Lanterna de Fogo

8/19/2019 Lanterna de Fogo

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LANTERNA DE FOGO

Comédia em 3 atos e dois quadros

QORPO-SANTO


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PERSONAGENS:1

Robespier 2

ZeferinoUm velhoSimplício, criado

Jesín!

Gon"!l!#!s mlheresUm c!v!leiroUm velho $o mesmo Robespier%

A&O PR'(E'RO

)en! Primeir!

RO*ESP'ER (muito aflito) + Ano h- m!is e .r/s i!s em bsc! em! cos! 0e .!n.o me !r!!, 0e .!n.o me fl!el! E o0e h- e ser3 Um presen.e 0e me fe4 me P!i 0in4e

i!s !n.es e morrer E 0e ob5e.o, cos!, o pesso! mee ele Um! l!n.ern! ! 0e ch!m!v! e foo6 m!s 0e ennc! vi l!n"!r ch!m!s, fmos, e ilmin!r7 E 0e f!l.! mef!4 .8o insinific!n.e ob5e.o, sem 0e en.re.!n.o e eleme h!5! servio3 P!rece incrível: sin.o ! c!be"!esc!nesci!, o es.9m!o !per.!o, cer.! or e ilh!r!s, e!.777 N8o irei o m!is En.re.!n.o preciso procr-;l!com p!ci/nci! e persever!n"! !. 0e el! !p!re"!

ZE


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in.erromper com !s s!s m!i.!s observ!"@es #eie;me,se i!bo coo ?- sBembor!6 v- p!r! o inferno 5n.!r;se!os ses comp!nheiros ?-, v- (Empurrando-o.)

ZE


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pnino os !.ores e i!is !"@es6 lembr!no;lhes 0eeis.e6 o vel! sobre os !sen.es6 es.rino, !.err!no osm!s + com !s .empes.!es, com os r!ios, com oscoriscos6 e com os .rov@es7 N8o ./m b!s.!o p!r! corrii;

los + !s pes.es6 !s enfermi!es6 ! fome6 ! see, e .!n.oso.ros m!les, p!r! 0e emenem o corri5!m e seserros N8o b!s.! o foo e o ferro + por eles mesmosH

inven.!os p!r! es.rirem;se ns !os o.ros6 e !ssim fic!r vin!! ! 5s.i"! ivin! o #es I !in! preciso 0eEs.e, o !l.o ! s! (!5es.!e + envie !o homem o fooceles.e p!r! comple.!men.e hmilh-;lo, o !ni0il-;lo,confni;lo, o es.rí;lo7 )s D!no .er8o os vossosen.es o necess-rio 5í4o, ! convenien.e re.i8o em s!s!"@es D!no cmprir8o fielmen.e ses everes p!r!convosco, e p!r! com ses similh!n.es

)en! &erceir!

S'(P>K)'L (entrando) + De i!bo e 4!n!s es.o e sempre ! .erCo5e fi !o merc!o f!4er !s compr!s o necess-rio p!r! oi!6 o 0e h!vi! e !ch!r p!r! compr!r G!linh!s mor.!s,fr!nos vivos, !.os e r!.os (Atira com todas estas cousas

sobre o assoalho as quais traia dentro de um saco quevinha *s costas% saltam ratos gatos galinhas e frangos

por todo o cen#rio.)

RO*ESP'ER + Oh o me cri!o Simplício ho5e brilho &r!4 !ves ec!"!s p!r! m!is e oi.o i!s O pior porm 0e es.es

pe0enos !nim!i4inhos e !ve4inh!s ./m pern!s )orremcom .!l r!pie4 0e p!recem es.rel!s no !r o no )7

ZE


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0e es.ivesses + e oces e e vinhos os m!is finos, poissempre for!m cos!s por mim preferi!s ! .o!s !s o.r!s

ZEK)'O + Encon.rei;me ho5e com m i!bo e m es.Fpio6 e m

c!v!lo6 o m!is orin-rio 0e se poi! im!in!r7 (i.oese5o v/;lo enforc!o N8o 0er sen8o p!ss!r ! ch- !Kni!7 'n! se fosse o ch- e S8o P!lo P!r! fic!r p!lis.!,

bem7 (!s n8o Der ! Kni! p!r! fic!r ínio Cei eenforc-;lo com ! cor! m!is ross! 0e encon.r!r noinferno7

RO*ESP'ER + & n8o s!bes 0e nem .oos poem .er o es.9m!o ec!v!lo 0e . .ens6 o o e boi !0i o me !mioZeferino3 #i!bo &om! 5í4o7 Ao con.r-rio, nnc!che!r-s !o P!r!íso7

S'(P>K)'O + Ah o Sr7 !in! me f!l! em P!r!íso7 C- e ir p!r! o inferno,.8o irei.inho como se for! m r!.inho7

