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Técnicas Laboratoriais de Biologia Relatório Lígia Fernandes nº13 Marli Godinho nº15 12º ano, turma B Escola Secundária de Bocage Abril, 2003

Laboratório Sobre a Reprodução Sexuada dos Seres Vivos - Reprodução Sexuada.pdf

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Técnicas Laboratoriais de BiologiaRelatório

Lígia Fernandes nº13Marli Godinho nº15

12º ano, turma BEscola Secundária de Bocage Abril, 2003

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Tema:Laboratório Sobre a Reprodução Sexuada dos Seres Vivos – Reprodução Sexuada

Como se realiza a reprodução sexuada em diversos seres vivos?

Problema:

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IntroduçãoComo surgiu o problema?

Após a abordagem dos processos de reprodução assexuada que intoduziram o estudo do “laboratório sobre reprodução dos seres vivos”surgiu-nos a necessidade de o continuar alargando-o aos seres que apresentam reprodução sexuada.

ObjectivosCom este trabalho pretendemos observar diversos indivíduos que se

reproduzem sexuadamente bem como os órgãos intervenientes e todo o processo associado a este tipo de reprodução.

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Fundamentos TeóricosReprodução

Assexuada

Meiose

Zigótica Espórica Gamética

Gâmetas

SexuadaImplica

Pode ser

Permite a formação dos

Consiste na uniãode dois

Pode classificar-se

Quanto aomeio em

Quanto àlocalização em

Interna Externa Dependenteda água

Não dependente

da águaPode classificar-se

Quanto à origem (por exemplo)

AnisogâmicosIsogâmicos

Podem ser

Oogâmicos

Quanto àmorfologia em

Animal Vegetal

Espermatozóide Óvulo

Testículos Ovários

produzido nos

Anterozóide Oosfera

Anterídios Arquegónios

Quanto àLocalização

produzido nos produzido nos produzido nos

HermafroditismoOu monoicismo

no mesmo indivíduo

em indivíduosdistintos

GonoricismoOu dioicismo

Ovo ou zigoto

Origina

Fecundação

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Índice de ImagensFeto ( Polipodium )Bodelha ( Fucus vesiculosus )Sémen de porco ( Sus scrofa domesticus )Flor simples – órgãos reprodutoresInflorescência – MalmequerFruto – Laranja (Citrus aurantium)Minhoca ( Octalasium complanatum )

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Feto ( Polipodium )

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Esporângio

Folíolo

Anel mecânico(células com

espessamento em “U”)

Anel mecânico(células com

espessamento em “U”)

EsporoEsporo

Soro maduroSoro maduro

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Chanfradura

(zona onde se situam os arquegónios)

Rizóides

(zona onde se situam os anterídios)

Protalo do feto ( Polipodium )

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Bodelha – Fucus Vesiculosus

Aerocisto

Extremidade fértil(onde se localizam os conceptáculos

femininos e/ou masculinos)

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Oogónio com oosferas

Perífises oupêlos estéreis

Anterídios comanterozóides

Pêlos férteise estéreis

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Sémen de porco (Sus scrofa domesticus)

Peça intermediáriaCauda

Cauda

Espermatozóide

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Flor simples – órgãos reprodutores

AnteraFilete

Estame

Pétala

Sépala

Estigma

Estilete

Ovário

Carpelo

Antera

Carpelo

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Antera

Feixes condutoresFeixes condutores

Assentada mecânicaAssentada mecânica

Assentada de nutrição

Célula-mãe dos grãos de pólen Grãos de pólen

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Célula-mãedos

grãos de pólen Grãos de pólen (diversidade)

Formaçãodo tubopolínico

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Carpelo

Estigma Estilete Ovário

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Ovário

Corte transversal

Corte longitudinal

Oosfera

Óvulo

Funículo

Placenta

Cavidade do ovárioParede do ovário

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Inflorescência – Malmequer

Flor tubulosa

Estame

Corolatubolosa

SépalaSépala

CarpeloCorola ligulada

Flor ligulada

Flor masculina Flor feminina

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Corola tubolosa

Estames

Corola ligulada

Carpelo

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Fruto – Laranja (Citrus aurantium)

