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2 O Mercado Municipal de Uberlândia é composto por três blocos distintos, construídos em diferentes épocas; encontra-se implantado em local privilegiado do centro da cidade, em um terreno situado na esquina formada pela Rua Olegário Maciel e Avenida Getúlio Vargas. Sofreu ao longo dos anos algumas interferências, mas conserva, ainda hoje, parte de suas características originais; sua importância para o desenvolvimento da cidade e as características de sua arquitetura e implantação lhe conferem um lugar de grande significância física e simbólica para a cidade. O Mercado Municipal de Uberlândia foi tombado pela Lei Municipal no. de 2002, após ser aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores, por iniciativa da vereadora Liza Prado. Este dossiê tem por objetivo compilar informações sobre o bem - histórico do imóvel e suas transformações ao longo do tempo, sua importância para o município, análise de suas características arquitetônicas e de suas condições físicas atuais, documentação fotográfica e levantamento métrico arquitetônico e a definição de perímetro de tombamento e de entorno - para ser analisado e aprovado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Arqueológico, Artístico e Histórico de Uberlândia, complementando, assim, a documentação relativa ao seu tombamento. O trabalho foi realizado a partir da solicitação da Secretaria Municipal de Cultural e executado pela sua Divisão de Memória e Patrimônio Histórico em parceria com o

Laboratório de Projetos de Design, Arquitetura e Urbanismo ... · Desde o começo, por se localizar em uma área em franca expansão, ficava evidente que nela se estabeleceriam as

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O Mercado Municipal de Uberlândia é composto por três blocos distintos, construídos em diferentes épocas; encontra-se implantado em local privilegiado do centro da cidade, em um terreno situado na esquina formada pela Rua Olegário Maciel e Avenida Getúlio Vargas. Sofreu ao longo dos anos algumas interferências, mas conserva, ainda hoje, parte de suas características originais; sua importância para o desenvolvimento da cidade e as características de sua arquitetura e implantação lhe conferem um lugar de grande significância física e simbólica para a cidade. O Mercado Municipal de Uberlândia foi tombado pela Lei Municipal no. de 2002, após ser aprovado pela Câmara Municipal de Vereadores, por iniciativa da vereadora Liza Prado.

Este dossiê tem por objetivo compilar informações sobre o bem - histórico do imóvel e suas transformações ao longo do tempo, sua importância para o município, análise de suas características arquitetônicas e de suas condições físicas atuais, documentação fotográfica e levantamento métrico arquitetônico e a definição de perímetro de tombamento e de entorno - para ser analisado e aprovado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Arqueológico, Artístico e Histórico de Uberlândia, complementando, assim, a documentação relativa ao seu tombamento.

O trabalho foi realizado a partir da solicitação da Secretaria Municipal de Cultural e executado pela sua Divisão de Memória e Patrimônio Histórico em parceria com o

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Laboratório de Projetos de Design, Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Uberlândia.

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Histórico do Município de Uberlândia................................................................................ 04

Histórico do Mercado Municipal de Uberlândia .................................................................08

Contextualização do Mercado Municipal no desenvolvimento da cidade ..........................16

Descrição e análise arquitetônica do Mercado Municipal ..................................................19

Perímetro de Tombamento.................................................................................................22

Delimitação e descrição do Perímetro de Tombamento ........................................23

Justificativa do Perímetro de Tombamento ............................................................24

Perímetro de Entorno .........................................................................................................25

Delimitação de descrição do Perímetro de Entorno ...............................................26

Justificativa do Perímetro de Tombamento ............................................................27

Ficha de Inventário.............................................................................................................28

Documentação Fotográfica.................................................................................................29

Documentação Cartográfica...............................................................................................30

Documentação Métrica-Arquitetônica.................................................................................31

Laudo Técnico de Avaliação das Condições Físicas..........................................................32

Diretrizes de intervenções no conjunto ..............................................................................43

Ficha Técnica......................................................................................................................44

Anexos

Parecer técnico emitido pelo COMPHAC

Parecer técnico sobre o tombamento emitido pelo IAB - Núcleo Uberlândia

Cópia da ata de aprovação do tombamento pelo COMPHAC

Cópia da notificação ao proprietário

Cópía da inscrição do imóvel no Livro de Tombo Municipal

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A ocupação e o povoamento, pelo colonizador branco, da região do Triângulo Mineiro iniciou-se, efetivamente, a partir das primeiras décadas do no século XIX. Antes, este vasto território constituia-se apenas como via de passagem para os povos que transitavam pela “Estrada do Anhangüera”, aberta em 1722, ligando a Capitania de São Paulo a Minas de Goiás e Mato Grosso.

Em meados do século XVIII, o povoamento promovido pela mineração, no território brasileiro encontrava-se reletivamente estabilizado, para pouco tempo em seguida entrar em declínio, favorecendo as atividades agrícolas e pastoris. O crescimento dessas atividades promoveu, a partir do início do século XIX, o repovoamento da faixa litorânea e uma redistribuição demográfica no Centro-Sul, que se fez, paulatinamente, ao contrário dos movimentos de ocupação promovidos pela atividades mineratórias1. É neste contexto, de redistribuição demográfica, que ocorreu a efetiva ocupação do antigo Sertão da Farinha Podre - nome pelo qual a região do Triângulo Mineiro foi conhecida durante todo o século XIX - quando a migração de mineiros vindos, sobretudo do Oeste de Minas Gerais, tornou-se constante e volumosa. O estabelecimento desses colonizadores modificou o perfil populacional dessa área - até então ocupadas pelos índios - incorporando-a definitivamente ao contexto da Colônia (até 1922) e do Império.

Entre os primeiros entrantes que desbravaram a região, encontrava-se João Pereira da Rocha, que atraído pela possibilidade de ocupar áreas imensas e férteis, chegou ao local onde se situa hoje o município de Uberlândia. Em 1818, atingiu as margens do Ribeirão São Pedro, atualmente canalizado sob a Avenida Rondon Pacheco. Em 1821, recebeu a carta de doação das terras do Governo da Capitania de Goiás, estabelecendo a Sesmaria de São Francisco.

João Pereira da Rocha foi seguido por outras famílias de entrantes que também aqui ocuparam terras e constituíram sua fazendas:

Em 1835, Felisberto Alves Carrejo, apontado como fundador do município, iniciou, na Fazenda da Tenda, a primeira escola da região. Em 1846, junto com Francisco Alves Pereira, filho de João Pereira da Rocha, solicitaram autorização para construção de uma capela, concluída em 1853, sob invocação de Nossa Senhora do Carmo e São Sebastião da Barra2. Já, em 1852, havia sido criado o distrito de São Pedro do Uberabinha. Em 1857, a capela foi elevada à paróquia pela Lei nº 831, quando foi constituído seu patrimônio, formado por 100 alqueires adquiridos por um consórcio de moradores locais

Em torno de seu adro, o arraial crescia como adensamento populacional, estendendo-se pelo Largo de Nossa Senhora do Rosário que passou a chamar-se Largo do Comércio,

1 PRADO JR., Caio. 1969. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Editora Brasiliense, 9ª. Edição. 2 A capela localizava-se na atual Praça Cícero Macedo, no local onde atualmente encontra-se a

Biblioteca Municipal.

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depois da transferência dessa capela para a o local onde hoje se encontra na atual Praça Rui Barbosa.

Com o crescimento demográfico, as lideranças políticas pleitearam a emancipação do povoado de São Pedro do Uberabinha, o que foi concretizado em 31 de agosto de 1888, pela Lei nº 3.643, sendo oficialmente instalada em 7 de março de 1891. No ano seguinte, em 1892, pela Lei nº 23 de 24 de março de 1895, a vila adquiriu a prerrogativa de cidade. Em 19 de outubro de 1929, a cidade recebeu nova denominação, passando a chamar-se Uberlândia.

O processo de urbanização do antigo arraial se acelerou graças à atuação de alguns personagens idealistas, como o Coronel José Teófilo Carneiro, que não mediu esforços em fazer com que a Cia. Mogiana de Estradas de Ferro passasse a operar em Uberabinha. Em 21 de dezembro de 1895, foi inaugurada a Estação Ferroviária dessa Companhia, localizada no final da atual João Pinheiro (onde hoje se situa a Praça Sérgio Pacheco) que, junto aos telégrafos, fez a ligação de Uberabinha com outras cidades mais desenvolvidas, inserindo-a no cenário nacional.

A partir da instalação da Usina Geradora de Energia Elétrica, em 1901, várias fábricas aqui se instalaram: marmoraria, ladrilhos, bebidas, artefatos de couro, tecelagens e outras, e deram continuação ao desenvolvimento da cidade.

Em 1908, o Prefeito Alexandre Marquez encomendou um Plano de Expansão para a cidade, que foi elaborado pelo engenheiro Mellor Ferreira Amado. “Esse plano consistia na ampliação do perímetro urbano a partir do núcleo antigo da cidade e a criação de uma nova área central, com um conjunto de largas e extensas avenidas arborizadas, formando um tabuleiro de “xadrez” (Attux, 2001, p.106). A abertura de cinco avenidas paralelas, projetadas segundo a concepção urbana moderna - Afonso Pena, Floriano Peixoto, Cipriano del Fávero, João Pinheiro e Cesário Alvim - e oito ruas transversais compunham esse tabuleiro de xadrez. A Avenida João Pinheiro foi aberta a partir da Praça da República, hoje Clarimundo Carneiro. Possuía um canteiro central arborizado, tornando sua travessia bastante agradável. Desde o começo, por se localizar em uma área em franca expansão, ficava evidente que nela se estabeleceriam as famílias da alta sociedade uberlandense, o que realmente aconteceu.

