- Espirais: Ação, excitação, força, poder e rotação.

- Círculos: Movimento, igualdade, eterni-dade, imensidão. No geral sensações agradáveis.

- Ovais: Direção, ação e choque. Círculos deformados tem sempre a sensação de movimen-to.

- Ângulos, retas e convergentes: Expres-sam direção, movimento, ação e choque.

- Radiação: Formas estelares representam impacto e atenção.

- Linhas oblíquas: Passam a sensação de confusão, caos, combate, choque. Pode também sugerir movimentos.

“Os consumidores aprendem sobre um pro-duto ou marca através da experiência visual. A

forma da embalagem é parte fundamental das ca-racterísticas da marca. Ela transmite mensagens sobre o produto e fornece uma base sobre a qual são definidas a memória visual e emocional. O fato de uma forma de garrafa poder ser registrada e patenteada é uma prova da percepção do seu valor.” (RONCARELLI e ELICOTT, 2010 p.36).

A figura 22 ilustra a citação de RONCARELLI e ELICOTT.

Figura 22. Embalagens históricas da Coca-Cola.Fonte: http://www.designlovrs.com.br

Para este estudo de design de embalagens para molhos de pimenta, serão abordadas formas e conceitos a fim de estimular a compra e o con-sumo do nosso produto. Mais adiante, no 4° capí-tulo, é que será feita essa análise baseada no que já se conhece do público alvo em conjunto com as informações da empresa em questão, sincronizado com as informações do setor e dos concorrentes que serão estudados.

3.3.2 - Cores

Já se sabe da importância das cores na co-municação. Ela comunica e passa muitas sensa-ções. Portanto este tópico será trabalhado para

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conhecer um pouco mais deste poderoso elemen-to das embalagens e no que eles interferem quan-do aplicados.

“As cores também sugerem diver-sas temperaturas, o vermelho, por exemplo, é mais quente que o azul. O disco cromático também pode ser dividido entre cores quentes e cores frias, segundo associações psicológi-cas.” (NEGRÃO e CAMARGO, 2008 p.172).

Por intermédio das cores se consegue atin-gir alguns objetivos, como impacto, legibilidade, ilusão óptica de volume ou leveza, por exemplo, além de distinção e identificação de categorias e produtos.

As embalagens precisam comunicar de for-ma clara as suas intenções, onde as cores quentes serão provavelmente as mais aplicadas, podendo se diferenciar nas tonalidades para identificar qual molho é mais ou menos pungente.

Pode-se dizer também que as cores são uma ferramenta mercadológica, pois aplicadas corretamente, chamam a atenção do consumidor. São um símbolo de fácil assimilação.

A seguir há uma tabela que apresenta as cores mais visíveis. São dados obtidos através de testes aplicados a um grupo de pessoas.

Quadro 3 – Legibilidade e apreensão das cores.Fonte: NEGRÃO e CAMARGO, 2008 apud GIOVANETTI, M. D. El mun-

do del envase. Barcelona, 2000, p.112.

Muitas outras pesquisas e estudos já foram realizados na tentativa de estabelecer relações en-tre as cores e possíveis significados e sensações. Na listagem abaixo vamos apresentar alguns des-ses dados, porém não se pode eliminar a hipótese de que esses fatores psicológicos podem variar de acordo com o perfil do consumidor, seu contexto geográfico, questões religiosas, culturais e socioe-conômicas.

- Preto: Escuro, simboliza morte, mas tam-bém é associado ao luxo.

- Branco: Leveza, higiene, pureza, infinito. Se combinado com cores frias como o azul, o efei-to pode ser de algo refrescante.

- Cinza: Indecisão ou falta de energia, medo, monotonia, mas também dignidade e serenidade. Também pode fazer uma relação com inverno. Porém é uma cor neutra.

- Verde: Associada a frescor, natureza, cam-po. Transmite esperança e pode se tornar alegre quando mais amarelado.

- Vermelho: Virilidade, dinamismo, calor, paixão. Implica exaltação e vivacidade. Também associado a severidade e dignidade.

- Rosa: Doce, romântico, suave e feminino. Pode representar gentileza e intimidade.

- Marrom: Utilidade, realidade. Se em tons escuros, tem os mesmos atributos do preto.

- Laranja: Ação, comunicação e generosi-dade.

- Azul: Considerado relaxante, fresco e pro-fundo. Remete também a espiritualidade, se mais claro também é associado a pureza como o branco.

- Amarelo: Cor luminosa associada ao sol, calor, alegria, jovialidade, extroversão e também vivacidade.

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3. ESTUDOS SOBRE DESIGN DE EMBALAGENS

- Violeta: Cor misteriosa, equivale ao pen-samento ou meditação. Podendo ser triste ou melancólica, mas também transmite sensação de magia e fantasia.

- Tons pastéis: Geralmente remetem a mo-deração e suavizam os efeitos de suas matrizes.

Existem ainda estudos que relacionam as co-res com outros sentidos, como o olfato e o paladar.

As cores são elementos importantes em uma embalagem, pois auxiliam diretamente na identi-ficação e associação do produto. De acordo com o que dito anteriormente, essa ferramenta será utilizada para desenvolver a linha de embalagens para molhos de pimenta, sugerindo que cada grau de pungência seja representado por uma cor dife-rente.

3.3.3 - Tipografia

A principal função de um tipo em uma em-balagem é transmitir a informação ao consumidor. Para isso a tipografia de uma embalagem deve ser analisada pensando na harmonia, no conceito e na beleza sem abrir mão da facilidade de leitura. Mas não é somente a escolha de uma família ti-pográfica que vai proporcionar tais fatos. Pode-se dizer que alguns fatores interferem na construção e legibilidade. O espaço entre letras deve ser de forma ritmada e suave. O espaçamento entreli-nhas também deve obedecer a mesma regra, mas o ideal é usar 20% do tamanho do corpo do tipo. Alguns autores ainda dizem que os tipos serifados facilitam a leitura, pois criam uma linha imaginária que cadenciam o olhar do leitor. Ainda temos o peso, que pode ser proporcionado por tipos em negrito. A espessura da letra pode sugerir força, leveza, delicadeza, masculinidade etc. A cor tam-bém é um fator determinante para a clareza de um texto, se aplicada em um fundo também co-

lorido, pode aumentar ou diminuir seu contraste afetando a legibilidade.

A tipografia deve ser vista como par-te intrínseca da embalagem, o efeito de letras discordantes, malformadas, ou mal-espacejadas é sempre nega-tivo, produzindo transtornos ópticos que prejudicam a rápida leitura. (NE-GRÃO e CAMARGO, 2008, p.184)

Nas embalagens existem muitas obrigatorie-dades e informações que devem constar. E sabe-se que não é o designer quem decide essas variáveis e sim o departamento de marketing em conjunto com o cliente. Mas o designer atuará com poder de decisão, interferindo na diagramação e layout dos elementos da embalagem, a cerca do des-taque que cada palavra receberá nos textos das embalagens.

Um conteúdo textual organizado e dando destaque às informações mais relevantes, podem decidir a intenção de compra e contribuir para a venda de um produto.

As famílias tipográficas possuem personali-dades, e caberá ao designer escolher qual o tipo é mais apropriado para aquela embalagem, ou mes-mo desenhando uma tipografia exclusiva, que é o que acontece em muitos casos. Esse processo também está intimamente ligado aos objetivos do produto, bem como, ao público alvo que se des-tina, questões sociais, culturais, regionais e anali-sando também o teor da mensagem a ser trans-mitida. Se será uma informação mais cômica ou alegre como em produtos infantis, ou informação dirigida, com fins de advertência.

