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LABORATÓRIOS INTERNACIONAIS DE TEATRO PARA BEBÊS DIFUSãO DO TEATRO PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA

Laboratórios internacionais de teatro para bebês

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Dossier Laboratórios internacionais de teatro para bebês en portugués

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LABORATÓRIOS INTERNACIONAIS DE TEATRO PARA BEBÊS

DIFUSãO DO TEATRO PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA

INTRODUÇãO  

Visando difundir e estimular o TEATRO PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA, uma iniciativa que vem sendo introduzida no país, Grupo Sobrevento pretende realizar um LABORATÓRIO INTERNACIONAL DE TEATRO PARA BEBÊS, com o qual irá programar a companhia espanhola La Casa Incierta, outra companhia internacional a determinar e o próprio Grupo Sobrevento, realizando um intercâmbio internacional com duração de 4 semanas que abrangerá espetáculos, palestras e oficinas; versando sobre o processo de criação, o movimento de Teatro para Bebês no mundo e principalmente sobre particularidades e possibilidades expressivas na comunicação com o público da primeira infância.

Com esta iniciativa o Grupo Sobrevento levará ao público 8 apresentações de La Casa Incierta, 8 apresentações da outra companhia internacional convidada e 16 apresentaçoes do Grupo Sobrevento (8 apresentações do espetáculo Bailarina e 8 apresentaçoes do Meu Jardim). Serão o total de 32 apresentações gratuitas, de quinta a domingo, no Espaço Sobrevento. As quintas e sextas serão direcionadas para creches e aos sábados e domingos serão abertas para o publico de pais e filhos.

O Espaço Sobrevento possui poltronas feitas especialmente para bebês, capazes de mantê-los sentados, confortáveis e seguros e até estar sozinhos, distantes dos seus professores, enquanto, em companhia de outros bebês, assistem ao espetáculo. Os espetáculos têm duração de 35 minutos e podem ser apresentados para um público de 40 bebês por apresentação.

• TODAS  AS  ATIVIDADES  DO  PROJETO  SÃO  ABERTAS  AO  PÚBLICO  E  TÊM  ENTRADA  FRANCA.    

Com este projeto , o Grupo Sobrevento visa difundir uma Arte inexistente em quase todo o pais, destinada a um público que tem direito à Cultura e que tem sido privado dela. Tem como objetivo integrar a primeira infância à sociedade,proporcionando a integração social de pais e mães, que são submetidos a uma espécie de resguardo nos primeiros anos de vida de seus filhos, seja por ignorância, por medo de serem rejeitados ou por falta de oportunidades. Com os LABORATÓRIOS INTERNACIONAIS DE TEATRO PARA BEBÊS, existe a possibilidade da difusão de espetáculos de excelência para a primeira infância e proporcionar o conhecimento aos meios de comunicação, jornalistas, artistas, pesquisadores, programadores e pedagogos da legitimidade desta proposta e da importância do Teatro para a Primeira Infância, para os bebês e para os pais, para a sociedade e para o próprio Teatro. Os LABORATÓRIOS INTERNACIONAIS permitirão o intercâmbio de idéias e processos artísticos entre artistas e pesquisadores, divulgando publicamente uma proposta inovadora de criação teatral, que toma como ponto de partida o direcionamento à primeira infância, procurando ampliar o panorama teatral voltado para este público. Para os bebês será uma oportunidade não só de integrar-se a outros bebês, mas também de ver e viver experiências diferentes e raras, de conhecer coisas que nunca lhe são oferecidas, de se envolver em espaços, sensações e emoções novas, de entender através do Teatro outros aspectos do mundo e da vida. O Teatro que é uma Arte única, privilegiada, uma Arte do tempo e do espaço, uma Arte de muitas Artes. Uma Arte que tem muito a oferecer ao desenvolvimento intelectual e emocional de qualquer ser humano, em qualquer fase de sua vida. O projeto LABORATÓRIOS INTERNACIONAIS DE TEATRO PARA BEBÊS é um dos inúmeros caminhos, que se vislumbram para alcançar a difusão de um novo olhar sobre a criança e a arte destinada à primeira infância: um olhar primeiro, um olhar de quem vê as coisas pela primeira vez e que ainda é capaz de se surpreender e se encantar por elas. O que o Grupo Sobrevento procura esteticamente, na pesquisa do teatro para a primeira infância, é o desenvolvimento de sua linguagem artística partindo da discussão do ponto que desequilibra a base sobre a qual o Teatro se construiu, o que desmonta certezas, o que nos serve como a arte africana serviu aos cubistas ‒ como elemento desestruturador e, ao mesmo tempo, estimulante de novas construções ‒, possibilitando ao artista um novo olhar, uma nova tomada de posição em busca de um Teatro contemporâneo para crianças, que fuja de estereótipos, academicismos e passadismos. Afinal de contas, o Teatro precisa ser somente aquilo que se tornou? Algumas raras experiências têm sido apresentadas no Brasil no campo das artes cênicas para bebês. Entretanto, o que o Grupo Sobrevento toma como proposta é a complexidade, a desestruturação, a inovação que uma relação teatral com um público de até 3 anos lhe parece sugerir, fugindo de estereótipos, idéias pré-concebidas e simplificações.