A estrada de ferro arrastou a cidade para o Norte, sendo responsável pela urbanização do que hoje é o centro de Uberlândia. A cidade cresceu até as portas da Mogiana e ultrapassou seus limites, continuando a crescer para o Norte, fazendo-se necessária a mudança da estação, que desde 1970, localiza-se nas proximidades do Aeroporto de Uberlândia.

A década de 1930 foi um período de crescimento e desenvolvimento. As atividades comerciais e culturais se intensificaram. Foram fundados: a Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Uberlândia (1933) - hoje ACIUB; o Praia Clube (1935), considerado hoje um dos maiores e mais completos clubes do Brasil; o Parque de Exposições Agropecuárias (1936), situado na Avenida Vasconcelos Costa, com a realização da primeira Feira de Exposição Agropecuária de Uberlândia; o Cine Teatro Uberlândia (1937), na Avenida Afonso Pena, com capacidade para 2200 pessoas; e o Jornal Correio de Uberlândia (1938).

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A década de 1940 marcou, em Uberlândia, um período de crescimento com a instalação de algumas fábricas, como duas cerâmicas; a diversificação do comércio e do setor de serviços, transformações que se refletiram de maneira acentuada no crescimento de seu espaço urbano. No ano de 1944 foi inaugurado o edifício do Mercado Municipal, que se configurou como um centro do comércio hortifrutigranjeiro. Nesta década, verifica-se a presença de profissionais com formação específica em arquitetura e engenharia, sendo João Jorge Coury o primeiro arquiteto a fixar seu atelier na cidade, em 1940, e o difusor da arquitetura moderna3. Este constitui o marco da introdução da arquitetura moderna em Uberlândia, que se intensificou na década de 50, com a atuação de outros arquitetos - muitos desses, discípulos de Coury.

Os anos 50 foram de crescimento econômico e social em Uberlândia. E a arquitetura realizada na época sinalizou essa situação, com seus projetos modernos e com atenção especial à decoração de interiores.

Após quatro décadas da elaboração do primeiro Plano Urbanístico para Uberlândia, foi encomendado, no início dos anos de 1950, um novo plano, tendo em vista o acelerado desenvolvimento da cidade, que passava por muitas transformações no espaço urbano, “(...) visível no processo de ocupação das periferias, materializados através de cortiços, conjuntos habitacionais, com carências de infra-estrutura, equipamentos coletivos, etc.” (Guerra, 1998, p.72).

A reordenação do espaço urbano era o principal foco do novo plano urbanístico, e nele estavam traçadas, a princípio, as linhas que norteariam o futuro da cidade. As propostas abrangiam questões de tráfego, urbanização, zoneamento, arborização. Entretanto, não foram tratados tópicos relativos ao parcelamento do solo e à produção de moradias.

Nesta década, a arquitetura realizada na cidade também se renova com a construção de vários edifícios importantes que obdeciam aos preceitos do vocabulário moderno: em 1953, Miguel Juliano projetou o Edifício da Sociedade Médica; em 1956, Almor da Cunha fez o projeto do edifício sede do Uberlândia Clube; em 1957 foi construído o primeiro arranha-céu da cidade - Edifício Tubal Vilela - com 16 pavimentos. Alguns projetos residenciais também se destacam, tanto pela expressão plástica e aplicação dos princípios modernos de organização do espaço, como pela autoria: Raphael Hardy Filho projetou a residência de José Zacharias Junqueira e Sylvio de Vasconcellos a residência Bolivar Carneiro.

Na década de 1960, a construção de Brasília beneficiou o crescimento da cidade, por sua situação intermediária entre a nova capital e São Paulo. Essa década vai presenciar a inauguração de Brasília e a descentralização da indústria paulista, que produziram uma elevada taxa de crescimento, pois a economia de Uberlândia atraiu o fluxo migratório advindo de outras regiões. O município então se consolidou como pólo regional, o que provocou diversas mudanças no espaço da cidade.

A partir dos anos 70, o crescimento populacional acelerado provocou a duplicação do número de habitantes do município em apenas 10 anos.

3 RIVEIRO, Patrícia P. (1998). Ribeiro, 1998, p.60

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A década de 1980 faz evidenciar a cidade de Uberlândia como um centro comercial expressivo, principalmente nos setores atacadista e varejista, que se apresentam bastante diversificados.

Com a aceleração do crescimento populacional e a expansão do perímetro urbano, tornam-se evidentes os problemas no espaço urbano, tais como a carência de moradias, a degradação do meio ambiente, as demandas por escolas e transporte, as deficiências nos setores de segurança pública e de saúde. Diante de tantas dificuldades, tornou-se necessária a elaboração de diretrizes que norteassem o desenvolvimento da cidade. Dessa forma, em 1990, a equipe do Escritório de Jaime Lerner elaborou um Plano de Estruturação Urbana, cujas discussões deram início ao Plano Diretor de Uberlândia. Tal Plano não contou com o envolvimento da sociedade e foi aprovado, em meio à polêmica, no ano de 1994. Dentre as ações especificadas no Plano Diretor, estava incluída a implantação do Sistema de Transporte Integrado de Uberlândia - o SIT, que consistiu na reestruturação do sistema de transporte coletivo, contando com a construção de cinco terminais urbanos, sendo um localizado na área central e outros quatro nos Bairros Santa Luzia, Umuarama, Planalto e Industrial.

Inaugurado em julho de 1997, esse sistema já operou mudanças significativas no espaço urbano e gerou impactos na vida do cidadão. Esse sistema trouxe uma aceleração no processo de degradação da área central, conferindo-lhe uma popularização de uso e ocupação do solo, acentuação dos problemas relativos ao tráfego, poluição sonora e visual, adaptação das residências em comércio - muitas vezes sem a preocupação de preservar o patrimônio, e a conseqüente perda da identidade da cidade.

Atualmente, Uberlândia conta com uma população de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, conforme censo do IBGE realizado no ano 2000.

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O primeiro Decreto-Lei autorizando a construção do Mercado Municipal de Uberlândia data de 13 de janeiro de 1923. Porém, a sua construção em terreno localizado na Rua Olegário Maciel, nº 255, só aconteceu no ano de 1944, durante o mandato do então Prefeito Vasconcelos Costa. O projeto arquitetônico é assinado pelo engenheiro Luiz da Rocha e Silva e a construção ficou a cargo do engenheiro Sílvio Rugani. A inauguração oficial da edificação foi realizada em 25 de dezembro de 1944.

O Arquivo Público Municipal conserva três projetos arquitetônicos elaborados para o Mercado Municipal. Um é autoria do arquiteto Celso José Werneck, sem data; é composto de duas pranchas coloridas que contêm as plantas de primeiro e segundo pavimento, duas fachadas e três cortes. Outro projeto, de autoria do arquiteto Romeu de Paoli, traz a data de 01 de janeiro de 1940 e se constitui de duas pranchas que contêm planta e fachada. O terceiro projeto, que seria construído, é de autoria do engenheiro Luiz da Rocha e Silva; apresenta plantas do primeiro e segundo pavimentos, locação, fachadas principal e lateral direita, dois cortes e detalhes de elementos decorativos das elevações.

Não foi possível verificar em que circunstâncias os projetos foram elaborados, sobretudo os de autoria dos arquitetos Celso José Werneck e Romeu de Paoli, importantes arquitetos da época, atuantes, respectivamente em Belo Horizonte e São Paulo.

O projeto de Paoli apresenta um prédio de grandes proporções em relação aos dois outros projetos e um programa mais amplo que compreendia dois restaurantes, três conjuntos de banheiros públicos e lojas diversas; os corredores internos de circulação apresentam uma largura de 7,00 metros. O prédio possui formato em “U“, com um chafariz no centro e a fachada principal apresenta uma torre com relógio.

O projeto de Celso José Werneck apresenta fortes semelhanças, tanto formais como espaciais em relação ao projeto que foi executado. Constituí-se de um bloco de 30,75 x 35,00 metros; a lateral esquerda apresenta uma parte em curva com dois pavimentos sendo o inferior destinado a farmácia, barbeiro, duas lojas e um café; o pavimento superior constituí-se de apenas uma sala. No espaço principal, apresenta seis boxes localizados na lateral esquerda para armazéns, dez boxes para verduras localizados no centro e sete boxes na lateral direita destinados para: três açougues, duas peixarias e um frigorífico. A circulação interna era feita por corredores de 2,00 metros de largura.

O projeto do engenheiro Luiz da Rocha e Silva apresenta sua fachada principal voltada para a atual Avenida Getúlio Vargas. O edifício apresenta-se como um quadrado, com boxes distribuídos na lateral direita, centro e lateral esquerda. A fachada frontal possui volume circular, com dois pavimentos que se prolonga também sobre a porta principal. Na lateral direita há a indicação de uma via com oito metros de largura que conduzia à Rua Visconde do Rio Branco, atual Rua Duque de Caxias. Na lateral esquerda, a seis metros de distância do edifício há a indicação de um espaço para uma feira livre com duas fileiras

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de árvores - com distância de sete metros entre elas -, plantadas no sentido do passeio para o interior do terreno; depois do espaço da feira livre há um desnível vencido por quatro degraus e a especificação de “campo de malha”. Ao fundo do terreno, à esquerda, há a delimitação de um espaço de 20,00 x 18,00 metros, destinado a “pastinho”.