MesocarpoMesocarpo

EpicarpoEpicarpo

Endocarpo(com pêlos entumescidos)

Endocarpo(com pêlos entumescidos)

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Minhoca – ( Octalasium complanatum )

CliteloBoca

Faringe

Órgãos reprodutores masculinos

Esófago Papo

Moela

Ânus

Intestino

Prostómio

Órgão reprodutores masculinos

Órgão do sistema digestivo

Poros / Clitelo

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Órgãos reprodutores masculinos

Vesículas seminais

(Cordão nervoso)

Receptáculosseminais

Espermatozóides(conteúdo das

vesículas seminais)

Testículo

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Órgãos do sistema digestivo

Boca / Prostómio Faringe PapoMoela

Ânus Intestino

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Poros genitaisPoros

genitaisPoros

excretoresPoros

excretores

CliteloClitelo

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GlossárioAerocisto ( referente a Fucus vesiculosus ) Pequena dilatação cheia de ar que assegura a flutuação do talo.

Albúmen ver Endosperma

AndroceuDesignação dada à parte masculina da flor, constituída pelos estames. Como tal está especializadana reprodução da flor.

AngiospérmicasGrupo de plantas vasculares que têm óvulos encerrados no ovário e sementes encerradas no pericarpo. Estas plantas são na sua maioria terrestres, apresentando uma grande variedade.

Anisogamia Os gâmetas masculinos diferem dos femininos, morfologicamente.

Antera ver Estame

Antera jovem

Apresenta, maioritariamente, células-mãe dos grãos de pólen, bem como uma assentada mecânicacompletamente fechada, definindo assim quatro sacos polínicos. Distingue-se, ainda, umaassentada de nutição,composta por células do tapete.

Antera madura

Apresenta apenas dois sacos polínicos, resultantes do rompimento da assentada mecânica, com intuito de libertar os grãos de pólen já formados que consumiram as células do tapete (assentada de nutição praticamente inexistente).

Anterídios Gametângio sexual masculino, produtor de anterozóides.

Anterozóides Designa o gâmeta vegetal masculino, produzido nos anterídios.

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AntípodasDesignação dada às duas células que após a germinação do saco embrionário se deslocam e se fixamno lado oposto ao micrópilo e que após a fecundação degeneram.

ÂnusFenda oval presente no último segmento da minhoca (Octalasium complanatum) pela qual sãoexpelidas as fezes.

Arquegónio Gametângio sexual feminino, produtor de oosferas.

Assentada de nutrição

Reserva nutricional, constituida por células do tapete, que reveste interiormente os sacos polínicos, permitindo a formação dos grãos de pólen.

Assentadamecânica Parede da antera que durante a deiscência se rompe, permitindo a libertação dos grãos de pólen.

CáliceUma das peças esféricas da flor, designando o conjunto das suas sépalas. Está especializado no revestimento e protecção da flor.

Carpelo

Folha transformada que, isoladamente ou em conjunto, forma o ovário das plantas superiores. No seuconjunto constituem o Gineceu, a estrutura reprodutora feminina. Apresenta três partes distintas: o ovário, o estigma e o estilete.

Célula central oumesocisto

Nome do conjunto das duas células - dois núcleos - que após a germinação do saco embrionário se posicionam na zona central central deste. É esta célula diplóide que juntamente com um dos anterídios vai originar a célula-mãe do endosperma.

Célula germinativa

É a célula de menor tamanho do grão de pólen ( é quase do tamanho do núcleo da célula vegetativa ). Esta célula tem importantes funções ao nível da reprodução, uma vez que - no interior do tubopolínico - sofre uma mitose e origina os dois anterídios que vão entrar na fecundação.

