Laudo Pericial Johnny Rottava

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    EXMO. SR. DR. JUIZ PRESIDENTE DA M.M. 00 JUNTA DE CONCILIAO E

    JULGAMENTO DE CASCAVEL - PR

    Processo n: 0000/00

    Reclamante : Mmmmm Rrrrr dd Mmmmm

    Reclamada : Cccccc Aaa Ltda.

    Sr. Johnny Rottava, Perito do Juzo,

    honrosamente nomeado e compromissado nos autos da Reclamao Trabalhista em

    epgrafe, vem mui respeitosamente apresentar Vossa Excelncia o resultado de

    seu incluso LAUDO PERICIAL TRABALHISTA.

    Ao ensejo, solicita, outrossim, sejam

    arbitrados seus honorrios profissionais.Assim, com a devida "Venia", vem estimar

    esses honorrios em R$ 3.200,00 a serem computados poca de seu pagamento,

    levando em considerao o trabalho executado, anlise de documentos e relatrios

    efetuados.

    Termos em que, da juntada desta,

    Pede deferimento.

    Cascavel, 13 de setembro de 2013.

    Engenheiro Johnny Rottava

    Perito Judicial Trabalhista

    CREA - PR 121857/D

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    Excelentssima Senhor Doutor Juiz Presidente da M.M. 00 Junta de Conciliao e

    Julgamento de Cascavel - PR

    Processo n: 0000/00

    Reclamante : Mmmmm Rrrrr dd Mmmmm

    Reclamada : Cccccc Aaa Ltda.

    Johnny Rottava, perito nomeado e

    compromissado nos autos do processo supra referido, tendo realizado minucioso

    exame do mesmo e dos documentos a ele apensados, coligido dados e procedido

    s anlises apropriadas, com o critrio e o rigor necessrios ao cumprimento do seu

    mister, vem submeter douta apreciao de V. Excia. o resultado de seu trabalho.

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    NDICE GERAL

    1 Introduo ............................................................................................................. 41.1 Qualificao das Partes ................................................................................. 4

    2 Glossrio ............................................................................................................... 53 Entrevistas ............................................................................................................ 64 Objeto da Percia .................................................................................................. 7

    4.1 Dos Pedidos Formulados pelo Autor .............................................................. 74.2 Da Metodologia de Trabalho .......................................................................... 7

    5 Atividade de Trabalho ........................................................................................... 86 Tecnologia de Proteo Utilizada no Processo Operacional ................................ 97 Avaliao do Risco Ambiental ............................................................................ 10

    7.1 Avaliao Qualitativa .................................................................................... 107.2 Enquadramento Legal .................................................................................. 13

    8 Concluso ........................................................................................................... 1410 Bibliografia ....................................................................................................... 1511 Consideraes Finais ...................................................................................... 16

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    1 INTRODUO

    O presente Laudo Pericial tem por objetivo atender a designao feita pelo

    M.M. Juiz Xxxx Yyyy no auto n 0000/00 que so partes:

    Reclamante : Mmmmm Rrrrr dd Mmmmm

    Reclamada : Cccccc Aaa Ltda.

    As diligncias foram realizadas no dia xx.xx.xxxx nas instalaes da

    empresa Reclamada e na presena de todos aqueles que esto relacionados no

    subcaptulo de Qualificao das Partes nesse documento.

    Na certeza de haver cumprido com a honrosa designao do referido juzo,

    na condio de Auxiliar da Justia, para apurar os fatos narrados nos pedidos

    requeridos pelo empregado nos autos supra para a formao da convico do MM.

    (a) Juiz (a); cumprindo fielmente com as normas ticas da conduta a que est

    obrigado o perito e com a mxima lisura na realizao das diligncias, apresento a

    seguir o Laudo Pericial do Ambiente de trabalho analisado e o parecer final.

    1.1 Qualificao das Partes

    Pelo autor:

    xxxxx.

    yyyyy.

    Pela reclamada:

    zzzzz.

    wwww.

