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lacos afetivos_28.02.11(2)
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Formação e rompimento dos laços afetivos
a teoria do apego
Psicologia do desenvolvimento II2011.1
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Apego e perda
• As diferentes formas de experiência familiar e seus efeitos sobre a infância
• O meio ambiente inicial e as histórias de vida– Possíveis conseqüências para o desenvolvimento de
doenças psiquiátricas
Formação e rompimento dos laços afetivos
• As experiências da infância e as conseqüências para o desenvolvimento– Quais as experiências relevantes da infância para o
desenvolvimento?– Qual o efeito que as perdas do cuidado materno
exercem sobre o desenvolvimento da personalidade?– Dificuldade em realizar pesquisas na área
• O olhar para a infância
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Vínculo afetivo– A atração de um indivíduo por outro indivíduo– Discriminando a figura materna
• O primeiro e mais persistente vínculo afetivo ocorre geralmente entre a mãe e seu filho
• Formação de vínculos– Segunda metade do primeiro ano de vida até o 2°/3° ano– Entre a satisfação e a aflição: presenças e ausências
Formação e rompimento dos laços afetivos
• A teoria do apego de Bowlby– Estudos dos problemas de saúde de crianças britânicas
que foram separadas de suas famílias durante a Segunda Guerra
– Crianças criadas em instituições
• Apego x Desapego– estado de indiferença
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Influência da etologia
• Bebês de espécies de macacos passam seus meses iniciais de vida em contato físico direto, quase contínuo, com suas mães biológicas
– Bowlby observou que os bebês primatas exibem, consistentemente, várias reações aparentemente instintivas e que são essenciais para o apego humano: agarrar, sugar, chorar e seguir
– Depois de algumas semanas ou meses, os bebês começam a se afastar das mães para explorar seu ambiente físico e social imediato, mas correm de volta para suas mães aos primeiros sinais de algo incomum/perigoso
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Os comportamentos dos primatas são a base filogenética para o desenvolvimento do apego também em bebês humanos
• O apego proporciona equilíbrio entre a necessidade de segurança do bebê e sua necessidade de várias experiências diferentes de aprendizagem
• O desenvolvimento do apego – quatro fases amplas durante os dois primeiros anos de
vida
Formação e rompimento dos laços afetivos
• As quatro fases do apego
– Pré-apego – Estabelecimento do apego– Apego propriamente dito– A fase do relacionamento recíproco
Formação e rompimento dos laços afetivos
• As quatro fases do apego
– Pré-apego • do nascimento até a sexta semana• nas primeiras semanas de vida, os bebês
permanecem em íntimo contato com seus cuidadores
• não parecem ficar perturbados quando deixados sozinhos com um cuidador não-familiar
Formação e rompimento dos laços afetivos
• As quatro fases do apego
– Estabelecimento do apego• da sexta semana aos 6-8 meses• os bebês começam a reagir de maneira diferente às
pessoas familiares e não-familiares• aos 6 ou 7 meses, começam a mostrar sinais de
apreensão quando confrontados com pessoas não-familiares
Formação e rompimento dos laços afetivos
• As quatro fases do apego
– Apego propriamente dito• dos 6-8 meses a 18-24 meses• início da independência locomotora da criança• a criança exibe uma total ansiedade de separação,
ficando visivelmente perturbada quando sua mãe ou cuidador a deixa
• essa fase regula o relacionamento físico e emocional entre as crianças e os objetos de apego
• as mães também ficam perturbadas se seus bebês estão fora da sua vista
Formação e rompimento dos laços afetivos
• As quatro fases do apego
– Apego propriamente dito• sensação de segurança• mãe: base segura
– os bebês conseguem se afastar para fazer excursões exploratórias, mas retornam às mães freqüentemente
Formação e rompimento dos laços afetivos
• As quatro fases do apego
– A fase do relacionamento recíproco• dos 18-24 meses e posteriormente• à medida que a criança se locomove mais e passa
cada vez mais tempo longe da mãe, a díade entra em um estado recíproco no qual eles compartilham a responsabilidade por manter o equilíbrio do sistema
• muito freqüentemente, a mãe ou o bebê interrompem o que estão fazendo para renovar o contato um com o outro
Formação e rompimento dos laços afetivos
• As quatro fases do apego
– A fase do relacionamento recíproco• essa fase de transição dura vários anos• uma vez atingido um relacionamento emocional
firme e recíproco entre os bebês e os cuidadores, as crianças são capazes de manter sentimentos de segurança durante períodos cada vez mais freqüentes e prolongados de separação
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Não há "um padrão único" de apego que satisfaça as exigências básicas de desenvolvimento social em todas as culturas
• Busca por padrões gerais de interação mãe-bebê que conduzam mais claramente o desenvolvimento
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Padrões de apego
– Situação estranha [Mary Ainsworth]: como os bebês reagem a um estranho? como reagem à ausência da mãe?
