28
Uma família ao serviço da comunidade LAÇOS DE AMOR EDIÇÃO N.º 23 TRIMESTRAL | SCMG | Abr/Mai/Jun | 2014 Gratuito Música e Memórias estiveram AO ALCANCE DE TODOS

Laços de amor n.º 23

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A revista trimestral da Misericórdia de Gaia mostra desta nesta edição o concerto MEMO, na Casa da Música do Porto, em que participaram utentes com demência e seus cuidadores da instituição. Veja também as comemorações do 85.º aniversário da Misericórdia de Gaia, as muitas atividades que se desenvolveram na instituição, bem como a assinatura de novos protocolos. Fique a par de tudo o que se passa nesta família ao serviço da comunidade.

Citation preview

Page 1: Laços de amor n.º 23

Uma família ao serviço da comunidadeL A Ç O S D E A M O REDIÇÃO N.º 23

TRIMESTRAL | SCMG | Abr/Mai/Jun | 2014Gratuito

Música e Memórias estiveram AO ALCANCE DE TODOS

Page 2: Laços de amor n.º 23

ÍNDICE

EDITORIAL85 ANOS DE HISTÓRIAO QUE ACONTECEU

Continente e Escola dos Carvalhos ajudam Misericórdia

Procissão em honra a N.ª Sr.ª da Misericórdia

85.º Aniversário da Misericórdia de Gaia

ENTREVISTA

Psicóloga Ana Costa fala de projeto na área da demência

ESPAÇO SAÚDENÚCLEO MUSEOLÓGICOESPAÇO VOLUNTARIADOAGENDASABIA QUE...

347

14

18

21

23

2727

17

2625

21

Page 3: Laços de amor n.º 23

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA EDITORIAL

3

Foi com este mote que o Sr. Joa-quim Vaz, fazendo-se acompa-nhar de uma equipa de irmãos por si escolhida, se submeteu a sufrágio para o triénio 2009/2011 e 2012/2014.Não foi por acaso que escolheu duas palavras fortes: “servir” e “comunidade”. Só pode lealmente servir quem desinteressadamente se entrega aos outros, sem nada procurar em troca que não seja a vontade de fazer o bem, sentir que os seus atos se repercutem nos outros, nos mais carenciados de modo eficaz, pro-movendo o seu bem estar e felici-dade. Este não é um exercício ao alcan-ce de qualquer um, porque, sen-do pessoalmente muito exigente, é, muitas vezes, desvirtuado, po-dendo até constatar-se que para alguns a palavra “servir” tem ou-tros significados.É nesta necessidade de servir, de buscar “abrigar” cada vez mais pessoas sob o manto de N.ª Sr.ª da Misericórdia que a concretização de parcerias responsáveis se inse-re.O nome “Misericórdia de Gaia”, bem como o eco credível da sua ação social fazem com que cada vez mais empresas, associações, pessoas a título individual procu-rem a Irmandade para prestar um serviço, dar ou pedir uma ajuda ou efetuar uma doação. Quem nos contacta tem a certe-za que a instituição irá cumprir o seu desejo e vontade. A Irmanda-

de da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia não pode correr o risco de colocar em cau-sa o lar, o sustento e a vida digna que proporciona a centenas de utentes (crianças e idosos), cola-boradores e seus familiares. Nesse sentido, existe um elevado grau de exigência na análise de novas propostas de parceria, sendo tam-bém a sua avaliação contínua.As parcerias que a Misericórdia de Gaia disponibiliza para o seu público interno e externo (a comu-nidade) já são vastas e, no último trimestre, cresceram ainda mais. É a algumas destas parcerias de sucesso que esta edição Laços de Amor faz referência. Conheça a nobre ação solidária que o Continente e os alunos da Escola dos Carvalhos tiveram para com os utentes do Serviço de Ação Social da instituição, que re-ceberam cabazes de alimentos; a assinatura de protocolo em que a Misericórdia de Gaia cede cadei-ras de rodas aos utentes da Liga dos Amigos do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia; a assinatura do protocolo entre a Santa Casa, a Administração Regional de Saú-de do Norte e a Liga Portuguesa Contra o Cancro para se propor-cionar a realização de rastreios gratuitos ao cancro da mamã a mulheres nas instalações, cedidas pela Misericórdia, e muito mais.Destacamos ainda a parceria que se estabeleceu com a Casa da Música e que resultou em vá-rios encontros, que culminaram

em dois espetáculos finais, entre utentes com demência e seus cuidadores, com profissionais da Cada da Música. O sucesso desta parceria e os benefícios que pro-vocou em todos os intervenientes já garantiu a sua continuidade no próximo ano.Temos a certeza que nos próxi-mos seis meses vamos continuar a aumentar a nossa rede de par-ceiros numa lógica de que todos ganham: utentes da Santa Casa, como de outras instituições, que são os principais beneficiários; parceiros que ao associarem-se à Misericórdia de Gaia, contactam com a sua ação social; e a pró-pria Irmandade por ter o dever e o privilégio de continuar a ajudar quem mais precisa.

Pedro Nobre(Vice-Provedor da Misericórdia de

Gaia)

Uma Misericórdia ao serviço da Comunidade

Page 4: Laços de amor n.º 23

ANOS DE HISTÓRIA SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

4

85No dia 23 de junho de 1966, o Hospital da Misericórdia foi solenemente inaugurado pelo Chefe de Estado, Al-mirante Américo Tomás, e contou com a presença dos Ministros das Obras Públicas, da Saúde e do Interior e de muitas outras individualidades civis, religiosas e militares. A população gaiense aderiu de forma muito

significativa à cerimónia, que decorreu de forma brilhante, conforme o atestam as notícias publicadas pelos jornais diários, no dia seguinte. Graças à excelente equipa de médicos de que dispunha e à forma como os serviços funcionavam, sob a orientação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras, o Hospital funcionava de tal forma que, rapidamente, as suas camas estavam ocupadas e as listas de espera começaram a crescer, o

que levou a Mesa a pensar, embora sem êxito, avançar para a ampliação das suas instalações. Tudo isto foi possível, graças ao dinamismo e empenho colocado pelo Senhor Manuel Moreira de Barros, que partilhou logo na sua tomada de posse como Provedor da Misericórdia, em janeiro de 1956, o sonho de construir um novo Hospital. Não admira que o Governo o tenha agraciado em 14 de outubro de 1968 com as insígnias da grande Comenda da Ordem de Benemerência, tendo a cerimónia de imposição das insígnias decorrido na Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, em 13 de julho de 1969.Ao mesmo tempo, a Misericórdia desenvolvia esforços no sentido de abrir o Lar José Tavares Bastos, abertura que durou mais tempo que o previsto, devido a dificuldades surgidas não só com a vinda das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras, mas também pela necessidade de se assegurar o abasteci-mento de água ao Lar, dado que a freguesia da Madalena não dispunha de rede de abastecimento de água. Depois de encetadas negociações com o Diretor dos Serviços Municipalizados, ficou assente que a Misericórdia comparticipasse nesta obra com Pte. 50.000$00, ou seja, com 10% do custo total previsto, tendo o Lar José Tavares Bastos aberto as suas portas em 28 de maio de 1971. Em simultâneo, a Misericórdia prosseguia o esforço de Revalorização do Património encetado no início da década de 60:• Uma propriedade, sita na Rua 28 de Janeiro, no Candal, que proveio do Asilo, Creche e Hospital D. Emília de Jesus Costa e António Almeida da Costa, composta de um prédio e de um terreno, foi expropriada em gran-de parte pela Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. A Mesa Administrativa deliberou construir no terreno sobrante, um bloco residencial, com 6 habitações, tendo a obra sido adjudicada em sessão extraordinária de 10 de abril de 1968, a Agostinho Lopes Tavares, pela quantia de Pte. 1.000.000$00.• A Mesa havia solicitado ao Sr. Arqt.º António Neves, um estudo prévio de revalorização dos prédios sitos nas Ruas Padre António Vieira e Miraflor, em Campanhã, Porto, mas que não teve seguimento.

