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Uma família ao serviço da comunidade LAÇOS DE AMOR EDIÇÃO N.º 25 TRIMESTRAL | SCMG | Out/Nov/Dez | 2014 Gratuito Misericórdia de Gaia tem nova Mesa Administrativa

Laços de Amor n.º 25

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Nesta edição de Laços de Amor fique a conhecer os vencedores do ato eleitoral dos Órgãos Sociais da Misericórdia de Gaia para o quadriénio 2015/2018. Não perca ainda a entrevista à Chefe do Serviço de Ação Social da Misericórdia de Gaia, Ângela Faria, e muito mais.

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Uma família ao serviço da comunidadeL A Ç O S D E A M O REDIÇÃO N.º 25

TRIMESTRAL | SCMG | Out/Nov/Dez | 2014Gratuito

Misericórdia de Gaia tem nova Mesa Administrativa

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ÍNDICE

EDITORIAL85 ANOS DE HISTÓRIAO QUE ACONTECEU

Ato eleitoral para o quadriénio 2015/2018

A época de Natal vivida na Misericórdia de Gaia

ENTREVISTA

Ângela Faria é a responsável pelo Serviço de Ação Social

ESPAÇO SAÚDEHISTÓRIAS DE VIDA

Maria do Céu Guia é colaboradora e voluntária para a área espiritual na Instituição

NÚCLEO MUSEOLÓGICOESPAÇO VOLUNTARIADOAGENDASABIA QUE...

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EDITORIAL

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Pode definir-se tempo de mudança de muitas e variadas formas, desde aquela que implica rotura com ante-riores formas de estar, até à aplica-ção de outras estratégias que levam à fixação de objetivos, através do envolvimento entre todos os visados. Dito isto, importa saber onde nos si-tuamos mas, acima de tudo, como fazer avançar a onda da motivação que uma mudança – naturalmente para melhorar – pode e deve impli-car. Desde a fixação dos objetivos, através da explicação clara e a to-dos, para que todos a compreen-dam, até à transparência com que essas mudanças devem ser disse-minadas entre os colaboradores de qualquer organização, sem os quais não é possível efetuar essa mudan-ça. Propõe-se então à organização lançar o desafio de fazer as alte-rações, através da indicação das realizações a que o órgão de ad-ministração se propõe, e definida a estratégia, avançar sem hesitação e determinados, depois da estrutura, ou seja, dos trabalhadores – e mes-mo fornecedores e clientes – com-preenderem o que se pretende.Este introito serve apenas para ten-tar fazer perceber o caminho que a Mesa Administrativa desta nossa Santa Casa escolheu para atingir os objetivos que todos desejamos e que se podem resumir em poucas linhas:1 – Conseguir aumentar o bem-estar daqueles para quem a nossa ação se dirige, ou seja, os nossos utentes, aqueles que basicamente são os mais pobres e desfavorecidos: é pre-ciso melhorar as instalações, claro (reafirmar que deve haver mais con-forto, p. ex. garantindo temperaturas adequadas nos estabelecimentos, não é senão uma necessidade bá-sica), aportar segurança a quem depende do apoio do nosso braço, obviamente (não se duvida de que é obrigatório adotar posturas de edu-cação, compreensão e carinho para quem, na parte final da vida, me-rece o respeito que lhes devemos, como se fossem os nossos próprios pais ou avós), melhorar a qualidade

de vida dos que servimos (pois, a alimentação, entre muitos outros cri-térios, também entra neste conjunto de objetivos, extensivos a todos) além de outras preocupações que estão diagnosticadas e onde vamos co-meçar a intervir. 2 – Obter o empenho dos trabalhado-res, tem aqui um papel determinante pois é com eles – e nunca contra eles – que esta mudança se pode operar. Conhecer a informação e a verdade acerca da atual situação da organi-zação, qualquer que ela seja, não deturpando a verdade nem criando falsas expectativas de que tudo se resolverá é uma necessidade, pois só aquilo que conhecemos bem, pode ter o tratamento mais correto; é pois nesta base que uma qualquer organização tem de ser esclarecida na estratégia conjunta, honesta na informação aos seus colaboradores e determinada na procura do seu ideal; só o alcançará com trabalho, em equipa, de forma dedicada e até com alguma abnegação, mas sempre com o espírito de que pode-mos e devemos fazer mais e melhor. É fundamental que se vejam sinais de melhoria e os trabalhadores são o seu principal transmissor, dando lugar ao diálogo e à partilha da in-formação, sem medos de explicar e eliminando os tabus que derivam da utilização do poder da informação. 3 - Sabemos que as dificuldades económico-financeiras reduzem o entusiasmo mas é também nestas alturas que todos nós devemos olhar a adversidade representada pelos poucos recursos financeiros, como uma melhor forma de gastar o di-nheiro e evitar o desperdício. Esta-mos todos, hoje, confrontados com a existência de menos dinheiro do que aquele que precisamos mas isso não nos pode fazer tomar atitudes preci-pitadas; é essencialmente nos perío-dos de pouco dinheiro que se deve evitar todo e qualquer desperdício e naturalmente investir bem, por isso estamos determinados a administrar da melhor forma os valores de que dispomos. Mas então será que che-

ga para tudo, desde garantir o di-nheiro para as obras de recuperação dos edifícios – desde os alugados que têm garantido a nossa ação, até aqueles onde os nossos serviços estão instalados - ao necessário para a aquisição dos equipamentos que é inevitável substituir? As obrigações que hoje decorrem da legislação, não nos permitem desculpas e por isso têm de ser feitas e mais pressio-nados ainda, dentro de prazos aper-tados. É por tudo isto que dizemos atrás que temos de mudar. Mudar até a forma como olhamos o nosso futuro pois temos de nos comprome-ter com esta realidade. Não vamos pedir mais sacrifícios mas ninguém pode prometer que a atual situação mudará de um momento para o ou-tro. Tempo é um luxo de que ninguém dispõe mas que vamos precisar de algum, disso ninguém duvide, e por isso estamos a preparar reuniões nas quais queremos que todos par-ticipem, porque mudança também significa transparência, caminhando lado a lado e não uns contra os ou-tros. Sei que o vamos conseguir com a ajuda, senão de todos, pelo menos da larguíssima maioria que nos tem apoiado e onde ninguém ficará de fora.Chegou esse tempo e lancemo-nos, com entusiasmo, todos unidos, a esta missão.

Artur Almeida Leite(Provedor da Misericórdia de Gaia)

Tempo de mudança

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ANOS DE HISTÓRIA SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

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85Preocupada com o crescente au-mento de doentes a aguardar in-ternamento no Hospital da Miseri-córdia – em 20 de fevereiro de 1968 eram 650 – a Mesa Administrativa enviou, nessa data, um ofício à Di-reção Geral dos Hospitais, a referir a necessidade de aumentar a lota-ção do Hospital em 40 camas, as quais seriam colocadas nas enfer-marias dos serviços de internamen-to que estavam com 3 leitos, mas comportavam 4, estando-se ainda a estudar a possibilidade de trans-ferir o alojamento das enfermeiras para o local onde outrora estavam instalados os serviços da Misericór-dia.

Na reunião da Mesa de 5 de agosto desse ano foi abordada a amplia-ção das instalações do Hospital, nos seguintes termos: “Em face do núme-ro reduzido de leitos que o Hospital desta Misericórdia possui para as ne-cessidades do concelho – o terceiro maior do País – cuja população se aproxima de cento e setenta mil ha-bitantes e de molde a permitir não só a redução das listas de espera de doentes mas também consentir, tan-to quanto possível, que os doentes re-sidentes neste concelho possam ser assistidos no seu Hospital, evitando, consequentemente, a sua ida para os hospitais da cidade do Porto, a Mesa Administrativa deliberou estu-dar a possibilidade de se proceder ao aumento do edifício de molde a comportar mais camas. Foi solicitada a comparência do Senhor Arquitecto António Neves, autor do projecto do

Hospital, que deu os esclarecimentos necessários e pelos quais se chegou à conclusão de que aquele aumento se traduz num benefício de cinquen-ta e cinco camas. Assim, foi resolvi-do encarregar aquele técnico de elaborar o respectivo projecto, a fim de ser apreciado e submetido pos-teriormente à consideração de Suas Excelências o Ministro da Saúde e As-sistência e Obras Públicas, para efeito de aprovação e concessão das res-pectivas comparticipações.” O senhor Provedor apresentou esta pretensão ao senhor Ministro das Obras Públicas, em deslocação que fez a Lisboa em 29 de novembro de 1968, o qual prometeu que os Ser-viços iam estudar o assunto, o que aconteceu. Na verdade, em janeiro de 1969, a Direção da Zona Hospi-talar do Norte informou que via com vantagem o aumento de camas nos serviços de Obstetrícia, Pediatria, Gi-necologia e Ortopedia, mas pergun-tava como pensava a Misericórdia ver financiada a desejada amplia-ção, isto é, o esquema de financia-mento das obras, dado que por des-pacho ministerial de 23 de outubro de 1964, não se prevê compartici-pação em obras de ampliação nos hospitais sub-regionais, no entanto, a obra não deverá ser feita sem a res-petiva comparticipação. A Comissão de Construções Hospita-lares enviou um ofício em 19 de julho de 1969, informando ter sido apro-vado superiormente, com umas pe-quenas alterações o anteprojeto da ampliação do edifício do Hospital. Em face disso, a Mesa Administrativa