As embalagens a serem desenvolvidas, de-verão contemplar esse dois mundos. Se tratando de uma embalagem de alimentos, tem obrigato-

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riedades como a tabela nutricional, que deve ser redigida de forma clara e objetiva. Bem como in-formações que despertem o apetite e convoquem o consumidor a ler a embalagem e saber do que se trata o produto, a quem se destina e deve cha-mar a atenção.

3.4 - Usabilidade da embalagem

Neste tópico será abordado a importância da embalagem, quando se trata de sua usabilidade, se desempenha bem seu papel dentro de casa e nos supermercados.

Muitas características, como a vida útil de um produto, pode depender exclusivamente de sua embalagem. Essa embalagem deve oferecer proteção contra umidade, corrosão, oxidação, im-pacto, temperatura entre outros. O prazo de va-lidade de muitos produtos seria extremamente li-mitado se hoje não houvesse o desenvolvimento de tecnologias para melhorar o acondicionamento e exposição do produto.

Hoje é impossível se pensar em embalagem sem imaginar como ela se dará no cotidiano do consumidor. Por exemplo, uma embalagem de de-tergente ou de xampu não deve ter seus rótulos produzidos em papel, pois vão deteriorar e a mar-ca da embalagem não ficará visível, o que não é interessante para as empresas.

Outro aspecto crucial no desenvolvimento de embalagens é a ergonomia. São os aspectos fisiológicos, anatômicos e biomecânicos do ser hu-mano. Um bom design de embalagem deve estar relacionado com a postura correta de uma peça, sua facilidade de manuseio e abertura. O formato, sistema de abertura, a dinâmica de uso, a conser-vação e as informações no layout das embalagens contemplam um importante papel na usabilida-de dos produtos e interferem na diferenciação da marca.

Já se sabe da importância das embalagens para os consumidores, porém muitas pesquisas qualitativas ou quantitativas apontam que os con-sumidores reutilizam muitas embalagens. É o fa-moso caso da dona de casa que reutiliza o pote de margarina para congelar alimentos. E partindo dessas informações, muitas empresas lançam em-balagens promocionais oferecendo um brinde para o consumidor, podendo ser um pote diferenciado da marca, um vasilhame ou, como em muitos ca-sos também, remodelam o formato e até alteram o material ampliando sua usabilidade.

Figura 23. Embalagem promocional de Doriana.Fonte: http://promoview.com.br

Para o caso da embalagem que será desen-volvida, a de molhos de pimenta, elas também podem obedecer alguns critérios como estes. Pois acabando o produto contido, a embalagem poderá ser reutilizada. Onde essa reutilização é vista com bons olhos, pois estará minimizando o descarte do material empregado na sua composição, seja ele vidro, plástico, metal, papel ou papelão.

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3. ESTUDOS SOBRE DESIGN DE EMBALAGENS

Quadro 4. Tipos de embalagens e suas aplicações – Fonte: MESTRINER (2002).

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Após o estudo sobre o universo das embala-gens, sobre o público alvo que este projeto visa e todas as questões inerentes ao design de embala-gens, será colocado em prática tais teorias volta-das para o desenvolvimento e projeto do trabalho que se pretende realizar, ou seja, o desenvolvi-mento de uma linha de embalagens de molhos de pimenta com foco nos chiliheads.

Abordando questões de marketing e propa-ganda e presença no ponto de venda, será aplica-do os conceitos sobre segmentação de mercado, bem como uma análise de todos os aspectos rele-vantes para o design das embalagens aqui propos-to. Tais como materiais, formas, cores, tipografia. Sem esquecer que se trata de uma embalagem de alimento, obedecendo as obrigatoriedades da área de atuação do cliente, visando estratégias susten-táveis na sua produção.

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4ESTUDOS DE CASO

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Pensando no desenvolvimento de uma linha de embalagens para molhos de pimenta, que é um produto muito consumido, mas que muitas vezes sofre um certo preconceito, as embalagens deverão além de comunicar, quebrar alguns mitos, como exemplo, de que a pimenta traz problemas para a saúde. Sendo um ótimo campo de estudo e de realização de um projeto condizente com a realidade do mercado atual além de proporcionar novos investimentos no setor valorizando ainda mais o produto.

Para tal fato ocorrer dar-se-á um estudo de caso de marcas de molhos de pimenta que nor-teiam os conceitos a serem abordados e que estão na mesma linha de produtos e possivelmente con-correntes entre si.

Foram escolhidas duas marcas de molhos de pimenta para a realização do estudo. A Tabasco (figura 23), por ser uma das marcas mais conheci-das e com distribuição internacional e a linha Bra-vo da marca nacional Sakura (figura 26), que é uma pequena linha para apreciadores de pimenta.

4.1 - Estudo de caso Tabasco

Figura 24. Linha de molhos de pimenta Tabasco.Fonte: http:/www.tabasco.com

A pimenta Tabasco foi fundada por Edmund McIlhenny no ano de 1868 em Avery Island, Loui-siana. Ele começou a cultivar pimentas vermelhas na ilha trazidas do México e mais tarde decidiu fazer molhos de pimenta para dar mais sabor aos alimentos. McIlhenny triturava e amassava as pi-mentas fazendo uma massa e adicionando sal, guardava a mistura por 30 dias em frascos de lou-ça ou barris, posteriormente adicionava vinagre de vinho branco francês e estocava por mais 30 dias e então preenchia várias garrafas e vedava-as com uma rolha. (TABASCO, 2011).

4.1.1 - Linha Tabasco

A linha de produtos da Tabasco é extensa, porém será estudada apenas a linha Pepper Sau-ces que apresenta 5 sabores, que são, em ordem de pungência: Green Jalapeño Pepper Sauce, Gar-lic Pepper Sauce, Chipotle Smoked Pepper Sauce, Original Pepper Sauce e Habanero Pepper Sauce.

4.1.2 - Frasco

Em formato de garrafinha, o frasco da Ta-basco não apresenta um shape significativo ou demasiadamente diferenciado das outras marcas do mercado. Porém seu formato simples já é co-mumente reconhecido como uma embalagem de molho de pimentas. No entanto, não possui uma “pega” que favoreça seu manuseio na hora do uso.

4.1.3 - Bico dosador

Não existe um bico dosador propriamente dito, a garrafinha tem um gargalo que faz a dosa-gem conforme a intensidade do movimento, ape-nas virar o frasco de cabeça para baixo não vai sair quantidade significativa do molho, mas com um pouco mais de força pode ocasionar uma grande

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4. ESTUDOS DE CASO

quantidade de molho, talvez quantidade exagerada para o consumidor.

Outro ponto a ser considerado é a tampa. Nesta embalagem, a tampa destaca-se como um ponto positivo, pois tem formato hexagonal que facilita a sua abertura. Por ser um vidro pequeno, com 60ml, a tampa se perde facilmente e não há nenhum dispositivo que a prenda ao frasco, oca-sionando na exposição direta do produto com o ambiente, tornando-o sujeito a contaminações. Se olhado pela ótica da vigilância sanitária, um res-taurante poderia até ser autuado numa situação como a descrita acima.

Figura 25. Bico dosador Tabasco.Fonte: Imagem pelo autor.

4.1.4 - Rótulo

O formato dos rótulos é padronizado para todos os frascos. Um losango branco para a maio-ria dos vidros com um círculo central, formando uma espécie de carimbo. Alguns sabores apresen-tam o rótulo com cor modificada, o sabor haba-nero, por exemplo, traz um degradê do vermelho na parte superior ao amarelo na parte inferior. A tipografia varia pouco e as cores não passam do verde e vermelho. Os grafismos presentes são os círculos que compõem o carimbo e um losango que cria uma borda para o rótulo.

Existe ainda um segundo rótulo na parte superior da garrafinha, agora metalizado, como um tipo de splash, trazendo uma informação plus ao consumidor em relação ao sabor do molho, a exemplo o molho Chipotle, onde encontra-se smoked – defumado, no rótulo superior.