Célula vegetativa

Esta é a célula que ocupa quase todo o interior do grão de pólen. Quando se desenvolve o tubopolínico, o núcleo desta célula desloca-se por ele, degenerando pouco depois. As suas funções são aonível da nutrição do grão de pólen.

Chanfradura( referente a Polipodium ) Nome designativo da zona superior do protalo onde se diferenciam osarquegónios.

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Clitelo

Região alargada que abrange, geralmente, os segmentos 28 a 37 ( zona anterior da minhoca - Octalasiumcomplanatum ) e é formada pelo grande desenvolvimento das glândulas cutâneas. Possui um importante papel durante o processo reprodutivo desta espécie.

Conceptáculo

( referente a Fucus vesiculosus ) Estrutura especializada para a reprodução que se apresenta intumescida. Difere dos aerocistos por se apresentar crivado de orifícios minúsculos que produzem uma geleia, cuja a coloração depende do sexo: conceptáculo feminino - coloração verde escura; conceptáculo masculino -coloração alaranjada.

Corola Uma das peças esféricas da flor, designando o conjunto das suas pétalas. Está especializado no revestimento e protecção da flor.

Deiscentes

Fruto - fenómeno pelo qual as sementes maduras nos frutos maduros são libertadas por fendas longitudinais que se abrem; Flor - fenómeno pelo qual os grãos de pólen, após maturação, são libertados para o exterior, por uma abertura da parede das anteras.

DiplonteOrganismo cujo ciclo de vida decorre na diplofase ( 2n cromossomas ), sendo a fase haplóide reduzida aos gâmetas ; a meiose é gamética.

Embrião

Consiste num eixo, o hipocótilo, onde se distinguem diferentes regiões: cotilédones ( um ou dois, homólogos de folhas, cujo ponto de intersecção delimita as próximas duas regiões ), o epicótilo ( região localizada acima dos cotilédones e que termina na plúmula ), o hipocótilo ( região localizada abaixo dos cotilédones e que termina na radícula ), radícula ( meristema radicular na base do hipocótilo, que constitui a raiz do embrião e que dará origem à futura raiz da planta ) e plúmula ( primórdios foliares -geralmente duas folhas embrionárias, que se converterão nas primeiras folhas da planta - e por um meristema caulinar terminal.

Endocarpover Pericarpo. Na laranja ( Citrus aurantium ) o endocarpo é sumarento e dividido em gomos. Estes gomos apresentam diversos pêlos intumescidos, sendo estes a parte comestível do fruto.

Endosperma ou Albúmen

Tecido de reserva triplóide ( 3n ) que tem origem na célula-mãe do endosperma após a fecundação e que pretende armazenar as reservas alimentares para o embrião.

Epicarpover Pericarpo. Na laranja ( Citrus aurantium ) o epicarpo apresenta-se delgado e com diversas glândulas aromáticas.

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Esófago Órgão do tubo digestivo que liga a faringe ao papo com função transportadora.

Espermatozóide

Gâmeta animal masculino. É constituído por uma cabeça, onde se situa o núcleo e o acrossoma (onde se localizam enzimas hidrolíticas), uma peça intermediária, repleta de mitocôndrias, e uma cauda composta por um flagelo.

Esporângio Estrutura unicelular ou pluricelular onde se formam os esporos; célula-mãe dos esporos.

Esporo

Célula especializada na reprodução, muito leve ( podendo ser transportada a grandes distâncias ) e que tem a capacidade de resistir a condições adversas. Pode ser de origem assexuada - mitósporo - ou de origem sexuada - meiósporo . Quanto à formação pode ser: endosporo, se se forma pela divisão endógena do esporângio; ou exósporo, se se forma com aproveitamento da membrana da célula-mãe.

Esporófito Entidade pluricelular, diplóide, mais diferenciada da geração esporófita.