deliberou na sua reunião de 31 desse mês, encarregar o senhor Arq. Antó-nio Neves da elaboração do projeto definitivo e, ao mesmo tempo, oficiar à Comissão de Construções Hospita-lares a solicitar uma comparticipa-ção de 50% do custo da obra.Esta entidade respondeu no final do mês seguinte a informar que o proje-to e o pedido de comparticipação seriam, oportunamente, submetidos à apreciação do senhor Ministro das Obras Públicas.Entretanto, a Misericórdia recebeu a Circular Informativa n.º 4 de 10 de abril de 1972, da Direção Geral dos Hospitais, que comunicava terem sido qualificados de hospitais distri-tais, por despacho de Sua Excelência o Secretário de Estado da Saúde e Assistência, de 20 de março de 1972, vários hospitais concelhios, entre os quais o Hospital desta Misericórdia.Na sua reunião de 27 de dezembro de 1973, a Mesa Administrativa deli-berou encarregar o senhor Arq. An-tónio Neves de elaborar um antepro-jeto para ampliação das seguintes instalações:- Face à crescente afluência de doentes a pretender internamento em quartos particulares, aos quais nem sempre se pode satisfazer por faltar vagas, o que os leva a recorrer a casas de saúde no Porto, foi deli-berado estudar-se a possibilidade de se prolongar os quartos existentes no sentido poente, sobre o local onde se encontra o serviço de urgência e, com essa ampliação, melhorar as ins-talações do serviço de Otorrino;

Novos legados e doações

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA ANOS DE HISTÓRIA

85- Aproveitar estas alterações para melhorar e ampliar as instalações do setor administrativo e sala de espera das Consultas Externas, bem como o serviço de Radiologia;- Colocar estas pretensões à consi-deração do Serviço de Utilização Co-mum dos Hospitais. A Misericórdia prosseguia, entretan-to, o seu esforço de revalorização do Património, conforme se pode in-ferir pelo excerto da ata da reunião da Mesa de 29 de março de 1973: “Construção de um imóvel na Rua Mouzinho de Albuquerque. O Lar Al-meida da Costa, possui um terreno, anexo ao prédio número quarenta, da Rua Mouzinho de Albuquerque, no qual a administração desta Ins-tituição pretende levar a efeito a construção de um imóvel para dois inquilinos. Presente à sessão o ante--projecto do referido imóvel, elabora-do pelo Arquitecto António Neves, foi deliberado encarregar esse técnico da elaboração do projecto definitivo, para posterior abertura de concurso”. Elaborado o projeto definitivo, proce-deu-se à abertura do concurso para a construção deste prédio, obra que foi adjudicada em reunião da Mesa Administrativa de 30 de agosto de 1973, a Agostinho Lopes Tavares, por Pte. 592.500$00. A Misericórdia con-tinuava a ser beneficiada com lega-dos e doações:• Na sua reunião de 31 de maio de 1973, a Mesa tomou conhecimento de que, por falecimento do benemé-rito Américo Teixeira de Magalhães, a Misericórdia foi contemplada com dez por cento do dinheiro que se en-contrasse depositado em seu nome nos Bancos e Casas Bancárias e quaisquer créditos, com exceção dos que estavam discriminados no testa-mento, com a obrigação de man-

dar rezar no dia 2 de julho de cada ano, uma missa de sufrágio. Todavia, na sua reunião de 28 de março de 1974, a Mesa Administrativa tomou conhecimento que os herdeiros por parte da esposa deste Benemérito discordavam daquela divisão, pelo que apresentaram uma contestação no Tribunal, tendo a Misericórdia sido notificada para contestar a ação que aqueles moveram à instituição. No dia 21 de janeiro de 1976, faleceu o benemérito Adriano Soares de Aze-vedo que, no seu testamento instituiu a Misericórdia de Gaia única e univer-

sal herdeira de tudo o quanto possuís-se à sua morte, sob a condição de o seu nome ficar, perpetuamente, ligada a uma enfermaria do Hospi-tal. Além de valores depositados em Bancos, deixou vários prédios e terre-nos, nas freguesias de Canelas e Gul-pilhares. Surgiu, entretanto, outro facto relevante na vida da Misericórdia: por determinação do senhor Subsecretá-rio de Estado da Saúde e Assistência, transmitida pela Circular Normativa n.º 5, da Direção-Geral da Assistência Social, de 6 de dezembro de 1971, esta Entidade ficou incumbida de promover as diligências necessárias

junto das instituições particulares, com vista à alteração das respetivas designações estatutárias sempre que as mesmas contivessem informações alusivas à situação de carência das pessoas assistidas e como tal suscetí-veis de acarretar estigmas de ordem psíquica e de obstar à sua desejada integração social. Nesse sentido, con-vidava as instituições a substituírem a palavra “Asilo para Velhos”, “Asilo de Mendicidade”, “Albergue”, etc., por “Centro de Bem-Estar para Pessoas Idosos”, “Mansão” e “Casa de Repou-so”. Como esta era já a pretensão da

Mesa e porque a palavra “Lar” não vinha mencionada naquela circular, mas já tinha sido autorizada para o “Lar José Tavares Bastos”, a Mesa Ad-ministrativa submeteu superiormente a vontade de dar a mesma designa-ção aos outros estabelecimentos, o que foi autorizado, pelo que, a partir de março de 1972, os estabeleci-mentos assistenciais da Misericórdia passaram a usar as seguintes deno-minações: LAR SALVADOR BRANDÃO – LAR ANTÓNIO ALMEIDA DA COSTA – LAR JOSÉ TAVARES BASTOS – CRECHE E JARDIM DE INFANCIA D. EMÍLIA DE JE-SUS COSTA.

Luís Marques Gomes (Mesário e Tesoureiro da Misericórdia de Gaia)

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O QUE ACONTECEU... SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

No último trimestre de 2014 os “miminhos” de muitos anó-nimos e entidades foram totalmente de encontro às ne-cessidades do CAT e desejos dos meninos. Momentos antes da época natalícia, o ginásio Boom Academy levou um “boom” de presentes para o CAT, dos quais se destacam vários bens de higiene e conforto, fru-to de uma campanha lançada aos seus sócios. O grupo de colaboradores da superfície comercial Jum-bo do ArrábidaShopping, o Centro de Cultura e Desporto da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e os alunos e colaboradores do Wall Street English entregaram roupa nova, bem como “aqueles” brinquedos especiais que as

crianças desejavam ter.A Mercearia da Carlota lançou uma campanha no mês de dezembro, conseguindo angariar um cabaz, uma ca-deirinha de refeição e alguns donativos. Os meninos do CAT receberam ainda a visita

das crianças do Infantário Fundação Couto e no dia 14 de dezembro foram convidados pela Academia do Ba-calhau do Porto para o seu Almoço de Natal, na Quinta da Boucinha. Como já é habitual, também os elementos da grande “família Misericórdia de Gaia” não se esqueceram dos meninos. Nesse sentido, os utentes e colaboradores do Equipamento Social Salvador Brandão conseguiram arre-cadar um valor que permitiu a aquisição de cadeirinhas

de refeição que faltavam para o CAT. Já os meninos da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa organizaram um Concerto Natalício, com a colaboração do Coro Juvenil de Mafamude, a partir do qual angariaram uma verba para colmatar algumas necessidades e proporcionar melhores momentos às crianças do Centro.

As crianças acolhidas pelo Centro de Aco-lhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia

(CAT) continuam a ser bastante acarinhadas pela comunidade.

Família CATA equipa do CAT, que diariamente trabalha para que pouco ou nada falte a estas crianças, continuou a preparar o melhor para cada momento. Na comemoração do Halloween não faltaram as decorações, atividades e sustos alusivos ao dia, assim como um almoço especial em alturas de despedida quando as crianças regressam para junto das suas famílias biológicas.

A comunidade continua a abraçar o CAT

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA O QUE ACONTECEU...

As crianças da Creche e Jardim de Infância receberam da melhor forma os utentes para celebrarem, em conjunto, o Dia de São Martinho.Os utentes fizeram uma encenação sobre a Lenda de São Martinho, tendo sido a melhor forma de explicar a história às crianças, bem como de proporcionar agradáveis momentos entre todos.Sempre que é possível, os profissionais da Misericórdia de Gaia tentam agilizar para que os mais velhos transmitam sabedoria às crianças, e os mais novos “forneçam” a sua energia e boa disposição aos mais velhos. Uma associa-ção em que todos, mesmo todos, ficam a ganhar.

No passado dia 11 de no-vembro, utentes do Equipa-mento Social António Almei-da da Costa e as crianças da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa vi-veram em conjunto o Dia de São Martinho.

R. Almeida Costa, 151, 4400-013 Vila Nova de Gaia

Tel. 223799110 - [email protected]

"Porque a BRINCARestou a APRENDER"

Dia das BruxasMedo, muito medo foi o sentimento, a brincar, vivi-do na Creche e Jardim de Infância em pleno Dia das Bruxas. As crianças vestiram-se a rigor para pro-vocar o medo nas suas educadoras e auxiliares, e dedicaram o dia a praticarem várias travessuras e brincadeiras.

Vivência de São Martinho juntou gerações

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Encontro de CorosNo dia 5 de dezembro realizou-se o encontro anual de Coros na ERCD em que os utentes de cada equipamento da terceira idade da Misericórdia de Gaia cantaram e coreografaram agradáveis melodias de Natal alusi-vas ao nascimento do Menino Jesus.