Se comprada em embalagens individuais, ela pode-se conferir uma caixinha em papel cartão como embalagem secundária, que contém o fras-co, exemplificado na figura 26.

Figura 26. Embalagem unitária Tabasco.Fonte: Imagem pelo autor.

4.1.5 - Kit

Apresenta um blister para composição dos cinco sabores. Nesse kit os frascos vêm encaixa-dos e no local de cada frasco tem a informação do nível de pungência de cada molho para o con-sumidor. O blister não apresenta nenhum tipo de fecho e nenhuma alça ou suporte para facilitar manuseio do kit como um todo.

4.1.6 - Comércio

Os produtos Tabasco apresentam um preço ao consumidor final, um pouco elevado em re-lação aos outros molhos. Primeiramente por ser

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um produto importado, e outro fator que tam-bém interfere no preço é a qualidade do produto e uma tradição de mais de 100 anos. Muitos bares e restaurantes oferecem a Tabasco como opção para molhos de pimenta, e é comum ver a linha completa sobre a mesa.

4.2 - Estudo de caso Sakura Bravo

Figura 27. Embalagem unitária Sakura Bravo.Fonte: Imagem pelo autor.

A marca Sakura é uma marca nacional que também confere uma presença respeitável nas gôndolas dos supermercados.

Fundada em 1940, por um imigrante japo-nês, o Sr. Suekichi Nakaya, produzia inicialmente o molho de soja, conhecido também como shoyu, que é hoje um dos produtos mais comercializados pela empresa (SAKURA, 2011).

Sakura é a marca de uma série de produtos diferentes de pimentas. Apresenta em seu por-tifólio molhos para salada, shoyu, produtos de soja, maionese, catchup, mostarda, molho inglês, conservas entre outros. Mas o produto que será

tratado aqui é especificamente a linha Bravo de molhos de pimentas extra-picantes.

4.2.1 - Linha Bravo

Os molhos Bravo são obtidos de três prin-cipais tipos de pimentas, pimenta malagueta, pimenta jalapeño e pimenta habanero, e conse-quentemente 3 sabores distintos. Essas pimentas mencionadas são misturadas com outras pimentas mais leves, como pimenta vermelha e pimenta bi-quinho para a elaboração dos sabores que são, em ordem de pungência: Bravo Suave, Bravo Original e Bravo Habanero (SAKURA, 2011).

4.2.2 - Frasco

Também em seu formato garrafinha com 60ml de volume, apresenta linhas mais retilíne-as que a anterior. É um frasco comum, como a maioria dos frascos, não apresenta um diferencial muito significativo.

4.2.3 - Bico dosador

O bico da pimenta Bravo também não ofe-rece grandes novidades, não possui nenhum tipo de medidor que auxilie na dosagem do produto, visto que ele é um pouco mais aberto e maior que a tabasco. A tampa em rosca também é comum.

Figura 28. Bico dosador Sakura Bravo.Fonte: Imagem pelo autor.

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4. ESTUDOS DE CASO

4.2.4 - Rótulo

O primeiro destaque é para a caixinha em papel cartão mais rígido que na análise da emba-lagem anterior e também com um formato dife-renciado que acompanha a curva da garrafinha. Estampado com ilustrações das pimentas que compõem o molho, deixa a embalagem mais ale-gre e atraente destacando-se muito bem na pra-teleira do supermercado.

Como a Tabasco, o rótulo do frasco da Bravo também é em papel. Esse rótulo envolve toda a circunferência do vidro. O formato é retangular e também tem impresso o desenho de um losango.

As cores dos rótulos variam de acordo com o sabor, o logotipo Bravo, em forma de arco, se destaca bem em todas as versões, apresenta uma comunicação visual mais leve e despoluída em sua parte principal. Todas as principais informações estão ali e são de rápida visualização. Apresenta um selo mais acima, perto da tampa, verde, que se integra com a cor da tampa.

4.2.5 - Kit

A Bravo da Sakura não possui um blister com os sabores, todos são vendidos separada-mente nas lojas.

4.2.6 - Comércio

É uma concorrente da Tabasco, pois seus produtos destinam-se a um público que gosta de pimentas um pouco mais fortes, e apesar de ter uma embalagem melhor resolvida em sua comu-nicação visual e melhor elaborada, ainda apresen-ta preço inferior para o consumidor final, porém, mais elevado que a média das dos outros molhos nacionais comumente encontrados. Se posiciona como um produto premium.

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5MEMORIAL DESCRITIVO

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5.1 - Concepção inicial

Os estudos realizados até aqui, foram ne-cessários para entender sobre o universo das pi-mentas e conhecer um pouco das variedades. No segundo e terceiro capítulo foram abordados os conceitos referentes às embalagens em geral, suas funcionalidades e atributos e também foi realiza-do um estudo de caso referente a dois produtos que tem o perfil parecido com o produto que será desenvolvido nas próximas etapas. Portanto agora todas essas informações serão reunidas e aplica-das à etapa prática do projeto. Que será o design de embalagens para uma linha de molhos de pi-menta, com foco nos amantes da pimenta.

5.2 - O nome da marca

Para a realização do trabalho foi necessário a abordagem de uma empresa real, com produção própria de molhos de pimenta. Um dos principais fatores que se viu necessário para essa aborda-gem, era para conhecer um pouco mais do mer-cado e compreender como é o consumidor alvo.

A marca escolhida foi a Mr. Pepper Sartori, de um pequeno produtor de molhos. Localizada em Londrina no Paraná. A Mr. Pepper Sartori pro-duz molhos de forma artesanal, pois indica que a produção é acompanhada em todo o seu processo conferindo numa melhor qualidade do produto.

Segundo o proprietário Laércio Sartori, a Mr. Pepper Sartori, que vem de seu sobrenome, sur-giu em 2008, pois resolveu iniciar uma pequena comercialização, então criou um blog para divulgar seus molhos que primeiramente eram vendidos para amigos e parentes, como um hobby e cobra-va pelos potes apenas para sempre poder oferecer produtos frescos. Anteriormente a marca cultivava as próprias pimentas, hoje apenas produz os mo-lhos e os embala. O valor de cada pote varia em

torno de R$12,00, sendo o mais vendido o Ante-pasto feito com vários tipos de pimentas.

Quando questionado sobre um tipo de pi-menta que pudesse compor a linha de molhos, a Mr. Pepper Sartori indicou a pimenta dedo-de--moça, pois além de ser saborosa, ela já é de co-nhecimento popular o que facilitaria a comercia-lização.

Os produtos da marca (figura 28), por se-rem artesanais, não tem uma grande produção e as embalagens não seguem muitos padrões, tanto visuais referentes ao rótulo e logotipo, quanto no tamanho dos frascos e a quantidade de molho ne-les contido.

Figura 29. Produtos Mr. Pepper Sartori.Fonte: Laércio Sartori

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Partindo desse pressuposto, as embalagens que serão desenvolvidas deverão contemplar uma sequência visual que identifique os produtos como sendo todos da mesma marca, sem alterações de rótulos ou formatos dos frascos, o que facilitará a identificação e lembrança da marca, uma vez que o produto a ser desenvolvido pretende ser co-mercializado em maior escala e fazer parte de um universo onde a embalagem se faz extremamente necessário para o entendimento do que é o pro-duto e para proporcionar um forte apelo comercial em uma lacuna do mercado em que existem con-correntes fortes.

Conforme os conceitos criados e as referên-cias que estão no decorrer desse trabalho, a linha de molhos foi batizada de La Muerte – A Mor-te em espanhol, que terá 4 sabores diferentes de molhos.