Estame

Estrutura que diferencia o filete - parte afilada, de suporte - e, no topo, a antera - é nesta que se formam os grãos de pólen ( a antera pode ser jovem ou madura, advindo daí a existência ou não de grãos de pólen formados ).

EstigmaEstrutura superior do carpelo que produz uma substância açucarada que adere o grão de pólen e lhe fornece os nutrientes necessários para o seu crescimento.

EstileteÉ a estrutura afilada do carpelo que faz a ligação entre o ovário e o estigma. Será através desta estrutura que o tubo polínico terá de crescer para atingir o óvulo.

ExinaDesigna a membrana mais externa do grão de pólen, que pode assumir variadas formas, consoante a espécie, sendo quase sempre constante a existência de poros ( zonas de menor espessamento ).

Extremidade fértilZona terminal dos talos de Fucus vesiculosus, onde se diferenciam os conceptáculos masculinos e femininos.

FaringeReferente a minhoca (Octalasium complanatum). Órgão, musculoso, que possui a função de sucção dos alimentos ingeridos.

FecundaçãoUnião de dois gâmetas haplóides (feminino e masculino) originando-se uma célula diplóide, o ovo ou zigoto.

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Fecundaçãointerna

Ocorre numa estrutura existente no organismo do progenitor (geralmente ovário) especialmente destinadapara o efeito.

Feixes condutores Estruturas responsáveis pelo transporte da seiva bruta - xilema - e da seiva elaborada - floema.

Filete ver Estame

FlorÉ o órgão de reprodução sexuada nas Angiospérmicas, apresentando-se como a estrutura reprodutora maiscomplexa do reino vegetal.

Flor liguladaUm dos elementos diferenciados de uma inflorescência, correspondendo à flor mais externa. A sua corolaé muitas vezes, erradamente, identificada como as pétalas da "flor" ( inflorescência ).

Flor tubulosaUm dos elementos diferenciados de uma inflorescência, correspondendo à flor mais interna. Estadesignação deve-se ao facto da corola ser sinpétala, apresentando assim uma forma tubulosa.

Folíolo Pequenas "folhas" que apresentam na sua face inferior os soros do feto ( Polipodium ).

Fruto

Estrutura importante na protecção e dissiminação das sementes, constituído pelo pericarpo e pela(s) semente(s); resulta da polinização e da dupla fecundação que estimularam divisões nucleares e celularesno óvulo e no carpelo ( e possivelmente no receptáculo ), sendo estas afectadas por hormonas que tornamainda mais visível este aumento.

Funículo Estrutura que estabelece a ligação entre o óvulo e a placenta.

Gâmeta Célula reprodutora haplóide, que fundindo-se com outra de sexualidade oposta origina um ovo ou zigoto.

Gametófito Entidade pluricelular, haplóide, mais diferenciada da geração gametófita.

Geração

Parte do ciclo de vida de um ser caracterizado pela existência de uma entidade pluricelular ( independenteou não ). Inicia-se com a formação de uma célula, zigoto ou esporo, e termina com a formação do outrotipo de célula, esporo ou zigoto ( conforme aquele que deu inicio à geração ).

Geraçãoesporófita

Fase do ciclo de vida de um ser correspondente à diplofase, inicia-se com a germinação do zigoto e termina com a formação dos esporos ( meiose ).

Fecundaçãoexterna

Ocorre no meio exterior. Os gâmetas são lançados para o meio exterior pelos progenitores ocorrendoentão a fecundação. Este tipo de fecundação é bastante comum em meios aquáticos.

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Geração gametófitaFase do ciclo de vida de um ser correspondente à haplofase. Inicia-se aquando da germinação dos esporos e vai até à diferenciação dos gâmetas.

GineceuDesignação dada à parte feminina da flor, constituída pelos carpelos. Como tal está especializada na reprodução da flor.

Gonoricismo ou dioicismo

O gonoricismo é uma característica dos animais, enquanto que o dioicismo corresponde às plantas. No entanto ambos se referem à existência de indivíduos com os sexos separados.