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pr!.ic!r es.e o !0ele !.o, 0e s!be 0e n8o eve o 0en8o poe pr!.ic-;lo, 5- por0e ofene e pre5ic! !oso.ros homens, 5- por0e ofene e pre5ic! ! si prMprioE se for! sM ! ofens!, poco er!, m!s ! per! 0e

orin!ri!men.e .r!4em .!is !.os, + 0e !in! m!isin! e l!men.!"8o6 e por c!s! es.! + ses !.ores em!ior pni"8o7 I preciso n8o .er c!r-.er, nem brio, nemini!e6 i4em eles + p!r! se f!4er for.n! E e io:I preciso n8o .er c!r-.er, nem brio, nem ini!e, + p!r!se procr!r for.n! por moos, o m!neir!s, o !.os, 0enos reb!i!m = vil coni"8o e !nim!is fero4es, oespre4íveis7 (+oma um f,sforo e acende o charuto queat& ent$o tinha sem fogo nos dedos. +ira uma fumaa edi)

/# horas de afli$o Em que me d#s consola$o0

utras me d#s de descanso Em que quase lano0

Algumas de tal praer Em que me & difícil conter0

Em muitas de t$o aflito 'or certas 1eusas eu grito0

E a verdade &"ue n$o tenho descanso0Se como quero0Se n$o como desespero0

Se bebo dese2o%Se n$o beba alme2o0

Se saio apeteo0Se n$o saio careo0

$o h# trabalhou ocupa$o


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"ue tranq4ilie

meu cora$o0

$o h# entreter em distrair"ue possa convir

Ao espírito meu0

S, a mulher Am#vel formosa 5e pode traer +ranq4ilo viver0

Ai0 quem me acode0

6sto est# que n$o pode0

Ai0 ai0..."ue aqui cai0...

(A cada dois versinhos chupa e tira uma fumaa.)

S, a mulher 7ela amorosa

5e pode dar

+ranq4ilo goar0

+udo o mais & entreter este mundo a que vim ter Entreter p8ra n$o morrer0

u inda que pouco viver0

(1epois que canta senta-se numa cadeira.)

ZEK)'O + Pois en.eno e, me o.or, e mi.o bem, 0e o Sr7Robespier777 (ote-se que este Simplício & um esquisito

amarinheirado) n8o poe ei!r !0el! cos! e 0e .oosos.!m7 (Rindo-se.) E 0!n.o m!is che!m = impos.r!


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ch!m!! + Relii8o, m!is !p!ion!os s8o o .!l mel8o,e =s ve4es !in! vere + eles o v8o chp!no

RO*ESP'ER + Esse Simplício o homem m!is in.elien.e 0e e .enhoconhecio7 #e .o ele en.ene e ! .o respone,

compreene3 (!s n8o s!be !or! o pon.o ! 0e vo !.ir!r,n8o s!be sobre 0e vo iscorrer7 princip!lmen.e !s com 0e se or!ni4!m os Es.!os, lhes1L

conferem !ssim como lhes11 prescrevem os everes Assim


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0e: Se !s simples ofens!s ! m inivío, 0!no por infini!e e r!4@es, o in5s.!s c!s!s, .r!4em nmerososm!les, + !0eles 0e pr!.ic!m consier!!s e sm!r!vi!e e por re0in.!!s m!l!es + 0!n.os milh!res

evem .r!4er, e eve;se esper!r 0e .r!!m, ./m .r!4io e.r!4em sempre3 (9om transporte.) Ass!ssinos (!lv!osPrfios 'nf!mes &r!iores12

ZEK)'O + S!bem, o 0erem s!ber e m! ver!e3 N8o s!bem6m!s e lhes io: + vo me embor! Aes AesS!Fe, p!4, orr! pelo bre e s!rn! p!r! co"!r n!s hor!s

v!!s N8o se lembr!r8o !ssim o velho enr!"!o, neme mo"!s boni.!s Nem mesmo (saindo) o velhoSimplício7 (Sai.)

A&O SEGUN#O

)en! Primeir!

JESUKNA (mulher vi:va e com filhos) + &enho procr!o o men!mor!o .oo !fe.!o, 0e sempre i4 0e me 0er ver,


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m!s 0e foe e me .er 5n.o ! si, e p!sso por !0i, ho5e + 0!.ro ve4es &!lve4 n8o emore ?!mos en.re.!n.o!preci!no es.es livros, es.!s es.!mp!s, es.es 0!ros 0eve5o por cim! es.!s mes!s6 !lm! cos! Bin.eress!n.e 1

neles evo encon.r!r, e 0e me is.r!i! !o menos por !lns min.os o senos7 Ah (Abrindo um livro.) Eis!0i m! es.!mp! 0e poe servir e moelo p!r! f!4er m bon, e oferecer !o mesmo Sr7 em sinific!"8o ! !l.!consier!"8o 0e me merece s! pesso!, c!r-.er, e m!is0!li!es 0e o is.inem6 n8o irei + os br.os,

por0e homem: m!s !s mlheres, e e en.es e s!espcie Es.-, es.- mi.o boni.o

RO*ESP'ER (entrando) + ?iv! ?iv! A Sr!7 #7 Jesín! por !0i Des!n.o ! .roe3 En.8o n8o me i43

JESUKNA + N8o foi s!n.o, Sr7 Robespier


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Esta cabea a tinir0

E para que me n$o esquea 1e tudo lhe referirA (t$ob&m=> namorada de Robespier) + Oh Sr!7 #7Jesefin! A Sr!7 !0i por es.! c!s!, e e visi.! !o Sr7Robespier777 &eremos !mb!s irei.o !o mesmo !mio3 ASr!7 eve s!ber 0e h- mi.o .empo .enho c!s!men.o.r!.!o com es.e Sr7, e 0e por isso mesmo ! ninm ceo

os mes irei.os e pre.enen.e e !m!n.e

(R7ES'6ER retira-se para um lado enquanto elasconversam.)