O QUE ACONTECEU... SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

O momento de convívio aconteceu no passado dia 3 de outubro numa tarde de chá e de música bastante agradá-vel. Os acordes de piano da responsabilidade da residente Alice Jorge deram um toque especial a um encontro de convívio, união e amizade. A poesia também não faltou com a recitação e boa disposição do residente Fernando França: “Com a nossa atitude mostramos entre nós grande amizade. Saudemos para comemorar. Brindemos para festejar”. É prática comum na Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia promover o convívio e a união entre os utentes dos vários Equipamentos Sociais da instituição em atividades conjuntas, em que não há diferenças, nem separações, mas sim a promoção de partilha e a troca de experiências entre todos.

Tertúlia da amizadeA Estrutura Residencial Conde das Devezas e os seus residentes abriram as portas do seu salão de chá para receberem os utentes de todos os equipamentos sociais da Misericórdia de Gaia.

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9A palestra foi dinamizada pelo nu-tricionista da Misericórdia de Gaia, Carlos Leite, que num ambiente descontraído e ao gosto dos uten-tes deu-lhes várias explicações sobre como a alimentação pode contribuir para um envelhecimento com êxito. “A alimentação é responsável por cerca de 98% das doenças”, referiu o nutricionista. Carlos Leite explicou que muitas das queixas sobre a ali-mentação que são apontadas nos lares de terceira idade devem-se a vários fatores biológicos, como a di-minuição de alguns sentidos: visão, olfato, paladar. “O cozido à portu-guesa que comemos hoje não tem o mesmo gosto que tinha há 20 anos”, esclareceu.Um outro aspeto realçado pelo nu-tricionista é a necessidade de se ter uma alimentação equilibrada diaria-mente e “abusar” nos dias de festa. “Tudo o que ingerimos é transforma-do em energia”. No entanto, Carlos Leite também frisou que só se deve ingerir alimentos nas proporções ne-cessárias. “A maioria das pessoas nos lares come mais do que é devido, porque os pratos são constituídos com as quantidades que ingeriam

quando estavam na idade ativa, mas agora gastam menos energia”, reiterou.Carlos Leite falou ainda da importân-cia de mastigar bem os alimentos antes de serem ingeridos, da impor-tância da variedade dos alimentos e quantidades a ingerir nesta faixa etá-ria em que se deve comer em maior quantidade vegetais, frutas, cereais, leguminosas, azeite, meio litro de lei-

te por dia e que, em muitos casos, à noite o mais aconselhável é uma ali-mentação ligeira, como sopa e fruta, e leite com bolachas à ceia.O nutricionista disse que na terceira idade, deve-se privilegiar os cozidos e estufados, porque os nutrientes es-tão mais disponíveis e os alimentos ficam mais macios, facilitando no caso da falta de dentes e das próte-

ses dentárias.Segundo o profissional, a cor, o chei-ro, o paladar, tudo conta para que um prato seja prazeroso, mas o pro-blema está na condimentação: “Te-mos recomendações para baixar-mos os níveis de sal, porque somos um dos países do mundo em que existe mais tromboses por excesso de sal”. Carlos Leite disse que o mo-mento da alimentação deve ser algo prazeroso, útil para a estrutura física de cada um e um momento de con-vívio. Foi ainda referido que no con-texto institucional os utentes fazem as refeições em conjunto, promovendo--se o convívio e os comentários, posi-tivos e negativos, sobre a comida “e também se deve tirar partido disso”.As dúvidas e os comentários não faltaram com uma plateia bastante atenta e interessada no tema, bem como o nutricionista apelou para que os utentes lhe façam chegar as suas queixas sobre a alimentação, mas também sugestões de pratos que gostassem de comer para serem va-lidados, segundo as leis da alimenta-ção racional, e desta forma, agradar a todos os que são “bons garfos”, e não só, na Misericórdia de Gaia.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA O QUE ACONTECEU...

Dia Mundial da

Alimentação: Alimentação

com êxito

Na semana em que se assinalou o Dia Mundial da Alimentação, o Equipamento Social António Almeida da Costa (AC), da Misericórdia de Gaia, comemorou a data com uma palestra para os seus utentes sobre “Envelhecimento com Êxito”.

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O QUE ACONTECEU... SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

O dia festivo no Equipamento Social Salvador Brandão (SB) reuniu dezenas de pessoas num almoço bastante emotivo.A diretora do equipamento, Irene Fontoura, fez questão de agradecer em mais um ano de vida do SB, o trabalho dedicado de todos os co-laboradores, desde o pessoal da re-ceção, transporte, de animação so-ciocultural, cozinha, auxiliar de ação direta, auxiliar de serviços gerais, res-ponsáveis pelas valências de Centro de Dia e Apoio Domiciliário, lavanda-ria e equipa de enfermagem. A dire-tora agradeceu também a todos os que não estando, fisicamente, no SB trabalham, diariamente, para o seu bom funcionamento, destacando a presença das voluntárias, da res-

ponsável de Divisão da Ação Social, Célia Rodrigues, da responsável pelo Serviço de Qualidade, Maria das Do-res, e da diretora técnica da Farmá-cia da Misericórdia de Gaia, Renata Rosa que também marcaram pre-sença neste evento.Como já é habitual da “casa Sal-

vador Brandão” os seus membros fazem questão de pautar esta data com uma prenda para as crianças do Centro de Acolhimento Temporá-rio N.ª Sr.ª da Misericórdia (CAT). O SB angariou mais de 400,00€ para aju-dar os meninos de CAT no que mais precisarem. O gesto de solidarieda-de entre os equipamentos sociais da Irmandade é um exemplo do amor e união que existe na Misericórdia

de Gaia. No entanto, o aniversarian-te também recebeu uma prenda. O utente Arménio Leite fez questão de oferecer ao equipamento um conjunto de loiça para as refeições de todos os utentes. Mais um exem-plo de solidariedade e gratidão de quem é acolhido no SB.No dia de aniversário do equipamen-to, cantou-se também os “Parabéns a Você” à utente Rosa Silva, que completou 90 anos de vida.O dia começou com uma celebra-ção Eucarística animada pelos uten-tes. A festa teve a atuação do Rancho Folclórico do Porto que contagiou to-dos os presentes, principalmente os utentes, que não pouparam as suas vozes, palmas e passos de dança no acompanhamento do rancho.

Caminhada do AdventoA comunidade do Equipamento Social Salvador Brandão, respondendo à men-sagem do Bispo D. António Francisco, da diocese do Porto, vivenciou a cami-nhada do Advento seguindo o lema: "Uma casa para a alegria do Evangelho". As sessões realizaram-se às segundas-feiras na capela do Salvador Brandão, dinamizadas pela colaboradora Maria do Céu Guia.

Nunca antes a capicua 18 / 81 fez tanto sentido: O Equipamento Social Salvador Brandão completou, no passado dia 18 de outubro, 81 anos de vida com muita solidariedade e amor.

81.º Aniversário:Um exemplo de amor e união

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As sessões decorreram no mês de outubro e culminaram com um Festival da Canção que resultou do trabalho conjunto entre os pro-fissionais da Casa da Música, estudantes de música da Escola Superior de Educação e os utentes do Equipamento Social Tava-res Bastos.

Os técnicos do projeto, Paulo Neto e Bruno Estima, ensaiaram músicas de acordo com o gosto e conhecimento dos utentes. Os utentes interpretaram vários temas da sua juven-tude e ficaram sobre o escrutínio da colaboradora auxiliar de geriatria Ana Raquel e do utente Óscar Carvalho que desempenharam o papel de jurados.Os utentes não esconderam a satisfação de frequen-tarem estas tardes musicais e do resultado final na sua “casa”.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA O QUE ACONTECEU...

“A Casa” foi ao Tavares Bastos

Aprender profissões de forma divertidaAs profissões serviram de mote para um novo encontro intergeracional entre os utentes do Equipamento Social TB e as crianças do Infantário Casa do Povo, da Madalena. No passado dia 29 de outubro, as crianças apresentaram uma música coreografada com a intervenção da utente Amândia Simões que interpretou o papel de “Dona Anica”. Muitas das profissões referenciadas na música foram executadas, ao longo da vida, pelos utentes do equipamen-to, como as de Lavadeiras, Costurei-ras, Sapateiros, Jardineiros…

Os 26 anos da reabertura do Equipamento Social Tavares Bastos foram celebrados com uma anima-da festa, organizada pelos utentes e colaboradores do equipamento. A festa contou com uma encenação alusiva ao amor e carinho como os utentes são tratados pelos colabo-radores, bem como ao amor e ca-rinho por que os utentes passaram noutras fases das suas vidas. Foram momentos de música, sorrisos e emoção.

26 Anos de Cuidado

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O QUE ACONTECEU... SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

No Equipamento Social António Almeida da Costa (AC), a instituição propor-cionou uma tarde de Fado que foi do pleno agrado dos utentes.

Apesar de algumas dificuldades físicas, os utentes do equipamento não pouparam esfor-ços para, de pé, aplaudirem os fadistas Isabel Maria e Miguel Cardoso, acompanhados gra-ciosamente à viola por Jorge Serra e à guitarra por António Marranque.A condução do espetáculo ficou à responsa-bilidade do Mesário do equipamento na altu-ra, Jorge Soares, que também contribuiu com a sua voz para alegrar o dia dos muitos uten-tes, colaboradores e voluntários.