Grãos de pólen

Estrutura resultante da germinação dos micrósporos ( células-mãe dos grãos de pólen ), onde se distinguem duas membranas - a intina e a exina - bem como a célula vegetativa e a célula germinativa. Será esta estrutura que dará origem ao gametófito masculino - o tubo polínico.

HaplodiplonteOrganismo em cujo ciclo de vida há alternância de gerações ( esporófita e gametófita ), sendo a meiose pré-espórica.

HaplonteOrganismo cujo ciclo de vida decorre na haplofase ( n cromossomas ) e somente o zigoto é diplóide( 2n ); apresenta meiose pós-zigótica.

Hermafroditismo ou monoicismo

O hermafroditismo é uma característica dos animais, enquanto que o monoicismo corresponde às plantas. No entanto ambos se referem a indivíduos que possuem os dois sexos. Pode ser sufieciente, caso se possa realizar a auto-fecundação, ou insuficiente, caso sejam, de qualquer forma, necessários dois indivíduos para realizar a fecundação.

IndeiscentesFenómeno contrário à deiscência ( ver Deiscente ), pelo qual as sementes não são libertadas senão na decomposição dos tecidos constituintes, permanecendo estes até esse ponto fechados.

InflorescênciaConjunto de flores reunidas numa mesma unidade, em que cada um dos elementos permanece diferenciado dos restantes.

Intestino

Zona do tubo digestivo onde se realiza a absorção de nutrientes e água. Na minhoca (Octalasiumcomplanatum) apresenta uma prega ao longo da sua superfície - tiflosole - com o objectivo de aumentar a superfície de absorção. No intestino ainda ocorre digestão química.

IntinaSituada entre a exina e a membrana plasmática, designa a membrana mais interna do grão de pólen, muito fina e celulósica.

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IsogamiaCaracterística atribuída a gâmetas com igual morfologia independentemente da sua origem (masculinos e femininos)

Meiose

Processo de divisão nuclear através do qual um núcleo diplóide origina quatro núcleos haplóides. Divide-se em várias fases: profase I, metafase I, anafase I telofase I, profase II, metafase II, anafase II telofase II e citocinese.

Meiose espórica A meiose é assim classificada quando ocorre durante a formação dos esporos.

Meiose gamética A meiose é assim classificada quando ocorre durante a formação dos gâmetas.

Meiose zigótica A meiose é assim classificada quando ocorre na primeira divisão sofrida pelo zigoto.

Mesocarpover Pericarpo. Na laranja ( Citrus aurantium ) o mesocarpo é membranoso e esbranquiçado, não sendo particularmente comestível.

MicrópiloAbertura na zona inferior do óvulo, onde os tegumentos não se unem, que permite a entrada do tubo polínico, aquando da fecundação.

MoelaReferente a minhoca (Octalasium complanatum). Órgão do sistema digestivo onde são triturados os produtos ingeridos - é o responsável pela digestão mecânica.

NucéoloÉ o tecido principal do óvulo, que se encontra protegido pelo tegumento. É no seu interior que se localiza a célula-mãe do saco embrionário. Tem funções ao nível da nutrição.

Oogamia

É um caso de anisogamia no qual os gâmetas femininos se distinguem dos masculinos por se apresentarem maiores, tendo maior quantidade de substâncias armazenadas, fundamentais para o desenvolvimento embrionário.

OogónioOosfera

Refernte a fucus vesiculosus. Gametângio feminino produtor de oosferasDesigna o gâmeta vegetal feminino, produzido nos arquegónios.

Ovário

Glândula sexual feminina, produtora de óvulos. Pode-se designar de ovário súpero, caso se encontre acima das restantes peças florais, desenhando assim o receptáculo uma forma convexa, pode designar-se de ovário ínfero caso o receptáculo se apresente concavo, pelo facto do ovário se encontrar abaixo das restantes peças; e em posição intermédia designar-se-à de semi-ínfero.