A Obra de Manuel Moreira de Barros

Page 5: Laços de amor n.º 23

5

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA ANOS DE HISTÓRIA

85Na reunião da Mesa Administra-tiva de 30 de dezembro de 1967, o Senhor Provedor informou a Mesa de que, em resposta a um ofício da Direção-Geral da Assis-tência, se tinha informado que se tinha de aguardar melhor opor-tunidade, “dada a circunstância da Câmara Municipal do Por-to nos ter informado não poder desalojar os inquilinos da Ilha de Miraflor ao abrigo do disposto no Decreto-Lei núme-ro quarenta mil seiscentos e dezasseis, de vinte oito de Maio de mil novecentos e cinquenta e seis. Deste modo o estudo que esta Instituição estava a efectuar teve de ser interrompido, visto que tal revalorização só teria interesse em levar a efeito desde que os in-quilinos fossem desalojados ao abrigo daquela dispo-sição legal pois que se assim não fosse, o encargo que resultaria com a indemnização aos inquilinos seria de tal montante, que, a realizar-se, traduzir-se-ia numa operação financeira desvantajosa para a Instituição.” • Na reunião da Mesa de 18 de julho de 1968 foi pre-sente um estudo prévio, elaborado pelo Sr. Arqt.º An-tónio Neves, para a construção de dois imóveis, consti-tuídos cada um por um armazém com a área de 1.000 m2, um estabelecimento com a área de 200 m2, um primeiro e um segundo andares – 4 habitações – com a área de 450 m2., na Rua Barão do Corvo, nesta Vila. Na reunião de 29 de janeiro de 1970 foi presente um estudo elaborado pelo Sr. Arqt.º António Neves, para a construção da primeira fase deste empreendimento, com um valor estimado de dois mil e trezentos contos. “Dado que a Instituição não tem possibilidades finan-ceiras neste momento que lhe permitam suportar inte-gralmente o encargo resultante, e como se vai dar início à constru-ção de um imóvel na Rua Viscon-de das Devezas, propõe-se que se solicite superiormente autori-zação para efeito de se efectuar um empréstimo na Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdên-cia, dado que esta operação é vantajosa para a Instituição, na medida em que tal empréstimo se efectivará ao juro de quatro por centro quando o estudo do rendimento do imóvel prevê juro de oito por cento.” A Mesa Administrativa deliberou oficiar à Direção-Geral da Assistência a pe-

dir a competente autorização.

• Na sua reunião de 31 de outu-bro de 1968, a Mesa Administra-tiva decidiu avançar para outro projeto, conforme excerto que passamos a transcrever: “Dado que o prédio que o Asilo Almei-da Costa possui na Rua Visconde das Devezas, número duzentos e dezassete, desta Vila (fazia parte

do Bairro dos Contramestres), se encontra devoluto, pela saída dos alojados da cheia do rio Douro, há ne-cessidade de se proceder a obras a fim de o tornar habitável em condições convenientes. Contudo, da visita que os Senhores Vice-Provedor e o Primeiro Se-cretário fizeram ao referido prédio, verificou-se o esta-do de ruína em que o mesmo se encontra, pelo que foi resolvido convocar o Senhor Arquitecto António Neves, a fim deste dar a sua opinião, quanto às obras a efectuar. Este técnico, em face do estado ruinoso do prédio em referência, foi de parecer que o mesmo deveria ser demolido, para efeito de poder ser construído um prédio que seria constituído por um armazém e mais três andares que comportaria seis habitações. Resolvido mandar fazer um ante-projecto ao senhor Arquitecto António Neves.”

Por despacho ministerial de 5 de maio de 1969, que nos foi comunicado pela Direção Geral da Assistên-cia, a Misericórdia foi autorizada a construir este imó-vel, pelo que o Senhor Arqt.º António Neves foi encar-regue de elaborar o projeto definitivo para se poder proceder a abertura do concurso. Dado que havia possibilidades económicas para se demolir o prédio na Rua Visconde das Devezas, contíguo ao que já

fora demolido, e construir um segundo edifício, igual ao que estava previsto construir-se, pe-diu-se a necessária autorização à Direção-Geral da Assistência. Em 10 de janeiro de 1970 foi ce-lebrado um contrato de emprei-tada para a construção dos dois prédios, com o Senhor Agostinho Lopes Tavares, pelo montante de Pte.3.268.500$00. Esta obra ficou concluída em abril de 1972.

Luís Marques Gomes(Irmão e Assessor da Provedoria da Misericórdia de Gaia)

Page 6: Laços de amor n.º 23

6

O QUE ACONTECEU... SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

As 15 crianças do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia (CAT) receberam muitos convidados para festejar os 15 anos de existência da sua “casa”.

“A transferência para estas novas instalações foi um esforço muito grande. Espero que daqui a um ano te-nhamos instalações ainda mais completas. Para isso precisamos de ajudas, mas sei que vamos conseguir”, referiu o provedor da Misericórdia de Gaia. A comemoração começou com uma breve descrição pela dire-tora do centro, Cármen Sousa, sobre o trabalho desenvolvido ao longo destes anos a dar colo e a preparar os projetos de vida de centenas de crianças. Um dos aspetos a que ninguém ficou indiferente foi o constatar das diferenças de qualidade e conforto das antigas para as novas instalações do centro, onde as crianças se encontram com maior segurança a todos os níveis. Os meninos brindaram ainda os presentes com uma encenação em que foram os protagonistas e que encantou quem assistiu. A tarde de festa continuou com os convidados e as crianças a deixarem a sua “marca” num painel em que ficarão todos na história e na vida do CAT. Os miminhos e os sorrisos entre crianças e convidados foram uma constante nesta tarde que reuniu elementos da Mesa Administrativa, voluntários, padrinhos do centro e muitos amigos.

O Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Mi-sericórdia comemorou o

seu 15.º aniversário nas novas instalações.

15.º Aniversário na nova casa

Page 7: Laços de amor n.º 23

7

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA O QUE ACONTECEU...

R. Almeida Costa, 151, 4400-013 Vila Nova de Gaia Tel. 223799110 - [email protected]

"Porque a BRINCARestou a APRENDER"

Sorrisos e mimo marcou o Dia da Mãe da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa.

Mimo, mimo e mais mimo

Uma das datas especiais vivida na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa é a preparação do Dia da Mãe. Ao longo de dias, as crianças foram preparando a sua homenagem e prendinha para dar às mamãs no dia 6 maio. No Dia da Mãe só exis-te beijinhos, miminhos e muito orgulho de ambas as partes.

No último trimestre do ano letivo, a CJI continuou a promover diversas atividades no âmbito da lingua-gem, arte, matemática e ciências, conjugando sempre o brincar com o aprender. No entanto, che-gou ao fim mais um ano letivo que fechou da me-lhor forma com um espetáculo proporcionado pelas crianças da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa para as suas famílias. Uns dizem um “até já”, os que regressam em setembro, outros, os finalistas, dizem “adeus” e deixam a promessa de uma visita em breve.

Page 8: Laços de amor n.º 23

8A festa do 99.º aniversário do Equipamento Social António Almeida da Costa reuniu os utentes e, como convidados, os elemen-tos da Mesa Administrativa e do poder lo-cal de Santa Marinha, utentes, voluntários e colaboradores da Santa Casa. O almoço de aniversário foi realizado ao som da guitarra e da flauta transversal dos músicos e professores da Escola de Músi-ca de Vilar do Paraíso, Joaquim Pereira e Avelino Pinto. “99 Anos é uma data muito bonita. Para o ano vamos fazer uma gran-de festa”, referiu o provedor da Misericór-dia de Gaia ao lembrar que em 2015 cele-

bra-se o primeiro centenário de um equipamento social da instituição. O mesário do Equipamento, Jorge Soares, aproveitou o momento para agradecer todo o empenho dos colaboradores e voluntários do Antó-nio Almeida da Costa ao cuidarem dos utentes em mais um ano: “Que-ro agradecer este ano de trabalho”. Na comemoração esteve ainda presente o representante da autarquia da União de Freguesias de Santa Marinha e Afurada que reconheceu ser “um orgulho” ter no município um equipamento como o António Almeida da Costa. O dia de aniversário foi ainda abri-lhantado pela colorida e bem dis-posta atuação de danças de salão de dois pares de bailarinos da Es-cola José Torres e da Escola Dance Now.