GONA>A + E poeri! i4er !lm! cos!, m!s prefiro c!l!r;me

RO*ESP'ER (levantando-se de repente com uma m$o na testa) + (lheres (9omo alucinado.) De f!4eis !0i3 De

.enes3 De 0ereis nes.! c!s!3 Dem ! el! vosenc!minho3 &enho es.! c!be"! em ch!m!s, e !o ver;vos, sin.o m!is for.e o in.enso foo 0e nel! l!vr! A (batendo as m$os e olhando uma para a outra) + Es.!mos bem servi!s )om es.e 5- n!! f!4emos

GONA>A (apro?ima-se) + Dem s!be se 0er m c!linho, o m

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ch-3 O !lm min!4inho3

RO*ESP'ER +


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Por 0em , nos !c! Nos pro.e5! Nos !mp!re Somos!s esr!"!!s 0e !rrepeni!s e noss!s clp!s, vosviemos implor!r per8o Deremos ! voss! comp!i8o,Sr7, ! voss! pro.e"8o Deremos servir;vos como !s m!is

hmiles escr!v!sRO*ESP'ER (com certo ar de indiferena% para um lado) +&enho

es.!o melhor &enho es.!o pior (!is for.e6 e m!isfr!co (!is .ris.e, e m!is !lere Penso 0e !in! eis.em! m8o no c 0e h- .empos p!r! mim es.ene;seEss! m8o eve ser e #es O pelo menos + e !lmr!ne S!n.o Receberei, 0!no necess-rio, o !mp!roceles.e6 e !mp!r!rei com ele es.es en.es .erres.res ('araas mulheres) (lheres, lev!n.!i;vos e i4ei 0e 0ereise mim

E>AS (com muita humildade) + Senhor, 0eremos o vosso!ílio, o vosso !mp!ro, ! voss! pro.e"8o Aci;nos,sen8o morreremos e fome #e see e e or

RO*ESP'ER + Sim, so ! isso obri!o pel! relii8o e pel!s leis !hm!ni!e E !. mesmo pel! lembr!n"! e 0e nossoss!nes em p!r.es se confnem >ev!n.!i;vos pois6 e

sen.!i;vos

)en! D!r.!

U( )A?A>E'RO (de espada em punho entrando) + )ons.!;me .er en.r!ones.! c!s! o me mi pre4!o Amio, o #o.or777 ?enhoem bsc! ele I o Sr7 + chefe ! mesm!3

RO*ESP'ER + Sim, Sr7 Um r!ne escri.or pFblico e p!r.icl!r

E'RO + &enho ! m!is sbi! honr! em cmprimen.!r ! ? 7 E! emi.o m!is !in! .erei em cl.iv!r !s s!s !preci-veisrel!"@es e !mi4!e

RO*ESP'ER + Ar!e"o;vos, Sr7, e mi.o, os 5í4os impor.!n.es ehonrosos 0e e mim f!4eis (!s 0e lcr!ríeis vMs com !

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!mi4!e e m homem, c5! vi! s8o mon.@es econ.r!i"@es

)A?A>E'RO + I por0e ?7 E! .em l.!o com mi.!s mlheres C- e

s!ber 0e c!! m! el!s + m! m-im!, m pens!men.o, m iscrso, 0e mi.!s ve4es ! o.ro seop@e, e pois isso encon.r! .o!s ess!s con.r!i"@es7 Se,

porm, .ivesse por comp!nheir! m! sM es.rel!, + cer.!men.e n8o encon.r!ri! con.r!i"8o !lm!6 e sen8o,i!;me: #r!n.e o .empo 0e .em vivio com m! sMmlher + l.o com con.r!i"@es3 N8o Pois en.8oconhe"! ! r!48o E o se5! fr!!o1 o se5! c!s!o, se n8o0er con.in!r ! se ver con.r!ri!r

RO*ESP'ER + E'RO + Pelo 0e ve5o, n8o se !ch! !0i ! mlher 0e e procr!v!

RO*ESP'ER + N8o N8o Es.!s 0e !0i vees s8o minh!s Amb!s me per.encem Um!, por0e minh! !mi!6 o.r!, por0e minh! mlher7

)A?A>E'RO + Pois, Sr7, em vis.! o 0e me !ssever!, re.iro;me, peino;lhe ! m!ior esclp! e h!ver pene.r!o, sem prvi!licen"! e ?7EV7, nes.e s!n.-rio e inoc/nci!, honr!e4 e! hones.i!e (Embainhando a espada e saindo. @

parte) Sempre homem, 0e .em !s mlheres7

)en! Din.!