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Ovo ou zigoto Entidade resultante da união de dois gâmetas a partir do qual se origina um novo indivíduo.

ÓvuloDesigna o gâmeta feminino dos animais, produzido nos ovários. Nos óvulos distingue-se o nuceolo e a célula-mãe do saco embrionário, revestidos pela primina e pela secundina.

PapoReferente a minhoca (Octalasium complanatum). Órgão do tubo digestivo, anterior à moela, com a função de armazenamento e amolecimento de alimentos.

Paráfise ver Pêlo fértil

Pêlo fértil ouParáfise Estrutura que originam os oogónios e anterídios, nos conceptáculos femininos e masculinos, respectivamente.

Pêlos estéreis ouPeífises

Estruturas que se localizam nos conceptáculos do Fucus vesiculosus mas que não originam nem anterídiosnem oogónios.

Perianto

Identifica o conjunto formado pelo cálice e pela corola. Este toma a designação de Diferenciado, quando as duas estruturas referidas são distinguíveis. Por seu lado, se não o forem, designa-se de Perianto Indiferenciado- conforme se assemelha mais ao cálice ou à corola designa-se, respectivamente, por sepalóide ou petalóide.

Pericarpo

Designação dada nos frutos maduros, ao conjunto do Epicarpo - película que envolve o fruto exteriormente -do Mesocarpo - situado entre o Epicarpo e o Endocarpo, que pode ser ou não carnudo - e do Endocarpo -película mais interna que reveste as sementes.

Pétala Folha transformada que compõe a corola, sendo geralmente de cores vivas.

PlacentaTecido de suporte e nutrição, que permite a ligação e a troca de substâncias entre o óvulo e futuro embrião e a planta mãe.

Polinização

Nome dado ao processo de transporte e deposição dos grãos de pólen na superfície dos estigmas das flores. Designa-se por: Anemófila, se é realizado com o auxílio da chuva e do vento; Entemófila, se o transporte érealizado com o auxílio de animais, nomeadamente insectos, aves ou mamíferos. Pode também ser directa oucruzada: directa, se a polinização ocorre entre estruturas reprodutoras da mesma flor ou entre flores da mesmaplanta; cruzada, se ocorre entre estruturas reprodutoras de diferentes flores, de outras plantas, da mesmaespécie.

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Poros excretoresPoros situados ao longo da face ventral da minhoca (Octalasium complanatum) pelos quais são expelidasas excreções dos neferídios.

Poros genitais

Orifícios presentes nas partes laterais de face ventral da minhoca (Octalasium complanatum), que podemser masculinos ou femininos, mediante o tipo de gâmetas que expelem. Os orifícios genitais femininosencontram-se ligados aos funis ovulares e ovários pelos ovidutos, enquanto que os masculinos estãoligados aos testículos por canais defrentes. Durante a cópula os poros genitais ligam-se aos receptáculosseminais de outra minhoca, para os quais são transferidos os espermatozóides.

PriminaPelícula mais externa do tegumento do ovário, que após desidratação constituí - juntamente com a secundina - o tegumento da semente.

Prostómio Prolongamento dorsal que protege a boca da minhoca (Octalasium complanatum).

Protalo

Pequena lamina verde ( aproximadamente 5 a 6 mm ), que resulta da germinação de um esporo. Apresentaduas zonas específicas: a chanfradura e os rizóides, é graças a este último que o protalo tem vidaindependente. É ao nível desta estrutura ( protalo ) que se diferenciam os anterídios e os arquegónios, quepermitem a reprodução sexuada do feto ( Polipodium).

QuimiotactismoAtracção exercida por substâncias químicas por parte de um dos gâmetas ( geralmente o feminino ), estáassociado ao movimento do gâmeta ( masculino ) que é atraído.

Quimiotropismo

Atracção exercida por substâncias químicas por parte de um dos gâmetas ( geralmente o feminino ), estáassociado ao crescimento do gâmeta ( masculino ) que é atraído. Pode ser positivo, se o crescimento se verificar, ou negativo, se ocorrer uma regressão.