À espera do centenário... Festival da CançãoAs sessões do projeto educativo da Casa da Música “A Casa vai a Casa” no Equipamento Social António Almeida da Costa terminaram no dia 29 de maio com a iniciativa “Festival da Canção”. Pela passadeira vermelha desfilaram utentes e colaboradores que deram voz a belíssimas canções, avalia-das por um júri. O projeto “A

Casa vai a Casa” nos diferen-tes Equipamentos Sociais da Misericórdia de Gaia provocou extraordinários momentos de animaçãonos utentes que ti-verem desde o início uma forte ligação com os profissionais da Casa da Música: Bruno Estima e Paulo Neto.

O QUE ACONTECEU... SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

O Equipamento Social António Almeida da Costa ce-lebrou, no passado dia 27 de junho, 99 anos de existên-cia com música, dança e boa disposição.

Page 9: Laços de amor n.º 23

9

Terminou mais um Torneio Interlares de jogos de mesa do Equipamento Social Salvador Brandão (SB). Jogos, competição, vencedores, mas so-

bretudo muito convívio foram os momentos mais relevantes desta iniciativa com o ca-rimbo Salvador Brandão.

A entrega dos prémios reuniu no Salão D. Lucinda Monteiro de Castro Portugal cerca de 125 pessoas para assistirem ao momento que foi animado por atuações do Grupo de Cantares do Equipamento Social Salvador Brandão, do Grupo Co-ral Centro Social S. Miguel de Arcozelo, do Grupo Coral Centro Social S. Pedro de Vilar do Paraíso,

do Grupo Coral do Centro Social Paroquial de Oli-veira do Douro.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA O QUE ACONTECEU...

Os premiados:Torneio Dominó:1º Lugar: Equipamento Social Salvador Brandão - Utentes David e Alberto

2º Lugar: Centro Social S. Miguel de Arcozelo - Utentes João Pe-reira e Rosa de Lurdes

3º Lugar: Associação Humanitá-ria de Canelas – Utentes Teresa Leal e Amélia

Torneio Sueca1º Lugar: Centro Social Oliveira Douro – Utentes Teresa Pinhel e Carlos Macedo

2º Lugar: Centro Social Olivei-ra Douro - Utentes Iracema e Carneiro

3º Lugar: Centro Social Vilar do Paraíso – Utentes Virgínia e Rosa

Torneio Bingo1º Lugar: Centro Social S. Pedro Vilar do Paraíso - Utente Virgínia

2º Lugar: Centro Social Oliveira Douro - Utente Alice Arouca

3º Lugar: Equipamento Social Salvador Brandão – Utente Fer-nanda Vale

Viva à memória Veja como a memó-ria dos utentes do SB é constantemente estimulada e com ótimos resultados…

Torneio Interlares 2014Entrega de prémios do Torneio Interlares 2014 reuniu 125 pessoas no dia 8 de abril no Salão D. Lucinda Monteiro de Castro Portugal.

Page 10: Laços de amor n.º 23

10

Tal como aconteceu no inverno, no início desta prima-vera, os utentes do Tavares Bastos receberam, mais uma vez, as crianças do Infantário Casa do Povo da Madalena.

O encontro teve como principal objetivo os meninos reverem as árvores, que encontraram despidas no inverno, já floridas. As crianças desenharam e pinta-ram as diferentes árvores que encontraram e ainda tiveram uma lição sobre as diferentes árvores de frutos e flores que embelezam os jardins do Tavares Bastos.

Neste dia, o professor foi o utente João Francisco, já bem conhecido das crianças.Os utentes da Misericórdia de Gaia e as crianças da Casa do Povo vol-taram a encontrar-se em junho para, em conjunto, celebrarem o S. João. As crianças passaram a conhecer a tradicional cascata do Equipamen-to que é construída pelos utentes, e apresentaram-lhes uma marcha

popular. O encontro terminou da melhor forma, no jardim, com o lança-mento de um balão de S. João que voou bem alto.

O maravilhoso mundo

intergeracional

O QUE ACONTECEU... SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

A promoção de encontros intergeracionais tem sido um dos grandes pilares do Equi-pamento Social Tavares Bastos em 2014.

Os ateliês são uma forma dos utentes estarem em atividade e explorarem a sua criatividade. Neste trimestre, os utentes do Tavares Bastos de-coraram caixas de ovos e construíram coelhos de Páscoa em material reciclado, para orna-mentar o equipamento na época Pascal.

Ateliês dePáscoa

Os utentes dos Equipamentos Sociais da Misericórdia de Gaia viajaram, no passado dia 18 de junho, até Viseu e conheceram a cidade num comboio turístico. Antes do regresso a casa, os utentes ainda visitaram o Centro de S. Pedro do Sul.

Passeio a Viseu

Page 11: Laços de amor n.º 23

No dia 15 de maio, foi celebrado por todos os equipamentos da instituição o Dia da Família. Música, animação, dança, petiscos, recordações, mas so-bretudo muito carinho foram os ingre-dientes presentes neste dia em família. O resultado é visível pela apresentação de algumas das imagens que refletem a felicidade vivida neste dia…

11

Momentos em Família

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA O QUE ACONTECEU...

Uma das datas mais emblemáticas para os utentes da Misericórdia de Gaia é a comemoração do Dia da Família.

Page 12: Laços de amor n.º 23

12

O QUE ACONTECEU SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

Excelente Serviço – A convicção de uma empresa familiar com longa tradição

Serviço excelente é uma exigência. Na relação com o próprio nome torna-se rapidamente numa convicção. Para relações duradouras. Suportado pelos valores intemporais de uma empresa familiar moderna. Com a experiência de 150 anos.

Exzellenter Service – Die Überzeugung eines Familienunternehmensmit langer Tradition

Exzellenter Service ist ein Anspruch. In Verbindung mit dem eigenen Namen wird er schnell zur Überzeugung.Für langanhaltende Partnerschaften. Getragen von denzeitlosen Werten eines modernen Familienunternehmens.Mit der Erfahrung aus 150 Jahren.

Aufzugswerke M. Schmitt+Sohn GmbH & Co. KG Hadermühle 9-1590402 Nürnberg Fon +49(0)911-2404-0Fax +49(0)911-2404-111www.schmitt-aufzuege.com

Schmitt + Sohn Niederlassung Coburg

S+S-006_AZ_Service_A5_hoch.indd 1 12.03.12 11:35

Schmitt+Sohn – Delegação de Coburg na Alemanha

Schmitt-Elevadores, LdaArroteia - Via Norte, Apartado 10344466-953 S. Mamede de InfestaTel. +351 229 569 000Fax +351 229 569 009www.schmitt-elevadores.com

Foram dezenas os colaboradores que receberam os seus certificados de formação, no âmbito do programa POPH referente a 2012 e 2013. Mais de 20 cursos foram lecionados com um grande esforço da parte dos colaboradores e da direção da instituição, que tiveram de conci-liar a qualidade do serviço prestado com as horas de formação. “Aprendemos até morrer, por isso, a formação deve ser contínua”, re-feriu o provedor da Misericórdia de Gaia em todas as sessões de entre-ga dos certificados. Joaquim Vaz referiu ainda que a atual Mesa Ad-ministrativa proporcionou a cada um mais formação para poder dar melhores respostas sociais. “Agradeço e dou os parabéns a todos os colaboradores pelo trabalho que realizam a quem mais precisa”, rei-terou. A Misericórdia de Gaia con-tinua em 2014 a apostar em mais formação para os seus colabora-dores com cursos vocacionados para a melhoria das competên-cias de cada profissional.

Mais formação, mais qualificação

Durante a primeira quinze-na de abril, o provedor e al-guns dos mesários da Mesa Administrativa da Misericór-dia de Gaia entregaram os Certificados de Formação aos colaboradores da ins-tituição.