1H


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RO*ESP'ER (para as mulheres depois de haver acompanhado ocavaleiro at& a porta) + De vos p!rece, !mi!s3 Apen!s!nhei;vos vinh! es.e s5ei.inho .!lve4777 0em s!be e

one, com .en"8o e .ir!r;vos N!! O 0e !0i en.r!r, h-e se !sss.!r E .!lve4 0e b!s.e o cheiro !s !rm!s p!r!!0i n8o che!r

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/neros, e .oos os moos No seno, o 0e .emosobserv!o3 O proresso incess!n.e o /nero hm!no, omelhor!men.o n!s !r.es e n!s ci/nci!s, e em .oos osr!mos ! inFs.ri!, e es.!r.e ! felici!e e c!! m, 0e

reni! = e .oos, f!4 ! felici!e er!l, ! r!ne4! e poer os Es.!os, e por !ssim i4er, o enes!men.o oUniverso A + Nnc! o vi, Sr7 #r7 Robespier, .8o re.Mrico, .8o s-bio, .8osblime, .8o lMico sobre ! relii8o cris.87 Es.o re!lmen.eesp!n.!!

JESUKNA + #ever!s3 Pois nnc! o ovi iscorrer3 Ele sempre foi!ssim + s-bio profno, .!len.o r!ro, c!p!ci!e semi!l

RO*ESP'ER + Senhor!s, !ss!4 me !provei.!m vossos eloios E os pre4omi.o, e !ro;os como mimo o m!is sbio v!lor7 Sim,os mes sen.imen.os reliiosos for!m her!os e me p!i

princip!lmen.e7 N8o me fi4, m!s #es e !s circns.Qnci!s! minh! vi!, is.o + !s minh!s necessi!es p!r! bemviver, !s minh!s nobres !mbi"@es e !22 .o !profn!r,

s!ber, e por .!l moo !lc!n"!r .o 0!n.o poe f!4er !selíci!s o felici!es ! vi! presen.e, e com es.! comoespcie e .rQnsi.o, c!minho o es.r!!2 ! vi! e.ern!7*em poc!s ve4es somos senhores e nMs mesmos7(ilh!res 0eremos, e n8o poemos6 milh!res fimos en8o esc!p!mos6 milh!res nos es0iv!mos e = for"!

pres.!mos I por.!n.o ! vi! e !ss!4 homens, espcie emis.rios 0e nem eles nem os o.ros e s! espcie

poem compreener, ecifr!r o resolver6 m!s nic!men.e

! Provi/nci! #ivin! 0e creio vel! .!n.o sobre nMs, comoo f!4emos ! respei.o e nossos filhos o777 n8o irei m!is por0e n8o !ch!ri! m!is !cer.!!, nem m!is bel!comp!r!"8o7

S'(P>K)'O + E, porm, 5- penso e moo con.r-rio7 En.eno 0e somosi!is ! 0!n.o c!v!lo e boi h- Por0e re!lmen.e 0!nose morre v!i;se ser comio pel! .err! o pelos bichos 0ee noss!s prMpri!s c!rnes se form!m, e is.o mesmo o 0e

!con.ece !os o.ros !nim!is7

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RO*ESP'ER + Es.- en!n!o e mi.o en!n!o, Sr7 Simplício, pois e.enho vis.o ! im!em e nmerosos en.es 0e ./mmorrio, .8o perfei.os .!l 0!l eles eis.ir!m e !. coms!s prMpri!s rop!s o ves.es6 com m! Fnic! iferen"!,

porm, 0e s!s c!rnes s8o i!is * m!is fin! e m!ci!se!7 N8o posso por.!n.o ei!r e crer n! imor.!li!e !!lm! e n! resssrrei"8o e nossos corpos7

S'(P>K)'O + Poe ser 0e !ssim se5!, m!s e n8o !crei.o7

RO*ESP'ER + Nem e o 0ero for"!r ! !crei.!r nes.!s ver!es, 0e p!r!mim s8o inf!líveis nes.! vi!6 e mesmo irei + mil!res7En.re.!n.o, seri! p!r! mim r!ne pr!4er v/;loconvencio e pers!io el!s7 Seri! m! convers8o semFvi! !r!-vel ! #es, e ! .oo o fiel cris.8o7

S'(P>K)'O + O Sr7 p!rece 0e es.- pereno .empo6 .!m!nho homem, en8o ener! 0e .oo es.e mno .oo m!.eri!l6 0e

provm ! m!.ri!, e 0e se h- e conver.er em m!.ri!7

RO*ESP'ER + &o isso poer- ser6 n8o irei 0e impossível, por0ennc! morri ver!eir!men.e (!s ver!e 0e 5- es.ivemor.o por m 0!r.o e hor! ser!men.e, em c5o .empo

n!! sen.i6 nem s!bi! 0e eis.i!, nem no ) nem n!&err!7 Se !ssim os corpos s8o i.os mor.os, cl!ro 0e nMsn8o somos em .!l es.!o m!is 0e n!! En.8o irei: 0e.emos !lm!, sen8o 0!no vivemos