Receptáculosseminais

Bolsas responsáveis pela recepção e armazenamento de espermatozóides durante a cópula da minhoca(Octalasium complanatum). Irão posteriormente possibilitar a libertação destes gâmetas sobre os óvuloscontidos no casulo, possibilitando a fecundação.

Reproduçãoassexuada

Baseia-se na mitose. Um único progenitor origina novos indivíduos sem a intervenção de células sexuais. Os descendentes formados são geneticamente iguais uns aos outros e ao progenitor do qual recebem todosos seus genes. Pode ocorrer mediante uma diversidade de processos, tais como bipartição ou cissiparidade, gemulação ou gemiparidade, esporulação e fragmentação ou multiplicação vegetativa.

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Reproduçãosexuada

Processo reprodutivo que se baseia na meiose e na fecundação, onde se fundem dois gâmetas , geralmente provenientes de indivíduos diferentes. A meiose permite a equilíbração do número de cromossomas ao longo das gerações, enquanto que a fecundação permite a formação do ovo ou zigoto, que contém informação genética de ambos os progenitores, originando um indivíduo com um códigogenético próprio. assim os descendentes são diferentes entre si e diferentes dos progenitores. A reprodução sexuada implica variabilidade.

Rizóides

( referente a Polipodium ) Nome designativo da zona inferior do protalo, onde se diferenciam osanterídios. É formado por um conjunto de pelos absorventes que permitem a sobrevivência autónomado protalo. Permite também o meio aquático necessário à deslocação dos anterozóides, para realizar a fecundação.

Saco embrionário Célula haplóide do óvulo de Angiospérmicas, resultante da meiose da célula-mãe do saco embrionário.

Saco embrionáriogerminado

Estrutura formada a partir do saco embrionário por mitoses sucessivas, constituindo o gametófitofeminino de plantas Angiospérmicas.

Saco polínico

Estrutura, nas anteras, que delimita o local onde se encontram as células-mãe dos grãos de pólen ou ospróprios grãos de pólen. Nas anteras jovens, existem quatro sacos polínicos que delimitam as célulasmãe dos grãos de pólen; nas anteras maduras aqueles quatro fundem-se em dois sacos polínicos, contendo - maioritariamente - grãos de pólen formados.

SecundinaPelícula mais interna do tegumento do ovário, que após desidratação constituí - juntamente com a primina - o tegumento da semente.

Sedas

Estruturas em forma de pêlos presentes na face ventral da minhoca (Octalasium complanatum) quepossuem um importante papel na sua locomoção. O mecanismo de projecção das sedas baseia-se nacontracção e distensão dos segmentos.

Segmentos oumetâmeros

A minhoca (Octalasium complanatum) possui segmentação homóloga, isto é, o seu corpo está divididotransversalmente por segmentos separados por septos que se repetem e que possuem alguns órgãos emcomum.

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SementeEstrutura, muito diversificada no tamanho e na forma, que encerra o embrião, conjuntamente com o endosperma, evidenciando um ou dois tegumentos na parte exterior.

Sépala Folha transformada que faz parte do cálice da flor, tendo, geralmente, a cor verde.

Sinergídeas

Nome que designa as duas células que após a germinação do saco embrionário, se deslocam para a proximidade do micrópilo, ficando deste modo cada uma num dos lados da oosfera. Aquando da fecundação degeneram.

Soro

Pequenas estruturas reprodutivas, arredondadas, que contêm os esporângios do feto ( Polipodum ). Quando apresentam cor verde-clara estão imaturos; quando estão maduros apresentam-se acastanhados.

TegumentoTecido de revestimento das sementes, geralmente duro e seco que rodeia o endosperma; tem origem nos dois tegumentos do óvulo; através da sua impermeabilidade protege as sementes.

Testículos Gónadas ou glândulas sexuais masculinas, produtoras de espermatozóides.