Page 13: Laços de amor n.º 23

13

DIA DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

O dia foi marcado por duas sessões sobre o tema “Lugares de Memória”, da parte da manhã com uma exposição realizada pelo professor e dire-tor do Solar Condes de Resende, Gonçalves Guimarães, e da parte da tarde pelo escritor Fernando Correia.“O património tem dono”, começou por referir o professor, partilhando com os presentes algumas das publicações que ao longo dos tempos foram surgindo sobre a fábrica de Cerâmica e Fundição das Devezas do benemérito da Misericórdia de Gaia, António Almeida da Costa.Gonçalves Guimarães referiu que é preciso “dar a conhecer ao mundo este património lindíssimo, que é o que a Misericórdia de Gaia tem feito”. “Agora precisamos de uma biblio-grafia do homem que está por detrás disto tudo e que é António Almeida da Costa”, reiterou.Da parte da tarde, o escritor Fernan-do Correia, autor de vários livros, contou aos convidados algumas curiosidades sobre a vida, percurso

e obra do benemérito. O enquadramento histórico sobre António Almei-da da Costa serviu de suporte para a melhor compreensão do roteiro visitado. Os participantes tiveram a oportunidade de apreciar uma exposição de painéis sobre o património do be-nemérito, em que grande parte está ao cuidado da Misericórdia de Gaia, seguindo-se uma visita guiada ao terreno deste mesmo património. Dos convidados destacam-se alguns repetentes do ano passado desta iniciativa, estudantes de arquitetu-ra, utentes da instituição, e outros novos convidados que contacta-ram, pela primeira vez, com esta realidade. Mais do que uma aula de história, arquitetura e de arte, os lugares visitados ficarão certamen-te registados na memória de cada um.

Lugares de Memória

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA O QUE ACONTECEU...

A Misericórdia de Gaia celebrou, este ano, o Dia dos Monumen-tos e Sítios, no passado dia 15 de abril, com explicações do professor Gonçalves Guimarães e do escritor Fernando Correia.

Page 14: Laços de amor n.º 23

14

O QUE ACONTECEU SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

O provedor da Misericórdia de Gaia, Joaquim Vaz, recebeu, formalmen-te, este apoio pelo diretor da loja Continente do Gaiashopping, José Carlos Trindade, e pelos alunos e pro-fessores responsáveis pelo projeto na

Escola Secundária dos Carvalhos.O Projeto 80 é um programa do Ministério da Educação que desafiou jovens de escolas dos 18 distritos do País a apresentarem projetos no âm-bito da cidadania, voluntariado, economia verde, empreendedorismo, preservação da biodiversidade e dos recursos naturais. A Missão Sorriso foi parceira deste projeto ao apresentar o “Music Experience” em que algumas das atividades lançadas aos jovens consistiam em experien-cias musicais. As atividades realiza-das pelos jovens das escolas tinham

por base a aquisição de pontos que foram convertidos em alimentos, cedidos pela superfície comercial Continente. O esforço dos alunos da Escola Secundária dos Carvalhos em realizar as atividades apresenta-das pela Missão Sorriso e pelo Projeto 80 reverteu em sete carrinhos de compras do Continente do Gaiashopping, repletos de alimentos para a Misericórdia de Gaia distribuir por quem mais precisa.

Continente e a Escola dos Carvalhos solidários com a Misericórdia de Gaia

A Santa Casa da Misericór-dia de Vila Nova de Gaia foi a instituição selecionada do distrito do Porto para a ação solidária desenvolvida pela Missão Sorriso do Continen-te e pelo Projeto 80 que en-volveu a Escola Secundária dos Carvalhos. O Ato formal aconteceu no passado dia 8 de abril.

Foram 15 as famílias mais carenciadas do concelho, e que são acompanhadas pela Misericórdia de Gaia, que receberam cabazes de alimentos da Missão Sorriso e do Projeto 80.

“Não têm ideia do bem que me fazem”

Page 15: Laços de amor n.º 23

15

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA O QUE ACONTECEU...

Ainda antes da hora marcada já faziam fila os utentes do serviço de Ação Social da Misericórdia de Gaia para levantarem os cabazes de alimentos, oferecidos pelo Continente e pelos alunos da Escola dos Carvalhos, no âmbito do projeto 80.“Mil agradecimentos”. “Não têm ideia do bem que me fazem”. “Vai--nos dar muito jeito”. Estas foram algumas das expressões mais ouvidas nos dias 9 e 10 de março pela técnica do Serviço de Ação Social, Ân-gela Faria, na entrega dos cabazes de alimentos.Carne, peixe, legumes, saladas, arroz, batatas, entre outros, foram os

alimentos que constavam no ca-baz. O critério de escolha das fa-mílias foi o dos agregados com maior grau de carência e em maior número que estão a ser seguidos e avaliados pela técnica da Mise-ricórdia de Gaia. Estas famílias já recebem apoio da instituição em medicamentos e leite para bebés. Foram concedidos cabazes a 15 agregados, o que corresponde a 34 adultos e 27 menores.Os sorrisos de satisfação por saberem que, pelo menos, nos próximos dias vão ter na mesa o que comer, e algumas lágrimas de emoção e de agradecimento estiveram presentes em cada entrega dos ca-bazes.

BREVES

Mais um ano em que o S. João comemorou-se com os utentes da instituição no Equipamento Salvador Brandão, no passado dia 23 de junho. Dança, marchas e muita animação marca-ram o momento de folia.

São JoãoNo passado dia 29 de maio realizou-se no Equipamento Social Salvador Bran-dão o Baile da Rosa, que reuniu muitos utentes. O Baile foi animado pelo grupo Amizade e Som.

Baile da Rosa

Page 16: Laços de amor n.º 23

16

A Misericórdia de Gaia e a Liga dos Amigos do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia (LACHVNG) assinaram um protocolo, no passado dia 15 de maio, que consiste na cedência de 17 cadeiras de rodas da Santa Casa à LACHVNG. A Misericórdia de Gaia dispõe de um Banco de Material para Doentes, a partir do qual disponibiliza cadei-ras de rodas, andarilhos, camas articuladas a instituições parceiras para que possam ajudar doentes com estas necessidades. O protocolo foi assinado pelo provedor da Misericórdia de Gaia, Joa-quim Vaz, e pela presidente da LACHVNG, Maria de Fátima Gonçal-ves. O mesmo tem a validade de 5 anos.

Protocolo: Gestão de cadeiras de rodas

O protocolo de comodato visa a Misericórdia de Gaia ceder, de forma gratuita, parte das instalações dos Serviços Centrais da instituição para a Liga Portuguesa Contra o Cancro poder realizar mamografias a todas as mulheres com idades compreendidas entre os 45 e os 69 anos, sem diagnóstico anterior de cancro de mama e sem próteses mamárias. As utentes são reencaminhadas para a realização do exame pelos Centros de Saúde ou Unidades de Saúde Familiar da Região Norte onde devem estar inscritas. O protocolo surge no âmbito do Programa de Rastreio do Cancro da Mama na Região Norte, promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro e pela Administração Regional de Saúde do Norte, desde 2009, e é válido por um período inicial de 4 anos. Na cerimónia de assinatura do protocolo esteve presente o irmão e assessor da Provedoria, Luís Marques Gomes, que explicou a todos os presentes o sentido da assinatura do protocolo pelas respetivas entidades, uma vez que foi nas instalações onde funcionam os Serviços Centrais da Santa Casa que se iniciaram os primeiros serviços de saúde da instituição. O protocolo foi assinado pelo provedor da Misericórdia de Gaia, Joaquim Vaz, pelo representante da Administração Regional de Saúde do Norte, Rui Cernadas, e pelo representante da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Manuel Silva.

Cancro da Mama: Assinatura de protocolo

para rastreio gratuitoA Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia, a Administração Regional de Saúde do Norte e a Liga Por-tuguesa Contra o Cancro assinaram, no passado dia 16 de maio, um protocolo de comodato para o rastreio do cancro da mama.

O QUE ACONTECEU SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

Jaoquim Vaz, Provedor da Misericórdia de Gaia

Vítor Manuel Silva, representante da Liga Portuguesa Contra o Cancro

Rui Cernadas, representante da Admi-nistração Regional de Saúde do Norte

Page 17: Laços de amor n.º 23

17

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA O QUE ACONTECEU...