ZE


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feli4es6 se esses en.es, pr!.ic!no;os, + se consier!mesr!"!os3 I bom6 e evemos f!4er com 0e os o4em

p!r! se lhes !prov!r6 con.in!r, como nMs, ! o4-;los, m!s 5!m!is os evemos for"!r ! .!l, se eles n8o os !preci!rem,

como nMs, o por 0!l0er c!s! os n8o perem pr!.ic!rE nis.o penso eis.ir o cons.!r ! ver!eir! >iber!e


19/29

es.e o e m! formi! Penso porm ser esnecess-rio, e por isso c!lo;me, o n!! io7

(1eve ir descendo o pano muito devagarinho e assim

terminar o 3 ato desta 9om&dia ou +rag&dia... %

2

DUA#RO 1

RO*ESP'ER (deitado) + De h!vi! e e es.!r pens!no !or!6 er!m.!n.!s cos!s 0e n8o me poerei lembr!r e .o!s>embr!v!;me e minh! !n.i! f!míli!777 e, or! ve5!m sM o0e es.e (no #es"o !s es.rel!s = &err!6 sbo !smlheres !o )6 es"o el!s !os homens6 bei5o !scri!n"!s =s ve4es: n!moro;me e .!n.! en.e777 #e ns, por s!s enc!n.!or!s m!neir!s6 e o.ros por s! bele4!, emi.os, por s! formosr!6 e 0!se .oos pel! s! re4!E !ssim vivo 0!l N!.re4! (Espreguia-se espicha uma

perna% encolhe outra levanta um brao% coa a cabea.) N8o h- cos! 0e en.ris.e"! !2 es.! s-bi! c!be"!777


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!o homem D!n.os sin!is e s! eis./nci! ve5o em .oosos i!s N8o h- m! sM noi.e, em 0e ei.!no;me, looepois n8o !p!re"!, !os ps es.! c!m!, ! im!em ofir! e m mor.o777 Or! velho6 or! mo"o6 or! cri!n"!,

or! feio6 or! boni.o, or! com .r!5es o h-bi.os prMprios eP!re6 or! e o.r!s cl!sses, como !ver.ino;me e 0eeis.e6 e 0e - vi!6 e e 0e m!.! 0!no 0er E n8os8o sM es.es eemplos6 os f!.os s8o .!n.os6 repe.em;se.!n.!s ve4es6 e .!n.!s form!s6 e espcie777 0e vi!r !si prMprio m!.!r Ain! e n8o fi4 o 0e fe4 cer.o escri.or fr!nc/s, 0e escreve 4en.os livros (!s o .enho fei.o.!lve4 em milh@es e mlheres6 e .8obm e homens + cos! 0e 5lo 0e ele .8obm n8o f!ri!7 Pois !ssimrep!r.e o Senhor e .o!s !s cos!s + ci/nci!s v-ri!s por .oos os en.es ! es.es eic!os7 Es.!v! com o.ro

pens!men.o6 lembr!n"!6 comp!r!"8o6 e n8o sei 0e m!isnes.! im!in!"8o (bate na cabea% e salta da cama emceroulas% enfia um poncheCF que lhe serve de cobertura edi) Pre.eno lembr!r;me6 epois ves.irei;me27 Ah0eri! lembr!r;me6 e es.o sempre ! es0ecer;me777 Sim:

+ 0e !0eles 0e em c!s! escrevem, f!l!m, proceem, ee 0!l0er moo vivem, + ss.en.-clos ! relii8o, + necessi!e n8o .em e ir !o &emplo f!4er or!"8o7 O.r!

cos! m!is .enho no.!o6 + e 0e !0eles 0e !ssimvivem6 e p!r! .!l fim ! ele v8o, e l- s!em, + orin!ri!men.e, !oen.!os Ain! h!vi! e concebio m

pens!men.o6 o 0e h!vi! e ser6 o 0e sem .er n! c!be"!777n8o6 sem ser ch!f!ri4777 e o.e5!r pelo n!ri4777 .8obm n8o:sem se f!4er e si + .oo ineso.-vel, for.e6 e s! c!be"!sempre chei! + c!i!6 e ses l-bios + for.e bic! one.em e por one l!n"! ! m!is cris.!lin! linf! .o!s !s ve4es0e 0er em p!l!vr!s, or!"@es, proposi"@es, e iscrsos

O sem ser m rio, c5! corren.e, c5!s on!s refresc!m!os ses semelh!n.es6 e 0i"- mesmo !os o.ros en.es!nim!os + se me.e ! escrever6 e ! .o 0erer ser ?!im!l6 n8o v!i bem P!r! .!l + preciso ser m en.e semi!l P!r! s!ir;se bem6 preciso sM f!4er o 0e m!isconvm7 (1urante estes discursos arruma a cama

pendura a roupa% arran2a o quarto% abre uma 2anela% eassim at& banhar-se e vestir-se. 7atem * porta do quarto.)Dem b!.e3 Dem es.- !í3 O 0e 0er3 Espere *em s!be

0e ! ninm !bro por.!s, !n.es e me prep!r!r, como sehovesse e receber em minh! c!s! ! primeir!