O espaço principal apresentava uma modulação regular, com seis boxes de igual tamanho (3,50 x 4,50) dispostos ao longo da lateral esquerda e dois banheiros no fundo; na lateral direita, igualmente, havia seis boxes com uma porta ao centro; no espaço central, havia doze boxes menores que os das laterais (2,65 x 3,27 m.) dispostos dois a dois. Desta forma a circulação era feita por dois corredores laterais que circundavam os boxes centrais. Além da porta localizada na lateral direita, o acesso era feito pela porta principal, voltada para a Rua Olegário Maciel e outra simetricamente disposta na elevação posterior que dava acesso a área posterior do terreno.

O edifício foi inaugurado em 25 de dezembro de 1944, obedecendo às recomendações técnicas e sanitárias recomendadas pelas normas vigentes.

De acordo com o Decreto-Lei nº 132, de 08 de agosto de 1945, que instituiu taxas e regulamentou o serviço do mercado, este se destinava ao comércio varejista de produtos alimentícios da pequena indústria agropecuária, avícola ou extrativa, sendo permitida a venda, nas lojas, de artigos de armarinho a baixos preços, tecidos grossos, peças de

Mercado Municipal - década de 1940 Fonte: Arquivo Público Municipal - Coleção Roberto Cordeiro

Mercado Municipal - final da década de 1940. Detalhe para a fileira de árvores. Fonte: Arquivo Público Municipal - Coleção Roberto Cordeiro

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vestuário, instrumento de lavoura e utensílios domésticos (art. 1o e 2o). O horário de funcionamento era de seis às dezessete horas nos dias úteis e das seis às doze, nos domingos, feriados e dias santos (Art. 3o.) A venda feita pelos pequenos produtores era insenta de impostos e taxas municipais, mediante inscrição junto à Prefeitura (Art. 5º). Após às dez horas era permitida a venda a atacado dos produtos que não haviam sido comercializados (Art. 6o.) O decreto também determina a forma de exposição dos produtos, as normas de higiene e limpeza e as competências dos empregados. A locação dos cômodos era feita mediante licitação, pelo menor preço.

Sendo este o único estabelecimento do gênero, à medida que a cidade crescia, a ampliação do prédio tornou-se necessária. Assim, na administração do então prefeito Tubal Vilela da Silva (1951-1955), foi construído um prédio anexo, voltado para o Córrego Cajubá - que pouco tempo depois, ainda sob mesma administração municipal, foi canalizado e urbanizado, dando origem à Avenida Getúlio Vargas. Segundo depoimento do arquiteto Milton Leite, este projeto é de autoria de João Jorge Coury, que foi o primeiro arquiteto a se estabelecer na cidade, sendo um dos pioneiros da difusão da arquitetura moderna em Uberlândia e região. Segundo ainda Milton Leite, o prédio deveria abrigar um restaurante popular e estufas para o amadurecimento de verduras. O prédio se constituía de um pavimento térreo encimado por um terraço aberto que dava acesso a três salas cobertas com laje, situadas na extremidade esquerda da fachada voltada para a Avenida Getúlio Vargas. O acesso ao segundo pavimento se fazia por uma rampa ainda existente.

No entanto, devido às condições inadequadas do espaço para os fins propostos, o prédio foi transformado em um local para novas lojas no pavimento térreo. O pavimento superior foi cedido à UESU (União dos Estudantes Secundaristas de Uberlândia), que ali permaneceu até 1964, quando, em conseqüência do golpe militar, todas as associações desse gênero foram declaradas ilegais. Nessa época, instalou-se no local a Escola de Música. No ano de 1986, os estudantes secundaristas, através da UESU, recuperaram sua antiga sede, que foi totalmente remodelada, a fim de atender às suas novas necessidades. A UESU permaneceu nesse espaço até o ano de 1995, quando no local foi instalada a sede da Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de

Detalhe de fotografia da década de 1950, onde se observa a Avenida Getúlio Vargas, construída sobre o Córrego Cajubá que foi canalizado. Observar o pátio do pavimento superior ainda sem a cobertura atual e a presença das árvores no local originalmente destinado à feira livre.

Fonte: Arquivo Público de Uberlândia, Coleção Roberto Cordeiro.

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Uberlândia, que se mantém até os dias atuais. Não foi possível verificar em que momento o segundo pavimento teve o terraço parcialmente coberto.

Em 1959, na gestão do prefeito Geraldo Ladeira, foram construídos seis cômodos, na lateral direita do prédio principal, destinados à instalação de açougues, além de um bloco com sanitários públicos localizado no pátio interno. Em 1972, no governo do prefeito Virgílio Galassi, foi construído um cômodo para o depósito de frutas, no pátio do mercado, anexo aos cômodos de depósitos de caixas.

Nessa época, o Mercado já não concentrava atividades relacionadas ao comércio de gêneros alimentícios, fato que sugere o declínio do empreendimento nesse setor, talvez ocasionado pelo incremento da produção agrícola e pelo crescimento demográfico, já que no planejamento da Prefeitura Municipal de Uberlândia para o exercício de 1952, figura a construção de um novo mercado para atender novo setor da cidade.

Embora a construção do novo mercado não tenha se concretizado, é inegável que esse arrefecimento da atividade econômica vinculada ao Mercado prossegue até 1977, ano da fundação da Central de Abastecimento (CEASA), que assumiu a função de agregar os produtores rurais e fazer a distribuição atacadista de hortifrutigranjeiros.

Com a criação da CEASA, o Mercado Municipal perdeu sua função de concentrador do comércio atacadista hortifrutigranjeiro, ficando apenas com o comércio varejista. Passando a ter importância secundária para o comércio municipal.

Vista do Bloco da Av. Getúlio Vargas na esquina com a Rua: Olegário Maciel - 1986.

Fonte: Arquivo de Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano/ Proposta de Tombamento 1986.

Vista da fachada posterior do Bloco da Av. Getúlio Vargas - 1986.

Fonte: Arquivo de Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano/ Proposta de Tombamento 1986.

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Em 1985, foi criado mais um anexo em seu pátio interno, destinado a receber a administração, o PRONAV - Programa Nacional de Voluntários - e um cômodo para depósito. Efetuou-se também, por parte da administração do Mercado, a colocação de grades nas janelas, a troca de algumas esquadrias, a colocação de padrões CEMIG e a troca de telhas da cobertura do edifício original.

Em 1986, a vereadora Olga Helena da Costa, membro do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Artístico de Uberlândia, então recém criado, encaminhou à Câmara Municipal de Uberlândia proposta para tombamento do Mercado (Projeto de proposta de lei nº 6.136/86). Como justificativa apresenta seu valor histórico como memória das primeiras tentativas de agrupar o comércio de hortifrutigranjeiro, as característica próprias de sua arquitetura e a existência de pinturas de bom valor artístico. A proposta aponta a possibilidade de que o Mercado, após restaurado, possa abrigar um comércio de artezanato regional e abrir espaço para artistas da cidade. A proposta teve parecer favorável das comissões internas da Câmara de Serviços Públicos Municipais e de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas porém um dos membros da Comissão de Legislação e Justiça, o vereador Adriano Bailoni Júnior deixou de assinar, argumentado que “o velho pardieiro onde se situa o Mercado Velho precisa é dar lugar a outra edificação `a altura de nossa cidade”. Assim, o processo de tombamento de Mercado não foi concluído.

As fotografias que acompanham o processo de pedido de tombamento são documentos valiosos para a sua documentação da época.

Em 1987, uma equipe formada por funcionários das Secretarias de Cultura, Agricultura, Indústria e Comércio e Planejamento constituíram uma Comissão de Estudos para Projeto de Reformulação da Função do Mercado Municipal com o propósito de avaliar suas condições de comércio que se encontrava em decadência e propor medidas visando a sua dinamização. A equipe constatou um decréscimo gradativo e constante do público

Vista aérea - 1986. Observar os anexos da lateral direita e esquerda que foram reconstruídos em 1997. Fonte: Arquivo de Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano/ Proposta de Tombamento 1986.

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consumidor e apontou, em relatório, como causas: a, veiculação, durante algum tempo, da notícia de que o mercado seria fechado e vendido, o que levou seus freqüentadores a mudarem de hábitos; a pequena diversificação de produtos oferecidos e a concentração de boxes nas mãos de pequeno número de locatários o que fazia com que muitos permanecessem fechados e fossem usados como depósitos. A proposta para a reformulação do mercado, propunha a elaboração de novo estatuto para o mercado com vistas a regulamentar medidas de reativação do espaço, projeto arquitetônico de padronização das bancas no interior do prédio central, o estabelecimento de índice para os reajustes do valor dos aluguéis que permitissem flutuações compatíveis com o custo de manutenção do mercado. A proposta de reativação do espaço propunha, além da revitalização de seu potencial de comércio, a sua utilização como espaço alternativo de cultura para a cidade.

Em 1o de novembro de 1988, foi criada a Associação dos Locatários do Mercado Municipal de Uberlândia - ALMEN, que a partir de então, assumiu a responsabilidade pela administração do mercado.

Em 1995, na gestão do prefeito Paulo Ferolla da Silva, o prédio central foi reformado, atendendo, em parte, às propostas feitas pela Comissão de Reformulação de 1987. O boxes foram redimencionados, padronizados e receberam novo lay-out; além dos corredores laterais, que foram mantidos, foi criado um corredor central. O prédio recebeu forro de treliça de madeira e o piso foi executado com granitina, paginado em duas cores. As paredes foram revestidas até meia altura, com cerâmica branca 10x10cm. A iluminação artificial foi substituída por lâmpadas frias. A fiação elétrica foi refeita porém, os fios foram mantidos aparentes, sobre a treliça. Os açougues externos também foram reformados; receberam revestimento de azulejos brancos e a laje de cobertura recebeu uma manta de impermeabilização. A cobertura foi revisada, mas manteve parte do engradamento e das telhas originais. O piso do passeio em volta do prédio central foi refeito assim como o revestimento da calçada voltada para a Rua Olegário Maciel.