5.3 - Objetivos

Nessa etapa, serão criados os rótulos e sha-pes da linha de embalagens de pimenta, com as abordagens conceituais e referenciais em relação ao perfil do público alvo, ao mercado e à empresa Mr. Pepper Sartori.

Serão efetuados também estudos acerca do público alvo e estudos relacionados à cultura nacional referente ao consumo das pimentas, e consulta também da cultura mexicana, que servi-rão de alicerce para a criação do conceito princi-pal da linha de embalagens. Posteriormente será desenvolvido um primeiro modelo tanto de rótulo quanto do formato da embalagem e levado à pro-va visual, após isso, uma etapa de recolhimento e interpretação do feed-back referente à primeira prova e então elaborado um modelo final das em-balagens e uma possível criação de um protótipo.

5.4 - Público alvo

Esse trabalho se destina aos consumidores assíduos de pimenta, também chamados de chi-liheads. Tem como objetivo alimentar o mercado com mais um produto à disposição desses consu-midores em potencial.

O público alvo não apresenta distinção de faixa etária ou sexo, e o produto norteará as clas-ses sociais C, B e A.

A definição da posição social dos indivíduos da classe C foi escolhida como referência, pois o crescimento dela é uma notícia corrente em na sociedade brasileira atual, conforme pode-se ob-servar na pesquisa realizada pela FGV do início de 2003 até maio de 2011. (Portal G1, 2011). Con-sequentemente as classes acima também aumen-taram, conforme a mesma pesquisa mencionada.

Como foi notado em alguns estudos e refe-rências, os chiliheads consomem todo tipo de pi-menta e não tem medo de exagerar na dose, pois dizem ir acostumando a sentir o ardor e vão cada vez mais além. Essa particularidade dessas pes-soas serviu de base para a criação dos sabores da linha de molhos, que compreenderá inicialmente 4 sabores em níveis diferentes de pungência.

5.5 - Conceito: Fundamentação conceitual do projeto

A idéia inicial do projeto sempre foi tratar a embalagem de molho de pimenta como algo que agregue valor à própria pimenta, baseando-se em receitas já conhecidas, porém com forte apelo co-mercial e mercadológico.

Algumas pesquisas realizadas apontam o Brasil, junto a outros países latinhos, como fortes consumidores de pimenta, com destaque para o México. Portanto nada mais justo que fundamentar

5. MEMORIAL DESCRITIVO

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o projeto, sobre uma perspectiva de comunicação visual voltada para a cultura mexicana, explorando o que pode ser alegre, despojado e divertido, mas com muita personalidade e força.

Trazendo conceitos e influências de uma cul-tura rica que conseguiu impor seus costumes e crenças ao redor do mundo através de um alimen-to, a pimenta.

A culinária do México é famosa por seus in-gredientes peculiares, com pratos recheados de capsaicina (substância da pimenta). Difundiu-se no mundo todo chefiada por burritos, nachos, guacamole, entre outros. Todos regados a tequila, uma bebida tradicional mexicana, que por sua vez, também traduz a força expressiva de uma cultura quente e tropical.

As embalagens trazem traços que reforçam essa regionalidade mexicana proposta no trabalho.

O nome da linha de pimentas, batizada de La Muerte – A Morte em espanhol, também presta essa função, atribuir o conceito da cultura mexica-na. A figura 30 ilustra como semântica do concei-to abordado nas criações.

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Figura 30. Painel semântico conceitual. Fonte: Imagem pelo autor.

5.5.1 - Painel semântico conceitual

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5.5.2 - Referencial e conceito iconográfico

A cultura mexicana também se traduz em cores e formas muito variadas. Porém há uma particularidade dessa cultura no que se diz respei-to ao feriado de finados ou, dia dos mortos como lá é chamado.

Ao contrário da nossa cultura brasileira, o dia dos mortos no México é visto como um dia de fes-ta, que começa no dia anterior (REVISTA PLANE-TA, 2005). Além das festas, esse feriado é come-morado com muita cor e vitalidade que pode ser observado nas caveiras e esqueletos decorados e pintados das mais variadas formas e estilos que se pode imaginar e estão espalhados por todo o país.

Essa tradição é derivada de uma base muito forte e rica vinda das antigas tribos indígenas que ocuparam o território mexicano por muitos anos. E esse tipo de arte e cultura pode ser observado nas figuras 31 e 32.

Essa é uma tradição que tem sua origem nas culturas pré-hispânicas que se desenvolveram em todo o território mexicano. Os astecas, que estavam no poder quando da chega-da dos espanhóis, foram apenas um, dentre os vários povos presentes em todo o país, como toltecas, maias, olmecas, purépechas, tarahumaras e tojolabales. Tais culturas adaptaram ao cristianismo espanhol seus ritos e sua maneira de se relacionar com os mortos e com a morte (vista como origem e destino, lugar de descanso e de reencontros). E é essa relação de burla e de respeito, de alegria, de fascinação e de intimidade que povoa e comporta a celebração do Dia dos Mortos. (DA SILVA, Simone Andréa Carvalho. Revista Planeta, 2005).

As ilustrações feitas em caveiras, que são em sua maioria de porcelana, são uma forma de homenagear e desejar bons fluídos às pessoas que já morreram.

Figura 31. Esculturas e pinturas das tribos que habitaram o México.Fonte: Imagem pelo autor.

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Figura 32. Caveiras decoradas para o feriado de Dia dos Mortos.Fonte: http://atattoo.blogspot.com

5. MEMORIAL DESCRITIVO

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5.6 - Especificações funcionais da proposta

A linha prevê uma embalagem com 75ml de conteúdo, 15ml a mais que as marcas apon-tadas no estudo de caso. Com 4 sabores distintos e níveis de pungência que vão do suave ao extra forte. Outra novidade será o sabor defumado que completará a lista de sabores, que são respecti-vamente, em grau de pungência: La Muerte Su-ave, La Muerte Tradicional, La Muerte Intensa, La Muerte Defumada.

5.6.1 - Frasco ou embalagem primária

De acordo com a pesquisa realizada o for-mato dos frascos comumente encontrados nos supermercados apresentam algumas deficiências, uma deficiência é seu formato estreito ou muito delgado e que tomba facilmente. Pensando nesse problema desenvolvemos um frasco que apresenta uma circunferência de base maior que os modelos do mercado, e a altura do frasco um pouco menor.

O formato desenvolvido proporciona melhor ergonomia no manuseio e maior segurança para poder deixar o vidro sobre a mesa e também nas prateleiras dos supermercados.

O material utilizado é o vidro, pois já é um material consagrado para esse tipo de produto além de ser um reciclável.

5.6.2 - Bico dosador

Inicialmente esse componente não seria le-vado em consideração no desenvolvimento do projeto, mas a pesquisa apontou como o principal elemento que precisa de um design inovador e in-teligente. Muitos se queixam dos bicos dosadores que liberam pouco molho, e quando se movimen-ta o frasco com mais intensidade a quantidade de molho acaba sendo exagerada.

Desenvolveu-se então uma maneira de do-sar com um bico que funciona como um bulbo de conta-gotas. Onde apresenta um revestimento de borracha que faz a função citada. Referências de frascos de perfume também foram levados em consideração para a elaboração do novo bico do-sador.

Os materiais utilizados para a produção do bico são, o plástico, que também é comum em embalagens de alimentos e a borracha que não apresenta contra indicações para o uso nesse tipo de produto.

5.6.3 - Rótulo

O rótulo é plástico com impressão do tipo rotogravura. Porém o processo de incorporação do rótulo ao vidro é feito pelo processo de termoen-colhimento, conhecido como sleeve.

Nesse processo o rótulo é posto no frasco e passa por um aquecimento onde toma as formas do vidro, dispensando qualquer tipo de cola. Esse tipo de rótulo é muito comum nas embalagens de iogurte como na figura 33.