Tubo polínico

Estrutura formada pela germinação da célula vegetativa do grão de pólen, coberta pela intina, que deste modo arrastou consigo a célula germinativa. Permite atingir a oosfera, com vista à fecundação, atravessando deste modo o estilete do carpelo. A sua germinação só é possível graças à existência de uma substância açucarada no estigma que lhe fornece nutrientes.

Vesículas seminaisReferente a Octalasium complanatum. Bolsas de tamanho superior aos testículos que albergam os espermatozóides produzidos, até estes serem lançados pelos poros genitais.

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Vantagens e limitações da reprodução sexuadaVantagens

A principal vantagem da reprodução sexuada é o facto de permitir uma enorme variabilidade genética, que se deve à:

Meiose: separação aleatória dos cromossomas homólogos e crossing-over;Fecundação: união aleatória dos gâmetas.

A variabilidade possibilita uma constante adaptação dos indivíduos a novos ambientes (de facto, há certas espécies que se reproduzem assexuadamente em períodos favoráveis e aquando de alterações do ambiente reproduzem-se sexuadamente). A existência de dois progenitores permite um carácter selectivo, em alguns animais, durante a escolha de parceiros de acasalamento, que tendem a ser os “dominantes”, permitindo a permanência dos melhores genes na espécie

DesvantagensExceptuando o hermafroditismo suficiente são necessários dois progenitores, cujos gâmetas têm períodos de maturação próprios, o que condiciona o seu período fértil;O facto de serem necessários dois progenitores torna este processo menos vantajoso, uma vez que está dependente da disponibilidade de ambos;É um processo muito complexo e por esse facto pode tornar-se mais demorado

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ConclusãoComo pudemos concluir com estes trabalhos experimentais, a reprodução sexuada é um

processo complexo, mas indispensável: é através dele que a diversidade é possível. Étão importante que a maioria dos seres melhor adaptados a apresentam, quer sejam plantas, algas, animais ou outros.

Concluímos também que consoante a espécie, as estruturas reprodutoras, bem como a forma como ocorre a reprodução, são muito diferentes, como podemos comprovar pela seguinte ordem de especialização – a qual está intimamente ligada à colonização progressiva do meio terrestre:

Meio aquático:Fucus vesiculosus: Os conceptáculos são os gametófitos, que difernciamoogónios (com oosferas) e anterídios (com anterozóides). A sua fecundação édependente da água, bem como de quimiotactismo eficiente. A meiose égamética

Meio aquático Meio terrestre:Polipodium: O gametófito é o protalo que diferencia os arquegónios e os anterídios. Os anterozóides estão dependentes da água para atingir as oosferas apesar de se tratar de uma espécie terrestre . Apresentam meiose espórica.

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Meio Terrestre:Angiospérmicas: Tanto em flores simples como em inflorescências, os gametófitos correspondem ao tubo polínico (gametófito masculino) - que produz os anterozóides – e o saco embrionário (gametófito feminino) -que pela sua germinação produz a oosfera. Pela fecundação interna (por isso independente da água) forma-se o ovo que originará o embrião e desencadeia-se o processo de formação do fruto. O embrião permaneceráencerrado na semente até que as condições do meio sejam propícias à sua germinação. A meiose é espórica.Octalasium complanatum: Este animal apresenta hermafroditismo insuficiente, sendo que os testículos de cada um produzem espermatozóides que durante a cópula são transferidos para o parceiro, ficando armazenados nos receptáculos seminais. Ocorre depois fecundação externa no interior do casulo segregado pelo clitelo, onde já se tinham depositado óvulos. A meiose desta espécie é gamética.Sus scrofa domesticus: O porco apresenta fecundação interna, após uma meiose gamética. As glândulas sexuais desta espécie gonóricacorrespondem aos testículos, produtores de espermatozóides (gâmetas masculinos), e aos ovários, produtores de óvulos (gâmetas femininos).

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