O Dia Internacional do Idoso foi celebrado, no passado dia 1 de outubro, em todos os equipamentos sociais da Misericórdia de Gaia com música, a propósito de ter sido também o Dia Mundial da Música.

Dia do Idoso e da Música em festa

A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia e o Wall Street English de Gaia assinaram, no passado dia 14 de outubro, um protocolo de parceria.Misericórdia e o instituto de inglês têm uma relação de proximidade de há alguns anos que se veio a estreitar com a formalização desta parceria. O pre-sente protocolo traduz-se em benefícios para todos os utentes, colaboradores

e seus familiares, voluntários, elementos dos órgãos sociais e Irmãos da Misericórdia de Gaia em frequentarem os cursos do Wall Street English com condições bastante especiais. O Wall Street English ministra cursos de Inglês Geral, Avançado e de Negócios para alunos a partir dos 17 anos. O início e ritmo da formação realiza-se de acordo com a disponibilidade do aluno, podendo frequentar as aulas multimédia e presenciais com professor. O ensino de aprendi-zagem é adaptado e ao ritmo de cada aluno com garantia de resultados.

WSE e Misericórdia de Gaia parceiros

A Conta de Exploração Previsional e do Orçamento de Investimentos e Desin-vestimentos, bem como o Plano de Atividades para o exercício de 2015 foram aprovados na Assembleia Geral da Misericórdia de Gaia, no passado dia 12 de novembro com 4 abstenções. Segundo o diretor-geral, está previsto para os investimentos um financiamento, através de capitais alheios de 1.200.649,48€, e através de subsídios de 1.031.305,85€. Foi ainda apresentada e votada a pro-posta da Mesa Administrativa de concessão da dignidade de Irmão Beneméri-to, a título póstumo, ao coronel José Bernardo Zeferino, que foi utente da Estrutura Residencial Conde das Devezas, e a proposta para a concessão da dignidade de Irmão Honorário a D. Manuel da Silva Martins, Bispo Emérito de Setúbal.

Assembleia Geral

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O Salão Nobre da Misericórdia de Gaia ficou repleto de convidados que assis-tiram ao lançamento da obra “António Almeida da Costa – Industrial Humanista Filantropo”. Esta obra é uma homena-gem ao benemérito da instituição – An-tónio Almeida da Costa – pelo seu per-curso de vida de homem de trabalho, de negócios, mas, sobretudo, de forte cariz social, uma vez que durante toda a vida ajudou os seus colaboradores e os mais desprotegidos da sociedade. É a história de vida e de sucesso deste ilustre que a obra “António Almeida da Costa – Industrial Humanista Filantropo” retrata e que agora passa a estar disponível a toda a comunidade. “António Almeida da Costa – Industrial Humanista Filantropo” foi apresentado pelo professor e historiador Gonçalves Guimarães.“Esta biografia centra-se em pontos sólidos, procurou dar-nos uma descrição credível, mas nem por isso menos atraente na leitura e na descrição da pes-soa e dos factos”, referiu o historiador, frisando que não existem muitas biogra-fias de gaienses, sendo, por isso, um grande contributo da parte do escritor e da Santa Casa.

O autor afirmou publicamente que os valores apurados com a venda da sua obra revertem para a Misericórdia de Gaia no sentido de “auxiliar financeiramente na meritória obra que pratica em prol dos mais desfavorecidos”. “Enri-queceu, mercê do seu trabalho, mas usou a sua riqueza para ajudar os seus

colaboradores e as pessoas que mais necessitavam de auxílio”, relatou, ter-minando a sua intervenção com um bem-haja ao benemérito pela sua li-ção de vida e de solidariedade. Esta obra teve o grande patrocínio da Fun-dação Montepio. O valor do livro é de 20,00€.

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA O QUE ACONTECEU...

Obra de homenagem ao benemérito António Almeida da Costa

A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia e o es-critor Fernando Correia apresentaram, no passado dia 29 de novembro, a obra “António Almeida da Costa – Industrial Hu-manista Filantropo”.

A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia homena-geou, no passado dia 29 de novembro, Dom Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal.

Justa Homenagem a Dom Manuel Martins

O provedor Joaquim Vaz marcou um dos últimos momentos como provedor da instituição com a atribuição de dignidade de Irmão Honorário a Dom Ma-nuel Martins pelo respeito que lhe era devido por várias razões.Uma dessas razões é a atenção que dedicou “aos pobres, aos desemprega-dos e às famílias sem trabalho e sem pão, sendo uma voz presente em todas as situações que lhe pediam apoio e proteção”.

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A obra que apresenta as histórias de vida de muitos uten-tes dos diferentes Equipamentos Sociais da terceira idade da Misericórdia de Gaia, e não só, foi apresentada na presença das “estrelas” deste livro.A apresentação da obra foi da responsabilidade de Do-mingos Queirós, que exerceu as funções de médico num dos equipamentos da Instituição e cujo testemunho tam-bém está presente em “Tanto ainda por dizer”.“Foi para mim uma grande alegria ter recordado os tem-

pos vividos, desde a minha infância até à minha escolha pela medicina”, re-velou. “O testemunho de todas as pessoas deve ser lido com cuidado”, referiu, acrescendo que “os testemunhos completam-se uns aos outros”. Domingos Queirós recomendou ainda que esta obra seja lida, sobretudo, pelos mais jo-vens. Na apresentação, a autora Maria do Céu Moura agradeceu aos utentes por “acreditarem, por alguns terem falado pela primeira vez de coisas que nunca antes tinham falado”.“Através do seu olhar, conseguia ver a fotografia do seu passado”, reiterou.

Segundo a autora, esta obra é uma “viagem no tempo de cada testemunho de vida. Todos diferentes, em comum, as suas histórias, recheadas de aconte-cimentos diversificados e únicos”. “Tanto ainda por dizer” vai ser um dos livros a constar na Biblioteca do Arquivo e Centro de Documentação da Misericórdia de Gaia.

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O QUE ACONTECEU... SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

“Tanto ainda por dizer”

“Tanto ainda por dizer”, da autora Maria do Céu Moura foi oficialmente apresentado no Arquivo e Centro de Documentação da Mi-sericórdia de Gaia, no passado dia 6 de de-zembro.

Joaquim Vaz não tem dúvidas de que Dom Manuel Martins despertou as “consciências adormecidas e de-satentas, anunciou a Ressureição de Jesus Cristo”, e comparou-o ao Papa Francisco pela sua ação.Dom Manual Martins saudou todos os que constituem a Santa Casa da Misericórdia e que estão ligados à “alma e ao trabalho da instituição”. “Fico muito honrado com esta ho-menagem da Santa Casa da Miseri-córdia de Vila Nova de Gaia que me veio lembrar que a minha missão é ser sempre um operador da verda-deira Misericórdia que é Deus nosso Senhor”, expôs o Bispo Emérito de Se-

túbal. Num discurso simples, como se estivesse em sua casa, como referiu, D. Manuel Martins prestou também homenagem ao provedor da Miseri-córdia de Gaia que cessou funções, Joaquim Vaz, “pelo trabalho que rea-lizou e pelos verbos que conjugou que foram o servir e o trabalhar, para além de o ter feito com advérbios de boa vontade, de preocupação, de sensibilidade, de presença, de amor”. O Bispo Emérito de Setúbal saudou ainda o provedor eleito para o qua-driénio 2015/2018, Artur de Almeida Leite, e focou a essência de ser pro-vedor de uma Santa Casa: “Ser pro-

vedor de uma Santa Casa exige uma entrega inteira e uma preocupação permanente por todos”.D. Manuel Martins falou do seu per-curso, da sua ligação a Gaia, mas centrou a sua intervenção e a ho-menagem que recebera na ação social: “Estas instituições, ajudando as pessoas, estão a realizar uma obra humanista e evangélica”.“Uma das obras mais importantes é ajudar as pessoas a serem gente, a tomarem consciência que são gen-te, que têm dignidade, que são ci-dadãos, a construir a própria socie-dade”, reiterou.

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA O QUE ACONTECEU...

Dos Irmãos que se dirigiram, no passado dia 23 de novembro, à urna da instituição, 194 votaram na Lista A e 241 vo-taram na lista B. A forte adesão ao ato eleitoral não deixa margem para dúvidas de que os Irmãos da Misericórdia de Gaia pretendem dar um novo rumo à instituição com a liderança de Artur Almeida Leite. De acordo com o Decreto-Lei n.º 172-A/2014, que entrou em vigor no dia 17 de novembro, diploma que altera o Es-tatuto das Instituições Particulares de Solidariedade Social, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 119/83, os Corpos Gerentes eleitos permanecem à frente dos destinos da Misericórdia de Gaia durante 4 anos. Além da alteração da periodicida-de de mandatos que passou de um triénio para um quadriénio, outra alteração verificada é a limitação de execução de três mandatos consecutivos, não se abrangendo os mandatos já exercidos ou em curso.

Artur Leite é o novo provedor daMisericórdia de Gaia

A Lista B é a grande vencedora do ato elei-toral para os Corpos Gerentes 2015/2018 da Misericórdia de Gaia.

ATO ELEITORAL - QUADRIÉNIO 2015/2018

As Jornadas realizaram-se no passado dia 30 de outubro, no Auditório do Parque Biológico de Gaia e contou com a presença do psiquiatra da instituição, José Fernandes Costa, que abriu o painel “Comunicações: Experiências de Intervenção Social no Concelho”. Fernandes Costa contex-tualizou a realidade da Misericórdia de Gaia, bem como das pessoas que sofrem de demência, focando, principalmente a doença de Alzheimer. Estas Jornadas inseriram-se no conceito de “Gaia em rede maior” que visa o estabelecimento de parcerias entre o Município e instituições de solidariedade do Concelho direcionadas para o envelhecimento da população.