O Dia de N.ª Sr.ª da Misericórdia começou com um cortejo litúrgico com saída da Capela do Senhor do Palheirinho, em Avintes, seguindo pela Rua 5 de Ou-tubro e pela Rua da Escola Central, terminando na Igreja Paroquial de Avintes, onde se celebrou uma eucaristia de Ação de Graças pela vida e obra da Misericórdia de Gaia. Este ano, a procissão em honra a N.ª Sr.ª da Misericórdia diferenciou-se com dois mo-

mentos de homenagem a um dos maiores beneméritos da instituição – Joa-quim de Oliveira Lopes. O primeiro momento de homenagem aconteceu em frente à Fundação Joaquim de Oliveira Lopes e o segundo com uma roma-gem ao cemitério de Avintes em direção ao mauso-léu do benemérito. Joaquim de Oliveira Lopes contribuiu com o seu em-penho e ajuda financeira para a criação da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia, fez par-te dos primeiros órgãos sociais da instituição e, em

testamento, contemplou a Irmandade com parte dos seus bens para continuar a colocar em prática as obras de Misericórdia. O cortejo litúrgico fez-se sentir na freguesia que parou e observou o espírito de missão e de agradecimento do mo-mento.Ao longo do percurso foram muitas as entidades da freguesia e do município que se associaram a este evento que é um dos mais emblemáticos da Santa Casa. Para além dos elementos dos órgãos sociais da instituição, marcaram presença irmãos e cola-boradores da Misericórdia. Em representação da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia esteve presente a vereadora Elisa Cidade. De Avintes não

faltou o presidente da Junta de Freguesia, Cipriano Castro, e as seguintes entidades: ABIENTES, Abrigo Seguro Avintes, ACMA Avintes, Aventura Gaia Clu-be, Bombeiros Voluntários de Avintes, Centro Adria-no Correia de Oliveira, Centro Social Mário Mendes Costa, Clube de Atletismo de Avintes, Clube Spi-ridon, Combatentes de Avintes, Confraria da Broa, Escuteiros de Avintes – Agrupa-mento 462, FC Avintes e Fundação Joaquim de Oliveira Lopes.

Avintes recebeu procissão em honra à N.ª Sr.ª da Misericórdia

No passado dia 18 de maio, a freguesia de Avintes recebeu a procissão em honra a N.ª Sr.ª da Misericórdia.

A SCA é uma empresa líder mundial em produtos de higiene e fl orestais.

O Grupo desenvolve e fabrica artigos para o cuidado pessoal, papel para uso doméstico e industrial e produtos fl orestais.

Vende os seus produtos em mais de 100 países sob marcas líderes bem posicionadas a nível mundial como TENA e Tork, e regional como Libero, Lotus, Libresse ou Tempo.

Sendo o maior proprietário de fl orestas a título privado na Europa, a SCA dá uma grande importância à gestão sustentável dos recursos fl orestais.

www.sca.com

Page 18: Laços de amor n.º 23

18

O QUE ACONTECEU SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

O 85.º aniversário da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia foi assinalado com o lança-mento da obra “As Irmãs Francis-canas Hospitaleiras da Imaculada Conceição - 50 anos ao serviço da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia” da autoria de Luís Marques Gomes, irmão e assessor da provedoria da institui-ção. Esta obra dá a conhecer ao

público o importante papel que as Irmãs Franciscanas tiveram na gestão dos lares nos primórdios da

Misericórdia de Gaia. No local marcaram presença três Irmãs em representação das Ir-mãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição que agra-deceram a distinção e a homena-gem por parte da instituição.“Este acontecimento enaltece os valores que defendemos e marca mais uma etapa da vida da nos-sa Misericórdia que se esforça por fazer mais e melhor solidariedade sempre em comunhão com o mu-nicípio, com o Ministério da Soli-dariedade e Segurança Social”, referiu o provedor da Misericórdia de Gaia. Joaquim Vaz aproveitou ainda o momento para dar a co-nhecer aos Irmãos o trabalho que a instituição está a realizar como a legalização dos equipamentos sociais. A comemoração do aniversário da instituição é o momento da Santa Casa entronizar novos ir-mãos, apresentar os novos volun-tários, homenagear os colabora-dores que se reformaram e os que completam 25 anos ao serviço da instituição. Um dos irmãos entroni-zados neste aniversário foi Eduar-do Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Gaia, que, por moti-vos profissionais não esteve pre-

sente, recebendo o diploma em sua representação o presidente da Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia, Albino Almeida. Ao assinalar os 85 anos de serviço social na comunidade, o provedor da instituição homenageou ain-da as Corporações de Bombeiros Voluntários e Sapadores do mu-nicípio pela ação que desempe-nham na segurança de todos os gaienses.

As comemorações começaram com uma celebração eucarística, presidida pelo Bispo Auxiliar do Porto, D. João Lavrador, e teve a participação de elementos dos ór-gãos sociais, irmãos, colaborado-res e utentes da instituição.A cerimónia foi abrilhantada com momentos musicais da responsa-bilidade do Quarteto de Guitarras da Fundação do Conservatório Regional de Gaia.

85 Anos de Solidariedade A Misericórdia de Gaia celebrou os 85 anos de existência com o lança-mento de um livro sobre os primórdios da instituição. Corporações dos Bombei-ros Sapadores e Voluntários de Gaia foram homena-geados.

Page 19: Laços de amor n.º 23

19

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA O QUE ACONTECEU...

Page 20: Laços de amor n.º 23

20

O QUE ACONTECEU SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

ESPECIAL - CONCERTO MEMO

Memórias passadas de histórias, de canções recordadas, de experiên-cias de uma vida. Estas memórias foram trazidas ao palco, depois de vários meses de ensaios dos utentes e seus cuidadores, que integram o projeto Tears of Hope, do Serviço de Psicologia da Misericórdia de Gaia, com os profissionais do projeto AO ALCANCE DE TODOS da Casa da Músi-ca. O resultado deste trabalho em que pela música e espetáculo trouxe--se a palco o melhor das memórias de pessoas com demência da Santa Casa concretizou-se no concerto MEMO nos dias 16 e 17 de abril na Casa da Música.As sonoridades dos instrumentos, e das vozes dos utentes, cuidadores, técnicos e profissionais proporcionaram a todos os que assistiram ao es-petáculo agradáveis momentos de arte e admiração.No início houve quem duvidasse, houve quem achasse que não seria possível realizar um espetáculo de música no palco da Casa da Música com os utentes portadores de demência para quem o barulho, a mu-dança de ambiente é, muitas vezes, um enorme obstáculo.No final do espetáculo, todas as palavras que poderiam existir foram substituídas por aplausos, aplausos e aplausos. Aplausos de admiração, aplausos de missão cumprida, aplausos de orgulho em todos os que participaram nesta iniciativa que jamais será esquecida. O concerto MEMO foi uma das atividades in-seridas na semana AO ALCANCE DE TODOS, promovida pelo Serviço Educativo da Casa da Música e em que participaram utentes com demência, cuidadores e profissionais da Misericórdia de Gaia.

Ao alcance de todosNo final sobraram aplausos, aplausos e aplausos. No final sobraram lágrimas dealegria pelo trabalho realizado e de saudades por ter sido o término de um longotrabalho de meses. No final, ficaram as memórias.

Page 21: Laços de amor n.º 23

21

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA ENTREVISTA

PSICÓLOGA ANA COSTA APRESENTA TEARS OF HOPE

Para quem ainda não conhece, quais são os gran-des pilares do Tears of Hope?O Tears of Hope (ToH) é um projeto de intervenção e investigação na demência que procura através da arte (desenho, música, pintura, escultura, fotogra-fia…) promover a participação social ativa de pes-soas com demência e seus cuidadores. Nos nossos Equipamentos Sociais existe um número de utentes com diagnóstico de demência cada vez maior. Numa cultura que ainda vê a demência com deses-perança, angústia e perda progressiva de qualida-de de vida, o ToH defende que, independentemente do grau de comprometimento físico, psicológico ou mental, as pessoas com demência continuam a SER e a VIVER. No ToH a demência é encarada como um desafio que exige uma resposta criativa, inovadora e cheia de paixão. Este desafio exige de nós, profis-sionais, um comprometimento com a pessoa (e seu cuidador) que existe para além da doença. Qual é o fator diferenciador do Tears of Hope relati-vamente aos demais projetos na área da demência que existem no País?O Tears of Hope responde a uma necessidade: A de cuidar de doentes com demência, incluindo-os de uma forma não estigmatizadora no serviço de aten-ção e cuidado que a Misericórdia de Gaia oferece nas várias valências. O maior fator diferenciador tal-vez seja a vontade maior de apresentar a todos uma maneira diferente de ver, sentir e viver com demên-cia. Não somos utópicos, sabemos que a demência oferece um duro diagnóstico e processo. Mas acre-ditamos, validando com a experiência e os testemu-nhos vivos, que podemos olhar a demência de um outro ponto de vista.O Tears of Hope visa também apoiar os cuidadores, certo?O projeto foi desenhado de forma a permitir e incen-tivar o envolvimento do cuidador, oferecendo-lhe, se quiser, uma oportunidade para um “olhar” dife-rente à pessoa de quem cuida. Vendo-a focada, in-teressada, feliz ou triste, mas expressando emoções, reagindo às iniciativas, escolhendo, contando uma piada, rindo ou despertando sorrisos.Já nos pode apresentar alguns números deste pro-jeto?Apresentar números é difícil, porque o ToH vai além das pessoas que dele beneficiam diretamente. Posso dizer que o recurso à arte se afirmou um rico meio de estimulação sensorial, cognitiva, emocional, re-