Vistas do corredor central do prédio principal em 1986.Fonte: Arquivo de Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano/ Proposta de Tombamento 1986.

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Em 1997, as lojas da lateral direita e dos fundos foram reformadas. As quatro primeiras lojas que são provavelmente da época de construção do prédio central foram mantidas em suas característica originais; os demais anexos que haviam sido construídos ao longo do tempo, foram demolidos reconstruídos acompanhando os muros de divisa, como se encontravam anteriormente. As coberturas, antes em meia água, foram substituídas por duas águas, repetindo a mesma solução encontrada nas lojas originais, em que as empenas formam um frontão triangular com uma janela circular no centro, protegidas por grades, dando maior uniformidade visual ao conjunto. Os vitrôs e as estreitas portas dos antigos anexos foram substituídos por portas largas de metal. Todas as lojas receberam proteção de uma marquise que se estendeu, inclusive pelas lojas originais. Todas as lojas receberam forro de madeira tipo “paulistinha” e piso em granitina.

Vista do corredor da lateral direita do prédio principal, em 1986. Fonte: Arquivo de Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano/ Proposta de Tombamento 1986.

Vistas dos depósitos no alinhamento da lateral direita que datam, provavelmente, da mesma época de construção do Bloco Central. Fonte: Arquivo de Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano/ Proposta de Tombamento 1986.

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Em 2003, a pedido da Secretaria de Agropecuária e Abastecimento, foi elaborado um novo projeto de reforma (com fins de restauro) para o Mercado. Embora tenha sido apresentado ao COMPHAC e tenha obtido a aprovação (inclusive a retirada dos dois banheiros centrais), não chegou a ser executado. Em 2005, esse mesmo projeto foi atualizado pela Secretaria de Planejamento, com poucas alterações em paredes internas, porém também não concretizado.

A partir de 2005, a cidade começou a ver seu patrimônio tombado ser recuperado. Bens culturais como o Coreto , o Museu Municipal, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e Praça Rui Barbosa, a Oficina Cultural, Escola Estadual de Uberlândia e até a Casa da Cultura, que ficara 10 anos fechada, foram restaurados/revitalizados e (re)apropriados pela população, o que, em contra-partida, provocou uma discussão sobre a importância do patrimônio cultural na cidade e, consequentemente, direcionou as atenções para as condições precárias de parte do Mercado Municipal.

As reivindicações da população são ouvidas e em março de 2007, a Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento retoma as ações para recuperação do bloco. Solicita , através de ofício, à Secretaria Municipal de Cultura “todas as informações e legislações possíveis” para que “sejam estudadas e analisadas” e informa que “o projeto arquitetônico ficará a cargo da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano”.

No mesmo período, a Secretaria de Obras realiza serviços de emergência para manutenção e e estabilidade da marquise externa (voltada para a Av. Getúlio Vargas) e, através de laudo técnico, expõe as condições do prédio:

“(...) Sendo assim, foi constatado que existem problemas localizados, ou seja em áreas restritas na laje do salão, próximo ao local da escada que dá acesso ao bar. Nessa laje,

Vista do pátio interno em 1986.Fonte: Arquivo de Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano/ Proposta de Tombamento 1986.

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composta de estrutura mista de lajotas de cerâmicas e nervuras executadas “in loco”, verificou-se no pavimento inferior ao salão, a existência de trinca com exposição da armadura e flexão da laje neste local. Para reparos necessários, indica-se a retirda da escada de tijolos do salão, onde provavelmente ocorre a infiltração através de fenda existente no local, além de provocar carga extra, e substituí-la por uma escada metálica e também reparos estruturais através de recuperação da armadura, grauteamento e novo reboco na laje danificada devido a estes problemas.

O laudo, porém, ressalta que “o local de maior comprometimento está em área externa, onde foram colocadas telhas de fibrocimento, que se encontram quebradas, acumulando umidade na laje de teto onde funcionava o antigo açougue. Neste local as lajotas estão danificadas, caindo do teto e a armadura das nervuras necessita de tratamento. Para esta área também necessita de tratamento. Para esta área também necessita-se executar os procedimentos de reparos anteriormente citados. Recomenda-se a impermeabilização desta laje com utilização de manta, por tratar-se de laje externa com exposição direta a intempéries. E finaliza com uma recomendação: “Para uma correta recuperação, indica-se uma restauração geral do prédio, pois este se apresenta com problemas no revestimento das alvenarias, devido ao desgaste natural dos materiais, por se tratar de construção antiga, também com problemas de infiltração generalizada, queda de reboco e lajotas cerâmicas, inclusive na marquise, reparos da instalação elétrica, reparos e substituição de esquadrias, telhado e pintura geral”.

A necessidade de recuperação do imóvel ficou evidente e de sua reocupação também. Assim, credenciada pelo recente e eficiente trabalho de revitalização dos bens culturais tombados , a Secretaria Municipal de Cultura recebeu do prefeito municipal Odelmo Leão Carneiro, a responsabilidade de revitalizar o bem e cuidar de sua gestão, reforçar suas características artístico-culturais e tornar o espaço um atrativo turístico a mais para cidade.

O projeto anterior de revitalização do imóvel foi usado como base e adaptado para as novas ocupações definidas pela Secretaria Municipal de Cultura e reapresentado ao COMPHAC para análise, já que sua aprovação anterior não teria mais validade, pois, como fora verificado pelo próprio conselho, a reunião que deliberou favoravelmente em 2003 não possuía quórum suficiente pra referendar o projeto.

Em dezembro de 2007, o COMPHAC – Conselho Municipal do patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Cultural, aprovou o projeto de autoria da arquiteta Denise Elias Attux, possibilitando assim o início das obras, o que aconteceu em janeiro de 2008.

Atualmente, o Mercado Municipal conta com um total de 43 lojas comerciais e 09 depósitos para armazenamento de produtos. Parte das lojas externas, nos anexos da lateral direita e fundos, abrigam prestadores de serviços diversificados como sapateiro, chaveiro, gravador de fitas e cd’s, sebo, reprografia, gráfica, fábrica de carimbos, dentre outros; alguns espaços encontram-se fechados.

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O prédio central abriga 15 boxes e três áreas especiais de exposição. O piso térreo da parte arredondada abriga barbearia, tabacaria e duas lanchonetes; o pavimento superior é ocupado pela Associação de Teatro de Uberlândia.

Relação dos Permissionários do Mercado Municipal

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O prédio cuja fachada é voltada para a Avenida Getúlio Vargas, agora administrado pela Secretaria Municipal de Cultura, se encontra, atualmente, em processo de revitalização. O pavimento superior acomodará uma Galeria de Artes, Sala Administrativa e um pequeno Anfiteatro. O pavimento inferior abrigará um restaurante e outros espaços para o comércio de produtos culturais, a serem definidos por edital.

O primeiro Diretor do Mercado Municipal foi o Sr. Antônio Ferreira Magalhães. Hoje a Administração do Mercado Municipal está sob a responsabilidade da ALMEM - Associação dos Locatários do Mercado Municipal -, conforme Termo de Permissão de Uso outorgado na data de 01 de novembro de 1988, mas mantém-se subordinada à Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento, responsável pelos setores de feiras e mercados do Município de Uberlândia. A partir de 2008, a Secretaria Municipal de Cultura assume a gestão do bloco voltado para Avenida Getúlio Vargas, dividindo assim a responsabilidade com Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento pelo mercado Municipal.

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O Mercado Municipal de Uberlândia foi inaugurado em 25 de dezembro de 1944 em cumprimento ao decreto formalizado 21 anos antes, em 13 de janeiro de 1923. Considerando o grande interstício de duas décadas entre a proposição do decreto e a efetiva inauguração, percebe-se que a criação deste entreposto comercial era uma antiga reivindicação da comunidade. Para um município enraizado na tradição do comércio atacadista e conduzido por projetos políticos desenvolvimentistas, a inauguração de novos estabelecimentos adquire sempre uma importância ampliada aos olhos dos cidadãos e geralmente reveste-se de um caráter solene, fomentado em grande parte por discursos eloqüentes e ufanistas, que fazem ressaltar características supostamente positivas do empreendimento, omitindo, muitas vezes, as reais circunstâncias em que se efetivou a sua criação.