2L


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no.!bili!e o mno, bem como 0e, prep!r!o, .enho;!s sempre !ber.!s, !in! mesmo p!r! !lm!s + .!lve4

bem poco in!s e .r!nsp9;l!s (Abre a porta.) Poeen.r!r 0em es.-7 ($o aparece pessoa alguma.) Or!, e

0e me h!vi! e e lembr!r #e 0e os 0e comem poco, por s! n!.re4! o cons.i.i"8o, o por0e !ssim melhor se 8o + pr!.ic!m m!is 0e os o.ros cer.os !.os6 os 0ecomem mi.o, pr!.ic!m o.ros em mi.o m!ior 0!n.i!e0e !0eles6 e !ssim nem ns, nem o.ros, poem;se comr!48o f!4er recíproc!s censr!s7 &ive !s, o m!is vis@eses.! noi.e 0e n8o !chei mi.o !r!-veis: m! el!s foim! menin!, ! 0em h- i!s vi6 ! o.r!, foi n8o me lembroo 0/, n8o referirei por.!n.o6 sim + p!rece;me 0e men.e se il!cer!v!, + is.eneno;se777 Sim, lembrei;me.8obm e 0e n8o 0is em cer.! poc! !ss!ssin!r ml!r8o !.ori4!o por m 5i4 !ss!ssino: m!s pern.ei;lhe, e lhe isse 0e o n8o f!ri!, por0e o evi!m f!4er o.ros p!r! e!min!r e reconhecer se o se s!ne er!i!l !o me6 o e !lm! fer!6 vis.o 0e r!mosescenen.es e m! sM f!míli!6 e ele .en.!v! con.r! !minh! eis./nci! mor!l7 Derem !lns 0e os boni.os!nem 0!l c!bri.os, en.re.!n.o mi.! en.e boni.! h- 0ese en.re.m o ocp! com escri.!7 Os 0e os.!m o

es.o, es.em6 os 0e os.!m o p!sseio, p!sseiem6 os0e os.!m e ormir, rm!m6 os 0e os.!m e comer

+ com!m6 os 0e os.!m e mlheres + o4em;!s6L os0e os.!m e es.!r em c!s!, es.e5!m6 os 0e preferem!n!r n! r! + !nem, e.c7 E !ssim p!ss!r8o .oos ! m!isre!l!! vi! A 0!n.os .em #es conen!o = mor.e +

pel!s s!s m-s obr!s A 0!n.os .em !o ! vi! + por ses bons fei.os Assim, ns perecem6 o.ros !ssimcrescem Recorremos !lm!s ve4es ! #es6 em o.r!s !o

povo, p!r! nos livr!rmos !s !rr!s !s fer!s: em m eo.ro recrso sempre777 o 0!se sempre + somos!.enios Ah e 0e me h!vi! e lembr!r m!is ho5e: e0e hei e ver se posso compr!r m livro em 0e es.eAs.ronomi!, com c5o es.o, comple.o ! Geor!fi!7


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oces, mi.!s ve4es p!recem pros venenos Os min!s p!recem m!is en.es mor.os, 0e comi!s Enfim, p!recem! necessi!e ineclin-vel ! comp!nhi! e o.r!s

pesso!s p!r! comer;se melhor, sem 0e !s comi!s nos

incomoem, o n8o pre5i0em7 O en.8o, seremosobri!os ! nMs mesmos !s prep!r!rmos Ain! os mi.osvenenos + me n8o p@e menos7 (5uito angado.) ?!lh!;nos #es, com es.es 5es (7atem * porta.) Dem 3

U(A (U>CER + O Sr7 #r7 es.- em c!s!3

RO*ESP'ER + O 0e 0er3

A (ES(A(U>CERT + ?enho ch!m-;lo p!r! ver m oen.e

RO*ESP'ER + One3 A (U>CER + Em c!s! o Sr7 CER + #ese5o f!l!r;lhe7

RO*ESP'ER + En.re, sen.e;se, e i! o 0e 0er7

E>A + ?enho 0ei!r;me ! ? 7 Sa por0e sei 0e !vo!o, em fr.o 0e me fi4er!m on.em em c!s!7

RO*ESP'ER + Pois i! o 0e 0er7

E>A + Dero 0ei!r;me = !.ori!e compe.en.e, 0e msol!o e políci! foi ! minh! c!s!, e robo;me m!filh!

RO*ESP'ER + 'sso escs!o7 Por0e, se o sol!o robo;lhe ! filh!, o

chefe, o c!pi.8o o !lm o.ro sperior ! ele, rob!r;lhe;- o filho, 0e sem Fvi! lhe f!r- m!is f!l.!6 e .8obm ! .i

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prMpri!, se o i!bo lhe rebel!r os miolos7

E>A + En.8o escs!o 0ei!r;me3

RO*ESP'ER

+ Escs!o3 Perioso Periosíssimo O menos 0e .!lve4lhe f!"!, me./;l! n! c!ei!7 Princip!lmen.e se .iveres!lm! o.r! no c!so e ser por !lns eles esflor!!7

E>A (levantando-se muito incomodada e endireitando amantilha) SM f!l.!v! lev!n.!rem;me foeir!s, p!r!ins.!l!r m novo .ribn!l o S!n.o Ofício, e 0eim!rem;se vivos + .oos !0eles 0e n8o se escr!vi4!ssem ! sesese5os, 0er bons, 0er m!s777 Pois Sr7, e me re.iro6m!s 5ro = f e m #es + 0e hei e ei.!r por .err!.oos !0eles 0e !ssim proceerem7 (Sai.)

