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EXTOS UNIVERSÁROS DE CÊNCIAS SOCAS E HMANAS MOOLOGIA URANA E DESENHO DA CDADE

LAMAS - Morfologia Urbana

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EXTOS UNIVERSÁROS DE CÊNCIAS SOCAS E HMANAS

MOOLOGIA URANA

E DESENHO DA CDADE

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3. A FORMA UANA MEDIEVAL

Após qued do Império Romano, dmnuiu o rmo de crescmento demográfc vida urban o subtancalmente redudo, até que no écuo X e XI estabidapoític  e o reurgmento do c

omérco voltaram  o dnamzar s estrutua ubanNee período de tempo, os centro urbano d Europa foram-se modicando.A ormação ds cidades mdievais tem diver origen

• anig cdade romans que pemaneceram, ou que, tendo sido abandonads,poteiormente reocupads;

• burgos que se fomam n perifera d  cidade oman, por vezes do utro ldoo, e que e desenvolvem aé omar cdades

• antigos anuários cristão ntalados for d cdades oman e que, no peío

medeval, vão ormar novo núceos ubano• cidades que e ormam pelo cescmento de aldeias rua;• novs cidade, como s baslides, undads, como bases comecias e miitare

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racã de loeamento é mais evdente n fundacã de bastide ou cidades novs, pelore�uso à quadrcul e geometras de divisão do solo. A possbilidade de um traçadoem erreno livre conduz forms eguares e uma idei predeerminad n concepção espacial.

Gradulmene, novos conceitos de desenho vão omando lugar: abandon-se esca monumental ds cdades omans em favor de uma morfologia mis intimista, culminando n form e escla ds pequens cidades medievais, cujo desenvolvimento se

apoi em classes sociais o artesão e o comerciane, que se agrupam em sistemas decorpoação e poupança, dando mais tarde início à banc.

O desenvovimento dese sistema social ger aumentos e redistribuções demográfics e necessidade de novos espaços Episodicamentte, grandes flagelos, peses, epidemias e gueras provocam dminuições demográfics e destruições. A cidade "cresce» edminu m perodos alternados.

A figur d págna opos represen uma cdade tal como existia no imagnáriomedieval. Transmite uma enidade orgnica n su dimenso e n su form ircunscri pels muralas Nesta imagem, existem os elementos e componenes que caracterizam cidade medieva. Psso identifcá-los.

AS MRALHAS

Quase ods s cdades possuíam s suas defesas, composts de muros, orres, fossos e muralas. As muralas são o seu pemetro defensvo e, simultaneamene, sepa

ração com o campo e o mundo rual. Por azões de espaço, o cdade concentrse aése necessário alargar o seu limie e construir novs muralas que englobam s xpansões Assm se formam os anéis sucessivos de construcões e de sisemas defensivos. Amural delimit cidade e caraceriz su image� e fom

AS RAS

A ru é o elemento base do espaço urbano medieval e va preencer qase odo oineior do perímero urbano So concebids pr se andr pé o com animais decarg Servem circulação e o acesso aos edifícios. A pavimentação é já iizad frequentemente patr dos séculos XI e X. Ligados aos sistemas de ru, encontram-se osedifcios com as suas fachadas de grande valor comercial, já que os pisos érreos sãoocupados por lojas A ru é também extensão do mercado e nela se negocei, compre vende As ruas delimitam quarteiões, que se subdividem em ogradouros e em edif

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3-10. Repreentação do cidade medieva Ambrogo loezei 340:

Pra sobe óbuo exiee Pacoca de Se. Imagem de Lra Veho ae do eamoto de 755- auejos de fio dosé XIPMP, exietes o Mse do Cdade

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cios. O sistema constituído pelo quarteião, ogradouro, pédio e fachada surge naIdade Méda e com vaiacões vai manter-se até aos nossos das

Morris (9) desfaz a ideia' de que s cidades medevais fossem nsaubes e excessiva

mente densas, pos a estreiteza das ruas sea compensada pea exstência de hotasjardins e espaços ivres no inteio dos quateiões.