O processo de impressão é o rotográfico, pois proporciona maior qualidade e fidelidade, conferindo em maior riqueza de detalhes e cores mais vivas.

Figura 33. Embalagens com rótulo sleeve.Fonte: http://www.sleevepack.com.br

Page 62: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

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5.6.4 - Embalagem secundária

A embalagem secundária ou a caixinha que acomodará o produto, além de proteger e se des-tacar na prateleira, configurará um papel impor-tante, ao visto que ela será suporte para todas as informações a cerca do produto. Informações como tabela nutricional, ingredientes e outros da-dos obrigatórios.

Apresentará uma faca de formato diferen-ciado para proporcionar uma distinção dos concor-rentes elevando o nível do produto.

A embalagem secundária será produzida em papel triplex, pois apresenta maior resistência. O processo de impressão é o offset, onde é pos-sível a aplicação em 4 cores ou mais, como as cores especiais ou Pantone. Também oferece uma infinidade de acabamentos, como verniz UV ou laminações.

5. MEMORIAL DESCRITIVO

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Pimenta para os olhos dos outros

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6LA MUERTE

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Pimenta para os olhos dos outros

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6.1 - Design preliminar, esboços e processo manual

Baseado no que foi pesquisado e estudado, nas figuras 34 e figura 35, estão os esboços iniciais do frasco e do bico dosador em desenvolvimento.

Figura 34. Esboços de referência à frascos de perfumes.Fonte: Imagem pelo autor

Figura 35. Representação parcial da primeira proposta para o frasco. Fonte: Imagem pelo autor

Page 66: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

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Em um estudo mais apurado, desenvolveu--se outros esboços de um frasco melhor elabora-do e um bico dosador inovador. Como consta na figura 36.

A proposta do bico dosador como um bulbo de conta gotas contempla muitos aspectos refe-rente ao manuseio do produto, tanto em questões de higiene, quanto de usabilidade. A pesquisa re-alizada para colher informações sobre as perspec-tivas que a nova embalagem deveria contemplar apontava o bico dosador como um item que de-veria ser redesenhado.

Figura 36. Primeiro desenho do novo bico dosador.Fonte: Imagem pelo autor.

A figura 37, apresenta o formato definiti-vo do bico dosador. Com uma ligeira inclinação, proporciona maior facilidade para o uso, mesmo quando a quantidade de molho estiver por acabar.

Figura 37. Bico dosador definitivo.Fonte: Imagem pelo autor.

Posterior ao desenho do novo bico dosador foi realizado um novo esboço para o frasco. Como pode ser observado na figura 38.

Figura 38. Desenho definitivo do frasco.Fonte: Imagem pelo autor.

6. LA MUERTE

Page 67: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

Pimenta para os olhos dos outros

70

A figura 39 apresenta o frasco juntamente com o novo bico em sua versão bidimensional.

Figura 39. Representação 2D do frasco e bico dosador.Fonte: Imagem pelo autor.

Os rótulos da linha foram desenhados em duas etapas, primeiramente os grafismos e ilus-trações que compõem as embalagens e posterior-mente o desenho de uma tarjeta, se assim pode-mos dizer, com o nome da linha de pimentas e seu respectivo sabor, como demonstra as figuras 40 e 41. Figura 40. Esboços das ilustrações.

Fonte: Imagem pelo autor.

Page 68: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

71

6. LA MUERTE

Figura 41. Esboços com nomes.Fonte: Imagem pelo autor.

A seguir, as figuras 42 e 43 ilustram os de-senhos referentes às embalagens secundárias, ou seja, as caixinhas que acomodarão os frascos.

Figura 42. Esboço preliminar da caixinha.Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 43. Esboço da faca da caixinha.Fonte: Imagem pelo autor.

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Pimenta para os olhos dos outros

72

Após mais alguns estudos sobre qual seria o formato definitivo da faca da embalagem e suas respectivas dobras, chegou-se a conclusão pelo formato exemplificado na figura 44.

Figura 44. Desenho definitivo da faca da caixa. Fonte: Imagem pelo autor.

120

45,5

37

53128

12

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73

6.2 - Primeira versão da proposta

Primeiro modelo do rótulo sleeve desenvol-vido, realizando testes de tipografia para o nome da linha, e adaptação das ilustrações no frasco, como apresenta a figura 45.

Figura 45. Primeiro modelo bidimensional do rótulo.Fonte: Imagem pelo autor.

O estudo da tipografia continuou, variando também os grafismos e a tarjeta que envolve o nome La Muerte, observado na figura 46.

Figura 46. Segundo modelo bidimensional do rótulo.Fonte: Imagem pelo autor.

La MuerteLa Muerte La Muerte

La Muerte

La Muerte

6. LA MUERTE

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Pimenta para os olhos dos outros

74

6.3 - Versão final do frasco

Por fim chegou-se as versões definitivas da tipografia, variando a família tipográfica de acordo com o sabor dos molhos de pimenta, como consta na figura 47.

Figura 47. Famílias tipografia definitivas do rótulo.Fonte: Imagem pelo autor.

Em seguida trabalhou-se no aperfeiçoamen-to da forma que envolve o nome e sabor do mo-lho, tendo como desenho definitivo o apresentado na figura 48.

Figura 48. Tarjeta envolvendo o nome e o sabor.Fonte: Imagem pelo autor.

As famílias tipográficas utilizadas são as se-guintes: La Muerte: Strenuous 3d, Suave: Ches-tnut Demo, Tradicional: Euphorigenic Regular, In-tensa: Chiller, Defumada: Poor Richard.

Tinha-se a arte da imagem 49 como sendo a versão definitiva, porém após uma análise de al-

guns entrevistados, observou-se que havia pouca diferenciação dos dois últimos sabores, La Muerte Intensa e Defumada, visto que as cores de fundo são as cores aproximadas do próprio molho, pois o rótulo sleeve nesse caso seria transparente pra valorizar também o a imagem do conteúdo.

dicionalsuaveLa Muerte

traLa Muerte

intensaLa Muerte

defumadaLa Muerte

La Muertetradicional

La Muerteintensa

La Muerte

La Muertedefumada

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6. LA MUERTE

La Muerte La Muerteintensa

La Muertedefumada

La Muertetradicional

Figura 49. Versão pré-definida do rótulo. Fonte: Imagem pelo autor.

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Pimenta para os olhos dos outros

76

Portanto a versão final da proposta do novo rótulo é a que consta na figura 50. Com a aplica-ção da mesma cor das tarjetas no colarinho que antes era branco, possibilitando que depois do uso iniciado, o consumidor possa diferenciar comm mais facilidade os molhos, pois as cores reais dos molhos podem ser muito parecidas.

Figura 50. Versão definitiva do rótulo. Fonte: Imagem pelo autor.

La Muertetradicional

La Muerteintensa

La Muerte La Muertedefumada

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6.4 - Versão final da caixinha

Para a embalagem secundária, não houve versões anteriores, pois a idéia principal se man-teve, que era a de trabalhar as ilustrações dos ró-tulos também nas caixas de papel cartão, porém não em sua totalidade.

As figuras 51, 52, 53 e 54 nas proximas pá-ginas, apresentam as embalagem planificada se-guindo as linhas das ilustrações finais.

A escolha da cor de fundo branco tem seu propósito fundamentado na pesquisa (ANEXO 1) realizada antes do inicio das criações. Onde apon-ta que as cores mais vistas em embalagens de molhos de pimenta são a verde, amarela e verme-lha. Portanto culturalmente já se tem essas cores como cores relacionadas ao tipo de produto traba-lhado, que é uma vantagem, mas de outro modo as embalagens precisam se destacar perante aos concorrentes, então fez-se o uso da cor branca, diferenciando o produto nas prateleiras.