    Cascavel, 13 de setembro de 2013.

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    2 GLOSSRIO

    Cava do tanque: vala no qual est assentado o tanque de combustvel,

    em nvel inferior ao solo;

    Desgaseificao: remoo de vapor de combustvel de dentro de um

    recipiente;

    Duto: tubulao hermtica para transporte de fluidos;

    Investigao: o solo coletado enviado a laboratrio para anlise;

    Motor exaustor centrfugo: equipamento que cria uma diferena de

    presso no sistema que faz que o ar flua atravs do mesmo. Os motores

    exaustores centrfugos so destinados a movimentao de ar numa

    ampla faixa de vazes e presses.

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    3 ENTREVISTAS

    O preposto da Reclamada colaborou com as diligncias explicitando todo o

    processo de desgaseificao de tanque de combustvel subterrneo e coleta de solo

    para investigao de contaminao por hidrocarbonetos, realizados sempre nas

    empresas contratantes da empresa Reclamada.

    Todas as informaes apresentadas pelo preposto da Reclamada foram

    ouvidos e sem contestao aceitos pelo Reclamante.

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    4 OBJETO DA PERCIA

    4.1 Dos Pedidos Formulados pelo Autor

    Requer o autor na petio inicial o reconhecimento da exposio a riscos

    ambientais e o direito ao adicional de insalubridade por exposio aos risco qumico

    por contato com vapores de hidrocarbonetos.

    4.2 Da Metodologia de Trabalho

    Considerando que o risco qumico Hidrocarboneto e Outros Compostos de

    Carbono apontados pela parte autora est relacionado na Norma Regulamentadora15 da Portaria 3213/78 foi avaliado qualitativamente e comparado com a legislao

    vigente.

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    5 ATIVIDADE DE TRABALHO

    As atividades so realizadas sempre a cu aberto. Aps o transbordo de

    combustvel de dentro do tanque a ser substitudo a outro tanque, por

    bombeamento, atividade esta realizada por empresa terceirizada, um sistema de

    exausto ligado junto ao tanque de combustvel, ainda dentro da cava do tanque.

    Este sistema de exausto composto por dutos e um motor exaustor centrfugo.

    Aps passar pelo motor exaustor o vapor de combustvel exaurido para a

    atmosfera.

    Outra atividade realizada durante a desgaseificao do tanque de

    combustvel a coleta de solo para investigao de contaminao por

    hidrocarbonetos.

    Estas atividades so realizadas intermitentemente, com frequncia mdia de

    duas vezes mensais. Todavia, quando realizadas, estas atividades so realizadas

    pelo perodo mnimo de um dia, podendo ser de dois dias dependendo de outros

    fatores, como condio climtica (chuva), retirada de solo contaminado (realizado

    por empresa terceirizada), ou pela grande quantidade de tanques a serem

    desgaseificados.

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    6 TECNOLOGIA DE PROTEO UTILIZADA NO PROCESSO

    OPERACIONAL

    A anlise dos documentos anexados nos Autos, conforme exigncias legais

    do item 6.6 da Norma Regulamentadora 6, da Portaria 3214/78:

    Cabe ao empregador quanto ao EPIConforme (C) ou No

    Conforme (NC)

    Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade C

    Exigir seu uso C

    Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo rgo nacional

    competente em matria de segurana e sade no trabalho

    C

    Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e

    conservaoNC

    Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado C

    Responsabilizar-se pela higienizao e manuteno peridica NC

    Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada NC

    Registrar seu fornecimento ao trabalhador C

    Foram observadas as condies de funcionamento e do uso ininterrupto do

    EPI ao longo do tempoNC

    Foi observado o prazo de validade, conforme CA C

    Foi observada a periodicidade de troca definida pelos programas

    ambientais, comprovada mediante recibo assinado pelo usurio em poca

    prpria

    NC

    Programa de proteo respiratria NC

    Ordem de servio NC

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    7 AVALIAO DO RISCO AMBIENTAL

    7.1 Avaliao Qualitativa

    Na atividade de remover os vapores de hidrocarbonetos (leo diesel,

    gasolina e etanol) de dentro dos tanque de combustvel o Reclamante trabalhava

    indiretamente com os hidrocarbonetos citados acima, porm no havia manipulao

    direta dos compostos.