A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia foi uma das entidades presentes nas Jornadas de Envelhecimento: “Nova configu-ração e novos desafios para as respostas so-ciais”, promovidas pelo Município de Gaia.

Misericórdia de Gaia presente nasJornadas de Envelhecimento

O momento contou com a presença da vereadora da Câmara de Gaia, Elisa Cidade que afirmou publicamente que a Academia Sénior de Gaia é considerada um investimento da parte do Mu-nicípio, realçando ainda o esforço conjunto com a Misericórdia de Gaia na organização desta Academia. Os caloiros fizeram o juramento e receberam o seu cartão único. O evento terminou com a atuação do grupo de folclore da Academia Sénior e com um agradável Magusto.

A Academia Sénior de Gaia recebeu os seus novos caloiros no passado dia 14 de novembro no Pavilhão Joaquim de Oliveira Lopes.

Academia Sénior:Receção ao Caloiro

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TOMADA DE POSSE SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

O dia 12 de dezembro de 2014 mar-ca mais um momento histórico na vida da Misericórdia de Gaia. Após o cumprimento de dois mandatos consecutivos, Joaquim de Lima Mo-reira Vaz entrega o destino da Mise-ricórdia de Gaia ao provedor eleito, Artur Almeida Leite. Os novos órgãos sociais empossados são constituídos por elementos com longos anos de experiência e provas dadas, quer na Irmandade, quer na comunidade e

no País. O provedor da Misericórdia empossado mostrou-se confiante em aceitar o desafio de fazer mais e melhor pela instituição: “Assumimos a responsabilidade de fazer o me-lhor que sabemos com a convicção de que teremos capacidade para levar esta missão a bom porto”. Na sua intervenção, Artur Almeida Leite

deu ênfase à necessidade de moti-vação de todos os que constituem a Misericórdia de Gaia, desde os uten-tes aos colaboradores da instituição e garantiu que o “atual momento é para unir”. Joaquim Vaz dirigiu palavras de in-centivo aos novos órgãos sociais e de agradecimento pelo trabalho realiza-dos aos órgãos cessantes: “Os Irmãos que se disponibilizaram para a SERVIR durante estes seis anos assumiram a sua administração com afinco e determinação e, por isso mesmo, deixam um testemunho de intenso trabalho, com obra realizada e que, sendo passado, fica como um lega-do muito importante para as futuras gerações”.O presidente do Secretariado Na-cional da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) felicitou os novos órgãos empossados. Manuel Lemos alertou também para os “tempos di-fíceis” que se vivem e realçou que “é, por isso, um ato de coragem ousar fazer parte dos órgãos de uma insti-tuição como as Misericórdias”. O pre-sidente da UMP referiu que o desafio para os novos órgãos é “fazer mais com menos” e que poderão contar

com a ajuda da UMP. Manuel Lemos frisou que a “Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia é uma grande instituição” e agradeceu aos órgãos sociais ces-santes o trabalho que realizaram nos últimos mandatos: “Estar ao serviço dos valores da misericórdia o tem-po que estão é sempre matéria de agradecimento”. Na cerimónia de Tomada de Posse dos órgãos sociais, o presidente da Câmara Municipal

Novos órgãos da Misericórdia de Gaia empossados

Manuel Lemos, Presidente da UMP

Os novos órgãos sociais da Misericórdia de Gaia foram empossados no passado dia 12 de dezembro e contaram com a presença e apoio do presidente da UMP Manuel Lemos.

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA TOMADA DE POSSE

Presidente Efetivo da Mesa da Assembleia Geral, Artur Lopes Cardoso

Presidente Suplente da Mesa da Assem-bleia Geral, Manuel Barbosa Leão

Primeiro Secretário da Mesa da Assem-bleia Geral, José Cunha Barros

Secretário Suplente Arnaldo Ribeiro

Artur Almeida Leite – Provedor daMisericórdia de Gaia para o

quadriénio 2015/2018Artur Almeida Leite, de 67 anos de idade e quase 40 anos como Irmão da Misericórdia de Gaia, é natural de Valadares, tendo sido proposto, por um antigo mesário da instituição, como Irmão da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia a 10 de abril de 1975. No mesmo ano, fruto da relação de proximidade que tinha com o equipamento social Creche e Jardim de Infân-cia D. Emília de Jesus Costa e que era frequentado pela sua filha mais velha, Artur Almeida Leite foi convidado para integrar uma lista única para os órgãos sociais da instituição, tendo tomado posse como mesário em fevereiro de 1976. Anos mais tarde, em 2008, Artur Almeida Leite é novamente convidado para servir a instituição, assumindo a função de vice-provedor na Mesa Ad-ministrativa, a convite de Joaquim Vaz. De acordo com a decisão tomada pelos Irmãos da Misericórdia de Gaia, em Assembleia Geral Extraordinária, do dia 12 de novembro de 2014 e que ditou a possibilidade dos elementos dos órgãos sociais da instituição poderem candidatar-se a um novo mandato, Artur Almeida Leite entrou no processo eleitoral, apresentando a Lista B que foi a eleita pelos Irmãos para dirigir os destinos da Misericórdia de Gaia para o quadriénio 2015/2018.

Secretário Suplente, Cassimiro Rodrigues Sousa

Segundo Secretário da Mesa da Assembleia Geral, Vítor Cerqueira

teceu elogios ao trabalho social que tem sido desenvolvido pela institui-ção e felicitou os elementos empos-sados. Eduardo Vítor Rodrigues de-fendeu a importância da realização de um trabalho em rede no Municí-pio, com base no diálogo e respei-tando a autonomia das instituições. “Importa-nos assumir um trabalho conjunto, discreto, humilde, simples e eficaz, porque a Misericórdia de Gaia precisa, neste momento, de eficá-cia”, acrescentou. O edil referiu ainda que as Misericórdias “sendo institui-ções privadas, cumprem um desíg-nio público que muitas das institui-

ções públicas não cumprem. Fazem mais pelos cidadãos do que muitas instituições públicas”. Na cerimónia, marcaram ainda presença o bispo auxiliar do Porto, D. João Lavrador, a diretora do Centro Distrital do Porto da Segurança Social, Ana Venâncio, a diretora adjunta do ACES Gaia, Isabel Chaves Castro, várias entidades civis, militares e religiosas, provedores de outras Misericórdias, irmãos, utentes, residentes e colaboradores da San-ta Casa. Os novos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia assumiram os desti-nos da instituição para o quadriénio

2015/2018 no passado dia 12 de de-zembro.

O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues

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TOMADA DE POSSE SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

Mesário Suplente Mário Rui

Presidente do Definitório, Manuel Carun-cho Sá

Membro do Definitório, Manuel Chaves da Silva

Membro Suplente do Definitório, Joaquim Dias Monteiro

Membro Suplente do Definitório, Alcino Lopes dos Santos

Mesária Maria Luísa Dantas

Mesário José Urbano

Mesário e Secretário Joaquim Eduardo Sá

Mesário Mário Fontemanha

Mesário Suplente Fernando Ferreira

Provedor Artur Almeida Leite

Vice-Provedor António Carlos Teixeira

Mesário e Tesoureiro Luís Marques Gomes

Mesário Filipe Ramos

Mesária Inácia Barbosa Leão

Natal

Intergeracional

Natal na

Residencial

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA NATAL

Este ano, aos utentes do Equipamento Social da terceira idade António Almeida da Costa juntaram-se as crianças do Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia para uma grande festa de Natal, onde foram abordados os temas da meninice, velhice e união.

FESTAS DE NATAL

Fique a conhecer as festas de Natal que aconteceram nos equipamentos e

unidades da Misericórdia de Gaia.

O Equipamento Social Salvador Brandão abriu o ciclo das Festas de Natal dos Equipa-mentos da Misericórdia de Gaia onde não faltou música, dança, encenação e muita emoção. O espetáculo foi realizado, com um esforço adicional, pelos colaboradores, utentes e familiares, tendo sido uma agradável surpresa para a direção do Equipa-mento e da Misericórdia de Gaia.

Surpresa

de Natal

Natal

Intergeracional

Natal na

ResidencialA Estrutura Residencial Conde das Devezas preparou uma emotiva encenação de Natal para os seus residentes e convidados, que transmitiu as ideias de luta, coragem, força, mas também de

alegria e paz com um desfile alusivo ao nascimento do menino Jesus.

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NATAL SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

A Misericórdia de Gaia ofereceu aos filhos dos seus colaboradores a possibilidade de assistirem ao espetáculo Hakuna Matata que se realizou no Pavilhão Joaquim de Oliveira Lopes.

Espírito

Natalício

O Equipamento Social Tavares Bastos realizou uma festa de Natal com a participação de utentes e colaboradores do equipamen-to, promovendo momentos especiais de espírito natalício.

Concerto

Solidário

A Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa organizou, com a colaboração do Coro Juvenil da paróquia de Mafamude, um Concerto de Natal Solidário. Mais uma vez, o espetáculo superou todas as expectativas e as receitas do mesmo reverteram a favor das crianças do Cen-tro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da Misericórdia.