Os edifícios habtacionais são reguares e uniformes e fomam um pan de nd destrutura ubana Em épocas de crescmento, ocupam os espaços ivres, avanand em

baanço sobe a ru, chegando a constuise po todos os dos até ns pntes

OS ESPAÇOS PÚBCOS A RAÇA E O MERCADO

O mercado corresponde à principa azão da cidade como ugar de trocas e seviços. A posção do mecdo varia ou até dpica, desde o adro da igrea ao cento dacidade, ou unto a uma das suas portas. É o espaço aberto e púbico po exceência e afunçõo comercia proongase peas uas.

A praca é geamente irregua e resuta mas de um vazio aberto na estrutua ubana do qu� de um desenho prévo. É n dad Méda que se começa esbça o concet de paça euopeia, que atngiá o apogeu a patr do Renascimento A praça medieva é um ago de geometia irregua mas com funções mpotantes de comécio e reunio socia Assim, s praças medievais dividem-se geamente n praça d mecado ena paça de igea (ado) ou o paris medieva. As suas funções são dferentes e a suacaização n estutua urbana, também.

OS EDIFÍCIOS SNGULARES

A grea ou a cateda, como pncipais ugaes d regiosidade; o casteo, uga dedefesa e de poder; o paácio e as toes senhoriais ou a Câmara Municipa, ugares depoder, sobressem na forma urbana medieva, contapondose à estutura anónm emodesta das habitações. São eementos fisica e rituamente domnantes, emboa nãestrutuem taç dos. Contpõem ao perímeto amurahdo a sua foma e significação. São introduidos po «acumuação» na estutua ubana, estando muitas vees assciados ao espaço púbco coectivo a praça e o mercado.

O QUARTErRÃO MEDIEVA

O quateião medeva apesenta modificações impotantes em eação ao quateirão romano, quer na sua forma quer no poscionamento dos edifícios que o ocupam,

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3-. 8rogo medieval, 1594 xrofo o lvo Civi/otes Qb Ter(4'-600).Vito d Coso Bonco. Idonho-o-No\o Pemoco eg

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. • TR-- · E"·T' ·- - Tl.  .O PA4vEIU IH4a' > . �'' r _ __

. DE RELIT E SVI CENT HISÓO D TAVRA  .,n 

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1 f a s eanalise

PORTAS:

da Vh - ra prlnciea, toa! doda, da fundaçao orgina

2 d D M an I - otnando a arasd o R i , t r á d o a b rt a m :

J da fição - d orig ofru o br ad nfiiação 1273, por ordd fono III oi dida 8U do orrô foi doido jnan o dlfc0 da antigno ano lO do n8 écuo;

4 d o B ur a o a ar do no r tb d orig

5. Pogo, ou do ouro xiiagran na ca ab tndoonst1do a ronquta rta d aco prinipa À oraria

6 Porta Nova - uno ao torrão noxr nt da raha paran apada no ado ntrior ratrr vo no xrior rdfcaçõ rvria d aco ãfont do ano ra agr{coaanxa

7 ora da Via Fria - ando asso àhora da ria foi objto dnatva d fho m pofrad do Convno da Graça

B Pora do Pa - aizada unto

ao rio, na açada d . na, randa ho vgios d a o�rra

9. Porta d e S . Brás - Na margem es�erd a d o ro, terá sido construda noséc. X  ou I, sendo demolida em

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or d M ar e Edifio darinipaontrido no rinado d JoÃo If doido o arco d igaçã âGraa 88 ndo o ióv tor dodo postriorn, 888 r oaio da obra d

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aarg  no da ia bnfciaaoraça a ibeira (Praça da Republ

3 evoução, hitórca e bn

· Recnstiçã dos muralhas 6abes e medevas deaa, segnd esd d Pan dent Hsór - ateler as uae·Jsé amas

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3-3 1. Plano actual de Serpa, m núcle medeva a raejad. As mtamo antig costr man. As toçads rmas d C ardvs e Deureguares devd à pgafa, sbrepõemse s dstções medevas. 2go cdade rmano e do idade medeval sbepsta a trad manpdzd pr Unwn

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que no papel que desempenh estrutu ubaa. Os edifícios võo co nc�ta-s napeifeia ou no pemeto do quaeiõo, em otacto diecto com a ua d exa

 ndo Ive

a zona posteio de cada lote Este espaço live é utilizado paa hoas ou adns prvados e constitui uma áea de eseva e salubidade ubana.

