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CIÊNCIA EM AÇÃO
BRUNO LATOUR
INTR
OD
UÇ
ÃO
• Estudaremos a ciência em ação, não a ciência pronta. Antropologia das ciências. Objetos “quentes” e “frios”.
• Chegaremos antes que os fatos tenham se transformado em caixas-pretas, ou acompanhamos as controvérsias que as reabrem.
REGRAS METODOLÓGICAS / PRINCÍPIOS
CAIXA-PRETA DE PANDORA
1ª P
AR
TE
• Não procurar a objetividade e subjetividade de uma afirmação nas qualidades intrínsecas, mas nas transformações que elas sofrem depois, nas mãos dos outros
• O destino dos fatos está nas mãos dos consumidores finais. Portanto, as suas qualidades são consequência e não causa de uma ação coletiva
1 - LITERATURA
1ª P
AR
TE
• Solução de uma controvérsia é causa da representação da Natureza e não consequência. Portanto não utilizar essa consequência para explicar a resolução da controvérsia.
• Cientistas falam em nome de novos aliados. Esse apoio faz o fiel da balança pender a seu favor.
2 - LABORATÓRIOS
2ª P
AR
TE
• Solução de uma controvérsia é causa da estabilidade social. Portanto não utilizar a sociedade para explicar como uma controvérsia foi resolvida. Considerar esforços para alistar recursos.
• Nunca estamos diante da ciência e sim de associações mais fracas ou mais fortes. Portanto, entender o que são fatos é o mesmo que entender o que são as pessoas.
3 - MÁQUINAS
2ª P
AR
TE
• A respeito da tecnociência, devemos permanecer tão indecisos quanto os vários atores que seguimos. Devemos estudar os dois lados simultaneamente.
• Quanto mais exotérico o conteúdo da ciência, mais ela se expande externamente. Ciência e tecnologia é apenas um subconjunto da tecnociência.
4 - OS DE DENTRO SAEM
3ª P
AR
TE
• Diante a acusação de irracionalidade, não olhamos para a regra infringida, mas sim para o direcionamento do observador e a extensão da rede construída.
• A acusação de irracionalidade é feita por quem está construindo uma rede em relação a quem atravessa seu caminho. Não há grandes divisores entre mentes e sim redes maiores ou menores. Fatos duros são exceções
5 - TRIBUNAIS DA RAZÃO
3ª P
AR
TE
• Antes de atribuir qualidades, examinemos como as inscrições são interligadas. Só se alguma coisa ficar sem explicação depois de estudar a rede devemos falar de fatores cognitivos
• A história da tecnociência é, em grande parte, a história dos recursos espalhados ao longo das redes para acelerar a coesão dos fatos que possibilitam a ação a distância.
6 - CENTRAIS DE CÁLCULO
FINA
L
• Há uma permeabilidade entre o lado de “dentro” e o lado de “fora” do laboratório. Há uma relação direta entre o que um cientista faz em seus experimentos e o que ele faz politicamente, atuando junto às agências de fomento à pesquisa, às instituições acadêmicas, às instâncias reguladoras governamentais. Todo esse coletivo faz parte da ciência, entendida aqui como uma rede de atores.
CONCLUSÃO
FINA
L
• O que o pesquisador buscaria alcançar, ao final, não é uma interpretação, enquadrando tudo numa moldura teórica ou aludindo a um “contexto social”, como fazem os velhos estudos de sociologia das ciências, mas sim uma descrição das associações produzidas empiricamente. Do ponto de vista metodológico, esta seria a única maneira de compreender a realidade dos estudos científicos, já que a ciência é fundada sobre uma prática, e não sobre ideias. Teoria do Ator-Rede (formiga).
CONCLUSÃO