lacional e de afirmação da identidade individual que, naturalmente, deve servir como abordagem complementar à intervenção farmacológica e ou-tros modos de estimulação na demência. O ToH tem vindo a afirmar-se uma estratégia de intervenção que reforça o sentimento do eu, melhora as relações recíprocas entre a pessoa com demência e os seus pares, familiares, amigos e profissionais cuidadores. Um dos momentos altos do projeto, este ano, foi a participação dos utentes, cuidadores e profissionais da Santa Casa do Tears of Hope na iniciativa MEMO da Casa da Música. Quer contar-nos como foi esta experiência?Um dos muitos momentos altos do projeto foi, sem dú-vida, a participação no MEMO, essencialmente pela visibilidade que ofereceu a esta iniciativa.

“Existe um número de utentes com diagnóstico de demência cada vez maior”

A Psicóloga Clínica da Misericórdia de Gaia, Ana Costa, acredita que se pode olhar para a demência de outro ponto

de vista. Lidar com a demência, através da arte participativa, valida a

existência do Tears of Hope.

Page 22: Laços de amor n.º 23

22

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA ENTREVISTA

O facto de ser na Casa da Música, de terem resultado do trabalho realiza-do dois espetáculos finais tão ricos e emocionalmente fortes, deu ao ToH o merecido mérito. Foram muitas as pa-lavras de apreço e reconhecimento. Muitas as lágrimas de esperança… Vai repetir-se?O MEMO não. Mas as sessões de ex-pressão artística através da música vão afirmar-se e para este próximo ano tenho pen-sada para a modalidade de intervenção direta uma nova vertente: ToH musical. Este projeto é bastante ambicioso não só pelo tema, mas pela quantidade de recursos humanos que con-segue integrar gradualmente. Quais os novos parcei-ros do Tears of Hope e qual o âmbito de atuação?Para este próximo ano estão pensadas 4 novas par-cerias no âmbito da intervenção direta (nomeada-mente a resposta através da música), da investiga-ção e da comunicação e marketing. Queremos levar o ToH a todos aqueles que de uma forma mais ou menos direta lidam com esta problemática. Para isso precisamos de parceiros que nos ajudem na sua di-vulgação a nível nacional e internacional.Laços de Amor tem acompanhado algumas ativi-dades do Tears of Hope que envolvem crianças com os utentes com demência em que os resultados têm sido bastante positivos. Porquê esta opção?Na vertente intervenção direta, para além do ToH Belas Artes e Enfermaria, temos o ToH intergeracional. As ativi-dades visam oferecer um tempo e es-paço de partilha de afetos. Este ano contamos com os seguintes parceiros: Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa; Casa do Povo Madale-na e Infantário Pim Pam Pum. A escolha prendeu-se com a proximidade destas ins-tituições aos respetivos Equipamentos Sociais da San-ta Casa. O feedback foi muito positivo e, a prova dis-so, é que todas estas parcerias se vão manter. Posso acrescentar que num dos infantários foi-nos pedido a alteração do horário das sessões de forma a permitir a participação de todas as crianças. Foram os pais das crianças que observando as várias iniciativas e atividades ao longo do ano fizeram este pedido às educadoras. Dentro dos nossos muito limitados recur-sos conseguimos responder a esta solicitação!Como está a correr a parceria com a FEUP de aplicar o design inclusivo neste projeto?Este ano tivemos a feliz oportunidade de colaborar com a designer Dr.ª Lígia Lopes – FEUP num projeto piloto de reestruturação ambiental na demência. Durante 5 meses, alunos do curso de Design Indus-trial da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e alunos do curso de Psicogeronto-logia da Universidade Católica do Porto (UCP) traba-lharam em conjunto com a finalidade de potenciar nos nossos lares um ambiente seguro que promova a orientação, diminua a estimulação confusa, fa-voreça a realização das atividades da vida diária e promova a participação social. Esta partilha foi mui-

to enriquecedora para todos. Os alunos deslocaram-se a dois dos nossos Equipa-mentos Sociais para fazer observações e entrevistas a pessoas com demência e seus cuidadores. Tomaram contacto com a realidade e o ambiente físico e emocional. Ouviram histórias, testemunhos, fizeram perguntas e avaliaram necessidades. Depois trabalharam em grupo e surgiram 10 produtos na área do design inclusivo.

Penso que mais do que um aluno de design avança-rá com o produto para projeto de Mestrado. Se não estiver errada, ainda vamos ouvir falar muito de al-guns deles!Costuma-se dizer que “primeiro estranha-se, depois entranha-se”. É notório o aumento do n.º de partici-pantes/beneficiários que tem procurado o projeto? Sem dúvida. Quando o projeto nasceu na minha cabeça, já nasceu vencedor, e talvez por isso tenha sido difícil o confronto com a descrença e alguma falta de interesse ou desvalorização… Mas é assim mesmo, as pessoas acreditam não em teorias, mas naquilo que vêm e sentem. Quando o projeto passou da teoria à prática, os primeiros feedbacks positivos vieram dos participantes diretos - pessoas com de-mência e cuidadores (familiares ou profissionais parti-cipantes). Paulatinamente, outros profissionais foram apreciando, espreitando, confirmando os benefícios

na atenção e cuidado diário. Como já referi, o número de pessoas a beneficiar diretamente com o projeto tem crescido significativamente, mas, infelizmente, por limitação de recursos humanos não conseguimos responder a todos os potenciais beneficiários. Só para dar uma ideia de números, temos

para este ano só num lar, até à data de hoje, 42 pes-soas com demência à espera do ToH em outubro... O que é que o Tears of Hope está a prever “oferecer” de novidade para os utentes e cuidadores no próxi-mo ano?Muitas oportunidades de partilha, aprendizagem, envolvimento positivo e seguro. A Música como mais uma modalidade na intervenção direta como já re-feri. Será também um ano para organização do tra-balho feito e apresentação desse trabalho. O ToH acredita piamente que a mudança cultural e a mudança de valores na demência só pode ter lu-gar quando a totalidade da comunidade prestado-ra de atenção e cuidado acredita, está envolvida e motivada. Através da sensibilização por educação, formação, con-sultoria e proporcionando oportunidades práticas de envolvimento (por exemplo, através de workshops, exibi-ções, exposições), o ToH pre-tende oferecer a oportuni-dade de aplicação prática dos seus princípios e práticas a todos.