6. LA MUERTE

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Pimenta para os olhos dos outros

78

7 896007 833368

La Muerte

Molho de pimenta verde suave.

75ml

Produzido por: Mr. Pepper Sartori Ltda.Av. Comendador Luciano Guidotti, 854

Londrina-PR | CEP 86000-000CNPJ 12.345.678/0001-00

WWW.mrpeppersartori.com.br

SAC: 0800.120.598e-mail: [email protected]

Especialmente elaborados, os molhos La Muerte trazem uma

combinação perfeita de pimentas verdes e vermelhas, tendo entre elas

a brasileiríssima Malagueta e pimentas especiais como a

Habanero de origem mexicana.O resultado é uma linha de molhos com paladar diferenciado e aromas

marcantes que combinam com qualquer receita e que conquistou

os paladares mais exigentes.

Ingredientes: Vinagre, pimenta verde, água, sal, espessante goma xantana e acidulante ácido

cítrico. NÃO CONTÉM GLÚTEN.

MISTOEmbalagem produzida a partir

de fontes responsáveisFSC C014627

www.fsc.org

VÁLIDO ATÉ

INFORMAÇÃO NUTRICIONALPorção de 6ml (1 colher de chá)

Não contém quantidade significativa deValor Energético, Carboidratos, Proteínas,

Gorduras Totais, Gorduras Saturadas,Gorduras Trans e Fibra Alimentar.

Quantidade por porção

Sódio 234mg

%VD (*)

10%

*Valores Diários de referência com base em uma dieta de2000 kcal ou 8400 kJ. Seus valores diários podem ser maioresou menores dependendo de suas necessidades energéticas.

AGITE ANTES DE USARCONSERVAR EM LOCAL SECO E FRESCO

Experimente também:

Figura 51. Embalagem do sabor suave. Fonte: Imagem pelo autor.

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7 896007 833368

Molho de pimenta picante.

75ml

Produzido por: Mr. Pepper Sartori Ltda.Av. Comendador Luciano Guidotti, 854

Londrina-PR | CEP 86000-000CNPJ 12.345.678/0001-00

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combinação perfeita de pimentas verdes e vermelhas, tendo entre elas

a brasileiríssima Malagueta e pimentas especiais como a

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marcantes que combinam com qualquer receita e que conquistou

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Ingredientes: Vinagre, pimentas dedo de moça, malagueta, água, sal, espessante goma xantana e acidulante ácido cítrico. NÃO CONTÉM GLÚTEN.

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Experimente também:

La Muertetradicional

6. LA MUERTE

Figura 52. Embalagem do sabor tradicional. Fonte: Imagem pelo autor.

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Pimenta para os olhos dos outros

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Molho de pimenta extra forte.

75ml

Produzido por: Mr. Pepper Sartori Ltda.Av. Comendador Luciano Guidotti, 854

Londrina-PR | CEP 86000-000CNPJ 12.345.678/0001-00

WWW.mrpeppersartori.com.br

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Especialmente elaborados, os molhos La Muerte trazem uma

combinação perfeita de pimentas verdes e vermelhas, tendo entre elas

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Habanero de origem mexicana.O resultado é uma linha de molhos com paladar diferenciado e aromas

marcantes que combinam com qualquer receita e que conquistou

os paladares mais exigentes.

Ingredientes: Vinagre, pimenta habanero, água, sal, espessante goma xantana e acidulante ácido

cítrico. NÃO CONTÉM GLÚTEN.

MISTOEmbalagem produzida a partir

de fontes responsáveisFSC C014627

www.fsc.org

VÁLIDO ATÉ

INFORMAÇÃO NUTRICIONALPorção de 6ml (1 colher de chá)

Não contém quantidade significativa deValor Energético, Carboidratos, Proteínas,

Gorduras Totais, Gorduras Saturadas,Gorduras Trans e Fibra Alimentar.

Quantidade por porção

Sódio 234mg

%VD (*)

10%

*Valores Diários de referência com base em uma dieta de2000 kcal ou 8400 kJ. Seus valores diários podem ser maioresou menores dependendo de suas necessidades energéticas.

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Experimente também:

La Muerteintensa

Figura 53. Embalagem do sabor intenso. Fonte: Imagem pelo autor.

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Molho de pimenta defumada.

75ml

Produzido por: Mr. Pepper Sartori Ltda.Av. Comendador Luciano Guidotti, 854

Londrina-PR | CEP 86000-000CNPJ 12.345.678/0001-00

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combinação perfeita de pimentas verdes e vermelhas, tendo entre elas

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Habanero de origem mexicana.O resultado é uma linha de molhos com paladar diferenciado e aromas

marcantes que combinam com qualquer receita e que conquistou

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Ingredientes: Vinagre, pimentas dedo de moça, malagueta, água, sal, espessante goma xantana e acidulante ácido cítrico. NÃO CONTÉM GLÚTEN.

MISTOEmbalagem produzida a partir

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VÁLIDO ATÉ

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Quantidade por porção

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Experimente também:

La Muertedefumada

6. LA MUERTE

Figura 54. Embalagem do sabor defumado. Fonte: Imagem pelo autor.

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Pimenta para os olhos dos outros

82

6.5 - Representações tridimensionais

As figuras 55 e 56 demonstram as aplicações feitas digitalmente para ilustrar os modelos finais dos rótulos e da caixinha.

Figura 55. Perspectiva artística da embalagem sabor suave. Fonte: Imagem pelo autor.

Page 80: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

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Figura 56. Perspectiva artística da embalagem sabor tradicional. Fonte: Imagem pelo autor.

6. LA MUERTE

Page 81: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

Pimenta para os olhos dos outros

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Figura 57. Perspectiva artística da embalagem sabor intenso. Fonte: Imagem pelo autor.

Page 82: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

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Figura 58. Perspectiva artística da embalagem sabor defumado. Fonte: Imagem pelo autor.

6. LA MUERTE

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Pimenta para os olhos dos outros

86

7CONSIDERAÇÕESFINAIS

Page 84: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

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7.1 – Considerações finais

Ao final desse intenso trabalho, concluiu-se que para o desenvolvimento de uma linha de em-balagens de molhos de pimenta, devem ser con-siderados vários aspectos referentes ao mercado, à cultura e ao consumo de pimentas, além, é cla-ro, de considerar também princípios do design de embalagens, que envolve cores, formas, texturas, tipografia e tecnologias para entender o real fun-cionamento de uma embalagem desse tipo e en-tender todos os aspectos funcionais que ela pode contemplar.

Contudo, este trabalho possibilitou um am-plo conhecimento na área de design de embala-gens, vivenciando as dificuldades encontradas du-rante os processos, bem como compreender vários aspectos positivos e negativos a cerca do projeto em questão, contribuindo fundamentalmente para a expansão do segmento.

Foi possível conhecer também, com mais profundidade, através das pesquisas, os aspectos que podem influenciar a determinação de com-pra de um produto no ponto de venda. Sendo de suma importância para o desenvolvimento desse produto. Percepções de formas e cores que só fo-ram possíveis através da pesquisa preliminar reali-zada antes da criação das embalagens, a exemplo o bico dosador, que foi mencionado na pesquisa como o principal item a ser modificado nas emba-lagens de molhos de pimenta.

A linha de molhos da marca Mr. Pepper Sar-tori não existia, então foi necessário conhecer mais sobre a marca e seu propósito. A linha La Muerte de molhos de pimenta apresenta 4 sabores, que são suave, tradicional, intenso e defumado. Todos os aspectos visuais foram estudados com base na cultura mexicana, que tem como a pimenta o in-grediente principal de sua culinária. Os grafismos e o próprio nome foram inspirados nas caveiras de-

coradas do feriado do Dia dos Mortos no México, que diferentemente do Brasil, é tratado com mui-ta festa. O resultado surpreende, pois foi possível trabalhar um produto de certa forma banalizado, diferenciando do que se encontra no mercado bra-sileiro atualmente e elevando sua categoria valori-zando o produto.