Hakuna

Matata

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA ENTREVISTA

A Ângela Faria quando entrou para a Misericórdia de Gaia, ainda muito jovem, assumiu logo um lugar na di-reção técnica…Comecei a trabalhar na Misericórdia de Gaia em janeiro de 1992 e iniciei funções como diretora do Equipa-mento Social Salvador Brandão. Fe-lizmente, sou da época em que se terminavam os cursos e havia facili-dade de integração no mercado de trabalho. Lembro-me de passados poucos meses de me licenciar ter trabalhado na Associação de Mora-dores do Bairro do Aleixo e, mais tar-de, no Centro Social de Miragaia, até ser contactada para uma entrevista na Misericórdia de Gaia.E não a assustou entrar logo na insti-tuição como diretora técnica?Assustou bastante, porque na facul-dade não aprendemos funções de direção. O que me assustou mais não foi o serviço propriamente dito, mas sim o facto de ainda ser uma estrutura de asilo. Pensava que já não existiam estruturas desse género. O facto de ter trabalhado desde os meus 18 anos em várias áreas deu--me mais bagagem e segurança no meu trabalho como assistente social. Depois do Equipamento Salvador Brandão, seguiram-se outros…Passado um ano e meio assumi a direção técnica no Equipamento Social António Almeida da Costa. Em 2000 passei a chefe do Departa-mento de Intervenção Comunitária, atualmente designado de Serviço de

Ação Social, e, em 2009, a Mesa Ad-ministrativa da Misericórdia de Gaia convidou-me para ser diretora téc-nica da Estrutura Residencial Conde das Devezas, onde permaneci até março de 2011, momento em que renunciei as minhas funções por mo-tivos de saúde.Atualmente está a chefiar o Serviço de Ação Social (SAS). Pode-nos expli-car em que consiste?O SAS é responsável pela receção de candidaturas para a resposta social de internamento e procede à sele-ção de candidatos e à organização dos respetivos processos para ocu-pação de vagas existentes na referi-da resposta. O Serviço faz a gestão do Banco de Material de Ajudas Téc-nicas, procedendo ao empréstimo de material como cadeiras de rodas, camas articuladas e andarilhos. É ainda realizado atendimento e apoio à comunidade. Com o fim do apoio mensal que a Câmara de Gaia pres-tava ao SAS, em 2002, para ajudar a comunidade em medicamentos, e atendendo às necessidades verifi-cadas, o Serviço teve de direcionar a verba disponível, que sofreu uma grande redução, somente para o apoio em leite e medicamentos para bebés recém-nascidos e mulheres grávidas. Devo ainda referir que todo o trabalho que fazemos no Serviço é sempre em parceria com outras ins-tituições, como as Juntas de Fregue-sia, a Câmara de Gaia, as equipas de Rendimento Social de Inserção, o

CHVNG/E, o CPCJ...Quando não conseguem dar respos-ta há o reencaminhamento para es-ses parceiros, certo?Exatamente. Trabalhamos sempre em parceria, porque só assim é pos-sível o devido acompanhamento das situações.Existe uma colaboração muito estrei-ta entre o SAS e o grupo de Voluntá-rias da Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus Costa…O grupo de Voluntárias da Creche tem cooperado muito com este Ser-viço, através da entrega de roupas e até mesmo pela relação forte que estabelece com os nossos utentes. As nossas voluntárias são pessoas que têm um enorme respeito pelos outros e criam empatia com os utentes que lhes reencaminho. Alguns dos nossos utentes, mesmo quando deixam de beneficiar de apoio do SAS conti-nuam a visitar as voluntárias não só para receberem roupa, se precisa-rem, mas também porque sentem a necessidade de serem ouvidos sem serem julgadas. Sempre que verifico que há uma necessidade pontual, como já aconteceu em relação a cobertores, um microondas, caba-zes de alimentos, solicito também a ajuda, quer do grupo de Voluntárias, como do grupo de jovens da paró-quia de Mafamude, que conseguem fazer pequenos milagres (risos).

“Uma das situações em que damos prioridade é o caso das

pessoas sem retaguarda familiar”Ângela Faria é chefe do Serviço de Ação Social da Miseri-córdia de Gaia e já assumiu funções de diretora técnica nos Equipamentos Sociais Salvador Brandão e António Almeida da Costa e na Estrutura Residencial Conde das Devezas. Não cabem nas mãos de Ângela Faria as histórias e emo-ções que viveu em mais de duas décadas na Instituição.

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA ENTREVISTA

Nota-se uma maior procura do SAS por parte dos chamados “pobres en-vergonhados”?Sim, procuram-nos muito mais. São pessoas que já tiveram uma vida perfeitamente organizada. Neste momento, verifico esse aumento não só no atendimento das pessoas com necessidade económica, mas também quando faço os processos de candidatura dos idosos para inter-namento. Raro é o caso em que os filhos dos possíveis utentes não estejam em si-tuação de desemprego. Muitas destas pessoas têm recorrido ao Programa de Emergência Alimen-tar…Presentemente, muitos beneficiárias de RSI que até há pouco tempo tra-balhavam, ficaram desempregados, viram terminar o período de benefí-cio do subsídio de desemprego e caíram na medida de RSI, que é a úl-tima alternativa. Estas pessoas estão a recorrer às cantinas sociais, mas com muita vergonha. Tenho casos em que as pessoas saem daqui a chorar, porque sentem que é uma humilhação. Estamos a dar 3 mil refeições mensais em 2 Equipamentos Socialis e temos, infe-lizmente, uma grande lista de espera, o que revela que este apoio é neces-sário, mas poderia ser feito de outra forma.Quer explicar-nos melhor?O facto das pessoas levantarem a re-feição já confecionada é tirar-lhes a sua autonomia. Considero que deveria haver a possi-bilidade de adquirir a refeição pelas cantinas sociais e/ou serem entre-gues Cheques Alimentares, mediante o agregado em avaliação, ou seja, seria entregue um determinado valor em que as pessoas pudessem ir aos supermercados levantar os géneros alimentares. Relativamente à resposta de Interna-mento, qual é a tendência? Verifica-se o aumento da faixa etá-ria dos candidatos. Infelizmente, as pessoas recorrem ao pedido de in-

ternamento já no limite, em situações em que o idoso está no hospital, vai ter alta e precisa de ir para o lar. Ou quando os filhos apercebem-se que o idoso começa a ter mais dificulda-des. O envelhecimento dos candi-datos levanta outras questões, como o facto dos cuidadores, que são na

sua maioria os filhos, serem também já idosos e o facto da maioria dos candidatos que recebemos terem problemas de demência. E para os quais não existe uma res-posta à medida…Não, porque os utentes com demên-cia têm necessidades especiais, dis-tintas dos demais idosos. Quando se fala de demência é pre-ciso ter colaboradores com outra preparação, infraestruturas adequa-das… Mas não existindo, é a resposta possível que se consegue dar. No en-tanto, esta situação é uma sobrecar-ga tremenda para os outros utentes que não têm o mesmo quadro clíni-co.Fala-se muito do abandono dos ido-sos por parte dos familiares. Qual a sua opinião sobre este assunto?Não concordo plenamente quando se diz que há abandono de idosos. Acho que há cortes da relação fami-liar ao longo da vida. Quando conhecemos o idoso e a família, vamo-nos apercebendo dos respetivos percursos de vida. Há ido-sos que foram pais e mães muitas ve-zes agressores, o que é complicado para alguns filhos esquecerem. E nes-ta fase da vida em que os idosos ne-cessitam de mais apoio, esses filhos não serão os melhores cuidadores, porque não conseguem esquecer-se das mágoas do passado, querendo somente fazer o mínimo para terem a consciência tranquila. As pessoas chegam ao SAS com a ideia de que conseguem vaga para internamento com rapidez? As pessoas quando recorrem à inscri-ção em lar pensam que não existe lista de espera. Só quando estão nas

situações é que se percebem das dificuldades e das ausências de res-posta. Em 2014 só foram admitidas nas 3 unidades sociais 43 pessoas, que é uma gota d´água para a lista de espera existente. Um dos motivos que faz com que a nossa lista de espera seja eleva-da é o facto das pessoas poderem candidatar-se a internamento com base no seu rendimento e da pos-sível comparticipação familiar, ou seja, estamos recetivos a qualquer situação socioeconómica que nos possa surgir.E a ideia de que é muito caro?As pessoas têm a ideia de que é pre-ciso dar um valor de entrada. Não é. O nosso regulamento não o prevê. Se as pessoas fizerem pesquisa por outras Misericórdias e IPSS̀ s podem verificar que em vários casos já existe um valor fixo de mensalidade que é cerca de 970 euros e que não acei-tam a inscrição se a pessoa não tiver condições económicas para esse efeito. Temos também esse valor de referência, que é o que a União das Misericórdias Portuguesas entende que é o ideal para a instituição poder suportar os custos com o respetivo utente, mas na Misericórdia de Gaia o que conta para efeitos de candida-tura é o rendimento do candidato e a possível comparticipação familiar. Uma das situações em que damos prioridade é o caso de pessoas sem retaguarda familiar.Ao longo destes anos na Irmandade, certamente que já passou por situa-ções marcantes. Quer contar-nos al-guma?O luto. Quando trabalhamos nos la-res, temos de fazer o luto com algu-ma frequência. E, às vezes, não é fácil a perda dos utentes. Uma das coisas que mais me custava enquanto dire-tora técnica era enfrentar a morte de um utente e passada uma semana já estar alguém a ocupar a cama e o quarto desse utente. Nós nem tínha-mos tempo de fazer o luto da pessoa que tinha partido. Por mais que se tente ter só uma relação de trabalho, há também uma grande relação afetiva. Uma situação que me mar-cou bastante foi a de um senhor que parecia que estava à minha espe-ra para partir: Esteve a manhã toda bastante mal e só quando me sentei à beira dele e lhe dei a mão é que faleceu.