Page 23: Laços de amor n.º 23

2323

Com o verão chegam as temperaturas elevadas e com elas chegam também maiores níveis de radia-ção ultravioletas, que podem apresentar riscos para a saúde. Desde os mais comuns, como desidrata-ção ou queimaduras solares, até ao agravamento de doenças crónicas ou golpes de calor - situações muito graves e que podem provocar danos irreversí-veis ou mesmo levar à morte. Todos devemos ter especial cuidado nestas altu-ras, mas são as crianças nos primeiros anos de vida e as pessoas idosas que devem tomar as maiores precauções. Também apresentam riscos acrescidos pessoas portadoras de doenças crónicas, pessoas com problemas de saúde mental, pessoas obesas e pessoas acamadas. A prevenção é sempre o melhor remédio. Por isso, a Direção Geral de Saúde recomenda as seguintes medidas: • Aumente a ingestão de água, ou sumos de fruta natural sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede;• Evite bebidas alcoólicas e bebidas açucaradas;• As pessoas que sofram de doença crónica, que estejam a fazer uma dieta com pouco sal, ou com restrição de líquidos, devem aconselhar-se com o seu médico;• Faça refeições leves e mais frequentes;• Evite mudanças bruscas de temperatura (duche gelado, imediatamente depois de ter apanhado muito calor, pode causar hipotermia, principalmen-te em pessoas idosas ou em crianças);• Evite a exposição direta ao sol, em especial entre as 11h00 e as 17h00;• Use um protetor solar com um índice de prote-ção elevado (igual ou superior a 30), renove a sua aplicação sempre que estiver exposto ao sol (de 2 em 2 horas) e se estiver molhado ou se transpirou bastante; • Use chapéu, de preferência, de abas largas e

óculos que ofereçam proteção contra a radiação UVA e UVB.• Use roupa larga, leve e fresca, de preferência de algodão e opaca;• Use menos roupa na cama, sobretudo, quando se tratar de bebés e de doentes acamados;• Nunca deixe crianças, doentes ou pessoas idosas dentro de veículos expostos ao sol;• Sempre que possível, diminua os esforços físicos e repouse frequentemente em locais à sombra, fres-cos e arejados;• Evite que o calor entre dentro das habitações. Correr as persianas ou portadas e manter o ar circu-lante dentro de casa; • Não hesite em pedir ajuda a um familiar ou a um vizinho no caso de se sentir mal com o calor;• Informe-se, periodicamente, sobre o estado de saúde das pessoas isoladas, idosas, frágeis ou com dependência que vivam perto de si;• As pessoas idosas não devem ir à praia nos dias de grande calor; • As crianças com menos de seis meses não devem ser sujeitas a exposição solar e deve evitar-se a ex-posição direta de crianças com menos de três anos; • As radiações solares podem provocar queimadu-ras da pele, mesmo debaixo de um chapéu de sol; a água do mar e a areia da praia também refletem os raios solares e estar dentro de água não evita as queimaduras solares das zonas expostas.Estas medidas de proteção devem ser tomadas mesmo que o céu esteja nublado, porque as radia-ções atravessam as nuvens ou mesmo que perma-neça debaixo de um toldo ou chapéu de sol, onde os raios solares incidem de forma indireta. Ainda que haja vento ou esteja dentro de água, num barco ou colchão, os riscos mantêm-se, apesar da sensação de frescura.

Soraia Pereira(Enfermeira da Misericórddia de Gaia)

Proteção Solar

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA ESPAÇO SAÚDE

GOLPE DE CALOR QUEIMADURA SOLAR

Em caso de golpe de calor, alivie o excesso de rou-pa, pulverize o corpo com água fresca, dê líquidos (se a pessoa estiver consciente) e contacte o médico ou o número de emergência 112.

Em caso de queimadura solar aplique compressas frias e húmidas, retire objetos que conservem o calor (aneis, colares, brincos), proteja a zona queimada com lenço ou pano limpo, e se necessário contacte o médico.

Page 24: Laços de amor n.º 23

São produtos cujo valor energético ou conteúdo em algum nutriente (açúcar, gordura, sódio, etc.) ou, em mais do que um, é baixo ou reduzido em pelo menos 25%, quando comparado ao produto na sua apre-sentação normal.Ao longo da história da humanidade, o contexto do-minante foi sempre o de escassez alimentar. A prin-cipal preocupação das populações era de possuir alimentos em quantidade suficiente para a sobrevi-vência. Por esta razão, o seu instinto de sobrevivência sempre a atraiu para o consumo de alimentos mais energéticos, com sabores açucarados e ricos em lípi-dos. Esta característica desenvolvida ao longo de vá-rias gerações é, atualmente, uma armadilha na práti-ca alimentar das sociedades mais desenvolvidas, em que o acesso aos alimentos é facilitado.

Se num contexto de escassez alimentar, as restrições económicas são um fator determinante nas escolhas alimentares, num contexto de abundância, os con-sumidores fazem as suas escolhas alimentares em função de fatores culturais, sociais e psicológicos.Com a globalização, a disponibilidade alimentar quer em quantidade, quer na variedade dos produtos, associada a uma vida sedentária das populações, contribuiu nas últimas décadas, para o desenvolvi-mento de várias doenças, resultantes do excesso ca-lórico, nomeadamente, a obesidade, diabetes, HTA, cancro, doenças cardíacas, entre outras. A indústria responde, disponibilizando para o mercado novos produtos, com ca-racterísticas específicas, modifica-dos, com o objetivo de responder aos anseios e aspirações da po-pulação que se preocupa com a saúde, particularmente o excesso de peso.

O aumento significativo de doen-ças consequentes do excesso alimentar alertou a comunida-de científica e as pessoas para a tomada de consciência sobre a necessidade da adequação das práticas alimentares, através do desenvolvimento de novos pro-dutos com restrição calórica, mas sem comprometimento da sacie-dade ou aspetos organoléticos. Os

produtos light surgem como resposta a uma socie-dade consumista, de forma a reduzir o volume ener-gético ingerido por volume de produto. Este facto não permite que por esta razão sejam consumidos produtos light sem regra, pois, na sua maioria, não lhes é restringido o valor calórico para níveis próximos do zero. Deve-se ter especial atenção à informação constante no rótulo dos alimentos em geral e dos pro-dutos light em particular. Por exemplo, a redução ca-lórica dos produtos à custa dos hidratos de carbono é feita com a sua respetiva substituição por edulco-rantes (aspartame – E951; acessulfame K – E950; saca-rina – E954; ciclamatos – E952, entre outros). Toma-se, por esta razão, especial cuidado para que o consu-mo de produtos light desta natureza não ultrapasse as doses diárias recomendadas pelas autoridades internacionais.Os produtos light podem ser uma solução no âmbito da restrição calórica da ração diária, contudo, o seu consumo deve ser condicionado, para evitar consu-mos excedentários. Estes produtos ajudam a ema-grecer quando integrados numa dieta balanceada, tendo pouco impacto por si só na perda de peso. De facto, o melhor é optar por produtos light em nature-za, como os legumes, os frutos, os ovos, as carnes e os peixes magros, assim como formas de confeção simples, utilizando condimentos adequados.

Carlos Leite(Nutricionista da Misericórddia de Gaia)

24

ESPAÇO SAÚDE SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

Serviços:- Uma vasta gama de produtos e serviços

- Administração de vacinas

- Controlo da tensão arterial

- Uma equipa de profissionais disponível para aconselhar na área da saúde

- Serviço de Podologia

- Consultas de Nutrição (em breve)

Segunda a sexta-feira das 9h00 às 20h30 e sábados das 9h30 às 13h00

R. Capitão Salgueiro Maia, 311/7; 4430-518 Vila Nova de Gaia

Tel.: 227828971; Fax.: 227826246

Produtos alimentares light

Page 25: Laços de amor n.º 23

25

Tal como referíamos no nú-mero anterior, publicamos agora os quadros que se en-contram patentes no Salão Nobre da Misericórdia, rela-tivos aos seis Provedores que cumpriram um mandato de 3 anos cada, de janeiro de 1991 a dezembro de 2008.

De salientar que o Provedor atual, Sr. Joaquim de Lima Moreira Vaz, que já havia cumprido um mandato en-tre 1997 e 1999, está a cum-prir, desta vez, o seu segundo mandato consecutivo, o que acontece pela primeira vez, desde 1984.

Rui Pinto Aguiar1991-1993

Francisco António Marques da Silva

1994-1996

Joaquim de Lima Moreira Vaz

1997-1999

Bernardino de Andrade Maia

2000-2002

Dr. Valdemar Teixeira Castro Chaves

2003-2005

Dr. José Tavares Pinto Brandão

2006-2008

Luís Marques Gomes(Irmão e Assessor da Provedoria

da Misericórdia de Gaia)

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA NÚCLEO MUSEOLÓGICO

“A criança e o futuro”A Cooperativa Artistas de Gaia deu cor e um novo

sentido ao mural da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa.

“A criança e o futuro” foi o tema deste desafio artístico lançado pelo provedor da Misericórdia de Gaia, Joaquim Vaz, ao presiden-

te da Cooperativa Artistas de Gaia, Agostinho Santos, que o aceitou de imediato. Cerca de 20 artistas associados da Cooperativa Artistas de Gaia estiveram durante todo o dia 31 de maio a pintar o mural de betão da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa, equipamento social da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia. Em véspera da comemoração do Dia Mundial da Criança, a Coope-rativa Artistas de Gaia ofereceu o painel “A criança e o futuro” à Santa Casa em representação de todas as crianças do município.