Após essa reflexão fica claro o quão impor-tante é a elaboração de um trabalho como este, sendo que o Trabalho de Conclusão de Curso é uma importante ferramenta para atestar os futu-ros designers que entrarão no mercado de traba-lho contribuindo para a disseminação da área e também agregando conteúdo intelectual a quem o realiza e a quem desfruta desse conhecimento aqui passado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Pimenta para os olhos dos outros

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APÊNDICE A : PESQUISA PRELIMINAR, CONSUMIDOR X MOLHOS DE PIMENTA

Figura 59. Gráficos da pesquisa parte 1. Fonte: Imagem pelo autor.

Page 86: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

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Figura 60. Gráficos da pesquisa parte 2. Fonte: Imagem pelo autor.

Page 87: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

Pimenta para os olhos dos outros

90

Figura 61. Gráficos da pesquisa parte 3. Fonte: Imagem pelo autor.

Page 88: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

91

APÊNDICE B: PESQUISA INFORMAL COM O CLIENTE.

História da empresa/marca. Quando e como a Mr. Pepper Sartori nasceu?

R: Depois que sofri um grave acidente de moto em 2008 e fiquei quase um ano de cama, resolvi vender meus molhos para parentes e amigos é mais um hobby porem cobro pra poder sempre ter produto fresco.

Onde se localiza?

R: Londrina – PR

Por que o nome Mr. Pepper Sartori?

R: É meu sobrenome

A Mr. Pepper Sartori somente beneficia e embala os produtos, ou também cultiva suas pimentas?

R: No início eu as cultivava, porém hoje só faço os molhos e embalo.

Quais são os produtos mais vendidos?

R: Antepasto com pimentas variadas.

Qual o preço médio dos produtos que vende?

R: Os preços variam muito de acordo com o tamanho do pote, e do tipo da pimenta, mas a média é R$12,00

Como é o público que compra seus molhos?

R: Tem gente de todo tipo, a maioria não gosta

muito de pimentas extremamente ardidas, mas muitas vezes acabam levando para conhecer e experimentar.

Quais pimentas você indicaria para uma linha de molhos? Levando em consideração o público geral.

R: O pessoal prefere mais a dedo de moça, pois todo mundo conhece e ela é muito saborosa.

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Pimenta para os olhos dos outros

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APÊNDICE C : LOGOTIPO MR. PEPPER SARTORI.

Durante o processo foi identificado a neces-sidade de fazer um rápido redesign do logotipo do cliente, para entrar em sintonia com a embalagem como um todo, dando melhor harmonia e este-ticamente mais comercial. Na figura 60 pode se observar o antes e o depois da marca Mr. Pepper Sartori.

Figura 62. Logotipo Mr. Pepper Sartori. Fonte: Imagem pelo autor.

Page 90: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

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APÊNDICE D : MODELOS 3D DO FRASCO E BICO DOSADOR.

As figuras 61 e 62 apresentam a modelagem 3D no software 3D Studio Max.

Figura 63. Perspectivas tridimensionais do bico dosador. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 64. Perspectivas tridimensionais do frasco. Fonte: Imagem pelo autor.

Page 91: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

Pimenta para os olhos dos outros

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APÊNDICE E : DESENHO DO FECHO DO FRASCO.

No decorrer do projeto observou-se a neces-sidade de um fecho além do lacre de fábrica, para proporcionar maior higiene e evitar que o molho estrague após aberto. O fecho da figura 62 se as-semelha aos fechos paralelos usados em garrafas de refrigerante, que são acoplados no gargalo da garrafa.

Figura 65. Desenho bidimensional do fecho das embalagens.Fonte: Imagem pelo autor.

Page 92: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

95

REFERÊNCIAS

BOMTEMPO, Marcio. Pimenta e seus benefícios à saúde. São Paulo, Editor Alaúde, 2007.

CARVALHO, Renato Ferreira de. Cultivo e Processamento de Pimenta. Bahia, Rede de Tecnologia da Bahia – RETEC/BA. 2007.

MANZINI, Ezio, & Vezzoli, C. (2005). O desenvolvimento de produtos sustentáveis. São Paulo: Edusp. 2008.

MESTRINER, Fábio. Design de Embalagem: Curso Básico. São Paulo, Editora Pearson Makron Books, 2002.

MESTRINER, Fábio. Design de Embalagem: Curso Avançado. São Paulo, Editora Pearson Makron Books, 2005.

PEDELHES, Gabriela Juppa. Embalagem : Funções e Valores na Logística. Estudos realizados pelo Grupo de Estudos Logísticos (GELOG) da Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, 2005.

NEGRÃO, Celso; CAMARGO, Eleida. Design de Embalagem: Do Marketing à Produção. São Paulo, Editora Novatec, 2008.

WONG, Wucius. Princípio e formas de desenho. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

RONCARELLI, Sarah; ELICOTT, Candace. Design de Embalagem: 100 fundamentos de projeto e aplicação. São Paulo: Edgard Blücher, 2011.

Page 93: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

Pimenta para os olhos dos outros

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REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS

ABRE, Assossiação Brasileira de Embalagem. Disponível em: <http://www.abre.org.br/apres_se-tor_embalagem.php> Acesso em: 25 de maio de 2011.

ABRE, Assossiação Brasileira de Embalagem. Disponível em: <http://www.abre.org.br/apres_se-tor_historico.php> Acesso em: 25 de maio de 2011.

BUSO, José Amauri. Embrapa. Pimenta (Capsicum spp.). Disponível em: <http://sistemasdepro-ducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pimenta/Pimenta_capsicum_spp/index.html> Acesso em: 26 de maio de 2011.

Confraria da pimenta. Disponível em: <http://confrariadapimenta.blogspot.com/http://www.cnph.embrapa.br/capsicum/> Acesso em: 17 de abril de 2011.

ECONÔMICO ONLINE, VALOR. Brasileiro Amplia Consumo de Molho de Pimenta. Disponível em: <http://www.abras.com.br/clipping.php?area=9&clipping=18533> Acesso em: 05 de maio de 2011.

EMBRAPA. Capsicum, Pimentas e Pimentões do Brasil. Disponível em: <http://www.cnph.embra-pa.br/capsicum/> Acesso em: 17 de abril de 2011.

EMBRAPA. Capsicum, Pimentas e Pimentões do Brasil - Espécies. Disponível em: <http://www.cnph.embrapa.br/capsicum/especies.htm> Acesso em: 17 de abril de 2011.

FILHO, Gilberto de Andrade Fraife. Ceplac/Cepec. Disponível em: <http://www.ceplac.gov.br/radar/pimenta.htm>. Acesso em: 16 maio de 2011.

FRAGA, Olívia. Estadão - Pimenta para Bravos. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noti-cias/suplementos+paladar,pimenta-para-bravos,3861,0.shtm> Acesso em: 25 de maio de 2011.

KRAEMER, Luciana. G1, Portal - Pimenta emagrece e reduz o colesterol. 2009. Disponível em: <http://g1.globo.com/globoreporter/0,,MUL1021418-16619,00-PIMENTA+EMAGRECE+E+REDUZ+O+COLESTEROL.html> Acesso em: 05 de maio de 2011.

Pimentas Artesanais. Disponível em: <www.pimentasartesanais.com.br/tipos_pimentas.asp> Aces-so em: 23 de abril de 2011.

Portal São Francisco. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/pimenta/pimen-ta-1.php> Acesso em: 23 de abril de 2011.