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA ESPAÇO SAÚDE

Portugal é um dos países da Europa com índice de obesidade mais ele-vado. Cerca de 51% dos portugueses têm peso a mais, 3,5 milhões com ex-cesso de peso e 1 milhão com obesi-dade. As crianças e os idosos são os que mais sofrem as consequências da distorção do padrão alimentar.São de vária ordem os fatores desen-cadeantes deste flagelo populacio-nal. Verifica-se uma má relação entre os hábitos alimentares e os recursos. Em pessoas com menor escolari-dade e nível socioeconómico mais baixo a incidência da obesidade é maior. Estas famílias tendem a con-sumir alimentos mais baratos, mais calóricos e com bom paladar, como as comidas com adição de açú-car e gorduras. Portugal é o país da OCDE onde as mães estão menos tempo com os filhos, dificultando a passagem de informação para os fi-lhos sobre boas praticas alimentares, assim como, utilizam o “doce” para compensar outras falhas. Por sua vez, os avós transmitem afetividade aos netos com o “docinho” para com-pensar a época de privação que viveram noutros tempos. Para os pais

mais atentos, pela não leitura dos rótulos dos alimentos, ou pela forma-ção de conhecimento baseada em mitos, as opções nem sempre são as mais acertadas.Em idade pré-escolar, até aos 4 anos, 65% consomem doces e refrigeran-tes diariamente, enquanto, hambúr-gueres, salsichas, pizas ou batatas fri-tas fazem parte da dieta até 4 vezes por semana.Aliado à má pratica alimentar, quer pelo excesso calórico, quer pelo de-siquilíbrio de nutrientes, verifica-se a inatividade física, inerente à vida em apartamento, e lazeres à base de jo-gos de computador.Desde 2007 que a DGE faz circular com efeito vinculativo às escolas algumas recomendações a imple-mentar na gestão alimentar, nome-adamente: regras específicas sobre elaboração de ementas; quantida-des das componentes do prato; ho-rários de funcionamento dos bares ou que produtos a serem disponibili-zados nas máquinas de vending. São cerca de 1 milhão de almoços esco-lares servidos diariamente no nosso País com regras nutricionais estabe-lecidas e aceitavelmente implemen-tadas, nomeadamente, a presença de sopa, fruta, apenas água como bebida, alternância de carne com peixe e fritos apenas 1 vez por mês. Porém, ainda se constata a presen-ça de sal e da componente proteica com algum excesso nos pratos servi-dos em cantinas escolares.

Fatores que contribuem para a obesidade infantilFatores relacionados com a alimen-tação:- Alimentação artificial nos primeiros meses de vida;- Não atender aos sinais de fome ou saciedade da criança;- Consumo excessivo de produtos açucarados ou ricos em gordura;- Excesso calórico em relação às ne-cessidades nutricionais;- Consumo reduzido de frutos e vege-tais;- Consumo regular de refeições fora

de casa;- Não respeitar o horário das refeições e petiscar entre refeições.- Usar os alimentos como prémio ou punição.Fatores relacionados com atividade física e repouso;- Atividades de lazer de ecrã, como televisor, videojogos, computadores;- Dormir menos horas que o neces-sário.

Fatores relacionados com a gravidez- Obesidade da mãe; - Aumento de peso a mais durante a gravidez;- Diabetes não controlada da mãe durante a gravidez;Fatores relacionados com os pais, instituições;- Obesidade dos familiares mais pró-ximos;- Maus hábitos alimentares da família mais próxima:- Deficiente informação sobre as principais regras/recomendações ali-mentares;- Condição socioeconómica dos pais;- Acompanhamento do processo educativo.

Fatores que previnem a obesidade infantil:- Engravidar com peso saudável;- Hábitos saudáveis de alimentação e exercício físico durante a gravidez;- Controlo adequado do ganho de peso durante a gravidez;- Aleitamento materno durante pelo menos os primeiros 4 meses;- Introdução adequada dos alimen-tos;- Implementação de bons hábitos alimentares e de exercício físico no seio familiar, durante o crescimento da criança;- Solicitar ajuda a profissional de saú-de (nutricionista) para esclarecimento e valorização das boas e adequadas práticas alimentares.

Obesidade infantil

Carlos Leite(Nutricionista da Misericórdia de Gaia)

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HISTÓRIAS DE VIDA SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

Foi no dia da festa do São Brás, em Gulpilhares, que o olhar de Maria do Céu Guia parou mais atentamente sobre o Equipamento Social Salvador Brandão: “Gostava muito de um dia trabalhar aqui”. Mas foi no ano de 1997 que preencheu os papéis e foi admitida para trabalhar na Misericór-dia de Gaia, começando no Equi-pamento Social Tavares Bastos, na Madalena. Um ano depois, surgiu a possibilidade de ser transferida para o Salvador Brandão. Da Madalena recorda os utentes e amigos que por lá fez: “Recordo com muito carinho o Tavares Bastos”. Já no Equipamento Salvador Bran-dão, um dia Maria do Céu Guia viu um anúncio a pedir colaboradoras para a valência de Centro de Dia. “Fui picar o meu cartão e vi o anún-cio, como achei que preenchia to-dos os requisitos para essa área fui ter com a senhora diretora e propus--me”, descreve. Maria do Céu Guia foi uma das pri-meiras colaboradoras da valência de Centro de Dia no Salvador Bran-dão. “Sou uma mulher abençoada”, diz por considerar que a experiência que teve ao longo da sua vida a cui-dar de pessoas idosas e, algumas, com demência ajudaram-na quer a realizar melhor o seu trabalho, como

a tratar da sua mãe. No entanto, Ma-ria do Céu Guia não tem dúvidas que neste género de trabalho o Equipa-mento Salvador Brandão “é uma es-cola”.

O culto e a religiãoPara além do trabalho que realiza no Salvador Brandão de 2.ª a 6.ª feira, Maria do Céu Guia está todos os do-mingos na Capela do lar para prepa-rar a liturgia e acompanhar a cele-bração Eucarística, neste momento, realizada pela Sociedade Missionária

da Boa Nova. “Só não venho quando estou de férias ou doente, mas nes-ses dias, para mim, nem parece do-mingo”, acrescenta. A aptidão religiosa da colaboradora foi-se aguçando, devido ao apoio que recebeu da Misericórdia de Gaia: “Graças à Misericórdia, nome-adamente, ao ex-mesário António Castro e ao ex- diretor-geral, Sr. Luís Gomes, fiz a formação da Pastoral da Saúde durante 2 anos”. No entan-

to, Maria do Céu Guia, ao longo da sua vida, sempre frequentou muitos cursos e formações sobre a temáti-ca religiosa. A colaboradora é ainda responsável pelos ensaios do coro do Salvador Brandão nas eucaristias e em datas especiais. Na época do Advento, antes do Natal, Maria do Céu Guia realizou algumas sessões de reflexão: “Porque muitas vezes os utentes estão na Eucaristia, mas não escutam o Evangelho, nem as leitu-ras”. Nestes encontros, a colaborado-ra acende uma luz, faz uma leitura, explica e reflete com os utentes sobre o Evangelho da semana: “Eles fazem muitas perguntas, e com esses en-contros começaram a ter uma postu-ra diferente em relação à Eucaristia”. Até porque, a atividade religiosa ain-da é das únicas em que os utentes não abandonam quando se aproxi-ma a hora das refeições. Maria do Céu Guia lamenta não ha-ver quem se dedique à Pastoral do idoso, porque é “importante fazer ca-tequese aos utentes” e frisa que se lhe derem a oportunidade, em 2015 vai continuar a intervir ativamente no sentido de proporcionar atividades de cariz religioso aos utentes. “Se me derem essa oportunidade, vou conti-nuar a servir espiritualmente e a cum-prir a minha missão”, finaliza.

Maria do Céu Guia é auxiliar de ação dire-ta no Equipamento Social Salvador Brandão, mas durante os 13 anos que está ao servi-ço da Misericórdia de Gaia já assumiu várias funções. Paralelamente ao trabalho que re-aliza no lar, é uma das pessoas responsáveis pela área religiosa do Equipamento, muitas vezes em regime de voluntariado.

“Nada é por acaso”

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Na última revista referíamo-nos aos quadros expostos numa das alas do Salão Nobre da nossa Santa Casa, mas só publicamos as foto-grafias dos beneméritos e da pintura representando a Santíssima Trin-dade.Hoje publicamos as fotografias dos quadros a óleo de duas figuras importantes dos primórdios da Misericórdia: - Do Irmão Dr. Miguel Joaquim da Silva Leal Júnior, ideólogo da cria-ção da Misericórdia;- Do Irmão Dr. Manuel Ferreira de Castro, primeiro Diretor Clínico do Hospital da Misericórdia.