OBJETIVOS  

A NECESSIDADE DE UMA PROGRAMAÇÃO DESTINADA À PRIMEIRA INFÂNCIA:    A iniciativa do Grupo Sobrevento está muito bem fundamentada na pesquisa e nas atividades que o Grupo Sobrevento vem desenvolvendo há cinco anos no campo do Teatro para a Primeira Infância e com a colaboração da Cia. espanhola La Casa Incierta, com quem vem realizando um intercâmbio internacional próximo e profundo, tanto no Brasil quanto na Espanha. Este intercâmbio com a companhia, que é o nome de maior destaque no campo do Teatro para Bebês na Espanha, vem permitindo o aprofundamento de questões e a comparação de métodos de trabalho. Pela maturidade alcançada pelas duas companhias em suas longas carreiras, os dois grupos puderam influenciar-se mutuamente, sem perder sua individualidade e sua personalidade artística. Desta forma foram criados pelo Grupo Sobrevento os espetáculos MEU JARDIM e BAILARINA, dando início à criação de um movimento teatral voltado para a Primeira Infância no Brasil.Nosso país, mesmo com alguma experiência esparsa sendo feita neste campo, carece de ações que possibilitem a integração de diferentes iniciativas e a criação de um movimento por parte de criadores, pesquisadores, mediadores (entendidos como programadores, instituições culturais, etc.) e público no âmbito do Teatro para a Primeira Infância.

POR QUE O SOBREVENTO QUER DIFUNDIR O TEATRO PARA BEBÊS? Com este projeto, o Grupo Sobrevento quer lançar uma provocação sobre a Arte que faz e que é feita para crianças, falando de criatividade, profundidade, contemporaneidade, inovação, conexão entre diversas artes e ruptura com modelos ultrapassados e seguidos por costume, irrefletidamente. É preciso lembrar que um ser humano é pleno em qualquer etapa de sua vida. Confundir as fronteiras entre as Artes, discutir o drama como sinônimo de Teatro, questionar a linearidade e simploriedade da dramaturgia para crianças, criticar a limitação temática e pobreza de formas que o Teatro assume quando se dirige ao público infantil são impulsos artísticos para a realização deste projeto.

INTEGRAÇÃO SOCIAL DE PAIS E BEBÊS ATRAVÉS DO TEATRO Quando foi levada pela primeira vez um espetáculo de Teatro para Bebês, da companhia La Casa Incierta, à cidade de São Paulo, pelo Grupo Sobrevento tivemos a oportunidade de constatar a necessidade de uma programação que contemple esta faixa etária. O resultado foi muito além das expectativas que o próprio grupo poderia imaginar: a procura do público muito maior do que a capacidade da sala, sessões extras, grande espaço na mídia ‒ mesmo sem contar com uma assessoria de imprensa ‒, número de interessados em oficinas muito maior que a disponibilidade de vagas, bebês fascinados, pais emocionados e uma tremenda sensação de realização por parte do Grupo Sobrevento. O Grupo Sobrevento também constatou que é particularmente bonita a experiência ‒ infelizmente rara ‒ de ver 40 bebês e quase 100 pais reunidos no foyer de um Teatro à espera do início do espetáculo. E de ver, durante o espetáculo, como os pais ‒ desarmados ‒ se surpreendem com os seus bebês, do mesmo modo que estes se fascinam com o espetáculo. Compartilhando uma experiência poética, artística e não recreativa, de entretenimento, em um ambiente carregado de emoção, surpresa, deslumbramento, fantasia e poesia.

POR QUE O SOBREVENTO QUER O TEATRO PARA BEBÉS?