A construção do Mercado representou a superação de antigas práticas de comércio ambulante de gêneros alimentícios. Assim, a sua construção foi de suma importância, pois centralizava todo o comércio do gênero na cidade em um único local, uma vez que não havia, ainda, as feiras livres nos diversos bairros. Introduzia também novas práticas de fiscalização e de controle pelo poder público. O artigo de jornal que comenta sua inauguração aponta as vantagens do novo estabelecimento:

“Esse melhoramento, cuja inauguração assistimos no dia de Natal, é de inúmeras vantagens para a população e facultará sem dúvida o declínio da carestia no momento oportuno, isto é, quando foram vencidos os obstáculos independentes daquela solenidade. Em primeiro lugar, é lícito acentuar a melhor observância de preceitos higiênicos no comércio de verduras e frutas, aves e ovos. Com a concentração desse comércio, os fiscais do centro de saúde e da prefeitura podem, com melhor eficiência, executar a inspeção, dificílima, senão impossível, nos armazéns, nas casas espalhadas pela cidade, nas carroças e tabuleiros perambulando pelas ruas. Só esse aspecto de ordem sanitária já justificaria a existência do mercado. Mas a ordem econômica tem, no caso, relevo mais saliente, embora as reclamações a que nos referimos deixam suspeitar o contrário. É que de agora em deante a produção vai ser intensificada, porque o agricultor terá garantida a colocação de sua colheita. Dirão talvez que o consumo já era estabelecido e que essa colocação estava regularizada. Mas havia o descontrole na distribuição. O vendedor trazia da carroça os seus gêneros e necessitava de correr as ruas afim de oferecer aqui e ali em procura de melhor recompensa. Tinha de percorrer longa distância e entabolar negociações com diversos fregueses até que pudesse certificar-se do estado da praça. Tais delongas, o tempo consumido e o cansaço que adviria muita vez o havia de levar a ceder sua mercadoria por preço que recusara metros atraz. E outras talvez entregar por quantia ínfima, deposita-la ou conduzi-la de regresso. Hoje, com o mercado, não sucederá isso: ele sabe que no estabelecimento encontrará por certo oferta correspondente à escassez ou à abundância do artigo que vende, desde que este esteja conservado. Poupa tempo e trabalho na sua transação, podendo dentro de poucos minutos entender-se com todos os pretendentes. Estas circunstâncias beneficiam grandemente os produtores e os negociantes, refletindo-se necessariamente no interesse público (...)” Jornal O Estado de Goiáz, 08/08/194.

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A inauguração do Mercado Municipal deu início, dessa forma, a um processo de substituição de um sistema de vendas itinerante e informal por um sistema organizado em espaço institucional.

Sua arquitetura marca também a mudança que a paisagem urbana começava a sofrer, com a introdução de novas técnicas construtivas e formas mais lineares e simplificadas, em substituição aos edifícios ornamentados que caracterizavam as construções mais significativas.

O Mercado tornou-se o principal local de comércio de gêneros, tanto o regular que acontecia em seu interior como o informal, que se espalhava em sua área externa. Tornou-se o local de encontro da população, onde as notícias eram comentadas e vivenciadas no cotidiano da cidade.

As décadas de 1950 e 1960 marcaram, em Uberlândia, um processo de desenvolvimento econômico e social. A densidade demográfica nessa época teve um crescimento acelerado, o que contribuiu para o aumento na produção e comercialização de produtos variados. Nessa época, o Mercado já não concentrava mais atividades relacionadas exclusivamente ao comércio de gêneros alimentícios.

O crescimento da produção exigia novas formas de comércio, espaços mais amplos e de acesso mais fácil para o produtor, com local para estacionamento dos veículos que aumentavam consideravelmente de número, impondo dificuldades para o estacionamento de caminhôes no centro da cidade. Para atender tal objetivo, no ano de 1977, foi inaugurada a CEASA - Centro de Abastecimento do Setor Agropecuário - que assumiu a função de agregar os produtores rurais e fazer a distribuição atacadista de hortifrutigranjeiros. Esse fato contribui para o declínio do comércio realizado no Mercado e para a maior diversificação dos produtos ali comercializados.

A capacidade comercial do Mercado também se ressentiu da abertura de novos estabelecimentos comerciais na cidade, os supermercados, que passaram a oferecer forte concorrência com a oferta de grande variedade de produtos em um único espaço. O Mercado no entanto sobreviveu.

Os anos 1980 marcaram uma nova fase na história do Mercado Municipal. Nessa década, inicia-se o movimento preservacionista em prol do tombamento da edificação, como patrimônio histórico do município. Inspirados pelo debate cultural fomentado pela criação da Secretaria Municipal de Cultura, em 1883, vários setores da sociedade envolveram-se efetivamente na luta pela preservação de prédios históricos e dos valores culturais identificados como importantes para a cidade. A justificativa redigida pela vereadora Olga Helena da Costa, principal representante do legislativo a envolver-se na condução do projeto de proteção ao patrimônio, atesta a crescente conscientização da importância de se preservar a história e a cultura do município; “Agora que o Patrimônio Histórico está se organizando cada vez mais, é preciso que sejam fixadas imagens do esforço pioneiro dos uberlandenses.”4

No que reporta ao Mercado Municipal, a primeira iniciativa visando ao tombamento formaliza-se no projeto de lei nº 6.136, proposto pela citada vereadora, que versava sobre o tombamento da edificação e proibia qualquer intervenção que viesse descaraterizar a

4 Justificativa da Vereadora Olga Helena da Costa. Câmara Municipal de Uberlândia, s/d.

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arquitetura original, considerando a restauração como o único procedimento cabível, caso o prédio sofresse danos em sua estrutura. Este projeto foi submetido à apreciação da Comissão de Legislação e Justiça da Câmara, que emitiu parecer favorável à sua tramitação. Há que se considerar, porém, a atitude do vereador Adriano Bailloni Júnior , que se recusou a assinar o parecer, apondo o seguinte parecer no corpo do documento: “Deixo de assinar porque o velho pardieiro onde se situa o mercado velho precisa é dar lugar a outra edificação à altura de nossa cidade.”5

Em 25 de abril de 1986, a Comissão de Serviços Públicos Municipais também emitiu parecer em que reconhece a importância histórica do Mercado Municipal como o primeiro empreendimento a organizar a distribuição da produção agrícola. Em suas considerações, o relator exibe uma certa preocupação com a memória histórica e escreve: “Renovar não é destruir e sim restaurar e conservar o que foi feito com carinho para o bem da comunidade. Destruir a pretexto do progresso, nunca foi justificado porque, segundo o escritor francês Le Verrier, o castigo daqueles que não quiseram repetir nada dos antepassados, é que no futuro também ninguém se lembrará deles”6

Atendendo solicitação da Secretaria Municipal de Cultura, a Universidade Federal de Uberlândia também faz julgamento da questão e apontou que o Mercado deveria ser preservado não por valores artísticos ou arquitetônicos, mas por sua importância cultural como espaço de convivência.7

Em que pese todo o movimento pró-tombamento, é preciso salientar que esta iniciativa não foi recebida acriticamente pela sociedade. Tal fato é comprovado por uma carta do cidadão Luiz de Gonzaga8, endereçada ao Prefeito Municipal na qual, não obstante o teor altamente confuso, percebe-se a ambivalente opinião quanto ao tombamento do imóvel: embora julgue importante preservar; Gonzaga se posiciona contrariamente ao tombamento, sem, entretanto, expor argumentos que justifiquem sua decisão.

A despeito de toda movimentação a favor e controvérsia em torno do tombamento, este não foi efetivado. Nessa situação, o Mercado continuou funcionando precariamente.

Entretanto a preocupação com a sua preservação continuou por parte da Secretaria de Cultura como se verifica no parecer desfavorável ao pedido de fechamento da área situada em baixo da rampa, pela Secretaria Municipal de Agropecuária para a instalação de uma lanchonete que ali já funcionava precariamente, emitido pela diretora da Divisão de Patrimônio Histórico, em 4 de outubro de 1992. No parecer, declara a intenção de recuperação e revitalização do imóvel.

Por parte da comunidade, nos últimos anos, verifica-se uma maior consciência sobre a importância da preservação de locais e construções de valor cultural, e a preservação do Mercado é reconhecida como atitude positiva e desejável.

5 Parecer ao Projeto nº 6136. Câmara Municipal de Uberlândia: Comissão de Legislação e Justiça,

22/04/1986. 6 Parecer ao Projeto 6136. Câmara Municipal de Uberlândia: Comissão de Serviços Públicos

Municipais, 25/04/1986. 7 Ver: Parecer sobre o prédio do Mercado Municipal. UFU, 24/10/1986.

8 Carta do Sr. Luiz de Gonzaga ao Prefeito Zaire Rezende, 10/03/1987. Arquivo da Divisão de

Memória e Patrimônio Histórico.

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O Mercado Municipal, atualmente, constitui-se de um conjunto de edifícios construídos em épocas diferentes, obedecendo a critérios distintos; porém, de uma maneira geral, apresenta influências da arquitetura moderna.

O conjunto é composto por três blocos independentes: o mais antigo ocupa a parte central do terreno, com a fachada principal voltada para a Rua Olegário Maciel; o outro bloco, construído na década de 1950, apresenta dois pavimentos e ocupa a esquina da Rua Olegário Maciel com a Avenida Getúlio Vargas, dispostos paralelamente entre si; o terceiro bloco se constitui em uma fileira de lojas construídas em distintos períodos, ao longo das divisas da lateral direita e dos fundos. Delimitado pelo três blocos - e o bloco dos fundos - tem-se um pátio interno que se abre para a Avenida Getúlio Vargas e se liga à Rua Olegário Maciel por duas vias internas, pavimentadas com paralelepípedos de basalto, que passam entre os três blocos.

O edifício central, que apresenta fachada voltada para a Rua Olegário Maciel, foi construído segundo os esquemas adotados nesse tipo de construção, em outras cidades do país: planta quadrada, em um só pavimento, eixos de circulação longitudinais, ao longo dos quais se dispõem as bancas de mercadorias. A este volume foi adicionado um outro em sua elevação frontal, de forma circular, com dois pavimentos, criando um jogo de formas que proporcionam destaque à edificação. A articulação deste volume circular com o restante do edifíco é feita pela presença de um segundo pavimento de formas retilíneas sobre a entrada principal. Além da entrada frontal, possui acessos pela lateral direita e pelo pátio interno, criando uma circulação cruzada entre as ilhas dos boxes.