    Contudo, pela Figura 1 pode-se notar que no h entre os colaboradores

    equipamentos individuais de proteo respiratria, haja vista que o colaborador faz

    uso de sua camiseta para proteger-se dos odores prximos cava de tanques.As anlises dos vapores de combustvel so realizadas (Figura 2) tambm

    sem que os colaboradores faam uso de equipamentos de proteo respiratria, ou

    de uso de equipamentos protetores contra queda em altura.

    A fotografia apresentada na Figura 3 apresenta o momento em que os

    vapores de combustvel residual presente no tanque de combustvel so exauridos

    para a atmosfera. Novamente, os colaboradores acompanham a operao sem o

    devido uso de equipamentos individuais de proteo respiratria.

    Figura 1 - Colaborador sobre o tanque de combustvel, dentro da cava.

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    Figura 2 - Anlise dos vapores de combustvel realizada in si tu.

    Figura 3 - Exausto dos vapores de combustvel.

    Na atividade de coleta de solo para investigao de contaminao por

    hidrocarbonetos (Figura 4), a coleta era realizada de forma manual. Era utilizado

    luvas de ltex para proteo da pele, contudo no havia uso de respirador para

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    proteo respiratria, nem tampouco consta entre os documentos anexos no Auto

    algum Programa de Proteo Respiratria.

    Em alguns momentos, como os apresentados na Figura 5, os colaboradores

    trabalham sem qualquer equipamento de proteo individual (capacete, luvas,

    camisetas) ou com estrutura para conteno de queda de terra, haja visto que o

    corte no solo faz ngulo de 90 com a superfcie.

    Figura 4 - Colaboradores dentro da cava para coletar solo.

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    Figura 5 - Colaboradores dentro da cava, sem equipamentos de proteo individual e semescoras.

    7.2 Enquadramento Legal

    Conforme a Norma Regulamentadora 15, anexo 13 da Portaria 3214/78, no

    item Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono, h na listagem de atividades

    qualitativas o seguinte texto:

    "Manipulao de alcatro, breu betume, antraceno, leos minerais, leo

    queimado, parafina ou outras substncias cancergenas afins".

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    8 CONCLUSO

    Diante das diligncias, averiguaes das atividades do Reclamante, do

    processo de desgaseificao e coleta de solo da cava do tanque, dos equipamentos

    de proteo individual e do controle do uso, higienizao, manuteno, treinamento

    de uso dos mesmos, conclui-se que:

    Pela anlise das entrevistas concedidas pelo Reclamante e pelo Reclamado,

    considera-se que h existncia de AMBIENTE INSALUBRE pelo risco qumico

    "substncias cancergenas afins" relatada na listagem de atividades qualitativas

    insalubres.

    A inexistncia de equipamentos de proteo respiratria, de ordem de

    servio, outrossim da inexistncia de treinamentos peridicos para uso dos

    equipamentos de proteo individual, do controle do uso destes EPI's confirmam a

    negligncia do Reclamado.

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    10 BIBLIOGRAFIA

    [1] LISBOA, H. M. Controle da Poluio Atmosfrica. Ventilao Industrial.

    Montreal. 1 Verso. Outubro de 2007.

    [2] MTE - Ministrio do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 6.

    Equipamento de Proteo Individual. Portaria SIT n25. Outubro de 2001.

    [3] MTE - do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora 15.Atividades e

    Operaes Insalubres - Anexo n13. Portaria SIT n291. Dezembro de 2011.

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    11 CONSIDERAES FINAIS

    D-se por encerrado este laudo pericial trabalhista, constitudo de 16

    pginas digitalizadas.