Assistir espetáculos de Teatro para Bebês serviu ao Grupo Sobrevento como uma provocação sobre a Arte que faz e que é feita para crianças, levando-o a refletir sobre criatividade, profundidade, contemporaneidade, inovação, conexão entre diversas artes e ruptura com modelos ultrapassados e seguidos por costume, irrefletidamente.

O Grupo se surpreendeu com a capacidade simbólica dos bebês. É impressionante notar como a simples observação da relação entre o bebê e um fenômeno artístico desmonta todos os preconceitos que temos com a Primeira Infância. Até mesmo um postulado científico devidamente catalogado, reconhecido, difundido, assimilado, como a capacidade simbólica só advir com a segunda infância se desmorona quando vemos a cena final de Pupila de Agua de La Casa Incierta. O espetáculo gira sobre o nascimento e a água, e encerra sua apresentação, quando uma atriz coloca uma gota de água na mão de cada bebê. Se os bebês só entendem o concreto, se água para bebê não é mais do que água, por que não jogaram a água fora, por que não a tomaram, por que não a ignoraram: também para um bebê, uma gota de água pode ser mais do que uma gota de água.

Estas questões serviram de estímulo para o Grupo Sobrevento, criar os dois espetáculos destinados à primeira infância: MEU JARDIM e BAILARINA. Os dois tiveram a sua estreia em Madrid sendo convidados a fazer parte da programação do Ciclo Internacional de Teatro para Bebês- Rompiendo el Cascarón, organizado pela La Casa Incierta.

DIREITO À ARTE E À CULTURA A QUALQUER TEMPO

O acesso à Cultura para a Primeira Infância é um direito internacional reconhecido pela Assembléia das Nações Unidas e ratificado pelo Governo do Brasil na Convenção dos Direitos das Crianças em 1990. Por que os espaços públicos, as instituições, os cidadãos, os artistas não se questionam o fato de que a Primeira Infância não tem acesso à Cultura? Quem determina, e por que critérios, a idade em que um ser humano pode se juntar ao corpo da sociedade no gozo dos seus direitos culturais e comunitários? Por que os bebês têm sido privados, ou mais, por que lhes tem sido proibido participar de um evento teatral? Por que não existe, de fato, Teatro para Bebês no Brasil, quando ele é tão ‒ e cada vez mais ‒ vivo em países como a França, a Itália e Espanha?

REGRAS DE COMPORTAMENTO PARA OS BEBÊS

A regra para saber se uma criança gostou de um espetáculo é perguntar, ao final dele: o que foi que você entendeu, meu filho? Se a resposta combinar com a nossa, a peça foi um sucesso. Outro parâmetro é o quanto a criança participou do espetáculo, respondendo adequadamente as perguntas que lhe foram feitas pelos atores vestidos de bichinho, de bruxa ou de criança. O Teatro tem obrigado as crianças a adotarem uma posição passiva, quieta, sentada, imóvel, sempre que não lhe sejam feitas (por atores que nunca ouvem direito) as perguntas: ele foi por aqui ou por ali, eu faço ou não faço, ou coisa do gênero. Mas, indomáveis, os bebês nos questionam estas regras de comportamento que estabelecemos e que tentamos impor.

O Teatro italiano transformou o público em espectadores, afastou-se dele, colocou-o em uma posição inferior, sentou-o, encerrou-o em um lugar fechado e, como se não bastasse, ainda apagou a luz que estava sobre ele. Obrigou-o ao silêncio, à reclusão, à imobilidade e a regras rígidas de comportamento. É isto o que o Teatro para Crianças também tem feito. Mas, ao longo de sua história, o Teatro foi outras coisas, além de um drama, uma trama, uma historinha com início, meio e fim, uma progressão dramática, uma representação. O Teatro foi (e às vezes, em alguns lugares ainda é) celebração, festa, religião, desfile, procissão, deslocamento, jogo, brincadeira, em ruas, em templos, em praças. Foi muitas outras coisas, mas poderia ter sido e deixou de ser tantas outras.

ENTENDER O TEATRO

O entendimento não é só uma forma de compreensão lingüística de caráter sintático, semântico ou semiótico. Reduzir a percepção do ser humano a categorias formuladas a partir de sua capacidade de entender a linguagem das palavras e de analisar uma narrativa é estabelecer um ponto de vista único, desprezando as demais capacidades comunicativas, não verbais. As faculdades mnemônicas, auditivas e emocionais de um bebê não são menores que as de um adulto ‒ e nem vamos tocar aqui nos muitos estudos acerca da influência da Música nos bebês ou mesmo nos fetos.