Nos atigos baios de Lisboa como Alfama e Mouaia ainda se podeá enconta a magem dos quarteiões medevais pese emboa as modicações sugidas emmais de quinhentos aos.

A foma do quaeiõo medieval é deteminada pelos taçados viáios. Quando estes sõo egulaes quadiculados, oigiam quarteiães mais eguaes Nõo paece tesido abundate na dade Méda a utização de mduos geométicos e de dimesôespedetemiadas excepto as cidades fudadas de ovo Os edifcios que na IdadeMédia já possuem ndividualidade pópa ocupam a peifea do quateão e vaiamno desenho da fachada e na cécea cofedo-lhe iegulaidade volumética

O quaeiõo deixa de se apenas um meio de loteamento e divisão cadastral do soo paa se costitui também como eemento mofológico do espaço ubano

Sobre estes elemetos morfológicos da cdade medieval muito haveia paa dizemas basta egistálos pela mpotâcia que tiveam a fomaçõo do espaço ubano euopeu. Com efeito a foma urbana medeval vai pemaece as cidades euopeias esevi de refeência na medda em que iá «simboliza» a estutua ogânca

A dvesidade de formas e imagens assim obtidas poduzá efeitos céios voluméticos e vsuais muito dvesficados, os quais Sie designaia de pitoescos» {lO.

Todava há que escaece se o planeameto ubano medieval teá sido fruto do acaso ou de pncpios de ubanismo aplicados ao crescimento ogâco 

Vários autoes sõo contaditóios sobe esta matéia  Paa Mois exceptuando asdecisões colectivas tomadas ocasioalmente e paa os gandes problemas ubanosexistem escassos documetos que possam compova um plaeameto e decsões sobetaçado e estética no dia-a-dia do cescimeto ubao medieval eá sido de esto,nas cidades medievas talianas que as peocupações estéticas mais se z<am senti

Cotaiando esta tese, Mumfod (I) esceve com etusiasmo que já a Idade Média se polongaia uma ua paa embeleza a idade ou descobr uma nova pespectiva exemplifiado o inteesse dos idadão pela aquitectua e pela idade ao escoheem os plares da catedal de Foeça

A questõo só tem esposta nos esultados espaciais e visuais da cidade medieval,que apesenam gande riqueza a ogaização e sequêcia de pecusos e ns vistse pespectivas ds mssas construds

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3.14 Óbidos Planto com o úceo mdeva, os murahas expasãodos ahas oo o coeo Pao do aça da gea mecado o

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Q.

t d'zer que me parece de exclir  «acaso» n o rbanismo, qando osuero com IS o I . . .

estados são estétca e formalmente vólidos.  Admitiria que n�o  eXstram egras este-

cas (no sentido definido a partir do  Renascimento)que determnassem desenh

 �ba

no. Mas exstiram, sem dúvida outras egras, aphcadas ao modo de colocar edfcos

aos processos constrtivos, à  nidade de  materias  e fo r. �

as Esse co nlunto �e regras

apcadas diariamente como prática de construir cond�zla  a q?hdade esteca  e a-

quitectánica, garantindo a coerência da imagem da Cdade medl�v1.

O espaco e morfoogia rbanos medievais serão uma referênca Importante em  al-guns períodos da hstária do ubanismo, servindo de modelo para a dversdade espa-

cial e anmacão em novas urbanzacões.

Camio Se, em 1889, terá sido os primeiros a interessar-se pelo desenho urbanomedieva ao publicar De r Sf adfebau nach seinen Kunsf (21. Crticando o desenho urba-

no dos planos alemães e austríacos ses contemporâneos, qe acsa de excessiva s-

bodinação aos poblemas técnicos e de tráfego e de desatenção pelo s reslt ados ambientais e estétcos, as propostas de Sie partem da anólise da cidade medieva pararevalorizarem a composição orgânica. Sie ecsa o edifíco isolado, as linhas rectas,as grandes perspectivas, a nfomidade geométrica dos planos, e os regamentosbanísticos abstratos Em contrapartda, basease na exploração das part carid ades topográficas, nas elações de escaa e de assimetria, na vol metria dv esifc ada_no fndo, aquilo que «tendencosamente» procura ver na cidade medieval.