(7atem de novo * porta.)

RO*ESP'ER + Dem b!.e3 J- ! .erceir! ve4 0e b!.em

U(A ?E>CA(U'&O ?E>CA + ?enho lhe peir m! esmol! + sim, m! esmol! pelo !mor

e #es, pel!s cinco ch!!s e )ris.o, pel!s !lm!s os

ses p!ren.es m!is che!os, e por .o 0!n.o s!r!o

RO*ESP'ER + (!s i! o 0e 0er E n8o ! en.eno, nem cos! !lm! posso f!4er !n.es e ! en.ener

E>A + Or!, Sr7 #r7 E .enho m! or nes.e me cor!"8o777 &8or!ne !fli"8o em minh! !lm!, 0e por m!is 0eesfre!sse o cheiroso coen.ro + n!! me p9e !livi!r, e!ssim vivo sempre ! pen!r7

RO*ESP'ER 1 (rindo-se) + J- sei, 5- sei + 0er 0e e ! cre

E>A2 + N8o, n8o isso o 0e e 0ero N8o p!r! ess!enfermi!e, p!r! esse m!l, 0e o venho procr!r Emesmo por0e es.ei (eicin!, e so mic!7 (!s p!r!!s c!s!s o oriens esses m!les7

RO*ESP'ER (com alguma impaci!ncia) + Pois en.8o o 0e 0er3 E sese emor!r, se n8o f!l!r, ! f!rei mlher7H

E>A + ?enho peir;lhe p!r! loo 0e s!i! = r!, como sei 0e 777

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che!o = s!n.i!e, 0e se correspone com o S!n.oP!re, e .!lve4 mi.os o.ros s!n.os + p!r! che!r !minh! c!s!, e ben4er minh! filh! m!is velh!, e nome)h!pe!, 0e se !ch! !.!c!! e febre !m!rel!, .ifMie, e

n8o sei 0e m!isRO*ESP'ER + Ess! bo! Se ! Sr!7 me peisse recei.! e !lns remios,

es.-v!mos bem, m!s lmios77 7 cos! ! 0e e n8oes.o !cos.m!o N8o escreio 0e poss!m ser F.eis6 m!sn8o cos.mo cr!r ! !lm esse moo, mesmo por0ees.ei o.ro sis.em! em m! !s Ac!emi!s e S!n.!)r47

E>A + En.8o o Sr7 S!n.! )r43

RO*ESP'ER + N8o, ! Sr!7 n8o me en.ene: No 'mprio e S!n.! )r4

E>A + Se5! como for, e o 0e 0ero + ! minh! filh! s!lv!6 e oSr7 poe s!lv-;l!6 m!is com ! s!n.i!e o se espíri.o,0e com os ses remios e bo.ic!, 0e h- mi.o el! n8o.om!, por0e n8o poe

RO*ESP'ER + *em, Sr!76 l- irei6 e n8o me esci!rei e e .o f!4er +

p!r! o m!l comb!.er + e s! filh!

E>A (com numerosos cumprimentos) + Sim, Sr7 Sim, Sr7,mi.o obri!! >- o vo esper!r P!sse mi.o bem(i.o, Sr7 #r7 (1ando sempre com a cabea para diante e

para tr#s vai saindo.)

RO*ESP'ER (cuspindo) + )om efei.o A. o me es.9m!o s!em pens!men.os (!s 0e mlheres es0isi.!s CO (o mesmo Robespier com tal figura entrando com um

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ombro um tanto encolhido) + Ai p!re"o m velho, e0!se cem !nos #Mi;me .!n.o es.e ombro6 sin.o .!n.! or nes.! pern!777 I preciso ei!r es.! vi! ins!n! emilh!res e p!i@es !rr!s.!o777 De se5! o.ro

conen!o ! !rros.!r ros rilh@es, c5os elos se5!m!lm!s e cor!"@es J- es.o velho6 5- n8o posso confor.!r !0!l0er osso J- es.o oen.e, 5- n8o posso nem mover ome pesco"o ?!mos en.re.!n.o con.in!r ! e escri.or, !.!c!b!r + es.e 0!ro o es0!ro ! minh! clebrecomi! ('ega na pena e abre um livro.) Ui 0e i!bo.em ! b!rri!3 Ser- fi!, o feri!3 Sin.o;! .o! ! meer,e en.ro ! se revolver777 De i!bo Es.o !sss.!oDerem ver 0e filho (!s e n8o comi milho Apen!s

provei fei58o777 )omo i!bo777 Ai sM se foi o lei.8o(Gargando a pena depois de ter escrito algumas linhas e

gritando e correndo pela sala toda) Es.o pobre Es.o pobre Dem me cobre3 Dem me !coe A0i o Rei J-n8o so Rei Ai Ai !i Es.o oen.e6 so p!ecen.e (9aicomo desmaiado% ronca.)(Entram diversos.)