Se o exemplo da música é particularmente ilustrativo ‒ por se tratar de uma expressão artística de natureza abstrata e, ao mesmo tempo, por não requerer uma compreensão discursiva para seu desfrute ‒ outras Artes, como o Teatro, a Pintura ou a Dança também já demonstraram seu poder de comunicação com recém-nascidos. Nas três últimas décadas, pudemos ver um desenvolvimento extraordinário destas Artes, quando destinadas a Bebês ‒ em países como a Bélgica e, particularmente, a França, que tem acompanhado os processos artísticos através de rigorosos trabalhos de pesquisa cientifica. O mais surpreendente neste tipo de experiências é ver como caem por terra tantos estereótipos e convenções que os adultos utilizam reiteradamente para comunicar-se com um bebê.

Este projeto serve como reflexão sobre o nosso dever de garantir o acesso do bebê à Cultura, da relevância do Teatro para estimular o desenvolvimento pleno e a integração social da Primeira Infância, da importância de apostar nesta iniciativa como a possibilidade de trazer um novo ar ao Teatro para Crianças.

SINOPSE DOS ESPETÁCULOS ENVOLVIDOS NA TEMPORADA REGULAR E NA CIRCULAÇÃO PELAS

CRECHES:

BAILARINA:

O espetáculo tomou como tema o sentido do equilíbrio, entendendo que a busca do equilíbrio físico e emocional poderia não ser uma libertação, mas um aprisionamento, que pode nos levar a abstrair o mundo, fazendo com que nos foquemos demais, com que nos fechemos, que não olhemos ampla e verdadeiramente para aquilo que nos cerca. Assim foi criado o espetáculo BAILARINA que cruzou o tema trabalhado com o Teatro de Objetos, através da utilização central de uma caixa de música e de colares, que foram adquirindo diferentes funções poéticas na encenação. BAILARINA resultou em um espetáculo muito íntimo e delicado, com a comunicação com o público dando-se pelo uso de silêncios, ações físicas, utilização de objetos, valorização das mínimas ações, que, na comunicação com a primeira infância, tomaram uma dimensão muito maior. Criado a partir de um texto inédito escrito pelo próprio grupo, a partir da investigação do tema, o espetáculo terminou por estabelecer uma relação próxima, de aparente fragilidade e extremamente poética e simbólica com o público.

MEU JARDIM:

Montado a partir de improvisações com objetos e brinquedos, o espetáculo acabou cruzando-se com o texto de um livro para crianças escrito pela autora belga de origem iraniana Mandana Sadat. Em um lote de livros para crianças, presenteado pela La Casa Incierta ao Grupo Sobrevento, encontrava-se o livro O Jardim de Babaï, que, escrito em espanhol e em persa, logo chamou a atenção do Grupo e combinou-se com o processo.

Tendo tomado, previamente, como ponto de partida, a pesquisa dos brinquedos criados pelo escultor norte-americano Alexander Calder para o seu CIRCO, espetáculo casual que apresentava com sua mulher para um círculo de amigos, os brinquedos terminaram por cruzar-se também com o processo. O espetáculo tem, ainda, a curiosa estrutura de construção e desconstrução, refletindo o livro original, escrito em espanhol ‒ da esquerda para a direita ‒ e em persa ‒ da direita para a esquerda, narrando duas histórias semelhantes, porém inversas. No palco, dois atores e um músico. Na platéia, bebês que se maravilham com a construção de um jardim.

LA GEOMETRIA DE LOS SUEÑOS - LA CASA INCIERTA (ESPANHA)

A obra é um caminho poético que evoca a historiada metamorfosis de uma pedra. A força do desejo move a pedra desde as entranhas da terra até seu destino, convertida finalmente em umanuvem para assim completar seu sonho de poder chorar. Asmetamorfoses da pedra- e da alma nascem nas imágens essenciais, ondea atriz transita de um estado emocional a outro. Igual que Ovidio, servimo-nos da poética do sonho e do mito renascido nas escolasinfantis. Mitos milenários como o de Sísifo, Narciso ou o do filho dePrometeu se reproduzem na nossa frente e na memória biológica dascrianças em seus primeiros anos de desenvolvimento. Sua conduta nosconduz às trilhas da geometria do inapreensível, aproximando-nos àexperiência dramática do que nao tem palabras. O espetáculo é umcaminho através dos mapas do corpo, através dos seus balbuceios, seus erros, suas marcas nao desejadas e seus atos falidos. O espaço é um sonho geométrico em forma de abacaxi e os espectadores entram dentro deste espaço. É o espaço da caverna primitiva das pedras, o encontro com a fecundidade do mundo.    