A parte interna organiza-se através de dois eixos de circulação que separam três conjuntos de boxes comerciais. O eixo central possui boxes voltados para o corredor central e para os laterais.

A estrutura da edificação é formada por pilares e vigas em concreto armado, que definem os espaços dos boxes através de fechamento até meia altura em tijolos maciços. Esses pórticos fazem a sustentação da estrutura em tesouras de madeira do telhado, que são aparentes. As paredes são feitas de tijolos maciços. As três portas de acesso - frontal, lateral e posterior - são metálicas, de enrolar.

O jogo de volumes acentua o esquema da planta: à frente, o volume circular, em dois pavimentos - mais alto, coberto por telhado revestido em telhas francesas, projeta-se e destaca-se em relação ao restante do corpo do edifício; a parte central, seguindo um eixo longitudinal em direção ao pátio interno, é mais baixa do que o volume circular e mais alta que as laterais, de modo a permitir a iluminação zenital pelo desnível dos telhados que são em duas águas, também cobertos por telhas francesas.

Todo o perímetro desse volume principal apresenta platibanda reta, acompanhando a forma triangular da empena do telhado apenas na parte posterior - fachada voltada para o pátio interno do Mercado. As marquises, em concreto, acontecem em todas as fachadas, protegendo as aberturas (portas e janelas). Na fachada posterior, essa não está presente

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em toda a sua extensão, ocupando apenas a parte central e a metade de cada lateral. Uma outra marquise, um pouco mais larga e mais baixa, foi construída posteriormente na fachada posterior, de forma a “completar a parte faltante”, fazendo-a chegar até o canto direito da edificação.

As esquadrias são do tipo vitrô, em metal e vidro, inclusive as que localizam-se no desnível do telhado, para fins de iluminação zenital. As janelas localizadas no pavimento térreo, nas fachadas laterais, contam atualmente com grades de ferro, instaladas no ano de 1985, por questões de segurança do espaço.

No volume circular, elementos decorativos em desenhos geométricos verticais e molduras horizontais demarcam e subdividem a esquadria frontal em metal e vidro. O segundo pavimento desse volume é ocupado, atualmente, pela Associação de Teatro de Uberlândia; o acesso é feito por uma escada, que acompanha o desenho curvilíneo da planta.

A lateral esquerda o edifício é resultado de uma intervenção que construiu seis boxes para açougues ao longo da empena, com aberturas voltadas para a rua interna. Tirando proveito do declive do terreno, os açougues apresentam-se em nível mais baixo e não prejudicam a iluminação do prédio principal.

As lojas ao longo das divisas lateral direita e fundos foram construídas em diferentes épocas. Somente as quatro primeiras, próximas à Rua Olegário Maciel, foram, presumivelmente, construídas, para depósitos, na mesma época do edifício central. Em 1997, os espaços existentes foram demolidos e reconstruídos - com exceção das quatro originais -, ocupando a mesma área e as mesmas dimensões dos cômodos originais, porém com uma padronização das fachadas adotando-se elementos das quatro lojas originais para todas da mesma elevação - marcadas pelo frontão definido pelas empenas da cobertura com um óculo circular no centro - ; a essa fachada foram acrescentadas uma marquise para proteção das aberturas.

Os outros cômodos, também localizados na lateral direita do lote e também na sua parte posterior, possuem frente voltada para o pátio. Sua cobertura é feita em telhas de fibrocimento, apresentando platibanda de cobogós. Não há janelas; apenas as portas de aço, do tipo de enrolar, fazem a comunicação com o exterior.

No alinhamento da Avenida Getúlio Vargas, esquina com a Rua Olegário Maciel, do lado esquerdo do edifício principal e separada deste por uma rua interna, há uma outra edificação, de dois pavimentos, de partido retangular que termina num semicírculo. Sua construção foi iniciada durante a gestão do prefeito Tubal Vilela (1951-1955) e foi concluída durante a gestão de Geraldo Mota Batista (1959-1963).

No primeiro pavimento, localizam-se estabelecimentos de comércio, fechados por portas de enrolar metálicas, protegidas por uma marquise que percorre todo o perímetro da edificação. Alguns vitrôs iluminam os depósitos existentes ao longo da fachada voltada para a Avenida Getúlio Vargas. As mesmas esquadrias estão presentes também na parte posterior do edifício. Tem-se acesso ao segundo pavimento por uma rampa de concreto armado, sustentada por pilares circulares também em concreto e, em parte, por uma parede feita por pilares e vigas, formando um plano de quadriculados vazados. Um detalhe interessante dessa rampa é que ela termina em quatro degraus, impedindo, assim, a acessibilidade a pessoas portadoras de necessidades especiais.

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O segundo pavimento dessa edificação ocupava apenas parte da área de projeção do pavimento inferior. Entretanto, em uma intervenção realizada no ano de 1986, foram levantadas novas paredes, fechando o espaço anteriormente ocupado por um terraço aberto. As esquadrias localizadas na fachada voltada para a Avenida Getúlio Vargas mostram claramente essa intervenção: as situadas na parte original da edificação são protegidas por cobogós, formando uma moldura; as esquadrias situadas na parte construída posteriormente não apresentam proteção, tendo sido realizadas em metal e vidro.

Esse edifício possui telhado com revestimento em telhas de fibrocimento, escondido por platibanda de alvenaria. Internamente, esse edifício recebe forro de madeira.

O pátio interno, antes usado para comércio livre de gêneros alimentícios e camelôs, hoje é utilizado como estacionamento. Na parte posterior do pátio, no alinhamento do acréscimo do edifício principal, localiza-se o volume dos sanitários públicos, implantado isoladamente. Possui cobertura em laje plana, formando três planos em níveis diferentes. As janelas são do tipo vitrô e as portas de madeira.

O edifício principal e o da lateral direita e fundos apresentam maior unidade estilística; o terceiro bloco, voltado para a Avenida Getúlio Vargas, por ser mais moderno, apresenta linguagem e concepção distintas, sem grande interesse arquitetônico. Embora distintos, os blocos constituem um conjunto harmonioso no qual o pátio e as ruas internas garatem a sua coesão.

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O perímetro de tombamento define-se por um polígono irregular de área igual a 5.500 m², que se inicia no ponto PT1, determinado pelo vértice formado pelo cruzamento do prolongamento da linha de testada do lote do Mercado Municipal por seu lado Noroeste, voltado para a Av. Getúlio Vargas, com o prolongamento da linha de divisa dos lotes confrontantes a Nordeste, situados à Avenida Getúlio Vargas, nº 299, pertencente à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e à Rua Duque de Caxias nº 50; segue 63,5 (sessenta e três e meio) metros por esta divisa até o ponto PT2, que é determinado pelo cruzamento desse último segmento com a linha de divisa do lote confrontante a Sudeste, situado à Praça Luiz Adolfo Fonseca, nº 20, formando com esse um ângulo de 75°; segue 40,0 (quarenta) metros por esta última até o ponto PT3, que é determinado pelo vértice formado pelo cruzamento desse último segmento com a linha de divisa do lote confrontante a Sudeste, situado à Pç. Luiz Adolfo Fonseca, nº 48, formando um ângulo de 174°; segue por esta linha de divisa por 42,0 (quar enta e dois) metros até o ponto PT4, que é determinado pelo vértice formado pela confluência desse último alinhamento com a linha de testada do lote do Mercado Municipal por seu lado Sudoeste, voltado para a Rua Olegário Maciel; segue pela linha de testada por 68,0 (sessenta e oito) metros até o ponto PT5, que é determinado pelo vértice formado pelo cruzamento do prolongamento dessa última linha com o prolongamento da linha de testada do lote do Mercado Municipal por seu lado Noroeste, voltado para a Av. Getúlio Vargas, segue por esta testada por 79, 0 (setenta e nove) metros até o ponto PT6, que coincide com PT1.

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����������������������PT1: vértice determinado pelo cruzamento do prolongamento da linha de divisa do lote do Mercado Municipal com a Av. Getúlio Vargas com o prolongamento da linha de divisa do lote confrontante a Nordeste.

PT2: vértice determinado pelo cruzamento do prolongamento da linha de divisa do lote confrontante a Nordeste com linha de divisa do lote confrontante a Sudeste, formando com esse um ângulo de 75°.

PT3: vértice determinado pelo cruzamento da linha de divisa do lote confrontante a Sudeste, com a linha de divisa desse mesmo lote, formando um ângulo de 174°.

PT4: vértice determinado pelo cruzamento da linha de divisa do lote confrontante à Sudeste, com a linha de divisa do lote do Mercado Municipal com a Rua Olegário Maciel.

PT5: vértice determinado pelo cruzamento do prolongamento da linha de divisa do lote do Mercado Municipal voltado para a Rua Olegário Maciel com o prolongamento da linha de divisa da testada do lote pela Av. Getúlio Vargas.

PT6 = PT1.

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O perímetro de tomamento corresponde à própria área do lote onde se encontra situado o Mercado Municipal cujo conjunto é composto pelo bloco central, bloco voltado pela Av. Getúlio Vargas e anexos situados na lateral direita e fundos, que são indicados para tombamento de fachadas e volumetria. O bloco de sanitários, construído em fins da década de 1950, no pátio interno, por se apresentar como um volume desarticulado dos demais blocos e promover uma interferência negativa na configuração do próprio pátio não será considerado para tombamento, podendo ser removido.