Page 26: Laços de amor n.º 23

26

ESPAÇO VOLUNTARIADO SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

Já há muito que fazer voluntariado junto de crianças era uma vontade de Georgina Santos, mas só quan-do se aposentou de lecionar, há 3 anos, é que teve essa disponibilidade.O primeiro passo para concretizar esse desejo foi dado na Aldeia de Crianças S.O.S., em Gulpilhares, mas do que aquela instituição necessita-va era de alguém para dar explica-ções às crianças. E o que Georgina Santos gostava mesmo era de estar com bebés. Foi então que na Aldeia S.O.S. deram a Georgina o contacto do Centro de Acolhimento Temporá-rio N.ª Sr.ª da Misericórdia (CAT). Georgina encontrou, nessa altura, o local perfeito para realizar a sua von-tade de desempenhar um voluntariado organizado com bebés. “No início, não tinha consciência de que estava a ser voluntária da Misericórdia de Gaia”, conta.Neste momento, a voluntária não tem dúvidas que a função que exerce corresponde às suas expecta-tivas: “Confesso que no início questionei-me sobre o que vinha para aqui fazer, se vinha só dar sopa… mas ao brincar com eles e ver aqueles sorrisos fez com que essa dúvida depressa passasse”.Neste momento, a voluntária já tem um sentido para a sua missão: “Tenho uma relação afetiva com as crianças”.Foi no CAT que a voluntária teve conhecimento da realidade das crianças institucionalizadas. “No início recordo-me que dei um biberão a um bebé que ti-

nha uma semana, e fiquei um pouco chocada, por-que achava que aquele bebé deveria estar no colo da mãe e não no meu”, recorda, frisando que já está imune a esses sentimentos.

A voluntária está durante uma ma-nhã, uma vez por semana, com os bebés do CAT e, no ano passado, teve ainda o pedido para dar ex-plicações de matemática a uma das jovens que o centro acolhe e que Georgina faz com todo o gos-to. É uma dupla função – cuidar dos bebés e dar explicações – em que todas as semanas tem contor-

nos diferentes, mas o mesmo resultado: muitos sorrisos que a acompanham, mesmo quando sai do CAT. Com o apoio incondicional da família, Georgina San-tos pretende continuar a levar a efeito o seu volunta-riado que se tem revelado muito gratificante: “Gosto muito de estar aqui. Sou muito bem acolhida por todos”. “Fazer este tipo de vo-luntariado contraria um pouco a nossa tendência para nos fecharmos no nosso mundo pequenino”, revela, frisando que gosta-va de ver mais gente a ser voluntária. “Nesta conta-bilidade quem fica a ga-nhar sou eu”, garante.

“Nesta contabilidade quem fica a ganhar sou eu”

No momento em que o Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Mise-ricórdia comemora 15 anos de existência, Laços de Amor ouviu uma das suas voluntárias que nos apre-senta o seu “olhar” sobre a realidade desta resposta social. Falamos com Geor-gina Santos, voluntária do CAT desde 2013.

Page 27: Laços de amor n.º 23

27

SABIA QUE...

… Só tem até ao fim do mês de setembro para conhecer, visitar e provar os "sabores" regionais do evento BOEIRA PORTUGAL IN A BOTTLE, no qual a Misericórdia de Gaia tem um stand com artigos culturais e de artesanato da instituição?

... Este ano realizam-se eleições dos Órgãos Sociais para o novo triénio da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia, já em novembro?

... Está prestes a ficar concluído o trabalho de catalogação e de indexação do acervo bibliográfico do Arquivo e Centro de Documentação da Misericórdia de Gaia?

FICHA TÉCNICA:PROPRIETÁRIO: Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia; DIRETOR: Dr. Pedro Nobre; EDITOR: Dr. Pedro NobreCOORDENADORA: Dr.ª Marisa Pinho; REDATORA: Dr.ª Marisa Pinho; COLABORADORA: Dr.ª Manuela Pinto; DESIGN GRÁFICO: Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia; TIRAGEM: 750; PERIODICIDADE: Trimestral; SEDE DA REDAÇÃO: Rua Teixeira Lopes, n.º 33, 4400-320, Vila Nova de Gaia; PRODUÇÃO: Gráfica São Miguel, Rua Norton Matos, 731, Gulpilhares, 4405-671 Vila Nova de GaiaNOTA: Publicação isenta de registo na ERC ao abrigo da Lei de Imprensa 2/99 de 13 de janeiro, artigo 9Os artigos foram escritos com base no novo acordo ortográfico

JULHO:

- Passeios de verão dos Equipa-mentos Sociais da Misericórdia de Gaia

Dia 1 - 25.º Aniversário do Serviço de Voluntariado da Misericórdia de Gaia

Dia 3 - Passeio às 5 pontes, ofere-cido pela Douro Azul - Exposição de Painéis sobre Património de António Almeida da Costa no Solar Condes de Re-sende

Dias 4 - Comemoração do 22.º aniversário da Estrutura Residen-cial Conde das Devezas

Dia 11 - Feira de Verão do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia

AGOSTO:Dia 1 - Inauguração da Via da Mi-sericórdia

Dia 9 - Caminhada Solidária BEACH WALK

De 11 a 18 - Exposição de Painéis sobre Património de António Al-meida da Costa no Equipamenr-to Social Salvador Brandão

De 19 a 26 - Exposição de Painéis sobre Património de António Al-meida da Costa no Equipamento Social Tavares Bastos

De 29 a 3 - Exposição de Painéis sobre Património de António Al-meida da Costa no Equipamento Social António Almeida da Costa

Dia 30 - Comemoração dos ani-versários no Equipamento Social António Almeida da Costa

SETEMBRO:- Passeios, visitas e atividades de verão nos Equipamentos Sociais da Misericórdia de Gaia

Dia 1 - Início do ano letivo 2014/2015 na Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa

De 4 a 11 - Exposição de Painéis sobre Património de António Al-meida da Costa na Estrutura Resi-dencial Conde das Devezas

Dia 12 - Inauguração da exposi-ção de Pintura e Escultura "Diálo-gos do Imaginário", de Agostinho Santos, na Sede da Misericórdia de Gaia Dia 27 - Peddy Papper no patri-mónio do benemérito António de Almeida da Costa

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA AGENDA

Page 28: Laços de amor n.º 23

EQUIPAMENTOS SOCIAIS E UNIDADES DE EXPLORAÇÃO

[email protected]/misericordiadegaia

Equipamento Social Salvador BrandãoR. Salvador Brandão4405-702 Vila Nova de GaiaTel.: 227622114 / [email protected]

Equipamento Social António Almeida da CostaR. Almeida Costa, n.º 1514400-013 Vila Nova de GaiaTel.: 223754299 / [email protected]

Equipamento Social Tavares BastosR. António Francisco Sousa, 216/384405-726 Vila Nova de GaiaTel.: [email protected]

Estrutura Residencial Conde das DevezasR. Particular às Árvores, n.º 964400-239 Vila Nova de GaiaTel.: [email protected]

Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus CostaR. Almeida Costa, n.º 1514400-013 Vila Nova de GaiaTel.: 223799110Fax.: [email protected]

Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da MisericórdiaR. Almeida Costa, n.º 1514400-013 Vila Nova de GaiaTel.: [email protected]

Clínica FisiátricaR. Salvador Brandão4405-702 Vila Nova de GaiaTel.: 227539300Fax.: [email protected]

Arquivo e Centro de Documentação da Misericórdia de GaiaR. Pinho Valente, n.º 1064400-251 Vila Nova de GaiaTel.: 22 375 805 [email protected]

Farmácia da Misericórdia de GaiaR. Capitão Salgueiro Maia, 311/74430-518 Vila Nova de GaiaTel.: 227828971Fax.: [email protected]

Serviços CentraisR. Teixeira Lopes, n.º 334400-320 Vila Nova de GaiaTel.: 223773350Fax.: [email protected]

Departamento de Ação SocialR. Teixeira Lopes, n.º 334400-320 Vila Nova de GaiaTel.: [email protected]

Gestão do PatrimónioR. Teixeira Lopes, n.º 334400-320 Vila Nova de GaiaTel.: [email protected]