PUPILA DE AGUA - LA CASA INCIERTA (ESPANHA)

A arquitetura desta peça é composta por várias linhas dramatúrgicas. Trata-se de uma composição com várias camadas ou níveis de aproximação do universo da emoção da primeira infância. Momentos como o nascimento, a decisão heróica de se assumir o destino, ou a intensidade de se viver; entrelaçam-se sutilmente com uma estória simples narrada através de um poema, de um gesto ou de um alento. O poema conta uma estória que se encontra sempre em outro nível de profundidade, um pouco mais além de um lugar alcançado. O conto original foi se transformando em outras formas expressivas como no poema, na dança em linguagem de signos ou na música. A narração linear é atravessada por múltiplas linhas de fuga. Desde o início ao fim da obra, duas parcas tecem os três fios do destino do nascimento, o da morte e o da vida. Cada momento é uma decisão vital.

OUTRA COMPANHIAS INTERNACIONAIS TIC TAC- ANTONIO CATALANO (ITALIA) Antonio Catalano nasce no sul da Itália (Potenza) no ano de 1950. Desde 1977 é um dos atores mais originais e interessantes do teatro italiano. Em 1999 estréia na Biennale di Venezia seu importante projeto de arte interativa, Universos sensibles (sección Armarios sensibles). Com Universos sensibles se entende toda a cosmogonia pessoal de Antonio Catalano, artista/artesão, todas suas explorações e suas provocações entre teatro e artes visuais. Uma cosmogonia que Catalano comparte com Maurizio Agostinetto, cenógrafo e artista gráfico. Ambos artistas (junto com Luciano Nattino, autor e diretor, e Lorenza Zambon, atriz e autora) formam a companhia teatral Casa degli alfieri, com sede na casa-teatro (Casa degli alfieri) nas colinas de Monferrato (província de Asti, norte Itália). Depois de Armarios sensibles nascem novos Universos sensibles em colaboração com importantes organismos nacionais e internacionais como o Piccolo Teatro di Milano, o Teatro delle Briciole di Parma-Fondazione Solares, Teatro Kismet di Bari, Bildungsdirektion des Kantons Zürich, schule&kultur, Festival de León, Biennale Internationale de la Marionette-Parc de la Villette de Paris, Channel Scène Nationale de Calais, Auditorium Parco della Musica di Roma, Ayuntament dei Tarragona, Comune di Roma, Centro Cultural de Belem de Lisboa…

PLIS SONS - LAURENT DUPON (FRANÇA) Laurent Dupont é um dos pioneiros do Teatro para Bebês no mundo. Diretor de diferentes companhias, criador de um grande número de espetáculos, é uma das maiores referências mundiais no Teatro para a Primeira Infância. Em sua trajetória, enfrentou duras críticas, muita rejeição e até mesmo o deboche. Afirmou-se, porém, como um grande criador e pensador do Teatro Contemporâneo, a partir de sua tomada de posição radical, fazendo dos bebês o seu público primeiro e confiando em sua escuta e sensibilidade artística para desenvolver o seu espaço de expressão e criação.

OUTRA COMPANHIAS INTERNACIONAIS

SONGS FROM ABOVE - TEATER REFLEKSION/ TEATER MY (DINAMARCA) Refleksioné , fundada nos anos 80, é uma das companhias mais importantes da Dinamarca que se dedicam ao Teatro Infantil e à primeira infância. Com uma linguagem particular que se vale da utilização de objetos, marionetes , atores e um grande apuro plástico, esta companhia tem recebido muitos prêmios no seu país e tem uma trajetória muito respeitada por artistas, público e críticos.

WHITE- CATHERINE WHEELS (ESCOCIA) A Catherine Wheels é uma companhia de Teatro para Crianças internacionalmente premiada e aclamada pelo público e a crítica. O espetáculo Branco , estreou no Fringe Festival de Edimburgo, em 2010. O espetáculo ganhou o Fringe First, o Herald Angel e o Total Theatre Award. Branco é um dos espetáculos mais bem sucedidos me todos os Festivais em que se apresentou.