O perímetro de tombamento tem por objetivo garantir a preservação das construções que compõem o Mercado Municipal - excetuando-se o bloco dos sanitários - e suas inter-relações espaciais, mantendo a integridade das fachadas e as volumetrias, uma vez que seus interiores se apresentam totalmente descaracterizados. A preservação das fachadas dos anexos lateral direita e posterior são, parcialmente, resultantes de uma intervenção recente - somente as fachadas das quatro primeiras lojas da lateral direita são originais -, se justifica pela harmonia que elas promovem entre os anexos e o bloco central bem como pela maior coesão visual que oferece do pátio interno em função da unidade que apresentam. Além das construções, o perímetro envolve também a pavimentação do pátio e das ruas internas, revestidos de paralelepípedos, que também deverão ser preservadas, por ser o pavimento original e promover a unidade de todo o conjunto.

Na área tombada não serão permitidas quaisquer interferências nos elementos que constituem o conjunto do Mercado Municipal, sem a devida apreciação e aprovação do órgão tombador.

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O perímetro de entorno define-se por um polígono irregular que abrange toda a quadra onde se insere o Mercado Municipal. Inicia-se no ponto PE1, determinado pelo vértice formado pelo cruzamento do eixo da Av. Getúlio Vargas com o eixo da Rua Duque de Caxias; segue 110,0 (cento e dez) metros por este até o ponto PE2, formado pelo vértice originado pelo cruzamento desse último segmento com o eixo da Pç. Luiz de Freitas Costa, confrontante por seu lado Sudeste; segue por este 110,0 (cento e dez) metros até o ponto PE3, determinado pelo vértice formado pela confluência desse último alinhamento com o eixo da Rua Olegário Maciel; segue 95,0 (noventa e cinco) metros por este até o ponto PE4, que é determinado pelo vértice originado do cruzamento desse último segmento com o eixo da Av. Getúlio Vargas; segue pelo eixo da Av. Getúlio Vargas por 95,0 (noventa e cinco) metros até o ponto PE5, que coincide com PE1.

Na área de entorno não serão permitidas quaisquer construções ou interferências que impeçam a visibilidade do conjunto ou que altere sua identidade e ambiência atual devendo-se obedecer as seguintes diretrizes: do lote confrontante a Sudeste, situado na Pç. Luiz Adolfo Fonseca, nº 74 - onde hoje encontra-se instalado o Posto Itatiaia, deverá manter um afastamento lateral (para a Rua Olegário Maciel) de 3,00 (três) metros; os lotes contígüos a Sudeste, com testada para a Av. Getúlio Vargas, nº 299, atualmente ocupado pela Empresa de Correios, para a Rua Duque de Caxias, nº. 50 - lote 10 - e para a Praça Luiz Adolfo Fonseca, lote 6 (sem número), números 48, 36 e 20, (respectivamente lotes 5,4 e 3) deverão manter afastamento de fundo de 5,0 (cinco) metros.

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PE1: vértice determinado pelo cruzamento do eixo da Av. Getúlio Vargas com o eixo da Rua Duque de Caxias.

PE2: vértice determinado pelo cruzamento do eixo da Rua Duque de Caxias com a Praça Luiz de Freitas Costa, confrontante por seu lado Sudeste.

PE3: vértice determinado pelo cruzamento do eixo da Praça Luiz de Freitas Costa, confrontante por seu lado Sudoeste, com o eixo da Rua Olegário Maciel.

PE4: vértice determinado pelo cruzamento do eixo da Rua Olegário Maciel com o eixo da Av. Getúlio Vargas.

PE5 = PE1.

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O Mercado Municipal situa-se em uma região já bastante verticalizada e em área mais baixa em relação à Av. Cipriano del Fávero e ao centro da cidade. O perímetro de entorno tem por objetivo preservar as visadas, sua identidade e ambiência atual.

As visadas do Conjunto do Mercado Municipal se dão tanto pela Rua Olegário Maciel como pela Avenida Getúlio Vargas. As visadas pela Avenida Getúlio Vargas são garantidas pela largura da avenida de 27,0 (vinte e sete) metros, com um canteiro central; pela Rua Olegário Maciel faz-se necessário garantir o afastamento frontal mínimo de 3,0 (três) metros, para que a construção no alinhamento não venha a interferir na visada por este lado.

Os lotes contíguos a Noroeste e Sudeste, com testadas respectivamente para a Rua Duque de Caxias e Praça Luiz Adolfo Fonseca e que fazem divisa pelos fundos com os limites do Mercado deverão manter um afastamento de fundo de 5,0 (cinco ) metros para impedir a construção de empenas nos limites. Não se justifica a limitação dos gabaritos uma vez que, além da região já se encontrar bastante verticalizada, estes lotes encontram-se em cotas mais elevadas não sendo possível a visualização do conjunto por estes ângulos.

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BLOCO CENTRAL – RUA OLEGÁRIO MACIEL

Estado de Conservação ESTRUTURA

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Pilares de concreto 100% Danos verificados:

Estado de Conservação COBERTURA

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Engradado da cobertura: madeira 80% 20% Telha cerâmica tipo francesa 20 % 50% 30% Calhas, rufos e condutores 20% 80% Platibandas e marquises 100% Cobertura de lajes dos açougues 100% Danos verificados O problema mais grave da cobertura é a presença constante de telhas quebradas que permitem a penetração das águas pluviais, provocando a degradação do elementos do engradamento e dos forros. As calhas e rufos são antigos e apresentam furos, remendos e falhas nos encaixes e soldagem. A capitação das águas pluviais é feita por calhas embutidas nas paredes e coletadas por encanamento que passa sob os corredores laterais; as tampas das caixas de visitas estão emperradas o que dificulta a manutenção.As marquises possuem bordas salientes na superfície superior que retêm a água pluvial provocando infiltrações generalizadas. Os condutores da lateral esquerda da elevação frontal foram entupidos e substituídos por canos de PVC que jogam as águas sobre a marquise.

Estado de Conservação ALVENARIAS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Tijolo de cerâmica maciço 100% Danos verificados As alvenarias encontram-se em bom estado de conservação, não apresentando evidências de problemas físicos.

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Estado de Conservação REVESTIMENTO

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Reboco 70% 20% 10% Pintura 50% 50%% Cerâmica (área interna dos boxes e dos açougues)

100%

Elementos artísticos aplicados: sobrevergas e elementos verticais das esquadrias da elevação frontal

100%

Danos verificados As cerâmicas de revestimento dos boxes e dos açougues apresentam-se em boas condições de conservação; os rebocos externos apresentam manchas por umidade em algumas áreas, sobretudo nas áreas superiores. A pintura apresenta desgate generalizado, principalmente na área interna.

Estado de Conservação VÃOS E VEDAÇÕES

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Portas 90% 5% 5% Janelas – esquadrias metálicas 100% Ferragens 100% Vidros 100% Grades de proteção das janelas 100% Danos verificados: A porta central de elevação posterior apresenta remendos e problemas de segurança.

Estado de Conservação PISOS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Granitina em duas cores 90% 10% Cerâmica nos açougues 80% 20%

Passeio de paralelepípedos 100%

Danos verificados: A granitina paginada em duas cores apresenta, desde sua execução, pequenas trincas e pequenas áeas desgastadas; no corredor central, a tampa da caixa de visitas do esgoto que passa sob o piso apresenta-se refeita, com remendos nas bordas pois precisou ser quebrada para possibitar sua abertura.

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Estado de Conservação FORROS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Treliça de madeira 80% 20% Lage na área de dois pavimentos 80% 20% Lage |(açougues) 100% Danos verificados: o forro de treliça apresenta sujidade generalizada e algumas áreas com peças apodrecidas e manchadas por infiltrações. O bar da área frontal, abaixo do segundo piso apresenta manchas por infiltração provocada pela água usada para limpeza do cômodo superior que não uma trinca.

Estado de Conservação ELEMENTOS INTEGRADOS EXTERNOS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Escada de acesso frontal 100%

Danos verificados: O piso da escada de acesso encontra-se em boas condições porém verifica-se a falta de corrimãos.

Estado de Conservação INSTALAÇÕES

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Instalação elétrica 80% 20% Instalação hidráulica 100% Instalação de prevenção de prevenção e combate a incêncio

100%

Sistema de segurança Não possui. Danos verificados A isntalação elétrica necessita revisão geral; a fiação encontra-se solta sobre o forro de treliça; há entrada de fios de telefones aéreas para os anexos e lojas do bloco central.

Estado de Conservação OUTROS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

100% Luminárias internas 100% Danos verificados

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BLOCO DA AVENIDA GETÚLIO VARGAS

Estado de Conservação ESTRUTURA

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Pilares de concreto 100% Laje de concreto 50% 50% Danos verificados: não são verificados indícios de comprometimento da estrutura; as lajes de cobertura apresentam desgaste com infiltração de águas pluviais.

Estado de Conservação COBERTURA

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Laje impermeabilizada /2º. Pavimento 40% 60% Telha de fibro cimento 50% 50% Calhas, rufos e condutores 100% Platibandas e marquises 100% Danos verificados: as lajes sobre o 2º. e parte do 1º. pavimento são recoberta por telhas de fibrocimento que se encontram em precárias condições, quebradas e deslinhadas, provocando intensa infiltração, que é mais intensa nas lojas do 1º. pavimento; as calhas e rufos são antigos e apresentam furos e falhas nos encaixes e soldagem; as marquises apresentam pouca inclinação, sem proteção impermeabilizadora e o arremate saliente da borda na face superior retém a água pluvial, provocando infiltrações.

Estado de Conservação ALVENARIAS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Tijolo 50% 30% 20% Danos verificados: há várias paredes internas semi-demolidas.