R7, Portal. Conheça os benefícios da pimenta. 2010. Disponível em: <http://entretenimento.r7.com/receitas-e-dietas/noticias/conheca-os-beneficios-da-pimenta-20100721.html> Acesso em: 07 de maio de 2011.

Page 94: LA MUERTE - Design de embalagens de molho de pimenta para chiliheads

97

FTPI. Disponível em:<http://ftpi.com.br/noticias/decisao-de-compra-no-pdv-tem-queda/> Acesso em 23 de maio de 2011.

Thum, Tássia. Portal G1 Economia. Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2011/06/crescimento-da-classe-c-no-brasil-e-feito-enorme-diz-dilma.html>. Acesso em: 05 de novembro de 2011

Sakura. Sakura Alimentos. Disponível em: <http://www.sakura.com.br>. Acesso em: 05 de no-vembro de 2011.

Tabasco. Disponível em: <http://www.tabasco.com/international/portuguese/history.cfm>. Acesso em: 06 de novembro de 2011.

DA SILVA, A. C. Simone. Festa dos mortos para celebrar a vida. Revista Planeta, Ed. 398 Nov./2005. Disponível em: <http://www.terra.com.br/revistaplaneta/mat_398.htm> Acesso em: 16 de novembro de 2011.

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Pimenta para os olhos dos outros

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ICONOGRAFIA

Figura 1. Leonhartus Fuschsius. Fonte: www.cnph.embrapa.br/capsicum/historia.htm

Figura 2. Ilustrações científicas da planta. Fonte: www.cnph.embrapa.br/capsicum/historia.htm

Figura 3. Representação da Escala Scoville. Fonte: http://www.eduexplica.com/2011/02/escala-de-scoville.html

Figura 4. Linha de molho de pimenta Tabasco. Fonte: http://www.instash.com/tabasco-6-sauce-caddy

Figura 5. Embalagem Nissin Lámen. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 6. Hellmann’s, a verdadeira maionese. Fonte:http://www.peixoto.com.br/catalogo/index.php?type=busca&cat=7&dep=2&sec=102&val=0

Figura 7. Sorvete Kibon. Cremosíssimo, com 70% de leite! Fonte: http://www.kibon.com.br/marcas/categoria/potes-2-litros

Figura 8. Embalagem da Coca-Cola feita com material vegetal. Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/5,13529,coca-cola-lanca-embalagem-sustentavel.htm

Figura 9. Informações nutricionais. Fonte: http://www.dicas10.com/o-que-e-uma-tabela-nutricional-dos-alimentos/

Figura 10. Adoçante Gold, leve 3 pague 2. Fonte: http://www.dicas10.com/o-que-e-uma-tabela-nutricional-dos-alimentos/

Figura 11. Embalagem de Froot Loops com porta retrato no verso. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 12. Latinhas falantes Skol. Fonte: http://cesaradames.suamesa.com.br/2010/05/

Figura 13. Nescafé, sorteio de 15 viagens dos sonhos para 2 pessoas. Fonte: http://0015blog.wordpress.com/2010/03/page/2/

Figura 14. Cerveja Bohêmia. Fonte: http://www.pack.com.br/blog/index.php/2010/02/12/klabin-embala-latas-e-cervejas-long--neck-bohemia/

Figura 15. Refrigerante Pepsi 2 litros + 250ml grátis. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 16. Brahma Barretos 2010. Fonte: http://www.ambev.com.br/pt-br/imprensa/noticias/2010/08/23/conheca-a-primeira-lata-verme-lha-comemorativa-da-brahma

Figura 17. Whisky Jhonnie Walker. Fonte:http://www.reidoswhiskys.com.br/shop/config/imagens_conteudo/produtos/imagensGRD/GRD_1949_30638-6.jpg

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Figura 18. Caixa de papelão. Fonte: http://www.bonapel.com.br/img/papelao_foto4gd.jpg

Figura 19. Linha de molhos Tabasco. Diferentes cores nos rótulos diferenciam o produto. Fonte: http://asconfrarias.files.wordpress.com/2011/03/tabasco3.jpg

Figura 20. Vértices, arestas e faces do quadrado. Fonte: Negrão e Camargo, 2008.

Figura 21. Vistas de um objeto. Fonte: Negrão e Camargo, 2008.

Figura 22. Embalagens históricas da Coca-Cola. Fonte: http://www.designlovrs.com.br/2010/02/60-embalagens-de-coca-cola/

Figura 23. Embalagem promocional de Doriana. Fonte: http://promoview.com.br/pdv/75522-doriana-com-brinde-nos-pontos-de-venda/

Figura 24. Linha de molhos de pimenta Tabasco. Fonte: http:/www.tabasco.com

Figura 25. Bico dosador Tabasco. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 26. Embalagem unitária Tabasco. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 27. Embalagem unitária Sakura Bravo. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 28. Bico dosador Sakura Bravo. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 29. Produtos Mr. Pepper Sartori. Fonte: Laércio Sartori

Figura 30. Painel semântico conceitual. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 31. Esculturas e pinturas das tribos que habitaram o México. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 32. Caveiras decoradas para o feriado de Dia dos Mortos. Fonte: http://atattoo.blogspot.com/2008/06/caveiras-mexicanas-desenhos.html

Figura 33. Embalagens com rótulo sleeve. Fonte: http://www.sleevepack.com.br

Figura 34. Esboços de referência à frascos de perfumes. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 35. Representação parcial da primeira proposta para o frasco. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 36. Primeiro desenho do novo bico dosador. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 37. Bico dosador definitivo. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 38. Desenho definitivo do frasco. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 39. Representação 2D do frasco e bico dosador. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 40. Esboços das ilustrações. Fonte: Imagem pelo autor.

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Pimenta para os olhos dos outros

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Figura 41. Esboços com nomes. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 42. Esboço preliminar da caixinha. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 43. Esboço da faca da caixinha. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 43. Esboço da faca da caixinha. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 44. Desenho definitivo da faca da caixa. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 45. Primeiro modelo bidimensional do rótulo. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 46. Segundo modelo bidimensional do rótulo. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 47. Famílias tipográficas definitivas do rótulo. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 48. Tarjeta envolvendo o nome e o sabor. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 49. Versão pré-definida do rótulo. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 50. Versão definitiva do rótulo. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 51. Embalagem do sabor suave. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 52. Embalagem do sabor tradicional. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 53. Embalagem do sabor intenso. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 54. Embalagem do sabor defumado. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 55. Perspectiva artística da embalagem sabor suave. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 56. Perspectiva artística da embalagem sabor tradicional. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 57. Perspectiva artística da embalagem sabor intenso. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 58. Perspectiva artística da embalagem sabor defumado. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 59. Gráficos da pesquisa parte 1. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 60. Gráficos da pesquisa parte 2. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 61. Gráficos da pesquisa parte 3. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 62. Logotipo Mr. Pepper Sartori. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 63. Perspectivas tridimensionais do bico dosador. Fonte: Imagem pelo autor.

Figura 64. Perspectivas tridimensionais do frasco. Fonte: Imagem pelo autor

Figura 65. Desenho bidimensional do fecho das embalagens. Fonte: Imagem pelo autor.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Pimentas: nomes científicos e seus correspondentes do senso comum. Fonte: Adaptado de <http://www.cnph.embrapa.br/capsicum/especies.htm>.

Quadro 2. - Tipos comuns de pimentas. Fonte: Adaptado de <http://www.pimentasartesanais.com.br/tipos_pimentas.asp>.

Quadro 3 – Legibilidade e apreensão das cores. Fonte: NEGRÃO e CAMARGO, 2008 apud GIOVANET-TI, M. D. El mundo del envase. Barcelona, 2000, p.112.

Quadro 4. Materiais – Fonte: MESTRINER, Fábio. Design de Embalagem: Curso Básico. São Paulo, Edi-tora Pearson Makron Books, 2002, p.7.

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