Pela sua sistematização, qase receitário de fórmulas espaciais, as propostas deSie apicavamse, sem dúvida, à pequena escala, à rua e ao bairro, mas tornavam-senoperantes ao afrontar os probemas da grande cidade novecentista.

Ans mais tarde, Unwn, em Town P/nning n Prfice 3, recoloca notrs moldes algns valores espacias da cidade medieval a perspectva fechada, a variaç ão volmétrica, a escaa hmana , que seriam introdzids nos espaços de Lefchworlh e We/wyn.

A «tentação medeval» - identficada com a urbanística orgânica _ surge em  divesos períodos,  servindo  a recusa  do racionalismo e do traçado  geométrico. 

Além do mas, a consevação até aos nossos dias de muitos centros histórcs medie-vas torna-os eementos disponíves para a refexão  sobre o desenho da cidade 

Assm, a morfologia da cidade medieval não pode ser esquecida no estrador dap�t!ca profissiona, como m dos «modelos» de composção do espaç. Porém modelodfJcl de tilza, na medda em qe seró dfcil recriar só pelo desenho a complexidade vsual  e  formal constrída por sedimentação e acumulacão  drante  séclos. 

Como escreve.Zevi 14, «a partir do fina da Idade Média perde-se o gsto  pela  li

berdade geom�tca que coincidiró simbolicamente com  o gosto pea lbedade f ouf  c�u rl . Um edlflclo como o  P a/ zo  V ecchi o, em  Foença, ou a  Praca do Campo, em Slenno, parecem  actuamente pertencr a outro planeta. 

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M onpaZer

3-15 Plans de 8 Botie frce à meo el e etçõ V

_Ciglione _ Eye e  V le Fhe u Pe igd. f  D. 9  

lonquin. de Mnpoze, en ee e Poke  de Agu

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3·16. Analse do pç urbao miva de Bvled p Uwí Town Ponning n PrOCfc 17 Snno. Pat d ce é<. XVI e d C

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court. Um edifllo como o Pa/azzo Vecchio em Forença, ou a Praça do Campo, emS,enna pareem auament pertener a outro paneta .

•Os arquiteto, para o poduzirem, devem ter detad fora régua, T, equadroe compao e todo o arena de deenho onebido em função da gramátca e intaxeala Com ta ntrument, eria mpoíve reprodur um epidio urbano omo aPraa do ampo, em Se.

A anae de el é reveadora de que o reutado epaiai e formai da idade

mdeva deorrem não apena de um entdo etétio, ma também de um proceo deformação que crou um modeo de rferêna para o deeno urbano

Referênia anda acua na medida em que a preocupação com a «forma urban»nao pode equeer a utiizaão de geometria irreguare mofoogia urbana mede-va connua a ervr de referência e tem ido abundamentemente utiada em em-pendimento omo o adeamento turtco, em que a naturea do programa e d:truão procuram a dveridade e a aparete deordem de mpantaçõe e voumeTdavia a preoupaçe reente da cutura urban parecem mai oada ao trçadoreteo e geométrico que facta a produção em ére

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7· Con la ciga  e  a squadra , i favoo da   disegno e  i tengrao,isuha  dfcile  d e st e  ante  iprod re   episo ba no me·devale come l a  piza de C a m a Sna . 5rvendosi d  queststm e t si one psono so to ahite ttre stol r al·mente r p presentabl  coImeccasm o d sstema p rost

(

9· A mato  d g  T  solo � m o d r apla _,  ostr�ndoo  a pprsma t svp sti, o d e'orrend o e gott s

3·18. Deenho de Zevi em lIingaggia Mden del ArfeHa 1 Cdo etado e máqua dedeeho, é dil e exeue epodzi mo Paza dI Camp, em Senn om ee isume oeem-eoogicas amee epeeáe om o mecanmo do iemo poua e T, o aueo á õo pens auea ma apena o moemo-o a nuaem pope signdo pojeca em des psmáia obepo e em 05 do paio eaea oo Coeu Quadado d fUI em Roma

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