Estado de Conservação REVESTIMENTO

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Reboco 20% 80% Pintura 100% Azulejos (banherios 2º. Pavimento) 100%

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Danos verificados: Os rebocos encontram-se danificado em função das infiltrações e falta de manutenção, sobretudos das alvenarias externas; a pintura apresenta desgaste generalizado, com exceção dos espeços do 2º. Piso que estão melhor conservadas; os azulejos

Estado de Conservação VÃOS E VEDAÇÕES

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Portas de metal 100% Janelas – esquadrias metálicas 90% 10% Ferragens 70 30% Vidrauxs (metal e vidro) 80 10% Danos verificados: Algumas portas internas não possuem fechaduras e alguns vidros encontram-se fechados.

Estado de Conservação PISOS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Cerâmica/ diversos (1º. Piso) 100% Taco de madeira e cimento pigmentado de vermelho (2º. Piso)

100%

Passeio – cimento 100%

Danos verificados: O primeiro pavimento apresenta pisos variados, porém com desgaste generalizado; alguns cômodos encontram-se sem revestimentos; o passeio que contorna o edifício encontra-se quebrado e com falhas.

Estado de Conservação FORROS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Laje pintada (1º. Pavimento) 20% 80% Laje pintada (2º. Pavimento) 50% Madeira tipo paulista (2º. Pavimento) 100% Danos verificados; a pintura das lajes encontram-se craqueladas, manchadas e com mofo devido às infiltrações.

Estado de Conservação ELEMENTOS INTEGRADOS EXTERNOS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Rampa 50% 50%

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Danos verificados: o piso da rampa, de cimento, encontra-se desgastado, com buracos; as grades de proteção estão tortos, sem proteção anticorrosão ou pintura.

Estado de Conservação INSTALAÇÕES

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Instalação elétrica – 1º. pavimento 100% Instalação elétrica – 2º. pavimento 100% Instalação hidráulica – 1º. pavimento 100% Instalação hidráulica – 2º. pavimento 100% Instalação de prevenção de prevenção e combate a incêncio – 1º. pavimento

100%

Instalação de prevenção de prevenção e combate a incêncio – 2º. pavimento

100%

Sistema de segurança Não possui Danos verificados: a energia elétrica do 1º. pavimento foi cortada por medida de segurança, a fiação apresenta-se aérea, porém desligada;; a instalação hidráulica do 1º. pavimento também está desligada; a instalação elétrica do 2º. Pavimento tem manutenção constante mas a fiação é aérea, presa nas paredes externas; não há vazamento nas instalações hidráulica do segundo pavimento mas toda a tubulação é externa, presa afixada às empenas externas.

Estado de Conservação OUTROS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Metais – 1º. Pavimento Não tem Lustres – 1º. Pavimento 100% Peças sanitárias – 1º. pavimento Não tem Metais – 2º. Pavimento 100% Lustres – 2º. Pavimento 100% Peças sanitárias – 2º. pavimento 100% Danos verificados O primeiro pavimento não possui louças sanitárias ou metais; há apenas algumas luminárias em más condições de conservação e nenhuma lâmpada; as louças do 2º. Pavimento apresentam o desgaste natural do tempo sendo que as do banheiro feminino são mais novas; todos os lustres estão bem conservados e com lâmpadas.

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BLOCOS DE LOJAS E DEPÓSITOS LOCALIZADOS NA LATERAL DIREITA E NOS FUNDOS DO TERRENO

Estado de Conservação ESTRUTURA

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Pilares de concreto 100% Danos verificados:

Estado de Conservação COBERTURA

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Engradado da cobertura: madeira 100% Telha cerâmica tipo francesa 100% Calhas, rufos e condutores 80% 20% Platibandas e marquises 70% 30% Danos verificados: As platibandas possuem arremate saliente em sua face superior o que provoca a retenção de águas pluviais provocando infiltração generalizada; os rufos e calhas presentam falhas nos encaixes que também provocam infiltrações; para diminuir problemas com infiltrações de águas pluviais devido à pouca inclinação da cobertura da área interna de depósitos foi colocado, sob as telhas, lona de polietileno.

Estado de Conservação ALVENARIAS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Tijolo de cerâmica 80% 20% Danos verificados: Algumas alvenarias da área interna de depósitos encontram-se parcialmente comprometidas pela infiltração provocada pelo acúmulo de águas no espaço existente entre a parede externa e o muro de divisa com o lote posterior; este espaço encontra-se em nível mais elevado do que o mercado e não possui qualquer sistema de drenagem ou captação de águas, retendo toda a água pluvial.

Estado de Conservação REVESTIMENTO

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Reboco 70% 30% Pintura 70% 30%

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Danos verificados: Tanto o reboco e a pintura apresentam problemas devido a infitraçôes; a falta de rodapé da área aberta do depósito provoca desgaste na pintura.

Estado de Conservação VÃOS E VEDAÇÕES

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Portas metálicas 100% Janelas – esquadrias metálicas 100% Ferragens 100% Vidros 100% Danos verificados:

Estado de Conservação PISOS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Granitina (pisos internos) 100% Cimento (área aberta dos depósitos) 100% Passeio - paralelepipedo de basalto 80% 20% Danos verificados: Os passeios apresentam algumas peças do meio fio quebradas.

Estado de Conservação FORROS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Madeira, tipo paulista 100% Danos verificados:

Estado de Conservação INSTALAÇÕES

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Instalação elétrica 100% Instalação hidráulica 100% Instalação de prevenção de prevenção e combate a incêncio

Somente algumas lojas possuem extintores de incêncio de pó químico

Sistema de segurança Não possui Danos verificados:

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PÁTIO E VIAS DE CIRCULAÇÃO INTERNOS

Estado de Conservação PISOS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Paralelepípedos de basalto preto 40% 30% 30% Danos verificados: O piso apresenta-se desnivelado, com perda de peças e remendos de asfalto.

Estado de Conservação ELEMENTOS INTEGRADOS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Escada de acesso frontal 100% Mureta de arrimo e escada de acesso lateral esquerda (pela Av. Getúlio Vargas)

40% 60%

Escada do pátio interno 100% Postes de iluminação 100% Danos verificados: A escada frontal encontra-se em bom Estado de Conservação mas verifica-se a ausência de corrimãos; a mureta de arrimo que forma um canteiro, e a escada de acesso ao pátio interno pela Av. Getúlio Vargas, encontra-se parcialmete quebrada com perda de material.

BANHEIROS PÚBLICOS

Estado de Conservação ESTRUTURA

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Pilares de concreto 100% Danos verificados:

Estado de Conservação COBERTURA

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Laje impermeabilizada 90% 10% Danos verificados: As bordas das lajes encontram-se danificadas por infiltrações, com manchas e mofos.

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Estado de Conservação ALVENARIAS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Tijolo de cerâmica 100% Danos verificados:

Estado de Conservação REVESTIMENTO

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Reboco 70% 30% Pintura 70% 30% Azulejos(área interna dos banheiros) 100% Danos verificados: Tanto o reboco como a pintura apresentam perdas e manchas devido a infiltraições, sobretudo nas áreas próximas às coberturas.

Estado de Conservação VÃOS E VEDAÇÕES

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Portas de metal (externas) 100% Janelas basculantes de metal 100% Ferragens 100% Vidros 100% Danos verificados:

Estado de Conservação PISOS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Cerâmica 100% Danos verificados:

Estado de Conservação FORROS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Laje pintada 90% 10% Danos verificados: Apresenta manchas devido a infiltrações.

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Estado de Conservação INSTALAÇÕES

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Instalação elétrica 100% Instalação hidráulica 100% Danos verificados:

Estado de Conservação OUTROS

Bom REGULAR RUIM, NECESSITANDO

INTERVENÇÃO

Louças 100% Metais 100% Luminárias 95% 5% Danos verificados:Verfica-se a ausência de algumas luminárias..

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Qualquer intervenção a ser realizada, dentro do perímetro de tombamento ou do perímetro de entorno, deverá ser encaminhada para o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Cultural, que elaborará um parecer aprovando ou não tal intervenção.

Todos os elementos e características das elevações e volumetrias deverão ser preservados conforme o original, inclusive as abeturas e revestimentos; o agenciamento do espaço e as relaçôes entre os elementos do conjunto também não poderão ser alterados.

Quaisquer trabalhos relativos à arquitetura, a serem realizados no conjunto deverão ser acompanhados por profissional qualificado.

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REALIZAÇÃO Secretaria Municipal de Cultura

SECRETÁRIA Lídia Meirelles

DIRETOR DA DIVISÃO DE MEMÓRIA E PATRIMÔNIO HISTÓRICO Arquiteto Fábio Rodrigues Pereira Leite

CHEFE DA SEÇÃO DE ARTE EDUCAÇÃO Arquiteta Cíntia Maria Chioca Lopes

EXECUÇÃO * Divisão de Memória e Patrimônio Histórico Secretaria Municipal de Cultura * Laboratório de Projetos de Design, Arquitetura e Urbanismo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal de Uberlândia

COORDENAÇÃO DE EXECUÇÃO Arquiteta Marília Maria Brasileiro Teixeira Vale

ELABORAÇÃO Arquiteta Cíntia Maria Chioca Lopes Arquiteta Marília Maria Brasileiro Teixeira Vale Arquiteta Tatianna dos Santos Martins

APOIO TÉCNICO Arquiteto Júlio César Borges Pereira Reis

ESTAGIÁRIOS Marco Túlio Pereira Yuriane Inoue Ferreira

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