Luís Marques Gomes(Mesário e Tesoureiro da

Misericórdia de Gaia)

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA NÚCLEO MUSEOLÓGICO

Serviços:- Uma vasta gama de produtos e serviços

- Administração de vacinas

- Controlo da tensão arterial

- Uma equipa de profissionais disponível para aconselhar na área da saúde

- Serviço de Podologia

- Consultas de Nutrição

Dr. Miguel Joaquim da Silva Leal Júnior Dr. Manuel Ferreira de Castro

Segunda a sexta-feira das 9h00 às 20h30 e sábados das 9h30 às 13h00

R. Capitão Salgueiro Maia, 311/7; 4430-518 Vila Nova de Gaia

Tel.: 227828971; Fax.: 227826246

Gostaríamos ainda de referir que na Sala de Reuniões da Mesa Ad-ministrativa se encontram expostos alguns quadros com a fotografia de várias Mesas Administrativas, a mais antiga das quais se reporta à

Mesa do triénio 1979/1981.

Mesa Administrativa do triénio 1979/1981.(Na fila de baixo, da esquerda para a

direita: Alberto Duarte de Oliveira Santos, Pe. Manuel Romero Vila, Prof. Manuel Pires Veloso - Provedor - Henrique Silva Sequeira,

Custódio Domingues Ribeiro; na fila de cima: Francisco Pereira Nunes, Bernardino

Marques da Silva, Luís Marques Gomes - Di-retor de Serviços -, Luís Ramos de Sá Lemos

e Manuel Teixeira dos Santos).

A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia já concluiu a organização da Bibliote-ca do Arquivo e Centro de Documentação da instituição. Mais de 3700 livros foram ca-talogados e organizados de acordo com as práticas correntes de gestão documental que visam a normalização de todas as obras. O equipamento cultural tem um grande espó-lio de obras oferecidas por outras Misericór-dias, por muitas instituições, bem como por particulares, como foi o exemplo do gaiense António Amendoeira. Nesse sentido, a Miseri-córdia de Gaia classificou as obras, usando para o efeito a Classificação Decimal Univer-sal (CDU), e criou quatro fundos monográficos: MISERICÓRDIA, FUNDO LOCAL, FUNDO GERAL e BIBLIOTECA INFANTIL. A Biblioteca do Arquivo e Centro de Documentação da Misericórdia de Gaia segue as diretrizes da International Federation of Library Associations (IFLA), ado-tada para a Rede Nacional de Bibliotecas e, no futuro, pretende ser um recurso e serviço cultural para os utentes e colaboradores da instituição, bem como para a comunidade em geral.

Biblioteca da MG pronta

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Desde o enquadramento legal, aos direitos e deveres dos voluntários foram abordados vários aspetos do Serviço de Voluntariado na instituição. A apresen-tação foi da responsabilidade da coordenadora do Serviço na Misericórdia de Gaia, Célia Rodrigues, que frisou que este regulamento aplica-se “para salvaguardar os utentes, os voluntários e a própria instituição”. Este momento foi ainda aproveitado pelos voluntários da Misericórdia de Gaia para tirarem dúvidas e partilharem algumas experiências que encontram no terreno.

Despedida de Maria Augusta FerrazMaria Augusta Ferraz despediu-se dos colaboradores e dos muitos colegas e amigos voluntários da instituição, uma vez que decidiu terminar de exercer as suas funções como assessora do Volun-tariado em dezembro de 2014.Maria Augusta Ferraz foi uma das res-ponsáveis pela criação do Serviço de Voluntariado na Misericórdia de Gaia no ano de 1989. Ao longo de 25 anos, Maria Augusta Ferraz contribuiu para o au-mento do número de voluntários na instituição, para a melhoria do Serviço de Voluntariado e criou o Voluntariado ao Domicílio. Foram muitas as equipas de trabalho que Maria Augusta Ferraz criou e coordenou, e serão muitas as boas lembranças que deixará na Santa Casa

da Misericórdia de Vila Nova de Gaia, principalmente, nos utentes.

A Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia apresentou, no passado dia 5 dedezembro, o Regulamento do Serviço de Voluntariado da instituição.

Regulamento do Serviço de Voluntariado apresentado

ESPAÇO VOLUNTARIADO SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA

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SABIA QUE...

… Sabia que a Misericórdia de Gaia assinou com o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho um Protocolo de Cooperação para inumação de cadáveres não reclamados?

... Sabia que a Misericórdia de Gaia assinou com o Município de Vila Nova de Gaia um Protocolo de Colaboração para a organização e o funcionamento da Academia Sénior de Gaia?

... Sabia que a Misericórdia de Gaia assinou um Protocolo de Colaboração com o ISCAP que tem por objetivo desenvolver atividades de cooperação que reforcem os mútuos inte-resses das Instituições, nomeadamente nas áreas da consultoria, investigação, formação e estágios curriculares?

FICHA TÉCNICA:PROPRIETÁRIO: Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia; DIRETOR: Dr. Mário FontemanhaEDIÇÃO E COORDENAÇÃO: Dr.ª Marisa Pinho; COLABORADORA: Dr.ª Manuela Pinto; DESIGN GRÁFICO: Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Gaia; TIRAGEM: 750; PERIODICIDADE: Trimestral; SEDE DA REDAÇÃO: Rua Teixeira Lopes, n.º 33, 4400-320, Vila Nova de Gaia; PRODUÇÃO: Gráfica São Miguel, Rua Norton Matos, 731, Gulpilhares, 4405-671 Vila Nova de GaiaNOTA: Publicação isenta de registo na ERC ao abrigo da Lei de Imprensa 2/99 de 13 de janeiro, artigo 9Os artigos foram escritos com base no novo acordo ortográfico

JANEIRO:

Dia 6 - Momento de reflaxão "Uma boa notícia: experiência de Deus" no Equipamento Social Salvador Bransão

- Comemoração do Dia dos Reis na Creche e Jardim de Infância D. Emí-lia de Jesus Costa

Dias 5, 19 e 26 - Projeto "A Casa vai a Casa" no Equipamento Social Sal-vador Brandão

Dia 13 - Academia Sénior de Gaia canta as Janeiras na Sede da Mise-ricórdia

Dia 11 - Concerto de Ano Novo no Equipamento Social Salvador Bran-dão

Dia 15 - Tarde Musical sobre as Ja-neiras no Equipamento Social Tava-tes Bastos

FEVEREIRO:

Dias 3 - Tarde Musical interpretada pela Academia Sénior de Canelas no Equipamento Social Tavares Bas-tos

Dias 11 - Celebração do Dia Mun-dial do Doente nos Equipamentos Sociais da Misericórdia de Gaia

Dia 13 - Comemoração do Dia de São Valentim nos Equipamentos So-ciais da Misericórdia de Gaia

- Comemoração do Carnaval na Creche e Jardim de Infância D. Emí-lia de Jesus Costa

Dias 16- Baile de Carnaval no Equi-pamento Social Salvador Brandão

Dias 24 - Início do Torneio Inter-lares no Equipamento Social Salvador Brandão

MARÇO:

Dias 3, 5, 10, 12, 17 e 24 - Torneio Inter-Lares

Dias 4, 11, 18 e 25 - Visita ao Museu do Vinho do Porto

Dia 9 - Comemoração do Dia da Mulher com uma conversa aberta sobre o tema "Evolução do papel da mulher na sociedade" na Estrutu-ra Residencial Conde das Devezas

Dia 19 - Comemoração do Dia do Pai nos Equipamentos Sociais da Mi-sericórdia de Gaia

Dia 26 - Festa da Primavera no Equi-pamento Social Salvador Brandão

Dia 27 - Celebração da Páscoa na Creche e Jardim de Infância D. Emí-lia de Jesus Costa

- Passeio da Primavera

SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILA NOVA DE GAIA AGENDA

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EQUIPAMENTOS SOCIAIS E UNIDADES DE EXPLORAÇÃO

[email protected]/misericordiadegaia

Equipamento Social Salvador BrandãoR. Salvador Brandão4405-702 Vila Nova de GaiaTel.: 227622114 / [email protected]

Equipamento Social António Almeida da CostaR. Almeida Costa, n.º 1514400-013 Vila Nova de GaiaTel.: 223754299 / [email protected]

Equipamento Social Tavares BastosR. António Francisco Sousa, 216/384405-726 Vila Nova de GaiaTel.: [email protected]

Estrutura Residencial Conde das DevezasR. Particular às Árvores, n.º 964400-239 Vila Nova de GaiaTel.: [email protected]

Creche e Jardim de Infância D. Emília de Jesus CostaR. Almeida Costa, n.º 1514400-013 Vila Nova de GaiaTel.: 223799110Fax.: [email protected]

Centro de Acolhimento Temporário N.ª Sr.ª da MisericórdiaR. Almeida Costa, n.º 1514400-013 Vila Nova de GaiaTel.: [email protected]

Clínica FisiátricaR. Salvador Brandão4405-702 Vila Nova de GaiaTel.: 227539300Fax.: [email protected]

Arquivo e Centro de Documentação da Misericórdia de GaiaR. Pinho Valente, n.º 1064400-251 Vila Nova de GaiaTel.: 22 375 805 [email protected]

Farmácia da Misericórdia de GaiaR. Capitão Salgueiro Maia, 311/74430-518 Vila Nova de GaiaTel.: 227828971Fax.: [email protected]

Serviços CentraisR. Teixeira Lopes, n.º 334400-320 Vila Nova de GaiaTel.: 223773350Fax.: [email protected]

Departamento de Ação SocialR. Teixeira Lopes, n.º 334400-320 Vila Nova de GaiaTel.: [email protected]

Gestão do PatrimónioR. Teixeira Lopes, n.º 334400-320 Vila Nova de GaiaTel.: [email protected]