• Apego seguro• Apego ansioso/esquivo• Apego ansioso/resistente
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Padrões de apego
– Apego seguro• na presença da mãe as crianças brincam
confortavelmente• ficam perturbadas quando suas mães saem do
ambiente• pouco provável que sejam consoladas por um
estranho
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Padrões de apego
– Apego ansioso/esquivo• os bebês são indiferentes ao local onde suas mães se
encontram• podem ou não chorar na ausência da mãe• é provável que sejam consoladas por um estranho
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Padrões de apego
– Apego ansioso/resistente• os bebês ficam próximos às mães, e parecem
ansiosos mesmo quando elas estão por perto• ficam muito perturbados com a saída da mãe do
ambiente e não se sentem confortados com o seu retorno
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Nenhum fator isolado parece ser responsável pelos vários padrões de apego
– o comportamento dos cuidadores– as características temperamentais das crianças– família e contexto cultural
Formação e rompimento dos laços afetivos
• As desintegrações do vínculo materno
– Abandono ou morte– Infâncias institucionalizadas– Diferentes figuras maternas– Períodos variados de interrupção– Interrupções repetidas– Presença/ausência de figuras secundárias
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Os efeitos da separação de crianças pequenas de suas mães
– saudade intensa e agitação– hostilidade quando reencontram a figura materna– apegam-se à mãe de forma intensa– sentimento de desamor e abandono– ambivalência de sentimentos– protesto, desespero e desligamento
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Os efeitos da separação de crianças pequenas de suas mães
– Protesto• Lágrimas• Raiva• Exigências e expectativas de retorno
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Os efeitos da separação de crianças pequenas de suas mães
– Desespero• Alternância com a fase de protesto• Ideal de esperança• Birras• Comportamentos destrutivos
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Os efeitos da separação de crianças pequenas de suas mães
– Desligamento• Desinteresse no regresso materno• Demonstrações de não-reconhecimento• Indiferença
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Desligamento emocional
– a criança mostra-se distante ao reencontrar a mãe, parece não reconhecê-la ou evitá-la
– comportamento de busca de proximidade ausente– o reatamento da ligação pode ser repentino mas, com
freqüência, é lento e gradual– o tempo em que o desligamento persiste está
positivamente correlacionado com o tempo da separação
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Implacável exigência para estar perto da mãe
– a criança mostra-se muito mais apegada à mãe do que antes da separação
– desagrada-lhe que a mãe a deixe sozinha e tende a chorar e/ou segui-la
– o modo como essa fase evolui depende muito da reação da mãe
– a recusa da mãe evoca na criança um comportamento hostil e negativo
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Crianças que vivenciaram perdas, separação ou desvios podem apresentar
– autoconfiança compulsiva• ao invés de buscar amor e cuidado de outros, insiste em
agüentar firme e fazer tudo por si mesma seja quais forem as condições
– solicitude compulsiva• a pessoa envolve-se em muitas relações, mas sempre no
papel de dispensar cuidados, nunca de os receber
Formação e rompimento dos laços afetivos
• A reação dos pais– Reprovação dos sentimentos por meio de castigo– Incute-se na criança a certeza de que ela está sendo
ingrata– Reconhecer a raiva como parte do luto
• Sentimentos de culpa e receio da criança– Dificuldade em expressar sentimentos– Fornecer à criança um modelo para a regulação efetiva
dos seus conflitos
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Fixação e repressão– A criança permanece fixada à mãe que perdeu– Repressão às emoções ambivalentes
• Os sentimentos reprimidos podem continuar como sistemas ativos na personalidade, incapazes de encontrar uma expressão manifesta
• Desvios no desenvolvimento
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Para ampliar os conhecimentos nesse campo é necessário realizar investigações levando em conta
– a idade do indivíduo– a natureza do vínculo– a extensão ou freqüência dos rompimentos– o processo da perda
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Cada membro de um par vinculado tende a manter-se na proximidade do outro e a suscitar, no outro, o comportamento de manutenção da proximidade
• Quando, por qualquer razão, se separam, cada um deles procurará o outro a fim de reatar a proximidade
• Qualquer tentativa, por parte de terceiros, para separar um par vinculado encontrará vigorosa resistência
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Os vínculos afetivos e as emoções
– a manutenção de um vínculo é experimentada como uma fonte de segurança
– a ameaça de perda gera ansiedade e a perda real causa tristeza, ao passo que, ambas as situações, podem despertar raiva.]
Formação e rompimento dos laços afetivos
• Os padrões de vínculos permanecem ao longo do tempo?
• A vinculação se constitui como uma propriedade e uma necessidade da natureza humana ou uma arbitrariedade cultural?
• O sistema de apego é instintivo? O que considera
como instinto?
• Qual a função do apego?