U( + De esr!"! sceeri! !o nosso >en.e3

OU&RO + D!l esr!"! & n8o o conheces 's.o ch!l!"!

O 1W + D!l ch!l!"! O homem es.- mor.o

O 2W + Pois e .e !firmo 0e c!ch!"!

O 1W + Is mi.o .olo, o mi.o m!

O 2W + D!l .olo, se c!r! e p!

(Entra uma mulher.)

ES&A + De is.o, Srs7 (!.!r!m ! es.e pobre homem3

O 1W + D!l m!.!mos Deremos ver se o s!lv!mosA (U>CER + N8o es.- m! o moo e s!lv!r #er!m;lhe com !lm

p! !. o m!.!r

O 2W + A Sr!7 bem nsci! Per.ence;lhe es.e c!-ver3

E>A + E o Sr7 o 0e .em com isso3 Per.ence sim I me, por0e

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o 0is en0!n.o vive

O 1W + Ah isso en.8o o.ro c!so A Sr!7 0!no os n8o poe!.r!ir vivos, con0is.!;os epois e mor.os

(Entra outra de menor idade ainda menina.)

(EN'NA (para a mulher)3F + &i.i!777 ?ovM777 ('u?a-lhe os vestidoscom alguma ansiedade.) &i.i! ?ovM, olh!

A (U>CER (voltando-se para esta) + Es.-s ho5e mi.o incomo!.iv!,mi.o impor.n! O 0e 0e . 0eres3

A (EN'NA + ?enho lhe ch!m!r p!r! ver m! cos! boni.! (7atendo um

punho na outra m$o.) (i.o boni.inh!, (!m8e4inh!

A (U>CER (rindo-se) + So AvM, so &i! e .8obm so(!m8e4inh! Es.- bem )orre l- en.ro, v!i bsc!r mviro e espíri.o e lim!, p!r! !r ! cheir!r ! es.e homem0e c!i !0i com m! síncope

(EN'NA (olha espantada e di) + )oi.!o (Sai correndovoltando logo depois com um vidro na m$o. 'ara a

mulher) A0i es.-, (!m8e )heir! 0e - os.o

A (U>CER + Os cheiros, minh! filh!, n8o 8o os.o m!s !r!!m, o8o pr!4er, pelo olf!.o7 (1estampa-o e chega-o *s ventasdo velho.) Dem iri! 0e o Sr7 Ric!ro h!vi! e es.!r !es.! hor! 0!se mor.o

O ?E>CO (vai cheirando gostando despertando se levantando. 1epois de estar em p& e com uma m$o nas cadeiras) +

Ai 0e or Bilh!r!s e sin.o !0i (5anque2ando.)Acho;me .8o oen.e Es.o ! .inir7 (Encaminhando-se para a mesa.)

A (U>CER + Ain! 0erer- escrever m!is3 Ain! n8o se s!.isf!ri! e.!n.!s comi!s, rom!nces e .r!i!s3

(EN'NA + &i.i! &i.i! Ele !in! 0er poesi!7 Ach! 0e pococh!m!rem;nTo e m!lco + por .!n.o h!ver ensin!o,or! leno, or! f!l!no, or! escri.r!no7

(Riem-se todos.)

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OS 'N#'?K#UOS + Olhem ! rninin!HL como in.elien.e )omo s!bi!'ns.rí! De om n!.r!l De r!r! n!.re4! De!r!-vel sinele4! De bele4!7 As m!is .oc!n.es, 0esempre observei em m! menin! es.! i!e

(Entra de repente um filho do


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(+odos os circunstantes e?pressam a mais viva dorouvindo as lamentaIes do filho do


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1H7 17 17 Assim no .e.o717 No .e.o: assimelhe.17 Empreo chis.oso o p!r.icipo p!ss!o o v7 fradar-se + f!4er;se fr!e7 Poco s!o717 Ro!r como pi8o7 N8o es.- icion!ri4!o72L7 O fim es.! cen! m!is.r!l, como efei.o c9mico7

217 N! rbric! inici!l, loo !pMs o .í.lo ! pe"!, cons.!: 9om&dia em 3 atos e dois quadros.&roc!s esse /nero s8o cons.!n.es n!s pe"!s o A7 e mos.r!m o es.!o e espíri.o em 0evivi! 0!no !s escreve e pblico7

227 Assim no .e.o727 No .e.o, h- f!lh!s e impress8o 5s.!men.e nes.e pon.o7 #evi! h!ver m! p!l!vr! !n.es e

da vida.2H7 CK. Assim no .e.o727 ?7 no.! 21727 Assim no .e.o727 'onche + poncho.27 Assim no .e.o7 A coloc!"8o os pronomes, n! poc! em 0e o A7 escreve, n8o se

conver.er! no c!v!lo e b!.!lh! os r!m-.icos7L7 Assim no .e.o.17 No .e.o: 1r.27 No .e.o:

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Lanterna de Fogo